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ACTUALDENTALSCIENCE | v. 2, n.1, 2012 IMPRESSO FECHADO PODE SER ABERTO PELA ECT

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ACTUALDENTALSCIENCE | v. 2, n.1, 2012

IMPRESSO FECHADOPODE SER ABERTO PELA ECT

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Actual Dental Science / Centro Catarinense de Odontologia. -v.1, n.1 (2011)-. - Chapecó: Graffoluz, 2011-.

Trimestral: até v. 1, n. 4, 2011.Quadrimestral: 2012-.ISSN 2236-3661

1. Odontologia - Periódicos. 2. Ortodontia. 3. Implantodontia.I. Centro Catarinense de Odontologia.

CDU: 616.314

Bibliotecária responsável Schirlei T. da Silva Vaz - CRB 10/1364

Qualquer parte desta publicação pode ser reproduzida,desde que citada a fonte.

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CONSELHOCIENTÍFICO

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CORPOEDITORIAL

Publicaçao da: EDITORA GRAFFOLUZRua Guaporé, 403D- B. Centro- CEP: 89801.100Chapecó SC. Fone: ( 49) 3323-0438Tiragem desta ediçao: 3.000 exemplares.Distribuiçao gratuita.

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EDITORIAL

Ari Sadetsky

Mirian Viviane Muller

A dinâmica do conhecimento no mundo depende de pesquisas.

Quando mais técnicas são descobertas, mais capacidade de acesso o

indivíduo tem para desenvolver novos saberes.

A partir de novas pesquisas, cientístas descobrem novas técnicas e

métodos de aprimoramentos essenciais para o desenvolvimento da vida. De tal

forma, é perceptível o quanto deve ser valorizado e aprimorado cada vez mais o

trabalho científico no Brasil e no Mundo.

Como o principal sujeito de divulgação de novas técnicas, o trabalho

científico desde sempre visualizou o compartilhamento do conhecimento,

contribuindo para o desenvolvimento tecnológico e social .

O importante é que o mundo valorize esse tipo de trabalho e perceba

como o trabalho científico contribui para a formação do indivíduo e da sociedade

em geral.

O movimento para acesso livre ao conhecimento científico pode ser

considerado como o fato mais interessante e talvez importante de nossa época

no que se refere à comunicação científica.

As revistas cientificas estão, dessa forma, no centro do sistema

tradicional de comunicação.

Para que o crescimento do ADS se mantenha, contamos com a

participação de todos os seus leitores.

Aos pesquisadores, que trabalhem com pacientes ou modelos

experimentais, solicitamos enfaticamente a submissão de artigos originais,

para que possamos seguir nosso caminho de indexação.

Aos colegas atuantes na prática clínica, que se deparem com

moléstias raras ou com particularidades educativas, ou técnicas novas,

pedimos o envio da sua descrição na forma de Relatos de Caso.

Iniciamos a largada do processo que busca tornar o ADS uma revista

científica de expressão nacional e um orgulho para nossa região.

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ARTIGOS ORIGINAIS / ORIGINAL ARTICLES ARTIGOS ORIGINAIS / ORIGINAL ARTICLES

UTILIZAÇÃO DO APARELHODE PROTRAÇÃO MANDIBULAR COMOANCORAGEM PARA MESIALIZAÇÃODOS MOLARES INFERIORES:Relato de Caso Clínico

USE OF MANDIBULAR PROTRACTIONAPPLIANCE HOW TO ANCHORAGE MESIALMOVEMENT OF MANDIBULAR MOLARS:Case Report

TECHNICAL INSTALLATION OFMINI IMPLANTS ORTHODONTIC

TÉCNICA DE INSTALAÇÃODE MINI IMPLANTES COMFINALIDADE ORTODÔNTICA

CLINICAL EVALUATION OF THE INCIDENCEOF MIDDLE MESIAL CANAL INMAXILLARY FIRST MOLARS

AVALIAÇÃO CLÍNICA DA INCIDÊNCIADO CANAL MÉSIO-MEDIAL EMPRIMEIROS MOLARES INFERIORES

REABERTURA DE IMPLANTEASSOCIADA A ENXERTODE CONJUNTIVO:Relato de Caso Clínico

REOPENING OF DENTAL IMPLANTASSOCIATE TO SOFT TISSUE GRAFT:Case Report

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28 AVALIAÇÃO DA INFLUÊNCIA DODESIGN DOS IMPLANTES NAVELOCIDADE E TORQUE DE INSERÇÃO

EVALUATION OF THE IMPLANT DESIGNINFLUENCE ON THE SPEEDAND TORQUE OF INSERTION

ALTERAÇÕES SISTÊMICAS EM PACIENTESSOROPOSITIVOS E O ATENDIMENTOCIRÚRGICO ODONTOLÓGICO

SYSTEMIC ALTERATIONS INHIV-POSITIVE PATIENTSAND SURGICAL CARE DENTISTRY

46 PRINCÍPIOS BÁSICOSPARA SELEÇÃO DO MECANISMO DERETENÇÃO (CIMENTO E PARAFUSO)EM PRÓTESE IMPLANTOSSUPORTADA- PASSIVIDADE, REVERSIBILIDADE,FABRICAÇÃO E CUSTOS

BASIC PRINCIPLES FOR SELECTIONOF THE RETENTION MECHANISM(CEMENT AND SCREWS) IN PROSTHESISON IMPLANT - AESTHETICS, OCCLUSION,RETENTION, PERIIMPLANT TISSUE HEALTH

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RESUMO

Relato de caso clínico de paciente utilizando o aparelho de protraçao mandibular, com o intuito deancorar molares inferiores, na qual a queixa principal estava relacionada a ausência de guia anterior e aosespaços referente aos primeiros molares inferiores ausentes, O planejamento proposto incluiu utilizaçãodo APM bilateral ativo com posicionamento de incisivos inferiores de topo com a finalidade de protruirincisivos e caninos e servir de ancoragem para mesialização de dentes 37 e 47. Concluiu-se que amesialização dos molares inferiores pode ser benéfica ao paciente, desde que o clínico tenha controle daancoragem para alcançar os objetivos finais e o periodonto permita o movimento com algumaprevisibilidade periodontal.

Ancoragem. Protração. Mandibular.Palavras-chave:

UTILIZAÇÃO DO APARELHODE PROTRAÇÃO MANDIBULAR COMO

ANCORAGEM PARA MESIALIZAÇÃODOS MOLARES INFERIORES:

Fábio André Werlang¹Prof. Dra. Daniela de Chico Brugnara²

¹ Especialista em Ortodontia Pela Unidade Avançada Chapecó SC² Coordenadora do Curso de Especialização em Ortodontia Unidade Avançada Chapecó SC

Relato de Caso Clínico

06 ADS, Chapecó, v. 2, n. 1, p. 06-10, jan./abr. 2012

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Introdução

Revisão de Literatura

O Aparelho de Protração Mandibular (APM)foi idealizado pelo ortodontista maranhenseCarlos Martins Coelho Filho¹ e descrito pelaprimeira vez em 1995.

A partir de seu advento, o APM tem sidomodificado com o objetivo de aperfeiçoamentomecânico e aumento do conforto. A versão atualdescrita por Coelho Filho, em 2002, o APM IV, temcomo principal modificação o novo desenho daadaptação do tubo telescópico ao arco superior, oque proporcionou maior estabilidade aoaparelho².

O autor admite a versatilidade do APM IV, oqual pode ter outras aplicações além dasrelacionadas ao tratamento da má oclusão deClasse II, como por exemplo a ancoragem dosegmento anterior inferior, impedindo a suainclinação lingual durante a mesialização dosegmento póstero-inferior.

Frequentemente na clínica ortodônticaaparecem indivíduos mutilados com perda dosprimeiros molares inferiores. Em consequênciadisso, os segundos molares sofrem inclinaçãomesial; os pré-molares distalizam; os molaresantagonistas extruem, causando contatosprematuros e interferências oclusais; e o ossoalveolar responde com defeitos ósseos na mesialdo segundo molar inclinado.

Ao optar pela mesialização de segundos eterceiros molares inferiores, nos casos de perda deprimeiros molares, deve-se considerar o tempo detratamento. No movimento dos segundos eterceiros molares com ancoragem esquelética, av e l o c i d a d e d e m o v i m e n t a ç ã o é d eaproximadamente 0,5 mm/mês, o quecorresponde à velocidade linear da reabsorção

osteoclástica . Desta forma, é convenientep reve r um prazo de t ra tamento deaproximadamente três anos para a finalização dotratamento. Em regra, o movimento é bemindicado quando há outras necessidadesortodônticas.

Kessler manifestou-se contrário àmesialização de segundos molares, por suas raízespossuírem dimensões maiores do que as áreasedêntulas, podendo causar perda de suporteósseo e agravamento de qualquer outro problemaperiodontal já existente.

Brown demonstrou que a verticalização demolares produz uma redução significativa naprofundidade de defeitos periodontais, além demudanças favoráveis na arquitetura gengival.

Um fator importante e discutível a serconsiderado na mesialização de molares inferioresrefere-se à espessura do osso na área edêntula.Alguns autores são otimistas em movimentar odente em direção às áreas atróficas. Stepovich ;Hom e Turley ; Roberts, Marshall e Mozsarydemonstraram, empacientes jovens e em adultos,a possibilidade de fechamento de espaços deprimeiros molares, perdidos há muito tempo, queapresentavam rebordos atróficos. Concluindo-seque, durante o fechamento de espaços de até 10mm, o rebordo ósseo acompanha o movimentomesial do segundo molar. Entretanto, salienta-seque, em indivíduos adultos, parece haver umamaior tendência de reabsorção da crista ósseaalveolar, de aproximadamente 2 mm, sem quecom isso ocorra prejuízo ao periodonto.

Hom e Turley estudaram as mudançasdentárias e periodontais que ocorreram quandoos segundos molares são movimentados para aposição dos primeiros. Os resultados mostraramque o fechamento de espaços não somente épossível, mas também benéfico para um grandenúmero de pacientes.

Em outro artigo, Coelho Filho, Coelho eWhite relataram, por meio de dois casos clínicosa eficiência da utilização do APM IV na

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mesialização dos segundo e terceiros molarespermanentes, assim como a correção da relaçãode Classe II criada pela perda dos primeirosmolares permanentes.

Ruf e Pancherz , relatava em seus estudos,ausência de dor, estalido de ATM, durante o usodo APM.

Paciente do gênero feminino, 16 anos e 08meses de idade, leucoderma, dentadurapermanente, perfil reto, braquifacial (Fig. 1). Aqueixa principal estava relacionada a ausência deguia anterior e queria “fechar” espaços referenteaos primeiros molares inferiores ausentes (Fig2,3,4e5). O planejamento proposto incluiu: (1)alinhamento e nivelamento dentário (Fig. 7); (2)utilização do APM bilateral ativo (Fig. 8 e 9) composicionamento de incisivos inferiores de topocom a finalidade de protruir incisivos e caninos eservir de ancoragem para mesialização de dentes37 e 47 ( Fig 10 e 11) e permitir erupção de 38 e48. Prognóstico do caso: bom.

Aparelho fixo superior e inferior prescriçãoRoth.Sequência de fios para alinhamento enivelamento dentário.Arcos 0,019”X0,025”de aço ideais,diagramados.APM bilateral ativo.Mesialização inicial de pré-molares eposteriormente de segundos molares pormeio de elástico em cadeia.Acabamento e finalização com elásticosde intercuspidação.

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Plano de tratamento•

Apresentação do Caso Clínico

Figura 1 - Fotografias iniciais: avaliação das características faciais.

Figura 2: visão frontal

Figura 3: visão lateral

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8Figura 4: visão lateral

Figura 5: visão oclusal superior

Figura 6: visão oclusal inferior

Figuras 7, 8 e 9: APM instalado e 2º molares inferiores já mesializados

ADS, Chapecó, v. 2, n. 1, p. 06-10, jan./abr. 2012

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Figuras 10 e 11: Visão oclusal inferior esuperior, com os objetivos alcançados

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Discussão

A demanda de pacientes com perda deprimeiros molares permanentes, principalmenteem indivíduos adultos, é comum nos consultóriosodontológicos . O APM IV pode serconsiderado uma alternativa nesse tipo detratamento , pois, além de possibilitar amesialização dos segundos e terceiros molaresinferiores, também corrigem característicasoclusais geralmente encontradas quando essa máoclusão está presente apesar de existiremmanifestações contrário à mesialização desegundos molares, por suas raízes possuíremdimensões maiores do que as áreas edêntulas .

Algumas controvérsias são colocadas emquestão quanto ao uso de aparelhos propulsoresem individuos com ausência de crescimento ,em relação à possibilidade de danos à articulaçãotêmporo-mandibular (ATM).

Não foram encontrados relatos dedesconforto pela paciente em questão quanto aqueixas de dores e/ou estalidos da ATM,corroborando com os estudos de Ruf ePancherz, .

É um aparelho de baixo custo, que pode serfabricado pelo próprio ortodontista, independeda colaboração e tem uma boa aceitação porparte dos indivíduos.

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Conclusão

A mesialização dos molares inferiores podeser benéfica ao paciente, desde que o clínicotenha controle da ancoragem para alcançar osobjetivos finais e o periodonto permita omovimento com alguma previsibilidadeperiodontal. Se houver um rebordo muito fino ebaixa faixa de gengiva inserida, o tratamento deveestar limitado à recuperação do espaço ereabilitação protética.

Referências bibliográficas1. Coelho C M Filho. Emprego clínico do aparelho para projeção da mandíbula.Rev Dental Press Ortod Ortop Facial. 1998 set-out; 3 (5):69-130.2. Coelho C M Filho. O aparelho de protração mandibular IV. Rev Dental PressOrtod Ortop Facial. 2002 mar-abr; 7(2):49-60.

3. Roberts W E, Marshall K J, Mozzary P G. Rigid endosseous implant utilized asanchorage to protract molars and close an atrophic extraction site. AngleOrthod. 1990; 60(2):135-52.

4. Roberts W E, Arbuckle G R, Analoui M. Rate of mesial translation ofmandibular molars using implant-anchored mechanics. Angle Orthod. 1996;66(5):331-8.

5. Roberts W E, Goodwin W C J, Heiner S R. Cellular response to orthodonticforce. Dent Clin North Am. 1981;25(1):3-17.

6. Kessler M. Interrelationships between orthodontics and periodontics. Am JOrthod. 1976 Aug; 70(2):154-72.

7. Brown I S. The effect of orthodontic therapy on certain types of periodontaldefects. J Periodontol. 1973 Dec; 44(12):742-56.

8. Stepovich M. A clinical study of closing edentulous spaces in the mandible.Angle Orthod. 1979; 49(4):227-33.

9. Hom B M, Turley P K. The effects of space closure of the mandibular firstmolar areas in adults. Am J Orthod. 1984 jun;85(6):82-69.

10. Coelho C M Filho, Coelho F O, White L W. O aparelho de protraçãomandibular no fechamento dos espaços dos primeiros molares permanentesausentes em adultos. Rev Dental Press Ortod Ortop Facial. 2006 jun-jul;5(3):82-93.

11. Ruf S, Pancherz H. Does bite-jumping damage the TMJ? A prospectiveLongitudinal clinical and MRI study of Herbest patients. Angle Orthod. 2000jun; 70(3):183-99.

Correspondência com o autor: [email protected] para Publicação: 02/03/2012Aceito para Publicação: 08/04/2012

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ABSTRACT

Case report of a patient using the Mandibular Protraction Appliance in order to anchor molars, the main complaintwas related to the absence of previous tab and spaces covering the first lower molars absent, the proposedplanning included the use of APM bilateral asset positioning the top of the lower incisors in order to protrudecanines and incisors and serve to anchor the teeth mesial 37 and 47. It was concluded that the mesial ofmandibular molars may be beneficial to the patient, provided that the clinician has control of anchorage to achievethe ultimate goals of the movement and periodontal allow some predictability with periodontal disease.Key words: Anchorage. Protaction. Mandibular.

USE OF MANDIBULAR PROTRACTION APPLIANCE HOW TO ANCHORAGE MESIAL

MOVEMENT OF MANDIBULAR MOLARS:Case Report

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¹ Prof. Curso de Especializaçao em Ortodontia² Coordenadora do Curso de Especialização em Ortodontia Unidade Avançada Chapecó SC

RESUMO

A ortodontia atual tem tido maior previsibilidade em seus tratamentos devido à ancoragem absoluta.Dentro de uma perspectiva de sucesso, a ancoragem esquelética com mini-implantes tem sido muitoutilizada; para tanto um bom diagnóstico, bom planejamento, técnica de inserção e mecânicaortodôntica aplicada individualmente; tem minimizado o insucesso. Mediante tais requisitos, estetrabalho dá ênfase às técnicas de instalação dos mini-implantes.

Mini-implantes. Ancoragem. Ortodôntico.Palavras-chave:

TÉCNICA DE INSTALAÇÃODE MINI-IMPLANTES COM

FINALIDADE ORTODÔNTICA

Prof. Joubert Souza Melo¹Prof. Dra. Daniela de Chico Brugnara²

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Introdução

A ortodontia atual tem tido maiorprevisibilidade em seus tratamentos devido àancoragem absoluta. Dentro de uma perspectivade sucesso, a ancoragem esquelética com miniimplantes tem sido muito utilizada; para tanto umbom diagnóstico, um bom planejamento, umaboa técnica de inserção e mecânica ortodônticaaplicada individualmente; tem minimizado oinsucesso.

De modo geral, os sistemas de miniimplantes disponíveis no mercado tem comocaracterísticas principais (autoperfurantes,autorrosqueantes; cinta ou perfil transmucosobaixo 0mm, médio 1mm e alto 2mm;comprimento variando de 2 a 12mm; roscas noformato cônico para facilitar a inserção.

Figura 1 - Mini implante com perfil transmucosocom cinta baixa 0mm, cinta média 1mm, cinta alta 2mm.

Normalmente os mini-implantes sãovendidos de acordo com especificações deinstalações, sendo necessário para isto o Kit deinserção da mesma marca devido a padronizaçãode sua cabeça e de sua chave hexagonal parainserção.

Como são inseridos tanto na maxila quantona mandíbula, e em áreas de difícil acesso, temosque nos ater a uma radiografia panorâmica paraque tenhamos uma visão geral da região a serinstalado o mini-implante assim como radiografiaperiapical da região para se fazer a escolha dodiâmetro, comprimento e perfil transmucoso domini-implante.

Fator preponderante na instalação dosmini-implantes, a estabilidade inicial deve seravaliada e confirmada após a sua inserção. Tantona maxila quanto na mandíbula temos áreas dedensidade óssea e tecidual que podemcomprometer o sucesso do mini-implante; paraque isso não aconteça, o conhecimento destas,são fatores importantíssimos.

Dentro do planejamento inicial, oortodontista visa identificar a área ideal para oposicionamento dos mini-implantes, do ponto devista de como a movimentação será realizada.Deve também ser considerado o modo deaplicação de força, direto ou indireto. O tipo deacessório a ser utilizado na biomecânica como porexemplo: molas pré fabricadas de níquel titânio,elásticos em cadeia ligados diretamente sobre omini-implante ou sobre dentes que estejamancorados aos mini-implantes.

Sua técnica de instalação é umprocedimento cirúrgico simples bastando aoprofissional o cuidado de ter um bom diagnósticoe planejamento minimizando o insucesso.

Planejamento ortodôntico/cirúrgico:Após a confirmação da indicação do uso

dos mini-implantes, cabe ao ortodontista realizaruma cuidadosa avaliação da área ideal parainstalação dos mesmos, baseado no sistema deforças a ser utilizado. Considerações sobre oponto de aplicação da força, o centro deresistência dos dentes e grupos de dentesenvolvidos na movimentação, assim como ospossíveis momentos de força gerados com amesma, devem ser realizadas. O modo deaplicação de força pode ser direto ou indireto:direto quando a força é aplicada diretamentesobre o mini-implante e indireto quando a força éaplicada sobre um dente ou grupo de dentesancorados ao mini-implante¹.

Dentro dos acessórios que podem serutilizados para que ocorra a movimentação, asMolas pré-fabricadas de Níquel-titânio são as maisindicadas devido ao menor tempo de cadeira em

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A B

C D

E F

Figura 2 - Procedimento cirúrgico: A) Anestesia; B) Perfuração direta; C)Instalação do mini implante com micromotor; D) Instalação do mini implantecom chave tufo; E) Aplicação do torque de 10N; F) Mini Implante instalado.

atendimento e maior tempo de ativação sem anecessidade de troca da mesma por algum tempo;os elásticos em cadeia perdem sua elasticidade emaproximadamente 15 dias.

Quanto a definição do comprimento ediâmetro do mini-implante cabe ao profissionalque irá realizar a instalação, fazer a escolhamediante o local onde será inserido o mesmo,frente a densidade óssea da região, ao espaçointerdental.

A técnica de instalação do mini-implante éaparentemente s imples , podendo sertransmucosa ou cirúrgica. Quando pela técnicatransmucosa ela e realizada na região da gengivaou mucosa inserida (queratinizada) e pela técnicacirúrgica é realizada na região da mucosa alveolar.

Para realizar a técnica de instalaçãotransmucosa, o procedimento é simples feito compouca anestesia local, 1/3 à 1/4 do tubeteanestésico é suficiente para realizar a inserção. Suaperfuração pode ser realizada diretamente com opróprio mini-implante autoperfurante ou comuma broca com diâmetro menor que o parafuso aser utilizado adaptada em micromotor específicopara implantes com rotação até 300N comirrigação com solução salínica. Após; a inserçãopoderá ser realizada manualmente ou por meio decont ra ângu lo com rotação de 25Naproximadamente. O controle do torque é fatorpreponderante para que não haja risco de fraturado mini-implante e a avaliação da estabilidadeinicial fator para que se tenha sucesso em suaaplicação.

A localização de inserção é fator primordialpara a escolha do mini-implante. Contudo cadaregião da maxila e mandíbula apresentadensidade de tecido periodontal e óssea. Assimtemos as classificações propostas por Maynard em1980 a qual menciona que a densidadeperiodontal do tipo I, II, III e IV e a densidade ósseaproposta por Misch baseada na espessura dacortical óssea, na constituição e na espessura dotrabeculado medular, tipo I, II, III, IV.

Dentro de suas especificações a maxilaapresenta as seguintes densidades ósseas:

- Tipo I - Não encontrada na maxila;- Tipo II - Região anterior da maxila;- Tipo III - Região posterior por vestibular e

região da crista infra zigomática;- Tipo IV - Região do tuber da maxila.Já na mandíbula, a densidade se mostra da

seguinte forma:- Tipo I - Região anterior da mandíbula

(sínfise mandibular);- Tipo II - Região entre pré-molares por

vestibular;- Tipo III - Região entre molares por

vestibular;- Tipo IV - Não encontrada na mandíbula.Baseando nesta classificação, o mini-

implante poderá ser escolhido quanto ao seucomprimento, diâmetro e perfil transmucoso.

Outro fator de escolha para o mini-implanteé a análise radiográfica feita pela radiografiapanorâmica (visão geral) e radiografia periapicalrealizada pela técnica periapical do paralelismo, aqual nos permite visualizar o espaço inter dentalnecessário para instalação.

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30 - 40º 30 - 40ºFigura 3 - Método de inserção angulado.

Após a definição do mini-implante a serutilizado, sua instalação é feita sob uma inclinaçãopré-estipulada por região e angulação deinserção:

Maxila:a) região vestibular anterior - 60º a 90º;b) região vestibular posterior - 30º a 60º;c) região palatina posterior - 30º a 60º;d) região da sutura palatina - 90º a 110º;e) região infrazigomática - 60º a 90º;f) região da tuberosidade - 0º - 90º a 110º.Mandíbula:a) região vestibular posterior - 30º a 60º;b) região retromolar - 0º - 90º a 110º;c) região vestibular anterior - 60º a 90º;d) região mentoniana - 90º a 110º;e) bicortical - 90º;f) região edêntula 0º - 90º.Método de inserção:Há duas técnicas de inserção:a) método de inserção angulado;b) método de inserção perpendicular.

Estabilidade:Para termos estabilidade, o teste da mesma

deve ser efetuado logo após a sua inserção.Quando não se tem uma estabilidade inicial,pode-se trocar o mini-implante por um dedimensões maiores como por exemplo: seudiâmetro, quando o espaço permitir que seja feitoesta troca; caso contrario pode ser utilizado ummini-implante de comprimento maior ou atémudar o nicho de instalação do mesmo.

Outro fator que nos faz trocar o mini-implante por falta de estabilidade é a peri-implantite. Grande parte dos relatos deinstabilidade e necessidade de remoção dos mini-implantes, normalmente, está associada àinflamação dos tecidos moles ao redor dosparafusos . Cheng et al. ao avaliarem os possíveisfatores associados à estabilidade dos mini-implantes, observaram que o comprimento dosparafusos não apresentou relação direta com apermanência ou não dos mini-implantes.Segundo os autores, a quantidade de forçatambém não mostrou relação estatisticamentesignificante, contudo eles salientaram que asforças utilizadas foram bem controladas e leves.Por outro lado a localização anatômica e ascaracterísticas do tecido foram significativamenteassociadas à infecção Peri-implantar e,c o n s e q u e n t e m e n t e o i n s u c e s s o n amecanoterapia, sendo maior o risco de fracassoquando instalado em mucosa.

Para minimizar as inflamações da região deinstalação dos mini-implantes, pode-se instruir ospacientes à uma higienização ao redor dosmesmos fazendo um pós operatório contendosolução ou gel de gluconato de clorexidina 0,12%embebida em escova macia por trinta segundos2x ao dia nos primeiros 14 dias; nos diassubsequente utilizar creme dental contendotriclosan por pelo menos 3x ao dia associado abochecho com solução antisséptica contendotriclosan por 30 segundos todo período detratamento .

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4Figura 4 - Método de inserção perpendicular.

14 ADS, Chapecó, v. 2, n. 1, p. 11-17, jan./abr. 2012

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Vantagens e desvantagens:Segundo Padovan et al. , Souza , Marzola et

al. , Cruz e Pithon et al. , as principais vantagensrelacionadas ao uso de mini-implantes são: nãodependerem da colaboração do paciente para ocumprimento de ativação/aplicação extraoral;produção precoce da melhoria do perfil; abrevia otempo de tratamento ortodôntico em até seismeses; permitem a retração de até seis dentesanter iores s imultaneamente; fornecemancoragem absoluta; redução do risco de lesãoradicular; permite a aplicação de carga imediata;fácil manipulação, instalação e remoção;promovem irritação mínima dos tecidosadjacentes; proporciona uma mecânicaortodôntica controlada; comportam-se demaneira estável após instalação; não provocamreações recíprocas nos demais dentes; dispensamo uso de aparatos ortodônticos; apresentam boarelação custo benefício e possuem eficáciacomprovada.

Em relação às principais desvantagensPadovan et al. , Souza e Zucoloto & Carvalhorelataram que é possível acontecer acometimentode nervos e vasos sanguíneos no ato cirúrgicos;Irritação da mucosa do palato e hiperplasiagengival devido à má higiene oral; possível fraturado mini-implante no momento da inserção,devido a excesso de força; tendência a sofrerpequena inclinação em relação ao seu eixo nosentido da aplicação da força; incapacidade deresistir às forças de rotação; aproximação com asuperfície radicular, que pode ser tocada durantesua inserção, movimentação e afrouxamento domini-implante e a cobertura do parafuso pelagengiva adjacente. Tais desvantagens conformepodemos observar são, em sua maioria,complicações relacionadas ao uso dos mini-implantes ortodônticos e podem ser divididasconforme Cruz , em complicações da inserção dosmini-implantes que envolvem a estabilidadeinadequada, mini-implantes inseridos noligamento periodontal ou na raiz do dente;

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5 6 10

8

complicações do período de carregamento comoinflamação e hipertrofia da mucosa que causadesconforto e complicação da remoção dos mini-implantes.

Ativação do sistema:Ativação do sistema de mini-implantes

pode ocorrer de forma direta ou indireta. Noscasos em que se usa a carga direta, Araújo et al.explicaram que esta é aplicada diretamente sobreo mini-implante, ao passo que na carga indireta,esta é aplicada sobre o dente ou um grupo dedentes a fim de se viabilizar a sua mobilização.

Para Marzola et al. , Cruz e Araújo et al. osprincipais dispositivos utilizados para o sistema deativação dos mini-implantes descritos na literaturasão: elásticos de borracha ou sintéticos, os quaispossuem fácil manuseio clínico, porémapresentam degradação da força em virtude dasalterações bucais; molas de aço inoxidável ou deNiti, que permitem a liberação contínua de força;alças verticais que são confeccionadas comdiferentes materiais.

No que se refere à época ideal para ativaçãodo sistema de mini-implantes durante otratamento ortodôntico, os autores citados acimarelataram que há na literatura uma controvérsiana qual se deve esperar cerca de 15 dias paraaplicar a carga de força ao invés de aplicar a formade carga imediata após a inserção do mini-implante, sendo este tempo necessário para queocorra a cicatrização dos tecidos peri-implantarese para que ocorra a osseointegração pós cirúrgica,o que promoveria o menor risco da ocorrência deinstabilidade do mini-implante.

A aplicação de força imediatamente após acirurgia, apesar de dificultar a higienização daferida cirúrgica, devido à presença de acessóriosacoplados à cabeça do mini-implante, pareceajudar na estabilidade deste . Esta tem sido atendência atual, fundamentada por relatos desucesso na aplicação de diferentes situaçõesclínicas publicadas na literatura .

A força ótima para a movimentação

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dentária ortodôntica deve ser aquela que estimulaa atividade celular sem ocluir completamente osvasos sanguíneos. A resposta do ligamentoperiodontal é determinada não somente pelaforça, mas também pela distribuição da pressãoproduzida pela força aplicada por unidade de árearadicular. Então, quando da definição da cargaideal para a ativação do sistema, é importanteconsiderar o número de dentes a seremmovimentados e o tipo de movimento desejado.Quanto maior o número de dentes maior a carganecessária para o deslocamento destes no osso.Por outro lado, para movimentos de intrusão, asforças devem ser mais leves que para movimentosde distalização, por exemplo .

Apesar de Marassi et al. e Miyawaki et al.recomendarem a aplicação de forças mais levesnas primeiras ativações, Araújo et al. relataramque a ativação do sistema pode ser imediatamenteapós a instalação do mini-implante, de acordocom a necessidade, com carga de até 250g sobrecada dispositivo, sem comprometimento daestabilidade deste. Contudo recomendaram quese houver necessidade do aumento da carga istosó deverá ser realizado após 30 dias da ativaçãoinicial. É importante salientar que uma vezdefinida a força necessária para obtenção domovimento em questão, esta deve ser aferida comdinamômetro.

Uma grande variedade de intensidades deforça, entre 50 e 400g, aparece na literatura,sendo aplicadas aos mini-implantes semcomprometimento da estabilidade . A cargamáxima a ser aplicada deve ser proporcional à áreade superfície de contato entre o implante e otecido ósseo. Esta deve ser determinada pelocomprimento, diâmetro e forma do implante . Deacordo com Kyung et al. , os mini-implantessuportam cargas de até 450g, sendo que emortodontia as forças intrabucais desejadas nãoexcedem 300g

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14 15

11

16,17

18

19

16

Referências bibliográficas1. Melo ACM, Zimmermann LL, Chiavini PCR, Belaver ES, Leal HA, Thomé G.O uso de miniimplantes como ancoragem ortodôntica: planejamentoortodôntico-cirúrgico. Rev Clín Ortodon Dental Press. 2006 dez-2007jan;5(6):21-8.2. Park YC, Lee SY, Kim DH, Jee SH. Intrusion of posterior teeth using mini-screwimplants. Am J Orthod Dentofacial Orthop. 2003 June;123(6):690-4.

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ADS, Chapecó, v. 2, n. 1, p. 11-17, jan./abr. 2012

Page 19: v. 2, n.1, 2012

ABSTRACT

Orthodontics has now been more predictable in their treatment due to absolute anchorage. Within a prospect ofsuccess, the skeletal anchorage with mini implants has been widely used, both for a good diagnosis, good planning,insertion technique and orthodontic mechanics applied individually; failure is minimized. By these requirements, thiswork emphasizes the techniques of installation of mini implants.

Mini Implants. Anchorage. Orthodontics.Key words:

Correspondência com o autor: [email protected] para Publicação: 26/02/2012Aceito para Publicação: 05/05/2012

TECHNICAL INSTALLATION OF

MINI IMPLANTS ORTHODONTIC

17ADS, Chapecó, v. 2, n. 1, p. 11-17, jan./abr. 2012

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RESUMO

Palavras-chave:

O conhecimento da anatomia endodôntica é imprescindível por parte do profissional, e dentre ascondições de variações anatômicas que implicam diretamente no prognóstico do tratamentoendodôntico, a possibilidade da existência de um canal mésio-medial nos molares inferiores tem sidoreportada. Pelo fato da literatura demonstrar uma maior incidência de localização de canais extrasquando se associa ao uso do Microscópio Operatório (MO), a finalidade do presente artigo foi avaliarclinicamente a incidência do canal mésio-medial em 122 primeiros molares inferiores, quando doemprego ou não do MO. Observou-se que o uso do MO aumentou em 5,74% a eficácia clinica dalocalização de canais mésio-mediais, contribuindo conseqüentemente à obtenção de uma melhorlimpeza durante o preparo de canais radiculares.

Anatomia Endodôntica. Microscópio Operatório.

AVALIAÇÃO CLÍNICA DA INCIDÊNCIADO CANAL MÉSIO-MEDIAL EM

PRIMEIROS MOLARES INFERIORES

¹ Especialista em Endodontia HRAC(Centrinho)/USP/Bauru-SPMestre em Endodontia SLMandic/Campinas-SPDoutorando em Saúde Coletiva FOB/USP/Bauru-SPCoordenador dos Cursos de Especialização e Aperfeiçoamento em Endodontia FACESC/Chapecó-SCCoordenador dos Cursos de Especialização e Aperfeiçoamento em Endodontia IEO/Bauru-SP

² Pós-Graduada em Implantodontia Uningá-ChapecóEspecialista em Prótese dental UPF-Passo FundoMestre e Especialista em Endodontia SLMandic/Campinas-SPProfessora Odontologia Uri-ErechimProfessora Convidada do curso de especialização da Facesc-Chapecó

Prof. Ms. Fábio Duarte da Costa Aznar¹Prof. Ms. Caroline Pietroski Grando²

18 ADS, Chapecó, v. 2, n. 1, p. 18-21, jan./abr. 2012

Page 21: v. 2, n.1, 2012

IntroduçãoA realização de um preparo que permita um

acesso e uma limpeza adequada dos canaisradiculares, e uma conseqüente obturação idealdos mesmos; são fatores que contribuem pra osucesso do tratamento endodôntico. Para isso, oconhecimento da anatomia interna destes canaisé imprescindível por parte do profissional, tantodas normalidades como das diversas variaçõesque esta anatomia pode oferecer .

Dentre as condições de variaçõesanatômicas que implicam diretamente noprognóstico do tratamento endodôntico, apossibilidade da existência de um canal extra naraiz mesial dos molares inferiores tem sidoreportada na literatura através de trabalhos depesquisa e relatos de caso clínico , sendo estecanal comumente chamado de mésio-medial.

Para a localização deste canal mésio-medial,conjuntamente com a observação dascaracterísticas clínicas dos dentes a seremtratados, o uso de imagens radiográficasdemonstrou-se sempre ser extremamente útil noplanejamento e na execução do tratamento.Porém, a mesma permite uma visualizaçãoanatômica parcial dos canais radiculares, sendoportanto, bastante limitada e imprecisa. Umaalternativa recente seria a realização de examestomográficos , com o objetivo de se obter umacondição de visualização ideal da condição daanatomia dental interna; mas pelo custo-benefício deste procedimento, o mesmo tem sidomais indicado em casos precisos, não sendoportanto um procedimento de rotina.

Sendo assim, pelo fato da anatomia doscanais radiculares ser bastante complexa,atualmente o uso do Microscópio Operatório(M.O.) tem se tornado freqüente e imprescindíveldentro da Endodontia, já que a possibilidade de setrabalhar com uma melhor iluminação, associadoà uma magnificação, permite uma melhorvisualização . Dentre as vantagens do uso doM.O., a localização de um maior número de canais

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2,3,4,5,6,7

7,8

9

extras talvez seja a sua principal, já que istopermite ao profissional uma melhor limpeza, econsequentemente uma obturação maisadequada . Vários são os trabalhos de pesquisaque demonstram uma maior incidência delocalização de canais extras quando se associa aouso do M.O. .

A finalidade do presente artigo foi avaliarclinicamente, a incidência do canal mésio-medialem primeiros molares inferiores, quando doemprego ou não do M.O. durante o tratamento.

A possibilidade da presença do canal mésio-medial nos primeiros molares inferiores tem sidoreportada na literatura através de trabalhos depesquisa visando determinar a incidência domesmo e relatos de caso clínico .

Todos os estudos que objetivaramdeterminar a incidência deste canal em molaresin fe r io re s , encont ra ram presença deporcentagens maiores em primeiros molaresinferiores, sendo portanto, mais freqüente sualocalização neste elemento dental.

Com relação ao emprego do M.O. namicrolocalização de canais radiculares, os estudosdemonstram maiores números de achadosquando do emprego deste equipamento; sendoquem os relatos clínicos salientam que além damaior facilidade de sua localização, o uso do M.O.contribui diretamente na qualidade final dalimpeza obtida durante o preparo dos canaisradicualres .

No presente estudo clínico, dentes queapresentavam tratamento endodônticorealizados ou já submetidos à acesso coronárioprévios, foram excluídos desta pesquisa. Cento evinte e dois primeiros molares inferiores

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2,3,4,5,6,7,11,13

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Revisão da Literatura

Materiais e Método

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FIGURA II - Localização docanal mésio-medial(magnificação de 12X)

Resultados

Após a análise clínica, a seguir éapresentado em uma tabela, os dados observadosdurante a avaliação dos cento e vinte e doisprimeiros molares inferiores permanentesobservados neste estudo.

TABELA I - Resultado do estudo clínico envolvendo 122 primeiros molaresinferiores, demonstrando a incidência do canal mésio-medial com o empregoou não do M.O.

Discussão

A introdução e o uso do M.O. naEndodontia representam um salto qualitativopara esta especialidade. A ampliação e ailuminação coaxial aumentaram enormemente apossibilidade de tratamento de dentes quenecessitem de intervenção endodôntica . Um dosusos mais importante do M.O. na Endodontia estána localização de canais extras, visto que aanatomia interna dos canais radiculares apresentaas mais diversas variabilidades .

Dentre as variabilidades que estes canaisapresentam, a possibilidade da existência de umterceiro canal na raiz mesial dos molares inferioresvem a ser uma delas, sendo que alguns autores járeportaram casos clínicos demonstrando estacondição anatômica ; e alguns realizaramestudos objetivando determinar a incidência destecanal .

9

10

2,3,4,5,6,7

5,11,13

permanentes de pacientes distintos foramanalisados, sendo que os mesmos foramsubmetidos à intervenção endodôntica pelomesmo profissional, em um período de seismeses. Todos os dentes seguiram o mesmoprotocolo de acesso coronário, sendo que após oacesso convencional, complementou-se a limpezada câmara pulpar com o uso de pontasultrassônicas lisa (Trinity, Brasil) com o objetivo dese obter uma melhor limpeza e visualização deregiões de istmos e achatamentos.

Para a exploração dos canais da raiz mesial,objetivando a localização dos mesmos, utilizou-selimas tipo K nos 08 e 10 (Maillefer, Suíça) visandodeterminar quantidade de canais presentes nestaraiz, e a conseqüente possibilidade da presença docanal mésio-medial. Em uma ficha, os dadosobservados foram anotados.

Na seqüência, o mesmo procedimento deexploração foi novamente realizado, porém com oauxílio de um Microscópio Operatório (DM2003,Opto/Brasil) em magnificações de 3 à 15X. Os

FIGURA I - Aspecto dacâmara pulpar após oacesso coronário elocalização dos canaismésio-vestibular emésio-lingual(magnificação de 12X)

No de dentes Localizados sem M.O. (%) Localizados com M.O. (%)

122 3 (2,45) 10 (8,19)

FIGURA III - Aspecto doscanais mesiais após amodelagem(magnificação de 12X)

20 ADS, Chapecó, v. 2, n. 1, p. 18-21, jan./abr. 2012

Page 23: v. 2, n.1, 2012

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Correspondência com o autor: [email protected] para publicação: 07/02/2012Aceito para Publicação: 15/03/2012

No presente estudo, o número de canaismésio-mediais em primeiros molares inferiorespermanentes localizados sem a presença de M.O.(2,45%) corrobora com os achados naliteratura , demonstrando uma baixaincidência deste canal. Vale-se ressaltar, queapesar deste pequeno numero de canaislocalizados, os mesmos quando presentes e nãopreparados e limpos podem vir a influenciardiretamente no prognóstico do tratamento.

Quando do uso do M.O., observou-se umimportante aumento de 5,74% de canais mésio-mediais localizados (8,19%), sendo estes valoressemelhantes aos encontrados na literatura ,demonstrando que o uso do M.O. vem a serextremamente útil na localização e no preparodeste canal mésio-medial .

O uso do Microscópio Operatórioaumentou a eficácia clinica da localização decanais mésio-mediais em primeiros molaresinferiores, contribuindo consequente-mente àobtenção de uma melhor limpeza durante opreparo de canais radiculares.

5,11,13

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1,11

Conclusão

ABSTRACT

The knowledge of endodontic anatomy is essential by the professional, and among the conditions of anatomical variations thatdirectly affect the prognosis of endodontic treatment, the possibility of a middle mesial canal in the mandibular molars has beenreported. Because the literature shows a higher incidence of finding extra canals when associated with the use of OperativeMicroscope (OM), the purpose of this study was to evaluate clinically the incidence of middle mesial canal in 122 mandibular firstmolars, when the employment or not MO. It was observed that the use of MO increased in 5.74% the clinical efficacy of thelocating middle mesial canals, consequently contribute to obtaining a better cleaning during the preparation of root canals.

Tooth Root Anatomy. Operating Microscope.Key-words:

CLINICAL EVALUATION OF THE INCIDENCE

OF MIDDLE MESIAL CANAL IN MAXILLARY FIRST MOLARS

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RESUMO

Palavras-chave:

Com a evolução da implantodontia, altos índices de sucessos estão sendo obtidos. Para que tenhamosuma boa estética , vários fatores devem ser analisados, a presença do tecido queratinizado ao redor dosimplantes é uma delas, ela proporciona vantagens como: facilitar a higiene, facilitar os procedimentos demoldagens, não permitir haver o colapso da mucosa peri - implantar sobre a plataforma do implante,maior resistência à progressão do processo inflamatório e aumenta o volume na face vestibular, causadapela reabsorção óssea após extração dental. É possível através de enxerto gengival mudar um fenótipofino em espesso em uma determinada região de interesse. Neste trabalho demonstramos como podemosmelhorar o fenótipo gengival e melhorar a depressão na vestibular, causada pela reabsorção ósseaalveolar após extração, em um segundo estágio cirúrgico, após o implante já colocado e ósseointegrado,através de enxerto de tecido conjuntivo.

Implantodontia. Fenótipo Gengival. Enxerto Tecido Conjuntivo. Mucosa Queratinizada.

REABERTURA DE IMPLANTEASSOCIADA A ENXERTO

DE CONJUNTIVO:Relato de Caso Clínico

Lamara VilelaMarcelo Vilas BoasFábio Shiniti MizutaniMauro Cristiano Caetano RossiRenato de Paiva Mandetta

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5

Aluna do curso de especialização em implantodontia da ANEO, Núcleo Ribeirão Preto.Aluno do curso de especialização em Implantodontia da ANEO, Núcleo Ribeirão Preto.Professor Doutor Coordenador do Curso de Especialização da ANEO, Núcleo Ribeirão PretoProfessor do curso de especialização em implantodontia da ANEO, Núcleo Ribeirão PretoProfessor do curso de especialização em implantodontia da ANEO, Núcleo Ribeirão Preto

22 ADS, Chapecó, v. 2, n. 1, p. 22-27, jan./abr. 2012

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Introdução

Um dos pontos fundamentais para o

sucesso do tratamento em reabilitação oral com

implantes é alcançar a estética periodontal e peri-

implantar nos procedimentos, aliando as técnicas

da implantodontia com os recursos da

periodontia. Para tanto, é necessário atentar para

certos cuidados, evitando assim possíveis

problemas que possam surgir a médio e longo

prazo .

Em reposições unitárias, procura-se

posicionar a plataforma do implante 3mm abaixo

do nível gengival vestibular dos dentes adjacentes

ao espaço edêntulo, pois segundo vários

autores há a necessidade de se respeitar este

espaço para que seja possível a reformulação do

complexo implanto - mucoso e o estabelecimento

do espaço biológico vertical. Com relação ao perfil

de emergência, pode-se condicionar o contorno

gengival através do provisório em acrílico em

implantes unitários em áreas estética .

O fenótipo gengival dos seres humanos

pode ser classificado em fino e espesso . Outros

autores sugerem a três grupos de fenótipos

periodontais: A: gengiva fina com faixa de gengiva

inserida estreita e incisivo central superior com

formato triangular; B: gengiva espessa e incisivo

superior quadrado; C: gengiva fina com faixa de

gengiva inserida estreita e incisivo central superior

com formato quadrado.

A presença do tecido queratinizado trás as

seguintes vantagens: melhor estética, facilita a

higiene, manipulação cirúrgica mais fácil, facilita

os procedimentos de moldagens, não permite o

colapso da mucosa peri-implantar sobre a

plataforma do implante e maior resistência à

progressão do processo inflamatório . Mas é

possível através de enxerto gengival mudar um

fenótipo fino em espesso em uma região que haja

interesse .

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4,5,6,7

4

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10

11

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Relato de Caso Clínico

Paciente ECP, sexo masculino, leucoderma,hipertenso e diabético compensado, procurouauxilio odontológico queixando-se de mobilidadedentária no elemento 21. A avaliação clínicacompleta e as radiografias panorâmica eperiapicais comprovaram fratura do elemento 21(figura 1). Foi realizada a extração do elementodental e colocado um implante imediato (Figura2). Na análise pré reabertura dos implantes, foiobservada uma depressão na face vestibular daregião, (Figuras 3 e 4), então foi planejada atécnica de enxerto conjuntivo subepitelial comobjetivo de ganhar espessura na vestibular paramelhorar o volume e a quantidade da gengivaqueratinizada ao redor do implante .

A anestesia foi por técnica infiltrativa local,utilizando Mepivacaina 3% com Noradrenalina.Foi realizada incisão de Nemcosvsky15 seguida dedeslocamento de retalho de espessura total Nasequência foi realizado osteotomia para remoçãode osso neoformado sobre o tapa implante ecolocação de um cicatrizador com altura eespessura de 5 mm com perfil de emergência.(Figuras 5 e 6).

Partindo para o procedimento de enxertoconjuntivo analisamos a área doadora estalocalizada na região de palato médio, entre amesial do dente 24 e a mesial do dente 26. Noenxerto de tecido conjuntivo subepitelial, foilançada mão da técnica de única incisão13. Nestatécnica realiza-se uma incisão curvilínea a 3 mmapicalmente às margens cervicais dos pré molaresaté o periósteo e pode estender-se da mesial do 1ºpré-molar até a mesial do 2º molar. O segundoprocedimento, mostrado nas (figuras 7 e 8), é alocalização da área da incisão e o direcionamentoda lâmina do bisturi paralelamente ao palato,levando-se em conta que a extensão apical édeterminada pelo tamanho do palato.

Foi realizada incisão principal a 3 mm damargem gengival livre (Figura 9) e incisões

7

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24

Figura 2 - RX panorâmico com o implante instalado.

Figura 3 - Depressão na vestibular e a falta de gengiva queratinizada.

Figura 4 - Vista oclusal da perda óssea vestibular.

Figura 5 - Local do início da incisão.

secundárias na região Borderline (Figura 10)seguidos de deslocamento. Conforme a figura 11,o 3º procedimento é a realização de duas incisõesverticais até o periósteo. Posteriormente, deve-sedeslocar internamente o tecido conjuntivosubepitelial e realizar uma incisão horizontal pararemoção do enxerto16, conforme Figura 12 e 13.Segue-se com a remoção do enxerto conjuntivo(Figura 13) e manutenção em solução fisiológica9%.

Sutura da área doadora por técnica desutura compressiva de sclair com mono nylon5.0. ( Figura 14). Passa-se então aoposicionamento (Figura15) e sutura deestabilização do enxerto conjuntivo.(Figuras 16)com sutura por união simples. (Figuras 17 e 18).

Como medicação pos-operatória aadministração de 1,5 g de amoxicilinamonosódica fracionada em 3 vezes ao dia, por 7dias; nimesulida 100 mg de 12/12 horas durante 5dias e lisador para controle da dor.

Foi solicitado ao paciente retorno em 14dias para controle pós-operatório e remoção dassutura e o paciente foi orientado a higienizaçãocom solução de digluconato de clorexidina 0,12%3 vezes ao dia com rinsagem. Após 30 diasre to rnou para ava l i ação , cont ro le edesenvolvimento da sequência protética. ( Figuras19 e 20).

16

Figura 1 - RX panorâmico inicial

ADS, Chapecó, v. 2, n. 1, p. 22-27, jan./abr. 2012

Page 27: v. 2, n.1, 2012

Figura 10 - Incisões verticais.

Figura 11 - Remoção do enxerto.

Figura 12 - Enxerto conjuntivo removido.

Figura 13 - Sutura compressiva com alças (Sclair).

Figura 6 - Incisões realizadas.

Figura 7 - Localização da incisão.

Figura 9 - Incisão do palato

Figura 8 - Posicionamento da lâmina do bisturi.

25ADS, Chapecó, v. 2, n. 1, p. 22-27, jan./abr. 2012

Page 28: v. 2, n.1, 2012

Figura 18 - Aspecto após 30 dias.

Figura 19 - Removido o cicatrizador após 30 dias.

DiscussãoA cirurgia da mucosa peri-implantar,

cirurgia plástica peri-implantar antes, durante oudepois da colocação dos implantes apresentoudesenvolvimento notório após a exigência desimilaridade entre a prótese implanto-suportada edentes naturais. “A quantidade e a qualidade damucosa peri-implantar devem ser suficientes paracriar o aspecto de uma gengiva marginal einterproximal compatível com a forma, a cor, atextura e o nível da gengiva do dente contíguo.

Segundo autor o fracasso estético efuncional na Implantodontia oral é atribuído aposicionamento incorreto do implante, erro detécnica de cirúrgica e erro de diagnóstico por faltade observação de fatores como tipo de peridonto,qualidade e quantidade de mucosa queratinizadae forma, posição e tipo de restauração a serutilizada. Neste segundo passo cirúrgico temosque aproveitar para corrigirmos estes erros, nestecaso em específico lançamos mão do enxertoconjuntivo. Devemos levar em consideração apossibilidade de áreas doadoras diferentes da qualfoi usada neste trabalho , como áreas desdentadase tuberosidade .

17

7

Figura 14 - Posicionamento do enxerto conjuntivo.

Figura 15 - Estabilização do enxerto conjuntivo.

Figura 16 - Sutura simples.

Figura 17 - Vista oclusal da sutura

26 ADS, Chapecó, v. 2, n. 1, p. 22-27, jan./abr. 2012

Page 29: v. 2, n.1, 2012

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5. Cochran DI, Herman JRK. Biologic width around titanium implants: a

Correspondência com o autor: [email protected] para publicação: 26/01/2012Aceito para Publicação: 01/03/2012

Neste caso , poderia ser utilizado umprovisório fixo ao implante ,o que seria melhorpara o condicionamento a gengival e evitarpressão sobre o enxerto .

Não podemos subestimar a oportunidadede otimizar os tecidos moles durante a fase dereabertura. Devemos planejar adequadamente, osprocedimentos nessa etapa, considerando o apeloestético, o volume tecidual, a quantidade detecido queratinizado e o posicionamentotridimendicional do implante. Evitando assim acolocação da prótese e termos resultadosinadequados, o que nos faria ter que voltar passosatrás.

4

Conclusão

histometric analysis of the implant-gingival junction around unloaded andloaded no submerged implants in the canine mandible. Journal ofPeriodontology 1997; 68(2): 186-98.

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17. Soares MM, Júnior JAS, Oliveira LCBS, Machado WAS, Cirurgia plástica Peri- implantar . Implant News, 2011, Vol. 8, p.79

ABSTRACT

The evolution of dental implants, high rates had been reached. .So we need to reach a good esthetic,several factors must be analyzed, the presence of keratinized gingival tissue around the implants is one ofthem, it provides advantages as: facilities to clean, facilities the casting procedures, doesn't allow thesoft tissue collapse over the implant platform, improve the endurance of the progress inflammatoryprocess and increase the volume at the vestibular face, caused by the bone resorption after tooth lost. It'spossible, through gingival graft, change the phenotype thin to thick in one determinate zone. This casereport we demonstrated how to improve the gingival biotype and the depression on the buccal mucosa,caused by bone resorption after extraction , at second surgery step, after the implant that had been placedand bone integrated , thorough the soft tissue graft.

- Dental Implants. Gingival Biotype. Soft Tissue Graft. Keratinized Mucosa.Key words

REOPENING OF DENTAL IMPLANT

ASSOCIATE TO SOFT TISSUE GRAFT:

Case Report

27ADS, Chapecó, v. 2, n. 1, p. 22-27, jan./abr. 2012

Page 30: v. 2, n.1, 2012

RESUMO

Palavras-chave:

Atualmente desenho e superfície de implantes, são os fatores que têm recebido maior atenção científica efinanceira da indústria na implantodontia. O presente trabalho teve por objetivo comparar diferentesdesenhos de implantes a fim de verificar a influência da macroestrutura na velocidade e torque deinserção, enaltecendo sua importância no sucesso dos tratamentos de reabilitação com implantesdentários. Foram utilizados na pesquisa 4 implantes de diferentes desenhos e de marcas distintas, os quaisforam inseridos em modelos experimentais. Foram analisadas o tempo de inserção e o torque obtido nofinal da instalação dos implantes e conclui-se que o desenho dos implantes dentários influenciadiretamente na estabilidade primária e na velocidade de instalação, auxiliando no travamento dosimplantes em regiões de pouca qualidade óssea; e que a escolha do implante é um fator indispensável noplanejamento da implantodontia atual.

Implantes Dentários. Osseointegração. Torque. Biomecânica.

AVALIAÇÃO DA INFLUÊNCIA DODESIGN DOS IMPLANTES NA

VELOCIDADE E TORQUE DE INSERÇÃO

Alexandre Barbosa Prietsch¹Fábio Shiniti Mizutani²

¹Especialista em Implantodontia²Especialista, Mestre e Doutor em ImplandontiaCoordenador do Curso de Especialização em Implantodontia da UNINGÁ - Unidade avançada Chapecó - SC

28 ADS, Chapecó, v. 2, n. 1, p. 28-32, jan./abr. 2012

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Introdução

Materiais e Métodos

A inserção de implantes com diferentesconcepções biomecânicas tem sido estudada comvistas a aumentar a aceitação do tratamento pelospacientes e melhorar a performance clínica destaforma terapêutica. Com ampliação do acesso dapopulação a este recurso (MORAIS, 2003), odesenvolvimento de um desenho de implante quetenha a capacidade de apresentar uma respostafisiológica ótima aos fatores biomecânicosenvolvidos em tratamento ainda é o foco demuitos pesquisadores (MANDIA JR, J;KESSELRING, ALF; 2007).

A e s t a b i l i z a ç ã o d o s i m p l a n t e sodontológicos no momento da sua instalaçãocirúrgica representa um dos mais importantesfatores para que os mecanismos de reparaçãoóssea se jam processados e ocorra aosseointegração (CONSTANTINO , 2004). Aestabilidade primária do implante é essencial paracicatrização e formação óssea uniforme,permitindo uma distribuição ótima do estressevindo da carga funcional mastigatória através dainterface com a superfície do implante, podendoessa ser influenciada pela quantidade e qualidadedo tecido ósseo, geometria do implante e com atécnica cirúrgica para sua colocação, favorecendoa compressão do osso circundante ao implante(CASTILHO , 2006).

O presente trabalho teve por objetivocomparar diferentes desenhos de implantes a fimde verificar a influência da macroestrutura navelocidade de inserção e a compressão realizadaao redor destes, reforçando a importância dodesenho dos implantes osseointegrados nosucesso dos tratamentos em implantodontia.

Para a realização deste trabalho, osimplantes foram divididos em 3 grupos contendo

et al.

et al.

um implante de cada sistema para a avaliação emtriplicata. Foram utilizados 12 implantes sendo: 3implantes Dentoflex (hexágono interno), 3implantes Titanium Fix (hexágono externo silver),3 implantes Bionnovation (conic CE RP), 3implantes Kopp (friccional I).

Para a avaliação comparativa do tempo deinstalação dos implantes, foram realizadasperfurações nas rolhas, previamente fixadas emgesso, com broca helicoidal 3.0 (neodent) commovimento único até a profundidade de 13mm(Figura 1); em seguida inicia-se a instalação doimplante utilizando contra ângulo redutor de20:1 (Figura 2), com motor cirúrgico elétricopadronizado com velocidade de 24 rotações porminutos (rpm) e torque contínuo de 45N (Figura3). No momento em que aciona o pedal do motorde implante, dispara-se o cronômetro para acontagem de tempo de instalação do implante emsua totalidade. Ao término da instalação doimplante, pára-se a contagem no cronômetro emarca-se o tempo na tabela.

Figura 1: Perfuração das rolhas

Figura 2. Instalação do implante com contra ângulo redutor

29ADS, Chapecó, v. 2, n. 1, p. 28-32, jan./abr. 2012

Page 32: v. 2, n.1, 2012

Figura 4. Foto da broca e topografia dos implantes.Observar coincidência de conicidade.

Figura 5. Instalação do implante com ciclagemde ¼ de volta e uso de torquímetro

Figura 6. Foto da instalação de implante concluído.

Resultados

Não encontramos dificuldades e nem foramobservadas anormalidades durante a perfuraçãodas rolhas. Este material não ofereceu resistênciademasiada que pudesse interferir e provocardiferentes necessidades de pressão de broca, oque poderia ocasionar uma dilatação daperfuração.

Os tempos de instalação do implante foramtabulados na tabela 1:

IMPLANTEDENTOFLEXTITANIUM FIXBIONNOVATIONKOPP

GRUPO I39’06”20’32”31’76’’23’18’’

GRUPO II37’31”20’46”29’11’’23’63’’

GRUPO III39’50”20’06”30’11”21’90”

MÉDIA38’62”20’28”30’32”22’90”

Foi realizado um gráfico para facilitarvisualmente o desempenho de cada implante.Identificamos que o sistema Titanium Fix foi osistema que apresentou o menor tempo deinstalação, seguido do sistema Kopp,Bionnovation e Dentoflex (GRÁFICO 1).

Tabela 1: Tabela de tempo de instalação dos implantes

Figura 3. Instalação do implante com contra ângulo redutor

Nas mandíbulas em epóxi (Ossos, Itu - SãoPaulo - SP) foram realizadas as fresagens combroca 3.5 cônica (neodent) com movimento únicoaté a profundidade de 13 mm por um únicooperador padronizando as perfurações; emseguida inicia-se a instalação do implante comtorquímetro manual (Neodent) para verificaçãodo torque ativando o torquímetro com ciclos (¼de volta) feitos até a inserção total do implante.(Figura 4,5,6) Ao término da instalação marca-seo número de voltas em tabela.

Gráfico 1: Tempo de instalação dos implantes

30 ADS, Chapecó, v. 2, n. 1, p. 28-32, jan./abr. 2012

Page 33: v. 2, n.1, 2012

Nas perfurações das mandíbulas em epóxi,não foram encontrados dificuldades tampoucoanormalidades que pudessem oferecer alteraçõesnos padrões de perfuração.

Durante a instalação dos implantes, foiidentificada uma consistência do material similar àcondição clínica de trabalho simulandoclaramente o que se encontra durante oprocedimento cirúrgico.

Os torques de aperto dos implantes foramquantificados e tabulados na TABELA 2:

IMPLANTEDENTOFLEXTITANIUM FIXBIONNOVATIONKOPP

GRUPO I60453060

GRUPO II30453060

GRUPO III45353060

MÉDIA45

41,666666673060

TABELA 2. Quantificação em Ncm dos implantesintroduzidos em mandíbulas de epóxi

O sistema Kopp alcançou o melhordesempenho de torque, seguido pelo sistemaDentoflex, Titanium Fix em Bionnvoation, comd i f e r e n ç a s m é d i a s e s t a t i s t i c a m e n t esignificante.(GRÁFICO 2)

GRÁFICO 2. Desempenho em Ncm dos implantes

mais uniformes, proporcionando um desviomédio mais adequado.

Discussão

O design das roscas influenciam navelocidade de inserção dos implantes (CHUN

, 2002, SYKARAS , 2000), e o estímuloadequado do osso através de ligação mecânicapode ser responsáveis pela maior resposta ósseaao redor do implante cônico de parafuso emcomparação com o implante cilíndrico(VANDAMME , 2007).

A estabilidade inicial não é um fator que porsi só garanta a osseointegração e que a aferição dotorque de inserção não pode servir de única basepara a previsão do índice de sucesso daosseointegração (Carvalho et al., 2008), e o torqueideal para a colocação do implante no leitocirúrgico na prática clínica não é conhecido(CASTILHO , 2006), entretanto não éconclusivo se a compressão e a ruptura dast r abécu l a s du ran te compac tação doprocedimento resulta no comprometimento dacicatrização do osso compactado (KOLD

,2005).O desenho dos implantes visa maximizar a

resistência, estabilidade interfacial e transferênciade carga e as roscas apresentam papel importantenão só na melhora da estabilidade primária eaumento da superfície de contato como tambémna orientação da resposta óssea e transferênciadas forças que irão atuar no osso (GRANATO ,2008; JUNIOR, A. , 2005; MISCH, 2000). Autilização de implantes cônicos ou com formatode raiz parece agregar vantagens como aumentode contato em relação a similares cilíndricos demesma altura, proporcionando uma melhordissipação das tensões, e uma alta compressãoapical durante a fixação (CHUN , 2002;SYKARAS , 2000; MANDIA JR, J; KESSELRING,ALF, 2007).

etal. et al.

et al.

et al.

etal.

et al.et al.

et al.et al.

O sistema Kopp alcançou o melhordesempenho de torque, seguido pelo sistemaDentoflex, Titanium Fix em Bionnvoation, comdiferenças médias estatisticamente significante.Aplicando-se o coeficiente de variânciaencontrado na análise estatística, nos resultadosdas médias de torques, encontramos umadiferença estat íst icamente s ignif icante(P<9,50521) para os implantes do sistemaDentoflex, e os demais sistemas apresentaram-se

31ADS, Chapecó, v. 2, n. 1, p. 28-32, jan./abr. 2012

Page 34: v. 2, n.1, 2012

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Conclusão

Os resultados deste estudo demonstramexistir uma influência direta entre o design dosimplantes dentários e sua velocidade de inserçãoóssea, e que o número de roscas acarreta umaimportante influência no tempo de instalação,Com relação à estabilidade primária, de acordocom a literatura e os dados obtidos na pesquisapode-se concluir que o design dos implantes estárelacionado com o travamento inicial dosimplantes, e a quantidade de espiras geradiferentes índices (valores) de estabilidadeprimária; os implantes com formato cônico emenor n°(número) de espiras obtiveram maiortorque de aparafusamento dos implantes;contudo, a escolha do implante dentário devidoaos diferentes desenhos, torna-se um fatorindispensável no planejamento cirúrgico-protético na implantodontia atual.

EVALUATION OF THE IMPLANT DESIGN

INFLUENCE ON THE SPEED AND TORQUE OF INSERTION

ABSTRACT

Currently design and implant surface, are the factors that have received increased scientific attention and financial inimplantology. This study aimed to compare different implant designs in order to check the influence of themacrostructure in speed and torque of insertion, highlighting its importance in the success of rehabilitationtreatments with dental implants. Were used to search four implants with different designs and different brands,which were placed in experimental models. We analyzed the insertion time and the torque obtained at the end of theinstallation of the implants and concluded that the design of dental implants directly influences the primary stabilityand speed of installation, assisting in locking the implant in areas of poor bone quality, and that the choice of implantis an indispensable factor in the planning of implant dentistry today

Dental Implants. Osseoitnegration. Torque. Biomechanics.Key words:

Referências bibliográficasAKÇA, K et al. Biomechanical aspects of initialintraosseous stability andimplant design: a quantitative micromorphometric analysis. Clin. Oral Impl.Res. 17, 2006 / 465472.Akkocaoglu M, Uysal S, Tekdemir I, Akca K, CehreliMC. Implant design andintraosseous stability ofimmediately placed implants: a human cadaver study.Clin. Oral Impl. Res. 16, 2005; 202209.

AVELAR, R Design dos implantes e implicações mecânicas, funcionais e

Correspondência com o autor: [email protected] para publicação: 24/02/2012Aceito para Publicação: 15/03/2012

32 ADS, Chapecó, v. 2, n. 1, p. 28-32, jan./abr. 2012

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RESUMO:

Palavras-chave

A AIDS (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida) é uma doença que começou a ganhar destaque e gerarpreocupação entre os brasileiros a partir do início da década de 80, quando começou a se tornar epidemiaentre os usuários de drogas injetáveis, homossexuais e indivíduos que receberam transfusão de sangue oude outros hemoderivados. O vírus HIV age enfraquecendo o sistema imunológico do portador, fazendocom que este se torne susceptível a desenvolver infecções oportunistas, ou pode até mesmo levar oportador a óbito. Mesmo com os novos medicamentos e as extensas campanhas de prevenção, estadoença ainda é considerada um dos maiores problemas de saúde pública do Brasil na atualidade. Devido asuas circunstâncias agravantes, a AIDS é considerada uma barreira durante o tratamento de pacientesportadores, tanto médico quanto odontológico. Na Odontologia, o tipo de tratamento que mais sofreinfluência é o tratamento cirúrgico, sendo o objetivo deste trabalho elaborar um protocolo deatendimento cirúrgico odontológico para os pacientes soropositivos, visto que a presença de alteraçõessistêmicas causadas pelo avanço da doença e pelo uso dos medicamentos para o seu controle sãoeminentes

: AIDS. Cirurgia Bucal. HIV.

Bruno Marques SbardelottoCláudio do Nascimento FleigGeraldo Luiz GrizaLuiz Alberto FormighieriCláudio João PagliosaRicardo Augusto ConciCarla Salvi

1

2

3

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6

7

ALTERAÇÕES SISTÊMICAS EM PACIENTESSOROPOSITIVOS E O ATENDIMENTO

CIRÚRGICO ODONTOLÓGICO

1

2

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7

Cirurgião-Dentista graduado pela UNIOESTE, Cascavel-PR. Residente em CTBMF pela UNIOESTE/HUOP, Cascavel-PR.Cirurgião-Dentista graduado pela PUC-RS. Especialista em CTBMF pela PUCRS, Porto Alegre-RS. Especialista em Odontogeriatria pela ABENOSP, São Paulo-SP.MSC em CTBMF pela PUCRS, Porto Alegre-RS.Cirurgião-Dentista graduado pela UEPG, Ponta Grossa-PR. Especialista em CTBMF pela APCD, Bauru-SP. MSC em Periodontia pela USP, Bauru-SP. Doutorandoem Implantodontia pela UNESP, Araçatuba-SP.Cirurgião-Dentista graduado pela UEPG, Ponta Grossa-PR. Especialista em Dentística pela USP, Bauru-SP. Especialista em Prótese pela FUNBEO, Bauru-SP. MSCem Odontologia Restauradora Integrada pela UNIMAR, Marília-SP. DDS em Odontologia pela USP, Bauru-SP.Cirurgião-Dentista pela UPF, Passo-Fundo-RS. Especialista em Prótese Dental pela UPF, Passo-Fundo-RS. MSC em Odontologia pela UNICASTELO, Bauru-SP.Doutorando em Odontologia pela SLMANDIC, Campinas-SP.Cirurgião-Dentista graduado pela UNIOESTE, Cascavel-PR. Especialista em CTBMF pela UNIOESTE/HUOP, Cascavel-PR. Mestrando em CTBMF pela PUCRS,Porto Alegre-RS.Cirurgiã-Dentista graduada pela UNIOESTE, Cascavel-PR.

33ADS, Chapecó, v. 2, n. 1, p. 33-45, jan./abr. 2012

Page 36: v. 2, n.1, 2012

Introdução

Protocolo de Atendimento

São denominados pacientes comnecessidades especiais aqueles que sob os prismasantropológico, cultural e psicológico para suaidentificação, não se adaptam física, intelectualou emocionalmente aos parâmetros normais,considerando os padrões de crescimento,desenvolvimento mental e controle emocional,além dos relacionados à conservação da saúde.Neste grupo de pacientes incluem-se também ossoropositivos, pacientes sensíveis e de difícilmanuseio.

Devido às consequências causadas tantopelo avanço da doença quanto pelo uso doscoquetéis de antivirais para o controle da mesma,o paciente soropositivo geralmente apresenta-senum estado de saúde mais debilitado do queaqueles comuns, implicando em um tratamentoespecífico.

Do ponto de vista odontológico, uma dasespecialidades mais afetada devido a estesagravantes é a cirurgia, tendo este trabalho oobjetivo de sugerir um protocolo de atendimentocirúrgico odontológico para este tipo de paciente,para que a partir destas condutas o cirurgião-dentista possa estar apto a realizar o tratamentoadequado ao paciente soropositivo, bem comoser capaz de contornar e/ou evitar complicaçõestrans e pós-operatórias decorrentes da situaçãodelicada de saúde do paciente.

O desenvolvimento da AIDS, bem como ouso dos coquetéis medicamentosos para o seucontrole, geram no paciente portador uma sériede agravantes em relação à sua saúde. Todos essesfatores devem ser levados em consideração pelocirurgião-dentista antes de uma cirurgia, da maissimples a mais complexa. Portanto, a elaboraçãode um protocolo para atendimento cirúrgico

odontológico é importante.Na sequência de cada alteração sistêmica é

revisada a conduta que o cirurgião-dentista deveproceder, citando quais atitudes devem sertomadas no pré-operatório, quais exames devemser solicitados e quais drogas que podem ou nãoser administradas no paciente em questão. Éimportante ressaltar que na maioria dos casos opaciente não vai apresentar apenas uma alteraçãoisolada, portanto é papel do cirurgião-dentistaavaliar o quadro do paciente como um todo eelaborar o melhor plano de tratamento paraaquele paciente (em conjunto com o médicoresponsável do mesmo).

Para facilitar a leitura, os procedimentoscirúrgicos de baixa complexidade foramabreviados para IV, os de média complexidadepara V e os de alta complexidade para VI.

Anemia é uma desordem onde ocorrediminuição no número de glóbulos vermelhoscirculantes, diminuição na concentração dehemoglobina e/ou redução do hematócrito,podendo resultar de uma perda excessiva desangue, diminuição da produção ou do aumentoda destruição dos glóbulos vermelhos1.

Conduta a ser seguida:• Requisição de hemograma completo para

a v a l i a ç ã o d o q u a d r o a n ê m i c o :hemoglobina (valores normais: 14-18 g/dlpara homens, 12-16 g/dl para mulheres,16-19 g/dl para recém-nascidos e 11-16g/dl para crianças), hematócrito (valoresnormais: 40-54% para homens, 37-47%para mulheres, 49-54% para recém-nascidos e 35-49% para crianças) (IV-VI) ;

• Não utilizar Prilocaína nos procedimentosanestésicos (devido a Ortotoluidina, que éum de seus metabólitos) (IV-VI) ;

• Não prescrever AINES - Anti-inflamatóriosnão esteroides (contraindicados parapacientes com discrasias sanguíneas) (IV-VI) ;

Anemia

1,2,3

4

5,6,7,8

34 ADS, Chapecó, v. 2, n. 1, p. 33-45, jan./abr. 2012

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• Não pre sc reve r D ip i rona Sód i ca(contraindicada para pacientes comdiscrasias sanguíneas) (IV-VI) ;

• Pacientes de baixo risco - IV - (paciente comhistória de anemia que foi corrigida, e quese encontra assintomático e comhematócrito normal; paciente que temligeira anemia, mas sem necessidade detratamento e com valor de hematócritoacima de 30%; paciente que possui ligeiraanemia, e que se encontra em tratamento,apresentando-se assintomático e com valorde hematócrito acima de 30%; pacientecom anemia em virtude de uma doençacrônica e que possui o valor do hematócritoestável acima de 30%, estando assimassintomático):• Conduta normal (IV-VI) ;

• Pacientes de alto risco - VI - (paciente quenão sabia estar anêmico, mas cuja anemiafoi descoberta durante a avaliação dentária;paciente possuidor de hematócrito abaixode 30%; paciente com evidência desangramento; paciente com umacoagulopatia e anemia; paciente que requerrepetidas transfusões de sangue paraprevenir os sintomas da anemia):• Descobrir primeiramente se a anemia do

paciente não é secundária a umacoagulopatia; Avaliar hemogramacompleto, tempo de sangramento (valornormal: 5-10 minutos), contagem deplaquetas (valor normal: 100.000-400.000/mm³), TP (valor normal: 11-15segundos), TTPa (valor normal: 25-40segundos) (IV-IV). Em caso de valoresanormais, ver coagulopatias ;

• Sempre que possível, os tratamentoscirúrgicos devem ser adiados até que oestado clínico do paciente estejasatisfatório (IV-VI) ;

• Procedimentos cirúrgicos em pacientes

5,6,7,8

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1,2,3

1,2,3

com anemia p rev i amente nãodiagnosticada devem ser postergados atéque a causa da anemia seja identificada et r a t a d a ( I V- I V ) . E m c a s o s d eurgência/emergência, os procedimentoscirúrgicos devem ser realizados emambiente hospitalar e com posteriorinternamento do paciente (IV-VI) ;

• Procedimentos cirúrgicos em pacientescom valores do hematócrito abaixo de30% devem ser adiados até que osvalores voltem a níveis aceitáveis (IV-IV).Em casos de urgência/ emergência, osprocedimentos cirúrgicos devem serrealizados em ambiente hospitalar e composterior internamento do paciente (IV-VI) ;

• Pacientes com sangramento ativo,coagulopatias e os que necessitam detransfusões múltiplas para anemiasintomática precisam de estabilizaçãoclínica antes de qualquer procedimentoc i rúrg ico ( IV-VI ) . Em casos deurgência/emergência os procedimentoscirúrgicos devem ser realizados emambiente hospitalar e com posteriorinternamento do paciente (IV-VI) ;

• Quando clinicamente estáveis, estespacientes devem ser submetidos atempos cirúrgicos curtos e comminimização do stress (devem serconsideradas técnicas de sedação auxiliar(IV-VI) ;

• A hospitalização para monitorizaçãocuidadosa deve ser considerada nosprocedimentos cirúrgicos moderados eextensos (V-VI) .

A deficiência dos fatores de coagulação,chamadas coagulopatias, pode ser tantohereditária como adquirida .

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1

Coagulopatias

35ADS, Chapecó, v. 2, n. 1, p. 33-45, jan./abr. 2012

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Conduta a ser seguida:• Avaliação do hemograma completo, tempo

de sangramento (valor normal: 5-10minutos), contagem de plaquetas (valornormal: 100.000-400.000/mm³), Tempo deProtrombina - TP - (valor normal: 11-15segundos), Tempo de TromboplastinaParcial Ativa - TTPa - (valor normal: 25-40segundos) (IV-VI) ;

• Não prescrever AINES (contraindicados parapacientes com discrasias sanguíneas) (IV-VI) ;

• Não pre sc reve r D ip i rona Sód i ca(contraindicada para pacientes comdiscrasias sanguíneas) (IV-VI) ;

• TP elevado, porém inferior a um e meio ovalor-controle (de 12 a 17,5 seg.): condutanormal, com rigorosa atenção para ahemostasia (IV). Procedimento com ou semhospitalização (V-VI) ;

• TP acima de um e meio o valor-controle( tempo > 17,5 seg . ) : qua lquerprocedimento cirúrgico (IV-VI) necessitaráde correção do TP, com plasma congeladofresco, até que os valores atinjam menos deuma vez e meia o valor controle. Provávelhospitalização ;

• TTPa de 5 a 10 segundos acima do valor-controle (distúrbio hemorrágico leve):conduta normal, com rigorosa atenção paraa hemostasia (IV). Procedimento com ousem hospitalização (V-VI) ;

• TTPa mais de 10 segundos acima do valor-con t ro l e (d i s tú rb io hemor rág i cosignificativo): qualquer procedimentocirúrgico (IV-VI) necessitará de correção doTP, com plasma congelado fresco, até queos valores atinjam menos de uma vez e meiao valor controle. Provável hospitalização ;

• Trombocitopenia leve (contagem deplaquetas de 50.000 a 100.000/mm³):qualquer procedimento cirúrgico (IV-VI)

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5,6,7,8

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necessitará de transfusão de plaquetas eprovável hospitalização ;

• Trombocitopenia grave (contagem deplaquetas menor do que 50.000/mm³):qualquer procedimento cirúrgico (IV-VI)necessitam de transfusão de plaquetas ehospitalização ;

• As deficiências conjuntas do TP, TTPa e dasplaquetas requerem hospitalização etransfusão de plasma congelado fresco (IV-VI) .

O diabetes Mellitus resulta da insuficiênciaabsoluta ou relativa de insulina, causadatanto pela baixa produção de insulina pelopâncreas, como pela falta de resposta dostecidos periféricos à insulina. Pode-seclassificar em diabetes tipo I, onde se temdependência de insulina e propensão àcetose, e diabetes tipo II, não-insulino-dependente e não propenso a cetose .

Conduta a ser seguida:• Pacientes descompensados devem ser

encaminhados para o médico responsável eo procedimento cirúrgico deverá serpostergado (IV-VI) ;

• Os procedimentos cirúrgicos devem sermarcados na segunda metade da manhã,p o i s o s n í v e i s e n d ó g e n o s d ecorticosteróides neste período sãogeralmente altos e os procedimentosestressantes podem ser mais bem tolerados(IV-VI) ;

• Em casos de procedimentos cirúrgicosmoderados ou extensos, deve-se considerara hospitalização do paciente (V-VI) ;

• Paciente deve se alimentar normalmenteassim como fazer o uso de hipoglicemiantesorais ou insulina (se o seu uso tiver sidoindicado pelo médico responsável) no diada intervenção cirúrgica (IV-VI) ;

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Diabetes Mellitus

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• Diminuir ao máximo o estresse do paciente,pois pode agravar o quadro dehiperglicemia. A sedação do paciente podeser considerada (IV-VI) ;

• Como são pacientes que apresentamdificuldade na cicatrização, estão maissusceptíveis a infecções. Em casos deprocedimentos moderados ou extensos,recomenda-se profilaxia antibiótica eterapêutica antibiótica no pós-operatório(V-VI) ;

• Optar por corticosteróides no pré-operatório, pois os AINES tendem aaumentar os efeitos da insulina (IV-VI) ;

• Não usar a Adrenalina como agentevasoconstritor, pois é um hormôniohiperglicêmico com ação farmacológicaoposta à da insulina (IV-VI) ;

• Não prescrever associações com Aspirina,pois incrementa a at iv idade doshipoglicemiantes orais e da insulina, alémde inibir a função plaquetária, o que geramaior sangramento (IV-VI) .

A disfunção hepática se torna evidente porperturbar o funcionamento do fígado, o qualdesempenha muitas funções diferentes, gerandoentão distúrbios metabólicos. Dentre elas, é válidocitar filtração e armazenagem de sangue,metabolismo dos carboidratos, proteínas,gorduras, hormônios e produtos químicosestranhos ( álcool, fármacos, drogas), formaçãoda bile, armazenamento de vitaminas e de ferro eformação de fatores de coagulação .

Conduta a ser seguida:• Avaliação dos níveis sanguíneos de enzimas

hepáticas (se ocorrer aumento, indicadisfunção hepática) (IV-VI) ;

• Avaliação do hemograma completo, tempode sangramento (valor normal: 5-10minutos), contagem de plaquetas (valor

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9

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Disfunção Hepática

normal: 100.000-400.000/mm³), TP (valornormal: 11-15 segundos), TTPa (valornormal: 25-40 segundos) (IV-IV). Em casode valores anormais, ver coagulopatias ;

• A n s i o l í t i c o s : e v i t a r o u s o d ebenzodiazepínicos (Midazolam, Diazepam,Lorazepam, Oxazepam; pois sãometabolizados no fígado). Caso necessário,optar por Midazolam 15mg - 1 cp. 1 horaantes do procedimento (pois possui açãomais rápida e meia-vida plasmática curta)(IV-VI) ;

• Anestésicos: administrar Procaína 2% comAdrenalina 1:100.000 (pois os Amino-Ésteres são metabolizados no plasmasanguíneo, diferente das Amino-Amidas,que são metabolizadas no fígado). Casonão seja possível usar um Amino-Éster, usa-se uma Amino-Amida, porém comprecaução (de preferência a Articaína 4%com Adrenalina 1:100.000, pois como suaação é rápida e duradoura, será necessário ouso de um menor número de tubetes) (IV-VI) ;

• Antibióticos: Como todos são demetabolização hepática, optar porAzitromicina 500mg - 1 cp. 1 vez ao diadurante 3 dias (por ser de dose única diária)(IV-VI) ;

• Anti-inflamatórios: não utilizar AINES(contraindicados para pacientes comproblemas hepát icos e discras iassanguíneas) . Optar por 4mg deDexametasona ou Betametasona 1 horaantes do procedimento cirúrgico (doseúnica) (IV-VI) ;

• Analgésicos: não prescrever Paracetamol(pois tem metabolização hepática).Prescrever Dipirona Sódica (caso o pacientenão apresente nenhuma discrasiasanguínea) 500mg/ml 30 gotas de 6/6horas durante 1-3 dias (dependendo da

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5,6,7,8

37ADS, Chapecó, v. 2, n. 1, p. 33-45, jan./abr. 2012

Page 40: v. 2, n.1, 2012

persistência da dor). Se o paciente foralérgico à Dipirona Sódica ou apresentarqualquer tipo de discrasia sanguínea,prescrever um antiinflamatório esteroidalem dose única no pré-operatório (IV-VI) .

O rim part ic ipa de vár ias funçõesespecializadas, incluindo a manutenção doequilíbrio hidroeletrolítico, a regulação doequilíbrio ácido-básico, bem como a excreção deresíduos nitrogenados e drogas. Além disso,participa da produção ou do metabolismo devários hormônios, incluindo a vitamina D, renina,eritropoietina e prostaglandinas. As doenças queenvolvem o rim, portanto, podem causar váriosdistúrbios metabólicos .

Conduta a ser seguida:• Avaliação dos níveis de nitrogênio uréico do

sangue (BUN) e de creatinina (IV-VI): BUN(valor normal: inferior a 20 mg/100 ml),creatinina (valor normal: inferior a 1,5mg/100 ml) ;

• Requisição de hemograma completo paraa v a l i a ç ã o d o q u a d r o a n ê m i c o :hemoglobina (valores normais: 14-18 g/dlpara homens, 12-16 g/dl para mulheres,16-19 g/dl para recém-nascidos e 11-16g/dl para crianças), hematócrito (valoresnormais: 40-54% para homens, 37-47%para mulheres, 49-54% para recém-nascidos e 35-49% para crianças) (IV-VI).Em caso de valores anormais, ver anemia ;

• Avaliar tempo de sangramento (valornormal: 5-10 minutos), contagem de

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Disfunção Renal

plaquetas (valor normal: 100.000-400.000/mm³), TP (valor normal: 11-15segundos), TTPa (valor normal: 25-40segundos) (IV-VI); Em caso de valoresanormais, ver coagulopatias ;

• Avaliar níveis de cálcio (valor normal: 8,5-10,5 mg/dl) e fosfato (valor normal: 3,0-4,5

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mg/dl): pacientes com hipocalcemia (níveisbaixos de Cálcio), hiperfosfatemia (níveissanguíneos elevados de Fosfato) e outrasanormalidades bioquímicas devem ter suascondições metabólicas melhoradas antesdo tratamento (IV-VI) ;

• Não prescrever Tetraciclinas (pois elaspodem elevar os níveis do Nitrogênio Uréicode Sangue - BUN) (IV-VI) ;

• Devido ao comprometimento da função dasplaquetas, não prescrever drogas com açãoant ip laquetár ia (ana lgés i cos quecontenham Asp i r ina : Ox icodona,Prometazina ou Butalbital; AINES, incluindoIbuprofeno, Naproxeno, Zomeperac Sódicoe Indometacina) (IV-VI) ;

• Hipertensão associada (pode ocorrer devidoà sobrecarga de líquidos) ;

• Associação com insuficiência cardíacacongestiva, a qual pode ser dita como oresultado da incapacidade do coração defornecer um suprimento adequado deoxigênio para atender às demandasmetabólicas do organismo :• Sintomas: dispnéia (especialmente com o

esforço), ortopnéia (falta de ar emdecúbito), dispnéia noturna paroxística,congestão hepática, edema periférico,ascite .

• Quadros de insuficiência cardíacacongestiva:• Baixo risco (paciente assintomático,

com história pregressa de insuficiênciacardíaca congestiva leve, sem outrosf a t o r e s d e c o m p l i c a ç ã o ) :procedimentos cirúrgicos simples (IV)podem ser realizados normalmente.Antes de procedimentos cirúrgicosmoderados e extensos (V-VI), o médicodo paciente deve ser consultado ;

• Médio risco (paciente com história deinsuficiência cardíaca congestiva

1,2,3

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1

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38 ADS, Chapecó, v. 2, n. 1, p. 33-45, jan./abr. 2012

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moderada; assintomático em repouso,mas apresenta sintomas durante oexercício; geralmente fazendo uso dediuréticos mais potentes e glicosídioscardíacos): antes de qualquerprocedimento cirúrgico deve-se fazeruma consulta com o médicoresponsável. Procedimentos cirúrgicossimples (IV) podem ser executadosnormalmente, usando-se de sedaçãocomplementar, quando indicada.Procedimentos cirúrgicos moderados eextensos (V-VI) devem ser feitos comhospitalização do paciente, para umcontrole adequado durante otratamento ;

• Alto risco (paciente sintomático, apesardo tratamento; geralmente fazendouso de dose s c r e s cen te s dem e d i c a m e n t o s , i n c l u i n d o o svasodilatadores): antes de qualquerprocedimento cirúrgico deve-se fazeruma consulta com o médicoresponsável. O paciente deve ter sidoexaminado recentemente e deve serfeita uma avaliação do potássio sérico.Os procedimentos cirúrgicos simples(IV) devem ser realizados com cuidado,procurando reduzir o estresse aomínimo possível e limitando o uso deAdrenalina. A hospitalização énecessária para os procedimentoscirúrgicos moderados e extensos (V-VI).Em pacientes com insuficiênciacardíaca refratária, sempre quepossível, os procedimentos cirúrgicoseletivos moderados e extensos (V-VI)devem ser evitados ;

• Ansiolíticos: deve-se ter cuidado naadministração de benzodiazepínicos(Midazolam, Diazepam, Lorazepam,Oxazepam; devido à disfunção renal).

1,2,3

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Optar por Midazolam 15mg - 1 cp. 1hora antes do procedimento (poispossui ação mais rápida e meia-vidaplasmática curta) (IV-VI) ;

• Anestésicos: Administrar Prilocaína 3%c o m Fe l i p r e s s i n a 0 , 0 3 U l / m l .Administrar doses pequenas, cominjeções lentas e precedidas deaspiração negativa (IV-VI) ;

• Anti-inflamatórios: não utilizar AINES(contraindicados para pacientes comdisfunção renal devido à sua açãoantiplaquetária). Optar por 4mg deDexametasona ou Betametasona 1hora antes do procedimento cirúrgico(pois são de dose única) (IV-VI) ;

• Analgésicos: Não prescrever DipironaSódica e nem analgésicos quecon tenham Asp i r i na em suaf o r m u l a ç ã o ( d e v i d o à a ç ã oantiplaquetária desses medicamentos)(IV-VI) ;

• A inclinação do encosto da cadeira nãodeve ser muito acentuada (IV-VI) ;

• O pulso e a frequência cardíaca devemser verificados em intervalos regularesdurante o procedimento cirúrgico. Sehouver aumento significativo dafrequência cardíaca, deve ser feito umperíodo de repouso e esperar que amesma retorne ao normal. Se isto nãoocorrer, é prudente interromper oatendimento e encaminhar o pacienteao médico (IV-VI) .

Granulocitopenia é a diminuição do númerode leucócitos granulares no sangue .

Conduta a ser seguida:• Requisição de hemograma completo para

avaliação do grau de granulocitopenia (IV-VI) ;

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Granulocitopenia

39ADS, Chapecó, v. 2, n. 1, p. 33-45, jan./abr. 2012

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• Valores de granulócitos (valor-controle:neutrófilos: 50-70%; eosinófilos: 0,5%;basófilos: 0-1%) abaixo dos valores padrãoimplicam em resposta imunológicadeficiente, podendo gerar infecções no pós-operatório (IV-VI) ;

• Em casos de granulocitopenia leve,procedimentos cirúrgicos básicos (IV)podem ser realizados em ambienteambulatorial com prescrição de profilaxiaantibiótica e terapia antibiótica no pós-operatório. Em procedimentos cirúrgicosmode rados e ex t en so s (V-V I ) ahospitalização deve ser considerada,devendo também ser feita a prescrição deprofilaxia antibiótica e terapia antibióticano pós-operatório ;

• Em casos de granulocitopenia severa,qualquer procedimento cirúrgico (IV-VI)deve ser postergado até que os valoresvoltem a uma margem segura (encaminharo paciente ao médico responsável). Emcasos de urgência/emergência, osprocedimentos devem ser realizados emambiente hospitalar com suporteimunológico e ainda com realização deprofilaxia antibiótica e terapia antibiótica nopós-operatório. Deve-se considerartambém o internamento do paciente ;

• Não prescrever AINES (contraindicados parapacientes imunocomprometidos ou comdiscrasias sanguíneas) (IV-VI) ;

• Não pre sc reve r D ip i rona Sód i ca(contraindicada para pacientes comdiscrasias sanguíneas) (IV-VI) .

A hepatite é uma infecção aguda do fígado,sendo uma doença contagiosa e que pode ser dotipo A, B ou C, cada qual com suas especificações.Podemos ter ainda um estado crônico da doença .

Conduta a ser seguida:

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1

Hepatite

• Avaliação dos níveis sanguíneos de enzimashepáticas (se ocorrer aumento, indicadisfunção hepática); (IV-VI) ;

• Avaliação do hemograma completo e, emc a s o d e v a l o r e s a n o r m a i s , v e rcoagulopatias :

• Ansiolíticos, anestésicos, anti-inflamatóriose analgésicos: idem a disfunção hepática;

• Proteção pessoal adequada: luvas cirúrgicasde qualidade, gorro, máscara, óculos deproteção, bata cirúrgica e revestimentoclínico apropriado (utilização de campo demesa cirúrgico e campo fenestrado) ;

• Evitar a produção de aerossóis através decanetas de alta rotação, por exemplo, compartículas viróticas potencialmenteinfectantes .

Vírus que causa infecção na forma de lesõesvesiculares, sendo uma estomatite aguda, querepresenta a infecção primária, e uma formalocalizada crônica recorrente, que representa ainfecção secundária .

Conduta a ser seguida:• Requisição de hemograma completo para

avaliação do quadro imunológico dopaciente (IV-VI) ;

• Em pacientes que se apresentam com adoença ativa, os procedimentos cirúrgicosd e v e m s e r a d i a d o s ( d e v i d o a ocomprometimento imunológico); (IV-VI) ;

• Em casos de urgência/emergência,considerar tratamento com hospitalizaçãodo paciente (IV-VI) ;

• Proteção pessoal adequada: idem ahepatite.

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Herpes

40 ADS, Chapecó, v. 2, n. 1, p. 33-45, jan./abr. 2012

Valor Normal

Tempo de sangramento 5 – 10 minutos

Contagem de plaquetas 100.000 – 400.000/mm3

Tempo de Protrombina (TP) 11 – 15 segundos

Tempo de Tromboplastina Parcial (TTPa) 25 – 40 segundos

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Hiperglicemia

Hipertensão

Nível de glicose elevado no sangue .Conduta a ser seguida:• Os procedimentos cirúrgicos devem ser

marcados na segunda metade da manhã(IV-VI) ;

• Aconselhar o paciente a se alimentarnormalmente assim como fazer o uso dehipoglicemiantes orais se o seu uso tiversido indicado pelo médico responsável, nodia da intervenção cirúrgica (IV-VI) ;

• Diminuir ao máximo o estresse do paciente,pois pode agravar o quadro dehiperglicemia. A sedação do paciente podeser considerada (IV-VI) ;

• Não usar a Adrenalina como agentevasoconstritor, pois é um hormônio quegera hiperglicemia, podendo utilizarfelipressina (IV-VI) ;

• Não prescrever Aspirina, pois incrementa aatividade dos hipoglicemiantes orais, alémde inibir a função plaquetária, o que geramaior sangramento, podendo utilizarParacetamol (IV-VI) .

Hipertensão é a elevação anormal da pressãosanguínea sistólica arterial e/ou a elevação dapressão sanguínea diastólica .

• Quadros de hipertensão:• H i p e r t e n s ã o c o n t r o l a d a ( a t é

140mmHg/90mmHg) e leve (até 140-160mmHg/90-105mmHg): Condutanormal, com ou sem técnicas de sedação(IV-VI) ;

• H i p e r t e n s ã o m o d e r a d a ( 1 6 0 -1 7 0 m m H g / 1 0 5 - 1 1 5 m m H g ) :encaminhamento para avaliação esedação (IV); encaminhamento aomédico responsável e o procedimentocirúrgico deve ser realizado em ambientehospitalar (V-VI) ;

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• Hipertensão grave (170-190mmHg/115-125mmHg) : pac iente deve se rencaminhado ao médico e qualquerprocedimento cirúrgico postergado atéque o quadro se estabilize (IV-VI); Emcasos de urgência/ emergência, qualquerprocedimento cirúrgico deve serrealizado em ambiente hospitalar (IV-VI) ;

• Hipertensão maligna (valores maiores doque 190mmHg/125mmHg): encaminharo paciente ao médico responsável (IV-VI) ;

• Pacientes que estiverem fazendo uso devasodilatadores coronarianos (exemplo:Isordil) deve ser encaminhado ao médicopara avaliar se há ou não necessidade daprescrição de dose profilática de Isordil (1a 2 minutos antes do inicio da cirurgia);(IV-VI) ;

• Anestésicos: Administrar Prilocaína 3% comFelipressina 0,03Ul/ml. Administrar dosespequenas, com injeções lentas e precedidasde aspiração negativa (IV-VI) .

Hipertrigliceridemia refere-se a níveis séricosde triglicerídeos acima do níveis adequados.Hipercolestero-lemia refere-se a ocorrência dealtos níveis de colesterol no sangue .

Se o paciente apresentar uma dessascomplicações é importante encaminhá-lo aomédico, uma vez que excessos de lipídios ecolesterol podem causar doenças do sistemacirculatório (IV-VI) .

Corresponde ao aumento dos níveis séricos doácido úrico. Os valores normais do ácido úrico noplasma não devem ultrapassar os 7,9 mg/dl. Podegerar insuficiência renal (ver disfunção renal) egota (artrite inflamatória aguda provocada pela

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Hipertrigliceridemia e Hipercolesterolemia

Hiperuricemia

41ADS, Chapecó, v. 2, n. 1, p. 33-45, jan./abr. 2012

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deposição de cristais de ácido úrico no líquidoarticular, gerando uma reação inflamatóriaintensa). É necessário que os níveis de ácido úricode pacientes que façam uso da Didanosina sejamavaliados antes de qualquer procedimentocirúrgico (IV-VI) :

• Gota: considerações especiais devem serlevadas em conta quanto à prescrição deanalgésicos para pacientes com história deataques de gota. Doses pequenas deAspirina possuem efeito antiuricosúrico e,em raras ocasiões, podem precipitar umepisódio agudo de gota. Portanto, éaconselhável que não se prescreva drogasque contenham Aspirina para estespacientes (IV-VI) .

Uma produção insuficiente de hormôniotireoideano resulta em hipotireoidismo.Inicialmente, o paciente queixa-se de fadiga,intolerância ao frio, fraqueza e aumento de peso.Subsequentemente, podem ser notadasrouquidão e atividade mental prejudicada. Emcasos graves, há um aumento na letargia,culminando em coma .

• Quadros de hipotireoidismo:• Baixo risco (pacientes assintomáticos,

exame físico e provas de função datireóide em limites normais nos últimosseis meses): esquema normal paraprocedimentos cirúrgicos (IV-VI) ;

• Médio risco (pacientes assintomáticos,não possuem exame físico e provasfuncionais da tireóide recentes):minimizar o uso de Adrenalina edepressores do sistema nervoso central(ex: analgésicos narcóticos, barbitúricos,Diazepam), considerar reexame médico elaboratorial; (IV-VI) ;

• Alto risco (pacientes sintomáticos): adiarqualquer procedimento cirúrgico (IV-VI)

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Hipotireoidismo

até depois do exame médico, avaliação etratamento. Provas de função da tireóidedevem estar normalizadas antes dosprocedimentos .

Leucopenia é a redução no número deleucócitos no sangue, os quais são responsáveispela defesa do organismo .

Conduta a ser seguida:• Requisição de hemograma completo para

avaliação do grau de leucopenia ;• Valores de leucócitos (valor-controle: 5.000-

10.000 células p/mm³) abaixo dos valorespadrão implicam em resposta imunológicadeficiente, podendo gerar infecções no pós-operatório ;

• E m c a s o s d e l e u c o p e n i a l e v e ,procedimentos cirúrgicos básicos (IV)podem ser realizados em ambienteambulatorial com prescrição de profilaxiaantibiótica e terapia antibiótica no pós-operatório. Em procedimentos cirúrgicosmode rados e ex t en sos (V-V I ) ahospitalização deve ser considerada,devendo também ser feita a prescrição deprofilaxia antibiótica e tratamento terapiaantibiótica no pós-operatório ;

• Em casos de leucopenia severa, qualquerprocedimento cirúrgico (IV-VI) deve serpostergado até que os valores voltem a umamargem segura indicada pelo médicor e s p o n s á v e l ; E m c a s o s d eurgência/emergência, os procedimentosdevem ser realizados em ambientehospitalar com suporte imunológico eainda com realização de profilaxiaantibiótica e terapia antibiótica no pós-operatório. Deve-se considerar também ointernamento do paciente ;

• Não prescrever AINES e Dipirona Sódica (IV-VI) .

1,2,3

1

1,2,3

1,2,3

1,2,3

1,2,3

5,6,7,8

Leucopenia

42 ADS, Chapecó, v. 2, n. 1, p. 33-45, jan./abr. 2012

Page 45: v. 2, n.1, 2012

Linfopenia

Neutropenia

Linfopenia refere-se à diminuição do númerode linfócitos .

Conduta a ser seguida:• TCD4+ acima de 500 células/µl (resposta

imunológica razoável): conduta normal,porém com terapia antibiótica no pós-operatório em procedimentos cirúrgicossimples (IV) e profilaxia antibiótica seguidapor terapia antibiótica no pós-operatóriopara procedimentos cirúrgicos moderadose extensos (V-VI) ;

• TCD4+ infer ior a 500 célu las /µ l( c o m p r o m e t i m e n t o i m u n o l ó g i c osignificativo): procedimentos cirúrgicosbásicos (IV) podem ser realizados emambiente ambulatorial com prescrição deprofilaxia antibiótica e terapia antibiótica nopós-operatório. Em procedimentoscirúrgicos moderados e extensos (V-VI) ahospitalização deve ser considerada,devendo também ser feita a prescrição deprofilaxia antibiótica e terapia antibiótica nopós-operatório ;

• TCD4+ infer ior a 200 célu las /µ l(comprometimento imunológico grave):qualquer procedimento cirúrgico (IV-VI)deve ser postergado até que os valoresvoltem a uma margem segura (encaminharo paciente ao médico responsável); Emcasos de urgência/ emergência, osprocedimentos devem ser realizados emambiente hospitalar com suporte de TCD4+e ainda com realização de profilaxiaantibiótica e terapia antibiótica no pós-operatório. Deve-se considerar também ointernamento do paciente ;

• Não prescrever (IV-VI) ;• Não prescrever Dipirona Sódica (IV-VI) .

Neutropenia é a diminuição no número de

1

1,2,3

1,2,3

1,2,3

5,6,7,8

5,6,7,8

neutrófilos circulantes .Conduta a ser seguida:• Valores de neutrófilos (valor-controle: 50-

70% das células da série branca) abaixo dosvalores padrão implicam em respostaimunológica deficiente, podendo gerarinfecções no pós-operatório ;

• Em casos de neu t ropen i a l e ve ,procedimentos cirúrgicos básicos (IV)podem ser realizados em ambienteambulatorial com prescrição de profilaxiaantibiótica e terapia antibiótica no pós-operatório. Em procedimentos cirúrgicosmode rados e ex t en sos (V-V I ) ahospitalização deve ser considerada,devendo também ser feita a prescrição deprofilaxia antibiótica e terapia antibiótica nopós-operatório ;

• Em casos de neutropenia severa, qualquerprocedimento cirúrgico (IV-VI) deve serpostergado até que os valores voltem a umamargem segura (encaminhar o paciente aomédico responsável); Em casos deurgência/emergência, os procedimentosdevem ser realizados em ambientehospitalar com suporte imunológico eainda com realização de profilaxiaantibiótica e terapia antibiótica no pós-operatório. Deve-se considerar também ointernamento do paciente ;

• Não prescrever AINES e Dipirona Sódica (IV-VI) .

Pancreatite refere-se a uma inflamação dopâncreas que pode levar à morte. É um dosprincipais efeitos adversos causados pelo uso daDidanosina, medicamento do grupo dosNucleosídeos Inibidores da Transcriptase Reversa,utilizado para terapia em pacientes com HIV. Empacientes que apresentam este quadro énecessário entrar em contato com o médico

1

1,2,3

1,2,3

1,2,3

5,6,7,8

Pancreatite

43ADS, Chapecó, v. 2, n. 1, p. 33-45, jan./abr. 2012

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responsável antes de realizar qualquerprocedimento cirúrgico para que este autorize (ounão) o tratamento (IV-VI). Pode gerar casos detrombocitopenia e elevação do tempo deprotrombina (ver coagulopatias) .

Sífilis é uma doença sexualmente transmissível,podendo ser congênita ou adquirida. A sífiliscongênita é transmitida ao recém-nascido pelamãe e a sífilis adquirida é transmitida por contatosexual ou outro contato interpessoal .

Conduta a ser seguida:• Requisição de hemograma completo para

avaliação do quadro imunológico dopaciente (IV-VI) ;

• Em pacientes que se apresentam com adoença ativa, os procedimentos cirúrgicosd e v e m s e r a d i a d o s ( d e v i d o a ocomprometimento imunológico); (IV-VI) ;

• Em casos de urgência/emergência,considerar tratamento com hospitalizaçãodo paciente (IV-VI) ;

• Proteção pessoal adequada: idem ahepatite.

Tuberculose é uma doença contagiosa, a qualé transmitida através de indivíduos infectados poraerossóis de gotículas e levado às vias aéreas depessoas susceptíveis .

Conduta a ser seguida:• Qualquer procedimento cirúrgico (IV-VI)

eletivo deve ser postergado em pacientesque estão em quadro de alto contágio ;

• Em casos de urgência/emergência, osprocedimentos cirúrgicos devem serrealizados com hospitalização do paciente(IV-VI) ;

• Proteção pessoal adequada: idem ahepatite;

• Evitar a produção de aerossóis de partículas

1,2,3

1

1,2,3

1,2,3

1,2,3

1

1,2,3

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Sífilis

Tuberculose

viróticas potencialmente infectantes, comopor exemplo através de canetas de altarotação .

Desde o seu reconhecimento comoentidade patológica em 1981, a AIDS começou ase disseminar em uma escala cada vez maior,inclusive no Brasil. Portanto, na atualidade asituação clínica de se tratar no consultórioodontológico um paciente soropositivo está setornando cada vez mais corriqueira. Para isso, épreciso que o cirurgião-dentista esteja preparadopara tratar essa classe especial de pacientes,principalmente durante os tratamentos cirúrgicosodontológicos.

Tanto a evolução da AIDS quanto o uso dosantiretrovirais para o seu controle levam aimplicações clínicas no paciente, podendo estasser tanto entidades patológicas quantodisfunções sistêmicas, tornando a abordagemcirúrgica odontológica nesse tipo de pacientemais criteriosa. É fundamental que o cirurgião-dentista atue em conjunto com o médicoresponsável pelo paciente, bem como realizar oplanejamento adequado para cada caso, levandoem consideração que cada paciente vai apresentarpatologias, disfunções sistêmicas e uso demedicações peculiares, para que sejam evitadascomplicações trans e pós-operatórias e aabordagem cirúrgica odontológica seja bemsucedida.

1,2,3

CONCLUSÕES

44 ADS, Chapecó, v. 2, n. 1, p. 33-45, jan./abr. 2012

Page 47: v. 2, n.1, 2012

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ABSTRACT:

The Acquired Immunodeficiency Syndrome (AIDS) is a disease that started to be on the highlights and generateconcern among the Brazilians from the beginning of the 80's, when it started to become an epidemic among theusers of injectable drugs, homosexuals and individuals who received blood transfusion or from others bloodderivatives. The HIV acts by weakening the carrier`s immunological system, making this carrier become susceptibleto develop opportunist infections, or may even lead the carrier to death. Even with the new medications and thelarge number of prevention campaigns, this disease is still considered as one of the biggest problems in public healthin Brazil nowadays. Due to its aggravating circumstances, the AIDS is considered an obstacle during the treatment,both medical and odontological, of patients with this disease. In Dentistry, the class of treatment that most sufferinfluence from this disease is the surgical treatment, being the objective of this paper to elaborate a surgicalodontological treatment protocol for the seropositive patients, considering that systemic alterations caused by thedisease`s advance and by the use of the antiretroviral drugs are eminent.

AIDS. Oral Surgery. HIV.Keywords:

Correspondência com o autor: [email protected] para publicação: 15/02/2012Aceito para Publicação: 10/03/2012

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SYSTEMIC ALTERATIONS IN HIV-POSITIVE

PATIENTS AND SURGICAL CARE DENTISTRY

45ADS, Chapecó, v. 2, n. 1, p. 33-45, jan./abr. 2012

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PRINCÍPIOS BÁSICOSPARA SELEÇÃO DO MECANISMO DERETENÇÃO (CIMENTO E PARAFUSO)

EM PRÓTESE IMPLANTOSSUPORTADA- PASSIVIDADE, REVERSIBILIDADE,

FABRICAÇÃO E CUSTOS

RESUMOEste trabalho tem por objetivo expor os fatores que influenciam na seleção dos sistemas de retenção(parafuso e cimento) em próteses implantossuportadas, levando em consideração os aspectos maisrelevantes encontrados na literatura. Os dados foram pesquisados através de artigos científicospublicados durante os anos de 2000 a 2011 na Literatura Internacional em Ciências da Saúde (Medline),Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (Lilacs) e no Scientific Eletronic LibraryOnline (Scielo). Além disso, publicações em jornais, revistas, livros, monografias, teses, dissertações. Combase na revisão da literatura conclui-se que em relação à reversibilidade, é um valioso requisito na prótesesobre implante parafusada, pois permite maior facilidade de manutenção e reparo. Em relação ao tempode trabalho e custos, a prótese sobre implantes cimentada possui menor custo e complexidade que aprótese sobre implante parafusada. Não existe um consenso sobre a melhor escolha do método de fixaçãodas próteses implantossuportadas. Portanto, é conveniente afirmar que ambos os métodos de retençãopossuem suas vantagens e desvantagens, sendo a escolha final relacionada diretamente ao conhecimentoe experiência clínica do profissional, a situação clínica apresentada, um criterioso planejamento e aexpectativa do paciente.Palavras-chave: Mecanismo. Prótese. Oclusão.

¹ Especialista em Prótese Dentária - UNINGÁ Chapecó - SC² Especialista em Prótese Dentária - UPF Passo Fundo - RSMestre em Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Facial - UNICASTELO Campinas - SPDoutorando em Implantodontia - SL MANDIC Campinas - SP

Maysa De Cesaro¹Cláudio João Pagliosa²

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1. INTRODUÇÃO

2. METODOLOGIA

3. DISCUSSÃO

O grande desafio da Odontologia ao longodo tempo tem sido o de restituir ao pacientemutilado oral a função, a fonética, o conforto,estética e saúde bucal. A Implantodontia, a partirda técnica de osseointegração, veio suprir essalacuna, tornando-se uma alternativa terapêuticaimportante nas últimas décadas .

Com a previsibilidade e a longevidaderelacionada à osseointegração, o tratamento comimplantes dentários tornou-se uma realidade naclinica odontológica. A fim de alcançar umsucesso mais duradouro da prótese, é defundamental importância a seleção adequada dosistema de retenção da prótese .

Sendo assim, o trabalho tem por objetivoexpor os fatores que influenciam na seleção dossistemas de retenção (parafuso e cimento) empróteses implanto suportadas, levando emconsideração os aspectos como passividade,reversibilidade, fabricação e custos.

Busca de trabalhos científicos relacionadosao tema: Prótese sobre implantes: cimentada ouparafusada, publicados durante os anos de 2000a 2011, nas bases de dados: LiteraturaInternacional em Ciências da Saúde (Medline),Literatura Latino-Americana e do Caribe emCiências da Saúde (Lilacs) e Scientific EletronicLibray Online.

Nota-se que existem posições distintas naliteratura sobre o método de fixação da prótesesobre o implante ideal, não sendo possível saberdefinitivamente qual a melhor opção para osucesso a longo prazo do tratamento. Porém,obtendo um conhecimento mais aprofundado de

1

2

cada método pode-se avaliar qual se enquadrarámelhor em cada caso clínico.

O contato máximo entre a base dainfraestrutura metálica sobre os pilaresintermediários, sem que se gere tensão entre osmesmos é chamado passividade .

A passividade é um pré-requisito essencialpara a manutenção da interface osso/implante . Oimplante osseointegrado não se movimenta paracompensar erros de adaptação da peça pro-téticacomo nas próteses fixa convencionais .

As distorções responsáveis pela ausência depassividade podem ocorrer em diferentes estágiosda confecção da prótese: moldagem, confecçãodo modelo mestre, fabricação dos padrões decera, inclusão, fundição, queima da porcelana ouinstalação da prótese . A ausência de adaptaçãotem causa multifatorial e adiciona ainda desenhoda infra-estrutura e experiência dos profissionais .

As tensões geradas por próteses fixas sobreimplantes parafuso e cimento retidas apresentaminfluência nas técnicas de moldagem e modos defabricação das próteses. A magnitude dodesenvolvimento da tensão depende da precisãoalcançada no processo de fabr icaçãocompreendido na técnica de moldagem, precisãodo modelo mestre, tolerância dos componentes efundição e das habilidades do técnico .

As possíveis complicações do assentamentonão passivo podem ser mecânicas, como oafrouxamento ou fratura do parafuso, oubiológicas, como a possível reabsorção ósseacausada pelo estresse gerado no tecido peri-implantar ou pelo desenvolvimento de umamicroflora bacteriana no microespaço,geralmente, presente na ausência de umaadaptação passiva entre o implante e ocomponente protético, fratura da porcelana,afrouxamento de parafuso, além de perda doimplante (Figuras 1 e 2).

3.1. Passividade

2

3

4

4

5

6

7,8,9

47ADS, Chapecó, v. 2, n. 1, p. 46-50, jan./abr. 2012

Page 50: v. 2, n.1, 2012

Figura 1. Desadaptação das prótese parafusada: formação de tensõesdurante o apertamento do parafuso de retenção. (11)

Figura 2. Desadaptação da prótese cimentada: adaptação passiva epresença d o cimento promovendo vedamento do espaço. (11)

As próteses retidas por cimento favorecem oassentamento passivo pelo próprio espaçopresente internamente para a ocupação docimento e ao fato dos ajustes das interferênciaspoderem ser realizados na superfície interna doscopings com auxílio de substâncias marcado-ras . A camada de cimento pode tambémabsorver forças, transmitindo-as uniformementepara o complexo implante-prótese-osso .

Já as próteses parafusadas apresentammenor tolerância para erros, devido ao fato doassentamento da prótese ocorrer por um sistemade metal contatado diretamente a outro metalsem intermédio de cimento .

As próteses sobre implante cimentadasapresentam uma distribuição das tensões maisequitativa do que as aparafusadas e quandosubmetidas à carga compressiva tanto na cervicalquanto no ápice dos implantes possuem níveismais baixos de distribuição de tensão quandocomparadas às próteses parafusadas .

O sistema de retenção do tipo parafusada

7,8,11

12

7,12

13,14

apresentou pior distribuição das tensões tantopara a aplicação de carga axial quanto para aoblíqua. E afirma que o implante do tipohexágono interno apresentou tendência demelhor distribuição de tensões e de menorintensidade tanto nas próteses cimentadasquanto nas próteses parafusadas. Para o estudodos implantes unitários, o implante que melhordistribuiu as tensões foi o cone-morse, seguidopelo hexágono interno e externo .

A recuperabilidade e a previsibilidade são asprincipais vantagens da prótese sobre implanteaparafusada, que podem ser alcançados semdanificar e fraturar a prótese, sendo mais valiosaem casos extensos, onde as necessidades prótesea ser recuperados para fins de manutenção

.Essa praticidade na remoção e no

reposicionamento das coroas parafusadas facilitaas sessões clínicas de controle quando sãonecessários reparos e manutenções. Esse fatorfavorece a higienização dessa modalidadeprotética, permite monitoramento dos tecidosperi-implantares e possibilita a substituição doscomponentes protéticos quando necessário . Oparafuso pode ser reapertado, componentesfraturados podem ser reparado, o tecidoperimplantar e o implante pode ser avaliado, ocálculo pode ser removido,e a limpeza doscomponentes é possível .

Este fator também oferece uma vantagempara os pacientes que mudar ou visitar umdentista que não seja aquele que preparou aprótese. Pode ser mais fácil para o novo dentistapara desapertar um caso do que para remover umcimentado sem saber que tipo de cimento foiusado .

A técnica utilizada para remover umaprótese aparafusada envolve remoção da

15

2,7,8,10,

11,12,16,17

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8, 16

3.2. Reversibilidade

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restauração oclusal, o intermediário de algodão, eo parafuso de enfrentamento. Quando a coroa éremovida, ele pode ser parafusado de volta emseguida. Um novo algodão é colocado e o furo deacesso é em seguida, restaurado com materiaiscomo compósitos .

Recentemente, a reversibilidade deixou deser uma vantagem exclusiva das prótesesparafusadas. A utilização de cimentos provisóriospara a fixação das próteses cimentadas podefacilitar a sua remoção. Aconselha-se a realizaçãode preparos não cônicos e a utilização de cimentosprovisórios, como, por exemplo, Temp Bond ouTemp Bond e vaselina. Porém os cimentostemporários são mais propensos a dissolução,ocasionando maior retenção de restosalimentares, placa bacteriana e cálculo emdeterminadas regiões ao redor dos implantes,aumentando o risco de ocorrência de peri-implantite . Porém a controvérsia afirmando quea principal desvantagem das próteses cimentadaspode ser a sua dificuldade de remoção erecuperação, mesmo com a utilização decimentos provisórios .

Uma técnica denominada “cimentaçãoprogressiva” foi desenvolvida, a fim de facilitar aanálise da capacidade retentiva do cimento e doabutment. Essa técnica é indicada na situaçãoonde os intermediários não estão proporcionandoa retenção esperada e, através dessa técnica,cimentos cada vez mais resistentes vão sendoutilizados até se obter a retenção desejada .

Na fabricação de próteses sobre implantecimentadas, há uma maior facilidade e menorcusto, pois, os procedimentos laboratoriais eclínicos são convencionais seguindo os princípiosda prótese parcial fixa. Dessa forma, não ánecessidade de treinamento adicional dos

10

7,12

4

7

3.3. Fabricação e custos

técnicos de laboratório, não sendo cobradas taxasextras .

Nas próteses parafusadas requeremcomponentes laboratoriais adicionais comotransferentes de moldagem, análogos,componentes e parafusos, possuindo, nessesentido, maior custo laboratorial e quantidade desessões clínicas necessárias para sua confecção .

No entanto, o aumento do custo da próteseaparafusada permite a previsibilidade erecuperabilidade, deve ser comparados com oscustos potenciais de danificação da prótesecimentada se houver complicação biológica outécnica .

Com base na literatura conclui-se que:

•Quanto à reversibilidade: é um valiosorequisito na prótese sobre implanteparafusada, pois permite maior facilidadede manutenção e reparo.

• uanto ao tempo de trabalho e custos: aprótese sobre implantes cimentada possuimenor custo e complexidade que aprótese sobre implante parafusada.

• ão existe um consenso sobre a melhorescolha do método de fixação daspróteses implantossuportadas. Portanto,é conveniente afirmar que ambos osmétodos de retenção possuem suasvantagens e desvantagens, sendo aescolha final relacionada diretamente aoconhecimento e experiência clínica doprof i s s iona l , a s i tuação c l ín i caapresentada, um criterioso planejamentoe a expectativa do paciente.

2

2

17

Q

N

4. CONCLUSÃO

49ADS, Chapecó, v. 2, n. 1, p. 46-50, jan./abr. 2012

Page 52: v. 2, n.1, 2012

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ABSTRACT

This paper aims to explain the factors that influence the selection of the restraint systems (screw and cement) inimplant prostheses, taking into account the most relevant aspects in the literature. The data were searched throughscientific articles published during the years 2000 to 2011 in the international literature. Based on the literaturereview, we concluded that in relation to aesthetics, the prosthesis on implant screw, it is shown below, due to thehole occlusal screw access, absent from the cemented prosthesis. For occlusion, and the occlusal load directed alongthe axis of the implant body in a cemented prosthesis, while the prosthesis is screwed and displaced buccally loaddue to the implant position, more lingually. The infiltration of fluids and bacteria in the cemented prosthesis, therewas no infiltration, unlike screwed prosthesis. There is no consensus on the best choice of method of attachment ofprosthetic implants. So convenient to say that both methods of retention have their advantages and disadvantages,the final choice being directly related to knowledge and clinical experience of professional clinical situationpresented, careful planning and patient expectations.Key words: Mechanism. Prosthesis. Ocllusion.

Correspondência com o autor: [email protected] para publicação: 12/02/2012Aceito para Publicação: 11/03/2012

50

BASIC PRINCIPLES FOR SELECTION OF THE RETENTION

MECHANISM (CEMENT AND SCREWS) IN PROSTHESIS ON

IMPLANT - AESTHETICS, OCCLUSION, RETENTION,

PERIIMPLANT TISSUE HEALTH

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ADS, Chapecó, v. 2, n. 1, p. 46-50, jan./abr. 2012

Page 53: v. 2, n.1, 2012

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A revista Atual Dental Science (ADS) tem comoobjetivo à publicação de trabalhos originais quesejam classificados nas seguintes modalidades:resultados de pesquisas, casos clínicos, artigos deatualização nas diversas áreas da odontologia.

Os trabalhos enviados para publicação devem serinéditos, não sendo permitida a sua presentaçãosimultânea em outro periódico.Os trabalhos deverão ser enviados exclusivamente viacorreio, gravados em CD, em formato DOC ou RTF(Word for Windows), acompanhados de uma cópiaem papel, com informações para contato (endereço,telefone e e-mail do autor responsável).Os originais não serão devolvidos aos seus autores.A publ icação de um trabalho impl ica,automaticamente, a cessão integral aos direitos àADS.O trabalho deverá ser entregue juntamente com oTermo de Direitos Autorais, assinado pelo(s) autor(es)ou pelo autor responsável.

Eu (nós), , autor(es)do trabalho intitulado [título do trabalho], o qualsubmeto(emos) à apreciação da revista ActualDental Science para nela ser publicado,declaro(amos) concordar, por meio deste suficienteinstrumento, que os direitos autorais referentes aocitado trabalho tornem-se propriedade exclusivada revista Actual Dental Science a partir da data desua submissão, sendo vedada qualquer reprodução,total ou parcial, em qualquer outra parte ou meio dedivulgação de qualquer natureza.A avaliação dos trabalhos é mantida através de umrigoroso sigilo de autores e avaliadores, não sendodivulgados para as partes os nomes envolvidos. Asavaliações serão feitas sempre por dois avaliadores, eno caso de discordância, um terceiro avaliador serárequisitado. Os critérios de avaliação são:originalidade, contribuição para a área, qualidade

1. Objetivos

2. Normas2.1.

2.2.

2.3.2.4.

2.5.

2.5.1. Modelo de Termo de Cessão de Direitos Autorais[Local e data]

[nome(s) do(s) autor(es)]

2.5.2.

Como enviar seus trabalhos

técnica do teto, apresentação e metodologia. Oresultado da avaliação é devolvido primeiro ao autordo artigo, posterior à publicação da revista, seráfornecido gratuitamente um exemplar da revistaADS.Os trabalhos desenvolvidos em instituições oficiaisde ensino e/ou pesquisa deverão conter no textoreferências à aprovação pelo Comitê de Ética.Os trabalhos que se referirem a relato de caso clínicocom identificação do paciente deverão conter oTermo de Consentimento do Paciente, assinado poreste.

(pesquisas, artigos e teses)Deverão conter título em português, nome(s) do(s)autor(es), titulação do(s) autor(es), resumo,unitermos, introdução e/ou revisão da literatura,proposição, material(ais) e método(s), resultados,discussão, conclusão, título em inglês, resumoem inglês (abstract), unitermos em inglês (keywords) e referências bibliográfcas. Limites: textocom, no máximo, 35.000 caracteres (com espaços),4 tabelas ou quadros, 4 gráfcos e 16 fguras/imagens.

- Deverão conter título emportuguês, nome(s) do(s) autor(es), titulação do(s)autor(es), resumo, unitermos, introdução e/ouproposição, revisão da literatura, discussão,conclusão, título em inglês, resumo em inglês(abstract), unitermos em inglês (key words) ereferências bibliográfcas. Limites: texto com, nomáximo, 25.000 caracteres (com espaços), 10páginas de texto, 4 tabelas ou quadros, 4 gráficos e16 figuras.

- Deverão conter títuloem português, nome(s) do(s) autor(es), titulaçãodo(s) autor(es), resumo, unitermos, introduçãoe/ou proposição, relato do(s) caso(s) clínico(s),discussão, conclusão, título em inglês, resumoem inglês (abstract), unitermos em inglês (keywords) e referências bibliográfcas. Limites: textocom, no máximo, 18.000 caracteres (com espaços),2 tabelas ou quadros, 2 gráficos e 32 figuras.

Margens superior e inferior: 2,5 cm. Margens esquerda e direita: 3 cmTamanho do papel: carta

2.5.3.

2.5.4.

3. APRESENTAÇÃO3.1. Estrutura3.1.1. Trabalhos científicos

3.1.2. Revisão da literatura

3.1.3. Relato de caso(s) clínico(s)

3.2. Formatação de página:a.bc.

51ADS, Chapecó, v. 2, n. 1, p. 51-53, jan./abr. 2012

Page 54: v. 2, n.1, 2012

de.

f.gh

3.3. Formatação de texto:a.b.c.d.

e.

f.

3.4 Citações de referências bibliográfcasa.

b.

c.

Errado:Correto:

4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS4.1.

4.2.

4.3.

4.4.

4.5.

. Alinhamento do texto: justifcadoRecuo especial da primeira linha dos parágrafos:

1,25 cmEspaçamento entre linhas: 1,5 linhas. Controle de linhas órfãs/viúvas: desabilitado. As páginas devem ser numeradas

Tipo de fonte: times new romanTamanho da fonte: 12Título em português: máximo de 90 caracteres

Titulação do(s) autor(es): citar até 2 títulosprincipais

Resumos em português e inglês: máximo de250 palavras cada

Unitermos e key words: máximo de cinco.Consultar Descritores em Ciências da Saúde - Bireme(www.bireme.br/decs/)

No texto, seguir o Sistema Numérico de Citação,no qual somente os números índices das referências,na forma sobrescrita, são indicados no texto.

Números seqüenciais devem ser separados porhífen (ex.: 4-5); números aleatórios devem serseparados por vírgula (ex.: 7, 12, 21).

Não citar os nomes dos autores e o ano depublicação.Exemplos:

“Bergstrom J, Preber H2 (1994)...”“Vários autores 1,5,8 avaliaram que a

saúde geral e local do paciente é necessária para osucesso do tratamento”; “Outros autores 1-3concordam...”

Quantidade máxima de 30 referências bibliográficaspor trabalho.A exatidão das referências bibliográficas é deresponsabilidade única e exclusiva dos autores.A apresentação das referências bibliográficas deveseguir a normatização do estilo Vancouver, conformeorientações fornecidas pelo International Committeeof Medical Journal Editors (www.icmje.org) no“Uniform Requirements for Manuscripts Submittedto Biomedical Journals”.Os títulos de periódicos devem ser abreviados deacordo com o “List of Journals Indexed in IndexMedicus” (www.nlm.nih.gov/tsd/serials/lji.html) eimpressos sem negrito, itálico ou grifo/sublinhado.As referências devem ser numeradas em ordem deentrada no texto pelos sobrenomes dos autores, quedevem ser seguidos pelos seus prenomesabreviados, sem ponto ou vírgula. A vírgula só deve

ser usada entre os nomes dos diferentes autores.Incluir ano, volume, número (fascículo) e páginas doartigo logo após o título do periódico.Exemplo:“1. Bergstrom J, Preber H. Tobaco use as a riskfactor. J Periodontal 1994; 65:545-50.2. Lorato DC. Infuence of a composite resinrestoration on the gengival. Prosthet Dent1992;28:402-4.3. Meyer DH, Fives-Taylor PM. Oral pathogens: fromdental plaque to cardiace disease. Cure opinmicrobial; 1998:88-95.”Nas publicações com até seis autores, citam-setodos.Nas publicações com sete ou mais autores, citam-seos seis primeiros e, em seguida, a expressão latina etal.Deve-se evitar a citação de comunicações pessoais,trabalhos em andamento e os não publicados; casoseja estritamente necessária sua citação, asinformações não devem ser incluídas na lista dereferências, mas citadas em notas de rodapé.ExemplosLivro:Brånemark P-I, Hansson BO, Adell R, Breine U,Lindstrom J, Hallen O, et al. Osseointegratedimplants in the treatment of the edentulous jaw.Experience form a 10-year period. Scan J Plastic RecSurg 1977; 16:1-13.Capítulo de livro:Baron, R. Mechanics and regulation on ostoclasticboné resorption. In: Norton, LA, Burstone CJ. Thebiology of tooth movement. Florida: CRC, 1989. p269-73.Editor(es) ou compilador(es) como autor(es):Brånemark P-I, Oliveira MF, editors. Craniofacialprostheses: anaplastology and osseointegration.Illinois: Quintessence; 1997.Organização ou sociedade como autor:Clinical Research Associates. Glass ionomer-resin:state of art. Clin Res Assoc Newsletter 1993;17:1-2.Artigo de periódico:Diacov NL, Sá JR. Absenteísmo odontológico. RevOdont Unesp 1988;17(1/2):183-9.Artigo sem indicação de autor:Fracture strenght of human teeth with cavitypreparations. J Prosth Dent 1980;43(4):419-22.Resumo:Steet TC. Marginal adaptation of compositerestoration with and without fowable liner [resumo]J Dent Res 2000; 79:1002.Artigo citado por outros autores apud:

4.5.1.

4.5.2.

4.6.

4.7.4.7.1.

4.7.2.

4.7.3.

4.7.4.

4.7.5.

4.7.6.

4.7.7.

4.7.8.

52 ADS, Chapecó, v. 2, n. 1, p. 51-53, jan./abr. 2012

Page 55: v. 2, n.1, 2012

Sognnaes RF. A behavioral courses in dental school. JDent Educ 1977;41:735-37 apud Dent Abstr1978;23(8):408-9.Dissertação e tese:Molina SMG. Avaliação do desenvolvimento físicode pré-escolares de Piracicaba, SP. [Tese deDoutorado]. Campinas: Universidade Estadual deCampinas; 1997.Trabalho apresentado em evento:Buser D. Estética em implantes de um ponto de vistacirúrgico. In: 3º Congresso Internacional deOsseointegração: 2002; APCD - São Paulo. Anais.São Paulo: EVM; 2002. p 18.Artigo em periódico on-line/internet:Tanriverdi et al. Na in vitro test model forinvestigation of desinfection of dentinal tubulesinfected whith enterococcus faecalis. Braz Dent J1997, 8(2):67-72. [Online] Available from Internet<http://www.forp.usp.br/bdj/t0182.html>. [cited30-6-1998]. ISSN 0103-6440.

Devem constar sob as denominações “Tabela” ou“Quadro” no arquivo eletrônico e ser numerados emalgarismos arábicos.A legenda deve acompanhar a tabela ou o quadroe ser posicionada abaixo destes ou indicada de formaclara e objetiva no texto ou em documento anexo.Devem ser auto-explicativos e, obrigatoriamente,citados no corpo do texto na ordem e suanumeração.Sinais ou siglas apresentados devem estar traduzidosem nota colocada abaixo do corpo da tabela/quadroou em sua legenda.

Devem constar sob a denominação “Figura” e sernumeradas com algarismos arábicos.A(s) legenda(s) deve(m) ser fornecida(s) em arquivoou folha impressa à parte.Devem, obrigatoriamente, ser citadas no corpo dotexto na ordem de sua numeração.Sinais ou siglas devem estar traduzidos em sualegenda.Na apresentação de imagens e texto, deve-se evitar ouso de iniciais, nome e número de registro depacientes. O paciente não poderá ser identificado ouestar reconhecível em fotografas, a menos queexpresse por escrito o seu consentimento, o qualdeve acompanhar o trabalho enviado.Devem possuir boa qualidade técnica e artística,utilizando o recurso de resolução máxima do

4.7.9.

4.7.10.

4.7.11.

5. TABELAS OU QUADROS5.1.

5.2.

5.3.

5.4.

6. FIGURAS/ IMAGENS6.1.

6.2.

6.3.

6.4.

6.5.

6.6.

equipamento/câmera fotográfica.Devem ser enviadas gravadas em CD, com resoluçãomínima de 300dpi, nos formatos TIF ou JPG e larguramínima de 10 cm.Não devem, em hipótese alguma, ser enviadasincorporadas a arquivos de programas deapresentação (PowerPoint), editores de texto (Wordfor Windows) ou planilhas eletrônicas (Excel).

Devem constar sob a denominação “Gráfica”,numerados com algarismos arábicos e fornecidos,preferencialmente, em arquivo à parte, com larguramínima de 10 cm.A legenda deve acompanhar o gráfico e serposicionada abaixo deste.Devem ser obrigatoriamente, citados no corpo dotexto, na ordem de sua numeração.Sinais ou siglas apresentados devem estar traduzidosem sua legenda.As grandezas demonstradas na forma de barra,setor, curva ou outra forma gráfica devem viracompanhadas dos respectivos valores numéricospara permitir sua reprodução com precisão.

1. Envie seu trabalho apenas pelo correio, em envelope com:• CD, identificado com etiqueta, contendo o texto gravadonos formatos DOC ou RTF (Word for Windows ou editoresde texto compatíveis), e as imagens (se houver) nosformatos JPG ou TIF, em alta resolução (300 dpi). Atenção:apenas o texto do trabalho deve estar no formato DOC(Word). Em hipótese nenhuma, as imagens devem estarcontidas em um arquivo DOC ou PPT (PowerPoint). Emcaso de dúvida, entre em contato com a redação pelotelefone (49) 3323-0438.•Impressos completos do trabalho enviado, do Termo deCessão de Direitos Autorais, assinado, e do Termo deConsentimento do Paciente, se for o caso.

2. Os trabalhos devem conter imprescindivel-mente, todos osdados para contato com o autor principal (endereço,telefones e e-mails).

3. Todos os trabalhos enviados devem respeitar os limitesmáximos de tamanho de texto e quantidade deimagens/figuras. Antes de postar, confira se o trabalhoestá de acordo com esses limites no item 3, Apresentação,das Normas de Publicação.

4. Dados para envio dos trabalhos:Actual Dental ScienceRua Guaporé, 403 - D89801-100 - Centro - Chapecó - SC.

6.7.

6.8.

7. GRÁFICOS7.1.

7.2.

7.3.

7.4.

7.5.

Importante:

53ADS, Chapecó, v. 2, n. 1, p. 51-53, jan./ab r. 2012

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