Velas Artesanais e Decorativas

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Fortaleza2012

Delano B. H. Souza

Produtor de

velas artesanaise decorativas

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©2012 by Edições Demócrito Rocha

Souza, Delano B. H.S729p Produtor de velas artesanais e decorativas /Delano B. H. Souza. - Fortaleza: Edições Demócrito Rocha; Instituto Centro

de Ensino Tecnológico, 2011. 56 p.: il. color. ISBN 978-85-7529-522-9

Produção - velas 2. Velas artesanais. I. Título.

CDU 665.14

Fundação Demócrito RochaPresidente: Luciana Dummar

Editora: Regina RibeiroCoordenação Editorial: Eloísa Maia Vidal

Coordenação Geral do Projeto: Francisco Fábio Castelo BrancoEditor de Design: Deglaucy Jorge Teixeira

Projeto Gráfico: Arlene HolandaCapa: Welton TravassosRevisão: Wilson P. Silva

Editoração Eletrônica: Welton TravassosCatalogação na fonte: Ana Kelly PereiraIlustrações: Eli Barbosa e Leonardo Filho

Fotos: Banco de Dados O POVO/Fábio Castelo

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Para aproveitar o máximodo curso você precisa

Durante as aulas

■ Prestar atenção ao que o instrutor explica e demonstra. ■ Pedir ao instrutor para explicar novamente, se não entendeu alguma coisa. ■ Fazer todas as atividades, para ver se você realmente aprendeu o que foi ensinado.■ Prestar muita atenção às aulas práticas. São elas que preparam o profissional

eficiente.

■ Ler tudo com atenção. ■ Se achar uma palavra difícil, não se preocupar. Marcar a palavra e perguntar o

que significa ao instrutor ou pesquisar num dicionário. ■ Procurar associar o que está escrito com as figuras existentes ao longo do texto.■ O instrutor está à sua disposição para tirar dúvidas; portanto, pergunte à vontade.

Esforce-se e aprenda!!!

Em casa

Aprende-se a fazer, fazendo...

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Sumário

Introdução .............................................................................................. 7

Lição 1

Implantação de uma fábrica de velas ................................................... 9

Lição 2

A importância da vela .......................................................................... 13

Lição 3

Moldes .................................................................................................. 19

Lição 4

Processo de produção de velas .......................................................... 23

Lição 5

Acabamento e Curiosidades ............................................................... 42

Lição 6

Especificações técnicas ...................................................................... 50

Lição 7

Embalagem, estocagem e rotulagem ................................................. 55

Referências .......................................................................................... 56

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Introdução

As velas são utilizadas com os mais variados fins e durante pelo menos dois mil anos, elas representaram a principal fonte de luz artificial. Hoje alem de ser destinadas normal-mente à iluminação são usadas também em decoração, fins cerimoniais ou comemorativos.

As religiões e principalmente o cristianismo deram muitas funções e usos às velas. Elas passaram a acompanhar toda a liturgia, toda a vida do cristão, como símbolo da fé, acesa desde o batismo até a unção dos enfermos.

Carmem Bandeira, 15.02.2005

Velas ornamentais natalinas, muito utilizadas nos lares brasileiros

As velas são confeccionadas a base de material com-bustível derivado do petróleo, gorduras de origem animal ou vegetal. Podem ser de ceras de origem animal ou vege-tal ou ainda resinas de origem vegetal ou sintética. Toda vela é dotada de pavio. Em épocas anteriores ao nasci-mento de Cristo já eram utilizadas velas rústicas obtidas de gordura e enroladas em cascas ou musgos.

Atualmente as velas são peças de parafina com pavio no eixo para que se possa acender. É uma fonte luminosa por-tátil, simples, que pode ser armazenada indefinidamente.

O objetivo deste Caderno é proporcionar conhecimentos básicos sobre a fabricação de velas. Nossa intenção é orien-

Musgo: vegetal, desprovido de caule e folhas, pertencente ao grupo dos briófitos.

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tar os futuros fabricantes de velas para a importância de seguir com dedicação e interesse todas as etapas de produ-ção. Assim, garantirão produtos de qualidade para serem comercializados.

Os conhecimentos que serão adquiridos através deste caderno poderão contribuir para você iniciar um pequeno negócio que possa proporcionar aumento da sua renda familiar.

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1LiçãoImplantação de uma fábrica de vela

O mercado consumidor desse produto é bastante abrangen-te, pois além das festas religiosas e dos rituais pagãos, as velas brancas, coloridas e perfumadas são usadas como enfeites de aniversários. O maior consumo de velas ocorre nos meses de novembro e dezembro, época de finados e final de ano. Em alguns países, como na França e na Bélgica, usa-se velas por ocasiões de jantares, mesmo os informais.

A vela é uma peça feita com parafina, com um pavio no eixo para que possa acendê-la, constituindo-se em fonte luminosa portátil e simples que pode ser armazenada inde-finitivamente.

Instalações e segurançaO local para fazer as velas deve ser arejado em virtude do forte cheiro que a parafina aquecida deixa no ambiente. Você não deve, por exemplo, fazer as velas em local próxi-mo à sua loja, pois as lojas são muito atraentes pelo agra-dável perfume das velas, porém, no local de fabricação predomina o cheiro de parafina.

Como o trabalho é artesanal, as maiorias das pessoas trabalham em casa em local bem arejado.

O piso deve ser de fácil limpeza, para facilitar a remoção da parafina. No mais, basta um fogão e uma mesa que você possa confeccionar velas artesanais e também uma fonte de água próxima à mesa de trabalho. Um cuidado que deve ser previsto é a instalação de um extintor de incêndio próximo ao fogão.

Procure trabalhar sempre com avental ou roupa velha e com luvas de proteção; as luvas usadas devem ser de ami-nanto e zinco, pois são as mais seguras.

Todo cuidado é pouco ao lidar com a parafina quente. Fazer velas exige muita atenção quanto ao ponto de ebuli-ção da parafina que, se atingir uma temperatura muito alta, pode se incendiar. Portanto, muito CUIDADO!

Como deve ser o local para produção

de velas?

Vela oval, um tipo muito comum

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O fogão deve ser, de preferência, o de quatro bocas, mas um fogareiro também dá para derreter a parafina. Procure proteger o fogão com papel alumínio, pois facilita a retirada da parafina, além de permitir o seu reaproveitamento.

Proteja também a mesa de trabalho, ou então trabalhe em superfícies que permitam a fácil remoção da parafina, como mármore, granito ou aço. O ideal é forrar a mesa com papel manteiga ou alumínio, pois estes permitem fácil remoção da parafina e seu reaproveitamento.

ComercializaçãoSe você pretende instalar uma loja, dê preferência aos locais onde circularm pessoas de bom nível cultural e eco-nômico. Perto de livrarias, lojas de decoração, loja de pro-dutos naturais, de presentes e outras. O importante é saber que o público alvo é o de classe média alta.

Você também pode comercializar suas velas juntamente com outros produtos afins tais como material de decora-ção, produtos naturais, presentes, em ocasiões especiais, para decorar a casa, ou mesmo pelo encantamento ao ver uma peça bonita e original. Uma época muito propícia é o final de ano, porém velas tem mercado o ano todo.

A decoração deve ser arrojada, para valorizar suas peças; quem compra velas tem muito bom gosto e valoriza um ambiente bonito e aconchegante. O encantamento é visível quando alguém observa uma vela seja pela beleza, originalidade ou perfume.

Você pode optar também por fornecer suas velas para lojas com afinidade com o produto ou mesmo alugar uma vitrine numa galeria ou loja.

Outra opção muito usada é deixar as velas em consig-nação em pontos comerciais distantes do seu para que elas fiquem conhecidas em vários pontos.

É importante criar uma marca que distinga bem suas velas e colocar a etiqueta na embalagem com o número do telefone.

Ao iniciar, é interessante que você comece com o mate-rial básico e treine bastante com alguns tipos de velas; aos

Onde devemos localizar uma loja para venda de velas?

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poucos é que você irá adquirindo segurança e desenvol-vendo seu próprio estilo.

Para colocar preço, você deve pesar a vela e, com base no custo da parafina; arredondar a sua conta para incluir o custo dos outros materiais. Some também o custo da eti-queta e da embalagem, achando assim o custo mínimo. A seguir, pesquise o preço do concorrente e estabeleça seu preço. A maioria dos empreendedores soma o custo do material e multiplica o resultado por dois caso seja para atacado; já para o consumidor, na venda a varejo, multipli-ca o resultado por três.

EquipamentosInstalar uma pequena fábrica de velas não exige grande investimento. Os equipamentos além do fogão, da mesa e um armário, são:

�Panela grande de alumínio para banho-maria. �Fôrma onde será colocada a água para banho-maria. �Panela pequena de alumíno. �Canecas de alumínio. �Moldes diversos que podem ser de alumínio. �Balança necessária para pesar a matéria-prima. �Arame de bronze usado para marcar o espaço onde será colocado o pavio após o endurecimento da parafina. Pode ser substituído por agulha de tricô ou espetinho de churrasco. �Termômetro na escala de 30 ºC a 200 ºC. �Chapa grossa de alumínio, importante para dar acaba-mento na base da vela. �Massa para calafetar, utilizada para selar moldes ou para tampar orifícios da parte inferior de alguns moldes. �Outros acessórios: tesoura; estilete; fita crepe; concha de alumínio; funil; alicate; copos e pratos descartáveis; papel alumínio; cola quente; pincéis; bandeja de plástico e luvas de alumínio.

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A panela para derreter parafina deve ser grande e alta para que não espirre água da fôrma dentro dela, pois se isto ocorrer vai frigir e pode queimar quem estiver perto.

A vasilha menor onde vai ficar a parafina deve ter um bico para facilitar o preenchimento da fôrma.

Vamos, a seguir, conhecer mais sobre o material básico utilizado no processo de produção.

Fábio Castelo, 21.10.2010

Equipamentos e utensílios usados para produção de velas

Resumo da lição

• O mercado consumidor de velas é bastante abrangente, pois além das festas religiosas e dos rituais pagãos, as velas brancas, coloridas e perfumadas são usadas como enfeites e em aniversários.

• A vela é uma peça feita com parafina, com um pavio no eixo para que possa acendê-lo.

• O local para fazer as velas deve ser arejado em virtude do forte cheiro que a parafina aquecida deixa no ambiente.

• A instalação de uma loja deve ser em locais onde circu-lam pessoas de bom nível cultural e econômico.

• A instalação de uma pequena fábrica de velas não exige grande investimento.

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A importância da vela

Desde que a humanidade surgiu sempre houve a preocupa-ção de como manter de forma artificial a luminosidade pro-porcionada pelo Sol e a vela foi um dos primeiros instru-mento utilizados para esta finalidade, desde a antiguidade.

Durante pelo menos dois mil anos, as velas representa-ram a principal fonte de luz artificial. Em épocas anteriores ao nascimento de Cristo já eram utilizadas velas rústicas obtidas de gordura e enroladas em cascas ou musgos.

Com o tempo a fabricação de velas foi se aperfeiçoando e já se fabricavam velas com sebo e cera de abelha fundidos e derramados em moldes, introduzindo-se o pavio no interior desses moldes.

Vela decoradas

O Cristianismo atribuiu muitas funções e usos às velas. Elas passaram a acompanhar toda a liturgia, toda a vida do cristão “enfeitando a vida, enfeitando a morte, como símbolo da fé, acesa desde o batismo até a unção dos enfermos". O uso de velas no culto foi uma das inovações trazidas por Constantino para a igreja, por volta do ano 320 depois de Cristo.

Em outras religiões ou ritos religiosos, as velas são tam-bém sempre usadas, utilizada como símbolo da devoção. Acende-se velas nos altares, nos oratórios, nos túmulos, nos

2Lição

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santuários, etc. Paga-se promessas com velas, faz-se pro-cissões de velas.

O mercado consumidor para velas é bastante abrangente uma vez que as velas brancas e coloridas são utilizadas também, para enfeites e aniversários, além das festas reli-giosas. O maior consumo de velas ocorre principalmente nos meses de novembro e dezembro, nos feriados de fina-dos e nas festas natalinas.

Alcides Freire, 15.02.2005

Velas ornamentais infantis

A comercialização desse produto poderá ser feita direta-mente na fábrica ou através de distribuidores, supermerca-dos e também por ambulantes.

Antigamente, em sua maior parte, as velas eram fabrica-das de cera de carnaúba. Nos dias de hoje, o processo de produção da parafina permite a obtenção de um material de elevado ponto de fusão, o que confere melhor qualidade à matéria-prima para fabricação de velas, sem a necessidade de adição de estearina. Com isso as velas tornaram-se

Qual a importância das religiões no mercado consumidor de velas?

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mais baratas e com maior poder de iluminação.

Constituição das velasVelas são peças de parafina com pavio no eixo para que se possa acender. É uma fonte luminosa portátil, simples, que pode ser armazenada indefinidamente,

As velas comuns encontradas em mercearias e super-mercados possuem uma numeração que se refere ao seu tamanho, relacionando comprimento “L” e diâmetro “0”. São observadas algumas diferenças entre fabricantes.

As velas ornamentais apresentam diversas característi-cas que variam conforme o formato, a cor e até a fragrância para perfumar o ambiente.

A velaExistem diferentes diferentes tipos de temperaturas para se trabalhar com a parafina. Se você desejar dar à vela um aspecto liso e brilhante dev usá-la numa temperatura mais alta entre 75 ºC a 100 ºC. Se o aspecto desejado for fosco, a temperatura ideal é de 40 ºC a 60 ºC. O cuidado básico é a atenção absoluta para que a vela não ultrapasse 150 ºC, pois ela pode se incendiar.

�Ponto de fusão da parafina: 60 ºC a 65 ºC �Vela lisa e brilhante - 75 ºC a 100 ºC �Vela fosca - 60 ºC a 65 ºC �Situação de perigo: 150 ºC

ParafinaA parafina é um sólido branco semelhante à cera, parcial-mente transparente que não tem cheiro e nem gosto.

A parafina é feita de uma mistura de frações de petróleo (mistura de hidrocarbonetos) de alto poder de ebulição. Portanto, é um produto de origem mineral e derrete-se à temperatura entre 32 ºC a 66 ºC.

As parafinas de menor ponto de fusão são mais moles e

Quais as finalidades da vela?

O que é parafina?

Velas perfumadasVelas perfumadas

Alcides Freire, 15.02.2005

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não prestam à fabricação de velas. As que apresentam maior ponto de fusão são mais duras e, portanto, mais apro-priadas para a produção de velas pois possuem melhores condições de desenformamento e condicionamento em temperaturas mais elevadas.

A matéria-prima é encontrada em tablete, comercializada pela Petrobrás ou Shell, com diferentes pontos de fusão, entre 44 ºC a 49 ºC ou entre 52 ºC a 56 ºC, sendo recomendada o de maior ponto de fusão para fabricação de velas.

A parafina é obtida a partir do refino do petróleo através da destilação fracionada e é executada com o auxílio de uma torre de fracionamento. A destilação fracionada baseia-se na dife-rença de volatilidade entre os vários componentes do petróleo.

O petróleo aquecido é introduzido próximo à base da torre de fracionamento. As moléculas menores (hidrocarbo-netos) com baixos pontos de ebulição vão para o topo da torre. Moléculas maiores não conseguem chegar ao topo, acumulando-se nos diversos níveis da coluna.

REFINAMENTO DO PETRÓLEO

FraçãoPonto de

ebulição / ºC

Composição química

aproximadaEmprego

Gases até 40 de C1 a C4 Gás combustível

Gasolina de 30 a 200 de C5 a C12 Combustível para motores

Querosene de 180 a 300 de C12 a C16Combustível paramotores a jato

Diesel de 300 a 350 de C16 a C18Combustível para motores a óleo diesel e fornalhas

Óleos de 300 a 400 de C18 a C25Óleos lubrificantes para superfícies em atrito

Parafina de 400 a 510 de C25 a C40Fabricação de velas e de papel parafinado

Resíduos acima de 510 acime de C40Piche, asfalto, impermeabili-zantes de madeira

OBS: C (Carbono)

EstearinaA estearina é adicionada à parafina para fazer com que ela se encolha e se solte facilmente da fôrma. A proporção ideal é de 100 gramas de estearina para cada quilo de parafina.

A parafina para velas não pode ser usada em

alimentos, cosméticos, remédios.

Volatilidade: refere à facilidade da substância

de passar do estado líquido ao estado de

vapor ou gasoso.

Enformamento:dar forma

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Usar óculos especiais para proteção dos olhos.

O seu uso na fabricação de velas é opcional.

Cera microA cera micro é o elemento nobre da mistura. Torna a queima mais lenta, realça a cor e promove mais dureza e brilho às velas. É um elemento endurecedor muito mais forte do que a estearina e a proporção ideal também é de 100 gramas por quilo de parafina.

CorantesOs corantes em pó ou anilinas são usadas para colorir a parafina. A quantidade usada dependerá da intensidade da cor e do efeito que você deseja. Vá colocando em pequenas quantidades por vez diretamente na parafina derretida.

PaviosOs pavios devem ser 100% algodão com diâmetro adequado ao tamanho da velha. Uma vela larga deve ter um pavio gros-so ou vários finos e uma vela estreita deve ter pavio fino. Existem dois formatos de pavios, cilíndrico e achatado, poden-do ou não ter fio de cobre no seu interior (alma de cobre).

Na confecção da vela o pavio tem papel fundamental

EssênciasAs essências de velas são feitas especialmente para serem adi-cionadas a parafina. São a base de óleo e devem ser adiciona-das a parafina derretida, quando esta estiver fora do fogo, em

Como fabricarvelas bonitas?

Se quiser uma vela com aspecto mais poroso ou marmorizado, não use a cera micro.

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temperatura abaixo de 75 ºC. Acima desta temperatura, ocorrerá a evaporação da essência.

A proporção da essência é de 30 a 50 mL, dependendo dela ser fraca ou forte, por quilo de parafina. Para fixar a essência, usa-se fixador próprio ou vaselina na porporção de uma colher de sopa por quilo de parafina.

Resumo da lição

• Durante pelo menos dois mil anos, as velas representa-ram a principal fonte de luz artificial.

• O Cristianismo deu muitas funções e usos às velas.• O mercado consumidor para velas é bastante abrangente.• Hoje as velas são feitas de parafina com pavio no eixo. • A parafina é um sólido branco semelhante a cera, parcial-

mente transparente, sem cheiro e nem gosto sendo feita de uma mistura de frações de petróleo.

• A estearina é usada como aditivo na parafina para facili-tar sua soltura da fôrma.

• A cera micro é um aditivo usado na parafina que torna a queima mais lenta, realça a cor e promove mais dureza e brilho às velas.

• Os pavios devem ser 100% algodão com diâmetro ade-quado ao tamanho da vela.

• As essências dão efeitos especiais às velas e são à base de óleo e deve ser adicionada a parafina derretida.

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Moldes

Moldes ou formas, são os nomes mais comuns dados às peças que tem como finalidade reproduzir objetos exata-mente iguais ao objeto do qual foi produzido. Os moldes são uma parte essencial do processo de fabricação das velas, pois é escolhendo o molde adequado que você terá mais facilidades em produzir velas decorativas.

Quase tudo serve para ser um molde, desde que seja seguro e não grude na parafina. Ele pode ser de metal, plás-tico, PVC, acrílico, madeira, estanho, gesso, silicone, papel e outros. Além das fôrmas tradicionais, podem ser usados embalagens de papel laminado, caixas de bebidas, latas, cascas de coco, de ovo e outros. Você pode também man-dar fazer moldes de madeira, de latão, etc.

Os moldes devem ser resistentes à temperatura de no mínimo 70 ºC para não sofrerem deformação e a parafina não pode passar de 70 ºC. Todo molde deve ser untado com vaselina líquida ou em pasta, ou mesmo óleo de cozinha, antes de receber a parafina quente. Este procedimento faci-lita a remoção da vela.

Moldes de embalagem de papel, em que se usa caixa reciclada de leite, são destruídos para retirar a vela, portanto não precisa ser unta-da. Já os moldes de gesso preci-sam ficar imersos em água por, pelo menos, uma hora antes de serem usados. Isso evitará proble-mas na hora de retirar a vela da forma, soltando facilmente. Antes de colocar a parafina nos moldes de gesso, seque-o com um papel macio (papel toalha).

As velas são uma cópia perfei-ta dos moldes. Vejam as foto das velas com motivos natalinos.

3Lição

Molde de caixa de leite, para confecção de vela.

Fábio Castelo, 14.07.2011

Qual a finalidadede serem untados

com vaselina líquida os moldes?

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Moldes em siliconeOs moldes de silicone podem ser personalizados e desen-volvidos a partir de fotos ou desenhos juntamente com as medidas, ideal para a reprodução de velas.

Os silicones são polímeros inorgânicos formados por um núcleo de silício e oxigênio(...–Si–O–Si–O–Si–O–...). Pela variação no tamanho dessa cadeia, é possível manipular as características do material que podem variar desde uma con-sistência totalmente sólida, até um líquido viscoso, quimica-mente inerte, resistente à decomposição pelo calor, água ou agentes oxidantes, além de ser bom isolante elétrico.

Suportando temperaturas que podem variar de -65 ºC a 400 ºC, o silicone é usado em inúmeros segmentos indus-triais sem perder suas características de permeabilidade, elasticidade e brilho. Quando incinerado, não provoca rea-ções químicas que possam gerar gases e poluir a atmosfera.

Uma das características do silicone é sua longevidade e compatibilidade com os meios de aplicação. Por ser inerte, não traz malefícios para o meio ambiente, não contamina o solo, nem a água, nem o ar.

Moldes em GessoO gesso pode ser usado como moldes para produção de velas, ele é conhecido a mais de 9.000 anos é uma substância, nor-malmente vendida na forma de um pó branco, produzida a partir do mineral gipsita (também denominada gesso), compos-to basicamente de sulfato de cálcio hidratado. Quando a gipsita é esmagada e calcinada, ela perde água, formando o gesso.

Existem muitas variedades de gesso, cada uma adapta-da a uma função de determinado trabalho: ceramista, fundi-dor, decorador, dentista, etc. Seca em pouco tempo, adqui-rindo sua forma definitiva em 8 a 12 minutos.

Moldes ou fôrmas em alumínioAs formas de alumínio pode ter modelos de cone, esféricas, tubu-lares redonda, quadrada, bola, estrela, retangular, entre outras. As fôrmas de alumínio não enferrujam, tem perfeição na forma, excelente durabilidade e resistem à temperatura mais elevada.

Após a retirada das velas os moldes são secos com papel absorvente e untados com vaselina.

A parafina e água não combinam.

Untado: lubrificado.

Polímeros inorgânicos:são substâncias químicas inorgânicos, naturais ou sintéticos de alto peso molecular formadas por muitas partes pequenas que se ligam por covalência, e são chamadas de monômeros (do grego, uma parte). A sua estrutura molecular é longa, de alta massa molar, ou seja, uma macromolécula.

Velas com motivos natalinos

Fábio Castelo, 07.10.2010

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As fôrmas de alumínio podem ser substituídas por mol-des confeccionados em chapas de flandres tratado (imper-meabilizado), também poderão ser produzidas em chapas galvanizadas que são um pouco mais caras, pois a chapa que utilizamos para esse trabalho tem o custo superior ao de flandres tratado.

Existem moldes de alumínio "comerciais" que se encon-tram em lojas da especialidade. Abaixo é mostrado a figura de fôrma construídas em alumínio, constituindo-se de perfil em “U” de abas iguais, barras chatas e tubo em “O”.

Fôrma para velas perfil lateral

FôrmasOs comprimentos das fôrmas, deverão ser iguais, para que se possa posicioná-las na estufa, independentemente da numeração das mesmas. Esa numeração é funçaõ dos diâ-metros e comprimento dos tubos.

Os tubos deverão estar enfileirados dois a dois.A parte inferior de fôrma é fechada com uma tampa de

chumbo vazada para permitir a passagem do pavio.Esta tampa é também responsável pelo formato da cabe-

ça das velas.

Tampa da fôrma para velas perfil superior

Quem é o responsável pelo

formato da cabeça das velas?

Flandre é um material revestido com estanho composto por ferro e aço com baixo teor de carbono.

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Cálculo para formaPara vela nº 3.Diâmetro - Ø = 1,3 cmComprimento - L = 130 mm

Ao longo do comprimento teremos:26 furos de 1,3 cm (dois a dois) = 33,8 cm25 espaços entre furos, de 1 cm cada = 25,0 cm2,5 x 2 cm para cada lado = 5,0 cm4 mm de espessura de tubo x 26 = 10,4 cmTOTAL = 74,2 cm

Então a fôrma terá 74,2 cm de comprimento total. Observe que o espaço entre os furos é muito grande, o que dará mar-gem a construir fôrmas para velas com maior diâmetro, dimi-nuindo-se a distância entre furos, permitindo a construção de fôrma do mesmo tamanho.

Resumo da lição

• Os moldes ou formas são essenciais na fabricação dos mais diversos modelos de velas.

• O molde pode ser de metal, plástico, PVC, acrílico, madeira, estanho, gesso, silicone, alumínio, papel, emba-lagem de papel laminado, caixas de bebidas, latas, cas-cas de coco, de ovo e outros.

• Os moldes ou fôrmas de alumínio pode ter vários mode-los e não enferrujam, tem perfeição na forma, excelente durabilidade e resistem à temperatura mais elevada.

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Processo de produção de velas

Na fabricação de velas nenhuma precaução especial é reque-rida embora não seja uma atividade manual de fácil execu-ção. A fabricação de velas artesanais oferece muitas oportu-nidades para o pequeno empreendedor. Para ter sucesso e ocupar um espaço diferenciado no mercado é preciso saber trabalhar com ou sem muitos recursos (equipamentos), e ter em mente que o principal é usar muita criatividade.

No manuseio dos moldes aquecidos, utilizar vestimentas de proteção apropriadas. Siga as normas industriais para a proteção dos olhos. Proteção respiratória não é requerida para uso em condições normais e com ventilação adequada.

Etapas de produção das velasO processo completo de produção dura, aproximadamente, 20 minutos. A máquina modeladora tem capacidade de pro-duzir de 24 a 408 velas em cada ciclo produtivo, dependen-do da bitola.

As sobras de parafina das máquinas e as peças defeitu-osa retornam ao tacho, sendo reaproveitadas nas etapas produtivas seguintes. As etapas do processo de fabricação consistem em:

�Aquecimento da parafina. �Transferência da parafina para o depósito de alimentação das máquinas modeladoras ou moldes. �Colocação do pavio. �Retirada dos moldes. �Corte do barbante. �Embalagem.

Preparação da parafinaNo processamento da velas, o primeiro passo é a prepara-ção da parafina. Geralmente, ela é preparada em grandes quantidades e, à medida que for esfriando, vai sendo esquentada ou mesmo derretida novamente.

Os métodos usados para derreter a parafina são vários.Você pode usar uma chapa ou fogareiro; mas o método mais

4Lição

As velas podem serrecobertas com verniz

acrilico brilhantea base de água,

desenvolvido paraenvernizar velas,

de secagem rápida.

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usado é o banho-maria que consiste manter em fogo baixo um recipiente com água em que se coloca um panela com a parafina. O fogão elétrico dispensa o banho-maria. Você pode usar uma chapa de amianto em cima do fogão, o que também dispensa o banho-maria.

Proteja a mesa com um tecido ou cobertor dobrado várias vezes para minimizar o impacto. Com uma talhadeira e um martelo, quebre o bloco de parafina em pedaços menores. Pese a quantidade desejada e coloque dentro da panela.

O cálculo varia de acordo com o molde: para um molde de 200 mL precisaremos de 180 g de parafina: Para saber quan-to vai precisar, encha com água o recipiente do molde esco-lhido, meça o conteúdo e faça o cálculo. Determine a quanti-dade de parafina e acrescente 10% de estearina e 5% de cera micro. Deixe derreter em banho-maria, por 20 a 30 minutos.

Não deixe a parafina muito tempo no fogo, pois além de perigoso, ela fica acinzentada e pode escurecer a vela. Após derretimento, adicione o corante e a essência escolhida.

Se aparecer bolhas significa que a massa esfriou antes de ser usada. Volte a aquecê-la em banho-maria até que as bolhas desapareçam.

O preparação do pavioO pavio pode ser comprado em casas especializadas em artigos para velas. Pode ser adquiridos em rolos ou pedaços de várias espessuras, porém, você pode produzi-lo em casa com barbante de algodão, ácido bórico, tesoura, parafina, água, vasilha pequena e palito de madeira.

O tamanho dos pavios varia muito, pois depende do tama-nho da vela. Vamos ao processo: numa vasilha pequena, misture 5,0 g de ácido bórico em 100 mL de água; mexa até que o ácido bórico se dissolva completamente. O ácido bórico é a substância que vai impedir que a vela libere fumaça preta ao se queimar. Em seguida, coloque os barbantes já cortados dentro da vasilha e deixe imerso por, no mínimo, quatro horas, após esse tempo, retire-os e deixe secar numa vasilha aberta.

Quando estiverem secos, eles devem ser mergulhados na parafina derretida sem estearina ou micro.

O ácido bórico deve ficar fora do alcance de crianças

e animais, pois é muito tóxico, sendo usado para

matar barata.

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Retire os pavios com auxílio de um garfo ou palito; aguar-de esfriar e estique-os bem; a seguir, leve-os para secar.

Meça o pavio na altura da fôrma e corte-o com a tesoura. Insira o pavio na fôrma e deixe uma ponta para fora. Prenda o pavio com a massa de calafetar.

A vela de sete dias tem um pavio especial de cobre que é colocado depois de ela estar pronta. Os tratamentos do pavio promovem uma melhor queima.

Grelha de sustentação do pavio

EquipamentosPara instalar uma pequena fábrica de velas não exige gran-de investimento. A seguir serão mostrados os equipamen-tos básicos necessários a produção de velas.Além do fogão, da mesa e um armário, você precisará de:

■ Panela grande de alumínio para banho-maria. ■ Panela grande e alta de alumínio com bico para facilitar o preenchimento dos moldes.

■ Canecas de alumínio. ■ Moldes diversos. ■ Balança necessária para medir a matéria-prima. ■ Arame de bronze; usado para marcar o espaço onde será colocado o pavio após o endurecimento da parafina; pode ser substituído por agulha de tricô ou espetinho de churrasco.

■ Termômetro na escala de 30 ºC a 200 ºC. ■ Chapa grossa de alumínio; importante para dar acabamento na base da vela.

■ Massa para calafetar; utilizada para selar moldes ou para tampar orifícios da parte inferior de alguns moldes.

■ Outros acessórios: tesoura; estilete; fita crepe; concha de alumínio, funil; alicate; copos e pratos descartáveis; papel

Calafetar: Significa obstruir uma passagem. O mesmo que, fechar, tapar e vedar.

Qual o objetivo de fazer o tratamento no pavio das velas?

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alumínio; cola quente; bandeja de plástico e luvas de alumí-nio e outros.A seguir serão mostrados as figuras dos equipamentos

utilizados na produção de velas.

Equipamento para produção de velas

Equipamentos para a produção de Velas

Por que devemos controlar a temperatura da parafina na produção de velas perfumadas?

A panela para derreter para-fina deve ser alta para que

não espirre água dentro dela, pois se isto ocorrer vai frigir e pode queimar

quem estiver perto.

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Equipamentos para a refrigeração

Modelagem das velasPara confeccionar uma vela, você deve seguir as seguintes etapas:1. Preparação do pavio.2. Enviar os pavios nas fôrmas com auxílio de uma agulha

feita com arame torcido com espessura que permite a passagem da mesma no molde.

3. No enformamento, derrame a parafina não muito aqueci-da, aproximadamente 70 ºC, nas fôrmas.Após o esfriamento, dá-se a contração da parafina, sendo

necessário completar o fundo da vela com parafina derretida.Antes do endurecimento total, proceder o corte do pavio

na base da vela e raspar o excesso de parafina com uma espátula.

Ligar o ventilador até que atinja a temperatura ambiente. A colocação das fôrmas neste ponto, em um refrigerador de balcão, fará soltar as velas com muita facilidade. Para o desenformamento das velas é ideal uma refrigeração do material enformado, durante 5 a 10 minutos, em temperatura abaixo de 0 ºC. O uso de refrigeração faz dispensar o uso de estearina.

Para a retirada das velas, usar um secador com extremi-dade de reflon com diâmetro de 12 mm.

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Estufa de resfriamentoA estufa de resfriamento deverá ser construída de compen-sado de 5 mm e o seu tamanho (comprimento) varia com a quantidade de fôrmas que se irá trabalhar.

Estufa de resfriamento

Preparação da vela pilotoA vela piloto é a vela básica e a primeira que vamos aprender por ser muito usada como base para velas com elementos tais como trigo, folhas, grão e outros. Ela será a parte central destas velas em que uma segunda camada com elementos será colocada. Ao se queimar, a vela piloto permite que a segunda camada com os elementos permaneça intacta.

Vamos conhecer o material necessário: �Parafina. �Cera micro ou estearina. �Pavio. �Fôrma de alumínio. �Palito de madeira. �Tesoura, fita crepe. �Vaselina líquida.

Vela piloto

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�Papel absorvente. �Massa de calafetar.Unte a fôrma com vaselina, em seguida passe o pavio no

fundo da fôrma e prenda-o com palito de madeira na boca da fôrma, centralizado. A seguir, vede o orifício com massa de calafetar e reforce a vedação com fita crepe. Esse procedi-mento será usado na fabricação de todas as velas.

A seguir, derreta a parafina com a cera micro ou esteari-na; use um termômetro para verificar se já está na tempera-tura ideal, o que ocorre em torno de 60 ºC e 65 ºC, não podendo ultrapassar 150 ºC, pois ela pode entrar em com-bustão e se incendiar.

Com o auxílio de uma concha, despeje a parafina quente com todo cuidado numa caneca de bico. Em seguida, des-peje na fôrma já preparada. A parafina leva cerca de uma hora para secar e endurecer dependendo do tamanho do molde e a temperatura ambiente. Quanto maior o molde mais demora a secar.

Velas básicas perfumadasPara fazermos à vela básica perfumada que, ao ser acesa, invade o ambiente com seu doce aroma desencadeando lem-branças e sensações muito agradáveis; além da parafina que estará obviamente presente em todas as técnicas, precisare-mos de:

�Prato descartável. �Papel absorvente. �Vaselina. �Essência de canela. �Fita crepe. �Anilina. �Essência. �Pavio. �Massa para calafetar. �Palito de madeira. �Tesoura. �Molde.Unte a fôrma e prepare-a como na vela anterior.

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Derreta a parafina com cera micro ou estearina e adicio-ne aos poucos corante usando um palito de churrasco. Coloque o corante aos poucos até atingir o tom desejado. Mexa até ficar bem homogêneo. Teste a cor colocando um pouco da parafina em um pires com água, pois depois que a parafina endurece, a cor fica mais escura.

Observe a temperatura ideal utilizando um termômetro. Lembre-se que para as velas perfumadas, a temperatura deve ser mais baixa para não evaporar a essência (em torno

de 75 °C). Nesta temperatura, a vela ficará lisa e brilhante sem evaporar o perfume.

Coloque a essência e a vaselina em pasta na parafina. Em seguida, despeje devagar a parafina quente na fôrma e aguarde secar.

Quando a parafina estiver compacta, porém ainda mole, formará uma leve depressão. Corte então o pavio rente à parafina e complete com um pouco mais de parafina. Faça isto quantas vezes forem necessárias até que a superfície fique nivelada.

Verifique se a vela já esfriou e secou; tire a massa de calafetar e a fita crepe do fundo da fôrma, e retire a vela. Ela deve ser embalada para ser comercializa-da e evitar que o seu perfume evapore.

Vela degradêEsta é uma vela de fácil confecção, porém muito apreciada. Você poderá fazer nos tons que desejar e o efeito é sempre muito bonito. Além da parafina já derretida, você irá precisar de:

�Pavio. �Fôrma. �Vaselina. �Palito de madeira. �Corante. �Massa para calafetar. �Fita crepe.Unte a fôrma e prepare-a como na vela anterior. Verifique

a temperatura da parafina já preparada e divida a parafina líquida preparada em três partes iguais. Adicione corante

Por que devemos controlar a tempera-tura da parafina na produção de velas perfumadas?

Vela perfumada

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aos poucos em quantidades diferentes em cada parte for-mando tons degradês. Mexa bem cada cor em separado até que a mistura fique bem homogênea. Teste as cores num pires com água. Só depois que a parafina endurece é que a cor aproxima-se do tom final da vela, porém, ainda é um tom aproximado.

Depois de colorir as três partes de parafina, despeje devagar a primeira cor na fôrma ocupando cerca de um terço do espaço; esta será a primeira camada. Aguarde o tempo de secagem entre as camadas, porém sem esperar secar totalmente, caso contrário, a segunda camada não adere à anterior. Portanto, espere secar, mas não muito.

Quando a última camada estiver compacta, porém ainda meio mole, formará uma leve depressão. Corte então o pavio rente à parafina e complete com um pouco mais de parafina; faça isto quantas vezes forem necessárias para que a superfície fique nivelada.

Vela texturizadaA vela texturizada é um banho de parafina que se dá na vela-piloto e a seguir, texturiza-se com um garfo provocando um efeito interessante e muito bonito. Você pode escolher a cor da sua preferência.

Para fazer esta vela precisaremos além da parafina pre-parada de:

�Vela piloto branca. �Palito de madeira. �Garfo. �Corante. �Prato com água para o teste de cor. �Fôrma para dar banho.Encha a fôrma com parafina preparada. Coloque aos pou-

cos a anilina marrom; mexa com o palito até chegar à cor desejada. Faça o teste para verificar o tom ideal. Adicione mais anilina se desejar. A cor só vem quando a parafina endu-rece, porém o tom é aproximado já que depende também da quantidade. Outro cuidado é manter a temperatura em torno de 65 °C. A seguir, dê o banho de parafina quente. Banhe de

Explique como é feita a vela

texturizada?

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três a quatro vezes até ficar bem coberta, escorra com cuida-do, colocando a seguir numa superfície plana e lisa.

Aguarde secar por uns cinco minutos. Esta parte que você vê em cima será o fundo da vela. Ao secar, vai se for-mando a cavidade que deve ser preenchida até que fique bem nivelada.

Vamos, a seguir, à texturização. Com um garfo, faça ris-cos longitudinais na vela, isto é, arranhe-a com o garfo de baixo para cima. Retire o excesso com a mão.

Finalmente, dê um rápido banho de parafina branca e quente para dar acabamento. Corte o pavio e está pronta a vela texturizada.

Vela mosaicoMaterial necessário

�Parafina. �Cera micro ou estearina. �Pavio. �Fôrma de alumínio ou de outro tipo. �Palito de madeira (churrasco/picolé). �Tesoura. �Fita crepe. �Vaselina líquida. �Papel absorvente. �Massa para calafetar. �Corantes. �Faca. �Chapa grossa de alumínio.

Para fazer os pedaços coloridos de parafinaDivida a parafina líquida em, no mínimo, três partes. Adicione corante aos poucos usando o palito de churrasco como dosa-dor, em quantidades diferentes para todas as partes, de acordo com a sua preferência. Cores diferentes devem ser utilizadas.

Mexa bem cada cor em separado até ficarem homogê-neas. Teste as cores num pires com água.

Despeje separadamente as parafinas coloridas em fôr-mas rasas pequenas de alumínio, e untadas, até a altura que a parafina atinja a espessura de cerca de 1 a 1,5 cm. Vela Mosaico

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Deixe esfriar até o ponto em que seja possível cortar em pequenos quadrados com a faca. Aguardar caso a parafina ainda esteja líquida, mas não deixar secar demais a ponto da faca não penetrar a parafina.

Retirar das fôrmas os pequenos cubos coloridos.

Confecção da velaUnte a fôrma e prepare-a como na vela anterior. Misture os cubinhos coloridos e preencha a fôrma até cerca de 1 cm da boca da fôrma com eles. Em seguida, despeje devagar a parafina a 70 ºC no interior da fôrma e deixe secar.

Quando a parafina estiver compacta, mas mole, formará uma leve depressão. Corte o pavio rente à parafina e com-plete com um pouco mais de parafina, quantas vezes necessárias até que a superfície fique nivelada.

O acabamento final é feito com chapa quente.

Vela queijo com pilotoAqui será usado o gelo para provocar na vela o efeito inte-ressante semelhante a um queijo. O material necessário além da parafina preparada:

�Vela piloto. �Palito de madeira. �Fôrma. �Vaselina. �Tesoura. �Papel absorvente. �Corante. �Fôrma de gelo de bolinha.Para esta técnica, você pode mandar fazer fôrmas com

chapa de zinco ou usar fôrma de PVC com o formato que você quiser. Porém ela precisa ser bem untada, senão a vela não sairá do molde.

Nesta técnica, será usada à vela piloto. Unte bem a fôrma e prepare-a como na vela anterior. Adicione corante à parafina quente. Mexa bem, teste a cor e verifique a temperatura que deva estar em torno de 60 ºC. Coloque o gelo bem quebradi-nho em ¼ da fôrma, arrumando-o em torno da vela piloto.

Em seguida despeje a parafina quente no interior da fôrma. Aguarde um pouco e coloque a parafina quente colo- Vela queijo

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rida. Aguarde secar por cerca de seis horas. Quando estiver quase no ponto, complete com um pouco mais de parafina para nivelar a vela.

Vela areia É impressionante a criatividade das pessoas ao criar velas, até a areia vira elemento de composição de peças muito originais. Além da parafina já preparada e colorida nos tons desejados, você precisa de:

�Cal. �Areia. �Peneira. �Moldes variados.

A parafina usada deve ser bem quente, em torno de 100 ºC, para que fique bem aderida à areia.

Faça uma mistura de areia e cal. Para cada quilo de areia, usa-se 100 gramas de cal, mas esta não é uma medi-da rígida. A cal tem função de clarear a areia dando um aspecto de areia do mar e também de ligar.

Peneire a areia para ficar bem fininha. Se você usar areia do mar, pode usar menor proporção de cal. Pode usar vários tipos de moldes e improvisar também usando a cria-tividade. Coe a cal e misture com areia e água para que o molde se fixe na areia com mais facilidade.

Pressione os moldes na areia com cuidado. Desta maneira, fazem os verdadeiros moldes das velas. Moldes de madeiras são muito bons para este trabalho e você pode mandar faze-los em marcenaria. Ela não pode ser perfumada em virtude da alta temperatura. Use funil, concha bem pequena ou bule para pre-encher os buracos na areia. Aguarde cerca de seis minutos e, quando a vela estiver num ponto possível de segurar o pavio, isto é, ainda meio mole, coloque-o centralizando bem e acabe de preencher.

Se precisar, use um palito para segurar o pavio. Você pode, se quiser, acabar de preencher com outra cor. Pode também fazer a primeira parte branca e a segunda, colori-da. Aguarde secagem, porém, não aguarde muito tempo, pois a areia começa a secar e a cair em cima da parafina sujando o trabalho.

Qual deve ser a temperatura da

parafina para produção da vela

areia?

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Vela com elementoUma das mais interessantes técnicas é esta que usa a cria-tividade e os mais diversos elementos para compor a vela. Utilizando uma vela piloto, você tem inúmeras opções para decorar sua vela, utilizando grãos diversos, flores e folhas secas, frutas desidratadas, especiarias como cravo, canela, girassol, bola de gude, etc.

Vela com elementos diversos, para enfeites

Material necessário �Velas pilotos de acordo com as fôrmas. �Corantes. �Fôrmas de tamanho variadas. �Folhas ou flores diversas. �Folhas desidratadas naturais ou tingimento. �Canela. �Trigo. �Café. �Maçã ou laranja. �Palito. �Grampo de cabelo.Unte a fôrma com vaselina e centralize a vela piloto.

Lembre-se toda vez que usar a vela piloto não é necessário usar fôrma com buraco embaixo. Prenda o pavio da vela piloto com palito de churrasco.

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Acabe de preparar a parafina, observando a cor e a tem-peratura que deve ser em torno de 75 a 80 ºC.

Se quiser, pode fazer vela com elementos usando para-fina colorida ou branca, porém use uma cor clara para real-çar os elementos.

Vela com elementos desidratados

Vela com flores, folhas e cascas desidratadasNa fôrma untada e já com a vela piloto, distribua as flores desi-

dratadas com cuidado. Centralize o pavio e coloque a para-fina líquida. Aguarde esfriar e retire da fôrma.

Esta é uma vela muito bonita e fica bem na cor branca ou amarela.

A mesma técnica é usada para fazer vela com flores do campo como à macela e camomila. Coloque a vela piloto; a seguir, preencha a fôrma com parafina líquida. Siga os mesmos passos já mostrados e você terá uma nova vela.

Você pode usar também canela. Quebre os paus da canela de acordo com sua preferência

vá colocando de acordo com o efeito desejado, pode-se usar também cravo, café e muitos outros

elementos. A técnica é a mesma com pequenas variações. Você pode colocar os elementos de acordo com sua criatividade.

Vela com flores e cascas desidratadas

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Use a parafina na temperatura de 75 a 80 ºC. Se quiser acrescentar essência, a temperatura deverá ser mais baixa em torno de 75 ºC. Se optar por colocar essência. Adicionar uma colher de vaselina em pasta ou fixador para fixar o per-fume e adicione uma colher de sopa de essência. A quanti-dade também vai depender da essência se fraca ou forte.

Outra observação é que no caso da vela piloto, a parte de cima será mesmo a parte de cima da vela, o contrário das outras, que precisam ser vedadas, em que a parte de baixo é que será a de cima.

Se você quiser pode dar a banho de água quente, ou de parafina ou mesmo passar a chama de maçarico nesta vela, para que ela fique mais transparente e possamos observar melhor os elementos no interior da vela.

Vela alveoladaAs velas alveoladas são preparadas com folhas de cera compradas em casas especializadas em artigos para vela ou em casa de artigo de apicultura.

Material necessário �Folha de cera alveolada na cor desejada. �Pavio. �Secador de cabelo.

Vela alveolada

Corte o pavio no tamanho desejado ou de acordo com a folha de cera alveolada. Ele deve ser um pouco maior que a folha. Enrole o pavio nesta folha que deve ser aquecida com

Como são prepara-das as velas alveo-

ladas?

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secador de cabelo, que é o que irá promover o amolecimen-to e a aderência ao enrolar a peça. Enrole com cuidado. Esta é uma bela vela simples de fazer e muito bonita.

Vela marmorizadaEsta vela, como o próprio nome indica tem o efeito marmo-rizado em virtude da técnica empregada.

Material necessário �Massa de calafetar e fita adesiva. �Elástico. �Pavio. �Corante. �Fôrma.Passe vaselina no interior do molde. Amarre com elástico

e calafete as juntas. Introduza o pavio. Corte e vede o fundo. Preparada a caixa-fôrma, vamos colocar a parafina que deve estar em temperatura baixa, em torno de 40 a 60 ºC.

Coloque o corante em uma parte da parafina; misture bem com o palito até que chegue à cor desejada. A cor usada é o preto. A seguir, bata a parafina com o batedor de clara ou garfo. Ela irá espumar e, aos poucos, irá se solidifi-cando. Continue batendo. Se ainda estiver quente, deve-se aguardar um pouco. Bata até chegar a um ponto considera-

do legal, uma vez que a textura é a de um mingau grosso.Coloque então no molde já preparado até mais ou

menos o meio. Bata também, um pouco de parafina branca até espumar, e coloque por cima da primeira camada que já deverá ter solidificado.

A atenção deve ser muito grande quanto ao acaba-mento que consiste no preenchimento completo da fôrma que deverá ser bem feito com a parafina líquida sem bater (isto é, sem espuma). Observe para preencher as cavida-des no tempo certo, antes que seque muito.

Aguarde a secagem e retire a vela do molde. O acer-to é feito na chapa quente. O efeito provocado pela

espuma é marmorizado e a mistura das duas cores também faz a vela ficar muito bonita.

aguardar um pouco. Bata até chegar a um ponto considera-do legal, uma vez que a textura é a de um mingau grosso.

mento que consiste no preenchimento completo da fôrma que deverá ser bem feito com a parafina líquida sem bater (isto é, sem espuma). Observe para preencher as cavida-des no tempo certo, antes que seque muito.

to é feito na chapa quente. O efeito provocado pela espuma é marmorizado e a mistura das duas cores também

faz a vela ficar muito bonita.

Vela marmorizada

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Velas com reaproveitamento de embalagemOutra ideia interessante é o reaproveitamento de embala-gens tipo caixas de leite, de bebida e outras que você pode utilizar como fôrma. Aqui a caixa é amarrada com borracha para dar um formato amassado original a vela. Centralize o pavio e encha, a seguir, com parafina na cor desejada. Aguarde a secagem completando para evitar a depressão.

Eis ai uma vela especial (única) feita de material alternativo.

Velas cachepôsNesta técnica, a vela não será retirada da fôrma, pois esta fará parte dela funcionando como um cachepô.

Você pode usar tudo que perceber que dará um belo efei-to e que pode ser usado como fôrma: baldes de alumínio, vasos de cerâmica, potes de vidro, caixas de madeira, casca de coco, sapucaia e outros.

Material necessário �Parafina. �Pavio. �Palito de madeira. �Tesoura. �Corante. �Fôrma-cachepô escolhida.Adicionar o corante da cor escolhida na parafina já prepa-

rada. Teste a cor e a temperatura que, para esta técnica, deve estar a 70 ºC. Corte o pavio de acordo com o tamanho do cachepô e, a seguir, centralize-o. Despeje devagar a parafina quente no interior da fôrma. Antes que seque total-mente, corrija a depressão.

Luminárias ou lanternasAs velas-luminária também conhecidas como lanternas não são propriamente velas, mas sim luminárias que você usa com uma vela acesa dentro e fazem o mesmo sucesso na decoração de sua casa num dia especial.

Cachepô: depósito onde se coloca parafina.

Velas cachepôs

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Vela–luminária de gessoMaterial necessário - fôrma de gesso, vaselina, papel absorvente e elástico.Para esta vela você vai precisar muita parafina, cerca de cinco litros. A fôrma é encontrada em casa especializada em artigos para fabricação de velas, e deve ser bem umedecida para ser untada.

Preencha a fôrma de gesso com água para umedecê-la ou coloque-a imersa em água, numa vasilha grande, até que não solte mais borbulhas. Os moldes pequenos precisam de, no mínimo, vinte minutos e os grandes cerca de duas horas. A fôrma deve absorver muita água e ficar bem umedecida. Seque com papel absorvente e unte a fôrma com vaselina.

Confira a cor e a temperatura que deve estar em torno de 60 ºC. Despeje a parafina com cuidado no interior da fôrma. Depois de aguardar por cerca de 15 minutos, verifique com um palito de madeira se já formou uma camada de boa espessura dentro da forma e despeje a parafina derretida que ficou na fôrma de volta para panela.

Como a parafina seca de fora para dentro, o que vai ficar é a camada fina no interior da fôrma. Aguarde a secagem de 30 a 60 minutos, dependendo da temperatura ambiente, e retire a vela-lanterna de dentro da fôrma.

Dê acabamento final na boca da lanterna em chapa quente até atingir a abertura desejada.

Vela luminária de aramePara fazer esta outra luminária, você vai precisar, além da parafina de: tesoura, palito de madeira, tela de arame e reci-piente com água que caiba a peça de arame

Corte a tela e forme um cilindro do tamanho desejado. Você pode usar um molde de alumínio ou PVC para ajudar a modelar a lanterna.

Se você quiser pode fazer lanternas coloridas, mas a bran-ca é muito bonita. Prepare a parafina que deverá estar em torno de 65 a 70 ºC. Vá banhando a tela na parafina quente e depois na água fria. Faça isto várias vezes até conseguir o efeito desejado e cobrir completamente o arame. Este banho é dado no mínimo, dez vezes e o efeito é muito bonito.

Luminária de gesso

Qual o tipo de vela que não será retira-da da fôrma?

Luminária ou lanternas

Banco de Dados O POVO. Edimar Soares, 06.08.2010

Fábio Castelo, 16.12.2010

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Coloque a tela em pé e deixe secar por cerca de cinco minutos. Observe o efeito interessante e bonito que a tela dá a esta vela–luminária que também é usada com vela acesa no seu interior.

Vela de andirobaNessa vela é adicionado um extrato de andiroba que é usada na prevenção da febre amarela sendo utilizada há muito tempo como repelente.

Resumo da lição

• A fabricação de velas oferece muitas oportunidades para o pequeno empreendedor.

• Para ter sucesso e estar diferenciado no mercado é pre-ciso saber trabalhar com muita criatividade.

• No manuseio da parafina e moldes aquecidos, utilizar vestimentas de proteção apropriadas.

• As etapas de produção das velas são: aquecimento da parafina, transferência da parafina para o depósito de alimentação das máquinas modeladoras ou moldes, colocação do pavio, retirada dos moldes, corte do bar-bante e embalagem.

• O resfriamento deve ser realizado em estufas adequadas para facilitar a retirada dos moldes.

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Acabamento e Curiosidades

O acabamento das velas é um fator importante na comercia-lização das mesmas. Desde que as velas passaram a ser usadas como elementos de culto religioso e adorações em outros simbolismos o acabamento tornou-se mais importante.

Um exemplo é a cromoterapia em que as cores das velas simbolizam energias despertadas pela vibração das cores. Seguindo este raciocínio, as cores se tornam um elemento de extrema importância na confecção de uma vela como também os formatos.

Cuidados no acabamentoVocê deve cuidar para que as suas velas fiquem sempre bem acabadas. Portanto, apare com cuidado as arestas. Dê banho de parafina quente ou água quente nas peças em que quer dar mais brilho ou transparência.

Outra dica para dar brilho é passar vaselina líquida nas velas prontas. Você pode também passar uma demão de goma laca ou verniz próprio para velas.

Preencha sempre as cavidades antes de secar, evitando que elas fiquem deformadas. Para isto, deixe sempre uma sobra de parafina da cor da vela para completá-la. Se ocor-rerem bolhas em cima da vela, corrija com secador de cabe-lo ou ferro de passar aquecido. As velas com fundo irregular devem sempre ser passadas em chapa quente, ou ferro de passar, para que fiquem certas e niveladas.

Embale as velas perfumadas para que não exale o seu perfume. A mais usada é o papel celofane. Você pode tam-bém borrifar a vela, antes de embalar, com a mesma essência usada para fazê-la. Escolha uma marca interessante e fácil de gravar para identificar sua vela e capriche nas embalagens.

Cuide também do seu material de trabalho. Ao terminar de usar as fôrmas e outros instrumentos, é só lavar com água quente e esfregar com ajuda de um pincel para que a parafina sai completamente.

As panelas e outras vasilhas devem ser usadas somente para velas e não precisa ser lavada. Se quiser limpe-as

5Lição

Cromoterapia: medida terapêutica que utiliza luzes de várias cores.

Goma Laca: é uma resina orgânica derivada da secreção de um inseto Kerria lacca (outros insetos também podem produzir) encontrado em países do oriente como a Índia, Tailândia e China. O material bruto é refinado em diversos graus para diferentes propósitos sendo solúvel no álcool. Como verniz, seca rapidamente, formando uma pelicula dura, forte e flexível, sendo útil para envernizar pisos, velas e móveis.

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quando a parafina estiver mole com papel absorvente. Depois que a água esfriar passe por uma peneira para reco-lher os restos de cera, só então jogue a água na pia. Se você jogar a parafina derretida na pia ou ralo, vai entupir os enca-namentos.

Se sobrar parafina colorida, guarde-as para fazer velas pretas ou marrons; e se a vela não ficar do seu agrado, derreta-a para reaproveitar.

Cuidados técnicos no acabamento ■ Para ter uma vela de qualidade, use sempre 10% de estea-rina e 10% de cera micro.

■ Use sempre a parafina na temperatura entre 60 e 70 ºC e para isso utilize um termômetro.

■ Para corrigir a depressão (quando a vela afunda no centro), depois que ela estiver completamente seca, acrescente a mesma parafina com a temperatura acima de 80 ºC. Não há necessidade de se corrigir a depressão de uma vela piloto, só quando for uma vela definitiva.

■ O fixador serve para que a essência não dissipe com rapidez da vela, pois ele segura a essência por um período de um ano.

■ O pavio deve ter mais ou menos 1 cm para queima, ou seja, nem muito pequeno, nem muito grande.

■ Derreta a parafina em fogo baixo, esteja sempre atento durante o processo de derretimento e mantenha sempre longe do alcance de crianças.

■ Quando você não encontrar nenhum pedaço ou pó de para-fina, é sinal de que já esta no ponto.

■ Se a parafina começar a soltar fumaça, desligue-a rapi-damente.

■ Se quando estiver esquentando a parafina começar a fazer barulho ou borbulhar, é sinal que a parafina está aguada. Abaixe o fogo e deixe a água evaporar.

■ Caso você queira reaproveitar a vela, não deixe a ponta do pavio encostar na parafina derretida.

■ A vela piloto é feita com parafina. Para fazê-la, utilize fôrmas de tamanho e modelos variados, de acordo com a vela que ira decorar e fazer.

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■ Para derreter a parafina use uma panela alta, para evitar que ela espirre. Lembre-se: caso o derretimento não seja em banho-maria, deixe o fogo baixo.

■ Após a secagem total da parafina, a vela deverá desprender-se automaticamente da forma. Caso isto não aconteça, mer-gulhe rapidamente a forma em uma bacia com água quente, mas não deixe molhar a vela. Com isto ela derreterá um pouco, facilitando a retirada a forma. Para evitar que isto aconteça, unte sempre a fôrma com vaselina líquida, antes de colocar a parafina.

CuriosidadesÉ a vontade de ver, de conhecer, satisfazer-se curiosidade sobre determinado assunto, ou seja informações que reve-lam algo desconhecido e interessante para podermos ampliar o entendimento de um assunto.

Uma curiosidade sobre a fabricação de velas se refere aos dias em que elas são confeccionadas. Segundo alguns estu-dos esotéricos, os dias da semana são regidos por determi-nadas forças e entidades que dão poder às velas fabricadas ou utilizadas sob sua regência.

Serão descritos a seguir diversas outras curiosidades sobre a fabricação de velas.

FRAGRÂNCIA E SEUS SIGNIFICADOS

SOL - a mistura equilibrada de lavanda, alecrim, olibano, canela e sândalo, atraem vibrações positivas.

LUA - incenso de nardo. Traz paz, amor, e tranquilidade ao ambiente. Amplia a intuição e a imaginação

ABSINTO - perfume exótico, que estimula a imaginação, criativida-de e sensualidade.

CAMOMILA - ajuda a acalmar o sistema nervoso, criando uma atmosfera de calma e relaxa-mento.

ACÁCIA - devido à sua floração de cor amarela é utilizada em rituais mágicos para atrair dinhei-ro e prosperidade.

CANELA - tem ação antidepres-siva e aumenta a alegria de viver.

ALECRIM - planta mágica de grande tradição no esoterismo. Exerce ação geral de proteção. Indicado para mulheres solitárias.

CÂNFORA - usada para limpeza do ambiente. Atrai energias posi-tivas. Muito utilizado na Índia como preparação para a prece e meditação.

Que cuidados devemos ter no acabamento das velas?

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ALFAZEMA - relaxa e acalma a mente. Produz tranqüilidade nos negócios e nos relacionamentos.

CAPIM LIMÃO - possui efeito tônico e estimulante. Atua positi-vamente sobre pessoas tristes e desanimadas.

ALMISCAR - aroma tradicional, que tem ação afrodisíaca, indica-do para momentos de intimidade.

CHOCOLATE - estimulante. Aumenta a autoestima por sua pro-priedade restauradora de energia.

ALOÉ VERA - purificador de ambiente, estimula a sensibilida-de e a meditação.

CRAVO: estimula a energia, tra-zendo prosperidade e aumento de ganhos materiais.

ÂMBAR - afrodisíaco. Cria no ambiente uma atmosfera de sen-sualidade.

DAMA DA NOITE - afrodisíaco. Aumenta a sensualidade feminina.

ANGÉLICA - incenso dos anjos. Estimula a conexão com as esfe-ras angelicais.

ERVA CIDREIRA - aroma envol-vente que acalma e auxilia o relaxamento.

ANIZ ESTRELADO - atua tanto no nível material quanto no emocional, estimulando a natureza positiva.

ERVA DOCE: aroma agradável que traz tranquilidade e estimula a sensibilidade.

ARRUDA - erva tradicional de limpeza, purifica o ambiente eli-minando as energias negativas.

EUCALIPTO - estimula a mente. Aumenta a concentração e o raciocínio

BAUNILHA - relaxa e tonifica ao mesmo tempo.

FLOR DO CAMPO - Traz para a sua casa a paz e harmonia da natureza.

BENJOIM - atrai energias positi-vas e combate as negativas. Purifica o ambiente.

FLORAL - buquê de flores perfu-madas, que tranquiliza e relaxa.

BERGAMOTA - aroma cítricos. Produz uma sensação de bem estar pelas suas propriedades de ativar todo o sistema energético.

Aromas ■ Absinto: harmonia. ■ Acácia: magia e purificação. ■ Alecrim: boa sorte e proteção. ■ Alfazema: serenidade e criatividade. ■ Almíscar: romance e atração. ■ Âmbar: autoconfiança. ■ Amor perfeito: harmonia.

Explique o que é curiosidade.

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■ Arruda: limpeza e purificação. ■ Bálsamo: inspiração e bem estar. ■ Benjoim: proteção. ■ Camomila: calmante e boa sorte. ■ Canela: prosperidade e sucesso. ■ Cânfora: purificação. ■ Capim cheiroso (santo): relaxante harmonia. ■ Capim limão: harmonia. ■ Cedro: purificação e relax. ■ Chocolate: prosperidade. ■ Citronela: repelente. ■ Cravo: limpeza astral. ■ Dama da noite: romance e amor. ■ Erva cidreira: calmante e harmonia. ■ Erva doce: prosperidade. ■ Eucalipto: limpeza. ■ Flor de laranjeira: boa sorte no amor. ■ Flor de lótus: inspiração e iniciação. ■ Flor do campo: oferenda e harmonia. ■ Gerânio: vitalidade. ■ Guiné: limpeza e proteção. ■ Hortelã: prosperidade. ■ Ilangue – ilangue: sensualidade. ■ Jasmim: inspiração. ■ Lavanda: harmonia. ■ Lírio: intuição e oração. ■ Maçã: vitalidade e amor. ■ Madeira do oriente: sucesso e força. ■ Mel: prosperidade. ■ Mirra: purificação e proteção. ■ Morango: boa sorte e oferenda. ■ Noz-moscada: amor e prosperidade. ■ Olíbano: proteção e sucesso. ■ Ópium: criatividade. ■ Orquídea: amor e beleza. ■ Patchouli: amor e clarividência. ■ Pêssego: boa sorte e oferenda. ■ Pinho silvestre: proteção e relax. ■ Pitanga: amor e sucesso. ■ Raízes mágicas: alegria e segurança. ■ Rosa amarela: criatividade e boa sorte. ■ Rosa branca: pureza e harmonia. ■ Rosa mística: fé e paz de espírito.

Qual a mensagem da vela quando a chama levanta e baixa?

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■ Rosa musgosa: meditação e estudos. ■ Rosa vermelha: amor e comunhão. ■ Sândalo branco: espiritualidade. ■ Sândalo vermelho: proteção e êxitos. ■ Vanilla (baunilha): boa sorte. ■ Verbena: inspiração. ■ Violeta: paz e humildade.

Mensagens das velas Quando queima com a luz azulada: indica a presença de anjos e fadas. É um bom sinal.Quando não acende prontamente: o anjo pode estar com dificuldade para ancorar. o astral ao seu redor pode estar poluído.Chama da vela apaga facilmente: o anjo demonstra que, devido às circunstâncias, seu desejo terá algumas mudanças. Chama que levanta e abaixa: você está pensando em várias coisas ao mesmo tempo. Sua mente pode estar um pouco tumultuada. Chama que solta fagulhas no ar: o anjo colocará alguém no seu caminho para comunicar o que deseja.Chama que parece uma espiral: seu pedido será alcança-do, o anjo já está levando a mensagem. Sobra um pouco de pavio e a cera fica em volta: o seu anjo está precisando de mais oração.Ponta do pavio brilhante: você terá muita sorte e sucesso em seu pedido.Pavio que se divide em dois: o pedido foi feito de forma dúbia.Forma um coração na ponta do pavio - é sinal que ele(a) ama você realmente.

Significado das cores das velas ■ Dourada ou Amarelo Claro: ativa a compreensão e atrai as influências dos poderes cósmicos; beneficia ritu-ais para atrair sorte ou dinheiro rapidamente. Simboliza a energia solar, poderes divinos masculinos e atrai as influ-ências da Deusa. Dia da semana: Domingo.

■ Branco: alinhamento espiritual, meditação, divinação, exorcismo, feitiços que envolvam cura, paz, pureza, alto

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astral, consagração, clarividência, verdade, força espiri-tual, energia lunar, limpeza, saúde, poder, totalidade. Em geral para todos os pedidos e quando você não souber a cor correspondente para o seu pedido. Dia da semana: Segunda-feira.

■ Vermelho: saúde, energia, potência sexual, paixão, amor, fertilidade, força, coragem, vontade de poder, aumento do magnetismo em um ritual, energia dos sig-nos Áries e Escorpião. Dia da semana: Terça-feira.

■ Púrpura ou roxa: manifestações psíquicas, cura e feiti-ços envolvendo poder, idealismo, progresso, quebra de má sorte, proteção, honra, afasta o mal, adivinhação, contato com entidades astrais. Energia de Netuno. Dia da semana: Quarta-feira.

■ Azul: espiritual, para rituais que necessitam de harmo-nia, luz, paz, sonhos, saúde, magia que envolva honra, bondade, tranquilidade, verdade, conhecimento, prote-ção durante o sono, estabilidade no emprego, sabedoria, poder oculto, proteção. Compreensão, fidelidade, harmo-nia doméstica. Dia da semana: Quinta-feira.

■ Verde: feitiços que envolvam fertilidade, sucesso, sorte, reju-venescimento, dinheiro, ambição, saúde, finanças, cura, crescimento, abundância, generosidade, casamento, equilí-brio e harmonia. Em geral para os desejos de cura e sorte. Dia da semana: Sexta-feira.

■ Azul-Marinho: cor da inércia, para bloquear pessoas ou situações; para rituais que necessitam de um elevado estado de meditação; neutraliza a magia lançada por alguém, quebra maldições. Mentira ou competição inde-sejada. Energia de Saturno. Dia da semana: Sábado.

■ Azul Royal: promove alegria e jovialidade; use para atrair energia de Júpiter ou para qualquer energia que você queira potencializar.

■ Azul Claro: cor espiritual; ajuda nas meditações de devo-ção e inspiração; traz paz e tranquilidade para casa. Erradia a energia do signo de Aquário, sintetiza as situações.

■ Laranja: feitiço para estimular energia, alcançar metas pro-fissionais, justiça, sucesso. Em geral para a criatividade.

■ Marrom: feitiços para localizar coisas perdidas, para melhorar os poderes de concentração e telepatia, prote-ção de familiares e animais domésticos, equilíbrio para

Qual a importância das cores para as velas?

A vela verde é indicada para ser usada em qual dia da semana?

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rituais de força material, elimina a indecisão, estudo e sucesso financeiro.

■ Preta: para afastar mau olhado, limpar a negatividade, abre os níveis do inconsciente, usado em rituais para induzir um estado de meditação, simboliza a reversão, desdobramento, proteção, libertação, repelindo a magia negra e as formas mentais de energia negativa. Atrai a energia de Saturno.

■ Verde Esmeralda: importante componente num ritual veneziano, atrai amor, fertilidade e relação social.

■ Verde Escuro: ambição, ciúme, cobiça, inveja, coloca as influências dessas forças em um ritual.

■ Cinza: cor neutra, ajuda a meditação, e, na magia. Esta cor simboliza confusão, mas também neutraliza as forças negativas.

■ Prateada ou Cinza Clara: feitiços que atraem o poder de influências cósmicas, rituais de honra e deidades do Sol, remove a negatividade e encoraja a estabilidade, ajuda a desenvolver as habilidades psíquicas. Atrai a energia da Grande Mãe. Vitória, meditação, poderes divinos femininos.

Resumo da lição

• O acabamento das velas é um fator importante, pois a valoriza comercialmente.

• Os cuidados técnicos são também importantes no aca-bamento das velas.

• Foram descritas várias curiosidades sobre a fabricação de velas que envolvem as cores essências, dias de sua fabricação.

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Especificações técnicas

As normas da ABISA, dão várias classificações de velas bem como as condições exigidas para aceitação dos produ-tos comercializados como velas padronizadas. Em seguida serão mostradas as especificações da ABISA.

Normas da ABISA para velasVelas1. Objetivo: esta norma classifica os produtos comercializa-dos como velas, destinados normalmente à iluminação, decoração, fins cerimoniais ou comemorativos.2. Definições: para os efeitos desta norma são adotadas as definições mostradas a seguir:Vela: produto formulado a base de material combustível derivado do petróleo, gorduras de origem animal ou vegetal, ceras de origem animal ou vegetal ou ainda resinas de ori-gem animal ou sintética e dotado de pavio.Pavio: material poroso ou capilar, sintético ou natural, desti-nado à condução do material combustível à zona de com-bustão.3. Classificação: de acordo com suas características as velas são agrupadas nas seguintes classes:

Velas de aniversário - classe "A": são as que podem se apresentar sob qualquer formato, coloridas ou não coloridas, perfumadas ou não perfumadas, de queima total ou parcial, dotadas ou não da capacidade de reacendimento, podendo ainda incorporar elementos decorativos ou comemorativos sonoros ou visual.

Velas decorativas - classe "D": são as que reproduzem nas suas três dimensões e de modo facilmente identificável, caracteres alfanuméricos ou formas representativas de seres humanos, de animais, de vegetais, de objetos e outras figuras, excetuando dessa categoria as formas geométricas tridimencionais cilíndricas cônicas, cúbicas, paralelepípe-dais, piramidais, elipsoidais e suas variações e que estejam registradas no INMETRO como velas decorativas, podendo

6Lição

ABISA: Associação Brasileira das Industrias

Saboeiras e Afins.

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ser coloridas ou não coloridas, perfumadas ou não perfuma-das, dotadas ou não da capacidade de reacendimento, podendo ainda incorporar elementos decorativos ou come-morativos sonoros ou visuais.

Velas padronizadas: são as pré-medidas, que podem se apresentar sob qualquer formato, de queima total, coloridas ou não coloridas, perfumadas ou não perfumadas e, depen-dendo da sua especificação metrológica, podem ser agrupa-das em velas comuns, velas de candeeiro ou velas votivas.

Velas comuns - classe "P": são as pré-medidas, desti-nadas a iluminaçao ou fins cerimoniais, comercializadas segundo especificação metrológica própria, que podem se apresentar sob qualquer formato, coloridas ou não coloridas, perfumadas, de queima total, dotadas ou não da capacidade de reacendimento, podendo ainda incorporar elementos decorativos ou comemorativos sonoros ou visuais.

Velas votivas - classe "V": são as pré-medidas, que podem se apresentar sob qualquer formato, coloridas ou não coloridas, perfumadas ou não perfumadas, de queima total, dotada ou não da capacidade de reacendimento, podendo ainda incorporar elementos decorativos ou comerativos sono-ros ou visuais.

Velas de candelabro - classe "C": são as pré-medidas, que podem se apreentar sob qualquer formato, coloridas ou não coloridas, perfumadas ou não da capacidade de reacen-dimento, podendo ainda incorporar elementos decorativos ou comemorativos sonoros ou visuais.

Velas padronizadas - classe "P"1. Objetivo: esta norma fixa as condições exigíveis para aceitação dos produtos comercializados como velas padro-nizadas, classe "P", destinados normalmente à iluminação e fins cerimoniais.2. Normas e/ou documentos complementares: na aplica-ção desta norma é necessário consultar:

• Portaria INMETRO Nº 74, de 25 de maio de 1995.• Portaria INMETRO Nº 77, de 14 de abril de 1993.

3. Condições gerais: as velas padronizadas, classe "P", normalmente destinadas à iluminação ou fins cerimoniais,

Explique o que são velas padronizadas.

INMETRO: instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial é uma autarquia federal, vinculadaao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior,que atua comoórgão normativo.

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para que possam ser comercializadas deverão satisfazer as seguintes condições gerais:

3.1. Padronização quantitativa3.1.1. As velas classificadas como padronizadas, da classe "P", só podem ser comercializadas nos tipos e valores cons-tantes da tabela 1 - especificação metrológica das velas padronizadas, da classe "P".

3.1.1.1. Para efeito do disposto no subitem 3.1.1., somente serão consideradas velas "padronizadas" aquelas que apre-sentarem na vista principal de sua embalagem coletiva a ins-crição "classe P", em caracteres nunca inferiores a 5 mm.

3.1.2. As demais classes de velas estão excluídas da padronização quantitativa.

3.2. Material e forma3.2.1. É permitido o agrupamento das velas, desde que sejam obedecidas, conforme o caso, as disposições dos subitens 3.2.1.1, 3.2.1.2, 3.2.1.3 e 3.2.1.4.

3.2.1.1. Quando em acondicionamento transparente e com algum tipo de impressão:

a) o agrupamento deve permitir a perfeita visibilidade quanto ao número de unidades que o compõe.

b) devem ser expressas no envoltório, as inscrições con-tidas no subitem 3.3.2.

c) deve ser expesso no envoltório a classe a que a vela pertence, de acordo com o item 3 da norma "velas - classificação".

3.2.1.2. Quando em acondicionamento não transparente e com algum tipo de impressão:

a) devem ser expressas no envoltório, as inscrições con-tidas no subitem 3.3.4.

b) deve ser expresso no envoltório, a classe a que a vela pertence, de acordo com o item 3 da norma "velas - classificação".

3.2.1.3. Quando acondicionado em embalagem de multi-produtos, promocionais ou não:

a) a indicação quantitativa da vela deve estar de acordo com o estabelecido no item 3 desta norma;

b) o condicionamento individual dos demais componen-

Em que são utilizadas as velas da classe "P"?

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tes e a embalagem externa devem ter as suas indica-ções expressas em conformidade com o disposto da portaria INMETRO Nº 77, de 14 de abril de 1993.

3.2.1.4. As unidades que compõem o agrupamento devem satisfazer as condições:

a) devem ser da mesma marca e ter o mesmo peso líquido.b) devem ter expressos no envoltório as inscrições do

subitem 3.3.4.

3.3. Incrições3.3.1. Nas embalagens individuais, além da indicação quan-titativa, deve constar: a marca, a validade, a classe a qual a vela pertence e o nome do fabricante, em conformidade com a legislação metrológica em vigor.3.3.1.1. A indicação quantitativa, a que se refere o item 3.3.1, deve constar na vista principal de cada embalagem, em con-formidade com a portaria INMETRO Nº 77, de 14 de abril de 1993.3.3.2. Nas embalagens coletivas a que se refere o item 3.2.1.1, além da marca, classe a que pertence a vela e o nome do fabricante, deve constar o peso líquido de cada unidade, em conformidade com a legislação metrologia em vigor (portaria INMETRO Nº 77, de 14 de abril de 1993).3.3.3. Quando forem embalagens individuais do tipo cartu-cho, será permitido que as indicações estabelecidas no subi-tem 3.2.1.2, além da marca, do nome de fabricante e classe a que pertecence a vela, deve constar a seguinte expressão: "CONTEM"... "UNIDADE DE" "...g", em caracteres nunca inferiores a 5 mm.

4. Condições específicas4.1. As velas padronizadas pertencentes a "classe P" devem atender aos parâmetros estabelecidos na tabela 1.5. Inspeção5.1. A amostragem para exame de verificação quantitativa deve ser feita retirando as amostras do lote de forma aleatória.5.2. O número de velas que deverá compor a amostra des-tinada à verificação quantitativa deverá obedecer ao dispos-to na portaria INMETRO Nº 74 de 25 de maio de 1995.

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6. Aceitação e rejeição6.1. No exame de verificação quantitativa o lote será aceito quando:

6.1.1. Atender aos parâmetros estabelecidos na tabela 1 da presente norma "Requisitos Quantitativos".

6.1.2. Atender ao item 5 da Portaria INMETRO Nº 74 de 25 de maio de 1995, caso contrário será rejeitado.Tabela 1

REQUISITOS QUANTITATIVOS MÍNIMOS A QUE DEVEM SATISFAZER AS VELAS PADRONIZADAS -

CLASSE "P" - PESO POR UNIDADE

NúmeroClasse/peso (g)

"P"

1 11

2 14

3 17

4 20

5 25

6 30

7 35

8 40

9 50

Resumo da lição

• As especificações técnicas são condições exigidas para que as velas sejam comercializadas como padronizadas.

• É importante que as velas sejam fabricadas seguindo as especificações técnicas, pois este é um aspecto que as valorizam muito comercialmente;

• Foram descritas especificações técnicas da ABISA e do INMETRO necessárias a fabricação de velas.

Como deve ser feita a retirada da amostra para inspeção?

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Embalagem, estocagem e rotulagem

Após embalagens, as velas são armazenadas para posterior comercialização e expedição. É importante que elas sejam guardadas em lugar ventilado, longe de fontes de calor.

As velas comuns são embaladas em sacos plásticos com oito velas cada e acondicionadas em caixa de papelão con-tendo 200 unidades. As velas de sete dias são embaladas em celofane e acondicionadas em caixas de papelão con-tendo quinze unidades.

RotulagemDe acordo com o Artigo 94 do Decreto Nº 79.094/77, norma-tivo Nº 1/78 e portaria Nº 15, as normas de rotulagem são:

�Nome do produto, do fabricante, do responsável técnico e endereço. �Número do Ministério da Saúde. �Número do lote com data de fabricação, data de validade �Peso, volume líquido ou quantidade de unidades confor-me o caso. �Finalidade, uso e aplicação. �Nome do responsável técnico. �Número de inscrição e sigla da respectiva autarquia pro-fissional. �Grupo químico (teor de voláteis) ou componentes da fórmula e princípio ativo. �Frase obrigatória: antes de usar leia as instruções do rótulo (no painel principal), em destaque. �Primeiros socorros específicos.

Resumo da lição

• As velas são armazenadas em lugar ventilado, longe de fontes de calor;

• A rotulagem das velas devem ser feitas de acordo com a legislação vigente.

7Lição

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SEBRAE - Velas de Parafina. Fortaleza, Edições SEBRAE, 1995, 41 p.

ABISA - Normas para velas - 08.09.95

BRUKCNER, C.H.; COSTA F.O.M da; PINHEIRO, R.V.R; ANDERSON, O.

Propagação da macadâmia por meio da enxertia. In SÃO JOSÉ, A.R. (Ed.).

Macadâmia: tecnologia de produção e comercialização. Vitória da Conquista:

Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia-Departamento de Fitotecnia e

Zootecnia, 1991. 224p.

WHITE, G.; LOWE, W.J.; WEIGHT, J. Paraffin grafting techniques for loblolly

pine. Southern Journal of applied Forestry, Bethesda, v.7, n.3, p. 116-118,

1983.