Victor Meirelles – Biografia e legado artísticoHá casos sui generis, como o que morreu...

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Ano XXVII - Nº 123 - set/out 2014 NOTÍCIAS DO CBG Attila Augusto Cruz Machado teve matéria de sua autoria, resultado de suas pesquisas, integrando o volume referente ao período de janeiro de 1956 a dezembro de 1966, da “História Geral da Aeronáutica Brasileira”, publicação do Instituto Histórico-Cultural da Aeronáutica – INCAER, escrevendo sobre a Diretoria Geral de Saúde dessa Força. CBG - Carta Mensal 123 - set/out 2014 • 01 Novos associados – O CBG dá as boas vindas aos novos associados, aprovados pela Diretoria para integrar o Quadro Associativo CBG: Colaborador – Mônica Abreu Barbosa, do Rio de Janeiro-R: e os Correspondentes: Luiz Alvaro Gallo Martinez – Bogotá, Colômbia e Isabella Baltar de Barros Rego – North Carolina, EUA, que vemos em foto quando de sua visita e imediato pedido de associação, a 11 de agosto. Biblioteca - Informamos aos novos associados - e recordamos aos antigos - que o Estatuto CBG traz em seu Art. 12 - item b a obrigação do associado em "doar à biblioteca um exemplar das publicações de sua autoria nas áreas de interesse do Colégio". Em razão do exíguo espaço para guarda, só temos como adicionar a nosso acervo obras eminentemente genealógicas ou que tenham, em seu conteúdo, pelo menos uma boa parte que trate de genealogia, nossa precípua razão de existência. Registramos nossos agradecimentos aos que enviaram volumes de sua autoria e/ou de outrem, para ampliar o acervo CBG. São os seguintes os livros registrados no período. - Victor Meirelles – Biografia e legado artístico – de Teresinha Sueli Franz, doação da autora. Conforme noticiado na Carta Mensal nº 121, quando de seu lançamento, a obra apresenta uma nova biografia do célebre pintor brasileiro, resultado de anos de pesquisa em arquivos na América do Sul e da Europa, trazendo importantes revelações sobre a vida e a obra do mais importante artista catarinense de todos os tempos. A autora é associada ao IHGSC – Instituto Histórico e Geográfico de Santa Catarina. - Os Corrêa Quintella de Viana do Castelo - de Mary Norton de Murat Quintella Godoy, doação de sua irmã, Eliana Quintella de Linhares. Descendência de Carlos Correa de Quintella, de Viana do Castelo - Portugal, com ramificações em Tui - Espanha. Um registro da família desde o séc XVII, na Europa, até o Brasil, Rio de Janeiro, a partir do séc. XIX. - Casa da Vovó - histórias da família de Herminia e Justo Rangel mendes de Moraes - de Francisco Antonio Doria, doação do autor Por meio das histórias de sua infância na casa dos avós, o autor aborda a genealogia das famílias: Menezes - de Martín Perez de Tordesiilas, século XI; Gomes de Mattos de Inhomirim - RJ; Cresta e Doria, genovesas; e Moraes, paulista, a partir de Baltazar de Moraes de Antas; - Família Bezerra de Menezes - descendentes de Joana Bezerra de Menezes - de Aluísio Furtado Bezerra, doação do autor. Trata-se de 2ª edição revista e ampliada, de obra já integrada anteriormente ao acervo bibliográfico CBG. Como o autor muito bem explicita em nota, “são 4.292 verbetes sem duplicidade, espalhados majoritariamente pelo Nordeste brasileiro”.

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Ano XXVII - Nº 123 - set/out 2014

NOTÍCIAS DO CBG

• Attila Augusto Cruz Machado teve matéria de sua autoria, resultado de suas pesquisas, integrando o volume referente ao período de janeiro de 1956 a dezembro de 1966, da “História Geral da Aeronáutica Brasileira”, publicação do Instituto Histórico-Cultural da Aeronáutica – INCAER, escrevendo sobre a Diretoria Geral de Saúde dessa Força.

CBG - Carta Mensal 123 - set/out 2014 • 01

• Novos associados – O CBG dá as boas vindas aos novos associados, aprovados pela Diretoria para integrar o Quadro Associativo CBG: Colaborador – Mônica Abreu Barbosa, do Rio de Janeiro-R: e os Correspondentes: Luiz Alvaro Gallo Martinez – Bogotá, Colômbia e Isabella Baltar de Barros Rego – North Carolina, EUA, que vemos em foto quando de sua visita e imediato pedido de associação, a 11 de agosto.

• Biblioteca - Informamos aos novos associados - e recordamos aos antigos - que o Estatuto CBG traz em seu Art. 12 - item b a obrigação do associado em "doar à biblioteca um exemplar das publicações de sua autoria nas áreas de interesse do Colégio". Em razão do exíguo espaço para guarda, só temos como adicionar a nosso acervo obras eminentemente genealógicas ou que tenham, em seu conteúdo, pelo menos uma boa parte que trate de genealogia, nossa precípua razão de existência.Registramos nossos agradecimentos aos que enviaram volumes de sua autoria e/ou de outrem, para ampliar o acervo CBG. São os seguintes os livros registrados no período.

- Victor Meirelles – Biografia e legado artístico – de Teresinha Sueli Franz, doação da autora.Conforme noticiado na Carta Mensal nº 121, quando de seu lançamento, a obra apresenta uma nova biografia do célebre pintor brasileiro, resultado de anos de pesquisa em arquivos na América do Sul e da Europa, trazendo importantes revelações sobre a vida e a obra do mais importante artista catarinense de todos os tempos. A autora é associada ao IHGSC – Instituto Histórico e Geográfico de Santa Catarina.

- Os Corrêa Quintella de Viana do Castelo - de Mary Norton de Murat Quintella Godoy, doação de sua irmã, Eliana Quintella de Linhares. Descendência de Carlos Correa de Quintella, de Viana do Castelo - Portugal, com ramificações em Tui - Espanha. Um registro da família desde o séc XVII, na Europa, até o Brasil, Rio de Janeiro, a partir do séc. XIX.

- Casa da Vovó - histórias da família de Herminia e Justo Rangel mendes de Moraes - de Francisco Antonio Doria, doação do autorPor meio das histórias de sua infância na casa dos avós, o autor aborda a genealogia das famílias: Menezes - de Martín Perez de Tordesiilas, século XI; Gomes de Mattos de Inhomirim - RJ; Cresta e Doria, genovesas; e Moraes, paulista, a partir de Baltazar de Moraes de Antas;

- Família Bezerra de Menezes - descendentes de Joana Bezerra de Menezes - de Aluísio Furtado Bezerra, doação do autor.Trata-se de 2ª edição revista e ampliada, de obra já integrada anteriormente ao acervo bibliográfico CBG. Como o autor muito bem explicita em nota, “são 4.292 verbetes sem duplicidade, espalhados majoritariamente pelo Nordeste brasileiro”.

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TERCEIRO JORNAL DO PAÍS ABRE SEU ACERVO APÓS BATALHA JUDICIAL

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Por Paulo CapelliJornal carioca O Dia Online – 26.04.2014

'Monitor Campista' publicava com frequência anúncios de compra e venda de escravos

'Procura-se negro fujão, que atende por Sebastião Jesus'. O que soa como absurdo para os padrões atuais, era apelo comum numa das páginas de classificados do terceiro jornal mais antigo do país. Fundado em 1834, na época do Império, o 'Monitor Campista' publicava com frequência anúncios de compra e venda de escravos. Após longas negociações travadas na Justiça, o periódico, desativado há cinco anos, tem agora parte de seu acervo aberto ao público em Campos dos Goytacazes.

O 'Monitor' foi retirado de circulação em 2009, e o acervo passou a ser armazenado no Centro do Rio, na sede dos 'Diários Associados', que detêm sua propriedade. “Esta é uma das obras jornalísticas mais vigorosas do município e, talvez, do país. Um trabalho jornalístico de muita grandeza e que fechou suas portas em ótima fase e de forma inexplicável”, disse Vitor Menezes, presidente da Associação de Imprensa Campista.

O Monitor teve em suas páginas fatos históricos como a 2ª Guerra Mundial, a Proclamação da República e o Golpe de 1964. O jornal registrou também a descoberta da bacia petrolífera em águas profundas, no ano de 1974. “O retorno do acervo do Monitor a Campos é uma vitória de toda a sociedade, pois é um resgate da história e da memória de um povo aguerrido”, disse o vereador Edson Batista, que participou das negociações junto ao Ministério Público Estadual. Resolução criada este ano pelo Conselho de Preservação do Patrimônio Arquitetônico Municipal tornou o acervo um patrimônio histórico da cidade.

“O jornal foi um dos primeiros estabelecimentos da América Latina a ter luz elétrica. Quando a redação ficou iluminada pela primeira vez, muitos curiosos se juntaram na porta para contemplar”, conta Wilson Heidenfelder, diretor de Cultura da Câmara dos Vereadores de Campos, onde a mostra pode ser vista até quarta-feira. Na exposição, além da primeira edição do Monitor, é possível ver a prensa gráfica usada na época, bem como máquinas de escrever e aparelhos telefônicos.

Edições disponíveis ao público

Após negociações que chegaram a envolver recursos financeiros, os Diários Associados decidiram doar os 173 volumes existentes para o município. Depois da exposição, o acervo será armazenado provisoriamente em uma sala adaptada da Câmara. Isso porque o Arquivo Público Municipal, no Solar dos Jesuítas, distrito de Tocos, não foi aprovado para receber os fascículos, segundo avaliação de especialista contratado pelos Diários Associados. A prefeitura prepara o local para que a transferência seja feita nos próximos meses.

Segundo Wilson Heidenfelder, o acervo passará por um processo de digitalização e microfilmagem para ficar disponível ao público. Antes da intervenção do MP, o acervo seria levado para a Biblioteca Nacional, no Rio.

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CBG - Carta Mensal 123 - set/out 2014 • 03

VELHAS DOENÇAS NOS VELHOS LIVROS DE ÓBITOS

Por Thalita de Oliveira CasadeiPublicado no Mensário do Arquivo Nacional - ano VIII – julho 1977

A História da Medicina ficará enriquecida quando seus cultores atentarem mais para as informações que os registros de óbitos podem oferecer. Em muitos assentamentos aparecem não só as doenças que causaram a morte dos paroquianos, como as mais diversas maneiras em que o óbito ocorreu. O livro de óbitos é uma fonte primária muito utilizada pelos estudiosos da Genealogia, pois, mais que os livros de batizados, fornecem dados preciosos para a organização das árvores genealógicas das famílias da sociedade brasileira. Cabem ao vigário, ou ao Sacristão, as anotações sobre o morto e sobre a causa mortis, esta nem sempre presente em todos os assentamentos pesquisados.Essas considerações vêm a respeito de um estudo iniciado no Arquivo da Cúria da cidade da Campanha, sul de Minas Gerais, muito bem organizado pelo erudito linhagista e consagrado historiador, Monsenhor José do Patrocínio Lefort. Incentivados pela boa acolhida que aquele culto Chanceler do Bispado dá aos pesquisadores que o procuram, tomamos ao acaso um dos livros de óbitos do Termo da Villa da Campanha da Princesa relativo ao início do século XIX, onde colhemos material para o presente trabalho. Lá estão assentados os óbitos de crianças e adultos, homens e mulheres livres e escravos habitantes da mencionada vila, assim como do Arraial de São Gonçalo, hoje cidade de São Gonçalo do Sapucaí; do Arraial do Mutuca, hoje Elói Mendes e de outras localidades menores. Alguns exemplos serão citados no decorrer do trabalho, para mostrar o grande repositório de informações que esses livros representam.A “mordida de cobra” é uma causa mortis comum, pois a região era pouco populosa e a vida passada em vasta zona rural onde, além da mineração que era a sua característica econômica principal no século XVIII, a terra era usada para o cultivo do fumo (e nesse setor lembramos o célebre fumo de Baependi), para a plantação de feijão, arroz e hoje transformada em zona de plantio de café e de criação de gado. Vivendo no campo, seus moradores estavam sujeitos ao ataque de ofídios e justamente dessa região é originário o grande brasileiro e benfeitor da Humanidade, Vital Brasil, mineiro da Campanha, o médico que traz a terra natal no próprio nome de batismo. (1)

Nas derrubadas, em zona onde a madeira serve para construções, para o uso doméstico (2) e para propiciar a plantação em roças, são comuns os desastres como os que assim foram consignados – “o escravo morreu debaixo de um pau”, ou “morreu de uma pancada de um pau em uma derrubada”. Os sacramentos eram dados na hora da morte, mas nem sempre essa prática era possível como no caso do escravo de 50 anos que faleceu “subitamente no caminho para São Gonçalo”, ou o do que “faleceu apressadamente”, ou ainda com o do escravo do Padre Mestre João Damasceno (3) de 25 anos, preto da Costa, por não “entender a língua”. (4)

Os casos de longevidade são muitos e anotamos os que surgiram durante essa pesquisa: um deles refere-se ao preto que “morreu de velhice”, aos 90 anos de idade; outro, preto da costa, de mais de 100 anos que faleceu “de muita velhice”, ou o da que “morreu de velha” aos 102 anos, ou o que faleceu “aos 109 anos, de velhice”.Alguns óbitos parecem como “dor no peito”, faleceu de “uma pontada”, ou de uma “paixão violenta” e, sem sermos médicos, achamos que se trata de infarto do miocárdio.Há casos interessantes como os que anotam a causa mortis, dizendo que o indivíduo faleceu “subitamente de um tiro”, ou que morreu “xifrado” por uma vaca. Comuns são os óbitos por “poplexia”, “hidropsia”, “pleoris”, “apostema”, “feridas gálicas”, “sarna”, “estupor”, “inflação do bofe”, “defluxo asmático”, “câimbras de sangue”, “garrotilho”, “infarte do figado”, “catarreira”, “vólvulo”, “antraz maligno”, “doudice”, “polmonia”, “cancro ulcerado”, “obstrução do fígado”, “chaga cancerosa”, “tosse convulsiva”.As febres aparecem sob diversas formas, tais como “febre podre”, que acreditamos tratar-se de tifo, “febre maligna”, “febre biliosa”, “febre forte”, “febre verminosa”, “febre convulsiva”, “febre epidêmica”, etc. Os casos de morfeia não são muito comuns nesse começo de século como se poderia pensar, e sempre anotados com esse nome e nunca como lepra.

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Um óbito diferente foi o do cidadão que “amanheceu morto na cama”, sem nenhuma indicação da causa mortis ; outros morreram de “encalhe”, ou de “dor de cabeça”, e muitos morreram “éticos”, isto é, de tuberculose pulmonar, como foi o caso de D. Bárbara Eliodora Guilhermina da Silveira e do seu filho Tristão, agora localizado por nós neste mesmo livro:

“Aos dezoito de dezembro de mil oitocentos e dezesseis falecendo ético à idade de 24 anos Tristão Antonio de Alvarenga filho de D. Bárbara foi acompanhado, encomendado e sepultado dentro da capela de São Gonçalo, das grades para cima.

Vigário Souza Lima“O sarampo sempre ceifou vidas na primeira infância, mas anotamos o óbito de uma moça falecida aos 19 anos. A erisipela, como a “anazarca”, são constantes nesses assentamentos, além da retenção de urina, causa do falecimento de João Benguela, escravo de D. Bárbara Eliodora Guilhermina da Silveira, em 1818; a icterícia é assinalada em diversos óbitos.As crianças natimortas estão registradas de maneira diferente: “falecendo da vida presente nascendo e falecendo”. Há casos sui generis, como o que morreu “debaixo da terra” ou o que faleceu “embriagado com caxassa” (sic) – o primeiro caso seria melhor dizer soterrado, o que era comum, dado o constante desabamento das “catas”, isto é, dos lugares em que se cavava o barranco à procura de ouro.Os casos de suicídio não aparecem com essa denominação e encontramos um exemplo assim anotado: “uma criança de 8 anos que faleceu de um tiro que dera em si mesma” e o falecimento de uma criança de 2 anos que nos parece crime pois o óbito diz que faleceu de “uma facada”.Vários são os casos de afogamento, como o de um rapaz que morreu “afogado no rio Sapucaí”. Mortes decorrentes de partos e de sobre partos são muitas, mas não tantas como se poderia esperar em época tão recuada. Em 1821, surge a anotação da morte, em Santa Catarina, hoje Natércia, de um preto da costa, conhecido como “Pay Lucas”, de 90 anos de idade, tísico e esse nome nos leva a pensar na preponderância religiosa que esse escravo teria na sociedade em que vivia, dada á sua provecta idade e o tratamento de “Pai” demonstra essa ascendência sobre os negros do seu grupo.Os enterramentos eram, no passado, feitos dentro das igrejas ou no seu adro, e o local da sepultura está ligado à posição social do morto ou às Irmandades a que ele pertencia. Assim, aparecem enterros feitos “das grades para cima”, ou “das grades para baixo”. Mais tarde essa prática de enterros nas igrejas foi abolido e os cemitério se multiplicaram. Mas esse é um outro capítulo da História Social de uma comunidade.(1) A cidade da Campanha, por ocasião do centenário do seu nascimento (1865-1965), prestou-lhe justa homenagem, colocando na Praça D. Ferrão, a principal da cidade, sua estátua. O Dr. Vital Brazil é pai do estimado confrade Lael Vital Brazil.(2) O uso doméstico da lenha para a cozinha, em Minas Gerais, é muito característico e, até hoje, com o advento do gás, a maioria das casas ainda conserva, do lado de fora, o antigo fogão de barro, feito de tijolos e com uma trempe de ferro. A culinária mineira não dispensa esse tipo de fogão que “faz a comida mais gostosa”, e é um traço de cultura material a ser pesquisado. (3) Esse sacerdote era professor de Latim na Vila da Campanha da Princesa, como também o foi João Evangelista, filho de Bárbara Eliodora Guilhermina da Silveira e Alvarenga Peixoto.(4) Trata-se, na certa, de um negro boçal, isto é, recém-chegado da África e ainda sem dominar a língua portuguesa.

W.W.W.

• https://familysearch.org/search/collection/1928179Relação de passageiros entrados no porto de Salvador 1855-1964

• http://www.aciaap.com.br/docs/memoria/relatorio_final_acervo_documental.pdf Acervo Documental que Furnas Centrais Elétricas – pág. 34,Extenso índice onomásticos de documentos do Fórum Nelson Hungria de Além Paraíba/MG. São testamentos, inventários, tutelas e arrolamentos, em ordem alfabética, separados por Varas judiciais, datados desde o final do século XIX. Contém apenas o índice, consulta à documentação somente presencial.

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CBG - Carta Mensal 123 - set/out 2014 • 05

CONVÍVIO GENEALÓGICO NO RIO DE JANEIRO

Por Carlos Alberto de Paiva.Obs.: como de praxe, figuram em negrito os que, hoje, são associados CBG.

No dia 13 de abril de 2006, numa quinta-feira ensolarada, às dez horas da manhã, reuniram-se (na ordem da imagem) Carlos Alberto de Paiva, Marco Antônio Gomes Beranger, Eliane Brandão de Carvalho, Regina Cascão Viana e Antônio César Xavier, no apartamento de Regina, para tratarem de assuntos do Colégio Brasileiro de Genealogia.

Após resolverem o que se propunham, de repente, deram-se conta do quanto era agradável e importante conversarem vis-à-vis sobre variados assuntos, e passaram a analisar o fato de a Internet afastar as pessoas dos relacionamentos pessoais, concluindo que os pesquisadores de Genealogia precisavam conhecer-se pessoalmente.

Consideraram que algumas iniciativas, embora esporádicas e extintas, foram responsáveis por promover esse contato: a presença, às quartas-feiras, no Colégio, buscando respostas às suas pesquisas ou para uma conversa informal; as palestras organizadas pelo CBG, em vários locais, que suscitavam elevado interesse dos associados e de muitos não-associados, os quais adquiriam conhecimentos inestimáveis; os encontros na AMAL (Associação de Moradores e Amigos de Laranjeiras), coordenados por Gilson Caldwell do Coutto Nazareth, também com palestras e discussões sobre variados assuntos, com o surgimento de muitas amizades entre os que buscavam conhecimentos para descobrirem suas origens familiares; as pesquisas nos Centros de História de Família, da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, cujas ocorrências positivas criavam um clima de euforia entre todos os pesquisadores, surgindo uma afeição espontânea e laços de ajuda mútua, responsáveis pelo entrelaçamentos de suas histórias; e, para não ir longe, os encontros de integrantes do grupo GenealBr, de discussão sobre genealogia na Internet, habitué da Biblioteca Nacional, no Rio de Janeiro, que, por conta do saboroso e enorme quibe que matava a fome nos intervalos de descanso das buscas nas leitoras de microfilme da hemeroteca e estimulava uma animada conversa, por proposta de Francisco Antônio Moraes Accioli Doria foi cognominado BNQ – sigla de “BN-quibe”.(*)Com base nessas considerações, imaginaram criar um encontro que agregasse pessoas dispostas a compartilhar seus conhecimentos genealógicos e suas amizades, tratando de histórias de famílias e de assuntos relacionados com suas pesquisas. Os encontros ocorreriam num mesmo local, nas terceiras terças-feiras do mês, entre 18 e 22 horas, e sempre haveria alguém para aguardar pelos que comparecessem naquele horário. Pensaram também que esses encontros pudessem expandir-se a outras cidades, estimulando o interesse pela genealogia, agregando pesquisadores das “famílias brasileiras e das estrangeiras radicadas no Brasil”, com base nos objetivos estatutários do CBG.

Regina Cascão sugeriu, e foi aceito, que o encontro se chamasse Terceira-Terça, realizando-se o primeiro deles no dia 18/04/2006, no Restaurante do Papai, na Rua São José 16, RJ-Centro. A imagem registra esse dia: da E para a D, vemos Hugo Forain e a esposa Neide, Regina Cascão, Luis de Paula, Leila Ossola, Paulo Rodrigues, Antonio César Xavier e Carlos Paiva.

Inspirado nas terceiras-terças no Rio de Janeiro, o querido amigo, de saudosa lembrança, Aylzo Guedes de Almeida, iniciou, em São Paulo, a Qua-qua, encontro nas quartas quartas-feiras de cada mês, que perduraram por dois anos, conforme lembra Rafael Baker Botelho.

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Há um fato interessante na história dessas terceiras-terças, quando, numa delas, próximo às 21 horas, Carlos Paiva encontrava-se sozinho e chegou um senhor perguntando pela reunião de genealogia. Carlos apresentou-se e, até meia-noite, como velhos conhecidos, conversaram sobre Genealogia e outros assuntos. Numa outra vez, Gustavo Almeida Magalhães de Lemos propôs que a terceira-terça passasse a se chamar Convívio Genealógico, resgatando o título atribuído aos antigos encontros para as palestras promovidas pelo CBG, e assim vem sendo desde então.Pode-se afirmar que os Convívios são aguardados com ansiedade e fazem muito bem aos que comparecem, devendo-se considerar que o êxito desses quase nove anos de Convívios Genealógicos mensais no Rio de Janeiro deve ser atribuído a cada um que acredita no valor do encontro para o fortalecimento das amizades, criando disponibilidade para comparecer e estreitar novos laços afetivos.E para dar um sabor de “comparecerei ao próximo Convívio”, a imagem a seguir registra a terceira-

terça de 19/08/2014, deixando no ar as perguntas: Será que um dia o restaurante ficará pequenino para todos os que desejam manter essa chama acesa?

Será que o êxito do Rio de Janeiro conseguirá estimular Convívios noutras cidades?

No 1º Convívio realizado em novo endereço, Churrasqueto Lareira – Rua Major Ávilla 185, Tijuca, Rio, da E > D: Carlos Alberto de Paiva, Attila Augusto Cruz Machado, Maria Cândida de Freitas, Renata e Eliane Brandão de Carvalho, Regina Cascão Viana, Gustavo Almeida Magalhães de Lemos, Nelson Vieira Pamplona, Hugo Forain Jr, Luiz Alberto da Costa Fernandes, Paulo Cezar Barros Gismonti, Maria Lúcia Machens, Frederico Grinberg Junior, Márcio Miller Santos, Paulo Maurício Rezzutti (IHGSP) e Francisco Antonio Doria.Finalmente, sem medo de errar, o Convívio Genealógico venceu o ambiente virtual da Internet, criando um momento para que os pesquisadores de Genealogia e de histórias de família fortalecessem seus laços de amizade e falassem de tudo, até de Genealogia... A reunião não é exclusiva de associados CBG, é aberta a novos pesquisadores que desejam aventurar-se na busca de ancestrais, Constitui-se numa tradição de muitos anos, mais viva do que nunca. E ao fim de cada encontro, diz Gustavo Lemos sua máxima que já é tradicional: quem não foi, perdeu!..(*) Participavam do grupo BN-quibe (ordem alfabética): Carlos Alberto de Paiva, Marco Beranger, Mauro Pinheiro e Regina Cascão – o primeiro pesquisando o Pará e os demais, Pernambuco.

Paulo Celso de Almeida Moutinho, advogado, educador e industrial, associou-se ao CBG em agosto de 1957. Uma das suas paixões era a gastronomia, tendo sido fundador – com Miguel de Carvalho, Antônio Houaiss e outros – da Confraria dos Gastrônomos do Rio de Janeiro. Era genro de Rodrigo Otávio Filho, da Academia Brasileira de Letras (casado com a filha Stella do acadêmico) e compadre de Carlos Rheingantz, fundador e Presidente Perpétuo do CBG, padrinho de sua filha mais nova, Rita.

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CURIOSIDADE

http://cristoredentoroficial.com.br/curiosidadesContribuição de Pedro Auler.

No Cristo Redentor é possível ver um discreto coração, que é uma imagem estilizada do Sagrado Coração de Jesus. Medindo 1,30m, é a única parte do Monumento que, revestida de pedra-sabão, é projetada para o interior da construção. (...)

Dentro dele, o engenheiro mestre de obras Heitor Levy e o engenheiro fiscal Pedro Fernandes Viana colocaram um frasco de vidro, contendo um pergaminho com a árvore genealógica de ambas as famílias, como demonstração de fé e gratidão.

Vista externa Vista interna

Dentre os associados Honorários do Colégio, encontramos três religiosos da Igreja Católica: os cearenses Padre José da Frota Gentil e D. Pompeu Bezerra Bessa, já falecidos, e o paulista D. José Palmeiro Mendes, beneditino, radicado no Rio de Janeiro, em atuação no Mosteiro e na Faculdade São Bento.

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A PENÍNSULA DA CRIMEIA, A BOMBACHA DO GAÚCHO E A ALIMENTAÇÃODA TROPA BRASILEIRA NA GUERRA DO PARAGUAI

Notas de autoria dos historiadores militares coronéis Claudio Moreira Bento e Luiz Ernani Caminha Giorgis do IHTRGS – Instituto de História e Tradições do Rio Grande do Sul e da FAHIMTB - Federação de Academias de História Militar Terrestre do Brasil

A península da Crimeia, por seu grande valor geopolítico e estratégico, está novamente em evidência com a sua anexação pela Rússia, retirando-a da soberania da Ucrânia. A anexação contraria interesses das sete nações mais ricas, também grandes potências militares, como no passado, empenhadas em conter a expansão russa sobre o Mediterrâneo.De 1853 a 1856 ocorreu a Guerra da Crimeia, na qual a Rússia foi vencida por uma Coligação composta pelo Império Otomano, o Reino Unido, a França e Império Sardo (Sardenha), este último compondo a Aliança Anglo-Franco-Sarda. A guerra terminou com a assinatura do tratado de Paris de 30 de março de 1856; dela resultou a neutralização do Mar Negro para a Rússia e, por via de consequência, o seu acesso ao Mediterrâneo. Nesta guerra ficou famosa a heroica resistência de sua fortaleza Sebastopol, sede da frota russa no mar Negro, a prolongado cerco. O Cerco de Sebastopol foi o principal combate ocorrido durante a Guerra, tendo durado de setembro de 1854 a setembro de 1855. Leon Tolstoi, no livro Relatos de Sebastopol detalha os combates num misto de ficção e relato histórico. A Guerra da Crimeia foi o primeiro grande conflito armado documentado por recente invenção da época, a fotografia. O Império Otomano era muito forte militarmente e integrava áreas do Oriente Médio, Leste Europeu e Norte da África, do qual, derrotado na 1ª Guerra Mundial, surgiu a Turquia em 1923.De 1865-70 ocorreu a Guerra da Tríplice Aliança da Argentina, Brasil e Uruguai contra o Paraguai. O que tem esta guerra a ver com aquela?Na Guerra do Paraguai, a Fortaleza de Humaitá que se constituiu em Objetivo Militar da Tríplice Aliança ganhou a denominação de a “Sebastopol Sul-Americana”, pela resistência que ofereceu à sua tentativa de conquista pelas forças terrestres e navais da Tríplice Aliança.Depois da Guerra da Crimeia, o Brasil comprou da França sobras de fardamento. Foram muitas calças, que receberam o nome de bombachas. Elas foram usadas pelos zuavos, nome dado a certos regimentos de infantaria do exército francês, originários da Argélia, a partir da década de 1830, e que foram empregados na Guerra da Crimeia. As bombachas foram introduzidas no Rio Grande do Sul por veteranos da Guerra do Paraguai. Desde então, passaram a ser peça tradicional da vestimenta do Gaúcho.Ainda na linha da logística, e passando para a alimentação da tropa, uma curiosidade. Na Campanha da Cordilheira, final da Guerra do Paraguai, estando o Exército sob o Comando do Conde D'Eu, este teve que importar de Nantes, França, um carregamento de sardinha para alimentar as tropas, em razão de rompimento com os fornecedores argentinos de carne bovina que tiravam proveito exagerado de seus fornecimentos (Meira, Cabeda, 2009, p. 19). Sobre o que foi a alimentação do Exército no Paraguai, um soldado brasileiro assim a definiu, segundo Dionísio Cerqueira em suas Reminiscências da Guerra do Paraguai:

“Osório nos deu churrasco.E General Polidoro farinha.O Marquês* nos deu jabáE Sua Alteza**, sardinha”.

* Caxias** Conde d'Eu

Fontes: • MEIRA, Antonio Gonçalves et CABEDA, Corálio. Nossas Guerras. Porto Alegre: Edigal, 2009;• Antônio Ribeiro (www.veja.abril.com.br); • Wikipédia.

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CBG - Carta Mensal 123 - set/out 2014 • 09

UM HOMEM SEM CPF NÃO É NINGUÉM

Por Edilson Pereira, jornalista no Paraná. 16.01.2014http://www.parana-online.com.br/colunistas/366/100753

Uma devastação silenciosa afeta um tipo de árvore que não desperta o menor interesse dos ecologistas: as árvores genealógicas. Elas também somem da face do planeta. E não me refiro a estas árvores dos capitães hereditários do Paraná, mas aos autênticos, que vieram de Portugal, Espanha e França para construir de forma estapafúrdia este país chamado Brasil. Há uma revolução demográfica anarquista em curso que atropela os elementares conceitos genealógicos e heráldicos. E para quem gosta de tradição, família e propriedade, é o fim da picada.

Hoje em dia não tem importância descender de Pellicer de Ossao y Tovar ou de Pedro Montemayor del Marmol. Tampouco se o antepassado foi citado no livro de José Freire Montarroyo Mascarenhas. Há coisa de 60 anos os estudos genealógicos gozavam de amplo prestígio, havia sociedades que se dedicavam à heráldica em vários estados e em quase todos os países do ocidente - elas eram atuantes. Eram publicados periodicamente livros sobre ramos familiares e também sobre descobertas de que um ramo cujo nome embora grafado de forma diferente, na realidade era da mesma linhagem de uma família importante de Portugal ou Espanha.

Havia uma enorme bibliografia sobre o assunto. Antonio de Betencourt Perestrelo de Noronha inseriu a sua Genealogia das Famílias da Ilha da Madeira na Coleção Pombalina da Biblioteca Nacional de Lisboa. Quem não estava num livro deste, não era ninguém. Algumas obras continham vários autores como Da Sucessão Genealógica e Ascendência de Algumas Famílias Ilustres deste Reino de Portugal, acrescido de Armaria ou Brasões da Nobreza de Portugal, composto por Diogo Fernandes de Mendonça, consertados, apresentados e iluminados por Joaquim José de Saldanha e Albuquerque e Noronha.Os cultores das árvores genealógicas aparentemente estão hoje em pequeno número e um tanto alvoroçados com o desinteresse das novas gerações por tais requintes. Os grandes nomes e os grandes ramos familiares se afogam na crescente multidão e agem como pessoas de nomes cuja origem e ramos familiares desconhecem. Aliás, muitas pessoas hoje em dia desconhecem até quem foram os seus pais - alguns consideram grande luxo conhecer os avôs. Eu tive um amigo que escreveu para uma instituição de Portugal querendo saber se o seu nome se relacionava aos Benevides da Ilha de São Miguel. Não sei como o caso foi parar na internet, esta bisbilhoteira contemporânea.Eu comentei com este amigo o seu interesse pela genealogia e ele se ofendeu como fosse flagrado praticando uma obscenidade. Qualquer nome ou sobrenome atualmente serve para designar do mais abjeto sujeito ao mais alto magistrado. Não existe mais linhagem, o que existe é um grande pirão humano no qual o descendente de um barão tem tanta importância quando o de um ladrão. E descender de Don Alonso Nuñez de Castro y Leon, que escreveu sobre a vida de São Fernando III em 1673, Rei de Castilla y Leon, pode não ter a relevância que tinha há alguns séculos. Hoje não tem mais título de nobreza, nem os títulos de cidadãos honorários e beneméritos servem para alguma coisa, além de afagar o ego de pessoas próximas ao poder que são agraciadas e olvidam que tais títulos também foram destinados a gente que causou muitos danos à sociedade, comprometendo a integridade e nobreza da honraria. Se há um título que ainda tem valor é o concedido pela Receita Federal aos cidadãos que se distinguem compulsoriamente na condição de contribuintes do Fisco: ou seja, o número através do qual o cidadão está inscrito no Cadastro de Pessoas Físicas. O famoso CPF. O título de eleitor, se vingar mudanças eleitorais, vai perder a majestade. Ele se transformou em instrumento de entronizar pessoas desprezíveis em cargos de relevância com consequências danosas para a coletividade. O CPF pode não provar de onde você veio, mas pode provar que você é você e não o homônimo que matou e roubou. Ou seja, ele pode não colocar você na corte, mas pode evitar que você vá para a penitenciária - o que já é grande coisa. Antigamente, um nome ilustre colocava alguém num seleto grupo social - hoje o CPF pode garantir a sua liberdade. A verdade é que hoje em dia um homem sem CPF não é ninguém. Ninguém decente, porque se o sujeito não tiver CPF, ele é um suspeito, uma espécie de fugitivo. O CPF é o único titulo social de relevância nos dias hoje.

Page 10: Victor Meirelles – Biografia e legado artísticoHá casos sui generis, como o que morreu “debaixo da terra” ou o que faleceu “embriagado com caxassa” (sic) – o primeiro

LACOMBE MESTRE DE DANÇA

Boletim InformativoCOLÉGIO BRASILEIRO DE GENEALOGIA

Av. Augusto Severo, 8 - 12º andar - Glória20021-040 - Rio de Janeiro - RJTel.: (21) 2221-6000Diretoria: Presidente Regina L. Cascão Viana

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Clotilde Santa Cruz TavaresEliana Quintella de LinharesGilson FlaeschenLaura de Saint-Brisson Ferrari

Conselho Fiscal: Attila Augusto Cruz MachadoHugo Forain JuniorVictorino C. Chermont de Miranda

Dias e horários de funcionamento:2ª-feira de 13 às 17 horas / 3ª-feira de 14 às 17 horasPágina: www.cbg.org.brEmail: [email protected]ção: Escale Serviços de InformáticaImpressão: Letras e Versos

EXPEDIENTE

10 • CBG - Carta Mensal 123 - set/out 2014

Associado CBG em 1951, Lourenço Lacombe, figura ímpar da cultura brasileira, nasceu no Rio de Janeiro em 1914 e ali também faleceu, em 1994. Quando jovem, mudou-se para a cidade de Petrópolis-RJ, cidade que amava e pela qual trabalhava com sua invejável cultura e capacidade profissional e intelectual. Professor de História, trabalhou por meio século no Museu Imperial, iniciando como Pesquisador Especializado em 1940, e tornando-se depois Chefe da Divisão de Documentação e Diretor (1967-1990). Estudioso da disciplina que lecionava, era um especialista em 2º Reinado e entusiasmado pesquisador da História de Petrópolis.

Em 1970, quando diretor do Museu Imperial, “foi-lhe oferecida a fotocópia de um requerimento de seu antecedente do mesmo nome, em letra caprichada e datado de 1º de outubro de 1826, pedindo ao Imperador D. Pedro I mandar passar-lhe o alvará de Mestre de Dança de Sua Majestade Fidelíssima, a Rainha D. Maria II, cargo para o qual tinha sido nomeado em 26 de maio daquele ano. A oferta foi do Arquivo Nacional, onde se acha o original do documento.”

Fonte: Mensário do Arquivo Nacional, ano I, nº 8, agosto de 1970.

ERRATA – No boletim anterior – Carta Mensal, nº 122, publicamos uma “pílula genealógica” sobre o saudoso historiador e genealogista Fábio Nelson Guimarães, de São João Del Rei – MG, e, por erro de digitação, foi registrado indevidamente o ano de seu falecimento. Hoje corrigimos o engano: nosso nunca esquecido Fábio Nelson deixou-nos aos 64 anos incompletos, no ano de 1996.