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V SEMANA ACADÊMICA DE HISTÓRIA DA UNIOESTE: Mundo Contemporâneo: Desafios, Dilemas e Reflexões P 1 R O G R AM A & R E S U M O S 09 A 13 DE JUNHO DE 2008 Universidade Estadual do Oeste do Paraná, Junho de 2008

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V SEMANA ACADÊMICA DE HISTÓRIA – Mundo Contemporâneo: Desafios, Dilemas e Reflexões 9 a 13 de Junho de 2008 – UNIOESTE – Campus de Marechal Cândido Rondon

V SEMANA ACADÊMICA DE HISTÓRIA DA UNIOESTE: Mundo Contemporâneo: Desafios, Dilemas e Reflexões

P

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ROGRAMA &

RESUMOS

09 A 13 DE JUNHO DE 2008

Universidade Estadual do Oeste do Paraná, Junho de 2008

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Centro Acadêmico de História Zumbi nos Palmares – Colegiado do Curso de História UNIOESTE – Campus de Marechal Cândido Rondon

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VV SSEEMMAANNAA AACCAADDÊÊMMIICCAA DDEE HHIISSTTÓÓRRIIAA DDAA UUNNIIOOEESSTTEE:: MMUUNNDDOO CCOONNTTEEMMPPOORRÂÂNNEEOO:: DDEESSAAFFIIOOSS,, DDIILLEEMMAASS EE RREEFFLLEEXXÕÕEESS

REALIZAÇÃO:

CENTRO ACADÊMICO DE HISTÓRIA ZUMBI DOS PALMARES Gestão “Novos tempos, construindo uma nova história”

COLEGIADO DO CURSO DE HISTÓRIA

UNIOESTE – CAMPUS DE MARECHAL CÂNDIDO RONDON

APOIO:

Direção Geral do Campus de Marechal Cândido Rondon Prof. Dr. Davi Félix Schreiner

Centro de Ciências Humanas, Educação e Letras (CCHEL)

Prof. Dr. José Edézio José da Cunha

Programa de Pós-graduação em História, Poder e Práticas Sociais (PPGH) Prof. Dr. Antônio de Pádua Bosi

Colegiado do Curso de Especialização em História: Ensino e Pesquisa

Profa. Dra. Geni Rosa Duarte

Centro de Estudos, Pesquisas e Documentação da América Latina (CEPEDAL) Prof. Dr. Robson Laverdi

COMISSÃO ORGANIZADORA Prof. Dr. Paulo José Koling (Coordenador)

Prof. Dr. Robson Laverdi Profa. Ms. Carla Nacke Conradi Profa. Ms. Selma Martins Duarte

Prof. Ms. Emílio Gonzalez Acad. Ariane Costa

Acad. Anderson Arilson de Freitas Acad. Caroline Stefany Depieri

Acad. Danusa Lourdes Guimarães Acad. Danilo George Ribeiro Acad. Diego Adriano Prado

Acad. João Paulo de Souza Miglioli Acad. Maicon Mariano

Acad. Mauro Cezar Vaz de Camargo Junior. Acad. Roseni Trindade

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SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO: ............................................................................................ 4 PROGRAMAÇÃO GERAL................................................................................. 6 SESSÕES DE COMUNICAÇÕES ..................................................................... 8

IMPRENSA E DITADURA I ............................................................................ 8 HISTÓRIA E REGIÃO I................................................................................... 8 MIGRAÇÕES E IDENTIDADES ..................................................................... 8 IMPRENSA E DITADURA II ........................................................................... 9 HISTÓRIA E MÚSICA .................................................................................... 9 TERRA E MEMÓRIA .................................................................................... 10 ENSINO DE HISTÓRIA E EDUCAÇÃO ....................................................... 10 ITAIPU: PRÁTICAS E DISCURSOS............................................................. 10 MUNDO CONTEMPORÂNEO: TEORIAS E RESISTÊNCIAS I.................... 10 HISTÓRIA INDÍGENA .................................................................................. 11 HISTÓRIA E REGIÃO II................................................................................ 11 HISTÓRIA E CIDADE I ................................................................................. 12 MUNDO CONTEMPORÂNEO: TEORIAS E RESISTÊNCIAS II................... 12 HISTÓRIA E CINEMA .................................................................................. 12 HISTÓRIA E CIDADE II ................................................................................ 13 TRABALHO E TRABALHADORES I ............................................................ 13 HISTÓRIA E SAÚDE .................................................................................... 13 TRABALHO E TRABALHADORES II ........................................................... 14

OFICINAS ........................................................................................................ 15 RESUMOS E CONTEÚDO PROGRAMÁTICO DAS OFICINAS .................. 17

COMUNICAÇÕES – RESUMOS ..................................................................... 24 APÓIAM ESTE EVENTO:................................................................................ 60

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APRESENTAÇÃO: VV SSEEMMAANNAA AACCAADDÊÊMMIICCAA DDEE HHIISSTTÓÓRRIIAA DDAA UUNNIIOOEESSTTEE::

MMUUNNDDOO CCOONNTTEEMMPPOORRÂÂNNEEOO:: DDEESSAAFFIIOOSS,, DDIILLEEMMAASS EE RREEFFLLEEXXÕÕEESS

O Centro Acadêmico de História Zumbi dos Palmares e o Colegiado do Curso de História, da UNIOESTE – Campus de Marechal Cândido Rondon, promovem, neste ano, a V SEMANA ACADÊMICA DE HISTÓRIA DA UNIO-ESTE - “Mundo Contemporâneo: Desafios, Dilemas e Reflexões”, no período de 9 a 13 de junho, no Campus da UNIOESTE, em Marechal Cândido Ron-don/PR. O evento conta ainda com o apoio do Centro de Ciências Humanas, Educação e Letras (CCHEL), do CEPEDAL, do Laboratório de Ensino de Histó-ria (LEH), da Direção Geral do Campus, do Colegiado do Curso de Especiali-zação em História e do Programa de Pós-Graduação / Mestrado em História.

A escolha da temática central Mundo Contemporâneo: Desafios, Dile-

mas e Reflexões, para a 5ª edição do evento, foi motivada pela necessidade de se estabelecer espaços de diálogo, análise e troca de experiências sobre ques-tões que envolvem os historiadores - alunos e professores - em seus locais de trabalho, estudo e pesquisa, assim como no conjunto das práticas sociais coti-dianas. Isso porque as profundas dinâmicas do ser social e histórico no mundo contemporâneo têm colocado importantes desafios para os historiadores. A crise dos antigos paradigmas nesse início de século XXI, a emergência de no-vos atores, a inadequação de muitas das antigas ferramentas teóricas diante das novas problemáticas e sujeitos que vêm emergindo sob o signo da crise da modernidade, o sucateamento das condições de trabalho, as profundas trans-formações tecnológicas, etc. Some-se a isso uma profunda crise nos antigos referenciais de movimentos sociais organizados, como o movimento estudantil, e que precisa ser dissecado e compreendido em seus mais variados aspectos. O momento requer cuidado e muita reflexão. E é nesse delicado momento his-tórico-social e político que a sociedade atravessa que se torna tão urgente re-fletir acerca das profundas transformações do tempo presente.

Nesse sentido, a V Semana Acadêmica de História pretende-se construir

enquanto um fórum privilegiado no fomento ao debate acerca das questões do mundo contemporâneo. As três conferências previstas para o evento – América Latina Hoje; História da(s) Esquerda(s) no Brasil (séc. XX e XXI); e O Ensino de História e Concepções Historiográficas – buscam, sob diferentes ângulos, não apenas interrogar as transformações experimentadas, vividas e reelabora-

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das pelos sujeitos históricos “de carne e osso” em nossos dias, como também refletir acerca do papel do historiador diante destas transformações. Além das já citadas conferências, o evento ainda ofertará aos seus participan-tes três mesas-redondas, 13 oficinas ministradas por docentes, alunos de gra-duação e pós-graduação (Especialização e Mestrado) em História da UNIOES-TE, além de outras a serem ofertadas por docentes e pesquisadores de outros cursos e até mesmo de outras instituições de Ensino Superior.

O aluno/pesquisador/docente poderá ainda optar entre 19 sessões temá-ticas, através das quais serão expostos e debatidos cerca de 80 trabalhos ins-critos no evento por alunos e profissionais oriundos das mais diversas institui-ções de Ensino Superior, rede pública de ensino e programas de pós-graduação em História e áreas afins.

Por último, cabe explicitar nosso desejo de promover um rico espaço de

discussão e diálogo entre acadêmicos, docentes e profissionais que atuam no campo da História e áreas afins. No mesmo sentido, o evento deverá servir para divulgar pesquisas que vem sendo realizadas por docentes e acadêmicos dos cursos de graduação, especialização e mestrado de História e demais á-reas das Ciências Humanas da UNIOESTE, cujo diálogo entre estes e profis-sionais das mais diversas instituições tem se mostrado extremamente frutífero e proveitoso para ambos os lados.

Sejam todos bem vindos!

Comissão Organizadora V Semana Acadêmica de História da UNIOESTE.

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PROGRAMAÇÃO GERAL 09/06/2008 - Abertura - 19:15hs Apresentação cultural Lançamento da Revista “Espaço Plural” Conferência de Abertura: América Latina Hoje Prof. Dr. Jaime de Almeida (UnB) Local: Tribunal de Júri 10/06/2008 Manhã 08:00 às 09:30 - Oficina e Sessão de Comunicações 09:30 às 09:45 – Intervalo Cultural 09:45 às 11:30 – continuidade das Oficinas e Sessão de Comunicações Tarde: 13:30 às 15:00 - Oficinas 15:15 às 15:30 – Intervalo Cultural 15:30 às 17:30 – Continuidade das Oficinas Noite: 19:15 às 20:55 - MESA-REDONDA:

Ensino no Estágio Supervisionado: Desafios e Reflexões Participantes: Roseni Trindade (Coordenador), Inácio Brandl Neto (Ed. Físi-ca / UNIOESTE), Aparecida Darc de Souza (História / UNIOESTE), Fábio de Oliveira Neves (Geografia / UNIOESTE), Clarice Lotterman Letras / U-NIOESTE) Local: Tribunal de Júri

20:55 às 21:10 - Atividade Cultural: 21:10 Teatro: "Mulheres" Sonhos e pecados

Adaptação da obra Dorotéia de Nelson Rodrigues - CIA FOZ de Teatro (Foz do Iguaçu – PR)

11/06/2008 Manhã: 08:00 às 09:30 - Oficinas e Sessão de Comunicações 09:30 às 09:45 – Intervalo Cultural 09:45 às 11:30 – Continuidade das Oficinas

MESA REDONDA: Mundos do Trabalho do historiador Aparecida Darc de Souza (Coordenadora), Jaime Faherr (Rede Pública Es-tadual de Ensino), Ivanor Mann de Souza (Rede Pública Estadual de Ensi-no) Local: Sala 07

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Tarde: 13:30 às 15:00 - Oficinas 15:15 às 15:30 – Intervalo Cultural 15:30 às 17:30 – Continuidade das Oficinas Noite: 19:15 às 20:55 – Sessão de Comunicações 20:55 às 21:10 – Intervalo Cultural 21:10 às 22:40 - MESA-REDONDA:

Movimento Estudantil Danilo George Ribeiro (Coordenador), Gustavo Lima (UNIOESTE), Tiago Alves (UEM), Roberto Rodrigues (UEL) Local: Tribunal de Júri

12/06/2008 Manhã: 08:00 às 09:30 - Oficinas e Sessão de Comunicações 09:30 às 09:45 – Intervalo Cultural 09:45 às 11:30 – Continuidade das Oficinas e da Sessão de comunicações Tarde: 13:30 às 15:00 - Oficinas 15:15 às 15:30 – Intervalo Cultural 15:30 às 17:30 – Continuidade das Oficinas Noite: 19:15 às 20:55 – Conferência: História da(s) Esquerda(s) no Brasil (séc. XX e XXI)

Prof. Dr. Antônio Ozaí da Silva (UEM) Local: Tribunal de Júri

21:00 às 10:40 – Sessão de Comunicações 23:00: FESTA DE CONFRATERNIZAÇÃO: Local: Haus Bier 13/06/2008 Manhã: 09:00 - Programação Cultural 09:15 - Conferência de Encerramento:

O Ensino de História e as Concepções Historiográficas Prof. Dr. Luis Fernando Cerri (UEPG) Local: Tribunal de Júri

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SESSÕES DE COMUNICAÇÕES

IMPRENSA E DITADURA I 10/06/2008 – 8:00 - 9:30 h - (sala 7)

Coordenador: Gilberto Calil NETTO, David Antonio de Castro (UEM) O MILAGRE DA PROPAGANDA OU A PROPAGANDA DO MILAGRE? PILOTO, Martha de Azevedo (UNIOESTE) HENFIL - CRÍTICAS À DITADURA COM BOM HUMOR RAUTENBERG, Edina (UNIOESTE) A REVISTA VEJA E AS “GRANDES OBRAS” DA DITADURA MILITAR BRASILEIRA (1968/1975) JUNIOR, Gervasio Cezar (UNIOESTE) O PROCESSO DE ABERTURA POLÍTICA SOBRE A ÓTICA LIBERAL DE VEJA (1974-1979)

HISTÓRIA E REGIÃO I 10/06/2008 – 8:00 - 9:30 h - (sala 8)

Coordenadora: Emílio Gonzalez FRÖHLICH, Clairton Luis (UNIOESTE) OS TRABALHADORES E O DIREITO: UM ESTUDO SOBRE AS DISPUTAS JUDICIAIS POR DIREI-TOS ENTRE OS TRABALHADORES NA VARA DE FAMÍLIA, INFÂNCIA E JUVENTUDE NA COMAR-CA DE MARECHAL CÂNDIDO RONDON/PR (1989/2008) CATEN, Márcia Ten (UNIOESTE) OS FILHOS DO DIVÓRCIO SILVA, José Edione Pereira da (UNIOESTE): A POPULAÇÃO NEGRA NO MUNICÍPIO DE MARECHAL CÂNDIDO RONDON: TRABALHO E PERSEVERANÇA SILVA, Micael Alvino da (UEM) RETIRADA DOS “SÚDITOS DO EIXO” DA FAIXA DE FRONTEIRA

MIGRAÇÕES E IDENTIDADES 10/06/2008 – 8:00 - 9:30 h - (sala 12)

Coordenador: Marcos Stein FABRI, Lorena Carolina (UNIOESTE) OS IRMÃOS GRIMM NA LITERATURA ALEMÃ FILHO, Paulo José Soares (UEM) IMIGRAÇÃO TUTELADA, A SOCIEDADE COLONIZADORA DO BRASIL (BRATAC) E A COLÔNIA “NOVO ORIENTE” PEREIRA, Márcio José (UEM) ASSIMILAÇÃO DE IMIGRANTES ALEMÃES EM CURITIBA: CONTRIBUIÇÕES E CONSEQÜÊNCIAS SILVA, Daiane da (UNIOESTE)

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EMIGRAÇÃO TEMPORÁRIA DE JOVENS DO OESTE DO PARANÁ PARA A SUÍÇA: MEMÓRIAS E DISCURSOS DE IDENTIDADES COSTA, Denise de Oliveira (UNIOESTE) MIGRAÇÕES INTERNACIONAIS, REDES SOCIAIS E TRABALHO TEMPORÁRIO: A EMIGRAÇÃO DE JOVENS DO OESTE DO PARANÁ PARA A ÁUSTRIA

IMPRENSA E DITADURA II 10/06/2008 – 9:45 - 11:30 h - (sala 7) Coordenadora: Selma Martins Duarte

CANTARELA, Roberta (UNIOESTE) O TEATRO PARANAENSE NO PERÍODO DA DITADURA MILITAR (1964-1985): NOTAS DE UMA PESQUISA NO ARQUIVO PÚBLICO DO PARANÁ DEZORDI Maurício (UNIOESTE) DA CRISE DO ESTADO NOVO AO GOLPE DE 64: INTEGRAÇÃO E OPÇÕES DE DESENVOLVI-MENTO SILVA, Alessandro Alves da (UNIOESTE) DISCURSO JORNALÍSTICO E HISTÓRIA: UMA CONSTANTE (DES)CONSTRUÇÃO ZIMMERMANN, Tânia Regina (UEMS): VIOLÊNCIA E RELAÇÕES DE GÊNERO NO OESTE DO PARANÁ HEGELE, Ronaine Linianea (UNIOESTE) A REVISTA DEUTSCHLAND MAGAZIN EUROPA: DISCURSOS IMAGÉTICOS

HISTÓRIA E MÚSICA 10/06/2008 – 09:45 - 11:30 h - (sala 8)

Coordenador: Emílio Gonzalez VIDAL, Luciana Pilger (UNIOESTE) CANTO ORFEÔNICO: MAIS QUE UMA PROPOSTA DE MUSICALIZAÇÃO FAGNANI, Lucinéia (UNIOESTE) ACESSO E RECEPTIVIDADE DA LEGIÃO URBANA EM SANTA HELENA/PR POR JOVENS TRABA-LHADORES NAS DÉCADAS DE 1980 E 1990 MIGLIOLI, João Paulo de Souza (UNIOESTE) DIAS DE LUTA: O ROCK NACIONAL DOS ANOS 80 KIPPER, Nelsi Terezinha (UNIOESTE) ANÁLISE DA CULTURA AFRO-DESCENDENTE NA OBRA MUSICAL DE MARTINHO DA VILA: UM ESTUDO DE CASO MACEDO, Iolanda (UNIOESTE) "CONHECIMENTO ABRE A CUCA, ORIGEM É A BUSCA, O RAP ORIENTA, O HIP HOP EDUCA"

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TERRA E MEMÓRIA 10/06/2008 – 9:45 - 11:30 h - (sala 12)

Coordenador: Márcio Both MARTIN, Andrey Minim (UEM) A LUTA PELA TERRA NO MUNICÍPIO DE TRÊS LAGOAS-MS (1984-2006): TRAJETÓRIAS, MEMÓ-RIAS E EXPERIÊNCIAS BOTH, Marcio (UNIOESTE) A TERRA E SEUS HOMENS: GRUPOS SOCIAIS E POVOAMENTO DA REGIÃO SERRANA DO RIO GRANDE DO SUL (1889-1925) PAGLIARINI JUNIOR, Jorge (UNIOESTE) DISPUTAS E TEMPORALIDADES NAS MEMÓRIAS: REASSENTAMENTO SÃO FRANCISCO DE ASSIS PAGLIARINI, Raphael (UNIOESTE) NO TEMPO DO CAMPO: MEMÓRIAS E EXPERIÊNCIAS DE TRABALHADORES RURAIS EM MARECHAL CÂNDIDO RONDON (1970-2000)

ENSINO DE HISTÓRIA E EDUCAÇÃO 11/06/2008 – 8:00 - 9:30 h - (sala 7) Coordenadora: Geni Rosa Duarte

CATEN, Artemio Ten (UNIOESTE) A POLÍTICA DO BRANQUEAMENTO E O ENSINO DE HISTÓRIA NA EDUCAÇÃO BÁSICA A PARTIR DA LEI FEDERAL 10639/03 XAVIER, Erica da Silva (UEL) REFLEXÕES SOBRE A MÚSICA COMO MEDIADOR CULTURAL NA PERSPECTIVA DA PRODUÇÃO DO CONHECIMENTO EM SALA DE AULA. PAETZOLD, Dayanne Cristina, (UNIOESTE) JUVENTUDE E CIDADANIA, A BUSCA DE SOLUÇÕES PARA PROBLEMAS LOCAIS ATRAVÉS DE PRÁTICAS PEDAGÓGICAS FREITAS, Anderson Arilson de & MARIANO, Maicon (UNIOESTE) INTERVENÇÕES NA RELAÇÃO UNIVERSIDADE / EDUCAÇÃO BÁSICA: TEMPO PASSADO, DESAFIO DO PRESENTE

ITAIPU: PRÁTICAS E DISCURSOS 11/06/2008 – 8:00 - 9:30 h - (sala 8)

Coordenadora: Aparecida Darc de Souza GUIMARÃES, Gesiel de Souza (UNIOESTE) ANÁLISE NA PERSPECTIVA GEOGRÁFICA DO PROGRAMA CULTIVANDO ÁGUA BOA JUNIOR, Mauro Cezar Vaz de Camargo (UNIOESTE) CIDADE E TURISMO NA CHAMADA COSTA OESTE ZIOBER, Beatriz Ramalho (Uem) A ANÁLISE DO DISCURSO DE SUSTENTABILIDADE DA ITAIPU BINACIONAL: PRÁTICAS E ARGUMENTOS.

MUNDO CONTEMPORÂNEO: TEORIAS E RESISTÊNCIAS I

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11/06/2008 – 8:00 - 9:30 h - (sala 12) Coordenador: Paulo José Koling

PEREIRA, Asher Grochowalski Brum (UNIOESTE) MAX WEBER E O SENTIDO SOCIAL DA ÉTICA PROTESTANTE LIMA, Gustavo Soares de (UNIOESTE) A MERCADORIA SEGUNDO KARL MARX CASSIANO, Fernanda Charis (UEL) O GENOCÍDIO JUDAICO NA SEGUNDA GUERRA MUNDIAL E AS IDÉIAS MODERNAS GENTILINI, Daiana Carolina (UNIOESTE) ALGUNS APONTAMENTOS SOBRE OS LIVROS “A QUESTÃO URBANA” E A “SOCIEDADE EM REDE” DE MANUEL CASTELLS – UMA ANÁLISE HISTÓRICA

HISTÓRIA INDÍGENA 11/06/2008 – 19:15 - 20:55 h - (sala 7)

Coordenadora: Carla Cristina Nacke Conradi SANTOS, Jovane Gonçalves dos (UNIOESTE) TEKOA ANHETETE SOB O OLHAR GUARANI VENCATTO, Rudy Nick (UNIOESTE) CIDADE E ALTERIDADE: DINÂMICAS SOCIOCULTURAIS VIVIDAS EM SÃO MIGUEL DO IGUAÇU (OESTE DO PARANÁ 1980- 2008) TRINDADE, Carlos Mauricio (UNIOESTE) OS GUARANI E A ALIENAÇÃO OLIVEIRA, Patrícia Neves de (UNIOESTE) REGRESSANDO AO TERRITÓRIO ANCESTRAL: DIGRESSÕES SOBRE ESPACIALIDADE GUARA-NI E A FIXAÇÃO EM GUAÍRA

HISTÓRIA E REGIÃO II 11/06/2008 – 19:15 - 20:55 h - (sala 12)

Coordenador: Valdir Gregory SECARIOLO, Fabiana Marreto (UNIOESTE) O OESTE DO PARANÁ NO OLHAR DO VIAJANTE NO SÉCULO XIX DEON, Luiz Eduardo (UNIOESTE) A NECESSIDADE DE NACIONALIZAÇÃO DA REGIÃO DO BAIXO PARANÁ: RELATOS DE VIAJAN-TES SOBRE A PRESENÇA PLATINA NA REGIÃO OESTE DO PARANÁ NO INÍCIO DO SÉCULO XX. SANTOS, Reginaldo Aparecido dos (UNIOESTE) IMAGENS, IDENTIDADES E MEMÓRIA: OLHARES SOBRE TOLEDO - PR (1960-80) SOUZA, Ivanor Mann de (UNIOESTE) A QUESTÃO DO PODER HEGEMÔNICO NA HISTÓRIA DE TOLEDO

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HISTÓRIA E CIDADE I 12/06/2008 – 8:00 - 9:30 h - (sala 7)

Coordenador: Robson Laverdi MARIANO, Maicon (UNIOESTE) CIDADE E MEMÓRIA: A CIDADE DE CASCAVEL NAS NARRATIVAS DOS MORADORES DO JARDIM FLORESTA DEPIERI, Caroline Stefany (UNIOESTE) O BAIRRO ALVORADA REVISTADO: MEMÓRIAS E TENSÕES NA CONSTITUIÇÃO URBANA DE MARECHAL CÂNDIDO RONDON SEIDLER, Geceli (UNIOESTE) TRABALHADORES DE OLARIA EM NOVA SANTA ROSA TRINDADE Roseni (UNIOESTE) MEMÓRIA E MIGRAÇÃO: DINÂMICAS SOCIAIS E LUTAS DE BRASILEIROS EM PUERTO ADELA / PY (1970/2007) SILVA, Danusa de Lourdes Guimarães (UNIOESTE) "VIVENDO A CIDADE": A (RE)INSERÇÃO SOCIAL DE "BRASIGUAIOS" E PARAGUAIOS NA CIDADE DE MARECHAL CÂNDIDO RONDON (1990-2008)

MUNDO CONTEMPORÂNEO: TEORIAS E RESISTÊNCIAS II 12/06/2008 – 8:00 - 9:30 h - (sala 11)

Coordenador: Paulo José Koling PICINATTO, Thalisson Luiz Valduga (UEM): “ENFRENTANDO O PROBLEMA”: O ANTICOMUNISMO CATÓLICO DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE DEFESA DA TRADIÇÃO, FAMÍLIA E PROPRIEDADE VALENTINI, André Alexandre.(UEM) OS LEVANTES DE 1935, NAS PÁGINAS DE O GLOBO PRADO, Carlos Batista (UNIOESTE) REVOLUÇÃO CUBANA: DO NACIONALISMO AO STALINISMO EWALD, Karl Heins (UNIOESTE) DISPUTAS NO ORIENTE MÉDIO: A QUESTÃO DA PALESTINA

HISTÓRIA E CINEMA 12/06/2008 – 8:00 - 9:30 h - (sala 12)

Coordenadora: Geni Rosa Duarte OLIVEIRA, Jefferson Luis Ribas de (UNIOESTE) DA PESTE À AIDS: UMA ANÁLISE DO FILME “NAVIGATOR – UMA ODISSÉIA NO TEMPO”. (VINCENT WARD, 1988.) CAPELESSO, Karen Renata (UNIOESTE) OS TRABALHADORES EM TEMPOS MODERNOS VITECK, Cristiano Marlon (UNIOESTE) O CINEMA NA HISTÓRIA: DIÁLOGOS SOBRE JUVENTUDE LOPES, Job (UNIOESTE) ESTUDO DO FILME VEM DANÇAR (TITULO DO FILME EM ITÁLICO) SOB A PERSPECTIVA DO DISCURSO BUSCANDO VERIFICAR AS IMAGENS CONSTRUÍDAS DE PROFESSOR, ALUNO E ESCOLA

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HISTÓRIA E CIDADE II 12/06/2008 – 9:45 - 11:30 h - (sala 7)

Coordenador: Robson Laverdi RIBEIRO, Danilo George (UNIOESTE) HIP-HOP EXPRESSÕES E NARRATIVAS DA CIDADE PRADO, Diego Adriano do (UNIOESTE) A CIDADE ESQUECIDA – MEMÓRIAS ACERCA DA CIDADE DE GUAÍRA LAVERDI, Robson (UNIOESTE) VIVÊNCIAS HOMOSSEXUAIS NA TESSITURA DAS RELAÇÕES SOCIOCULTURAIS CITADINAS DO OESTE DO PARANÁ FREITAS, Anderson Arilson de (UNIOESTE) CIDADE E PRÁTICAS SOCIAIS: O ALBERGUE NOTURNO ANDRÉ LUIZ NA CONSTITUIÇÃO DA CIDADE DE CASCAVEL (1963 – 2007)

TRABALHO E TRABALHADORES I 12/06/2008 – 9:45 - 11:30 h - (sala 12) Coordenador: Antônio de Pádua Bosi

SILVA, Rosane Marçal da (UNIOESTE) TRABALHADORES E PROGRAMAS ASSISTENCIALISTAS: O “BOLSA FAMÍLIA” EM SANTA HELENA DAL PAI, Raphael Almeida (UNIOESTE) MUDANÇAS NO EMPREGO DOMÉSTICO EM MARECHAL CÂNDIDO RONDON/PR (1970 – 2005) POPIOLEK, Sandra Regina Ventura (UNIOESTE) PROCESSO DE TRABALHO NA UNIDADE PRODUTORA DE FRANGO E DERIVADOS DE FRAN-GOS (COPAGRIL) EM MARECHAL CÂNDIDO RONDON: UMA ANÁLISE A PARTIR DAS TRAJETÓ-RIAS OCUPACIONAIS DOS TRABALHADORES CHRIST, Michele Juliana (UNIOESTE) COSTUREIRAS E ECONOMIA SOLIDÁRIA: O CASO DA COOPERATIVA DE COSTURA SANTA HELENA.

HISTÓRIA E SAÚDE 12/06/2008 – 21:10 - 22:40 h - (sala 7)

Coordenador: Marcos Luís Ehrhardt LUBENOW, Deisi Rizzo (UFPR) IMAGENS DO SERTÃO: O INTERIOR PARANAENSE NOS DISCURSOS MÉDICO-POLITICOS NOS ANOS 1950. KURZ, Carla Francielle (UEM/UNIOESTE) “DOUTOR, NÃO ESTOU ME SENTINDO BEM”. CONCEPÇÕES SOBRE SAÚDE E DOENÇA ARAÚJO, Franciele Aparecida (UNIOESTE) LOUCURA E MEMÓRIA: “REPRESENTAÇÕES DA LOUCURA” E SUA INSTITUCIONALIZAÇÃO NA CIDADE DE MARECHAL CÂNDIDO RONDON/PR PAULA, Karoline Vitorino da Silva de (UNIOESTE) A LEGISLAÇÃO EM SAÚDE MENTAL (1990-2004): REVISÃO E REFLEXÕES SOBRE OS SERVIÇOS DA ASSISTÊNCIA PSIQUIÁTRICA BRASILEIRA

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CIELLO,Fernando José (UNIOESTE) ENTRE PSIQUIATRAS E ALIENADOS: A QUESTÃO DO GENERO NO FIM DO SÉCULO XIX

TRABALHO E TRABALHADORES II 12/06/2008 – 21:10 - 22:40 - (sala 8) Coordenador: Rinaldo José Varussa

CASAGRANDE, Attiliana De Bona (UNIOESTE) CONSIDERAÇÕES SOBRE O DESENVOLVIMENTO HISTÓRICO DOS CONSELHOS GESTORES E A CONTEMPORANEIDADE PINTO, Patrícia dos Santos (UEPG/UNICENTRO) MEMÓRIAS E EXPERIÊNCIAS DOS TRABALHADORES ACERCA DA INTRODUÇÃO DE NOVAS TECNOLOGIAS NA FÁBRICA. LONGEN, Roger William (UNIOESTE) A INDUSTRIALIZAÇÃO INGLESA SOB A PERSPECTIVA DA LITERATURA CASTELANO, Maria José (UNIOESTE) POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A EDUCAÇÃO NO BRASIL CONTEMPORÂNEO DIAS, Edson dos Santos (UNIOESTE) REVOLTA MILITAR DE 1924, SUAS CONSEQUÊNCIAS NO OESTE DO PARANÁ E A ESTRADA DO COLONO

RELIGIOSIDADE E PATRIMÔNIO 12/06/2008 – 21:10 - 22:40 - (sala 12) Coordenador: Alexandre Blankl Batista

VANDERLINDE, Tarcísio (UNIOESTE) LINGUAGEM SAGRADA E INTERPRETAÇÃO: O DESFIO FUNDAMENTALISTA NO MUNDO CONTEMPORÂNEO PALAGANO, Luciano Egidio (UNIOESTE) FESTA DE SANTA RITA DE CÁSSIA: ESTUDO DE RELAÇÕES DE PODER E MIGRAÇÃO, ATRA-VÉS DE UMA FESTIVIDADE RELIGIOSA. COSTA, Ariane (UNIOESTE) CATOLICISMO E PRODUÇÃO DE UM SENTIDO PARA A VIDA: UM ESTUDO A PARTIR DE MARE-CHAL CÂNDIDO RONDON CARNEIRO, Maristela (UEPG/UNICENTRO) CEMITÉRIO MUNICIPAL SÃO JOSÉ: LAÇOS ENTRE MEMÓRIA, PRÁTICAS IDENTITÁRIAS E REPRESENTAÇÕES SOCIAIS RITT, Carla Angélica (UNIOESTE) A ESPETACULARIZAÇÃO DA ARQUITETURA: A CONSTRUÇÃO DA IGREJA MENINO DE DEUS E A REMODELAÇÃO URBANA DE TOLEDO

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OFICINAS

Manhã: 08:00 - 11:30hs Tarde: 13:30 - 17:30hs.

Manhã - 10/06/2008 OFICINA 1: SANTA LIBRADA NA MEMÓRIA HISTÓRICA E POLÍTICA DA COLÔMBIA Dr. Jaime de Almeida (UNB) Local: Tribunal de Júri Tarde - 10/06/2008 OFICINA 2: O HIP-HOP E AS MUITAS FACES DE UMA CIDADE NOS FANZINES DO CARTEL DO RAP DE FOZ DO IGUAÇU Robson Laverdi (UNIOESTE) Danilo George Ribeiro (UNIOESTE) Local: Mini-auditório OFICINA 3: DISPUTANDO OS SENTIDOS DA DIVISÃO DO TRABALHO: ADAM SMITH, MARX E DURKHEIM Antonio de Pádua Bosi (UNIOESTE) Rinaldo J. Varussa (UNIOESTE) Local: Sala 07 OFICINA 4: HISTÓRIA E CINEMA Cristiano Viteck (UNIOESTE) Local: Sala 12 Manhã - 11/06/2008 OFICINA 5: FANZINE: UM MEIO ALTERNATIVO DE SE EXPRESSAR Thyago C. D. Scheffer (UNIOESTE) Daniel Carvalho da Silva (UNIOESTE) Danilo George Ribeiro (UNIOESTE) Local: Sala 11 Tarde - 11/06/2008 OFICINA 6: APOCALYPTO: O ESPETÁCULO DO SANGUE E O APOCALIPSE DA HISTÓRIA AMERÍNDIA Paulo José Koling (UNIOESTE) Local: Mini-auditório OFICINA 7: OFICINA DE HISTORIA ORAL - MEMÓRIAS, DISCURSOS E SILÊNCIOS Gilson Backes (UNIOESTE) Raphael Pagliarini (UNIOESTE) Jorge Pagliarini Junior (UNIOESTE) Local: Sala 07 OFICINA 8: INTER-ATUAÇÕES EM FRONTEIRAS CULTURAIS COM E A PARTIR DO DOCUMENTÁRIO O FIM E O PRINCÍPIO, DE EDUARDO COUTINHO (BRASIL, 2005)

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Robson Laverdi (UNIOESTE) Diego Adriano Prado (UNIOESTE) Local: Sala 12 Manhã - 12/06/2008 OFICINA 9: ROCK, POLÍTICA E MEMÓRIA: O ROCK NACIONAL DOS ANOS 80 Emílio Gonzalez (UNIOESTE) João Paulo de Souza Miglioli (UNIOESTE) Local: Sala 08 OFICINA 10: TERRA E RELIGIOSIDADE: CELEBRAÇÃO SUBVERSIVA NA FRONTEIRA Tarcísio Vanderlinde Local: Tribunal de Júri Tarde - 12/06/2008 OFICINA 11: INTERSECÇÕES POSSÍVEIS DA HISTÓRIA E DA HOMOSSEXUALIDADE NO FILME “DELICADA RELAÇÃO”, DE EYTAN FOX (ISRAEL, 2002) Robson Laverdi (UNIOESTE) Caroline Stefany Depieri (UNIOESTE) Local: Sala 07 OFICINA 12: ROSA LUXEMBURGO E A SOCIAL DEMOCRACIA Antônio Ozaí da Silva (UEM) Local: Tribunal de Júri OFICINA 13: NOVA TROVA CUBANA – CULTURA E REVOLUÇÃO Emílio Gonzalez (UNIOESTE) Diego Adriano do Prado (UNIOESTE) Local: Sala 12

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RESUMOS E CONTEÚDO PROGRAMÁTICO DAS OFICINAS

01) SANTA LIBRADA NA MEMÓRIA HISTÓRICA E POLÍTICA DA COLÔMBIA Prof. Dr. Jaime de Almeida (UnB) (Docente de Graduação e Pós-Graduação – Mestrado / Doutorado na UNB) EMENTA: Santa Librada, a santa padroeira do dia 20 de julho, data nacional colombiano, é um ícone polissêmico que cristalizou a memória do período inicial da independência até 1960 – data do Sesquiecentenário - quando foi praticamente suprimido. No Bicentenário da Independência, reaparece como uma caixa de Pandora... OBJETIVO: Sensibilizar os alunos para as possibilidades de aplicação de um método indiciário (cf. Carlo Ginzburg) aos estudos de História Cultural da América Latina. METODOLOGIA: Cruzamento de dados recolhidos em hagiografias, na iconografia e em textos; contextualização de cada situação, explicitação de hipóteses. PALAVRAS-CHAVE: Santa Librada – História da Colômbia – Bicentenário da Independência 02) O HIP-HOP E AS MUITAS FACES DE UMA CIDADE NOS FANZINES DO CARTEL DO RAP DE FOZ DO IGUAÇU Prof. Dr. Robson Laverdi (Docente da Graduação/Mestrado em História - UNIOESTE) Danilo George Ribeiro (Acadêmico do Curso de Graduação em História/ UNIOESTE) EMENTA: Esta oficina propõe discutir, numa perspectiva histórica, linguagens que expressam práticas e relações socioculturais vividas, a partir da análise de fanzines do circuito hip-hop, constituídas nas/pelas articulações do movimento Cartel do rap de Foz do Iguaçu, existente desde 2000. Numa outra margem de sentido, distanciado das apropriações do multicultura-lismo pela indústria do turismo, busca-se apreender dinâmicas tecidas nas/pelas tensões e disputas vividas naquela realidade pela juventude das periferias que produzem outras significações de pertencimento. OBJETIVO: Esta oficina tem por objetivo abrir um espaço de discussão sobre formas da linguagem do circuito cultural hip-hop e as possibilidades de uso de suas fontes, de forma apreender a historicidade das múltiplas significações de pertencimento vividas nas cidades contemporâneas. METODOLOGIA: A oficina será conduzida com uma rápida exposição de perspectivas teóricas e historiográficas em torno da problemática das cidades, seguida de uma exposição e problematização de fontes, no caso os fanzines, a pensar as contribuições dessa linguagem para o estudo das realidades citadinas contemporâneas do ponto de vista da multiplicidade das lutas e significações nelas vividas. PALAVRAS-CHAVE: Cidade; hip-hop, Foz do Iguaçu Fontes: Exemplares de Fanzines do Cartel do Rap, Foz do Iguaçu, 2000-2008.

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03) DISPUTANDO OS SENTIDOS DA DIVISÃO DO TRABALHO: ADAM SMITH, MARX E DURKHEIM Prof. Dr. Antonio de P. Bosi Prof. Dr. Rinaldo J. Varussa (Docentes de Graduação/Mestrado em História - UNIOESTE) EMENTA: Interpretação e análise das diferentes dinâmicas e relações que configuraram a produção industrial, nas sociedades que passaram por processos de industrialização, tal como a européia, a partir da segunda metade do século XVIII, enquanto articulações das lutas das classes envolvidas naqueles processos, a partir de textos de autores contemporâ-neos àqueles processos. OBJETIVO: Discutir e analisar diversas interpretações produzidas por autores, ao longo dos séculos XVIII e XIX, sobre as mudanças nas relações de trabalho industrial na Europa. METODOLOGIA: Partindo de uma problematização de alguns elementos observados, contemporaneamente (século XXI), nas relações de trabalho no Brasil, esta oficina busca dialogar com a produção bibliografia estabelecida nos processos de industrialização da Europa, entre o século XVIII e XIX. Para tanto, serão analisados alguns fragmentos de “A riqueza das nações” (1776) de Adam Smith, de “O Capital” (1867) de Karl Marx e “Da divisão social do trabalho” (1893) de Émile Durkheim. PALAVRAS-CHAVE: relações de trabalho; trabalhadores e indústria; história e historiografia 04) HISTÓRIA E CINEMA Cristiano Marlon Viteck (Mestrando - Pós-graduação em História da UNIOESTE). EMENTA: Nas últimas décadas, o cinema foi definitivamente incorporado à pesquisa histórica dentro dos domínios da chamada História Nova. Segundo o historiador Marc Ferro, o cinema é um testemunho singular de seu tempo, pois está fora do controle de qualquer instância de produção, principalmente o Estado. Mesmo a censura não consegue dominá-lo. O filme, para o autor, possui uma tensão que lhe é própria, trazendo à tona elementos que viabilizam uma análise da sociedade diversa da proposta pelos seus segmentos, tanto o poder constituído quanto a oposição. A crítica analítica de uma obra cinematográfica de ficção deve se ater: à sociedade que a produz, à própria obra, à relação entre autor, filme e sociedade; à sua história (as várias versões que teve, as suas recepções por parte da crítica, do público, etc.). Trata-se de desvendar projetos ideológicos com os quais a obra dialoga e necessariamente trava contato, sem perder de vista a sua singularidade dentro de seu contexto. Se não conseguirmos identificar, através da análise fílmica, o discurso que a obra cinematográfica constrói sobre a sociedade na qual se insere, apontando para suas ambigüidades, incertezas e tensões, o cinema perde sua efetiva dimensão de fonte histórica. OBJETIVO: - Apresentar as principais discussões ligadas ao cinema com como fonte para pesquisa histórica - Debater possibilidades e problemas da análise fílmica - Análise conjunta de um filme METODOLOGIA: Discussão teórica; análise do filme “Easy Rider – Sem Destino”. PALAVRAS-CHAVE: História; Cinema; Sem Destino

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05) FANZINE: UM MEIO ALTERNATIVO DE EXPRESSÃO

Thyago C. D. Scheffer, Daniel Carvalho da Silva, Danilo George Ribeiro (Acadêmicos do Curso de Graduação em História/ UNIOESTE) EMENTA: Com essa oficina, realizaremos uma parte teórica, explicando o que é um fanzine, para o que serve, e como faze-lo, esta parte será utilizada apoio dos participantes da oficina na confecção de alguns modelos de Fanzine, com isso tornando mais popular a prática deste meio de comunicação alternativo mas não menos importante. Serão usados materiais baratos, como folhas de papel A4, algumas canetas coloridas e muita, muita imaginação. O termo vem da junção de duas palavras, fanatic magazine: revista de fanático ou revista de fã. Muitas pessoas produzem fanzines por diversos motivos. Algumas para manterem contato com outros fãs que tenham em comum a mesma preferência. Outras para se profissionaliza-rem e mostrarem seu trabalho para alguma Editora ou por mera diversão. Os assuntos variam entre política, ecologia, cultura, ficção, música, mas o maior número é referente a desenhos, especialmente quadrinhos, buscando informações ou produzindo suas próprias histórias. Antes de elaborar seu primeiro fanzine, procure conhecer um pouco mais sobre este abran-gente universo. Compre algumas edições, veja como eles trabalham, pesquise, troque informações e mantenha contatos. Afinal, fanzine vive e sobrevive da camaradagem. OBJETIVO: Mostrar aos participantes da oficina, que existem meios alternativo de se expres-sar que não seja a mídia comum, internet ou afins METODOLOGIA: Será exposto uma parte teórica explicando o que é um fanzine, para que serve e no final será realizada uma atividade de construção de um fanzine utilizando materiais baratos com a participação dos ouvintes da oficina. PALAVRAS-CHAVE: Fanzine, Fanatic Magazine, Revista de fã. 6) APOCALYPTO: O ESPETÁCULO DO SANGUE E O APOCALIPSE DA HISTÓRIA AMERÍNDIA Prof. Dr. Paulo José Koling (Docente da Graduação/Mestrado em História - UNIOESTE) EMENTA: Esta oficina tem o propósito de analisar o filme “Apocalypto”, dirigido por Mel Gibson e lançado no ano de 2007, enquanto produção cinematográfica e linguagem da História construído a partir de uma encenação das contradições que havia entre sociedades maias (povos das florestas e centros urbanos religiosos), localizadas na Península do Yucatan durante o início do séc. XVI europeu. OBJETIVOS: - Analisar o filme Apocalypto a partir da produção cinematográfica hollywoodiana de Mel Gibson. - Abordar o rodeiro do filme Apocalypto, enquanto linguagem que trata da história ameríndia, e seu conteúdo subliminar (negação da história dos povos ameríndios). - Abordar o tema central do filme a partir da história, de fontes primárias e de algumas obras historiográficas que trata das sociedades maias do Yucatan e da Mesoamérica. METODOLOGIA: A oficina será desenvolvida em dois momentos: inicialmente será apresen-tado e projetado o filme Apocalipto e, em seguida, será realizada a análise da produção cinematográfica. Considerando que o filme Apocalipto é recente e sua divulgação adquiriu um relativo “sucesso de bilheteria”, seja nos cinemas, como nas locadoras e nas escolas, neste último caso, relacionado à discussão dos temas das sociedades ameríndias pré-hispânicas e da conquista européia, que integram os planos da disciplina de História no ensino fundamen-tal e médio e mesmo no ensino superior, é oportuno discuti-lo, enquanto linguagem da História, mais pausadamente e a partir de uma leitura de fontes primárias ameríndias e de textos especializados no tema. Para a discussão proporemos, inicialmente, retirar do filme elementos do espetáculo hollywoodiano e do estilo do diretor. Após trataremos da “invenção”

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e “repetição” de cenas da história romana e de regimes totalitários que faziam do espetáculo do sangue elementos ideológicos e legitimadores de suas práticas de dominação. Cabe destacar que a visão apocalíptica sobre a história das sociedades ameríndias apresentada no filme não inovou no assunto, haja vista as diferenças e divergências de abordagens apresen-tadas pelos conquistadores, pelos cronistas e as abordagens historiográficas ao longo destes mais de 500 anos. PALAVRAS-CHAVE: História Ameríndia. Conquista. História e Cinema Fonte: FILME: APOCALYPTO. Diretor: Mel Gibson. Produção: Mel Gibson e Bruce Davey. Ano: 2007 07) OFICINA DE HISTORIA ORAL - MEMÓRIAS, DISCURSOS E SILÊNCIOS. Gilson Backes, Raphael Pagliarini, Jorge Pagliarini Junior. (Mestrando - Pós-graduação em História da UNIOESTE). EMENTA: O uso da História Oral apresenta possibilidades na construção do conhecimento histórico. Nos meandros sociais de sua produção o lugar ocupado por entrevistador e entrevistado, transparecem numa linguagem que possibilita diferentes reflexões. OBJETIVO: Esta oficina tem objetivo de discutir usos da fonte oral na produção do conheci-mento histórico. A problematização desta metodologia de pesquisa deve englobar todas as suas etapas de produção, desde o processo de gravação das entrevistas, até as suas posteriores interpretações e usos. METODOLOGIA: A metodologia da oficina será pautada no diálogo com autores que traba-lham com estudos de historia oral e memória, alem de releituras de silêncios e representa-ções de viveres presentes em depoimentos produzidos pelos ministrantes da oficina. 08) INTER-ATUAÇÕES EM FRONTEIRAS CULTURAIS COM E A PARTIR DO DOCUMENTÁRIO “O FIM E O PRINCÍPIO”, DE EDUARDO COUTINHO (BRASIL, 2005) Prof. Dr. Robson Laverdi (Docente da Graduação/Mestrado em História - UNIOESTE) Diego Adriano Prado (Acadêmico do Curso de Graduação em História/ UNIOESTE) EMENTA: Esta oficina objetiva se constituir num espaço de diálogo com e a partir do docu-mentário O Fim e o Princípio, dirigido por Eduardo Coutinho e lançado em 2005. O filme se põe a ouvir histórias de moradores, sua maioria idosos, do Sítio Araçá, localizado no municí-pio de São João do Rio de Peixe, no sertão da Paraíba. Sem uma pesquisa prévia, sem personagens, locações nem temas definidos, o documentário foi tecendo o argumento a partir da produção das narrativas. Em termos práticos, almeja discutir a metodologia de filmagem proposta pelo diretor, principalmente em relação aos modos de aproximação e interlocução com os personagens numa espécie de inter-atuação. Buscar-se-á apreender sentidos de lugar e significações da diferença constituídas entre bagagens culturais presentes na filma-gem e as dos sujeitos que vivem nesta comunidade rural. OBJETIVO: Constituir sensibilidades e olhares atentos aos sentidos de pertença e outras significações da diferença para as investigações históricas preocupadas com alteridades e outras relações socioculturais tecidas no tempo e no espaço das experiências vividas por sujeitos. METODOLOGIA DE TRABALHO: - Apresentação da produção cinematográfica do documentarista Eduardo Coutinho, em particular do documentário O fim e o Princípio, de 2005.

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- Situar elementos propostos para a leitura da narrativa fílmica para o documentário; - Projeção do documentário; - Abertura de discussão acerca dos elementos narrativos e metodológicos presentes no documentário; - Amarrações teórico-metodológicas de caráter histórico com e a partir da experiência trazida pelos participantes; - Considerações finais sobre a proposta aberta aos participantes; PALAVRAS-CHAVE: Eduardo Coutinho, narrativa, inter-atuação 09) ROCK, POLÍTICA E MEMÓRIA: O ROCK NACIONAL DOS ANOS 80 Prof. Ms. Emílio Gonzalez (Docente do Colegiado do Curso de História – UNIOESTE) João Paulo de Souza Miglioli (Acadêmico do Curso de Graduação em História/ UNIOESTE) EMENTA: Discussão acerca do rock nacional dos anos 1980 e sua apropriação e reelabora-ção nos anos posteriores. OBJETIVO: Essa oficina visa discutir algumas concepções presentes nos estudos sobre o rock nacional, desde seu apogeu nos anos 1980, até suas transformações após a década 90, e que têm aparecido frequentemente nos últimos anos nos meios acadêmicos, de imprensa e outros. Aqui, busca-se problematizar tentativas de se forjar determinadas imagens sobre essa produção musical. Em resumo, trata-se de um conjunto de autores, meios de imprensa, cineastas, propagandistas e produtores que, sob variados ângulos, vêm buscando capturar e homogeneizar as diversas propostas de bandas musicais existentes na década de oitenta, atribuindo a elas um sentido único, tornando incompreensível (e até desautorizadas) as mudanças temáticas verificadas após a década de 1990, sob o signo de que o rock nacional deveria ser essencialmente música política. Assim, o rock, visto de forma dicotômica, é tratado ora como mero reflexo da rebeldia da juventude nos anos 1980, ora como mero produto de consumo “despolitizado” nos anos 90. Esse trabalho busca apontar questões que acabam ficando de fora desses esquemas reducionistas, que não dão conta de pensar outros elementos também presentes na produção dessas bandas, inclusive após os anos 90. PALAVRAS-CHAVE: Rock Nacional; Política; Memória. Fonte: Documentário Por toda a minha vida, veiculado em 14/09/2007 sexta-feira pela Rede Globo. O Tempo Não Para (Filme sobre a trajetória de Cazuza, lançado em 2004). Discos: Legião Urbana I – 1985. Legião Urbana: Dois – 1986. Legião Urbana: Que país é este? – 1987. Legião Urbana: As quatro estações – 1989 Legião Urbana: V – 1991. Titãs: Televisão –1985 Titãs: Cabeça Dinossauro – 1986 Titãs: Jesus Não Tem Dentes no País dos Banguelas –1987

10) TERRA E RELIGIOSIDADE: CELEBRAÇÃO SUBVERSIVA NA FRONTEIRA Prof. Dr. Tarcísio Vanderlinde (Docente do Colegiado do Curso de Geografia / UNIOESTE) EMENTA: Estudo sobre a resistência dos agricultores durante a formação do Lago de Itaipu. A resistência é percebida numa concepção de fronteira onde o ser humano pode sofrer degradação. Envolve-se na resistência a contribuição da Igreja Católica e da Igreja Evangéli-ca de Confissão Luterana no Brasil. No tempo presente a resistência é celebrada numa forma peculiar de culto conhecida como Romaria da Terra. A celebração pode ser vista como

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manifestação messiânica que também se registrou em outros momentos em ambientes de expansão de fronteira pelo Brasil. OBJETIVO: Discutir a emergência da manifestação messiânica conhecida como Romaria da Terra, em ambiente de expansão de fronteiras. METODOLOGIA: Desenvolvimento de exposição oral com auxílio de slides possibilitando diálogos e debates. Discussão do filme “Expropriados” de Frederico Fülgraf PALAVRAS-CHAVE: (3) Romaria da Terra; Celebração; Resistência. 11) INTERSECÇÕES POSSÍVEIS DA HISTÓRIA E DA HOMOSSEXUALIDADE NO FILME “DELICADA RELAÇÃO”, DE EYTAN FOX (ISRAEL, 2002) Robson Laverdi/Professor da Graduação/Mestrado em História da UNIOESTE Caroline Stefany Depieri (Acadêmica do Curso de Graduação em História/ UNIOESTE) EMENTA: Esta oficina objetiva se constituir num espaço de diálogo com e a partir da narrati-va fílmica de ficção Delicada Relação, produzida em Israel por Eytan Fox, em 2002. O cineasta, que também assina outras películas do gênero, dialoga com a problemática da homossexualidade presente nas forças armadas. O filme é submetido ao público incrementa-do pela inspiração tirada de uma “história real”. A trama explora a relação homoafetiva de Yossi, capitão do exército, e Jagger, então soldado, que atuam numa base militar na fronteira entre Israel e Líbano. Ao lidar de maneira relacionada com as questões emblemáticas, guerra e homossexualidade na caserna, o filme abre um campo de possibilidades interpretativas de interesse histórico, pois ainda que delineada pela ficção, incorpora na trama sentidos e tensões postos em questão na vida contemporânea. Rastrear tais formas interpretativas presentes nesta linguagem pode oferecer um repertório de aportes compreensivos, quiçá não estereotipados, da experiência social em torno da maior visibilidade pública da homossexuali-dade conquistada na atualidade. OBJETIVO: Estudar contribuições e possibilidades interpretativas da linguagem fílmica de ficção em diálogo com a problemática da homossexualidade na cena pública contemporânea. METODOLOGIA: - Apresentação de algumas questões em torno da intersecção história e homossexualidade; - Situar elementos propostos para a leitura da narrativa fílmica em questão; -Projeção do filme; - Abertura de discussão acerca dos elementos narrativos e metodológicos presentes na produção do filme; - Amarrações teórico-metodológicas de caráter histórico com e a partir da experiência trazida pelos participantes da oficina; -Considerações finais sobre a proposta aberta aos participantes; PALAVRAS-CHAVE: Homossexualidade, homoafetividade, cinema GLBT Fonte: FOX, Eytan. Delicada Relação (Yossi e Jagger), 65 min, Israel, 2002. 12) ROSA LUXEMBURGO E A SOCIAL DEMOCRACIA Prof. Dr. Antônio Ozaí da Silva (Docente de Graduação no Curso de Ciências Sociais - UEM) EMENTA: Rosa Luxemburgo e a Social-Democracia

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OBJETIVO: Estimular o debate sobre os dilemas enfrentados pela social-democracia, entre o reformismo e a revolução, e o impacto deste sobre a esquerda brasileira e mundial. METODOLOGIA: Exibição do filme “Rosa Luxemburgo” e debate. PALAVRAS-CHAVE: Rosa Luxemburgo, Social-Democracia, Socialismo, Marxismo, Alema-nha. Fontes: DVD: Rosa Luxemburgo – Escrito e dirigido por Margarethe von Trotta, Alemanha, 1985, 137 min. 13) NOVA TROVA CUBANA – CULTURA E REVOLUÇÃO Prof. Ms. Emílio Gonzalez (Docente do Colegiado do Curso de História – UNIOESTE) Diego Adriano do Prado (Acadêmicos do Curso de Graduação em História/ UNIOESTE) EMENTA: Emergência da Nueva Trova Cubana, propostas e rupturas no campo da música cubana no pós-1959. OBJETIVO: Esse trabalho se propõe a discutir algumas questões relacionadas ao surgimen-to, desenvolvimento e propostas trazidas através da produção musical cubana do pós-revolução (1959), especialmente aquelas fomentadas dentro do movimento artístico, cultural, político e estético genericamente chamado de “Nueva Trova Cubana”. A Nova Trova Cubana emergiu na década de 1970 a partir de um conjunto de artistas que, através de uma proposta experimentalista, e amparados pelo GES-ICAIC (Grupo de Experimentación Sonora, ligado ao Instituto Cubano del Arte y Indústria Cinematográfica), acabaram por definir novos cami-nhos para a música feita dentro de Cuba a partir de então. Inicialmente marginalizado dentro do processo de consolidação e legitimação da revolução cubana nos anos 60, o movimento passou a se tornar cada vez mais reconhecido, inclusive externamente, e tornou-se um dos principais expoentes da reconstrução de Cuba e do “hombre nuevo” pretendido pelo regime. A oficina buscará mapear alguns desses elementos, analisando-o a partir da obra de autores como Silvio Rodriguez e Pablo Milanés, apontando não apenas as rupturas e reapropriações / releituras que estes fazem no campo da experimentação musical, literária e poética, como também sua correspondência com outros movimentos artísticos na América Latina nos anos 70 e 80. PALAVRAS-CHAVE: Nueva Trova Cubana ; Música; Experimentação. Fontes: Discografias de Silvio Rodriguez e Pablo Milanés.

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COMUNICAÇÕES – RESUMOS

DISCURSO JORNALÍSTICO E HISTÓRIA: UMA CONSTANTE (DES)CONSTRUÇÃO

Alessandro Alves da Silva (UNIOESTE)

Essa comunicação integra em parte algumas discussões desenvolvidas no Programa de Iniciação Científica Voluntário em Letras (PICV/UNIOESTE/PRPPG), vinculado à Linha de Pesquisa Análise do Discurso (AD) e, cujo projeto, intitula-se “O discurso religioso na coluna sentimental”. Propõe-se, nesse trabalho, a análise da materialidade da linguagem presente nas narrativas das cartas dos leitores publicadas na coluna Espaço Sentimental, do jornal da Igreja Universal do Reino de Deus – IURD (Folha Universal), para observar de que formas o discurso jornalístico (des)constrói sentidos na Pós-Modernidade. Historicamente construiu-se a crença, no imaginário de muitos leitores, de que o discurso jornalístico organiza-se a partir dos mitos de verdade, objetividade, neutralidade e imparcialidade e que a linguagem veicula-da é, exclusivamente, um instrumento de transmissão de informações. Contrariando essa ideologia, estudos demonstram que o discurso jornalístico atua como um construtor de sentidos. A materialidade da linguagem é o que permite a compreensão dos sentidos que derivam da inscrição da língua na história. A descrição da língua não é suficiente para explicar determinados fenômenos nos quais ela está envolvida. Deve-se então, levar em conta algo exterior, para que se possa compreender o que é dito. A memória das significa-ções de um discurso e suas condições de produção não é secundária, mas constitutiva da própria significação. PALAVRAS-CHAVE: discurso, mídia, sujeito. _______________________________________

JUVENTUDE E CIDADANIA, A BUSCA DE SOLUÇÕES PARA PROBLEMAS LOCAIS ATRAVÉS DE PRÁTICAS PEDAGÓGICAS

Amanda Jaqueline Teixeira (UNIOESTE) Dayanne Cristina Paetzold (UNIOESTE)

Este trabalho é fruto da experiência vivenciada no desenvolvimento das atividades do projeto Oficinas de Cidadania: práticas pedagógicas para o envolvimento da juventude na busca de soluções para os problemas locais, Projeto de Extensão Universitária também vinculado ao Programa de Extensão “Universidade Sem Fronteiras” da Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior do Paraná – SETI, subprograma Apoio às Licenciaturas, que objetiva promover a aproximação entre universidade e escola, fortalecendo o ensino de sociologia através da utilização da metodologia de oficinas, bem como propiciar ao estudante de Ciências Sociais o conhecimento de seu campo de atuação. Tendo em vista a possibilida-de de contribuir na discussão e tratamento dos problemas sociais observados na realidade da periferia do município de Toledo e de outros três municípios de baixo IDH da região oeste do Paraná – São José das Palmeiras, Diamante D’Oeste e São Pedro do Iguaçu, através do engajamento da juventude escolar destes municípios em temas de ampla influência no cotidiano: meio ambiente, saúde, alimentação e educação, que se mostram direitos humanos elementares na construção da qualidade de vida pelo exercício da cidadania. O objetivo da apresentação desse trabalho é discutir o tema cidadania na esfera do Ensino de Sociologia no Ensino Médio. PALAVRAS-CHAVE: Cidadania, Juventude, Participação.

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CIDADE E PRÁTICAS SOCIAIS: O ALBERGUE NOTURNO ANDRÉ LUIZ NA CONSTITUIÇÃO DA CIDADE DE CASCAVEL (1963 – 2007)

Anderson Arilson de Freitas (UNIOESTE)

O Albergue Noturno André Luiz foi fundado - na cidade de Cascavel – no ano de 1973 pela Sociedade Espírita Irmandade de Jesus, num loteamento que na época encontrava-se à margem da cidade. Devido ao crescimento urbano, a sociedade se sobrepôs ao loteamento, encontrando-se o albergue até seu fechamento em dezembro de 2007, na Rua Sandino Erasmo de Amorim, no bairro Parque São Paulo. Durante quase 35 anos a instituição atuou na cidade, prestando atendimento - com pouso, alimentação, higiene, dentre outros - a andarilhos, passantes, moradores de rua, prostitutas, etc.; sendo mantida através das doações de pessoas físicas, empresas e recursos fornecidos pela Prefeitura Municipal de Cascavel. Inicialmente, decorrente da publicação de uma matéria no jornal O Paraná em setembro de 1992 – tendo em vista a precariedade do atendimento do albergue -, deu-se inicio a um intenso debate em Cascavel, referente à localização para a construção de um novo prédio. Destacam-se nesse processo as manifestações da população contra os destinos da localização da instituição na cidade, através de abaixo-assinado e a realização de passea-tas pautadas também na imprensa, que ora incentivava a prática da filantropia, ora estigmati-zava e imprimia uma dada imagem estática sobre a instituição e a pobreza. O fechamento do Albergue permite questionar sobre os motivos pelos quais o albergue não mais interessava aos diversos grupos em disputa na cidade de Cascavel. O objetivo da pesquisa é o de analisar a atuação do Albergue Noturno André Luiz nas mudanças ocorridas no espaço urbano de Cascavel ao longo de sua história e a relação das políticas públicas e as práticas filantrópicas na tentativa de escamoteamento da pobreza existente na cidade. PALAVRAS-CHAVE: Cidade, Albergue Noturno André Luiz, Pobreza. _______________________________________

INTERVENÇÕES NA RELAÇÃO UNIVERSIDADE / EDUCAÇÃO BÁSICA: TEMPO PASSADO, DESAFIO DO PRESENTE

Anderson Arilson de Freitas (UNIOESTE)

Maicon Mariano (UNIOESTE) A presente pesquisa trata de um dos projetos do Programa de Extensão Universitária intitula-do “Universidade Sem Fronteiras” - Apoio às Licenciaturas. Esta pesquisa investiga os processos de ocupação, relações de trabalho, migrações, posse da terra, e viveres urbanos e rurais de parte da microrregião paranaense do Cantuquiriguaçu, consideradas uma das regiões mais pobres do Estado do Paraná. Num primeiro momento, o trabalho está sendo realizado a partir das escolas rurais e de distritos pertencentes aos municípios de Guarania-çú, Catanduvas e Campo Bonito, região historicamente caracterizada pela alta concentração na posse da terra, sérios problemas de regulamentação fundiária, invasões, assentamentos e acampamentos do Movimento dos Sem Terra - MST. O objetivo do projeto é o de propiciar através da pesquisa, a integração entre a universidade e a escola básica, a produção do conhecimento histórico, bem como intervir na formação dos licenciados em História da Unioeste de Marechal Cândido Rondon. Ao final das atividades - a partir da coleta de material documental (fotos, documentos, relatos, entre outros) em conjunto com professores, alunos das escolas de educação básica e de moradores local -, espera-se a realização de um dossiê sobre a região, apresentação de oficinas, organização do acervo documental levantado, e também a elaboração de material didático em forma de apostilas ou pequenos livros, para serem utilizados pelas escolas da região. PALAVRAS-CHAVE: Educação Básica, Cantuquiriguaçu, História Oral. _______________________________________

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OS LEVANTES DE 1935, NAS PÁGINAS DE O GLOBO

André Alexandre Valentini

Os levantes armados de novembro de 1935 reproduziram diferentes interpretações, quando avaliado pela esquerda e a historiografia nacional e oficial. A grande discussão que os acompanham durante décadas procura enfatizar a relação dos atos insurrecionais à partici-pação da Internacional Comunista. Todavia, a historiografia de esquerda responsabiliza Luiz Carlos Prestes pela ação armada em 1935, mas atribui também os equívocos cometidos por Miranda, o então secretario geral do PCB, pelas informações empolgantes que transmitia. No entanto, os movimentos operários e a população não estavam rebelados, como garantira o secretario geral do partido. A conjuntura era muito diferente, ficando as insurreições restritas aos militares e aos jovens tenentes, desgostosos com as medidas políticas de Vargas. Nessa perspectiva histórica, o jornal O Globo foi em 1935 o condutor de noticias que alarmaram e influenciaram a historiografia e o pensamento brasileiro, para o sentimento anticomunista, reproduzindo manchetes que associavam os levantes exclusivamente à revolução comunista. PALAVRAS-CHAVE: Internacional Comunista, O Globo, Anticomunismo. _______________________________________

A LUTA PELA TERRA NO MUNICÍPIO DE TRÊS LAGOAS-MS (1984-2006): TRAJETÓRIAS, MEMÓRIAS E EXPERIÊNCIAS

Andrey M. Martin (UEM)

O início dos anos 1980 em Mato Grosso do Sul é marcado pelo engendrar de luta sociais no campo, contra o elevado nível de concentração de renda e de terras, resultando em graves problemas sociais no Estado. Da mesma forma, na região do Bolsão, onde se encontra o município de Três Lagoas, se torna palco de uma série de conflitos rurais, engendrando na formação dos primeiros acampamentos. O trabalho em questão, fruto da pesquisa em fase inicial no mestrado, tem como objetivo apresentar uma discussão sobre os trabalhadores do Assentamento Pontal do Faia, seu modo de vida e de luta e sua experiências durante a conquista da terra. A partir desta delimitação, buscamos analisar como se deu a trajetória deste movimento, a partir dos múltiplos caminhos até o assentamento, o processo de acam-pamento e as memórias e representações construídas na vida no assentamento, sem perder de vista todo um contexto histórico de lutas presente no município. Articulando um trabalho a partir das contribuições da História política e social, que nos levam a apreender a existência de diferentes posicionamentos e tendências na compreensão da luta, faz-se uso, dentre outras fontes, de jornais, questionários e das fontes orais. Nesta perspectiva, buscamos entender um pouco o cotidiano do assentamento, o significado das experiências das lutas, de como eles as interpretam e os prazeres daqueles que passaram toda uma vida em busca no sonho da conquista da terra. As histórias de dor e alegria são tantas, que perpassam as linhas deste trabalho e se abrem na continuidade da pesquisa. PALAVRAS-CHAVE: Assentamento, Três Lagoas, Experiências. _______________________________________

CATOLICISMO E PRODUÇÃO DE UM SENTIDO PARA A VIDA: UM ESTUDO A PARTIR DE MARECHAL CÂNDIDO RONDON

Ariane Costa (UNIOESTE)

No Brasil, durante anos, a religião católica se consolidou enquanto religião oficial. Mesmo com a secularização do Estado e a liberdade do indivíduo de não apenas professar outras religiões, mas de poder fazê-lo em público, ainda assim o catolicismo permaneceu como a religião de maior número de adeptos. Mas esse quadro vem mudando principalmente a partir da década de 1980. Os dados do IBGE nos mostram que é cada vez menor o número de fiéis

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que se dizem católicos e é maior o número de adeptos a outras religiões e daqueles que se dizem sem religião. Muitos estudos têm evidenciado a diminuição do número de católicos no Brasil. Por um lado, alegam que tal diminuição deve-se ao surgimento e crescimento das várias seitas pentecostais que passaram a ocupar lugar na organização da vida da população mais empobrecida do país nessas últimas três décadas. Por outro lado, argumentam que a razão dessa diminuição deve-se ao fato da Igreja Católica ter se distanciado dos dilemas mais recentes e presentes de seus fiéis. De um modo ou de outro, torna-se um problema histórico importante indagar sobre a relação que os fiéis católicos têm com a Igreja Católica no Brasil, tentando identificar e analisar que sentido para a vida é atualmente construído por essa Igreja. Tendo este quadro ao fundo, o objetivo dessa comunicação é explorar as possibilidades de pesquisa sobre esse problema histórico a partir de experiências religiosas de fiéis católicos da cidade de Marechal Cândido Rondon. PALAVRAS-CHAVE: Religião; Igreja Católica; Marechal Cândido Rondon _______________________________________ A POLÍTICA DO BRANQUEAMENTO E O ENSINO DE HISTÓRIA NA EDUCAÇÃO BÁSICA

A PARTIR DA LEI FEDERAL 10639/03

Artemio Ten Caten (UNIOESTE) A Lei Federal 10639/03 determina o ensino da história e cultura do afro brasileiro e da África na Educação Básica. Tal determinação é paradoxal em relação à política de branqueamento da população presente no chamado processo “civilizatório” do Brasil, refletido nos currículos e na prática de ensino da disciplina de História da Educação Básica. Em virtude disso, pergun-ta-se: como está ocorrendo o debate entre os professores da Educação Básica para a superação de um currículo eurocêntrico e branco? Por outro lado, podemos entender que a discriminação racial não é uma construção individual, feita pelo sujeito que deve ser reeduca-do, e sim uma construção histórica de classe social através de uma política de branqueamen-to da população e outros mecanismos. O ensino de História, na Educação Básica, tem contribuído com a reprodução do estigma e do racismo principalmente através dos conteúdos dos livros Didáticos de História. Ocorre um enfoque maior em narrativas de como ocorreu a escravização dos negros e a luta pelo fim do trabalho escravo está pautada na ação da elite agrária escravista e dos abolicionistas em prejuízo a ação libertadora dos escravizados. Em conflito com a leitura que apresenta o negro como escravo pretendemos considerar que a luta dos escravos, como sujeito da História, em especial após 1870, foi decisiva para a promulga-ção da Lei Áurea. PALAVRAS-CHAVE: Lei 10639/03, política do branqueamento, ensino de história. _______________________________________

MAX WEBER E O SENTIDO SOCIAL DA ÉTICA PROTESTANTE

Asher Grochowalski Brum Pereira (UNIOESTE)

Em “A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo”, Max Weber analisa o desenvolvimento do capitalismo ocidental a partir do sentido atribuído pela esfera da ética protestante. Para Weber, o desenvolvimento histórico do capitalismo ocidental foi amplamente influenciado pelos valores da religião protestante, que contribuíram para o desenvolvimento de uma organização econômica racional. Do ponto de vista de Weber, o capitalismo ocidental tem origem em uma multiplicidade de forças que convergem, dente elas, os valores protestantes. Em “A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo”, Weber estuda como o quadro de valoração religioso pode ter relação com o desenvolvimento econômico racional. Nesta obra, Weber compara a religião protestante com a Igreja Católica, delimitando como a primeira, estimuladora da procura racional do ganho econômico, opõe-se à segunda, norteada por valores que rejeitam os assuntos mundanos. A partir disse, nosso interesse é perceber nesta obra, baseando-nos na concepção weberiana de sentido, como Weber compreende o

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desenvolvimento histórico do capitalismo ocidental, pautando-se no sentido da esfera dos valores protestantes. PALAVRAS-CHAVE: ética protestante, capitalismo ocidental, sentido social. _______________________________________

CONSIDERAÇÕES SOBRE O DESENVOLVIMENTO HISTÓRICO DOS CONSELHOS GESTORES E A CONTEMPORANEIDADE.

Attiliana De Bona Casagrande (UNIOESTE)

Este trabalho irá esboçar um breve histórico de caráter universalista sobre os Conselhos Gestores – ou ainda municipais – tendo em vista também, as experiências desse tipo de gestão política no Brasil e principalmente, nos conselhos dos municípios de Toledo, Cascavel e São José das Palmeiras, sendo esses, os municípios que compõe a amostragem do banco de dados desenvolvido pelo Grupo de Pesquisa em Democracia e Desenvolvimento da UNIOESTE. Partindo do pressuposto de que os Conselhos são sempre gerados pelo movi-mento de massas, servindo como instrumento de questionamento à burocracia, originando-se sempre em períodos de crise, em especial a transição para o sistema capitalista, pode-se considerar o debate inserido dentro da grande área Mundo Contemporâneo. Baseado em estudos de Maria da Glória Gohn, de épocas diferentes, notamos que a partir do ano de 1990, o tipo da composição, e conseqüentemente das políticas dos conselhos mudaram de estrutu-ra, agora em vez de serem apenas estratégias de governo, administrando segundo as prioridades definidas nos gabinetes, os conselhos se caracterizam como um tripé entre o Estado, sociedade civil e iniciativa privada. Construindo assim, outras dimensões para a categoria participação. Esse resgate histórico mostra como o sentido político dos conselhos, suas finalidades e a sua configuração sofrem alterações ao longo da história e com ele também os próprios significados de participação popular e de democracia. Enfim, o trabalho apresentará os dados coletados no banco de dados acima referido, delineando o perfil desses conselheiros e levantando hipóteses referentes às correlações de tal desenvolvimento. PALAVRAS-CHAVE: conselhos, desenvolvimento histórico, perfil de conselheiros _______________________________________

A ANÁLISE DO DISCURSO DE SUSTENTABILIDADE DA ITAIPU BINACIONAL: PRÁTICAS E ARGUMENTOS.

Beatriz Ramalho Ziober (UEM)

O presente trabalho tem por objetivo analisar como se construiu o discurso de sustentabilida-de da hidrelétrica de Itaipu ao longo dos anos. A Itaipu Binacional adota um discurso de desenvolvimento sustentável dizendo-se preocupada com a grande diversidade biológica em que a hidrelétrica está inserida. A Itaipu é considerada, por órgãos preocupados com o meio ambiente, como um modelo de compromisso com os recursos naturais e modelo de setor elétrico por meio de suas praticas de reflorestamento, reciclagem de materiais, educação ambiental, e outros inúmeros projetos que possui, com o intuito de uma melhor conservação da fauna e da flora do local. Sabendo disso, entender o período em que se começou a utilizar o termo “Desenvolvimento Sustentável” é fundamental para compreender o discurso de desenvolvimento e preservação desta hidrelétrica, sendo um dos pontos primordiais a ser estudado neste trabalho. PALAVRAS-CHAVE: Desenvolvimento Sustentável, Itaipu Binacional, Meio Ambiente. _______________________________________

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A ESPETACULARIZAÇÃO DA ARQUITETURA: A CONSTRUÇÃO DA IGREJA MENINO DE DEUS E A REMODELAÇÃO URBANA DE TOLEDO

Carla Angélica Ritt (UNIOESTE)

O presente trabalho, fruto de pesquisa de TCC, tem por objetivo discutir a construção da nova matriz da Paróquia Menino Deus no Jardim Porto Alegre no município de Toledo. A princípio já existia uma igreja no local, que foi inaugurada em dezembro de 1977 e no final do ano de 2002 foi derrubada para dar lugar a uma construção suntuosa e imponente. Essa comunica-ção pretende analisar o projeto e a construção desse prédio religioso e os significados no próprio contexto urbano local. A construção da igreja é divulgada como um investimento no sentido do embelezamento urbano e, inclusive, como um atrativo turístico. A espetaculariza-ção arquitetônica é um dos principais motes da obra, que investe na idéia de coesão social e na inserção desta obra num projeto maior de remodelação da cidade de Toledo. PALAVRAS-CHAVE: Patrimônio Religioso; Cidade; Remodelação Urbana. _______________________________________

“DOUTOR, NÃO ESTOU ME SENTINDO BEM”. CONCEPÇÕES SOBRE SAÚDE E DOENÇA

Carla Francielle Kurz (UEM)

O que é estar saudável e o que é estar doente? Na pretensão de discutir a representação da saúde e da doença para o saber médico e para os indivíduos buscou-se nos elementos conceituais históricos e sociais as respostas do que é estar doente ou saudável. Essa proposta resgata a subjetividade inserida na definição da presença ou ausência de doenças. Para essa análise uso como recurso os conceitos de Michel Foucault sobre a biopolítica, o biopoder e a medicina social que vem como uma crítica às definições de saúde presentes em diferentes momentos históricos. PALAVRAS-CHAVE: saúde/doença, saber médico, biopolítica _______________________________________

REVOLUÇÃO CUBANA: DO NACIONALISMO AO STALINISMO

Carlos Batista Prado (UNIOESTE)

Esta comunicação tem o objetivo de discutir se a revolução que triunfou em Cuba em 1959 foi uma revolução socialista ou nacionalista? Qual o caráter de classe dessa revolução? Susten-tamos que o governo liderado por Fidel Castro que realizou uma série de reformas, entre expropriações de terras, nacionalizações de empresas estrangeiras, reforma agrária, reforma urbana, etc, apesar do confronto direto com a política imperialista norte-americana, deve-se ressaltar que todas essas medidas não devem ser caracterizadas como socialistas, mas sim, como uma política nacionalista, que buscava um maior controle do Estado sobre o desenvol-vimento econômico. É importante ressaltar que nacionalismo e antiimperialismo, não signifi-cam anticapitalismo. Em Cuba, a revolução não foi liderada pela classe trabalhadora e sob a liderança da pequena-burguesia não pôde romper com os limites do nacionalismo que para se sustentar buscou aliar-se aos EUA e depois com a burocracia soviética. A partir de então, Cuba viveu um processo de conivência com a URSS e o regime cubano passou por um processo de stalinização que se desenvolveu paralelamente a integração de Cuba ao Come-com. Os cubanos adotaram o sistema de planificação centralizada, no qual uma tecnocracia estatal passou a deter o poder sobre as decisões e as formulações dos planos econômicos. Com a queda da União Soviética e a extinção do Comecon caíram por terra todos os pilares que sustentavam a economia da ilha. Hoje, a classe trabalhadora cubana sofre com as contradições de uma revolução de bases nacionalistas, construída alheia a uma teoria verdadeiramente proletária, socialista e internacionalista.

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PALAVRAS-CHAVE: Revolução; Nacionalismo; Stalinismo. _______________________________________

OS GUARANI E A ALIENAÇÃO

Carlos Mauricio Trindade (UNIOESTE)

Primeiramente, o objetivo deste trabalho é analisar duas das quatro formas de alienação descritas por Marx nos “Manuscritos econômicos e filosóficos de 1844”, mais precisamente na prática do trabalho humano, sendo parte exterior do trabalhador, isto é, no ato de trabalhar, na Área Indígena do Tekohá Añatete. Dessa forma, os dois aspectos a serem da analisados no processo produtivo são: a relação do produto e o trabalhador, e também a relação entre o trabalho com o ato da produção dentro do trabalho. Portanto, ao produzir para comercializar, e não mais voltado somente para o consumo próprio de sua família e sua comunidade, o Guarani torna-se alienado, pois, o fruto de seu trabalho não mais lhe pertence, nem mesmo a sua comunidade. Ao trabalhar para um terceiro, um outro índio que trabalha por dia para outro índio, que necessita de ajuda em sua colheita ou no plantio, ou para um agricultor em troca de dinheiro, por exemplo, isso é uma relação alienada de compra e venda de mão-de-obra, e também sobre a perca das forças produtivas são relações alienadas e alienantes de trabalho para Marx. Dessa forma existem formas alienantes de trabalho dentro da Área Indígena do Tekohá Añatete, mas também persiste formas não alienantes de trabalho: o trabalho familiar e o trabalho comunitário em alguns aspectos. PALAVRAS-CHAVE: Os Guarani, Alienação, Trabalho _______________________________________

O BAIRRO ALVORADA REVISTADO: MEMÓRIAS E TENSÕES NA CONSTITUIÇÃO URBANA DE MARECHAL CÂNDIDO RONDON

Caroline Stefany Depieri (UNIOESTE)

Esta pesquisa visa investigar práticas socioculturais de moradores do bairro Alvorada, de Marechal Cândido Rondon, que é composto por de vários loteamentos, quando a partir da década de 1970 recebeu o estigma de “planeta dos macacos”, em face da presença de migrantes afro-descendentes de outras partes do país. Busca analisar, assim, trajetórias e processos de ocupação das casas, experiências, sonhos, enfim, histórias de lutas de inserção na cidade. Em meio às experiências vividas e as maneiras pelas quais tais práticas contribuí-ram para a reelaboração de valores que interferem no fazer-se da cidade, buscando entender como a mesma vai se constituindo. O bairro é constituído por migrantes em busca de melho-res condições de vida e ao chegarem à cidade e se depararam com choques culturais. Entretanto para poderem ser aceitos precisaram se adaptar de muitas maneiras à dinâmica local e outras dificuldades. Além disso, proponho pautar a relação dos moradores do Bairro Alvorada com a cidade. Proponho trabalhar os silêncios expresso nas memórias que tenham passado por estranhamentos de preconceitos, discriminações e racismos. PALAVRAS-CHAVE: Memória, Cidade, Estranhamento Culturais _______________________________________

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OS TRABALHADORES E O DIREITO: UM ESTUDO SOBRE AS DISPUTAS JUDICIAIS POR DIREITOS ENTRE OS TRABALHADORES NA VARA DA FAMÍLIA, INFÂNCIA E JUVENTUDE NA COMARCA DE MARECHAL CÂNDIDO RONDON/PR (1989-2008)

Clairton Luis Fröhlich (UNIOESTE)

Esta comunicação visa abordar a dimensão e estrutura do sistema jurídico na família, a desconstrução do discurso que apenas compila e homologa nos processos executados pelo Núcleo de Prática Jurídica (UNIOESTE) instituído como defensoria pública gratuita na Comarca de Marechal Cândido Rondon, e que, nas relações entre os sujeitos e o Estado promove a elaboração da noção de direitos, por trabalhadores considerados hipossuficientes. Como se engendra a construção de sujeitos que se reconhecem como portadores de direitos, reivindicam e desenvolvem práticas sociais nas relações familiares e nas relações vividas a partir da formalização de processos jurídicos. As disputas judiciais por direitos em famílias de trabalhadores a partir da análise das Petições de Alimentos, de Execução de Alimentos e da Regulamentação e Modificação de Guarda de Crianças e Adolescentes na Comarca de Marechal Cândido Rondon, Paraná (1989 – 2008). As experiências e condições de vida, conflitos familiares, interpretações diversas acerca da lei, e o fazer-se de sujeitos na luta pela afirmação de direitos para a própria sobrevivência. PALAVRAS-CHAVE: História, Direito, Família _______________________________________

O CINEMA NA HISTÓRIA: DIÁLOGOS SOBRE JUVENTUDE

Cristiano Marlon Viteck (UNIOESTE) Cinema e Juventude. Dois temas que isoladamente já poderiam ser objetos de uma pesquisa histórica, mas que juntos ganham ainda mais em termos de abrangência e de esforço intelectual, uma vez que se pretende encontrar possíveis elos de ligação entre a arte de projetar imagens em movimento e o fenômeno social da juventude surgido a partir da metade do século XX. Tratar sobre Cinema e Juventude implica em trazer à tona diversas questões ligadas a muitos temas, entre eles o poder da imagem, as formas de recepção e usos dessas imagens e a identidade. Neste artigo defende-se que determinados filmes sobre a juventude constituem-se em registro da historicidade das épocas em que foram produzidos, na medida em que dizem muito sobre a sociedade e momentos em que foram filmados. Por isso, são uma fonte importante para a compreensão do imaginário social e dos comportamentos de determinados grupos de jovens, pois a partir destes filmes é possível apreender elementos, características e tensões relativas a eles. Aqui, é dedicada atenção especial aos filmes “O Selvagem” e “Juventude Transviada”, que foram bastante polêmicos na época de seus respectivos lançamentos, pois lidavam com temas até então considerados tabus para os anos 1950, como conflito de gerações e violência. Baseados em fatos da vida real, estes dois filmes (obras de ficção) tornaram-se verdadeiros marcos históricos dentro do que se conven-cionou a perceber como o comportamento rebelde da juventude e, não raramente, estes filmes são lembrados quando o assunto em pauta é a delinqüência juvenil. PALAVRAS-CHAVE: Cinema; Juventude; Identidade. _______________________________________

ALGUNS APONTAMENTOS SOBRE OS LIVROS “A QUESTÃO URBANA” E A

“SOCIEDADE EM REDE” DE MANUEL CASTELLS – UMA ANÁLISE HISTÓRICA

Daiana Carolina Gentilini (UNIOESTE) Manuel Castells concentrou suas pesquisas no desenvolvimento da sociologia urbana. Elaborou grande parte de suas análises baseado nos conflitos sociais, alegando que esses são transformadores dos cenários urbanos. Foi o primeiro sociólogo a usar o termo “consumo

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coletivo”, que nos remete à todos os esforços sociais baseados nos dispêndios no campo econômico para o campo político, ou seja, enfatizou o papel do Estado como interventor da vida econômica das massas. Destacou sempre em suas pesquisas a problemática urbana. A partir da década de 1980, deixou de lado sua visão marxista e concentrou seus trabalhos no papel das novas tecnologias de informação e comunicação na reestruturação econômica. Este trabalho foi realizado a partir de duas obras importantes do autor: “A Questão Urbana” e “Sociedade em Rede - A Era da informação: Economia, sociedade e cultura”. PALAVRAS-CHAVE: Sociologia urbana, Urbanização, Redes de Informação. _______________________________________

EMIGRAÇÃO TEMPORÁRIA DE JOVENS DO OESTE DO PARANÁ PARA A SUÍÇA: MEMÓRIAS E DISCURSOS DE IDENTIDADES

Daiane da Silva (UNIOESTE)

Esta comunicação pretende apresentar projeto de iniciação científica (PIBIC/CNPq) em andamento e que tem por objetivo investigar memórias de jovens do Oeste do Paraná que emigraram temporariamente para a Suíça no intuito de exercer estágio na área da agropecuá-ria através de uma entidade de recrutamento de mão-de-obra, vinculada ao governo suíço. A conjuntura socioeconômica atual no Brasil e no Oeste do Paraná (os baixos salários, o desemprego, a tíbia perspectiva de ascensão social) assim como a problemática da globali-zação são fatores importantes na investigação do fenômeno da migração internacional. Para além destas questões, investigam-se as memórias sobre as experiências dos retornados, os discursos de identidades presentes na construção das narrativas, sentimentos de pertenci-mento e estranhamento, a maneira como se re-inserem tanto economicamente quanto socialmente no país-de-origem, assim como o papel das redes sociais e culturais. PALAVRAS-CHAVE: Emigração, memórias, identidades. _______________________________________

HIP-HOP EXPRESSÕES E NARRATIVAS DA CIDADE Danilo George Ribeiro (UNIOESTE).

Esse trabalho visa abordar questões da “periferização” do mundo urbano, a partir do rap aqui entendido como uma das possibilidades de expressão e narrativas de experiências de moradores de regiões periféricas da cidade de Foz do Iguaçu. Nele, voltamos-nos inicialmen-te para grupos que desenvolvem seu trabalho a partir do hip-hop nessa cidade. Na cidade de Foz do Iguaçu, o movimento hip-hop foi desenvolvido no decorrer dos anos 90. A importância desse movimento é ainda significativa porque se trata de uma cidade que ainda vive os efeitos de um processo de crescimento urbano repentino iniciado recentemente, nos anos 70, Com as novas dinâmicas estabelecidas na cidade a partir da construção da hidrelétrica de Itaipu, que redefiniu tanto o seu espaço urbano, como a maneira como seus moradores passaram a se relacionar com ele, valorizando e “resignificando”, atribuindo-lhe novas noções de direito e pertencimento, evidenciando ainda os diversos territórios que compõe a cidade. Assim, mais do que simples artistas, estamos considerando esses rappers também como intérpretes do processo urbano vivido na cidade e na atualidade. E é nesse processo que o movimento hip hop, age enquanto tradutor dessas novas dinâmicas surgidas, assume uma centralidade, e que pretendemos explorar aqui. Objetiva-se problematizar posturas assumidas por esses grupos de Rap frente a algumas questões sociais presentes no cotidiano da cidade, pautando temas como violência, opressão, drogas, tráfico, lazer, trabalho, desemprego, entre outros temas. PALAVRAS-CHAVE: hip-hop, cidade, periferia. _______________________________________

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“VIVENDO A CIDADE”: A (RE)INSERÇÃO SOCIAL DE “BRASIGUAIOS” E PARAGUAIOS

NA CIDADE DE MARECHAL CÂNDIDO RONDON (1990 – 2008)

Danusa de Lourdes Guimarães da Silva (UNIOESTE) Este trabalho busca pensar experiências de deslocamentos vividos por “brasiguaios” e paraguaios situados na fronteira entre o Município de Marechal Cândido Rondon, extremo Oeste do Estado do Paraná e Puerto Adela, Distrito de Salto Del Guairá, Departamento de Canindeyú, no Paraguai. A partir de relatos de sujeitos que entrecruzam constantemente esse espaço fronteiriço, desde a década de 1980, viso apreender as diferentes temporalidades dessas trajetórias, vividas enquanto luta por pertencimento e/ou sobrevivência material. Na última década com mais intensidade, esse movimento constituído por homens e mulheres tem procurado nestas pequenas cidades brasileiras, espaços de trabalho e moradia. Muitos destes, ao migrar, almejam conquistar vagas de emprego oferecidas pelo setor agroindustrial, bem como aquelas destinadas ao serviço doméstico e a construção civil. Esse processo tem engendrado por um lado, conflitos e estigmas frente às instituições e demais habitantes e, por outro, a necessidade de constituir redes de solidariedades entre migrantes, visando, princi-palmente, a fixação e a (re)-inserção social na cidade. O trabalho procura dialogar com esses sujeitos que significam/resistem/negociam, frente aos embates políticos-econômicos, vividos historicamente na/pela paisagem transfronteiriça habitada. PALAVRAS CHAVES: Migração, Campo x Cidade, Memória _______________________________________

O MILAGRE DA PROPAGANDA OU A PROPAGANDA DO MILAGRE?

David Antonio de Castro Netto (UEM)

O presente projeto de pesquisa tem como recorte histórico e temporal o período de 1968 – 1975. Deste modo, nossa pesquisa atravessa o chamado “Milagre econômico”, e dentro dessa perspectiva buscaremos focar nossa pesquisa, dentre as várias vertentes possíveis, no estudo da propaganda privada, vinculada pela televisão, e de sua relação com o regime de exceção. O fenômeno da TV, no Brasil, é extremamente recente, a inauguração da TV é da data de 1950, entretanto, sua expansão pelo país ocorreu de forma avassaladora, de maneira que em pouco tempo, já existiam milhões de aparelhos, e estes já eram vistos não mais como artigo de luxo, mas de necessidade. O regime deu amplo apoio para a instalação e ampliação das vendas dos aparelhos, mas também na concessão dos sinais para as empresas. Assim, a televisão veio a substituir o rádio na importância da criação de uma opinião, ou até mesmo da manutenção de uma opinião favorável, podemos dizer, talvez, funcionando como uma maquiagem em torno do que o regime realmente fazia. As propagandas privadas tinham um destino certo, a “nova” classe média privilegiada com a grande evolução da economia nos anos dos 11% ao ano. Eram geladeiras, televisores, liquidificadores, automóveis, refrigeran-tes, todos produtos que entravam no Brasil, junto com a avalanche de dólares dos emprésti-mos governamentais. Desta maneira, nosso objetivo é estabelecer a relação entre a propa-ganda privada e maneira como ela se relacionava com a sociedade da época, criando novos condicionamentos sociais, de maneira que atendessem as “novas” necessidades criadas pelo “milagre” econômico. PALAVRAS-CHAVE: propaganda, TV, milagre _______________________________________

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IMAGENS DO SERTÃO: O INTERIOR PARANAENSE NOS DISCURSOS MÉDICO-POLITICOS NOS ANOS 1950.

Deisi das Graças Rizzo Lubenow (UFPR)

Essa comunicação se propõe a discutir e apresentar o pensamento sobre o interior parana-ense organizado em torno das representações sobre sertão e o caboclo que circularam entre a segunda metade do século XIX e as primeiras três décadas do século XX, como proposi-ções acerca da formação do Brasil. Busca-se delimitar o tema dentro de uma duradoura tradição de textos produzidos nesse período com vistas a localizar, descrever e explicar o interior brasileiro e seus habitantes. O personagem que recebe os nomes de sertanejo, caboclo ou caipira foi objeto e tema de avaliações e julgamentos positivos e negativos, otimistas ou não. São essas figurações e seus matizes as pista a seguir para perceber como o meio científico, intelectual, político, apropriou-se e reelaborou as idéias e temas presentes nessa tradição, que repercutiu nos discursos médico-políticos, bem como sua importância na criação de representações sociais sobre o estado paranaense. PALAVRAS-CHAVE: Paraná, sertão, discurso. _______________________________________

MIGRAÇÕES INTERNACIONAIS, REDES SOCIAIS E TRABALHO TEMPORÁRIO: A

EMIGRAÇÃO DE JOVENS DO OESTE DO PARANÁ PARA A ÁUSTRIA

Denise de Oliveira Costa (UNIOESTE) Esta pesquisa de iniciação científica trata da migração de pessoas do Oeste do Paraná para paises do Hemisfério Norte, atraídos principalmente pelo desejo de economizar capital e melhorar de vida no Brasil. Entre os países-destino de muitos desses emigrantes, encontram-se principalmente Áustria, Suíça, Alemanha, Inglaterra, Espanha, Itália e Japão. Nesta comunicação será focalizado o caso de migrantes que se dirigiram para o estado de Vorarl-berg, na Áustria. Entre os migrantes entrevistados figuram os que permanecem no país-destino ilegalmente, com a posse de passaporte brasileiro ou documento de identidade de algum país da União Européia falsificado, e os que obtiveram a cidadania austríaca. Preten-de-se analisar as motivações e expectativas dos emigrantes, as redes sociais existentes e que influenciam o ato de migrar ou são mobilizadas na migração e na inserção no país-destino e as diferentes memórias acerca das experiências de trabalho e vida fora do país. Para o desenvolvimento das investigações estão sendo interpretadas narrativas de migrantes retornados. PALAVRA CHAVE: Migração internacional, trabalho, memórias. _______________________________________

A CIDADE ESQUECIDA – MEMÓRIAS ACERCA DA CIDADE DE GUAÍRA.

Diego Adriano do Prado (UNIOESTE)

Esta pesquisa busca investigar as dinâmicas e lugares sociais constituídos na cidade de Guaíra, situada no extremo oeste do Paraná, por meio de memórias de pessoas que se relacionaram de alguma forma com a cidade entre os anos 1960 e 80. Para o trabalho tomaremos como fontes fotografias, narrativas orais, cartões postais e periódicos relaciona-dos à cidade no período anterior ao “boom” turístico dos anos 1980. Trata-se de um trabalho de pesquisa com moradores contemporâneos à época que antecede o alagamento dos saltos de Sete Quedas em função da formação do reservatório do lago de Itaipu em 1982. A partir do seu alagamento, Sete Quedas, de ponto turístico, viria também a se tornar “marco de memória”. No entanto, relatos de pessoas que viviam na cidade antes do alagamento pare-cem indicar que ela não representava tanta importância quanto à atribuída pela historiografia e por memorialistas. Mesmo assim, o alagamento passa a ser marco fundante, e tomado

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como ponto inicial em vários trabalhos, acadêmicos ou não. Considerando que história da cidade ainda é tratada de forma unilateral, e que muito do que foi produzido até agora vislumbra o passado de forma homogênea, a presente pesquisa visa contrapor tais perspecti-vas acima apontadas, possibilitando assim repensar outros processos e dinâmicas constituti-vas geralmente desprezadas por esse conjunto historiográfico e memorialístico. PALAVRAS-CHAVE: Memória; Guaíra; Sete-Quedas _______________________________________

A REVISTA VEJA E AS “GRANDES OBRAS” DA DITADURA MILITAR BRASILEIRA (1968/1975)

Edina Rautenberg (UNIOESTE)

A comunicação procura apresentar algumas discussões obtidas através de trabalho de iniciação científica (PIBIC/UNIOESTE/CNPq) atual, procurando caracterizar o posicionamento político-partidário da revista semanal Veja, a respeito das “grandes obras” realizadas pelo governo militar brasileiro durante o chamado milagre econômico, como as usinas hidroelétri-cas, a ponte Rio-Niterói, e a Transamazônica. Partindo do recorte temporal de 1968 a 1975, percebeu-se que a revista deu bastante atenção aos “grandes” projetos militares, por estes caracterizarem-se como contribuintes do desenvolvimento econômico e como “provas” de que o Brasil estaria se modernizando. Percebeu-se também que Veja procurou dar ênfase à atuação e participação das empresas construtoras destas obras, culpando-as pelos atrasos e problemas ocorridos como desabamentos, e, ao mesmo tempo, defendendo-as frente a uma situação precária propiciada pelo governo militar. Neste sentido, consideramos importante demonstrar também o papel das empreiteiras quando da discussão destas obras. Apresen-tando o posicionamento discursivo de Veja em relação às empreiteiras e as “grandes obras” do governo militar, procuraremos demonstrar o posicionamento de Veja em relação às propostas e transformações econômicas ocorridas no período de estudo e, desta forma, demonstrar o papel de Veja na criação de consensos em torno da consolidação de projetos burgueses que mais se identificavam com a linha editorial da revista. PALAVRAS-CHAVE: Revista Veja, empreiteiras, ditadura militar. _______________________________________

A REVOLTA MILITAR DE 1924, SUAS CONSEQUÊNCIAS NO OESTE DO PARANÁ E A ESTRADA DO COLONO

Edson dos Santos Dias (UNIOESTE)

A insurreição militar de 1924, debelada em Sergipe e no Amazonas, ofereceu maior resistên-cia na cidade de São Paulo. Após um breve período de ocupação da cidade, os rebelados abandonaram a capital paulista e dirigiram-se, comandados por Miguel Costa e Isidoro Dias Lopes, para Guaíra, no Oeste paranaense. A campanha militar em terras paranaenses desenvolveu-se ao longo de sete meses, em que são registrados deslocamentos freqüentes dos militares rebelados, assim como confrontos com as tropas legalistas comandadas pelo General Cândido Rondon. Sobre esse fato histórico, nos interessa sua suposta relação com a abertura da Estrada do Colono (via que atravessava o Parque Nacional do Iguaçu e permitia a ligação do Oeste e Sudoeste paranaense até o seu fechamento por ordem da Justiça, em 1986). É recorrente, nos diversos materiais de divulgação do grupo favorável a reabertura da Estrada do Colono, a versão de que essa estrada é mais antiga que o próprio parque, tendo sua formação inicial na passagem da Coluna Gaúcha pelo Oeste do Paraná. Nota-se que esse argumento não deve ser considerado apenas como uma “curiosidade histórica”, pois foi utilizado no processo jurídico que envolve a estrada como uma das justificativas que dariam legitimidade à permanência da abertura do referido trecho. Essa informação também passou

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a ser reproduzida de maneira recorrente em diversos artigos publicados na imprensa local ou em trabalhos acadêmicos como algo definitivo, sem margem para dúvidas. PALAVRAS-CHAVE: Estrada do Colono; Parque Nacional do Iguaçu; Coluna Prestes. _______________________________________

REFLEXÕES SOBRE A MÚSICA COMO MEDIADOR CULTURAL NA PERSPECTIVA DA PRODUÇÃO DO CONHECIMENTO EM SALA DE AULA.

Erica da Silva Xavier (UEL)

Uma questão amplamente discutida no ensino de história diz respeito ao entendimento de como o aluno apreende o conhecimento que está a sua volta. O debate sobre o papel da escola na produção do conhecimento histórico ganha escopo quando na década de 1980 vários autores, como André Chervel, passam a criticar a noção da escola como uma simples reprodutora do conhecimento acadêmico, e nos traz a reflexão sobre o “saber escolar”, no qual a escola também produz conhecimento histórico. Esse saber não é de fato nem superior nem inferior ao acadêmico, apenas diferente, e negar a sua existência é ignorar a sua influência cultural e social. Nesta abordagem, identificamos na música um eficaz potencial nesta tarefa de mediação cultural entre professor, aluno e novos conhecimentos. Nesta perspectiva entender como a música vem sendo estruturada como fonte histórica é funda-mental. Esta relação que tentamos fazer aqui entre a música e o ensino busca criar alternati-vas metodológicas para fugir de uma idéia de História linear e cronológica, e propiciar um entendimento no qual o aluno possa entender que a História é feita de continuidades e rupturas, o que facilitará a compreensão das simultaneidades dos acontecimentos históricos. PALAVRAS - CHAVE: ensino de história, música, produção do conhecimento. _______________________________________

O OESTE DO PARANÁ NO OLHAR DO VIAJANTE NO SÉCULO XIX

Fabiana Marreto Secariolo (UNIOESTE)

A presente comunicação tem por objetivo apresentar os relatos de viagem referentes ao Oeste do Paraná , realizadas pelo capitão Nestor Borba as Sete Quedas período de 1876, cujo objetivo era chegar às fronteiras do oeste paranaense, realizar medições para a construção de uma ponte férrea metálica para transpor o rio Paraná rumo ao Mato Grosso. Os outros dois relatos descrevem a viagem do General José Cândido da Silva Muricy. Um descreve a viagem a Colônia Militar da Foz do Igassu (que originou a cidade de Foz do Iguaçu, no extremo oeste do Paraná) em 1892. O outro relato é sobre a viagem intitulada “Viagem ao País dos Jesuítas” na região de Vila Rica (hoje município de Fênix) em 1896. Tinha por objetivo empreender pesquisas, realizar buscas por minérios e pedras preciosas nas reduções jesuíticas. O que se pretende é realizar um estudo que vise adentrar não somente as narrativas de viagem do capitão Nestor Borba e José Candido Muricy, mas também o universo cultural de seus autores, pois as narrativas de viagem fazem parte de uma memória que se materializou em relatos. Esses relatos trazem ao historiador um legado de questões sobre a região do oeste paranaense, o tema consiste no objetivo de compreender as especificidades de um lugar até então desconhecido pelos órgãos governamentais. Porém visa analisar como estes escritos nos ajudam a pensar a História do Paraná mais especificamente na região Oeste. PALAVRAS-CHAVE: Relatos de Viagem,Viajante e Oeste do Paraná . _______________________________________

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O GENOCÍDIO JUDAICO NA SEGUNDA GUERRA MUNDIAL E AS IDÉIAS MODERNAS.

Fernanda Charis Cassiano (UEL)

O Genocídio Judaico na Segunda guerra Mundial, vem sendo discutido em diferentes aspec-tos, já demonizaram os alemães, já escreveram sobre um grande jogo de interesses por detrás dessa história, com o propósito da criação do Estado de Israel. Foi falado sobre questões econômicas e até sobre uma conspiração judaica contra o resto do mundo. Muitos sobreviventes já contaram suas histórias e muitos filmes já foram produzidos. No entanto, pouco foi dito sobre as idéias modernas que auxiliaram na perpetração dos assassinatos. Teria sido o Holocausto uma doença no percurso da civilização, ou um filho legítimo dessa. Essa pesquisa tem por objetivo discutir as idéias colocadas, bem como entender que moder-nidade e progresso não são sinônimos de civilização, e que o homem não se tornou mais humano com a modernidade, pois ainda habita espaços da barbárie. PALAVRAS-CHAVE: Genocídio Judaico na Segunda Guerra Mundial, Modernidade, progres-so. _______________________________________

ENTRE PSIQUIATRAS E ALIENADOS: A QUESTÃO DO GENERO NO FIM DO SÉCULO XIX

Fernando José Ciello (UNIOESTE)

O presente artigo pretende entender de que maneira o comportamento da psiquiatria no fim do século XIX e início do século XX contribuiu para o desenvolvimento de um sistema médico-legal classificatório relativamente aos padrões de gênero envolvidos no corpo social. Neste contexto a discussão amplia-se no sentido de discutir como a relação de poder existen-te entre o Psiquiatra – com autoridade institucional e social – e o Alienado – passível de análise e confinamento na grande maioria dos casos – se deu no período considerado. A medicina típica do século XIX – minuciosa no conhecimento dos detalhes que levavam eventualmente à doença; e socialmente autorizada a ensinar a higiene e a moral – contribuiu sobremaneira na determinação de trajetórias diversas. Os destinos sociais dos indivíduos emaranhados nas discussões de modernização fomentadas no período em questão culmina-ram com a complexificação do sistema social relativamente ao tratamento dos desviantes sociais, que muitas vezes tiveram suas trajetórias vinculadas com a existência dos manicô-mios, cadeias e afins. Fossem as mulheres que não se encontravam propriamente adequa-das ao seu papel feminino – seja ele de mãe ou governanta do lar; fossem os homens – quando não davam provas de sua masculinidade ou sua vida de bons trabalhadores – todos estiveram sob os olhares da sociedade para que vivessem suas vidas dentro de uma econo-mia de coisas bem administradas e levadas ao máximo de sua utilidade social. O presente trabalho é fruto de projeto de pesquisa de iniciação cientifica ainda em desenvolvimento que propõe discutir as relações de gênero historicamente construídas para homens e mulheres e as experiências no campo psiquiátrico. PALAVRAS-CHAVE: Saber psiquiátrico; Loucura; Gênero. _______________________________________

LOUCURA E MEMÓRIA: “REPRESENTAÇÕES DA LOUCURA” E SUA INSTITUCIONALIZAÇÃO NA CIDADE DE MARECHAL CÂNDIDO RONDON / PR

Franciele Araújo (UNIOESTE)

Este trabalho apresenta uma breve discussão sobre as representações da “loucura” e sua institucionalização na cidade de Marechal Cândido Rondon, localizada na região oeste do Paraná. Considerando a existência de um hospital psiquiátrico nesta cidade – o Hospital

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Filadélfia – procurei inicialmente historicizar o processo de sua implantação para, a seguir, buscar compreender as relações de poder existentes dentro e fora do hospital, seja nas relações “louco” versus equipe médica, ou “louco” versus sociedade local. Para elucidar tal problemática trabalhei com história oral entrevistando dois internos do Hospital Filadélfia, um médico e duas assistentes sociais, além de utilizar documentos administrativos do hospital e outras fontes impressas. Para analisar estas fontes utilizei como principal referencial teórico a obra de Michel Foucault. A análise das fontes balizada pela bibliografia de referência eviden-ciou as práticas discursivas que definem a instituição e sua atuação em relação aos internos, práticas em tudo coadunadas com outras evidenciadas em inúmeras pesquisas sobre instituições psiquiátricas. Por outro lado foi possível evidenciar algumas das representações que circunscrevem o “mundo da loucura” na cidade de Marechal Cândido Rondon, tornando perceptível como as relações nas quais os sujeitos estão imersos, numa determinada socie-dade, para além de seu próprio sofrimento psíquico, são elementos importantes para definir a condição de interno em um hospital psiquiátrico. PALAVRAS – CHAVE: loucura, cidade, poder, hospital psiquiátrico. _______________________________________

TRABALHADORES DE OLARIA EM NOVA SANTA ROSA

Geceli Seidler (UNIOESTE) Nova Santa Rosa é um município onde há um grande número de Cerâmicas (indústrias de fabricação de tijolos e telhas), são em torno de 10 espalhadas pelo município. A pesquisa que está sendo desenvolvida procura investigar as identidades dos oleiros, sendo o espaço geográfico de pesquisa a sede do município e o distrito de Planalto do Oeste. O objetivo é entender quem é esse trabalhador, como ele vê seu oficio, como vê a sociedade na qual está inserido. Entender a relação do trabalhador com a sociedade que busca afasta-lo do espaço de convivência da cidade, e de que forma os trabalhadores se reúnem e vão negociar com o patrão o aumento do seu salário, ou quando chegam ao serviço e não encontram condições de trabalho e todos decidem ir para casa, sem prejuízo do salário; as lutas individuais são identificadas, entre outras, nas faltas, quando há necessidade de bastante produção de tijolos e na questão da migração. Estas são observações iniciais, uma vez que a pesquisa está em andamento. PALAVRAS-CHAVE: Trabalho, identidade, migração _______________________________________

O PROCESSO DE ABERTURA POLÍTICA SOBRE A ÓTICA LIBERAL DE VEJA (1974-1979).

Gervasio Cezar Junior (UNIOESTE)

Este trabalho buscou analisar o período em que o general Ernesto Geisel governou o país, 1974 a 1979, sob um regime ditatorial civil-militar, pois a política dos militares, naquele momento, não pode ser dissociada da burguesia empresarial brasileira. A revista Veja é compreendida como agente social e político disseminador de seus ideais, capaz de opinar e direcionar certos acontecimentos de seu interesse, a partir da compreensão gramsciniana da revista como “aparelho privado de hegemonia”, propagador da ideologia de uma determinada classe, e como a própria revista Veja se posicionou em prol de um determinado projeto hegemônico. A analise se concentrou desde a crise do chamado “milagre econômico”, que corresponde ao inicio do governo Geisel, buscando entender até em que medidas essa e outras demais crises auxiliaram para o processo de redemocratização. Entendendo esta primeira etapa passamos para uma segunda que corresponde a arena política eleitoral que ficou caracterizada pela derrota do partido de situação (ARENA), para o partido de oposição (MDB), nas eleições municipais de 1974, e posteriormente o fechamento do Congresso e as instalações dos “pacotes” criados para auxiliar a vitória arenista nas eleições seguintes. E por

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último, a analise se pautou em tentar compreender como ficou montado o cenário brasileiro a partir das perspectivas criadas em torno da propaganda de distensão política “lenta, gradual e segura”. PALAVRAS-CHAVE: Ditadura civil-militar, Revista Veja, Hegemonia. _______________________________________ ANÁLISE NA PERSPECTIVA GEOGRÁFICA DO PROGRAMA CULTIVANDO ÁGUA BOA

Gesiel de Souza Guimarães (UNIOESTE)

A presente pesquisa busca analisar o Programa Cultivando Água Boa na perspectiva geográ-fica, e a entender as ações governamentais que propiciam a integração entre os municípios. Desenvolvido no ano de 2003 pela Usina Hidrelétrica de Itaipu, o Programa cultivando Água Boa é um programa ambiental que visa estabelecer a qualidade da água do Lago de Itaipu e nas microbacias do Prata III, que o formam. A área de abrangência do Programa Cultivando Água Boa é de 7.851km², sendo 28 município do Oeste do Paraná e Mundo Novo-MS, com uma população de mais de 900 mil habitantes. O Programa Cultivando Água Boa possui subprogramas que visam à qualificação de jovens e adultos em algumas áreas do setor produtivo e auto sustentável, na conscientização ambiental e proporcionando o desenvolvi-mento regional. Inserido numa região aonde os três setores da economia vem se desenvol-vendo, planos/projetos são elaborados a nível municipal e regional, visando a integração dos municípios nos seus distintos aspectos levando-os ao desenvolvimento. No setor primário tem-se a grande produção de grãos, no setor secundário a expansão das agroindústrias, e no setor terciário tem-se o crescente comercio regional e as atividades turísticas que vão desde o Parque Nacional do Iguaçu até o Parque Nacional de Ilha Grande. PALAVRAS CHAVE: Itaipu, Programa Cultivando Água Boa, Desenvolvimento. _______________________________________

A MERCADORIA SEGUNDO KARL MARX.

Gustavo Soares de Lima (UNIOESTE).

Este trabalho visa, a grosso modo, contribuir para o debate acerca da atualidade do pensa-mento marxista, analisando o conceito de “mercadoria” por Karl Marx no livro O Capital. Fazemos este estudo em contraponto à afirmações realizadas por diversos movimentos sociais, fóruns e Partidos políticos nos tempos contemporâneos. Observamos que a esquerda encontra-se fragmentada em inúmeras vertentes, mas atualmente, há uma quase convergên-cia acerca de afirmações como “a educação não é mercadoria”, “o trabalho não é mercadori-a”, “a saúde não é mercadoria” e etc. Contudo, o que nos diz Marx sobre Mercadoria? Para Marx, no sistema capitalista, a força de trabalho é mercadoria. Aí está o elemento essencial da análise de Marx para definir que a sociedade é baseada na Luta de Classes, ou seja, a partir da própria troca de mercadorias, onde se dá a exploração do homem pelo homem. A partir disto percebemos, que há nas formulações citadas, uma confusão que pode alterar o sentido compreensível dos trabalhadores de que sua força de trabalho não deve ser explora-da. Não temos a intenção de julgar as afirmações sobre a relação entre trabalho e mercadoria como certas ou erradas, e nem configurar como ilegítimas as bandeiras levantadas por estes movimentos, mas temos o intuíto tão somente de clarificar a análise de Marx, e sobretudo abrir um debate necessário para o campo da História, que entrou neste século XXI deparan-do-se com boa parte das mesmas questões do século XX: crises financeiras, guerras, e resistência de povos inteiros ao julgo do sistema capitalista. PALAVRAS-CHAVE: Mercadoria, Karl Marx, O Capital. _______________________________________

“CONHECIMENTO ABRE CUCA, ORIGEM É A BUSCA, O RAP ORIENTA,

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O HIP HOP EDUCA”

Iolanda Macedo (UNIOESTE) O Movimento hip hop tomou proporções extremamente expressivas no Brasil nos últi-mos anos, ocupando cada dia mais espaço na mídia. Além disso, possivelmente ne-nhuma outra corrente da música, dança ou poesia significa tanto para os jovens, so-bretudo os das periferias brasileiras, como o movimento hip hop, principalmente o rap. As manifestações deste movimento oferecem uma possibilidade de voz a esses jo-vens, e essa voz, que emerge do anonimato, transmite o grito dessas pessoas que vivem a margem da sociedade em forma de poesia, e que nasce de suas próprias ex-periências, das relações cotidianas, da realidade que convive com a violência, a desi-gualdade e o racismo. Neste sentido, é imprescindível considerar que este movimento produz uma representação étnica extremamente conflitante com a representação do negro no Brasil que é discutida nas escolas, pautada nos livros didáticos, que na maio-ria das vezes desconsidera o negro considerado escravo como sujeito social, autôno-mo e que resistiu a condição cativa, assim como em nosso dias o racismo ainda é pre-sente, relacionado geralmente a sentimentos compassivos. Neste sentido, este artigo pretende fazer uma discussão sobre a possibilidade de pesquisar esta representação do negro no movimento hip hop, enquanto uma forma de conhecimento, como estes negros sendo protagonistas de suas histórias e memórias, e em que medida este co-nhecimento pode ser considerado como tal. PALAVRAS-CHAVE: Hip Hop; Conhecimento; Afro-descendente.

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A QUESTÃO DO PODER HEGEMÔNICO NA HISTÓRIA DE TOLEDO

Ivanor Mann de Souza A História do Município de Toledo, no Oeste paranaense, se inicia com a chegada dos colonizadores da empresa MARIPÁ. Estes desenvolveram nesta cidade diferentes modos de ocupação as margens do rio Toledo. Ocupação paradoxal nas duas margens do rio, pois do lado direito houve um desenvolvimento planejado, enquanto que na margem esquerda houve uma ocupação de forma aleatória. Urbanização estranha ao projeto de desenvolvimento do município, diante de todas as preocupações apresentadas com os primeiros colonizadores da cidade. Representações sustentadas pelo poder público que se estruturaram na cidade de Toledo, representações desenvolvidas pelas forças hegemônicas que agregavam esse poder. PALAVRAS CHAVE: Colonizadora MARIPÁ, História de Toledo, Poder Hegemônico. _______________________________________

DA PESTE À AIDS: UMA ANÁLISE DO FILME “NAVIGATOR – UMA ODISSÉIA NO TEMPO”. (VINCENT WARD, 1988.)

Jefferson Luis Ribas de Oliveira (UNIOESTE)

Este projeto de pesquisa tem como interesse estudar as representações e o imaginário da AIDS que estão contidas na produção cinematográfica neozelandesa “Navigator – Uma Odisséia no Tempo” (Navigator – A Medieval Odissey, 1988) de Vincent Ward. Este filme, uma narrativa de aventura sobre uma viagem no tempo com uma grande atmosfera pop, demonstra nas entrelinhas uma visão bastante intrigante sobre a doença que marcou a década de 1980, a AIDS. Ainda que no seu “visível” a mensagem passe despercebida, já que sua história relaciona-se com a Peste Negra da Idade Média, analisando-o mais ao fundo, percebe-se neste filme a idéia da AIDS tomada de forma oculta, de forma imaginária, tornan-do intrigante a imagem que seu autor quis passar sobre a doença, um dos grandes medos daquele período. Este projeto de pesquisa tem por interesse interpretar esta obra pelo viés da

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História Cultural, articulando a relação Cinema e História com o estudo da representação social das doenças. PALAVRAS-CHAVE: História, Cinema, AIDS. _______________________________________

DIAS DE LUTA: O ROCK NACIONAL DOS ANOS 80

João Paulo de Souza Miglioli (UNIOESTE) O presente trabalho tem por intuito problematizar o rock nacional no período dos anos 80 e inicio dos 90, e dialogar com as diversas leituras apresentadas a esse respeito, não somente na grande mídia, mas também em trabalhos acadêmicos e outras produções como, livros, discos, artigo, etc. Pude perceber assim algumas tentativas de forjar um determinado modelo de musica, tentando em alguma medida formatar o trabalho de algumas bandas musicais da década de oitenta de forma a apresentar suas produções musicais a partir de um viés “político”, apresentando essas composições como sua principal característica, ou compara-las a músicos das décadas anteriores, 60 e 70, pois suas preocupações são outras, estão vivendo realidades distintas, então tentar cobrar desses jovens um posicionamento igual aos dos anos anteriores também tentam impor um estereotipo de musica. Não podemos descon-siderar que os jovens componentes dessas bandas poderiam estar preocupados com os rumos que iriam tomar o país, pois o processo de reabertura política era algo que estava presente nas suas vidas. Entretanto direcionar a produção dessa musica a uma leitura política é simplista e reducionista, e não dá conta de pensar as questões abordadas na produção das diferentes bandas da década de 80 e 90. PALAVRAS CHAVE: Rock, Juventude, História _______________________________________ ESTUDO DO FILME “VEM DANÇAR” SOB A PERSPECTIVA DA ANÁLISE DO DISCURSO

BUSCANDO VERIFICAR AS IMAGENS CONSTRUÍDAS DE PROFESSOR, ALUNO E ESCOLA.

Job Lopes (PIC/V CNPq)

Este estudo pretende desenvolver uma análise do filme Vem Dançar sob o viés da análise do discurso de linha francesa, buscando verificar as representações construídas do professor, dos alunos e da escola. Uma das causas que justificam a pesquisa é à busca da compreen-são do motivo de construção de imagem do professor, que “voluntariamente”, se propõe, através da dança, a ensinar valores e ética para adolescentes infratores, procurando mudar suas condutas. Além disso, têm-se o objetivo de analisar alunos com dificuldades sócio-educacionais, inseridos em distintos problemas familiares. Busca-se ainda, verificar que representação se faz da escola frente a essa situação. O objetivo geral desse estudo é fazer uma análise discursiva das representações que o longa-metragem constrói sobre os elemen-tos do método ensino-aprendizagem, professor/aluno/escola. A metodologia usada para a pesquisa está inserida na perspectiva prevista pela análise dos discurso, ou seja, unindo texto e contexto. PALAVRAS-CHAVE: Análise do Discurso; Ensino-aprendizagem, Filme Vem Dançar

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DISPUTAS E TEMPORALIDADES NAS MEMÓRIAS: REASSENTAMENTO SÃO FRANCISCO DE ASSIS

Jorge Pagliarini Junior (UNIOESTE)

Nas histórias de moradores deslocados de seu território quando da construção de uma usina hidrelétrica, encontramos caminhos pra dialogarmos com história regional contemporânea. Nas reflexões sobre as memórias dos habitantes do Reassentamento São Francisco de Assis, formado por cerca de 365 famílias deslocadas da região Sudoeste do Paraná temos a oportunidade de problematizar a atuação do governo e organização de movimento social formado pelos atingidos da hidrelétrica de Salto Caxias. Isso nos desafia diante da interpreta-ção de um universo de significados que dialogam com a vida antes das agitações e os viveres de agora, organizados no novo território, este formado para além das fronteiras do reassen-tamento, nas cidades de Corbélia e Cascavel. Um entre- lugares formado por temporalidades. A este cotidiano nosso olhar busca uma abordagem dialógica, ao lidarmos com histórias de vida, utilizando-nos de entrevistas com moradores reassentados e moradores que os “rece-bem”, na cidade de Corbélia. Em meio a confusões entre reassentamento e assentamento, diante da proposta de se chamar agora o reassentamento de Colônia São Francisco de Assis, e ainda, nos divergentes posicionamentos sobre a utilização do lago do reassentamento por pessoas que não são dali, questões de identidades ganham destaque em nossas reflexões. PALAVRAS-CHAVE: reassentamento, memória, identidades. _______________________________________

A POPULAÇÃO NEGRA NO MUNICÍPIO DE MARECHAL CÂNDIDO RONDON: TRABALHO E PERSEVERANÇA

José Edione Pereira da Silva (UNIOESTE)

Propõe-se com esta pesquisa investigar a trajetória da população negra no município de Marechal Cândido Rondon, explicitando a partir de entrevistas de moradores descendentes do povo negro desta localidade, bem como mediante análise de informações históricas de documentos e obras que referem sobre a inserção social produtiva desta população. Segundo relatos de entrevistados, alguns apontam que, logo após o período da emancipação adminis-trativa do município – 1960 – descendentes do povo negro, embora em pequeno número, trabalhavam nas atividades de desmatamento local. Todavia, esta população passa a aumentar, entre os anos de 1970/80, com a necessidade de mão-de-obra no manejo de carregamento das sacarias de grãos agrícolas, com a contratação dos chamados ensacado-res para trabalhar na Cooperativa Agrícola Mista Rondon Ltda – COPAGRIL. Assim, da trajetória de inserção social produtiva da população negra no município de Marechal Cândido Rondon, dar-se-á ênfase ao estudo de experiências de trabalho dos ensacadores da COPA-GRIL PALAVRAS – CHAVE: Negro,Trabalho, Ensacador _______________________________________

TEKOA ANHETETE SOB O OLHAR GUARANI

Jovane Gonçalves dos Santos (UNIOESTE) A construção da Hidroelétrica de Itaipu no curso do Rio Paraná afetou diretamente os habi-tantes deste entorno, sobretudo os índios guarani -do subgrupo Nhandéva e Mbya- que, segundo bibliografias, tem ancestrais ocupando essa região -oeste do então estado do Paraná- desde antes do inicio da sua colonização. Os fatos que decorrem da edificação desta usina levará estes grupos a terem seu território reduzido a uma estreita faixa de terra no

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município de São Miguel do Iguaçu –a aldeia Ocoy-. Com menos de 240ha e com mais de 700 habitantes –passíveis de conflitos entre si- este território, rapidamente, torna-se insufici-ente, sendo que depois de muita pressão exercida por seus habitantes o estado nacional e a hidroelétrica manifestaram-se demarcando mais uma área para a comunidade, a aldeia Tekoa Anhetete: um espaço territorial com 1744ha localizada no município de Diamante do Oeste. Com esta demarcação, os representantes do estado e da empresa binacional espera-vam que a comunidade guarani do Ocoy buscaria e aceitaria sua transferência para a nova terra, o que não acontece. Este trabalho buscará apresentar uma breve descrição dos aspectos geográficos da aldeia Tekoa Anhetete e por meio de depoimentos de seus habitan-tes, a visão que estes indígenas guarani tem sobre esta área demarcada em 1997, de onde espera-se compreender as razões pelas quais a maior parte da comunidade do Ocoy –contrariando as expectativas dos outros sujeitos- recusou-se, e ainda se nega, a migrar para a “nova” terra. PALAVRAS-CHAVE: Guarani, Terra, Anhetete _______________________________________

OS TRABALHADORES EM TEMPOS MODERNOS

Karen Renata Capelesso (UNIOESTE)

A presente comunicação tem como proposta, com base nos referenciais teóricos proporcio-nados por uma História Social, analisar o filme Tempos Modernos, produzido em 1936, dirigido por Charles Chaplin, utilizando-o como fonte para a construção de conhecimento histórico no sentido de compreender as alterações dos “modos de viver” da classe trabalha-dora, isto é, suas adaptações e resistências diante de um contexto de intenso crescimento tecnológico, inserção da divisão e disciplinarização do trabalho, pressupondo assim uma precarização do trabalho e alienação do trabalhador, salientando ainda mais as desigualda-des sociais presentes na sociedade capitalista industrial. Ao utilizar o cinema como fonte na construção de conhecimento histórico, devemos levar em conta todo o significado social que ele nos traz, explorar toda a sua sensibilidade, seus limites, indagar sobre suas relações sociais, políticas e ideológicas que estão presentes em todo o seu processo de produção e no contexto em que está inserido, ou seja, o cinema não é uma mera manifestação artística no sentido da arte pela arte, nem somente uma representação da realidade, mas tem toda uma relação com a visão de mundo presente e ao analisá-lo também devemos pensar em várias questões “não-cinematográficas”, tais como o regime político em que foi produzido, quem foi o autor do filme, o porquê foi produzido desta maneira e não de outra, já que é uma escolha entre as demais. PALAVRAS-CHAVE: tempos modernos; história e cinema; trabalhadores. _______________________________________

DISPUTAS NO ORIENTE MÉDIO: A QUESTÃO DA PALESTINA

Karl Heins Ewald O Oriente Médio durante muitos séculos vem sendo palco de diversas guerras e conflitos pela posse de territórios pelos mais distintos povos que habitam ali desde a antiguidade, e nos dias atuais teve sua cobiça aumentada em função de importantes recursos naturais bem como da localização de importantes locais para as três mais antigas religiões monoteístas. Após a Diáspora os hebreus que habitavam toda a Península do Sinai vagaram errantes pelo mundo a procura de uma terra que pudesse lhes servir como nação. Enquanto isso os árabes tomaram conta e ali dominaram até a criação do Estado de Israel em 1948 que só foi possível graças a uma campanha imigratória estimulada por ricos judeus. Logo após a criação de Israel os árabes se alinharam e guerrearam contra Israel para reaver a posse das terras. Contudo entrada do poder militar dos Estados Unidos favoreceu Israel que ganhou a primeira

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das batalhas e assumiu seu papel de país soberano e independente. E desde então a intervenção americana tem sido cada vez maior apoiando-se e fazendo uso de instrumentos políticos que deveriam servir a toda a humanidade para seus próprios interesses. Busca-se através desse breve artigo reanimar a discussão e demonstrar como a influência dos ameri-canos que através da criação de Israel e de suas posições durante os processos iniciados com os tratados de paz entre israelenses e palestinos, atende as suas idéias e interesses para com o Oriente Médio. PALAVRAS CHAVE: Conflitos, Israel, Palestina _______________________________________ A LEGISLAÇÃO EM SAÚDE MENTAL (1990-2004): REVISÃO E REFLEXÕES SOBRE OS

SERVIÇOS DA ASSISTÊNCIA PSIQUIÁTRICA BRASILEIRA

Karoline Vitorino da Silva de Paula (UNIOESTE) No Brasil, a Política de Saúde Mental encontra-se num cenário de mudanças de um modelo centrado na condição restrita a hospitais e clínicas para um modelo diferenciado de atendi-mento, onde privilegiam-se tratamentos em serviços de base comunitária. Tais mudanças devem-se, em grande medida, a atuação de profissionais da área de saúde, familiares de internos e demais setores e grupos sociais que criticavam o modelo de assistência tradicional. O debate, muitas vezes público, acerca da questão antimanicomial, tornou-se catalisador da chamada Reforma Psiquiátrica, que busca romper com o saber/fazer tradicional da psiquiatria e formula a construção de um novo saber/fazer baseado em princípios ético-políticos do “doente” mental como cidadão. De acordo com Amarante (1995), a Reforma Psiquiátrica, é um processo histórico de formulação crítica e prática que tem como objetivo e estratégia o questionamento e a elaboração de propostas de transformação do modelo clássico e do paradigma da Psiquiatria. O ponto máximo da Reforma Psiquiátrica deu-se com a aprovação da Lei Federal nº 10.216/01, porém outras leis e portarias, emitidas anteriormente, já impulsi-onavam mudanças no setor da Saúde Mental. Busca-se através deste artigo fazer uma revisão e reflexões sobre a Legislação em Saúde Mental (1990-2004), dando ênfase a pontos cruciais que modificam a história da assistência psiquiátrica ao passar de um modelo hospita-locêntrico para serviços de base comunitária na Saúde Pública brasileira. PALAVRAS-CHAVE: saúde mental, legislação, assistência _______________________________________

OS IRMÃOS GRIMM NA LITERATURA ALEMÃ

Lorena Carolina Fabri (UNIOESTE)

Os irmãos Grimm, Jacob e Wilhem, nasceram em Hanau, no que seria Alemanha após a unificação do Estado alemão, em 1785 e 1786, respectivamente. Embora sua formação acadêmica seja em Direito na Universidade de Marbugo, a relevância da sua obra se situa no trabalho que desenvolvem no campo da Literatura e lingüística. Considerando, evidentemen-te, o Dicionário da Língua Alemã que elaboram, dentre uma série de estudos filológicos, aqui interessa, especificamente, mencionar sua atividade de coletores e compiladores de histórias, lendas e cantigas populares reproduzidas, até então, exclusivamente através da tradição oral. O registro escrito torna mais fácil a preservação da história tradicional de um povo. Resulta desta atividade sistematizada uma obra, cujo título em português, fica algo como Histórias para crianças e para o lar. Escritores do considerado período romântico da literatura alemã, por ser um período em que se inserem narrativas fantásticas, são coletores da tradição oral alemã, sendo nesta perspectiva as histórias antes de tudo, disciplinares, determinando comportamentos. Os Irmãos Grimm sãos responsáveis, além de escreverem o Dicionário de Língua Alemã e a coleção Volks und Haus Mserchen (Contos de Fadas para o Povo e o Lar), que apresenta características que remetem à mitologia nórdica, de contribuírem para o registro escrito da cultura alemã no século XVIII. O objetivo é discutir a relevância da tradição

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oral passada para a escrita pelos Irmãos Grimm, relevância esta, para a cultura de língua alemã. PALAVRAS-CHAVE: Irmãos Grimm, literatura alemã, tradição oral.

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CANTO ORFEÔNICO: MAIS QUE UMA PROPOSTA DE MUSICALIZAÇÃO

Luciana Pilger Vidal (UNIOESTE)

Este trabalho visa refletir sobre a complexidade do canto orfeônico, implantado nas escolas brasileiras a partir de 1931, período em que o canto além de estar presente no ambiente escolar, enquanto instrumento utilizado na formação de corações e mentes extremamente nacionalistas; deveria também fazer parte do cotidiano popular, para que fosse transformado e elevado o nível moral, cultural e espiritual da população, especialmente a massa infanto-juvenil. “As décadas de 1920, 30 e 40 apresentam-se como um tempo de crise e redefinições em vários aspectos da vida brasileira, dentre eles o campo cultural-educacional. Por meio das intervenções nesse campo esperava-se regenerar a sociedade”. (REZNIK, Luis. 1998. p. 67). A pesquisa vem sendo realizada e prosseguirá, a partir de documentos escritos e história oral. Ela também objetiva analisar as publicações e composições de canto orfeônico, estabe-lecendo possíveis relações com o poder político da época e com outras propostas de práticas de musicalização atuais. Sempre tive curiosidade em entender, sendo a música considerada uma arte tão envolvente; por que ela deixou de ser disciplina obrigatória nas escolas? Ao procurar entender se o canto orfeônico partiu dos mesmos princípios que regeram a implan-tação de métodos de ensino musical, ligados ao canto coral que foram bem sucedidos em outros países; este trabalho de pesquisa procurará identificar também as particularidades do sistema brasileiro que determinaram o seu fracasso enquanto proposta pedagógica. PALAVRAS-CHAVE: Ensino, Música, Canto Orfeônico. _______________________________________ FESTA DE SANTA RITA DE CÁSSIA. ESTUDO DE RELAÇÕES DE PODER E MIGRAÇÃO,

ATRAVÉS DE UMA FESTIVIDADE RELIGIOSA

Luciano Egidio Palagano. (UNIOESTE) A festa, objeto desta apresentação se realiza uma vez ao ano na vila de Santa Rita D’Oeste, pertencente ao município de Terra Roxa – PR. Temos como objetivo demonstrar, como através de uma festividade religiosa pode-se estudar a história local, as relações de poder intra-comunitárias, uma vez que se percebeu na pesquisa que a festividade em questão funciona como um evento catalisador da localidade. Onde as relações de poder político, econômico e religioso, que perpassam a comunidade e estão dispersas na mesma, na festa se encontram concentradas em um mesmo espaço. O objetivo da pesquisa não é estudar a festividade em si mesma, mas, estudar as relações econômicas, sociais e políticas existentes na localidade através da festa. A localidade onde se realiza a festa é um local de migrantes, e a festa tem estreita ligação com esta peculiaridade do local. É objetivo da pesquisa, através da festa estudar a formação da vila, uma vez que a festividade ocorre desde o inicio da fundação da localidade estudada. Portanto, as mudanças ocorridas na vila influenciaram a própria festa, que de certa forma reproduz a organização da vila. Sua estrutura econômica, política e religiosa, outra peculiaridade da vila estudada, é que a mesma foi durante sua história destino de dois eixos migratórios principais, no início de sua fundação com famílias oriundas principalmente do sudeste do país e norte do Paraná, e mais recentemente de famílias oriundas de cidades vizinhas como Nova Santa Rosa e Marechal Cândido Rondon. Estas migrações influenciaram e modificaram ao longo do tempo a estrutura organizacional da localidade, e assim as mesmas também influenciaram a própria festa, que pode desta

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forma servir como ponte para o estudo das modificações ocorridas ao longo do tempo na localidade. PALAVRAS CHAVE: Festividade, Migrações e Relações de Poder. _______________________________________

ACESSO E RECEPTIVIDADE DA LEGIÃO URBANA EM SANTA HELENA/PR POR JOVENS TRABALHADORES NAS DÉCADAS DE 1980 E 1990.

Lucinéia Fagnani (UNIOESTE).

Esta comunicação tem como objetivo apresentar resultados parciais da pesquisa de iniciação científica que venho realizando sobre o acesso e a recepção da música da Banda Legião Urbana por duas gerações de jovens trabalhadores da cidade de Santa Helena/PR. Tento discutir como a música dessa Banda foi acessada e recepcionada durante a década de 1980 e a década de 1990, valorizando a percepção dos entrevistados sobre o significado da música em suas vidas. Desse modo, busco encarar comparativamente a relação dessas duas gerações com a música dessa Banda como forma de identificar e entender os valores, sentidos e visões produzidos por jovens trabalhadores de tempos históricos distintos. PALAVRAS-CHAVE: Acesso, história, música. _______________________________________

A NECESSIDADE DE NACIONALIZAÇÃO DA REGIÃO DO BAIXO PARANÁ: RELATOS DE VIAJANTES SOBRE A PRESENÇA PLATINA NA REGIÃO OESTE DO PARANÁ NO

INÍCIO DO SÉCULO XX.

Luiz Eduardo Deon (UNIOESTE) Desde o inicio do século passado, muitos viajantes dispuseram-se a vir a região oeste do Paraná em busca dos famosos saltos de Santa Maria e de Sete Quedas. Chegando ao baixo Paraná, o visitante se depara com uma terra em que a presença brasileira ainda não se evidenciou. Os costumes da população em nada lembravam o Brasil, pois além do nosso idioma ser pouco usado, a moeda predominante era o peso argentino e os próprios hábitos da população chamava a atenção dos turistas. Questões como essa fazem parte dos discur-sos de viajantes como Tenente João Cabanas, Coelho Junior, Silveira Neto, Theophilo de Andrade, dentre tantos outros que chamavam a atenção das autoridades brasileiras para uma realidade que os grandes centros do país desconheciam. Analisaremos esses discursos dentro dos anseios do período e quais foram às medidas tomadas pelos governos posteriores para a identificação deste local com o resto do Brasil. PALAVRAS-CHAVE: Cotidiano, fronteira, nacionalidade. _______________________________________ CIDADE E MEMÓRIA: A CIDADE DE CASCAVEL NAS NARRATIVAS DOS MORADORES

DO JARDIM FLORESTA

Maicon Mariano (UNIOESTE)

Para este trabalho procuro investigar as memórias dos moradores da cidade de Cascavel em especifico do bairro Jardim Floresta, a partir das narrativas dos moradores desde a sua constituição. O propósito é discutir os processos sociais na constituição do bairro, bem como as práticas socioculturais vividas nos conflitos da cidade e bairro. O Jardim Floresta localiza-se na porção norte da cidade, sendo um dos bairros mais populosos, como também, afasta-dos do centro. Suas primeiras casas foram construídas no modelo popular, edificado pela

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Companhia de Habitação do Paraná (Cohapar), em 1982. Procuro problematizar algumas versões da história oficial com objetivo de questionar a mistificação da cidade progressista, “cidade dos vencedores”. Contrapondo esta visão busco analisar as vivências dos moradores para pensar o trabalho com as reflexões da historiografia local, em torno das categorias cidade e memória. Para isso faço uso das fontes orais a pensar a constituição da memória social. No sentido de ampliar as possibilidades de diálogo com as evidências, ou seja, observar as muitas maneiras como os sujeitos constroem expectativas e visões sobre a cidade. Para, além disso, a pesquisa indaga as memórias dos moradores a constituição dos espaços públicos e outras sociabilidades. PALAVRAS-CHAVE: Cidade, Bairro Jardim Floresta, Memória. _______________________________________

OS FILHOS DO DIVÓRCIO

Márcia Ten Caten (UNIOESTE) No decorrer deste trabalho buscarei compreender e analisar, através das fontes selecionadas nos processos jurídicos da vara de família da cidade de Marechal Cândido Rondon, as solicitações dos pedidos de guarda, no período 1994 a 2006, e os discursos que elas apre-sentam. Para alencar esta problemática , Foucault e suas análises discursivas servirão de base para o estudo. Para o direito, a família sempre foi definida como aquela constituída pelo casamento. Com a Lei do divórcio de 1977, foi quebrado este princípio de indissolubilidade. “Com a Constituição de 1988, as famílias monoparentais (qualquer dos pais que viva com seus descendentes) foram consagradas oficialmente como mais uma forma de constituição de família”.(Maladano, 2006, p06). É na pluralidade de formas de constituição da família, que vem se tentando entender estas complexas relações familiares. As brigas de família, como separação, pensão alimentícia, guarda, investigação de paternidade, é o que “restou” do casamento que se torna alvo de disputa no âmbito do judiciário. A ruptura provocada pelo divórcio atinge primeiramente os filhos que, a partir deste momento, não conviverão com aquela estrutura familiar até então conhecida por eles. Sendo a guarda atribuída a um só dos pais, porém em alguns casos a guarda pode ser compartilhada. Quando estes não têm condições de criar os filhos, ou abandonam o lar ou ainda falecem, a guarda desse menor precisa ser dada a outra pessoa, neste sentido se faz necessária uma reflexão acerca do pátrio poder entre os casais divorciados e os discursos por trás dos tramites legais. PALAVRAS-CHAVE: Divórcio, Família, Discurso. _______________________________________

A TERRA E SEUS HOMENS: GRUPOS SOCIAIS E POVOAMENTO DA REGIÃO SERRANA DO RIO GRANDE DO SUL (1889-1925)

Marcio Both (UNIOESTE)

A apresentação trata de discutir o modo como se desenvolveu o processo de apropriação das terras que conformam a região serrana do Rio Grande do Sul, durante os primeiros 35 anos da República (1889-1925). O objetivo principal é visualizar esse processo a partir da análise da constituição de duas representações distintas: a do colono imigrante como um trabalhador estabilizado e morigerado e a do nacional ("brasileiro") como um indivíduo que ocupa a terra de forma provisória e não sabe tirar dela todo o potencial que tem a oferecer. PALAVRAS-CHAVE: Representação, campesinato, história agrária. _______________________________________ ASSIMILAÇÃO DE IMIGRANTES ALEMÃES EM CURITIBA: CONTRIBUIÇÕES E CONSE-

QÜÊNCIAS.

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Márcio José Pereira (UEM)

Aceitar outra cultura nunca é uma tarefa muito simples, principalmente quando há uma disparidade muito grande entre elas. A assimilação da cultura alemã no Brasil passou por vários reveses principalmente relacionados ao idioma, ao clima, a tradição agrícola e a educação. Dentre os imigrantes, os alemães foram protagonistas do primeiro fluxo imigratório sistemático que se dirigiu ao Brasil; destacam-se também pelo número de polêmicas que levantaram acerca da viabilidade de sua presença no país. Nos estados da região sul foram constituídas as maiores comunidades, onde desempenharam funções sociais, contribuíram para a diversificação do comércio, da indústria e das profissões; no Paraná a colônia mais antiga foi estabelecida em Rio Negro, no ano de 1829. Embora houvesse resistência em ambas as partes, bem ou mal os imigrantes se estabeleceram na região de Curitiba, a concentração desses indivíduos de origem teuta na capital estadual – assim como de outras origens étnicas – contribuiu para a composição de um cenário cosmopolita no município. O presente trabalho procura discutir parcialmente estas questões relativas à assimilação desses imigrantes na região de Curitiba e como o projeto de nacionalização do governo Vargas e a adesão do Brasil na Segunda Guerra Mundial ao lado dos Aliados contribuíram negativamen-te para o desenvolvimento dessas relações sociais entre alemães e brasileiros na década de 1940. PALAVRAS-CHAVE: Assimilação, alemães, Curitiba. _______________________________________

POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A EDUCAÇÃO NO BRASIL CONTEMPORÂNEO

Maria José Castelano (UNIOESTE)

Apresentaremos, nesta comunicação, uma análise parcial da nossa pesquisa em curso “Políticas Públicas para a Educação no Brasil Contemporâneo”. Trata-se de um estudo das políticas públicas educacionais sistematizadas e implementadas a partir de meados da década de 1990, assim como uma revisão historiográfica sobre as mesmas e suas influenci-as, sobretudo, para o ensino de História. Procedemos ao estudo da legislação educacional, que é tomada aqui enquanto documento histórico elaborado a partir de uma representação histórica, constituída a partir de um consenso resultante de lutas travadas pelos vários grupos da sociedade civil. A análise dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) revela um discurso que visa a promoção e a adaptação dos sujeitos (cidadãos) à sociabilidade da nova ordem mundial capitalista. São fontes de nosso estudo, também, os debates estabelecidos entre intelectuais e educadores sobre as recentes reformas educacionais publicadas na Revista Educação & Sociedade. As reformas operacionalizadas pelos governos das últimas décadas refletem as tendências do processo de globalização e as limitações no cenário mundial à prolongação da atual forma societária, reforçada pela derrocada das experiências socialistas. Esse movimento de retração ideológica pode ser notado nas várias mídias, nos partidos políticos, nos movimentos sociais, etc. Assim, com o futuro ausente, os indivíduos não são sensibilizados para as grandes lutas da humanidade, limitando-se às lutas cotidianas particulares. PALAVRAS-CHAVE: políticas públicas; ensino de História; reformas educacionais. _______________________________________

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CEMITÉRIO MUNICIPAL SÃO JOSÉ: LAÇOS ENTRE MEMÓRIA, PRÁTICAS IDENTITÁRIAS E REPRESENTAÇÕES SOCIAIS

Maristela Carneiro (UEPG e UNICENTRO)

Este trabalho busca perceber de que maneira as relações sociais, religiosas e culturais, de um modo geral, são expressas na distribuição espacial do Cemitério Municipal São José e como são demonstradas nos ícones contidos nos túmulos do mesmo, desde a sua instituição na cidade de Ponta Grossa, no ano de 1881, até os nossos dias. Para a realização desta pesquisa, procedemos o levantamento fotográfico e quantitativo dos dados cemiteriais, processados em Sistemas de Informações Geográficas, cuja finalidade é a integração e a transformação de dados espaciais, ou seja, descrição quantitativa e qualitativa dos fenôme-nos ocorridos no “mundo real”. A agregação aos dados de valores intelectuais e subjetivos transforma os mesmos em informações, processo este reflexivo e fundamental para a intervenção no meio social. Consideramos as discussões pertinentes à memória, às práticas identitárias e às representações sociais, convergentes no espaço urbano e, dessa forma, constatamos que a referida necrópole é um espaço de múltipla representação simbólica, com o potencial informativo acerca das identidades do meio social ponta-grossense no qual está inserido, para a preservação da memória dos mortos, bem como dos contextos nos quais estavam inseridos enquanto vivos. Ao olharmos para as representações edificadas, além dos muros e do concreto do Cemitério Municipal São José, abre-se a possibilidade de observar-mos as formas através das quais diferentes informações transitam e se influenciam neste espaço. Com efeito, verificamos múltiplas vozes ao se tratar da temática cemiterial: tensões urbanas vivenciadas de forma fragmentada e diversificada, relacionadas ao espaço e aos jogos de memórias e experiências, bem como complexidade social na construção e legitima-ção de uma determinada perspectiva de cidade. PALAVRAS-CHAVE: Cemitério, Práticas Identitárias e Representações Sociais. _______________________________________

HENFIL - CRÍTICAS À DITADURA COM BOM HUMOR

Martha de Azevedo Piloto (UNIOESTE)

Em 1964 o Brasil sofreu um golpe militar se dizendo lutar para proteger a nação brasileira contra o expansionismo comunista. Na pratica essa proteção era à base de muita violência, morte e torturas. Depois de alguns anos de regime militar, em 1977 com Geisel no Poder o discurso militar era voltado pra a abertura política de forma gradual. O ano de 1977 é marca-do também por ser o ano em que surge a revista Isto É. Já na 11° edição, surge uma nova sessão onde o Henfil (Henrique de Souza Filho), escritor e cartunista, mostrava o seu posi-cionamento contrario ao governo militar, não só brasileiro como em toda a América Latina. O meu objeto de pesquisa é justamente esse, sua carreira dentro da revista Isto É, onde fez críticas a repressão em forma de cartas para a sua mãe, como se o leitor fosse parte de sua família, um intimo seu. Para que essa análise seja possível, vou trabalhar com uma bibliogra-fia voltada para o período militar e analisar as charges e as “Cartas da Mãe” contidas na revista. PALAVRAS CHAVE: Ditadura Militar, Isto É, Henfil _______________________________________

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DA CRISE DO ESTADO NOVO AO GOLPE DE 64: INTEGRAÇÃO E OPÇÕES DE DESENVOLVIMENTO

Maurício Dezordi (UNIOESTE)

O tema da integração, apesar de amplo, pode ser discutido em diversas perspectivas ou abordagem, e relacionados aos processos históricos. Desse modo, dentro da limitação proposta no trabalho, pretendo discutir o contexto histórico e latino-americano nas décadas de 1950 e 60, na perspectiva do processo de integração na América Latina. Primeiramente a integração precisa ser entendida como um projeto governamental, mas voltado beneficamen-te às empresas nacionais ou instaladas nos países, que dependiam do comércio local e regional, centradas nas exportações. O processo de industrialização era necessário para a diversificação das exportações e para superar a dependência do setor agrário-exportador. Raul Prebisch, diretor da CEPAL, nos início dos anos 60 apontava a integração como cami-nho para a superação dos problemas de desenvolvimento econômico na América Latina, sendo a industrialização e a reforma agrária prioridades para execução deste projeto. Todavi-a, as relações entre as classes dominantes, os governos e a sociedade, além de contraditó-rias, iam muito além de um processo de industrialização e do projeto desenvolvimentista e envolviam outros interesses, além, é claro, da influência do capital externo, principalmente o de origem norte-americano, que se mostrará muito evidente durante o governo Kubitschek e após o golpe de estado de1964, que estabeleceu um novo rumo ao desenvolvimento nacio-nal. PALAVRAS-CHAVE: Integração, desenvolvimento, estado. _______________________________________

CIDADE E TURISMO NA CHAMADA COSTA OESTE

Mauro Cezar Vaz de Camargo Junior (UNIOESTE)

A comunicação visa discutir trabalho de conclusão de curso em andamento, que consiste em estudar as políticas de turismo na chamada Costa Oeste. Apesar das constantes mudanças de nome e perspectivas, estas políticas tentam criar uma unidade regional, assim como uma idéia de identidade comum. Estes projetos surgem depois do alagamento causado pela barragem da Itaipu e são propagados como uma opção econômica e uma forma de compen-sação para as cidades lindeiras ao lago. O projeto se propõe a analisar o material de divulga-ção do turismo, que se caracteriza como um dos maiores instrumentos desse ramo comercial e que cria e comercializa paisagens, inventa patrimônios e transforma o espaço urbano destas pequenas cidades. Um aprofundamento destas questões se dá através da análise dessas políticas de turismo na cidade de Itaipulândia, uma das mais afetadas pelo alagamen-to e onde os investimentos em turismo são mais arrojados. A proposta é analisar o discurso da compensação e os impactos desses projetos de turismo na configuração urbana, no mercado imobiliário, na construção de determinadas memórias e identidades locais e, também, de que forma essas questões são percebidas e vivenciadas pelos moradores da cidade. PALAVRAS CHAVE: Turismo, cidade, políticas públicas _______________________________________

RETIRADA DOS “SÚDITOS DO EIXO” DA FAIXA DE FRONTEIRA

Micael Alvino da Silva (UEM) Toda essência do trabalho de pesquisa proposto ao Programa de Mestrado em História, da Universidade Estadual de Maringá, por ocasião da seleção, pautou-se em uma frase-chave: a retirada dos cidadãos do Eixo da parte brasileira da tríplice fronteira. Tal frase é o título de um documento assinado pelo Delegado Regional, no ano de 1943. É a partir de então que

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originou-se a problemática, as dúvidas metodológicas, as discussões, a busca pelas fontes, etc. Neste pequeno ensaio o objetivo é abordar, de maneira bem geral, os problemas surgi-dos no momento em que se olha para a pesquisa e se percebe a necessidade de mudanças de rumos em determinados aspectos. Esse momento é resultado das primeiras orientações do professor João Fábio Bertonha, bem como a revisão de alguns pontos colocados pela banca de entrevista no momento da seleção para o ingresso no curso. Sendo assim, didati-camente organizamos em três partes: primeiro a apresentação do projeto inicial, com as preocupações fundamentadas em uma pesquisa prévia ao Arquivo Público do Paraná. Em segundo lugar explorar os acréscimos necessários à complementação das fontes, e, em terceiro lugar, as hipóteses levantadas para nortear a pesquisa. É importante ressaltar que todas as conclusões a que chegamos até o momento são parciais e limitadas. PALAVRAS-CHAVE: Tríplice Fronteira, Segunda Guerra Mundial, Cidadãos do Eixo. _______________________________________

COSTUREIRAS E ECONOMIA SOLIDÁRIA: O CASO DA COOPERATIVA DE COSTURA SANTA HELENA.

Michele Juliana Christ (UNIOESTE)

A pesquisa visa investigar as relações constituídas por costureiras articuladas em torno da cooperativa de costura Santa Helena. As cooperativas de trabalho se constituem em uma forma de organização cuja existência é possível de ser identificada, conforme os critérios , em séculos passados, a sua regulamentação e implementação enquanto regime de trabalho articulado à produção pautada em outros vínculos empregatícios, no Brasil, é um fenômeno recente, datando notadamente, da década de 1990, quando a legislação estabelecida em 1992, permitiu o emprego desse tipo de regime de trabalho em setores diversos. Este expediente tornou possível a um conjunto de trabalhadores que antes atuavam na informali-dade ou enquanto funcionários registrados vinculados a empresas passarem a atuar na produção a partir de cooperativas de trabalho, se aproximando das denominadas terceiriza-ções e propiciando a redução dos chamados, pelos empregadores, “encargos sociais”, uma vez que aquele tipo de vínculo com a produção desobriga a empresa do pagamento de uma série de impostos e direitos aos trabalhadores. Portanto, seria oportuno entender como os trabalhadores se vêem e interpretam a condição de trabalhador cooperado e é isso o que buscarei fazer ao investigar a constituição da cooperativa de trabalho ligada ao setor de confecções em Santa Helena. PALAVRAS-CHAVE: Trabalhadores; costureiras; relações de trabalho. _______________________________________

ANÁLISE DA CULTURA AFRO-DESCENDENTE NA OBRA MUSICAL DE MARTINHO DA

VILA: UM ESTUDO DE CASO.

Nelsi Teresinha Kipper (UNIOESTE) A presente comunicação tem como objetivo discutir questões relativas a identidade afro descendente nas composições e músicas de Martinho da Vila dentro da perspectiva de identificar elementos da cultura africana, e também elementos que identificam a etnia do negro. Fazer uma reflexão a respeito do ensino de história a partir da lei n° 10.639/02, que altera a lei n° 9.394/96, das diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temática “História e cultura Afro Brasileira”. Nesta perspectiva propõe-se uma discussão sobre a relevância social em trabalhar a música de Martinho da Vila, em especial as músicas que fazem parte do CD “Lusofonia”, pois as mesmas trazem presentes nas letras, na poética e no ritmo musical, muitos elementos da cultura africana, as relações sociais, os modos e costumes que temos presente em nossa

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cultura como; o carnaval, o samba, a capoeira, as danças, alimentos, etc. Que embora modificados com relação ao que eram em suas raízes, estão presentes dentro das relações sociais do povo brasileiro, principalmente daquele afro descendente. PALAVRAS CHAVE: Cultura, Música popular, Afro-descendente. _______________________________________

REGRESSANDO AO TERRITÓRIO ANCESTRAL: DIGRESSÕES SOBRE ESPACIALIDADE GUARANI E A FIXAÇÃO EM GUAÍRA

Patrícia Neves de Oliveira (UNIOESTE)

O presente estudo é fruto de reflexões produzidas na pesquisa monográfica, com o objetivo compreender questões a respeito da comunidade Guarani Tekohá-Porã no município de Guaíra, situado no Oeste Paranaense. Considerada por muitos guarani como território indígena, a cidade de Guaíra vem sendo destino de vários grupos guarani. Assim para melhor aprofundamento e desenvolvimento do assunto, se fez necessário optar por um recorte em relatar as experiências vividas pelos moradores da Aldeia Tekohá Porá, moradores estes que já habitam o lugar por mais tempo que outros indígenas. O trabalho é pautado em documen-tação escrita e oral, e busca analisar como o devido grupo kaiowoá ao retornar ao seu território ancestral, procurou intensificar através da afirmação da identidade guarani apropriar-se de novos costumes e transformações diante da sociedade nacional, fortalecendo ainda mais a coletividade, a resistência e seu “modo de ser guarani”, com o objetivo de conquistar e habitar um território que julgam ser de antepassados. Contudo, a pesquisa procurou entender através das falas dos moradores da Aldeia, como se deu o processo migratório, a espaciali-dade e a sua fixação em Guaíra. PALAVRAS - CHAVE: Identidade, Guarani, Oeste Paranaense. _______________________________________ MEMÓRIAS E EXPERIÊNCIAS DOS TRABALHADORES ACERCA DA INTRODUÇÃO DE

NOVAS TECNOLOGIAS NA FÁBRICA.

Patrícia dos Santos Pinto (UNICENTRO/UEPG). Este trabalho teve como objetivo analisar as memórias e experiências dos trabalhadores da Metalúrgica Santa Cecília na cidade de Ponta Grossa nos anos de 1990 a 2000 frente à contínua introdução de tecnologia de produção e de novos métodos gerenciais na empresa. Os escritos foram embasados no uso de fontes orais produzidas a partir da realização de entrevistas com os sujeitos pesquisados, na análise de documentos fornecidos pelo Sindicato dos Metalúrgicos de Ponta Grossa, bem como as apostilas do programa INTEGRAR e as diretrizes do Sindicato com relação à introdução de tecnologia, além de documentos do SESI analisando o panorama geral da indústria metalúrgica em Ponta Grossa. Na análise dessas diversas fontes ocorreu a discussão de como a implantação de novas tecnologias na fábrica modificou o cotidiano dos trabalhadores e como esse processo de reestruturação produtiva, seus significados e justificativas foram sentidos por eles. No trabalho de memória as vivências são analisadas e problematizadas, nelas surgem as percepções do que é ser metalúrgico e as contradições expressas nas práticas discursivas frente ao conceito de que a tecnologia traz o progresso da sociedade, progresso esse que é pregado como a única saída para a necessidade capitalista de maior produção, mas que desemprega e descaracteriza cada vez mais as profissões. PALAVRAS CHAVES: Trabalhadores, introdução de tecnologia, experiências. _______________________________________

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IMIGRAÇÃO TUTELADA, A SOCIEDADE COLONIZADORA DO BRASIL (BRATAC) E A COLÔNIA “NOVO ORIENTE”.

Paulo José Soares Filho (UEM)

A imigração japonesa no Brasil inicia-se em 1908, no início ela é espontânea e vai de até 1923. De 1924 a 1941 é o período da imigração tutelada na qual se insere nosso estudo. Entretanto nossa pesquisa inicia-se em 1929 com a criação da Sociedade Colonizadora do Brasil Ltda, observaremos a importância desta política imigratória dando enfoque na Colônia “Novo Oriente”. A Sociedade Colonizadora do Brasil dirigiu a imigração tutelada no interior paulista e criou as estruturas necessárias para vinda e permanência dos imigrantes, escolheu terrenos, incentivou e abriu empresas nos mais diversos segmentos com o intuito de melhor servir os imigrantes japoneses instalados em suas terras, forneceu apoio de prevenção na saúde e crédito bancário. A decisão de escolher um terreno para alojar os imigrantes e dar suporte para que eles construíssem de forma digna suas vidas, mostra a nova conduta do governo japonês. No início era, praticamente, só de se desfazer do excedente populacional e passa a partir desse plano colonizador a ter uma preocupação maior com o imigrante japonês. A política de imigração tutelada propicia um maior investimento em infra-estrutura para os japoneses, pois quando chegavam trabalhavam em suas terras, podiam contar com hospital, escolas e etc. Em 2008 completar-se-á o centenário da imigração japonesa no Brasil, desde que o Kasato Maru, primeiro navio que trouxe os japoneses, desembarcou no porto de Santos, em 18 de junho de 1908, eles iniciaram uma história de muita luta em terras brasileiras. PALAVRAS-CHAVE: Imigração, Tutelada, Bratac. _______________________________________

MUDANÇAS NO EMPREGO DOMÉSTICO EM MARECHAL CÂNDIDO RONDON/PR (1970 – 2005).

Raphael Almeida Dal Pai (UNIOESTE)

Este trabalho investiga as mudanças ocorridas no âmbito do emprego doméstico em Mare-chal Cândido Rondon, no período de 1970 a 2005. As fontes utilizadas são compostas de dados referentes a PNAD/IBGE, Rais (MTE), bem como bibliografia especializada e entrevis-tas com empregadas domésticas. A partir destas fontes, procuro definir o perfil do trabalho doméstico em Marechal Cândido Rondon, enfatizando a construção da identidade sobre esta modalidade de trabalho. Nesse sentido, interessa identificar e analisar as principais mudan-ças ocorridas nas relações de trabalho e na regulamentação jurídica do emprego doméstico, tendo como foco a sua intensificação e flexibilização, bem como o crescente aumento da forma de contratação diária em relação à mensalista. PALAVRAS-CHAVE: Trabalho; Precarização; Reestruturação Produtiva. _______________________________________ NO TEMPO DO CAMPO: MEMÓRIAS E EXPERIÊNCIAS DE TRABALHADORES RURAIS

EM MARECHAL CÂNDIDO RONDON (1970-2000).

Raphael Pagliarini Ao abordar a cidade em uma pesquisa historiográfica somos obrigados a optar por alguns caminhos teórico-metodológicos que configuram nossas preocupações. Dentre estas opções, destaca-se neste trabalho o estudo das memórias e narrativas dos moradores. Aqui serão discutidas as memórias dos trabalhadores sobre seus viveres no campo e as experiências que antecederam o viver urbano. Entretanto, estas memórias serão entendidas como respos-tas a angústias, frustrações e conquistas de um presente que agora se faz na cidade. Desta

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forma, buscar-se-a perceber os significados construídos pelos entrevistados sobre o tempo em que viviam no campo, assim como as expectativas que narram em relação ao período, inclusive da possibilidade ou não da saída do meio rural. Lugares de sociabilidades, lógicas de produção, e a própria relação com o trabalho são exemplos de discussões presentes nas memórias de nossos depoentes. Somam-se as nossas preocupações, as também presentes disputas que se colocam em nível de identidades. A multiplicidade de trajetórias dos entrevis-tados estende o recorte temporal da década de 1950 até início do ano 2000. Metodologica-mente, cabe destacar a importância das fontes orais para a produção da pesquisa, uma vez que possibilita discutir questões e perceber o modo como os moradores projetam e disputam a cidade, inclusive no campo da memória. PALAVRAS-CHAVE: Memória; Trabalho; Cidade. _______________________________________

IMAGENS, IDENTIDADES E MEMÓRIA: OLHARES SOBRE TOLEDO - PR (1960-80)

Reginaldo Aparecido dos Santos (UNIOESTE)

Algo pertinente em nosso cotidiano é o fato de registrarmos nossas ações, alegrias, tristezas, enfim, nosso desenvolvimento (na idéia presente-passado-futuro) através das lentes de uma máquina fotográfica. Famílias guardam, repassam, arquivam, manuseiam arquétipos tempo-rários de uma “realidade”. As famílias guardam em suas memórias tanto situações familiares, bem como situações que envolvam este cotidiano nas delimitações e circunferências de uma cidade. Enfim, a sua cidade (no caso especifíco – Toledo/PR). A representação se dá tanto nas imagens guardadas em seus arquivos pessoais, retratando novas concepções, bem como na memória visual cotidiana. Ou seja, sentidos que coincidem com as imagens daquele momento. Cabe ressaltar, como as pessoas adquirem outras memórias visuais que não coincidem com as memórias coletivas dos personagens de famílias e cidadãos de Toledo. Têm-se o objetivo de estabelecer novos “olhares” a partir do conjunto de fotografias de famílias que pertencem à uma conjuntura sócio-histórica em contraposição às expressas pelos meios institucionais e/ou políticos do município de Toledo-Pr. O objeto de pesquisa (em andamento ) se perfaz na verificação a partir de um referencial metodológico-histórico, sobre “as memórias” do cotidiano, estabelecendo diferentes memórias das pessoas, anos 60, 70 e 80 (décadas posteriores ao início e incremento colonizador de Toledo). Ao tentar analisar as formas simbólicas, tanto na sua concepção quanto no seu conteúdo, objetiva-se “inferir” de tais práticas e proporcionar releituras do comunicado imagístico e de sua construção em situações mais concretas do cotidiano destes envolvidos. PALAVRAS-CHAVE: fotografia, memória, reprodução social _______________________________________

O TEATRO PARANAENSE NO PERÍODO DA DITADURA MILITAR (1964-1985): NOTAS DE UMA PESQUISA NO ARQUIVO PÚBLICO DO PARANÁ.

Roberta Cantarela (UNIOESTE)

Este trabalho busca realizar o levantamento das fontes sobre o teatro desenvolvido no Paraná durante o período da Ditadura Militar (1964-1985) que estão localizadas no Arquivo Público do Paraná e, neste sentido indicar as possibilidades de análise da realidade do teatro durante o período da ditadura. Neste período, fase em que os militares realizaram uma grande perseguição aos variados meios de comunicação e expressão da arte, tornou difícil e até impossibilitou muitos dos trabalhos que tencionavam ser desenvolvidos por grupos de teatro no Brasil. Em certa medida, as restrições impostas pelo regime militar contribuíram para manter o teatro ainda mais distante de formar uma identificação com a cultura popular, e neste sentido com a maioria da população brasileira. Para isso, grupos como o CPC (Centro Popular de Cultura), realizaram investidas em várias áreas: além do teatro, no cinema e na

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literatura; fomentaram discussões com a parcela intelectual da sociedade, a fim de encontrar meios de melhorar e atingir uma sociedade mais justa, de possibilitar ao povo o conhecimento das artes e suas expressões. As iniciativas adotadas tanto pelo Teatro de Arena e pelo CPC evidenciam o trabalho que estes grupos tiveram de estudar e levar o teatro a todos. PALAVRAS-CHAVE: Teatro Paranaense; Arquivo Público; Ditadura. _______________________________________

VIVÊNCIAS HOMOSSEXUAIS NA TESSITURA DAS RELAÇÕES SOCIOCULTURAIS CITADINAS DO OESTE DO PARANÁ

Robson Laverdi (UNIOESTE)

Nas últimas décadas, relações socioculturais constituídas com e a partir de sujeitos de orientação sexual gay têm ocupado espaços para além de tradicionais guetos, de auto-exclusão ou não, e ganhado maior visibilidade no Brasil. Esta configuração resulta da multipli-cação de territórios e vivências societárias ou mesmo pela apresentação de pautas e enga-jamentos na luta por direitos, participação e inserção sociais. A despeito das mudanças nos processos de aceitação da alteridade homossexual no panorama contemporâneo, não se pode descuidar da tendência às generalizações, ao puro e simples reconhecimento do assim denominado “mundo gay”. Nas pequenas cidades, em geral marcadas por viveres interiora-nos, longe do anonimato, vivências cotidianas de jovens gays, social e/ou individualmente assumidos, entrelaçam redes de pertencimento afirmadas por identidades ambíguas, engen-dradas no enfrentamento de valores sociais de intolerância. Ao olhar para tais existências sociais, atualmente mais visíveis em práticas e viveres urbanos, buscar-se-á constituir a historicidade no plano de suas marcações culturais no chão histórico da Região Oeste do Paraná. Até porque, muitas vezes, a orientação homo aparece colada aos viveres urbanos, o que evidencia importância da questão, haja vista as permanências e reelaborações mediadas por viveres rurais.Tateia-se pelos desafios e possibilidades da História Oral, tanto na produ-ção e quanto interpretação de narrativas que evidenciam transformações, ao mesmo tempo em que afirmam, negam e/ou disfarçam suas orientações homossexuais. PALAVRAS-CHAVE: Cidade, homossexualidade, juventude _______________________________________

A INDUSTRIALIZAÇÃO INGLESA SOB A PERSPCTIVA DA LITERATURA

Roger William Longen (UNIOESTE)

A discussão que será feita aqui é o contraste presente na Era Vitoriana, também conhecido como a segunda fase da Revolução Industrial, onde a realeza dá lugar a burguesia e o grande açulo de capital faz com que a desigualdade social se amplie, para isto será utilizada uma fonte literária que é a obra do escritor escocês Robert Louis Stevenson “o Estranho caso do Dr. Jekyll e Mr. Hyde” foi escrita em 1885, em pleno período vitoriano. Conhecido popu-larmente como “o Médico e o Monstro” a obra de Stevenson surgiu em 1885. Com o titulo original “The Strange case of Doctor Jekyll and Mister Hyde”, a obra mascara em forma de um conto de terror uma agressiva crítica a sociedade vitoriana, seus hábitos, sua religião sendo um forte questionamento a moral vitoriana. Na obra apresenta-se a característica vinda da industrialização inglesa: à acentuação de contrastes entre as camadas sociais. A obra trás à tona as incertezas que a industrialização e a modernidade geravam. A pobreza, a mendicân-cia, regiões desamparas e abandonadas, Londres é um cenário de contradições sociais que podem ser apreendidas na sua descrição de uma Londres marcada pela miséria, a paisagem que fascinava os burgueses em seus passeios volta e meia cede lugar a lugares mórbidos, “Ruas lamacentas e moradores imundos compõem o cenário”. (STEVENSON, 1885. P. 13). PALAVRAS-CHAVE: Literatura, Industrialização, contradições _______________________________________

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A REVISTA DEUTSCHLAND MAGAZIN EUROPA: DISCURSOS IMAGÉTICOS

Ronaine Linianea Hegele (UNIOESTE)

Esta comunicação tem por objetivo apresentar as análises das imagens da capa da revista Deutschland Magazin Europa, exemplar n°6 do ano de 1998, a qual aborda notícias e fatos que se referem à União Européia daquele ano. Em nossos estudos priorizamos analisar especificamente as formas que a Revista Deutschland se utilizou das imagens, se sua abordagem visual foi intencional de forma que favorecesse a construção de uma determinada ideologia, no caso a da hegemonia dos Estados da União Européia. A construção das ideologias faz parte do processo de legitimação, o uso do discurso juntamente com o uso de símbolos, alegorias, rituais e mitos, penetra no campo sentimental e psicológico-racional das pessoas, paulatinamente auxilia no processo de construção ideológico e de identidade de determinada sociedade. Portanto, ao se obter êxito em atingir o imaginário, pode-se modelar condutas e visões de mundo. Para a legitimação de regimes políticos é constante o uso de ideologias, para a construção de um imaginário popular. PALAVRAS-CHAVE: Imagens, discurso, ideologia _______________________________________

TRABALHADORES E PROGRAMAS ASSISTENCIALISTAS: O “BOLSA FAMÍLIA” EM SANTA HELENA

Rosane Marçal da Silva (UNIOESTE).

Em 2003, parte da população do Brasil teve incorporado às suas experiências através do governo federal mais um programa de assistência social. O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, sancionou a Lei No 10.836 de criação do programa “Bolsa Família” em janeiro de 2004, o qual passa a ser visível através da ação propagandística, que buscava demonstrar a grandiosidade do mesmo. Dessa forma, não colocavam, por certo, na visibilida-de apenas a “generosidade” governamental, mas permitiam vislumbrar um conjunto de questões, cujas evidências a propaganda só permitia perceber nos silêncios que a fundamen-tavam. O “Bolsa Família” teve a finalidade de unificar os benefícios sociais do governo federal (Bolsa Escola, Bolsa Alimentação, Cartão Alimentação e Auxílio Gás) que estavam dispersos em vários ministérios. É a partir destas dinâmicas – políticas sociais, que o Estado acabou incorporando no decorrer do tempo para se direcionar aos setores populares, que analisamos a trajetória dos trabalhadores que se associam ao programa “Bolsa Família” do governo federal, bem como as dinâmicas e interações constituídas a partir do programa “Bolsa Família” entre governo e trabalhadores, em Santa Helena Paraná, limitando-se ao período de 2003 a 2007, pois o programa “Bolsa Família” foi instituído em outubro de 2003 e os dados que temos como referencia trata deste período. PALAVRAS-CHAVE: Práticas assistenciais, trabalhadores e governo, trabalhadores e pobreza. _______________________________________ MEMÓRIA E MIGRAÇÃO: DINÂMICAS SOCIAIS E LUTAS DE BRASILEIROS EM PUERTO

ADELA/PY (1970/2007)

Roseni Trindade (UNIOESTE) Fruto da pesquisa de monografia realizada em 2006 e defendida em 2007, neste trabalho pretendo dialogar com a emergência de questões levantadas durante a pesquisa e buscar indagações que permeiam o processo de itinerância de brasileiros no e ao Paraguai, sendo que um dos objetivos é historicizar as trajetórias e as experiências sociais de migrantes brasileiros no Paraguai, bem como buscar perceber a autonomia e flexibilidade dos mesmos

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nas ações motivadores desta mudança do seu local de origem. O pressuposto norteador é o de atentar à maneira como se constituem as sociabilidades nas situações de conflite que emergem no distrito de Puerto Adela a partir da História Oral. Neste espaço, ocorre uma concentração de latifúndios, e por conseguinte dificuldades de brasileiros que insistem em fazer valer o seu esforço, no sentido de permanecer ali lutando e resistindo. Ao mesmo tempo, negociam a permanência enquanto brasileiros e também como paraguaios. As estratégias de luta imbricadas nos relatos, emergem de um fazer-se da classe que tende a negar a subordinação. Mas, reiterar, que a memória que produzem no relatar o passado é socialmente constituída, priorizando o presente em uma subjetividade que alcança a constru-ção de novas propostas de futuro, projetos a partir de experiência que almejam atingir. Não são necessariamente legitimados em instituições como sindicatos e afins, mas de algo que escapa aos modelos estruturantes preconizados por setores hegemônicos. Permanecer ou voltar, significa, entre outras coisas, uma possibilidade que se coloca enquanto estratégia vivida por tais sujeitos. PALAVRAS-CHAVE: Paraguai; Migração; Puerto Adela _______________________________________

CIDADE E ALTERIDADE: DINÂMICAS SOCIOCULTURAIS VIVIDAS EM SÃO MIGUEL DO

IGUAÇU (OESTE DO PARANÁ 1980- 2008)

Rudy Nick Vencatto (UNIOESTE / Rede Pública de Ensino)

Esta comunicação tem como objetivo discutir e analisar as dinâmicas sócio culturais presen-tes no município de São Miguel do Iguaçu, cidade localizada no Oeste do Paraná, tendo como foco grupos com diferentes processos históricos, ou seja, índios Avá–Guarani e não índios. É importante lembrar que tal análise reflete sobre disputas que ocorrem no campo da memória tendo em vista que os grupos analisados, constituídos de diferentes identidades, dividindo espaços comum, proporcionando desta forma relações que geram estranhamentos e disputas. Com o alagamento de terras proporcionado pela Usina Hidrelétrica de Itaipu na década de 1980, os indígenas Avá Guarani foram transferidos para terras que fazem parte do município de São Miguel do Iguaçu, localizada hoje no distrito de Santa Rosa do Ocoy, atual reserva indígena, colocando em confronto diferentes identidades. Frente a estes fatores colocam-se em tensão essa presença indígena em espaços e instituições da cidade tendo em vista a existência do firmamento de uma identidade pioneira por parte dos considerados colonizadores de tal cidade, identidade que se firmam em ideais de superioridade e progresso de uma identidade tido como branca. Desta forma, a pesquisa busca estudar, por meio da analise de diferentes narrativas, este campo contraditório e em constante disputa entre identidades que se relacionam e estranham compreendendo este processo histórico que se faz permanente e ativo no universo das relações socioculturais. PALAVRAS-CHAVE: Avá Guarani, Santa Rosa do Ocoy, Memória _______________________________________ PROCESSO DE TRABALHO NA UNIDADE PRODUTORA DE FRANGO E DERIVADOS DE FRANGOS (COPAGRIL) EM MARECHAL CÂNDIDO RONDON: UMA ANÁLISE A PARTIR

DAS TRAJETÓRIAS OCUPACIONAIS DOS TRABALHADORES Sandra Regina Ventura Popiolek (UNIOESTE)

Esta comunicação tem como objetivo apresentar resultados parciais do projeto de iniciação científica sobre as mudanças no mundo do trabalho em Marechal Cândido Rondon, a partir do processo de trabalho no Frigorífico COPAGRIL. Partindo do pressuposto de que a região do Oeste do Paraná é de economia basicamente agrícola e tem vivido nos últimos anos um processo visível de industrialização, tento identificar e problematizar a formação dessa força de trabalho mobilizada e envolvida nesse setor, indagando sobre seus valores e percepções acerca do trabalho. Metodologicamente, analiso as trajetórias ocupacionais de trabalhadores

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da Unidade da COPAGRIL que tenho entrevistado com o objetivo de entender o processo de trabalho no qual estão envolvidos (divisão do trabalho) e, principalmente, a visão que cons-troem acerca do trabalho que executam. A partir disso, pretendo investigar que práticas coletivas eles desenvolvem no espaço do trabalho, indagando sobre seus consentimentos ou resistência em relação à realidade vivida. Além dos depoimentos orais dos trabalhadores e da aplicação de questionários, utilizo também informações da base de dados do Ministério do Trabalho, RAIS e SINE de Marechal Cândido Rondon, buscando analisar questões como salário, jornada de trabalho e faixa etária. PALAVRAS-CHAVE: Trabalho, trajetória ocupacional, processo de trabalho. _______________________________________

VIOLÊNCIA E RELAÇÕES DE GÊNERO NO OESTE DO PARANÁ

Tânia Regina Zimmermann- UEMS Nas décadas de 1960 a 1980 percebe-se na imprensa do Oeste do Paraná uma ênfase em enaltecer a região através da imagem de cidades progressistas, associadas ao caráter ordeiro, pacífico e trabalhador de seus habitantes. Nos espaços sociais, o processo de urbanização, o adensamento populacional e a “modernização” contribuíram para o crescimen-to de tensões no cotidiano das cidades e nas áreas rurais. Tensões estas também perceptí-veis nas relações de gênero presentes em jornais, revistas e emissoras de rádio que envolve-ram tramas de mulheres e homens.Comportamentos vistos como “desviantes” da ordem instituída poderiam destruir a imagem das belas, ordeiras e civilizadas cidades do interior do Paraná. Para esta tarefa a imprensa e instituições penais encarregaram-se de elaborar e reproduzir via práticas discursivas às regras de convívio social. A prostituição, o furto, o roubo, o assassinato são penalizados primeiramente na mídia pela produção do espetáculo ou não e pelo código penal que não atinge os vícios, o roubo indireto e refinado, os esbulhos hábeis e crimes altamente lucrativos. Assim nas discussões estão imbricadas as exclusões sociais, culturais, políticas e econômicas uma vez que a civilização não estava à disposição para todos nestas sociedades que faziam na imprensa o misto do “bárbaro”, os ”de fora”, os “ outros” com os “civilizados”. PALAVRAS-CHAVE: violência, gênero, civilização _______________________________________

LINGUAGEM SAGRADA E INTERPRETAÇÃO: O DESAFIO FUNDAMENTALISTA NO MUNDO CONTEMPORÂNEO

Tarcísio Vanderlinde (UNIOESTE)

Os fundamentalismos podem ser estudados a partir de ópticas diversas. Uma das possibili-dades é analisar como os textos considerados sagrados, são interpretados pelos mediadores ou recebidos pela comunidade que se identifica com alguma orientação religiosa. O nicho do fundamentalismo contemporâneo se encontra no protestantismo norte-americano, surgido nos meados do século XIX e formalizado posteriormente numa pequena coleção de livros sob o título “Fundamentals: a testimony of the Truth (1909-1915)”. Trata-se de uma tendência de fiéis, pregadores e teólogos que tomavam as palavras da Bíblia ao pé da letra. Em nome do literalismo, esses fiéis opunham-se às interpretações da assim chamada teologia liberal, que se utilizava de métodos histórico-críticos e hermenêuticos para a interpretação da Bíblia. Supõe-se que a história e as palavras não ficariam congeladas. Precisariam ser interpretadas para resgatar-lhes o sentido original. Esse procedimento, para os fundamentalistas, é consi-derado ofensivo a Deus. Os alvos dos fundamentalistas costumam ser aqueles que ostentam o mesmo rótulo religioso, mas que são seculares na prática, ou os que praticam aquilo que os fundamentalistas consideram ser uma versão diluída e distorcida da religião. O que ocorre é que grupos fundamentalistas nunca representam com total fidelidade aquilo que eram as supostas versões mais antigas, mais puras e mais corretas da crença e da prática (embora

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V SEMANA ACADÊMICA DE HISTÓRIA – Mundo Contemporâneo: Desafios, Dilemas e Reflexões 9 a 13 de Junho de 2008 – UNIOESTE – Campus de Marechal Cândido Rondon

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justamente se apresentem em nome delas). Grupos fundamentalistas costumam reinventar a tradição com inúmeras diferenças, por vezes consideráveis, em relação às crenças e práticas de antigamente. Os fundamentalismos apresentam versões laicas e não se restringem ao Islamismo ou ao Cristianismo sendo também identificado em outras religiões. PALAVRAS-CHAVE: Fundamentalismo; Mediação; Recepção. _______________________________________

“ENFRENTANDO O PROBLEMA”: O ANTICOMUNISMO CATÓLICO DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE DEFESA DA TRADIÇÃO, FAMÍLIA E PROPRIEDADE.

Thalisson Luiz Valduga Picinatto (UEM)

O presente estudo procura observar como se constrói e se fundamenta o discurso anticomu-nista da Sociedade Brasileira de Defesa da Tradição, Família e Propriedade. Oriundos dos movimentos eclesiais do início do século XX no Brasil, os intelectuais que deram origem em 1960 à TFP são intimamente ligados ao pensamento ultramontano e integrista do catolicismo. Dessa forma, procuraremos analisar como o pensamento tefepista – apesar de apresentar algumas especificidades – se insere numa cadeia maior de representações sobre o mundo, que pode ser chamado de imaginário anticomunista. O presente artigo faz parte de uma pesquisa de mestrado que pretende averiguar como se caracterizou e se estruturou o discurso anticomunista da entidade católica, bem como perceber de que forma esse discurso passou da pregação religiosa e ideológica para uma cadeia de ações exercidas pela TFP a partir dos anos 60. Para isso, a Revista Catolicismo exerce um papel central nas fontes pesquisadas, uma vez que se apresenta como a instrumentalização do discurso tefepista perante a sociedade civil. PALAVRAS-CHAVE: Anticomunismo, Igreja Católica, TFP

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Centro Acadêmico de História Zumbi nos Palmares – Colegiado do Curso de História UNIOESTE – Campus de Marechal Cândido Rondon

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