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Vestibular Ibmec São Paulo 2007_2 Análise Verbal – Prova B Utilize o texto abaixo para responder aos testes de 1 a 3. Samba do avião (Tom Jobim) Minha alma canta Vejo o Rio de Janeiro Estou morrendo de saudades Rio, seu mar, praias sem fim, Rio, você foi feito pra mim Cristo Redentor Braços abertos sobre a Guanabara Este samba é só porque Rio, eu gosto de você A morena vai sambar Seu corpo todo balançar Rio de sol, de céu, de mar Dentro de um minuto estaremos no Galeão Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Cristo Redentor Braços abertos sobre a Guanabara Este samba é só porque Rio, eu gosto de você A morena vai sambar Seu corpo todo balançar Aperte o cinto vamos chegar Água brilhando, olha a pista chegando E vamos nós aterrar 1. O texto é predominantemente: (a) dissertativo, pois o eu-poético apresenta o seu ponto de vista sobre a cidade do Rio de Janeiro. (b) descritivo, pois descrevem-se as ações do eu-poético até sua chegada ao Galeão. (c) descritivo, porque, sob o pretexto de um sobrevôo pela cidade, descrevem-se as belezas do Rio de Janeiro. (d) argumentativo, pois apresenta elementos que comprovam a beleza da cidade. (e) narrativo, pois o narrador relata detalhes de seu sobrevôo pelo Rio de Janeiro. 2. Levando em consideração o contexto, de acordo com a norma culta, os versos "Aperte o cinto vamos chegar/ Água brilhando, olha a pista chegando", deveriam ser substituídos por: (a) Aperta o cinto vamos chegar/ Água brilhando, olhe a pista chegando (b) Aperte o cinto vamos chegar/ Água brilhando, olhe a pista chegando (c) Aperte o cinto vamos chegar/ Água brilhando, olha a pista chegando (d) Aperta o cinto vamos chegar/ Água brilhando, olha a pista chegando (e) Apertas o cinto vamos chegar/ Água brilhando, olhas a pista chegando 3. Das orações abaixo, pode ir para a voz passiva: (a) “Vejo o Rio de Janeiro...” (b) “Estou morrendo de saudades...” (c) “...estaremos no Galeão” (d) “Rio, eu gosto de você...” (e) “ A morena vai sambar...” 1

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Vestibular Ibmec São Paulo 2007_2 Análise Verbal – Prova B

Utilize o texto abaixo para responder aos testes de 1 a 3.

Samba do avião (Tom Jobim)

Minha alma canta Vejo o Rio de Janeiro Estou morrendo de saudades Rio, seu mar, praias sem fim, Rio, você foi feito pra mim Cristo Redentor Braços abertos sobre a Guanabara Este samba é só porque Rio, eu gosto de você A morena vai sambar Seu corpo todo balançar Rio de sol, de céu, de mar Dentro de um minuto estaremos no Galeão Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Cristo Redentor Braços abertos sobre a Guanabara Este samba é só porque Rio, eu gosto de você A morena vai sambar Seu corpo todo balançar Aperte o cinto vamos chegar Água brilhando, olha a pista chegando E vamos nós aterrar

1. O texto é predominantemente:

(a) dissertativo, pois o eu-poético apresenta o seu ponto de vista sobre a cidade do Rio de Janeiro.

(b) descritivo, pois descrevem-se as ações do eu-poético até sua chegada ao Galeão.

(c) descritivo, porque, sob o pretexto de um sobrevôo pela cidade, descrevem-se as belezas do Rio de Janeiro.

(d) argumentativo, pois apresenta elementos que comprovam a beleza da cidade.

(e) narrativo, pois o narrador relata detalhes de seu sobrevôo pelo Rio de Janeiro.

2. Levando em consideração o contexto,

de acordo com a norma culta, os versos "Aperte o cinto vamos chegar/ Água brilhando, olha a pista chegando", deveriam ser substituídos por:

(a) Aperta o cinto vamos chegar/ Água

brilhando, olhe a pista chegando (b) Aperte o cinto vamos chegar/ Água

brilhando, olhe a pista chegando (c) Aperte o cinto vamos chegar/ Água

brilhando, olha a pista chegando (d) Aperta o cinto vamos chegar/ Água

brilhando, olha a pista chegando (e) Apertas o cinto vamos chegar/

Água brilhando, olhas a pista chegando

3. Das orações abaixo, pode ir para a voz

passiva:

(a) “Vejo o Rio de Janeiro...” (b) “Estou morrendo de saudades...” (c) “...estaremos no Galeão” (d) “Rio, eu gosto de você...” (e) “ A morena vai sambar...”

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4. Em relação aos verbos, os pronomes átonos podem situar-se em três posições: próclise, mesóclise e ênclise. Indique a alternativa em que a colocação pronominal não está de acordo com a norma culta:

(a) Haviam-no procurado por toda parte. (b) Quem nos dará as razões? (c) Recusei a idéia que me apresentaram. (d) Far-lhe-ei um favor. (e) Jamais enganar-te-ia dessa maneira.

5. Considere os versos que seguem.

Chorai, arcadas Do violoncelo! Convulsionadas Pontes aladas De pesadelo … Trêmulos astros… Solidões lacustres… — Lemes e mastros… E os alabastros Dos balaústres!

(Camilo Pessanha) Indique a alternativa correta.

(a) Valoriza recursos estilísticos como o ritmo e a sonoridade, características da poesia simbolista.

(b) Retoma da poesia palaciana a redondilha maior, os versos brancos e a estrutura paralelística.

(c) Apresenta nítida influência da poesia Modernista, por causa da presença de versos curtos e da temática onírica.

(d) Reforça a idéia do sofrimento amoroso, de nítida influência romântica. (e) Verificam-se características típicas do estilo neoclássico com a presença de linguagem

rebuscada. 6. Leia os enunciados a seguir:

I. Especialistas atribuem o alto número de casos de anorexia, em parte, à ............cultural por ................

II. A ............... de agentes da Polícia Federal teve grande .................. na imprensa. As lacunas estão corretamente preenchidas em

(a) obseção, magresa, paralisação, repercução (b) obsessão, magreza, paralização, repercussão (c) obsceção, magreza, paralisação, repercussão (d) obssessão, magresa, paralização, repercução (e) obsessão, magreza, paralisação, repercussão

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Utilize o texto abaixo para responder aos testes de 7 a 9.

É cada vez mais fácil ser "verde"

É o contrário do que pregava o refrão da música que Caco, o melancólico sapo do "Muppet Show", cantava no programa "Vila Sésamo", que dominava as manhãs de muito marmanjo de minha geração, nos anos 70. Nunca foi tão fácil ser verde, no sentido de ecologicamente correto. Ainda mais nos Estados Unidos, o país das culpas identificadas e expiadas em tempo recorde e ritmo industrial.

A última delas é a culpa ambiental, que criou uma legião dos tais ecologicamente corretos. Você conhece o tipo: adora freqüentar eventos de gala a favor da reprodução assistida dos leões-marinhos do Oregon, aos quais vai usando smoking feito de fibra de cânhamo e a bordo de uma limusine híbrida - a nova onda em Hollywood -, que consome apenas três litros de gasolina por quilômetro, em vez do 1,5 litro habitual, ou algo ineficaz e beberrão assim.

Retrato acabado da hipocrisia local, tem na garagem um Prius e um Humvee. A combinação é o equivalente ambiental da frase celebrizada por Theodore Roosevelt a partir de um ditado africano, "Fale macio e leve um porrete", usada pelo presidente para definir a Doutrina Monroe, que dava aos EUA a primazia de "zelar" pela América Latina, "direito adquirido" que Chávez ameaça e Bush tenta reaver.

Mas divago. Falei em Hollywood e lembro que Al Gore é o profeta da turma. No último Oscar, ao

lado de Leonardo Di Caprio, anunciou que aquela cerimônia tinha virado oficialmente "verde". Como escrevi no dia seguinte à madrugada da festa, isso queria dizer que as cédulas de votação foram feitas parcialmente com papel reciclado, parte das celebridades chegou em veículos híbridos, as comidas do Baile do Governador eram orgânicas e as sobras seriam distribuídas para entidades beneficentes, segundo explicou a organização da festa.

Depois, foi revelado que o organizador tinha comprado também créditos do equivalente do total de gás carbônico que teria emitido na ocasião (há um cálculo convencionado para chegar à soma). Pois existe um mercado mundial florescente de corretores de emissão de gás carbônico e até entidades, como a Organização das Nações Unidas, com programas voltados para iniciativas semelhantes.

Resumindo grosseiramente, você (pessoa física, instituição, país) polui à vontade e depois compra os tais créditos, que certificam que o total de poluição lançada por você na atmosfera será economizado ou compensado em algum lugar do planeta, geralmente um país pobre ou em desenvolvimento, que deixará de poluir o mesmo tanto ou plantará o equivalente em árvores e ganhará parte do seu dinheiro para isso.

É aqui que eu queria chegar. Esse tipo de "peque-e-pague" não é novidade nos Estados Unidos, nem no mundo; a venda dos indultos celestiais foi o gatilho que levou Lutero a fazer aquela confusão toda em 1517 (a comparação foi feita primeiro pelo colunista Charles Krauthammer na revista "Time" de algumas semanas, no ótimo artigo sobre esse tema intitulado "Hipocrisia liberal da limusine").

Além disso, o sistema todo cria distorções hilariantes, não fosse a gravidade do assunto. Segundo reportagem recente do "New York Times", há fazendeiros africanos sendo expulsos das terras em que criam gado, como faziam seus antepassados por milhares de anos, para que possam ser plantadas as árvores que vão pagar pela poluição do jato do executivo de Wall Street.

Para voltar aos anos 70, sugiro um tema para a iniciativa: "Plante, que o Al Gore garante".

(Sérgio Dávila, Revista da Folha, 01/04/2007)

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7. Considere as afirmações a seguir.

I. Para denunciar a hipocrisia da sociedade norte-americana, o autor recorre, em diversas passagens, ao paradoxo. Um exemplo dessa figura de linguagem ocorre em: “Falei em Hollywood e lembro que Al Gore é o profeta da turma.”

II. A partir da leitura do texto, infere-se que a adesão de fazendeiros africanos ao discurso em defesa do meio ambiente não passa de modismo.

III. A digressão feita no 3.º parágrafo tem o intuito de corroborar a tese de que países latino-americanos não compactuam com o movimento ecologicamente correto.

IV. A analogia entre a compra de créditos de gás carbônico e a venda de indultos celestiais reforça o argumento de que a preocupação com o aquecimento global esconde, na verdade, interesses político-econômicos.

Está(ão) correta(s)

(a) Apenas I (b) Apenas II (c) Apenas III (d) Apenas IV (e) I e II

8. Compare os trechos a seguir.

I. “Pois existe um mercado mundial florescente de corretores de emissão de gás carbônico e até entidades, como a Organização das Nações Unidas, com programas voltados para iniciativas semelhantes.”

II. Pois existe um mercado mundial florescente de corretores de emissão de gás

carbônico e entidades, como a Organização das Nações Unidas, com programas voltados para iniciativas semelhantes.

A palavra destacada no primeiro trecho cria um pressuposto. Pressupostos são idéias que, embora não estejam expressas explicitamente no texto, podem ser percebidas pelo leitor a partir do emprego de certas palavras ou expressões. Indique o pressuposto marcado pela palavra “até” em I.

(a) incompatibilidade (b) conformidade (c) similaridade (d) quebra de expectativa (e) comparação

9. Assinale a única alternativa em que os termos em destaque correspondem à função sintática

apontada.

(a) “...tem na garagem um Prius e um Humvee” – objeto direto (b) “As cédulas de votação foram feitas parcialmente com papel reciclado” – agente da

passiva (c) “...foi revelado que o organizador tinha comprado também créditos do equivalente do

total de gás carbônico” – sujeito (d) “A venda dos indultos celestiais foi o gatilho...” – adjunto adnominal (e) “...há fazendeiros africanos sendo expulsos das terras” – predicativo do sujeito

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10. O texto a seguir foi extraído da seção “Barbara responde”, na qual a irreverente jornalista se propõe a “esclarecer” as dúvidas dos leitores. Leia-o com atenção.

RIGOR GRAMATICAL "Aprendi que oxítonas terminadas em 'i' e 'u' não são acentuadas. Mas, e aquele banco cujo nome é oxítono e termina em 'u' acentuado, por que ele pode?" Pasquala Pascácia Sei, sei. Quer dizer que você compareceu à aula das oxítonas, mas perdeu aquela que ensinava que com nome próprio cada um faz como bem entende, né, madame?

(Revista da Folha, 25/03/2007) Analisando a pergunta da leitora e a resposta da jornalista, e considerando as regras oficiais de acentuação gráfica, é possível concluir que

(a) A palavra em questão – Itaú – não é oxítona, mas proparoxítona. Segundo as regras de acentuação gráfica em vigor, todos os proparoxítonos são acentuados.

(b) Embora a palavra seja realmente oxítona, a razão pela qual ela é acentuada é outra: acentuam-se as letras “i” e “u” quando formarem hiatos tônicos, sozinhos ou acompanhados de “s”.

(c) Trata-se de uma exceção à regra. O mesmo ocorre com a palavra “Pacaembú”. (d) A resposta da jornalista está correta, uma vez que um fato semelhante ocorre com a

grafia de seu nome, que deveria ter acento agudo: Bárbara. (e) A palavra recebe acento agudo por ser uma paroxítona terminada em “u”.

11. Aponte a alternativa em que a concordância verbal é inadmissível na norma culta.

(a) Um grande número de romeiros chegou em Aparecida. (b) Perto de três crianças se perderam na praia. (c) Fazia dois dias que eu não comia. (d) Trata-se de projetos polêmicos. (e) Anunciou-se as reformas administrativas.

12. Verbos defectivos não têm a conjugação completa. Leia atentamente os períodos a seguir e assinale a alternativa em que o verbo, por ser defectivo, não pode ser conjugado na l.ª pessoa do singular do presente do indicativo, nem no presente do subjuntivo.

(a) Creio que eu ________ mais que isso. (valer) (b) Como presidente desta organização, eu ______________ o 1.° artigo do Regimento.

(abolir) (c) Eu sempre coube neste lugar. Por que dizem que eu não ________ agora? (caber) (d) Eu me ___________a todo instante. (contradizer) (e) Hoje mesmo eu ___________ minha matrícula nesta escola. (requerer)

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Utilize o texto abaixo para responder aos testes de 13 a 15.

Luísa, ao voltar para casa, veio a refletir naquela cena. Não - pensava -, já não era a primeira vez que ele mostrava um desprendimento muito seco por ela, pela sua reputação, pela sua saúde! Queria-a ali todos os dias, egoistamente. Que as más línguas falassem; que as soalheiras a matassem, que lhe importava? E para quê?... Porque enfim, saltava aos olhos, ele amava-a menos... As suas palavras, os seus beijos arrefeciam cada dia, mais e mais!... Já não tinha aqueles arrebatamentos do desejo em que a envolvia toda numa carícia palpitante, nem aquela abundância de sensação que o fazia cair de joelhos com as mãos trêmulas como as de um velho!... Já se não arremessava para ela, mal ela aparecia à porta, como sobre uma presa estremecida!... Já não havia aquelas conversas pueris, cheias de risos, divagadas e tontas, em que se abandonavam, se esqueciam, depois da hora ardente e física, quando ela ficava numa lassitude doce, com o sangue fresco, a cabeça deitada sobre os braços nus! - Agora! Trocado o último beijo, acendia o charuto, como num restaurante ao fim do jantar! E ia logo a um espelho pequeno que havia sobre o lavatório dar uma penteadela no cabelo com um pentezinho de algibeira. (O que ela odiava o pentezinho!) Às vezes até olhava o relógio!... E enquanto ela se arranjava não vinha, como nos primeiros tempos, ajudá-la, pôr-lhe o colarinho, picar-se nos seus alfinetes, rir em volta dela, despedir-se com beijos apressados da nudez dos seus ombros antes que o vestido se apertasse. Ia rufar nos vidros - ou sentado, com um ar macambúzio, bamboleava a perna!

E depois positivamente não a respeitava, não a considerava... Tratava-a por cima do ombro, como uma burguesinha, pouco educada e estreita, que apenas conhece o seu bairro. E um modo de passear, fumando, com a cabeça alta, falando no "espírito de madame de tal", nas "toaletes da condessa de tal"! Como se ela fosse estúpida, e os seus vestidos fossem trapos! Ah, era secante! E parecia, Deus me perdoe, parecia que lhe fazia uma honra, uma grande honra em a possuir... Imediatamente lembrava-lhe Jorge, Jorge

que a amava com tanto respeito! Jorge, para quem ela era decerto a mais linda, a mais elegante, a mais inteligente, a mais cativante!... E já pensava um pouco que sacrificara a sua tranqüilidade tão feliz a um amor bem incerto!

Enfim, um dia que o viu mais distraído, mais frio, explicou-se abertamente com ele. Direita, sentada no canapé de palhinha, falou com bom senso, devagar, com um ar digno e preparado: Que percebia bem que ele se aborrecia; que o seu grande amor tinha passado; que era portanto humilhante para ela verem-se nessas condições, e que julgava mais digno acabarem...

Basílio olhava-a, surpreendido da sua solenidade; sentia um estudo, uma afetação naquelas frases; disse muito tranqüilamente, sorrindo:

- Trazias isso decorado! Luísa ergueu-se bruscamente;

encarou-o, teve um movimento desdenhoso dos lábios.

- Tu estás doida, Luísa? - Estou farta. Faço todos os

sacrifícios por ti; venho aqui todos os dias; comprometo-me, e para quê? Para te ver muito indiferente, muito secado...

- Mas meu amor... Ela teve um sorriso de escárnio. - Meu amor! Oh! São ridículos

esses fingimentos! Basílio impacientou-se. - Já isso cá me faltava, essa cena! -

exclamou impetuosamente. E cruzando os braços diante dela: - Mas que queres tu? Queres que te ame como no teatro, em São Carlos? Todas sois assim! Quando um pobre diabo ama naturalmente, como todo o mundo, com o seu coração, mas não tem gestos de tenor, aqui del rei que é frio, que se aborrece, é ingrato... Mas que queres tu? Queres que me atire de joelhos, que declame, que revire os olhos, que faça juras, outras tolices?

- São tolices que tu fazias... - Ao princípio! - respondeu ele

brutalmente. - Já nos conhecemos muito para isso, minha rica.

E havia apenas cinco semanas! - Adeus! - disse Luísa.

(Eça de Queirós, O primo Basílio)

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13. Todas as seguintes afirmativas podem ser confirmadas pela leitura do texto, EXCETO

(a) No fragmento, Luísa demonstra estar decepcionada com as atitudes frias e grosseiras de Basílio, por isso revela sua intenção de pôr fim à relação extraconjugal.

(b) Em “... venho aqui todos os dias; comprometo-me, e para quê?”, Luísa emprega uma pergunta retórica para deixar claro que esperava do amante um comportamento mais romântico.

(c) Habilidoso, Basílio conhece as fraquezas da amante e, teatralmente, joga-se ao chão de joelhos, fazendo-lhe juras de amor, embora julgasse que tal atitude fosse uma tolice.

(d) Em “Meu amor! Oh são ridículos esses fingimentos”, Luísa explicita que está consciente da indiferença do amante, apesar de ele negar isso.

(e) Na passagem “Trazias isso decorado!”, Basílio percebe que a fala de Luísa era artificial e ironiza a solenidade do desabafo.

14. Analise as formas verbais destacadas nos fragmentos a seguir:

I. “E já pensava um pouco que sacrificara a sua tranqüilidade tão feliz a um amor bem incerto!”

II. “Que percebia bem que ele se aborrecia; que o seu grande amor tinha passado...”

É correto afirmar que

(a) todos os verbos estão conjugados no pretérito imperfeito do modo indicativo e expressam a idéia de ação concluída.

(b) “pensava”, ao contrário de “sacrificara”, expressa, no texto, uma ação habitual no passado.

(c) os dois verbos destacados no enunciado I expressam eventos posteriores à fala da personagem.

(d) “sacrificara” está conjugado no mesmo tempo verbal que “tinha passado”: pretérito mais que perfeito do modo indicativo.

(e) “percebia” reforça a noção de simultaneidade e “aborrecia” revela a idéia de anterioridade a “tinha passado”.

15. Considere as seguintes afirmações sobre o texto.

I. Em “E ia logo a um espelho pequeno que havia sobre o lavatório dar uma penteadela no cabelo com um pentezinho de algibeira. (O que ela odiava o pentezinho!) Às vezes até olhava o relógio!...”, a cena revela não só o descaso de Basílio em relação a Luísa – ele estava preocupado com suas próprias futilidades – como também a pressa, como se estivesse ansioso por sair.

II. A metalinguagem, presente em diversas passagens da obra, pode ser identificada em “E parecia, Deus me perdoe, parecia que lhe fazia uma honra, uma grande honra em a possuir...”

III. O discurso indireto livre é empregado na seguinte passagem: “ Que percebia bem que ele se aborrecia; que o seu grande amor tinha passado; que era portanto humilhante para ela verem-se nessas condições, e que julgava mais digno acabarem...”

A(s) correta(s) é/são: (a) Apenas I (b) Apenas I e II (c) Apenas II e III (d) Apenas II (e) Apenas III

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PASSAGE ONE Few ideas in education are more controversial than vouchers—letting parents choose to

educate their children wherever they wish at the taxpayer's expense. First suggested by Milton Friedman, an economist, in 1955, the principle is compellingly simple. The state pays; parents choose; schools compete; standards rise; everybody gains.

Simple, perhaps, but it has aroused predictable—and often fatal—opposition from the educational establishment. Letting parents choose where to educate their children is a silly idea; professionals know best. Co-operation, not competition, is the way to improve education for all. Vouchers would increase inequality because children who are hardest to teach would be left behind.

But these arguments are now succumbing to sheer weight of evidence. Voucher schemes are running in several different countries without ill-effects for social cohesion; those that use a lottery to hand out vouchers offer proof that recipients get a better education than those that do not.

Harry Patrinos, an education economist at the World Bank, cites a Colombian programme to broaden access to secondary schooling, known as PACES, a 1990s initiative that provided over 125,000 poor children with vouchers worth around half the cost of private secondary school. Crucially, there were more applicants than vouchers. The programme, which selected children by lottery, provided researchers with an almost perfect experiment, akin to the “pill-placebo” studies used to judge the efficacy of new medicines. The subsequent results show that the children who received vouchers were 15-20% more likely to finish secondary education, five percentage points less likely to repeat a grade, scored a bit better on scholastic tests and were much more likely to take college entrance exams.

More evidence that choice can raise standards for all comes from Caroline Hoxby, an economist at Harvard University, who has shown that when American public schools must compete for their students with schools that accept vouchers, their performance improves. Swedish researchers say the same. It seems that those who work in state schools are just like everybody else: they do better when confronted by a bit of competition.

(“Free to choose, and learn”, from http://www.economist.com/world/international/displaystory.cfm?story_id=9119786) Please answer the following questions by choosing the alternative that best describes what is contained in the preceding passage: 16. Results on the Colombian programme show that the children who received vouchers:

(a) did not finish high school (b) immigrate to the US (c) caused huge financial costs to the state (d) were 15-20% more likely to finish secondary education and much more likely to take

college entrance exams (e) are hardest to teach

17. The effects of vouchers on public schools performance:

(a) are positive in the US and Sweden (b) cannot be measured accurately (c) contradict Milton Friedman (d) are negative in the US but positive in Colombia (e) are not related to a more competitive environment

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Vestibular Ibmec São Paulo 2007_2 Língua Inglesa – Prova B

18. The educational establishment has opposed vouchers:

(a) because they have been supported by the right wing (b) because they did not work according to some parents (c) since there is overwhelming evidence that parents always make the wrong school choice (d) because they will affect job openings in the educational sector (e) since they break its monopoly power and there were few scientific studies assessing

their effects on educational performance PASSAGE TWO The Lusitania was the largest and fastest ship of her time. She was launched at Clydebank on June 7, 1906, an event which moved the shipping correspondent of The Times to such paeans that he jumbled his metaphors. “She is,” he wrote, “a veritable greyhound of the seas … a worthy tribute to her illustrious lineage … a credit to the august and noble stable which conceived her.” The Times did not elaborate on her parentage, but in Times idiom it may be described as “By Naval Necessity – Out of Public Funds.” The marriage was undoubtedly one of convenience, but paradoxically it was also a shotgun wedding. The man holding the shotgun was J. P. Morgan, the American financier. At the beginning of this century, the greater part of the North Atlantic shipping trade was in European hands. The United States by isolationist and shortsighted legislation had failed to retain the dominance which, aided by government subsidies, her earlier steamships had gained for her. British, French and German companies monopolized the traffic, and by their own competition had in many cases reduced their individual profitability to meager proportions. Since 1897 the two German companies, Hamburg-Amerika and Norddeutscher Lloyd, heavily subsidized by their government, had held the Blue Ribbon for the fastest crossing, and their rivals were finding it difficult to raise the money to build the ships which would provide effective yet profitable competition. Though the freight, passenger and emigrant trades were growing fast, fares and rates had been ruthlessly cut in order to obtain a share of the business, and many of the companies were barely able to pay dividends. J. P. Morgan identified what was, in modern jargon, a classic take-over situation. He resolved to form a combine which would monopolize the North Atlantic sea routes, and thereafter adjust the rates to maximize his profits. By March 1902 Morgan’s combine either controlled or held a major interest in every substantial shipping company on either side of the Atlantic, with the exception of the Compagnie Générale Transatlantique of France and the Cunard Company of Liverpool. The two great German lines were firmly under Morgan’s aegis and Cunard’s greatest English rival, the White Star Line, was finally absorbed in December 1902.

(Simpson, Colin. The Lusitania: finally the startling truth about one of the most fateful of all disasters of the sea. Little, Brown and Company, Boston, 1972, p. 15-16.)

Please answer the following questions by choosing the alternative that best describes what is contained in the preceding passage: 19. The North Atlantic speed record for a transatlantic ship immediately before the Lusitania

was launched was held by:

(a) American steamships. (b) Ships owned and operated by the British Cunard Line. (c) German ships. (d) The Lusitania Cunard Line’s predecessors. (e) French ships controlled by J. P. Morgan’s combine.

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Vestibular Ibmec São Paulo 2007_2 Língua Inglesa – Prova B

20. The poor economic performance of transatlantic shipping lines at the time the Lusitania was launched was caused by:

(a) The suspension of dividend payments. (b) A decline in the overall demand for transatlantic travel. (c) The preponderance of service to low-paying emigrants from Europe to America. (d) The curtailment of subsidies by an isolationist U.S. government. (e) Fierce competition between shipping lines from various countries.

21. The launching of the Lusitania was reported by The Times’ with:

(a) Understated glee. (b) Exaggerated praise. (c) Unnecessary suspicion. (d) Irony and sarcasm. (e) Justified joy.

PASSAGE THREE When all else fails, agree on biofuels. That has been the reassuring mantra of European Union energy policy, plagued by disagreements on unbundling overmighty power firms, haggles over carbon trading and worries about dependence on Russian gas. But a forthcoming report from the EU’s own environment agency argues that the beloved biofuels – ethanol, rapeseed biodiesel and the like – have big drawbacks. Last week EU energy ministers endorsed a European Commission proposal that biofuels should make up a mandatory 10% of the EU’s fuel consumption by 2020; the current voluntary target is 5.75% by 2012. European heads of government are likely to back that deal at a summit next month in Germany. Despite this apparent enthusiasm, most EU members will struggle to meet even the existing target. Only Sweden and Germany fulfilled an earlier goal of 2% renewable-fuel use by 2005. The main problem is that biofuels are expensive. According to KBC Peel Hunt, a stockbroking firm in London, diesel made from rapeseed costs roughly €0,3 ($0,39) a litre more than the ordinary sort, despite benefiting from various agricultural subsidies. British biofuel firms are struggling to sell their output even with a tax rebate of 20p ($0,39) per litre. The government, naturally, is reluctant to erode its lucrative fuel-tax revenues by increasing the rebate. Worse, biofuels can generate as much pollution as the fossil fuels they are replacing, depending on how they are made. If electricity from coal is used to convert wheat into ethanol, say, the benefits in terms of emissions of carbon dioxide are negligible. By the same token, if rapeseed is grown using lots of fertilizer made from natural gas, then the resulting biodiesel brings relatively little reduction in emissions or fuel imports. Yet blenders and consumers have no means of distinguishing good biofuel from bad. Biofuels from poor but sunny countries, where crops yield much more energy and costs are lower, tend to be both cheaper and more environmentally friendly. But protectionist European farmers dislike them. The EU imposes a stiff tariff on Brazilian ethanol; its specifications for biodiesel favour expensive local rapeseed oil over cheap imported palm oil.

(“Burned by the sun: can biofuels save Europe, or the planet?” The Economist, 24 de fevereiro de 2007, p. 64.) Please answer the following questions by choosing the alternative that best describes what is contained in the preceding passage:

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22. Apparently, there are second thoughts on the prospects for the substitution of biofuels for fossil fuels in Europe, due to:

(a) The slackening demand for fuel caused by the current decline in economic activity

throughout the continent. (b) The high tariffs charged by Brazilian ethanol producers. (c) The possibility of actual gains in terms of pollution abatement. (d) The excessive power wielded by European energy firms. (e) The UK government’s willingness to provide ever higher tax rebates in order to

promote fossil fuel consumption. 23. Although energy issues in Europe are numerous and diverse, it seems that everyone is

resorting to:

(a) The wholesale raising of tax rebates coupled with better research in order to distinguish good biofuel from bad.

(b) The adoption of mandatory policies requiring the substitution of palm oil for rapeseed oil.

(c) Less enthusiasm and more widespread use of voluntary biofuel consumption targets. (d) The belief in the use of biofuels as a solution to all energy problems. (e) Promoting an increase in the use of fertilizer from natural gas in the growing of

rapeseed. 24. In order to obtain more environmentally acceptable biofuel, it appears that the European

Union will be forced to:

(a) Reduce tariff barriers on biofuel imports from less developed countries. (b) Increase tax incentives to the production of fossil fuels in less developed countries. (c) Intervene in the energy market in order to break up powerful energy firms. (d) Rely on larger supplies of Russian natural gas. (e) Mandate an increase in biofuel consumption by 2012.

25. It is doubtful whether there will be an increase in the use of biofuels in Europe in the near

future, because:

(a) Good biofuel is not necessarily more efficient than bad biofuel. (b) It is not clear that benefits outweigh costs. (c) Biofuel production in less developed countries will not be exported to Europe, since

those countries will require the fuel for local consumption. (d) Biofuels still face strong competition from Russian natural gas. (e) All obstacles to efficient carbon trading have been removed.

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Utilize a tabela abaixo para responder ao teste 26. Número de escravos africanos desembarcados no Brasil Período Número Período Número 1551 - 1575 10.000 1781 - 1790 181.200 1576 - 1600 40.000 1791 - 1800 233.600 1601 - 1625 150.000 1801 - 1810 241.300 1626 - 1650 50.000 1811 - 1820 327.700 1651 - 1675 185.000 1821 - 1830 431.400 1676 - 1700 175.000 1831 - 1840 334.300 1701 - 1720 292.700 1841 - 1850 378.400 1721 - 1740 312.400 1851 - 1860 6.400 1741 - 1760 354.500 1861 - 1870 -- 1761 - 1780 325.900 Total 4.029.800

(ALENCASTRO, Luís Felipe. O trato dos viventes. Formação do Brasil no Atlântico Sul. São Paulo: Companhia das Letras, 2000, p. 69.)

26. Observe a tabela e leia as afirmativas abaixo:

I. O decréscimo da entrada de escravos do período 1821-1830 para o período 1831-1840 está relacionado a uma lei de novembro de 1831 que procurava ratificar e regulamentar tratados anteriores com o governo da Inglaterra que visavam abolir o tráfico de escravos.

II. O aumento da entrada de escravos, no período de 1791-1800 em relação ao período de 1781-1790 está diretamente relacionado à expansão do cultivo de café na região do Vale do Paraíba que demandava um grande contingente de mão de obra escrava.

III. O grande decréscimo da entrada de escravos do período de 1841-1850 para o período de 1861-1870 explica-se pela aprovação, em setembro de 1850, da Lei Eusébio de Queirós, que impedia definitivamente o tráfico intercontinental de escravos para o Brasil.

(a) Todas as afirmativas estão corretas. (b) As afirmativas I e III estão corretas. (c) Nenhuma das afirmativas está correta. (d) As afirmativas II e III estão corretas. (e) As afirmativas I e II estão corretas.

27. Ao longo dos anos 1990 e 2000, ocorreram importantes transformações na sociedade

brasileira, tanto em termos sociais quanto políticos. Em relações às transformações sociais analise as proposições.

I. as mulheres conseguiram significativa conquista salarial devido às políticas

implementadas pelo governo brasileiro II. o movimento negro, após anos de atuação, conseguiu implantar a política de cotas em

todas as universidades públicas do Brasil III. o índice de mortalidade infantil, assim como a taxa de analfabetismo, atingiram os

melhores números da história brasileira IV. a qualidade do ensino básico continua baixa, mesmo ocorrendo neste período a

universalização do acesso de estudantes as escolas

Estão corretas:

(a) I e II (b) II, III, e IV (c) II e IV (d) III e IV (e) I, III e IV

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28. Use as tabelas para responder a questão:

Tabela 1: Taxas de crescimento do produto e setores (1955 – 1961) Ano PIB Indústria Agricultura 1955 8,8 11,1 7,7 1956 2,9 5,5 -2,4 1957 7,7 5,4 9,3 1958 10,8 16,8 2,0 1959 9,8 12,9 5,3 1960 9,4 10,6 4,9 1961 8,6 11,1 7,6

(Fonte: IBGE) Tabela 2: Alguns indicadores econômicos (1955 – 1961) Ano Inflação (%) Variação da base

monetária (%) Salário mínimo real (%)

Dívida Externa em U$ milhões

1955 23 15,8 -9,5 1.445 1956 21 19,3 -1,3 1.580 1957 16,1 35,1 -9,6 1.517 1958 14,8 18 14,5 2.044 1959 39,2 38,7 -12,7 2.234 1960 29,5 40,2 19,4 2.372 1961 33,2 60,4 -14,7 2.835

(Fonte: Abreu, Marcelo de Paiva. A ordem do progresso. Cem anos de política econômica republicana 1889 – 1989. Rio de Janeiro: Ed.Campos, 1990. Citado por Gremaud, Vasconcelos e Toneto Jr. Economia Brasileira Contemporânea. São Paulo:

Ed. Atlas, 1995, p. 381) Segundo os dados das tabelas, é possível afirmar que:

(a) o crescimento econômico durante o governo de Juscelino Kubitschek foi essencialmente

industrial e ancorado em investimentos privados nacionais (b) os anos 50, caracterizados por governos autoritários, teve crescimento econômico

equilibrado entre os setores primário e secundário (c) os dados da tabela indicam um período de estabilidade monetária e de rápido

crescimento industrial (d) a política econômica de Juscelino Kubitschek pode ser classificada como liberal e

nacional-desenvolvimentista (e) a variação do PIB foi financiada, principalmente, por emissão de moedas, inflação e

endividamento externo 29. “Foi encontrado ontem um automóvel com 500 quilos de explosivo que estava estacionado

na porta da casa de um chefe de polícia. Esse seria o quinto carro bomba envolvido nos atentados em Argel, capital da Argélia, que mataram 33 pessoas e deixaram mais de 200 feridos.”

(O Estado de S. Paulo 13/04/2007) A partir do texto e dos seus conhecimentos sobre o continente africano assinale a alternativa correta.

(a) A Argélia, desde a década de 1990, vive os problemas de violência de grupos terroristas

ligados ao fundamentalismo islâmico. (b) A Alemanha teme que os atentados possam também ocorrer em seu território, devido a

antigos laços coloniais. (c) O problema do fundamentalismo islâmico ocorre em países que apresentam a presença

de tropas ocidentais, como a Argélia. (d) Os países do Magreb apresentam populações de minoria muçulmanas que desejam a

implementação de governos sectários. (e) Os ataques terroristas são reflexos do processo de independência da Argélia em relação

ao colonialismo belga nos anos de 1960.

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Utilize o texto abaixo para responder aos testes 30 e 31. A mulher deve ser governada. Essa certeza encontra seu apoio nos textos da Sagrada Escritura e propõe a imagem exemplar da relação homem-mulher. Essa relação deve ser hierárquica, tomando o seu lugar na ordem hierárquica universal: o homem deve sujeitar as mulheres que lhe são confiadas, mas amá-las também, e as mulheres devem ao homem que tem poder sobre elas a reverência. Essa troca de dilectio e de reverentia institui ordem no interior do grupo doméstico e, de início, no que forma o núcleo desse grupo, o casal. Mas, da relação entre o esposo e a esposa, os moralistas da igreja julgam naturalmente que esse outro sentimento, diferente da dilectio, que eles chamam em latim de amor, deve ser excluído, porque o amor sensual, o desejo, o impulso do corpo, é a perturbação, a desordem; normalmente, ele deve ser rejeitado do quadro matrimonial, localizado no espaço do jogo, da gratuidade, o lugar que lhe é concedido por este divertimento da sociedade que chamamos de amor cortês. O casamento é coisa séria; ele exige austeridade; a paixão não deve misturar-se aos assuntos conjugais.

(DUBY, Georges. Idade Média, idade dos homens: do amor e outros ensaios. São Paulo: Companhia das Letras, 1990, p. 93 .) 30. No trecho acima, o historiador Georges Duby traça o perfil da relação homem-mulher na

Idade Média. Nesse perfil, podemos perceber

(a) a defesa da igualdade entre homens e mulheres, já sentida nesse período, cerca de mil anos antes do movimento feminista do século XX.

(b) a existência da mulher como cortesã, realizando o papel da esposa fiel que presta reverência a seu marido e mantém a ordem do grupo doméstico.

(c) a defesa do amor sensual para a manutenção do núcleo familiar, dando a seriedade necessária aos assuntos conjugais.

(d) o casamento como uma instituição necessária para estabelecer uma ordem universal, na qual os homens se sujeitam às mulheres.

(e) a importante presença da Igreja como definidora do papel de submissão que a mulher deveria exercer dentro do âmbito familiar na sociedade medieval.

31. No que tange o mundo ocidental, longo foi o percurso da luta pelos direitos da mulher, da

idade média aos nossos dias. Sobre esse percurso, é correto afirmar:

I. Pouca coisa mudou na relação hierárquica entre homem e mulher no interior dos núcleos familiares, marcada pela sujeição das mulheres e por sua reverência aos homens, relação essa defendida nos países católicos em virtude de uma concepção ainda patriarcal da família.

II. A presença das sufragistas só aconteceu em meados do século XX, quando francesas e inglesas saíram às ruas, lutando pelo direito ao voto, uma das bandeiras pela igualdade dos sexos.

III. A reivindicação pelos direitos sobre o corpo e a sua conquista caracterizam o feminismo contemporâneo, no qual a pauta do dia é a luta pela liberdade de contracepção e o direito à interrupção voluntária da gravidez.

IV. No início dessa luta, a simples presença das mulheres na rua, agindo em causa própria, era vista como um ato subversivo e sentida como uma violência dentro da ordem estabelecida.

(a) apenas III está correta. (b) apenas III e IV estão corretas. (c) apenas I, II e III estão corretas. (d) apenas I, II, IV estão corretas. (e) apenas II, III e IV estão corretas.

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32. “A eclosão da guerra surpreendeu a mim e a todos os alemães. Até o último momento todas as pessoas sensatas ainda acreditavam que o incidente ficaria circunscrito a Sarajevo. Quem leu as memórias do enviado inglês a São Petersburgo em 1914, sir George Buchanan, depreendeu que a guerra ainda poderia ter sido evitada no último minuto, se o fogo não tivesse sido atiçado por uma parte interessada. Só quando as colunas de soldados desfilaram pelas ruas, acompanhadas por multidões que se rejubilavam e choravam, quando os trens cheios de soldados partiram para leste e oeste, quando chegaram as primeiras notícias dos horrores na Prússia oriental e as apressadas notícias de vitória do oeste, tivemos de acreditar que havia eclodido uma guerra de dimensões continentais.”

(Schatht, Hjalmar. Setenta e seis anos de minha vida. São Paulo: Ed 34, 1999. p. 186)

Sobre a Europa no período que antecede a guerra citada no texto pode-se afirmar que

(a) o surgimento do socialismo e dos regimes nazi-fascistas precipitou as hostilidades que caracterizaram a chamada ‘Paz Armada’

(b) o avanço da ciência, das artes e da cultura estava acompanhado do nacionalismo, do anti-semitismo e das alianças militares

(c) a aliança entre Rússia e Alemanha foi fundamental para evitar que o imperialismo inglês avançasse sobre o leste do continente

(d) o rápido crescimento alemão e austríaco deram início ao imperialismo capitalista europeu na África e na Ásia

(e) a emergência de novas potências industriais fez com que os países europeus se aliassem contra Japão e Estados Unidos da América

33. “Ao revelar para uma Europa atônita o esplendor e os mistérios da China, Polo encerra a

geografia do lendário e incorpora o real ao maravilhoso.” (YERASIMOS, Stéphane. Prefácio In: POLO, Marco. O livro das maravilhas: a descrição do mundo. Porto Alegre: L&PM, 1985, p. 11)

O comerciante veneziano Marco Polo partiu para uma viagem à China em 1275, retornando definitivamente em 1295. As descrições de Marco Polo povoaram a imaginação dos europeus nos séculos seguintes. Sobre o contexto histórico da Europa no período das viagens de Marco Polo, podemos afirmar que:

(a) A Europa medieval vivia o período do Renascimento Comercial e a cidade de Veneza

destacava-se dominando rotas de comércio com o Oriente. (b) As primeiras cruzadas aumentaram o contato da Europa com o Oriente, estabelecendo

rotas comerciais que passaram a ser exploradas pelos comerciantes venezianos. (c) A Europa estava em guerra com os Mongóis que, sob a liderança de Kublai Cã, tinham

invadido o leste da Europa, chegando às imediações de Viena. (d) A Europa vivia um período de grande crise comercial com a diminuição da produção, o

fechamento de importantes rotas comerciais e o advento da Peste Negra. (e) A cidade de Veneza tinha perdido a supremacia comercial para Florença, que dominava

a rota da seda, forçando os venezianos a procurarem novas rotas de comércio com o Oriente.

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34. “Deve um príncipe, portanto, não se importar com a reputação de cruel, a fim de poder manter os seus súditos em paz e confiantes, pois que, com pouquíssimas repressões, será mais piedoso do que aqueles que, por muito clementes, permitem as desordens das quais resultam assassínios e rapinagens. (...) Nasce disso uma questão, a saber: é melhor ser amado que temido ou o contrário? Responder-se-á que se desejaria ser uma e outra coisa; mas, como é difícil casá-las, é muito mais seguro ser temido que amado, quando se haja de optar por uma das alternativas.”

(Maquiavel, Nicolau. O Príncipe. São Paulo: ed Nova Cultural, 1999.p.105-106)

Do texto é possível afirmar que:

(a) ao discutir a imagem do príncipe, apenas reforça o modelo parlamentarista inglês (b) ao defender a crueldade como forma de justiça, pode ser considerado inspirador da

Revolução Francesa (c) ao concentrar suas preocupações na figura do príncipe, pode ser visto como uma defesa

do Absolutismo (d) ao defender o temor pelo príncipe como superior ao amor, aproxima-se das teorias

liberais (e) ao criticar o poder do príncipe, afasta-se da maior parte dos autores políticos de sua

época 35. Leia os textos para responder a questão:

I. Você encontra a erva mate verde no mercado municipal, junto com as guampas e bombas. (...)Tudo começou quando eram apenas os índios que habitavam a região, assim como em todo o Brasil. E deles se herdou o gosto pelos peixes de rio, mandioca, guariroba e banana na comida. Depois, vieram os bandeirantes paulistas e mineiros, que fundaram as principais cidades e trouxeram o charque e comidas que não estragavam durante as viagens. Começaram a se formar grandes propriedades rurais, verdadeira vocação econômica do estado, e com ela a maravilhosa comida de fazenda.

(Chico Junior, Roteiros do sabor brasileiro. Rio de Janeiro:CJD edições, 2005, p.281)

II. Com forte tradição agropecuária, é um dos estados que mais crescem no Brasil. Entre 1985 e 2004, desenvolve-se a um ritmo muito mais acelerado que a taxa de crescimento do país.A agropecuária é predominante, responsável por 37,6% do PIB estadual. Na agricultura, os principais produtos são a soja e a cana-de-açúcar.

(Almanaque Abril 2006, p. 273)

Os textos revelam características histórico-geográficas de um estado brasileiro localizado numa região:

(a) próxima à planície do pantanal, situada no estado do Mato Grosso do Sul. (b) fronteiriça com a Argentina, situada no estado do Rio Grande do Sul. (c) do agreste nordestino, situada no estado de Pernambuco. (d) ribeirinha com elevada umidade, situada no estado do Pará. (e) de baixadas litorâneas, situada no estado de São Paulo.

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36. Sobre o aquecimento global, é correto afirmar que

I. existem claras evidências de que a temperatura global aumentou. Os termômetros subiram 0,6ºC entre meados do século XIX e início do século XXI, desses 0,5ºC apenas nos últimos 50 anos.

II. os maiores emissores de gases responsáveis pelo efeito estufa são Estados Unidos, União Européia, China, Rússia, Japão e Índia.

III. As regiões glaciais do planeta estão aumentando, em algumas zonas do Ártico, por exemplo, a cobertura de gelo aumentou em até 40% em décadas recentes.

IV. os países mais afetados serão os chamados países em desenvolvimento, pois essas nações possuem menos recursos financeiros, tecnológicos e científicos para lidar com os problemas de inundação, seca e surtos de doenças decorrentes.

(a) apenas I e II estão corretas (b) apenas I e III estão corretas. (c) apenas II e III estão corretas. (d) apenas I, II, IV estão corretas. (e) todas estão corretas.

37. Durante o ano de 2007, a humanidade viverá, segundo dados da ONU, uma situação inédita

em sua história: pela primeira vez, a população urbana no mundo será maior que a rural. A partir dessa informação, assinale a alternativa que apresente características do processo de urbanização.

(a) A China e a Índia, dois dos países que mais crescem economicamente, apresentam

maioria populacional fortemente concentrada em cidades. (b) As cidades que apresentam o maior crescimento populacional nos dias de hoje, são as

megacidades situadas em países desenvolvidos. (c) Com o processo de urbanização, os problemas sociais tendem a ser resolvidos devido a

facilidade do acesso da população à infra-estrutura urbana. (d) O continente africano ainda apresentará, mesmo após o ano de 2007, população

predominantemente rural. (e) Devido ao esgotamento das grandes metrópoles, o novo crescimento urbano se dará

principalmente nas pequenas cidades próximas às áreas agrícolas.

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38. Utilize o texto e a figura a seguir para responder a este teste. O Corpo Humano: real e fascinante. Este é o título de uma exposição inaugurada no mês de março na OCA, na capital paulista. O texto abaixo foi retirado da programação cultural de um jornal de grande circulação. “ Reunindo 16 corpos e 225 órgãos verdadeiros, a mostra revela a crueza da anatomia humana. Dividida em nove segmentos (para representar cada segmento do organismo), a exposição começa com a estrutura interna de um esqueleto, que contém mais de cem juntas. As realizações do homem na medicina também estão presentes na seção ‘o corpo tratado’, onde estão próteses de quase todas as partes do corpo.”

(O Estado de S. Paulo. 13 de abril de 2007)

(Rembrandt “A lição de anatomia do doutor Tulp”, 1632) Tanto a exposição anunciada pelo texto quanto o quadro de Rembrandt

(a) destacam a relação entre as experiências científicas e as manifestações religiosas (b) representam a arte contemporânea, caracterizada pela denúncia contra a banalidade da

violência (c) mostram a permanência do interesse sobre o funcionamento do corpo humano, do

Renascimento aos dias atuais (d) indicam o retrocesso das técnicas médicas relacionadas ao estudo da anatomia humana (e) podem ser vistas como representações artísticas, não mantendo vínculos com

experimentos científicos

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39. Sobre alguns dos antecedentes da Revolução Russa de 1917, é correto afirmar que:

(a) A Rússia entrou na Primeira Guerra Mundial ao lado da Alemanha e do Império Austro-Húngaro contra a Tríplice Entente. A esmagadora derrota sofrida pelos russos e a situação desesperadora da população pobre desencadeou uma série de manifestações que culminaram com a queda do Czar.

(b) Em 1905, após uma série de episódios como a revolta do Potemkin e a Greve Geral dos trabalhadores, os bolcheviques desfecharam um golpe contra o Czar Nicolau II. Em 1917 ocorreu um golpe dentro do golpe, com Lênin assumindo o poder e fundando a URSS.

(c) Em 1904 a Rússia entrou em guerra com o Japão e foi derrotada. Esse conflito repercutiu na sociedade russa, desencadeando vários episódios que deram origem à Revolução de 1905, considerada por Lênin um ensaio geral para a Revolução de 1917.

(d) Aproveitando a situação de descontrole do governo do Czar Nicolau II, Lênin voltou de seu exílio na Finlândia e desfechou um golpe contra a monarquia russa em 1905. Governou junto com Kerensky, do grupo Menchevique, até 1917 quando Stalin assumiu o poder.

(e) Após a revolta do Potemkin, Stalin comandou uma tomada do Kremlin, depondo o Czar Nicolau II e retirando a Rússia da Primeira Guerra Mundial. Os bolcheviques tomaram o poder e instalaram o sistema de sovietes, criando a URSS.

40. As negociações da Rodada de Doha, que haviam sido suspensas em julho do ano passado,

foram retomadas em janeiro no Fórum Econômico Mundial. Em março de 2007, o diretor –geral da OMC (Organização Mundial do Comércio) Pascoal Lamy disse que a Rodada de Doha deve ser concluída até o mês de junho. Segundo Lamy, “o custo de um fracasso será extremamente alto”. Sobre a Rodada de Doha, podemos afirmar que:

(a) Foi lançada em 2006 para discutir o perdão da dívida de países pobres da África e o fim

dos subsídios agrícolas dos Estados Unidos e União Européia, como forma de melhorar o comércio internacional. Participam das discussões Brasil e Índia como representantes do G 20, além dos Estados Unidos e União Européia.

(b) Foi organizada pela Organização Mundial do Comércio para discutir o problema da pirataria que afeta fortemente o comércio internacional. Países em desenvolvimento, como Brasil e Índia, querem incluir na discussão o problema dos subsídios agrícolas, enquanto a China se recusa a participar das negociações.

(c) Foi organizada como forma de discutir problemas comerciais como as barreiras tarifárias, os subsídios agrícolas e a abertura de mercado para produtos industriais. O maior obstáculo é a retirada dos Estados Unidos das negociações em 2006 em virtude do fim do fast track.

(d) foi organizada pela Organização Mundial do Comércio depois de uma interpelação feita pelos Estados Unidos, contestando as barreiras contra a entrada de produtos industrializados nos países em desenvolvimento que compõem o G 20 e condenando a pirataria. Esses países exigem, em contrapartida, o fim dos subsídios agrícolas.

(e) Foi lançada em 2001 com objetivo de diminuir as barreiras comerciais. O maior obstáculo é a divergência entre os países em desenvolvimento que querem fim dos subsídios agrícolas e os países desenvolvidos que querem maior abertura nos setores industrial e de serviços dos primeiros.

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