Ventilacao Mecanica Invasiva Em Pediatria e Neonatologia
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Ventilação Mecânica Invasiva em Pediatria e Neonatologia
1) Propriedades Mecânicas do Sistema Respiratório
TRABALHO RESPIRATÓRIO
RETRAÇÃO ELÁSTICA
COMPLACÊNCIA PULMONAR
RESISTÊNCIA PULMONAR
CONSTANTE DE TEMPO
PRESSÃO MÉDIA DA VIAS AÉREAS
Definição É a força necessária para
vencer a resistência e a
elasticidade
Tendência que os corpos elásticos
possuem em retornar a sua posição e ao
volume inicial
Variação do volume
pulmonar (DV) decorrente da
variação da pressão
pulmonar (DP)
Uma força que se opõe ao fluxo aéreo
Tempo necessário
para encher e esvaziar os
pulmões
É a associação de todas as pressões ao qual o paciente está submetido
mecanicamente
Fórmula________
LEI LA PLACEP = 2TS / R
C = DV / DP RVA = DP / O(Obs.: O =
fluxo)
Kt = C x RVA(Obs.: 1Kt =
0,12seg.)
PMVA = Ti x P.insp. + Te x PEEPTi + Te Ti + Te
Tipos
________ ________
*Complacência Pulmonar Estática =
capacidade de distensão
(elasticidade)*Complacência
Pulmonar Dinâmica =
força de retração elástica
dos pulmões
________
3 a 5 seg. daKt acomoda 65%
Até 10cmH2O
Fisiologia Respiratória
*A maior parte do trabalho
respiratório é necessário para
*A Força de retração
pulmonar e da caixa torácica
A complacência da caixa torácica em neo. e ped. é elevada, pois
Os neo. e ped. possuem
aumento do comprimento
T.exp. aumentadodevido a retração
vence de VAr a resistência e a complacência
do pulmão e da caixa torácica.
O recolhimento elástico ocorre na exp. então
não precisa ganhar dele.* Ocorre na
INSP.*Em ped. o
diafragma não apresenta força
de contração devido ser retificado.
impedem o colabamento
e/ou hiperinsuflação
da caixa torácica devido
a CRF – surfactante =
mantem ventilação pulmonar*A tensão superficial
existente entre a interface ar-
liquido na região acinar é
responsável pela retração
elástica pulmonar =
equilíbrio pelo surfactante
*Ocorre na EXP.
possuem costelas
cartilaginosas - facilitando a
expansibilidade
e diminuição do diâmetro
elástica
Fisiopatologia *Se aumenta a resistência, diminui a pressão,
portanto tem que aumentar a
tensão
O desequilíbrio da
complacência pulmonar e da caixa torácica
provocam sinais de desconforto
O tubo OTQ -Aumento da
CRF - provoca desconforto respiratório
Ex.: SARA = aumenta a P, diminui Ti e diminui o V
*O aumento da PMVA, diminui a hipoxemia, devido ao aumento da PEEP que mantem a pressão intra-
alveolar no final da exp*O aumento da PMVA pode estar
associado a lesões pulmonares por aumento das pressões
superficial para abrir os
alvéolos.*Se diminui a resistência,
aumenta tensão
superficial, portanto é necessário
aumentar a pressão para
abrir os alvéolos.
respiratório, sendo o ponto de fechamento das VA próximo aos alvéolos – diminui CRF
Exemplo
________ ________
*1Kt = 0,12 seg.
X3 seg.Ti = 0,36 seg.
*Doenças que comprometem a diminuição
da complacência
(ex.: SARA, pneumonia, SDRA e etc.), deixando o
pulmão rígido, a Kt será menor
PMVA superior a 10cmH2O em neon. Significa que ele está precisando de alto suporte
ventilatório.Ex.: Escape de ar
*Doenças que causam
obstrução (ex.: bronquiolite) a complacência
será maior, consequentemente a Kt será
maior.
2) Tubo traqueal pediátrico e neonatal
TUBO TRAQUEAL CUFFFunção - Impedir o vazamento de ar durante a VM;
- Assegurar a pressão positiva- Não aspirar material de VAS e conteúdo gástrico
Não recomendado ( <8 anos ) - Estreitamento da cartilagem cricóidea (região subglótica em relação a glótica)
Desvantagens - Vazamento de ar;- Despressurização pulmonar;
- Aspiração de material da laringe
Exemplos Por que a Brenda utiliza??Por que o Carlos utiliza??
3)Definição, Indicações, Objetivos e parametros da Ventilação Pulmonar Mecânica
DEFINIÇÃO OBJETIVOS INDICAÇÕES PARAMETROSA VM ou suporte ventilatório,
consiste em um método de suporte para o tto. de pctes. com
IRA ou crônica agudizada.
- Diminuir o trabalho respiratório- Melhorar troca gasosa-Reduzir consumo de O2
- Hipercapnia (Ph< 7,25)- PaCO2> 55 mmHg
-PaO2< 50 mmHg com FiO2> 50%- Apnéia com bradicardia
- Obstrução de VA-Distúrbio V/Q
- Parada Cardiorrespiratória- Fadiga ou falência do diafragma
- Doença neuromuscular- Rebaixamento do nível de consciência
- Instabilidade hemodinâmica
- FiO2: 21% a 60% - não tóxico(Concentração de O2 - responsável
pela saturação da Hb e ajuda a manter PaO2 adequada)
- Fluxo Insp.: Aumentado, diminui o tempo insp. / Diminuido,
aumenta o tempo insp. (Velocidade com a qual entra o ar
para o pcte.
- FR: Quantos ciclos resp. o pcte. vai realizar dentro de 1 min., este
parametro é conseq. do Tinsp. que depende do fluxo e do Texp.
- Texp.: Tempo em seg., que o pcte realiza a exp., este parametro
pode ser livre, onde o próprio pcte. realiza dentro do seu tempo
(assistida), ou de maneira controlada
VM = f x VC
Exemplos
4) Princípios da Ventilação Pulmonar Mecânica
Fases do Ciclo Ventilatório DISPARO FASE INSP. CICLAGEM FASE EXP.Fim da exp. e inicio da insp. Válvula insp. é aberta -
ocorrendo insuflação pulmonar
Mudança da fase insp. para exp.
Válvula exp. se abre e ocorre o recuo elástico
Modos - Tempo: Não necessita de drive respiratório
*Programação: FR
- Fluxo: Necessita de drive respiratório
*Programação: Sensibilidade (O aparelho
reconhece o deslocamento de fluxo positivo - diferença
entre fluxo insp. e exp.- fazendo com que a válvula
insp. seja aberta)
- Pressão: Necessita de drive respiratório.
*Programação: Sensibilidade (o aparelho irá reconhecer que houve uma pressão negativa gerada, e
essa pressão tem que chegar no limiar pré-determinado
do aparelho para ele liberar
- Tempo: Pressão controlada, quando chegar a
uma pressão pré determinada irá para fase
exp.
- Fluxo: Pressão suporte
- Pressão: BIRD MARK 7
- Volume: Volume controlado quando chegar
ao volume pré- determinado irá para fase exp.
os outros parâmetros ajustados)
***Obs.: Verificar o tempo de resposta do aparelho ajustado na sensibilidade
para não haver assincronia paciente- ventilador
5) Modalidades Ventilatórias
Modalidades Ventilatórias:
- Disparo :* Tempo
(controlado)*Pressão ou Fluxo (Modo assistido
controlado)
VENTILAÇÃO MANDATÓRIA COM
AC (ASSISTIDO CONTROLADO)
VENTILAÇÃO MANDATÓRIA
CONTÍNUA COM
IMV (VENTILAÇÃO MANDATÓRIA
INTERMITENTE)
SIMV (VENTILAÇÃO MANDATÓRIA INTERMITENTE SINCRONIZADA
COM
CPAP
Modos VOLUME CONTROLADO
PRESSÃO CONTROLADA
VOLUME CONTROLADO
Volume controlado: Limitado: fluxo
Ciclado: Volume***Programar:VC (ex.: 500ml)Fluxo (ex.:50)FR: (ex.: 12)
***Programar:VC
FluxoFR
Sensibilidade (fluxo ou pressão)
Pressão: controlada Limitada: Pressão
Disparo: FR (programada)
Ciclagem: Tempo (insp.)
***Programar:
- Fluxo contínuo (usada em neon.)
***Programar:Volume ou Pressão:
ControladaFR
***Programar:Volume: Controlado
FRFluxo
Sensibilidade (Fluxo - é mais sensível em
ped. ou pressão)
Ex.: A cada 5 seg. irá começar um novo ciclo resp., quando entrar todo o VC irá
para a ciclagem e começa a fase exp.
Ex.: Paciente com drive resp. gera
pressão negativa, e alcança o limiar da
sensibilidade do vent. ele irá receber os parametros pré-
determinado.
Ex.: Pcte. sem drive resp. o ventilador irá vent. de acordo com
a FR pré determinada.
Pinsp.Ti ou relação Ti/Te
FR
VC: depende do tempo e da pressão
insp.
Ex.: O aparelho esta programado para
seguir a FR entre os ciclos. O pcte irá
conseguir realizar a exp. sem necessitar
ativar a sensibilidade para receber o ar, pois o fluxo é contínuo. O
pcte irá fazer o próprio VC.
***assincronia: pcte-vent., devido a
FR espont.
Ex.: O pcte. faz força para insp. gerando o
VC. O vent. só irá trabalhar quando
chegar no inicio da janela para ter
certeza que este pulmão esta
ventilado caso o pcte. não insp
***sincronia: pcte.vent., prescida
sensibilidadeModo ASSISTIDO -
CONTROLADOPRESSÃO
CONTROLADA***Programar:
Pinsp.Ti ou relação TI/Te
FRSesibilidade (fluxo
ou pressão)
Ex.: Paciente com drive resp. gera
pressão negativa, e alcança o limiar da
sensibilidade do vent. ele irá receber
***Programar:Pressão: Controlada
FRFluxo
Sensibilidade (fluxo ou pressão)
Ex.: O pcte. faz força para insp. gerando a
pressão e o VC. O vent. só irá
trabalhar quando chegar no inicio da
os parametros pré-determinado.
Ex.: Pcte. sem drive resp. o ventilador irá vent. de acordo com a FR pré determinada.
janela para ter certeza que este
pulmão esta ventilado caso o pcte. não insp.
***sincronia: pcte.vent., prescida
sensibilidadeASSOCIADA A PRESSÃO DE
SUPORTEPS = 6 a 8 para
manter o volume bom (minimo -obs.: VC que esta sendo
realizado e o espontaneo)
1ºInsp.: Controlada. Depois espontânea. Quando chegar na próxima janela o
vent. da assistida, caso entre em
apnéia.
***sincronia: pcte.vent., prescida
sensibilidade
6) Umidificação e aquecimento das VA durante a ventilação mecânica
FUNÇÃO OBJETIVO CAUSAS (Inalação prolongada sem umidificação)VAA contribui para inalação de grande volume
de gás com baixa temperatura e pouca umidade, sendo mandatória a utilização de
sistemas de umidificação acoplados ao ramo insp. do circuito do VM
Propiciar a aclimatação do ar inspirado -Hipotermia-Espessamento das secreções brônquicas
- Destruição do epitélio das VA- Atelectasias
- Inflamação da parede da traquéia- Disfagia
- Estenose de laringe- Lesões das cordas vocais, cavidade oral e
traquéia- Obstrução
Tipos UAA (UMIDIFICADORES AQUOSAS AQUECIDOS) FTCU (FILTROS TROCADORES DE CALOR E UMIDADE)
Objetivo Promover o aquecimento e umidificação do ar inspirado pela passagem do mesmo por meio de uma câmara preenchida parcialmente por água
destilada aquecida.***Mais usado em ped.
São dispositivos adaptados entre VAA e o circuito do ventilador, sendo capazes de armazenar parte
do calor e do vapor d’água proveniente do ar exalado disponibilizando-os durante uma nova
insp.***Mais usado no transporte em ped. e em
adultosConsequências Frequentemente observa-se produção de grande
volume de condensado, aumento da incidência de pneumonia associada a volume, por
assincronia do paciente-ventilador, necessitando de energia elétrica e constante reabastecimento
de água
(>24h) Pode promover o aumento do trabalho respiratório, devido a maior resistência oferecida à passagem do gás inspirado, além das alterações da ventilação alveolar – facilidade de ter hipotermia
7) Complicações e Ventilação Mecânica
- Barotrauma
- Volutrauma
- Atelectotrauma
- Biotrauma
- Rheotrauma
- Endotrauma
8) Descontinuação da Ventilação Mecânica
DESMAME - DEFINIÇÃO
É a interrupção definitiva da
VMCRITÉRIOS CLÍNICOS
- Causa: resolvida
- Neurológico: *sem sedação*ativo/ reativo*AOE?(Obs.: Aplicar a escala de Glasgow)
-Respiratório: PO2/FiO2
**Parâmetros mínimos: *Pinsp.= 15*PEEP = 5*FiO2< = 30/40%*FR = 10
RX: *Observar a penetração, sendo bom quando consegue observar quase todas as vértebras torácicas;
* Olhar
-Gasometria: *pH: 7,35 – 7,45*PaCO2: 35 – 45*PaO2: 80 – 100*HCO3: 22 – 28*BE: +/- 2*SpO2: > 90%
-Instabilidade hemodinâmica:*FC = normalRN = = 70 / 125 / 1901 – 11 m. = 80 / 120 / 1601 – 2 a. = 80 / 110 / 1302 – 4 a. = 80/ 100 / 1204 – 6 a. = 75 / 100 / 1156 – 8 a. = 70 / 90 / 1108 – 10 a. = 70 / 90 / 110*PA = normal
- Hematológica***Hemograma: normal*Leucócitos (glóbulos brancos – células de defesa / aumento = Leucocitose / diminuição = Leucopenia)
posicionamento, comparando as clavículas;
*Procurar anxos na imagem;
*Cúpula diafragmática D. mais elevada por causa do fígado (fisiológico), porem se ela estiver abaixo da 9ª costelaeste pulmão pode estar hiperinsuflado, ela deve estar entre a oitava e a nona costela
- No pulmão:*Observar seio costofrênico, cardiofrênico, área card[iaca, mediastino.
*Sem o uso de drogas vasoativas
*Glóbulos vermelhos (hemácias / diminuição = anemia)*Linfócitos (aumento = pode ser viral)*Plaquetas (coagulação do sangue / diminuição = plaquetopenia = hemorragia em diferentes locais)*PCR (Indica quadro inflamatório/ infeccioso – processo bacteriano) = 5 – 6*Hemocultura (para ver se há crescimento bacteriano nas células – comum pedir em sepse para identificar a
Obs.: Tudo que é preto é ar, tudo que é branco é osso, e não tão branco é infiltrado, podendo ser alveolar = parece bolinha de algodãoIntersticial = imagem emaranhada
*No raio-x em perfil observar as duas cúpulas que devem aparecer.
*Canula de VMI deve estar entre T1 e T3, assim ela não extuba espontaneamente e não seletiva o pulmão direito,
bactéria causadora da patologia)*Hematócrito: normal
- Eletrólitos
mais fácil pela anatomia