VERIFICAÇÃO DA ILUMINÂNCIA NO AMBIENTE DE...

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  • VERIFICAO DA ILUMINNCIA NO

    AMBIENTE DE TRABALHO

    Peterson Diego Kunh (UTFPR)

    [email protected]

    Claudilaine Caldas de Oliveira (UTFPR)

    [email protected]

    Fabiano Takeda (UTFPR)

    [email protected]

    O objetivo deste estudo apresentar uma metodologia que possa ser

    utilizada na identificao da iluminncia de ambientes, sendo possvel

    realizar uma comparao com a legislao vigente verificando se tal

    ambiente possui a iluminao adequuada atividade que esta sendo

    executada. Para que isto seja possvel aplicou-se a metodologia da

    NBR 5382 - Verificao de Iluminncia de Interiores, atravs da

    anlise de um estudo de caso de uma Biblioteca. Para realizar a

    anlise e comparao dos dados utilizou-se os padres estabelecidos

    pela NBR 5413 - Iluminncia de Interiores, que estabelece os valores

    de iluminncia mdia mnima em servio para a iluminao artificial

    em interiores. Com base nas medies realizadas verificou-se que as

    condies de iluminao da Biblioteca, quando se fala de iluminao

    mdia, esta em conformidade com a legislao vigente. Entretanto

    quando se realiza uma anlise mais detalhada do local dividindo-o por

    setores pode-se observar que o setor de Recinto das Estantes est em

    desacordo com a legislao vigente apresentando um valor de

    iluminncia abaixo dos 200 lux mnimos necessrios para a atividade a

    ser desenvolvida neste local. Ficando evidenciado atravs desta

    pesquisa o grande nmero de fatores que devem ser considerados

    durante o clculo luminotcnico de um ambiente, dentre estes o tipo de

    atividade a ser desenvolvida, idade dos trabalhadores/freqentadores,

    tipo de luminria e o layout do ambiente.

    Palavras-chaves: Iluminao, Ambiente, Atividade

    XXX ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUO Maturidade e desafios da Engenharia de Produo: competitividade das empresas, condies de trabalho, meio ambiente.

    So Carlos, SP, Brasil, 12 a15 de outubro de 2010.

  • 2

    1. Introduo

    As condies de trabalho devem ser adaptadas s caractersticas psicofisiolgicas dos

    trabalhadores, podendo lhes proporcionar um mximo de conforto, segurana e desempenho

    de suas atividades.

    De acordo com Atlas (2008), as condies de trabalho incluem aspectos relacionados ao

    levantamento, transporte e descarga de materiais, ao mobilirio, aos equipamentos e s

    condies ambientais do posto de trabalho, e prpria organizao do trabalho.

    Nas condies ambientais do posto de trabalho surge o fator iluminao do ambiente, que

    foco deste estudo, que demonstra a importncia do correto dimensionamento luminotcnico

    dos ambientes. Este dimensionamento leva em conta a atividade que ser (ou est sendo)

    executada e que, em muitos casos, no considerada na fase de projeto ou durante a sua

    execuo.

    Para facilitar a anlise, a discusso deste tema ser feita com base em um estudo de caso em

    uma biblioteca da Universidade Tecnolgica Federal do Paran Campus Toledo, sendo que

    o objetivo do estudo apresentar uma metodologia que possa ser utilizada na identificao da

    iluminncia de diversos ambientes, realizando uma comparao com a legislao vigente e

    verificando se tal ambiente possui a iluminao adequada atividade que esta sendo

    executada.

    Verifica-se que muitas empresas, instituies de ensino e escritrios nem sempre possuem a

    iluminao adequada em seus mais diferentes ambientes e isso pode ser prejudicial para a

    sade das pessoas que os frequentam, cujos reflexos podem ser traduzidos na diminuio da

    produtividade, aprendizado e concentrao.

    Para cada atividade a ser executada existem os valores de iluminncia mdias mnimas

    estabelecidas para os servios que necessitem de iluminao artificial em interiores, das mais

    diferentes atividades (comrcio, indstria, ensino, esporte, entre outras) (ABNT, 1992).

    Sendo necessrio o correto dimensionamento luminotcnico durante o projeto e a construo

    da obra, levando em considerao a atividade que ser executada, ou mesmo a adequao do

    projeto luminotcnico quando se muda a atividade a ser executada.

    2. Metodologia

    O objetivo desta pesquisa verificar se as condies luminotcnicas da biblioteca, da

    Universidade Tecnolgica Federal do Paran, Campus Toledo, esto adequadas legislao

    vigente que trata sobre este assunto, tendo como base as seguintes anlises:

    Primeira influncia da iluminao natural com a iluminao artificial acessa s 10 horas da

    manh;

    Segunda influncia da iluminao do ambiente natural com a iluminao artificial apagada

    s 12 horas (sem pessoas no ambiente);

    Terceira influncia da iluminao natural com a iluminao artificial acessa s 15 horas da

    tarde;

    Quarta - avaliao das condies luminotcnicas utilizando somente iluminao artificial s

    20 horas e 30 minutos.

  • 3

    Sendo que a primeira, segunda e terceira analises foram realizados as 10, 12 e s 15 horas

    simultaneamente (condies meteorolgicas - sol) e a terceira analise foi realizada s 20 horas

    30 minutos (noite), todas realizadas no dia 02/11/2009.

    A metodologia utilizada para realizar este estudo foi embasada na NBR 5382 Verificao de

    Iluminncia de Interiores ABNT Associao Brasileira de Normas Tcnicas, 1985, pois a

    mesma normatiza o modo pelo qual deve ser realizada a verificao da iluminncia de

    interiores de reas retangulares, atravs da iluminncia mdia sobre um plano horizontal,

    proveniente da iluminao geral.

    Para realizar a anlise e comparao dos dados utilizaram-se os padres estabelecidos pela

    NBR 5413 Iluminncia de Interiores ABNT Associao Brasileira de Normas Tcnicas

    1992, a qual estabelece os valores de iluminncia mdias mnimas em servio para a

    iluminao artificial em interiores, onde realizem atividades de comrcio, indstria, ensino,

    esporte e outras.

    Para o estudo de caso analisado (Biblioteca) deve-se ter a seguinte iluminncia mnima, mdia

    e mxima: 300 500 750 lux para sala de leitura, 200 300 500 lux para o recinto das

    estantes e de 200 300 500 lux para a rea de fichrio, sendo que o valor da luminncia a

    ser utilizada ir depender da velocidade e preciso da tarefa, refletncia do fundo de trabalho

    e idade dos usurios.

    O aparelho utilizado foi o Luxmetro, com fotoclula que possui correo de cosseno,

    correo de cor, que deve trabalhar a uma temperatura ambiente entre 15C a 50C. Dados do

    Luxmetro: Marca / Modelo: Minipa MLM1332 - Digital Lux Meter - Range 200 a 200000

    lux. Dados do metro: Marca / Modelo: Trena Vonder Plus 10 metros Fita de 32

    milmetros.

    O Local analisado foi Biblioteca, da Universidade Tecnolgica Federal do Paran, Campus

    Toledo localizada na Rua XV de Novembro, 2191 - CEP 85902-040 - Toledo-PR, com as

    seguintes dimenses:12,65 x 8,90 x 2,57 metros (comprimento, largura e altura).

    Descrio dos fatores que podem influenciar no resultado: Os resultados somente sero

    vlidos nas condies existentes durante a medio, sendo que esta foi realizada no dia

    02/11/2009: Primeira condio - 10 horas, temperatura ambiente de 24C, com condies

    meteorolgicas sol, cor do teto branco, paredes brancas, piso bege, 7 pessoas dentro da

    biblioteca, a qual possua conforme figura 1 estandes de livros, mesas de leitura,

    computadores, armrios, cadeiras e cortinas abertas nas janelas (em dimenses e quantidades

    descritas na referida figura 1, sendo que as unidades esto em centmetros);

    Segunda condio - 12h00min, temperatura ambiente de 26C, com condies meteorolgicas

    sol, cor do teto branco, paredes brancas, piso bege, nenhuma pessoa dentro da biblioteca, a

    qual possua conforme figura 1 estandes de livros, mesas de leitura, computadores,

    armrios, cadeiras e cortinas abertas nas janelas (em dimenses e quantidades descritas na

    referida figura1, sendo que as unidades esto em centmetros);

    Terceira condio - 15h00min, temperatura ambiente de 27C, com condies meteorolgicas

    sol, cor do teto branco, paredes brancas, piso bege, 10 pessoas dentro da biblioteca, a qual

    possua conforme figura 1 estandes de livros, mesas de leitura, computadores, armrios,

    cadeiras e cortinas abertas nas janelas (em dimenses e quantidades descritas na referida

    figura1, sendo que as unidades esto em centmetros);

  • 4

    Quarta condio - 20h30min, temperatura ambiente 25C, cor do teto branco, paredes brancas,

    piso bege, 15 pessoas dentro da biblioteca, a qual possua conforme figura 1 estandes de

    livros, mesas de leitura, computadores, armrios, cadeiras e cortinas abertas nas janelas (em

    dimenses e quantidades descritas na referida figura1, sendo que as unidades esto em

    centmetros);

    BIBLIOTECA

    Estantes de livros

    Estantes de livros

    Estantes de livros

    Sala de leitura

    Cabines de leitura

    Computadores Revistas

    Fichrio

    Estantes de livros

    Sada de

    emergncia

    Entrada

    Mesas

    Armrios

    P direito 258 cm

    Figura 1 Layout da Biblioteca, com dimenses e mobilirio

    Como se pode observar na Figura 2 que mostra a distribuio das luminrias na biblioteca

    verifica-se que o campo de trabalho retangular, iluminado com fontes de luz em padro

    regular, simetricamente espaadas em quatro fileiras, exceto na rea de Fichrio e na sala de

    Leitura que possuem luminrias adicionais.

  • 5

    Figura 2 Distribuio das luminrias na Biblioteca

    Desta forma utilizando-se as normas NBR 5382 e NBR 5413, pode-se realizar os clculos da

    iluminncia da Biblioteca como um todo, podendo-se verificar se a Biblioteca analisada

    atende as normas vigentes.

    Antes da leitura as fotoclulas ficaram expostas a iluminao do local a ser mensurado, at se

    estabilizar, durante o tempo de 7 (sete) minutos. As leituras foram realizadas com a fotoclula

    no plano horizontal, a uma distncia de 80 centmetros do piso.

    Conhecendo-se as dimenses da Biblioteca pode-se dividir a rea total em reas de 38,59 x

    26,89 centmetros fazendo-se medies em cada rea e calculando-se as mdias aritmticas

    baseadas na NBR5382, conforme Figura 3.

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    P1

    P2

    q1 q2

    q3 q4

    t3

    t4

    r2

    r1

    r4

    r3

    r7

    r8 r6

    r5

    LADO A

    LADO B

    LADO C

    LADO D

    t1

    t2

    Figura 3 Pontos de coleta de dados e diviso da rea de estudo

    3. Ergonomia

    O trabalho vem sofrendo muitas transformaes e isso pode ser evidenciado quando realizada

    uma comparao com atividades executadas h 20 anos e as que esto sendo realizadas

    atualmente, principalmente devido aos avanos tecnolgicos. Verificando-se a necessidade de

    refletir a relao do homem com o trabalho ou atividade e, principalmente, o ambiente onde

    esta atividade executada, identificando suas conseqncias ao ser humano.

    A segurana no trabalho pode ser definida como um conjunto de aes exercidas com o

    objetivo de evitar ou mesmo reduzir danos e perdas sade do ser humano durante a

    execuo de suas atividades.

    Visto que os acidentes e doenas que esto relacionadas ao trabalho ou atividades executadas

    de forma incorreta so problemas previsveis e, desta forma, evitveis. Segundo Cavalcante

    (2008, p. 7), a adoo das novas tecnologias e mtodos gerenciais nos processos de trabalho

    contribui para modificar o perfil de sade, adoecimento e sofrimento dos trabalhadores. E

    das doenas que possuem relacionamento com o trabalho, as mais freqentes esto

    relacionadas s Leses por Esforos Repetitivos (LER/DORT) e o sofrimento mental que

    convivem com as doenas profissionais.

    Sendo que as condies de trabalho e execuo de atividades devem ser adaptadas as

    caractersticas psicofisolgicas dos trabalhadores, podendo lhes proporcionar um mximo de

    conforto, segurana e desempenho de suas atividades, tendo em vista estes aspectos o

    Ministro do Estado aprovou atravs da Portaria n 3.214 de 8 de julho de 1978, as Normas

    Regulamentadoras NR, cujo objetivo assegurar a sade e segurana dos trabalhadores.

    Em termos de legislao, que engloba a segurana do trabalhador, existe a NR 17 que trata

    sobre a ergonomia do trabalho. Esta norma tem carter geral sendo uma ferramenta aplicada

    em qualquer atividade.

    O objeto de estudo da segurana do trabalho engloba a anlise de todos os eventos

  • 7

    indesejveis para conhec-los e transform-los. Cardella (2007, p. 206), define eventos

    indesejveis como os que causem agresso a pessoas, meio ambiente e patrimnio,

    provocando danos fsicos, psicolgicos e morais, degradao ambiental, e os diversos tipos de

    perdas.

    Assim Iida (1990, p. 1), nos diz que:

    Pode-se observar que a adaptao sempre ocorre do trabalho para o homem. A

    recproca nem sempre verdadeira. Ou seja, muito mais difcil adaptar o homem

    ao trabalho. Isso significa que a ergonomia parte do conhecimento do homem para

    fazer o projeto do trabalho, ajustando-o as capacidades e limitaes humanas.

    De acordo com Abraho e Pinho (2002, p. 47), a ergonomia se sustenta basicamente em dois

    pilares, um que permite apreender as variveis que determinam o trabalho pela via da anlise

    do comportamento, e outro, subjetivo, que busca qualificar e validar os resultados, ambos com

    o intuito de elaborar um diagnstico que vise transformar as condies de trabalho.

    Desta forma cabe a ergonomia analisar, identificar e caracterizar o homem que realizar

    determinada atividade, a mquina que ser utilizada, o ambiente no qual sero inseridos,

    como as informaes que sero transferidas de um setor para outro, como ser realizada a

    organizao do trabalho e, principalmente, quais as conseqncias que o trabalho realizado

    poder causar ao trabalhador, observando-se em cada etapa os seguintes fatores:

    - O homem: caractersticas fsicas, fisiologias, psicolgicas e sociais do trabalhador,

    influncia do sexo, idade, treinamento e motivao;

    - Mquina: entende-se por mquina todas as ajudas materiais que o homem utiliza

    no seu trabalho, englobando os equipamentos, ferramentas, mobilirios e estaes;

    - Ambiente: estuda as caractersticas do ambiente fsico que envolve o homem

    durante o trabalho, como a temperatura, rudos, vibraes, luz, cores, gases e outros;

    - Informao: refere-se s comunicaes existentes entre os elementos de um

    sistema, a transmisso de informaes, o processamento e a tomada de decises;

    - Organizao: a conjugao dos elementos acima citados no sistema produtivo,

    estudando aspectos como horrios, turnos de trabalho e formao de equipes;

    - Conseqncias do trabalho: aqui entram mais as questes de controle como tarefas

    de inspees, estudos dos erros e acidentes, alm dos estudos sobre gastos

    energticos, fadiga e stress (IIDA, 1990, p. 1).

    A ergonomia estuda tambm as condies de conforto ambiental no que se referem s

    caractersticas do ambiente que podem afetar o trabalhador, principalmente os aspectos de

    rudo, vibrao, temperatura e iluminao.

    A temperatura um dos aspectos que merece ateno, quando se busca criar adequadas

    condies ambientais de trabalho. Pois, existem temperaturas que do sensao de conforto,

    enquanto outras se tornam desagradveis podendo prejudicar a sade do trabalhador.

    A sensao trmica ou temperatura efetiva produzida pela combinao da temperatura

    obtida por termmetro de bulbo seco (20 a 23C), velocidade (0,5 m/s) e umidade relativa do

    ar (40 a 60%). Temperatura abaixo ou acima dos limites de conforto trmico gera desconforto

    e podem influenciar negativamente o desempenho das pessoas (RIO; PIRES, 2001).

    A presena de rudos elevados no ambiente de trabalho pode perturbar e com o tempo, acaba

    atrapalhando a audio. Isso provoca interferncia na comunicao e reduo da

    concentrao, que podem ocorrer com rudos relativamente baixos. Um rudo que ultrapassa a

  • 8

    mdia de 80 decibis (dB), em oito horas de exposio, pode provocar surdez (DUL;

    WEERDMEESTER, 2004).

    Sendo que de acordo com Kroemer e Grandjean (2005), o som uma vibrao que afeta

    nossas clulas auditivas. Vibraes mecnicas causam mudanas na posio dos membros do

    corpo e rgos importantes.

    A viso depende da presena de luz, de acordo com Santos et al. (2005, p. 21), muitas

    percepes primitivas da viso so simples reaes intensidade da energia captada.

    Existem basicamente duas maneiras da luz chegar aos olhos: diretamente, a partir da radiao

    de uma fonte luminosa ou pela reflexo da energia radiante incidente numa superfcie.

    Uma boa iluminao aumenta a produtividade, propicia um ambiente mais confortvel, alm

    de evitar acidentes. Sendo que a iluminao adequada uma das principais responsabilidades

    dos projetistas, administradores e autoridades.

    3.1 Iluminao

    O conforto visual a existncia de um conjunto de fatores, num ambiente, no qual o

    trabalhador pode desenvolver suas atividades visuais com o mximo de acuidade e preciso.

    A intensidade de luz que incide sobre a superfcie de trabalho deve ser suficiente para garantir

    uma boa visibilidade. Alm disso, o contraste entre a figura e o fundo tambm importante.

    Segundo Dul e Weerdmeester (2004), a luz ambiental de 10 a 200 lux suficiente para

    lugares onde no h tarefas criticas. O mnimo necessrio para visualizar obstculos de 10

    lux. O olho demora mais tempo para se adaptar, quando h grandes diferenas nos brilhos.

    De acordo com ABNT (1992, p. 1), a iluminncia o limite da razo do fluxo luminoso

    recebido pela superfcie em torno de um ponto considerado, para a rea da superfcie quando

    este tende para zero, e o campo de trabalho a regio onde, para qualquer superfcie nela

    situada, exigem-se condies de iluminncia apropriadas ao trabalho visual a ser realizado.

    Em atividades executada em Biblioteca, os servidores/trabalhadores, alunos, professores,

    populao em geral esto expostos a condies que necessitam ser analisadas e mensuradas.

    Visto que em todos os locais de trabalho, seja uma biblioteca ou no, deve-se haver uma

    iluminao adequada, natural ou artificial, geral ou suplementar, apropriada a natureza da

    atividade a se executada.

    A iluminao geral deve ser uniformemente distribuda no ambiente e difusa, sendo projetada

    e instalada de forma a evitar ofuscamento, reflexos incmodos, sombras e contrates

    excessivos (ATLAS, 2008).

    De acordo com Atlas (2008, p. 234), os nveis mnimos de iluminamento a serem observados

    nos locais de trabalho so os valores de iluminncias estabelecidas na NBR 5413, norma

    brasileira registrada no INMETRO.

    As medies dos nveis de iluminamentos devem ser feitos no campo de trabalho onde se

    realiza a tarefa visual, utilizando-se de luxmetro com fotoclula corrigida para a sensibilidade

    do olho humano e em funo do ngulo de incidncia.

    A anlise ergonmica de uma atividade nos mostra uma srie de elementos que esto

    relacionadas atividade do trabalhador, dependo da maneira que realizada esta relao,

    poder nos fornecer diversas conseqncias positivas ou negativas. Devendo ser observada e

    principalmente analisado como estas conseqncias se manifestam para os trabalhadores

  • 9

    (MONTEDO; SZNELWAR, 2008).

    A Portaria n 3.751, de 23.11.1990, publicada do Dirio Oficial da Unio de 26.11.1990,

    realizou a ultima alterao na Norma Regulamentadora - NR 17- Ergonomia, que visa

    estabelecer parmetros que possibilitem adaptao das condies de trabalho as

    caractersticas psicofisiolgicas dos trabalhadores, que consiga lhes proporcionar um mximo

    de conforto, segurana e desempenho eficiente (BRASIL, 1990).

    Um dos itens a serem abortados por esta Norma Regulamentadora que deve ser salientado

    referente s condies de trabalho a que os trabalhadores esto expostos, as quais devem ser

    adaptadas as caractersticas psicofisiolgicas do trabalhador e a natureza do trabalho a ser

    executado. Devendo ser identificado e respeitado os nveis mnimos e mximos de rudo,

    velocidade do ar, umidade relativa e iluminao que dependem da atividade a ser executada

    (ATLAS, 2008).

    4. Discusso dos resultados

    O ambiente analisado possui 19 luminrias (figura 2), sendo que 15 delas esto distribudas

    em 3 filas de 4 luminrias, 1 fila de 3 luminrias (simetricamente distribuda pela biblioteca,

    possuindo mais um adicional de 2 luminrias na rea de fichrio e mais 2 luminrias na sala

    de estudos, cada luminria possui 2 lmpadas fluorescentes com as seguintes especificaes: 1

    lmpada de 32W 127 Volts, modelo T8 de 66 90 lumens/watts, tamanho de 1,2 metros.

    Conforme figura 3, o lado A possui janelas com dimenses totais de 10 metros de

    comprimento por 0,50 metros de altura, localizadas a 2 metros do piso e a 1,325 metros dos

    lados D e B respectivamente.

    O lado C da sala possui janelas com dimenses totais de 12 metros de comprimento por 1,57

    metros de altura, localizadas a 1 metro do piso e a 0,325 metros dos lados D e B

    respectivamente.

    Os lados D e B no possuem janelas.

    Considerando a influncia da luz natural, os pontos cardeais so distribudos da seguinte

    forma, lado A oeste, lado B norte, lado C- leste e lado D- sul, ou seja, o sol ir nascer do

    lado C da biblioteca e se por do lado A.

    4.1 Anlise 1 -luz do ambiente natural com iluminao artificial as 10h.

    Realizaram-se as leituras nos lugares r1, r2, r3 e r4, para uma rea tpica central, e repetiu-se o

    procedimento nos locais r5, r6, r7 e r8, conforme figura 3, obtendo-se os seguintes resultados

    apresentados na Tabela 1:

    Ponto Iluminncia

    (lux)

    Distncia das paredes (cm)

    A B C D

    r1 520 270 - - 695

    r2 540 216 - - 695

    r3 420 162 - - 617

    r4 480 216 - - 617

    r5 580 - - 375 695

    r6 488 - - 430 695

    r7 500 - - 484 617

    r8 490 - - 430 617

    Tabela 1 Leituras realizadas com o luxmetro nos pontos r1, r2, r3, r4 r5, r6, r7 e r8

    Calculou-se a mdia das oito medies. Obtendo-se o valor de 502,25 lux, que o valor R.

  • 10

    Realizaram-se as leituras nos pontos q1, q2, q3 e q4, em duas meias reas tpicas, em cada

    lado do recinto, conforme Tabela 2:

    Ponto Iluminncia

    (lux)

    Distncia das paredes (cm)

    A B C D

    q1 234 27 - - 617

    q2 264 27 - - 695

    q3 282 - 463 27 -

    q4 355 - 386 27 -

    Tabela 2 Leituras realizadas com o luxmetro nos pontos q1, q2, q3 e q4

    Calculou-se a mdia das quatro medies. Obtendo-se o valor de 283,5 lux, que o valor Q.

    Realizaram-se as leituras nos quatro locais t1, t2, t3, e t4. Obtendo-se os seguintes resultados

    apresentados na Tabela 3:

    Ponto Iluminncia

    (lux)

    Distncia das paredes (cm)

    A B C D

    t1 195 270 - - 39

    t2 194 323 - - 39

    t3 533 - 39 375 -

    t4 364 - 39 321 -

    Taela 3 Leituras realizadas com o luxmetro nos pontos t1, t2, t3, e t4

    Calculou-se a mdia das quatro medies. Obtendo-se o valor de 321,5 lux, que o valor T.

    Realizaram-se as leituras nos dois lugares p1 e p2, nos dois cantos tpicos da sala. Conforme

    tabela 4:

    Ponto Iluminncia

    (lux)

    Distncia das paredes (cm)

    A B C D

    p1 284 27 39 - -

    p2 360 - - 27 39

    Tabela 4 Leituras realizadas com o luxmetro nos pontos p1 e p2

    Calculou-se a mdia das duas medies. Obtendo-se o valor de 322 lux , que o valor P.

    Com os valores de mdios de R, Q, T e P, jogando-se na frmula da iluminncia pode-se

    chegar a iluminncia mdia: onde N = nde luminrias por fila e M = n de filas (considerou-

    se tendo 4 filas e 4 luminrias por fila, visto que tinham 2 luminria estavam queimadas, ou

    seja das 19 luminrias existentes tinha-se 17 funcionando).

    Iluminncia Mdia = (R(N-1)(M-1) + Q(N-1) + T(M-1) + P)/(N*M) = 416,08 lux.

    Desta forma a iluminncia mdia desta sala s 10 horas da manha considerando a influencia

    da iluminao natural e a artificial de 416,08 lux.

    4.2 Anlise 2 - luz do ambiente natural com iluminao artificial apagada as 12h.

    Para as analises seguintes utilizaram-se os mesmos procedimentos e tabelas descritas

    anteriormente, onde realizou-se as leituras nos lugares r1, r2, r3 e r4, para uma rea tpica

    central, e repetiu-se o procedimento nos locais r5, r6, r7 e r8, conforme figura 3, calculando-

    se a mdia das oito medies, obtendo-se o valor de 64 lux, que o valor R.

    Realizaram-se as leituras nos lugares q1, q2, q3 e q4, em duas meias reas tpicas, em cada

    lado do recinto. Calculando-se a mdia das quatro medies. Obteve-se o valor de 63,13 lux,

    que o valor Q.

  • 11

    Realizaram-se as leituras nos quatro locais t1, t2, t3, e t4. Calculou-se a mdia das quatro

    medies. Obtendo-se o valor de 61,55 lux, que o valor T.

    Realizaram-se as leituras nos dois lugares p1 e p2, nos dois cantos tpicos da sala. Calculou-se

    a mdia das duas medies. Obtendo-se o valor de 114,5 lux , que o valor P.

    Com os valores de mdios de R, Q, T e P jogando-se na formula da iluminncia pode-se

    chegar a iluminncia mdia: onde N = nde luminrias por fila e M = n de filas (considerou-

    se tendo 4 filas e 4 luminrias por fila, visto que tinham 2 luminria estavam queimadas, ou

    seja das 19 luminrias existentes tinha-se 17 funcionando).

    Iluminncia Mdia = (R(N-1)(M-1) + Q(N-1) + T(M-1) + P)/(N*M) = 66,53 lux.

    Desta forma a iluminncia mdia desta sala s 12 horas da manha considerando somente a

    influencia da iluminao natural, ou seja, com a iluminao a artificial apagada, obteve-se o

    valor 66,53 lux.

    4.3 Anlise 3 - luz do ambiente natural com iluminao artificial as 15h.

    Continuando a coleta de dados, realizaram-se as leituras nos lugares r1, r2, r3 e r4, para uma

    rea tpica central, e repetiu-se o procedimento nos locais r5, r6, r7 e r8, conforme figura 3,

    calculou-se a mdia das oito medies. Obtendo-se o valor de 520,38 lux que o valor R.

    Realizaram-se as leituras nos lugares q1, q2, q3 e q4, em duas meias reas tpicas, em cada

    lado do recinto. Calculou-se a mdia das quatro medies. Obtendo-se o valor de 320 lux, que

    o valor Q.

    Realizaram-se as leituras nos quatro locais t1, t2, t3, e t4. Calculou-se a mdia das quatro

    medies. Obtendo-se o valor de 307 lux, que o valor T.

    Realizaram-se as leituras nos dois lugares p1 e p2, nos dois cantos tpicos da sala. Calculou-se

    a mdia das duas medies. Obtendo-se o valor de 239,5 lux , que o valor P.

    Com os valores de mdios de R, Q, T e P jogando-se na formula da iluminncia pode-se

    chegar a iluminncia mdia: onde N = n de luminrias por fila e M = n de filas (considerou-

    se tendo 4 filas e 4 luminrias por fila, visto que tinham 2 luminria estavam queimadas, ou

    seja das 19 luminrias existentes tinha-se 17 funcionando).

    Iluminncia Mdia = (R(N-1)(M-1) + Q(N-1) + T(M-1) + P)/(N*M) = 425,24 lux.

    Desta forma a iluminncia mdia desta sala s 15 horas da tarde, considerando com a

    iluminao artificial acessa, foi de 425,24 lux.

    4.4 Anlise 4 - iluminao artificial s 20h30min.

    Realizaram-se as leituras nos lugares r1, r2, r3 e r4, para uma rea tpica central, e repetiu-se o

    procedimento nos locais r5, r6, r7 e r8, conforme figura 3, calculou-se a mdia das oito

    medies. Obtendo-se o valor de 487,5 lux, que o valor R.

    Realizaram-se as leituras nos lugares q1, q2, q3 e q4, em duas meias reas tpicas, em cada

    lado do recinto. Calculou-se a mdia das quatro medies. Obtendo-se o valor de 259,25 lux,

    que o valor Q.

    Realizaram-se as leituras nos quatro locais t1, t2, t3, e t4. Calculou-se a mdia das quatro

    medies. Obtendo-se o valor de 285 lux, que o valor T.

  • 12

    Realizaram-se as leituras nos dois lugares p1 e p2 nos dois cantos tpicos da sala. Calculou-se

    a mdia das duas medies. Sendo o valor de 155,5 lux , que o valor P.

    Com os valores de mdios de R, Q, T e P jogando-se na formula da iluminncia, pode-se

    chegar a iluminncia mdia: onde N = nde luminrias por fila e M = n de filas (considerou-

    se tendo 4 filas e 4 luminrias por fila, visto que tinham 2 luminria estavam queimadas, ou

    seja das 19 luminrias existentes tinha-se 17 funcionando).

    Iluminncia Mdia = (R(N-1)(M-1) + Q(N-1) + T(M-1) + P)/(N*M) = 385,98 lux.

    Desta forma a iluminncia mdia desta sala as 20h30min considerando somente a iluminao

    artificial, foi de 385,98 lux.

    Os padres estabelecidos pela NBR 5413 Iluminncia de Interiores / ABNT Associao

    Brasileira de Normas Tcnicas 1992, nos diz que para uma Biblioteca deve-se ter a seguinte

    iluminncia mnima, mdia e mxima: 300-500-750 lux para sala de leitura, 200-300-500 lux

    para o recinto das estantes e de 200-300-500 lux para a rea de fichrio, sendo que o valor da

    iluminncia a ser utilizada ir depender da velocidade e preciso da tarefa; refletncia do

    fundo de trabalho e idade dos usurios.

    Sendo que de acordo com ABNT (1992, p.3), das trs iluminncias deve-se considerar o

    valor do meio, devendo este ser utilizado em todos os casos. Porem o valor mais alto deve

    ser utilizado quando a tarefa apresenta com refletncias e contrastes bastantes baixos, erros

    so de difcil correo, o trabalho visual critico, alta produtividade ou preciso so de

    grande importncia e a capacidade visual do observador esta abaixo da mdia.

    O valor mais baixo das trs iluminncias pode ser utilizado quando: de acordo com ABNT

    (1992, p. 3), a) refletncia ou contrastes so relativamente altos; b) a velocidade e/ ou

    preciso no so importantes; c) a tarefa executada ocasionalmente.

    No estudo de caso analisado utilizou-se a iluminnicia mnima visto que o pblico que

    freqenta a biblioteca possui uma faixa etria mdia de 19 anos e a atividade a ser executada

    a leitura, e a refletncia mdia.O procedimento de analise para saber qual valor de iluminncia

    (mximo, mdio e mnimo) a ser utilizada na anlise, conforme a NBR 5413, foi a seguinte:

    Primeiro passo: analisou-se cada caracterstica para determinar o seu peso (-1, 0 ou +1),

    conforme Tabela 17 Fatores determinantes da iluminncia adequada;

    Idade: -1 (inferior a 40 anos); Velocidade: - 1 (sem importncia); Refletncia: 0 (30 a 70%).

    Caractersticas da tarefa

    e do observador

    Peso

    -1 0 1

    Idade Inferior a 40 anos 40 a 55 anos Superior a 55 anos

    Velocidade Sem importncia Importante Crtca

    Refletncia do fundo da

    tarefa

    Superior a 70% 30 a 70% Inferior a 30%

    Fonte: ABNT (1992, p.2)

    Tabela 17 Fatores determinantes da iluminncia adequada

    Segundo passo: somou-se os trs valores encontrados, algebricamente, considerando o sinal,

    (-1;-1;0). Obtendo-se o valor de -2. De acordo com a norma, deve-se utilizar a iluminncia

  • 13

    inferior do grupo, quando o valor total for igual a -2 ou -3; a iluminncia superior, quando a

    soma for +2 ou +3; e a iluminncia mdia, nos outros casos.

    Como no estudo da iluminncia da biblioteca analisada o valor obtido foi -2, conforme a

    norma NBR 5413, para realizar a comparao das leituras obtidas com a norma vigente, deve-

    se utilizar a iluminncia inferior.

    Depois de realizado as leituras com o equipamento adequado encontrou-se as seguintes

    mdias de iluminncias:

    Anlise 1 416,08 lux - Luz do Ambiente natural com iluminao artificial as 10h.

    Anlise 2 66,53 lux - Luz do Ambiente natural com iluminao artificial apagada as 12h.

    Anlise 3 425,24 lux - Luz do Ambiente natural com iluminao artificial as 15h.

    Anlise 4 385,98 lux - Iluminao artificial as 20h30min.

    Pode-se observar, depois de realizado as coletas, que a iluminao natural pode ser utilizada

    para complementar a iluminao artificial existente no ambiente, sendo que da iluminao

    obtida durante o perodo diurno, Analise 1 e Analise 3, em torno de 66 lux (Anlise 2)

    proveniente da iluminao natural proporcionada pelas janelas localizadas no lados C e A da

    biblioteca.

    Verifica-se na Analise 4, realizada no perodo noturno, que a iluminncia mdia do ambiente

    fica em torno de 385,98 lux proporcionada pela iluminao artificial.

    Realizando uma comparao dos resultados obtidos com a norma vigente pode-se observar o

    seguinte: a norma nos diz que uma biblioteca deve possuir uma iluminncia mnima, media e

    mxima de 300-500-750 lux para sala de leitura, 200-300-500 lux para o recinto das estantes

    e de 200-300-500 lux para a rea de fichrio, ou seja considerando-se a iluminncia mdia

    obtida nas Anlise 1, 3 e 4, onde possuam pessoas no ambiente, obtm-se como menor valor

    o da Anlise 4 ( noite) com o valor de aproximadamente 385 lux que de acordo com a norma

    esta dentro dos padres aceitveis.

    Entretanto se considerarmos a iluminao local, ou seja, se separarmos por Sala de Leitura,

    Recinto das Estantes e Fichrio, conforme Figura 1, considerando a situao mais crtica que

    ocorre durante a noite e separarmos os pontos de coleta de dados por local, Figura 3, obtm-se

    os seguintes resultados:

    Sala de Leitura Pontos P1, T3, T4, Q1, Q2, R1, R2, R3, R4, R5, R6, R7 e R8;

    Recinto das Estantes Pontos P2, T1 e T2;

    Fichrio Pontos Q3 e Q4;

    Calculando-se as respectivas iluminncias mdias verifica-se que: Sala de Leitura - 413,69

    lux, Recinto das Estantes - 132,66 lux e Fichrio - 306 lux.

    Onde observar-se que a sala de Leitura e Fichrio ainda esto em conformidade com a norma,

    entretanto o Recinto das Estantes que obteve o valor de 132,66 lux esta abaixo do mnimo

    recomendado pela norma que de 200 lux, e isto pode ser explicado facilmente se

    observarmos a Figura 2 que mostra a distribuio das luminria na biblioteca.

    Onde se tem as estantes, que possuem uma altura mdia de 1,90 metros, alinhadas na

    horizontal e as luminrias distribudas na vertical. Tal problema de iluminao seria

    facilmente resolvido se fosse realizado uma adequao do Layout da biblioteca, colocando-se

  • 14

    as estantes de livros na vertical, mesmo sentido das luminrias. Outra alternativa seria

    readequar a distribuio das luminrias, distribuindo-as na horizontal, ficando alinhas com a

    posio das estantes.

    5. Concluses e recomendaes

    Com base nas medies realizadas verifica-se que as condies de iluminao da Biblioteca,

    quando se fala de iluminao mdia esta em conformidade com a legislao vigente.

    Entretanto quando se realiza uma anlise mais detalhada do local dividindo-o por setores

    (Sala de Leitura, Recinto das Estantes e Fichrio), os quais necessitam de nveis de

    iluminao especficas, pode-se observar que o setor Recinto das Estantes est em desacordo

    com a legislao vigente apresentando um valor de iluminncia abaixo dos 200 lux mnimo

    necessrio para a atividade a ser desenvolvida neste local.

    Este trabalho sugere que a iluminncia do setor de Fichrio seja projetada para atender a

    norma. Pois durante a organizao do layout da Biblioteca foi desconsiderado a posio das

    luminrias e das Estantes, visto que estas possuem uma altura de 1,90 metros influenciando na

    iluminao do ambiente.

    Ficando evidenciado atravs desta pesquisa o grande nmero de fatores que devem ser

    considerados durante o calculo luminotcnico de um ambiente, dentre estes o tipo de

    atividade a ser desenvolvida, idade dos trabalhadores/freqentadores, tipo de luminria,

    layout, entre outros.

    Devendo tais fatores ser considerados e analisados quando se realiza qualquer tipo de

    alterao no ambiente.

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