Vida Abundante Novembro 2014
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1
IGREJA PRESBITERIANA UNIDA COREANA DE SÃO PAULO
vida abundante
11/2014
2
3
Este material foi selecionado do devocional "SEM-MUL"
do ano 2013.
4
Jesus que venceu o mundo, os discípulos que vencem o mundo
Marcos 14:1-16:20
Os cristãos estão em constante conflito com os valores e a cultura desse
mundo, por isso a vida cristã é comparada à uma “guerra”. Desde o
momento que abrimos os olhos, até a hora de dormir, somos continuamente
desafiados espiritualmente e sempre estamos em batalha espiritual. Jesus
também lutou essa guerra e obteve vitória no final.
Essa guerra, no entanto, é difícil de ser compreendida pela visão do mundo.
Jesus não escolheu meios desse mundo e nem seguiu métodos que
agradasse o mundo, mas nos ensinou a realizar a guerra espiritual do
mesmo jeito que ele fez. Então, de que modo devemos suportar essa guerra?
A última parte do ministério de Jesus, a cruz e a ressurreição, são fatos
importantes para os cristãos e, podemos aprender através deles, meios de
vencer na guerra espiritual contra esse mundo.
Significado vs. Eficiência (Mc 14:1-11)
Jesus, o “Cristo”, ou seja o “Ungido”,
foi realmente ungido na casa de
Simão, o leproso, em Betânia. O local
não era apropriado para esse ritual e
nem a pessoa era certa para tal, pois
o agente da unção não era um
profeta ou um sacerdote, mas uma
mulher (no evangelho de João, ela é
apresentada como Maria, irmã de
Lázaro. Vide Jo 12:3). O perfume
derramado por essa mulher era
valioso, custava trezentos denários,
equivalente ao trabalho diário de 300
homens, portanto, para as pessoas
presentes, esse ato era um
desperdício e extremamente
ineficiente. Mesmo o ato da mulher ter
sido num local inapropriado e muito
caro, foi devido a essa ação que
Jesus foi anunciado como Cristo. A
mulher quebrou o frasco de alabastro,
que simboliza o seu corpo e sua vida,
e derramou o perfume, preparando
Jesus para a cruz (sepultamento). Assim, ela ligou a sua morte com a
morte de Jesus, e essa ação tornou-
se uma história a ser contada em
todos os lugares onde o evangelho é
anunciado (14:9).
Obviamente, buscar eficiência não é
totalmente errado para Deus, só que
os discípulos, antes de buscar
eficiência, deveriam ter pensado
qual significado dessa ação da
mulher para Deus.
Aceitação vs. Divisão (Mc 14:12-
31)
Jesus preparou a última ceia, a
refeição da Páscoa, junto com os
discípulos. Jesus sabia que os doze
fugiriam e o negariam, porém
arrumou um lugar para fazer a
refeição (14:13-15) junto com os que
iriam trai-lo e firmou uma aliança
eterna com eles (14:22-25).
Quando Jesus disse: “Certamente
um de vocês me trairá”, os
discípulos estavam mais ocupados
em responder: “Com certeza não
sou eu!” (14:19). Diante da profecia
de que “um de vocês” venderia o
mestre, eles perderam a dimensão
de “nós” e estavam preocupados em
pôr o limite, declarando que não era
“eu”.
5
Pedro mostrou a mesma atitude dos
outros quando disse: “Ainda que
‘todos’ (...) ‘eu’ não (...)” (14:29).
O discípulo de Jesus não é aquele
que vê o pecado da sua comunidade
e diz: “Não sou eu”, e nem aquele
que aponta para “aquele” ou “esse”
diante do problema que surge entre
“nós”. Só podemos vencer o mundo
quando seguimos a maneira do
Senhor de se alegrar, firmando
aliança com os que darão as costas.
O poder da oração vs. O poder do
corpo (Mc14:32-52)
Jesus, depois de firmar a aliança
com os discípulos, foi para
Getsêmani para orar, mas apesar do
seu pedido sincero, eles dormiram.
Nós não podemos confiar em nosso
corpo, como Jesus disse: “Orem (...)
o espírito está pronto, mas a carne é
fraca” (14:38). Pedro também,
confiando na sua força de vontade,
declarou que jamais abandonaria
Jesus, porém não participou da
oração de Jesus por não conseguir
vencer o sono, e ainda mostrou a
sua estupidez quando decepou a
orelha do servo do sumo sacerdote
com uma espada ao ver que Jesus
estava sendo preso (Jo 18:10).
Assim, quem confia na força do
corpo ou espadas ou varas será
envergonhado. Se o discípulo de
Jesus confiar na sua capacidade e
vontade ou nas suas posses em vez
de confiar no poder da oração, será
humilhado como um jovem que fugiu
nu, deixando para trás o lençol de
linho que estava vestindo (14:51-52).
Verdade vs. Mentira (Mc 14:53-72)
Jesus não temeu estar diante do
sumo sacerdote e nem hesitou em
revelar a verdade. Ele falou somente a verdade, enquanto Pedro estava mais ansioso em esconder a sua identidade de discípulo de Jesus.
Diante da criada que não poderia lhe causar mal nenhum, ele mentiu com medo e começou a se amaldiçoar e a jurar que não conhecia Jesus (14:71). Pode-se dizer que ele ficou com tanto medo porque falhou na oração no monte Getsêmani. O discípulo de Jesus só pode vencer o mundo quando estiver com coragem para falar a verdade, e essa coragem surge com a oração de total dependência de Deus.
Quem é Jesus? (Mc15:1-41)
Para vencer o mundo, devemos saber quem Jesus é exatamente. Jesus foi chamado de “rei dos judeus” por Pilatos e os soldados romanos. Ele foi crucificado, sendo chamado de “O Cristo, o Rei de Israel” (15:32), em meio aos insultos e zombaria de muitas pessoas. Aos olhos humanos, a cruz de Cristo é uma tragédia, porém, no plano de salvação de Deus, é um evento da Sua glorificação. De fato, não demorou muito para ser revelado que Jesus é o rei dos judeus, de Israel e o Cristo. No mesmo instante que Jesus deu seu último expiro, o véu do santuário rasgou-se em duas partes, de alto a baixo, e o centurião que estava no momento da sua morte admitiu que ele era realmente o Filho de Deus (15:38-39). A cruz de Jesus pode significar perda e fracasso para os homens, entretanto, os discípulos sabiam bem que, através da cruz, foi revelado que Jesus era Rei e Cristo, não somente a Israel, mas a todas as terras.
6
Não podemos esquecer desse fato
na guerra com o mundo. Se
percebermos claramente onde Jesus
foi glorificado e se seguirmos esse
caminho, a vitória e a glória obtidas
pelo Senhor também nos serão
concedidas.
Vitória da glória (Mc 15:42-16:20)
Jesus morreu na cruz e foi
sepultado, mas, no terceiro dia,
quando terminou o sábado,
ressuscitou. Através desse fato,
Jesus testificou que é um verdadeiro
vencedor e foi à Galiléia para
chamar os seus discípulos. Na
primeira metade do seu ministério,
as pessoas curadas das doenças ou
libertas dos espíritos por Jesus não
conseguiam ficar caladas diante da
ordem de não espalhar a notícia e,
depois, surge uma situação onde as
mulheres que souberam da
ressureição de Jesus não
conseguem dizer nada a ninguém
(16:8). A glória da ressureição não
se compara com o poder que Jesus
mostrou na Galiléia.
Há possíveis provas de que o texto
de Marcos 16:9 a 20 não fazia parte
do texto original, por isso há
discussões acerca da veracidade
desse texto, todavia o tema é claro:
Jesus venceu o mundo e deu a
autoridade aos seus discípulos
(16:17-18). Nós, como discípulos de
Jesus, sabemos da sua autoridade e
da sua glória comprovadas pela
ressurreição e participamos dessa
glória através do Espírito Santo. Nós
podemos vencer no mundo quando
temos certeza da vitória e da glória
de Jesus.
A realidade da vitória (Fm)
Quando meditamos a epístola a Filemom, fica evidente a notícia da glória de Jesus na cruz e a sua ressurreição, e como o evangelho influencia o seu poder no mundo. Paulo apela para que Filemom perdoe o seu escravo foragido, Onésimo, e o receba como um irmão, porque ele fora salvo quando aceitou o evangelho pregado pelo apóstolo. Na sociedade romana do século I, os escravos como Onésimo, que furtara algo e depois fugira, não tinham como escapar da pena de morte, porém Paulo fê-lo retornar para o seu dono e ainda enviou-o com a carta na mão (epístola a Filemom) para persuadir Filemom. O que Paulo ensina e exige de Filemom é algo inimaginável para o mundo. O ensino de Paulo de não só perdoar o escravo foragido, mas aceitá-lo como um irmão, é algo que coloca os ensinos do mundo daquela época de cabeça para baixo, entretanto, o evangelho que Paulo pregou fez com que isso se tornasse possível. A mudança social que não era possível nem pela revolução e nem pela guerra foi feita pelo poder do evangelho escrito na carta de um velho apóstolo preso. Esse é o caminho para o discípulo de Jesus vencer o mundo. É totalmente diferente dos valores desse mundo, todavia a história do mundo admite a vitória dos discípulos de Jesus. Nós fomos chamados para seguir esse caminho. Vamos seguir o caminho da vitória de Jesus através do Vida Abundante de novembro.
7
01 Vida dedicada ao Senhor
sáb Marcos 14:1-11
1 Faltavam apenas dois dias para a
Páscoa e para a festa dos pães
sem fermento. Os chefes dos
sacerdotes e os mestres da lei
estavam procurando um meio de
flagrar Jesus em algum erro e matá-
lo.
2 Mas diziam: “Não durante a festa,
para que não haja tumulto entre o
povo”.
3 Estando Jesus em Betânia,
reclinado à mesa na casa de um
homem conhecido como Simão, o
leproso, aproximou-se dele certa
mulher com um frasco de alabastro
contendo um perfume muito caro,
feito de nardo puro. Ela quebrou o
frasco e derramou o perfume sobre
a cabeça de Jesus.
4 Alguns dos presentes começaram
a dizer uns aos outros, indignados:
Por que este desperdício de
perfume?
5 Ele poderia ser vendido por
trezentos denários, e o dinheiro ser
dado aos pobres. E a repreendiam
severamente.
6 “Deixem-na em paz”, disse Jesus.
“Por que a estão perturbando? Ela
praticou uma boa ação para comigo.
7 Pois os pobres vocês sempre terão
com vocês, e poderão ajudá-los
sempre que o desejarem. Mas a mim
vocês nem sempre terão.
8 Ela fez o que pôde. Derramou o
perfume em meu corpo
antecipadamente, preparando-o para
o sepultamento.
9 Eu lhes asseguro que onde quer
que o evangelho for anunciado, em
todo o mundo, também o que ela fez
será contado em sua memória.
10 Então Judas Iscariotes, um dos
Doze, dirigiu-se aos chefes dos
sacerdotes a fim de lhes entregar
Jesus.
11 A proposta muito os alegrou, e lhe
prometeram dinheiro. Assim, ele
procurava uma oportunidade para
entregá-lo.
8
Análise do conteúdo
Percepção
1. O que os chefes dos
sacerdotes, mestres da lei e
Judas Iscariotes estavam
conspirando? (vs.1-2, 10-11)
2. Quais foram as duas reações
manifestadas pela atitude da
mulher de quebrar o frasco e
derramar o perfume sobre a
cabeça de Jesus? (vs.4-9)
4. O que você aprende através da
devoção desta mulher, contrastando
claramente com a atitude dos outros
personagens?
Estudo e reflexão
3. Qual é a principal preocupação
percebida no comportamento
destes vários personagens (os
chefes dos sacerdotes, os
mestres da lei, uma certa mulher,
algumas pessoas e Judas
Iscariotes)?
Decisão e aplicação
5. Com que pensamento e conduta
você tem confiado e servido a
Jesus?
Qual é o perfume mais fino que você
pode oferecer ao Senhor hoje?
Anotação
9
“Estavam procurando” (v.1): conjugado no pretérito imperfeito, indicando que não
iriam desistir até encontrarem um meio oportuno.
O texto de hoje apresenta fatos em sequência e decorrentes do ato da
mulher que derrama perfume sobre a cabeça de Jesus, com as intrigas e
traições dos líderes religiosos e de Judas Iscariotes nos bastidores. De um
lado, os chefes dos sacerdotes e os mestres da lei buscavam um meio de
flagrar Jesus em algum erro para então matá-lo, contudo estavam
evitando os dias festivos, receosos do plano falhar por causa de uma
rebelião (vs.1-2). Enquanto tramavam contra a vida de Jesus, o coração
dos líderes de Israel mostrava-se perverso e cheio de temor pelo povo. Do
outro lado, Judas Iscariotes procurava uma chance para entregar Jesus,
conspirando com os líderes religiosos (vs.10-11). Igualmente, tratava-se
de uma pessoa que se esquivava com medo dos olhares alheios e que
permanecia escondido, à espera somente de uma oportunidade.
Contrastando com eles, tem-se a atitude de uma certa mulher, que
derrama um precioso perfume sobre a cabeça de Jesus, focada somente
nele, sem se importar com julgamento ou reconhecimento alheio. Algumas
pessoas presentes ficaram indignadas com a atitude e acusaram a mulher
de desperdiçar dinheiro. Entretanto o ato desta mulher buscava somente
honrar Jesus, preparando seu corpo antecipadamente para o
sepultamento. Você vive consciente dos olhares alheios ou do olhar de
Deus?
ORAÇ Ã O Faça com que eu honre somente ao Senhor,
oferecendo-Lhe o melhor de mim.
Anotação
10
02 A bela devoção ao Senhor
dom Culto no Lar - Marcos 14:3-9
Família à mesa. Reúna a sua família à mesa e compartilhe a comida e as percepções e aplicações do sermão do dia.
Leitura bíblica
3 Estando Jesus em Betânia,
reclinado à mesa na casa de um
homem conhecido como Simão, o
leproso, aproximou-se dele certa
mulher com um frasco de alabastro
contendo um perfume muito caro,
feito de nardo puro. Ela quebrou o
frasco e derramou o perfume sobre
a cabeça de Jesus.
4 Alguns dos presentes
começaram a dizer uns aos outros,
indignados: Por que este
desperdício de perfume?
5 Ele poderia ser vendido por
trezentos denários, e o dinheiro ser
dado aos pobres. E a repreendiam
severamente.
6 “Deixem-na em paz”, disse Jesus.
“Por que a estão perturbando? Ela
praticou uma boa ação para comigo.
7 Pois os pobres vocês sempre
terão com vocês, e poderão ajudá-
los sempre que o desejarem. Mas a
mim vocês nem sempre terão.
8 Ela fez o que pôde. Derramou o
perfume em meu corpo
antecipadamente, preparando-o
para o sepultamento.
9 Eu lhes asseguro que onde quer
que o evangelho for anunciado, em
todo o mundo, também o que ela fez
será contado em sua memória.
11
CULTO NO LAR
Desvendando a palavra
Jesus estava em Betânia jantando
na casa de Simão, o leproso,
quando ocorreu um incidente: uma
mulher aproximou-se de Jesus com
um frasco de alabastro contendo
um perfume muito caro de nardo
puro, quebrou e derramou-o sobre
a cabeça de Jesus (v.3). O valor de
um frasco de alabastro contendo
nardo puro correspondia a uma
grande soma de dinheiro,
equivalente a um ano de salário de
um trabalhador da época. Com este
ato incompreensível para a maioria,
a mulher mostrou que Jesus é
merecedor de tudo que ela possuía
de mais precioso. Vendo isso,
alguns dos presentes irados
perguntaram: "Por que este
desperdício?” (v.4).
Sua reação era compreensível, pois
o frasco derramado sobre a cabeça
de Jesus poderia servir de grande
ajuda aos pobres, caso fosse
vendido (v.5). Jesus, que
permanecia em silêncio, acalmou a
multidão exaltada e disse: “deixem-
na em paz, por que a estão
perturbando? Ela praticou uma boa
ação para comigo.” Jesus aceitou
integralmente o ato da mulher que o
preparava para sepultamento (v.8).
Finalmente, Jesus afirmou que esta
ação tornou-se histórica na pregação
do Evangelho em todo o mundo
(v.9). Esperamos que, por meio
desta palavra, possamos renovar
nossa devoção ao Senhor. De igual
maneira, que a nossa amada família
aprenda e pratique a devoção desta
mulher, que entregou de bom grado
o que tinha de melhor para preparar
a morte de Jesus.
12
CULTO NO LAR
Compartilhando a graça 1. Cada membro da família deve tentar resumir em uma frase a palavra
de hoje.
2. O que você sente ao ver a atitude das pessoas que chamavam a
devoção integral da mulher a Jesus de “desperdício”?
3. Reveja sua vida de devoção ao Senhor. Igualmente, compartilhe com
os familiares como cada um poderia servir ao Reino de Deus e à igreja,
que é o corpo de Cristo.
Compartilhando agradecimentos 1. Relembrando a vida que teve durante a semana, vamos falar sobre o
que teve para agradecer, para confessar e pedir perdão diante de Deus e
da família.
2. Vamos fazer oferta como a expressão de gratidão, de arrependimento
e de amor pelos próximos.
Orando juntos Ajude-nos a ter um coração que transborda de gratidão pela graça e
amor de Jesus por nós, entregando integralmente a coisa mais preciosa
da nossa vida ao Senhor.
13
03 Onipotência e onisciência de Deus
seg Marcos 14:12-16
12 No primeiro dia da festa dos
pães sem fermento, quando se
costumava sacrificar o cordeiro
pascal, os discípulos de Jesus lhe
perguntaram: “Aonde queres que
vamos e te preparemos a refeição
da Páscoa?”
13 Então ele enviou dois de seus
discípulos, dizendo-lhes: Entrem na
cidade, e um homem carregando
um pote de água virá ao encontro
de vocês. Sigam-no
14 e digam ao dono da casa em
que ele entrar: O Mestre pergunta:
Onde é o meu salão de hóspedes, no
qual poderei comer a Páscoa com
meus discípulos?
15 Ele lhes mostrará uma ampla sala
no andar superior, mobiliada e
pronta. Façam ali os preparativos
para nós.
16 Os discípulos se retiraram,
entraram na cidade e encontraram
tudo como Jesus lhes tinha dito. E
prepararam a Páscoa.
14
Estudo e Reflexão Decisão e Aplicação
Análise do conteúdo
Percepção
15
Orientações A obediência que conhece o coração do Senhor Marcos 14:12-16
Análise do conteúdo Os discípulos perguntaram onde Jesus desejava fazer a refeição da Páscoa. Então Jesus enviou dois de seus discípulos à cidade, instruindo-lhes a seguir o homem com um pote de água, que os levaria ao dono da casa cujo salão de hóspedes estaria pronto para preparar a refeição. Desta maneira, os discípulos deram início aos preparativos para a Páscoa, conforme as ordens de Jesus. Estudo e Reflexão 1. O que os discípulos pensavam enquanto preparavam a ceia da Páscoa? - Com uma percepção mais aguçada, os discípulos teriam percebido que Jesus estava prestes a ser sacrificado como o cordeiro pascal. Contudo a pergunta sobre onde e como a ceia deveria ser preparada havia sido feita somente para cumprir a tradição. Naturalmente, é visível nos discípulos a vontade de agradar ao Senhor, preparando o evento conforme fora-lhes ordenado. No entanto, é pesaroso ver que os discípulos desconheciam o coração de Jesus nos momentos que antecediam a sua crucificação. 2. Por que Jesus usou a expressão “meu salão de hóspedes”? - Quando Cristo veio ao mundo não havia lugar na hospedaria e nos últimos momentos de sua vida não foi diferente. Jesus não encontrou um lugar para permanecer com os discípulos, tendo de ficar num local emprestado. Reflito sobre o fato do dono de toda a criação não ter encontrado um lugar de descanso neste mundo. O Senhor possuía todas as coisas, no entanto nada era considerado ‘seu’.
Percepção Será que sou um discípulo que compartilha com Jesus do sofrimento de morrer crucificado, ou um discípulo imaturo correndo de um lado para o outro de acordo com as regras, ou então um servo que só sabe seguir a ordens? Na verdade, até mesmo obedecer como um simples servo seria difícil para mim. Isto porque, frequentemente, sustento minha decisão e critério, ao invés de cumprir ordens. Contudo, apesar da minha obediência forçada, tenho certeza que o Senhor a aceitará com alegria e me convidará ao seu banquete. Além disso, creio que a prática recorrente desta obediência fará de mim um discípulo verdadeiro. Igualmente, anseio pela perfeita harmonia que o Senhor operará na comunidade, por meio da obediência na medida da fé que Deus repartiu a cada um. Desta maneira, entrego ao Senhor meu humilde coração submisso. Decisão e aplicação 1. Por um mês irei preencher minuciosamente o cronograma da obediência, que costumava evitar no primeiro semestre do discipulado. Para cumprir este compromisso a partir desta semana, colarei a tabela sobre a mesa. 2. Reconheço que, pela obediência ao marido, as mulheres exercem seu papel em Cristo e, desta maneira, prepararei agora mesmo uma marmita ao meu marido que está estudando. 3. Com a desculpa de estar ocupada, deixei de ligar para meus sogros como deveria. Ligarei todos os dias para os sogros que demonstram tanta alegria quando demonstro preocupação com seu bem-estar.
16
Análise do conteúdo
Percepção
1. O que os discípulos
perguntaram a Jesus sobre os
preparativos da Páscoa? (v.12)
2. O que Jesus instruiu ao enviar
dois de seus discípulos? (vs.13-
15)
4. O que você sente ao ver a
onisciência do Senhor, que se
antecipa aos discípulos?
Estudo e reflexão
3. Qual seu entendimento ao ver
Jesus prever tudo o que iria
acontecer aos dois discípulos
durante os preparativos para a
Páscoa?
Decisão e aplicação
5. Que questão você apresentou ao
Senhor e planejou recentemente?
O que você deve fazer para
prosseguir com coragem, confiando
na onisciência do Senhor?
Anotação
17
Os discípulos perguntaram a Jesus onde fariam os preparativos para
refeição da Páscoa. Jesus enviou então dois de seus discípulos, com
orientações detalhadas e específicas sobre os preparativos. Precisamente,
eles encontrariam um homem com pote de água na entrada da cidade.
Seguindo-o, seriam encaminhados ao dono de uma casa com uma ampla
sala no andar superior. Sobre esta passagem, alguns afirmam não ter sido
ao acaso o encontro entre os discípulos e o homem carregando um pote
de água (e não uma mulher, como seria de costume), pois este seria um
sinal. No entanto, uma vez que não há referência alguma sobre isso na
Bíblia, não se deve entender como uma ação premeditada, mas sim como
a percepção sobrenatural do Senhor, frequentemente manifestada pelos
profetas no antigo testamento. Em outras palavras, pela graça de Deus, os
discípulos puderam fazer os preparativos para a Páscoa sem dificuldades,
seguindo instruções específicas provenientes da onipotência e da
onisciência do Senhor.
ORAÇ Ã O Faça com que eu avance sem temor,
confiando na onipotência e na graça da
onisciência do Senhor.
Anotação
18
04 A vida vai conforme está escrito a seu respeito
ter Marcos 14:17-21
17 Ao anoitecer, Jesus chegou com
os Doze.
18 Quando estavam comendo,
reclinados à mesa, Jesus disse:
“Digo-lhes que certamente um de
vocês me trairá, alguém que está
comendo comigo”.
19 Eles ficaram tristes e, um por
um, lhe disseram: “Com certeza não
sou eu!”
20 Afirmou Jesus: É um dos Doze,
alguém que come comigo do mesmo
prato.
21 O Filho do homem vai, como está
escrito a seu respeito. Mas ai
daquele que trai o Filho do homem!
Melhor lhe seria não haver nascido.
19
Análise do conteúdo
Percepção
1. Durante a ceia da Páscoa,
quem Jesus diz que iria traí-lo?
(vs.18, 20)
2. Como os apóstolos reagem à
essa palavra do Senhor?
4. O que você sente ao ver Judas
Iscariotes escolher trair o mestre
mesmo diante das advertências de
Jesus?
Estudo e reflexão
3. Qual a lição que a palavra do
versículo 21 nos passa a respeito
dos planos de Deus e das
responsabilidades do homem?
Decisão e aplicação
5. Por acaso, não há algo que
estamos executando de forma
forçada, afastados da palavra,
apesar das advertências do Senhor?
O que nos dispomos a praticar para
vivermos obedecendo à palavra e
não a nossa vontade no dia de hoje?
Anotação
20
“Vai como está escrito a seu respeito" (v.21): “livrar-se do lugar limitado”. Significa
que após Jesus completar a missão na terra ele irá retornar pra Deus.
Sl 41:9 “Até o meu melhor amigo, em quem eu confiava e que partilhava do meu
pão, voltou-se contra mim”.
Durante a última ceia, Jesus diz inesperadamente: “certamente um de
vocês me trairá, alguém que está comendo comigo” (v.18, vide Sl 41:9).
Em seguida, um por um dos discípulos tenta refutar, negando que seja o
próprio, mas Jesus afirma claramente: “é alguém que come comigo do
mesmo prato” (v.20). Consequentemente, deixa claro que a sua morte
vindoura não se trata de um acontecimento acidental por causa da traição
de uma pessoa, isto é, Jesus afirma que a sua morte será executada e
concluída como está escrito na Bíblia e conforme a vontade de Deus
(v.21). A traição de Judas, num ponto de vista abrangente, estava nos
planos de Deus, no entanto, a escolha e suas consequências dependiam
somente dele. Isso porque ele tinha a escolha de não trair Jesus, e já
havia sido avisado (v.18). Portanto, não podemos nos enganar ao pensar
que Judas Iscariotes era uma vítima e que estava predestinado a trair seu
mestre. Todos nós vivemos dentro da providência divina, mas devemos
nos lembrar de que tomamos decisões dentro dela e que devemos nos
esforçar para tomarmos as decisões certas.
ORAÇ Ã O Faça com que eu também caminhe na palavra,
assim como o Senhor fez.
Anotação
21
05 Renovado pelo sangue da aliança
qua Marcos 14:22-26
22 Enquanto comiam, Jesus tomou
o pão, deu graças, partiu-o, e o deu
aos discípulos, dizendo: “Tomem;
isto é o meu corpo”.
23 Em seguida tomou o cálice, deu
graças, ofereceu-o aos discípulos, e
todos beberam.
24 E lhes disse: Isto é o meu
sangue da aliança, que é derramado
em favor de muitos.
25 Eu lhes afirmo que não beberei
outra vez do fruto da videira, até
aquele dia em que beberei o vinho
novo no Reino de Deus.
26 Depois de terem cantado um hino,
saíram para o monte das Oliveiras.
22
Análise do conteúdo
Percepção
1. Qual foi o novo significado
atribuído ao pão e ao vinho da
Páscoa que Jesus dividiu com os
discípulos? (vs.22, 24)
2. Para quem foi derramado o
sangue da aliança de Jesus?
(v.24)
4. O que você sente ao ver Jesus
declarar que derramará o sangue da
aliança por muitas pessoas e,
depois, sair para o monte das
Oliveiras?
Estudo e reflexão
3. Por que Jesus falou que não
beberia outra vez do fruto da
videira até aquele dia em que
beberá o vinho novo do reino de
Deus? (v.25)
Decisão e aplicação
5. Qual é a prova em sua vida que
testifica que você faz parte da nova
aliança de Cristo?
O que deve pôr em prática para
salientar mais ainda esse fato?
Anotação
23
No retrato da origem da Santa Ceia na palavra de hoje, Jesus atribui um
novo significado para o “pão” e o “vinho”, tradicionais da Páscoa.
Comparar o pão à carne foi uma promessa, feita por Jesus, de que estaria
junto a eles toda a vez que cumprirem a ceia do Senhor mesmo após a
sua morte na cruz. Jesus afirma que o sangue da aliança, representado
pelo cálice, será a nova promessa firmada através da sua morte (v.24).
Pelo sacrifício perfeito de Jesus Cristo, findou-se o sacrifício imperfeito
contínuo feito através do sangue dos animais, e todos tiveram seus
pecados perdoados e obtiveram a salvação pela fé. Além disso, Jesus
afirmou que não beberia do fruto da videira até o dia em que beberá do
vinho novo no Reino de Deus (v.25). Isso significa que aquela refeição
seria a última ceia na Terra. Ao mesmo tempo que Jesus nos mostra estar
decidido a entregar sua vida em obediência, também é mostrado que
haverá uma “nova” ceia no Reino de Deus, da qual nós também
participaremos.
ORAÇ Ã O
Faça com que, através da ceia do Senhor, nós
possamos demonstrar em nossas vidas a
graça do Senhor, que prometeu estar conosco
eternamente.
Anotação
24
06 De onde vem a minha coragem
qui Marcos 14:27-31
27 Disse-lhes Jesus: Vocês todos
me abandonarão. Pois está escrito:
“Ferirei o pastor, e as ovelhas serão
dispersas”.
28 Mas, depois de ressuscitar, irei
adiante de vocês para a Galiléia.
29 Pedro declarou: “Ainda que
todos te abandonem, eu não te
abandonarei!”
30 Respondeu Jesus: “Asseguro-lhe
que ainda hoje, esta noite, antes que
duas vezes cante o galo, três vezes
você me negará”.
31 Mas Pedro insistia ainda mais:
“Mesmo que seja preciso que eu
morra contigo, nunca te negarei”. E
todos os outros disseram o mesmo.
25
Análise do conteúdo
Percepção
1. Onde está a prova da
afirmação que Jesus fez acerca
dos discípulos que o
abandonariam? (v.27, vide Zc
13:7)
2. Como Pedro enfatiza a sua
alegação de que não iria
abandonar Jesus? (vs.29, 31)
4. O que você sente em relação a
Jesus que, apesar de saber o que
há de vir, vê os discípulos fazerem
um discurso extravagante?
Estudo e reflexão
3. De onde você acha que vem a
coragem de Pedro, quando
defronte a palavra de Jesus?
Decisão e aplicação
5. Há algum aspecto da sua vida
onde você confia mais na sua
capacidade do que em Deus?
O que deve pôr em prática a fim de
restaurar a plena confiança em
Deus?
Anotação
26
Zc 13:7: “‘Levante-se ó espada, contra o meu pastor, contra o meu companheiro!’
declara o Senhor dos Exércitos. ‘Fira o pastor, e as ovelhas se dispersarão, e
voltarei minhas mãos aos pequeninos.’”
No caminho de Getsêmani, Jesus prediz que todos os discípulos o
abandonariam e que após a ressurreição, ele iria adiante deles para a
Galiléia e se encontraria com eles (vs.27-28). Mas os discípulos não
estavam interessados no reencontro após a ressurreição, e estavam
relutantes em relação à afirmação de que eles o abandonariam.
Principalmente Pedro, que agia precipitadamente e se colocou numa
posição superior diante dos outros (v.29), demonstrando estar convicto de
que até morreria junto com Jesus (v.31), negando insistentemente que iria
abandoná-lo. Mesmo que Jesus respondesse-lhe em tom firme:
“Asseguro-lhe”, Pedro o rebatia “firmemente”. Pedro tinha certeza em seu
coração que amava Jesus, porém essa certeza não foi dada por Deus,
mas vinha da confiança nele mesmo. Nós conhecemos Pedro, que cai
incontestavelmente após algumas horas. Será que também não estamos
tão cheios de certeza, apesar de ter conhecimento desses fatos?
ORAÇ Ã O Faça com que eu não dependa de mim
mesmo, mas que eu possa viver dependendo
somente do Deus infinito.
Anotação
27
07 Quando a alma está em tribulações
sex Marcos 14:32-36
32 Então foram para um lugar
chamado Getsêmani, e Jesus disse
aos seus discípulos: “Sentem-se
aqui enquanto vou orar”.
33 Levou consigo Pedro, Tiago e
João, e começou a ficar aflito e
angustiado.
34 E lhes disse: “A minha alma está
profundamente triste, numa tristeza
mortal. Fiquem aqui e vigiem”.
35 Indo um pouco mais adiante,
prostrou-se e orava para que, se
possível, fosse afastada dele aquela
hora.
36 E dizia: “Aba, Pai, tudo te é
possível. Afasta de mim este cálice;
contudo, não seja o que eu quero,
mas sim o que tu queres”.
28
Análise do conteúdo
Percepção
1. O que Jesus ordenou aos
discípulos? (v.32)
2. Como estava o coração de
Jesus quando começou a oração?
(vs.33-35)
4. O que você sente ao ver a
imagem de Jesus, que acaba
obedecendo à vontade de Deus
mesmo tendo orado “tomado de
pavor e angústia” e sentindo-se
“profundamente triste até a morte”?
Estudo e reflexão
3. Por que Jesus terminou a
oração dizendo que não seja o
que ele quer, e sim o que Deus
queria? (v.36)
Decisão e aplicação
5. O que você deve fazer caso você
esteja numa situação em que a sua
alma está profundamente triste até a
morte?
O que você deve fazer para
obedecer a vontade de Deus sem
seguir a sua vontade?
Anotação
29
Jesus supera, através da oração, o pavor e a angústia. Ele, que não tinha
ficado com medo nem da terrível tempestade, chegando ao Getsêmani,
pede aos discípulos que orem por ele dizendo que está “tomado de pavor
e de angustia”. E sai mais adiante um pouco e começa a orar, mas o final
da oração de Jesus fica diferente. Ele finaliza a oração pedindo para que
passasse dele este cálice, se possível, porém, no final, supera toda a sua
ambição e pede para que seja realizada a vontade de Deus. Essa
mudança se deve ao encontro de Jesus com o Pai, que é o mais íntimo,
respeitável e amoroso “Aba Pai”. O que você sente ao ver essa imagem
de Jesus, que transforma o sentimento de fuga da situação para a entrega
da própria vida em obediência à vontade de Deus? O que você e as
pessoas ao seu redor precisam para superar as dificuldades do coração
para poder obedecer à missão como Jesus?
ORAÇ Ã O Faça com que eu possa viver orando com
fervor, sem desviar da missão, mas
obedecendo-a.
Anotação
30
08 A postura de quem se prepara para a tentação
sáb Marcos 14:37-42
37 Então, voltou aos seus
discípulos e os encontrou dormindo.
“Simão”, disse ele a Pedro, “você
está dormindo? Não pôde vigiar
nem por uma hora?
38 Vigiem e orem para que não
caiam em tentação. O espírito está
pronto, mas a carne é fraca.
39 Mais uma vez ele se afastou e
orou, repetindo as mesmas
palavras.
40 Quando voltou, de novo os
encontrou dormindo, porque seus
olhos estavam pesados. Eles não
sabiam o que lhe dizer.
41 Voltando pela terceira vez, ele
lhes disse: Vocês ainda dormem e
descansam? Basta! Chegou a hora!
Eis que o Filho do homem está
sendo entregue nas mãos dos
pecadores.
42 Levantem-se e vamos! Aí vem
aquele que me trai!
31
Análise do conteúdo
Percepção
1. O que Jesus pediu a Pedro?
(vs.37-38)
2. O que Jesus disse na terceira
vez que voltou aos discípulos?
(vs.41-42)
4. O que você sente ao ver que
Jesus não repreendeu os discípulos
que acabaram dormindo, embora ele
tenha pedido por três vezes para
vigiarem e ficarem orando?
Estudo e reflexão
3. Por que Jesus disse aos
discípulos: “Basta! Chegou a
hora!”, quando estava
aproximando aquele que o trairia?
Decisão e aplicação
5. O que você e as pessoas ao seu
redor devem fazer para se
prepararem como Jesus para os
momentos de tentação?
O que você precisa para aconselhar
as pessoas que são mais frágeis na
carne e no espirito, a fim de que
fiquem vigiando e orando sem cair
em tentação?
Anotação
32
Ct 2:10,13: “O meu amado falou e me disse: Levante-se, minha querida, minha bela, e venha comigo. (...) A figueira produz os primeiros frutos; as vinhas florescem e espalham sua fragrância. Levante-se, venha, minha querida; minha bela, venha comigo.”
Jesus venceu a fraqueza humana e, para respeitar a vontade de Deus, continuou orando. Pediu repetidamente aos discípulos para que vencessem a fragilidade da carne e continuassem orando. Jesus pôde enfrentar a situação em que estava prestes a ser vendido, sem fugir dela porque orou continuamente, segurando a vontade de Deus e não a da carne. Ele não repreendeu os discípulos que fracassaram na oração, ainda, os chamou para que fossem juntos ao local em que seria vendido. Este episódio nos faz lembrar o cântico de amor do livro Cântico dos Cânticos (vide Ct 2:10,13). Jesus amou os discípulos até o final e desejou seguir o caminho da cruz com eles. Será que você e as pessoas que estão ao seu redor venceram a carne e estão orando continuamente para seguir a vontade de Deus? Ou será que pararam de orar porque foram vencidos pela carne? O que você deve fazer para continuar orando para poder seguir a vontade de Deus? E o que você deve fazer para ajudar as pessoas para que possam orar continuamente?
ORAÇ Ã O Faça com que eu possa orar continuamente
para vencer não somente a minha fragilidade,
mas para poder orar pelos outros.
Anotação
33
09 A oração de Jesus
dom Culto no Lar - Marcos 14:32-36
Família à mesa. Reúna a sua família à mesa e compartilhe a comida e as percepções e aplicações do sermão do dia.
Leitura bíblica
32 Então foram para um lugar
chamado Getsêmani, e Jesus
disse aos seus discípulos:
“Sentem-se aqui enquanto vou
orar”.
33 Levou consigo Pedro, Tiago e
João, e começou a ficar aflito e
angustiado.
34 E lhes disse: “A minha alma
está profundamente triste, numa
tristeza mortal. Fiquem aqui e
vigiem”.
35 Indo um pouco mais adiante,
prostrou-se e orava para que, se
possível, fosse afastada dele aquela
hora.
36 E dizia: “Aba, Pai, tudo te é
possível. Afasta de mim este cálice;
contudo, não seja o que eu quero,
mas sim o que tu queres”.
34
CULTO NO LAR
Desvendando a palavra
Após a celebração da Páscoa, Jesus foi com os discípulos para Getsêmani (v.32). Este local era onde Jesus costumava ir com frequência para orar. Diante da morte de cruz que se aproximava, Jesus orou de maneira profunda, a ponto de seu suor virar sangue (vide Lc 22:44). Podemos ver que Jesus estava sofrendo muito e isso é comprovado pelo que ele disse para Pedro, Tiago e João: “A minha alma está profundamente triste, numa tristeza mortal. Fiquem aqui e vigiem.” (v.34). Jesus sabia que a morte na cruz não envolvia somente o sofrimento de uma morte física, mas aquele momento seria de desconexão de seu relacionamento com Deus e, por essa razão, ele estava em profundo sofrimento mental indescritível.
E, em meio a este sofrimento, ele sozinho se prostrou no chão e orou assim para Deus Pai: “Aba, Pai, tudo te é possível. Afasta de mim este cálice; contudo, não seja o que eu quero, mas sim o que Tu queres” (v.36). Jesus queria que a dor da morte na cruz lhe fosse afastada, porém deixou todos os pensamentos ou a vontade humana e tomou a decisão de acatar a vontade de Deus. A oração não é um meio de encaixar os meus pensamentos ou expressar minhas vontades em Deus, pelo contrário, é decidir em obedecer totalmente a Deus, deixando os meus pensamentos e as minhas vontades como a oração de Jesus. Esperamos que a nossa querida família siga, todos os dias, o exemplo da oração poderosa ensinada por Jesus.
35
CULTO NO LAR
Compartilhando a graça 1. Cada membro da família deve tentar resumir em uma frase a palavra
de hoje.
2. O que você sente ao ver o profundo sofrimento de Jesus diante da
eminente morte na cruz? (v.34)
3. Analise o conteúdo da sua oração e a postura com que a tem feito.
Depois, leia 1 João 5:14 e compartilhe com a família a sua decisão.
Compartilhando agradecimentos 1. Relembrando a vida que teve durante a semana, vamos falar sobre o
que teve para agradecer, para confessar e pedir perdão diante de Deus e
da família.
2. Vamos fazer oferta como a expressão de gratidão, de arrependimento
e de amor pelos próximos.
Orando juntos Faça com que eu seja um discípulo de Jesus que busca e obedece a
vontade de Deus, deixando os meus pensamentos e planos.
36
10 Duas reações diante da tentação
seg Marcos 14:43-52
43 Enquanto ele ainda falava,
apareceu Judas, um dos Doze.
Com ele estava uma multidão
armada de espadas e varas,
enviada pelos chefes dos
sacerdotes, mestres da lei e líderes
religiosos.
44 O traidor havia combinado um
sinal com eles: “Aquele a quem eu
saudar com um beijo, é ele:
prendam-no e levem-no em
segurança”.
45 Dirigindo-se imediatamente a
Jesus, Judas disse: “Mestre!”, e o
beijou.
46 Os homens agarraram Jesus e o
prenderam.
47 Então, um dos que estavam por
perto puxou a espada e feriu o
servo do sumo sacerdote,
decepando-lhe a orelha.
48 Disse Jesus: Estou eu chefiando
alguma rebelião, para que vocês
venham me prender com espadas e
varas?
49 Todos os dias eu estive com
vocês, ensinando no templo, e vocês
não me prenderam. Mas as
Escrituras precisam ser cumpridas.
50 Então todos o abandonaram e
fugiram.
51 Um jovem, vestindo apenas um
lençol de linho, estava seguindo
Jesus. Quando tentaram prendê-lo,
52 ele fugiu nu, deixando o lençol
para trás.
37
Estudo e Reflexão Decisão e Aplicação
Análise do conteúdo
Percepção
38
Orientações O resultado da oração que surgiu frente à tentação Marcos 14:43-52
Análise do conteúdo Enviada pelos chefes dos sacerdotes, mestres das leis e líderes religiosos, uma multidão armada de espadas e varas apareceu junto a Judas em frente a Jesus. Judas saudou Jesus com um beijo, o sinal que havia combinado com eles. Os homens agarraram Jesus e o prenderam. Então um dos discípulos puxou a espada e feriu o servo decepando a sua orelha. Quando Jesus foi preso, todos o abandonaram e fugiram. Estudo e Reflexão 1. Por que Judas e a multidão, armada de espadas e varas, vieram prender Jesus no meio da noite? E como Jesus pôde se entregar tão facilmente? - Judas, que já havia presenciado inúmeros milagres e o poder de Jesus, julgou que Jesus era poderoso o suficiente para fugir sem grande esforço, por isso não se esqueceu de recomendar que o levassem fortemente vigiado. Como os chefes dos sacerdotes, mestres das leis e líderes religiosos já tinham ouvido sobre o poder de Jesus, escolheram a noite para evitar a agitação das pessoas e enviaram uma multidão armada de espadas e varas para prendê-lo. Jesus, que orara no Getsêmani, sabia que toda essa situação era para o cumprimento da palavra do velho testamento e se entregou facilmente. 2. Qual foi o maior motivo pelo qual os discípulos fugiram, deixando Jesus, por quem haviam deixado tudo para trás? - Apesar dos discípulos terem acompanhado os momentos de oração de Jesus e terem aprendido
com ele, é bem difícil achar algum registro de que eles tenham orado com perseverança antes de serem batizados com o Espírito Santo. Pedro, Tiago e João, aos quais Jesus tinha pedido para ficarem orando por ele em Getsêmani, não conseguiram ficar acordados. Jesus, que estava sempre orando, compreendeu que o tempo em que a palavra se realizaria havia chegado, mas os discípulos, que não estavam orando, foram tomados pelo medo e abandonaram o seu mestre, mostrando as suas fragilidades. A oração foi a diferença dos dois diferentes resultados frente a situações críticas. Percepção Caso você não esteja vivendo uma vida de oração, você estará ocupado em fugir, assim como os discípulos, numa situação crítica. Lembro-me de que vieram várias dificuldades quando comecei fazer o discipulado. Foram momentos em que vivenciei o significado das palavras de Jesus, recomendando para que os discípulos orassem frente às dificuldades. Percebi quão importante e milagrosa ela é. Compreendi que a oração era um presente de Deus para mim e que devo continuar orando não somente durante o período do treinamento, mas continuamente durante a minha vida. Decisão e aplicação 1. Hoje, eu perdi o horário da oração matinal, porém não vou deixar passar esse momento diário e vou fazer oração de intercessão antes de dormir, esperando o encontro com Deus. 2. Tenho repreendido frequentemente o meu caçula, diante de outras crianças durante as aulas de inglês. Espero que possa ter um momento de oração, pedindo sabedoria a Deus antes de começar a aula.
39
Análise do conteúdo
Percepção
1. Como Jesus foi preso? (vs.43-
46)
2. Como reagiram os discípulos
quando Jesus foi preso? (vs.47
,50-52)
4. O que você sente vendo Jesus
reagir tão calmamente enquanto os
discípulos saíram fugindo?
Estudo e reflexão
3. Por que a reação de Jesus e
dos discípulos foi tão grande?
Decisão e aplicação
5. Será que você também não está
agindo covardemente vendendo,
traindo ou fugindo de Jesus?
O que você pode fazer hoje como
uma pessoa que segue a vontade de
Deus, assim como Jesus?
Anotação
40
“Um jovem” (v.51): esse jovem, que não é mencionado em outros três evangelhos,
trata-se provavelmente do próprio Marcos, o autor desse livro. A peça de linho fino
indica que o jovem pertencia a uma família abastada, como Marcos.
Judas apareceu com uma multidão armada de espadas e varas para
vender Jesus. No momento em que Jesus é preso surgem duas reações.
A tranquila obediência de Jesus e a fuga dos discípulos. Jesus não estava
somente preparado com a oração, mas estava ciente e tinha a fé sobre a
vontade de Deus escrita nas Escrituras, por isso ele aceitou como uma
missão essa perigosa situação (v.49). Enquanto isso, os discípulos não
obedeceram a ordem de Jesus de vencerem a fraqueza humana com a
oração e acabaram praticando atos de violência (v.47), de abandono e de
fuga (vs.50-52). Assim, se não formos fiéis à vida de oração e da palavra,
numa circunstância ameaçadora, aparecerão claramente os problemas
que não notamos no nosso dia a dia. Qual é a palavra e a oração que
você e a sua fazenda precisam e devem segurar para que possam manter
a postura de serena obediência de Jesus? O que você e a sua fazenda
devem deixar de lado para que não sejam como os discípulos que foram
vencidos pela fraqueza humana e agiram covardemente?
ORAÇ Ã O Ajude-me a viver fiel à palavra e à oração,
vencendo a tentação e cumprindo a Sua
missão na Tua graça.
Anotação
41
11 Plano falso
ter Marcos 14:53-59
53 Levaram Jesus ao sumo
sacerdote; e então se reuniram
todos os chefes dos sacerdotes, os
líderes religiosos e os mestres da
lei.
54 Pedro o seguiu de longe até o
pátio do sumo sacerdote. Sentando-
se ali com os guardas, esquentava-
se junto ao fogo.
55 Os chefes dos sacerdotes e todo
o Sinédrio estavam procurando
depoimentos contra Jesus, para
que pudessem condená-lo à morte,
mas não encontravam nenhum.
56 Muitos testemunharam falsamente
contra ele, mas as declarações deles
não eram coerentes.
57 Então se levantaram alguns e
declararam falsamente contra ele:
58 “Nós o ouvimos dizer: “Destruirei
este templo feito por mãos humanas
e em três dias construirei outro, não
feito por mãos de homens””.
59 Mas, nem mesmo assim, o
depoimento deles era coerente.
42
Análise do conteúdo
Percepção
1. Onde Jesus foi capturado?
Quais grupos estavam nesse
lugar? (vs.53-55)
2. Qual foi o propósito desta
reunião e sobre o que eles
testemunhavam? (vs.55-56, 59)
4. O que você sente ao ver que
aqueles que queriam matar Jesus
testemunhavam falsamente contra
ele?
Estudo e reflexão
3. Qual era o motivo dos
depoimentos daqueles que
queriam matar Jesus não serem
coerentes?
Decisão e aplicação
5. Houve alguma ocasião em que
testemunharam falsamente contra
você, fazendo com que se sentisse
injustiçado?
O que você pode colocar em prática,
a fim de superar essas injustiças? Anotação
43
Vemos na frase “se reuniram todos” (v.53), a intenção clara dos chefes
dos sacerdotes, dos líderes religiosos e dos mestres da lei de prender e
matar Jesus. Enquanto estes procuravam depoimentos contra Jesus,
Pedro, por sua vez, para poder manter sua promessa de “ainda que todos
te abandonem, eu não te abandonarei” (v.29), “o seguia de longe” (v.54) e
ficou como um espectador, sem poder tomar uma atitude. Os que
pretendiam matar Jesus acharam depoimentos falsos contra ele, porém
eram incoerentes. Aliás, aquilo que colocaram como depoimentos de
acusação, embora sejam algo do que Jesus dissera antes, eram falsas
porque tinham entendimento incorreto. Jesus nunca falou que ele mesmo
destruiria o templo. No evangelho de João, Jesus disse: "Destruam este
templo, e eu o levantarei em três dias".
(Jo 2:19). Jesus nunca disse que ele próprio destruiria o templo, portanto,
essas mentiras só comprovam que eles eram maus e assassinos.
ORAÇ Ã O Faça com que eu possa olhar somente para o
Senhor, mesmo em situações ou com pessoas
que me façam sofrer.
Anotação
44
12 Testemunho verdadeiro e testemunho falso
qua Marcos 14:60-65
60 Depois o sumo sacerdote
levantou-se diante deles e
perguntou a Jesus: “Você não vai
responder à acusação que estes lhe
fazem?”
61 Mas Jesus permaneceu em
silêncio e nada respondeu. Outra
vez o sumo sacerdote lhe
perguntou: “Você é o Cristo, o Filho
do Deus Bendito?”
62 “Sou”, disse Jesus. “E vereis o
Filho do homem assentado à direita
do Poderoso vindo com as nuvens
do céu.”
63 O sumo sacerdote, rasgando as
próprias vestes, perguntou: Por que
precisamos de mais testemunhas?
64 Vocês ouviram a blasfêmia. Que
acham? Todos o julgaram digno de
morte.
65 Então alguns começaram a cuspir
nele; vendaram-lhe os olhos e,
dando-lhe murros, diziam: “Profetize!”
E os guardas o levaram, dando-lhe
tapas.
45
Análise do conteúdo
Percepção
1. Como Jesus respondeu ao
falso testemunho das pessoas?
(v.61)
2. Quais foram as acusações do
sumo sacerdote durante o
interrogatório? (v.64)
4. O que você sente ao ver Jesus
que não reagiu diante das muitas
mentiras, mas respondeu com
clareza à pergunta que
previsivelmente poderia acusá-lo de
blasfêmia?
Estudo e reflexão
3. Por que Jesus permaneceu em
silêncio diante das falsas
testemunhas e só se pronunciou
durante o interrogatório do sumo
sacerdote?
Decisão e aplicação
5. Mesmo que você fique em
prejuízo, quais as verdades que
deve manter?
Para poder ser como Jesus que
sempre fala a verdade, o que deve
colocar em prática? Anotação
46
Dn 7:13: "Em minha visão à noite, vi alguém semelhante a um filho de homem,
vindo com as nuvens dos céus. Ele se aproximou do ancião e foi conduzido a sua
presença.”
Em um julgamento no tribunal, se as acusações feitas não são verdadeiras
ou incoerentes, acaba favorecendo a posição do réu. Pelo fato dos
depoimentos não serem coerentes, o réu pode usá-los para se declarar
inocente, mas Jesus, diante das muitas falsas testemunhas, não disse
nenhuma palavra. Agora, quando o sumo sacerdote fez uma pergunta que
induz à acusação de blasfêmia: "Você é o Cristo, o filho do Deus
Bendito?", Jesus respondeu com clareza: "Sou" e disse ainda mais: "E
vereis o Filho do Homem assentado à direita do poderoso vindo com as
nuvens do céu." (vide Dn 7:13). Esse julgamento pelo sumo sacerdote era
claramente ilegal. Como um julgador, o sumo sacerdote não pode
favorecer nenhum dos lados, porém o juiz, de repente, estava como
acusador, fazendo perguntas ao acusado. E, novamente como juiz,
condenou-o a uma sentença de morte. Jesus, em meio a esta situação
ilegal, não tentou prolongar a sua vida, mas sim, somente disse a verdade.
ORAÇ Ã O Ajude-me a ter a coragem de falar somente a
verdade como Jesus, mesmo em situações de
perigo.
Anotação
47
13 A lágrima de um covarde
qui Marcos 14:66-72
66 Estando Pedro embaixo, no
pátio, uma das criadas do sumo
sacerdote passou por ali.
67 Vendo Pedro a aquecer-se,
olhou bem para ele e disse: “Você
também estava com Jesus, o
Nazareno”.
68 Contudo ele o negou, dizendo:
“Não o conheço, nem sei do que
você está falando”. E saiu para o
alpendre.
69 Quando a criada o viu lá, disse
novamente aos que estavam por
perto: “Esse aí é um deles”.
70 De novo ele negou. Pouco tempo
depois, os que estavam sentados ali
perto disseram a Pedro: “Certamente
você é um deles. Você é galileu!”
71 Ele começou a se amaldiçoar e a
jurar: “Não conheço o homem de
quem vocês estão falando!”
72 E logo o galo cantou pela
segunda vez. Então Pedro se
lembrou da palavra que Jesus lhe
tinha dito: “Antes que duas vezes
cante o galo, você me negará três
vezes”. E se pôs a chorar.
48
Análise do conteúdo
Percepção
1. Qual é o local onde Pedro
negou Jesus? (vs.66, 68)
2. O que aconteceu depois de
Pedro negar Jesus pela terceira
vez e qual foi a sua reação? (v.72)
4. O que você sente vendo Pedro
negar Jesus no final?
Estudo e reflexão
3. Por que Pedro negou que
conhecia Jesus para a criada e
outras pessoas, embora tenha o
acompanhado de longe até o local
do seu julgamento?
Decisão e aplicação
5. O que você faz para não negar
Jesus Cristo neste mundo?
O que você pode fazer para mostrar
que você é discípulo de Jesus e
como poderia colocá-lo na prática? Anotação
49
“E se pôs a chorar” (v.72): chorou amargamente.
A palavra de hoje mostra claramente a falha de Pedro. O local onde ele
negou Jesus pela primeira vez foi no pátio baixo da casa do sumo
sacerdote, segunda e terceira vez foi no alpendre. Na primeira, foi
acusado pela criada do sumo sacerdote, na segunda, além da criada,
pelas outras pessoas e na terceira, junto com a prova de que ele era
galileu, foi acusado que era “um deles”. No final, diante da terceira
acusação, Pedro se amaldiçoou e jurou (v.71), negando Jesus e logo o
galo cantou pela segunda vez. Certamente, foi sincera a declaração de
Pedro durante a última ceia: “mesmo que seja preciso que eu morra
contigo, nunca te negarei” (v.31), porém Pedro não se preparou em
Getsêmani com oração, seguiu Jesus “de longe” e caiu diante da
acusação de uma criada, e não do sumo sacerdote. A lágrima que Pedro
deixou cair depois de perceber a sua falha mostra como ser humano é
fraco para seguir Jesus. Assim, devemos nos lembrar que, sem o poder de
Deus, qualquer um pode cair.
ORAÇ Ã O Faça-me recordar que sou falível e que eu
consiga confessar humildemente que Jesus é
o meu senhor.
Anotação
50
14 A reação ao sofrimento
sex Marcos 15:1-5
1 De manhã bem cedo, os chefes
dos sacerdotes com os líderes
religiosos, os mestres da lei e todo
o Sinédrio chegaram a uma
decisão. Amarrando Jesus,
levaram-no e o entregaram a
Pilatos.
2 “Você é o rei dos judeus?”,
perguntou Pilatos. “Tu o dizes”,
respondeu Jesus.
3 Os chefes dos sacerdotes o
acusavam de muitas coisas.
4 Então Pilatos lhe perguntou
novamente: “Você não vai
responder? Veja de quantas coisas o
estão acusando”.
5 Mas Jesus não respondeu nada, e
Pilatos ficou impressionado.
51
Análise do conteúdo
Percepção
1. O que aconteceu no dia seguinte, de manhã bem cedo, em que Jesus foi preso? (v.1)
2. Qual foi o conteúdo da
conversa entre Jesus e Pilatos?
(vs.2, 4, 5)
4. O que você sente vendo Jesus
não retrucar, mesmo sabendo que a
acusação dos sacerdotes é um
truque contra ele?
Estudo e reflexão
3. Por que Pilatos ficou
impressionado por Jesus não ter
respondido nada?
Decisão e aplicação
5. Qual é a dificuldade que você tem
para seguir a sua fé?
O que você pode fazer para
enfrentar essa dificuldade, assim
como Jesus fez? Anotação
52
“De manhã bem cedo” (v.1): manhã da sexta-feira santa.
O Sinédrio, o órgão supremo jurídico da Judéia, discutiu durante a
madrugada e decidiu entregar Jesus a Pilatos, o governador da região
enviado por Roma. Pilatos perguntou a Jesus se ele era o rei dos Judeus
e ele respondeu: “Tu o dizes”. Depois disso, os sacerdotes acusam-no de
várias formas. Como Pilatos sabia que Jesus foi entregue por inveja dos
sacerdotes (v.10) e também que ele era inocente (v.14), esperava ouvir a
sua resposta, porém Jesus não respondeu a essas acusações e isso
surpreendeu Pilatos. Mesmo uma pessoa que cometeu um crime digno de
pena capital costuma dar um monte de desculpas, mas Jesus ficou em
silêncio, embora possa provar a sua inocência diante dessas acusações
falsas. Ele sabia que precisava carregar a cruz para salvar a humanidade,
portanto ele desistiu dos seus direitos. Nós também devemos seguir o
caminho de Jesus, que desistiu dos seus direitos para seguir a vontade de
Deus.
ORAÇ Ã O Faça com que eu possa suportar com alegria o
sofrimento para realizar a Tua vontade.
Anotação
53
15 Faça o que é correto
sáb Marcos 15:6-15
6 Por ocasião da festa, era costume
soltar um prisioneiro que o povo
pedisse.
7 Um homem chamado Barrabás
estava na prisão com os rebeldes
que haviam cometido assassinato
durante uma rebelião.
8 A multidão chegou e pediu a
Pilatos que lhe fizesse o que
costumava fazer.
9 “Vocês querem que eu lhes solte
o rei dos judeus?”, perguntou
Pilatos,
10 sabendo que fora por inveja que
os chefes dos sacerdotes lhe
haviam entregado Jesus.
11 Mas os chefes dos sacerdotes
incitaram a multidão a pedir que
Pilatos, ao contrário, soltasse
Barrabás.
12 “Então, que farei com aquele a
quem vocês chamam rei dos
judeus?”, perguntou-lhes Pilatos.
13 “Crucifica-o!”, gritaram eles.
14 “Por quê? Que crime ele
cometeu?”, perguntou Pilatos. Mas
eles gritavam ainda mais: “Crucifica-
o!”
15 Desejando agradar a multidão,
Pilatos soltou-lhes Barrabás, mandou
açoitar Jesus e o entregou para ser
crucificado.
54
Análise do conteúdo
Percepção
1. Quem os sacerdotes e a
multidão queriam que fosse solto
e quem eles queriam que fosse
castigado? (vs.11-13)
2. Qual era o julgamento de
Pilatos em relação a Jesus? (vs.9-
10, 14)
4. O que sente vendo Pilatos fazer
um julgamento maldoso, apesar de
saber que estava errado, só por
causa da reação das pessoas e da
situação?
Estudo e reflexão
3. Por que Pilatos deixou
crucificar Jesus, mesmo sabendo
que ele era inocente?
Decisão e aplicação
5. O que você leva em consideração
na hora de tomar alguma decisão?
O que pode ser feito para tomar uma
decisão baseada nas palavras de
Deus? Anotação
55
Mc 6:17-29: “porque Herodes temia a João e o protegia, sabendo que ele era um
homem justo e santo; e quando o ouvia, ficava perplexo. Mesmo assim gostava de
ouvi-lo (...) o rei ficou muito aflito, mas por causa do seu juramento e dos
convidados, não quis negar o pedido à jovem.”
Pilatos, o governador romano, podia declarar a inocência de Jesus e soltá-
lo, seguindo a lei romana, mas ele nem conseguiu fazer algo tão simples e
lógico. E, seguindo a tradição dos judeus de liberar um prisioneiro na
ocasião da festa, negocia com o povo se vai liberar Barrabás, que
participara de uma rebelião, ou Jesus Cristo. Assim como Herodes fez
anteriormente (vide Mc 6:17-29), Pilatos também tinha medo das pessoas,
apesar de ser uma autoridade desse mundo. Assim, ele se curvou diante
do grito da multidão manipulada pelos sacerdotes. Certamente, Pilatos
sabia o que era certo, porém em vez de seguir a verdade, tomou uma
decisão política para satisfazer as pessoas. Na verdade, a única pessoa
que ficou indiferente diante do ataque e do grito da multidão foi Jesus
Cristo. Herodes, Pedro e Pilatos, todos caíram diante do grito das
pessoas, entretanto, nós devemos seguir o exemplo de Jesus. Assim
como Jesus, devemos seguir a verdade como padrão da nossa vida, sem
nos abalarmos diante da força do mundo.
ORAÇ Ã O Senhor, dê-me a força para vencer este mundo
falso com a verdade.
Anotação
56
16 Você estaria a favor de quem?
dom Culto no Lar – Marcos 15:6-15
Família à mesa. Reúna a sua família à mesa e compartilhe a comida e as percepções e aplicações do sermão do dia.
Leitura bíblica
6 Por ocasião da festa, era
costume soltar um prisioneiro que
o povo pedisse.
7 Um homem chamado Barrabás
estava na prisão com os rebeldes
que haviam cometido assassinato
durante uma rebelião.
8 A multidão chegou e pediu a
Pilatos que lhe fizesse o que
costumava fazer.
9 “Vocês querem que eu lhes solte
o rei dos judeus?”, perguntou
Pilatos,
10 sabendo que fora por inveja que
os chefes dos sacerdotes lhe
haviam entregado Jesus.
11 Mas os chefes dos sacerdotes
incitaram a multidão a pedir que
Pilatos, ao contrário, soltasse
Barrabás.
12 “Então, que farei com aquele a
quem vocês chamam rei dos
judeus?”, perguntou-lhes Pilatos.
13 “Crucifica-o!”, gritaram eles.
14 “Por quê? Que crime ele
cometeu?”, perguntou Pilatos. Mas
eles gritavam ainda mais: “Crucifica-
o!”
15 Desejando agradar a multidão,
Pilatos soltou-lhes Barrabás,
mandou açoitar Jesus e o entregou
para ser crucificado.
57
CULTO NO LAR
Desvendando a palavra
Jesus foi interrogado com várias
perguntas pelo governador romano
Pilatos. Na fase final do julgamento,
Pilatos não conseguia tomar sua
decisão facilmente. Tal motivo se
deve pelo fato do povo pedir, ao
contrário da opinião de Pilatos, que
soltasse Barrabás, o qual havia
cometido assassinato durante uma
rebelião (v.11), pelo costume de
libertar um prisioneiro que o povo
pedisse por ocasião da festa (v.6).
Na realidade, Pilatos tinha
autonomia para tomar por si só
todas as decisões. Mesmo assim
ele perguntou novamente à
multidão: “Então, que farei com
aquele a quem vocês chamam rei
dos judeus?” (v.12). Essa pergunta
mostra perfeitamente a intenção
covarde de Pilatos de querer
proteger sua posição.
Sobre tal pergunta, as pessoas
responderam: “Crucifica-o” (v.13).
Com esse grito da multidão, Pilatos
ficou ainda mais confuso, pois ele
tinha certeza de que Jesus era
inocente. Por essa razão, ele tentou
fazer com que as pessoas
mudassem de opinião, perguntando-
lhes que crime Jesus havia
cometido. Mas a multidão gritava
ainda mais alto, exigindo que Jesus
fosse crucificado. No final, desejando
agradar a multidão, Pilatos tomou a
última decisão de soltar Barrabás e
entregar Jesus para ser crucificado
(v.15).
Pilatos havia tomado uma decisão
errônea para satisfazer seu desejo
político e para proteger o seu cargo.
Por acaso, isso também acontece
conosco? Esperamos que a nossa
amada família esteja sempre a favor
da verdade, em questão de religião e
realidade, mesmo que isso traga
prejuízo e dificuldade.
58
CULTO NO LAR
Compartilhando a graça 1. Cada membro da família deve tentar resumir em uma frase a palavra
de hoje.
2. O que você sente ao ver Pilatos decidir crucificar Jesus para agradar a
multidão?
3. Reflita se não existe uma parte da sua vida religiosa que esteja
comprometida com a vida mundana. Vamos orar pedindo perdão das
nossas falhas e discernimento para saber a vontade de Deus, à qual
possamos vier em obediência.
Compartilhando agradecimentos 1. Relembrando a vida que teve durante a semana, vamos falar sobre o
que teve para agradecer, para confessar e pedir perdão diante de Deus e
da família.
2. Vamos fazer oferta como a expressão de gratidão, de arrependimento
e de amor pelos próximos.
Orando juntos Faça com que eu tenha uma vida religiosa firme, comprometida, com fé
constante, mesmo que cause prejuízo ou sofrimento.
59
17 Coroação humilhante
seg Marcos 15:16-20
16 Os soldados levaram Jesus para
dentro do palácio, isto é, ao
Pretório, e reuniram toda a tropa.
17 Vestiram-no com um manto de
púrpura, depois fizeram uma coroa
de espinhos e a colocaram nele.
18 E começaram a saudá-lo:
“Salve, rei dos judeus!”
19 Batiam-lhe na cabeça com uma
vara e cuspiam nele. Ajoelhavam-se
e lhe prestavam adoração.
20 Depois de terem zombado dele,
tiraram-lhe o manto de púrpura e
vestiram-lhe suas próprias roupas.
Então o levaram para fora, a fim de
crucificá-lo.
60
Estudo e Reflexão
Decisão e Aplicação
Análise do conteúdo
Percepção
61
Orientações Jesus é amor
Marcos 15:16-20 Análise do conteúdo Os soldados levaram Jesus ao Pretório, reuniram a tropa e começaram a zombar dele: vestindo-lhe um manto de púrpura, colocaram uma coroa de espinho, saudaram: “Salve, rei dos judeus!”, bateram a sua cabeça com uma vara, cuspiram-lhe e ajoelharam-se prestando adoração. Após tudo isso, vestiram-lhe suas próprias roupas e o levaram para fora, a fim de crucificá-lo. Estudo e Reflexão 1. Por qual motivo os soldados vestiram Jesus novamente com suas próprias roupas para levá-lo para fora, a fim de crucificá-lo, depois de vesti-lo com um manto de púrpura, colocar uma coroa de espinhos, bater na sua cabeça com uma vara, cuspir nele e ajoelharem-se prestando adoração? - O ato de vestir um manto de púrpura ou ajoelhar na sua frente prestando adoração significa que essa pessoa tem uma posição social superior. Porém, na realidade, não existia um rei com coroa de espinhos, e era incompreensível bater a cabeça do rei com uma vara ou cuspir nele. O manto de púrpura e a roupa de Jesus mostram realmente o contraste da posição social. Após essa atitude contraditória, os soldados vestiram Jesus com suas próprias roupas antes de levá-lo para ser crucificado. Esse ato tinha como objetivo mostrar claramente a real posição que Jesus se encontrava, ou seja, que ao invés de ser o rei dos judeus, ele não passava de um pecador prestes a ser crucificado. 2. Pense no motivo de Jesus ter aguentado silenciosamente os insultos dos soldados. - Ao contrário de levar Jesus diretamente à colina de Gólgota, os soldados levaram-no ao Pretório,
zombaram dele de várias maneiras e ridicularizaram-no dizendo: “Salve, rei dos judeus!”. O fato de zombar e insultar Jesus, ao invés de agradecê-lo pela sua vontade de ser crucificado para redimir nossos pecados, mesmo sem ter cometido nenhum crime, é uma situação humilhante e difícil de se suportar. Porém, através desse ato, Jesus, sendo o ‘rei dos judeus’, mostra que entregou sua própria vida para nos salvar. Percepção Qualquer que seja a dificuldade pela qual passo, ela não se compara com o sofrimento de Jesus descrito na passagem de hoje. Apesar de não ter nenhuma culpa, Jesus mostrou seu amor silenciosamente numa situação difícil em que era zombado e insultado pelas pessoas. Considerando o que Jesus teve que passar, eu me sinto envergonhado de ter ficado chateado ou frustrado por pequenos mal-entendidos ou problemas que aconteceram no trabalho ou em casa. Lembre-me do amor de Jesus, que soube superar silenciosamente um grande sofrimento que não se compara ao meu, e peço ajuda, sendo também um discípulo de Jesus, para poder abraçar, através do amor de Jesus, não somente relações boas e agradáveis, mas também qualquer situação ou relação difícil. Decisão e aplicação 1. Não devo me desanimar com problemas e dificuldades que o meu filho está passando nos estudos e na fase de adolescência. Vou contar-lhe que estou orando todos os dias pedindo o amor de Jesus para poder superar qualquer dificuldade, e vou sugerir-lhe a orar junto. 2. Pode ser que hoje também possa surgir um conflito de opinião no meu trabalho, portanto, vou tratar os meus colegas com um sorriso primeiro.
62
Análise do conteúdo
Percepção
1. Para onde os soldados levaram
Jesus? (v.16)
2. Como os soldados zombaram
de Jesus? (vs.17-19)
4. O que você sente ao ver Jesus, o
Rei de todos os reis, sendo
declarado rei através da provocação
dos soldados?
Estudo e reflexão
3. Qual foi o motivo de Deus ter
deixado que os soldados
humilhassem Jesus de várias
maneiras? (vide 2:12)
Decisão e aplicação
5. O que você deve suportar por
Deus?
Ao pensar no sofrimento de Jesus,
como você pensa que é possível
superá-lo? Anotação
63
“Cuspiam nele” (v.19): expressado em pretérito imperfeito, significa que os
soldados competiam entre eles para cuspir.
Toda a tropa de soldados se reuniu diante de Jesus. Alguns deles
desrespeitaram Jesus na frente de toda a tropa. Eles zombaram de Jesus
de forma bastante humilhante. Eles o humilharam, nomeando-o rei dos
judeus, vestindo-lhe um manto de púrpura, colocando uma coroa de
espinhos em sua cabeça e clamando-lhe: “Salve, rei dos judeus”. Eles
imitaram até mesmo a saudação. Além disso, bateram-lhe na cabeça com
uma vara que imitava o cetro do rei, o qual simboliza domínio. Cuspiram
nele ao invés de dar-lhe um beijo, que significa promessa de lealdade ao
rei. E por último, ajoelharam-se e lhe prestaram adoração. Os soldados
romanos zombaram de Jesus de forma humilhante, seguindo a ordem da
cerimônia de coroação, porém essa coroação de Jesus foi preparada de
acordo com a providência de Deus. Através dessa humilhante coroação
em Getsêmani, Jesus estava se preparando para ser o rei do reino de
Deus, que iria salvar todas as nações. Os seguidores de Jesus devem
lembrar que Jesus tornou-se o salvador do mundo através dessa
humilhação e não devem temer a humilhação que o mundo irá impor.
ORAÇ Ã O Faça com que eu possa aplicar o evangelho na
minha vida e glorificar Jesus, sem temer
qualquer insulto do mundo.
Anotação
64
18 Pequeno esforço, grande bênção
ter Marcos 15:21-25
21 Certo homem de Cirene,
chamado Simão, pai de Alexandre e
de Rufo, passava por ali, chegando
do campo. Eles o forçaram a
carregar a cruz.
22 Levaram Jesus ao lugar
chamado Gólgota, que quer dizer
lugar da Caveira.
23 Então lhe deram vinho misturado
com mirra, mas ele não o bebeu.
24 E o crucificaram. Dividindo as
roupas dele, tiraram sortes para
saber com o que cada um iria ficar.
25 Eram nove horas da manhã
quando o crucificaram.
65
Análise do conteúdo
Percepção
1. Quem carregou a cruz no lugar
de Jesus? (v.21)
2. Onde e quando Jesus foi
crucificado? (vs.22,25)
4. O que você sente ao ver o lar de
Simão recebendo a grande benção
da salvação pela pequena devoção
feita por ele a favor de Jesus?
Estudo e reflexão
3. Por qual motivo os nomes da
pessoa que carregou
inesperadamente a cruz e os de
seus filhos foram mencionados no
texto?
Decisão e aplicação
5. Qual foi o esforço (sacrifício) que
você fez por Jesus até o presente
momento da sua vida?
Hoje, o que você pode superar com
alegria a favor de Jesus? Anotação
66
“Vinho misturado com mirra” (v.23): um tipo de analgésico.
“Dividindo as roupas dele” (v.24): Sl 22:18; os prisioneiros que recebiam a punição
da crucificação eram crucificados nus, portanto era costume dividir as respectivas
roupas entre os executores.
“Terceira hora” (v.25): significa nove horas da manhã no modo judeu.
Rm 16:13: “Saúdem Rufo, eleito no Senhor, e sua mãe, que tem sido mãe também
para mim.”
Segundo o costume judeu e romano, Jesus teria que ser crucificado fora
do palácio, porém Jesus já estava exausto pelas inúmeras chicotadas e
torturas. Foi preciso ajuda de alguém, porque era difícil carregar a cruz até
Gólgota. A lei romana permitia a ajuda de outra pessoa ao carregar a cruz.
Nesse momento, Simão, judeu da diáspora oriundo de Cirene, localizado
no norte da Á frica, passava por ali e foi forçado a carregar a cruz de
Jesus. Mesmo que Simão tivesse carregado a cruz forçadamente pelos
soldados romanos, sua família foi salva por Deus por esse motivo.
Segundo o registro do Evangelho sobre seus dois filhos, Alexandre e Rufo,
era provável que no momento em que Marcos escrevia o Evangelho,
esses dois filhos eram cristãos bastante reconhecidos na igreja primitiva
(principalmente na igreja romana). Até mesmo a mãe dos dois, a esposa
de Simão de Cirene, era tratada como mãe por Paulo, mostrando assim a
intimidade que Paulo tinha com a tal família (vide Rm 16:13). Deus
devolve com grande benção os pequenos esforços feitos a favor de Jesus.
Você fez algum esforço a favor de Jesus para merecer essa benção?
ORAÇ Ã O Faça com que eu possa superar em
agradecimento o momento em que tenha que
me esforçar por Jesus.
Anotação
67
19 A verdade inegável
qua Marcos 15:26-32
26 E assim estava escrito na
acusação contra ele: O REI DOS
JUDEUS.
27 Com ele crucificaram dois
ladrões, um à sua direita e outro à
sua esquerda,
28 e cumpriu-se a Escritura que diz:
“Ele foi contado entre os
transgressores”.
29 Os que passavam lançavam-lhe
insultos, balançando a cabeça e
dizendo: Ora, você que destrói o
templo e o reedifica em três dias,
30 desça da cruz e salve-se a si
mesmo!
31 Da mesma forma, os chefes dos
sacerdotes e os mestres da lei
zombavam dele entre si, dizendo:
Salvou os outros, mas não é capaz
de salvar a si mesmo!
32 O Cristo, o Rei de Israel… Desça
da cruz, para que o vejamos e
creiamos! Os que foram crucificados
com ele também o insultavam.
68
Análise do conteúdo
Percepção
1. Quem eram as pessoas que
foram crucificadas junto com
Jesus? (v.27)
2. Qual foi a atitude dos chefes
dos sacerdotes e dos mestres da
lei ao verem Jesus? (vs.19-32)
4. O que você sente ao ver as
pessoas com conhecimento
superficial negando a verdade?
Estudo e reflexão
3. Por que as pessoas zombavam
de Jesus dizendo: “Salve a si
mesmo”?
Decisão e aplicação
5. Em quais momentos você confia
no poder de Jesus?
O que fará hoje para confiar na
palavra e nos ensinamentos de
Deus mais do que em seus
conhecimentos?
Anotação
69
Jo 2:19-21: “Jesus lhes respondeu: ‘Destruam este templo, e eu o levantarei em
três dias’ (...) Mas o templo do qual ele falava era o seu corpo.”
Jesus sofreu muita vergonha e insulto quando foi crucificado. Podemos
concluir que Jesus sofreu da mesma forma como era tratado um
criminoso, observando os dois ladrões que foram crucificados junto com
ele (v.27). As pessoas que passavam pela cruz balançavam a cabeça
negando e zombando do “poder” de Jesus (vs.29-30). Os chefes dos
sacerdotes e os metres da lei, e também os que foram crucificados junto
com Jesus, negam a “identidade” de Jesus e zombam, falando para ele
descer da cruz (vs. 31-32). Mas, na verdade, Jesus mostra seu “poder”,
realizando a ressurreição do corpo, simbolizado no ressurgimento do
templo após três dias da destruição (vide Jo 2:19-21), e prova sua
“identidade” de Cristo, o rei de Israel. As pessoas, tolamente, com
conhecimento superficial, desconfiam do Filho de Deus Poderoso e correm
para o caminho da destruição, negando a verdade. Você crê com certeza
de que Jesus tem grande poder e de que Ele é Filho de Deus? Crê de fato
na palavra que testemunha essa verdade?
ORAÇ Ã O Senhor, faça com que eu creia plenamente em
Jesus e que obedeça aos seus ensinamentos.
Anotação
70
20 A morte de redenção
qui Marcos 15:33-37
33 E houve trevas sobre toda a
terra, do meio-dia às três horas da
tarde.
34 Por volta das três horas da
tarde, Jesus bradou em alta voz:
“Eloí, Eloí, lamá sabactâni?”, que
significa “Meu Deus! Meu Deus! Por
que me abandonaste?”
35 Quando alguns dos que estavam
presentes ouviram isso, disseram:
“Ouçam! Ele está chamando Elias”.
36 Um deles correu, embebeu uma
esponja em vinagre, colocou-a na
ponta de uma vara e deu-a a Jesus
para beber. E disse: “Deixem-no.
Vejamos se Elias vem tirá-lo daí”.
37 Mas Jesus, com um alto brado,
expirou.
71
Análise do conteúdo
Percepção
1. O que Jesus bradou antes de
morrer? (v.34)
2. Ouvindo o brado de Jesus, o
que as pessoas pensaram?
(vs.35-36)
4. O que você sente ao ver Jesus
completamente abandonado na cruz
para te salvar dos pecados?
Estudo e reflexão
3. Por que Jesus bradou a Deus:
“Por que me abandonaste”?
Decisão e aplicação
5. De que forma você está vivendo,
sendo uma pessoa grata ao Senhor
que te redimiu dos seus pecados?
O que pode fazer hoje para retribuir
a essa graça?
Anotação
72
Jesus foi crucificado na hora terceira (9 horas da manhã). Na hora sexta
(meio-dia), a escuridão cobriu toda Terra e na hora nona (3h da tarde),
morreu na cruz. Antes de morrer, Jesus brada a Deus com a palavra de
Salmos 22:1, e o autor do evangelho transliterou o brado que estava em
árabe. Pela pronúncia ser parecida ao hebraico, as pessoas que estavam
perto desentenderam, achando que Jesus estava clamando a Elias. Por
isso que falaram que Jesus estava chamando Elias (v.35). Dessa forma,
Jesus foi totalmente abandonado por Deus e não foi compreendido pelas
pessoas. Jesus foi abandonado porque ele é o “resgate por muitos” (Mc
10:45). O resgate se trata do valor entregue em troca do prisioneiro que é
solto. A fim de salvar o homem, prisioneiro do pecado, que não consegue
salvar a si mesmo, Jesus morreu a morte de redenção. Você confessa que
Jesus, que não tem pecado nenhum, morreu por você, prisioneiro do
pecado?
ORAÇ Ã O Senhor, faça com que eu viva em gratidão,
lembrando-me da sua graça da redenção.
Anotação
73
21 Aberto para todos
sex Marcos 15:38-41
38 E o véu do santuário rasgou-se
em duas partes, de alto a baixo.
39 Quando o centurião que estava
em frente de Jesus ouviu o seu
brado e viu como ele morreu, disse:
“Realmente este homem era o Filho
de Deus!”
40 Algumas mulheres estavam
observando de longe. Entre elas
estavam Maria Madalena, Salomé e
Maria, mãe de Tiago, o mais jovem, e
de José.
41 Na Galiléia elas tinham seguido e
servido a Jesus. Muitas outras
mulheres que tinham subido com ele
para Jerusalém também estavam ali.
74
Análise do conteúdo
Percepção
1. Qual é a confissão feita pelo
centurião que testemunhou a
morte de Jesus? (v.39)
2. Quem eram as pessoas que
observaram Jesus de longe até o
fim? (vs.40-41)
4. O que você sente ao ver que por
meio da cruz até gentios e mulheres
conseguem estar diante de Deus?
Estudo e reflexão
3. Por que o véu do santuário
rasgou-se de alto a baixo?
Decisão e aplicação
5. Por qual área da sua vida você,
que antes era escravo do pecado,
deve agradecer mais pela graça da
cruz?
Com quem precisa compartilhar
dessa alegria hoje?
Anotação
75
“O véu do santuário” (v.38) de linho fino trançado com fios azul, roxo e vermelho,
de 2m a 3m, que separava o Lugar Santo do Lugar Santíssimo.
O véu do santuário dividia o santuário onde trabalhavam os sacerdotes do
Santo dos Santos onde habitava a presença de Deus. O Santo dos Santos
era onde o sumo sacerdote podia entrar uma vez por ano para expiação e
quando Jesus morreu na cruz esse véu foi rasgado de cima para baixo.
Isso revela, não a obra do homem, mas a de Deus. Por meio do sangue
de Jesus na cruz, foi possível para nós nos portarmos corajosamente
diante de Deus. Marcos apresenta dois tipos de pessoas que
testemunharam a morte de Jesus: primeiro é o centurião. O evangelho de
Marcos começa com a palavra que veio do céu: “Tu és meu Filho amado”
(Mc 1:11), de quando Jesus recebeu batismo de João Batista e termina
com a confissão do centurião: “Realmente este homem era o Filho de
Deus”. Ele apresenta o segundo tipo pela ação das mulheres que, pela lei,
nem eram consideradas testemunhas, mas que estiveram ao lado de
Jesus até o fim. A ação das mulheres e a confissão do gentio aparecem
depois da cena em que o véu se rasga, mostrando que o caminho da
graça para achegar-se a Deus está aberto para todos.
ORAÇ Ã O Louvo a graça do Senhor que se entregou por
mim e assim permitiu que eu estivesse sem
medo diante de Deus.
Anotação
76
22 Discípulo que avança corajosamente
sáb Marcos 15:42-47
42 Era o Dia da Preparação, isto é,
a véspera do sábado,
43 José de Arimatéia, membro de
destaque do Sinédrio, que também
esperava o Reino de Deus, dirigiu-
se corajosamente a Pilatos e pediu
o corpo de Jesus.
44 Pilatos ficou surpreso ao ouvir
que ele já tinha morrido. Chamando
o centurião, perguntou-lhe se Jesus
já tinha morrido.
45 Sendo informado pelo centurião,
entregou o corpo a José.
46 Então José comprou um lençol de
linho, baixou o corpo da cruz,
envolveu-o no lençol e o colocou
num sepulcro cavado na rocha.
Depois, fez rolar uma pedra sobre a
entrada do sepulcro.
47 Maria Madalena e Maria, mãe de
José, viram onde ele fora colocado.
77
Análise do conteúdo
Percepção
1. Que tipo de pessoa era José de
Arimatéia e o que ele falou a
Pilatos? (v.43)
2. O que José fez ao receber o
corpo de Jesus? (v.46)
4. O que você sente com o ato de
José que revela seu caráter, não se
deixando levar pela crítica e pelo
olhar das pessoas?
Estudo e reflexão
3. Por que Marcos registrou o ato
de José solicitar o corpo de Jesus
como algo 'corajoso'? (v.43)
Decisão e aplicação
5. Qual é o lugar em que você deve
demonstrar que é discípulo de
Jesus?
Qual é o ato de fé que hoje você
precisa decidir com coragem?
Anotação
78
“Destaque” (v.43): também usado com o sentido de 'sério' e 'de pensamento
profundo', indica que José de Arimatéia tinha uma boa reputação não só de
identidade social, mas também de caráter.
“Ficou surpreso que ele já havia morrido” (v.44): normalmente os pecadores
levavam dias para morrer na cruz.
Assim que Jesus morreu, José de Arimatéia pede o corpo de Jesus ao
governador Pilatos. A Bíblia descreve esse ato como 'corajoso', porque
naquela época esse era um ato perigoso. Muitos que morriam crucificados
eram criminosos sentenciados por traição ou algum crime abominável, e
era comum que morressem sem nenhuma marca ou registro. Portanto, ao
solicitar o corpo desses criminosos a pessoa poderia ser suspeita de
cúmplice. Ainda mais, José nem era parente de Jesus, e corria o perigo de
ser considerado traidor pelo Conselho do Sinédrio (organização legislativa
suprema entre judeus), do qual fazia parte. Na realidade, José era
discípulo de Jesus, mas escondia isso porque tinha medo dos judeus (Jo
19:38). No entanto, ele não esconde mais sua identidade e,
corajosamente, revela a sua fé para o mundo. Particularmente, '[aquele]
que esperava o Reino de Deus' nesta passagem tem o sentido de 'pessoa
que esperava ansiosamente pelo Messias'. José, que confiava e vinha
sonhando com a Palavra de Deus, não se abala com os olhares e críticas
das pessoas, e corajosamente mostra ser um discípulo em explosão.
ORAÇ Ã O Faça com que eu não me intimide com os
desafios e olhares do mundo, e que eu viva
corajosamente como discípulo de Jesus.
Anotação
79
23 Jesus que ressuscitou
dom Culto no Lar – Marcos 16:1-8
Família à mesa. Reúna a sua família à mesa e compartilhe a comida e as percepções e aplicações do sermão do dia.
Leitura bíblica
1 Quando terminou o sábado,
Maria Madalena, Salomé e Maria,
mãe de Tiago, compraram
especiarias aromáticas para ungir
o corpo de Jesus.
2 No primeiro dia da semana, bem
cedo, ao nascer do sol, elas se
dirigiram ao sepulcro,
3 perguntando umas às outras:
“Quem removerá para nós a pedra
da entrada do sepulcro?”
4 Mas, quando foram verificar,
viram que a pedra, que era muito
grande, havia sido removida.
5 Entrando no sepulcro, viram um
jovem vestido de roupas brancas
assentado à direita, e ficaram
amedrontadas.
6 “Não tenham medo”, disse ele.
“Vocês estão procurando Jesus, o
Nazareno, que foi crucificado. Ele
ressuscitou! Não está aqui. Vejam o
lugar onde o haviam posto.
7 Vão e digam aos discípulos dele e
a Pedro: Ele está indo adiante de
vocês para a Galiléia. Lá vocês o
verão, como ele lhes disse.
8 Tremendo e assustadas, as
mulheres saíram e fugiram do
sepulcro. E não disseram nada a
ninguém, porque estavam
amedrontadas.
80
CULTO NO LAR
Desvendando a palavra
Depois de morrer crucificado, Jesus
foi colocado em um sepulcro. Os
discípulos de Jesus já o
abandonaram e fugiram (vide
14:50) e apenas algumas mulheres
foram ao sepulcro para ungir seu
corpo com especiarias
aromatizadas. Esse era o primeiro
dia após o sábado (v.2).
Essas mulheres que se dirigiram ao
sepulcro de Jesus estavam
preocupadas em como iriam abrir a
entrada do sepulcro, já que ela
estava fechada com uma pedra
muito grande (v.3). Ao chegar ao
sepulcro, algo deixou-as muito
assustadas: a pedra da entrada do
sepulcro havia sido removida (v.4)
e, dentro do sepulcro, um jovem
com vestes brancas estava sentado
(v.5). Esse jovem era um anjo (vide
Mt 28:5). O mais incrível era que o
corpo de Jesus não estava mais lá.
O anjo que estava sentado se
dirigiu às mulheres amedrontadas e
disse: “Não tenham medo, vocês
estão procurando Jesus, o
Nazareno, que foi crucificado. Ele
ressuscitou! Não está aqui.” (v.6). E
diz para transmitirem a notícia da
ressurreição aos discípulos (v.7).
Diante da incompreensível notícia da
ressurreição de Jesus, a princípio só
poderiam ficar amedrontadas e
assustadas (v.8). No entanto, se
lermos outra passagem sobre
mesmo assunto, sabemos que essas
mulheres transmitiram a boa notícia
da ressurreição aos discípulos e a
outras pessoas (vide Lc 24:9).
Jesus derrotou o poder do pecado e
da morte e ressuscitou. Através da
palavra de hoje, vamos ter a
convicção da ressureição de Jesus,
e que possamos ser uma família
amorosa que, com ousadia,
transmite para outras pessoas essa
notícia da ressurreição.
81
CULTO NO LAR
Compartilhando a graça 1. Cada membro da família deve tentar resumir em uma frase a palavra
de hoje.
2. O que você sente ao ver a imagem das mulheres que se dirigiam ao
sepulcro de Jesus no primeiro dia após o sábado?
3. Jesus promete que aquele que crê na sua ressurreição, também
ressuscitará e viverá eternamente. Vamos procurar a passagem de João
11:25-26 e ter um momento para ler e recitar juntos.
Compartilhando agradecimentos 1. Relembrando a vida que teve durante a semana, vamos falar sobre o
que teve para agradecer, para confessar e pedir perdão diante de Deus e
da família.
2. Vamos fazer oferta como a expressão de gratidão, de arrependimento
e de amor pelos próximos.
Orando juntos Faça com que nós tenhamos convicção da ressurreição de Jesus e que
sejamos discípulos de Jesus que vivem como testemunhas da
ressurreição.
82
24 Rumo à fé além do amor
seg Marcos 16:1-8
1 Quando terminou o sábado, Maria
Madalena, Salomé e Maria, mãe de
Tiago, compraram especiarias
aromáticas para ungir o corpo de
Jesus.
2 No primeiro dia da semana, bem
cedo, ao nascer do sol, elas se
dirigiram ao sepulcro,
3 perguntando umas às outras:
“Quem removerá para nós a pedra
da entrada do sepulcro?”
4 Mas, quando foram verificar,
viram que a pedra, que era muito
grande, havia sido removida.
5 Entrando no sepulcro, viram um
jovem vestido de roupas brancas
assentado à direita, e ficaram
amedrontadas.
6 “Não tenham medo”, disse ele.
“Vocês estão procurando Jesus, o
Nazareno, que foi crucificado. Ele
ressuscitou! Não está aqui. Vejam o
lugar onde o haviam posto.
7 Vão e digam aos discípulos dele e
a Pedro: Ele está indo adiante de
vocês para a Galiléia. Lá vocês o
verão, como ele lhes disse.
8 Tremendo e assustadas, as
mulheres saíram e fugiram do
sepulcro. E não disseram nada a
ninguém, porque estavam
amedrontadas.
83
Estudo e Reflexão
Decisão e Aplicação
Análise do conteúdo
Percepção
84
Orientações Mulheres que testemunharam o poder de Deus Marcos 16:1-8
Análise do conteúdo
Quando Maria Madalena, Salomé e Maria, mãe de Tiago, compraram especiarias aromáticas e, após o sábado, se dirigiram ao sepulcro de Jesus de manhã bem cedo, a pedra que era muito grande já havia sido removida. Dentro do sepulcro, um jovem vestido de roupas brancas disse que Jesus havia ressuscitado e disse para contar aos seus discípulos e a Pedro: "Ele está indo adiante de vocês para a Galiléia. Lá vocês o verão, como ele lhes disse". As mulheres fugiram assustadas e não conseguiram dizer nada a ninguém porque estavam amedrontadas.
Estudo e Reflexão
1. Por que o nome das três mulheres que se dirigiram ao sepulcro de Jesus foi citado e foi revelado que a 'pedra era muito grande'? - Acho que está sendo enfatizado que as pessoas que foram até o sepulcro de Jesus eram três mulheres, e não os discípulos. E ver seus nomes registrados na Bíblia indica que a fé delas também havia sido reconhecida. Como no sábado era proibido comprar um objeto, elas também haviam preparado as especiarias aromáticas antes mesmo de Jesus ser crucificado. E também, foi especificado que a pedra era muito grande para mostrar que ela não poderia ter sido removida com a força das mulheres. Sendo uma pedra impossível de ser removida por três mulheres, isso é algo possível apenas com o poder de Deus. 2. Por que o jovem disse para transmitir aos discípulos que veriam Jesus na Galiléia? - Ainda que os discípulos não tenham cumprido a promessa de
seguir Jesus e ainda que Pedro o tivesse negado até três vezes, Ele ainda os ama e deseja reencontrar com eles. Provavelmente Ele havia esquecido todos os erros dos discípulos, e queria erguê-los assim como quando os encontrou na Galiléia.
Percepção
Não é um pensamento organizado detalhadamente, mas acho que eu sempre acreditei que somente aquele que recebeu um dom especial pode ser usado por Deus. Como eu não tinha uma experiência extraordinária com Deus nem um dom especial, tentei viver cumprindo apenas o básico da fé. No entanto, Deus revelou a ressurreição de Jesus primeiramente não para os discípulos, que haviam recebido a autoridade de expulsar demônios, e sim para as mulheres frágeis. Acho que, por saber da minha falta de talento e do meu pecado, vivi mantendo apenas o padrão para não ser apontada pelos outros. Mas assim como fez com os discípulos, Jesus também não guarda o meu pecado e está me esperando no local da minha primeira paixão com o Senhor.
Decisão e aplicação
1. Toda vez que me pediam para tocar piano na igreja, eu dizia que não podia porque não sou profissional. Ainda que tenham muitas pessoas mais talentosas do que eu, servirei sem rejeitar o pedido, lembrando que a minha habilidade, mesmo insuficiente, pode ser usada. 2. Quando eu visitar a minha cidade natal na próxima semana, vou visitar a Igreja onde congregava e ter um momento de oração no mesmo lugar, onde prometi minha devoção ao Senhor pela primeira vez.
85
Análise do conteúdo
Percepção
1. O que as mulheres foram fazer
ao nascer do sol e com o que se
preocuparam? (vs.1-3)
2. O que houve com as mulheres
que chegaram ao sepulcro de
Jesus? (vs.4-8)
4. O que você sente ao ver as
mulheres que demonstraram amor,
cuidando de Jesus até o último
momento, mas não se deram conta
de sua ressurreição?
Estudo e reflexão
3. Por que as mulheres se
preocuparam procurando alguém
para remover a pedra da entrada
do sepulcro?
Decisão e aplicação
5. Qual é o conhecimento acerca de
Jesus que se deve perceber, indo
além do amor que simplesmente vai
atrás?
Qual é a Sua vontade que hoje você
deve praticar em seu cotidiano?
Anotação
86
As mulheres que, desde o nascer do sol, estavam indo ao sepulcro depois
de comprar especiarias aromáticas para ungir o corpo de Jesus, se
preocupam com quem iria remover a pedra da entrada do sepulcro para
elas. Isso porque naquela época uma pedra era muito grande, apenas
sendo possível a sua remoção com a força de 5 a 6 jovens fortes. Em
outras palavras, essas mulheres não previram a ressurreição de Jesus,
por isso ficaram amedrontadas ao encontrar o anjo dentro do sepulcro (Mt
28:2). Mesmo tendo sido instruídas para falar aos discípulos da
ressurreição de Jesus, as mulheres fugiram assustadas, não disseram
nada a ninguém porque estavam amedrontadas (v.8). Certamente, todas
as atitudes dessas mulheres foram muito bonitas: de como elas
observaram Jesus até o último momento ao lado da cruz (15:40), viram
onde fora colocado (15:47), e visitaram o sepulcro desde bem cedo. E sem
dúvida isso é o amor em relação a Jesus e brilha ainda mais quando
comparado com os discípulos que juraram que seguiriam Jesus até o final.
No entanto, para nós são necessários a fé e o conhecimento acerca de
Jesus, além do amor com que o seguimos. Jesus não somente se tornou o
Senhor da Salvação por meio da cruz, mas também se tornou o Senhor da
Vida por meio do sepulcro vazio.
ORAÇ Ã O Faça com que eu mostre um amor verdadeiro
que enxerga o Senhor corretamente através da
fé e do conhecimento.
Anotação
87
25 Notícia inacreditável
ter Marcos16:9-14
9 Quando Jesus ressuscitou, na
madrugada do primeiro dia da
semana, apareceu primeiramente a
Maria Madalena, de quem havia
expulsado sete demônios.
10 Ela foi e contou aos que com ele
tinham estado; eles estavam
lamentando e chorando.
11 Quando ouviram que Jesus
estava vivo e fora visto por ela, não
creram.
12 Depois Jesus apareceu noutra
forma a dois deles, estando eles a
caminho do campo.
13 Eles voltaram e relataram isso aos
outros; mas também nestes eles não
creram.
14 Mais tarde Jesus apareceu aos
Onze enquanto eles comiam;
censurou-lhes a incredulidade e a
dureza de coração, porque não
acreditaram nos que o tinham visto
depois de ressurreto.
88
Análise do conteúdo
Percepção
1. O que Maria fez depois que viu
Jesus ressuscitado? Como foi o
resultado? (vs.9-11)
2. O que fizeram os dois
discípulos após encontrar Jesus
ressuscitado? Como foi o
resultado? (vs.12-13)
4. Como você se sente a respeito
das pessoas que não acreditaram
em Maria e nem nos dois
discípulos?
Estudo e reflexão
3. Por que os outros discípulos
não acreditaram em Maria e nem
nos dois discípulos? (v.14, vide Jo
20:29)
Decisão e aplicação
5. Qual a evidência que você possui
como alguém que acredita na
ressureição?
Para quem você deve transmitir a
boa notícia da ressureição como
fizeram Maria e os dois discípulos?
Anotação
89
Jo 20:29 Então Jesus disse, "Você creu porque me viu? Felizes são os que não
viram, mas assim mesmo creram!"
Após a ressurreição, naquela madrugada, Jesus apareceu a Maria
Madalena. Ela, então, contou o fato aos discípulos de Jesus que estavam
chorando de tristeza, porém nenhum deles acreditou nela. No mesmo dia
à tarde, Jesus apareceu noutra forma a dois discípulos sem nomes, que
estavam a caminho do campo (Emaús). Eles voltaram para Jerusalém e
relataram isso aos outros, que ainda assim não acreditaram neles. Apesar
do número de pessoas que encontraram Jesus ressuscitado ter
aumentado, muitos não creram, porque as pessoas só acreditavam no que
viam, assim como fazem as pessoas de hoje. Entretanto, apesar de ser
difícil, se você aceita o testemunho ou a experiência das primeiras
testemunhas oculares como sendo a verdade, então você terá certeza da
ressurreição de Jesus sem precisar encontrá-lo pessoalmente. Então?
Você acredita ou precisa vê-lo para acreditar, como fizeram esses
discípulos? E se você realmente acredita, então deve compartilhar essa
boa notícia da ressurreição com outras pessoas, como fizeram Maria e os
dois discípulos.
ORAÇ Ã O Ajude-me a levar uma vida de testemunho que
aclama Jesus ressuscitado, quem vive em
mim.
Anotação
90
26 A ordem e a promessa
qua Marcos16:15-20
15 E disse-lhes: Vão pelo mundo
todo e preguem o evangelho a
todas as pessoas.
16 Quem crer e for batizado será
salvo, mas quem não crer será
condenado.
17 Estes sinais acompanharão os
que crerem: em meu nome
expulsarão demônios; falarão novas
línguas;
18 pegarão em serpentes; e, se
beberem algum veneno mortal, não
lhes fará mal nenhum; imporão as
mãos sobre os doentes, e estes
ficarão curados.
19 Depois de lhes ter falado, o
Senhor Jesus foi elevado aos céus e
assentou-se à direita de Deus.
20 Então, os discípulos saíram e
pregaram por toda parte; e o Senhor
cooperava com eles, confirmando-
lhes a palavra com os sinais que a
acompanhavam.
91
Análise do conteúdo
Percepção
1. Qual foi a ordem e a promessa
dadas por Jesus ressuscitado?
(vs.15-18)
2. O que fez Jesus após ser
elevado aos céus? (vs.19-20)
4. Qual foi a sua reação quanto à
última ordem de Jesus: "Vão pelo
mundo todo e preguem o evangelho
a todas as pessoas."?
Estudo e reflexão
3. Por que Jesus prometeu
"sinais" para os que forem pregar
o evangelho? (vs.17-18)
Decisão e aplicação
5. Que tipo de esforço é necessário
para que você possa cumprir a
ordem final de Jesus de pregação do
evangelho?
E hoje, como pretende cumpri-la? Anotação
92
Pegarão em serpentes...não lhes fará mal nenhum (v.18): apesar de ser um fato
real que aconteceu com Paulo (At 28:3-5), refere-se à proteção completa de Deus
aos fiéis do ministério do evangelho.
O evangelho de Marcos começa com o registro do evangelho (1:1) e
termina com a ordem de Jesus "preguem o evangelho a todas as
pessoas". Jesus ordenou como Seu último desejo, que pregassem o
evangelho e que formassem os discípulos para o reino de Deus. Disse
ainda que quem crer e for batizado será salvo, mas quem não crer será
condenado (v.16), ressaltando a urgência e a importância dessa ordem.
Onde o evangelho for pregado, os sinais aparecerão, os quais são, na
verdade, o sumário dos milagres que aparecem no livro de Atos. Porém,
apesar desses sinais nem sempre aparecerem para todo evangelista ou
para todos que creem, está bem claro que Jesus está com aquele que
obedece a Seu comando. Jesus trabalha através de nós e nos mostra o
poder de Deus e nós devemos acreditar e confiar nessa promessa. Jesus
não nos deu apenas a ordem, mas também o poder para realizá-la. Você
acredita que a ordem que Jesus deu a seus discípulos são as mesmas
para nós de hoje? Então vamos cumprir a ordem.
ORAÇ Ã O Ajude-me a tornar um discípulo de Cristo que
cumpre a ordem de Jesus através do meu
caráter e vida.
Anotação
93
27 Fé e amor
qui Filemom1:1-7
1 Paulo, prisioneiro de Cristo Jesus,
e o irmão Timóteo, a você,
Filemom, nosso amado cooperador,
2 à irmã Á fia, a Arquipo, nosso
companheiro de lutas, e à igreja
que se reúne com você em sua
casa:
3 A vocês, graça e paz da parte de
Deus nosso Pai e do Senhor Jesus
Cristo.
4 Sempre dou graças a meu Deus,
lembrando-me de você nas minhas
orações,
5 porque ouço falar da sua fé no
Senhor Jesus e do seu amor por
todos os santos.
6 Oro para que a comunhão que
procede da sua fé seja eficaz no
pleno conhecimento de todo o bem
que temos em Cristo.
7 Seu amor me tem dado grande
alegria e consolação, porque você,
irmão, tem reanimado o coração dos
santos.
94
Análise do conteúdo
Percepção
1. O livro de Filemom é uma carta
escrita por quem e para quem?
(vs.1-2)
2. Por que motivo Paulo ficou feliz
e agradecido pelo Filemom? (v.5)
4. Como você se sente ao ver a
alegria de Paulo ao ouvir notícias
sobre o amor e a fé de Filemom?
Estudo e reflexão
3. Por que Paulo ficou feliz com o
fato de Filemom ter animado o
coração de todo o povo de Deus?
Decisão e aplicação
5. Como você está demonstrando o
seu amor a Deus e ao seu próximo?
O que pode ser feito para enriquecer
a sua parte fraca?
Anotação
95
Á fia, Arquipo (v.2): parecem ser a mulher e o filho de Filemom
Filemom é uma carta que Paulo escreveu na cadeia para o cristão
Filemom, que fazia parte da igreja de Colossos. Nessa carta, Paulo
apresenta-se como "um prisioneiro por causa de Cristo Jesus" e elogia a
fé e o amor de Filemom, que abriu a sua casa para reunião da igreja e aos
viajantes cristãos (v.2). Paulo agradece a Deus pela notícia do amor e da
fé de Filemom em relação a Deus e aos santos (v.5). Apesar de Paulo se
encontrar na prisão, o fato de Filemom ter animado o coração de todo o
povo de Deus dava-lhe grande alegria e muita coragem (v.7). Essa atitude
de Paulo serve também como um modelo para nós que vivemos nos dias
de hoje, pois um verdadeiro santo demonstra a sua fé em Deus através do
seu amor ao próximo. Assim, produzir o fruto da fé e do amor é uma
necessidade na vida de um cristão. Existe a produção desse fruto na sua
vida? É a hora de reavaliar a sua fé e amor honestamente.
ORAÇ Ã O Ajude-me a evoluir diariamente na fé em Deus
e amor ao meu próximo.
Anotação
96
28 Aconselhamento para o amor
sex Filemom 1:8-12
8 Por isso, mesmo tendo em Cristo
plena liberdade para mandar que
você cumpra o seu dever,
9 prefiro fazer um apelo com base
no amor. Eu, Paulo, já velho, e
agora também prisioneiro de Cristo
Jesus,
10 apelo em favor de meu filho
Onésimo, que gerei enquanto estava
preso.
11 Ele antes lhe era inútil, mas agora
é útil, tanto para você quanto para
mim.
12 Mando-o de volta a você, como se
fosse o meu próprio coração.
97
Análise do conteúdo
Percepção
1. Qual era a situação de Paulo
na ocasião em que escreveu a
carta a Filemom? (v.9)
2. Com que postura Paulo tratou
Filemom? (vs.8-10)
4. O que você sente ao ver Paulo
apelar humildemente a Filemom por
Onésnimo mesmo tendo a condição
de ordenar simplesmente?
Estudo e reflexão
3. Por que Paulo usou um termo
humilde como “apelo em favor” ao
fazer retornar o escravo Onésimo
ao seu dono Filemom?
Decisão e aplicação
5. Você tem alguém para perdoar ou
para aconselhar perdão?
Como praticará?
Anotação
98
“coração” (v.12): termo usado para designar a pessoa tão importante quanto si
próprio.
Onésimo era o escravo de Filemom que teria furtado algo do seu dono e
depois fugido. Segundo a lei dessa época, era justo o escravo fugitivo
perder a vida quando capturado, mas ele arrependeu-se quando ouviu o
evangelho ao encontrar Paulo (v.10), como o seu dono, Filemom. Paulo
achou justo Onésimo retornar ao seu dono, porém, temendo a represália,
deu a carta a Onésimo para entregar a Filemom. Esta carta é a epístola a
Filemom. Paulo chama Onésimo de “meu próprio coração” e faz o apelo
para que Filemom perdoasse Onésimo, dando a mensagem de que ferir
Onésimo era igual a ferir Paulo. Na situação de Filemom, não era fácil
conceder o apelo de Paulo (perdoar escravo fugitivo pelo simples fato de
ter se arrependido por ouvir evangelho), no entanto o evangelho supera os
valores mundanos. É justo perdoarmos uns aos outros como Jesus
perdoou-nos.
ORAÇ Ã O Faça-me lembrar do amor e da justiça de
Cristo e que eu viva de forma sensata.
Anotação
99
29 O poder diferente do mundo
sáb Filemom 1:13-16
13 Gostaria de mantê-lo comigo
para que me ajudasse em seu lugar
enquanto estou preso por causa do
evangelho.
14 Mas não quis fazer nada sem a
sua permissão, para que qualquer
favor que você fizer seja
espontâneo, e não forçado.
15 Talvez ele tenha sido separado de
você por algum tempo, para que
você o tivesse de volta para sempre,
16 não mais como escravo, mas,
acima de escravo, como irmão
amado. Para mim ele é um irmão
muito amado, e ainda mais para
você, tanto como pessoa quanto
como cristão.
100
Análise do conteúdo
Percepção
1. Que tipo de atitude Paulo
gostaria que Filemom tivesse?
(v.14)
2. Que tipo de tratamento Paulo
queria que Filemom tivesse com
Onésimo? (v.16)
4. O que você sente ao ver Paulo
que deseja a companhia de
Onésimo (escravo e criminoso) e
aconselha Filemom a tratar Onésimo
como irmão?
Estudo e reflexão
3. Por que Paulo comunica a
Filemom que Onésimo está com
ele e pede a permissão de
Filemom sobre Onésimo?
Decisão e aplicação
5. Há algum aspecto na sua vida
que foi transformado pelo evangelho
e que não é explicado por valores
mundanos?
O que você deve suportar nos
moldes do evangelho, sendo
diferente das pessoas mundanas? Anotação
101
A epístola a Filemom é a mais antiga carta de abolição da escravidão. Na
época, o escravo era apenas um bem material e não era tratado como ser
humano. Especialmente, os fugitivos como Onésimo eram objetos para
execução e não para perdão. Mas Paulo, respeitando a personalidade de
Filemom e não se opondo abertamente contra a escravidão, ensina que
não há relação dono-escravo no evangelho. Paulo pede que Filemom
perdoe Onésimo espontaneamente e que o trate como irmão em Cristo e
não como escravo. Isto era um ensinamento revolucionário e impensável
para a época. Estava havendo uma revolução na sociedade romana
baseada no amor e perdão e não na revolta e derramamento de sangue.
O Evangelho tem poder de triunfar sobre mundo, isto é, poder para viver
de forma diferente do mundo. Dessa forma, Paulo espera poder do
evangelho em Filemom. O Senhor também nos deu o mesmo poder e
deseja que manifestemos o tal poder.
ORAÇ Ã O Senhor, dê-me sabedoria, poder e
discernimento para praticar a ética do reino de
Deus que supera o mundo.
Anotação
102
30 Com base no perdão e no amor
dom Culto no Lar – Filemom 1:8-16
Família à mesa. Reúna a sua família à mesa e compartilhe a comida e as percepções e aplicações do sermão do dia.
Leitura bíblica
8 Por isso, mesmo tendo em Cristo
plena liberdade para mandar que
você cumpra o seu dever,
9 prefiro fazer um apelo com base
no amor. Eu, Paulo, já velho, e
agora também prisioneiro de Cristo
Jesus,
10 apelo em favor de meu filho
Onésimo, que gerei enquanto
estava preso.
11 Ele antes lhe era inútil, mas
agora é útil, tanto para você quanto
para mim.
12 Mando-o de volta a você, como
se fosse o meu próprio coração.
13 Gostaria de mantê-lo comigo
para que me ajudasse em seu lugar
enquanto estou preso por causa do
evangelho.
14 Mas não quis fazer nada sem a
sua permissão, para que qualquer
favor que você fizer seja
espontâneo, e não forçado.
15 Talvez ele tenha sido separado
de você por algum tempo, para que
você o tivesse de volta para sempre,
16 não mais como escravo, mas,
acima de escravo, como irmão
amado. Para mim ele é um irmão
muito amado, e ainda mais para
você, tanto como pessoa quanto
como cristão.
103
CULTO NO LAR
Desvendando a palavra
O apóstolo Paulo encontrava-se
cativo na prisão quando registrou
esta carta (v.1). Nesta situação,
Paulo faz um apelo ao Filemom
para que perdoe uma pessoa com
base no amor (v.9). Essa pessoa se
chamava Onésimo. Onésimo era
escravo que havia fugido da casa
de Filemom, por algum motivo não
expresso na carta. Depois da fuga,
havia encontrado o apóstolo Paulo
na prisão e, por meio do
Evangelho, foi transformado em
uma nova pessoa. Paulo refere-se
a Onésimo como o “filho que gerei
enquanto estava preso” (v.10). Era
um testemunho acerca da
conversão de Onésimo que deixara
de ser um escravo foragido, para
ser um cristão transformado.
Enquanto estiveram juntos, Onésimo
havia sido útil em diversos aspectos
a Paulo (v.11), que passou a
considerá-lo como seu próprio
coração (v.12). Agora, prestes a
enviar Onésimo de volta, Paulo pede
a Filemom que o considere como um
irmão amado e perdoe-o
espontaneamente (v.16). Sentimo-
nos desafiados ao ver o esforço e a
dedicação de Paulo por uma única
pessoa, mesmo em confinamento.
Esperamos que o apelo de Paulo a
Filemom seja igualmente audível ao
espírito de todos nós. Desejamos
também que este dever sagrado faça
gerar o perdão e o amor de Cristo na
nossa família.
104
CULTO NO LAR
Compartilhando a graça 1. Cada membro da família deve tentar resumir em uma frase a palavra
de hoje.
2. O que você sente ao ver Paulo chamar o escravo fugitivo Onésimo
como seu filho de fé? (v.10)
3. Compartilhe a palavra de hoje e pense numa pessoa que deva perdoar
e amar com base no amor de Cristo. Assim sendo compartilhe com a
família, que atos de amor irão colocar em prática por essa pessoa em
específico e ore uns pelos outros.
Compartilhando agradecimentos 1. Relembrando a vida que teve durante a semana, vamos falar sobre o
que teve para agradecer, para confessar e pedir perdão diante de Deus e
da família.
2. Vamos fazer oferta como a expressão de gratidão, de arrependimento
e de amor pelos próximos.
Orando juntos Faça com que eu me torne um discípulo de Jesus que decida perdoar
com base no amor e no perdão do Senhor.
105
Estudo Bíblico da Fazenda
1 semana
Quebrando o frasco Marcos 14:3~9
Se existe um valor dominante que conduz as ações deste mundo,
provavelmente é o conceito de “se vale a pena investir”. É uma reação
natural do mundo considerar que as coisas que valem a pena investir são
as de alto valor, e nem olhar para as que não valem a pena investir.
Assim sendo, parece que a estrutura da nossa sociedade existe para
buscar pelas coisas que valem a pena investir e as manter funcionando.
Se contemplarmos Jesus com estes olhos, estaríamos transformando
Jesus em alguém completamente estranho.
De fato, nem os discípulos de Jesus conseguiram fugir desta visão
mundana. Aos olhos dos discípulos, a mulher, que mostrou devoção para
com Jesus, é julgada com critérios deste mundo. O servir da mulher era
um desperdício, no entanto, será que o ato desta mulher foi um
desperdício? Ou então, será que existe um servir único e diferenciado?
Esta avaliação não é o mundo que deve fazer, mas sim Jesus.
1. O que acontece quando Jesus está à mesa na casa de Simão, o
leproso, em Betânia? (v.3)
2. Qual a reação das pessoas em relação à atitude da mulher e qual o
motivo? (v.4-5)
Denário: moeda emitida pelos romanos e cunhada em prata, equivalente
a quase um dia de salário de um trabalhador. 300 denários eram
equivalentes ao salário anual de um trabalhador.
3. O que vocês acham das críticas que as pessoas fizeram sobre a
atitude da mulher? Se estivéssemos lá naquele momento, como acham
que reagiríamos a esta situação?
106
4. Que avaliação e promessa Jesus faz sobre a atitude da mulher (v.6,9)
e qual o motivo por que Ele falou desta maneira? (v.7-8)
5. O que poderia ser considerado “desperdício” santo ao servir Jesus na
vida cristã? Já passaram pela situação de serem criticados ou mal
entendidos, quer seja pelos incrédulos, pelos irmãos de fé e mesmo pelos
próprios familiares, por seu compromisso com o Reino de Deus?
6. Assim como o “desperdício” santo da mulher se tornou uma bela
virtude em todos os lugares onde o Evangelho é transmitido, vamos
meditar e colocar em prática as virtudes do servir que podem ser
compartilhadas junto com o evangelho, através da nossa vida pessoal e
da nossa comunidade.
Mesmo os cristãos imaturos ajudam os pobres e estão cientes de quanto
é valiosa a dedicação em favor do evangelho. Por isso fazemos as
perguntas: qual a maneira mais eficaz de ajudar os pobres? Como gestor
de finanças, qual o sistema de gestão financeira mais eficaz? E qual o
melhor programa para o avivamento da igreja? Certamente, são questões
necessárias para que o nosso sacrifício não seja desperdiçado, no
entanto, precisamos pensar primeiro se a vontade de Jesus realmente
está em nosso pensamento. A avaliação de Jesus não está de acordo
com que o mundo considera eficiente e efetivo. A motivação maior não
está em quais frutos serão frutificados através da nossa dedicação, mas
se esta dedicação são obras realizadas por amor a Jesus.
107
Estudo Bíblico da Fazenda
2 semana
Aquilo que foi perdido pelos discípulos Marcos 14:32-42
Ao olharmos a vida ministerial de Jesus, vemos que ele se entregava às
atividades por completo, mas não ficava esgotado e nem cansado,
parecendo uma pessoa que pode usar seu poder a qualquer hora.
Entretanto, Jesus também se esgotava. Muitas vezes sentia cansaço e dor
por causa da situação de sofrimento. Podemos ver a grande fragilidade de
Jesus, quando subiu ao monte Getsêmani. Aliás, a sua aparência na cruz
era de muita coragem. Neste momento de extrema fragilidade e “tristeza
mortal”, Jesus pede aos seus amados discípulos que estejam acordados e
vigilantes, para compartilhar do seu sofrimento. No entanto, os discípulos
estavam “com espírito pronto, mas a carne fraca”. Não conseguiram ficar
acordados e, como resultado disso, perderam a mais preciosa
oportunidade de suas vidas. Como reagiremos ao receber uma
oportunidade assim, sendo discípulos nos dias de hoje?
1. O que Jesus fez no Getsêmani, lugar que significa “prensa de azeite”,
mesmo diante da morte na cruz e o que pediu aos seus discípulos? (vs.34-
35)
2. Por três vezes Jesus orou a Deus, como se estivesse extraindo toda
essência dentro do seu corpo. Apesar disso, como os discípulos passaram
a noite? Como deve estar o coração de Jesus ao ver seus discípulos deste
jeito? (vs.33-34,37,40)
3. Em sua opinião, qual é o motivo dos discípulos não conseguirem estar
acordados para ficarem junto de Jesus, enquanto ele orava com tanto
sofrimento? (v.38)
108
4. Jesus se preparou para carregar a cruz, após terminar de orar por três
vezes. Podemos traduzir a expressão “basta” com significado “já
quitado”. E disse aos discípulos: “agora durmam e descansem”. Esta
parte demonstra que para o ministério também existe a oportunidade
certa. O que você acha que os discípulos perderam, ao escolher dormir
por não conseguir vencer o cansaço? (vs.41-42, vide v.50)
5. Já teve experiência de ficar concentrado em uma coisa e não fazer o
que deveria ser feito? Qual foi a sensação naquele momento? Se
pudesse voltar para aquele momento, o que você faria?
6. Há um tempo certo para o ministério. Ao nos prepararmos pela
oração, podemos ajudar o próximo no momento certo, podemos
enfrentar época de sofrimento com força suficiente, pois teremos força
espiritual. Você tem segurado esta oportunidade atualmente? O que
você acha que precisa ser feito com esforço para se restaurar, se o
problema for fraqueza espiritual?
Enquanto Jesus orava a ponto de ficar exausto diante do ministério da
cruz, seus discípulos dormiam para suprir as necessidades de seu corpo.
Este sono teve um custo muito alto, pois foi trocado pela oportunidade
gloriosa de compartilhar do sofrimento com Jesus ou um momento de
oração quando Jesus foi preso. Não sabemos se seremos chamados
novamente para um ministério glorioso, se não respondermos ao
chamado. Se vocês estão sendo chamados para um ministério,
respondam ao chamado. E se alguém pedir que ore por ele, ajoelhe-se e
vá perante Deus. Sua escolha trará outros imensos frutos.
109
Estudo Bíblico da Fazenda
3 semana
A razão pela qual pode se levantar novamente
apesar da queda. Marcos 14:66-73
Todos cristãos guardam no fundo do coração o primeiro amor ardente a
Deus. Entretanto, o pecado e a consequente queda que sofremos no
nosso dia a dia, acabam aprisionando os nossos pensamentos e nossas
mentes, inibindo-nos de alcançarmos a graça novamente. Segundo Martin
Lutero, o cristão é justo e pecador ao mesmo tempo. Nós fomos
chamados à justiça, mas continuamos repetindo o ciclo de cair e levantar
diante do Senhor. O texto de hoje registra a queda do grande apóstolo de
maneira explícita sem acrescentar nem tirar detalhes. Através desta
queda, podemos nos refletir e retornar ao Senhor que nos levanta
novamente.
1. Onde Jesus e Pedro estão? (v.66, vide vs. 53-54)
2. Pedro continuou seguindo Jesus mesmo após todos os discípulos terem
o abandonado. O que ele havia dito horas atrás? (Mc 14:29,31) O que
pode se perceber a partir da confissão sobre a determinação de Pedro em
relação ao seu mestre?
3. O que a criada do sumo sacerdote disse a Pedro, que estava se
aquecendo? Como ele respondeu? (vs. 67-68)
110
4. Ao ser reconhecido pela criada e também pelas pessoas que estavam ao
redor, como Pedro procedeu? (vs.69-71)
5. Segundo o evangelho de Lucas, Jesus estava presente no momento em
que Pedro o negou, olhando diretamente para ele (Lc 22:61). Compartilhe o
que Pedro teria sentido ao receber o olhar de Jesus após ele o negar três
vezes e ouvir o galo cantar.
6. Pedro confessou que seguiria Jesus até a morte, mas ele acabou
negando e amaldiçoando o seu mestre na frente de muitas pessoas e na
presença do próprio Jesus. Por que ele sofreu esta queda? Reflita e
compartilhe sobre a sua fraqueza com outros.
O amor de Pedro por Jesus era autêntico. Ele realmente amou o seu
mestre e estava determinado a segui-lo até a morte. Porém, no momento
da crise, ele negou Jesus publicamente. Jesus já sabia da fraqueza de
Pedro (14:30) e orou por ele. Nós também confessamos nossa fé e
fazemos promessas a Jesus, mas experimentamos quedas e fracassos. A
igreja primitiva foi erguida pelas pessoas com passado vergonhoso como
Pedro e o Senhor ainda usa pessoas como nós, que vivemos
experimentando quedas, para erguer a Sua igreja. Mesmo sofrendo
quedas, podemos levantar de novo, pois o Senhor nos conhece e ele é
quem ora por nós.
111
Estudo Bíblico da Fazenda
4 semana
O acontecimento imprevisto Marcos 16:1-8
Jesus mencionou várias vezes sobre a sua morte na cruz e a posterior
ressurreição. Mas os discípulos não compreenderam direito o seu
significado. Por isso, eles chegaram a recuar covardemente diante da
cruz, até o ponto de Pedro amaldiçoar seu próprio senhor. Inclusive as
mulheres que guardaram a morte de Cristo até o fim, não conseguiram
confiar e esperar pela ressurreição de Jesus. Na primeira manhã após o
sábado, Jesus ressuscitou. Ele ressuscitou segundo a sua palavra, no
momento imprevisto, inesperado e inimaginável. Através do texto de hoje,
vejamos se não há áreas da nossa vida que precisam ser renovadas
através da fé e poder da ressurreição.
1. Quando aconteceu o fato segundo o texto? (v.2)
2. Quem são as pessoas que estavam a caminho do sepulcro de Jesus e
o que lhes preocupava? (vs. 1, 3)
3. Ao chegar ao sepulcro, o que havia acontecido? E que notícias elas
ouviram? (vs. 4-7)
112
4. Qual foi a reação das mulheres ao ouvir sobre a ressurreição de
Jesus? (v.8) Compartilhe o que você teria sentido se estivesse no lugar
de uma delas.
5. Jesus profetizou várias vezes sobre a sua morte e posterior
ressurreição ao terceiro dia. No entanto, as mulheres receberam a
notícia de ressurreição como algo inesperado e surpreendente. Como
você está recebendo a palavra de Deus na sua vida? Compartilhe em
grupo um de cada vez.
6. A ressurreição de Jesus era um fato inesperado e imprevisto pelos
que estavam mergulhados na tristeza da morte na cruz, mas essa notícia
era um fato real e ela serviu de pilar aos cristãos que passaram pelas
tribulações mais tarde (1 Co 15:12-28). Mesmo hoje, Jesus visita-nos
com poder de vida de maneira surpreendente. Compartilhe as suas
esperanças que precisam ser renovadas pelo poder da ressurreição e
ore uns com outros.
A ressurreição de Jesus veio à tona como um fato inesperado. Mesmo
que Jesus havia mencionado sobre a sua morte e a ressurreição, os
discípulos e as mulheres que o seguiam não compreenderam direito.
Eles estavam apavorados e amedrontados diante da morte do seu
mestre. Jesus chega com o poder de ressurreição para criar uma grande
reviravolta na vida dos seus seguidores. A ressurreição tem poder de
transformar o desespero, o desânimo, o fracasso e a morte em vida e
esperança. Munidos deste poder, os cristãos da igreja primitiva
conseguiram superar o medo da morte e enxergar a esperança do futuro.
Viveram pela fé que vence o mundo. Mesmo hoje, Jesus visita-nos como
o Senhor Ressurreto. Se há alguma área da sua vida que precisa ser
restaurada, se há alguma parte que não consegue nem sonhar por uma
remota esperança, ore para que o Senhor visite a sua vida com o poder
de ressurreição.
113
Estudo Bíblico da Fazenda
5 semana
Ele é o meu coração Filemom 1:8~16
A igreja é uma comunidade separada deste mundo, mas que está inserida
nela. A missão da igreja é a transformação das pessoas por meio do valor
do Evangelho para que possam seguir o Senhor. No entanto, muitas
vezes o pensamento e a ordem do mundo têm penetrado na igreja,
manchando a sua identidade. Sendo assim, como a igreja pode restaurar
a sua identidade?
Paulo mostra como a igreja primitiva superou a ordem do mundo. Paulo
envia o amado colega Onésimo, fugitivo e escravo, de volta a Filemom,
seu dono, pedindo que este o receba com amor.
1. Por qual motivo Paulo escreve uma carta a Filemon? (v.10)
2. Que tipo de relacionamento havia, no passado, entre Onésimo e
Filemom e qual a situação agora? O que houve entre Onésimo e
Filemom? (vs.15-16, vide v.18)
3. Que papel Onésimo desempenhou com Paulo, em seu ministério?
(vs.11-12, vide v.10)
114
4. Que pedido Paulo faz a Filemom em relação a Onésimo? (vs.13-14)
Na época, a escravidão era normal na sociedade romana, em vista
disso, que significado e importância representa este pedido de Paulo?
5. Paulo diz que o fato de Onésimo servir o evangelho juntamente com
ele, como um homem livre, seria o caminho para tê-lo para sempre
(v.15). Através disso, podemos saber qual a perspectiva da igreja
primitiva com relação ao pensamento dominante da época a respeito da
escravidão (v.16, vide Gl 3:27-28). Sendo assim, que posição a igreja
atual deveria assumir com relação às contradições sociais e abusos
existentes?
6. Vamos olhar para a nossa comunidade da mesma forma que Paulo
pediu a Filemom para que tivesse amor pelos colaboradores, antes
escravos. Pode haver renovação pelo evangelho das instituições e da
ordem dentro da igreja e da sociedade? Vamos compartilhar a opinião de
cada um a respeito.
Onésimo era somente um escravo de propriedade de Filemon. Ele fugiu
de Filemon e na prisão conheceu Paulo e ouviu sobre o evangelho.
Onésimo, que ora no passado era um escravo fútil, danoso e destrutivo,
se tornou, como o significado de seu próprio nome diz, um homem útil.
Além do mais, não foi somente um obreiro de Deus junto com Paulo,
mas se tornou uma pessoa que Paulo amava como a si próprio. No
entanto, apesar de Onésimo ter sido restaurado pelo evangelho, Paulo
desejava que Onésimo servisse a Deus como parte integrante da ordem
existente e que fosse um fugitivo. Além disso, ele poderia ter exigido o
direito a Filemom, porém preferiu pedir o amor, para que esse prejuízo
se tornasse recompensa. Este texto mostra um aspecto maravilhoso da
igreja primitiva. Superando a ordem do mundo, o evangelho do Senhor
está restaurando o relacionamento entre Onésimo e Filemom. Como a
nossa comunidade tem superado o modo e o ponto de vista deste
mundo?
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