Vestígios do Passado

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EB1/JI Casal do Marco Vestígios do passado Seixal Trabalho realizado por: Edmilson Rafaela 3º ano 2009/2010

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EB1/JI Casal do Marco

Vestígios do passado

Seixal

Trabalho realizado por:

Edmilson

Rafaela

3º ano

2009/2010

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O que é um pelourinho?

Pelourinho ou picota são colunas de pedra colocadas em lugar público da

cidade ou vila onde eram torturados e expostos criminosos. Tinham

também direito de pelourinho os grandes donatários, os bispos, os

cabidos e os mosteiros, como prova e instrumento da jurisdição feudal.

Em Portugal, os pelourinhos ou picotas (esta a designação mais antiga e

popular) dos municípios localizavam-se sempre em frente ao edifício da

câmara, desde o século XII. Muitos tinham no topo uma pequena casa em

forma de guarita, feita de grades de ferro, onde os delinquentes eram

expostos para a vergonha pública. Noutros locais os presos eram

amarrados às argolas e açoutados ou mutilados, consoante a gravidade do

delito e os costumes da época.

De estilo românico, gótico ou renascentista, muitos dos pelourinhos em

Portugal constituem exemplares de notável valor artístico.

Segundo Alexandre Herculano e Teófilo Braga, os pelourinhos tiveram

origem na columna moenia romana que distinguia com certos privilégios,

as cidades que os possuiam.

Os pelourinhos normalmente são constituídos por uma base sobre a qual

assenta uma coluna ou fuste e terminam por um capitel.

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Nalguns pelourinhos, em vez da base construída pelo homem, eram

aproveitados afloramentos naturais.

Consoante o remate do pelourinho, estes podem classificar-se em:

• Pelourinhos de gaiola.

• Pelourinhos de roca.

• Pelourinhos de pinha.

• Pelourinhos de coluço (gaiola fechada).

• Pelourinhos de tabuleiro (gaiola com colunelos).

• Pelourinhos de chaparasa.

• Pelourinhos de bola.

• Pelourinhos tipo bragançano.

• Pelourinhos extravagantes (de características invulgares).

Muitos pelourinhos foram destruídos pelos liberais a partir de 1834 por os

considerarem um símbolo de tirania.

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Alguns pelourinhos de Portugal

Pelourinho da Sertã

Pelourinho de Ovelha do Marão – Amarante – Porto

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Moinhos de Maré

A história dos Moinhos de Maré

Noutras épocas em que as fontes de energia escasseavam e eram limitadas apenas à força muscular, ao vento e correntes, os moinhos de maré tinham uma grande vantagem sobre as outras formas energéticas - a sua constância e previsibilidade.

Existem duas marés diárias o que garantia cerca de 4 horas de moagem. Eram construídos nos estuários dos rios em terrenos baixos, e em zonas abrigadas que permitissem represar as águas.

Era uma vida dura a dos moleiros, já que as horas das marés obrigavam a que se moesse a qualquer hora do dia ou da noite, pois os moinhos só trabalhavam durante a vazante. As outras horas eram aproveitadas para limpeza e manutenção do moinho e caldeira.

Em 1403, Nuno Álvares Pereira, que era proprietário de quase todos os terrenos banhados pelo braço do rio Tejo que entra no Seixal, mandou construir o moinho de Corroios, o primeiro que se ergueu naquela área. Em 1404 os bens que tinha na zona do Seixal, incluindo o moinho de maré, foram doados ao Convento do Carmo. A partir do séc. XV as carmelitas

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promovem as construções de outros moinhos naquela área e na margem esquerda do rio Coina, incluindo os Moinhos Novo e Velho dos Paulistas.

Junto dos moinhos existiam portos onde chegavam os barcos utilizados no transporte das farinhas e no escoamento de produtos da região.

Com o terramoto de 1755 quase todos os moinhos ficaram em ruínas tendo sido na sua maior parte restaurados ou mesmo reedificados.

Já no século XX alguns moinhos tiveram outras utilizações. Prepararam farinha de peixe, adubos e descascaram arroz. Muitos deles chegaram até aos nossos dias, mas no Seixal só o de Corroios se manteve a trabalhar até aos anos 70.

Em 1980 foi adquirido pela Autarquia. Durante 6 anos sofreu obras de restauro e em 1986 abriu ao público, como núcleo do Ecomuseu Municipal do Seixal.

Devido a obras de conservação e requalificação, este núcleo esteve encerrado ao público até Setembro de 2009, e reabriu após um processo de qualificação.

Actualmente, o Moinho oferece a todos os visitantes uma exposição de longa duração "600 anos de Moagem no Moinho de Maré de Corroios".