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Ciênc ias da Terra (UNL) Li sboa N .o 14 pp. 155·162 2000 7 Figs. Variação dos par âmetros paleomagnéticos em perfis dos Tufos de Condeixa (Baixo Mondego, P ortu gal) Changes o ft he paleomagnetic parameters ín the Tuf os de Condeixa outcrops (Lower Mondego. Portugal) Celeste S. R. Gomes Depa narnenro de Ciências da Temi, Faculdade de Ciêncies e Tecnologia, Universidade de Coimbra. Apartado 30 14, 3049 Coimbra. Proj . PRAXIS XX I- 212I/CTAl I56194 ; romual do@ci. uc.pt RESUMO Paln r.l.l chave: Tufos de Condeixa; paleomagnetismo; Crono de Brunhes; foniano; propriedades magnéticas; variações paleodimãticas; Portugal. São discutidos os parâmetros paleomagnéticos medidos em 4 perfis dos Tufos de Condeixa. Os registos direccionais permitem marcara ocorrência do Criptoerono de Polaridade Inversa Ct n- t , no perfil de Condeixa-a-Velha. São também apresentados possíveis relações entre as proprieda des magnéticas. a origem das panículas magnéticas e o registo de va riações palcocl iméricas. A diminuição dos valores da magnetização inicial e da susceptibilidade magnética. no perfil de Condeixa-a-Velha coincide com a ocorrência Cln- I (504-493 Ka) e pode ser testemunho de um aumento na paleotcmpcratura. Os proces sos de desenvolvimento dos Tufos de Condeixa correspondem ao lonianc-Tarcnliano(?). ABSTRA CT Key words: Tufos de Condeixa; paleomagnelism; Brunhes Chron; lonian; magnetic propcn ics; palcoclimatic changcs: Lowcr Mondego; Portugal. Paleomagnetic parameters measured in 4 outcrops oft he Tufos de Conde ixa are presentcd. The dircctional signatures allow lhe admission oflhe Revcrsed Polarity Criptchron C ln-I in lhe Condeixa-a-Velha octcrop. II was possible lo discuss lhe magnetic properries, origin of lhe magnctic grains and paleoclimatic variarion relationships. The downward of lhe initial magnelization and magnenc susceplibility valucs in lhe Condeixa-a-Velha outerop coincide wilh lhe Cl n-I (504-493 Ka) occurrence and may repre- sent a palcoclimatic varialion. The Tufos de Condeixa were formed during lhe 10nian.Tarentian(?). INTRODUÇÃO Os Tufos de Conde ixa ocupam uma área de cerca de 10 Km 2 que incl ui as povoações de Salgueiro , Condeixa- a-Ve lha, Conímbriga, Co nd eix a-a-Nova, Eira Pedri nha, Ore lhudo e Cemache (Soares et ai., 1997). Os estu dos paleomagnétícos em perfis dos Tuf os de Con deix a for am de senvo lv id o s para ava liar: (I) as propriedades in trinse casm édi as qu e ca ract eri zam a mineralogia magn ética e a sua interpr etação, no âmbito de possíveis modifi cações paleocliticas; (2) os regi stos de variações direc ciona is, tr aduzidas quer por fen ómenos de variação secu lar, quer por fenó menos glo bais que são as inversões de campo, e a di scussão de" pontos de idade", por comp aração com as Escalas Temporais de Polaridade Gecmagn êtica (ET PG) (p. e. Cande & Kent, 1992; 1995). Dos estudos an teriores, de sen volvidos nos Tufos de Conde ixa, desta cam-se: I. Choffat ( 1895) , com base no enqu ad rame nt o geológico e em elementos paleontológicos (Palaeoloxodon antiquus e Hippop otam us maj or e gas tró pode s), ainda que esc ass os ou pouco elucidativos, opta pela atribuição de uma idade méd ia quat ern ária q ue, seg undo o auto r, faci lita a re pre senta çãoc arto gráfica. Contudo, admite quea formação dos Tuf os, a inda wn fe nómeno actual, poderá ter co meçado du rant eo Plíoc énícc su per ior ou, em 155

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Ciências da Terra (UNL) Lisboa N.o 14pp. 155·162

20007 Figs.

Variação dos parâmetros paleomagnéticos em perfi s dos Tufos deCondeixa (Baixo Mondego, Portugal)

Changes ofthe paleomagnetic parameters ín the Tuf os de Condeixa outcrops(Lower Mondego. Portugal)

Celeste S. R. Gomes

Depa narnenro de Ciências da Temi , Faculdade de Ciêncies e Tecn ologia, Universidade de Coimbra. Apartado 30 14 , 3049 Coimbra.

Proj . PRAXIS XXI- 212I/CTAl I56194 ; [email protected]

RES UMO

Paln r.l.l chave: Tufos de Condeixa ; paleomagnetismo; Crono de Brunhes; foniano; propriedades magnéticas; variaçõespaleodimãticas; Portugal.

São discutidos os parâmetros paleomagnéticos medidos em 4 perfis dos Tuf os de Condeixa . Os registos direccionais permitemmarcara ocorrência do Criptoerono de Polaridade Inversa Ct n- t , no perfil de Condeixa-a-Velha. São também apresentados possíveisrelações entre as propriedades magnéticas. a origem das panículas magnéticas e o registo de variações palcocliméricas. A diminuiçãodos valores da magnetização inicial e da susceptibilidade magnética. no perfilde Condeixa-a-Velha coincide com a ocorrência Cln­I (504-493 Ka) e pode ser testemunho de um aumento na paleotcmpcratura. Os processos de desenvolvimento dos Tufos de Condeixacorrespondem ao lonianc-Tarcnliano(?).

ABSTRACT

Key words: Tufos de Condeixa; paleomagnelism; Brunhes Chron; lonian; magnetic propcn ics; palcoclimatic changcs: LowcrMondego; Portugal.

Paleomagnetic parameters measured in 4 outcrops ofthe Tufos de Conde ixa are presentcd. The dircctional signatures allow lheadmission oflhe Revcrsed Polarity Criptchron C ln-I in lhe Condeixa-a-Velha octcrop . II was possible lo discuss lhe magneticproperries, origin of lhe magnctic grains and paleoclimatic variarion relationships. The downward of lhe initial magnelization andmagnenc susceplibility valucs in lhe Condeixa-a-Velha outerop coincide wilh lhe Cl n-I (504-493 Ka) occurrence and may repre­sent a palcoclimatic varialion. The Tufos de Condeixa were formed during lhe 10nian.Tarentian(?).

INTROD UÇÃO

Os Tufos de Conde ixa ocupam uma área de cerca de10 Km 2 que incl ui as povoações de Salgueiro , Condeixa­a-Velha, Con ímbriga , Condeix a-a-Nova, Eira Pedrinha,Orelhudo e Cemache ( Soares et ai., 1997).

Os es tudos paleomagnétícos em pe rfi s dos Tufos deCo ndeix a fo ram d esenvolv id os para ava liar : ( I ) asprop ri ed ad es intrinsecas médi as que caracterizam amine ralogia magn ética e a sua interpretaç ão, no âmbitode possíveis modificaç ões paleocl imáticas; (2) os regi stosde variações di reccionais, traduzidas quer por fenómenosde va riação secular, quer por fenómenos globais que sã o

as inversões de campo, e a di scussão de "pontos de idad e",

por co mparação com as Esca las Tempora is de Po laridadeGecmagn êtica (ETPG) (p . e. Cande & Kent, 1992; 1995).

Dos estudos an teriores, desenvolvidos nos Tufos deCondeixa, desta cam-se:

I. C ho ffa t ( 1895), co m b ase no enquad ramentogeológico e em elementos paleontológicos (Palaeoloxodonantiquus e Hippopotam us major e gastrópodes), ainda queesc assos ou pouco elucidat ivos, opta pel a atribuiç ão deuma idade méd ia quat ern ária q ue, seg undo o auto r, faci litaa re presentação cartográ fica . Contudo, ad mi te que aformação dos Tufos, ainda wn fenómeno actual, poderáter começado durante o Plíoc énícc superior o u, em

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I°Congressosobre o Cenozóico de Portugal

a lternativ a, ter-lhe suc ed ido. Assim , consid era serpre ferível fazer a distinção entre tufo s de carácter antigo etufos recentes. Para este autor, os restos fósseis de Elephasantiq uus e Hippopotamus maj or são indicadores de umcl ima mais quente que o actua l.

2. Com base em critérios altim étricos, Mendes (1985)e, mais tarde, Cunha (1988) colocam-nos igualmente noQuaternário e esca lonados no tempo, função dos diferentes(4) níveis identificados. Para estes autores, a edificaçãodos Tufos corresponde a períodos quentes interglaciares ecorre lativas de cars ifica ção intensa . O s períodosperiglac iares sã o apontado s essenc ia lme nte co moresponsáveis pelo encaixe da rede hidrográfica.

3. Em Cardoso ( 1993) são novamente avaliados osrestos de vertebrados (Elephas antiquus e Hippopotamusmajor) e admite-se uma idade do Siciliano II (Gunz­Mindel) . Para o autor, as "associações do Plistocénicomédio" de Condeixa "...são compatíveis com clima quentee húmido..." e cobertura florestal densa (p. 292 e 300);

4 . Soares et ai. ( 1997) evidencia m a exis tência dediferentes fases de tufiza ção, mas consideram "não serfácil a individualização de diferentes níveis nos Tufos deCondeixa.;" devido a uma evidente continuidade dasmassas tufosas , mesmo quando se registam var iações decota. Como hipótese de traba lho, distinguem dois grandesgrupos: um, representado peios tufos que afloram naáreade Condeixa-a-Velha; outro, materializado peios depós itosde Eira Pedrinha, Cernache e Condeixa-a-Nova. Estesgrupos seriam, no âmbito do espaço do Baixo Mondego(Soares etai., 1989), correlatívcsdos Depósitos de Ameal­Santo Varão do Siciliano (Minde1- Riss) e dos Depósitosde Terraço de Tentúgal-GabrielosdoTirreniano (Riss-Wunn),respectivamente. Sob o ponto de vista litológico, os mesmosautores individualizam as seguintes tãcies: conglomeráticas(Cgq, Cgc e Cgg) ; pe líticas (Pa e Pc); de acumulação,ricas cm restos vegetais (TaC, Teg e Tt) e em cortina (Tc).

5 . Em Go mes (2 00 0) admite-se a hip ótese deocorrência de um criptoc ronc de polaridade inversa (C In­I), localizado a cerca de 4 metros do topo do perfil deCondeixa-a-Velha, que com base na ETPG de Cande &Kent (1992 ; 1995) poderá apresentar idades possíveis daord em dos 504-493 Ka. Porém, naquele tra balho sãoigualmente referidas outras possibilidades, em acordo comes t udos qu e têm s ido ap rese ntados, ve rsando aproblemátic a ocorrênci a de pequ enas va r iaçõesdireccionais (com duração aproxim ada < 1O~-I ()6 anos) ,importantes no Crono de Po laridade Nonnal de Brunhes.

M ÉTODOS E RESULTADOS

Foram amostra dos 4 per fis, locali zados na árearepresentada pelos Tuf os de Condeixa (fig. I): perfil deSalgueiro ( 1) e perfil de Conde ixa-a-Velha (2), a sul; eperfis de Cernache (3 e 4), a norte . As técnicas utilizadasna obtenção e orientação das amostras foram as descri tasem Gomes (1996).

Para ava liar o vector magnetização remanescente natu­ral (MRN) foram med idas cerca de 200 amostras: 32 nummagnetómetro criogénico (GM400 CCL) no "/nstituto de

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Ciencias de La Iierra Jaume Almera, CS/C, Barcelona.Espaiia" (Gomes, 2000) e as restantes num magnetómetroJR5A no "Departamen to de Geociencias Marinas yOrdenatión del Temtorio, Universidad de Vigo, &pafia".Num gru po de 40 amostras efectuaram-se estudos daes tabi lida de do vector MRN po r pro cessos dedesmagnetização térmica e por campos magn ét ico salternos (ca). Procedeu-se ainda à medição dos valores dasusceptibilidade magnética (K) numa balança KLY-2, antese após a desmagnet ização té rmica, assim como àdeterminação das curvas de magnetização remanescenteisotérmica (MRI).

Os valores de declinação, inclina ção e intensidadeinicial (JO> que definem cada vector estão representadosnos diagramas das figuras 2, 3, 4 e 5.

No perfi l I (fig. 2) foram amostrados 6 sítios (amostrasTf). Regista-se a variação dos valores de declinação, ainclinação é positiva e, em média, superio r a 45°. Osvalores de Jo variam entre 0,679 e 8, 187 mám-' (N =

número de amostras = 41 ). No perfil 2 (fig. 3) foramamostrados 16 sítios (amo stras Tv), numa espess ura decerca de 8 metros que corresponde à frente de umapedreiradesactivada. Os valores de declinação dis tribuem-se en­tre 270 e 90" e a inclinação apresenta valores positivos,destacando-se o registo de valores nega tivos , em doisníveis distintos . Jo apresenta variações significativas, en­tre 0 ,057 e 23,280 mém-' (N = 90), sendo possívelidentificar um mínimo. Po r sua vez, os valores de K variamentre - 17,0 e 49,0 (xlO-Ó SI) .

Para o perfil 3 (fig. 4), com umaespess ura de 5 metros,amostrado em 7 sítios (amostras Ht], asdirecções colo cam­se, em média, no quarto quadran te e as inclinações sãopositivas; Jo var ia entre 1,081 e 23,720 mam-' (N = 22).No perfil 4 (fig . 5) , para um total de 66 amostraspertencentes a 17 sítios , em 5 metros de espessura(amostras Th), as direcções apresentam maior d ispersãoque no perfil anterior, embora se mantenha uma maiordensidade no 4" quadrante e a presença de inclinaçõesnegativas. Os valores de Jo variam entre 0,200 e 96,020rnárrr (N " 66).

De40 amostras correspondentes a uma secção do perfi lde Condeixa-a-Velha (entre os 3 e os 8 metros), 32 foramsubmetidas a desmagnetização térmica até va loresmáximos de 580"C e as restantes desmagne tizadas por ca,até máximo s de 70 e 100 m'T. As c urvas dedesmagnetização permitem conclu ir que os mi neraismagnéticos a presentam te mpe ra turas de bloq ueioinferiores a 580"C e forças coercivas menores que 70mT.Estas propriedades são compatíveis com a presença deest ruturas ferr imagnéticas, exis tentes em percentagensínfimas como traduze m os val ores de Jo e dasuscep tibilidade inicia i. Por sua vez, as curvas de MRIsão igualmente compatívei s com a presença de estruturasferrimagnéticas.

O estudo da estabilidade da MRN permi te estabelecera presença de duas componentes de magnetízação (TVI eTVII) para 3 dos sít ios estudados (Gomes, 1999,2000).Para outros três, admite-se a possibilidade de ocorrênciade uma componente de polaridade inversa que, na maiorparte das amostras, não é possível iso lar. Contudo, por

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Ciênciasda Terra (UNL), 14

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1-Turonlano-SantonianoGrés de FuradolJro

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Formação de Rgueira da Foz " (1) Apliano-Cenomaniano

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Margas e calcáncs margosos - Pliensbaquiann- ToarcianoCalcáriosedolcmas . .(Camadas deCoimbra) - Slnemunano

Fig.1 • Carta Geológica da região de Condeixa. (in: Soares et ai., 1997). Localização dos perfis amo strados: I - per fil de. Cc rnache; 2 - pe rfil de Condeixa-a-Velha; 3 c 4 - perfis de Ce mache.

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Fig. 4 - Represent ação dos valores de declinação, inclinação e intensidade relativos ao perfil de Cemache I (3 - amostras Th) .

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Fig. 5 - Representação dos valores de declinação, inclinação c intensidade relat ivosao perfil de Cemache 2 (4 . amostras Ht).

comparação com duas das amostras que apresentam umacomponente inversa, aliada ao processo de evolução dovecto r MRNdurante a desmagnetização, pode admitir-sea hipótese da presença de umacomponente de polaridadeinversa. Esta. em alguns exemplares, encontra-se quasecompletamente substituída, ou poderá mesmo ter sidodestruída antes de individu aliza da, e isto devido aoaquecimento e alterações consequen tes na mineralogiamagnética.

ANÁLISE DOS RESULTADOS

De acordo com a sua localização , os perfis se rãoanali sados em grupos de dois: (1) perfi s de Salgueiro-

Condeixa-a-Velha e (2) perfis de Cemache. A projecçãodos valores do log da intensidade (mAm-') versusespessura(medida a partir da base), para os perfis l (fig. 6) ,pemúteveri ficar que os valores de J, são superiores nas amostrasdos sítios referen tes ao membro essencialmente terrigeno(f. Pa) e que, por sua vez, exis te uma maior dispersão nasfãcies travertínicas (Tt); nestas é possível realçar um picode menor intensidade (mínimo).

Os perfi s de Cemache (fig. 7) apresen tam valores deJo superiores aos medidos no s perfis de Salgu eiro­Co ndeixa -a-Vel ha. A ex pli cação para as va ri açõesanteriores pode encontra r-se em aspectos relacionados comcontribuiç ões magnéticas distintas: na área de Salgueiro­Condeixa-a-velha os Tufos contactam com a Formação

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Fig. 7 ~ Variação dos valores de lo nos perfis de Cernache. D - descontinuidade.

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10Congressosobre o Cenozéico de Portugal

P. DE SALGUEIRO· CONDEIXA·A VELHA

Fig. 6 - Variação dos valores de lonos perfis dc Salgueiro ­Condeixa-a-velha. D- descontinuidade; M- mínimo.

A leitura c interpretação dos dados paleomagnéticosem quatro perfis dos Tufos de Condeixa permitiu :

1. Considerar um criptoerono (ou microcrono) depolaridade inversa, localizado a cerca de 4 metros do topodo perfil de Condeixa-a-Velha e admitir a poss ibilidadede outras variações direccionais importantes; o criptocronopoderá corresponder àquele marcado na ETPG de Cande& Kent (1995) e com idade admitida dos 504-4 93 Ka.

CONS IDERAÇÕES FI NAIS

por comparação com as Escalas Temporais de PolaridadeGeomagnética (Cande & Kent , 1995).

Em média. os valores de Jo são diferentes nas duasáreas estudadas, possivelmente relacionados com a origemdas partículas magnéticas. Por sua vez, a variação em cadaperfil, destacável no perfi l de Salgueiro-Condeixa-a-Ve1ha,poderá estar relacionada com variações paleoclimáticas.A relação entre os parâmetros magnéticos e as variaçõespaleoclimáticas tem sido amplamente demon strada emperfis de rochas corres pondentes a distintos amb ientes desedimentação.Constituem exemplos os resultados obtidos:em loess e depósitos associados (p. e. Jordanova. &Petersen 1999), em sedimentos de lagos (Rose nbaum eta/ ., 1996 e Lanci et a/o 1999) e cm tufos ca lcários elitologias associad as (Escudcro, 1997; Escudem et a/. ,1997). Porém, as conclusões não são directas, ou seja, nãoexiste uma relação directa entre valores absolutos, obtidosna avaliação dos parâmetro s magn éticos, e o tipo depaleoclima. Aspectos como a origem dos sedimentos e asalterações pós-deposícíoneís, que podem induzir variaçõesnas propriedades magnéticas dos minerais, devem serconsiderados (Dekkers, 1997).

Num es tudo efectuado par a os Tufos do Jorox,Escudero et ai. ( 1997) chegam às seguintes conclusões:as baixas concentrações em minerais magnéticos (valoresde Ju entre 0,1 e 1,3 mám-t) corres pondem a litologiascarbonatadas, edificadas durante "óptimos climáticos"(fases bíostésícas): as concentrações elevadas (valores deJu entre os 3,2 e os 14,5 roAm-I) ob tidas nos corposdetríticas são tradutoras de "fases rexistásicas", Analisandotodos os valores de Ju medidos nos perfis dos Tufos deCondeixa verifica-se que as diferenças existentes entre osperfis, a norte e a sul, serão mais facilmente j ustificadaspelas distintas contribuições terrígenas que por variaçõesclimáticas, embora estas não se devam excluir.

Nos perfis de Salgueiro e Condeixa-a-Velha (Fig. 6) évisível a diminuição dos valores da magnetização inicial,quando passamos aos travcrtinos e nestes verifica-se aindaum mínimo (M). É igualmente de realçar o facto de esteminimo corresponder ao intervalo equivalente à inversãode polaridade (504 - 493 Ka) e poderá significar aindauma variação pal eoclimáti ca . Est es dados podemcomparar-se com as curvas de Wollin et a/ o (1978) etambém consideradas em Bradley ( 1996, p. 97) (curvasde variação da intensidade magnética versus tempo, paraos últ imos 2 Ka), cuja leitura permite verificar, paraidêntico intervalo de tempo, diminuição nos valores daintensidade e aumento na temperatura.

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Los lnt. (mAm ·1 )

de Figueira da Foz e, na área de Cemache, também comas Areias e Argilasde Taveira. A variação das propriedadesmagnéticas, re lacionada com o con teúdo em mineraismagnéticos, está, muitas vezes,' dependente de alteraçõesna contribuição terrígena e, portanto, também dependentedas condiçõ es pal eoclimáticas. Contudo, os mineraismagnéticos poderão também ser biogen étícos, em espe­cial associados à actividade de bactérias produtoras demagnetite (Fe p 4) e cuja ac tivi dade é igua lmen tedependente das condições do meio, nomeadamente datemperatu ra.

Os valores direccionais obtidos correspondem aoCrono Normal de Brunhes, com a possibilidade de registode, pelo menos, um criptccrono de polaridade inversa,como admitido por Gomes (1999, 2000). Asua presençapermite a discussão de uma idade possívei (504 - 493 Ka],

lopo2S

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Não se excluem outras possibilidades de "excursões",subcronos ou microcronos que têm sido apresentados poro utros autores . Uma hierarqui a da s unidadesm agnetos tra tigrá ficas é apresentada em Opdyke &Chann e ll (1 996, p. 78) , na qual um criptocro no depolaridade signi fica uma "existência incerta".

2. Testemunhar diferenças nos valores de 1, entre osperfis de Sa lguciro-Condc ixa-a-Velha e os perfis deCemecbe, que poderão esta r relacionadas co mcon trib uições terrige na s d istintas , sem ex cl uir apossibilidade de traduzirem variações paleoclimâticas, oque impõeuma passivei variação de idades .

3. Associar as variações de J" em especia l nos perfisd e Salgue iro - Con deixa-a -Ve lh a a alte raçõespaleoclimáticas, nomeadamente o núnimo que se verificaa cerca de 4 metros do topo e que corresponderia a umclima mais quente e seco(?). É de realçar o facto de aoadmitinnos para este mínimo a idade referida no ponto I.ele poder co rresponder a um outro de baixos valores deintensidade (e igualmente d iminuição dos valores de d"}insc rito nosgráficos de Wollin etai. (1978). Estatendênc:acorresponde ainda, nos referidos gráficos, a aumento datemperatura.

Deaco rdo com Soares (inf. oral) é muito possível queos Tuf os de Condeixa , pe lo men os atende ndo aosresultados das análises radiométricas que têm vindo a ser

BI BLIOGRAFIA

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efectuadas (Urrh), tenham idades que rondam os 0,45 ­1,5? Ma para as fácies Pado Salgueiro-Condeixa-a-Velhae 10 a 27 Ka para as fãcies Ttdos mesmos perfis. Contudo,para o topo, em Condeixa-a-Nova, a inclusão de artefactosromanos conduz-nosà admissão de umaidade maisjovem,talvez a rondar os 2 000 anos BP.

Da aná lise conj uga da de todos os valores, e porco mpa ração co m as tabel as cron ostratigr á fi casapresentadas em Van Couvering (1995 , 1997), podemosadmiti r que os Tuf os de Condeixa se desenvolveram du­rante o Ioniano-Tarentiano? (utilizado cm Van Couvering1997 como possível designação do andar que sucede aoloniano), co m assi naturas , que r no criptoc rono (oumicrocrono) de polaridade inversa C ln- I (0,504 - 0,493Ma), quer na integração de artefactos romanos (-2Ka).

AGRAD ECIM E.'\'TOS

Ao Prof. Doutor A. F. Soares do ocr, FC[ Univ.Coimbra, pela leitura critica do texto. Ao Prof. Doutor 1.M. Parés do "Instituto de Ciencias de La Tíerra JaumeAlmera. Barcelona. Espana" e ao Prof. Doutor D. Rey do"Departamento de GeocienciasMarinasy Ordenatión deiíemtono. Universidad de VIgo. Espana pela possibilidadede realização dos trabalhos laborat oriais.

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