Vendo Cristo nas Festas Bíblicas
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8/14/2019 Vendo Cristo nas Festas Bblicas
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SEMINRIO TEOLGICO BATISTA DO NORTE DE MINAS
Vendo Cristo nas Festas Bblicas
Trabalho apresentado disciplinaTipologia Bblica ministrada pelo professor Pr. Solom Diniz Cavalcanti,requisito parcial de avaliao do 1semestre letivo de 2007, referente ao 2ano do curso de Bacharel em Teologia.
Andr R. e S.
28/05/2007
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Vendo Cristo nas Festas Bblicas
Os hebreus celebravam vrias festas sagradas ao ano, chamadas de santas
convocaes a maioria delas se relacionavam com as atividades agrcolas e os
acontecimentos histricos da nao hebria, sendo institudas como parte da aliana do
Sinai( Ex.23.14-19). As festas eram celebradas com duplo propsito; de refletir sobre a
bondade de Deus e de recordar que os israelitas era o povo escolhido pelo Senhor. E, ao
analisarmos estas festas podemos notar que a figura de Cristo est presente em cada um
delas.
A Festa da Pscoa
A pscoa foi instituda em comemorao ao fim do cativeiro Egpcio. Um
cordeiro sem defeito era escolhido e no dcimo quarto dia do primeiro ms tarde seria
sacrificado, seu sangue era posto nas ombreiras das portas, e a noite sua carne era
assada e comida acompanhada apenas de po sem fermento e ervas amargas.
O Novo Testamento apresenta Jesus Cristo como nosso sacrifcio pascoal:
Cristo, nossa pscoa, foi sacrificado por ns. (I Co 5:7). Tendo em mente essa
simblica representao, podemos fazer a seguinte analogia:
- Na crucificao, nenhum dos ossos do corpo de Jesus foi quebrado (J 19:36), da
mesma forma na pscoa nenhum osso do cordeiro poderia ser quebrado (Ex12:46 e
Nm9:12).
- O cordeiro pascoal era morto no dia 14 do 1 ms , e comido no 15 dia (Ex 12:13),
Jesus morreu por ocasio da pscoa (J 19:14).
- O espargir do sangue do cordeiro significava um livramento de morte, pois onde havia
a marca do sangue do cordeiro, o anjo da morte no fez vitimas. Da mesma forma osangue de Jesus nos livra da condenao eterna (Rm 3:25).
- O sacrifcio deveria ser um cordeiro sem mcula (Ex12:3), e Jesus foi chamado por
Joo Batista de o Cordeiro de Deus (Jo 1:29).
- A carne do cordeiro deveria ser comida (Ex12:7), ns tambm devemos participar da
Sua carne atravs da Ceia do Senhor (Jo6:51).
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A Festa dos Pes Asmos
A festa dos Pes Asmos representava a consagrao do povo de Deus, tendo em
vista a sua redeno do Egito. O fermento simboliza o pecado por isso o po era feito
sem fermento para simbolizar o arrependimento, o repdio do pecado e a dedicao a
Deus. Todo fermento(pecado) tinha que ser removido da casa dos israelitas. Esta
Festa era realizada logo aps a Pscoa, nos ms 1 (Nis) ou o nosso ms de Abril,
durante sete dias, encorajando assim, cada participante a ir ao santurio e ofertar em
proporo ao que Deus o abenoara.
A Festa das Primcias
A Festa das Primcias requeria que as primeiras colheitas fossem oferecidas a
Deus. Os israelitas no podiam comer de sua colheita sem primeiro trazer essa oferta,
em reconhecimento do fato que o fruto da terra provinha do Senhor, e era celebrada em
conjunto com a Festa dos Pes Asmos. As Primcias era consagrada ao Senhor,
prenunciando que o crente deve consagrar ao Senhor a totalidade de sua vida.
Tambm podemos ver Jesus na Festa das Primcias, pois no dia 16 do 1 ms, o
dia seguinte ao sbado, as primcias eram apresentadas ao Senhor para que Ele as
aceitasse, do mesmo modo, Cristo morreu na sexta-feira tarde, e no dia depois do
sbado, Cristo as primcias, ressuscitou dos mortos. A morte dera lugar vida e a
primeira coisa que Jesus tinha a fazer era apresentar-se perante e Deus e ouvir que Seu
sacrifcio foi aceito.
A Festa de Pentecostes
O nome desse festival vem da palavra grega para "qinquagsimo". Era
celebrado no qinquagsimo dia depois da pscoa. Era uma festa da colheita que
celebrava o fim da colheita da cevada e o incio da colheita do trigo. No Velho
Testamento esse festival chamado de Shavuot (Semanas), chamado de As Festas das
Semanas (Ex 34:22; Dt 16:10) por causa das sete semanas depois da pscoa. Tambm
chamado de festa de sega (Ex 23:16) e dia das primcias (Nm 28:26). A festa dassemanas era um dos trs festivais peregrinos do Velho Testamento aonde as pessoas
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teriam que aparecer diante do Senhor com presentes e ofertas (Ex 23:14-17).
Tradicionalmente, a colheita de gros se estendia da pscoa quando o primeiro gro era
cortado (Deuteronmio 16:9), por volta de meados de abril, at o pentecostes que
terminava nos meados de junho.
Todo ano o sacerdote acenava com um molho das primcias de sua sega diante
do Senhor no dia depois do sbado durante a festa dos pes asmos (o perodo de sete
dias que seguia a pscoa). O povo ento contava cinqenta dias da oferta das primcias
at o dia depois do stimo sbado para ver a festa das semanas (Lv 23:11). Neste dia
duas bisnagas de po, feitas de dois dcimos de um efa de farinha e assados com
fermento, eram colocados diante do Senhor e ofertas de livre arbtrio eram encorajadas
(Dt 16:10). Essa festa da colheita era um tempo de grande alegria e de uma assemblia
santa onde nenhum tipo de trabalho era permitido (Lv 23:21; Dt 16:11). O pentecostes
mencionado pela primeira vez no Novo Testamento como sendo a ocasio do
derramamento do Esprito de Deus sobre os discpulos de Cristo, um evento que muitos
telogos consideram como sendo o incio da igreja (At 2:1). Como essa era uma festa
obrigatria, os judeus viajavam grandes distncias para se reunir para ver o pentecostes
em Jerusalm, fazendo dessa uma grande oportunidade para Deus fazer grandes coisas.
Hoje vemos o pentecostes como o derramamento do Esprito Santo, Jesus presente em
ns atravs de Seu Esprito, algo que foi dito pelo prprio Cristo (J 14:16-17 e 26,
15:26 e 16:7).
Festa das Trombetas
Acontecia no dia primeiro do stimo ms, sendo preparatria para o Dia da
Expiao, que era celebrada no dia dez do ms. Era uma solene chamada a todo Israel
para que se preparassem a fim de encontrar-se com o seu Deus. Anunciava-lhes que odia do juzo se aproximava, e para ele deviam se preparar. Era um misericordioso meio
de lembrar-lhes a necessidade de confisso e consagrao.
A Festa da Expiao
a coluna de todo o sistema sacrifical. Era particularmente especial para os
israelitas e nele obra alguma poderia ser realizada.
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O dia da expiao acontecia no dcimo dia do stimo ms, a preparao para
este dia comeava dez dias antes. O sumo-sacerdote seguia um rgido ritual de
preparao, para ento comear a executar sua funo.
No dia da expiao todos acordam cedo, ento o sumo-sacerdote recebe da
congregao dois bodes e um carneiro, os quais juntamente com sua prpria oferta pelo
pecado, um novilho, so apresentados perante o Senhor. Ele mata o novilho, que por si
mesmo, e um sacerdote apanha parte do sangue numa tigela, mexendo-o de modo a no
coagular, enquanto o sumo-sacerdote realiza outra parte do servio. Depois que o
novilho morto, o sumo-sacerdote toma as brasas do altar da oferta queimada, pondo-as
num incensrio. Enche tambm as mos de incenso e penetra no Tabernculo, e entra no
santssimo. A coloca o incensrio no propiciatrio, que a tampa da Arca da Aliana, e
a nuvem do incensrio cobrir o propiciatrio. E ento parte-se para outra parte da
cerimnia.
Antes de o novilho ser morto, houve outra cerimnia. Lanaram sortes sobre os
dois bodes, uma pelo Senhor e outra pelo bode emissrio. O bode sobre o qual caiu a
sorte pelo Senhor dever ser oferecido como expiao pelo pecado. O outro, chamado
agora de bode emissrio, dever ser apresentado vivo ao Senhor, para ento envia-lo ao
deserto. Toda a cerimnia pode ser dividida da seguinte maneira: expiao pelo
santurio, isto , pelas coisas santas; expiao por pessoas, sacerdote e povo.
Dessa forma esses sacrifcios traziam perdo dos pecados daqueles que se
arrependem deles e os confessam, acompanhado de reconciliao com Deus, atravs do
sacrifcio de uma vtima inocente. No AT a vtima era um animal, figura e smbolo do
Cristo crucificado, como exemplifica o apstolo Paulo em sua carta aos hebreus:
De fato, de acordo com a lei, quase tudo purificado com sangue. E, no
havendo derramamento de sangue, no h perdo de pecados. O sacrifcio de Cristo
tira os pecados. Essas coisas, que eram cpias das realidades celestiais, deviam ser
purificadas desse modo; mas as prprias coisas celestiais exigem sacrifcios bem
melhores. Cristo no entrou num Lugar Santo feito por seres humanos, que a cpia do
verdadeiro Lugar. Ele entrou no prprio cu, onde agora aparece na presena de Deus
para pedir em nosso favor. O Grande Sacerdote entra, todos os anos, no Lugar
Santssimo, levando consigo sangue de um animal. Porm Cristo no entrou para se
oferecer muitas vezes. Se fosse assim, ele teria de sofrer muitas vezes desde a criao
do mundo. Pelo contrrio, uma vez por todas ele apareceu agora, quando os tempos
esto chegando ao fim, para tirar os pecados por meio do sacrifcio de si mesmo. Cada
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pessoa tem de morrer uma vez s e depois ser julgada por Deus. Assim tambm Cristo
foi oferecido uma s vez em sacrifcio, para tirar os pecados de muitas pessoas. (Hb
9.22-28).
A Festa dos Tabernculos
A Festa dos Tabernculos era assim chamada porque durante a mesma semana, o
povo deixava suas casas e morava em cabanas ou tendas temporrias feitas de ramos de
rvores. Esse ato lembrava ao povo a bondade de Deus para com ele durante seus
quarenta anos no deserto, sem habitao permanente. Tambm era chamada Festa da
Colheita, porque ela comemorava o trmino da colheita dos frutos e nozes do vero,
sendo realizada no ms 7 (Tisri) ou o nosso ms de setembro.
De igual modo, ns somos peregrinos neste mundo, pois o Senhor disse que
deveria partir para nos preparar lugar junto ao Pai (Jo14:1-5). E estamos aguardando
Sua volta pois Ele vir nos buscar para morarmos na Cidade Santa, Jerusalm Espiritual
(Ap 21:2).
Bibliografia:
Enciclopdia e Bblia digital Ilumina Gold.
Bblia de Estudo Pentecostal, traduzida por Joo Ferreira de Almeida, Ediorevista e corrigido de 1995. CPAD.
Bblia de Estudo Aplicao Pessoal, traduzida por Joo Ferreira de Almeida,Edio revista e corrigida de 1995. CPAD.
ANDREASEN, M.L. O ritual do Santurio. Casa Santo Andr: So Paulo.