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Universidade Camilo Castelo Branco Programa de Mestrado Profissional em Produção Animal DESCALVADO, SP 2014 VALDIQUE GILBERTO DE LIMA A UTILIZAÇÃO DE Trichoderma harzianum NA PRODUTIVIDADE DA Brachiaria brizantha CV. MARANDU Trichoderma harzianum USE IN PRODUCTIVITY Brachiaria brizantha CV. MARANDU

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Universidade Camilo Castelo Branco

Programa de Mestrado Profissional em Produção Animal

DESCALVADO, SP

2014

VALDIQUE GILBERTO DE LIMA

A UTILIZAÇÃO DE Trichoderma harzianum NA PRODUTIVIDADE DA

Brachiaria brizantha CV. MARANDU

Trichoderma harzianum USE IN PRODUCTIVITY Brachiaria brizantha CV. MARANDU

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VALDIQUE GILBERTO DE LIMA

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DESCALVADO, SP

2014

A UTILIZAÇÃO DE Trichoderma harzianum NA PRODUTIVIDADE DA

Brachiaria brizantha CV. MARANDU

Orientadora: Profa. Dra.: Käthery Brennecke

Defesa de Mestrado apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Produção Animal

da Universidade Camilo Castelo Branco, como complementação dos créditos

necessários para obtenção do título de Mestre em Produção Animal.

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AGRADECIMENTOS

A Deus por ter dado o dom da vida;

Aos meus pais José Rosa de Lima e Marina Pereira de Lima por ter proporcionado meu

nascimento e sempre estarem ao meu lado;

Ao meu grande amigo Marcos Aurélio Anequine de Macedo, por estar sempre junto nos

momentos bons e também nos de dificuldades;

Aos colegas de curso Abílio da Paixão Ciríaco e Leandro Cecílio Matte pelo companherismo e

incentivo nos momentos difícies;

A minha orientadora, professora Dra Kathery Brennecke pela atenção e dedicação no

decorrer dos trabalhos;

A todos os professores que contribuíram para a conclusão de mais essa etapa;

A todos os amigos que estiveram juntos no decorrer dessa caminhada, em especial meus

amigos Anderson Braun, Thalison Daniel, Rhuan Bassegio, Gaudencio Henrique e a todas as

pessoas que contribuíram direto ou indiretamente para a conclusão desse curso.

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Salmo 91

1 Aquele que habita no esconderijo do Altíssimo, à sombra do Onipotente descansará.

2 Direi do Senhor: Ele é o meu Deus, o meu refúgio, a minha fortaleza, e nele confiarei.

3 Porque ele te livrará do laço do passarinheiro, e da peste perniciosa.

4 Ele te cobrirá com as suas penas, e debaixo das suas asas te confiarás; a sua verdade será

o teu escudo e broquel.

5 Não terás medo do terror de noite nem da seta que voa de dia,

6 Nem da peste que anda na escuridão, nem da mortandade que assola ao meio-dia.

7 Mil cairão ao teu lado, e dez mil à tua direita, mas não chegará a ti.

8 Somente com os teus olhos contemplarás, e verás a recompensa dos ímpios.

9 Porque tu, ó Senhor, és o meu refúgio. No Altíssimo fizeste a tua habitação.

10 Nenhum mal te sucederá, nem praga alguma chegará à tua tenda.

11 Porque aos seus anjos dará ordem a teu respeito, para te guardarem em todos os teus

caminhos.

12 Eles te sustentarão nas suas mãos, para que não tropeces com o teu pé em pedra.

13 Pisarás o leão e a cobra; calcarás aos pés o filho do leão e a serpente.

14 Porquanto tão encarecidamente me amou, também eu o livrarei; pô-lo-ei em retiro alto,

porque conheceu o meu nome.

15 Ele me invocará, e eu lhe responderei; estarei com ele na angústia; dela o retirarei, e o

glorificarei.

16 Fartá-lo-ei com longura de dias, e lhe mostrarei a minha salvação.

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A UTILIZAÇÃO DE Trichoderma harzianum NA PRODUTIVIDADE DA

Brachiaria brizantha CV. MARANDU

RESUMO

Por apresentar boa resistência ao ataque de pragas, a Brachiaria brizantha compõe a maior

área cultivada no estado de Rondônia para o sistema de pastejo contínuo. O estudo foi

realizado no município de Colorado do Oeste nas dependências do Instituto Federal de

Educação Ciências e Tecnologia de Rondônia no setor de produção vegetal I, sendo utilizados

vasos com capacidade de 15 dm3, avaliando diferentes doses do fungo antagonista

Trichoderma harzianum na concentração 32.1012 esporos por grama, do fungo sendo

inoculado em solo devidamente esterilizado pelo método de solarização. Realizou-se dois

cortes na Brachiaria brizantha cultivar marandu. Sendo o primeiro aos sessenta dias após a

semeadura e o segundo aos quarenta e cinco dias após o primeiro corte. As doses avaliadas

foram: 0 g/ha; 25g.Produto comercial. ha-1; 50g. Produto comercial. ha-1 e 100g. Produto

comercial. ha-1. Os parâmetros analisados foram: Altura das plantas; Número médio de

perfilho e Número médio de folhas por três plantas. Foi observado que as doses do inoculante

não apresentaram efeito positivo sobre as variáveis avaliadas no primeiro corte, contudo a

dose máxima aplicada apresentou efeito negativo no porte da planta. Já no segundo corte foi

observado incremento no número médio de folhas em relação à dose de 50g. Produto

Comercia. ha-1. Para os demais parâmetros (altura de plantas e número de perfilhos), no

segundo corte, foi constatado que não ocorreu efeito positivo das doses em relação à

testemunha. Conclui-se que a utilização do Trichoderma harzianum não apresentou

incrementosignificativo na produtividade da Brachiaria brizantha.

Palavras-chave: gramínea, forragem, pecuária, pastagem.

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TRICHODERMA HARZIANUM USE IN PRODUCTIVITY

BRACHIARIA BRIZANTHA CV. MARANDU

ABSTRACT

Due to its good resistance to attack by pests, Brachiaria Brizantha makes up most cultivated

in the state of Rondônia for the continuous grazing system area . The study was conducted in

the city of Colorado do Oeste in the premises of the Federal Institute of Education Sciences

and Technology of Rondônia in the vegetable production sector I , vessels with a capacity of

15 dm3 being used , evaluating different doses of the antagonist Trichoderma harzianum

spore concentration 32.1012 per gram , the fungus was inoculated in properly sterilized soil

solarization method. Held two cuts in Brachiaria brizantha marandu. Being the first sixty

days after sowing and the second forty -five days after the first cut . The doses were 0 g / ha;

25g. Produto commercial. ha-1; 50g. Commercial product. ha -1 and 100g. Commercial

product ha- 1. The parameters analyzed were: plant height; Average number of Average

number of tillers and leaves of three plants . It was observed that doses of inoculum showed

no positive effect on the variables assessed in the first cut , but the maximum dose applied had

a negative effect on plant size . In the second cut increase in the average number of leaves in

relation to the dose of 50g was observed. It trades product ha- 1. For other parameters (plant

height and tiller number), the second cut, it was found that there was no positive effect of

doses compared with the control. We conclude that the use of Trichoderma harzianum

showed no incrementosignificativo productivity of Brachiaria Brizantha.

Keywords: grass, livestock, forage, grassland.

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Características desejáveis na escolha de plantas forrageiras para a formação de

pastagens em Rondônia.............................................................................................................16

Tabela 2 -Resultado da análise de solo, Colorado do Oeste- RO .........................................30

Tabela 3 - Resultados do número médio da altura de plantas em Brachiaria brizantha após a

aplicação de Thricoderma ao longo do experimento. Colorado do Oeste-RO, 2013........... 32

Tabela 4 - Resultados do número médio de perfilhos em Brachiaria brizantha após a

aplicação de Thricoderma ao longo do experimento. Colorado do Oeste-RO, 2013............33

Tabela 5 - Resultados do número médio de folhas por perfilho em Brachiaria brizantha

após a aplicação de Thricoderma ao longo do experimento. Colorado do Oeste-RO...........35

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

Al-...............................................................................................................................Alumínio

Atm-.....................................................................................................................Atmosfera

C-................................................................................................................................Carbono

Ca-...................................................................................................................................Cálcio

Cmolc-.......................................................................................................Centimol de Carga

CTC-....................................................................................Capacidade de Traca de Cátions

Cu-...............................................................................................................................Cobre

CV - .......................................................................................................................... Cultivar

DIC- ............................................................................Delineamento Inteiramente Casualizado

DIVMS- .................................................................Digestibilidade in vitro da Matéria Seca

FAO-.....................................Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura

Fe-.................................................................................................................................Ferro

ha- .................................................................... .............................................................Hectare

IFRO-........................................................................................... Instituto Federal de Rondônia

K-..............................................................................................................................Potássio

Mg-............................................................................................................................Magnésio

Mn-........................................................................................................................Manganês

MO-.............................................................................................................Matéria Orgânica

MS- ..........................................................................................................................Matéria Seca

N-............................................................................................................................Nitrogênio

ONU- .......................................................................................Organização das Nações Unidas

P-..................................................................................................................................Fosforo

PB- ................................................................... ...................................................Proteína Bruta

Pc-.................................................................................................................Produto Comercial

pH.- ....................................................................................................Potencial Hidrogeniónico

S-...............................................................................................................................Enxofre

SEDAM-....................................................Secretaria Estadualde Desenvolvimento Ambiental

UA- .................................................................. ................................................Unidade Animal

V-...............................................................................................................Saturação de base

Zn-.................................................................................................................................Zinco

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................... 12

1.1. Objetivos gerais .............................................................................................................................. 13

1.2. Objetivos específicos ...................................................................................................................... 13

2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ....................................................................................... 15

2.1. Brachiaria Brizantha cv. Marandu .............................................................................................. 15

2.2. Microrganismos promotores de crescimento ............................................................................ 20

2.2.1. Trichoderma harzianun ............................................................................................................ 21

2.2.2. Promoção do crescimento em plantas por Trichoderma spp. ................................................. 22

2.3. Panorama da Atividade Pecuária Mundial.................................................................................. 25

2.4. Panorama da Atividade Pecúria do Estado de Rondônia ........................................................... 27

2.5. Manejo das Pastagens ................................................................................................................ 29

3. MATERIAL E MÉTODOS ............................................................................................ 32

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO .................................................................................... 34

4.1. Altura da parte aérea .................................................................................................................. 34

A média dos resultados obtidos no experimento da altura da parte aérea pode ser observada na

tabela 3. ................................................................................................................................................. 34

4.2. Número de perfilhos ................................................................................................................... 35

A média dos resultados obtidos no experimento em função do número de perfilho pode ser

observada na tabela 4. .......................................................................................................................... 35

4.3. Número de folhas por perfilho ................................................................................................... 36

A média dos resultados obtidos no experimento em função do número de folhas por perfilho pode

ser observada na tabela 5. .................................................................................................................... 36

5. CONCLUSÕES ............................................................................................................... 38

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................. 39

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1. INTRODUÇÃO

A pastagem é a fonte de alimentação mais econômica para bovinos e quando bem manejada

pode ser a opção mais moderna e eficiente para assegurar ganhos econômicos e de

produtividade na exploração. Dessa forma, a exploração animal em pastagens tem potencial

para ser competitiva devido à possibilidade de redução de custo de produção e de agregação

de valor ao produto produzido de maneira sustentável.

A Brachiaria brizantha é de origem africana, pouco exigente em fertilidade

desenvolve-se bem em solos secos ou úmidos. Possui crescimento mais ereto do que a

decumbens e a vegetação pode atingir de 1,00 a 1,20 de touceira, é menos vigorosa para

gramar em relação às outras gramíneas, sendo rizomatosa e perene. Panícula com 2 a 12

racemos (4 a 6 racemos na cultivar Marandu) de espiguetas unisseriadas (COSTA, 2004).

A propagação pode ser vegetativa ou por semente, sendo observada que quando

propagada por semente o poder germinativo é baixo. A Brachiaria brizantha cv. Marandu,

conhecida como Brachiarão, Brizantão, vem sendo mais difundida nos últimos anos para a

bovinocultura de corte, apresentando de 4 a 11% de proteína bruta na matéria seca. O bom

desenvolvimento dessa forrageira faz com que haja maior disponibilidade de nutrientes para o

consumo animal (COSTA, 2004).

Uma alternativa para melhorar as condições de desenvolvimento dessa forrageira, é a

utilização de fungos do gênero Trichoderma.

As possíveis relações simbióticas das raízes da Brachiaria com os fungos

Trichoderma harzianum apresentam uma boa oportunidade para melhorar a qualidade e a

produção de forragem.

A micorriza é uma simbiose mutualista entre um fungo de solo e a raiz de uma planta.

O fungo absorve fotossintatos produzidos pela planta e assim obtem nutrientes e aumenta sua

rizosfera, devido às hifas das micorrizas. Em solos com concentrações altas de fósforo, o

efeito das micorrizas é reduzido. Uma das vantagens das espécies do gênero Trichoderma é a

sua eficiência na absorção de nutrientes pelas hifas proporcionando crescimento de plantas

como resultado da síntese de substancias promotora de crescimento. Observando que os usos

de fungos do gênero Trichoderma derivam em aumento de peso de matéria seca,

florescimento precoce, maior crescimento e rendimento de frutos.

A bovinocultura é um dos principais destaques do agronegócio brasileiro no cenário

mundial. O Brasil é dono do segundo maior rebanho efetivo do mundo, com cerca de 200

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milhões de cabeças. Além disso, desde 2004, assumiu a liderança nas exportações, com um

quinto da carne comercializada internacionalmente e vendas em mais de 180 países, que

proporciona o desenvolvimento de dois segmentos lucrativos: as cadeias produtivas da carne e

do leite. O valor bruto da produção desses dois segmentos, estimados em R$ 67 bilhões,

aliado a presença da atividade em todos os estados brasileiros, evidenciam a importância

econômica e social da bovinocultura em nosso país. O clima tropical e a extensão territorial

do Brasil contribuem para esse resultado, uma vez que permitem a criação da maioria do gado

em pastagens (MAPA, 2012).

A bovinocultura de corte em Rondônia tem se desenvolvido, em maior escala, nas

grandes propriedades localizadas nas regiões sul e sudeste do Estado, apresentando rebanhos

com bom padrão racial. Nas proximidades dos municípios localizados ao longo do eixo da BR

364, predomina a pecuária leiteira, a qual apresenta baixos índices de produtividade, devido

degradação das pastagens.

A Brachiaria brizantha foi introduzida no estado de Rondônia com o objetivo de

substituir as áreas cultivadas com Brachiaria decumbes, pois esta apresentava alta

suceptibilidade ao ataque das cigarrinhas das parstagens. Por apresentar boa resistência ao

ataque desta praga, a Brachiaria brizantha compõe a maior área cultivada no estado para o

sistema de pastejo contínuo.

A exploração do rebanho bovino depende, fundamentalmente, da produção de

forragem, principalmente daquelas espécies que constituem as áreas de pastagens. Com

frequência, as plantas forrageiras constituem a única fonte de nutrientes indispensáveis ao

crescimento, à saúde dos animais, assim como à reprodução do rebanho.

1.1. Objetivos gerais

O objetivo deste trabalho foi avaliar a produtividade da Brachiaria brizantha cv Marandu,

utilizando diferentes doses do fungo Trichoderma harzianum, na região de Colorado do

Oeste, Rondônia.

1.2. Objetivos específicos

Definir a melhor dose de Trichoderma harzianum para produtividade da Brachiaria

brizantha;

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Avaliar o desempenho da Brachiaria brizantha quanto a altura da parte aérea da forregeira

nas diferentes quantidades de Trichoderma harzianum;

Avaliar a quantidade de perfilhos emitidos nas diferentes doses do Trichoderma;

Avaliar o numero de folhas emitidas nas diferentes doses.

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2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2.1. Brachiaria Brizantha cv. Marandu

O capim-marandu (Brachiaria brizantha cv. Marandu) é uma gramínea forrageira perene com

hábito de crescimento cespitoso, formando touceiras de até 1,0 m de diâmetro e afilhos com

altura de até 1,5 m. Apresenta rizomas horizontais curtos, duros, curvos, cobertos por escamas

glabras de cor amarela a púrpura. Seu sistema radicular é profundo o que garante sua

sobrevivência ao déficit hidrico durante períodos de estiagens prolongadas. Originário da

África tropical localiza-se bem distribuída com grande extensão nos cerrados tropicais e em

áreas onde já foi ocupada por vegetação de florestas da Região Amazônica (COSTA, 2002a).

Das espécies mais cultivadas e recomendadas em regiões com características de

Cerrado, a Brachiaria brizantha cv. Marandu tem mostrado grande adaptabilidade, garantindo

boa parte da demanda referente ao fornecimento de forragem para o sustento do rebanho

bovino manejado a pasto. Representa uma boa alternativa de alimento, de boa qualidade,

desde que atenda a necessidade nutricional da planta, com reposição de nutriente e manejo

correto, caso contrário, a forragem perde o valor nutritivo rapidamente não suprindo

totalmente carência nutricional dos animais, excepcionalmente quando a planta atinge a fase

reprodutiva (VALLE et al., 2000).

A Brachiaria é a gramínea mais cultivada no país, com sua utilização na cria, recria e

engorda dos animais criados a pasto, isso quando a pastagem for bem manejada. A

preferência dos criadores de bovinos por esta espécie ocorre pelo fato das mesmas serem

plantas de elevada produção de massa seca, ter boa produção nos solos do cerrado, apresenta

bom redimento quando submentida a adubação fosfatada, facilidade de formação, alta

capacidade de permanecer no campo e elevado valor nutritivo, mostrando boa tolerância a

doenças e apresentando crescimento satisfatório na maior parte do ano, incluindo o período de

estiagem (SOARES FILHO, 1997; VALLE et al., 2000; COSTA et al., 2005).

A Brachiaria brizantha cv. Marandu ocupa 30 milhões de hectares, representando

cerca de 50% das gramíneas plantadas na região dos Cerrados, destacando-se por possuir

pouca tolerância a baixas temperaturas, como exemplo temperatura inferior a 25º C, apresenta

ótima produção com temperaturas próximas de 30ºC (MACEDO, 2005).

Desde o início da década de 1980 já se conhecia B. brizantha e, em 1984, a Empresa

Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Embrapa – disponibilizou a primeira cultivar, a

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Marandu, que em guarani quer dizer novidade. Devido sua característica em ser um capim

agressivo, possuir boa adaptabilidade a solos de média fertilidade, tolerante à cigarrinha das

pastagens e tendo um bom rendimento na produtividade animal, estendeu-se principalmente

nas regiões onde a B. decumbens apresentava problemas, como exemplo na Amazônia legal

evenvolvendo os seguintes Estados: (sul do Pará, Tocantins, Acre, Rondônia, norte do Mato

Grosso), e avalia-se que nos dias de hoje aproximadamente 50% da área de pasto cultivada no

Brasil, ou cerca de 50 milhões de hectares, encontra-se ocupado com essa cultivar,

instituindo-se novamente amplo monocultivo (EMBRAPA, 2007).

Esta espécie foi liberada pela Embrapa em 1984 e por ter mostrado boa produtividade

e qualidade da forragem, rápida formação, boa proteção do solo e adaptação para concorrer

com plantas infestantes, tornou-a uma das principais espécies forrageiras cutivada na Região

Centro Oeste e em todo território brasileiro, onde estabelece uma área de aproximadamente de

70 milhões de hectares (EMBRAPA, 2007).

Essa cultivar tem apresentado resistência à cigarrinha-das-pastagens, alto valor

nutritivo, bom ídice de massa verde, elevada produção de sementes ferteis. É bem apreciada

por equinos e mostra altas perspectivas de consumo nas fases de desmama e engorda de

bovino. Duas espécies de cigarrinhas, entre outras, são destacadas pragas importantes das

pastagens na região dos Cerrados, a Deois flavopicta e a Zulia entreriana (COSTA, 2004)

A pequena quantidade de nutrientes na utilização da pastagem é sem dúvidas um dos

relevantes fatores que influenciam tanto quando se refere à produtividade como na qualidade

da forrageira. Dessa maneira, a reposição dos nutrientes em quantidades recomendada,

representa importância essencial no sistema produtivo das pastagens (BATISTA, 2002).

A Brachiaria brizantha é uma graminea indicada como alternativa para os cerrados de

média a alta fertilidade por possuir boa produção de forragem, constância no campo, boa

velocidade de rebrota, tolerância as baixas temperatura, período prolongado de estiagem, ao

fogo e resistência as cigarrinhas-das-pastagens, dando bom retorno quando utilizada a

adubação fosfatada e mostrando boa tolerância a elevados teores de alumínio e manganês no

solo, mas não da resposta significativa a calagem (ALCÂNTARA e BUFARAH,1999).

Cosenza (1982), estudando a resistência às cigarrinhas, de diferentes gramíneas, entre

elas o Andropogon gayanus cv. Planaltina, a Brachiaria brizantha cv. Marandu, o Panicum

maximum e a Brachiaria decumbens, concluiu que o capim Marandu estava entre as mais

resistentes. Foi descoberta uma estrutura de resistência, não bem definido, do tipo antibiose,

uma vez que se obteve, experimentalmente, elevada mortalidade de ninfas nessa gramínea.

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Isso admite pressupor que, mesmo que o adulto faça postura em pastagens estabelecidas com

capim Marandu, acontecerá morte de maior parte das ninfas, inibindo o crescimento da

maioria das populações de adultos, não ocorrendo, nesses casos prejuízos relevantes. Estima-

se que a grande quantidade de pelos presentes na bainha das folhas que abrangem os colmos

se comportam como uma barreira física ao ataque das cigarrinhas, como também é observado

no Andropogongayanus cv. Planaltina.

A cultivar Marandu pode ser distinguida de outros ecotipos de B. brizantha, por

apresentar semelhença obrigatória das seguintes características: plantas constantemente

robusta e com grande capacidade de afilhamento nos nós superiores dos colmos floríferos;

existencia de pêlos na parte apical dos entre-nós; bainhas pilosas e lâminas largas e longas

com pubescência somente na face inferior, desprovido de pelos na face superior e com

estremidades não cortantes, raque sem pigmentação arroxeada e espiguetas com cílios no

ápice (VALLS e SENDULSKY, 1984).

A qualidade da pastagem produzida pela cultivar Marandu, analisada por

digestibilidade e teor protéico e de fibras na matéria seca, é muito satisfatória, quando

confrontado com a de outras gramíneas. Suas sementes possuem tamanhos levemente maiores

que as das outras especies de Brachiaria, observando que 1g dessa cultivar contam 145

sementes férteis, Já na espécie B.decumbens, 1g contém184 sementes.

Características agronômicas: boa capacidade de produção de forragem em solos de

média fertilidade natural; surpreendente comportamento em solos arenosos; raízes profundas

o que possibilita a absorção de água durante os períodos estiagem; exige solos com boa

drenagem, por não tolerar o excesso de umidade por período prolongado; resistente as

cigarrinhas-das-pastagens; possui maior palatabilidade que as demais espécies de Brachiaria

(COSTA, 2004).

Por apresentar sistema radicular bem desenvolvido e profundo, o capim Marandu

expressa elevada tolerância à deficiência hídrica podendo absorver nutrientes em horizontes

mais profundos do solo, possui um bom desenvolvimeno em condições ambientais em que a

maior parte das plantas produtoras de grãos e das espécies usadas para cobertura do solo, não

se adaptaria (BARDUCCI et al., 2009).

Produtividade e composição química da forragem: A pastagem apresenta boa

produtividade, em geral, é muito satisfatória, porém, pode ser prejudicada por vários fatores

(solo, espaçamento, densidade de plantio, manejo e condições climáticas). No Estado de

Rondônia, os rendimentos em MS estão em torno de 10 a 12 e, 2 a 4 t/ha, respectivamente

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para os períodos: chuvoso e de estiagem. O valor nutricional da forragem é estimado entre

moderado e bom, levando em consideração consumo, digestibilidade e composição química.

Após duas a seis semanas de rebrota apresenta, em média, DIVMS entre 72 e 65%; teores de

PB entre 15 e 7%; teores de P entre 1,7 e 1,5 g/kg e de Ca entre 2,2 e 1,4 g/kg (COSTA,

2004).

Estabelecimento: a semeadura deve ser conduzida no início do período chuvoso

(outubro/novembro). O plantio pode ser recomendado em sulcos, adotando-se espaçamentos

de 0,6 a 1,0 m entre si, a lanço ou em covas (0,5 x 0,5 m) quando realizado por mudas. A

semente deve ser semeada a uma profundidade de 2,0 a 3,0 cm, uma vez que as sementes são

pequenas, o que pode ser realizado pela passagem de um rolo compactador (EMBRAPA,

2007).

Praticamente todas as cultivares de gramíneas forrageiras tropicais de interesse

comercial foram adquiridas através de coletas ou produzidas por melhoramento genético por

empresas pesquisadoras públicas ou privadas (PEREIRA, 2002).

No país, a quantidade de cultivares forrageiras melhoradas existentes para a

comercialização ainda são reduzidas, sendo o motivo do quantitativo elevado de grandes áreas

cultivadas com pequena variabilidade genética. Devido a isso, existe um permanente risco

para as pastagens, em função de pequena base genética das cultivares que possibilita à quebra

da resistência à pragas e doenças por algum agente biótico. Além do problema relacionado à

genética, a redução da capacidade de adaptação ou resposta da planta a mudanças nas

condições de clima e solo são responsáveis pela baixa produtividade de muitas cultivares

produzidas em condições ambientais desfaforáveis, ou seja, abaixo da recomendada para as

cultivares ( PEREIRA, 2002).

O progresso na agricultura e pecuária aconteceu depois do chamado “desbravamento

dos cerrados” originário apartir do início da implantação das espécies Brachiaria após a

década de 1960 (ANDRADE, 1994; NASCIMENTO Jr. et al.,2003). A relevância do gênero

inicia-se com a implantação da Brachiaria decumbes cv. Basilisk, por apresentar boa

adaptação às condições edafoclimáticas da região (ANDRADE, 1994). Após 1984, a Embrapa

gado de corte e a Embrapa cerrados divulgaram a Brachiaria brizanthacv. Marandu que

mesmo sendo mais exigente, apresentava mais produtividade alem de maior tolerância a

cigarrinha das pastagens (VALLE et al., 1994; ANDRADE, 1994).

A produção animal vem sendo racionalizada nos últimos anos, mesmo tendo avanços

nos índices zootécnicos, esses ainda estão abaixo do recomendado para obter boa

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produtividade, apontando recomendação do melhor uso da tecnologia existente, especialmente

quando se referem à criação de bovinos a pasto (EUCLIDES, 2000).

Com o aumendo da exigência da carne consumida no mundo, proporcionou uma

elevação na procura do chamando “Boi verde”, proporcionando ao país grandes vantagens

devido à produção de carne e leite ser na sua maioria a base de pastagens. A necessidade de

racionalizar e aumentar a produção animal requer do pecuarista investimentos maiores,

incrementando o giro do capital além da necessidade em promover a atividade em caráter

empresarial (EUCLIDES, 2000).

A taxa de crescimento das plantas é influenciada pelas condições ambientais ao qual

elas estão submetidas, afetando seu desenvolvimento, produção e qualidade, por meio de

modificações em seu sistema fisiológico. O sistema fisológico da planta forrageira é afetado

por vários fatores, no entando, durande o crescimento quando o fornecimento de água e

nutrientes geralmente é aplicado em quantidades satisfatórias, a temperatua e luminosidade

apresentam maior influência (BUXTON e FALES, 1994). Mostrando serem estas variáveis do

ambiente, possuir fundamental relevância para os processos de desenvolvimento e morte dos

tecidos das plantas, modificando a velocidade das reações, tais como: taxa de aparecimentos

de folhas, perfilhamento, florescimento, alongamento foliar, sendo esses fatores influenciados

no manejo da pastagem (NABINGER e PONTES, 2001).

A fotossíntese, ocorrida pela disponibilidade de luz, temperatura, água e nutrientes, é

o principal mecanismo fisiológico associado à produção vegetal, que agrupam processos

como acúmulo de reservas orgânicas, perfilhamento, produção de tecidos da área foliar e

s i s t e m a radicular dentre outros (SILVAE NASCIMENTOJÚNIOR, 2007). A eficacia no

consumo da forragem é a razão entre a forragem consumida pelo animal e a produzida pela

planta, resultando os valores entre 40 e 80%. Concluindo o ciclo de produção animal, a última

avaliação de eficiência é a conversão, ou seja, a razão entre a energia do produto animal

(carne, leite, lã, entre outros) e a da forragem consumida. Os valores variam de 7 a 15%

(SILVAE NASCIMENTO JÚNIOR, 2007a).

Vários aspectos morfogênicos e estruturais de gramíneas forrageiras são modificados

através do fornecimento de nutrientes em quantidades adquadas (NASCIMENTO JUNIOR et

al., 2002).

O fosforo é o nutriente mais importante na implantação da pastagem, em decorrência

da sua função no crescimento inicial da planta, melhorando o perfilhamento e auxiliando no

desenvolvimento do sistema radicular (NASCIMENTO JUNIOR et al.,2002).

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O N é o nu t r i en t e r espons áve l pe lo o incremento na porcentagem de

s u r g i m e n t o e alongamento da parte aérea da planta, duração do ciclo de vida da folha e na

produção de novos perfilhos (NASCIMENTO JUNIOR et al.,2002). O N tem participação na

produção das proteínas e da clorofila e a deficiência é caracterizada pela diminuição no

crescimento da planta, acompanhado do amarelecimento das folhas mais velhas das plantas

(JORGE,1983).

Os fungos do gênero Trichoderma se encontram amplamente distribuídos em todo o

mundo, em quase todos os ambientes e tipos de solo, especialmente nos ricos em matéria

orgânica, vivendo saprofiticamente ou parasitando outros fungos (ESPOSITO; SILVA, 1998).

A promoção de crescimento ocasionada por microrganismos do solo está relacionada

com a produção de hormônios vegetais, produção de vitaminas, ou conversão de materiais a

uma forma útil para a planta (PEREIRA, 2012). Neste contexto o Trichoderma spp. pode

atuar como bioestimulante do crescimento de plantas, uma vez que esse microrganismo

interage com as raízes, promovendo um maior desenvolvimento das mesmas, devido à

secreção de fitohormônios, o que permite uma melhor assimilação de nutrientes e água. Por

esta razão, Trichoderma spp.apresenta potencial para ser utilizado como promotor do

crescimento e desenvolvimento de plantas (PEREIRA, 2012).

2.2. Microrganismos promotores de crescimento

Como alternativa às técnicas convencionais para melhorar a produção agrícola, o uso de

microorganismos benéficos capazes de promover crescimento de plantas, vem ganhando

destaque em vários países (ROMEIRO, 2007).

Dentre os microorganismos conhecidos como promotores de crescimento encontram-

se as rizobactérias benéficas intituladas PGPR (PlantGrowth-PromotionRhizobacteria)

(ROMEIRO,2007), fungos micorrízicosarbusculares e algumas espécies de Trichoderma

(HARMAN et al., 2004; HOYOS - CARVAJAL et al., 2009; SHANMUGAIAH et al., 2009).

Depois de colonizar o sistema radicular das plantas eles podem atuar por diversos

mecanismos de ação, tais como: produção de fitohormônios vegetais como auxinas,

giberelinas e citocinas (HOITINK; MADDEN; DORRANCE, 2006; VINALE et al., 2008),

produção de vitaminas, eliminação de microorganismos prejudiciais às plantas, fixação de

nitrogênio (VESSEY, 2003), solubilização de fosfato e disponibilização de micronutrientes e

minerais tais como ferro, manganês e magnésio (ALTOMARE et al., 1999; DEY et al.,

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2004), para a produção de sideróforos para facilitar a absorção de ferro (LUCY et al., 2004;

VESSEY, 2003). Além disso, causam alterações benéficas no crescimento e na morfologia

das raízes responsáveis pela absorção de nutrientes (ROMEIRO, 2007) e aumentam o nível de

defesa da planta (HANSON; HOWELL, 2004; HOITINK; MADDEN; DORRANCE, 2006;

MASTOURI; BJORKMAN; HARMAN, 2010).

2.2.1. Trichoderma harzianun

O fungo Trichoderma spp. está entre os fungos com potencial de antagonismo mais elevado, e

por essa propriedade é um dos mais pesquisados. Segundo Menezes et al. (2009), os fungos

do gênero Trichoderma spp. são microorganismos naturalmente encontrados no solo, que

proporcionam uma função ecológica muito importante, pois participam da decomposição e

mineralização do material orgânico, contribuindo com a disponibilização de nutrientes para as

plantas (MENEZES et al. 2009).

Por liberarem substâncias que causam antagonismo para patógenos são considerados,

também, biofungicidas naturais, que reduzem em até 100% as chances de qualquer fungo

atingir a cultura (MENEZES et al. 2009).

O T. harzianum espalha suas hifas na rizosfera rapidamente, daí a grande vantagem de

utilização como agente de biocontrole em larga escala. De acordo com Samuel e Hadavi

(1996), o gênero Trichoderma corresponde à fase anamórfica do gênero Hypocrea,

pertencente à classe dos fungos Mitospóricos, subclasse Hifomicetos, ordem Moniliales,

família Moniliacea. Este gênero é, segundo Gams e Bisset (1998), espécies de Trichoderma

são cosmopolitas, sendo encontrados na maioria dos solos. Por esse motivo pode ser usado em

várias regiões e é considerado um dos grupos mais interessantes de fungos antagônicos. De

acordo com Domshet al. (1980), a principal característica morfológica do fungo Trichoderma

spp. é a presença de micélio, inicialmente de coloração branca e de crescimento rápido. Com

o desenvolvimento, torna-se cotonoso e compacto com tufos verdes. E dependendo da

quantidade de conídios e a pigmentação destes a coloração da colônia pode ser alterada.

Em meio de cultura, as colônias de Trichoderma spp. crescem rapidamente,

apresentando, inicialmente, superfície lisa e quase translúcida, tornando-se posteriormente

flocosas ou compactas. A coloração da colônia pode ser influenciada pelo pH do meio de

cultivo e vários tons de verde (às vezes, muito claro – cor gelo). O fungo Trichoderma spp. é

comum no solo e suas estruturas compreendem ramificações responsáveis pela absorção de

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nutrientes chamadas hifas e um conjunto de hifas chamado micélio e os conídios que são

estruturas de propagação (GAMS ; BISSET, 1998).

2.2.2. Promoção do crescimento em plantas por Trichoderma spp.

De acordo com Howell (1987), além de suas diversas características, a presença do

Trichoderma spp. no solo torna os nutrientes solúveis, permitindo maior e mais rápida

absorção, e por isso, solos contendo Trichoderma spp. apresentam maior teor húmico,

originários da lignina que é decomposta por este microorganismo.

Desta forma, ocorre o aumento da área radicular da planta, acompanhado do aumento

da massa verde em culturas que são tratadas com Trichoderma spp. Segundo Harman (2000),

os fungos são favorecidos pela presença de níveis elevados de raízes, as quais colonizam

facilmente.

Algumas cepas são altamente capazes de colonizar e crescer em raízes do mesmo

modo como elas se desenvolvem. As cepas que colonizam melhor a rizosfera podem ser

adicionadas ao solo ou em sementes por qualquer método. Após a germinação a plântula

emite sinais químicos para os microorganismos e depois que as cepas entram em contato com

as raízes, colonizam a superfície da raiz ou córtex, dependendo da estirpe (HARMAN, 2000).

A promoção de crescimento em plantas promovida pelo T. harzianum está na sua

habilidade de solubilizar muitos nutrientes importantes para a planta (ALTOMARE et al.,

1999).

No solo, macro e micronutrientes sofrem um equilíbrio dinâmico complexo de

solubilização e insolubilização, fortemente influenciado pelo pH e pela microflora, os quais

afetam sua acessibilidade para absorção pelas raízes das plantas. (ALTOMARE et al., 1999).

Com a aplicação de nitrogênio no solo juntamente com a utilização do isolado T-22 de

T. harzianum,Harman (2000) constatou que inicialmente não ocorreram diferenças entre áreas

com e sem nitrogênio, mas na presença do nutriente, plantas adultas apresentaram maiores

médias de diâmetro de talos e rendimentos de grãos e silagem.

Chang et al. (1986), utilizando tratamento de solo com suspensão de conídios de T.

harzianum observaram promoção de crescimento da planta através do peso de massa seca

superior à testemunha, no feijoeiro de 10%, no rabanete de 8%, no tomateiro de 37%, na

pimenteira de 42% e no pepineiro de 93%.

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O isolado T-22 de T. harzianum foi efetivo na indução de formação de raízes em

tomateiro, tanto quanto um hormônio comercial, e ocorreu aumento nas raízes de soja e milho

tratadas com o referido isolado e maior produtividade de pimentão comparado com

testemunhas não tratadas (HARMAN, 2000).

Sivan e Harman (1991), tratando sementes de milho e algodão com os isolados T12,

T95 e T22 (fusão dos dois anteriores) de T. harzianum observaram que o isolado T-22

promoveu crescimento das raízes, em relação à testemunha, de 31% em milho e 60% em

algodoeiro.

Isolados de Trichoderma spp.podem agir como promotores de crescimento, mesmo na

presenças de fungos micorrízicos (HARMAN, 2000).

Kennedy (1998) destaca que o desenvolvimento das plantas é influenciado pela

interação microorganismos-raízes, onde se encontram efeitos benéficos como: simbiose,

antibiose, biocontrole, fixação de nitrogênio, promoção de crescimento, estabilização do solo

e disponibilidade de água; efeitos prejudiciais: doença e fitotoxicidade; efeitos neutros ou

variáveis: fluxo de nutrientes, liberação de enzimas, alelopatia e competição.

Santos (2008) concluiu também, que a habilidade dos fungos do gênero Trichoderma

na promoção de desenvolvimento de plantas pode estar relacionada à sua capacidade de

associação simbiótica às raízes das plantas, juntamente com sua ação decompositora,

disponibilizando nutrientes prontamente absorvíveis para as plantas, e, ainda, habilidade como

agente de controle biológico, inibindo a ação de fitopatógenos, que podem interferir de forma

direta no desenvolvimento normal da planta.

A interferência de Trichoderma spp. no crescimento de plantas e o aumento na

produtividade ocorrem, segundo Harman et al. (2004), devido à sua capacidade em colonizar

as raízes.

No entanto, Louzada et al. (2009) acrescentam que este fungo desenvolve ação direta

no controle de patógenos apresentando somente ação indireta sobre a produtividade das

plantas e melhor exploração do solo pelo sistema radicular.

Desta forma constata-se que, além de serem utilizados em controle de patógenos os

fungos do gênero Trichoderma, podem também ser utilizados como agentes promotores de

crescimento. Esse mecanismo se refere ao desenvolvimento das plantas de forma geral,

incluindo os efeitos benéficos na germinação de sementes, emergência e desenvolvimento das

plântulas e produção de grãos e frutos (HARMAN, 2000).

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Harman et al. (1989), trabalhando com milho- doce, constataram aumentos

consistentes do crescimento de plantas com o tratamento das sementes com Trichoderma,

além de ter ocorrido um maior rendimento de grãos. Esses autores observaram que houve

aumento no diâmetro do caule e na produção de grãos e forragem com sementes de milho

tratado com T-22 em solo pouco arenoso.

Esses mesmos autores em 2000 verificaram aumento no rendimento de grãos, no

tamanho da planta e nas espigas no cultivo de milho-doce, quando esse foi cultivado em solo,

incorporando o centeio como adubação verde mais o T-22.

Segundo Resende et al., (2004) sementes de milho inoculadas com o Trichoderma

harzianun resultaram em plantas com maior acúmulo de matéria seca nas raízes.

Dentre os microorganismos benéficos, os fungos do gênero Trichoderma têm sido os

mais estudados para melhorar o desenvolvimento e a produção de plantas devidas,

principalmente à sua capacidade de colonizar raízes, formando associações simbióticas com

as plantas (HARMAN, 2000). Produzem um grande número de substâncias (enzimas e

antibióticos) que atuam na decomposição de resíduos vegetais e na inibição de agentes

patogênicos, interferindo de forma direta ou indireta no desenvolvimento das plantas

(HARMAN et al., 2004; HOYOS-CARVAJAL et al., 2009; SHANMUGAIAH et al., 2009).

Os efeitos de Trichoderma spp. no desenvolvimento de plantas têm importantes

implicações econômicas, tais como diminuir o período de crescimento e, portanto, de

permanência das mudas nos viveiros; aumentar a produtividade e a produção de plantas e

melhorar o vigor de plantas a estresses bióticos e/ou abióticos (HAJIEGHRARI, 2010).

O mesmo isolado (T22) aplicado em tomateiro, soja e milho foi efetivo na indução de

formação de raízes e no aumento da produtividade, quando comparados às plantas

testemunhas não tratadas (HARMAN, 2002).

Benítez (2004) também observou o estímulo no crescimento de plantas de tomate,

fumo e algodão quando aplicou o isolado 2413 de T. harzianum. Chaconet al. (2007)

constataram que um isolado de T. harzianum foi capaz de aumentar em 140% a massa fresca

e em 300% a área foliar de plantas de fumo, observando o mesmo fenômeno em tomateiro.

A utilização de espécies de Trichoderma é altamente desejável para reduzir ou

eliminar o uso de fertilizantes químicos, porque, do ponto de vista da produção agrícola

sustentável, além de dispendiosos causam prejuízos ao meio ambiente (AZARMI;

HAJIEGHRARI; GIGLOU, 2011).

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2.3. Panorama da Atividade Pecuária Mundial

Segundo dados da ONU (2013) a população mundial de 7,2 bilhões de pessoas em 2013

chegará a 9,6 bilhões em 2050, esse crescimento será principalmente nos países em

desenvolvimento.

As previsões indicam que a produção mundial de carne atingirá os 308,2 milhões de

toneladas em 2013, um modesto aumento de 4,3 milhões de toneladas, ou 1,4%, relativamente

ao verificado em 2012. Embora em muitos países os produtores continuem a deparar-se com

os elevados preços das rações, estes começaram a diminuir em 2012 e poderão baixar ainda

mais em 2013. A maior produção de carne deverá ocorrer sobretudo nos países em

desenvolvimento, como resposta à crescente (ONU, 2013).

No Brasil, o segundo maior produtor de carne bovina, atrás dos EUA, a produção

deverá atingir um valor recorde de 9,5 milhões de toneladas, devido às boas condições das

pastagens e aos ganhos de eficiência no processamento industrial. Pelo contrário, a produção

deverá contrair na UE, o terceiro maior produtor de carne bovina, mas menos acentuadamente

do que em 2012 (FAO, 2013)

Eickhout et al. (2006) comentam que existem estimativas de que até em 2030, o

alimento produzido suprirá à demanda, no entanto, ocorrerá uma expansão da área destinada à

produção agropecuária em 8% principalmente nas áreas onde existem as florestas tropicais

nos países subdenvolvidos.

Steinfeld et al. (2006) comentam que na América Latina existem pastagens extensivas

que ocupam e degradam vastas áreas de terra. Nessas regiões as florestas são substituídas por

pastagens que é um novo modelo de uso do solo, sendo constantemente degradante, devido à

compactação, erosão e pressão de pastejo excessiva. Contudo, existe tendência de

intensificação e industrialização, aumentando a quantidade de insumos utilizados e de

resíduos gerados, pois há menor disponibilidade de terras, água e outros recursos naturais.

O Brasil é um país que possui vasta extensão territorial e um clima privilegiado para o

crescimento de plantas herbáceas, cujas condições são excelentes para o desenvolvimento da

pecuária (DIAS-FILHO, 2010).

O atual cenário da agropecuária brasileira indica um nível crescente de

conscientização de governantes e da sociedade em geral com as questões ambientais. Dentro

desse cenário, o grande desafio para a produção animal a pasto na fronteira agrícola

brasileira será o aumento da eficiência, por meio do uso mais intensivo de tecnologias de

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manejo da pastagem (DIAS-FILHO, 2010). Uma alternativa que vem se destacando no

cenário brasileiro em tecnologias e inovações em pastagens é o pastejo rotacionado, que tem

como objetivo de manter a pastagem adubada e manejada, melhorando a qualidade e o

sistema de produção de bovinos.

Devido ao uso irracional do solo atrelado ao manejo inadequado e a não reposição de

nutrientes, torna parte dessas pastagens, debilitadas, vindo a produzir forragem de baixa

qualidade por estar em processo de degradação ou já degradadas (MATTOS, 2001).

Dessa forma, a recuperação de pastagens degradadas deverá ter papel decisivo nesse

processo de modernização, tornando possível o aumento da produção, sem a expansão das

áreas de pastagem. Isto é, o aumento da produtividade e a preservação ambiental deverão ser

o foco central dessa modernização, conciliando a crescente demanda mundial por proteína

animal com a redução dos desmatamentos (DIAS-FILHO, 2011).

Estimativas citadas em Dias-Filho (2011) indicam que cerca de 70 milhões de

hectares de pastagens, nas regiões Centro-Oeste e Norte do Brasil, estariam degradados ou

em processo de degradação, isto é, seriam pastagens improdutivas ou de muito baixa

produtividade. Dessa forma, considerando que os índices zootécnicos dessas pastagens estão

abaixo do seu real potencial produtivo, seria possível afirmar que, com a recuperação dessas

áreas, a atual produção de carne e leite dessas regiões poderá ser aumentada

consideravelmente, sem a necessidade de derrubar uma só árvore.

Nicholson et al. (2001) reportam o objetivo do desmatamento no Brasil, em sua

grande parte, para aumentar a área de pastagem para a criação de bovinos. Esses mesmos

autores informam que, de maneira geral, este processo teria início com a abertura de estradas

para a extração de madeiras de maior valor comercial. Em seguida, haveria substituição da

mata nativa por lavouras e posteriormente em pastagens.

O objetivo das queimadas periódicas em pastagens extensivas é evitar a regeneração

das árvores e controlar plantas invasoras. Em função da dificuldade de acesso em algumas

regiões e ao alto custo, as pastagens vão ficando degradadas e com baixo valor protéico, isso

ocorre devido a dificuldade na aplicação de fertilizantes no solo, que quando feita, as vezes é

em baixa quantidade. Devido ao alto custo e dificuldade de acesso em algumas regiões, os

fertilizantes são utilizados com baixa frequência para promover a produtividade das

pastagens. Mesmo como a dedicação para manter o pasto produtivo, este normalmente se

torna insuficiente para atender a demanda do rebanho entre cinco e quinze anos. Ao longo do

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tempo, os teores de nitrogênio (N), carbomoo (C), cálcio (Ca), magnésio (Mg) e potássio (K)

do solo e a produtividade da pastagem reduzem de forma notavel (ASNER et al., 2004).

Com práticas culturais e manejo inadequado, no decorrer da formação e conservação

das pastagens, como uso imprópio de fertilizantes e lotação animal superior à capacidade de

suporte, proporcionando um desgaste e declíneo na fertilidade do solo. A redução da

cobertura vegetal através da perda de vigor produtivo proporciona ao solo maior exposição

ao sol e água da chuva. Como conseqüência, o solo fica sujeito a maior compactação,

ocorredo redução na capacidade de infiltração de água, propiciando a erosão e assoreamento

dos recursos hídricos, arriscando a sustentabilidade dos recursos naturais (MACEDO, 1995)

e da atividade econômica.

A formação de boas pastagens e capineiras representam verdadeira importância na

criação de bovinos. Apresenta-se a melhor alternativa para a alimentação do rebanho

nacional, pois, além de se instituir no alimento de custo mais baixo disponível, ofertando

todos os nutrientes essenciais para uma melhor produtividade dos rebanhos (COSTA, 2004).

Com o alto custo dos insumos atual, o elevado custo das terras próximas das grandes

cidades, a urgência de se conseguir um incremento nas produtividades a custos reduzidos,

para garantir maiores rentabilidade, melhorando assim o lucro, torna as pastagens um dos

principais componentes de uma pecuária tecnicamente moderna. A pastagem é a fonte mais

econômica da alimentação dos herbívoros, pois, além de ser produzida na própria fazenda,

não precisa ser colhida gerando gastos com mão-de-obra, sendo consumida diretamente pelos

animais (COSTA, 2004).

A potencialidade de produção da pastagem está intimante relacionada às

características ambientais predominante na área e às práticas de manejo impregados. Dessa

forma, condições como temperatura, luz, água e nutrientes proporcionam a capacidade

fotossintética do dossel, devido às modificações na área foliar e no potencial fotossintético da

planta (MARCELINO et al., 2006).

2.4. Panorama da Atividade Pecúria do Estado de Rondônia

Nas últimas três décadas, a pecuária de corte e leiteira tem apresentado um excepcional

crescimento em Rondônia, tendo aumentado a uma taxa de 22% ao ano, na última década. A

ausência de mão-de-obra, baixo poder aquisitivo do produtor e a redução nos preços dos

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produtos agrícolas tem insentivado o Estado a investir de forma ascendente no sistema de

pecuarização (COSTA, 2004).

Em Rondônia, as pastagens cultivadas se destacam como a principal fonte de

alimentação dos rebanhos a um custo reduzido, podendo ser considerada a fonte mais

econômica para a produção de carne e leite (COSTA, 2004). Com a diminuição da

quantidade de forragem no período da seca, juntamente com o baixo valor nutritivo da planta

são fatores que dificultam um bom ganho de peso, ocorrendo também um declínio na

produção leiteira no Estado. A implantação de extensas áreas de pastagens utilizando apenas

uma variedade de gramínea contrapõe a necessidade de diversidade dos ecossistemas naturais

das florestas tropicais úmidas, já que, uma vez alterado o equilíbrio ecológico, pode provocar

um ambiente ideal para a proliferação da população de diversos organismos (insetos, fungos,

bactérias, vírus, nematóides e plantas invasoras), que se favorece para a instabilidade e

degradação destas áreas de pastagens (COSTA, 2004).

As plantas forrageiras devem ser adaptadas às diferentes condições edafoclimáticas da

região, sendo a alternativa mais racional para a melhoriada alimentaçãodos rebanhos,

notoriamente no decorrerdo período de menos precipitação, propiciando significativos ganhos

na produção de carne e leite, além de melhorar a capacidade de lotação das pastagens

(COSTA, 2004).

As plantas forrageiras implantadas e estudadas, no cenário brasileiro e em Rondônia

foram selecionadas considerando-se as características apresentadas por Veiga e Tourrand

(2001) (Tabela1).

Tabela 1: Características desejáveis na escolha de plantas forrageiras para a formação de pastagens em Rondônia.

Características Desejáveis Vantagens Comparativas

- Resistência a pragas e doenças - Diminuição do risco de perda total e maior

sobrevivência

- Tolerância a baixa fertilidade do solo

- Menor demanda de fertilizantes para

manutenção e maior competitividade com

as plantas invasoras em condições de baixo

uso de insumos

- Boa cobertura do solo - Maior competitividade com as plantas

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invasoras e maior proteção do solo

(menor erosão)

- Tolerância à seca

- Maior produção de forragem no

verão, diminuindo a variação

estacional

- Boa produção de sementes viáveis - Maior capacidade de reprodução e

competitividade com as plantas invasoras

- Tolerância a altas lotações - Maior capacidade de reprodução e

competitividade com as plantas invasoras

- Alta relação folha/colmo

- Maior persistência sob condições

adversas de manejo e maior produção

por área

- Boa produção de forragem - Geralmente melhor valor nutritivo e maior

produção animal

- Bom valor nutritivo - Maior capacidade de suporte e maior

produção animal por área

Fonte: Veiga e Tourrand (2001).

2.5. Manejo das Pastagens

Pastagens bem estabelecidas e manejadas exibem uma capacidade de suporte de 1,5 a 2,5

UA/ha no período chuvoso e 1,0 a 1,5 UA/ha no período seco, isso pode variar em função do

sistema de pastejo adotado e da quantidade de forragem disponível. Sempre que existir

possibilidade de utilizar pastejo rotativo, objetivando otimizar o desempenho animal. Orienta-

se fazer a retirada dos animais da pastagem quando as plantas estiverem rebaixadas entre 25 e

30 cm de altura. Os ganhos de peso podem oscilar de 450 a 600 g/animal/dia e entre 400 e

500 kg/ha/ano. Objetivando harmonizar a produtividade e qualidade de forragem, as

pastagens podem ser vedadas em março para ser pastejada em junho e julho e, em abril para

utilização em agosto e setembro. Com este método, são alcançados rendimentos de MS entre

5 e 7 t/ha; teores de PB entre 6 e 8% e coeficientes de DIVMS entre 50 e 59% (COSTA et

al., 1993).

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A percepção do sistema de acúmulo de forragem de um pasto, atrelado às diferentes

respostas ao processo de pastejo, estabelece o quanto as gramíneas tropicais estão

respondendo ao manejo a qual foram condicionadas. O surgimento e alongamento de folhas e

colmos e o período de vida das folhas são as propriedades morfogênicas que estabelecem

diretamente o desenvolvimento das plantas forrageiras (DIFANTE et al.,2008).

Em estudos realizados por Difante et al. (2008), os autores observaram que a

estabilidade do capim Marandu apresentou variável com relação à época do ano e ao início do

seu período reprodutivo, em que ocorrem modificações entre as taxas de aparecimento e

mortalidade de perfilhos.

Mari (2003) relatou que conforme se distanciam os cortes das forragens, ocorre um

aumento dos teores de matéria seca, e explicou que se deve manter a periodicidade dos cortes

com relação à altura do perfilho para manter a estabilidade dos mesmos.

Costa et al. (2006) enfatizaram que a produção de massa seca elevou-se

proporcionalmente ao aumento do intervalo entre cortes, porém o valor nutritivo (N, P, K e

Mg) da forrageira diminuiu. Os autores relataram ainda que os intervalos entre cortes mais

adequados para o capim Marandu foram entre 42 e 70 dias sem sombreamento, visando à

obtenção de maiores rendimentos de massa seca (MS).

A proporção e a quantidade de cortes em pastagem de Brachiaria brizantha cv.

Marandu propicia maior renovação da parte aérea, que reprenta maior eficácia no rendimento

de forragem (MARCELINO et al., 2006).

A altura de corte da gramínea interfere na produção de forragem em função do sistema

de pastejo, ou seja, com os animais pastejando contínuamente ou os animais sendo manejados

em rodízio em piquetes. vieira e Zanine (2006) demonstraram que existe uma amplitude ótima

de manejo em sistema de lotação contínua para produção de forragem no capim Brachiaria

brizantha cv. Marandu que varia de 20 a 40 cm de altura, de forma a respeitar os limites da

planta.

A diminuição dos intervalos entre cortes aprensenta aumento expressivo da produção

de forragem. A altura do corte é essencial no restabelecimento da planta pela supressão ou

não de meristemas apicais, área foliar restante e pela redução ou não dos nutrientes

orgânicosreservados (COSTA et al., 2004).

A necessidade de minimizar a estacionalidade de produção, com intuito de

proporcionar aumento na lotação sem precisar grandes custos, são de relevante importância

para a pecuária brasileira. Diante disso, a vedação de pastagens no final do período chuvoso,

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para que possa ser pastejada no decorrer do período da estiagem, tem se mostrado uma boa

alternativa técnica para e econômica pra reduzir a escacez de forragem na falta de

precipitação pluviométrica em alguns períodos do ano (COSTA; OLIVEIRA, 1992).

A utilização de diferimento em pastagens vem tendo boa aceitação pelos produtores de

bovinos, por ocorrer durante o período chuvoso um excedente na produção de forragem e por

essa prática não proporcionar grandes investimentos, não comprometendo os níveis de

produtividade do rebanho. A utilização dessa prática deve ser realizada com muito cuidado,

observando a necessidade de forragem no período da seca sem comprometer a alimentação do

rebanho no período chuvoso e dimensionar corretamente da área a ser vedada. Uma

alternativa pra melhorar essa prática, é o uso de fertilizantes em pastagens diferidas,

objetivando acelerar o rítimo de crescimento da planta, possibilitando possíveis atrasos no

início do diferimento e promovendo incremento na produção de forragem (MENEZES, 2004).

A quantidade de forragem fornecida para o rebanho é um dos principais fatores que

estabelece o consumo, correspondendo até 73% da ingestão voluntária pelo animal, isso

quando relacionada à quantidade de folhas verdes (EUCLIDES et al, 1999). O percentual de

seletividade de pastejo proporcionado pela quantidade de forragem ofertada acarreta

diferentes desempenhos no animal, tornando essencial a avaliação do quantitativo de

forragem ofertada e a qualidade da forragem selecionada pelo mesmo (EUCLIDES et al,

1999).

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3. MATERIAL E MÉTODOS

O experimento foi implantado no estado de Rondônia, no município de Colorado do Oeste

situado a 460 m de altitude, a média anual da precipitação pluviométrica varia entre 1.400 a

2.600 mm/ano, com precipitação inferior a 20 mm nos meses de junho, julho e agosto,

enquanto a média anual da temperatura do ar varia entre 24 a 26 °C (SEDAM, 2012), nas

dependências do setor de produção vegetal I do Instituto Federal de Educação, Ciência e

Tecnologia de Rondônia (IFRO), Campus Colorado do Oeste-RO.

O experimento foi realizado utilizando o delineamento inteiramente casualizado (DIC)

contendo quatro tratamentos e oito repetições.

Para que ocorresse a simbiose, os esporos de Trichoderma harzianum foram

inoculados no solo nas diferentes quantidades: 0g/ha, 25g/ha, 50g/ha e 100g/ha com

concentração de 32 bilhões de esporos. g-1 do fungo.

As sementes de B. brizantha foram esterilizadas por uma solução aquosa de

hipoclorito de sódio comercial, concentrado (3:1) por 3 minutos (TEIXEIRA, 2005).

O solo utilizado nos vasos foi coletado nas dependências do setor de produção vegetal

I, sendo o mesmo homogeneizado, retirada uma amostra para ser enviada ao laboratório para

análise, sendo o solo acondicionado em sacos plástico de plantio com quarenta centímetros de

diâmentro por um metro e meio de comprimento para proceder à esterilização.

O solo foi esterilizado pelo método de solarização, que consiste em deixar o solo em

contato com um plástico sob incidência direta da luz solar, por um período de oito semanas.

Temperaturas próximas de 60ºC eliminam a maioria dos microorganismos fitopatogênicos do

solo, inclusive nematóides, e permite que microorganismos benéficos às plantas sobrevivam,

dificultando a reinfestação de potôgenos do solo. O revolvimento do solo com a permanência

do plástico por um período prolongado permite uma desinfestação maior (EMBRAPA, 2010).

De acordo com os resultados da análise de solo, não foi necessário realizar correção

nem adubação, devido o solo já apresentar condições favoráveis ao plantio como pode ser

observado na tabela 2.

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Tabela 2: Resultado da análise de solo, Colorado do Oeste- RO

Resultado da Análise de Macronutrientes

Amostra pH pH P K K Ca+Mg Ca Mg Al H H+A M O

H2O CaCl2 Mg/dm3

Cmolc/dm3

g/dm3

S/I 6,70 5,90 5,40 101,0 0,26 6,94 5,90 1,04 0,00 1,25 1,25 25,00

Resultados Complementares (Calculados )

S T V Saturação por Elemento Al (C.ef)

Relação

Soma

Bases

CTC

pH 7

Sat.

Bases

K Ca Mg H Al m% Ca/Mg Ca/K Mg/K Ca+Mg/k

Cmolc/dm3 % % %

7,20 8,50 85,2 3,1 69,8 12,3 14,8 0,0 0,00 5,70 22,7 4,00 26,70

Resultado da Análise de Micronutrientes mg/dm

3

Amostra Zn Cu Fe Mn B S

S/I 18,20 6,80 216,00 74,70 0,28 12,00 Fonte: Laboratório Plante Certo LTDA (2013).

Os vasos foram esterilizados em autoclave a 100°C e 1atm por 90 minutos. Após os

vasos serem cheios, o solo foi inoculado com as respectivas doses, posterior a isso foi

realizada a semeadura.

As plantas foram irrigadas periodicamente sempre que necessário. Quinze dias após

germinação foi efetuado o desbaste deixando três plantas por vaso. Foram realizados dois

cortes, um com sessenta dias após a germinação e outro com quarenta e cinco dias após o

primeiro corte, para avaliar a regeneração da planta.

Durante a execução do experimento foram realizadas as seguintes avaliações: 1) A

altura da planta: é a medida da distância entre o solo ao ápice da planta com fita métrica. 2)

variação da quantidade de perfilhos por plantas. 3) avaliação do número de folhas em cada

repetição.

Os dados foram submetidos à análise de variância e regressão e as médias comparadas

pelo teste de Tukey, a 5% de probabilidade (GOMES, 2000).

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4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Diante dos resultados obtidos pode-se observar que a aplicação de Trichoderma em

Brachiaria brizantha cultivar marandu não apresentou incremento significativo na

produção, comparando os tratamentos apresentados nas tabelas abaixo.

4.1. Altura da parte aérea

A média dos resultados obtidos no experimento da altura da parte aérea pode ser observada

na tabela 3.

Tabela 3: Resultados do número médio da altura da parte aérea em Brachiaria brizantha

após a aplicação de Thricoderma ao longo do experimento. Colorado do Oeste-

RO, 2013.

Parâmetro Cortes Grupos Experimentais/ Médias e Desvios Padrões

1 2 3 4

Média de Altura

1 32,95 ± 3,50 Aa 26,95± 5,31 Ba 28,19± 4,75 Ba 19,50± 8,01 Ca

2 25,92 ± 2,27 Ab 24,75± 1,96 Aa 24,90± 2,3 Aa 23,60± 2,97 Aa

Valor de F4

10,64 1,02 2,33 3,64

Prob.< F5

0,0019 0,3159 0,1325 0,0615

1: Valores seguidos pela mesma letra, maiúscula na linha e minúscula na coluna, não diferem entre si pelo teste t (p≥0,05).

2: Valor de F para o desdobramento de Grupos dentro de Cortes.

3: Probabilidade de Significância para o valor de F

4: Valor de F para o desdobramento de Cortes dentro de Grupos

Quando analisados os dados referentente a altura de plantas (Tabela 3), no primeiro

corte, foi observado que o tratamento T1 com 0 g/ha, representando a testemunha,

apresentou difernça significativa com maior altura de plantas entre as dosagens testadas,

enquanto o tratamento T2, com 25 gramas do Trichoderma harzianum e o tratamento T3

onde foram aplicados 50 gramas do fungo não aprentaram diferença significativa entre si.

Comparando estes com o tratamento T4, onde foram utilizados 100 gramas do

inoculante, observou-se diferença significativa, aprensentando menor altura de planta.

Romão (2010), estudando o efeito de Trichoderma spp. com plantas de cana de

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açúcar, não obteve resultados satisfatórios, uma vez que essa espécie do fungo não foi capaz

de promover o crescimento das mesmas, corroborando com o resultado do presente

trabalho.

Analisando o segundo corte, verificou-se que não houve diferença significativa entre

os quatro tratamentos testados quanto à média da altura das plantas, divergindo do resultado

de Carvalho Filho (2008) que tralhando com mudas de eucalipto concluiu que o isolado de

Trichoderma harzianum apresentou um incremento de 43% no crescimento em relação a

testemunha.

Verificando os resultados referentes ao primeiro e segundo corte realizado no

tratamento 0 g/ha, constatou-se que ocorreu uma diminuição do porte da planta no segundo

corte, apresentando uma diferença significativa. Os demais tratamentos não foram diferentes

entre si, pelo teste Tukey a 5% de probabilidade.

4.2. Número de perfilhos

A média dos resultados obtidos no experimento em função do número de perfilho pode ser

observada na tabela 4.

Tabela 4: Resultados do número médio de perfilhos em Brachiaria brizantha após a

aplicação de Thricoderma ao longo do experimento. Colorado do Oeste-RO,

2013.

Parâmetro Cortes Grupos Experimentais/ Médias e Desvios Padrões

1 2 3 4

Média de Perfilho

1 4,33±1,08 Ab 3,13± 0,62 Bb

3,54±0,64 ABb 2,08±1,08 Cb

2 7,71±1,00 Aa 7,79± 1,13 Aa

7,67±1,10 Aa 7,67± 0,96 Aa

Valor de F4

48,29 91,67 71,7 132,36

Prob.< F3 <0,0001 <0,0001 <0,0001 <0,0001

1: Valores seguidos pela mesma letra, maiúscula na linha e minúscula na coluna, não diferem entre si pelo teste t (p≥0,05).

2: Valor de F para o desdobramento de Grupos dentro de Cortes.

3: Probabilidade de Significância para o valor de F

4: Valor de F para o desdobramento de Cortes dentro de Grupos

Quanto aos dados referentes à média do número de perfilhos (Tabela 4) no primeiro

corte, foi observado que o tratamento 0 g/ha apresentou maior número de perfilhos se

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mostrando estatatísticamente diferente do tratamento 25 g/ha e quando comparado ao

tratamento 50 g/ha, não foi constatado diferença significativa, apesar de que,

numericamente, observa-se uma diferença relevante entre os valores.

Já o tratamento 25g/ha não mostrou diferença significativa em relação aos 50 g/ha. Quando

analisado os dados do tratamento 100 g/ha, observou-se que ocorreu diferença significativa

em relação a todos os demais tratamentos avaliados, sendo que este se mostrou com menor

número de perfilhos.

Analisando o segundo corte, contatou-se que não houve diferença significativa entre

os tratamentos quanto ao número de perfilhos.

Resende e outros (2004), trabalhando com sementes de milho inoculadas com

Trichoderma harzianum, não obtiveram resultados significativos para altura de plantas e

aumento de massa fresca da parte aérea corroborando com os resultados deste trabalho.

Comparando o primeiro e segundo em relação ao número de perfilhos, o segundo

corte mostrou-se significativamente superior para todos os tratamentos testados.

4.3. Número de folhas por perfilho

A média dos resultados obtidos no experimento em função do número de folhas por perfilho

pode ser observada na tabela 5.

Tabela 5: Resultados do número médio de folhas por perfilho em Brachiaria brizantha

após a aplicação de Thricoderma ao longo do experimento. Colorado do Oeste-

RO, 2013.

Parâmetro Cortes Grupos Experimentais/ Médias e Desvios Padrões

1 2 3 4

Nº Médio de Folhas

1 14,88± 1,86 Ab 11,08± 3,38 Ab 12,33± 1,98Ab 5,96± 4,80 Bb

2 28,88± 3,68 Aba 29,92±4,74 Aba 26,13±4,12 Ba 32,13± 6,45 Aa

Valor de F4

45,94 83,29 44,64 160,6

Prob.< F3 <0,0001 <0,0001 <0,0001 <0,0001 1: Valores seguidos pela mesma letra, maiúscula na linha e minúscula na coluna, não diferem entre si pelo teste t (p≥0,05).

2: Valor de F para o desdobramento de Grupos dentro de Cortes.

3: Probabilidade de Significância para o valor de F

4: Valor de F para o desdobramento de Cortes dentro de Grupos

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Quando analisado o número médio de folhas (Tabela 5) no primeiro corte, não houve

diferença significativa entre os tratamentos 0 g/ha, 25g/ha e 50 g/ha, verificando que os

mesmos foram significativamente superiores ao tratamento 100 g/ha.

Referente ao segundo corte, quando avaliado o número médio de folhas, foi

observado que o tratamento 0 g/ha, 25g/ha e 100 g/ha não diferiram entre si, sendo

superiores ao tratamento 50 g/ha.

Quando analisado os cortes, verificou-se uma diferença significativa superior no

segundo em todos os tratamentos testados.

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5. CONCLUSÕES

A utilização do Trichoderma harzianum na concentração de 32 bilhões de esporos. g-1, não

aprentaram incremento na produtividade quando avaliados os parâmetros de altura de

planta, número de perfilhos e número de folhas, na Brachiaria brizantha cultivar marandu.

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