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PREÇOS!

No fiio.-».. r»-»^. $5òoNos Estados.;«_. S6000\\

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O Tico-Tico publica os retratos de todos os seus leitores r^C^.^^ ^CrS-t /^ DO °-VSRIO DE JANEIRO, 9 OE SETEM8R0 DE 1931 (if jttOtX JAW, IRO %.

^XXVI" UMA COBRA / »t3MII _¦•' i I || ..II.1...I1.. im ,i ..-.¦¦ , ¦ rawa-n- . ,r , jri i.ii-h, .. v-iii _¦¦

Havir. atrás da cerca um movimento extranhoEram vozes que se trocavam e que despertavam a atenÇão de Lamparina e...

...Jujuba. Goiabada, falando pelos cotovelos, dizia aoutras pessoas que uma cobra muito grande se haviametido num buraco..

• . .e enfiava pelas frestas da cerca um dedo, Lampsri-na. então, que estivera tentando arrancar um prego comuma torqués, foi ao dedo de Goiabada e.._

.. .zás! Um grito atros ecoou pelos quatro cantos da ter-ra c Goiabada, a pular com a torquSs presa ao dedo, ber-rava, aflitissimo: — Uma cobra! Uma cobrai

,

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O TICO-TICO — I — 9 _ Setembro—lí&l

0 HIHHOEu me recordo de ter visto, um dia,Uma arvore na beira dum caminho,E no seu seio umbroso um passarinho

Da paina mais macia,Trinando de alegria,Arquitetar um ninho.

Era um canário novo, muito louro,Que àquelas frondes verdes agasalhoViera, aligero, pedir. — Num galho

Trabalha o seu tesouro!E o sol lhe banha em ouroNo poético trabalho! —.

A musica das auras perfumosasPelas folhas e ramos ia, em breve,E o orvalho matutino, côr de neve,

Emperolava as rosaaDe pétalas sedosas,Por sobre o ninho leve.

Estava quasi pronto, quasi armado:Um pouco mais de floculos de penas,Um pouco mais de musgo, musgo, apenas,

E estava terminadoO ninho assetinado,Com cheiro de verbena*.

Mas, alta noite, um vendaval violento,Arrebatando tudo na voragem,Levava á incógnita paragem,

Desde o verde rebentoAo galho marulhento,Vestido de folhagem.

E, no outro dia, quando retorneiA' sombra bemfaseja, á sombra amigaDaquela arvore, a sós, frondosa, antiga,

O ninho qoe adorei,Que quis, que tanto ameiNão tinha mais cantiga!

Que triste sorte! que infelicidadeDo aligero cantor, o meu canário!Como ele deve estar tão solitário!

Surdinando a saudadeDo ninho de bondadeNum másto stradivarioj

E assim como esse ninho sem ventura,Quantos lares festivos, onde o amorArquitetara um ninho de esplendor,

Vão tendo com triMura,Na noite mais escura,O vendaval da Dôr!

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O árabe famintoUm árabe perdeu-se no deserto, e durante dois dias

não encontrou nada para comer. Estava para morrer defome, quando chegou junto a um poço onde os viajantestinham o costume de dar agua aos seus camelos.. Percebeuai um pequeno saco de couro que estava sobre a araia eexclamou: "Deus seja louvado; este saco deve conternozes, vou emfim fazer um bom repasto". Cheio de con-fiança êle abre o saco, olha o que estava dentro, e exda-tna tristemente: "Oh! são pérolas!"

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S — Setembro — 1931 3 — O TICO-TICO

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liÜ Consultório da Criança r *"" nlr

BANHOS DE SOL

E' de toda vantagem expor as criançasdesde cedo aos banhos de sol. O sol e oelemento indispensável a vida. Todo sêrlivo, planta ou animal criado longe dele,não se desenvolve bem, pelo contrario, de-finha, iorna-se raquitico. Nos primeirosbanhos a criança deve expor somente aspernas, durante cinco a dez minutos, nodia seguinte deve extender o banho até oabdômen mais cinco minutos e depois atéD tórax outros cinco minutos e assim pordiante, até atingir o corpo todo durantetrinta minutos a uma hora nas costas «outro tanto na frente.

E' de boa pratica durante o banho pro-leger sempre a cabeça. São mais eficazesos banhos de sol das alturas (montanha)ou então nas praias. Nesses lugares ao Ia-do da ação bemfazeja do sol, as criançasrespiram um ar mais puro. E' grande otutmero de doenças para as quais o t.*ata-mento pelo sol (Helioterapia) dá resulta-dos brilhantes. As tuberculoses óssea e daIpéle, o fastio ou anorexia, o raquitismo, aanemia, a escroíulose, etc, são favorável-mente influenciadas pelo sol. As criançasque freqüentemente apresentam crises de ri-tio-faringite, de bronquite, de asma, etc,colhem os melhores proveitos com o usofreqüente dos banhos de sol. Muitos au-tores aconselham que após os! banhos desol, devemos fazer nas crianças fricçõesCom uma toalha molhada em agita na tem-peratura de 2.». Os banhos poderão serdados tanto no inverno como no verão.Atualmente, nos dias bons, o banho pode-rá ser feito ou as 10 horas da manhã ouas 2 1/2 da tarde.

A luz violeta produzida artificialmentepela lâmpada de mercurio. pôde, em pa.*te,muitas vezes substituir os banhos de sol.Os bons resultados obtidos com uso do»banhos de luz violeta são de todos conhe-cidos, principalmente nos casos de gripes,bronquites, asma e fastio.

CORRESPONDÊNCIA

Çoethe (Rio) — Dê de três em três ho-ras logo após o peito uma colher de cháde Cazeon desmanchado num pouco dágua.Cinco minutos antes de dar de mamar devepingar uma ou duas gotas de solução deadrenalina a um por mil em cada narina.

Mim. Margarida (Ponte Nova) — Acriança de sete anos que por qualquer mo-tivo se res fria e começa £ tossir -a pontode não poder dormir a noite deve ser le-vada a Um especialista de garganta paraver o estado das amigdalas, etc, Alémdisso deve seguir o conselho de hoje, ba-nho. de sol.

Mme. Javiire (Rio)' — Quasi sempre êt-uu habito o fato da criança urinar na

cama. Não convém castiga-la. Durante ainoite convém botá-la para urinar uma ouduas vezes e durante o dia diminuir a quan-tidade de liqu:dos da alimentação.

AVISO — As consultas sobre regimensalimcntares e doenças das crianças podemser dirigidas ou para o consultório ou paraa residência dc

DR. OCTAVIO VEIGA

Diretor do Instituto Pasteur do Rio daJaneiro. Dos Consultórios de Higiene In-fantil do (D. N. S. P.) Medico da Cé-che da Casa dos Expostos. Especialidade;Doenças das Crianças — Regimens Ali-

mentares.Residência: Rua Jardim Botânico, 174..

Telefone: 6-0327. — Consultório: RuaAssembléa, 87. Telefone: 2-2604 -- Se»gundas, quartas e sextas, das 4 ás 6 horas.

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O TICO-TICO -4 — 9^ Setembro— 1931

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AVENTURASDE

TomSawyer

da novela.cio imortal

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Uma.comedia para criançase velhos também 1

Em exibição

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IMPÉRIO

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Redator-CI.efe; Carlos Manhães — Diretor - Gerente A. de Souza e SilvaAssinatura — Brasil: 1 ano, 25f000; 6 meses. 13J0OO; — Estrangeiro; 1 ano, 60$00U;

assinaturas começam sempre no dia 1 do mês em que forem tomadas e serão aceitas anualTODA A CORRESPONDÊNCIA, como toda a remessa de dinheiro, (que póde-»ser feita por wale postal ou carregistrada com valor declarado), deve ser dirigida á Rua da Quitanda, 7 — Rio. Telefones: Gerencia: 2-4544.

Escritório: 2-5260 Diretoria: 2-5264.Sucursal, em Slo Paulo, dirigida pelo Dr. Plinio Cavalcanti — Rua Senador Feijó, 27 8° andar, salas 86 e 87.

6 meses, 33J0OO.ou semestralmen-

CiCOQ/à

VIDA. ESPORTIVAMeus netinhos;

Nas palestras que todas as semanas Vovô entre-t.m com vocês não deixa de citar as vantagens dosexercicios físicos para todas as crianças. E' peloexercício físico, pela pratica regular e bem orien-tada dos esportes que se robustecem as gerações. E'pelos esportes, meus netinhos, que as nações forta-lecem seus cidadãos para os prélios da vida. Desde ostempos imemoriais foi feita a apologia dos exerci-cios atléticos, que dão aos homens estrutura fisicanecessária á vitoria social, inegavelmente dadaaqueles que são fortes pela inteligência e pela força.Por pensar assim, meus meninos, .Vôvò tem sempreaconselhado a vocês a pratica dos exercicios de ginas-tica, natação, o remo, os jogos de toda espécie com-

pativeis com o nosso clima e com a moral esportiva.Mais do que tudo isso, meus netinhos, tem Vovô

orientado os meninos para essa escola maravilhosa

que é o escotismo, lembiando-lhes a conveniência doíjogos educativos e das competições que mantêm oentusiasmo dos jovens.

Todo menino, toda menina devem, diariamente, emhora própria e assistida por um bom orientador, fazeios seus exercicios de ginástica, cultivar os esportesque mais necessários lhes pareçam para desenvolvi-mento do físico. As gerações novas devem cultivar oespirito, estudar, preparar-se intelectualmente para avida pratica. Mas ao lado desse preparo dá inteligen-cia, não se deve esquecer o cuidado de robustecer ófisico. Mens sana in corpore sano — mente sã emcorpo são — diziam os antigos. Esse conselho, meusnetinhos, é dos que maior sabedoria encerram. Estu-dem, para ficarem armados dos conhecimentos ne-cessarios á vida pratica mas não descurem de afen-der ao preparo do fisico, necessário também á exis»tencia,

VOVÔ

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O TfCO-TICO 8— Setembro— 1031

"O TICO-TICO" MUNDANONASCIMENTOS

® -$> Nasceu a me-nina Leonor, filha doDr. Otto Vieira San-tos e de D. Olga liei- ¦—¦ * reilcs Santos.

*.' Chama-se Rubem o Indo menino que desde o u.&30 do mez ultimo é a alegria m.ror do ilustre casal Dr.Álvaro Ferreira-D. Edina Pinhe'ro Feri'

ANIVERSÁRIOS

-S> Maria Lucinda. galante f.lhinha do Et. Jayrnede Almeida, completa hoje seis anos:

* •?¦> Passou a 3 deste mês a datanatalicía do estudioso jovem Murillo deMendonça, aluno do Colégio Nacional.

«* Completou cinco anos ontema graciosa Edith, filhinha do Sr. Amarode Carvalho.

<3>

NA BERLI N D A . , .

• • Estão na berlinda os seguin-tes alunos do 3o ano, Io turno doGrupo Escolar Basilio da Gama; Mari-na R., por ser estudiosa; Anadyr, porser comportada; Munira, por ter ca-chos; José T., por ser ciumento; E'zaJ., por andar sempre de casaquinhoverde. Angela, por ser meiga; Osmar,por ser pálido; Vera, por ser risonha;Maria do Céo, por ser calada; Octav;o,por ser simpático; Jorge, por ser alto;Milton, por ser risonho; Octacilio. porser alegre; Santa, por mignonc; Fer-liando, por ser querido; Arnaldo, porser loiro. José C, pelo modo de falar;Geraldo, por ser um bom aluno; Mar-r;i si, por ser bom desenhador; Luiza..por ser morena; Gissia, por ser daKu-

EM LEILÃO.,.

BONECAS**!* — Agora, minha filhinha,

Vamos p'ra cama dormir,Sonhar com a lua c as estrelas

*í> Que eslão no céu a sorri.:

NO JARDIM...

? # Num jardimide Vil* Isabel foramvistas a s seguintes

flores: Alzira, umaorquidea; Roberto, um

cravo de Fetropolis; Jacy,. uma rosa chá; Milton, um bo-gari; Maria de Lourdes, uma hortencia; Ernesto, um copode leite; Dolores, uma papoula; Arthur, ura monsenhor;Olinda, uma margarida; Carlos, um ja.-mim; Isabel, umabegoira; Durval, um amor-perfeito; Durvalina, uma açu-cena; Mario, um cactus; Marina, uma flor de cera; A1-*varo, um resedá; Lucilia, uma violeta; ;Geraldo, Um sus-

piro; Cacilda, uma palma de SantaRita; Raul. um crisantemo; Sônia,uma rnagnolia; Humberto, um gira-sol;Antonieta, uma acácia; Chiquinho, umbotão de ouro; Dora, uma saudade;Estevão, um beijo; Maria da Gloria,uma delicada cravina.

**- Minha filhinha bonila® Das bonecas és a flor —¦S* Bem mereces da mãesinha

O mais furo c lindo amor.—

•_>

««>

<5>

Obediente e bondosa,Ouves ludo que te digo,Mas, por que, minha boneca

*$- Nunca falaste comigo ?<$>

Por que nüo falas, boneca,Como eu te fato, amorosa T

¦*$• A mamãesinha anda tristePor te ver silenciosa .'...

<&Esses teus lábios de louça

¦® Bem podiam me alegrar,Não basta esse teu sorriso

*--> Precisas tambem falar...

E a bonequinha de le-uça,Já na caminha deitada,Tinha um sorriso bonito.Continuava calada.

NO POMAR...

* ¦**-¦ Num grande pomar em SãoChristovão foram colhidas lindas fru-

«> tas representadas pelas meninas e me-<í> ninos seguintes: Débora, uma deliciosa<$> laranja da Bahia; Nelson, um aprecia-<$> do sapotí; Marilda, uma manga rosa;«> Veuancio, um mamão da Colônia; Es-<S> ther, uma fruta de conde; Aluizio, um«i> limão doce; Pedrina, uma uva; Os-«> valdo, um morango; Lydia, uma chei-3> rosa maçã; Orlando, um abacate; lida,•g. uma pera; Juquinha, um melão; He-«e lena, uma laranja lima; Milton, um<J> cambucá; Ruth, uma cereja; Pedi-nc,<8> um pêssego; Maria Alice uma pitanga;«® Victor, um caju'; Iracema, uma cereja;

Abel, um jambo; Mariazina, uma«& goiaba; Joel, um cajá-manga; Alce,«€> uma melancia.4><S> NO CINEMA.».

Bem avisada bonecaQue, a sorrir, vive calada,Ouvindo da mamãesinhaA voz tão meiga e adorada.

Se as bonecas, tão queridis,Pudessem sempre falar,Talvez fizessem—quem sabe?-A mamãesinha chorar.•

<s>

A •$- Estão em leilão as senhorinhas.anazes de Mar de Hespanha, Minas:Quanto dão pelo andar do Geraldo L.?pelos óculos da Maria L. ? pelas gra- ?«ças do Nino S.? pelos olhos do Zézé ?C. ? pelo andar da Maria B. ? pelo anel *da Leophrisir. ? pela sincerdiade da <*>Zézé C. ? pelos modos da Margarida ?C. ? pelos cabelos do Cadinhos C?pela voz da Ivonilde A.?

** ® Estão em leilão os segui; lesamiguinhos: Quanto dão pelas sobran-celhas de Mario? pelos olhos de Con-ceição? pelo bigode de Juvenal? pelaalegra de Maria Clelia? pela prosa de *-*>Ângelo? pela altura de Maninlia? ?.*•'???'pelas costeletas de Baptista? pelo crês-

to de Lourdes? pelos cabelos loiros de Zeca? pela fa-ceirice de Edimlda? pelo lindo Grupo Amarante? pelos ca-beles de Erothinha? pelo comportamento de Armando? pelo6orriso de Alzira? pela grande estatura de Nini? pela gor-dura de Aida? pelas calças largas de Zézé? pelos cachosde Filhinha? pelos tregeitos de Rosinha? pela "pose" deHollanda? pelo rosto pequenino da Rubens? pelas tran-« <ie Altair? pela alegria de Celeste? pelo riso de Fe-licia? pelo moreno de Bradimiro? pelo coque de Xar?pela correção do Robertinho? pela delicadeza dai Resta?pelos modos de Odette? «_, afinal, meus leitores, quanto dãopela lingua da leiloeira?

«$>

* *3> Foram contratados para umfilm interessantssimo os seguintes ami-guinhos: Conceição, a mimosa LauraLaura La Plante; Mario, o interessan-te Sonnie Boy; Clelia, a sedutora Nan-cy Carro!; Juvenal, o apreciado Mau-rice Chevaüer; Martinha, a levadaAlice White; Armando, o imponenteChuca-Chr.ca; Lourdes, a linda AnitaPage; Felcia, a graciosa Janet Gay-nor; Zeca, o querido Ramon Novarro;Baptista, o simpático Harold Lloytí;Edmüda, a fascinante Jeanette MacDonald; Celeste, a encantadora SueCarol; Hollanda, a risonha Mary Pi-ckford; a imitadora Joan Crawford;eu. o saudoso Rudo'ph Valentino.-í> **• Foram escolhidos para tomar parte mim film os

seguintes moradores da Tijuca: Manazinha, a Joan Craw-ford; Hélio, o Konald Colman; Ivette, a Marlene Dietrich;Octavio, o Willians Haines; Aida, a Marion Davies; Al-berto, o Faibanks Jr.; Manha, a Greta Garbo; Júlio, o Ha-rold Lloyd; Annita, a Anita Page; Mario, o Rod La Rocque;Leonor, a Marion Nixon; Pedrnho, o Charles Farrell:Suzana, a Vilma Banky; Nestor, o Conrad Nagel; Dulce, aJanet Gaynor; Sylvio, o Richard Barthelmess; Nina, a PolaNegri; Paulo, o Charles Rogers; Jacy. a Gloria Swanson;Franc;sco, o Jonh GÜbert; Maria Luiza, a Bebe Daniels;Florisvaldo» o Carlito: Glorinha. a Marv Astor.

CARLOS MANHÃ ES

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9 — Setembro—1931 O TICO-TICO

LEITORES DO "O TICO-TICO"»UIU ilkáii IiIiAAjMi ===== rr 1 llffiltlÊ I II II

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Yedda, filho do sr. Ma-noel José Dias — Ca-

pitai

Jessê, filha do sr. Ma- Waldemar, Orlando crio Salles — Silvestre Esther Ribeiro —

Ferraz Capital

Hilda, filha do sr. Ben-jamin Emiliano —

Capita!¦Arjviftvjvwvv._-^_--_^JV-ruvvv--- v.-w%r_-^rKlvwift___"wv\._v_____.

Tudo se transforrtia na natureza!' a • . -As mínimas coisas, que a nos. mi-

seros humanos (que somos um na-da deante da enormidade do Uni-verso) parecem estar num estadoestacionario, não estão tal; apenassuas transformações são operadastão lentamente que não se percebemem anos, mas sim em séculos, taissão as ilhas madreporicas, o avançoc recuo do mar e tantas outras coi-sas. Cite-se também como exem-pk) o pico chamado "Dedo deDeus", na serra dos Órgãos, que sehoje apresenta a forma que tem,é devido á erosão eólia, que daqui¦ alguns séculos talvez o faça desa-par.cer.

A palavra erosão deriva-se dcverbo eroer, que quer dizer gastar,modificar, altear; eólia vem cietolo que dignifica vento. Logo,tro sã o eclia significa gasto pelevento; e, com efeito, o vento baten*do rijo no "Dedo de Deus", foi ro-endo-o, gastando-o, dando-lhe afôrma afinada que êle hoje tem,

EROSÃOe, continuando a gastá-lo, é prova-vel que daqui a alguns séculos otenha gasto todo.:

E' claro que estas modificaçõesnão são notadas por nós, nem pornossos filhos, netos ou bisnetos,devido á sua lentidão

Ha também a erosão marinha,isto é, partes da terra que são gas-tas pelo mar.

Entretanto, se ha elementos de*-fi_idores, existem também elemen-tos construtores, tais como os mi-croscopicos animaculos que for-,mam as ilhas madreporicas, a queha pouco nos referimos; e tambémos rios que em sua correnteza le-vam os aüuviões ou sedimentos queformam ilhéus ou bancos de areia.

A ilha Marajó, por exemplo, naconfluência do Amazonas; pelo la-do interno é augmentado pelos au-viões que a correnteza traz e peloJado externo é sujeita á erosão ma-rinha.

Chamam-se aktvião ou sedimen-to as terras, pedras, pedaços demadeiras, lixo e outras coisas tra-zidas pela correnteza das águas djum rip.

Jayme Àvgusto.

C'o!eg.o Pedro II„

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* / ÉYl fl \r ILtf*

¦gogr

i'oueo jempo Uepuis Kuliu eaaa-se comVa-rtlika. Amiiu» st ailoram e náu se sepa*ram .Mas, um clia. o sultão Hussyr mandachama-lo e Uli-llie: — "E' inconvenienteque um homem rique multo tempo agurra*üo as naia» tle uma mulher, lisiás-mo Ia*zendo talia na Corte. Í'r«ciM «Ia lua ale-gria * espirito pura minha distração." fc.o coilezão leve que vulljr ao pula^iu.

OsTrês

Con se-1hos de

M a z-dimun

(Continuação)

¦ ;

Mais tarde, o déspota enviou-o, coma»embaixador, a um soberano vizinho, Ou«trora isso alegrava Kulin, pois sabia que,no regresso à corte, vtria cheio de honra*e dinheiro. Hoje, que estava casado, l3so>o contrariava. Mas, como recusar? Cot»sua desobediência traria a lnimisade de t>-:usenhor. E Já pensava que o terceiro con-selho de seu velho pai era sincero e real.

— "Em todo caso. disse, o primeiro nào ô Minhaesposa tem-me amor, e estou certo «que, s«* lheconfiasse ura segredo importante, ela não o desven-daria a outrem. Vou fazer uma experiência." —Depois de meses de ausência éle encontrou, k Buavolta ao lar. Vasilika alegre por o tornar a ver e «a-(isfeitlsstma pelos presentes que seu mari«lo recebeudo soberano.

Depois de lova Ia até a casa do sou mordomo El-Drus mandou chama-lo a sua presença e disse-lha;— "Vais guardar com cuidado este animal. Oculta-lo-âs de todos no subterrâneo de tua casa de cam-po e nào o deixarã.i senào por ordem escrita pormim. Elbrus que não conhecia Kaprl. prometeuexecutar essa fantasia de seu patrào. Kulin, emseguida procurou uma gazela da mesma cor e cou*duziu-a para...

¦.'¦'¦ i»->*J r-v^rv (\ /v«*^"i^~4ii«ii!

Em seguida. Kulin preparou a prova a oue Ia«ujeitar a esposa. Cma noite, êle entrou nos 'ar*>dins do palácio e apoderou-se da gazela favoiita dosultào. Esse estimava o pequeno animal como safosse sua propita filha e chamava-lhe Kapri. Eralinda, mansa e o moço a conduziu sem tiliçul-»dade,

.sua casa. Depois, com grande mistério, di33e *«na mulher: *-* -Vou-te confiar ura segredo, que nSa»e pode revelar, pois dôle depende a minha vida. Euroubei Kaprl. a gazela querida de Hussyr. pois ummágico me afirmou que aquele que comesse o cora*ção d/*sse animal teria uma felicidade eterri". —Fioaltranqüilo, meu adorado senhor, disso Voslllka. ml»nha boca nào *}o.'jçar4 escapar unia só palavra! ¦"

(CoaUnua)

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9 — -Setembro — 1931 _ 9 O TICO-TICO

AS AVENTURAS DO 6AT0 FELIX(Desenho de Pat Sullmin — Exclusividade do "U TICO-TICO" yara u Brasil)

"« — *"'""" ¦ I r^^^ ^M Soluvam-sGato Felix, levado pela encantadora senhorita que vira no circo j .-r.prisão, Gato Felix viu o chão fugir-lhede touros, fora cair nas mãos de ferozes bandidos e salteadores. E "

aos pés. E' que um alçapão se abria e porantes que pudesse protestar com veemência contra aquela... èle se sumia o nosso herói.socorro!

— *»¦ - r Vífc "« ¦• i aasH ssssssrí Lasssa^ '*^*' ******* "E** **•*'«*< lin*., **aa^BB^^^^B3^^^^Bpsaasssa!

- . - '.•-„-.. , Deixaram-no sóCaíra Gato Felix num subterrâneo onde a se a^riu e

rita.

De r umao amarraram fortemente com cordas. apareceu a senho- fs

'uf.es se. apagaram eto íenx gritou por soeGa-

gritou por socorro., ¦ mm. ¦- i «.¦¦—¦i i ¦¦¦ ¦ i s.1— ¦¦. --¦ .i mm. -f*as<*Maaa*asia*M.**aiii 11 i **a ¦ **ajsjsss»»*--s» WSsUUsf^ «j — — -—..——S-. ., r ., ¦

11

•âsssB^asW. t*** {j-t"' ffs, S» /

Mas a senhorita acendeu a iam- De fato. A senhorita come-pada e disse a Gato Felix que çou então a desatar as cor-ia libertá-lo. 'das que prendiam o...

...famoso Gato Felix. ...agradecer o gestoLiberto e posto na rua, da senhorita quandoGato Felix ia... esta lhe deu uma...

1. li ** ""^"^^^^i {¦"¦'¦¦ ¦¦¦¦ii ssS*****f»********alsWs»*a>saas*M**f*«*a»as» i ¦*—.——¦—.¦ ¦¦ ¦ ., si aammm^samm

ncLL _^

fefr" --p*- âfr-jfo **>- *** ~ T\

....dentada no focinho que „,.momento que a senhoritaouasi o mata. Gato Felix, com com um enorme punhal ia© focinho mordido, ia perder matá-lo. Gato Felix resolveuos sentidos. Foi nesse^. então bancar c cavalo...

».. .de corrida e fugi'! com tanta velocidade queparecia um raio.

(Continua).

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O TICO-TICO - — Setembro —1931

BORDADOSBordados e arranjos de casa. Riscos para as maivãs e a»

mestras, que, ás vezes, sentem certa dificuldade na escolha <lemodelos, ou, ainda, não encentram, mesmo entre grande varie-dade, o que poderia interessar,

Nesta pagina haverá sempre o propósito de fornecer dese-nhos com meticulosa escolha e minuciosa descrição, bem como<crá atendido qualquer pedido dc modelos ou informações dc Cot-tura, trabalhos de agulha, de cintura, arranjos de casa, chegandoale aos conselhos para o modo de encomendar moveis, disposi-ção, etc.

n, toda a boa vontade eui concorrer para orientaçã.. da»mestras, e o que atrairá pessoas de-Ljosas de ocupação nas ho-ra^ cie lazer

Assim também os bordados que "O Tico-Tico" vem publi-caòdo passarão, dora avante, a ser' tratados com nnis carinho,estendendo-se, esta secção, á medida do acolhimento entre wi itores.

Principiemos, hoje, por um leito dc bebê, de linhas direitas,laqucado de branco marfim e almofadas rosa seco. Sobre o cot-chão, colcha e fronha dc cambraia de linho branca estampada de

rosa — tecido de cor' fixa, resistente ás repe-

tidas lavagens e açãodo tempo, o que só seconsegue com os eli-quetados por liie -thren.

O que, porém, ca-'isa a alegria üis-

tc canto de quarto éo " panncau" á rodada cama, feito de li-nho nalural e cachor-ramos de colorido for-te — inclusive o preto,¦con,í' • e festouadoa de linha de tonalidade mau O

r do bordado vai separadamente para maior facilidade decopia.

Temos, outrosim, uma cesta que poderá ser arrumada numaca xa de papelão e estofada com o mesmo pano que forra a cama

f m, ,

1'olièio — Agora uma "lêtièiv" para proteger o encosto«Ias poltronas. As cabeças mal lavada?, untadaj de óleo ou mes

unidas deixam sempre mancha feia nas poltronas. Por isseas resguardamos com as * U-iièrcs", o que é mais um motivepara .mostrar a habilidade c a arte das donas de casa. A queaqui vai c bordada á Richelieu num pedaço dc linho grosso, na-tarai, dc 40 x 34. Çooltornando o bordado, linha da cor do linho,

a maior efeito, o centro deverá ser em linha de tonalidadediferente: azu! dc leuça, preta, vermelh.', verde... Sempre, po*

de acordo com o forro que terá de setim brilhante. A»s< <le uma puserem o borda

' m'K9\^JA^W~^A rv°/Xi t

m fl 3 81 fi f 1 $Ui -W e^ ur fln *"H w"

pontos de iiastí, - a beira doIopre festoaada.

Os enveloppes dc linho brancoBento bordados a vermelho, a ver-de, a preto, a azul, a amareloouente. E os de Itnhc de cor

/ e. \¦¦és;-

0. ¦< t |V.>'>. ^

SKRSiiíoS, <-., . ¦•• • ^vv ^^ f

Baréloppe i.mn. (nuu-duapo — Outracoisa útil e higiênica, porque ficará o guarda-

resguardado, e, cada enveloppe emd'-' di. i ..,olde e di

• pois um modelo c.:jontos de atra, a aargarida em f 'Súí^-v .^gj x^

ficai :V. firassimoí bordados a branco, ro^a puuuo m and forte,azul f. rtc no rosa seco, preto ne aiauelo, vcnnegw no verd-claro.

&**•* - Os v< , m a, ln0çase as meafeai gostam de usar são 3empre encantadores. Apermite monogramas bordados na blusa. i:a ponta da écharpe,na beira de uma g<ya. E os riscos dc monogramas sãu cada vexmais boniítjí O 1", no alto da pagina a seguir, por exemplo, dáa ilusão de tini gatinha; o _'¦•. é uma ei __ tanto b__F.ra, enquanto o > é do ã&>.

0> monogramas são, geralmente, bonxMOs cm " fesütt* e,»e a Iinla tor dc seda f.n, í preciso encher o miolo do «lese-

¦ i. alinhaves de 15-nha .en.s-a.

Pita, :.pi.>,,.-,«-, -r.K,-.,,-.•• _ A fla ,fl.,,ai COm (Icl;ca>da aite, a cara de ílar.da branca e kâaa ta !•-i.ro bebê qi* sediverte cm ma bob de gaz. As margaridas vermelhas ,-ãjcompletadas por hastes e tolhas de fita freta.

Depois, um trabalho de "ouatiné" numa almofada e colchapara cama'dc criança. As fores de seda, como as peça, a queme referi, ou de pelica. Também nisso imperará o contraste do

'..o azul c vice-versa, bem como cores paste] no brancoim

,K «*Mj-*o« é as já se grornecem de bordado»•• tüo simplfs, a linha prelada na agulha' para o formato

das flores, c o ponjtd de nó para o mJolo.Uma das [.,,.,,, c r,.n,;iva ca„ijsa> do cr(.pc de ^ ^Com ''" aberta em linha azul; a outra, de cr;-

branco, tem a pala rematada por uma fitaa c preto, franzido»

ato de abelha. Os bordados reproduzem.sr ra touca que ainda é rematada por um

-íi; coisas fezçraa par,•V.ru\.dos**, também se ercat-n*m ,ríji

15l

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Roupas TnfantisHoje representadas por modelos de "gar*

;onnets" para gar«tinhos.\- Mttsas cm as golas ieR>pi_ _ç e_n_>raà_

de linho ou seda Ijr.nu-aAs calças de suspensorJo cortadas cm flane-

Ia-vermelha ou velado arul, _nq„aní_ a ab.í >a-da ú dc flan.la branca para reaice da gravatalistrada de vermelho.

As outras roupinhas dc lã fira, e de veiu-do preto, o ijue -íeste ekap-fteateste pí";ilqn-rcriança-

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<Q: T I C O - T I C — Í2 — r —setembro—.1931

Kívia um homem que tinha cm pas-isto. O pássaro cantava, preso na gaio-

Ia suspensa á trave da porta. E o ho-i, que era oleiro, trabalhava na mol-

dagem dos «eus vasos, arredondando-lhesd bojo, alongando-lhes cs bocaes, lavran-.

es as bordas._E tão. habituado es,-Ií.va o homem ao seu trabalho, cjue jács mãos afeitas á obra de si mesmas alavavam a cabo, sem que o prorrio« -o, absorto em pensamentos íntimos.desse conta do que ír.zia. E o pássarocantava. E o homem' não ouvia o pas-raro. Ou antes, ouvia-o» mas não c:-ruiava, nâo atentava no seu canto.

Um dia, pela manhã, eis que o tra-Lalhador se dispõe a começar o «ervi-ço. As mãos peritas, rorém, nesse <. ;.,

rão ajudam, e é em vão que é!e seira para a sua obra tosca: tenta fa-

.. melhor, destroi-a, recomeça-a, ter-.. destrui-la e a recomeçá-la ansiado e

insatisfeito. Já então não são apenas osdedos que sc lhe agitam, na ânsia derealizar; são tambem os pensamentos,i < todos inutilmente se concentram nomesmo fito debalde procurado. Ao fimde longo tempo, íatigado de corpo e de«? I rito, o oleiro levanta-te. E, ao le-fyantar-sc, o teu oii:r.r diri^t-te ágaiola. • •

^A^*VM^vw^^vwvvwv^vv^AA^SlV^^v^^vvvv'.

Alegria Io iriUliPaulo Barreto

i* ^mr^sf^******'***'*m^mSssf^r^m^sr^s^^Ks^^e^i^^m^r^mT^m^^v^^tr^^^mi^i^-rS^L

Só então percebeu o Iicmcm que oi. '-aro estava morto.

E só emão compreendeu tambem ohomem o canto da ave que tantas vezesouvira com ouvidos distraídos, ou ape-nas curiosos de ruido fvão. com cuvidos '

que, embalados pelo som, não buscavamentender o sentido do que ouviam. Ogorgeio da ave parecia-lhe apenas uratrinado, cascatear de pipilos trcmuloSichilrado de pios inexpressivo» sem ou-tra beleza, que não a da sonoridade quevibrava no ar. E. no entanto, que diziao pássaro? O pássaro dizia; "Trabalha,

oleirol Todo o trabalho é alegria 1 To-co o trabalho é canto! Na tua estância

. pobre, o ouro do sol entra a ílux, inun-

dando-a. Nas tuas rudes mãos, o barrovil ení que pisas, matéria informe quecs pés calcam e que o vento só levan-

;' ta para deixar cair, snima-se, eleva-sev cai vaso. encurva-se en anfora. O sol

<t acende-o em irisações vivas; e tu co;ílt êle como um Deus, crias a fôrma, cri-

as a Beleza, crias a Utilidade! Trabalha,oleiro! Tr.-.balha, enquanto eu canto a

:'a imensa do teu esforço! Trabalhaao som da minha voz, que é incitamen-to; da minha voz, que repete, e que ésempre nova porque c sempre alegre!trabalhai oleiro! E, quando terminareso teu fecundo labor, trabalha mais, con-

tinúa, recomeça! Todo o barro, toda alama, todo o pó do Mundo deve serpurificado nas tuas mãos, deve nas tuasmãos ser metamerfoscado pelo teu es-forço, pelo teu afinco, pela sua tenaci-dade de todas as horas! Todo o traba-

•lho é Alegria! A gloria maior, a gloriaexcelsa, a gloria única — é criar! traba-

¦., lha, oleiro!E como entendesse, enfim, o canto

co seu pássaro, inteiriçado na jaula eemudecido para sempre, o homem,

pela primeira vez o fitou com ternura,com gratidão, com infinita ternura»tem imensa gratidão.

E chorou.

m»-a****~***+**>***'**,*lo**l>**m^^

CurseTorrictlii- o ceiti.re matemático e

físico italiano, discípulo de Cdescobriu em 1643 o peso do ar e«onstruiu o barometro para apreciar,as variantes. Em ?648 Pascal e Pe-tiier descobri-am os meios de de-terminar a a!iura de urr iogír poru ( .:ro.

rtgií>s polares, ss pesícs»podem falar umas com as outras aperto de uma légua de distancia.

isto devido z.(. ir ser frio.i do e se-eno.

O kerezene faz brilhar cemoprata os utensílios de estanho; bas-ta werté-lo cm um trapo de lã e es-fregar o meta!! O kerozene tira tam-lem as man has •>« moveis entres*

O Observatório Astronômico do5ul da Áustria acaba de comunicara descoberta de um novo astro, degrande rapidez.

O novo rstro fo: descoberto aoirada uma fotografia da eo -

ttlação Sagitarius e tem a msp-n-'-tude de 47. Supõem, os astrônomosque o descobriram> tratar-se de

!a.

l^^/ t^^í t^^i t^*r t^^ft^^í

SONETOVédf: este beiço embala uma esperançaA qual. dormindo, plácida e risonha,—Mais do céu que da 1 erra,—agora sonhaComo sonhar é dado a uma criança.I

E- assim, a vida, para nós medonha.; Vai-se-lhe, num sorriso de bonança:Sem grande esforço, o paraiso alcança,E só vê flores onde os olhos ponha. • •

Dorme e, sonhando. torn:-se divino;Nem desconfia o infante que o destino.Q.cr.do menos se espera, nos engana;

E que, mais dis, mer.os dia. quandoPassar o sonho, acordará chorando,Para os revezes da existência humana!

Renato Travassos

A mídia dr vida humana andapor 33 anos. Um quarto da popula-ção terrestre morre antes de chegar«os sete anos; metade, antes de ai-cançar os 17; e aqueles que ultra-passam essa idade gosam um pri-viicgio que é negado á metade da

ie humana.Em esda 1.000 pessoas só uma

chega aos cem anos de idade; emrada 100, apenas ;eis alcançam os55 anos, e apenas uma em 500, viveate aos 80 snos.

Existe r.a terra 1000.000.000 de I12-bitantes e destes .M.333.333 morremcada ano: 91, 824 cada dia; 3.730cada hora, e 50' cada minuto ouseja 1 cada segundo.

Estas perdas são mais ou niencscompensadas por igual numero denascimentos.

Os casados vivem mais que ossolteiros; e, sobretudo, aqueles queseguem uma conduta sóbria e labo-rios a.

Os homens sitos (rirem mais doore os baixos.

As mulheres têm mais probabili-dades de vida a scti-favor antes doscincoenta anos de idade do que 03homensi mas ír.ciiis depois.

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9 —- Setembro —1931 •— 13 -

OS 'S B É ": ! D ' ts oO TICÜ-U C

T I C O =

jBffig 1 &|^^BH^^^^HR^ " -ffiflH

Pestatta. — Nilo-polis,

Paulo, filho do Dr. O-moly. — São Je-

ronymo.

De- José Alr.tir, filho do Sr.Manoel Feitosa Filho. —

São Paulo.

Maria da Conceição, filhaco $r, Israel Tavares- *—

Capital,

AVE MARIAQuando, o sino da ermidaAnuncia o fim do dia,

O devoto se cencentra...,E murmura: Ave Maria...

Quando o viajante se perdeA' noite, na serrania.Ergue os olhos para o céu..«

E murmura; Ave Maria...

Quando defronta urna cruzAo pé da mata sombria,O crente põe-se de joelhos...

E murmura: Are Maria...

Quando ruge a tempestade,O trovão, a ventania,Todo o mortal se apavora..,E murmura: Ave Maria...

Quando cessa o furacão,E, vem logo a calmaria,O raarujo se descobre...E murmura: Ave Maria...

Quando se erige um altarEm louvor a Virgem Pia,O aflito ali se prostra...E murmura: Ave Maria...

Quando em frente ao campo santo.Onde finda a soberbia,O transeunte sc dotem...

E murmura: Avs Maria...

Lso P.-.7.D0

W*AMJW«V.WA*AMAWJVJVrt

.Jorôjije valor*w*-vi*-MftB;wwwvi •

Certo camponês, disse um dia a algunscompanheiros: — "Não tenho inveja dorei porque possuo apesar de pobre uma co-rôa muito mais firme do que a sua e demuito mais valor. Todos os exércitos domundo reunidos seriam incapazes de reti-ral-a de minha cabeça; é uma coroa his-torica, herdei-a de meu pai que a herdarado seu. Só a entregarei a Deus que talveza devolva mais tarde para a cabeça de meufilho".

Sabedor disso o rei mandou chama-lo epedm-lhe para ver a celebre coroa. O ho-rnem que era muito esperto, respondeu quesob pena de morte só a mostraria em tro-ca de alguns alqueires de terra e o materialpreciso para fazer uma casinha. O reiávido de curiosidade prometeu solenementeperante toda a corte satisfazer as exigên-cias do camponês assim que fosse satisfei-ta a sua curiosidade.

Levantou-se o nosso homenzinho. Fa-zetido uma reverencia descobriu a cabeça emostrou a calva redondinha, perfeita co»rôa rodeada de cabelos. O rei e toda a côr-te acharam bastante graça no camponês.

Satisfeita a promessa do rei foi éle vi-ver feliz cultivando a terra de onde reti-rava o sustento para sua numerosa famiiia.

Ruy Rtcaixo Pinho

(MONÓLOGO*

Era o Pafuncio PeraltaUm vadio conhecido,E era, a'ém disso, tambem.Não soi porque, presumido.

Manca pegava num livroPara estudar qualquer cousa;Não escrevia, tão pouco,Nos cadernos ou na louia.

Pcrérn, a qualquer pergunta,Ele sempre respondia:

Batatas!... Quem não sabe isto?E urra tolice dizia.

No seu exame de história,Sem saber nada, éle entrou;Porém, com ares de douto,Cheio de empáfia, esperou

O exattánador lhe pergunta:Quando é que foi descoberta

O nosso Brasil amado,Verdadeiro céu aberto?

E o Pafunc"4 assim resportí;:Batatas! yuem não sabe isto?

O Brasil foi descobertoMil anos antes <!e Cristo*-.• •*••* *»*•*»» *••»*••**••Inútil será dizerDesse exame o rejultado,O Patur.cio das batata *Foi. sem pena, r6prcv.tdo

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ti TICO-TICO U «J — Setembro—¦ 1!).J1

Tíavia outrora um ferozador que atacava os via-

jantes na estrada, despojando-os de tudo- e quando algumpretendia resistir ele o mata-va -em piedade.

Algumas vezes foi ferido,;, rém lograva sempre esca-par com vida e iugir á açãoda justiça que o perseguia.

Puseram até a premio suaça, prometendo váKoéampensa monetária a «piem

vivo ou morto.O salteador tomou mais cau-

tela c usava agora de outra táticaobter dinheiro: seqüestrava

'.as, impondo elevadas quantiarate.

( i Armando era um menino muito¦ <pie obtinha sempre as

"•ores notas no colégio.Seu pai, que fora um abastado

comerciante, sofrerá, devido á cri-undial, grandes prejuízos, e os-

tava pobre agora.O menino redobrou, então, seus

ços no sentido de poder embreve auxiliar seu pai na manuten-

da familia, lecionando aquiloque '- itbesse.

reciahdo muito o estudo daHistoria Natural, dedicou-se á bo-tanica, e seu maior prazer era pro-c irar no mato hervas e arbustos

pira os classificar botanicamente.Estava ele um dia em uma des-

sas excursões na foresta. quandofoi surpreendido pelo salteador que

r laçou e amarrou, levando-o para sua gruta, liem oculta nc

i da mata.Saber..'.*, ie quem ele era filho.

mandou um bilhete ao pai exigmdoa quantia de JO contos pelo resgatedo Armandinho.

"Se não fosse depositada aquelaquantia em determinado logar, r&n-

WH4Kk^^lW^B«aMHaMr«Ha«te^Mn«HMBMHMn

tro dc 24 horas o menino seria as-sassinado"; ameaçava o bandido."Ao receber aquela intimação, o

pai do Armando, que o procuravapor toda parte, sem o achar, fi-cou como louco.

Não possuía os 50 contos patapagar o resgate do filho e mandoupedir ao salteador que "ão matasseo menino, e esperasse mais uns diasenquanto ele arranjasse o dinheiro.

O bandido da floresta julgai queaquilo fosse uma cilada e respondeuepie se até á noite não viesse o di-

1 iheiro mataria a criança., O Armando, inteligente como era,

sabia que o ladrão era capaz dc o,iar, e sentia o desgosto que

isso iria causar aos pais, além daaflição em que estavam por nãoterem, assim de pronto, aquela ele-vada importância para seu resgate.

Antes de ser aprisionado pelosalteador, o Armando havia apa-nhado na floresta diversos cogume-Ios para os estudar, classificando-os, conforme scu maior ou menorgrau de toxidez.

O salteador. ao ver os cogumelos,alguns grandes e bonitos, disse:

— Foi muito bom teres apanha-do esses cogumelos de que muitogosto, e vou prepará-los para omeu iantar.

Isso não é para comer,e sim para estudar, declarou,lealmente, o menino.

Não te preocupes maiscom estudos, porque teu painão depositou alé agora o di-nheiro no local onde eu de-terminei e, antes de clarear odia. já terás morrido...

O Armando, menino cora-joso," nem estremeceu ouviu-do aquela sentença de morte.

Lamentou apenas quefosse causar profundo des-gosto aos seus pais.

O salteador, apoderando-se vio-lentamente dos cogumelos que omenino não queria lhe dar, entre*tido, como estava, a estudá-los, oapôs em uma panela ao fogo paracozinhá-los.

Depois de cozidos fez delesuma espécie de salada com vinagree sal, comendo tudo com satisfa-ção.

Entre os cogumelos apanípelo Armandinho havia alguns ve-nenosos e não tardou que o sallea-dor se sentisse mal.

O pequeno aproveitou-se dessacircunstancia para fugir, correndoaté sua casa, onde relatou o caso aospais que ficaram radiantes de ale-gria por vê-lo são e salvo.

Pelas suas indicações seguiu a po-licia para o esconderijo do saltea-dor e foi fácil prendê-lo. pois eleestava se contorcendo em 3otcom um principio de envenenamen-to pelos cogumelos.

Além de se ver livre da mortecerla, o Armandinho ainda recebeuo premio prometido pela policia aquem lhe entregasse o perigoso sal-teador.

Seu amor ao estudo da botânicalhe salvou a vida.

ÈIAURTCIO MATA

PARA S FESTA S ESC O L ARES•gani/ação dos programa*- para as feitas escolares lutam as senhoras professoras com a falta

mologos, cançonetas, diietos. coros, poesias c diálogos próprios para'as crianças. E' que não éNí

de mou onetas, duetos, coros, poesias e diálogos próprios para"as . £< que nao e•ta. lia, no entanto, um repertório dc tudo que é ne.

-ario para organização dos programas de festas escolares. E' o "Teatro u'0 Tico-Tico". de EustorgioWanderley, o apreciado escritor e poeta que todo r> Brasil conhece.

No 'Teatro d'0 Tico-Tico", que a Livraria Pimei.tr. de Mello & C, rt» Snchet, 34 — Rio, vendepelo preço de -,.Sooo. (Pelo Correio. íegbtrado, 6S000), ha a mais completa coleção de GANÇONE-TAS, DUETOS, COROS, CAMEDIAS, FARÇAS, SA1NETES, CENAS-COMICAS , DTALO-GOS, '-. MONÓLOGOS.etc. A's senhoras professoras recomendamos tão útil e interessante

ro infantil. «

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S —Setembro —1931 - 15 O TICO-TICO

H/Am[iz$ABA}ü3m®(^& &&/"Patrão.ah\ tora h A co\ ESTOU S^M vinteih.) y ÇYW? \ eu ca tenhoJBRAdORES PREGADOS GüGJ me SlBASUM O-EITC J KA£~5\ UMA i^EA

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o GRANDE P R E S E Pt D E NATAL- Pagina de armar n, 5IIII M. mil I IIII l-fcf1.il IT-I» ¦¦ Bll ¦ III - II | , |,

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ü TICO-TICO 18 y — Scínnlno —l!).il

Havia um negociante al.astaCo. cliama-«Io Felisberto, qae habitara orna linda ta.-oa dc campo, um pouco reinada da ei-<

...posa P. Laura era unia senhorabiuito bem educada e, vivendo na opulcn-¦. tíva e cart-

sorte,lüio, o to, con lava dez

de idade e . Ao na<

Muito obedii titi e stocii, era em < ¦-ws paisi i rio do

prof..Não obstante o Luizinho possuir tão be-

landades, sua mie sempre lhe reco-ra que .•¦ todoa, princi-

palmente o seu mestre, <-.s rclbos, oh inti'i-¦

Certo dia Luizinho seguia pa-'a aia; no caminho, mo baixo de uni:: arvore,

sentada uma pobreo, e tintai i cão-

Luizinho com todo o respeito aproxima-ae da villia e diz-lhe:

r.ons dias, minha avózinha.... meu net iho|... então,

Vais ;V escola?Vou, sim. minha avózinha.Fazes bem, !neu netufho!K a minha avózinha vai passear na

•Ida 1'asscar na cidade? cu, oli ! nüo,IUma lagrima. Vou z, comuma existência de o.tenta nler a

Ur unia (íI

Hoje ainda não tive um pedaço doP&.0 para me alinv

oue posai .ição gene-deveras •

iSe a minha avózinha aceitar,

me. ..r sem

;. por minha causa?... Nãoíiã.. psMe ser:

Pôde sim. minha avóeinha, reepon-i finura.Eu, voitan Io á casa, a l.ôa mamãe

ado para ,-er gulodt-Ozlnha não i ncon-

quem se sofri-| muito .-..

nha uvózlnl o meu ofe-I

|k>! talvez nãoque íxis-: o íou coraçãoC* e te proteja. e aos

tis.liu-za da pobre velha e

d:- 91Minha avOzuiha, de hoje em diante

repartirei ios os eIn o li.

Ilçõi s, e quando loi ao recreio, o*cxdegas tomaram o Inuck. •¦ não o vendo

gini taram-lhe:BBtâo! nâo tro *e* huje?Não; respondeu. Luizinho, sem refe-

rirliem. Reparto contigo o meu, disso

¦/. umai foi: "caridade e o

easa, Luizinho tomou sua re-I

Mãe, admh.i.' poalçSe f!-

Di >'....,. de amanhã em

1 . h htm maior.Ti . enquanto for,oue me i"No d"o Ida.

I' ;>pro-I

l i Io obri;-ado, meu netlnhol Dir- nse.

1t

11 bom Luizinho. oi e.c repartir >

l,uich, ( fazia t> ians lhe dava

,m qufl viera n..petf.u a *u* mamie para d

dar um 1Sua mamãe consentiu, m

e tivesse muito cuidado; q.i i.*,.. reafastasse para longe da casa; podia ocor-rer el<5>:m perigo.

Um menino caridoso jjLuizinho safu muito i. i i. . Ia

,. borboleta*Hor. Lulzhihi

ar algumas borbo¦ ¦ nita. o

liio próprio, tirou seu chapéu¦rãs de unia de

A i". foi voando eampo i

inho foi perseguiado-a, sem .br.ir (tando dc casa .Vend tia realizar seu

, .ir. e voltaio, quando olhou

nem o ca-mini

le Luizinho sc lembrou doia mae lhe havia d

sigo mesmo: ,' ,Oh! l>or que não observei os conse-¦ minha boa mamãe! o* filhos des-¦

se fazendo tarda •• Luizinho lem-. de sua mam"

sua demora.Sem saber para onde devia dirigir seus

. caminhou ao acaso. Depni* de terado oma avistou umo ca pio dé mato. Tarou. H

¦ ¦" p naavio pouco e continuou a• ouviu laiid.

novamente, riima herdade vigiada poi

• mesmos, ea M|i' . Não

Os latido* vinham para Eque eram latidos de¦ia.

u ir ao en-

va a sua chegada.Reata

do! que Tazit! encontrar ali <• companhel-•iuela a quem ¦

¦

.¦ lambia-s mios.

Luizinho o alagava e seus temor.apareceram, pois tinha a seu Ia*:

fiel.¦¦zinho PI

. lialnhn desejava ; tollevando-o ao lado • -

Ua :<ih : o mi u m Unho, ' ..

I in. minha avózinhacaminho.

assim, meu m | ¦r um pou-

-•ar»,

i.a mi-

nha casinha: vim apanhar um poueo delenha ; vou deixá-la e seguiremos aem de-mora para sossegar o coração de sua ma-mãe.

Eu te ajudarei minha avózinha, disseLuizinho.

ha pouco 03 três personagens nu-:. caminho. O sol estava preste*

a desaparecei- no horizonte.D. Laura, de» sperada com a demora do

filho, e julgando que éle tivesse sido vítl-ma de algum desastre saiu com destino *cidade, contar a seu marido os seus prrs-sent Imenl

Na ocaaiáo em que Luizinho chegavacom a siri avózinha junto ã arvore ondepela primeira vez éle a socorrera, suamãe também se aproximava. Luizinhocorreu a encontra-la e, abraçando-a disse:

— Mamão! perdõa-mc! eu te deeobede-ei! :, !•• pelo campo; sei que qs! morreste de cuidado.

Sim roeu filho! pensei que não te ve-ria • -o tenho a felicidade de te

i !...Mamãe! dlgse Luizinho, ali eatt ml-

nha avôztaha, que 6 quem m.- restitue atouR bra£08.

D. Laura. dlrlgindo-*e ã velha, disse-lhe:Minha bôa mãe! devo-te a felicl

oue tive, de abraçar o meu querido filho.1'- uma divida que jamais te poderei pa-'ear! Minha rica senhora; nada me devei*,respondeu-lhe a bóa velhinha, apenas tivo

:ir pagar uma di^que unho para com o vosso filho, essejo ,. qtie a providencia vos en-viou! sim. minha senhora. 6 uma divi Ia¦aãrada ciue n&o acabarei de pagar.

Fui mãe feliz porque tive um filho¦ de bondade <• que me

fazialisse filho a morte me robou ha pou-

entto, me viir a este ndi-r a mão |

ira v** em uma e.\'sti nela detenta a» uma esmola paraciar minha fome! c esse anjo que a Pro-videncla vos enviou, foi de quem recebitambi m pela primeira vez o pão com que

i minha fome!Todoi ''i' °

"s lábios, reoarte com-• -mi Uiiith!

levou o meu filho. ma« enviou-me i para nu- suavizar ...

rica aenhora; ten-lado. so's feliz; e cu

também, per ter eoiiii. . Mo aquel* queo ser a um anjo oue fm me socorrido

¦ ncia.Volto satisíi ita 9 nshsl 'a.

.Minha bóa mãe! iVs.-c D. I-aura, eunão te deixarei partir!

De hoje em diante viveremos tsxloajuntos. Eu perdi minha mãe e tu perde*-

Olho..ir do leu filho e

tu ficaria em logar de minha mãe! acei-tas ?

i. com umanha bóa filha; •'• de continuar aminha humil lidas mais fe! ...nha vida e onda

filho.I; não quero

trarlar a vontade de minha boa mãe;i ilha não

t.- deixar* maia -ei'nr; mas hoje no: .bóa mãe vai passear a noite c

t a 11.1 C . . .Minha avózinha vai? perguntou l.ui-

zinl. o pela mão.Vou sim. meu nciniho.

Na maior -.-gulram todea paraa casa ; a lá • pohsre velhinha

atum.che-

ibci ¦ ¦

intou-lhe:Por qu.

tinhas a avózinha com «pi» m i -partas teu ImiWl, afim di que ela te dl

valor para melhor-Ia .

I'. l.jzinh^ a mam&iI .

têm valor, não pelafaz; '¦ di

¦

recebe o¦\ i.;-),

dizendo-lhe :tua mia

ida.

I.:: o FARDO

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9_-£eí<*mbt*o —i9_ - 19 O TICO-TICO

/ ¦§ JSjr^^. 5 ~ ^T7l_ mí i

REMÉDIO SIMPLESEra um joven rei arrogante e

guerreiro que parecia ter tudoquanto um homem pode desejar.Era muito rico e poderoso, tendoás suas ordens um grande exerci-to, o qual levou de vitoria em vito-ria. Mas, apesar do seu poder e ri-queza, era o homem mais desgra-çado do reino, pois tinha sempre acabeça cheia de idéas e planos queo não deixavam dormir.

Os mais celebres médicos do num-do foram chamados á sua presença,mas nenhum deles se sentiu capazdc curar a doença do rei, o qualmandou avisar por toda parte quedaria a metade do seu reino a quemconseguisse fazê-lo dormir sossega-damente; avisara também que, todoaquele que fracassasse na sua em-presa seria metido numa prisão. Eas prisões encheram-se.

Uma noite chegou ao palácio umalinda pastora que pretendia curar omonarca. Este, apesar da angustiaque o invadia, observou-a com aten-ção."Volta para a tua casa, linda mo-ça", disse-lhe ele, "não é possiveique tu consigas o que poderOsissi-mos médicos não conseguiram".

"Não, não posso'ir-me embora",respondeu a pastora, "senão quan-do tiver cumprido o meu dever,fazendo o possivei por vos salvar".

"Bem", tornou o rei, "mas ante?que comeces dize-me qual é o re-médio. Com certeza que é algumacousa que a tua mãe te ensinou".

"Sim", respondeu ella. "E' ?.l-guma cousa que a minha mãe nieensinou e que aqui tenho".

E, levando o rei a uma jantlaalerta apontou para o céu.

"O que?" exclamou o rei. "En-

tão vieste SÓ para te divc-itires áminha custa?"

"Não", respondeu a pastora:"vim para te ensinar a rezar".

Mas o desconfiado rei convenceu-se de que ela o estava a enganar,e a cólera levou-o a tal ponto qu_chamou os seus soldados e orde-nou-lhes que metessem a meninanuma prisão e que a deixassem ásescuras. Sentado numa poltronapresenceou, irritadíssimo, como osguardas amarravam a pastora.;

Viu, finalmente, que a pura einocente menina se dirigia para ocalabouço com um doce sorriso noslábios; o coração entristeceu-se-lhee seguiu a pastora. Observou entãocomo ela se ajoelhava, depois de terentrado na prisão."Senhor!" murmurou a moça:"ensina-lhe a rezar. Faze com queo seu coração se torne submisso eque ele peça perdão dos seus peca-dos e possa deitar-se tranqüilo ecom a alma em paz".-

E ficou imóvel, com a cabeça in-clinada, rezando silenciosamente; O

ÉMíf!^5H_14--.

rei, correndo, foi á porta da prisãoe gritou aos guardas:"Soltem-na! Dêem-lhe a liberda-de e deixem-na sair imediatamente".

Depois, o rei voltou para os seusaposentos, ajoelhou-se ao lado dacama e juntou as mãos, como ti-nha visto fazer á pastora. Mas,não sabia rezar, tinha esquecido asorações que a mãe lhe ensinaraquando era pequeno. Porém, algu-ma reza surgiu do fundo do cera-cão, porque, quando se deitou ador-meceu logo e só acordou na manhã;seguinte, sentindo-se transformado.

Já não pensava em guerras nemem riquezas, nem mesmo em hon-ras e homenagens; só desejava po-der fazer feliz o seu povo.

Imediatamente mandou emiss--rios em procura da menina, masninguém conseguiu descobrir seuparadeiro. O rei mostrou-se muitopesaroso, mas como já tinha ápren-dido a rezar continuava a dormire em breve recuperou o vigor e aalegria da juventude.

Um dia entrou no palácio umamenina muito bela que, dirigindo-seao rei, lhe disse com um amávelsorriso;

"Já não se lembra de mim? Soua pastora..."

"Conheci-a imediatamente", res-pondeu o rei. "Estava desejoso dea ver -para lhe dar a parte do meureino que lhe pertence. Oh! se qui-sesse ser rainha e ajudar me a fa-zer feliz o meu povo!""E* exatamente isso que eu que-ro", disse ela, "mas permitirá quea minha mãe viva comigo no pa-lacio? Foi ela quem me ensinou ,oremédio para a sua cura. Todas asnoites me diria: "Não te esqueçasde re;'ar, minha filha, se queres dor-mir em paz e ter sonhos agrada*vc!7\

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6* TICO-Tltlí 9—-Seieml.ru— 1931

CONSELHO E D I C OO Hilário, apesar do nome,Andava cheio de tédio.E foi procurar um medicoPara lhe dar um remédio.

Fizeram-n'o presidentePor ser um dos principaisMentores da SociedaddeProtetora de Animais.;

Era doido pelos bicho3Desde o elefante á formiga;Para o Hilário os bicharocosEra tudo... "gente amiga"..

Ao chegar ao consultórioDisse éíe ao Dr. Clemente:

Julgo que estou muito tiSofro agora horrivelmente.

Que tem ? pergunta-lhe o rnTem fastio? Dorme mal?Que é que lhe dóe? a cabeça?Conte-me tudo, afinal

Fastio, mesmo, não tenho,Isso não me causa 3balo;Diz o Hilário, porque eu como,Como mais do que utn cav

Sono tambem não me falta,E, se me deito de borco,Eu, durante a noite inteiraDurmo e ronco como um porco.

UMA VERDADEIRA FMALIDADEx.

Sinto uma sede tremenda;Ouer tenha, ou nâo tenha gelo,Ao levantar-me da camaCebo água como um camelo...:

Depois, então, fico farto,E sinto, no mesmo instante,Que estou de corpo pesadoTal e qual um elefante.

Qualquer comida que coma,( E ainda hoje assim foi)Volta-me á boca, e me dei iFulminando como um boi.

Isso me faz impaciente,E me deixa inquieto, fraco.Mazendo momos, caretas,Nervoso como um macaco.

Assusto-me, então, por tudo,Falar alto ninguém podeJunto a mim, porque eu mais alto,Pulo logo cemo uni bode.

Não tenho constância em nada,Nem para a mínima cousa;

Ora aqui estou, ora ali,Como louca .mariposa.

A's vezes me sinto tristeNum canto assim, jururu,Como um corvo, unia cegonha,Ou talvez um jaburu..

Outras vezes ja me alegro,E de modo extraordinárioOne me assusta, porque ficoCantando coraõ um canário.

A's vezes, como um leão,Fico brábo, desordeiro,Porém depois fico calmoTão manso como um cordeira.

Quando me "enfezam", então,A minha fúria redobra,F. sou capaz dc morder,Como um cachorro ou uma cobra.

Que me aconselha que eu faça?Diga logo, por favor,Que eu seguirei seu conselho,

amigo doutor.

•— Para o seu "caso" aconselho,Diz o medico ao Hilário,Que, ás voltas com tantos bichos,Procure um veterinário.

MAURÍCIO MATA

Os caranguejos terrestresda índia depositam r>ovos no oceano. Na esta-ção da de-ova, milharesdeles, conduzidos pe'osmacho;, migram para omar. Nada p;de evitar

cur3o fitai. Essamultidão de caranguejossohe e desce montanhas,

demandar-lo as água?^^ ^^^

ali ^âa-""

úék' *''_$?•"•£& *^S*Vaí ? • V^-^^^ír 1*--,) r • -*V-2i ***** V * ? s* * 2L_t-+$i

(VICTOR DURW)

io do sexto século antes de Chri.-to, Amasisca dé gripem humilde, merecendo por isso pouca cor.s:-duração entre alguns grandes da sua corte. Ma3 Amas'»

lição fiuWica (lue ternvnou todas a3 preven-Entre os * preciosos que lhe pertenciam, se

encontrava uma linda cie ouro, em q:e todos os que co-a (.'3 costumavam lavar cs pé,. O rei

ni então que a espedaçassem e dela se fize^e a es-latua de uni deus. Posti a estatua num d>s logares mais

leritadoj i se esquecia dc irir a imagem divina. E Amasis falou então:

— Es : ¦ 'ci-o erai uma b:icvi ::nls vil das ocupações. E"

o mesmo que se ocorreu coimgo. Pouco valia ontem,n.as hoje sou vosso rei Rendei-me, portanto, as liogens devida»? á dignidade real.

E desde Cjü da Atnasis fo! > por todos oJseus súd

(Adapt. de E?ajxi.\o.\das)

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-~S-_ci_-rò--l!K.l — 21 — O TITO-TICO

A PÁTRIAQue é a pátria? E' a paridade dc gostos e de cos-

lumes, comunidade de língua, coesão de leis, identidadede condições físicas e morais, coopartieipação das mes-mas lembranças. Quem não compreende nem sente es-ta tendência e esta necessidade moral não tem pátria.Para que haja consciência, coesão e'disciplina. Maspara que isto exista, é necessário que haja instruçãointensa e extensamente disseminada, fácil e gratuita-mente distribuída, constante e sabiamente dirigida. Nãotrato de instrução segundaria e superior. Trato apenasda elementar, daquela que se deve dar a todos os ho-mehs do povo, com a higiene do corpo c da alma, ecom a capacidade de trabalhar e viver, se não comfartura, ao menos com o necessário e a dignidade.Com a higiene do corpo e da alma a instrução prima-ria, civica e militar, com capacidade para o trabalhoo instrução profissional. E' necessário enfim para quehaja pátria, que haja cidadãos... aqueles que investi-dos de completa cultura intelectual e moral tendo ele-ynção de espirito, sendo até capazes de interpor-se aosinteresses próprios da classe on de campanário podemdestinar-se á sagrada missão de governar e dirigir amultidão.

OLAVO BILAC

VARIEDADESO rio Amazonas é o maior do mundo, atingindo a.

sua largura, em alguns pontos. 13 quilômetros.

A maior ilha do mundo é a ilha Marajó, que ficasituada no Pará.

Os morcegos tem fama de animais sanguinários.mas a quasi totalidade das suas numerosas espécies éinofensiva e, até certo ponto, útil aos homens, porquese alimenta, sobretudo de insetos.

As unhas da mão direita crescem mais depressa d.que as da mão esquerda, e a do dedo anular mais doque outra qualquer.

O litoral do Brasil tem 1.330 léguas.

Possuindo uma altura de 69 metros sobre o niveldo mar o mastro do transatlântico "Majestic" é oobjeto mais alto que se pode ver em alto mar presen-temente.

Uma nova sociedade bibliográfica de Nova Yori>está obtendo fotografias de varias paginas de livrosrarissimos, as quais faz encadernar e distribuir entresócios.

Perto de 600 teatros na Suécia exibirão films so-nôros na atual primavera.

Em tempos normais Cuba consome cerca de6o-000.000 de metros de madeira anualmente, dasquais a maior parte é imperíada de outros paises.

i l llikllJI

D U AS MÃES *sA galante Cleucy, qne é pequeninamas levada da breca,diz á sua boneca:"Cala a boca filhinha. Uma menina"tão esperta, tão linda, a fazer manha?"Se eu contar a seu pai, você apanha.-"Acha então que é bonito"fazer esse escarceu que você fezí"Eu nunca fui assim. A' sua avó."não chegou a bater-me uma só vez"..Lias vendo sua mãe

que a olha e que sorri, chamando-a mentirosa,defende-se chorosa:"Foi brincando, mãesinha, que eu menti."O teu perdão, arrependida, imploro;"pois o que eu disse agora á minha Posa"é o mesmo mie me dizes aliando choro".

L I L I N H A 'FERNANDES

mmÊM

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o ti co-th: o 9--Setembro-— lüàl

íj ti) í^^lE ;i

BIGiL

DESCENDÊNCIAMOSCA

DA

Is perguntas do Zézinho(MONÓLOGO)

O Pergentino FágTindesTinha a desgraça de ser

genro <la Duna Ormínda.One era uma sogra "a valer".

Sabendo que a velha iriaPassar •'nus tempos" com a fi-

lhaNa sua casa, ele disse,Exasperado, á família:

One c que a Dona Ormind?pensa

Com aquele gênio de feraQue isto é um Jardim ZoológicoOnde ela viver espera?

Pojs está muito enganadaOne eu não sou como a irmã

PaulaPara ter albergue em casa,K nesse albergue uma jaula...

ü Zézinho muito esperto,—- O "caçula" do casal, —Ouviu toda aquela historia,Mas nada disse, afinal.

Quando chegou Dona OrmíndaEle, que viera da aula.Perguntou assim: — VovóVocê trouxe sua jaula?

Minha jaula? Ora, essa éboa!

Que pergunta descabidaLIsso é coisa que eu não tenho,Nem nunca tive, na vida.

Pois o papai quando soubeQue a vovó vinha f/ra cá;

i ou zangado, gritou,Fez um "banze" de alto lá!

u «tão íer jauja,Porque, afinal, isto é lõgico,Acrescer.n.u que esta casaNão era Jardim o.

E. Wàndérky

A mosca vulgar faz quatro pos-unas durante o verão, na razão deoitentj. ovos em cada postura. Adescendência de unia mosca fêmeaalcança o numero de 2.080.320"moscas 110 breve tempo da sua exis-tencia;

TARTARUGA DO AMAZONAS

No Amazonas ha uma tartarugaque tem a particularidade de poderdesarticular a couraça interior. Nosmomentos de perigo, puxa a ca-beca e as pernas para dentro, ajus-ta a carapaça superior sobre a in-ferior, constituindo uma verdadeiracaixa hermeticamente fechada, quea defende infalivclmente contra osataques dos inimigos. Por isso lhedão o nome de "tartaruga caixa".

COMO E' BOM SER. BOM

Sejamos humano- ligando impor-tancia ás necessidades humaiabsolvendo as fraquezas humanas.Para dizer tudo, sejamos bens.

Jesus, o Rãbbi, ia pelos caminhosda Galtléa pregando o amor e operdão. Ele dava, o grande iluminado, lições de felicidade que perdu-ram como verdadeiras porque eramverdades iníusas. Ser bomuma fôrma de egoísmo se se sou-

¦ besse bastante quanto é doce a ai-guem se mostrar magnânimo paracom os outros, Quanto é bom se serbom.

A bondade ó ainda, sobretudo.uma prova de previdência) pelapratica da regra de trocas wciaís.

•ido um aforismo de Marden,o nutrido nos restitue o que lhe da-mos. Isolar-se dele é isolar-se dc si

rio. Ele nos odiará se o odiar-ide vem da comprem-

são de um dos axiomas para a des-'(ura: harmonizarmo-

nos .; cerca e nBo pro-r o ainl

Charlei Rn i

Divisas áè váriosreinos

Áustria — A. B. I. O. U. Pri-meira significação: Austriachorumest imperare orbi universo. Aosaustríacos pertence governar em to-do o universo. Segunda significa-ção: Aquilo electa Joris omitia ;iircit — A águia de Júpiter vencetudo.

Baviera — Genecha und behar*riich. — Direito e firmeza.

ica — Uunion fait la force.— A união faz a força.

Dinamarca — Dominus mihi aâmfiliar. — O Senhor é meu auxilio.

rlespanha — No tempo de Car-los V. As colunas de Hercules, e alegenda Nec plus ultra: não maisalém. No tempo de Felippe II —ut quiescat altas Dominas mihi aã-jttlor — Podemos descansar, quan-do o Senhor vela por nós.

Gran Bretanha — Primeira:Hointy soit qui mal y pense —maldito seja quem disto pensarmal. Segunda: Dica et 111011 droit,Deus e o meu direito.

Suécia e Noruega — Direito everdade.

Turquia — Allah! AUah! Deus,Deus!

, HORÓSCOPO DO MÊâ DESETEMBRO

As pessoas nascidas em Setembroserão amáveis e afetuosas, muitofelizes nas empresas a que se dedi-cam. e com decidida vocação para'a musica.

Tem o condão de se manteremsempre jovens, alcançando, assim,vida longa e venturosa. Um defeito,pprém, as acompanha: é a imensapredileção pelo jogo de cartas.

Seus meses mais felizes são Feve-reiro e Novembro; seu melhor dia,a quarta-feira e suas pedras tãlis-maus, o jaspe rosco, a opala erola.

Para serem felizes no casandevem escolher pes ¦ «enio ale»gre e folgasão, preferindo as

1 em Março e AgSua :: s>'r o amarelo, O

j.

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8 — *»• ombro — 1H31 — w O T 3 C 0 - T 1 C O

ZEf MACACO DESÇO B R Ê üM TESOURO

[*t-^»»,aTÉaJ*.*^»*««*a>*aaa^ia*aTWaaaaa»-a-lr»»a>M*^ ir»

mia aUmiiii wiililalamp ' anuaaaa' i Man n—¦ mr*aa*"^iafnj**i *•**•*" •muv lana aa n n ai ip—aa— ¦¦ -| m ai ¦ mu -»- f-naami aaí^maMj ü* ^uT°l

*^ ' .«•a-a*a-«*4Ma»aTÉTà*ÉT-i ,,„, ¦ãt—.—, TI \ ,, ^^

Zj Macaco descobriu um dia no ..caixa de ferro. Convepc <io q-.-e ...uni pedreiro n quem p.-.liu tjr.e siqumta! da sua cisa uma argola que .íavia descoberto tua tesouro, correu munisse de uma possante picareta e oestava presa a uma... <¦ a chamar... acompanhasse.i"w n/y^w—

• Assmi os dois correram até á casa ...cavar. "Serrote" tratou de iden- E o pedreiro começou ado Zé Macaco, onde começaram a... tU'icar o logar do precioso adtadr». toda a torça para desenterrai

a-ir coill' a ei xa.

*)J ' »i ¦ i jr iir-q "»a—*— II Jfo, J^^V)

1 Quando est.i Urre, começaram a ...a. ca» completamente aesco&srta. ...decepção 111 0 tesouro era•ttJtat até Fscar..« •**»¦ **•*¦•• Ba'' ¦¦¦"J-o l

un)

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O T I .: o- ri ( o — 24 9_-Se__i_ii.ro—19_t

AS AVENTURAS DO RATINHO CURIOSO(Desenhos de Walt Disney e-U. B. licerks, exclusividade para O TICO-TICO, cm.todo o Brasil)wm

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?S\ ¦P^p!L___m_T^__v.O_.»--_---¦¦

"^^^.Vv.

— este terreno é meu e não admito que jr se continuar a passar por aqui re- Ratinho Curioso estava ouvindo e re-você esteja aqui! — dizia um salteador duzo-o a um bife! Está ouvindo?!!! solveu sair dali com a maior velocidadeeo Ratinho Curioso. possível.

mj^ct- O. fsT-ey - -e- i «t< | - .^__A ft^fer'—-.. — ¦ -.-_

Mas no dia seguinte, armado de uma E estava olhando a casa do salteador Acendeu o pavio da "espingarda-ca-"espingarda-canhão". foi ao terreno quando este, oculto atrás de um taboa- nháo" sem que Ratinho Curioso o ti-do salteador. do, resolveu pregar-lhe uma peça: vesse pressentido.

¦ .. ... M* ' i . |—n—i i, .«.« ¦¦ ——¦¦ ""¦" ' ,"_.'V

Ao _L_ti //~~h/s O-^^O3 c5v^i <yy>^ íV^A /> —" —--çás^

fe-fifeás-, ojAcT-^rs^y _-_-_-^_ ||<§r^^!CJ3C^- , zj \ \^_:_\ r'&~*-

O resultado foi imediato. A espingarda di» Mas o salteador apanhou-o e, para No dia seguinte o salteador estava mar-parou e Ratinho Curioso levou apenas um castigá-lo, deu-lhe um nó na res- cando o terreno com uma faixa de tin-grande .usto. peitavel cauda. ta. Ratinho Curioso atravessou o.*.

-..terreno e pisou a faixa de tinta do sa!-teador, deixando nela marcado o sina! do-.pato. O salteador ficou furioso e...

y O q 12. *^-

v. .saiu correndo atrás do Ratinho Curi-oso, que recebeu como castigo um insul-to bcia grandeI — o salteadorít.

...deu-lhe outro nó n acauda.

(Continua)

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9 — Setembro —.19'Jl 25 -- 0 TICO TICO

Colaboração àt loizSà e GsK-ão dcQvetraij•**••¦» encWujmente para a ISCO—TICO

t ^—______-__————.Passear de bicicleta é um dos gran-Cies prazeres de Bolão, mas por ser um

pouco cheio de banhas, não ha pneu-matico que o agüente... Apesar disso,ifio domingo..,

. . . passado éle arranjou uma maquina e pôs-sea dar voltas pela rua. Réco-Réco e Azeitona, sentadosr.a beira da calçada, esperavam que. como sempre, umdos pneumatico; rebentasse e o companheiro se esborra-chasse nas pedras, da rua. para gosarem.

Entretanto o ciclista ia e vinha, rua acl-tma e abaixo, sem que o estouro esperadose fizesse ouvir, Desapontado, Réco-Ré-»co chamou Azeitona e lhe disse qualquercoisa ao ouvido.

Aproveitando Bolão estar de costas, Azei-tona atravessou a rua e. dum montão depedras, trouxe uma, vastíssima, enorme,que colocou bem no meio da rua, no pon-to em que Bolão estava passando na.-.

...bicicleta. Quando Bolão voltou e ssaproximou da pedra. Réco-Réco gritoupor èle. Bolão voltou-se para olhar e nãopercebeu o perigo em frente. Foi umencontro brusco e inesperado A...

bicicleta virou-e Boiio-toúprojetado pelos ares, Deuduas voltas no espaça e (o* caír em cima de Azeitona,amassando-o com seu peso avar.taiado, Aieitona nl<»«sperava £or aquek ürjal garj urna. bnnqdçifaAia.^.

inocente. Mas. castigada pela falta dacamaradagem, foi para casa f3zer cura-tivo, pois o peso do.amigo fora bastantepara machucá-lo sériamenta

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A F E I S T Apersonagens;

__ Ecila ,. , , . 12 aiKyha 11 "

Escrituro: um grupo, uma estante, uma pequena mesa onderepousa um telefone. Porta ao -funde. Sentada numadas cadeiras, uma garota lê um jorna!.

(Nyha, entrando, á Ecila, que lê):Estás lendo? Um jornal? Que mentiras nos conta?

(.Ecila surpresa):Mentiras?

(Nyha sentando-se) iPois jornal conta mentiras só...

• (Ecila, entusiasmada) iEnganai-te esta vez... O artigo ;ne pôs lor.tal

(Nyha, sem interesse) lFala?

(Ecila empolgada):Do feminismo

(Nyha, desdenhosà):Ah! S'm? Causas-me dó...

(Ecila, irritada):Não íe interessa, eu sei... Um triunfo ___.p_.tOAlcançou o Congresso...

(Animada):Hei de ser moça um dia,

E até lá, a mulher, no seu caminho reto,Da farda, ha de ostentar, tambem a galhardia.E eu...

(Nylza, atalhando-a):V_:s ser soldado? E entrará, na fütira?

(Ecila, convencida):Para a paz e tambem para a luta enfrentar 1

(Nyha, irônica) :Parece que estou vendo a tua cabeleira,Qual f:amula, revolta, ao vento, a se a_'tar!

(Ecila, com ardor) lVerás...

O PEIXE QUE PREVÊ O '''EMPO

O peixe que prevê o tem-í>o e que sabe o que se passano mar c a enguia da Eu-r°pa e da Ásia. Qualquertempestade que se esboça nos_res c pressentida pela enguia, \^y .t_J_____t__r

q u e começa a_gitar-sc. Essepeixe possue utn•ystema nervosoaltamente tens'-vel á eletricidade,

\

, (Atendendo o telefone, que loca):"Alô"? Quem fala?... Ah! Sim... é ela m_s_

(Escuta'):Ora! Por que?

(Escuta):De certo... A senhora esquccetir

>..Que nada! E' sempre assam..*(A Nyha, tapando o fone) J

Ela é mesmo tinia lesma 1(Nyha, indagando):

1 é?(Ecila, ouvindo, ainda, á Nylza) iA costureira...

(Atendendo):Agora pegue o meu...

(Escuto):Não posso transtenr... é para um casamentol

(Chorosa):A mamãe vai ficar zangada..»

(Ouve):Ela saiu...

Telefone mais tarde... á noite... (Desliga o fene)(A' Nyha, quasi durando) i

Já se viu?Não acaba o vestido, a peste...

(Nylza, irônica):Ou o fardamento?

(Ecila, zangada e chorosa):Tu ris porque estás pronta... Isto não é gentil.

(Nylza admirada e risonha):E vais mesmo chorar? Que valente soldado 1

(Ecila, furiosa, chorando):Eu não quero debique, ouviu? Tome cuidadol

(Nyha, fugindo, sempre galhof eira) ;Cem tanta intrepidez, vais salvar o Bra_ü..a

(PANO)

DRUMMONDINHÁ

vwwvwvv*

PEIXES QUEUSAM AS SUAS

PRÓPRIASBOCAS COMO

EXCUBADORAS

^li____________H ___!_=____>________¦__> ¦ ^>___ B_____r____J

III \\v\\V- __fc"-~Os peixes possuem_m>4_- meios depreteger do inimi-go. os ova. Hacenas variedadesde peixes, como

os incubadorr.,que chocam osovos na boca, durante todo o periodo da incubarão. Du-rante o periodo da it-.i_.c_n, os filhotes se defendem dos

mais poderosos inin; cos.

^

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9 — Stk____.ro.-. 1931 — 27 O TICO-TICO

A yENTURAS DE TOM SAWYERl____^x ARGUMENTO

/""•OMO todos os meninosde doze anos, Tem

Sawyer era extremamentecurioso. Órfão desde tenra'dade, teve êle a boa sortede encontrar em sua tiaPolly uma- segunda mãe,que o creou e educou o me-lhor que poude.

Nessa época, a machinade costura foi inventada, ea tia Polly, que não gostavade novidades, disse á suavizinha Harper:

— Não sei onde este mun-do vae parar! Todos os dias•parecem invenções!

Entretanto, Tom Sawyerbrincava com o seu cama-rada Huckleberry Finn, um

Íiobre menino de seus qua-

òrze anos que mal tinha oque comer, porque o paise embriagava constante-mente.

Que tens tu dentrodesse saco?... — perguu-tou-lhe Tom.

Um gato morto —> res-pondeu Huckleberry.

Para que serve umgato morto?

Tom, você não sabe?

Serve p=ra curar verrugas!Curar verrugas? De

que maneira?Nós levamos o gato

morto para o cemitério e á*meia-no!te em ponto tere-

mos que colocá-lo sobre asepultura de um homem en-lerrado ha pouco tempo.Minutos depois, aparecerá"m fantasma que, invisivcl-mente, «üira verrugas graudes e pequenas.

Vamos experimen-tar? — inquiriu Tom.

Sim, o velho Williamsvai ser enterrado amanhã!

Uma voz bem conhecidade Tom, porém, fez-se ouvirnesse momento. Era a tiaPolly que o chamava. Hu-ckleberry pegou no saco efugiu, mas não sem servisto pela velha solteirona.

Eu já não te reco-mendei mais de uma vezque não quero que tu brin-quês com esse vaclio? —disse ella ao sobrinho. Parateu castigo vais caiar todaa cerca do quintal.

Tom misturou um pequenosaco de cal num balde deágua e, com uma brochasuficientemente larga, prin-cipiou a caiar a cerca demadeira pelo lado de íóra.

Um amigo de Tom passouperto dali e de longo in-vejou as caiadelas. Em pou-cos minutos toda a ra-paziada da vila foi iníor-mada e não houve um quenão quizesse experimentar asensação de caiar pela pri-meira vez na vida. Tom,apesar de já estar cansado,fez-se dc esquerdo, e de talmodo resolveu, vender-secaro, que em meia hora ti-nha em seu poder mais deuma dúzia de presentes...sem trabalhar! Está claroque, depois da cerca caiada,a primeira coisa que ellefez foi dispersar os amigospara que a tia Polly nãosoubesse que a cerca nãofora caiada por elle.

Só o bisb;ihoteiro Sid éque ficou.

Tom, disse-lhe êle,foste tu que comeste minhasmaçãs?

Não fui eu, mas comoas tuas maçãs desaparece-ram, vou dar-te um apito!

Tu dás com a mão

direita e tiras com a es-querda!

Não é verdade!•— Ora. Tom, volveu Sid,

tu andas nervoso, popjue atua namorada Becky, nãoquer saber mais de ti!

Escuta, Sid, se tu tor-nares a falar nisso, torço-teo pescoço !

Bem, não direi nada aninguém, se tu me devolve-re.s a cana de pescar quemextiraste.

E ao dizer estas palavras,Sid preferiu fugir, porqueTom se preparava para bri-gar com êle. Minutos de-pois. Tom encontrou-se comHuckleberry e disse-lhe:

Onde guardaste ogato?

—' Está bem escondi-lo, ehoie á noite poderemos fa-zer a nossa experiência no-cemitério.

Os dois amigos separa-ram-se e Tom foi encon-trar-se com Becky. que vol-tava da sua lição de violino.

Dize-me uma coisa,afoitou-se Tom a segredar-lhe, tu já tiveste um noivo?

Não tive, nem quercter! Eu não penso nessascoisas.

Queres ter um? E'coisa fácil'. Tu dizes que sógostas de mim e eu dou-teum beijo.

Um beijo! Para queíim?

E' da praxe! To'!o= osnoivados acabam num beijo!

Tom, eu não me possoesquecer do sacrifício quefizeste na escola por mim.Lembras-te quando eu dese-nhei o retrato do mestrecom uma cara muito feia?E tambem te lembras dacara que o mestre fez quan-do viu o retrato em cima 'Iacarteira?..., O castigo queme ia dar era terrível e tudisseste então que o retratofora desenhado por ti, sal-vando-me assim do castigo!Lembras-te ?

Sim, e tambem melembro das palmatoadas queele me deu!

Pois bem, Tom. emrecompensa ficarei sendoagora tua noiva!

Um beijo estalou nes la-bios de Becky que. enver-gonhada, correu, desapare-cendo na primeira csqu;na.

*-__f*.___r ^8B_r i5ft_h_ \i^^_________________9t__ _

A' meia noite, Tom fugiude casa e foi encoutrar-secom Huckleberry no cenii-terio.

Os dois rapa-ces treparamnuma arvore, mas cm vezde fantasmas, viram treshomens que eles conheciambem. Do;s eram de raçabranca e chamavam-se Po:-ler e Robertson e o terce 'ro•era o índio Joe, que apres-sadamente principiou a ex-cavar uma sepultura.

— Robertson, nós quere-tnos mais dinheiro, disse-lhe o indio, roubar sepulto»

¦—'*~~""__j_^B'^^^^^^ V L

""* **$____k___L 3_m

RI

ras é um crime perigoso!A pena é de cadeia per-petua 1

E com estas palavras,tanto o índio como Potteravançaram contra Robert-son. Este, para se defender,prostrou Po:ter( com umforte soco, no chão seiosentidos, e o indio, furioso,atravessou uma faca no pet-to de Robertson, que morreuinstaneamente.

— Joe, que aconteceu?...— perguntou Potter ao in-

l__f______

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O TICO-TICO -28 — 9 — Sciemhro —1931

dio assim que recuperou ossentidos.

Potter, você matouRobertson! Você é um 'ás-sassino!

Fui eu! Que horror!Mas eu não me lembro denada!

Sim, foi você! Lcm-bre-se que você atacou-oantes de mim!

Joe, foi sem querer!Não d:gas nada a ninguém!

Nada de lamúrias, Pot-ter! Foge por este lado e eufugirei por aquele! Adeus!

De cima da arvore, Tome Huckleberry, espavoridos,presenciaram o horrível cri-me, e instantes depois sa-iam correndo do cemitério.

No dia seguinte, Tom eH.xkleberry, mais calmos,resolveram tomar uma de-cisão sobre o que deviamfazer.-

Se alguém nos viu en-trar e sair do cemitério,opinou Tom, iremos ambosparar na prisão.

Concordo! Levantemosas mãos ao céu e façamosum juramento por escrito eas-'nado com sangue.

Dito isto, Tom escreveuo seguinte numa fo'ha depapel:"Huckleberry Finn e Tom.Sawyer juram guardar osegredo do cemitério e se orevelarem, a sentença seráde morte."

Tanto Tom como Huckíe-berry deram um golpe num

Besaae J

dedo e o juramento foi -as-sinado por ambos com osangue de cada um.

Eu tenho vontade deatirar-me ao rio, disse Tom.

E eu tenho vontade def:gir de casa, afiirmouHuckleberry.

Sabes de uma coisa?O melhor é fugirmos paraa ilha de Jackson! Passare-mos o tempo pescando ebrincando de piratas.

A idéa foi por ambosaprovada e horas depois osdois heróis desembarcaramna ilha.

Você sabe muito bem,declarou Tom, que uma

3%m\quadrilha de piratas enter-rou um tesouro nesta ilha.

Então vamos pro-curá-lo, aconselhou Huckle-berry.

Não, eu acho melhorescolhermos outra história!

Uma história deindios!

Então eu sou o chefe.Vai na frente e avisa-mequando encontrares homen3brancos.

Neste momento, porém,ouviu-se a detonação de umtro! Os dois rapazes eu-colheram-se com medo edepois ouviram vozes queatentamente escutaram:

w

Com certeza, os doisrapazes morreram afogados!O casaco de Tom foi en-contrado na outra margemdo rio. Se os cadáveres fo-rem encontrados, o enterroserá na terça-feira, e se nãoforem, as exéquias celebrar-se-ão nesse dia.

Tom e Huckleberry es-peraram até terça-feira epela madrugada penetra-ram, sem que ninguém osvisse, na igreja em cujoadro estava armada tiracatafalco. A's dez horasprincipiaram as exéquias eo padre recordou então asvirtudes dos '•defuntos":

Infelizmente, observouo padre, Tom e Huckle»berry morrcn.m, mas pense-

por alguns instantesque ê'.es estão aqui, porqueambos ainda preenchem Ologar que ocupavam em nos-sos corações. Tom Sawyersempre foi modesto e bon-doso e Huckleberry semprefoi um filho obediente. Am-bos morreram afogados nogrande rio, deixando-nospesarosos e tristes, tms cer-tos de que mereceram abemaventu rança eterna.

Mas os meninos irrom-pem a meio da sua apo-theose fúnebre e, com isso,não só denunciam o autorda morte de Robertson, co-mo se reintegram no seioda comunidade de cuja afei-ção acabavam de ter umaprova tão concludente.

¦**s^*s*fsf>/V^*i***>*\ir\/\^y\f*^^^-***^^

A. AixxbioiosaEra uma vez uma menina, muito

pobre, que ambicionava ter umaroça. Um dia essa menina, que sechamava Lira, viu uma linda bor-boleta e sem hesitar pòs-sc a per-segui-la.

Não custou muito para apanhar oinseto, mas com grande espantoLira ouviu a borboleta dizer:

— Solta-me que farei o que pe-dires.

Lira achou o momento oportunoe pediu o que ha tanto tempo dc-sejava e logo achou-se numa liu-da roça cheia de plantações.

A ambição, porém, trouxe paraLira a vontade de ser condessa.

Correu para a borboleta e fez oseu pedido. A linda borboleta aten-deu á vontade de Lira que, nomesmo instante, se viu num rico

palácio, rodeada de criadas. Pou-cos minutos depois, um conde en-trava no palácio e pedia Lira emcasamento. Esta aceitou a mão do

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conde, mas na hora das bodas saiucorrendo e foi ter com a borboleta,á qual pediu que lhe fizesse rai-nha. Ainda desta vez foi Lira aten-dida..

Um dia, um rei muito poderosopediu-lhe em casamento. Lira acci-tou o convite, mas quando o cor-tejo seguiu para a igreja, saiu cor-rendo, indo ter outra vez com aborboleta e pediu para ser rainhadas rainhas.

Enfurecida, a borboleta disse-lhe:1— Oh! grande ambiciosa! para

teu castigo voltarás para a chou-pana em que moravas.

E imediatamente Lira se viu nu-ma pobre choupana, tendo ao ladoum pedaço de pão duro para comer.

Moralidade: Quasi todo ambi-ciooo pisa em logar pedregoso.

Maria de Oliveira Pimentel

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S — Setembro —1931 — 29-. O TIC TICO

me V;

RESULTADO DO CONCURSO NU«MERO 3.571

A solução exacta do concurso : —

FESTA.

Solucionistas: — Walkyria dos San-tos Mello, Mario Leite de Carvalho, Fer-nandes M. Freitas, Anna Euderice Bar-ros, Marianna C. Oliveira, DevanaghiCorrêa, Onelia Jeilosa, B. Moura, Feli-ciano da Silo/a Henriques, Ecila Guima-rães do Amaral, Maria Aparecida B.Santos, Paulo E. Vital, Amazonilze deAguiar, Vanna Giacone, Ada Galleno.Carmen Maria, Alcino Caparica, TalithaFonseca, Euclydes Santos Cruz, Arman-do Sbroglio, Beatriz do Carmo Moreira,Rornelia P. Camargo, Leonor GuimarãesCarneiro, Nair Lamas, G. Cotto Oli-veira, Ananias Santos Souza, Hélio F.,Mendes, Ruy Lemos Dantas, ArletteBrazilian, Dora Duarte, Ary MartinsAmaral, Tupy Correia Porto, HerodinaCaxias, Hélio José S. de Oliveira Sebas-tião Graça Alvarenga, Jordão Reginato.João de Barros, Miguel Galdino de An-drade, Orlando de Castro, Docio José deOlveira, José M. Cardoso B. Barros.Adelmo M. Botto Barros, Dylse FontesDuarte, Sebastião B. Barros, OdevaldoCardoso B. Barros, Nilton Figueiredo.Eliode Gocloy Tavares, Odorico PiresPinto, Eurice E. Matos, Silvio Caetano-a Sitoa, Ecclesia de Assis, Milton Mar-quês da Cunha, Epitcido Alexandre, Al-myr Sá dos Santos, Rosemon de Cas-*ro, Dylma Prado Vianna, VeredianoCavalcanti, Américo Florentíno, OlmiroAndrade, Olympio José dos Santos,Octacilio G. Fontana, Eduardo Costa,Vvonne Reis, Liana Mallio, Marina D.dos Santos, Oswaldo Lemos Santos, Os-waldo Fernandes, Wander B. Cavalcan-ti, Leny Carneiro de Sá, H. Azambuja,Paulo Villon, Adamo Schacair, Maria

Wâ/tiaa> DIZ SEMPREQUE.EU SOU FOKT9'^/^Ç&OBUSTa

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0 MENINO0 RAPAZ.0 HOMEM!

ATRAVEZ DAVIDA,

em qualquer idade _,Ócompram.*

N<D GAMIZÉ.RO28/32 Assembléa

nando BritOi Orchidea P. de Oliveira»Maria do Nascimento, Josar SarubbiAndissone, Wagner Bonecér, Daniel Fer-raz, Braccinin Braccini, José Affonso L.Marcos M. Miranda, Almiro Nogueirada Silva, Cylene de Freitas. Sônia Guer-ra, Helena Rezende, Ildelinda M. Car-valho, Ivo Gallando, Paulo Gilberto Mil-lon, Mario B. André,! Eduvin Paulo Ta-vares, Waldyr V. Nunes, Maria CeciliaBarbosa, AWes Pereira, Jorge CarlosOréas, Amiguinho José, Álvaro C. deA. Botelho, Marilia Pagans, SebastiãoBaptista, Agileu Gonçalves, Jayme Fa-ria, Geraldo Guimarães, Maria José Ca-valcanti Oswaldo C. Souza Roberto Ro-cha, Elma Cavalcanti, Helito MottaHaydt, Maria de Gloria, Manoel Ramos,Eurice Seixas de Alencar, José Ribeiro«de Souza, Léa Lacerda, Maria José Sal-les, Vera Maria Bastos, José Lins, RenéP. Neuss, Zurak Maia, Álvaro Alvesde Faria, Yedda» Maria Lavrador, JoãoMoreira de Oliveira.

Foi premiada, com um lindo livro dehistorias infantis. _ ccr,c_rrc_.-

Zurah Maia

de 10 annos de idade e residente â rua15 de Novembro n. 11, em São Paulo.

RESULTADO DO CONCURSO NU-MERO 3.574

tRespostas certas;

1* — Machado.2* — Carolina.3« — Sal-SoL4* — Vianna.5* — Mala — Sala — Rala — Fala

—¦ Cala.

Solucionistas: — José Fernandes daCosta, Arthur de Mendonça Ribeiro.Odette de Lima Carvalho, Ivonnette Neu-reu, Alda Venturini> José Lopes Dias.Jorge M. Porto, Moacyr M. Porto, Hil-degard de Oliveira, Mercedes de AguiarCardoso, Carlos Augusto de CarvalhoMattos, Oldemar Neves, Esther Vieirada Silva, Flawio Vieira da Silva, Wal-demar de Salles Barroso, Mirena deCarvalho, Nerbert de Barros, Savio Ven-tura do Nascimento, Pompeu Lemos daCruz, Leopoldo Vianna, Margarida dosSantos Carvalinho, Accacio de Aguiar,Marina de Aguiar, Olga de Assis Peixo-to de Albuquerque, José Costa, Ildelin-do Moacyr de Carvalho Jorge Feres Li-an, Leny Carneiro, W. Bittencourt Car-valho. Sebastião d'Ange!o Castanheiro,Musa D'Angelo Castanheiro, Maria The-reza Castanheiro, Roberto Rocha, Bra-cinin Braccini Maria Souza Cavalcanti,José Antônio Mathias, José Araujo Pi-nheiro, José Machado, Álvaro Alves deFarias, Yedda Marques da Silva, MaryBetty Musly, Pedro Nunes, José LuizPantojas, Rubem Dias Leal, Wagner Bo-necker, Orchidea Pereira de Oliveira, Ot-tilia M. Stiebber, Zelly Machado, EuniceSeixas, Luiz Rios de Menezes, HelitonMotta Hoydt, João M. Cardoso, Ru-

bens Rodrigues, Cyro /Azevedo Araujo,Adelmo Maurício Botto Barros, JoséM. Cardoso B. Barros, Adelmo C. B.Barros, Débora Cavalcanti, NatalinaRamos, Leonor- Guimarães Carnei-

ro, Josar S. Ardissone, Alba dc B.Fonseca, Carmen Maria Celeste deAbreu, Ananias Santos Souza, Nair Le-mos, Dina Maria das Neves, Ayrton Sádos Santos, Geraldo Leite, Carlos J.Lugan, José Maria Ferreira, Orlando deCosta, Lucio Dornes de Lima, José Jan-noth Ozorio, Nillon Figueredo, AureliaWilches, Levino de Souza, Alonso deAssis Chagas, Ruth L. Coelho, AméricoFlorer.tino, Kléper Santos, Neusa Esco-bar Moura, Ywonne Reis, Maria daGloria Bastos.

Foi premiado, com «um lindo livro dofcistorias infantis, o concurrente

WAGNER BONECKER

_e 6 „ncs «de idade « residente à ruaVisconde de Abaeté n. 14, casa III.Villa Isabel, nesta Capitai.

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O TICO-TICO — 3Ü — 9 — Setembro —1931

CONCURSO N. 3.586

PARA OS LEITORES DESTA CAPITAI, 8 BC»

BSTAOOS MO.-I MOS

Perguntas-. '

t_ — Qua. a nabi'aç.0 que é tempo de

Verbo.

(2 sílabas).Odette Carvalho

2 — Qual o mar da Ásia que tem no-tre de côr?

(4 sílabas).Américo Fl.rentino

3« — Qual a ferramenta cujo nome é

formado pelo advérbio de logar e pelotempo de verbo?

(4 süabas).Ary Rodrigues Alves

4" — A's direitas sou uma cór; ás aves-«as sou mulher âe Portugal.

(2 silabet).

Godcfredo C. dos Santo»

5- _ Qual o rio do Brasil que tem no-•ne de côr?

TENDES FERIDAS. ES PI-NHAS. MANCHAS, ULCE-RAS. ECZEMAS, emfim qual-quer moléstia de origem SY-

PHILITICA?.usae o poderoso

Elixir de Nogueira

do Pharmc».

J o 5 o da

GRANDEDEPURATIVO DO SANGUE

Vinho CreosotadoDo Pharm. Chins.

João da Silva SilveiraPODEROSO FORTI-FICANTE PARA OSANÊMICOS E DE-

PAUPERADOS.Empregado com sue-cesso nas Tosses, Jj«Bronchites e Fraqueza ||"_nr"

Geral

4Mh| Chimico

jIKHyj Silva Sil-

i*4ã__ Te'r*

¦

(2 süabas)José Pinheiro

como prêmio por sorte, entre as soluçõe»certas, um livro de histórias infantis.

A^ soluções devera ser enviadas â reda-

ção d'0 Tko-Tic, devidamente assinadas,separadas das de outros quaisquer concur-aos e ainda acompanhadas do vale que voipublicado a seguir e tem o n. 3.586.

Para este concurso, qu. será encerradoco dia 2 de Outubro vindouro, daremoj

r

_L--'^^*-^_^_f ixTfl*f„C_*^>_'_>^

VAIE?~p-whtl>\Iiy _ oconcursonu 3.536

CONCURSO N. 3.585

PARA OS IFITORES DESTA CAPITAL t DOS ESTADO»

-W Xlnfel E_j_Recortem o< peda clichê acima e como prêmio, por sorte, entre as soluçõea

formem com eles uma gravura onde se ccrlas. um rco livro dc histórias iuf.intis.I. i o Chiquinho bancando o "cow-boy"

A= soluções devem ser enviadas á reda-r \'0 Tico-Ticé, separadas das de ou-

¦ 'aiíquer concursos c acompanhadas,não só do vale que vai publicado a scgirr« tem o n. 3.585, CP em da as^i-natura e declaração dc i'i. nair rente.Para , que será crv-.rrado

$o dia 8 de Outubro vi:iv.ro, daremos

VAtEf>A»_Á_ O V*CO* €11.10

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Canute e os adis.a»dores

(LADY CALLCOTT)

Já ouviram contar a bela históriade Canute e os adulado, es ? Eu lhesrepetirei. Rei dos conquistadores daInglaterra, os dinamarqueses, Ca-nute foi em consquencia um dossoberanos do povo inglês. Em pri-meiro logar vocês precisam saberque se por um lado a adulação éagradável ao adulado, por outroenvilesce tanto o adulado como oadulador. Um dia em que Canutepasseava na praia com os grandesda sua côtre, alguns dos lords, naintensão de ser-lhe agradável com aadulação, começaram a tecer-lheelogios exagerados, a chamá-lo degrande e sábio e, falando do seu po-der, chegaram á insensatez de dizerque Canute poderia tudo quantoquisesse e que até as águas do marobedeceriam á sua vontade.

Canute não deu a menor respostadurante algum tempo, mas afinalfalou:

Estou cansado; queiram tra-ter-me uma cadeira.

Trouxeram-lha; Canute mandou"pô-la junto á água, sentou-se e fa-lou para o mar:

Ordeno-lhe que não deixe 33águas molhar os meus pés.

Os aduladores, entreolharam-se,julgando que o rei estivesse louco,ao julgar que na realidade o ocea-no pudesse obedecer-lhe, emborahouvessem eles afirmado isso antes.Como sempre, a maré subiu. Ca-nute esperou até que estivesse bemmolhado e então se ergueu e faloupara os que o haviam adulado comtanto descaramento:

Aprendei a lição, senhores:Não ha ser realmente poderoso egrande, senão Deus. Só ele, que fe.p mar,, tem poderes para delê-!oonde e quando quiser.

Os aduladores ficaram envfiliados, e viram que Canute era stt-ficientemente magnânimo e jr.di-cioso para julgar a falsidade dojseus louvores.

(Trai. de Ep- if)

Page 30: VAr - BNmemoria.Bn.br/pdf/153079/per153079_1931_01353.pdfvada a Um especialista de garganta para ver o estado das amigdalas, etc, Além disso deve seguir o conselho de hoje, ba-nho.

9-.Setembro—1031 — 31 O TICO-TICO

OBRA PATRIÓTICANaquela pequena vila uão havia

quem desconhecesse o padre Ge-raldo.

Respeitado e querido, ele era áalma bemfaseja da população.

Nascera ali, e devotava á sua san-ta terra um puro e verdadeiro amor.de patriota.

Foram construidos á sua custa ostemplos da religião da verdade e doamor: a Igreja e a Escola; era comverdadeiro carinho que ele cuidavadessas casas, os verdadeiros pro-gressos de um país, e as glorias dahumanidade.-

Que nobre coração aquele! Quan-ias e quantas noites, chovendo acântaros cá fora, ele saía de cas;debaixo de relâmpagos e trovões,para dar lições aos filhos do fa-zendeiro, um rico senhor, que lhepagava um parco ordenado peloseu trabalho.

E era com esse dinheiro que a es-cola progredia.;

O bom padre o empregava emcomprar roupas e livros para seusamiguinhos, que o queriam muito.

Junto á bandeira brasileira, noparque, foi colocado um vulto, pa-reciclo com uma estatua, que des-pertava a curiosidade dos habitan-tes da vila.

Isso que parecia uma estatua, es-tava coberto. Só o padre Geraldosabia o que era, pois aquilo semprefora o sonho dourado de sua vida.

Estava-se aproximando Setembro,o mês em que se comemora a In-dependência do Brasil, e o padreGeraldo estava reservando aquelasurpresa para os seus alunos.

No dia 7 de Setembro foram con-vidadas todas as pessoas da vila acomparecerem á escola, para assis-tirem á festa em comemoração aesse dia, o maior feriado do nossoglorioso Brasil.

Todos aqueles homens, outroráignorantes, mas agora instruídospelo sábio padre, sentiam os co-rações, fremirem de entusiasmo,e sentiam que os corações ago-ra pertenciam á Pátria.

7 de Setembro! o parque da esco-Ia estava cheio de gente.

Todos os moradores da vila fo-ram ouvir dos lábios do padre Ge-raldo a narração do feito heróicoque livrou o Brasil da tirania.:

Por volta de 2 horas, chegou opadre acompanhado de seus alunos,a cantarem o hino nacional.

Uma salva de palmas reboou detodos os lados, quando ele apareceuno limiar da porta.

Os alunos que o acompanhavamvinham em cortejo de 2 a 2, tão con-tentes e altivos que pareciam oscristãos entrando na Terra Santa,depois de vencerem os mouros.

Depois de rezar ao ar livre umamissa pelas almas daqueles quemorreram pela nossa Pátria, e agra-decer a Deus o que tem feito pornós no passado e pelo que nos aju-dará no futuro, o padre Geraldoexplicou a importância daquele dia,a maior gloria da historia doBrasil.

Falou de todos os homens quecooperaram pela nossa liberdade, equando terminou o discurso que lheenchia de emoção e tirava lagrimasao seu auditório, descobriu, sere-tiamente, aquele vulto que pareciauma estatua.

E aos olhos curiosos da multidãoapareceu o meio corpo de um ho-mem completamente desconhecidopara eles.

Mas o padre Geraldo explicouquem era e contou sua vida e seusfeitos pelo nosso país, apresentan-do-o como o Patriarca da Indepen-dencia: era José Bonifácio de An-drada e Silva.

Depois de terminar a narração, ópadre Geraldo ergueu os olhos aocéu e disse:

— Senhor todo poderoso, dai aesse nobre homem o logar que me-rece no céu, assim como ele soubecolocar-nos ao par das nações civi-Hzadas.

Terminada a festa, o padre Ge-raldo partiu para casa contentissi-mo; aquele tinha sido o dia maisfeliz de sua vida.

Assim que chegou em casa, o pa-

dre Geraldo foi agradecer a Deufo beneficio que lhe tinha feito.

Pondo-se de joelhos diante dooratório, recordou-se da promessafeita ha anos; recordou-se de suameninice; filho de trabalhadores decampo, andava maltrapilho pelasruas da vila, mas não deixava decomparecer á igreja todos os dias.

A igreja era naquela época umatosca choupana de madeira, cujopadre, um bom velhinho, era tam-bem um espirito pratico e empreen-dedor, e fora daquele padre queGeraldo recebia lições e conselhos;e ele sentiu que o seu coração per-tencia a Deus.

O bom velho, tomado de interessepor aquele assíduo aluno, pergun-tou-lhe qual era a sua vocação, e opadre Geraldo manifestara o seudesejo de ser ministro de Deus.

E o velho padre, com o auxiliode um amigo, que era rico, enviouGeraldo para o colégio onde ele es-tudara.

Na hora da despedida, como ul-tima recordação, disse: — Meu fi-lho, quando saí do colégio, vim paraesta vila e construí esta igreja queé todo o meu amor; breve morre-rei, e quero que tu, quando te for-mares, continues a obra que come-cei que é progredir esta vila, prome-te-mes ?

— Sim... balbuciou, soluçando,Geraldo. ,

Assim foi; ele estudara e voltarapara a vila, onde mandara construiruma igreja e uma escola.

O padre Geraldo sentia-se como-vido ao recordar, o que com ele sepassara.

Dia a dia instruia os seus alunoscom mais carinho, na esperança' deque mais tarde um daqueles osubstituísse para continuar a obraque ele também continuara.

E os seus alunos, ao transpor Sporta da escola, recebiam do padreGeraldo um sorriso de proteção ecarinho.

Salve, oh glorioso mestre! Nos taSeguiremos o exemplo, porque que-remos ver a Deus, não com a vista,que é impossível, mas com o per*«samento e o corr.ção.

José Mendes de Oliveira(ia anos)

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AS AVENTURAS DO CHIQUINHO

w!«*-^^^^^^Pi«p-**_-a_«_____^^ • -

F^F^^ ^ [_^ JPA E VOLTA

— Só troco o macaco pelo cachorrinho ! Chiquinhoaceitou a proposta e disse que Jagunço se chamava "Idae Volta". Depois.»

^t, retirou-se, deixando Jagunço e. levando o macaco.Ao dobrar a primeira esquina, ocultando-se atrás de unimuro, gritou: Jagunço^.

. ...Jagunço! Este. seguro pelo italiano, e vendo que nãopodia acudir ao chamado do dono, avançou nas oemaa«lo homem, conseguindo...

„_fugir e vir au encontro de Chiquinho O macaco es.tava com Benjamim, Jagunço mordido de ciúme, atirou-se ao macaco, sgarrando-se-Uie a cauda».

«^.quando o simio priter.dTa saltar o muro. Os garo.tos fugiram para casa. afim de se esconderem do itai-a.no da realejo.

Lá, porem, ia o acnaram a la.er uma formidávelqueixa á titia. O resto & se Sibe, foi aaueU agua dacostume.