Veterinária & Zootecnia - julho 2013

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ANO I - N° 05 - JULHO/2013 ELEIÇÕES ELEIÇÕES 2013 2013 ELEIÇÕES 2013 Veterinários e Zootecnistas elegem Diretoria do CRMV/AM para o triênio 2014-2016

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Informativo do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Amazonas (CRMV/AM).

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ANO I - N° 05 - JULHO/2013

ELEIÇÕESELEIÇÕES 20132013

ELEIÇÕES 2013

Veterinários e Zootecnistas elegem Diretoria do CRMV/AM para o

triênio 2014-2016

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Um novo Ciclo se inicia

SUMÁRIOPalavra do Presidente..............................................................2Chapa União & Crescimento eleita para o triênio 2014-2016 ....................................................................3Entrevista: Epitácio Cardoso Dutra um Zootecnista que faz história no CRMV/AM ........................................................4CRMV/AM realiza palestra sobre o papel do Veterinário Nasf ......................................................................5Abate clandestino em debate no Amazonas ...........................6Seminário de RT aborda Marketing para Mercado Pet............7Veterinária & Zootecnia em Contexto ......................................7CRMV/AM participa do planejamento para criação do Hospital Veterinário Público em Manaus .................................8Resolução CFMV nº 1015 entrará em Vigor somente em fevereiro de 2014 ..............................................................8

Em 29 de junho de 2013, o Conselho Regional de Medicina Veterinária do Amazonas realizou sua eleição e o gru-po do qual faço parte foi confirmado pelos colegas para perma-necer mais uma vez à frente do órgão que representa as duas categorias. Diante desse resultado, primeiro gostaria de exter-nar toda nossa gratidão aos colegas que depositaram em nós este voto renovado de confiança que nos enche de orgulho e nos motiva a buscar fazer sempre o melhor em prol do desenvol-vimento das profissões da Veterinária e da Zootecnia.

Agora, nosso foco se volta para a responsabilidade que nos foi outorgada , a saber, o dever de fazer uma gestão ainda melhor do que estamos fazendo nesse triênio que se encerra. Compreendemos que o fim da eleição marca o ponto de reco-meço de um trabalho que não pode deixar de melhorar conti-nuamente.

Nossa responsabilidade agora passa a ser com todos os profissionais que integram este Conselho, os que nos apoiaram e os que não nos apoiaram. Da mesma forma, temos o dever de fazer melhor também para os empresários que estão inscritos em nosso Conselho, para o poder público e, sobretudo para a sociedade a qual servimos.

Continuamos nosso trabalho de articulação junto ao po-der público e à sociedade para o fortalecimento das profissões da Veterinária e da Zootecnia. Recentemente começamos um trabalho em parceria com o Vereador Rozenha para definir tecnicamente quais as necessidades estruturais e administrati-vas para a criação do primeiro Hospital Público Veterinário de Manaus.

Investimos também no conhecimento dos profissionais com a realização dos Seminários de Responsabilidade Técnica como os que recentemente trouxeram a Manaus o Especialista em Saúde Pública e Coordenador do Centro Estadual de Vigi-lância em Saúde do Rio Grande do Sul, Dr. Celso Bittencourt, para falar sobre a inclusão de Veterinários nas equipes do NASF e trouxemos também o Consultor Especializado em Marketing para o Mercado Pet, Sérgio Lobato, para compartilhar conosco informações de interesse de todos os profissionais atuantes no mercado.

Desempenhamos nosso papel com afinco todos os dias e reiteramos nosso firme propósito de continuar de portas abertas para atender e orientar todos os profissionais, empresários, agentes políticos e qualquer cidadão que nos procure em busca dos serviços que são da alçada deste conselho.

Um novo ciclo se inicia para todos nós, e neste novo mo-mento quero convidar todos os profissionais a participar mais ativamente das atividades do CRMV/AM, a participação de vo-cês é muito importante para que possamos melhorar sempre nossos serviços.

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Momento do voto: 259 eleitores participaram da eleição do CRMV/AM 2013

A eleição da nova diretoria do CRMV/ AM, para o triênio 2014-2016, realizada no dia 29 de junho teve como única concorrente inscrita, a Chapa União e Crescimento, encabeçada pelo Médico Veterinário Paulo Alex Machado Carneiro, atual presidente do Conselho e candidato à reeleição.

Toda a eleição foi acompanhada pelo Pre-sidente do Conselho Federal de Medicina Veterinária, Dr. Benedito Fortes de Arruda, que participou como de-legado-observador do CFMV, e pelo Médico Vete-rinário Jorge Luiz Maia Carneiro, Presidente da Comis-são Organizadora da Eleição 2013.

A votação transcorreu calmamente por todo o dia, sem o registro de qualquer anormalidade. Às 17 horas a votação foi en-cerrada e iniciou-se a apuração dos votos. Os trabalhos de apuração foram coor-denados pelo Presidente da Comissão Eleitoral auxiliado pelos funcionários do CRMV/AM e super-visionados pelo delegado-observador do CFMV. Às 18 horas foi anunciado o resultado oficial do pleito

.176 votos válidos para a chapa UNIÃO E CRESCIMENTO

68 votos em branco e 15 votos nulos.

O mandato da chapa União e Crescimento começará com a posse da Diretoria Executiva no dia 28 de novembro e a posse do restante da diretoria ocorrerá em 28 de dezembro.

Apuração dos votos: atenção redobrada para evitar erros de contagem

Dr. Paulo Alex (esq.), presidente reeleito do CRMV/AM e Dr. Benedito Fortes, Presidente do CFMV

DIRETORIA EXECUTIVAPresidente: Paulo Alex Machado Carneiro CRMV/AM nº 0174

Vice-Presidente: Carlos Augusto M. Carneiro CRMV/AM nº 0237Secretário-Geral: Epitácio Cardoso Dutra de Alencar e Silva

CRMV/AM nº 0029-ZTesoureiro: Christian Barnardd G. e Silva CRMV/AM nº 0304

CONSELHEIROS EFETIVOSDonard Beno Diefenbach CRMV/AM nº 0049

Estevão Márcio Cavalcante Leandro CRMV/AM nº 0470Fernanda Moreira de Oliveira CRMV/AM nº 0501

Guilherme de Melo Pessoa CRMV/AM nº 0240Manoel Del Carmen Perez Neto CRMV/AM nº 0020

Shirlley das Chagas Soares CRMV/AM nº 0369

CONSELHEIROS SUPLENTESAndré Galindo Correia da Silva CRMV/AM nº 0276

Breno Schumaher Henrique CRMV/AM nº 0303Daniel Alexander Pereira da Cunha CRMV/AM nº 0468

Joel Lima da Silva Júnior CRMV/AM nº 0232Solange de Oliveira Maia CRMV/AM nº 0351

Victória Teresa de Morais G. Malagueta CRMV/AM nº 0228

PARA O TRIÊNIO 2014-20162014-2016CHAPA UNIÃO E CRESCIMENTO ELEITAPARA O TRIÊNIO 2014-2016

CHAPA UNIÃO E CRESCIMENTO (2014-2016)

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EPITÁCIO CARDOSO DUTRAEPITÁCIO CARDOSO DUTRAUM ZOOTECNISTA QUE FAZ UM ZOOTECNISTA QUE FAZ HISTÓRIA NO CRMV/AMHISTÓRIA NO CRMV/AM

EPITÁCIO CARDOSO DUTRAUM ZOOTECNISTA QUE FAZ HISTÓRIA NO CRMV/AM

O Zootecnista Epitácio Cardoso Dutra de Alencar e Silva é um dos mais atuantes membros da Diretoria do CMRV/AM e a pessoa certa para nos falar sobre a Zootecnia no Amazonas. Bacharel em Zootecnia, ele atua como Professor do Instituto Federal de Ciência e Tecnologia do Amazonas – IFAM/Campus Zona Leste. Possui Especialização

em Recursos Naturais Renováveis e Mestrado em Biotecnologia e Recursos Naturais.

Atualmente, participa pelo 4° triênio da Diretoria do Conselho Regional de Medi-cina Veterinária do Amazonas, onde já ocupou os cargos de Secretário Geral, Vice Presidente e Conselheiro Efetivo.

Defensor ferrenho de sua classe profis-sional, Dr. Epitácio faz questão de sempre expor o ponto de vista dos Zootecnistas nos

debates em que participa como mem-bro da Diretoria do Conselho. Por e-mail ele nos concedeu a se-guinte entrevista:

V&Z - Qual o atual cenário da Zootecnia amazonense em relação ao tamanho do mercado, ao seu potencial e à inserção dos Zootecnistas?

Por ser uma profissão relativamente nova, e de certa forma a sua área de atuação ser desconhecida de uma parte da socieda-de, mais especificamente na região norte do país, os Zootecnistas tem ainda alguma difi-culdade de se inserir no mercado de traba-lho tanto público quanto privado, mas o tem-po e uma atuação mais efetiva desses pro-fissionais em seu Conselho de Classe, nas Associações e Sindicatos irão fortalecer, sem dúvida nenhuma, a nossa classe.

Para se ter uma ideia, quando che-guei a Manaus, no meio dos anos 90, havia menos de 30 Zootecnistas registrados no CRMV/AM. Hoje, passados quase vinte anos, estamos próximos de oitenta regis-tros, ou seja, menos de 50 novas inscrições ocorreram nesse período, quando observa-mos que essa é a quantidade de registros feitos por ano em alguns conselhos do sul e sudeste.

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V&Z - Quanto às potencialidades regio-nais, quais as áreas em que o trabalho dos Zootecnistas mais tem sido empre-gado e quais as áreas em que este profis-sional não está sendo demandado pelos produtores regionais?

Atualmente, uma das poucas áreas em que o amazonas é autossuficiente é na produção de ovos. Com isso podemos verifi-car que as potencialidades são várias.

Hoje, a demanda por carne de capri-nos e ovinos é muito grande, devido à migra-ção de nordestinos para o nosso Estado.

Só para dar um exemplo, na questão do leite/laticínios também não somos autos-suficientes. Quanto à carne, a situação fica mais delicada, até mesmo pela questão do abate clandestino - mas essa é uma questão que, sozinha, poderá já render um outro artigo. Por via das dúvidas o consumidor acaba demandando os produtos que vêm dos estados vizinhos e, consequentemente, “empregando” os Zootecnistas de fora!

V&Z - Quais atividades produtivas que o senhor considera mais importantes, ho-je, para a atuação dos Zootecnistas?

Acho que podemos colocar a ques-tão como ‘atividades que estão sendo pouco exploradas’, pois o mercado é muito dinâ-mico. O empreendedorismo, o agrone-gócio e até mesmo a questão ambiental, são questões que aparentemente estão desvin-culadas, mas de certa forma estão intima-mente ligadas.

Por exemplo, não podemos pensar num setor de suinocultura sem um tratamen-to de efluentes, comercialização da produ-ção e oferta de empregos.

V&Z - Como tem sido a inserção dos Zootecnistas nos órgãos públicos li-gados ao setor primário?

Não podemos negar que nos últi-mos anos houve concursos públicos que contemplaram a Zootecnia em agência de fomento, órgão de assistência técnica e ins-tituições de ensino, mas ainda é insuficiente para atender a demanda reprimida. Na minha opinião, o que devemos focar é na cobrança de políticas públicas consistentes, realistas e executáveis dentro da realidade regional do nosso setor pri-mário.

V&Z - Quais são em sua visão os desafios atuais para o desenvolvimento da Zootecnia no Amazonas?

Os desafios são vários, pois há muita coisa a ser feita ainda! Os nichos de atuação profissional estão aí colocados e o profissional tem que buscar onde melhor se adapta - se no ensino e na pesquisa; se na assistência e transferência de tecnologia rural; no empreendedorismo ou na produção propriamente dita. Há dois setores em que o Zootec-nista poderia ter uma atuação mais eficaz, uma delas é a Bubalinocultura (criação de búfalos) e a outra é piscicultura. Fora do sudoeste asiático ou da Ín-

dia, segundo a FAO, o vale amazônico é considerado o melhor lugar para se criar bú-falos - animais que possuem o leite e a carne superiores em todos os sentidos ao dos bo-vinos, com a vantagem de não precisar des-matar para abrir pastos, pois eles se adapta-ram muito bem as nossas várzeas. Quanto à piscicultura, é um dos segmentos que já provou seu potencial e venceu alguns gargalos que inviabilizavam a seu desenvolvimento. Relembrando, o que está mesmo faltando são ações pró-ativas para o setor.

V&Z - Qual sua mensagem para os profissionais que estão se formando agora em Zootecnia?

Gostaria de lembrar que a questão do manejo e nutrição de animais silvestres com vocação Zootécnica na nossa região, é um setor que merece ser olhado com bas-tante interesse. No mais, é convocá-los para vir se juntar a nossa luta por uma profissão mais forte e representativa perante a sociedade, mas para isso, torna-se necessário que se inscrevam no CRMV-AM, ele representa as duas classes: os Veterinários e os Zootec-nistas! Só assim teremos voz e poderemos ser ouvidos. Aproveito para encerrar com uma citação cabível e oportuna aos jovens co-legas de minha terra: “quero dizer que se um dia acreditarem que tudo já está feito – e melhor não poderão fazê-lo – nesse dia estarão mortos para a aventura do espírito.” (Alencar e Silva, 2011).

Em maio, o CRMV/AM ofereceu a Palestra "O papel do Médico Veterinário no Núcleo de Apoio à Saúde da Família (Nasf)", voltada para profissionais e estudantes mi-nistrada pelo Médico Veterinário Celso Bittencourt dos Anjos, Especialista em Saú-de Pública e Doutor em Medicina Veteriná-ria pela Universidade de Paris. Atualmente, Coordenador do Centro Estadual de Vigilân-cia em Saúde do Rio Grande do Sul (CEVS/ RS) - Estado pioneiro na inclusão de Veteri-nários nas equipes multidisciplinares do Nasf.

O Nasf é um programa mantido com recursos federais que visa ampliar a abran-gência e o escopo das ações de atenção básica. O Nasf é constituído por equipes multidisciplinares que atuam em parceria

com as Equipes de Saúde da Família (ESF), compartilhando as práticas em saúde nos territórios destas últimas. A inclusão do Mé-

dico Veterinário no Nasf foi autorizada em 2011 com a publicação da Portaria nº 2488, do Ministério da Saúde.

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CRMV/AM REALIZA PALESTRA SOBRE O PAPEL CRMV/AM REALIZA PALESTRA SOBRE O PAPEL DO VETERINÁRIO NASFDO VETERINÁRIO NASFCRMV/AM REALIZA PALESTRA SOBRE O PAPEL DO VETERINÁRIO NASF

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A situação dos municípios amazo-nenses abastecidos com carne oriunda de abatedouros clandestinos foi discutida em audiência pública realizada no fim de março, na Assembleia Legislativa do Amazonas, pela Comissão de Meio Ambiente da Casa (Caama/Aleam) a pedido do CRMV/AM. A audiência foi proposta pelo presidente da Comissão, o deputado estadual Luiz Castro (PPS).

De acordo com dados do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Amazo-nas, dos 62 municípios amazonenses, apenas Manaus, Parintins, Itacoatiara, Boca do Acre, Iranduba e Manacapuru possuem abatedouros regularizados. Nos demais municípios, o abate do gado é feito em locais irregulares, quase sempre improvisados, sem higiene e sem a inspeção do Médico Ve-terinário, que é o profissional habilitado para a análise da sanidade dos produtos de origem animal.

A Audiência tratou de temas como Saúde Pública e os riscos de contaminação dos rebanhos, do homem e do meio ambi-ente. Para o deputado Luiz Castro, resolver o problema dos abatedouros clandestinos exige a integração de esforços técnicos e fi-nanceiros por parte dos governos federal, estadual e municipal. “Os entes devem estar unidos em prol da instalação e regularização dos abatedouros, que precisam passar por inspeções municipais constantes, de forma a garantir a qualidade da carne oferecida ao consumidor”, afirmou o parlamentar.

O presidente do CRMV, Dr. Paulo Alex, apresentou a posição da classe dos Médicos Veterinários, lembrando que é ne-cessário que haja fiscalização, por parte do poder público, dos locais de abate e que os

Veterinários precisam de condições de tra-balho e autonomia para exercê-lo, caso con-trário, não podem garantir a qualidade do produto que vai para a mesa da população. Paulo Alex lembrou também a carência de Médicos Veterinários no interior, para a reali-zação de inspeção nos animais abatidos. Segundo dados do Conselho, há apenas 28 profissionais registrados trabalhando atual-mente no interior.

O Diretor-presidente da Agência de Defesa Agropecuária e Florestal do Ama-zonas (ADAF), Sérgio Muniz, afirmou que o Amazonas possui um rebanho de aproxi-madamente 1,4 milhão cabeças de gado e produz uma média de 31 mil toneladas de carne por ano – segundo ele, a maioria em abatedouros regulamentados, informação que é corroborada pelo Presidente da Fede-ração da Agricultura e Pecuária do Amazo-nas (FAEA), Muni Lourenço.

O Fiscal federal agropecuário do Mi-nistério da Agricultura, Daniel Bez, defendeu o fechamento imediato dos abatedouros que

funcionam de forma irregular nos muni-cípios. “A repressão é necessária para res-guardar a saúde pública”, disse, lembrando que, após denúncias e a comprovação de atividade irregular, todos os cinco abate-douros do município de Apuí foram interdi-tados.

Ao final da Audiência foi organizado um grupo de trabalho formado por diversos órgãos dentre os quais o CRMV/AM, ADAF, MPE/AM, SEMSA, FAEA, IDAAM e MAPA para debater as propostas apresentadas durante a audiência e elaborar um docu-mento com as orientações para Prefeituras do Estado quanto às providências que devem ser tomadas para erradicar o abate clandestino no Amazonas.

REUNIÃO NA SEPROR

Ainda em março, a Secretária de Produção Rural do Amazonas (Sepror) con-vocou os órgãos ligados ao setor primário para apresentar as medidas que já estão sendo realizadas e debater novas ações.

A dificuldade de enfrentar a questão apenas com medidas punitivas foi apontada pelos participantes. “A iniciativa do MPF é estimular os órgãos locais para em médio prazo criar condições para que a legislação seja praticada”, disse o procurador Leonardo Macedo. A Secretária Executiva de Políticas Agropecuárias e Florestais da Sepror, Karine Araújo, afirmou que o órgão já desenvolve ações para reverter o cenário. “A única possibilidade de resolver o problema de forma permanente é criar abatedouros dentro dos parâmetros físicos e sanitários. Para isso, estamos construindo frigoríficos em Autazes, Tabatinga, em Manicoré e Nova Olinda do Norte”, afirmou.

ABATE CLANDESTINO EM DEBATE NO AMAZONAS

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CRMV/AM TERÁ CENTRO DE TREINAMENTOVeterinários e Zootecnistas inscritos

no CRVMV/AM poderão em breve dispor de um Centro de Treinamento à disposição de profissionais e pesquisadores. Este é o plano da diretoria que, pensando no desen-volvimento dos profissionais do Estado, articulou junto à Gerência de Patrimônio da União no Amazonas a doação de um terreno do Governo Federal, na AM-010, ao lado do Centro de Treinamento da Sepror.

Em reuniões realizadas, desde janei-ro, com o Gerente Regional do órgão no Amazonas, Silas Souza, a Diretoria do CRMV/AM foi orientada sobre os pormeno-res legais e documentais obrigatórios para solicitar a doação do terreno à União.

Cumpridas as formalidades burocrá-ticas, o Conselho amazonense já está em posse da área e já iniciou os estudos sobre as opções de construção no local.

MERCADO BILIONÁRIOO Jornal Brasil Econômico, de São

Paulo, publicou recentemente uma matéria sobre os números do mercado de produtos para pet no País no ano de 2012.

Segundo o veículo, foram movimen-tados R$ 14,2 bilhões, o que coloca o Brasil como o segundo lugar no ranking mundial, de consumo de produtos do mercado pet, atrás apenas dos Estados Unidos.

E O VETERINÁRIO?Sobre o tema, o presidente do CRMV

/AM, Paulo Alex, tem questionado a desi-gualdade na distribuição dos lucros deste mercado bilionário. “Os laboratórios anun-ciam faturamento de bilhões todos os anos e quem receita o medicamento são os Veteri-nários, mas nós não vemos nada dessa soma exorbitante chegar ao bolso dos pro-fissionais que fazem este mercado crescer ano a ano. Está na hora de começarmos a ter nossa parte no bolo”, afirmou recente-mente o veterinário em conversa com profis-sionais recém-formados.

QUALIDADE DE ALIMENTOS IGNORADA NO AMAZONAS Intitulado “Pesquisa de Informações

Básicas Municipais (Munic)”, um estudo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgado em junho revela que 46,7% dos municípios do Estado não tem ór-gãos de controle sobre qualidade de alimen-tos. Dos 62 municípios do Estado, 29 não possuem estrutura específica na área de segurança alimentar e nutricional. O Medico Veterinário Paulo Alex Carneiro, Presidente do CRMV/AM, ressalta que 55 municípios mantêm abatedouros irregulares, pondo so-mente 11,2% dos municípios no rol de con-sumo de alimentos com procedência segu-ra. “Não podemos esquecer que várias do-enças estão ligadas ao consumo de alimen-

tos contaminados como, por exemplo, a cis-ticercose, a brucelose, as doenças diarrei-cas, a salmonelose e até a tuberculose”, frisou.

MINISTÉRIO ATUALIZA REGRAS PARA EMISSÃO DE GTAs POR VETERINÁRIOSO Ministério da Agricultura, Pecuária

e Abastecimento (Mapa) emitiu nova regula-mentação sobre as Guias de Trânsito Animal (GTA) emitidas por Médicos Veterinários sem vínculo com o serviço oficial. A norma está em vigor desde 21 de junho. Pelas novas regras, os Profissionais habilitados a emitir as documentações para o rebanho têm a opção de utilizar tanto documentos im-pressos quanto eletrônicos (eGTA).

Outra novidade refere-se à emissão do documento para ruminantes na entrada e saída de eventos, como feiras e leilões, que antes só era feito pelo serviço veterinário ofi-cial. Em relação às penalidades, foram de-finidas ações que valem para todo o país e vão da suspensão à desabilitação do sis-tema oficial. Também foram uniformizados os cadastros com as informações mínimas sobre os médicos veterinários habilitados.

Para habilitar-se no Mapa, o profis-sional precisa estar com o registro no CRMV /AM em dia, além de comprovar a assis-tência técnica para os rebanhos que terão GTAs emitidas.

em Contexto

O Seminário de Responsabilidade Técnica do CRMV/AM de junho abordou o Marketing para o Mercado Pet.

O tema foi explorado através de um conjunto de quatro palestras ministradas pelo Médico Veterinário e Especialista em Marketing para o Mercado Pet, Sérgio Lobato - consultor palestrante e escritor que ministra palestras sobre o tema em todo o Brasil e outros países como México, Portu-gal, Espanha e Estados Unidos. Lobato é autor do livro “Manual de Responsabilidade Técnica para Clínicas Veterinárias, Con-sultórios e Pet Shops” e ministra o único curso de formação de Responsáveis Téc-nicos no Brasil.

Durante o evento, realizado no audi-tório da Assembleia Legislativa e no Auditó-rio da Universidade Nilton Lins, o palestrante

falou sobre Arquitetura de Estabelecimentos Veterinários abordando as especificidades técnicas relativas à área.

Abordou também o papel do Médico Veterinário como Responsável Técnico dos estabelecimentos veterinários. Em relação ao marketing dos estabelecimentos veteri-nários, Sérgio Lobato falou sobre a gestão de clientela como diferencial competitivo e estratégias de diferenciação no mercado.

As palestras foram muito dinâmicas e exemplificadas com cases de estabele-cimentos de sucesso para os quais a Sérgio Lobato Assessoria e Consultoria presta serviços.

Os estudantes de medicina veteri-nária foram contemplados com uma palestra exclusiva realizada na Universidade Nilton Lins com o tema “o que esperamos do pro-fissional do futuro na medicina veterinária: desafios e propostas!”.

SEMINÁRIO DE RT ABORDA MARKETING PARA MERCADO PET

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CRMV/AM PARTICIPA DO PLANEJAMENTO PARA CRIAÇÃO O presidente do Conselho Regional

de Medicina Veterinária do Amazonas, Paulo Alex Carneiro, se reuniu no começo de julho com o vice-líder do prefeito na Câmara Municipal de Manaus (CMM), vere-ador Ednailson Rozenha (PSDB). A pauta do encontro foi a criação do Hospital Público Veterinário em Manaus, proposta defendida por Rozenha e incluída por ele em emenda ao orçamento do município de Manaus para 2014.

Com a aprovação da emenda, Roze-nha garantiu os recursos necessários para a construção do Hospital Público Veterinário na Capital e procurou o CRMV/AM em busca de apoio e orientação sobre as necessida-des estruturais, legais e administrativas rela-tivas ao empreendimento.

No encontro, o Presidente do CRMV/ AM se comprometeu a apresentar ao vere-ador um estudo detalhando as necessida-des estruturais para a construção do pri-meiro Hospital Público Veterinário de Mana-us. “O conselho ficou responsável por ela-borar um estudo sobre custos da estrutura física e de pessoal para analisarmos a via-bilidade econômica e levar os dados à prefeitura”, explicou Rozenha, lembrando que em outras capitais brasileiras como São Paulo (SP), por exemplo, a existência de hospitais públicos veterinário já é uma rea-lidade.

O Médico Veterinário Paulo Alex Car-neiro afirmou que existe uma grande demanda reprimida de atendimento aos

animais domésticos por conta da incapa-cidade financeira de muitos donos para pa-gar um atendimento particular para os ani-mais.

Paulo Alex também destacou o im-pacto que o hospital veterinário irá causar na melhoria da saúde pública. Segundo ele, com animais saudáveis diminuem-se os ris-cos de transmissão de doenças. “É uma questão de saúde pública, pois tratando os animais doentes também estamos prevenin-do que diversas doenças atinjam a família que convive com o animal. Além disso, esta-remos cuidando do bem estar da fauna urba-na e trazendo alegria para as pessoas que amam seus animais de estimação e não

querem vê-los sofrendo sem tratamento”, observou.

Paulo Alex também destacou que parcerias entre o poder público e o Conselho são de grande importância para a valoriza-ção da classe dos Médicos Veterinários e Zootecnistas do Amazonas. O Médico Veterinário afirmou também que o CRMV/ AM irá se compromete em criar uma coo-perativa para atuar no atendimento aos ani-mais do Hospital Veterinário. “O hospital atuará na prestação de serviços profissio-nais médico-veterinário nas áreas de clínica médica e até cirurgias. Para isso pre-cisaremos de pelo menos 30 profissionais”, completou.

O CFMV decidiu adiar o prazo para a entrada em vigor da polêmica Resolução nº 1015, que estabelece novos critérios para o funcionamento de estabelecimentos veteri-nários.

A norma entraria em vigor em de agosto de 2013, mas no fim de junho o CFMV decidiu adiar o inicio da vigência da resolução para fevereiro de 2014. O objetivo é dar mais tempo para clínicas e hospitais se adaptarem às mudanças.

A Resolução amplia a exigência de equipamentos necessários para o setor

cirúrgico que deverá ser dividido em: sala de preparo de paciente, de assepsia, de lava-gem, de esterilização de materiais, unidade de recuperação anestésica e sala cirúrgica, além de ampliar o rol de equipamentos obri-gatórios incluindo itens como maca com bordas e desfibrilador.

Também de acordo com as novas re-gras, clínicas e hospitais veterinários que tiverem oferta de serviço de remoção de animais em estado grave deverão ter am-bulância adequada à disposição para aten-dimentos de emergência. As ambulâncias

veterinárias poderão ser veículos adapta-dos, desde que tenham equipamentos exigidos para cuidar dos bichos – como maca, sistema de aplicação de soro e outros fluidos, sistema de provisão de oxigênio e aparelhos de monitoramento. Além disso, os veículos deverão ter veterinários treinados a bordo para prestar atendimento de urgência aos animais.

Com a decisão do CFMV de adiar a entrada em vigor da nova norma, os hos-pitais, clínicas e profissionais ganham mais um tempo para se adequar às exigências.

HOSPITAL VETERINÁRIO HOSPITAL VETERINÁRIO PÚBLICO EM MANAUSPÚBLICO EM MANAUSHOSPITAL VETERINÁRIO PÚBLICO EM MANAUS

RESOLUÇÃO CFMV Nº 1015 ENTRARÁ EM VIGOR SOMENTE EM FEVEREIRO DE 2014