Vet News 94

24
Leitura Científica Pet • Uso da prednisona no tratamento clínico conservativo e pós- operatório em cães com doença do disco intervertebral Pecuária • Eficácia do cefalônio anidro intramamário na secagem de ovelhas Santa Inês Eventos • Curso para coordenadores técnicos na Unesp • Campanha Embarque Nessa •Show Rural Coopavel • Feinco 2009 • Ciclo de palestras SCALIBOR® Gestão de Negócios A importância da gestão e do marketing na formação de Médicos Veterinários Ano XVI - nº 94 - Abr./Mai./Jun./2009 - Distribuição gratuita

description

Revista destinada ao público PET (animais de estimação) e VET (grande porte, veterinário, rural).

Transcript of Vet News 94

Page 1: Vet News 94

Leitura Científica

Pet • Uso da prednisona no tratamento clínico conservativo e pós-operatório em cães com doença do disco intervertebral

Pecuária• Eficácia do cefalônio anidro intramamário na secagem de ovelhas Santa Inês

Eventos• Curso para coordenadores técnicos na Unesp

• Campanha Embarque Nessa

•Show Rural Coopavel

• Feinco 2009

• Ciclo de palestras SCALIBOR®

Gestão de NegóciosA importância da gestão e do marketing na formação de Médicos Veterinários

Ano XVI - nº 94 - Abr./Mai./Jun./2009 - Distribuição gratuita

Page 2: Vet News 94
Page 3: Vet News 94

Mantendo nossa preocupação em oferecer informações importantes para o mercado veterinário e reforçar nossas parcerias de sucesso, trazemos mais uma edição da revista Vet News® repleta de novidades. Em Leitura Científica de Pecuária, mostramos a eficácia do cefalônio anidro intramamário na secagem de ovelhas Santa Inês. Para o segmento de Pet, o artigo desta edição aborda o uso da prednisona no tratamento clínico conservativo e pós-operatório em cães com doença do disco intervertebral. Na seção de Eventos, os destaques são a Feira Internacional de Caprinos e Ovinos, realizada em março e o curso de atualização para coordenadores técnicos da empresa, realizado na Unesp de Jaboticabal, com foco no controle de helmintos resistentes.

Em Pet, um ciclo de palestras está divulgando a eficácia do produto SCALIBOR®, além da Campanha Embarque Nessa, direcionada aos parceiros distribuidores.Para você saber mais sobre algumas doenças que são comuns nessa época, veja na editoria Dicas, informações a respeito da Gripe Canina e, em Pecuária, o tema é o tratamento efetivo da endometrite. Além disso, na seção Gestão de Negócios, o assunto é a importância de Gestão e Marketing na formação dos Médicos Veterinários. No final de nossa revista, você ainda poderá conhecer um pouco do Projeto Vôlei Kids, que prepara crianças para serem cidadãos éticos, responsáveis e conscientes. Aproveite esse conteúdo e uma boa leitura!

Fernando Vasconcelos HeiderichCRMV-PR 1367

Presidente da Intervet/Schering-Plough Animal Health

Vet News® é uma publicação trimestral, editada pela Intervet/Schering-Plough Animal Health, dirigida aos Médicos Veterinários, estudantes de matérias afins agropecuárias, revendedores de produtos veterinários e pecuaristas do Brasil. Sendo uma edição nacional, Vet News® não se responsabilizapelo conteúdo dos anúncios veiculados.Opiniões e conceitos emitidos pelos colunistas e colaboradores não representam necessariamente as do informativo. Todos os direitos são reservados.

Expediente Vet News® - Edição 94 Ano XVI - Nº 94 ABR./MAI./JUN./2009

DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

JORNALISTA RESPONSÁVELKelli Costalonga

Alfapress Comunicações - MTb 28783

COLABORAÇÃOGabriela Infanger

APOIOJulia Teixeira

EDITORAÇÃOVia B Comunicação Criativa

Intervet/Schering-Plough Animal HealthAv. Sir Henry Wellcome, 335

Bairro do Moinho VelhoCEP 06714-050 - Cotia-SP

Fone: (11) 4613-4000 / 0800 131113Home-page: www.spah.com.br

DIREÇÃOFernando V. Heiderich

[email protected]

CONSELHO EDITORIALGláucia Gigli - glaucia.gigli@ sp.intervet.com

Marco Dalalio - marco.dalalio@ sp.intervet.comRogério Garcia - [email protected]

Rui Nóbrega - [email protected]

COORDENAÇÃOGubio Almeida - [email protected] Moreira - [email protected]

SUPERVISÃOAndréa Bonates - [email protected] Belleza - [email protected] Kummer - [email protected] van der Vinne - [email protected]

Rui Vincenzi - [email protected] Arantes - [email protected]

COMITÊ CIENTÍFICOAndrei Nascimento - [email protected]

Débora Poplawski - [email protected] Costa - [email protected]

Maria Helena Tomaz - [email protected] Panca - [email protected] Pinto - [email protected]

Ricardo di Luca - [email protected]ão Faria - [email protected]

E d i t o r i a l

Page 4: Vet News 94

4

Índice

12

22

05

20

10

13

18

21

• Uso da prednisona no tratamento clínico conservativo e pós-operatório em cães com

doença do disco intervertebral

• Embarque Nessa 2009

• Ciclo de palestras SCALIBOR®

• A importância da gestão e do marketing na formação dos Médicos Veterinários

• Gripe Canina

• Promoção “Aqueça seu Melhor Amigo”

• Curso para coordenadores técnicos na Unesp

• Dia de Campo Comagrivel

• Show Rural Coopavel

• Feira Internacional de Caprinos e Ovinos 2009

Dicas/VitrineLeitura Científica

Leitura Científica

Dicas/Vitrine

Projeto Social Sustentável

Eventos

Gestão de Negócios

Eventos

• Infertilidade: um problema econômico

• SOLUTION® 3,5% L.A.: excelente eficácia no controle parasitário

• Projeto Vôlei Kid’s

Eficácia do cefalônio anidro intramamário na secagem de ovelhas Santa Inês.

Page 5: Vet News 94

5

Daniela Araujo Coutinho – Mestre em ciência animal nos Trópicos – UFBA, Salvador (BA).

Joselino Nunes Costa – Professor Doutor da

Escola de Medicina Veterinária – UFBA.

Marcio Garcia Ribeiro – Professor Assistente Doutor da Faculdade de Medicina Veterinária e

Zootecnia – Unesp, Botucatu (SP).

Tatiana Salerno – Aluna de pós-graduação (Mestrado em Saúde Animal, Saúde Pública Veterinária e Segurança Alimentar – FMVZ,

Botucatu (SP).

Eficácia do cefalônio anidro intramamário na secagem de ovelhas Santa InêsResumo

0 objetivo do presente estudo foi avaliar a eficácia do tratamento na secagem em ovelhas Santa Inês com a utilização do cefalônio anidro intramamário visando a cura de infecções intramamárias pré-existentes e a prevenção de novas infecções durante o período seco e na lactação seguinte. Foram utilizadas 62 ovelhas multíparas divididas em três grupos de acordo com o status bacteriológico. 0 grupo 1 (controle) não recebeu nenhum tratamento no momento da secagem. 0 grupo 2 (preventivo) e grupo 3 (curativo) foram submetidos a secagem das mamas aos 90 dias após o parto e tratados com produto comercial para vaca seca a base de cefalônio anidro. Não foram observadas diferenças significativas (p>0,05) nos percentuais de cura entre os grupos em todos os momentos analisados. A taxa de novas infecções no grupo controle, preventivo e curativo foram de 13,5, 14,7 e 5,0, respectivamente, aos 10-15 dias pós-parto; 16,2, 8,8 e 0%, respectivamente, aos 20-25 dias pós-parto; 13,5, 14,7 e 15,0%, respectivamente, aos 30-

35 dias pós-parto e 16,2, 5,9 e 0%, respectivamente, aos 40-45 dias pós-parto. Foi observada diferença significativa entre os grupos (p<0,05) aos 20-25 dias apos o parto e aos 40-45 dias após o parto. Estes resultados mostraram que o tratamento no momento da secagem com o cefalônio anidro auxiliou na terapia/profilaxia, contribuindo para a manutenção da saúde da glândula mamária do rebanho.

Palavras-chave: mastite subclínica, ovelhas, tratamento no período seca, cefalônio.

Introdução

Na maioria dos países ainda é pouco arraigado o hábito do consumo do leite de pequenos ruminantes, salvo sob orientação médica, para crianças com hipersensibilidade ao leite bovino, visto que o leite de ovinos e caprinos é reconhecidamente hipo–alergênico. Desta forma, o leite de pequenos ruminantes tem sido destinado para produção de derivados lácteos finos, como iogurtes e queijos (Gorgonzola e Roquefort), em face do alto teor protéico e de gordura, possibilitando

a elaboração de iguarias de alta palatabilidade e valor nutricional (RIBEIRO, 2008).A mastite figura dentre as principais causas de prejuízos aos criadores de ovinos, em virtude da queda na produção de leite dos animais, dos agravos ao tecido mamário, descarte precoce de ovelhas, diminuição do crescimento e mortalidade neonatal em cordeiros (LEITNER et al., 2001). A semelhança dos bovinos, as infecções mamárias em ovelhas são classificadas em clínicas e subclínicas. As infecções clínicas acarretam alterações no aspecto e constituição do leite, manifestações na glândula mamária e/ou sistêmicas no animal. A mastite subclínica em ovelhas opera perdas econômicas equivalentes as observadas em vacas, causando prejuízos quantitativos e qualitativos a produção, inviabilizando a permanência das matrizes infectadas nos plantéis (WATSON e BUSWELL, 1984).Classicamente a mastite é definida como inflamação da glândula mamária caracterizada par aumento de células somáticas no leite e por alterações patológicas do tecido glandular (RADOSTITS et al., 2002). A etiologia da mastite em ovelhas é multifatorial,

Page 6: Vet News 94

6

causada predominantemente por microrganismos de origem bacteriana. 0 genero Staphylococcus – especialmente S. aureus – é reconhecido como principal agente causal da enfermidade em pequenos ruminantes (LANGONI et al., 2004), seguido em menor frequência por Streptococcus spp, Corynebacterium spp, Nocardia spp, enterobactérias, Pseudomonas aeruginosa e Mannheimia haemolytica (RIBEIRO, 2008). 0 reconhecimento dos diferentes patógenos e aspectos epidemiológicos dos microrganismos envolvidos na gênese da mastite em ovelhas, bem como sua influência na produção e qualidade do leite, permitiram o aperfeiçoamento das práticas de controle, profilaxia e tratamento da enfermidade em pequenos ruminantes (LEITNER et al., 2001).A adoção da terapia é um dos principais procedimentos na abordagem de animais domésticos com mastite. A semelhança dos bovinos, a terapia da mastite é realizada utilizando antimicrobianos parenterais – notadamente em animais com sintomas sistêmicos – e/ou via intramamária, no decorrer da lactação e/ou no período seco (RIBEIRO, 2008). Diferentes protocolos de tratamento têm sido recomendados nas infecções bacterianas responsáveis pela mastite em ovelhas (CHAFFER et al., 2002; NACCARI et al., 2003). Usualmente, a terapia intramamária da mastite na lactação e no período seco têm sido realizadas utilizando produtos idealizados para a espécie bovina. Esta prática – forjada no improviso – utiliza habitualmente metade do volume do anti-mastítico em cada metade mamária. Tal procedimento é justificado em virtude da ausência de produtos específicos para pequenos ruminantes, na momentânea praticidade e na relativa economia (RIBEIRO, 2008). Atualmente poucos antimicrobianos são disponibilizados comercialmente especificamente para o tratamento intramamário da mastite em pequenos ruminantes, tornando imprescindível estudos delineados com anti-mastíticos direcionados às espécies ovina e caprina (NACCARI et al., 2003).A terapia intramamária de vacas, ovelhas e cabras no momento da secagem e recomendada visando o tratamento de infecções adquiridas ao longo da lactação e para profilaxia

da mastite na lactação subsequente (CHAFFER et al., 2002). Em virtude do longo período seco das ovelhas e cabras – comparativamente as vacas – é controvérsia a eficácia preventiva deste procedimento na diminuição de novas infecções em ovelhas na secagem (BERGONIER et al., 2003), a despeito da boa efetividade de cura no período seco, notadamente nos casos de mastite não-tratados ou sem sucesso terapêutico no decorrer da lactação. Entretanto, a terapia da ovelha no momento da secagem – comparativamente ao tratamento de casos de mastite na lactação – apresenta como vantagens a boa relação ousto-benefício, praticidade e baixo risco de resíduos no leite (BEROONIER et al., 2003; RADOSTITS et al., 2007; RIBEIRO, 2008).A grande maioria dos antimicrobianos disponíveis comercialmente no Brasil para a terapia intramamária de vacas na lactação ou no período seco possui as cefalosporinas como princípio ativo (RIBEIRO, 2008). As cefalosporinas, incluindo o cefalônio anidro, são antimicrobianos semi-sintéticos do grupo dos beta-lactâmicos; bactericidas e de amplo espeotro de ação, com indicação especial para microrganismos Gram-positivos, incluindo linhagens de Staphylococcus spp. produtoras de beta-lactamase (TAVARES, 1999). Em virtude do reduzido número de estudos no país conduzidos na investigação de produtos específicos para o tratamento de ovelhas, especialmente no período seco, o presente estudo objetivou avaliar a eficácia do cefalônio anidro na terapia/profilaxia de ovelhas da raça Santa Inês.

Foram utilizadas 62 ovelhas da raça Santa Inês, multíparas, com bom escore corporal e peso vivo aproximado de 40 Kg, pertencentes à Fazenda Tingui, localizada no município de Serra Preta, Bahia. Os animais foram mantidos em pastagem de Brachiaria (Brachiaria decubens) e Pangolinha (Digitaria decubens), recebendo água e sal mineral ad libitum, não apresentando sintomas clínicos de mastite. As ovelhas foram vermifugadas e receberam uma dose anual de vacina comercial contra clostridioses, trinta dias antes da colheita das amostras.

Foram comparadas as taxas de cura e de prevenção de novas infecções do úbere em 62 ovelhas após o uso de antimicrobiano a base de cefalônio anidro no momento da secagem. Aos 80 dias pós–parto, as metades mamárias de todos os animais foram bacteriologicamente avaliadas por meio da cultura e as ovelhas divididas em três grupos, com base no status bacteriológico. Posteriormente os animais foram identificados utilizando colares coloridos numerados e brinco na orelha. Os grupos 1 e 2 denominados, respectivamente, controle e preventivo, foram compostos por 20 animais com cultura negativa nas duas metades da glândula mamária. O grupo 3 denominado curativo foi composto por 22 animais com isolamento de microrganismos do leite nas duas metades da glândula mamária.Foi considerada taxa de cura o porcentual de metades mamárias nas quais não foi obtido o isolamento microbiano e taxa de novas infecções o porcentual de metades mamáias nas quais foram isolados microrganismos em metades anteriormente negativas ou agentes diferentes dos isolados em momentos anteriores.

Animais

Delineamento experimental

Diagnóstico de mastite clínica e subclínicaAos 90 dias após o parto todas as metades mamárias das ovelhas foram clinicamente avaliadas par inspecção e palpação, avaliando-se o parênquima, tetos e estruturas internas (BIRGEL, 2004). Os três primeiros jatos de leite foram examinados na caneca telada de fundo preto (Tamis), para o diagnóstico de mastite clínica, visando observar a presença de alterações no leite tais como grumos, coágulos, pus, sangue ou leite aquoso (RADOSTITS et al., 2002). 0 diagnóstico da mastite subclínica foi realizado utilizando o método do California Mastitis Test - CMT (SCHALM e NOORLANDER, 1957), utilizando reagente comercial, classificando as metades mamárias em escores (1 a 3+). Os animais reagentes na caneca telada ou CMT foram utilizados para direcionar a colheita de material para os exames microbiológicos, com vistas a formação dos grupos 2 (preventivo) e 3 (curativo). Os animais negativos foram utilizados no grupo controle.

Materiais e Métodos

Page 7: Vet News 94

7

No dia anterior as coletas, as ovelhas foram separadas dos borregos. Procedeu-se a colheita asséptica após a última esgota. As tetas foram imersas em solução desinfetante e em seguida foram secas com papel toalha descartável e individual. Subsequentemente foram submetidas a antisepsia com algodão embebido em álcool a 70º/o. Também foi realizada a antisepsia das mãos do ordenhador a cada colheita de amostra. Todas as amostras foram colhidas em duplicata e as avaliações foram realizadas em amostras individuais para metades mamárias em cinco momentos; M1: no momento da interrupção da lactação (secagem), 90 dias após o parto; M2: 10-15 dias após o parto subsequente; M3: 20-25 dias após o parto subsequente; M4: 30-35 dias após o parto subsequente; M5: 40-45 dias após o parto subsequente. As amostras para a cultura bacteriológica (2 mL) foram acondicionadas em frascos esterilizados, refrigeradas a temperatura de 4ºC e posteriormente congeladas a temperatura de – 20ºC, até o momento da sua análise no laboratório de Doenças Infecciosas dos Animais da FMVZ-UNESP/Botucatu, SP. As amostras foram cultivadas em ágar sangue ovino (5%) desfibrinado e ágar MacConkey, incubadas em condições de aerobiose, a 37ºC, mantidas por 72 horas, com leituras 24, 48 e 72 horas. Os microrganismos foram identificados segundo as características morfo-tintoriais, bioquímicas e de cultivo (Quinn et al., 1994; MURRAY et al., 1999).

Colheita das amostras e exames microbiológicos

Todos os cordeiros e ovelhas foram submetidos a desmama abrupta aos 90 dias após o parto. Em seguida foi aplicado por via intramamária produto comercial para vaca seca a base de cefalônio anidro em cada metade mamária das ovelhas pertencentes aos grupos 2 (preventivo) e grupo 3 (curativo), após prévio esgotamento e higienização dos tetos com antiséptico clorado comercial. A cânula do anti-mastítico foi introduzida parcialmente, reduzindo-se assim o risco de lesão na camada de queratina do canal do teto. 0 cefalônio anidro é uma

Aplicação do anti-mastítico ma secagem das ovelhas

Análise estatísticaAs taxas de cura e novas infecções entre os três grupos de estudo foram avaliadas estatisticamente com base nas diferenças de proporções, mediante o Teste z unilateral, utilizando o programa SPSS 11.0 (2001), com o auxílio do EXCEL.

ResultadosNas amostras de leite das 62 ovelhas foram isoladas 33 linhagens dos seguintes microrganismos: Staphylococcus sp (24/33=72,7%), Micrococcus sp (5/33=15,2%) e Streptococcus sp (4/33 =12,1%).

Grupos Infecção

NI-IN1

IN-NI2

Total (%)NI-ININ-NITotal (%)NI-ININ-NITotal (%)

Controle

CR3

M25

NIN4

-3/3

100a

5/37-

13,5a

-6/6

100a

5/34-

14,7a

-24/24100a

1/20-

5,0a

CRM3

NIN-

3/3100a

6/37-

16,2a

-6/6

100a

3/34-

8,8ab

-24/24100a

0/20-

0b

CRM4

NIN-

3/3100a

5/37-

13,5a

-6/6

100a

5/34-

14,7a

-22/2491,7a

3/20-

15,0a

CRM5

NIN-

3/3100a

6/37-

16,5a

-6/6

100a

2/34-

5,9ab

-24/24100a

0/20-

0b

Preventivo

Curativo

cefalosporina semi–sintética de ação bactericida, de amplo espectro de atividade, notadamente para bactérias Gram – positivas, incluindo produtoras de beta – lactamase. 0 cefalônio anidro intramamario (250mcg), indicado para a terapia/profilaxia no período de secagem, pode manter atividade na glândula par até 10 semanas após a infusão mamária. Recomenda–se que a carne dos animais só seja disponibilizada para o consumo 21 dias após a última aplicação.

Na Tabela 1 e Figura 1 estão apresentados os resultados das taxas de cura e de novas infecções nos grupos controle, preventivo e tratamento aos 10-15, 20-25, 30-35 e 40-45 dias após o parto, respectivamente, de acordo com o status bacteriológico das metades mamárias.Aos 10-15, 20-25 e 40-45 dias após o parto (M2, M3 e M5) a taxa de cura (CR) foi de 100% para os grupos controle, preventivo e curativo, não havendo diferenças significativas entre os grupos (p>0,05). Aos 30-35 dias após o parto, nenhuma mudança foi observada na taxa de cura nos grupos controle e preventivo, enquanto que no grupo tratado a taxa de cura diminuiu para 91,7% (Tabela 1).A taxa de novas infecções (NIN) no grupo controle, preventivo e curativo foram de 13,5, 14,7 e 5,0%, respectivamente, no momento 2 (M2); 16,2, 8,8 e 0%, respectivamente, no momento 3 (M3); 13,5, 14,7 e 15,0%, respectivamente, no momento 4 (M4) e 16,2, 5,9 e 0%, respectivamente, no momento 5 (M5). Houve diferença significativa entre os três grupos (p<0,05) aos 20-25 dias após o parto (M3) e aos 40-45 dias após o parto (M5) [Tabela 1].

TABELA 1. Taxas de cura e de novas infecções das metades mamárias em ovinos de acordo com o status bacteriológico em 3 grupos, observadas em momentos diferentes. Salvador, BA, 2006.

a-b: Letras iguais na mesma coluna, não diferem entre si pelo teste z para diferença entre proporções (p <0,05)1NI-IN: Não infeccionada para infeccionada2IN-NI: infeccionada para não infeccionada3CR: taxa de cura4NIN: taxa de novas infecções5M2 10-15 dias pós-parto, M3 20-25 dias pós-parto, M4 30-35 dias pós-parto e M5 40-45 dias pós-parto.

Page 8: Vet News 94

8

Discussões e conclusõesA semelhança da espécie bovina, os microrganismos envolvidos na mastite em pequenos ruminantes possuem etiologia complexa, predominantemente bacteriana. Dentre os microrganismos de origem bacteriana, o grupo dos contagiosos representados pelos gêneros Staphylococcus, Streptococcus e Corynebacterium st os mais prevalentes na mastite em pequenos ruminantes (LANOONI, 2003). Os achados do presente estudo também revelaram os gêneros Staphylococcus e Streptococcus como os mais frequentes nos animais amostrados, reforçando que os agentes contagiosos constituem o principal grupo de patógenos na gênese da mastite em ovinos.Os casos de mastite clínica aguda, hiper-aguda e/ou gangrenosa em pequenos ruminantes geralmente causados por Clostridium perfringens, Staphylococcus aureus, Escherichia coli, Pseudomonas aeruginosa e Mannheimia haemolytica, ou a associação destes microrganismos, devem ser emergencialmente tratados com antimicrobianos por via parenteral e intramamária, sob risco de rápida evolução para óbito dos animais decorrente do estabelecimento de choque endotóxico e/ou séptico (RIBEIRO et al., 2007). No entanto, os casos de mastite subclínica em pequenos ruminantes não têm sido comumente tratados no decorrer da lactação, em virtude da baixa efetividade

- especialmente para microrganismos do gênero Staphylococcus -, dos custos com os anti-mastíticos e com o descarte do leite após a terapia, além da presença de resíduos no leite das metades mamárias tratadas (BEROONIER et al., 2003). Desta forma, a prática de terapia/profilaxia da ovelha seca tem sido fomentada crescentemente entre os produtores, visando a profilaxia da mastite para a lactação subsequente, assim como a terapia de casos não-curados ou não-tratados ao longo da lactação (RIBEIRO, 2008).Em que pese à expansão da ovinocultura em todo o Brasil nos últimos anos, são escassos os estudos nacionais conduzidos na investigação in vitro do perfil de sensibilidade microbiana de agentes causadores de mastite em ovelhas, tampouco da avaliação in vivo do procedimento da terapia/profilaxia em pequenos ruminantes. Ademais, não estão disponíveis no Brasil produtos comerciais formulados especificamente para a terapia da mastite em pequenos ruminantes - mormente ampliações de bula -, fato que dificulta a prática da terapia intramamária de ovinos e caprinos com mastite (COUTINHO et al., 2006).Os resultados do presente estudo mostraram redução na ocorrência de infecções mamárias aos 20-25 e 40-45 dias da lactação das ovelhas após a terapia intramamária na secagem dos

animais, mostrando a efetividade do cefalônio anidro na aura de casos de mastite adquiridos ao longo da lactação. Este resultado pode ser creditado a boa ação do cefalônio anidro frente aos microrganismos contagiosos, e a maior facilidade da terapia no período seco, visto que na lactação o leite acaba diluindo o princípio ativo do antimicrobiano, bem como serve de substrato para a multiplicação dos microrganismos na glândula mamária (RIBEIRO et al., 2008).0 número de metades mamárias com novas infecções durante o período seca foi menor no grupo curativo (5º/o) comparativamente aos grupos preventivo (14,7%) e controle (13,5º/o), aos 10-15 após o parto. Aos 20-25 e 40-45 dias de lactação, o número de metades mamárias com novas infecções foi menor nos grupos preventivo e curativo do que no controle. A menor ocorrência de novas infecções no grupo curativo ao longo do acompanhamento dos animais reflete o efeito residual do antimicrobiano após a terapia das ovelhas a secagem, minimizando a colonização bacteriana na glândula mamária. Estudos similares com ovelhas tratadas no momento da secagem utilizando a cefapirina benzatina (HUESTON et a1.,1989), penicilina e estreptomicina (HENDY et al., 1981), e penicilina, naficilina e diidroestreptomicina (CHAFFER et

1816141210

86420

10 - 15 20 - 25 30 - 35Dias

(%)

40 - 45

Controle Curativo Preventivo

FIGURA 1. Dinâmica da infecção mamária em ovelhas segundo diferentes grupos de estudo (controle, preventivo e curativo) aos 10-15, 20-25, 30-35, 40-45 dias pós-parto. Salvador, BA, 2006.

Page 9: Vet News 94

9

As referências bibliográficas podem ser obtidas com a Intervet/Schering-Plough Animal Health.

al., 2002), também demonstraram decréscimo da taxa de novas infecções. Estes resultados mostraram que a prática da terapia/profilaxia no momento da secagem e efetiva em prevenir novas infecções, reforçando a recomendação deste procedimento na profilaxia e controle da mastite em rebanhos ovinos.Interessantemente, seria esperada diferença estatisticamente significante entre as taxas de cura no grupo tratado em relação ao não tratado (controle), fato não verificado nas ovelhas estudadas. Apesar da elevada taxa de cura (acima de 91%) nos grupos – em todos os momentos –, não foram encontradas diferenças estatísticas entre as taxas de cura entre os grupos. A baixa infecção no grupo não tratado (controle) poderia refletir as boas práticas de manejo e controle de mastite no rebanho utilizado, ao mesmo que eventuais infecções nestas metades mamárias tenham sido resolvidas pelo processo reconhecido coma “auto-cura”. Bergonier e Berthelot (2003) observaram taxa de cura bacteriológica elevada em ovelhas após tratamento intramamário a secagem (65,0 e 98,5%). Kirk et al. (1996) relataram que a constante sucção exercida pelos cordeiros resulta em ovelhas frequentemente ordenhadas, o que poderia justificar altas taxas de auto-cura em pequenos ruminantes. De maneira similar, Langoni (2003), no Brasil, observou taxas de cura espontânea entre 33 e 67% em ovelhas com mastite.Embora a auto-cura deva ser considerada como importante fator nato de proteção (MARCO MELERO, 1994), a terapia/profilaxia de ovelhas no momento da secagem tem sido recomendada crescentemente coma prática sistemática em rebanhos de leite e corte, no intuito de prevenir infecções para a lactação subsequente e curar casos de mastite não resolvidos

no decorrer da lactação (MENDONÇA et al., 2000). No entanto, o longo período seco em ovinos – podendo alcançar seis meses ou mais – é considerado fator limitante na atuação profilática do uso de antimicrobianos na secagem dos animais, visto que determinadas drogas não mantém níveis efetivos na glândula mamária durante todo o período sem lactação (HUESTON et a1.,1989; CHAFFER et al., 2002; BEROONIER et al., 2003).Na prática, a terapia da mastite em pequenos ruminantes é realizada na grande maioria dos países utilizando antimicrobianos elaborados para bovinos. Ademais, é comum o uso de somente metade do volume do anti–mastítico de bovinos, em cada metade mamária dos pequenos ruminantes. O uso de antimicrobianos idealizados para bovinos nas espécies ovina e caprina gera dificuldades na abordagem terapêutica da mastite nos pequenos ruminantes. A ausência de ensaios específicos do perfil de sensibilidade dos agentes causais da mastite em pequenos ruminantes resulta, certamente, em menor efetividade terapêutica quando se utiliza anti–mastíticos idealizados para bovinos. A cânula intramamária de certos anti–mastíticos para bovinos possui extremidade romba, que pode lesar a ramada de queratina do canal do teto de pequenos ruminantes – proteção inata contra entrada de microrganismos –, favorecendo a ocorrência de mastite nestas espécies (RIBEIRO et al., 2008). A utilização da dose total dos anti–mastíticos de bovinos em pequenos ruminantes poderia refletir, também, em maior período de resíduos destas drogas no leite, que resultaria em maior tempo de descarte do leite após a terapia intramamária na lactação (BERGONIER et al., 2003). 0 uso de metade da dose ou a reutilização do anti–mastítico bovino em pequenos ruminantes – sem a correta anti–sepsia do canal do teto –, pode

veicular microrganismos de uma mama infectada para outra sadia. Releva–se destacar também que o manuseio excessivo do anti–mastítico, o estoque inadequado de metade da dose e a reutilização da cânula intramamária, podem favorecer a contaminação do anti–mastítico e, consequentemente, a infecção mamária (RIHEIRO et al., 2008). Ademais, o usa abusivo e em sub-doses pode aumentar a pressão seletiva para linhagens de microrganismos resistentes, levando a ocorrência de casos de mastite par estirpes multi–resistentes, de difícil resolução terapêutica (COSTA, 2001).Desta forma, faz-se imprescindível o estudo e o desenvolvimento de anti–mastíticos para uso específico em pequenos ruminantes, considerando o perfil de microrganismos envolvidos na gênese da mastite nestas espécies, a adequação do volume, concentração do antimicrobiano, tamanho e diâmetro das cânulas intramamárias, com vistas a respeitar as características anátomo–fisiológicas da glândula mamária dos ovinos e caprinos, maximizando a efetividade terapêutica (RIBEIRO et al., 2008). Com efeito, infere-se que o cefalônio anidro apresentou boa efetividade como antimicrobiano intramamário na terapia/profilaxia de ovelhas da raça Santa Inês, mostrando potencial para uso como anti–mastítico para ovelhas na secagem, notadamente em face da importância da adoção deste método na saúde da glândula mamária em animais domésticos, bem como da necessidade de opções de antimicrobianos para uso intramamário idealizados especificamente para pequenos ruminantes.

Page 10: Vet News 94

Os coordenadores técnicos da Intervet/Schering-Plough Animal Health de todo o Brasil participaram, em março, de um curso de atualização técnica em parasitologia, com foco no controle de helmintos resistentes. Realizado no Centro de Pesquisas em Sanidade Animal, da Unesp de Jaboticabal (SP), o evento foi ministrado

O Rancho Comagrivel, a Intervet/Schering-Plough Animal Health, representada pela coordenadora técnica de pecuária, Daniela Coutinho e a equipe do parceiro distribuidor Sodagro receberam na cidade de Lagarto (SE), 45 criadores de ovinos e caprinos formadores de opinião em todo o Brasil. O dia de campo consistiu de

Curso para coordenadores técnicos na Unesp

Dia de Campo Comagrivel

por docentes da Universidade e os coordenadores deverão ser multiplicadores das técnicas e conhecimentos em cada regional. Entre os assuntos abordados, destacam-se a situação atual da resistência parasitária no Brasil, mecanismos utilizados pelos parasitas para desenvolverem resistência a determinada droga,

10

além da utilização do SOLUTION® 3,5% LA para controle de helmintos resistentes. Para Tiago Arantes, gerente de produto da Intervet/Schering-Plough Animal Health, esse evento reforça a capacitação técnica da equipe e favorece o sucesso dos programas de controle parasitário e do sistema de pós-vendas.

duas etapas. A primeira foi teórica e o assunto foi “Clostridioses em pequenos ruminantes”, tema de suma importância na ovino e caprinocultura atual.A segunda etapa foi prática e destacou-se o manejo da vacinação, enfatizando os cuidados necessários para a maximização da resposta imune

em animais vacinados com a COVEXIN®-10.“Os resultados foram bastante significativos, pois além de firmar ainda mais a Intervet/ Schering-Plough Animal Health no cenário da ovinocaprinocultura do Nordeste ainda fechamos excelentes negócios com a linha COVEXIN®”, explica Daniela.

Page 11: Vet News 94

11

A Intervet/Schering-Plough Animal Health participou ativamente da Feinco – Feira Internacional de Caprinos e Ovinos – 2009, no mês de março. Na ocasião, a empresa divulgou seus produtos e serviços e para apresentar as melhores soluções no cuidado com os ovinos e caprinos, nada melhor do que selar um compromisso com a ABC Dorper, Capripaulo, Pauli Texel e a Central de Reprodução Top in Life. Com isso, a empresa pretende levar para os associados os serviços de capacitação de mão-de-obra, sanidade e programas de reprodução com IATF – Inseminação Artificial em Tempo Fixo. É importante que essa capacitação aconteça para que os programas (MAXI-LEITE®, PROPEC® e PLANPARTO®) sejam aplicados de forma a trazer os benefícios esperados e potencializem a rentabilidade do produtor. Com a IATF, “o produtor poderá ter melhores resultados na criação de ovinos e caprinos, inseminar um grande número de animais em um curto espaço de tempo, aumentar a produção de cordeiros e cabritos, acelerando o melhoramento genético e produzindo o ano todo, driblando a sazonalidade natural”, declara Rui Vincenzi, gerente de produto da Intervet/Schering-Plough Animal Health. “O controle da sanidade é algo indispensável para que a criação não seja comprometida e o pecuarista tenha um melhor resultado”, finaliza Rui.

Feira Internacional de Caprinos e Ovinos 2009

Intervet/Schering-Plough Animal Health divulga produtos no Show Rural Coopavel O Show Rural Coopavel, realizado em Cascavel, no oeste do Paraná, reuniu mais de 193 mil produtores rurais vindo de todo o Brasil e exterior. Este público foi recorde e superou a edição de 2008 em mais de 10 mil pessoas. Participaram da feira 325 expositores dos diversos ramos do setor agropecuário. Também foram demonstradas mais de 4,8 mil parcelas experimentais e demonstrativas em 72 hectares de área. A Intervet/Schering-Plough Animal Health participou do evento com um estande onde promoveu a divulgação da nova marca da empresa bem como o seu portfólio de produtos. O coordenador de território, Márcio Guerra, considerou importante a participação da empresa na feira, por oportunizar o atendimento a clientes (produtores e consumidores) de várias regiões do Brasil, falando sobre os produtos e esclarecendo dúvidas de pecuaristas e veterinários a respeito dos mesmos. “Ao participar de eventos como esse a empresa cria uma imagem positiva, de proximidade junto aos clientes e faz o marketing de relacionamento, fundamental para o mundo dos negócios nos dias de hoje”, disse Márcio Guerra.

Page 12: Vet News 94

12

Tratamento

Infertilidade: um problema econômico

SOLUTION® 3,5% L.A.: excelente eficácia no controle parasitário

Devido à importância econômica, o diagnóstico rápido e o tratamento efetivo da endometrite são fundamentais. O sucesso do tratamento depende basicamente de alguns pontos:- penetração do antibiótico no endométrio;- concentração atingida;- tempo de manutenção da ação;- eficiência contra os patógenos envolvidos.A Intervet/Schering-Plough Animal Health possui em seu portfólio de produtos, diversas opções eficientes para o tratamento de endometrites. Dentre elas, destaca-se o METRICURE®, uma suspensão a base de Cefapirina Benzatina, de fácil utilização e desenvolvida especificamente para o tratamento dessa enfermidade. O METRICURE® é pronto para uso e atende todas às necessidades do tratamento, atingindo excelentes índices de cura (acima de 85%), com uma única aplicação sem descarte de leite.

Infecções bacterianas pós-parto podem resultar em endometrite, que é a causa mais comum de infertilidade em vacas. A presença de patógenos no útero pode resultar em atraso na involução uterina, aumento do tempo até o primeiro cio pós-parto, aumento do número de inseminações por concepção e consequente aumento do intervalo entre partos. O impacto econômico da infecção pode ser mensurado em termos de diminuição na produção de leite, menor número de nascimentos, aumento dos custos com inseminação e descarte de animais. A involução uterina após o parto é geralmente um processo séptico e o tempo de involução depende do grau de infecção e dos patógenos envolvidos. A endometrite é uma doença multifatorial e a parição ou puerpério anormais, assim como doenças metabólicas predispõem ao desenvolvimento de infecções uterinas. A endometrite pode ser aguda (geralmente ocorre até 14 dias após o

Com o uso indiscriminado de endectocidas, sobretudo da Ivermectina, desde a década de 80, é cada vez maior a população de parasitas resistentes a esse princípio ativo. A resistência parasitária se caracteriza pela capacidade genética que alguns parasitas possuem de sobreviver às dosagens terapêuticas do princípio ativo, que deveriam causar a morte e eliminação dos parasitas. O que se percebe atualmente é o uso maciço de endectocidas, muitas vezes inseridos em programas de controle estratégico de verminose, sem um correto monitoramento da eficácia dos produtos utilizados. Pesquisas recentes de renomados pesquisadores brasileiros apontam uma acentuada resistência dos helmintos (vermes) a alguns princípios ativos, sobretudo à Ivermectina e à Doramectina. A Intervet/Schering-Plough Animal Health disponibiliza a seus clientes um endectocida diferenciado, o SOLUTION® 3,5% L.A., a única associação de princípios ativos, em alta concentração e com longa ação do mercado. Tais características conferem ao produto uma excelente eficácia no controle parasitário, sobretudo, no combate aos helmintos resistentes. Em consequência do efetivo controle parasitário, observa-se um excelente desempenho produtivo dos animais tratados com SOLUTION® 3,5% L.A., especialmente quando inserido em um programa de controle parasitário e com a supervisão de técnicos capacitados.

Vitrine

parto) ou subaguda/crônica. A endometrite subaguda ou crônica, normalmente se estabelece a partir de duas semanas do parto. Esse tipo de doença torna-se particularmente importante, pois muitas vezes o animal não apresenta sinais clínicos e o útero pode estar normal a palpação. A principal característica nesses casos é a descarga de muco anormal (purulento) por meio da cérvix. O diagnóstico pode ser baseado no histórico do animal, inspeção visual, palpação retal e vaginoscopia. Diversos estudos têm mostrado que a vaginoscopia é o método mais eficiente para o correto diagnóstico. Cerca de somente 50% dos casos de endometrite apresentam útero anormal a palpação e presença de sinais externos como descarga purulenta na vulva, rabo ou períneo. A incidência de endometrites pode variar de 10 até aproximadamente 40% das vacas de um rebanho.

Page 13: Vet News 94

13

Uso da prednisona no tratamento clínico conservativo e pós-operatório em cães com doença do disco intervertebral

Alexandre Lima de Andrade, Maria Gisela La-ranjeira, Maria Cecília Rui Luvizotto e Flávia de

Rezende Eugênio

ResumoA doença do disco intervertebral (DDIV) é uma moléstia sistêmica músculo-esquelética que acomete cães e que requer em seu tratamento entre outras medidas, a utilização de corticosteróides. Esse trabalho teve por objetivo avaliar efeitos clínicos do uso da prednisona no tratamento clínico e pós-operatório de cães com doença do disco intervertebral. Para tanto, formaram-se dois grupos de estudo (GI e GII). Os animais do GI apresentavam sintomatologia branda de

DDIV e foram tratados com prednisona durante duas ou três semanas. Os animais do GII apresentavam quadros de paraparesia e/ou paraplegia súbitas com evolução que variou entre 24 horas a um mês. Esses animais foram tratados por meio de hemilanectomia e em seu pós-operatório foi utilizado a prednisona com antiinflamatório. Os animais do GI apresentaram melhora clínica dos sintomas, principalmente com retorno à deambulação no prazo médio de 15

dias. Os animais do GII recuperaram-se do quadro neurológico no período médio de quatro meses e meio. Frente aos bons resultados, conclui-se que a prednisona foi eficiente na melhora clínica de cães com DDIV sem indicação cirúrgica e que a mesma, está indicada no pós-operatório de descompressão medular para evitar o agravamento da injúria do tecido nervoso que pode ocorrer na manipulação da medula durante a remissão do material do disco.

13

Page 14: Vet News 94

14

Introdução:A doença do disco intervertebral (DDIV) é uma moléstia sistêmica músculo-esquelética que ocorre primariamente em cães de raças condrodistróficas. Caracteriza-se por uma lesão da medula espinhal associada a protrusão ou extrusão do núcleo pulposo do disco intervertebral para o interior do canal medular (CREED & YURRASP, 1996). A DDIV ocasiona uma síndrome neurológica comum em cães (TOOMBS & BAUER, 1993; SCOTT, 1997), sendo considerada, na maioria dos casos, uma emergência (COUGHLAN, 1993). A sintomatologia é variada e dependente da localização do material herniado, energia cinética produzida pelo material, quantidade de material discal herniado e tamanho do espaço do canal vertebral em que está localizada a herniação (SLIM, 1996).Alguns autores descrevem tratamentos que proporcionem alívio e remissão dos sintomas, e que evitem recidivas do processo. Diferentes tipos de tratamentos clínicos e cirúrgicos têm sido descritos, desde acupuntura, repouso e utilização de antiinflamatórios, bem como, o emprego de técnicas cirúrgicas para descompressão medular e retirada do material de disco degenerado (TOOMBS & BAUER, 1993; WHELLER & SHARP, 1994; YOVICH et al., 1994; CHIERICHETTI & ALVARENGA, 1999). Sendo assim, é inegável a importância do uso de antiinflamatórios no tratamento conservativo desta afecção e no tratamento adjuvante do pós-operatório das cirurgias de coluna. O uso de corticosteróides são os mais comumente utilizados por agirem principalmente sobre as prostaglandinas, as tromboxanas, os leucotrienos e as lipoxinas. Eles agem de modo a modular o processo inflamatório preservando a função do órgão ou tecido afetado. Atuam, desta forma, inibindo a síntese de histaminas e a ação de enzimas

Material e métodosAnimaisEstudaram-se 17 cães, das raças Teckel (n=16) e Poodle (n=1), nove machos e oito fêmeas, com médias de peso e idade de 7,3 kg e 5,5 anos, respectivamente. Constituíram-se dois grupos de pacientes. Os animais do grupo I (GI), composto por oito animais, apresentavam apenas dor na coluna tóraco-lombar e ataxia. Os animais do grupo II (GII), composto por nove animais, apresentavam histórico de paraparesia e paraplegias súbitas com evolução variando entre 24 horas e um mês. Todos foram atendidos no Serviço de Clínica Cirúrgica de Pequenos Animais do Hospital Veterinário “Luis Quintiliano de Oliveira” da Unesp, campus de Araçatuba (SP). Inicialmente, os proprietários foram entrevistados especialmente quanto à possibilidade de trauma e habitat em que viviam os animais, além dos dados de anamnese de rotina. Em seguida, procedeu-se, em todos os casos, o exame físico geral na busca de outras intercorrências clínicas associadas aos sintomas apresentados. Concluído o exame físico geral, realizou-se o exame ortopédico e neurológico completos. No primeiro foi avaliado especialmente: presença de desvios ortostáticos, alterações posturais e palpação de todos os ossos e articulações. Após a exclusão de problema ortopédico, procedeu-se o exame neurológico completo avaliando-se: 1) tempo de evolução dos quadros de paraparesia e paraplegia; 2) existência de mudanças de comportamento; 3) presença de convulsões pregressas e atuais; 4) avaliação dos nervos cranianos; 5) avaliação do nível de consciência; 6) avaliação da postura e locomoção; 7) reações posturais; 8) reflexos medulares (reflexos miotáticos dos membros torácicos e pélvicos); 9) reflexo flexor

10) sensibilidade de dor superficial e profunda e 11) tônus muscular. Salientamos que tais procedimentos objetivaram determinar a existência de disfunção do sistema nervoso, estabelecer a localização e a extensão do envolvimento neurológico na tentativa de direcionar o diagnóstico e o prognóstico do animal, bem como, estabelecer as medidas terapêuticas necessárias. Outros dados tais como: raça e idade foram consideradas na abordagem diagnóstica. O Quadro 1 apresenta os dados referentes aos pacientes estudados.Confirmado o diagnóstico presuntivo de doença do disco intervertebral (DDIV), todos os animais foram submetidos ao exame radiográfico simples. A mielografia (Figura 1A) também foi necessária para verificação da extensão da compressão medular gerada pela protrusão e/ou extrusão do disco intervertebral, a fim de orientar a abordagem cirúrgica de descompressão que foi realizada por meio de hemilaminectomia.

importantes, como a fosfolipase A-2 e a cicloxigenase (autor).Frente aos benefícios clínicos que os corticosteróides apresentam em diversas doenças da coluna em cães, este trabalho teve por objetivo avaliar os efeitos clínicos do uso da prednisona no tratamento clínico e pós-operatório de cães com doença do disco intervertebral.

14

Procedimento clínico e/ou cirúrgico de hemilaminectomiaOs animais do GI por não apresentarem sinais de paraparesia ou paraplegia com diagnóstico radiográfico de discopatia que apresentavam sinais brandos de compressão medular, foram tratados de forma conservativa com prednisona (METICORTEN® VETERINÁRIO, Intervet/Schering-Plough Animal Health) na dose 1,0 mg/kg, SID, PO, por um período que variou entre duas a três semanas, além de restrição a exercícios físicos.Os animais que apresentavam quadros de paraparesia e/ou paraplegia (GII) e que apresentavam dor profunda, foram submetidos ao procedimento cirúrgico de descompressão medular. Para tanto, foram pré-medicados com diazepam na dose de 0,5 mg/kg (Compaz®, Cristália) associado ao cloridrato de tramadol na dose de 2,0 mg/kg (Cloridrato de tramadol®, Eurofarma) pela via IM. Em seguida, procederam-se a indução anestésica com propofol na dose de 5,0 mg/kg (Propovan®,

Palavras-chave:Doença do Disco Intervertebral, prednisona, cães.

Page 15: Vet News 94

15

Resultados e discussãoAs afecções degenerativas dos discos intervertebrais afetam cães de diversas raças podendo acometer as regiões cervical, tóraco-lombar e lombar. A DDIV apresenta maior ocorrência na região de transição de maior e menor mobilidade e

que recebe maior peso da coluna vertebral (coluna tóraco-lombar) (BRAY & BURBIDGE, 1998). O mesmo fora observado nesse estudo, onde 94,1% dos cães eram da raça Teckel em ambos os grupos estudados, e apresentavam DDIV restrita a região tóraco-lombar (espaços intervertebrais T10 a L2). Yovich et al. (1994) relataram a região entre T12 a L2 como sendo a de maior ocorrência. Apenas um animal era da raça Poodle com DDIV na região cervical. Essa raça também é citada, ao lado dos cães das raças Beagle, Cocker Spaniel, Shih tzu e Ilhasa apso como raças predispostas a apresentarem tal afecção (SANDE, 1992; SLIM, 1996). Apenas dois animais (identificados com os números 3 e 16) apresentavam sobrepeso para os padrões da raça. Isso reforça que o excesso de peso é considerado um fator predisponente à ocorrência da protrusão e/ou extrusão do disco intervertebral (COUGHLAN, 1993).A sintomatologia depende de vários fatores e os animais apresentam lesões na medula espinhal, que podem variar desde pequena desmielinização leve até necrose extensa da medula (McKEE, 1992). Neste estudo só foi possível observar as condições teciduais da medula de forma indireta uma vez que, a durotomia foi realizada em três pacientes. Porém, a mesma não possível de ser identificada nos animais do GI, por tratarem-se de casos de compressão leve, onde estavam indicados apenas o tratamento conservativo. Hiperestesia na região afetada e ataxia foram os sintomas mais frequentes apresentados pelos animais do GI. Lesões crônicas são lentas e permitem adaptação medular antes da visualização dos sinais clínicos; apenas quando os mecanismos compensatórios da medula se excedem é que se desenvolve a hipóxia local, desmielinização, degeneração axonal e malácia (TOOMBS & BAUER, 1993; SLIM, 1996). Quando as lesões ocorrem de forma aguda, não há tempo para ação dos mecanismos compensatórios evoluindo para edema medular, hipóxia, isquemia até necrose da massa cinzenta, degeneração

Cristália) IV e a manutenção anestésica através de anestesia geral inalatória com halotano (1,3 V%). Foi utilizado fluxo diluente de oxigênio a 100% (1,5 L/min) e os animais permaneceram sob ventilação espontânea em sistema com reinalação parcial. Os mesmos foram posicionados em decúbito external e mantidos com almofadas de acomodação com elevação da porção torácica aonde foram realizadas a maioria dos acessos cirúrgicos. Em todos os casos deste grupo foram realizadas hemilaminectomias dorso-laterais segundo Wheeler & Sharp (1994), para descompressão medular e retirada do material de disco calcificado (Figura 1B). Nos animais identificados pelos números 9, 13 e 16 após o procedimento descrito, foi realizada a durotomia devido ao grande edema e tensão medular observados. Esses animais receberam como medidas pós-operatórias: 1) bandagem compressiva em forma de colete rígido na porção dorsal da coluna, que se estendia do início da coluna torácica até o fim da coluna lombar durante 30 dias (Figura 1C); 2) dexametasona (AZIUM®, Intervet/Schering-Plough Animal Health) na dose 0,5 mg/kg, IV, em única dose; 3) prednisona (METICORTEN® VETERINÁRIO, Intervet/Schering-Plough Animal Health) na dose 1,0 mg/kg, BID, durante 15 dias; 4) antibioticoterapia profilática com enrofloxacina (FLOTRIL® comprimidos, Intervet/Schering-Plough Animal Health) na dose de 10 mg/kg, SID, durante 10 dias e 5) cloridrato de tramadol (Cloridrato de tramadol®, Eurofarma) na dose de 2,0 mg/kg, durante cinco dias.

axonal e mielomalácia ascendente e descendente (YOVICH et al., 1994). Nesses casos, os sintomas apresentados serão mais graves como identificados nos animais do GII, no entanto, a presença de dor profunda foi o parâmetro considerado para a indicação cirúrgica. As lesões eram concussivas e/ou compressivas nesses animais, mas provavelmente, não foram capazes de causar uma injúria irreversível devido a preservação desse parâmetro, caracterizando um quadro favorável para o restabelecimento das funções motoras. A suspeita clínica de DDIV foi baseada no histórico clínico, predisposição racial e sintomas compatíveis com a doença em todos os casos estudados. Salienta-se a importância da realização do exame ortopédico prévio ao exame neurológico para descartar outras doenças que cursem com sintomas que mimetizem doenças neurológicas centrais e/ou periféricas. Não foram encontradas anormalidades na avaliação ortopédica, o que reforçou a suspeita inicial de doença compressiva medular. Para tanto, o exame neurológico foi de fundamental importância para o diagnóstico conclusivo, além de precisar clinicamente a região da coluna afetada e inferir um prognóstico. Ainda, foi necessário para indicar se os animais seriam tratados pela terapia clínica ou cirúrgica. Nesse sentido indicou-se a terapia clínica com uso da prednisona aos animais que apresentavam evolução clínica crônica e lenta e com sintomas brandos de dor e ataxia (GI), e a terapia cirúrgica para os animais que apresentavam quadros de paresia ou paralisia (GII).Por meio do exame radiográfico simples foi possível observar diminuição do espaço intervertebral e/ou calcificação de discos intervertebrais. No entanto, a mielografia foi fundamental para determinar precisamente a área de compressão medular devido à injúria causada pelos discos protraídos ou extruídos; além de orientar o cirurgião em quantas hemilaminectomias eram necessárias. Quanto a estas, não

Page 16: Vet News 94

se encontraram óbices na sua realização. Salienta-se apenas, que se trata de procedimento cirúrgico delicado que requer treinamento e uso de instrumental apropriado para sua realização. Em média foram realizadas hemilaminectomias em dois a três segmentos craniais e caudais do local de compressão, com a finalidade de permitir a descompressão na área de edema medular (WHELEER & SHARP, 1994). A principal indicação terapêutica dos corticosteróides deve-se aos seus potentes efeitos antiinflamatórios e imunossupressores. Eles são capazes de modular desde as manifestações mais precoces do processo inflamatório, até as mais tardias, como a reparação e a proliferação tecidual. Por esses motivos, optou-se por utilizá-lo no tratamento conservativo, bem como, no pós-operatório das cirurgias de pacientes com DDIV. Adjutoriamente empregou-se o cloridrato de tramadol, tanto na pré-anestesia como no pós-operatório por ser um agente opióide de alta eficácia e segurança, além de seus efeitos sedativos que permitem uma anestesia balanceada (LASCELLES, 1999; FANTONI & MASTROCINQUE, 2005). A sua utilização também visou promover analgesia preventiva e diminuir a necessidade do seu uso no período pós-operatório por tempo prolongado para o controle da dor (LASCELLES, 1999). Tal prática tem se tornado uma rotina em medicina veterinária, pois é capaz de prevenir a sensibilização dos neurônios da medula espinhal desencadeado por estímulos nocivos, evitando-se assim, um estado de hiperalgesia pós-operatória (FANTONI et al., 2000), particularmente em cirurgias de coluna, como ocorrera nesse estudo. Informa-se que o seu uso em associação com a prednisona, permitiu um período pós-operatório imediato e tardios tranquilos nos animais do GII. Acreditamos a mesma tenha participado no bloqueio desses mecanismos por sua eficiente ação antiinflamatória. Os animais do GI apresentaram melhora clínica dos sintomas, principalmente com retorno à

deambulação. Esses animais foram acompanhados durante todo o período de tratamento, e em alguns casos (n=6), por até seis meses, onde se observou remissão dos sintomas. Salientamos que além do uso da prednisona, foi recomendada a restrição de exercícios físicos, também importantes para o controle da doença (SIMPSON, 1992). Os outros animais incluídos no grupo (GI) não retornaram para acompanhamento por motivos desconhecidos, mas frente aos bons resultados dos demais, acreditamos que tenham apresentado melhora clínica.Cem por cento dos animais do GII retornaram à função motora normal no prazo médio de quatro meses e meio (Figura 1D). Isto ocorreu provavelmente, não somente pela acertada indicação da cirurgia de descompressão, principalmente nos casos de paraparesia e/ou paraplegia súbitas (SIMPSON, 1992; WHELLER & SHARP, 1994), mas também, pelos benefícios do uso dos corticosteróides (prednisona e dexametosana) no pós-operatório. Ambos possuem ação intermediária e prolongada, respectivamente, que são importantes no controle dos eventos vasculares ocorridos com o trauma cirúrgico. Nesse sentido, eles promoveram a estabilização da integridade microvascular, por meio de eventos indiretos como a supressão das ações dos polimorfos e mononucleares, e da síntese de mediadores pró-inflamatórios, vasoativos e trombogênicos que são nocivos à integridade vascular. Mas a sua principal influência foi provavelmente, sobre o metabolismo dos mediadores pró-inflamatórios. Especificamente, sobre o metabolismo do ácido araquidônico, cujos produtos finais desta cascata são as prostaglandinas do grupo 2 (PG-2), os leucotrienos e as tromboxanas. Agiram de forma a inibir a ação das enzimas fosfolipase A-2 e cicloxigenase, interferindo sobre a transcrição gênica na síntese dessas enzimas (JERICÓ, 1996), diminuindo assim, a exacerbação do processo inflamatório facilitando a recuperação pós-cirúrgica de regeneração neuronal.

Com base nos resultados e condições aqui adotadas pode-se concluir que:1) A prednisona foi eficiente na melhora clínica de cães com DDIV sem indicação cirúrgica;2) O uso da prednisona no pós-operatório de descompressão medular é indicado para evitar o agravamento da injúria do tecido nervoso que pode ocorrer na manipulação da medula durante a remissão do material do disco.

Conclusões

16

Tabela 1Dados de resenha, diagnóstico, tratamento e tempo de recuperação cães com DDIV submetidos ao tratamento clínico conservativo e/ou cirúrgico e clínico associado com predinisona. Araçatuba, 2006.

Embora o emprego de antibióticos não estivesse indicado, optamos por utilizá-lo como medida profilática a possibilidades de infecção, e também pelo fato de alguns animais apresentarem cistites de retenção devido ao quadro neurológico (SIMPSON, 1992). Sob esse aspecto, a enrofloxacina foi eficaz no controle das infecções urinárias, conforme descreveu Górniak (2002) e Andrade et al. (2006). E ainda, não foram observadas deiscência e infecção das feridas cirúrgicas em nenhum dos animais do GII. Isto se deve também, ao fato do uso da bandagem compressiva, que nesses casos, foram efetivas no controle da formação de seroma pós-operatório (LARANJEIRA et al., 2004).Não foram observados clinicamente quaisquer efeitos colaterais com o uso da prednisona em ambos os grupos nas doses e períodos descritos. A natureza das terapias que se utilizem os corticosteróides é, antes de tudo, ambígua. Sabe-se que os efeitos benéficos obtidos pelo seu uso são prontamente atingidos. Por outro lado, sabe-se que seu uso contínuo, em doses suprafisiológicas, leva à ocorrência de inúmeros efeitos indesejáveis (SIMPSON, 1992; JARICÓ, 1996).

Page 17: Vet News 94

17

As referências bibliográficas podem ser obtidas com a Intervet/Schering-Plough Animal Health.

GI: grupo I; GII: grupo II; F: fêmea; M: macho; DDIV: doença do disco intervertebral; T: vértebra torácica; L: vértebra lombar; HL: hemilaminectomia; Dx: dexametasona; Pd: prednisona.

Grupo Animal

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

11

12

13

14

15

16

17

GI

GII

Teckel

Teckel

Teckel

Teckel

Teckel

Teckel

Teckel

Teckel

Teckel

Teckel

Teckel

Teckel

Teckel

Teckel

Teckel

Teckel

Teckel

5 meses

5 meses

4 meses

3 meses

5 meses

1 mês

6 meses

8 meses

7 meses

Melhora clínica com 7 diasMelhora clínica com 10 diasMelhora clínica com 7 diasMelhora clínica com 15 diasMelhora clínica com 15 diasMelhora clínica com 15 diasMelhora clínica com 7 diasMelhora clínica com 20 dias

F

F

M

M

M

F

M

M

M

F

M

F

M

F

F

F

M

6 anos

5 anos

6 anos

4 anos

3 anos

5 anos

6 anos

6 anos

5 anos

8 anos

7 anos

6 anos

6 anos

5 anos

4 anos

6 anos

7 anos

DDIV (T11-T13)

DDIV (T13-L1)

DDIV (T10-T13)

DDIV (T12-L1)

DDIV (T11-T13)

DDIV (T11-L1)

DDIV (T10-L1)

DDIV (C3-C5)

DDIV (T13)

DDIV (T12-L1)

DDIV (T10-T13)

DDIV (T12-L2)

DDIV (T13-L1)

DDIV (T10-T11)

DDIV (T13-L1)

DDIV (T12-L1)

DDIV (T10-T13)

HL + Dx + Pd

HL + Dx + Pd

HL + Dx + Pd

HL + Dx + Pd

HL + Dx + Pd

HL + Dx + Pd

HL + Dx + Pd

HL + Dx + Pd

HL + Dx + Pd

Predninosa (15 dias) + RepousoPredninosa (15 dias) + RepousoPredninosa (15 dias) + RepousoPredninosa (15 dias) + RepousoPredninosa (15 dias) + RepousoPredninosa (15 dias) + RepousoPredninosa (15 dias) + RepousoPredninosa (15 dias) + Repouso

Raça Sexo Tratamento Tempo de recuperação

Idade Diagnóstico e localização da lesão

Page 18: Vet News 94

18

Para melhorar o desempenho de vendas dos parceiros distribuidores (PDs), consolidar o relacionamento com os mesmos e manter o foco em produtos-chave – SCALIBOR®, linha FLOTRIL®, QUANTUM® DOG, ZUBRIN®, linha ENDAL* , linha ARTROGLYCAN®, OTOMAX®, PULVEX® POUR-ON – a Intervet/Schering-Plough Animal Health realiza, de abril de 2009 a janeiro de 2010, a Promoção Embarque Nessa 2009. Os PDs serão realocados nas categorias já existentes – A, B e C -, de acordo com o faturamento de suas vendas, analisado em 2008. Nas categorias A e B, serão premiados os três PDs que atingirem as melhores pontuações no período de abril/09 a janeiro/10. Na C, será premiado o PD que atingir a melhor pontuação no mesmo período.Os resultados mensais e final serão divulgados por meio de newsletter. Para embarcar nessa, é só participar!

Com a finalidade de alertar os Médicos Veterinários e proprietários de cães sobre o risco da leishmaniose, a Intervet/Schering-Plough Animal Health promove desde dezembro de 2008 um ciclo de palestras sobre a doença e como preveni-la por meio do uso da coleira SCALIBOR®, produto que protege os animais por até 4 meses. Trata-se de uma coleira prática, sem cheiro, bastante segura e que não sofre interferência da água. Vários trabalhos científicos nacionais e internacionais foram realizados com SCALIBOR® comprovando que é hoje a mais eficiente arma no controle da leishmaniose em cães.Acompanhe abaixo o calendário das palestras: - 16/06 – Recife (PE)- 17/06 – Salvador (BA)- 07/07 – Belo Horizonte (MG)- 04/08 – Brasília (DF)

A leishmaniose é uma importante zoonose, que pode ser transmitida entre homens e animais. Essa transmissão é feita, principalmente, através da picada de um mosquito conhecido popularmente como “mosquito palha”. O cão tem um importante papel na manutenção da doença no meio urbano visto que pode permanecer sem sintomas mesmo estando doente, situação que chamamos de reservatório. A doença está presente em 19 Estados e em importantes cidades, tais como, Campo Grande (MS), Belo Horizonte (MG), Bauru (SP) , várias capitais do Nordeste chegando, mais recentemente, às cidades próximas a São Paulo. A Intervet/Schering-Plough Animal Health alerta que a principal e mais eficiente maneira de se evitar a doença é a prevenção.

“Embarque Nessa 2009”

Ciclo de palestras SCALIBOR®

A doença

- 18/08 – Rio de Janeiro (RJ)- 19/08 – São Paulo (SP)- 01/09 – Fortaleza (CE)- 02/09 – Natal (RN)

Page 19: Vet News 94

19

AMAVet

AMAPet

Clínica Empório dos Bichos Dr. César Godoi Brasília (DF)Soprador

Consulvet Dr. Carlos Zaratin e Dr. Tales DilliBrasília (DF)Soprador

Agropecuária Roma Rony Frank e Leonardo da Mata Brasília (DF)Soprador

Hospital Veterinário UnB Dra. Christine Martins Brasília (DF) Aparelho Auriflush

Pet Shop Dog & CiaAntonio e MariIlhéus (BA)Telefone sem fio

PlasvetDaniel Araujo e Vagner CostaIlhéus (BA) Multifuncional

Pet Center Santo Antonio André Itabuna (BA) Telefone sem fio

Clínica Planeta Animal Dr. Luciano Molina Três Lagoas (MS)Aparelho de Anestesia Volátil

Clivesf Dr. Juracy CoelhoPetrolina (PE)Panoptic Welch Allyn

Clínica Veterinária Dog Show Dr. GlauberSão João Batista (SC)Termômetro Sure Temp

Clínica Veterinária Zooflora Dr. Luis Gustavo Florianópolis (SC)Vídeo Path

Scooby Dudu Dr. PedroPorto Alegre (RS)Termômetro Sure Temp

TerraDiogo Romaneli Pedro Gomes (MS)Micro-ondas

Cris Agropecuária Sr. Edson Criciúma (SC) Aparelho Auriflush

Agromata Moacir P. da Silva e Aroldo MagalhãesBrasília (DF)TV LCD

Clínica Veterinária Ki Late Jeferson Alves e Dr. Geraldo XavierBrasília (DF)Notebook

Aquarius & Cia Caleane e EvertonItabuna (BA)Telefone sem fio

Page 20: Vet News 94

20

Assim como os humanos, os cães também estão sujeitos a contrair a gripe. Também conhecida como Tosse dos Canis ou Traqueobronquite Infecciosa Canina, a Gripe Canina é uma doença respiratória contagiosa, causada principalmente pelo Adenovirús Tipo 2, pelo vírus da Parainfluenza e pela bactéria Bordetella bronchiseptica.Os casos aumentam com a chegada do inverno e as mudanças bruscas de temperatura.

“Aqueça seu Melhor Amigo” é a nova promoção lançada em 2009 pela Intervet/Schering-Plough Animal Health. A ação, que ocorre de abril a julho, acompanhando o Outono e Inverno, é associada às estações de frio, o que reflete a preocupação da empresa com a proteção aos animais e com a estreita relação de carinho e amizade entre o proprietário e seu animal de estimação. Essa é uma busca constante para oferecer o melhor produto, a melhor tecnologia e os melhores serviços ao campo. Destinada aos proprietários de animais, lojistas e também aos profissionais que trabalham na linha de frente nas lojas, a promoção abrange todas as linhas de produtos da empresa, exceto QUANTUM® e NOBIVAC® e visa fortalecer o relacionamento do comércio com os consumidores de uma forma descontraída.

- Ao efetuar uma compra acima ou igual a R$ 500 o ponto de venda receberá um kit promocional para estimular as vendas de produtos da empresa;- Cada kit é constituído de 30 raspadinhas, todas contendo brindes e kit de material decorativo para o ponto de venda. As raspadinhas contém dois brindes de destaque (pote de pipoca + pote de ração) e 28 brindes de apoio (chocolates para os animais);- A cada lote extra de R$ 500 em compras, o ponto de venda receberá mais um kit de raspadinhas;- A cada produto Intervet/Schering-Plough Animal Health adquirido, o balconista entregará ao consumidor uma raspadinha que dará direito ao brinde correspondente no ato da compra; - Além da ação para o consumidor e dos brindes para os balconistas, cada loja receberá 1 brinde especial para premiar o melhor balconista de sua equipe, ao final da promoção;- O critério de premiação fica sob responsabilidade do ponto de venda e será acompanhado pelo promotor/coordenador da Intervet/Schering Plough Animal Health;- A Promoção “Aqueça seu Melhor Amigo” contará também com divulgação por meio de anúncios em revistas e no site da empresa.

Gripe Canina

Dicas

Promoção “Aqueça seu Melhor Amigo”

Procedimentos

Vitrine Pet

SintomasOs cães apresentam tosse, geralmente seca, forte e persistente, que pode durar até duas ou três semanas. Falta de apetite, apatia e perda de peso também são sintomas desta doença.

TransmissãoCães de qualquer raça ou idade podem pegar a Gripe Canina por meio do ar ou no contato direto com cães doentes.O risco de infecção existe em qualquer lugar onde o contato entre os cães possa acontecer, por exemplo:• Passeio pela rua;• Pet shop; • Banho e tosa;• Exposições; • Parques.

PrevençãoA NOBIVAC KC® é a vacina da Intervet/Shering-Plough Animal Health indicada para prevenção da gripe canina em filhotes a partir de três semanas de idade. Para prevenir a Gripe Caninca você deve vacinar o seu cão anualmente. Para mais informações, consulte o Medico Veterinário e saiba como proteger seu cão corretamente.

No frio nossos amigos precisam de cuidados especiais.Trate bem do seu melhor amigo com os melhores produtos do mercado e ainda ganhe prêmios.

Intervet/Schering-Plough Animal Health é uma empresa composta pelas sociedades Intervet do Brasil Veterinária Ltda. e Schering-Plough Saúde Animal Indústria e Comércio Ltda.

Promoção disponível nos principais pet shops da sua cidade.

Page 21: Vet News 94

21

A importância da gestão e do marketing na formação dos Médicos Veterinários

Com um mercado de trabalho cada vez mais competitivo, faz-se necessário profissionais ainda melhores. Na área de Medicina Veterinária, por exemplo, a formação em gestão e marketing certamente agrega um grande diferencial ao profissional. Em entrevista, o veterinário, professor titular do departamento de Reprodução e também diretor da FMVZ (Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia) da Universidade de São Paulo, José Antonio Visintin destaca o diferencial e a importância de profissionais ainda mais capacitados.

Na sua opinião, o que a formação em gestão e marketing agrega para o estudante de Medicina Veterinária? Todo aluno de Medicina Veterinária precisa entender da gestão e do marketing, pois qualquer ocupação que ocupe em sua profissão necessita

de gestão, seja em clínicas, empresas, fazendas ou mesmo aqueles que são autônomos. Isso significa uma diferenciação do profissional em relação a massa de veterinários formados atualmente.

Hoje, existe carência dessa formação nos currículos desses profissionais?Com certeza. Poucas escolas preparam os seus profissionais, razão pela qual estamos tentando inserir esta área do conhecimento em nosso currículo.

Como você avalia o Curso de Gestão de Marketing para estudantes de Medicina Veterinária, promovido pela Intervet/Schering-Plough Animal Health na Universidade?O Curso foi ministrado por gerentes da própria empresa, que abordaram desde assuntos como Marketing até Gestão Financeira. Eu, pessoalmente, assisti

este curso. Para mim e para os meus alunos, foi simplesmente fantástico, pois hoje somos no mínimo diferentes dos demais.

Qual o valor da iniciativa da empresa para a Universidade?Muito positiva. A associação universidade-empresa sempre rende bons frutos. Fico extremamente satisfeito com essa parceria, pois ambos saímos ganhando. Nós preparamos profissionais de alto nível para o mercado, ele será produtivo, o país sairá ganhando e portanto, socialmente estamos dando uma grande contribuição.

Essa parceria com a empresa continua em 2009?Espero que sim, pois estamos preparando futuros profissionais com um grande e importante diferencial.

Professor Visintin, diretor da FMVZ-USP

Page 22: Vet News 94

22

Vôlei Kid’s:praticando e educando as criançasFomentar a educação e cultura, além de fortalecer as relações familiares, preparando as crianças para serem cidadãos éticos, responsáveis e conscientes são os objetivos do Projeto Social Vôlei Kid’s, que surgiu em 2003, do sonho de alguns executivos em fazer justiça social. Com 17 unidades situadas em Mato Grosso, Rondônia e Acre, o Grupo Carlos Elias (GCE) é uma das empresas participantes dessa ação e iniciou as suas atividades no Vôlei Kid’s em 2006, atendendo apenas 50 crianças. Hoje, esse número aumentou para 150. Por meio da prática do voleibol de qualidade, o Projeto buscou no esporte, benefícios e valores que possibilitam o desenvolvimento das capacidades físicas, psíquicas, intelectuais e sociais de crianças e adolescentes carentes, de ambos os sexos.Selma Lopes, coordenadora do Vôlei Kid’s, destaca que este é um grande trabalho social que está cada vez mais conquistando excelentes resultados. “Estamos contribuindo para a formação do cidadão. Nos casos de alunos mais velhos, já encaminhamos esses jovens para o mercado de trabalho. Queremos que eles evoluam em comportamento, saúde e educação”, ressalta. Esse projeto reflete a preocupação das empresas do Grupo Carlos Elias em atuar na construção de um país mais justo!

Page 23: Vet News 94
Page 24: Vet News 94

www.planparto.com.br

Linha Reprodutiva Intervet/Schering-Plough Animal Health: a mais completa

© To

dos

os d

ireito

s re

serv

ados

. Sch

erin

g-Pl

ough

Saú

de A

nim

al In

dúst

ria e

Com

érci

o Lt

da.

TOP OF MIND e TOP LIST

SÓ DÁ CIOSIN®

TOP OF LIST

TO

P OF LIST TOP O

F LIST

ANO

CONSECUTIVO8

TOP O

F M

IN

D TOP OF MIN

D

TOP OF MIND

ANOCONSECUTIVO

Agradecemos aos produtores e veterinários pela preferência absoluta. CIOSIN® é a prostaglandina líder de mercado. Alta con�abilidade e reconhecidamente superior.

A linha de produtos Schering-Plough Saúde Animal Indústria e Comércio Ltda. e Intervet do Brasil Veterinária Ltda. poderá ser alterada por decisão das autoridades competentes.

Av. Sir Henry Wellcome, 3351º andar - Ala E - Moinho Velho CEP 06714-050 - Cotia - SP0800-70705120800-131113

www.intervet.com.br

Intervet do Brasil Veterinária Ltda.

Av. Sir Henry Wellcome, 335Moinho Velho

CEP 06714-050 - Cotia - SP

www.spah.com.br

Schering-Plough Saúde AnimalIndústria e Comércio Ltda.