Verbetes Enciclopédicos: tabela e esquema

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Série Verbetes Enciclopédicos Diversidade de Linguagens no Ensino Médio Volume 5: Tabela e Esquema

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Série Verbetes EnciclopédicosDiversidade de Linguagens no Ensino Médio

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AngelA PAivA Dionisio (org.)

VerbetesenciclopédicosTabela e Esquema

Pipa ComunicaçãoRecife - 2013

Série Verbetes EnciclopédicosDiversidade de Linguagens no Ensino Médio

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CAPAKarla Vidal (Pipa Comunicação - http://www.pipacomunica.com.br/)

PROJETO GRÁFICO E DIAGRAMAçãOKarla Vidal e Augusto Noronha (Pipa Comunicação - http://www.pipacomunica.com.br/) EQUIPE PIBID LETRAS UFPE

Ágnes Christiane de SouzaAmanda Alves de OliveiraAndrea Silva MoraesAnne Caroline Araújo de LimaAngela Paiva DionisioBibiana Terra Soares CavalcantiCássia Fernanda de Oliveira CostaDaniella Duarte Ferraz Elilson Gomes do Nascimento Getulio Ferreira dos SantosHellayne Santiago de Azevedo

João Alberto Barbosa de Gusmão Juliana Serafi m dos Santos Larissa Ribeiro Didier Leila Janot de VasconcelosMagda Evania Vila Nova Maria de Lourdes Cavalcante Chaves Maria Medianeira de SouzaMariana Bandeira Alves FerreiraMaura Lins Dourado RodriguesRenata Maria da Silva FernandesSaulo Batista de Souza

O trabalho Série Verbetes Enciclopédicos - Diversidade de Linguagens no Ensino Médio de Angela Paiva Dionisio, PIBID Letras UFPE e Pipa Comunicação foi licenciado com uma Licença Creative Commons -

Atribuição-NãoComercial-SemDerivados 3.0 Não Adaptada.Com base no trabalho disponível em http://www.pibidletras.com.br/.

Podem estar disponíveis autorizações adicionais ao âmbito desta licença em http://www.pibidletras.com.br/.

Catalogação na publicação (CIP)Ficha catalográfi ca produzida pelo editor executivo

D592

Dionisio, Angela Paiva. Verbetes enciclopédicos: tabela e esquema / Angela Paiva Dionisio [org.]. - Recife: Pipa Comunicação, 2013. 59p. : Il.. (Série verbetes enciclopédicos: diversidade de linguagens no ensino médio) Inclui bibliografi a. ISBN 978-85-66530-07-0

1. Língua Portuguesa. 2. Gêneros Textuais. 3. Tabela. 4. Esquema. I. Título. II. Série.

400 CDD811.134.3 CDU

c.pc:05/14ajns

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO

REITORIAAnísio Brasileiro de Freitas Dourado

PRÓ-REITORIA PARA ASSUNTOS ACADÊMICOSAna Maria Santos Cabral

COORDENAÇÃO INSTITUCIONAL DO PIBID - UFPESérgio Ricardo Vieira Ramos

COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA DO PIBID - UFPEEleta Freire

CHEFIA DO DEPARTAMENTO DE LETRASJosé Alberto Miranda Poza

COORDENAÇÃO DO SUBPROJETO PIBID LETRAS - UFPEAngela Paiva Dionisio

GRADUANDOS PIBID LETRASÁgnes Christiane de Souza, Amanda Alves de Oliveira, Anne Caroline Araújo de Lima, Bibiana Terra Soares Cavalcanti, Cássia Fernanda de Oliveira Costa, Daniella Duarte Ferraz, Elilson Gomes do Nascimento, Hellayne Santiago de Azevedo, João Alberto Barbosa de Gusmão, Juliana Serafim dos Santos, Larissa Ribeiro Didier, Magda Evania Vila Nova, Maria de Lourdes Cavalcante Chaves, Mariana Bandeira Alves Ferreira, Renata Maria da Silva Fernandes

SUPERVISORES PIBID LETRASMaura Lins Dourado Rodrigues (Escola Diário de Pernambuco)Saulo Batista de Souza (Escola Senador Novaes Filho)

COLABORADORES PIBID LETRASAndréa Silva Moraes (Mestrado PG Letras-UFPE); Getulio Ferreira dos Santos (Graduação de Letras – UFPE); Leila Janot de Vasconcelos (Neuropsicóloga, pesquisadora – NIG UFPE); Maria Medianeira de Souza (Professora Departamento de Letras, pesquisadora – NIG UFPE)

TRADUÇÃO INGLÊS-PORTUGUÊS:Tradução: Larissa Cavalcanti (UFPE-FAFIRE) Supervisão da Tradução: Lúcia Bodeman (Cultura Inglesa)

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Tabela e Esquema

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Sumário

09 prefácio

Verbetes enciclopédicos: capturam a impermanência e ensinamMaria Auxiliadora Bezerra

13 ApreSentAção dA coleção

Verbetar: fazer Verbetes e organizá-los, eis o nosso desafio!Angela Paiva Dionisio

21 VerbeteS

23 esquema Mariana Bandeira Alves Ferreira Renata Maria da Silva Fernandes

39 tabela Bibiana Terra Soares Cavalcanti Maria de Lourdes Cavalcante Chaves

55 o temA em cenA...

57 transcrições

59 UmA pitAdA de hUmor

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— Prefácio —Verbetes enciclopédicos

!

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Verbetes enciclopédicos: capturam a impermanência e ensinam

A Série Verbetes Enciclopédicos apresenta, de for-ma clara, interativa e substancial, informações sobre gêneros multissemióticos, que são intrinsecamente dinâmicos, pois suas semioses estão em constante de-vir. São, por exemplo, diagramas, que se constituem de formatos variados; são mapas, que mudam de feição, segundo as representações que fazem da realidade; são linhas do tempo, que se apresentam horizontal ou ver-ticalmente, mas também em zigue-zague... Ou seja, são gêneros que se transformam, mas que se deixam capturar, sendo apresentadas, nos verbetes, suas possi-bilidades de configurações.

A leitura do verbete Desenho Anatômico nos faz lembrar o artista gráfico norte-americano Eric Drooker, que usa a técnica de raio X para representar os tipos hu-manos, como se estivessem sendo vistos por dentro. A leitura do verbete Mapa nos faz associá-lo ao livro El Hacedor, de Jorge Luis Borges, especificamente o tex-to Museo, que aborda a arte da cartografia, mostrando a impossibilidade de um mapa coincidir exatamente com o que ele representa.

Relacionando-a à educação formal, a Série Verbe-tes Enciclopédicos proporciona ao professor do Ensino Médio (mas também do segundo segmento do Ensi-no Fundamental) um trabalho de leitura, que não se

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restringe apenas ao professor de Língua Portuguesa. A seleção dos gêneros multissemióticos explorados aten-de a todas as áreas do conhecimento que constituem conteúdo curricular da Educação Básica: o desenho anatômico, o diagrama, o mapa, a linha do tempo, por exemplo, são gêneros que se materializam nos mate-riais didáticos com o intuito de mostrar conteúdos conceituais de Biologia, de Geografia, de História, de Literatura, de Química, de Artes Visuais, etc. e de con-tribuir para que os alunos desse nível de escolaridade os dominem, ampliando seu conhecimento enciclopé-dico e seu letramento multissemiótico tão necessário em nossa sociedade atual.

Mas essa Série não pode ser objeto de estudo ape-nas para o professor em serviço, ela também deve ser estudada em cursos de formação inicial ou continuada de professores. Se a habilidade de leitura dos mais va-riados tipos de textos e nas mais variadas linguagens é uma necessidade para alunos, saber como desenvolvê-la e trabalhá-la na escola também o é para os futuros professores. Assim, a série Verbetes Enciclopédicos se caracteriza como um material propício às práticas de ensino, aos estágios supervisionados, enfim, às ativida-des de ensinar como ensinar.

Vale ressaltar a interatividade dessa Série, que possibilita ao usuário o acesso a todos os exemplos re-tirados de vídeos que se encontram na web, bastando apenas estar conectado à internet e clicar no endereço eletrônico dado. Assim, a dinamicidade dos verbetes enciclopédicos favorece o acesso por parte dos alunos a textos de gêneros muito flexíveis e seu estudo.

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A imagem de verbetes construídos de forma está-tica dá lugar a uma outra que procura mostrar a vida do gênero textual nos variados domínios discursivos, dando aos alunos um conhecimento sistematizado desses gêneros e mostrando que é possível ensiná-los sem enrijecê-los.

maria auxiliadora bezerraUniversidade Federal de Campina Grande

Campina Grande, janeiro de 2013.

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— Vamos —verbetar

!

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Verbetar: fazer verbetes e organizá-los,

eis o nosso desafio!

Vamos verbetar! Esta foi a decisão tomada após algumas reuniões da equipe PIBID Letras UFPE, ao estudarmos gêneros textuais, investigando questões de avaliações de programas que buscam traçar perfis dos nossos alunos de educação básica, ao analisarmos manuais didáticos do ensino médio de disciplinas diversas e ao buscarmos respaldo teórico para defi-nições de alguns gêneros multissistêmicos recorrentes em diferentes áre-as de conhecimento no ensino fundamental e médio, tais como desenho anatômico, diagrama, fotografia, infográfico, linha do tempo, tabela. To-dos nós com um letramento mais formal podemos ler cada um deles, com certa facilidade, sem que isto nos cause entrave mais sério no processo de compreensão, certo? Porém, como sujeitos responsáveis pela elaboração de atividades didáticas que orientam a formação de leitores, precisamos nos apropriar melhor dos gêneros textuais que circulam em nosso con-texto educacional, em nosso dia a dia. Conhecer apenas não é suficiente e apropriação exige domínio! A tarefa não foi tão simples, como mostrare-mos no decorrer desta apresentação.

Voltando aos aspectos motivadores da nossa decisão em verbetar esta série Verbetes Enciclopédicos, uma situação bastante significativa foi vivenciada em uma das escolas estaduais recifenses nas quais estamos atuando. Durante a realização de um teste piloto, envolvendo a compre-ensão de enunciados com gêneros multissistêmicos, uma aluna não res-pondeu a uma questão, pois, segundo ela, não sabia o que era charge, termo que iniciava o enunciado da questão, transcrita abaixo (01). Não estamos, neste momento, questionando a elaboração do enunciado em si, mas alguns fatores merecem ser pensados, tais como (i) a importância

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Introdução

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da nomeação do gênero para o aluno-leitor e sua influência no momento de avaliação (não saber o significado do termo não poderia ser atenuado com a verificação ou a leitura do gênero em si? E no enunciado em análise a nomeação está equivocada, temos uma tirinha; jamais uma charge!); (ii) a não flexibilidade cognitiva do aluno-leitor para realizar tarefa solicitada, desistindo no primeiro entrave, o que nos revela, talvez, uma orientação metodológica de que é necessário conhecer o significado de cada palavra para entendermos o texto.

(01):Na charge, a arrogância do gato com relação ao comportamento alimentar da minhoca, do ponto de vista biológico:

(A) não se justifica, porque ambos, como consumidores, devem “cavar” diariamente o seu próprio alimento.(B) é justificável, visto que o felino possui função superior à da minhoca numa teia alimentar(C) não se justifica, porque ambos são consumidores primários em uma teia alimentar(D) é justificável, porque as minhocas, por se alimentarem de detritos, não participam das cadeias alimentares(E) é justificável, porque os vertebrados ocupam o topo das teias alimentares.ENEM, 2002, http://www.inep.gov.br/Acessado em 26/09/2011

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Paralelamente a observações como estas, constatamos também o uso crescente, ao longo dos anos, de gêneros multissistêmicos para o ensino de conteúdos e para situações de avaliação. Gráficos, tabelas, desenhos anatômicos, infográficos, mapas, histórias em quadrinhos, entre outros gêneros veiculados na mídia impressa e digital, simbolizam alguns dos gêneros textuais que migraram para o domínio educacional. Muitos des-tes gêneros são originalmente produzidos em outros domínios discursi-vos e estão inseridos em outros gêneros, tais como reportagens, relatórios do IBGE, da ONU, da UNESCO, do INMETRO; atlas do IBGE, do INPE.

Tomamos para nós, equipe PIBID Letras UFPE, o desafio de estu-darmos melhor alguns destes gêneros, especialmente aqueles que não são muito recorrentes para o ensino de leitura e de escrita nos materiais didáticos de língua materna. Isto se deve ao fato de um dos objetivos do projeto A Leitura de Linguagens Diversas ser compreender a natureza e as características dos textos multissistêmicos, com o objetivo principal de oferecer subsídio teórico-metodológico para o tratamento dos mesmos nas atividades de leitura em sala de aula. Decidimos, então, selecionar os gêneros. Usamos como critérios a recorrência de gêneros em áreas distintas de conteúdos curriculares, as dificuldades de leitura sinaliza-das nas situações de avaliação que realizamos com aproximadamente 200 alunos do primeiro ano do ensino médio de duas escolas recifenses, a não consciência do gênero pelos membros da equipe PIBID Letras, embora sejamos seus leitores. Chegamos, então, ao seguinte conjunto de gêne-ros: desenho anatômico, esquema, diagrama, fotografia, gráfico, infográ-fico, história em quadrinhos, linha do tempo, mapa e tabela. Os passos seguintes foram pesquisar sobre eles, pensar na organização da escrita dos verbetes, e, finalmente, verbetar! Eita, tarefa complicada!

Estes gêneros transitam por domínios discursivos e áreas de conhe-cimentos as mais diversas, ou seja, sob as mais diversas rubricas. A título de exemplificação, tomemos o termo diagrama no “Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa” e no “Dicionário de Comunicação”. Ambos tra-zem acepções para cinema, televisão, artes gráficas, música, informática,

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Introdução

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editoração. Tivemos que optar por desenvolver definições mais voltadas para a divulgação de informações, uma vez que o nosso interesse está nos usos destes gêneros com propósitos informativos, científicos. Então, es-colher a acepção foi o ponto de partida, mas isto não invalida a incursão pela história do gênero e sua tipologia. Mas, se definir é um ato discursivo cotidiano nosso, não significa que seja simples, não é, Zaqueu?

(02) Narradores de Javé: [00:11:30 – 00:12:16]para assistir: http://goo.gl/2g6de

ZAQUEU – Só que tem uma coisa: eles falaram lá que só tem validade esse trabalho se for assim... Científico.ARISTEU – Que coisa é científico, Zaqueu?ZAQUEU – Científico é... ó, é assim, como por exemplo... é... é que não pode ser as patacoadas mentirosas que ocês inventam! As patranha duvidosa que ocês gostam de dizer e contar.

Quando pensamos em verbetes, acessamos imediatamente nossa história de leitores de dicionário de línguas e os estudos de vocabulário. Não lembramos se tivemos uma professora como aquela existente nas memórias de Lygia Bojunga Nunes que “achava impossível a gente viver sem um dicionário perto”, mas certamente achamos em algum momento

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de nossas vidas que um dicionário era “exagero de papel”, “uma monta-nha de palavras desabando em cima da gente”, “uma letrinha supermiú-da de tanto quererem espremer mais quer-dizer-isso e mais quer-dizer-aquilo!”, “então, era só tirar a dúvida se tinha dois ss mesmo, ou se era um s em vez de um z, e pronto, eu fechava ele logo” (1995, p. 39, 41).

Ao trazermos o depoimento de Lygia Bojunga Nunes, queremos também trazer os nossos...

ler um verbete inteiro, olhar bem pra cara de uma palavra e ver se eu achava ela simpática ou não, e pensar se eu ia ficar me lembrando dela, e me perguntar se eu ia gostar de me encontrar com ela outra vez (quem sabe a gente podia ser companheira de um outro jogo, não precisava ser só programa de rádio, a gente podia até se juntar de novo pra fazer letra de samba. Já pensou?) – não. Não mesmo. Que-rer saber mais da vida daquela palavra era coisa que não me aconte-cia, ah, então tá, você tem um acento no a, e fim de papo: fechava o dicionário na cara dela (1995, p. 41).

Lygia começou a trabalhar para o rádio e para a TV, começou a es-crever livros “e foi nesse encontro com a Literatura que (Lygia) começou a ter curiosidade de ler um verbete inteiro, e de querer experimentar os caminhos que o dicionário (lhe) mostrava, conferindo uma palavra com outra (...)” (1995, p. 41). No meu caso, pesquisei sobre definições e adi-vinhações orais em interações conversacionais (DIONISIO, 1998; 2003), orientei dissertações sobre estudo do vocabulário e uso de dicionários em língua materna (LEAL, 2003; VIANA, 2003), escrevi uns poucos capítulos de livros sobre a abordagem de vocabulário/verbete na sala de aula (DIO-NISIO, 2002 [2010]). Mas assim como Lygia disse que deu “pra ficar tão contente com as (suas) (...) descobertas” (1995, p. 41), também comecei a me encantar com as mudanças trazidas para o estudo do vocabulário com Linguística de Texto, Linguística Aplicada e Teorias de Gênero!

Assim como Lygia, eu gostava “cada vez mais de assuntar: o texto que o dicionário usava pra dar exemplo de uma palavra, ah, que graça!

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Introdução

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eles pegaram uma marchinha de carnaval do Lamartine Babo pra mostrar que palhaço também quer dizer fantasia de palhaço, olha aí, ‘rasguei a minha fantasia, o meu palhaço cheio de laço e balão ...’ (quanta coisa eu ia poder imaginar lá na tal ilha lendo os versos dessa marchinha)” (NUNES, 1995, p.41, 42).

“Olha só pra isso!” (NUNES, 1995, p. 41), a equipe PIBID Letras pegou rápido o hábito de assuntar o tema do verbete em domínios discursivos diversos! Desenho anatômico em videoclipe de Madonna? Linha do Tempo na cabeleira dos Beatles? Diagrama usado como teaser de uma mostra de vídeo-dança?

Então, “as coisas científicas” de que iremos tratar nestes cinco pri-meiros volumes da Coleção Verbetes Enciclopédicos são:

a) Desenho anatômico e Diagrama (Volume 1)b) Linha do Tempo e Mapa (Volume 2)c) Fotografia e História em Quadrinhos (Volume 3)d) Gráfico e Infográfico (Volume 4)e) Esquema e Tabela (Volume 5)

Em 2002, quando escrevi a primeira versão do capítulo Verbete: um gênero além do dicionário, (DIONISIO, 2010, p. 136), achei bem interessante a metáfora criada por Hoey (2001:75), ao comparar a organização de dicio-nários, glossários, enciclopédias a colmeias, cujas propriedades seriam:

a) o significado não deriva de uma sequência, b) as unidades adjacentes não formam uma prosa contínua, c) não há um frame contextual, d) não há um autor individual,e) um componente pode ser usado sem referência aos demais, f) os componentes podem ser reimpressos ou reutilizados em trabalhos subsequentes, g) os componentes podem ser acrescentados, removidos ou alterados, h) muitos componentes podem servir à mesma função e i) há uma sequência alfabética, numérica ou temporal.

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Duas palavrinhas finais. Quando chegamos à versão que conside-ramos final dos nossos verbetes, recorremos a alguns colegas profissio-nais e professores de outras áreas, a coordenadores de outros PIBID da UFPE, solicitando suas colaborações como leitores críticos. Registramos aqui os nossos agradecimentos a Aldemir Dantas Barbosa, a Judith Ho-ffnagel, a Karla Vidal, a Marina Marcuschi, a Paulo Gileno Cysneiro, a Renê Montenegro, a Simone de Campos Reis. E para os nossos leitores, três dicas: as letras dos nossos verbetes não são miúdas, o nosso verbete é multissemiótico e a nossa escrita não é muito obediente às estruturas típicas do gênero...

Acredito que você, leitor, vai gostar de assuntar nossos verbetes enciclopédicos!

angela paiva dionisioRecife, dezembro de 2012.

RefeRências:

ABREU, Luis e CAFFÉ, Eliane. Narradores de Javé. São Paulo, Imprensa Oficial do Estado de São Paulo: Cultura – Fundação Padre Anchieta, 2004.

DIONISIO, Angela. Imagens na oralidade. Recife: UFPE (Tese), 1998.

DIONISIO, Angela. Definições na oralidade. IN: DIONISIO, A. & BESERRA, N. Tecendo textos, construindo experiências. Rio de Janeiro: Lucerna, 2003.

DIONISIO, Angela. Verbete: um gênero além do dicionário. In: DIONISIO, Angela, MACHADO, Anna Rachel, BEZERRA, Maria Auxiliadora (orgs.) Gêneros textuais e ensino. São Paulo: Parábola, 2010.

HOUAISS, Antônio e VILLAR, Mauro. Dicionário Houaiss da língua portuguesa. Rio de Janeiro: Agir, 2001.

LEAL, Audria. Os exercícios de vocabulário: o léxico no livro didático. Recife: UFPE (Dissertação), 2003.

NUNES, Lygia Bojunga. Livro: um encontro com Lygia Bojunga. Rio de Janeiro: Agir, 1995.

RABAÇA, Carlos e BARBOSA, Gustavo. Dicionário de comunicação. Rio de Janeiro: Editora Campus, 2001.

VIANA, Karine, O dicionário: do livro didático à sala de aula. Recife: UFPE (Dissertação), 2003.

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Verbetes

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Esquemamariana bandeira Alves ferreira

renata maria da Silva fernandes

(01): entenda como funcionou a operação do eSQUemA ilegal do mensalão. bom dia brasil, 23/10/2012

Fonte: http://g1.globo.com/bom-dia-brasil/noticia/2012/10/entenda-como-funcionou-operacao-do-esquema-ilegal-do-mensalao.html. Acessado em 04/10/2013

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Esquema

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“Ela falava coisas sobre o Planalto Central

Também magia e meditaçãoE o Eduardo ainda tava no esquemaEscola, cinema, clube, televisão”

(02): eduardo e mônica. Legião Urbana.Fonte: http://letras.mus.br/legiao-urbana/22497/Acessado em 01/12/12

Estar no esquema, fazer parte do esquema, fazer um esquema, seguir um esquema...mas de qual esquema estamos tratando? Qual a noção de esquema nos interessa? O esquema textual! Como, então, defini-lo?

esquema s.m. (1548) [Do lat. schema-atis, deriv. do gr. schema-atos] 1. “figura que dá uma representação simplificada e funcional de um objeto, um movimento, um processo etc.” (HOUAISS, 2009, p. 824) 2. “sinopse, resumo, esboço.” (FERREIRA, 2009, p. 816) 3. “sequência típica de eventos, ou o roteiro de um tipo particular de texto” (PERINI, 1988, p.13) 4. “linha diretriz seguida pelo autor no desenvolvimento de seu escrito; esse plano delimita um tema e estabelece a trajetória básica de sua apresentação, su-bordinando idéias, selecionando fatos e argumentos” (RUIZ, 1991, p. 43) 5. Produto de um texto-fonte oral ou escrito. 6. Representação verbal e/ou visual que se caracteriza por sua brevidade. No plano verbal, constitui-se através de sintagmas simples, enquanto que no plano visual se manifesta por meio de símbolos e/ou imagens, sendo que a conexão entre o verbal e o visual se concretiza através de linhas, setas, chaves, colchetes, etc.

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(03) esquemaFonte: MEURER, José Luiz; BONINI, Adair; MOTTA-ROTH, Désirée (2010, p. 215)

7. Esquemas e diagramas são comumente tratados como sinônimos, por possuírem características semelhantes como a presença de imagens, sím-bolos, palavras, linhas, setas, chaves e colchetes. 8. “o termo esquema é aplicado a certos tipos de diagramas”1 (HARRIS, 1999, p.344) sendo con-siderado uma subcategoria destes. 9. Os esquemas proporcionam uma maior agilidade na lembrança do texto integral, por conterem elementos chave do texto-fonte, que permite uma visibilidade geral do tema tratado. “Pelo esquema, pode-se atingir o todo numa única mirada.” (RUIZ, 1991, p. 43) 10. O esquema deve conter, apenas, conceitos fundamentais e ou-tros auxiliares, evitando-se os detalhes, caso contrário, perde uma de suas principais características que é a concisão. Classifi cação. Esquema de Se-tas ou Flechas, Esquema de Chavetas, Esquema de Subordinação, Esquema de Retângulos, Esquema de Ideias, Esquema Misto.

1. “The term schematic is applied to certain types of diagrams.”

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esquema

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Esquema de Setas ou Flechas caracteriza-se pela presença de setas e pode assumir a forma linear, horizontal ou vertical; piramidal; circular ou ainda; retangular.

(04) esquema de Setas ou flechas Fonte: REINALDO, Maria Augusta; MARCUSCHI, Beth; DIONISIO, Angela (2012, p. 107)

Esquema de Chavetas contém o sinal gráfi co chaves em forma linear-ho-rizontal, cuja função é concatenar ideias primárias a secundárias e assim sucessivamente.

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(05) esquema de chavetasFonte:MARCUSCHI, Luiz Antônio (2009, p.40)

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Esquema

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Esquema de Subordinação possui dois subtipos o Numerado e o de Letras. O Numerado configura-se por meio da enumeração de ideias, sendo que, o que diferencia as ideias principais das complementares são as sequências numéricas que devem ser de um tipo para as ideias principais e, de outro tipo para as ideias complementares.

1. Orações subordinadas substantivas

1.1 Subjetiva1.2 Objetiva Direta1.3 Objetiva Indireta1.4 Predicativa1.5 Completivas Nominais1.6 Apositivas

2. Orações subordinadas adjetivas

2.1 Restritiva2.2 Explicativa

(06) esquema de Subordinação/numerado (período composto por Subordinação)Fonte: Acervo Pessoal Renata Fernandes (2010)

O subtipo de Letras se assemelha ao Numerado e segue a mesma lógica hierárquica deste, a única coisa que os discriminam são as letras, que são utilizadas no lugar dos números.

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A. Ideia Primária

A.a. Ideia Secundária A.b. Ideia Secundária A.c. Ideia Secundária

B. Ideia Primária

B.a. Ideia SecundáriaB.b. Ideia Secundária

(07) esquema de Subordinação/ letrasFonte: Acervo Pessoal Renata Fernandes (2010)

O tipo Esquema de Retângulos constitui-se através de retângulos liga-dos por linhas e sua organização pode ser linear, horizontal ou vertical; piramidal; ou retangular.

(08) esquema de retângulos (questão extraída do enem 1999)Fonte: http://educaterra.terra.com.br/educacao/enem/provas/enem1999.pdfAcessado em 16/12/12

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esquema

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Esquema de Ideias, tipo mais confundido com o diagrama, possui uma ideia central e dela saem diversas linhas que têm a função de ligar a ideia fundamental às subordinadas, apresentando uma hierarquia.

(09) esquema de ideiasFonte: Acervo Pessoal Mariana Bandeira. (2011)

O último é o Esquema Misto que apresenta dois ou mais tipos de esquema.

(10) esquema mistoFonte: MARCUSCHI, Luiz Antônio (2008, p.85)

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Do ponto de vista da construção textual, Regina Dell’Isola, ao tratar o es-quema como um gênero textual produtivo no âmbito acadêmico, apresen-ta, numa visão metatextual, as seguintes definições, as quais se constituem orientações didáticas. Ressalte-se, aqui, que estão sinalizados esquemas tanto na perspectiva de autor como de leitor de textos.

ESQUEMA: o que é e como se faz.

Regina Dell’IsolaEsquema textual é

• o esqueleto de uma produção verbal;• a linha diretriz do texto

» identificada por meio de tópicos

em se que delimita(m) o(s) tema(s) abordado(s),onde se evidencia a trilha que conduziu o original,

» que orienta o leitor, dando-lhe a noção da sequência original.

• o plano seguido pelo autor do texto lido.

A função do esquema é

• definir o tema• hierarquizar as partes do todo • permitir a visão global do texto original

Regras para elaborar um esquema

• Fidelidade ao original• Identificação do tema central

» Destaque de

títulos e Subtítulos

• Simplicidade e clareza• Distribuição orgânica

» Subordinação de ideias e fatos relevantes

• Manutenção de paralelismo• Uniformidade de observações, gráficos e símbolos.

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esquema

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ESQUEMA: o que é e como se faz.

Regina Dell’Isola

ESQUEMA: o que é e como se faz.

Regina Dell’Isola

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ESQUEMA: o que é e como se faz.

Regina Dell’Isola

Tomemos para ilustrar a produção de esquema a partir da demonstração da organização hierárquica de um texto, ou seja, a organização das ideias num texto, o exemplo de Mônica Magalhães (2013, p.89-90).

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Márcia Mendonça classifi ca o esquema como um dos “gêneros de apoio à leitura” (2012, p. 64), justamente por esse caráter auxiliador, no sentido de ser um gênero facilitador da aprendizagem, uma vez que as palavras chave fazem com que exista uma visualização geral do tema tratado. Utili-zamos o esquema, por muitas vezes, de maneira involuntária, pois quando fazemos uma leitura atenta de um determinado texto, temos uma certa propensão a anotar as ideias primordiais, a fi m de que o essencial do texto seja guardado. O esquema é uma estratégia de leitura, haja vista que é um procedimento pontual que auxilia na compreensão do texto. É um gênero simples, na maioria das vezes, quanto à sua estrutura, entretanto requer uma leitura minuciosa, uma vez que as ideias mais signifi cativas devem estar em destaque, enquanto que ideias secundárias devem estar subordi-nadas a esta. Os esquemas, em avaliações, podem assumir outras caracte-rísticas, além da de resumir um texto-fonte. No ENEM, diversos esquemas aparecem com a função de complementar o texto escrito anteriormente, a fi m de facilitar a compreensão de uma ideia para o aluno.

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(11) esquema misto (questão extraída do enem 2001)Fonte: http://www.quimica.seed.pr.gov.br/arquivos/file/prova_amarela.pdf. Acessado em 16/12/12

Para fi nalizar, a história de um esquema-jogo (“Passe Adiante”) que tinha por fi nalidade mudar o mundo.

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Esquema

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“O filme “A corrente do bem” retrata a história de um professor e de seus alunos no início do ano letivo. Eugene Simonet é professor de Estudos Sociais e durante suas aulas fez um desafio aos seus alunos: deveriam desenvolver um trabalho com o objetivo de mudar o mundo. Era uma proposta que instigava uma participação mais ativa no mundo em que viviam para deixá-lo melhor. Todos trouxeram idéias, algumas até interessantes, outras nem tanto. A maior parte deles desenvolveu atividades sobre o meio ambiente, sem muita inovação.

Porém, um de seus alunos, Trevor McKinney se destaca criando um jogo, em que a pessoa, a cada favor recebido, tinha que retribuir para outras três pessoas, e assim sucessivamente. Seu trabalho tinha como base transformar a vida das pessoas, ou seja, mudar realmente o mundo. Foi chamado por ele de “Pay it forward”, traduzindo “Passe adiante”.

Eugene ficou surpreso com a idéia de Trevor e começou a discutir com os alunos, para colocá-la em prática em sala de aula e também na escola, não imaginando que ele iria concretizá-la na vida real. A princípio o desafio do aluno foi quase impossível de ser realizado, pois o seu trabalho era bem complicado, visto que dependia de muitas pessoas, conforme o gráfico que o aluno fez para explicá-lo para sua turma. Ele fez várias tentativas e teve muitas decepções na execução do projeto.

Um dia ao voltar para casa após a aula, Trevor resolveu ajudar a primeira pessoa que encontrasse no caminho, um homem (drogado) que estava procurando alimentos no lixo, e levou-o para casa dando-lhe o que comer e o que vestir.” (Egeslaine de Nez, 2011, p.300)

Fonte: http://www.fumec.br/revistas/index.php/paideia/article/viewfile/1286/867. Acessado em 12/01/2013

Vejamos a cena em que Trevor explica como seria o esquema:

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A Corrente do Bem (00:33:01 a 00:34:30)para assistir: http://goo.gl/0kjmhW

trevor McKinney: Esse sou eu. E aqui são três pessoas. Eu vou ajudá-las, mas tem que ser uma coisa bem grande. Uma coisa que elas não podem fazer sozinhas. Então eu faço por elas. E elas fazem para três pessoas. São nove. E eu faço mais três. Jerry: São vinte e... sete. Não sou bom em matemática, mas aumenta muito rápido, não é?alunos: Não vai dar certo!eugene simonet: Tá legal, tá legal, tá legal! Um pouco de articulação por favor!aluna: Eu acho uma boa ideia.eugene simonet: John?shawn: É idiotice.eugene simonet: Adam?adam: É o sistema de honra.shawn: As pessoas, elas burlam o sistema de honra.adam: E daí?trevor McKinney: Só porque você burla.eugene simonet: Trevor, parece que a turma acha que você teve uma ideia excessivamente utópica. Procure essa palavra num minuto.trevor McKinney: Como um mundo perfeito?eugene simonet: Ahamtrevor McKinney: E daí?eugene simonet: Daí que... O que o fez ter essa ideia?trevor McKinney: Porque...

Porque, porque ... para que elaboremos esquemas que sempre passem adiante os diversos tipos de conhecimentos!

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Esquema

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RefeRências:

CHARAUDEAU, Patrick; MAINGUENEAU. Dicionário de Análise do Discurso. Ed. Contexto. 2ª Ed.. São Paulo: 2008.

CUNHA, Antônio Geraldo da. Dicionário Etimológico Nova Fronteira da Língua Portuguesa. Ed. Nova Fronteira. 2ª Ed.. Rio de Janeiro: 1999.

FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Novo Dicionário Aurélio da Língua Portu-guesa. Ed. Positivo. 4ª Ed.. Curitiba: 2009.

HARRIS, Robert. L. Information Graphics: A comprehensive Illustrated Reference. Oxford University Press. New York, 1999.

HOUAISS, Antônio; VILLAR, Mauro de Salles. Dicionário Houaiss. Ed. Objetiva. 1ª Ed.. Rio de Janeiro: 2009.

MARCUSCHI, Luiz Atônio. Produção Textual, Análise de Gêneros e Compreensão. Ed. Parábola. São Paulo: 2008.

MENDONÇA, Márcia. Letramentos no ensino médio. Ed. Parábola. São Paulo: 2012.

MEURER, J. L.; BONINI, Adair; MOTTA-ROTH. Gêneros teorias, métodos, debates. Ed. Parábola. São Paulo: 2010.

PERINI, Mário Alberto. Expressões Linguísticas e a noção de “Esquema”. Campi-nas, n. 14, p. 13-25, 1988.

REINALDO, Maria Augusta; MARCUSCHI, Beth; DIONISIO, Angela. Gêneros textuais: práticas de pesquisa e práticas de ensino. Editora Universitária. Recife, 2012.

RUIZ, João Álvaro. Metodologia Cientifíca: Guia para a eficiência nos estudos. Ed. Atlas. 3ª Ed.. São Paulo: 1991.

RAUEN, Margarida Gandara. A Teoria do Esquema: estendendo a compreensão do discurso além da Pragmática. Curitiba, n. 37, p 5-9, 1988.

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Tabelabibiana terra Soares cavalcanti

maria de lourdes cavalcante chaves

Em que dia e de que mês você está lendo este texto? Onde você vai buscar estas informações, obviamente num calendário, quer seja um calendário impresso (01) quer seja digital (02), não é?

(01) calendário personalizadoFonte: Acervo pessoal Angela Dionisio

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(02) calendário na tela de um telefone digitalFonte: Acervo pessoal Daniella Duarte

Você já parou para pensar como seria a organização das nossas vidas se ninguém tivesse tido a brilhante ideia de inventar o calendário? Mas qual a relação do calendário com a tabela? O calendário é uma tabela! É uma das formas mais simples de tabela! Os calendários possuem uma característica de organização textual semelhante ao texto linguístico, ou seja, a informa-ção flui de uma linha para outra. (Harris, 1999, p. 388).

Quando pensamos em tabelas, lembramo-nos de várias ações do nosso cotidiano em que elas estão presentes! Tantas e quantas vezes nós utili-zamos e consultamos uma tabela sem nos darmos conta do gênero, sem percebermos este facilitador instrumento da linguagem... A tabela é uma ferramenta de objetivar dados, de facilitar o repasse de informações. Mas há uma tabela da qual todos se lembram: a tabela periódica”! Não vamos

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reproduzi-la aqui, mas vamos trazer outra que foi inspirada nela, como a A tabela periódica do Rock and Roll, criada por Sanches Junior (03)!

(03) tabela periódica do rock and roll. ilustração de Sanches Junior.Fonte: http://comunicadores.info/2012/07/13/dia-mundial-do-rock-tabela-periodica-do-heavy-metal. Acessado em 27 de 01 de 2014

Agora imagine o seguinte cenário: amigos, um jogo de sinuca e um pe-queno quadro negro para a contagem de pontos de todos que estão jo-gando – a primeira coisa que construímos no quadrinho é uma “tabeli-nha” para ninguém trapacear! E a famosa tabela do Brasileirão? O que seria dos loucos por futebol sem uma consultinha para averiguar a situa-ção do time do coração? E se for em períodos de Copa do Mundo, então, precisamos de uma boa tabela (04)!

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(04) tabela da copa do mundo.Ilustração: Karla Vidal

Expressões populares com referência à tabela também nos acompanham, pois é comum ouvirmos “estou (caindo) pelas tabelas!”, quando estamos cansados, esgotados, etc. Esta é uma expressão que faz alusão à referida ta-bela do futebol na qual os times sobem e caem de posição. Chico Buarque, na canção “Pelas tabelas” (05), enfatiza este traço semântico da palavra tabela:

Ando com a minha cabeça já pelas tabelas Claro que ninguém se toca com minha aflição

Quando vi todo mundo na rua de blusa amarela Eu achei que era ela puxando um cordão

(...) Minha cabeça rolando no Maracanã

Quando vi a galera aplaudindo de pé as tabelas Eu jurei que era ela que vinha chegando

Com minha cabeça já numa baixela...

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(02) trecho da música “pelas tabelas” de chico buarque de holanda, 1984 Fonte: http://www.youtube.com/watch?v=dtbz95uvbn8. Acessado em 30/11/2012

Mas é a tabela que nos interessa aqui neste verbete. Vamos verbetar? Isto é, escrever um verbete sobre o gênero textual tabela? Ou seria sobre quadro? Tabela e quadro são o mesmo gênero? Às vezes, tabela e quadro são consi-derados a mesma coisa, o mesmo gênero. Às vezes, a distinção se dá apenas no tipo de informação: a tabela apresenta informações numéricas e o qua-dro informações não numéricas. Para Pereira (2013, p. 276), além de tabela e quadro, outro gênero que também entra nesta confusão de conceitos, é a figura. Resumidamente, o autor faz as seguintes distinções:

• Tabela: contém informações numéricas; as laterais da ta-bela são abertas; o título fica na parte superior• Quadro: textos dispostos de forma metódica expondo objetos ou fatos para serem apreciados em conjunto; o quadro contém informações escritas em células; as late-rais do quadro são fechadas; o título fica na parte superior• Figura: termo genérico para desenhos, fotografias, es-quemas, charges, gráficos; o título fica na parte inferior.

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Tabela

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tabela s. f. (1690) [Do latim Tabella, que significa “tábua de escrita”] 1. 1 “pequena tábua, quadro sistemático de consulta de dados onde se regis-tram preços, relação de pessoas etc. 1.1 escala que determina horários de trabalho ou serviço (...) 2 designação de coisas, quantias ou circunstân-cias, segundo determinado ordem, para registro, fixação ou recordação; rol, índice, catálogo, lista (...) 5. EST agrupamento coerente de cálculos elaborados previamente (...) 7 GRAF quadro composto de linhas e colunas que, separadas por filetes, formam caixas em que acham contidas palavras e algarismo” (HOUAISS, 2009, p. 2653); 2. 1 Quadro esquemático, forma-do por linhas e colunas, separadas por filetes, que formam casas nas quais estão contidas palavras e algarismos. Possui geralmente título, cabeçalho e, às vezes, legenda.” (RABAÇA e BARBOSA, 2001, p. 703). 3. “[Tabelas] são um dos melhores meios de se expor valores numéricos exatos. Elas apresentam os dados mais compactamente que sentenças. Auxiliam o lei-tor a fazer comparações e determinar como as coisas estão organizadas, observando a relação entre vários grupos de dados etc. São um dos meios mais convenientes para acúmulo de dados para consultas rápidas. São um excelente veículo para registro e comunicação de informações repetitivas (formulários). Organizam informações impossíveis de se expor em forma de gráficos. (HARRIS, 1999, p. 396).

Características de uma boa tabela

A funcionalidade de uma tabela resulta da observância de algumas carac-terísticas em sua elaboração, como destaca Pereira (2013, 276-277), que são (1) ser autoexplicativa, (ii) ser relevante; (iii) ter clareza, (iv) ter simplici-dade e concisão, (v) ter exatidão, (vi) ter objetividade e (vii) ter sequência lógica. O autor ainda salienta que “a boa tabela estimula o leitor a interpre-tar os dados, a efetuar comparações e tirar conclusões próprias” (PEREIRA, 2013, p. 277), mas requer a presença de comentários no texto no qual está inserida.

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para que servem tabelas?

De caráter condensador, a tabela sistematiza informações depositadas em um enunciado e dados com grande variação numérica. O intuito desse gênero é sintetizar informações de forma clara, condensando dados, e fa-cilitar a compreensão de um enunciado através de seus elementos compo-nentes que possuem função de otimizar o acesso às informações inseridas na tabela – linhas, colunas. Assim, “toda a tabela deve ter significação pró-pria, de modo a prescindir, quando isolada, de consultas ao texto” (GON-ÇALVES, 1969, p. 44).

elementos essenciais de uma tabela

Os elementos essenciais de uma tabela são: o título, onde se faz referência à origem dos dados; o corpo, que é o conjunto do cruzamento de linhas e colunas resultando em células; o cabeçalho, que serve de complemento ao título; e a coluna indicadora, onde é explicitado o conteúdo das colunas (06). Dentro dos elementos que compõem uma tabela, existem aqueles que são complementares, servindo para anexar dados importantes a ela, como a fonte, as notas e chamadas. A fonte aponta qual foi a organização responsável pela coleta dos dados ou de qual documento eles foram extraí-dos. Notas e chamadas são utilizadas para explicar o conteúdo da tabela: as notas são utilizadas para esclarecer algo de maneira geral, ou referem-se a informações específicas em relação a colunas, linhas ou células como uma espécie de nota de rodapé; as chamadas vinculam-se ao segundo caso, pois são os símbolos que remetem às notas específicas.

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(06) elementos de uma tabelaFonte: Letramentos no ensino médio, de Ana Lúcia Silva Souza, Ana Paula Corti, Márcia Mendonça. São Paulo: Parábola Editorial, 2012, p.18

Entre as especialidades de uma tabela, está o fato de que, a partir da sua disposição, pode-se montar um gráfi co com as informações nela contidas, inclusive há gráfi cos que são dispostos em formato tabular (HARRIS, 1999: p. 395). Alguns métodos e regras que são utilizados em tabelas servem para padronizar a comunicação através deste gênero e para ajudar o leitor a acompanhar visualmente os dados, bem como destacar algumas infor-mações da tabela (07). No seu estudo sobre tabelas no livro Information Graphics: A comprehensive Illustrated Reference, Harris (1999) diz que em uma tabela com fi nalidade de referência apenas, não se faz necessário o uso de métodos mais bem elaborados na sua construção, como linhas, sombreamentos ou caixas para enfatizar determinada informação:

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(07) tabela de calorias de fast foodsFonte: http://bebe.abril.com.br/materia/fast-food-sem-perigoAcessado em 30/11/2012.

As cores podem fi gurar na tabela de maneira signifi cativa. Ao invés de uti-lizar linhas de grade, utilizamos cores em tons mais fortes e mais fracos para dar ênfase a alguma informação ou para delimitar as linhas e colunas entre si, como se verifi ca em (08).

(08): demonstração do uso de variação das cores na tabelaFonte: http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/b/bc/tabela_clim%c3%A1tica_de_Jaciara.pnG. Acessado em 04/01/2013

Muitas vezes, são usados símbolos em tabelas, alguns por convenção, ou-tros para facilitar o entendimento e tornar os dados da tabela universais. Não precisa entender português para entender que, na tabela (09) abaixo, estão dispostas as fases da lua:

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(09): fases da luaFonte: http://astro.if.ufrgs.br/lua/lua.htm. Acessado em 29/11/2012

Optar por utilizar um gráfico ou uma tabela depende da natureza dos da-dos e do que se pretende evidenciar; numa tabela, mostram-se dados exa-tos, ao passo que em um gráfico, pode-se mostrar tendências sem valo-res precisos. Além disso, a tabela permite uma leitura mais detalhada dos dados, enquanto encontramos no gráfico a apreensão das informações de maneira mais rápida. Em nosso cotidiano, estamos sempre lidando com tabelas: ao lermos o quadro nutricional de uma embalagem de alimen-tos, ao abrimos um jornal e nos depararmos com a classificação dos times no campeonato brasileiro, ao usarmos o computador para fazermos uma planilha de gastos no programa Excel, consultando o calendário, ou ainda quando a usamos para organizar nossas atividades:

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(10): Quadro negroFonte: http://www.acasaqueaminhavoqueria.com/para-se-organizar-e-melhorar-a-cutes/. Acessado em 01/12/2012

A tabela permeia praticamente todos os livros didáticos da escola básica. Em Química, é usada no estudo dos elementos químicos sob a famosa es-trutura da Tabela Periódica e em Matemática, na área de Estatística.

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(11): tabela periódicaFonte: http://commons.wikimedia.org/wiki/file:periodic_table.png. Acesso em 01/10/12

Nas demais disciplinas, não encontramos a tabela como elemento didático fundamental, como nos exemplos supracitados, mas é amplamente utili-zada para a explanação dos assuntos e na realização das atividades avalia-tivas, como no Exame Nacional do Ensino Médio. A título de ilustração, segue uma questão retirada do ENEM 2008:

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(12): Questão do enem 2008Fonte: http://portal.inep.gov.br/web/enem/edicoes-anteriores Acessado em 13/01/2013

A presença da tabela no último exemplo citado, o contexto avaliativo em exames a nível nacional, como o ENEM, nos leva novamente ao ponto de partida: o leitor deve conhecer um gênero, seja qual for, para lidar devi-damente com ele em situações como essa. A tabela é um gênero que se propõe claro, objetivo e facilitador. No vídeo “Resolvendo questões com gráficos e tabelas”, podem ser encontradas orientações para a leitura destes dois gêneros que auxiliam na realização das questões do ENEM. Que tal conferir?

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(12): novo enem: leitura de gráficos e tabelasFonte: https://www.youtube.com/watch?v=v7ibeiDEG5sAcessado em 13/01/2013

Encerramos o nosso verbete com uma produção dos alunos das escolas conveniadas ao PIBID Letras UFPE, em Recife, ao encerramos o ano de 2012, na unidade Perfil do Leitor: a produção de um calendário! Boas lei-turas de tabelas!

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Tabela

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RefeRências:

FERREIRA, Aurélio B. de Hollanda. Novo Aurélio Século XXI: o dicionário da língua portuguesa. 3. ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1999.

GONÇALVES, Fernando Antonio. Técnicas de estatística: aplicadas as Ciências Sociais. Recife: UNICAP, 1969.

HARRIS, Robert L. Information Graphics: A comprehensive Illustrated Reference. Oxford University Press: New York, 1999.

IBGE. Normas de apresentação tabular. 3. ed.. Rio de Janeiro: IBGE, 1993.

PEREIRA, Maurício Gomes. Artigos Científicos: como redigir, publicar e avaliar. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan 2013.

PIANA, Clause Fátima de Brum; MACHADO, Amauri de Almeida; SELAU, Lisiane Priscila Roldão. Estatística Básica. Disponível em: http://minerva.ufpel.edu.br/~markus.stein/Apostila_EB.pdf. Acesso em 01 out 2012.

RABAÇA, Carlos Alberto; BARBOSA, Gustavo Guimarães. Dicionário de comunicação. Rio de Janeiro:Editora Campus, 2001.

SALLA, Fernanda. Gráficos e tabelas para organizar informações. Disponível em: http://revistaescola.abril.com.br/fundamental-1/graficos-tabelas-organizar-informacoes-646489.shtml?page=1 Acesso em 08 jan 2013.

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— o Tema —em cena

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Transcrições

A CORRENTE DO BEM. Direção de Mimi Leder. WARNER BROS, 2000.

TRANSCRIçãO DA CENA:

Trevor McKinney: Esse sou eu. E aqui são três pessoas. Eu vou ajudá-las, mas tem que ser uma coisa bem grande. Uma coisa que elas não podem fazer sozinhas. Então eu faço por elas. E elas fazem para três pessoas. São nove. E eu faço mais três. Jerry: São vinte e... sete. Não sou bom em ma-temática, mas aumenta muito rápido, não é?Alunos: Não vai dar certo!Eugene Simonet: Tá legal, tá legal, tá legal! Um pouco de articulação por favor!Aluna: Eu acho uma boa ideia.Eugene Simonet: John?Shawn: É idiotice.Eugene Simonet: Adam?Adam: É o sistema de honra.Shawn: As pessoas, elas burlam o sistema de honra.Adam: E daí?Trevor McKinney: Só porque você burla.Eugene Simonet: Trevor, parece que a turma acha que você teve uma ideia excessivamente utópica. Procure essa palavra num minuto.Trevor McKinney: Como um mundo perfei-to?Eugene Simonet: AhamTrevor McKinney: E daí?Eugene Simonet: Daí que... O que o fez ter essa ideia?Trevor McKinney: Porque...

Para assistir: http://goo.gl/0kjMhW

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— Uma PiTada de —humor

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fonte: Almanhaque 1949, Primeiro Semestre, ou, “Almanhaque d’A Manha, Aparício Torelly, o Barão de Itararé. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo; Imprensa Oficial do Estado, 2003. (Coleção Almanhaques do Barão de Itararé).

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comissÃo ediToriaL

Editores ExecutivosAugusto Noronha e Karla Vidal

Conselho EditorialAngela Paiva DionisioAntonio Carlos XavierCarmi Ferraz SantosCláudio Clécio Vidal EufrausinoClecio dos Santos Bunzen JúniorPedro Francisco Guedes do NascimentoRegina Lúcia Péret Dell’IsolaUbirajara de Lucena PereiraWagner Rodrigues Silva

Prefi xo Editorial: 66530

INFORMAçÕES GRÁFICAS

FORMATO: 210 x 297 mmTIPOLOGIA: Constantia / Myriad Pro

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