UTILIZANDO SISTEMAS ESPECIALISTAS NA...

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#a PREDITIVA EM TURBOMAQIJSNBS UTILIZANDO 618Tm ESpLCIfXIsTA NA QNALISE DE VIBRAC#Q Jose Carlos Faustini de Rezende TESE SUBMETIDA AO CORPO DOCENTE DA COORBENA~&~ DOS PROGRAMM DE PÓS-GRADUAWO DE ENGENHARI A DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RI O DE JANEIRO COMO PARTE DOS REQUIGITOS NECESSdRIOÇ PARA OBTENG#O DO GRAU DE MESTRE EM CIENCIAS EM ENGENHARIA QCEBNICA . Aprovada par: Praf . Antonio Almeida Pinho, D.6c. Praf. &uglas ~duavdo Zarnpieri, Dr. Ins Rio de Janeiro, RJ - BRASIL. MAIO DE 1991

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#a PREDITIVA EM TURBOMAQIJSNBS UTILIZANDO 618Tm

ESpLCIfXIsTA NA QNALISE DE VIBRAC#Q

Jose Carlos F a u s t i n i de Rezende

TESE SUBMETIDA AO CORPO DOCENTE DA COORBENA~&~ DOS PROGRAMM

DE PÓS-GRADUAWO DE ENGENHARIA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO

DE JANEIRO COMO PARTE DOS REQUIGITOS NECESSdRIOÇ PARA

OBTENG#O DO GRAU DE MESTRE EM CIENCIAS EM ENGENHARIA

QCEBNICA .

Aprovada par:

Praf . Antonio A lmeida P i n h o , D.6c.

P r a f . &uglas ~ d u a v d o Zarnpieri, Dr. I n s

R i o de J a n e i r o , R J - BRASIL.

MAIO DE 1991

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REZENDE, JOSE CARLOS FRUSTINI DE

MANUTENGZO PREDITIVA EM TURBOMÁQUINAS

UTILIZANDO SISTEMAS ESPECIALISTAS NA ANÁLISE

DE VIBRAGZO. CRio de Janeiro3 1991

VI, 117 P . 29,7 cm (COPPE/UFRJ, M.SC.

Engenharia Oceânica, 1991)

Tese - Universidade Federal dp Rio de Janeiro,

COPPE .

1 . vibração de Máquinas I . COPPE/UFHJ L I

Título (série).

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h Minha esposa Cristina;

meu filho Thiago;

minha mãe, Aleida

e a meu pai, Fábio

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Agradecimentos

Aos meus pais pela educação que me permitiu atingir

este objetivo.

h minha esposa Cristina, pelo apoio e compreensão

no desenvolvimento deste trabalho.

Ao meu orientador, Professor Tiago, por sua

orientação e por ter viabilizado esta tese.

Ao professor Pinho, por sua orientação na parte de

Inteligência Artificial e a contribui~ão de sua notas de aula

no texto deste trabalho.

k PETROBRdS, por ter possibilitado o

desenvolvimento do mestrado.

Aos engenheiros Rogério e Guilherme da PETROBRdS,

por suas contribui~ões no desenvolvimento desta tese.

Ao pessoal do Laboratório de Estruturas Navais,

pelo apoio no desenvolvimento deste trabalho.

h COPPE, pelo excelente nível dos cursos e

professores nos programas de Engenharia Oceânica, Engenharia

de Sistemas e Engenharia Civil, propiciando aos alunos o

contato e s desenvolvimento de novas tecnologias.

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RESUMO DA TESE APRESENTADA h COPPE/UFRJ COMO PARTE DOS

REQUISITOS NECESSdRIOS PARA OBTENfãO UO GRAU DE MESTRE EM

CIÊNCIAÇ ( M . âc.)

MQNUTENE#O PREDITIVA EM TURBOMdQUINAS UTILIZANDO SISTEMQ

ESPECIALISTA NQ ANdLIÇE DE VIBRAC8O

Jose Carlos Faustini de Rezende

Maia, 1991

Orientadores: Prof. Tiago Alberto Piedras Lopes

Prof. Antonio de Almeida Pinho

Programa: Engenharia Oceânica

A Manutenção Preditiva baseada em análise de

vibra~ão, que tem se revelado uma eficiente ferramenta na

otimização dos cuít.os de manutenção de turbomásuinas,

apresenta agora a perspectiva de significativo

desenvolvimento com a incorporação de tecni cas de

Inteligencia Artificial, marcadamente 05 Sistemas

Especiali-z,tas.

Este trabalho apresenta as técnicas envolvidas no

desenvolvimento de um sistema de manutenção preditiva, os

benefícios esperados da sua utilizacão e descreve um exemplo

de sistema em uso.

A segunda parte da tese faz uma introdução às

técnicas de Inteligencia Artificial e Sistemas Especialistas,

bem como apresenta um sistema protótipo para diagnose de

problemas de vibra~ão em turbomáquinas.

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ABSTRACT OF THESIS PRESENTED TO COPPE/UFRJ AS PARCIAL

FULFILLMENT OF REQUIREMENTS FOR THE DEGREE OF MASTER OF

SCIENCE ( M . Çc.)

TURBOMECHINERY PREDICTIVE MANTENANCE UÇING EXPERT SYSTEM ON

VIBRATION ANALYSIS

Jose Carlos Faustini de Rezende

May, 1991

Thesis Supervisar: Pi-of. Tiago fllbeito Piedras Lapes

Prof. Antonio de Almeida Pinho

Department: Ocean Engineering

Predictive Maintenance based an vibration analysis,

has demonstred to be a valuable and pawerfull to01 in ordrr

to optimize turbomachinery maintenance costs. Beçides, it is

expected to have an outstanding development through the

inclusion of Artificial Intelligency techniques, notably the

Expert Systems.

This thesis presents the tools used tu develop a

Predictive Maintenance System, the benefits e~pected from its

utilization and describes the application of a actual system

currently being used.

lhe second part introduces the Artificial

Intelligence and Expert Syçtems, as well as a prototype model

employed to diagnose vibration problems in turbomachinery.

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.I .

i n d i ce

C a p í t u l o I . ~ n t r o d u ~ ã o

1.1 H i s t ó r i c o d a m a n u t e n ~ ã o d a s G r a n d e s Máquinas

d e B a c i a d e Campos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9

1 . 2 T i p o s de M a n u t e n ~ ã e . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1 0

1 . 2 . 1 Manutencão C o r r e t i v a . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . i 0

1 . 2 . 2 M a n u t e n ç ã o P r e v e n t i v a . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . i1

1 . 2 . 3 Manutenção P r e d i t i v a . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1 2

1 . 3 Novas T é c n i c a s d e Manutencão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13

1 . 4 B r e v e Resumo d o s C a p i t u l a s d e s t a T e s e . . . . . . . . . . . . . . 1 4

Capitulo I I . 4spertos da Manutencão Preditiva

2 . 1 F a t a ç q u e Geraram a C r i a ç ã o d a Manutenção P r e d i t i v a . 16

2 . 2 B e n e S í c i o s d a Manutencão P r e d i t i v a . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16

. . . . . . . . . . . . . . . . . 2 . 2 . 1 Menores C u s t o s d e M a n u t e n ~ ã o 1B

2 . 2 . 2 Menos Falhas de E q u i p a m e n t o s . . . . . . . . . . . . . . . . . 18

2 . 2 . 3 Tempos d e R e p a r a Menores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1 9

2 . 2 . 4 Menor D i s p E n d i o com S o b r e s s a l e n t e s . . . . . . . . . . . 19

2 . 2 . 5 M a i o r V i d a Ú t i l d a s M á q u i n a s . . . . . . . . . . . . . . . . . 19

2 . 2 . 6 Aumento d e P r o d u c ã o . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20

2 . 2 . 6 I n c r e m e n t o d o s N í v e i s d e S e g u r a n c a . . . . . . . . . . . 20

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2 . 2 . 7 Verifica~ão das Condicões de Equipam~ntos

Novos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20

2.3 Técnicas de Manutencão Preditiva . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20

2.3.1 Monitora~ão de Vibração . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21

. . . . . . 2.3.1.1 Acompanhamento do Valor Global 22

2.3.1.2 Acompanhamento de Frequências

Significãtivaç . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24

2 . 3 . 1 . 3 Análise por Assinatura de Vibração . . 25

2.3.2 Análise de Óleos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2.3.2.1 Viscosidade 27

2.3.2.2 Ponto de Fulgor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27

2.3.2.3 Índice de Acidez Total e

Índice de Basicidade Total . . . . . . . . . . 27

2.3.2.4 Agua por Destila~~o . . . . . . . . . . . . . . . . . 27

2.3.2.5 Corrosividade ao Cobre . . . . . . . . . . . . . . 28

2 . 3 . 2 . 6 Presenca de Metais . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28

2 . 3 . 2 . 7 Ferrografia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28

2.3.3 Análise de Performance . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28

2 . 3 . 4 Análise de Dados Operacionais . . . . . . . . . . . . . . . . 29

2.3.5 Inspe~ão Visual . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29

2.4 Alguns Resultados Práticos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30

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Capitulo I11 . Programa de Manutencão Preditiva Baseado em finalise de Vibração (PMPBAV)

3.1 Fases de Implementação de um PMPBAV . . . . . . . . . . . . . . . . . 31

. . . . . . . . . . . . . . . . . . 3.1.1 Avaliacão Técnico-econâmica 31

3.1.2 Treinamento de Pessoal e Aquisicão dos

Equipamentos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32

3.1.3 Identifica~ão das Máquinas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33

3.1.4 Codificacão das Máquinas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34

3.1.5 Implementação de Programa de Computador para

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Gerenciamento dos Dados 36

3.2 Funcionamento de um PMPBAV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36

. . . . . . . . . . . . . 3.2.1 Aquisicão e Transmissão de Dados 36

3.2.2 Processamento dos Sinais e Armazenamento dos

Dados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 37

3.2.3 Gera~ão de Relatórios de Alarme . . . . . . . . . . . . . . 38

3.2.4 Analise dos Dados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38

3.3 O PMPBAV Utilizado pela Petrobrás . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 39

3.3.1 Filosofia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 39

3.3.2 O Sof tware . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 40

3.3.2.1 Cedificacão de Maquina . . . . . . . . . . . . . . 41

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3.3.2.1 Proceçsamento de Espectros . . . . . . . . . . 42

3.3.2.2 Relatario de Alarmes . . . . . . . . . . . . . . . . 44

3.3.2.3 Plotagem de Espectros . . . . . . . . . . . . . . . 45

3.3.2.4 Histórico de Manuten~ão . . . . . . . . . . . . . 46

3.3.2.5 Analise Gráfica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 48

3.3.2.6 Analise de Tendências . . . . . . . . . . . . . . . 48

Capítulo IV . Problemas em Turbomáquinas Relacionados com

Vi bracão

4.1 Aspectos Gerais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 50

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4.2 Desicri~ão dos Problemas 51

4.2.1 Desbalanceamento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 51

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4.2.2 Desalinhamento 53

4.2.3 Instabilidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 55

4.2.3.1 Oil Whirl . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5 5

4.2.3.2 ai1 Whi p . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 57

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4.2.3.3 Histeretic Whirl 57

4.2.3.4 Instabilidade Induzida pela Selasem . 57

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4.2.3.5 Aerodinâmica 58

. . . . . . . . . . . 4.2.3.6 Folga na Topo de Palhetas 58

4.2.4 Roçamento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 58

4.2.4.1 Roçamento Leve . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 59

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4.2.4.2 Ho~amento Severo 59

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4 . 2 . 4 . 3 Rocamento Tatal (Drv whirl) . . . . . . . . . 60

4 . 2 . 5 Ressonância . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 60

4 . 2 . 6 Velocidade Crítica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 61

4 . 2 . 7 Componentes Frouxos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 63

4 . 2 . 8 Problemas com Engrenagens . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 43

4 . 2 . 8 . 1 Falta de Excentricidade daç

Engrenagens . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 63

4 . 2 . 8 . 2 Problema na Operação com Baixa

Carga . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 63

4 . 2 . 8 . 3 DeCeitos de Fabricação ou Desgaste

Anormal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 64

4 . 2 . 9 Problemas Aeradinâmicos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 65

4 . 2 . 9 . 1 Surge . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 65

4 . 2 . 9 . 2 Rotatins Stall . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 66

4 . 2 . 9 . 3 Ressonância Acústica . . . . . . . . . . . . . . . . 67

4 . 2 . 9 . 3 Frequência de Passagem das Pás . . . . . . 67

4.2.10 Problemas em Equipamentos Elétricos . . . . . . . . . 67

4 . 2 . 1 0 . 1 Rotar Excêntrico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 68

4 . 2 . 1 0 . 2 Folgas nas Lâminas do Estator . . . . . . 68

4 . 2 . 1 0 . 3 Rotor Trincado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . b8

4 . 2 . 1 0 . 4 Desbalanceamento na Tensão da Rede . . 68

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4.2.10.5 Problemas no Estator

. . . . . (superaquecimento, curto. etc) 68

. . . . . . . . . . . . . . . . 4.2.10.6 Folya no Entreferro 68

Capitulo V . Sistemas Especialistas . Uma introdu~ão

5 . 1 Introdu~ão a Inteligência Artificial . . . . . . . . . . . . . . . . 7 0

5.1.1 Conceituação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 70

5.1.2 Nascimento e Evolução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 70

5.1.3 Algumas Definições . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 73

5.1.3.1 Fatos e Regras . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 73

5.1.3.2 Poda . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . '74

5.1.3.2 Heurística . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 74

5.1.3.3 Mecanismo de Inferência . . . . . . . . . . . . . 75

5 . 2 Sistemas Eçpecialistas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 75

5.2.1 Definição . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 75

5.2.2.1 Diagnóstico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 77

5.2.2.2 Interpretacão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 77

5.2.2.3 Predi~ão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 77

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5.2.2.4 Projeto 77

5.2.2.5 Depuração . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 77

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5 . 2 . 2 . 6 Instrucão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 78

5 . 2 . 2 . 7 Controle . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 78

5 . 2 . 3 Arquitetura de um Siçtema Especialista . . . . . . . 78

5 . 2 . 3 . 1 Base de Conhecimento . . . . . . . . . . . . . . . . 79

5 . 2 . 3 . 2 Mecanismo de Inferência . . . . . . . . . . . . . 79

5 . 2 . 3 . 3 Interface com o Usuário . . . . . . . . . . . . . 80

5 . 2 . 4 Desenvolvimento de um Sistema Especialista . . . 81

5 . 2 . 4 . 1 O Engenheiro do Conhecimento . . . . . . . . 81

5 . 2 . 4 . 2 Etapas do Desenvolvimento de um SE . . 81

5.3 Sistema Especialista para Diagnóstico de Vibracão . . . 84

5 . 3 . 1 Definicão do Objetivo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 84

5 .3 .2 ROMEX: Um Sistema Especialista para

Diagnóstico de Vibra~ão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 85

Capítulo VI . O Programa DIAGMAQ

6 Consideracões Gerais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 87

6.2 A Base de Conhecimento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 88

6.3 A Estratégia de Funcionamento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 90

6 . 4 R Operação da Programa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 91

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Capitulo V I 1 . Conclusões e Comentários

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7 . 1 Comentários 97

7.2 Conclu56es . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 98

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . REFERÊNCIAS BIBLIOGRdFICAS 100

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ANEXO i i04

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ANEXO 2 105

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ANEXO 3 106

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CAPÍTULO I

INTRODUC~O

1.1 Histórico da Manuten~ão das Grandes Máquinas da Bacia de

Campos

Entende-se como grandes mAquinas, as turbomáquinas

de grande porte, notadamente turbinas a gás, compressores

centrífugos e geradores elétricos. São maquinas de grande

potência, e críticas no processo de produ~ão de petrhieo em

plataformas, uma vez que são responsáveis por toda a geração

de energia, necessária ao funcionamento dos demais

equipamentos, e pela compressão do gás natural produzido,

para que chegue aos pontos consumidoreç, como refinarias e

indústrias.

O início de opera~ão das grandes maquinas da Bacia

de Campos, seguiu-se ao de produção do campo pioneiro de

Garoupa, em 1979, com a aquisição pela PETROBRdS de um

conjunto turbina a gás - compressor centrífugo para

compressão de gás, com potência de 5000 HP e capacidade para

500.000 m3/dia. A segunda unidade, com capacidade semelhante

a primeira, só viria em 1982.

Com CI início de operação das sete plataformas

fixas, a partir de 1984, houve o grande incremento na número

de máquinas, sendo a capacidade atual instalada, a

apresentada na tabela do anexo (1).

Com o descobrimento de novos campos de produção, a

perspectiva e um aumento significativo desta capacidade até

1995, conforme pode ser observado no grá9ico de evolucão

mostrado no anexo (2).

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Por se tratarem de tecnologias novas , principalmente no que se referia a turbinas a gás, a

manutenção das grandes máquinas, no inicio de sua opera~ão,

era totalmente dependente da assistência técnica dos

fabricantes. Em função disso, os primeiros anos foram

inteiramente dedicados a absorção desta tecnologia, e os

procedimentos de manutenção utilizados eram os tradicionais

(ver defini~ões no prhximo item).

Somente em 1985, foram possiveis os primeiros

contatos com novas técnicas aplicadas a manuten~ãa, par

intermédio de trabalho de divulgacão feito pelo LEN da COPPE.

A partir dai, numa integraçãa COPPE/PETRORR& que envolvia

contrato de desenvolvimento de tecnologia, passaram a ser

desenvolvidas as ferramentas a serem descritas neste

trabalho. Estas ferramentas estão sendo utilizadas atualmente

pela Região de Produção da Sudeste (RPSE), no aprimoramen.to

das seus procedimentos de manutenção, e encontram-se em fase de implantação em outras unidades da Empresa.

1.2 T ipos de ~anutenção

Com o intuito de se tornarem mais claros os

beneficio5 das técnicas a serem apresentadas aqui, devem ser

entendidas as concepções dos sistemas de manutenção

existentes.

1.2.1 Manutenção Corretiva

A lógica da manutencão corretiva é "rodar ate

quebrar", ou seja, nenhuma providência é tomada até que

acorra uma falha. Este tem sido o procedimento utilizado pela

maior parte das unidades industriais desde a sua implantação,

e a princípio parece razoável. Uma unidade utilizando a

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premissa da manutencão corretiva, não tem nenhum dispêndio

com manuten~ão até que ocorra uma falha. Por outro lado, como

não se sabe onde e quando a próxima falha ira ocorrer, a sua

utilizacão acarreta em: (1) necessidade de grande volume de

sobressalentes, ( 2 ) superdimensionamento das equipes de

manutenção e ( 3 ) altos índices de indisponibilidade dos

equipamentos. Análises de custos de manuten~ão, indicam que a

manutenção não programada tem o custo de três vezes a

programada Li.].

1.2.2 Manutencão Preventiva

Os sistemaç de manutencão preventiva tem por

concep~ão, procedimentaç baseados no tempo, ou seja, a

manutenção é realizada em intervalos de tempo pré-

estabelecidos.

PROBABILIDADE DE FALHA EM MAQUINAS x

Tempo

Figura 1.1 Gráfico banheira

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Estes intervalos, podem ser estabelecidos tanta em

termos de tempo corrido como de horas de operação da máquina.

O gráfico da figura (1.1)) conhecido como gráfico banheira,

mostra a probabilidade de falha de uma máquina ao longo do

tempo, que facilita o entendimento desta concepcão.

U gráfico da figura (1.9) mostra que, uma maquina

nova ou recém saída de uma manutenção, apresenta uma grande

probabilidade de falha, devido a falhas de projeto ou na

montagem, ou seja, envolve basicamente qualidade. A partir

dai, os valores se situam numa faixa baixa, por um período

razoável. Foi baseado nisso que se estabeleceram as premissas

da manutenção preventiva, ou seja, o período entre

manutençóes, foi estabelecido a partir de critérios

estatisticos. Os parâmetros estatísticos usados são o MTTF

( "Mean-Time-To-Fai lure" ) e o MTBF ( "Mean-Time-Between-

Failure). A principio, a estratégia parece funcionar, mas na

prática esbarra em algumas dificuldades, que são: (1)

problemas na generalização du MTBF, mesmo para máquinas do

mesmo tipo, pois este também depende das condições

operacionais, ( 2 ) a possibilidade de falha antes do tempo

previsto, acarretando na necessidade de manuten~ão corretiva

e (3) a possibilidade de abertura desnecessária de unja

maquina ainda em boas condicões de operação.

1.2.3 Manuten~ão Preditiva

A premissa básica do esquema de manutenção

preditiva é a de que, a monitoração regular de parâmetros que

indicam o estada da máquina, maximiza o intervalo entre

intervencões. O gráfico da figura 1 . 1 , possibilita

visualizar bem esta situação, em que o ideal seria a parada

da máquina na região em que a probabilidadede de falha

começaçse a crescer. O periodo que precede a falha, pede ser

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identificado em função de sintomas anormais gerados pelos

componentes desgastados ou em condições de falha. São vários

os parâmetros que podem ser acompanhados para estabelecer o

estado de "saúde" de uma máquina, sendo o mais eficiente

deles a vibração. Como vantagem adicional à possibilidade de

se programar com antecedência a manutenção, está a de

permitir que se identifique, antes da abertura da máquina, o

componente que apresenta problema. Maiores detalhes serão

mostrados no próxime capitulo.

1.3 Novas técnicas de manutencão

O maior conhecimento dos mecanismos reradores da

vibração de máquinas, associado ao desenvolvimento dos

microprocessadores, propiciam cada vez mais a utilização de

procedimentos sofisticados de manutenção. Já são inúmeras as

empresas especializadas na produção de pacotes de manuten~ão

preditiva, cada vez mais elaborados e utilizando instrumentos

com maiores recursos C21 C33 C41. Já e possível, a coleta de

grande quantidade de informações a respeito das cundições das

máquinas, em pequenos aparelhos de tecnogia digital, que

podem ser facilmente conectados a um microcomputador. Estão

disponíveis programas de computador, capazes de gerenciar

informações Úteis à manutenção preditiva, em unidades com

centenas de equipamentos, podendo ser operados por pessoal

técnico não especial i zado, gerando reduções de custos

consideráveis.

A disseminação de técnicas de Inteligência

Artificial, notadamente os Sistemas Especialistas, vem por

complementar a tendência evolutória dos sistemas de

manutenção. No campo dos sistemas para diagnástico de

vibração, já podem ser citados alguns trabalhos relevantes,

como o ROMEX C51, que será alvo de descrição suscinta neste

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trabalho, o TURBOMAQ C 6 1 , o Nspectr I1 C 7 1 , o INTELLITECH C81

entre outros.

No Brasil, destacamos a implementação feita pela

UNICAMP, de um sistema on-line para monitoração e diagnóstico

de vibração em turbinas de hidroel@tricas da CESPj e o

EXPERTEC C91, sistema para diagnóstico de problemas de

vibração em bombas centrífugas, desenvolvido pela PETROBRdS

na Bahia, com apoio e utilizando ambiente IBM (Expert Sistem

Environment - ESE).

1.4 Breve Resumo dos

O capitulo

No capitulo

Capítulos desta Tese

I , apresenta esta introdução.

1 1 , são descritos, detalhadamente, os

benefícios da manutenção preditiva e técnicas utilizadas na

sua execução.

No capítulo 11 1 , são apresentadas características

de um programa de manutenção preditiva baseada em análise de

vibração e os métodos para sua implantação . Por fim,

descreve-se o sistema desenvolvido em conjunto pela COPPE e

PETROBRdS, um dos objetivos desta tese.

No capitulo I V , e feita uma compilação dos

problemas de turbomáquinas relacionados com vibração,

apresentando uma descrição resumida dos fenômenos e dos meios

de identificação.

No capítulo V, 4 apresentada uma introdução a

Inteligência Artificial e Sistemas Especialistas, onde são

mostrados a1 suns conceitos e técnicas básicas de

implementação.

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No capítulo V I , e descrito o programa DIAGMAQ,

desenvolvida como uma verificação dos conhecimentos

adquiridos na montagem desta tese.

No capítulo V I I , são apresentadas conclusões e

comentários, a respeito deste trabalho de tese.

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Capítulo I 1

Aspectos da Manutenção Preditiva

2.1 Fatos que Geraram a Criação da Manutenção Preditiva

Em qualquer processo produtivo contínuo, paradas

para manutencão dos equipamentus são um dos principais

componentes do custo operacional. Dependendo do tipo de

indústria, a sua participa~ão se situa e n t r e 15 e 40% dasi

custos totais de produção.

As paradas de maquina para manutenção, em um

sistema tradicional de manutenção, sãa originadas tanto par

um plano de paradas periódicas, como por falha inesperada,

mas em ambos os casos, há a ocorrência da interrupção do

processo produtivo e cansequentemente perdas no faturamento

das empresas.

Até os anos 70, o custo da manutenção dos

equipamentos produtivos, não se constituía numa preocupação

importante dos gerentes das empresas, pois estes consideravam

a manutenção, um mal necessário. Conforme mencionado no

capítulo ( I ) , o advento de sofisticados instrumentos

destinados a monitoração das condições aperacionais dos

equipamentos produtivos, e de sistemas computacionais que

permitiam a mani~ulação destes dados, possibilitou aos

gerentes de manutenção, minimizar os efeitos indesejáveis das

paradas para manutenção na produção das indústrias.

2.2 Benefícios da Manutenção Preditiva

A manutenção preditiva não se constitui em um

substituto dos processos tradicionais de manuten~ão, r~u

seja, a corretiva, que utiliza a premissa de "rodar até a

falha", o que para certa classe de equipamentos e

economicamente interessante, e a preventiva, sue estabelece

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prazos dixos para intervenção nos equipamentos. Na verdade, a

preditiva trabalha como um complemento a estas, já que os

çeus açpectoç básicos não são totalmente eliminados, ou seja,

a possibilidade de fa1,ha e a parada programada do

equipamento. Contudo, do seu uso espera-se obter uma

acentuada redução nas falhas inesperadas bem como uma

programação otimizada das paradas.

A premissa da manutenção preditiva & a de sue uma

monitoração regular das reais condiçães mec%icas e de

eficigncia dos equipamentos, irá possibilitar a otimização do

intervalo entre reparas. Dai porque também é comum se

denominar a manutenção preditiva como manutenção de estado

(da inglês "on conditionu).

Mobler t i l , quantificou os benefícios esperados da

implantasão de um programa completo de manutensão preditiva:

R e d u ~ ã o dos custos de manutenção em 50 - 60%;

. Redução das paradas de máquina por quebra em 50 - 60% j

Redução da quantidade de sobressalentes em 20 -

30% ;

Redução de tempo de parada de máquina em 50 - 80%;

. Redução das multas por atrazo na produção em 20 - 50% i

Aumento da vida Útil das máquinas em 20 - 40%j

Aumenta da produtividade em 20 - 30%;

. Aumento dos lucros em 25 - 60%.

Acrescentam-se ai os benefícios nZo diretamente

quantificáveis, como a segurança do pessoal e instaiaçBes.

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Passaremos então, a seguir, a uma breve discussão a

respeito de cada um destes benefícios.

2.2.1 Menores Custos de Manuten~ão

Está diretamente relacionado com O uso mais

racional dos recursos necessários à manutençãu, tais como

mão-de-obra, ferramentas e materiais. Não estão aqui

incluídos os custoç não diretamente relacionados com a

manutengãe, t a i s como diminuição nas perdas de produção.

2.2.2 Menos Falhas de Equipamentos

A adoção de monitoração regular do estada dos

equipamentos reduz o número de falhas catastróficas

inesperadas, pois permite a detecção dos indícios de falha em

tempo hábil para ações corretivas, que vão evitar danos a

grande parte do equipamento. Esta afirmação pode ser melhur

visualizada no gráfico da figura ( 2 . 1 ) .

Niuel de Uibraçao

I Quebra *

Figura 2.1 Evolu~ão dos níveis de vibração no t@mpo

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2.2.3 Tempos de Reparo Menores

A monitoração de estado, permite um melhor

planejamento das interven~õeç a serem efetuadas na máquina,

fazendo com que estas tenham seu tempo otimizade. A

utilira~ão conjunta com técnicas de diagn6stic0, traz a

vantagem adicional, de se poder determinar, antes da

desmontagem da máquina, qual e componente com a maior

probabilidade de estar defeituoso, o que contribui

sensivelmente para menores tempos de manutencão.

2.2.4 Menor Dispêndio com Sobressalentes

A não abertura desneceãsária de equipamentos, em

boas condições, onde alguns componentes serão necessariamente

substituídos e a menor ocarrência de falhas de grandes

proporções, que consomem invariavelmente grande quantidade de

camponentes, contribuem fortemente para a redução doç níveis

de estoque de sobressalente. A melhor programação dos

serviços, traz tambem como benefício, a possibilidade de se

planejar melhor a aquisição de sobrassalentes, acarretando a

otimiza~ão dos estoques.

2.2.5 Maior Vida Útil das Máquinas

A prevenção de falhas catastróficas e a detecção

precace dos problemas das maquinas, faz com que seus

camponentes estejam menos sujei tos a esforços extremos,

contribuindo para o aumento de sua vida útil. A monitoração

de parâmetreç, que indicam em que condi~ões de severidade

estas esta0 operando, v50 permitir que elas sejam operadas

em condiç5eç mais favoráveis, contribuindo para uma vida Útil

mais longa.

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2.2.6 Aumento de Produ~ão

O aumento da disponibilidade das máquinas (relação

entre o tempo possível para operá-las e o tempo efetivamente

operado), decorrente de uma manutenção mais eficiente,

rantr ibuem diretamente para o incremento da praduçSs em

processas indutitriaiç continuas.

2.2.6 Incrementa dos Niveáã d e Çeguran~a

A monitora~ão completa das condi~8es de saúde dos

equipamentos, faz com que haja uma queda drástica na

ocorrzncia de falhaç catastróficas, que podem provocar a sua

deçtruição completa, com elevado risco à segurança do

pessoal envolvido com a sua opera~ão.

2.2.7 Verifica~ão das Condi~Ões de Equipamentos Novos

A s técnicas de manutenqãs preditiva podem ser

utilizadas com excelentes resultados, na avalia~ão do estado

de recebimento de novos equipamentos. Características de

desempenho, declaradas pelos fabricantes das máquinas podem

ser verificadas, possibilitando que as divergências

encontradas, sejam sanadas e m melhores condiçZes para a

operador, pais geralmente na fase de recebimento, ainda estão

pendentes parcelas de pagamento. O conhecimento de tecnicas

de manutenção preditiva, traz como beneficio indireto, uma

melhor especificação das exigências e m termos da documentacão

relativa ao desempenho dos equipamentos.

2.3 Técnicas de Manuten~ão Preditiva

Existe uma grande variedade de tecnologias, que

podem e devem ser utilizadas como parte principal de um

programa de manutenç-ão preditiva. Todas estas técnicas, que

na verdade podem se completar na montagem de um programa

eficiente de preditiva, tem como característica permitir a

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avaliação do estado de saúde dos equipamentos, sem a

necessidade de se interferir com a sua operação, ou seja, não

há perda de produ~ão. Estas técnicas são: (1) análise de

vibra~ão, ( 2 ) análise do óleo lubrificante, (3) avaliação de

performance, ( 4 ) análise de parâmetros operacionais, e ( 5 )

inspeção visual. A seguir descreveremos cada uma destas

t&cni cas .

2.3.1 Monitoracão de Vibra~ão

Análise de vibração é a técnica mais utilizada nos

esquemas de manutenção preditiva. Esta técnica, utiliza a

vibração gerada pelas máquinas em funcionamento, para

determinar o seu estado mecânico.

O uso da análise de vibração para detec~ão de

problemas em máquinas, iniciou-se nos anos 60 pela marinha

americana e indústria petroquímica e nuclear C i l , que

investiram fortemente no desenvolvimento de técnicas que se

baseavam na análise do ruído e vibracão, para detecção

precoce de problemas em máquinas críticas. No início dos anos

80, instrumentação e processos de análise requeridos para a

avaliação da vibração foram largamente desenvolvidos. No

entanto, o seu custo elevado e o nível de especialização

necessário, fez com que somente as máquinaç críticas de

alguns tipos de indústria, justificassem o investimento na

implantação de um sistema de manutenção preditiva baseado em

análise de vibrasão.

O recente desenvolvimento da tecnologia dos

micreprecessadores, combinada com a experi@ncia acumulada por

empresas, no diagnóstico de problemas de vibração, viabilizou

a utilizaçZo destes programas, pela maioria das indústrias de

processamento e manufatura. Muitas empresas dedicaram-se a

criar pacotes com sistemas campletos , que estão

comercialmente disponíveis a custos acessíveis a maior parte

das indústrias. Estes sistemas beseiam-se em aquisição e

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manipulacão de dados de vibração, objetivando direcionar a

manutenção, e que serão o assunto principal do próximo

capitulo.

A n~onitoração de vibração das máquinas de uma

unidade de processa, possibilita que se tenha uma indicacão

de sua condiç3m mecânica. Quaisquer niodificações nestas

condiçzes, podem ser detectadas uçando-çe tecnicas de medição

e análise de vibraeãe. Utilizada de maneira apropriada, a

análise de vibração pode identificar componentes mecânicos

que estejam próximos da falha, possibilitando o reparo antes

que danos maiores ocorram.

Dentre as técnicas de monitoração de vibração,

podemos destacar entre as mais comuns o (1) acompanhamento do

valor global, ( 2 ) a acompanhamento de algumas frequências

significativas, também chamado acompanhamento de banda

estreita e (3) o acompanhamento do espectro de vibração,

tambem chamado de análise de assinatura. A seguir

descreveremos cada uma destas técnicas

2.3.1.1 Acompanhamento do Valor Global

Esta é a mais antiga e a mais simples das técnicas

usadas no acampanhamento de vibração. Consiste na medição dos

níveis de vibração (em valoreç pico-a-pico, zero-a-pico ou

R M S ) , em pontos prk-determinados na máquina, sem a utilização

de filtros, conforme mostrado na figura 2.2.

Para avaliacão da severidade dos valores medidos,

estes são comparados com valores obtidos de uma maquina nava

ou com uma das muitas cartas de severidade de vibracão

existentes.

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VALORES TOTAIS CRHS I Ponto Ua lar Un idade B I V 3.3 HMIS 82U 5.2 r i r r e k

03V 1.6 F I R ~

84U i .B nmh

Figura 2.2 Acompanhamento pelo valor global C11

Como o sinal de vibração medido contem informação

de uma fai~a de frequências, a eleva~ãu de seus níveis

constitui-se apenas na indicação de que algo esta errado, mas

nada a respeito da natureza do problema existente.

Este tipo de acompanhamento, carrega consigo também

o inconveniente de que certos tipos de problemas, apesar de

serem danosos a máquina, não contribuem fortemente para o

aumento dos níveis totais da vibracão, manifestando-se apenas

no aparecimento de algumas componentes de frequência, mas com

níveis ainda aceitáveis para o limite global.

Este e um sistema normalmente utilizado em máquinas

de pequeno porte e na maioria das sistemas de monitoração

contínua tradicionais existentes.

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2.3.1.2 Acompanhamento

Significativas

Frequências

É um aprimoramento da técnica anterior onde, além

dos valores globais da vibração, são medidos também os níveis

das componentes de frequência propícias ao aparecimento de

problemas. Estas frequênciaç são normalmente relacionadas com

componentes mecânicos tais como acoplamentos, engrenagens,

mancais e outros, e serão apresentadaç no capítulo (IV).

Figura 2.3 Acompanhamento de frequências significativas C f l

f A obtenção destes valores, é feita mediante a

utilização de instrumentos de medi~ão dotados de filtros do

tipo passa-faixa síntonizáveis, e os valores são anotados

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relacionados com as frequhciaã que os geraram, conforme está

mostrado na figura (2.3).

2.3.1.3 Análise por Assinatura de Vibração

Ao contrária das anteriores, a análise por

assinatura utiliza a vibra~ão com todas as suas componentes

de -írequ&cia, para cada ponto de medicão escolhido. A

representa~ão visual dos níveis de vibração, se dá pela

obtenção do espectro de vibração (Sigura 2 . 4 ) ) que

representação em um grafico amplitude x frequgncia.

E3! sua

Figura 2.4 Espectro de vibra~ão

O aconipatihamento do estada mecãtiice, da máquina, E'

obtido pela comparação do espectro de vibração em determinado

instante, com um espectro de referência, normalmente obtido

com a maquina nova ou recém saída de uma revisão geral,

denominada espectro de asçinatura.

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Na área de vibra~ão, o aparecimento de instrumental

de medição mais sofisticado, e a utilização de tecnicas de

modelação de rotores no estudo dos fenômenos vibratórios, fez

com que também houvesse uma evolução das técnicas de

acompanhamento. Com isso passou-se a dispor de informações

adicionais aos espectros, a serem usadas como parâmetros de

munitoração. Dentre estas, podemos destacar a medição da

fase do desbalanceamento como dado importante na detec~ão de

trincas e m rotores.

A obtenção de espectros de vibracão se d á pela

utiliza~ãa de duas técnicas principais, que são: ( i )

utilizacão de filtros passa-faixa com varredura automática,

associados a registradores X-V e ( 2 ) USO de técnicas digitais

de FFT ( F a s t F o u r r i e r T r a n s f c i r m ) . A primeira destas t&cnicas

já esta se tornando obsoleta, em fun6o do barateamento de

instrumentos baseados em microprocessadores, que por serem

extremamente mais rápidos, tornam-se também mais precisos,

pois apresentam o espectro quase que em tempo real, não sendo

portanto afetados por variações das condições operacionais da

maquina durante o período de obtenção deste Cio].

2.3.2 Análise de Óleos

Esta técnica tem por base uma avaliação físico-

química dos Óleos usados das máquinas e a correla~ão do

estado destes com a condição daquelas. Isto 12 determinado

basicamente pela detec~ão da deterioracãa das características

do Óleo e presença de contaminantes.

R alteração das caracteristicas de um Óleo,

utilizado na lubrificação ou em outra funsão auxiliar como

selagem, está diretamente associada às condicões de

severidade a que uma máquina esteve sujeita, podendo indicar

portanto uma anormalidade no seu funcionamento. Dentre as

características de um Óleo, podemos destacar como de

interesse da manutenção preditiva:

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2.3.2.1 Viscosidade

Al&m de indicar a presenGa de alguns tipos de

ccmtaminanteç, está diretamente associada cam a qualidade da

lubrifica~ao dos mancaiç da máquina. Valoreç de viscosidade

-Fora de uma faixa estreita d e aceita~ãa, normalmente definida

pelo fabricante do equipamento, requerem a ~ ã e s imediatas,

pois podem comprometer seriamente a integridade deste.

2.3.P.9 Ponto de Fulgor

Pontr~ de .fulgor & a temperatura em sue o cjleo entra

em cambuçtão em presença de uma fonte de chama, sendo de

vital importSncia para Óleos que trabalham em elevadaç

temperaturas. A ocarr3ncia mais camum é a queda do ponta de

fulgnr de um Bleo por contaminação com compsnente~ leves,

tais carne combuçtiveiç ou condensado de gases e m Óleos

ut i 1 i i ~ n d o s em compressores.

2.3.2.3 fndice de Rcidez Total e Índice de

Basicidade Total

Estão diretamente relacionados com a preserva~ão

das propriedades originais do 6leo normalmante indicando que,

o tslao esta velhu, esteve sujeito a condiçSes extremas de

temperatura, ou manteve contato com Cluidos ácidos.

E.3.2.4 dgua por Destilacão

Determina a presen~a de água na Bleo,

normalmente provocada par anormalidades no sistema de

rdes+r i a rnen to deste.

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2.3.2.5 Corrosividade ao Cobre

Relaciona-se com a agressividade do Óleo a este

material, que faz parte da composição de alguns componentes

da maquina, marcadamente os mancais.

2.3.2.6 Presença de Metais

Os metais presentes no óleo, são normalmente

provenientes de desgaste dos componentes que estiveram em

contato com este, indicando assim o seu estado de

deterioração. Normalmente, ù presen6a de pequenas quantidades

de certos metais, indica que estamos em presença de um

processo anormal de desgaste, como ocorre com rolamentos de

turbinas; a gás com projeto derivado de turbinas aeronáuticas.

O processo mais utilizado na determinação de metais em óleos

e a espectrografia, que consiste na análise espectográfira

da chama gerada pela queima de uma amostra do Óleo em certas

condições.

2.3.2.7 Ferrografia

Também se utiliza da analise de partículas

metálicas contidas no Óleo, mas o faz de maneira diferente.

Primeiro, as partículas são separadas magneticamente, e então

analisadas em microscópio, onde a5 características observadas

são a sua forma e cor. E uma tkcnica razoavelmante nova e

ainda pouco utilizada pelas indhstrias.

2.3.3 Análise de Performance

Informaç5es a respeito do desempenho de maquinas

térmicas podem ser relacionadas com o seu estado mecânico e,

por conseguinte, utilizadas pela manuten~ão preditiva. A

técnica de análise de performance, consiste na obten~ão de

parãmetros termodinâmicos de funcionamento, tais como

temperaturas, pressões e vazões, seguida de um processamento

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que, utilizando formulação adequada, visa obter informações

como rendimento, h e a d , potência, entre outras. Estes

resultados são então comparados com curvas de performance,

que normalmente são fornecidas com os equipamentos, ou podem

ser obtidas de uma máquina nova.

Baixos valores de desempenho de uma maquina,

indicam deterioração em estágio avançado, representada aqui

por folgas excessivas, incrustrac0es no seu interior,

vazamentos, desgaste em pás, funcionamento anormal de

componentes, para citar os mais frequentes.

A s dificuldades principais envolvendo a implantaç20

desta técnica são: a necessidade de instrumentação especial

de precisão, que é de alto custo, e a disponibilidade de

pessoal qualificado para execução das medições e avaliações.

Por serem numerosos e cansativos, e normalmente,

envolverem iterações, os cálculos envolvidos com a

determi naçzo da performance de máquinas, requerem

implementação em computadores. A necessidade de representar

os resultados graficamente, contribui para reforçar esta

implementação.

2.3.4 Analise de Dados Operacionais

A avaliação sistemática dos parâmetros operacianais

das maquinas, que são normalmente anotados pelos operadores,

podem ser manipulados de maneira eficiente, para uso na

manutenção ~reditiva. Um tratamento gráfico, associado a

cálculos estatísticos, constitui-se numa simples mas Útil

ferramenta da preditiva.

2.3.5 Inspe~ão Visual

A inspeção visual é componente vital de um programa

de manutenção preditiva eficiente. A conscientizacão dos

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operadores e da pessoal de manutenção, de que uma inspe~ão

visual diaria, em busca de anormalidades tais como vazamentos

ou existência de componentes frouxoç, se faz necessária.

2.4 Alguns Resultados Práticos

A s referências [ L I , C111 e Ci21, descrevem

experiências bem sucedidas na utilização de um plano de

manuten~ão preditiva. Pode-se citar também a utiliza~ão, pela

PETROBRAS, do sistema a ser descrito no capítulo seguinte,

que já apresenta resultados significativos. Assim, já temos

uma comprova~ão prática de que, a utiliza~ão eficiente e

continua de um programa de manuten~ão preditiva, certamente

se converterá em efetivo retorno econômico.

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Capitulo 111

Programa de Manuten~ão Preditiva Baseado em Analise de

Vi bracão

Como discutido no capítulo anterior, a analise de

vibração é uma das mais efetivas ferramentas utilizadas na

manutenção preditiva. A base do funcionamento de um Programa

de Manutenção Preditiva Baseado em Análise de Vibraçao

(PMPEAV) e a monitoração e interpretação dos sinais de

vibração obtidos nos equipamentos. A monitora~ãu acompanha e

indica a existência de uma alteracão nos sinais, emitindo

alarmes, enquanto que a interpretação ou análise isola e

identifica ci problema, baseado em fatos e sintomas C121 C131.

Este capitulo descreverá as fases de implementação de um

PMPBAV, bem como os seus componentes e funcionamento.

3.1 Fases de Implementa~ão de um PMPBAV

E comum os gerentes de manutenção das empresas,

associarem a implantacão de um programa de preditiva, a

simples aquisição de um software especifico. Na verdade um

completo PMPBAV é bem mais complexo, e a seguir passaremos a

descrever cada uma das etapas de sua implementação.

3.1.1 Avaliação Técnico-econômica

A implantação de um programa desta natureza,

envolve custos razoáveis, principalmente no que se refere à

aquisição de instrumentos e a alocação e capacitação de mão

de obra. Portanto, a sua implantação deve ser precedida de

uma avaliação técnico-econ8mica, que definirá a sua

viabilidade. A primeira pergunta que se apresenta é : "os

custos de manutenção são uma componente importante nos custos

operacionais da empresa?". A resposta desta pergunta esta

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basicamente na característica de cada indhstria, sendo aí

relevante a existência de processos continuas de produção

e/ou equipamentos de alto custo, entre outros. No capitulo

(111, listamos os benefícios econ6micos da implantacão de um

sistema de preditiva, e listarenios a seguir os custos

envolvidos Ci21:

Alaca~% de máo-de-obra para ü levantamenta,

seleção das maquinas, coleta de dados de projeto,

identificação de pontos de medição e

estabelecimento de limites;

seleção e aquisiç2io da instrumentacão necessária;

. Capacitacão técnica do pessoal envolvido com a

mediçZo;

Capacitação tkcnica dosi engenheiros que analisarão

as medicões.

A experiência da Petrobris na implantasão de um

PMPBAV, indica que estes custaç são da ordem de 50 a 70 mil

dólares.

3.1.2 Treinamento de pessoal e aquisição das

equipamentos de medição e procesçamento.

Esta etapa, deve ser iniciada tão 11390 se decida

pela implantação do programa , embura se.] a permanente enl

função do surgimento de novas tecnologias.

importante que, todo o pessoal envolvido no

programa, seja conscienti zadu d o objetivos deste. O

treinamento básico em vibração e processamenta de sinais,

albm du conhecimento detalhado da opera~zci dos instrumentos,

deve ser fornecido aos técnicos responsáveis pela coleta de

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dados. 0s engenheiros devem estar capacitados em executar a

análise para diagnóstico da vibração, possuir razoáveis

conhecimentos de análise de sinais e ter alguma capacita~zo

em dinâmica de rotores.

No que se refere aos equipamentos para medição e

processamento, deverá ser desenvolvida uma avaliacão

criteriosa a respeita dos recursos de cada um, à luz das

caracteristicas que terá o programa como um todo e da

disponibilidade financeira para sua aquisição. Qs

equipamentos que podem fazer parte do sistema são:

. Transdutoresi

. Gravadores de fita magneticai

. Analisadores dinâmicos de sinais (RTA);

Coletores de dados digitais;

. Computadores e Microcomputadores;

Equipamentos para transmissão de dados.

As características básicas destes instrumentos, são

encontradas nos catálogos anuais de fabricantes como Bruel &

Kjaer, Bently Nevada, Hewllett Packard, Tectronics, IRD, CSI,

entre outros .

3.1.3 Identificação das maquinas

Por se tratar de um sistema com razoável custo

operacional, nem todas as maquinas da unidade serão alvo do

acompanhamento. Portanto, devem ser estabelecidos critérios

para a áele~ào daquelas envolvidas. Estes crit&rios são Ci13:

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. Criticidade da máquina no processo produtivo, ou

seja, a sua indisponibilidade provoca perdas de

producão;

. Custo de manutenção elevado, normalmente

determinado por componentes de alto custo e

necessidade de pessoal qualificado;

. Segurança operacional, equipamentos em que uma

falha grave coloca em risco a integridade das

instalacões e o pessoal ;

. Equipamentos com histórico de falhas frequentes

Na verdade, no início da implementaçãu do programa,

e interessante que se teste o sistema em um número pequeno de

equipamentos, at@ que este se mostre eficiente, para só então

extendê-lo aos demais, identificados pelos critérios acima.

Segue-se a escolha das máquinas, um minucioso levantamento da

documentação tgcnica relativa as características mecânicas e

operacionais destas, sob o ponto de vista do comportamento

dinâmica, a ser utilizada na identificacão das possíveis

causas de vibra~ão 1131.

3.1.4 Codifica~ão das Máquinas

Uma vez definidas as máquinas que participarão do

programa, o próximo passo e a identificação dos pontos de

medição, para cada uma delas. Como a maioria dos sensores de

vibração só responde na direção de çeu eixo, é necessário que

se defina a direcão da medição rara cada ponto (vertical,

horizontal e axial). Um desenho esquemático localirandc~ os

pontos de medicão para cada família de maquinas (vide figura

3.1) é de grande utilidade para se evitar equívocos, bem como

formulários padronizados com a rota de medicão para cada

máquina.

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Para cada um destes pontos escolhidos, deverão ser

definidas especifisaçÕes, que o impertantes para o

funcisnamenta do programa. Elas pedem variar de acordo com as

características especiais de cada programa, mas de modo geral

são: ( I f dire~ão de rnedi~ão, ( 2 ) unidade de vibração, ( 3 )

faixa de Cresuencia a cunçiderar e ( 4 ) parâmetroç de alarme.

CQDIFICACAU TURBO-GERADOR SOLAR

Figura 3.1 Godi-íicação de máquina

Quanta à escolha dos locais de medic50, não existe

uma regra geral, mas o recornend&vel 6 a utilização de pontos

nas caixas d o s mancais, evitando-se pontos de pouca rigidez

C137. Os pedestais da máquina são também uma boa opção e 05

locais escolhidos devem estar perfeitamente identificados no

equipamento. Caso estejam disponíveis, devem sempre ser

usados os sensores do sistema de monitaração permanente da

maquina.

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3.1.5 Implementaçãa de Programa de Computador para

Gerenciamento dos Dadas

O passo final na implantacão do programa & o

desenvolvimento ou aquisitzão de sof tware destinado a

gerenriar os dados gerados pelo sistema, cuja descrição

completa de um exemplo está apresentada a seguir.

3.2 Funcionamento de um PMPBAV

O principio básico de operação de um PMPBAV, pode

ser representado pelo fluxograma da figura 3.2, e cada

componente deste, passa a ser descrito a seguir.

PROCESSAMENTO

RECOMEHDBCOES

Figura 3.2 Fluxograma de um PMPBAV

3.2.1 Aquisi~ão e Transmissão de Dados

Consiste do trabalho de campa do programa. Técnicos

utilizando instrumentos de medi~ão, seguem uma rota

estabelecida para a coleta de dados em cada máquina. O

processa de registra dos sinais pode variar com a

sofisticação do programa escolhido, partindo da simples

anotação d e valores globais de vibraçSo, passando pela

utiliza~ào de gravadores de fita magnética, até a utiliza~ão

mais recente de coletores digitais de sinais, qu@ se

interligam diretamente com os micracomputadores. A

transmissão de dados aos computadores depende diretamente do

processo de coleta, com sensível vantagem para este Último,

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que permite a utiliza~ão de recursos de transmissao de dados

a distância.

3.2.2 Processamento dos Sinais e Armazenamento dos

Dados

Processamento o meio de obtenção de uma

representa~ão para os sinais, que possibilite a sua analise.

Em se tratando de dados registrados manualmente, a operação

se resume em digitá-10s via teclado. Para sinais armazenados

em fita magnética, que estão sob a forma analógica, o

primeiro passo é a sua digitalização, que pode tanto ser

feita por interfaces instaladas num microcompudador ou

utilizando-se equipamentos externos. No caso de coletores de

dados, a digitalização é feita no ato da medição, pela

própria característica do equipamento, e a transfergncia ao

rnicro feita sem problemas pela interface serial. O processo

de digitalização de sinais de vibração, deve ser alvo de

avaliação criteriosa, pois uma escolha incorreta do sistema

de conversão, pode trazer surpresas desagradáveis C101.

Obtida a digitalização, u próximo passo e a

obtenção de uma representa~ão para o sinal, que permita uma

análise eficiente dos dados. Como vimos no capítulo (II), o

espectro de vibração é a forma mais conveniente desta

representação. A obten~ão do espectro em formato digital, é

feita pela utilização de algoritimos de FFT, que podem ser

executados pelo microcomputador, ou utizando-se analisadores

digitais de sinais. De qualquer maneira, o resultado é a

geração de espectros, que irão compor o banco de dados do

sistema e serão utilizados pelo software para a geração de

representaçaes gráficas e relatórios de alarme.

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3.2.3 Geracão de Relatórios de Alarme

E uma atividade desenvolvida pelo software, que

manipula os dados de acordo com os criterias de alarme

definidos pelos especialistas. Um eficiente sistema de

avaliação, e a comparação do espectro de uma determinada

medição, com o espectro de assinatura de cada ponto. O

programa então gerará um relatório, indicando os pontos onde

ocorreu uma elevação anormal dos níveis de vibração. Estes

relatórioç tem por finalidade indicar ao especialista, os

pontos que devem ser alvo de um processo de diagnose, para

identificacão de falhas iminentes.

3.2.4 Análise dos Dados

A partir dos relatórios de alarme, 05 especialistas

irão proceder a uma análise de diagnóstico, dos pontos com

indicação de anormalidade. Neste processo e de vital

importância as facilidades geradas pelo software, que

facilitarão este trabalho. Entre estas facilidades,

destacamos a possibilidade de representação gráfica dos dados

e analise de tendências. Outro recurço bastante Util, e a

possibilidade de se acessar rapidamente informações a

respeito dos dados de projeto da máquina e de seu histórico

de manutencão e de falhas.

No campo da análise para identificação de

problemas, tem destaque especial, o armazenamento da

experiência gerada ao longo do período de acompanhamento da

máquina, em que cada caso identificado e resolvido, uma vez

catalogado, passa a ser de grande utilidade na resolucão de

problemas futuros.

Com a disseminação das técnicas de inteligência

artificial e sistemas especialistas, as programas de

computador utilizados na análise de vibração, podem ser

acrescidos de recursos bastante interessantes, tanto

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funcionando come auxiliar na obten~ão de diagnbsticos, quanto

o fazendo de forma automática. Este assunto será alva de

capítulo específico deste trabalho.

3.3 O PMPBAV Utilizado pela Petrobrás

Na figura 3.3, está mostrado esquematicamente, o

+uncinamento do programa desenvolvido em conjunto pela CQPPE

e PETROBRdÇ C161, que será descrito a seguir.

Figura 3.3 Fluxograma do PMPBAV utilizado na PETROBRAS

3.3.1 Filosofia

O sistema, a princípio, Soi concebido para ser

utilizado no acompanhamento dinâmico das turbomáquinas de

grande porte, instaladas nas plataformaç de produção de

petróleo da Petrobras. O sistema protbtipo iniciou-se em

1985, com a aplicação em apenas duas -famílias de máquinas e

utilizando-se de ssftware simplificada. Ap6s dois anos de

utilizaçZo, cancluiu-se pelo desenvolvimento de uma versão

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com maiores recursos, para então estender o sistema para as

demais maquinas. Neste ínterim, a Petrobrás implementou a

aquisicão dos equipamentos destinados a montagem de um

laboratório para analise de vibracões, nos moldes do

existente no Laboratório de Estruturas Navais da COPPE.

Baseado na técnica de analise por assinatura, o

sistema foi denominado Acompanhamento Dinâmico (A.D), e esta

estruturado no esquema de aquisição de sinal via gravador de

fita magnética, processamento em analisador dinâmico de

sinais e gerenciamento de dados por microcomputador IBM-PC

compatível. O equipamento utilizado é o seguinte:

. Gravador FM modelo 7006 da Bruel & Kjaerj

. Analisador dinâmico de sinais modelo 35616 da HP;

. Microcomputador IBM compatível equipado com placa

de comunicação IEE488i

. Condicionador de sinal de sincronismo ("key

phasor"), para medição de fase, desenvolvido pela

PETROBRÁS;

. Tracador gráfico padrão HPGL

3.3.2 O Software

O programa de computador, destinado ao

gerenciamento de dados, também denominado CiD, foi

desenvolvido em linguagem de alto nível (MS-Quick Basic), com

destaque para o usa intenso de recursos gráficos. A figura

(3.4) apresenta o menu principal do programa R D J cujas opções

passam a ser- descritas a seguir.

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:Nl - Houa Maquina :C1 - Cadif icasao :PI - P~msssamento : R I - Relatbria :#I - Hist6rico :LI - Pl€?%ar : A I - Anàiise :G1 - Gerrnciàmen+o 3 3 - Back-up Psef - Sair

Figura 3.4 Menu do Programa AD

3.3.2.1 Codificação d e Máquina

Este módulo permite o cadastramento das informações

a respeito dos pontos a serem medidos, utilizando a tela

exemplificada na figura 3.5.

São dados de padronização, que praticamente não

serão alterados com o tempo, e que tem importância no

processo de transfer&-icia dos dados para o computador e na

compara~ão dos espectros para a geração de alarmes. O

preenchimento destes dados e , na verdade, o cadastramento de

uma máquina no sistema, sendo, portando, pré-requisito para o

uso das demais op~õeç.

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I E D I C L O HAW INL : PGP1-TCB

Figura 3.5 Exemplo da Tela da Op~ão Codifica~ao de Maquina

Neste ponto são definidos os critérios para gera~ão

dos alarmes, para cada ponto.

3.3.2.1 Processamento de Espectros

Trata-se de um módulo, contendo todas as

facilidades para o processamento dos sinais captados na

máquina. Nesta fase, os sinais analógicos são digitalizados e

transformados em espectros de vibração, par-a então serem

armazenados em um banco de espectros. A tela de entrada de

dados da opção Proceçsamento está mostrada na figura 3.6.

A s facilidades basicas do módulo são:

Fornecer e solicitar ao operador os parãmetros

necessários ao processamento;

. Verificar a consistência dos dados fornecidos pelo

operador;

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TRflNSFERI R ana 1 isados * rs icro Graf ico (Vãde01

Figura 3.6a Exemplo da Tela da o p ~ ã o Processamento

Ponto: (aiU L.- ihnwnha --.-a,-- Itunl: O Csnpanhn Interior: -- 8 Lqulna: WPI-TCB --- Figura 3 . 6 b Espectro no mddulo Proce~isacnento

. Estabelecer a comunica~ão com O atia 1 i sador

dinâmico de sinais para a captura do espectro

digital izado;

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. Apresentar na tela o sinal recém procesc;adcr

comparado com sua última versão, para uma avalia~ão

preliminar (figura 3 . 6 b ) j

Gravar o espectro no banco de dados.

3.3.2.2 Relatbrio de Alarmes

Neste módulo, são ex@cutados os testes comparativss

pre-definidos, visando uma analise da evolução das

companentes dos espectros de vibração de uma máquina. Produz

um relatório de pontos alarmados, indicando em quais

frequências e com que amplitudes isto ocorreu, podendo ser

enviada a uma impressora para seleção dos pontas a serem

analisados em detalhes. Um exemplo deste relatório está

mostrado na figura 3 .7a . Neste módulo e tambem possível a

visualiza~ão gráfica dos pontos alarmados (figura 3 .7b )

Figura 3.7a Exemplo de Relatório d e Alarmes

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/ a c::. -P ,..I

E SPEC 1 TrO -..-.......

Figura 3.76 Exemplo d e Representação Gráfica da Alarme

3.3.2.3 Plotagem de Espectros

Destina-se à obtenção de espectros em papel via

traçador grafico, em formato padronizado, visando a emissSo

de relatórios de campanha de máquina. Possui diversas o p ~ õ e s

de defini~ão da escala de amplitudes, como opção entre

logaritmica e linear, máximo automático ou manual, permitindo

tambem a plotagem de um espectro com o seu respectivo

espectro de alarn~e. A figura 3.8, exempli+ica essa opção.

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Figura 3.8 Exemplo de Plotagem de Espectros

3.3.2.4 Histdrico de Manutenção

Este módulo, permite o cadaçtt-amento das

ocorrgncias de manutenção que possam interferir com o

comportamenta da vibração da maquina. Estas infsrmações são

de grande utilidade na interpretação dos espectros, urna vez

que, no ato do cadastramento de uma informação, o programa

solicita urna correlação desta com 08 pontos (locais) de

medição. Desta maneira, se por exemplo, somente u equipamento

acionado +'or alvo de uma intervenção, apenas os pontos

localizadas neste, conterão o indicativo desta acorr8ncia, a

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E i T Ã 19/88/90 a 31/01/91 HDRIHBTAO: 23488 Foram substituidas Hotor HP e GGJ Disiribuisau HPl e HPZJ flancais tra-

seiras e dinnt~iras TL e GGI Eim TL e l ixo Cardin, Uesif icatlu alinhapienta,

Figura 3.9a Exemplo de Tela de Ediçzo de Histórico

Desmarcar Todos Saluar a Historfc

Figura 3.9b Marcação dos Pontos

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ser usada para efeito de análise. A figura (3.9) apresenta a

tela de edi~ão desta O P G ~ O .

3.3.2.5 Análise Gradica

Tem a fun~ão de permitir ao especialista, o acesso

a uma série de facilidades, visando uma análise mais profunda

de um alarme detectado pelo programa. Isto se da,

basicamente, pela possibilidade de se obter vários tipos de

comparações gráficas, além da possibilidade de obtenção de

espectros comparativos no tracador gráfico, para troca de

informações entre tbcnicos. Deste módulo, também tem-se o

acesso as informaçães sobre a manuten~ão, de vital

importância para a análise. A figura (3.10) apresenta a tela

de compara~ão de espectros desta opção.

Ponto Campanha Frq .Funda Horímetro Par .Carga H istbriea Rcf c~ênci n : 07U 388.W 33388 19.40 mo

Uirisual: 87U C:] 32B.W 27286 17.28 na0

Campo Auxilio Retomar

Figura 3.10 Exemplo de Tela de Comparação de Espectros

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3.3.2.6 Análise de Tendências

Este módulo complementa o de Análise, permitindo a

execu~ão de projeções, a respeito da evoluçãa de determinadas

componentes de frequência do espectro no tempo ou em relacão

a outros parãmetros operacionais. Como o módulo Análise é

totalmente gráfico e permite operações com o tracador

gráfico. A figura (3.11) mostra uma das representaizões

possíveis.

I hNhLISE UihFICh I VISUBLIZBCBO DE EVOLUCOES 1 MQU IN~: PCHZ-TCB 1

Ajuste de Curuas: -_/ r i = 6.866

Ponto: gC5V Ca~p Ini Ca~p F in

02 07

TENDENCICI

- --

RPH Cmponente Pariaet ro Cu~ua 1: NCiO i.BI Curua 2: NCIO MO parimetro de carga

Figura 3.11 Exemplo de Análise de Tendências

I

Todos os módulos do programa AD, são controlados

por um módulo principal, que os aciona via menu. No módulo

principal é também possível a obtenção de cópias de segurança

dos arquivos gerados pelo sistema. As 1 istagens dos programas

não estão contidas neste trabalho, por serem muito volumosas, e nada acrescentariam ao já exposto.

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50

Capitulo IV

Problemas em Turbomáquinas Relacionados com Vibracão

4.1 Aspectos Gerais

De maneira geral, são consideradas turbomáquinas as

máquinas rotativaç que funcionam em regime de alta rotação.

São equipamentos geralmente de grande porte e elevado grau de

importância nos processos pr-odutivos. Estão neste grupo as

bombas centrífugas, as turbinas a vapor e a gás, os

compressoreç centrífugos e axiais e alguns tipos de máquinas

elétricas. Estas máquinas estão presentes, entre outros, em

grandes indústrias petroquimicas, companhias distribuidoras

de gás e energia, plataformas de petróleo e usinas nucleares.

Nos últimos 20 anos, as necessidades de ~~rodução da

indústria moderna, fizeram com que máquinas cada vez mais

potentes e sofisticadas foçsem produzidas. A partir da

operação destes equipamentos, pôde-se observar fenômenos de

vibra~ão ate então desconhecidos, surgindo daí a necessidade

de explicá-los e representá-los analiticamente C171.

Um levantamento generalizado dos problemas, partiu

inicialmente de técnicos com vasta experizncia na opera~ão

destas maquinas, tais como Sohre C171, Mitchell C181 e

Jackson Ci91. A partir destas compila~ões iniciais, grupos de

pesquisadores passaram a dedicar-se a famílias específicas de

problemas patrocinados por Universidades, firmas de

consultoria, fabricantes de instr-umentos e grandes companhias

operadoras, em todo o mundo.

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4.2 Descricão e Características dos Problemas

0s problemas em turbomáquinas a serem descritos

neste trabalho são, na sua maioria, de origem mecânica mas,

serão também abordados alguns de origem aerodinâmica,

elétrica e outros.

A seguir, passarão a ser descritos, os problemas

que frequentemente tem contribuído para grandes perdas de

produção na indústria, uma vez que tornam 05 equipamentos

incapazes de operar satisfatoriamente ou até de simplesmente

operar. Conforme mencionado anteriormente, cada um destes

fenômenos abre um amplo espaho de discussão, sendo que alguns

não estão ainda perfeitamente explicados.

Este trabalho propõe-se a dar um tratamento apenas

descritivo e alguns subsídios a identificação dos problemas.

Na verdade, a seguranca na emissão da diagnóstico, será o

resultado da convivência do especialista com a máquina,

realizando medicões e acumulando dados e experiência. Os

espectros a serem mostrados como exemplo são, na sua maioria,

provenientes do banco de dados da Petrobrás, gerado em 2 anos

e meio de uso do Sistema AD de preditiva.

4.2.1 Desbalanceamento

A causa básica da vibra~ão provocada por

desbalanceamento em uma maquina rotativa é a não coincidência

do centro de massa com centro de giracão, muito embnra est.e

pode tamb&n, mais raramente, ser provocado por forças

externas Ci71. Todo equipamento rotativo possui, em algum

nível, algum tipo de desbalanceamento e suas causas

principais são:

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- Balanceamento não executado adequadamente

(desbalanceamento residual);

- Perda de parte do rotor;

- DepÓsitos de material estranho no r-otor;

- Empeno permanente ou temporárioi

- Excentricidade entre componentes aeoplados;

- Eixos trincados;

- Forças provocadas pelo fluido.

A vibracão, provocada pelo desbalanceamento puro,

se manifesta na frequência de rotação da máquina, produzindo

um sinal de forma de onda senoidal. Sob certas condições de

severidade e/ou de construção do sistema rotor / apoio, podem

ser excitadas ressonâncias nos múltiplos superiores da

frequência de rotação, embora em baixas amplitudes 1203. R

figura (4.1) mostra um espectro característico de

desbalanceamento .

Rotores denominados flexíveis, ou sejam, aqueles

que operam próximo ou acima da rota~ão crítica do

conjunto rotor / mancais, possuem um comportamento bastante

peculiar em relação ao desbalanceamento. Isto se deve ao fato

destes rotores fletirem quando do seu funcionamento, podendo

fazer com que, um rotur que tenha níveis aceitáveis de

vibração na rotação de trabalho, possa apresentar níveis

elevados quando passam pela sua rotação crítica (vide tópico

específico neste capítulo).

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Freq. Max. : 1880 Hz

Figura 4.1 Desbalanceamento

A resposta dinâmica de rotores pode ser observada,

num diagrama que representa a evolu~ão da amplitude de

vibração sincrona, e de sua fase relativa a um referencial

fixo no eixo, com a rotação, apresentando como característica

principal o fato de a fase apresentar uma variação brusca (em

torno de i80 graus) quando da passagem pela crítica. Este

gráfico é conhecido como diagrama de Bodé em homenagem ao

seu introdutor .

4.2.2 Desalinhamento

Segundo Mitchell [181, a vibracão associada ao

problema de desalinhamento, não reflete a dimensão do

desalinhamento, mas a incapacidade do acoplamento em absorvg-

10. Isto quer dizer que, se as forças provocadas pelo

desalinhamento, não forem transmitidas ao rotor e mancais em

forma de pr@-carga, não ocorrerá vibração. Por este fato, os

problemas relacionados com desal inhamento são também

eenhecidos como problemas de pré-carga E 2 1 3 .

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São as seguintes, as principais causas de problemas

de pré-carga em máquinas:

- Desalinhamento angular e paralelo entre rotores

acoplados;

- Ucoplarnento defeituoso;

- Desalinhamento entre mancais;

- Desalinhamento de engrenagens;

- Distorção de carcaça;

- Falta de rigidez nas fundações;

- Eixo empenado

O desalinhamento se manifesta principalmente no

aparecimento da componente duas vezes a rotacão do eixo

acoplado, principalmente se o acoplamento for do tipo

engrenagens, podendo tambem ser observada a elevação da

componente iN L173 CIBI. A figura ( 4 . 2 ) apresenta um espectro

com características de desalinhamento. Elevados níveis de

vibração axial, d o frequentemente associados a problemas de

desalinhamento. Outro çintoma sue se utiliza para a

identificação de problemas de pre-carga, é o fato de que os

níveis da vibração variam com as condições de carga da

máquina. No caso de se dispor de sensores de vibracão do tipo

não-contato, que podem ser utilizados para monitorar a

posição radial do eixo no mancal, o seu sinal pode ser

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utilizada de maneira eficiente no diagnbstico do

desalinhamento, relacionando-se a posição do eixo no lado

acoplado com o não acoplado C211.

F ~ e q . Max. : 160 Hz

Figura 4.2 Desalinhamento

Outro importante problema, relacionado com

acoplamentos do tipo engrenagem, é o travamentu axial do

acoplarnento, fazendo com que os esforços axiais de uma

maquina sejam trançmitidos i outra, provocando a falha do

manca1 axial par sobrecarga. Uma maneira de se comprovar o

travamento de acoplamento e a comparacão da fase da vibração

axial dos dois equipamentos acoplados Ci81, pois neste caso

estas estarão em fase.

4.2.3 Instabilidade

Este tipo de problema pertence ao chamado grupo das

Vibrações Çubsíncronas, ou seja, aquelas que se manifestam em

frequências abaixo das de rotacão da maquina. São vibra~ões

auto-excitadas, ou çeja, não necessitam de fonte externa para

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que atinjam níveis elevados, e caracterizam-se principalmente

pela ocorrência de precessão do eixo fletido, em frequência

inferior a de rotaç50 da maquina. Por conta disso, submetem o

rotor sob seu efeito, à condições de flexão severas,

recomendando sua correção a curto prazo C221. Para melhor

compreensão, cada um dos mecanismos de instabilidade serão

descritos a seguir:

4.2.3.1 Oil Whirl

É a instabilidade do filme de Óleo, em que o

gradiente de pressão ao longo do manca1 não consegue ser

mantido constante. A s causas mais comuns da ocorrência de ai1

whirl são o projeto inadequado dos mancais, insuficiente pr&-

carga nos mancais e alterações na viscosidade, pressão ou

temperatura do Óleo lubrificante. Caracterizam-se pelo

aparecimento de componentes de vibração situadas em

frequências na faixa de 40 a 48% da de rotacão,que são

conhecidas como frequências de whirl. A figura (4.3) é um

espectro com estas características C173.

Bmpl .H&x. : 8.0 Deslaea~ento: ~ i a r .

I N

Freq. Max. : i4300 Hz

Figura 4.3 Oil Whirl

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4.2.3.2 Oil Whip

Quando a frequencia da vibração provocada pelo oil

whirl, se aproxima da crítica do conjunto rotor / mancal, oç

níveis de vibração atingem amplitudes elevadas, culminando

com rompimento do filme de Óleo e, por conseguinte, a falha

do mancal. Pela definição, conclui-se que a frequência

característica do oil whip 6 a crítica do conjunta, e pode

ser identificado observando-se um gráfico tipo cascata, da

partida da máquina.

4.2.3.3 Histeretic Whirl

Instabilidade provocada pela fric~ão de romponenteç

do rotor montados com interferência ou ate mesmo das

moleculas do material do rotor. Como o fenômeno só ocorre

quando o eixo f lete, esta é uma característica da rotores

flexíveis, principalmente aqueles que trabalham acima da 2a.

frequência crítica. A frequência característica & a ia.

crítica.

4.2.3.4 Instabilidade Induzida pela Selagem

Por característica de projeto ou mau funcionamento

e, sob certas condições de operação, a selagem da máquina

pode trabalhar alterando u carregamento do mancal, ou seja, a

selagem atua como se fosse um mancal adicional. Neste casa,

tanto pode ocorrer uma instabilidade no próprio niancal,

quanto na selagem, que apesar de estar trabalhando como

mancal, não possue características para isto. Manifesta-se na

frequência de oil whirl ou critica do conjunto.

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4.2.3.5 Aerodinâmica

A presença do fluido em contato com o rotor, pode

possibilitar a ocorrência de condicães de instabilidade,

provocadaç pela efeito conhecido como "Aerodynamic

crosscoupling", que se caracteriza pela influência do fluido

no amortecimento da sistema. Manifesta-se, principalmente, na

frequência critica, podendo aparecer também na de whirl ou

mesmo na 1N. É uma anormalidade característica de

compressores de alta pressão.

4.2.3.6 Folga no topo de palhetas

Fenômeno típico de máquinas de fluxo axial, como

turbinas e compressores axiais, a instabilidade 6 provocada pela distribuição nãu uniforme da folga da selagem no topo

das pás. Isto vem por provocar um diferencial na forca axial

do fluido sobre a rotor , gerando a componente

desestabilizadora conhecida por "Forca de Alford". Gera

normalmente uma componente entre 0,4 e 0,s da frequência de rotacão e sua amplitude varia com as condicães de carga da

máquina 1221.

4.2.4 Roçamento

Problema ocasionado pelo contato das partes móveis

com as partes estáticas da máquina. O roçamento, normalmente,

não 6 a fonte do problema, mas o resultado de uma montagem

inadequada ou anormalidade de funcionamento C171. Tem como

característica comum, a indu~ão de precessão no sentida

contrário ao de rotação, pela forca tangencial gerada pelo

atrito entre as partes em contato. 0s sintomas do roçamento

manifestam-se numa larga gama de frequência~, juçtificando

assim subdividi-los nos seguintes tipos C211:

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4.2.4.1 Roçamento leve

Caracteriza-se pela excitação de sub-múltiplos @

múltiplos da frequência d e rotação, incluindo-se as não

inteiros como 1,5N, 2,5N, etc. A s amplitudes desta componente

são pequenas em rela~ão A LN, a menoç da 0,5N que se

man i festa de maneira acentuada. Dependendo das

características do conjunto rotor mancal, excita também a sua

critica.

4 . 2 . 4 . 2 Roçamento severo

Manifesta-se semelhantemente ao roçametito leve, com

a diferença de produzir múltiplos da rota~ãca de trabalho com

amplitudes elevadas, 0 roçamanto severo tem também a

característica de truncar o pico da resposta do rokor na

passagem pela crítica. A diferença entre esses dois tipos de

rocamento esta mostrada na figura (4.4).

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Figura 4.4 Ro~amentos

4.2.4.3 Roçamento t o t a l (Dry whir2)

Diz-se de quando o roçamento se processa por toda a

rircunfêrencia do estator, e portanto, dificilmente

identlSicáve1 antes que cause sérios danos no equipamento.

Manifesta-se com níveis elevados na rotaçzo crítica do

conjunto e na frequência de rota~ão, podendo excitar tambem

ressonância do estator C171.

4.2.5 Ressonância

~eçsonâncias apenas amplificam vibra~õe5 geradas

por outras funtrs, mas não podem gerá-las C171. 0s pontos

mais -Frequentes de ocorrência de ressonâncias são os

suportes, a funda620 e as tubulações. A ocorrência do

-Fenômeno nos estatores, palhetas e impelidores da maquina é

mais rara, mas d e identificação bem mais difícil e de

conçequEnciaç geralmente graves. A vibra~ão então manifesta-

çe com níveis elevados, quando a fr~qui3ncia da excitação

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entra em sintonia com a de ressonâcia de algum destes

componentes. Apresenta o comportamento de crescer rapidamente

com a rotação, passando por um pico máximo onde a fase também

sofre uma brusca varia~ão. É de grande utilidade na sua

identificaçãa, a representação de espectros em cascata

(figura 4.5).

Figura 4.5 Ressonância em gráfico cascata

4.2 .6 Velocidade Crítica

E a velocidade em que o eixo "empena", devido a

esSorços de desbalanceamento, mesmo que pequenos. Difere da

vibracão por ressonância, pelo fato do eixo não vibrar como

uma viga mas gira com uma flecha que tende a atingir- valores

elevados. A velocidade crítica e portanto um fenômeno próprio

de rotores flexíveis que giram apoiados sobre mancais. 4

vibração é então gerada pelo desbalanceamento provocado pelo

"empeno" do rotor-.

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Como citado anteriormente, as deClex8es provocadas

pelo funcionamento na velocidade crítica, tenderiam a atingir

valores que levariam o rotor rapidamente A falha par fadiga.

Esta situação impediria a existência de máquinas com

funcionamento supercrítico, caso não existissem mecanismos de

controle da vibração, onde o fator de maior influência e o

amortecimento. Um projeto adequado do sistema

rotor/mancaiç/suporte , pode funcionar próximo ou na

velocidade critica, sem que maiores problemas ocorram. A

importhcia desta consideração, está no fato de que, a

maioria das turbomáquinas atuais, operam pr6ximas ou acima

desta rotacão.

Do exposto acima, torna-se fácil concluir que o

problema de velocidade critica, manifesta-se em presença de

um conjunto instável sujeito a algum tipo de excitaçao,

elevando os níveis nesta frequência.

De uma maneira geral, as velocidades criticas de

uma máquina são conhecidas, e de grande utilidade na analise

dos problemas de vibra~ão, pelo Sato de que vhrios fenômenos

podem vir a excitar esta frequêneia. Quando não Cornecidas

pelos fabricantes das mAquinas, é poçsivel a çua determinação

mediante o levantamento de uma curva de resposta dinâmica do

conjunta rotor-mancais (vide 4.2.1).

O funcionamento inadequado de componentes, tais

romn acoplamentos e selos, podem provocar a de5locamento da

critica conhecida do rotor, sendo assim um fator relevante na

identiSicação destes problemas.

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4.2.7 Companentes Frouxos

E a vibração provocada pela existencia de folga,

entre componentes que deveriam permanecer 5oiidário5, sendo a

mais comum e fonte maior de interpretações equivocadas, a

ocorrência de falga entre a caixa dos mancais e a cartaFa da

máquina. Manifesta-se pela elevação da componente 1N, quase

sempre acompanhada da ocorr&xia de grande quantidade de

harmõnicoç. O aparecimento destes, pode ser explicado pela

nãa linearidade do sinal de vibracão, truncado pelos limites

da fnlga.Por ser fortemente direcional, componentes frouxos

podem ser identificados por grandes variações dos niveis do

sinal, com o posicionamento do sensor E203. Em função da

severidade do problema, a frequência critica ou a de whirl,

podem também ser excitadas.

4.2.8 Problemas com Engrenagens

0s problemas específicos de vibração em caixas de

engrenagens decorrem principalmente da necessidade de

intera~ão entre os eixos que as comp6em. 0s problemas mais

comuns de engrenamento são C183:

4.2.8.1 Falta de Excentricidade das Engrenagens

Faz com que B centro de giração das engrenagens,

não coincida com a centro do círculo formado pela linha de

engrenamento ("pitch line"), provocando níveis elevados de

vibração síncrona, no plano que contem os eixos.

4 . 2 . 8 . 2 Problema na Opera~ão com Baixa Carga

Característica d e caixas de engrenagens d e grande

porte, onde a operação em níveis de carga muito abaixo dos de

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projeto, pode provecar problemas de sobrecarga nos mancais.

Istose da pelo fato de que, ao contrário das demais

máquinas, que projetam sobre os mancais somente o seu pesa,

as solicitações dos mancais em caixas de engrenagens, estão

intimamente relacionados com o torque transmitido. Isto e

levado em conta no seu projeto, procurando-se um equilíbrio

entre este esforço e o peso dos eixos, quando em carga

nominal. Daí o inconveniente de se opera-las com carga muito

baixa.

4.2.8.3 Defeitos de ~abricação ou Desgaste

Anormal dos Dentes

A s t6cnicas para se diagnosticar estes problemas em

engrenagens são variadas, mas de imediato, pode-se dizer que,

mais importante que níveis absolutos de amplitude, e o

comportamento da evolu~ão das componentes do espectro de

vibração. A ocorrência de harm8nicos e bandas laterais da

frequência de engrenamento (RPM x no. de dentes), em níveis

significativos se comparados com esta, indicam forte

evidgncia de ocorrência do problema.

O aparecimento de picos acompanhados de múltiplas

bandas laterais, na frequência intermediária entre a de

rotação e a de engrenamento (provavelmente fresuência natural

de um dos eixos ou da carcaca da caixa), indica grande

probabilidade de existência de folga elevada entre 05 dentes

das engrenagens (figura 4.6).

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Figura 4.6 Engrenagem defeituosa

4.2.9 Problemas 4erodinàmicos

São classificados como aerodinâmicos, os problemas

de vibração, relacionados com o fluxo do fluido e m contato

com o rotor. Dentre eles podemos destacar:

4.2.9.1 Surge

Fenômeno característico de compressores centrífugos

e axiais, máquinas que possuem em sua curva de desempenha,

uma região de instabilidade de fluxo, representada por baixas

vazões e altos "headç". Uma ver operando dentro desta faixa,

são produzidas perturbações de fluxo, que provocam esforços

cíclicos e violentos no rotor- e por conseguinte nos mancaiç e

selos. Como os ciclos são de baixa fresuência, os picos

principais gerados no espectro estão na faixa de O a 10 H 2 ,

podendo tambem, na sua fase insipiente, excitar a crítica do

conjunto.

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4 .2 .9 .2 Rotating Stall

Também característico de máquinas centrífugas que

operam com fluidos compresçíveis, trata-se de problema

provocado pela ocorrência de baixa velocidade du gás nas

difusores, ou ate mesmo nos impelidores, provocando

perturbações localizadas no fluxo. E um fenomeno da tipo

autoexcitado, que se manifesta com picos de vibração na faixa

entre as baixas frequências e a primeira crítica. Não produz

danos imediatos como o surge, mas a operação contínua nestas

condições, provoca a deterioração gradual dos mancaics, ate

que os níveis de vibra60 atinjam níveis impeditivos a

operação do equipamento. A figura ( 4 . 7 ) mostra um espectro

com estes fenômenos.

Freq. Max. : 1888 Hz

Figura 4.7 Surge e Stall

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4.2.9.3 Ressonância Acústica

Ondas de choque, provocadaç por turbulEncias de

fluxo ou componentes internos de válvulas soltos, podem ser

amplificadas no interior da máquina, vasos ou tubula~ães,

provocando excitação de frequgncia quase sempre não

relacionada com a r o t a ~ ã o da máquina. São normalmente

audíveis, o que pode, algumas vezes, induzir a conclusões de

que problemas mais graves estejam ocorrendo, provocando

desmontagens desnecessárias.

4.2.9.3 Frequência de passagem das pás

Excitação provorada pela perturba~ão de fluxo

gerada pela paçsagem das p j ç móveis pelas fixas. Estão

normalmente presentes em todas as máquinas que operam

tran-Ferindo ou recebendo energia para fluidos, e não trazem

maiores problemas se não vierem a excitar resson~ncias. A

rrequência caracteristira é obtida multiplicando-çe a

frequência de rotação pelo número de pás do rotor. Come no

caso das engrenagens, é muito importante a obtenção de um

espectro de assinatura, com a máquina nova.

4.2.10 Problemas em Equipamentos Elétricos

~ l 6 m de problemas comuns aos outros tipos de

máquinas, as máquinas rotativas elétricas apresentam

problemas esperificos, que são decorrentes do seu princípio

de funcianamento. A s componentes de frequência são

normalmente relacionadas com frequE?nciaç elhtricas e podemos

liçtar C23l:

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4.2.PO.1 Rotor Excêntrico

Manifesta-se em 1 x RPM e 2 x ~Frequência da rede.

4.2.10.2 Folgas nas Lâminas do Estator

Produz componentes de alta frequência

4.2.10.3 Rotor Trincado

Apresenta bandas laterais na frequência de rotacão,

moduladas por 2 x frequgneia de escorregamento.

4.2.18.4 Desbalanceamento na Tensão da Rede

Manifesta-se em 2 x frequência da rede.

4.2.10.5 Problemas no Estator (superaquecímenta,

curtos, etc)

Tem como frequência característica a de 2 x

frequSncia da rede, com bandas laterais em 2 x Crequência de

escorregamento.

4.2.10.6 Folga no Entreferro

Apresenta componente em 2 x erequência da rede.

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Pode-se considerar a lista apresentada como

bastante significativa do universo de problemas em grandes

turbomaquinas, mas de maneira nenhuma completa, e tão pouco

definitiva, pois as maquinas continuam evoluindo, bem como as

pesquisas a respeito dos fenômenos relacionados com estes

problemas.

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7r:i

Capitulo V

Sistemas Especialistas - Uma Introdu~ão

5.1 Urna Introducão à Inteligência Artificial

Inteliyencia Artificial(IA1 & um ramo da ciência de

computação que cuida da produção de sistemas que exibem

alguma característica associada a inteligência humana. Para a

obtenção dos ditos proyramas "inteligentes", duas abordagens

principais são utilizadas C241: ( 1 1 programas que preocupam-

se somente com a performance, utilizando métodas sue nada tem

a ver com o comportamento humano e ( 2 ) aqueles que tentam

simular o comportamento humana na execu~ão das tarefas. Uma

interessante analogia, que auxilia o entendimento das duas

abordagens, é o desenvolvimento da aviação. A criacãa d a s

primeiras maquinas de voar, baseava-se na observaçãa dos

pássaros, tentando inclusive simular o bater de asas. Este

seria o segundo tipo de abordagem. Com o desenvolvimento de

ciências como física e aerodinâmica, foi possível ao homem

atingir o objetivo por um m6todo diferente dos pássaros. Está

caracterizado o primeiro tipo de abordagem.

5.1.2 Nascimento e Evolu~ão

Nos anos 50, surgiram 05 primeiros prngramas com

processamento simbólico. A s mesmo tempo, eram criados os

computadoreí interativos, que permitiram o deçenvolvimento de

programas incrementais. Psicólogos cognitivos (estudam a

forma humana de pensar) modelaram o processo de tomada de

decisão em termos de regras de produ~ão C261.

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Já nos anos 60, a tentativa foi de simular o

complexo processo de raciocinio humano, tentando criar

programas que solucionassem problemas gerais. A idéia era de

que os computadores, por serem muito rápidos, poderiam

resolver problemas explorando todas as possibilidades, o que

logo mostrou-se falho, pois mesmo para problemas não muito

complexos, O volume combinatório atingia valores

impraticáveis. Quanto a modelação do cérebro, esta esbarrou

em caracteristicas do processamento humano, sue resistem a

formalização, tais como C277:

- Consciência marginal - percebe rapidamente

alterações ou opçõeç num universo que é de seu

domínio, mesmo que nzo esteja procurando por elas;

- Tratamento de ambiguidades - analisa o contexto

sem necessidade de formalização;

- Reconhecimento de similaridades - pode identificar

como sendo o mesmo, algo que sofreu alterações .

Durante a década de 70, os esfor~os concentraram-se

no desenvolvimento de técnicas como a representação e

manipulacão das informações no computador - Ex: linguagem

PRQLOG. Somente no final da década, uma descoberta

importante, deu um novo impulso a IA: o poder de resolver

problemas do programa, depende mais do conhecimento que este

possuir, do que o formalismo ou esquema de inferência

empregado C261. Esta constataçãa propiciou o desenvolvimentn

de programas de propósita particular, sistemas que são

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peritos em alguma área limitada, os chamados Sistemas

Especialistas.. Como resultado das pesquisas destes primeiros

anos, foram definidas áreas como sendo potencialmente

aplicáveis, dentro da IA. São elas C271:

- Jogos;

- Compreensão de linguagem natural;

- Programação automática;

- Reconhecimento de padrões;

- Robótica;

- Sistemas especialistas.

0s sistemas eçpeciaistas

comercialmente entre 1980 e 1781.

Em 1982, era lançado no

camewram a surgir

Japão o projeto de

computadares de quinta gera~ão, com arquitetura voltada para

o pr-ocessamento simbólico e IA aplicada, com destaque para o

processamento paralelo - investimento de 500 milhões de

dólares.

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5.1.3 Algumas Defini~Ões

5.1.3.1 Fatos e Regras

Inteligência pode também ser definida, como "a

habilidade de manipular o conhecimento", ou seja, a sua

utiliza~ão de acordo com a situação, e o aprendizado continua

para uso futuro. Podemos então dividir inteligência em uma

cole~ão de fatos e um meio de utilizá-los. Isto é feito por

meio do estabelecimento de regras, que tracam uma relação

entre os fatos. Vejamos o seguinte exemplo C251:

Fato i:

Fato 2 :

Fato 3:

Regra 1:

Regra 2:

Ruas escuras e pouco movimentadas são

perigosas.

Pessoas de idade geralmente não cometem

crimes violentos.

A policia proteje as pessoas contra a

crime.

SE eu estou em uma rua escura e pouco

movimentada e vejo uma pessoa idosa, E N T Ã O

eu não devo ficar particularmente

preocupado com minha segurança.

S E eu estou em uma rua escura e pouco

movimentada c vejo um policial, E N T Ã O eu

devo me sentir seguro.

No exemplo mostrado, as regras são expressas por

uma relação condicional (SE - E N T Ã O ) .

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5.1.3.2 Poda

Para a solução de um problema, mesmo que simples, a

mente humana tem a sua disposição uma vasta quantidade de

informações a serem utilizadas para determinar o curso da

solução. Se todo o fato, diretamente ou indiretamente

relacionado com o problema, necessitasse ser avaliado, o

tempo para a tomada de decisão seria enorme. O que o cérebro

humano faz, é eliminar os caminhos de pensamento que não são

relevantes para CJ objetivo a ser atingido, não perdendo tempo

na sua avaliação. Isto é o que é chamado de poda C251.

Heurísticùs surgiram como uma alternativa a busca

exaustiva. Para um determinado problema, limitam a quantidade

de opções a serem avaliadas e, por conseguinte, diminuem o

tempo de resposta, a partir da aplica~ãu de regras

especiais. Uma regra heurística adota um critério de ação que

se acredita possa chegar mais perto da solução, em detrimento

de quaisquer outros. Do exposto, concluímos sue a busca

heurística é um critério de poda.

Heuristicas náo são capazes de garantir uma çolu~ão

para o problema e podem não dizer quando esta não existe, mas

podem ser usadas eficientemente em algumas áreas. Na verdade,

existem certas Areas de problemas, e m que s b é possível uma

abordagem computacional por meio de heuristicas, como por

exemplo, pl.anejamento C281.

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5.1.3.3 Mecanismo de Inferência

Inferir, segundo definiçso do filólogo AurÉlio

Buarque de Holanda, e "deduzir pelo raciocínio". Mecanismo de

inferencia ou motor de inSerência, é um termo de IA, que pode

ser definido como um procedimento que faz com que os dados

submetidos ao sistema, sejam avaliados à luz dos fatos e

regras ativados pelo critério de poda, gerando novos fatos

para uso do sistema.

5.2 Sistemas Especialistas

Dos ramos principais da IA, apresentados em

(5.1.2), Sistemas Especialistas (SE) é aquele em que a

apl icacão dos conceitos e técnicas desta, vem obtendo maior

sucesso. A área de SE investiga métodos e técnicas para

conskru~ão de sistemas homem-máquina com habilidade para

solusão de problemas especializados t261.

Podemos definir Sistema Especialista como um

programa de computador, que incorpora conhecimentos a

respeito de alguma área específica do conhecimento humano,

área esta que normalmente requer uso da experiência,

programado para funcionar como um consultor do assunto deste

domínio C A I .

Espera-se que um bom SE tenha capacidade de

proporcionar uma ou mais das seguintes facilidades: (1)

executar o trabalho do especialista quando este não estiver

disponível, ( 2 ) fornecer- respostas mais formalizadas e

rápidas que o especialista humano, (3) auxiliar o

especialista na sslucão de problemas mais complexos ( 4 )

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resolver as problemas mais simples liberando o especialista

para os mais complexos e ( 5 ) atuar como um armazenador de

conhecimentos gerados por vários especialistas.

Mesmo havendo algumas vantagens doç sistemas

esepcialistas sobre os peritas, eles não o poderão substituir

em todas as situações, devido a limita~õeç inerentes,

conforme mostra a tabela (5.1) C261

CONHECIMENTO HUMANO

- PerecrveI

- D i f i c i l de t rmçfe r i r

- D i f ic i l de documentar - lmprcvisÍvel

- Caro

- Diçcr iminat* io - Individual i z d o - Cr iat ivo - AclwptAvel

- Enfosue amplo

- Baseado e m senso comum

CONHECIMENTO ARTIFICIAL

- Permanente

- Fãc i l de trançfer i r

- F k i 1 de documentar - Ccmsiçtente - Custe r a z d v r 1 - Imparcial

- Sacia1

- Sem inspira% - I n f l e x r v ~ l

- Enfwue restrita - Tscnico

Tabela 5.1 Comparação entre conhecimento especializado humano e artificial

De modo geral, os SE podem ser cla-~,sificados em

categorias definidas pela característica do seu

funcionamento. São elas C241:

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3.2.2.1 Diagnóstico

São sistemas que detectam a origem de uma

anormalidade, a partir de um quadro de sintomas apresentado.

Normalmente são capazes de fornecer soluções para o problema

identiçicado.

5.2.2.2 Interpretação

Estes sistemas, inferem descrições de situações, a

partir da observação de fatos, isto e , fazem a análise de

dados e procuram determinar as suas relações e seu5

significados .

São programas que determinam a previsão do futuro,

a partir da modelagem de dados do passado e do presente.

5.2.2.4 Projeto

SZo sistemas capazes de configurar objetos, a

partir de especifica~ões fornecidas. São particularmente

Úteis como armazenadores de experiências para uso futuro e

por facilitar rnodifica~Õeç nos projetos.

Estes sistemas visam fornecer solu~ões para um mau

funcionamento, provacado por distorções dos dados.

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O sistema de instrução tem mecanismos para

verificar e corrigir o comportamento do aprendizado de

estudantes. Normalmente, incorporam como sub-sistemas módulos

de diagnóstico e reparo, tomando por base uma descricão

hipotética do conhecimento da aluno.

5.2.2.7 Controle

São sistemas que interpretam, predizem, monitoram e

atuam corrigindo a comportamento de sistemas físicos.

5.2.3 Wquitetura de um Sistema Especialista

Um SE e constituído basicamente por: (1) uma base

de conhecimento, ( 2 ) um motor ou mecanismo de inferência e

(3) uma interface com o usuário. A figura 5.1 apresenta a

arquitetura básica de um SE, cujo5 seus componentes passam a

ser descritos a seguir 1241, C253, C271.

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3.2.3.1 Base de Conhecimento

A base de conhecimento dá as características de

funcionament-o da sistema. Ela contém os fatos relativos

área em questão, relacionados por regras consideradas válidas

pelos especialistas (vide 5.1.3.1). Os fatos, de maneira

geral, aparecerão em forinato sirnbólico, sendo o mais comum o

uso de triplas O-A-V (Objeto - Atributo - Valor). A s regras,

que dão a forma de representação do conhecimento, podem

aparecer conforme os esquemas principais de ( i ) árvores de

decisão e ( 2 ) regras de produção. Um exemplo de aplicação do

primeiro tipo é a Turbomac C 6 7 , enquanto que o segundo

aparece no ROMEX C51.

5.2.3.2 Mecanismo de Inferência

Conforme já definido em 5.1.3.3, mecanismo ou motor

de inferencia, é um procedimento que permite com que a base

de conhecimento atue sobre as informações submetidas ao

sistema, gerando conclusões ou necessidade de novos dados,

até que se infira um fato que seja a resposta do problema

C271. 8s motores de inferzncia devem fazer uso de

heurísticas, que os tornam mais eficientes.

As inferênrias podem se processar em duas direcões,

as quais dão a forma de atuação do motor, (1) encadeamento

progressivo e ( 2 ) encadeamento regressivo.

O encadeamento pronresiivo parte de uma lista de

fatos e procura todas as regras que se relacionam com estes.

A s conclus8es destas regras, vão gerar novos fatos, e o

processo çe repete até que se chegue ao objetivo, ou não

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existam mais regras a serem aplicadas. Este procedimento

torna-se interessante quando os dados são limitados ou a sua

obtenção & automática, como nos sistemas de monitora~ão

contí nua.

No mecanismo de encadeamento resressivo, as

inferências ção feitas a partir do objetivo, tentando aplicar

regras, em que a conclusão coincida com este. Para cada uma

destas regras, a premissa torna-se um novo objetivo, e o

processo é repetido, até que todas as premissas sejam

confirmadas ou não pelos fatos Qornecidos.

5.2.3.3 Interface com o Usuário

Trata-se do meio pelo qual o programa se comunica

externamente, solicitando dados e emitindo resultados. s um das pontos chave do sucesso de um SE. Utilizanda-se de um

termo muito em voga, ela deve ser a mais "amigável" possível

do ponto de vista operacional, sob pena de criar um

desestímulo ao seu uso, tanto que sistemas mais sofisticados

tendem a fazer uso de linguagem natural. Devem permitir uma

entrada de dados simples e justificada, informar o andamento

das inferênciaç sempre que solicitado r fornecer respostas

num formato que possibilite aplicação imediata. Outro ponto

importante é a quantidade de solicitações que o sistema faz

ao operador, que pode vir a tornar o uso do programa

cansativo, sendo portanto conveniente que o sistema adote

critérios de poda eficientes, visando torná-las mínimas.

Sistemas especialistas mais elaborados dispõem de

editores de base de conhecimento, possibilitando a fácil

digitação das regras e a verificação da consistência das

mesmas.

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5.2.4 Deçenvolvimento de um Sistema Especialista

A seguir serão descritas as atividades a serem

cumpridas a partir da intenção de se desenvolver um SE, em

uma área de especialização.

5.2.4.1 O Engenheiro do Conhecimento

É Q técnico de participação vital na estrutura~ão

de u m SE, na futi~ão principal de atuar junto aos

especialistac> na formalização do conhecimento. Deve ter

profundoá conhecimentos das limitações e recursos da

ferramenta cornputãcional a ser utilizada e dos objetivos do

sistema a ser desetlvolvido. É um trabalho nem sempre facil,

pois e característico dos especialistas acreditar que não e

possivel transformar em regras, o conhecimento adquirido e m

anos de experiência.

5.2.4.2 Etapas do desenvolvimento de um SE

A 5 etapas apresentadas a seguir, podem ser

agrupadas ou 3ubdivididas em sub-grupos, de acordo com a

complexidade do sistema C241, C303.

- Análise preliminar (identificacão): Nesta fase,

identifica-se a necessidade e viabilidade da

utilização de um SE na área proposta. São

leventadas as disponibilidades de recursos para

implantação do sistema, ou seja, recursos humanos,

financeiros, hardware e software. Neste ponto cabem

considerações a respeito do ço-ftware utilizado em

SE. Um sistema dotado de motor de inferêticia, uma

interface com o usuário e um arquivo destinado a

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receber fatos e regras (mas vazio), é denominado

shell. Portando, dispondo-se de um shell, o

desenvolvimento de um SE constituir-se-a no

preenchimento de fatos e regras. Na verdade, os

shells comercialmente disponíveis, trazem embutido

consigo um motor de inferzncia e um formalismo para

a representação do conhecimento, que nem sempre se

enquadram nas características do universo a que se

quer aplicar o SE. Portanto, deve ser avaliada

criteriosamente, a opção de se utilizar ou não um

shell pronto, pois se este pode diminuir o tempo de

implementação, pode também contribuir para uma

perda de flexibilidade e confiabilidade,

principalmente por se tratarem de "pacotes

fechados".

- Cenceitua~ãa: Na área escolhida para a atuação do

SE, analisa-se como se processa a atuação dos

especialistas no que se refere aos conceitos

básicos utilizados, suas relações e o fluxo de

informacões. Nesta fase o Engenheiro do

conhecimento trava o primeiro contato com área de

especializado onde será aplicado o sistema.

Formalização: Esta fase caracteriza-se pela

importância da atuacão do engenhei ro do

conhecimento. A partir das análises feitas na etapa

anterior, este ira propor uma formalização do

conhecimento, ou seja, como deverão ser

estruturadas as regras. i a fase mais difícil do

processo, pois visa obter a formalização de algo

que normalmente o especial istas consideram

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impossível de padronizar. Deve-se notar que a

estruturação a ser aplicada estará diretamente

ligada ao processo de inferência que se pretende

adotar.

- Implementacão: Normalmente se inicia com a

construção de um protótipo, para uma avaliação do

modelo escolhido. A implementaçãa tem a vantagem de

permitir ao especialista uma visão preliminar do

que se espera do sistema, estimulando-o a criação

de regras mais eficientes e já mais próximas do

modelo formalizado. Do ponto de vista do engenheiro

do conhecimento, esta fase destina-se a avaliação

da praticidade da representa~ão escolhida e do

motor de inferência, no que se refere a espaço

ocupado e velocidade no computador.

- Teste: Agora o sistema sera testado como um todo,

avaliando-se os aspectos qualidade e tempo das

respostas, bem como a facilidade de entrada de

dados. A contribuição de especialistas que não

participaram do processo de comtrução das regras,

com aplicação de problemas reais, tem vital

importância na verifica~ão da qualidade da base de

conhecimentos no que se refere A ocorrência de

respostas dúbias ou inconclusivaç (validacão).

- Manuten~ãa: Tem a duração da uti1i;oação do sistema, que deverá atualizar-se em termos de novos

conhecimentos e novos patamares de desempenho.

Cabe aqui salientar o fato de que, enquanto no

desenvolvimento de sistemas csmputacionaiç convencionais, a

participação do especialista e/ou usuário se dá somente nas

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fases iniciais, no Sistema Especialista esta participação se

dá em todas as etapas.

5.3 U m Sistema Especialista para Diagnóstico de Vibracão

FI técnica mais uti 1 izada atualmente para

diagnóstico de problemas e manutenção preditiva em maquinas

rotativas e a analise de vibração. Trata-se de um campo onde

e obrigatória a atuação de especialistas, que ção raros e de

alto custo. Apresenta-se então, como uma alternativa a este

problema, o desenvolvimento de um sistema que atue nu auxilio

desta tarefa.

5.3.1 Definição do Objetivo

O objetivo e o desenvolvimento de um sistema, que

possibilite aa tkcnico de manutencão uma consulta interativa

para obten~ão de diagnóstico de vibracão. O sistema recebe

informações a respeito do tipo de equipamento ao qual há a

suspeita do problema, e dos sintomas deste.

O diagnóstico de vibrações tem características que

o tornam u m problema cumplicado. São elas C151:

- A e~istGncia de si tuaç9es onde a informaçZa

disponível @ imprecisa ou incompletaj

- A s regras a respeito do domínio do problema podem

conter incertezas difíceis de quantificar;

- A existgncia de múltiplos problemasi

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- Depende das características de cada maquina;

- Diversas classes de problemas manifestando-se com

os mesmos sintomas.

Como ilustração, tomemos o caso do sintoma

"elevação da componente 1N da vibração", que pode estar

presente em pelo menos 30% dos problemas conhecidos. Por

outro lado, o desbalanceamento, que e uma das possibilidades

para o quadro apresentado, pode ser provocado por uma série

de anormalidades.

5.3.2 ROMEX C51, Um sistema especialista para

diagnóstico de vibra~ão

O ROMEX 6 um sistema especialista para diagnóstico

de problemas de vibração em máquinas rotativas, desenvolvido

pelo Departamento de Engenharia Mecânica e Aeroeçpacial da

Universidade de Virginia, e dos sistemas publicados, trata-se

de um dos mais completos. Embora ate o fechamento deste

trabal.ho, não havia sido possivel a sua utilização prática,

cabe aqui a apresenta~ão de algumas de suas características.

Utilizando regras de produ~ão na estrutura de sua

base de conhecimentos, o ROMEX foi programado basicamente em

PROLOG. Manipula incerteza utilizando o modelo Dempstrr

Shafer C271 C311j e apresenta os seguintes recursos

interessantes :

- Editor amigável de regrasi

- Interface em linguagem natural;

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- Ferramentas de verificação e valida~ão ( V & V ) j

- Banco de dados de projeto e histórico das

máquinasi

- Possibilidade de aquisição de dados "on-litie";

- Integração com outros sistemas, tais como

facilidades gráficas e acesso a programas de

modela~ão de rotores e mancais.

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Capitulo VI

O Programa DIAGMAQ

6.i Considerações Gerais

Surgido da necessidade de se disseminar a

capacitação de emitir diagnósticos de problemas de vibração

nas máquinas de grande porte instaladas nas plataformas de

petróleo brasileiras, o DIAGMAQ & um sistema especialista

baseado na busca dirigida, num universo onde acredita-se está

a maior parte dos seus problemas relacinados com vibração.

Foi visualizado como uma das principais utilizaç8es

do BIAGMAQ, a solu~ão do problema de substituição dos

especialistas propriamente ditas, quando estes não estiverem

disponíveis, na ocorrência de um problema grave. A utilização

do programa por técnicos menos capacitados, propiciaria a

obten~ão de diagnósticos que possam encaminhar a sua solução.

Do ponto de vista da utilização dos próprios especialistas, a

utilização do DIAGMAQ tem o objetivo de permitir uma

avaliação mais rápida, seni que nenhum potito de análise seja

esquecido.

Por outro lado, o deçenvolvimento de um SE,

apresentava-se corno um excelente exercício de organização da

exper iene ia acumulada na diagnóstico de vibrações, e

verificação da potencialidade de uma nova tecnologia.

O sistema de acompanhamento dinâmico (AD) descrito

anteriormente neste trabalho, tem como Çuncão principal a

manipulacão de informações referentes a vibração, produzindo

tambem como saída alarmes indicando a possibilidade de

ocorrência de u m problema. Um sistema deste tipo, pode

produzir como saída, na melhor das hipóteses, algo cama: "o

segundo harmônico da frequ&-tcia de rotação alarmou", o que, a

nao ser para uma seleta minoria, não possui maiores

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significados. É fácil. verificar que uma resposta do tipo: "o

problema e desalinhamento ou problema no acoplamento" produz

ações bem mais imediatas. É implementar esta conversZo de

terminologia, a que se propõe o DIAGMAQ, a partiu de uma

interação com um técnico de manutencão com alguns

conhecimentos de vibração.

O DIAGMAQ possui algumas particularidades na sua

forma de desenvolvimento, se comparado ao sistema

tradicional de construcão de um SE. Estas particularidades

devem-se principalmente à pouca disponibilidade de recursos e

tempo para sua execuçZo. No que se refere a recursos, pode-se

citar principalmente a pouca disponibilidade de especialiítaç

na area no País, o que fez com que a base de conhecimento

fosse gerada principalmente a partir de pesquisa

bibliográ-íica C171 - C231 e da experiência de 3 anos do autor no acompanhamento das grandes maquinas das plata-Formas da

PETROBRAS, aliado ao fato deste fazer ao mesmo tempo o papel

do engenheiro do conhecimento, do especialista e do

programador. Por outro lado , a linguagem utilizada não

possui tradição na aplica~ão em SE, mas foi escolhida por ser

de domínio do autor, a que veio a contribuir para redução da

tempo de programa~ão. A linguagem utilizada foi o MS Quick

Basic na sua versão mais atual.

6.2 4 Base de Conhecimento

A base de conhecimento do DIAGMAQ esta montada num

modelo que se aproxima ao de arvores de decisão. A base foi

construída a partir de uma lista contendo os problema5 com

maior frequência de ocorrt5ncia em turbomáquinas, que estão

listados na tabela (6.1).

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- I H I C I O L IWCRUSTRR CAO

DESBfiLfiHCEfinEITO EHPEHO TEMPORIRIO EMPEHO PERHIREWTE C

DESALIHHAHEHTO ACOPLAHEWTO DEFEITUOSO EXCEITRICIDADE DE HRHCAIS

ROCAHEWTOS

IIÇTBBILIDADE

RESSOIIRCIA DE PEDESTAL

UELOCIDADE CRITICA

fiERODIWÁHICOS

ELETRICO

FILHA DE COHPONQJTE

VIBRACAO TRRISMITIDA - Tabela 6.2 - Problemas em turbomáquinas

A construcão das regras, deu-se então do

relacionamento dos componentes da tabela (&.i), com sintomas

apresentados pela máquina em termos de vibracão. Para cada

sintoma ou comportamento considerados como possíveis pelo

DIAGMAQ, associou-se cada diagnÓstico, cem os atributos: "i

um sintoma obrigatório de", ''é um sintoma possível de" ou

"não é um sintoma de". Assim teremos por exemplo:

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4 frequência predominante de 40 a 50% a de rotação, e

um sintoma possível de:

- Distorçdo de rarcaca - Roçamento leve rotor/estator; - Roçamenta çevero rotor/estator; - Instabilidade induzida pelo Cluido; - Instabilidade induzida pelo selo de Óleo; - Componentes frouxoç; - Vibração transmitida.

Não foram utilizados quantificadores de certeza das

regras, por não se dispor de informações confiáveis a esse

respeito. Isto deve-se principalmente ao fato, já citado em

5.3.1, de que um mesmo sintoma de um mesmo problema pode se

manifestar de maneira diferente, em máquinas do mesmo tipo

mas de fabricantes (projeto) diferentes. Mas nada impede a

sua implantação futura.

6.3 A Estratégia de Funcionamento

O DIGMAQ utiliza para determinação de "qual o

próximo passo a seguir ? I 1 , um procedimento de poda, que

basicamente consiste de uma avaliação de cada uma das

perguntas a serem aplicadas, dentro do universo de problemas

que se está analisando. Isto faz com que não sejam

requisitadas informa~ões desnecessarias ao operador. O

procedimento baseia-se na determinação de um fator a qual

chamou-se "Fator de resolucão" para cada nova informa~ão a

ser solicitada, calculado em fun~ão dos dados já fornecidos e

das conclusões existentes.

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6.4 A ~ p e r a ç ã o do Programa

O programa DIAGMAQ foi concebido de maneira a

tentar reproduzir o procedimento executado por um

especialista da área de vibraqões mecãnicas, na o b t e n ~ ã a de

um diagnóstico para um problema de vibrasão numa

turbomáquina.

Figura 6.1 Fluxograma do DIAGMAQ

A análise @ feita pelo estabelecimento, desde os

primeiros dados -Fornecidos, de uma lista de diagnósticos

possíveis, para aquela situação que se apresenta. A partir

daí, o programa caminha no sentida de minimizar as opções da

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lista, objetivando o diagnóstico único, o que dependerá

unicamente das respostas fornecidas às sua5 solicitações. A

figura (6.1) apresenta o fluxograma de funcionamento do

DTOGMAQ.

Ao se iniciar uma sessão do programa, é apresentado

um menu principal com as op~6 e s de se consultar a base de

conhecimentos ou se executar um diagnóstico. Escolhendo-se a

segunda opção, o DIAGMAQ solicitará inicialmente informa~ões

sobre o tipo de maquina que se esta analisando.

Todas as perguntas realizadas pelo programa são

do tipo múltipla escolha, bastando o operador escolher uma ou

mais ap~Ões que o satisfasam, conforme mostrado na figura

- Turbin~ a Qapar

-- gerado^ de Gas

- Turblna Llure

- Gerador nu Motor B1&rbico

- Bamba P~rrtrifuga

- Caixa de Rng~lanagens

Figura 6.2 Tipos de maquina

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O próximo passo 6 o fornecimento das

características de frequência do sinal de vibração, a partir

de uma lista padrão fornecida na tela que esta mostrada na

figura ( 6 . 3 ) .

da frequhcia de rotas80 0,5í a 0,99 da frequ~rtcin de rotaqKo 1X a frequhcia de rotag#o 2% a frequhncia de rotas#o

a de engrenamento

2X a freq, de escorreganento de 2X a frequência da rede otaGh engrenamento ou rede

Figura 6.3 Frequênciaç caracteristicas

A partir daí o prosrama "conversará" com o

operador, sol.icitando de forma interativa ao operadur os

dados a respeito do comportamento da vibra~ão, necessários a

obtencão do diagnóstico, como mostra o exemplo da figura

( 6 . 4 ) .

O processo interativo se repetirá até que apenas um

diagnóstico seja obtido ou não haja conclusão por nenhum

deles ou esgotarem-se oç recursos para a obtenção de

diagnbstico Único. Neste Último caso o programa apresentará

uma lista do5 diagnósticos possíveis.

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A parte interativa da sessão e bastante

interessante do ponto de vista da agilizacão da diagnóstica,

pois a cada conjunto de op~ões submetida ao usuário, o

programa estará também sugerindo observações, que ate então

podem não ter sido percebidas

21 Aumenta c m o aunenfo da carga

3) Dininui cm o autlento da carga

Figura 6 . 4 Testes interativos

Após a resposta de cada pergunta o DIAGMAQ mostra

um resultada parcial da análise, apresentando a lista de

diagnósticos possíveis, como mostra o exemplo da figura

(6.5).

A qualquer momento o operador pode dar a sessão por

encerrada e solicitar a impressão do resumo de todos os

passos da analise, o que pode ocorrer também no Sinal normal

da sessão. 0s exemplos de sesções impressas estãa nos

exemplos mostrados no anexo (3).

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.- Ilesa1 ! nhamnto - koplanent o COR f unc iona~enf õt3iantage~ inadequado - Exmtr iefdade dos nançais - DfstarsBo da carcaoa -- Bixu Mncadii - Uí hrasxo transiailiida

Figura 6.5 Resultados parciais

A o p ~ ã o Testar Conhecimento do menu possibilita ao

operador um passeio pelas regras que direcionam a5

inferências no DIAGMAQ, para simples consulta ou edição, na

tela mostrada na figura (6.6).

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[ /I Ro9amnto leue rotor estatw

r01 Oil Whirl UV Prnhlcoiia nn estatos (Dl~tricw) UV Instabi 1 idade induaida pela f luid [Bl Rutur exerrtxbico (BlEtricu) Ri1 hstabil idade induaida pelo selu r81 Rotor trincado tElétricol tll Distor#o da carcasa E01 Desbaliinceamento da uriltagerr da 1 E23 Ilessonincia de carcana 101 Lirifinas do estator soltas [Bf6tri 121 Resssnhcia de siiporte [lJ Vlbrasga transnltlda

O programa encontra-se em teste na PETROBRAS e no

LEN da CCIPPE, para avalia~ão do seu desenpenho e valida~ão de

sua base de conhecimentos.

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Capítulo V I 1

Comentários e Conclusões

7.1 Comentários

Um sistema de manutenção preditiva, que envolve

contribuições de várias áreas de especialização, tais como,

processamento de sinais, técnicas de aquisição de dados,

análise de vibrações, dinâmica de rotores e recursos

camputacionais, deve estar sempre em consonância com o estado

da arte destas. Por isso o sistema desenvolvido pela COPPE e

PETROBRdS, encontra-se no desenvolvimento de sua terceira

versão, e deve continuar atualizando-se, mas sempre sob a luz

do seu objetivo principal, que é o de ser uma ferramenta do

homem de manuten~ão.

Sistemas Especialistas é sem dúvida uma área com

bastante atrativos, inclusive comerciais, o que vem por

estimular o uso indiscriminado de técnicas ainda não

perfeitamente desenvolvidas, podendo trazer surpresas para o

usuário menos avisado.

Na que conserne ao DIAGMAQ, cumprira o seu objetivo

inicial de ser um complemento do sistema AD, mas sem

propostas de grandes aprimoramentos, em função das limitações

de sua concepção, conforme citada em 6 . . Oe qualquer

maneira, este sevirá sempre como experiência na construção de

sistemas com mais recursos, principalmente no que se refere

as informacões contidas na sua base de conhecimento.

O sistema desenvolvida pela Universidade de

Virgínia, traz consigo um excelente potencial, que deve ser

melhor avaliado na opção de se desenvolver um sistema futuro.

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Uma área de pesquisa, que envolve processamento de

sinais e IA e que 5e apresenta como bastante atrativa, e a

interpretação automática de componentes espectrais C321, que

poderia ser aplicada tanto em sistemas de gerenciamento de

dados de vibração, como o AD, quanto em sistemas

especialistas para manitoracão contínua.

O uso das técnicas de manutenção preditiva,

apresentadas neste trabalho, constituem-se hoje num requisito

da indústria moderna. 0s benefícios alcan~ados com a

utilização de um programa de gerenciamento preditivo da

manutenção , já são perfeitamente identificáveis e

quantificáveis.

O sucesso da utilização da preditiva, como

ferramenta do aumento de eficiencia da manutenção,

possibilitou que se desenvolvesse um novo ramo de

especialização da engenharia, em que o enfoque principal é o

estado da máquina. A manutenção de estado ("on condition"), é

hoje uma realidade, sendo inclusive ja aplicada à manutencão

aeronáutica, que e de alta responsabilidade.

O desenvolvimento de um sistema próprio, como o

Acompanhamento Dinâmico (A.D.), em detrimento da aquisicão de

pacotes prontos, revelou-se plenamente justificável,

principalmente pelos aspectos de (i) domínio da tecnologia e

( 2 ) flexibilidade de moldá-lo de acordo com as necessidades

de cada unidade.

A utilização de inteligência artificial e, mais

especificamente, sistemas especialistas, no auxílio do

diagnóstico de vibração, conclui-se venha a ser, nos próximos

anos, um componente indispensável ao funcionamento de um

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programa de manuten~ãa preditiva. Contribuem fortemente para

isto: ( 1 ) a necessidade de orgatiização da experiziicia, ( 2 ) a

qacilidade para armazená-la, recuperá-la e atualizá-la e (3)

a liberação do especialista para dedicação em atividades mais

nobres.

O desetivovime~ito do protótipo DIAGMAQ, nieçmo e m

condicõeí especiais em que todas as tarefas foram

concentradas em unia Única pessoa, contribuiu para que fosse

possível uma perfeita avaliação da potencialidade da

ferramenta.

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ANEXO 1

T U R B O M A Q U I N A S NA B A C I A D E C A M P O S

I Qtd. Fabricante Cap. Uni t. Cap. Total H3/Dia x 103 MB/Dia x 103

DEMAG I 1 .O00 1 9 .530 11 - ~--ppp

SOLAR 500 3 .000

DRESSER-RAND 600 3 .600

M A Qtd. Fabr icante Mode l o Poten.Total O HP T G r

I I I I I I I

TOTAIS 02 1 2.183 I

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TURBINAS A GAS NA BACIA DE CAMPOS HP x 1000 N9 DE TURBINAS

8'7 89

ANO

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ANEXO 3

EXEMPLO 1

MAOU1IA: Pata da aedicao:

flotivo da eedicao:

Os tipos de aaquina previstos no PIAG#AQ sao:

- Coapressor Centrifugo ou Axial - Turbina a Vapor - Gerador de Gas - Turbina Livre - Gerador ou flotor Eletrico - Eonba Centrifuga - Caixa de Engrenagens

Para o problema ea analise a aaquina e:

- Compressor Centrifugo ou Axial

Dentre as frequencias abaixo:

- Baixas frequencias - Critica do rotor + mancais - 0.4 a 0'49 da frequencia de rotacao - !I2 da frequencia de rotacao - Hareonicos nao inteiros da frequencia de rotacao - 0.51 a 0.99 da frequencia de rotacao - 1X a frequencia de rotacao - 2X a frequencia de rotacao - Hareonicos da frequencia de rotacao - Frequencia de engrenaaento - Bandas laterais da frequencia de engrenaaento - Haraonicos da frequencia de engrenaaento - Frequencia eletrica da rede - Multiplos da frequencia elgtrica da rede - 2X a freq. da rede coe bandas laterais de 21 a freq. de escorregamento - Frequencia de rotacao coa bandas laterais de 21 a frequencia da rede - Frequencia sem relacao aparente coa a de rotacao, engrenaeento ou rede - Altas frequencias

Aísf frequencia(s1 predoainanteis) indicadats) e( sao):

- 1X a frequencia de rotacao

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lista parcial de diaqnosticos possiveis e:

Deshalanceamen to inicial Desbalanceamento por incrustracao Desprendimento de parte do rotor E~peno perwanente do rator Empeno temporario do rotor Desal inhawen to Acoplamento coa funcionsment~/montaqe# inadequado Exen tricidade dos mancais Distoriao da iarcaca Ressonlncia de carcaca Ressonancia de suporte Velocidade critica coniunto rotor+mancal Velocidade critica do acoplamento Critica induzida pelo selo Eixo trincado Vibracao transai tida

Para o seguin te co~portamen to apresentado:

Foram observadas grandes variacoes na fase da 1N para pequenas variacoes de rotacao?

Respostafsl:

A lista parcial de diaqnosticos possiveis e:

- Desbalanceamento inicial - Desbalanceawento por incrustracao - Desprendimento de parte do rotor - Empeno perwanente do rotor - Empeno teaporario do rotor - Desalinhaaento - Acoplamento coa funcionamento/aontag~m inadequado - Exentricidade dos mancais - Distorcao da carcaca - Eixo trincado - Vibracao tíanswi tida

Para variacoes de carga, wantendo-;e a rotacao aproxi~aadamente constante, a awpl itude predominante:

- Nao se altera

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2. C3 I3

lista parcial de diaqnosticos possiveis e:

- Desbalancea~ento inicia! - Desbalan~eamento por incruçtracao - Desprendimento de parte do rotor - Empeno permanente do rotor - Exentricidade dos eancais - Bistoriao da carcaca - Eixo trincado - Vihracao transnitida

Quanto ao comportamento da frequencia da componente predominante tem-se:

- Varia em funcao da frequencia de rotacao

fl lista parcial de diagnosticos possiveis e:

- Desbalanceamento inicial - Desbalanceamento por inciustracao - Desprendimento de parte do rotor - Empeno permanente do rotor - Exentricidade dos mancais - Distorcao da carcaca - Eixo tii~cado

Para o seguinte comportamento apresentado:

Sobre a variacao do "mn-out" do sinal em analise com o tempo, pode-se dizer:

- Mao apresentou variacao significativa de amplitude e fase, em qualquer componente, desde a ulti~a nedicao

lista parcial de diaqnosticos possiveis e:

- Desbalanceanen to inicial - DeçGalanceamento por incrustracao - Desprendimento de parte do rotor - Exentricidade dos mancais - Distarcao da carcaca

- ---- -- -

Para o seguinte co~portam~nto apresentado:

Quanto a evolucao da fase da 1M desde a ulti~a nedicao tem-se:

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:I. O a Respostafsl:

- Apresentou variacao signif icatiwa

H lista parcial de diagnosticos possiveis e:

- Desbalanceamento por incrustracao - Desprendimento de parte do rotor - 1isto:cao da carcaca

Para o seguin te comportamen to apresen tado:

Sobre o historico da maquina pode-se dizer que:

Respos ta (s 1:

- lao se enquadra em nenhuma das situacoes previstas

Para o seguinte comportamento apresentado:

Foi detectado comportaaento anormal na posicao da linha de centro do do eixo nos mancais?

- Naa

A lista parcial de diagnosticos po9iiveis e:

- Desbalanceamento por incruátracao - Desprendimento de parte do rotor

Para o seguinte coaportamento apresentado:

guanto a evolucao dos niveis de vibracao tem-se:

- Evoluiram gradualmente coa o tempo

De acordo coa a minha base de conhecimento e os dados a mim fornecidos, foi possivel concluir que o diagnostico e:

- Desbalanceamento par incrustracao

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Incrustracoes podem ser provocadas por i~purezas contidas nos fluidos em contato com os rotores, sob certas condicoes de te~peratura E pressao. b alguns casos e possivel u m Iavage~ da $aquina$ utilizando-se piodu tos especiais, seB que seia necessãria a abertura desta,

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MAQUINA: Data da aedicao:

flotivo da wedicao:

Os tipos de maquina previstos no DIAGMAÚ sao:

- Co~pressoí Centrifugo ou Axial - Turbina a Vapor - Gerador de Gas - Turbina Livre - Gerador ou Motor Eletrico - Eomba Centrifuija - Caixa de Engrenagens

Para o probleea em analise a maquina e:

- Turbina Livre

Dentre as f requencias abaixo:

- Baixas frequencias - Critica do rator t ~ a n c a i s - 0.4 a 0.49 da frequencia de rotacao - 1/2 da frequencia de rotacao - Haraonicos nao inteiro; da frequencia de rotacao - 0.51 a 0.99 da frequencia de rotacao - 1X a frequencia de rotacao - 2X a frequencia de rotacao - Harmnicos da frequencia de rotacao - Frequencia de engrenaeento - Bandas laterais da frequencia de engrenawento - Harmnicos da frequencia de engrena~ento - Frequencia eletrica da rede - Multipfos da frequencia elktrica da rede - 2X a freq. da rede COB bandas laterais de 21 a freq, de escorregamento - Frequencia de rotacao cow bandas laterais de 21 a frequencia da rede - Frequencia sem relacao aparente coa a de rotacao, engrenamento ou rede - Hltas frequencias

A(s1 f requenciaf sl predominante(s) indicada(s) e(sao) :

- Critica do rotor + aancais

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lista parcial de diagnosticos possiveis e:

D~sal inhaaen to Acoplamento com funcionamentotmontage~ inadequado Roca~ento total rotor estator (Dry Whirl I Instabilidade induzida pelo f luido Velocidade critica conjunto rotor+aancal Instabilidade induzida por friccao [Hysteritic) Exitacao aerodinaeica Eixo trincado Vi bracao transii tida

............................................................................... Para o seguinte coaportamento apresentado:

Quanto ao co~portamento da frequencia da componente predominante tem-se:

- Nao varia em funcao da frequencia de rotacao

A lista parcial de diagnosticos possiveis e:

- Rocawnto total rotor estator [Dry Whirll - Instabi!idaiie induzida pelo fluido - Instabilidade induzida por friccao (Hysteritic) - Exitacao aerodinaaica - Vibracao transmitida

Para o seguinte cofflportamen to apresentado:

Variacoes nas condicoes de vazao provocam inodificacoes nas frequenciaí das co~ponentes sais significativas?

Resposta(í1:

- Informacao nao disponivel ou nao aplicavel a esta maquina.

Para o seguinte coaportaaen to apresentado:

Quanto ao ~omporta~ento da aaplitude predominante tem-se:

- A amplitude e instavel

A lista parcial de diagnosticos possiveis e:

- Rocamento total rotor estator (Dry Whirll - Instabilidade induzida pelo fluido - Instabilidade induzida por friccao (Hysteritic) - Exi tacao aerodinaaica - Vibracao transmitida

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--+----------------------------------------------------------------------------

Para o seguinte comportawen to apresentado:

ilarque a s ocorrencias operacionais que precederam a elevacao da vibracao

- Nao houve regis tro de nenhuiiia ocorrencia anormal

A l i s t a parcial de diaqnasticos possiveis e:

- Rocafiento total rotor estator (Dry Whirl] - Instabilidade induzida pelo fluido - Instabilidade fnduzida por friccao (Hyster i t ic) - Exitacao aerodinamica - Vibracao transmitida

Para o seguinte comportaaento apresentado:

Para variaçoes de carga, mantendo-se a rotacao aproximadamente constante, a amplitude predominante:

- #ao s e a l t e ra

A l i s t a parcial de diagnosticas possiveis e:

- Rocaaento total rotor es ta ta r (Dry Whirl] - Instabilidade induzida pelo fluido - Instabilidade induzida por fr iccao (Hysteriticf - Vibiacao transmitida

Sobre a curva de resposta do rotor (Bode]! pode-se dizer que:

- Infomacao nao disponivel

Para o seguin te comportawen to apresen tado:

A a amplitude iiiais s ignif icat iva da vibracau e sentida cora oiaior intensidade no:

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R. i. 4

A lista parcial de diagnosticos possiveis e:

- Rocamento total rotor estator (Dry Whirl) - Instabilidade induiida pelo fluido - Instabilidade induiida por friccao (Hysteritic) - Vibracao transmi tida

No que se refere ao co~portasento da vibracao durante e apos a partida, tem-se:

Resposta f s I :

- Altera-se com o aquecimento da mquina

A lista parcial de diagnosticos possiveis e:

- Rocamento total rotor estator (Dry Whirl) - Instabilidade induzida pelo fluido - Instabilidade induzida por friccao (Hysteritici

Foi detectado coeportanento anoraal na posicao da linha de centro do do eixo nos üiancais?

- Inforsacao nao disponivel

As informagoes fornecidas nao forari suficientes para que fosse possivel optar por um dos diagnosticos abaixo. Verifique a possibilidadeda se executar novos testes e/ou conseguir wais informacoes.

- Rocamento total rotor estator (Dry Whirl) - Instabilidade induzida pelo fluido - Instabilidade induzida por friccao (Hysteritic)

Diagnostico: Roca~ento Total Rotor-Estator (Dry Whirl)

Horffialmente provocado por aontage~ inadequada. Verifique evidencias de su- peraquecimentos localizados. Cuidado coa a substituicao do material de selagens de labirinto, se8 uaa avaliacao criteriosa.

Diagnostico: Instabilidade Induzida pelo Fluido

Deve-se proceder a u@a analise de performance em paralelo! para identifi- carcao de recirculacoes internas.

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Diagnostico: Instabilidade Induzida por Friccao (Hysteretic]

Pode ser provocado por entrada indevida de liquidos na maquina. Variacoes bruscas das condicoes operacionais tambem podem ser as causadoras. Veri- ficar as folgas dos acoplamentos.

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EXEMPLO 3

P R ù G R B H A D I A G H A R

#BQUIfuB: Data da medicao:

Os tipos de maquina previstos no DIBGMAQ sao:

Co~pressor Gentrifugo ou Axial Turbina a Vapor Gerador de 6as Turbina Livre Gerador ou Motor Eletrico Boaba Centrifuga Caixa de Engrenagens

Para o problena em analise a maquina e:

- Turbina a Vapor

Dentre as frequenciaç abaixo:

- Baixas frequencias - Critica do rotor + mancais - 0.4 a 0.49 da frequencia de rotacao - 1 2 da frequencia de rotacao - Harmonico; nao inteiros da frequencia de rotacao - 0.51 a 0.99 da frequencia de rotacao - 1X a frequencia de rotacao - 2X a frequencia de rotacao - Harmonicos da frequencia de rotacao - Frequencia de engrenaeento - Bandas laterais da frequencia de engrenamento - Harmonicos da f requencia de engrenaiaen to - Frequencia eletrica da rede - Multiplos da frequencia el$trica da rede - 2X a freq, da rede coe bandas laterais de 2X a freq. de escorregamento - frequencia de rotacao c o ~ bandas laterais de 2X a frequencia da rede - Frequencia se8 relacao aparente com a de rotacao, engrenamento ou rede - Altas frequencias

- Baixas frequencias - Harmonicos da frequencia de rotacao

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Para o prograra DiAGMAQ as inforracoes fornecidas sao contraditorias ura ver que todas as opcoes de diagnostico foraffi elifiinadas. Verifique seus dados quanto a presenca de inforffiacoes incorretas. Pode estar ocorrendo nais de ur prablefia s i f i u l t m o .