UTILIZAÇÃO DE CONTROLE ESTATÍSTICO DO PROCESSO PARA...
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UTILIZACcedilAtildeO DE CONTROLE ESTATIacuteSTICO DO PROCESSO
PARA A ANAacuteLISE DE QUALIDADE DA AacuteGUA EM UM MUNICIacutePIO
ADJACENTE AO PARQUE NACIONAL DO IGUACcedilU
CONTROL USE STATISTICAL PROCESS FOR WATER QUALITY
ANALYSIS IN A CITY ADJACENT TO THE NATIONAL PARK IGUACcedilU
Geacutessica Brum Soares
1 Universidade Tecnoloacutegica Federal do Paranaacute ndash UTFPR ndash Medianeira ndash Brasil
gessica-brum23hotmailcom
Professor orientador Jairo Marlon Correcirca
2 Universidade Tecnoloacutegica Federal do Paranaacute ndash UTFPR ndash Medianeira ndash Brasil
jairomarlomhotmailcom
RESUMO A aacutegua eacute um dos elementos fundamentais agrave vida na terra e essencial para a humanidade sua
constante verificaccedilatildeo e controle da qualidade da aacutegua satildeo de extrema importacircncia para a sua
potabilidade O presente trabalho tem como objetivo avaliar trecircs paracircmetros fiacutesico-quiacutemicos da
aacutegua cloro residual livre pH e turbidez O estudo foi realizado com amostras coletadas entre os
anos de 2009 e 2014 em determinados pontos de distribuiccedilatildeo apoacutes passarem por todo o processo
de tratamento e adequaccedilatildeo para o consumo humano Para as anaacutelises estatiacutesticas dos dados foram
utilizadas as cartas de controle de meacutedia e amplitude Os resultados obtidos foram avaliados
individualmente e comparados com os limites estabelecidos pela Portaria no
29142011 de
BRASIL-Ministeacuterio da Sauacutede (MS) utilizando como referecircncia aacutegua potaacutevel para consumo
humano Os resultados apresentaram conformidade em relaccedilatildeo agrave Portaria contrariando poreacutem
com os limites estatiacutesticos verificados pelo Controle Estatiacutestico de processo (CEP) Apesar disso
essa variaccedilatildeo natildeo indica que a aacutegua seja improacutepria para consumo humano jaacute que esta
variabilidade natildeo extrapola os limites de especificaccedilatildeo impostos pelo sistema de distribuiccedilatildeo de
aacutegua do municiacutepio e nem com os da Portaria 29142011 Dessa forma as anaacutelises dos paracircmetros
indicam tendecircncias e padrotildees de variaccedilotildees em pequenas escalas que permitiram identificar tais
causas de variabilidade Entretanto eacute possiacutevel afirmar que a aacutegua distribuiacuteda pelo sistema de
abastecimento da sede do municiacutepio eacute considerada potaacutevel e adequada para o consumo humano
natildeo sendo prejudicial agrave sauacutede da populaccedilatildeo
Palavras-chave aacutegua potaacutevel paracircmetros fiacutesico-quiacutemicos padratildeo de potabilidade
Abstract Water is one of the fundamental elements to life on Earth and essential for mankind and the
constant verification and control of water quality are of utmost importance for its drinking The
present study aims to assess three physico-chemical parameters of the water turbidity pH and free
residual chlorine The study was conducted with samples collected between 2009 and 2014 in
certain points of distribution after going through the whole process of treatment and adequacy for
human consumption For the statistical analysis of the data were used letters of medium and
amplitude control The results obtained were evaluated and compared with the limits established by
Portaria number 29142011 from Brazil Health Ministry (MS) using as reference sweet drinking
water for human consumption The variables presented compliance in relation to Portaria however
to the contrary the statistical limit verified by Statics Process Control (SCP) Nevertheless this
variation does not indicate that the water is unsuitable for human consumption since this
variability does not extrapolate the specification limits imposed by Sanepar and neither Portaria
29142011 Thus the analysis of the parameters indicate trends and patterns of variations in small
scales that identified such causes of variability However it is possible to affirm that the water
distributed by water supply system Headquarters Matelacircndia is considered drinkable and of good
quality and in sufficient quantity for human consumption not being harmful to the health of the
population
Keywords potable water physico-chemical parameters potability standards
1 INTRODUCcedilAtildeO
Aacutegua em quantidade suficiente e de qualidade para consumo humano no mundo estaacute cada dia se
tornando mais escassa e de difiacutecil acesso A aacutegua eacute um bem puacuteblico indispensaacutevel para a vida
sendo de fundamental importacircncia para a sauacutede puacuteblica No entanto mais de um bilhatildeo de pessoas
no mundo natildeo tecircm acesso agrave aacutegua tratada dentre as quais 19 milhotildees residem no Brasil (FRAZAO
P PERES M A e CURY J A 2011)
Com o aumento da populaccedilatildeo e consequentemente com o crescimento desordenado o consumo de
aacutegua aumentou Contudo em termos de qualidade e quantidade se tornou uma preocupaccedilatildeo pois o
ser humano estaacute depreciando este bem contaminando as aacuteguas com as mais diversas formas de
poluiccedilatildeo
Esta realidade tambeacutem estaacute associada ao lanccedilamento de mais de 90 de esgotos domeacutesticos e cerca
de 70 de efluentes industriais natildeo tratados o que tem gerado a poluiccedilatildeo dos corpos de aacutegua doce
de superfiacutecie em niacuteveis nunca antes imaginados (REBOUCcedilAS 1997)
O tratamento da aacutegua se torna indispensaacutevel para consumo humano visto que a aacutegua pode veicular
um elevado nuacutemero de doenccedilas Essa transmissatildeo pode ocorrer por diferentes mecanismos como a
ingestatildeo de aacutegua contaminada quantidade insuficiente para os haacutebitos higiecircnicos e para a
alimentaccedilatildeo aleacutem disso pode se tornar um mecanismo para a proliferaccedilatildeo de vetores - como a
dengue (BRASIL 2006)
A aacutegua para consumo humano pode ser um veiacuteculo de enfermidades o que torna primordial sua
avaliaccedilatildeo Para que seja considerada potaacutevel a aacutegua deve adequar-se a paracircmetros de qualidade
estabelecidos na Portaria 29142011 do Ministeacuterio da Sauacutede que dispotildee sobre os procedimentos de
controle e de vigilacircncia da qualidade da aacutegua para consumo humano e seu padratildeo de potabilidade
(BRASIL 2011)
A poluiccedilatildeo provocada pelas atividades humanas o grande aumento da populaccedilatildeo o consumo
excessivo e o extremo desperdiacutecio satildeo fatores que colocam em risco a disponibilidade de aacutegua doce
(SOUZA et al 2015)
De acordo com Brasil (2006) a maior parte das doenccedilas transmitidas para o ser humano eacute causada
por microorganismos particularmente viacuterus bacteacuterias protozoaacuterios e helmintos Pode-se citar a
diarreacuteia e a leptospirose as quais satildeo transmitidas atraveacutes da via feco-oral (alimentos contaminados
por fezes) As formas de prevenccedilatildeo satildeo dadas por meio da proteccedilatildeo e tratamento da aacutegua para o
abastecimento impedimento de uso de fontes contaminadas e fornecimento de aacutegua em quantidade
adequada e promoccedilatildeo da higiene pessoal domeacutestica e dos alimentos
De acordo com a legislaccedilatildeo vigente da qualidade da aacutegua Portaria 29142011 do Ministeacuterio da
Sauacutede a vigilacircncia da qualidade da aacutegua para consumo humano eacute o conjunto de accedilotildees adotadas
continuamente pela autoridade de sauacutede puacuteblica Tal finalidade eacute a de verificar se a aacutegua consumida
pela populaccedilatildeo atende a esta norma e avaliar os riscos que os sistemas e as soluccedilotildees alternativas de
abastecimento de aacutegua representam para a sauacutede humana
A vigilacircncia da qualidade da aacutegua para consumo humano soacute foi implementada no Brasil como um
programa a partir da criaccedilatildeo do Sistema Nacional de Vigilacircncia Ambiental em Sauacutede Este
programa possui um sistema de informaccedilatildeo de vigilacircncia e controle da qualidade da aacutegua de
consumo humano (Sisagua) Esse sistema conteacutem as informaccedilotildees que dizem respeito aos aspectos
fiacutesico-quiacutemicos quiacutemicos e microbioloacutegicos e dados sobre a qualidade vazatildeo populaccedilatildeo
abastecida e localizaccedilatildeo das formas de abastecimento da aacutegua
Aliado a todas as necessidades no que diz respeito agrave qualidade da aacutegua tratada que envolvem
questotildees ambientais e de sauacutede eacute possiacutevel fazer uso de diversos estudos sobre controle estatiacutestico
da qualidade eou criaccedilatildeo de modelos matemaacuteticos que evidenciam comportamentos de padratildeo de
variabilidade das caracteriacutesticas fiacutesico-quiacutemicos da aacutegua no sistema de distribuiccedilatildeo
A ecircnfase para buscar melhorias da qualidade deve ser concentrada em melhoramentos contiacutenuos
atitudes que promovidas continuamente permitam reconhecer os problemas priorizar accedilotildees
corretivas implantaacute-las e dar sequecircncia a postura proativa agindo corretamente (SILVA 1999)
O conceito de qualidade que se tem atualmente soacute se obteve apoacutes a Segunda Guerra Mundial Desde
entatildeo jaacute havia a preocupaccedilatildeo de garantir a qualidade dos produtos evitando conformidades por um
procedimento de verificar produto por produto (ROSA JIL SILVA LLM BARBOSA
DBM 2013) Com isso o fiacutesico Walter Andrew Shewarth conhecido como ldquopai do controle
estatiacutestico da qualidaderdquo substituiu esse meacutetodo de verificaccedilatildeo de item por item criando teacutecnicas
estatiacutesticas de controle (PINTO 2010)
O Controle Estatiacutestico do Processo (CEP) chega como uma ferramenta desenvolvida que contribuiu
na aplicaccedilatildeo de teacutecnicas para viabilizar e padronizar a qualidade dessa forma detectar defeitos nos
produtos finais (ALMEIDA et al 2011) Ele possibilita padronizar para que natildeo ocorram
desperdiacutecios e assim o processo produtivo se torna eficaz e de alta qualidade
Para ser de boa qualidade a aacutegua que chega a nossas residecircncias deve passar por tratamentos e no
final os paracircmetros fiacutesico-quiacutemicos devem estar conforme a Portaria 29142011 Diante disso este
artigo tem por objetivo verificar atraveacutes do controle estatiacutestico do processo (CEP) se as condiccedilotildees
dos paracircmetros fiacutesico-quiacutemicos da aacutegua cloro residual livre pH e turbidez da aacutegua no sistema de
distribuiccedilatildeo da unidade de tratamento Sede do municiacutepio de uma cidade do oeste paranaense
lindeiro ao Parque Nacional Do Iguaccedilu estatildeo de acordo com os padrotildees de potabilidade da Portaria
29142011 Para tal utilizaremos o CEP empregando as cartas de controle como ferramenta da
qualidade para realizar as avaliaccedilotildees das caracteriacutesticas que compotildeem a aacutegua
2 FUNDAMENTACcedilAtildeO TEOacuteRICA
Segundo a OMS (1999) haacute uma relaccedilatildeo direta entre saneamento e sauacutede e a aacutegua constitui o
principal elo nesta interdependecircncia A aacutegua constitui o principal deles pois pode afetar a sauacutede
humana de vaacuterias maneiras seja por ingestatildeo direta ou na preparaccedilatildeo de alimento ou pelo seu uso
na higiene pessoal ou na agricultura induacutestria ou lazer (HARDOIM 2010)
O mecanismo de transmissatildeo de doenccedilas mais comum e que estaacute ligado diretamente agrave qualidade da
aacutegua eacute o da ingestatildeo Ocorre quando um indiviacuteduo sadio ingere certa quantidade de aacutegua que
contenha componente nocivo agrave sauacutede e a presenccedila desse elemento no organismo humano provoca o
aparecimento de doenccedila Outro mecanismo refere-se agrave quantidade insuficiente de aacutegua como para
realizar os haacutebitos higiecircnicos ou a falta dela pode contribuir para o aparecimento de escabiose A
situaccedilatildeo no ambiente fiacutesico proporcionando condiccedilotildees propiacutecias agrave vida e agrave reproduccedilatildeo de vetores
ou reservatoacuterios de doenccedilas tambeacutem eacute considerada um mecanismo de transmissatildeo de doenccedilas
(BRASIL 2006)
Conforme Brasil 2006 eacute importante informar que todo o processo de tratamento que a aacutegua passa
desde o tratamento a reservaccedilatildeo a distribuiccedilatildeo e o consumo natildeo garante a condiccedilatildeo de
potabilidade da mesma Cabe destacar que satildeo vaacuterias as substacircncias como metais pesados e
agrotoacutexicos que natildeo satildeo efetivamente removidas em processos convencionais de tratamento Por
isso a importacircncia de se manter um sistema com mais enfoque no controle e na vigilacircncia da
qualidade da aacutegua para consumo humano considerando a dinacircmica da aacutegua desde o manancial ateacute o
consumo
O padratildeo de potabilidade brasileiro estaacute descrito no Quadro 1
Padratildeo microbioloacutegico
Padratildeo de turbidez para a aacutegua poacutes-filtraccedilatildeo ou preacute-desinfecccedilatildeo
Padratildeo para substacircncias quiacutemicas que representam riscos aacute sauacutede (inorgacircnicas orgacircnicas agrotoacutexicos
desinfetantes e produtos secundaacuterios da desinfecccedilatildeo)
Padratildeo de radiatividade
Padratildeo de aceitaccedilatildeo para consumo humano
Fonte retirado BRASIL 2006
O CEP fornece uma radiografia do processo identificando sua variabilidade e possibilitando o
controle dessa variabilidade ao longo do tempo atraveacutes da coleta de dados continuada anaacutelise e
bloqueio de possiacuteveis causas que estejam tornando o sistema instaacutevel (RIBEIRO 2012)
O controle estatiacutestico do processo (CEP) eacute uma teacutecnica estatiacutestica aplicada agrave
produccedilatildeo que permite a reduccedilatildeo sistemaacutetica da variabilidade nas caracteriacutesticas da
qualidade de interesse contribuindo para a melhoria da qualidade intriacutenseca da
produtividade da confiabilidade e do custo do que estaacute sendo produzida
(RIBEIRO 2012)
O principal objetivo do CEP eacute possibilitar um controle eficaz da qualidade feito pelo proacuteprio
operador em tempo real assim monitorando as caracteriacutesticas de interesse assegurando que elas se
mantecircm dentro de limites preestabelecidos e indicando correccedilatildeo e melhorias (RIBEIRO 2012)
Segundo (BONDUELLE 2013) cartas de controle satildeo graacuteficos de anaacutelise e ajuste da variaccedilatildeo de
um processo em funccedilatildeo do tempo atraveacutes de duas caracteriacutesticas baacutesicas sua centralizaccedilatildeo e sua
dispersatildeo O emprego dos graacuteficos de controle possibilita o controle de qualidade no sistema ou
seja exibem um enfoque na detecccedilatildeo dos defeitos e accedilatildeo corretiva imediata (DEMING 1990)
3 MATERIAL E MEacuteTODOS
O trabalho foi desenvolvido a partir de dados obtidos em um municiacutepio lindeiro ao Parque Nacional
Do Iguaccedilu juntamente com um laboratoacuterio credenciado no municiacutepio de Cascavel a qual opera
com certificaccedilatildeo ISO 9001 para o Sistema de Tratamento de Aacutegua e Esgoto As informaccedilotildees
utilizadas para o desenvolvimento do presente estudo satildeo da rede de distribuiccedilatildeo da unidade de
tratamento Sede O municiacutepio concentra um nuacutemero de habitantes de 17340 em uma aacuterea de
aproximadamente de 639746 km2 (IBGE 2015)
31 PARAcircMETROS ANALISADOS
No processo de tratamento da aacutegua potaacutevel satildeo analisados vaacuterios paracircmetros para o controle da
qualidade da aacutegua para consumo humano A Portaria Ministerial prevecirc paracircmetros de anaacutelise para
cada forma de abastecimento de aacutegua O cloro residual livre o pH e a turbidez satildeo fundamentais
para o controle da qualidade da aacutegua Neste sentido foram definidas as especificaccedilotildees para estes
trecircs paracircmetros de potabilidade cloro residual livre o pH e a turbidez tendo como principais
caracteriacutesticas na sequecircncia
311 PARAcircMETRO CLORO RESIDUAL LIVRE
O cloro eacute um produto quiacutemico utilizado no tratamento da aacutegua Sua mediccedilatildeo eacute importante e serve
para controlar a dosagem que estaacute sendo aplicada na aacutegua e tambeacutem para acompanhar sua evoluccedilatildeo
durante o tratamento A portaria 29142011 determina a obrigatoriedade de se manteacutem no miacutenimo
um padratildeo de 02 mgL de cloro residual livre ou ateacute 20 mgL de cloro residual em toda extensatildeo
do sistema de distribuiccedilatildeo Os principais produtos utilizados satildeo hipoclorito de caacutelcio cal clorada
hipoclorito de soacutedio e cloro gasoso A aplicaccedilatildeo de cloro como meio de desinfecccedilatildeo pode garantir a
manutenccedilatildeo da qualidade da aacutegua desde que a cloraccedilatildeo seja feita de maneira controlada (FUNASA
2013)
312 PARAcircMETRO PH
O pH representa a concentraccedilatildeo de iacuteons de hidrogecircnio H+ na aacutegua indicando condiccedilotildees de acidez
neutralidade e basicidade da aacutegua O pH eacute um paracircmetro de caraacuteter operacional importante e sempre
deve ser acompanhado para otimizar em qualquer processo de tratamento sendo de fundamental
importacircncia na qualidade da aacutegua (BAIRD 2004)
A coagulaccedilatildeo e a floculaccedilatildeo que a aacutegua sofre de iniacutecio eacute um processo unitaacuterio e dependente do pH
haacute uma condiccedilatildeo denominada ldquopH oacutetimordquo de floculaccedilatildeo que corresponde agrave situaccedilatildeo em que as
partiacuteculas coloidais apresentam menor quantidade de carga eletrostaacutetica superficial Haacute tambeacutem
outro processo para desinfecccedilatildeo que eacute atraveacutes do cloro Em meio aacutecido a dissociaccedilatildeo do aacutecido
hipocloroso formando hipoclorito eacute menor sendo o processo mais eficiente Reconhecendo-se que
as aacuteguas aacutecidas satildeo corrosivas ao passo que as alcalinas satildeo incrustantes Portanto o pH da aacutegua
final deve ser controlado para que assim os carbonatos presentes sejam equilibrados e natildeo ocorra
nenhum dos dois efeitos indesejados mencionados (COMPANHIA AMBIENTAL DO ESTADO
DE SAtildeO PAULO 2010)
Na rotina dos laboratoacuterios das estaccedilotildees de tratamento de aacutegua o pH eacute medido e ajustado para
melhorar o processo de coagulaccedilatildeofloculaccedilatildeo da aacutegua e tambeacutem no controle da desinfecccedilatildeo A
Portaria vigente recomenda que o pH da aacutegua seja mantido de 60 a 95 no sistema de distribuiccedilatildeo
da aacutegua sendo ideal principalmente para a accedilatildeo de desinfecccedilatildeo do cloro na aacutegua Os resultados de
pH devem estar dentro da faixa estabelecida dos padrotildees de potabilidade (FUNASA 2013)
313 PARAcircMETRO TURBIDEZ
De acordo com a portaria da potabilidade da aacutegua a turbidez eacute um paracircmetro fiacutesico da aacutegua eacute
gerada ateacute mesmo pela apresentaccedilatildeo de algas placircncton mateacuteria orgacircnica e outras substacircncias como
o zinco ferro manganecircs e areia que muitas vezes se resulta de erosotildees ou vazantes domeacutesticos e
industriais A turbidez tem sua importacircncia no processo de tratamento da aacutegua pois a aacutegua com
turbidez elevada forma flocos pesados que decantam mais rapidamente que a turbidez baixa No
entanto tem suas desvantagens sendo que no processo de desinfecccedilatildeo da aacutegua a turbidez alta aliada
ao hipoclorito de soacutedio pode formar uma substacircncia toacutexica ao organismo humano A Portaria
estabelece o valor maacuteximo permitido de 50 UT (unidade turbidez) em qualquer ponto da rede de
distribuiccedilatildeo (BRASIL 2013)
A turbidez de aacutegua bruta eacute um dos principais paracircmetros que influencia em inovaccedilotildees tecnoloacutegicas
nos processos de tratamento Aacuteguas represadas normalmente apresentam turbidez reduzida sendo
influenciada pela sedimentaccedilatildeo das partiacuteculas em suspensatildeo (BRASIL 2013)
Na aacutegua filtrada a turbidez tem como funccedilatildeo de indicador sanitaacuterio e natildeo somente de aparecircncia A
retirada de turbidez por meio da filtraccedilatildeo indica a remoccedilatildeo de partiacuteculas em suspensatildeo incluindo
cistos e oocistos de protozoaacuterios Os criteacuterios reconhecidos internacionalmente como indicadores da
remoccedilatildeo de protozoaacuterios eacute (USEPA 2001 apud BRASIL 2013)
A turbidez da aacutegua preacute-desinfecccedilatildeo precedida ou natildeo de filtraccedilatildeo eacute considerado tambeacutem um
paracircmetro de controle de eficiecircncia da desinfecccedilatildeo compreende-se de que partiacuteculas em suspensatildeo
podem abrigar os micro-organismos da accedilatildeo do desinfetante (OMS 1995 apud BRASIL 2013)
Diante do exposto entende-se que o padratildeo de turbidez da aacutegua poacutes-filtraccedilatildeo eacute um componente do
padratildeo microbioloacutegico de potabilidade da aacutegua (Quadro 2)
Quadro 2 ndash Padratildeo de turbidez para aacutegua poacutes-filtraccedilatildeo ou preacute-desinfecccedilatildeo Portaria MS no
29142011
TRATAMENTO DA AacuteGUA VALOR MAacuteXIMO PERMITIDO
Desinfecccedilatildeo (para aacuteguas subterracircneas) 10 UT2 em 95 das amostras
Filtraccedilatildeo raacutepida (tratamento completo ou filtraccedilatildeo direta) 053 UT2 em 95 das amostras
Filtraccedilatildeo lenta 103 UT2 em 95 das amostras
2 Unidade de turbidez 3 Este valor deve atender de acordo como especificado no sect 2ordm do art 30 ( Portaria MS n
o 29142011)
32 TEacuteCNICAS ESTATIacuteSTICAS DE QUALIDADE
Conforme MONTGOMERY (2004) as cartas de controle estatiacutestico satildeo as principais ferramentas
do CEP que visa agrave estabilidade do processo em funccedilatildeo da reduccedilatildeo da variabilidade e consequente
aumento da capacidade da produccedilatildeo
A carta de controle eacute simplesmente um graacutefico de acompanhamento com uma linha superior (LSC)
e uma linha inferior (LIC) em cada lado da linha central (LC) do processo todos estatisticamente
determinados (TUBINO 2013) seguem figura 1 e figura 2
Figura 1 Exemplo de cartas de controle ldquoSob controle estatiacutesticordquo
Figura 2 Exemplo de cartas de controle ldquoFora de controle estatiacutesticordquo
Fonte (Figura 1 e 2) OLIVEIRA 2013
Quando todos os pontos amostrais estiverem dispostos dentro dos limites de controle de forma
aleatoacuteria considera-se que o processo estaacute ldquosob controlerdquo (figura 1) No entanto se um (ou mais)
ponto(s) estiver(em) disposto(s) fora dos limites de controle haacute evidecircncia de que o processo estaacute
ldquofora de controlerdquo (figura 2) e que accedilotildees corretivas satildeo necessaacuterias para detectar e eliminar o que
estaacute causando essa descentralizaccedilatildeo
Seja W uma distribuiccedilatildeo normal dos resultados das mediccedilotildees com meacutedia microw e desvio padratildeo σw
conhecidos Entatildeo os limites seratildeo dados por meio da Equaccedilatildeo 1
LSC = microw + L σw
LC = microw (Equaccedilatildeo 1)
LIC = microw - L σw
Onde L eacute agrave distacircncia dos limites de controle agrave linha central expressa em unidades de desvio padratildeo
(OLIVEIRA 2013)
Existem vaacuterios tipos de cartas de controle que visam assegurar a qualidade de um processo de
produccedilatildeo que pode ser divididas em cartas de controle por variaacuteveis
Cartas e R (meacutedia e amplitude)
Cartas e S (meacutedia e desvio padratildeo)
Cartas I e MR (valores individuais e amplitude moacutevel)
CUSUM (soma cumulativa)
E as cartas de controle para atributos
Cartas p (para controlar a proporccedilatildeo de unidades natildeo conformes)
Cartas np (para controlar o nuacutemero de unidades natildeo conformes)
Cartas c (para controlar o nuacutemero de natildeo conformidades por unidade)
Cartas u (para controlar a taxa de natildeo conformidades por unidade)
Para a elaboraccedilatildeo do presente artigo foram utilizadas as cartas de controle para variaacuteveis e R
(meacutedia e amplitude) no qual satildeo empregadas variaacuteveis quantitativas contiacutenuas sendo necessaacuterio
controlarmonitorar tanto o valor meacutedio quanto a variabilidade do processo
Na praacutetica micro e σ natildeo satildeo conhecidos e precisam ser estimados a partir de amostras ou subgrupos
preliminares retirados quando o processo supostamente estava sob controle Estas estimativas
iniciais no planejamento da carta devem ser baseadas em 20 ou 25 amostras segundo
MONTGOMERY (2004) Limites de controle para a carta satildeo
Linha Central = micro (Equaccedilatildeo 2)
Substituindo por A na Equaccedilatildeo 2 os limites se reduzem agrave Equaccedilatildeo 3
(Equaccedilatildeo 3)
onde A satildeo valores tabelados que dependem de N (Anexo A)
Limites de controle para a carta R
2σ + 3d3σ
2σ (Equaccedilatildeo 4)
2σ - 3d3σ
Fatorando a Equaccedilatildeo 4 e considerando 2σ + 3d3 = D2 e 2σ - 3d3 = D1 os limites de controle se
reduzem agrave equaccedilatildeo 5
2σ
2σ (Equaccedilatildeo 5)
1σ
Onde D1 e D2 satildeo valores tabelados que dependem de n (Anexo A) (OLIVEIRA 2013)
33 MATERIAIS UTILIZADOS
Os dados utilizados foram fornecidos por um laboratoacuterio credenciado no municiacutepio de Cascavel a
qual opera com certificaccedilatildeo ISO 9001 para o Sistema de Tratamento de Aacutegua e Esgoto o programa
Microsoft Excel 2010 e o Software Estatiacutestico Statghapics Centurion e pesquisas de artigos
relacionados
4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO
41 LIMITES DE CONTROLE PARA A TURBIDEZ DA AacuteGUA TRATADA
Para caacutelculo dos iacutendices de capacidade do processo foram considerados os limites superior e
inferior definidos pela Portaria 29142011 do Ministeacuterio da Sauacutede conforme os graacuteficos 1 e 2 na
sequecircncia
Graacutefico 1 Apresenta a meacutedia das amostras coletadas no sistema de distribuiccedilatildeo de turbidez
018
Range Chart for Col_1-Col_4
0 10 20 30 40 50 60
Subgroup
0
02
04
06
08
Ran
ge
008
000
Graacutefico 2 Apresenta a amplitude das amostras coletadas no sistema de distribuiccedilatildeo de turbidez
Em resumo foram analisadas 1200 amostras totalizando 20 amostras mensais consecutivas em
relaccedilatildeo agrave turbidez O ponto meacutedio da faixa da operaccedilatildeo foi 008 UT estatisticamente viaacutevel mas
conforme graacutefico 1 e 2 o processo esteve descentrado Como os limites impostos pela Portaria
29142011 do Ministeacuterio da Sauacutede tem faixa de operaccedilatildeo mais ampla que a apresentada no graacutefico
1 a empresa reguladora utiliza estes como referecircncia uma vez que satildeo limites aceitaacuteveis para a
seguranccedila e natildeo apresenta riscos agrave sauacutede da populaccedilatildeo
42 LIMITES DE CONTROLE PARA O PH DA AacuteGUA TRATADA
Os valores obtidos para o paracircmetro pH atraveacutes das cartas de controle e R estatildeo apresentados
nos graacuteficos 3 e 4 respectivamente
Graacutefico 3 Apresenta a meacutedia das amostras coletadas no sistema de distribuiccedilatildeo de PH
033
X-bar Chart for Col_1-Col_4
0 10 20 30 40 50 60
Subgroup
021
025
029
033
037
041
045
X-b
ar
027
021
X-bar Chart for Col_1-Col_4
0 10 20 30 40
Subgroup
71
73
75
77
79
81
X-b
ar
742
751
732
Range Chart for Col_1-Col_4
0 10 20 30 40
Subgroup
0
02
04
06
08
1
Ran
ge
014
031
000
Graacutefico 4 Apresenta a amplitude das amostras coletadas no sistema de distribuiccedilatildeo de PH
Foram analisadas 700 amostras totalizando 20 amostras consecutivas em relaccedilatildeo ao pH da aacutegua
tratada O ponto meacutedio da faixa de operaccedilatildeo eacute de 742 Estatisticamente de acordo com os graacuteficos
3 e 4 a aplicaccedilatildeo detectou que o pH encontra-se descentralizado mas em relaccedilatildeo aos limites da
Portaria ainda estaacute entre a faixa exigida Ainda foi possiacutevel observar a ocorrecircncia de valores
consecutivos abaixo da linha central e tambeacutem acima da linha central indicando um padratildeo de
comportamento natildeo aleatoacuterio em torno da meacutedia Vale salientar que este comportamento se deve a
causas especiais de variaccedilatildeo (externas) como por exemplo existentes no processo poreacutem estas
caracteriacutesticas natildeo trazem riscos agrave sauacutede da populaccedilatildeo ao ser consumida
43 LIMITES DE CONTROLE PARA O CLORO RESIDUAL LIVRE DA AacuteGUA TRATADA
Os valores obtidos com amostras para o paracircmetro pH atraveacutes das cartas de controle e R teste
estatildeo apresentados nos graacuteficos 5 e 6 respectivamente
X-bar Chart for cloro-26092015Col_1-cloro-26092015Col_4
0 10 20 30 40
Subgroup
094
114
134
154
174
X-b
ar
113
131
094
Graacutefico 5 Apresenta a meacutedia das amostras coletadas no sistema de distribuiccedilatildeo de cloro residual livre
Range Chart for cloro-26092015Col_1-cloro-26092015Col_4
0 10 20 30 40
Subgroup
0
04
08
12
16
2
24
Ran
ge
025
057
000
Graacutefico 6 Apresenta a amplitude das amostras coletadas no sistema de distribuiccedilatildeo de cloro residual livre
Foram analisadas 720 amostras totalizando 20 amostras consecutivas em relaccedilatildeo ao cloro residual
livre da aacutegua tratada Conforme os graacuteficos 5 e 6 demonstram o cloro residual livre apresenta o
ponto meacutedio de operaccedilatildeo de 113 mgL O processo permaneceu estatisticamente descentralizado no
periacuteodo Aleacutem disso houve ocorrecircncia de padrotildees de comportamento abaixo da meacutedia apresentados
na forma de sequecircncia de valores consecutivos abaixo da linha central o que indica que houve
alguma causa externa afetando o comportamento desta variaacutevel Em todo caso as mediccedilotildees natildeo
extrapolaram os limites de especificaccedilatildeo impostos pelo laboratoacuterio credenciado muito menos
violam os limites impostos pela Portaria 29142011 do Ministeacuterio da Sauacutede Portanto a aacutegua
potaacutevel natildeo apresenta risco agrave sauacutede ao ser consumida pela populaccedilatildeo
5 CONCLUSAtildeO
Este trabalho mostrou que apesar dos problemas relativos agrave periodicidade de coleta e nuacutemero
reduzido de amostras para avaliaccedilatildeo de algumas variaacuteveis os resultados obtidos fornecem um
quadro da qualidade da aacutegua consumida na aacuterea de estudo nos periacuteodos analisados Os resultados
demonstram aleacutem de descentralizaccedilotildees estatiacutesticas diversos padrotildees de comportamento natildeo
aleatoacuterios em torno da meacutedia oriundos de mecanismos externos ao processo durante o tratamento
da aacutegua Eacute importante salientar que apesar destes padrotildees de comportamento a aacutegua tratada no
municiacutepio em estudo natildeo compromete a qualidade da aacutegua potaacutevel e descarta qualquer
possibilidade de riscos agrave sauacutede da populaccedilatildeo Isso ocorre porque os paracircmetros analisados ainda se
encontram na faixa aceitaacutevel pela Portaria 29142011 tanto para o paracircmetro de cloro residual livre
assim como para os paracircmetros pH e turbidez
6 REFEREcircNCIAS
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TUBINO R Controle estatiacutestico manutenccedilatildeo e confiabilidade de processos Rio Grande do Sul 2013
APEcircNDICE
Os resultados a seguir foram obtidos atraveacutes do Software Stactgraphics
TABELA 1 2 E 3 APRESENTAM OS NUacuteMEROS DE TURBIDEZ DA AacuteGUA TRATADA
e R
Number of subgroups = 60 Distribution Normal
Average subgroup size = 64 Transformation none
0 subgroups excluded
Carta
Period 1-60
UCL +30 sigma 032894
Centerline 0270708
LCL -30 sigma 0212476
Tabela 1 2 beyond limits
Carta R
Period 1-60
UCL +30 sigma 0182352
Centerline 00799333
LCL -30 sigma 00
Tabela 2 1 beyond limits
Estimativa Period 1-60
Process mean 0270708
Process sigma 00388214
Average range 00799333
Tabela 3 Sigma estimated from
average
TABELA 4 5 E 6 APRESENTAM OS NUacuteMEROS DE PH DA AacuteGUA TRATADA
e R
Number of subgroups = 35 Distribution Normal Subgroup size = 40 Transformation none
0 subgroups excluded
Carta
Period 1-35
UCL +30 sigma 75148
Centerline 741614
LCL -30 sigma 731748
Tabela 4 22 beyond limits
Carta R Period 1-35
UCL +30 sigma 0308953
Centerline 0135429
LCL -30 sigma 00
Tabela 5 3 beyond limits
Estimativa Period 1-35
Process mean 741614
Process sigma 0065774
Average range 0135429
Tabela 6 Sigma estimated from
average ranger
TABELA 7 8 E 9 APRESENTAM OS NUacuteMEROS DE CLORO RESIDUAL LIVRE DA
AacuteGUA TRATADA
e R
Number of subgroups = 36 Distribution Normal
Subgroup size = 40 Transformation none
0 subgroups excluded
Carta
Period 1-36
UCL +30 sigma 130838
Centerline 112625
LCL -30 sigma 0944123
Tabela 7 2 beyond limits
Carta R Period 1-36
UCL +30 sigma 0570325
Centerline 025
LCL -30 sigma 00
Tabela 8 2 beyond limits
Estimativa Period 1-36
Process mean 112625
Process sigma 0121418
Average range 025
Tabela 9 Sigma estimated from
average ranger
ANEXO A
Portaria number 29142011 from Brazil Health Ministry (MS) using as reference sweet drinking
water for human consumption The variables presented compliance in relation to Portaria however
to the contrary the statistical limit verified by Statics Process Control (SCP) Nevertheless this
variation does not indicate that the water is unsuitable for human consumption since this
variability does not extrapolate the specification limits imposed by Sanepar and neither Portaria
29142011 Thus the analysis of the parameters indicate trends and patterns of variations in small
scales that identified such causes of variability However it is possible to affirm that the water
distributed by water supply system Headquarters Matelacircndia is considered drinkable and of good
quality and in sufficient quantity for human consumption not being harmful to the health of the
population
Keywords potable water physico-chemical parameters potability standards
1 INTRODUCcedilAtildeO
Aacutegua em quantidade suficiente e de qualidade para consumo humano no mundo estaacute cada dia se
tornando mais escassa e de difiacutecil acesso A aacutegua eacute um bem puacuteblico indispensaacutevel para a vida
sendo de fundamental importacircncia para a sauacutede puacuteblica No entanto mais de um bilhatildeo de pessoas
no mundo natildeo tecircm acesso agrave aacutegua tratada dentre as quais 19 milhotildees residem no Brasil (FRAZAO
P PERES M A e CURY J A 2011)
Com o aumento da populaccedilatildeo e consequentemente com o crescimento desordenado o consumo de
aacutegua aumentou Contudo em termos de qualidade e quantidade se tornou uma preocupaccedilatildeo pois o
ser humano estaacute depreciando este bem contaminando as aacuteguas com as mais diversas formas de
poluiccedilatildeo
Esta realidade tambeacutem estaacute associada ao lanccedilamento de mais de 90 de esgotos domeacutesticos e cerca
de 70 de efluentes industriais natildeo tratados o que tem gerado a poluiccedilatildeo dos corpos de aacutegua doce
de superfiacutecie em niacuteveis nunca antes imaginados (REBOUCcedilAS 1997)
O tratamento da aacutegua se torna indispensaacutevel para consumo humano visto que a aacutegua pode veicular
um elevado nuacutemero de doenccedilas Essa transmissatildeo pode ocorrer por diferentes mecanismos como a
ingestatildeo de aacutegua contaminada quantidade insuficiente para os haacutebitos higiecircnicos e para a
alimentaccedilatildeo aleacutem disso pode se tornar um mecanismo para a proliferaccedilatildeo de vetores - como a
dengue (BRASIL 2006)
A aacutegua para consumo humano pode ser um veiacuteculo de enfermidades o que torna primordial sua
avaliaccedilatildeo Para que seja considerada potaacutevel a aacutegua deve adequar-se a paracircmetros de qualidade
estabelecidos na Portaria 29142011 do Ministeacuterio da Sauacutede que dispotildee sobre os procedimentos de
controle e de vigilacircncia da qualidade da aacutegua para consumo humano e seu padratildeo de potabilidade
(BRASIL 2011)
A poluiccedilatildeo provocada pelas atividades humanas o grande aumento da populaccedilatildeo o consumo
excessivo e o extremo desperdiacutecio satildeo fatores que colocam em risco a disponibilidade de aacutegua doce
(SOUZA et al 2015)
De acordo com Brasil (2006) a maior parte das doenccedilas transmitidas para o ser humano eacute causada
por microorganismos particularmente viacuterus bacteacuterias protozoaacuterios e helmintos Pode-se citar a
diarreacuteia e a leptospirose as quais satildeo transmitidas atraveacutes da via feco-oral (alimentos contaminados
por fezes) As formas de prevenccedilatildeo satildeo dadas por meio da proteccedilatildeo e tratamento da aacutegua para o
abastecimento impedimento de uso de fontes contaminadas e fornecimento de aacutegua em quantidade
adequada e promoccedilatildeo da higiene pessoal domeacutestica e dos alimentos
De acordo com a legislaccedilatildeo vigente da qualidade da aacutegua Portaria 29142011 do Ministeacuterio da
Sauacutede a vigilacircncia da qualidade da aacutegua para consumo humano eacute o conjunto de accedilotildees adotadas
continuamente pela autoridade de sauacutede puacuteblica Tal finalidade eacute a de verificar se a aacutegua consumida
pela populaccedilatildeo atende a esta norma e avaliar os riscos que os sistemas e as soluccedilotildees alternativas de
abastecimento de aacutegua representam para a sauacutede humana
A vigilacircncia da qualidade da aacutegua para consumo humano soacute foi implementada no Brasil como um
programa a partir da criaccedilatildeo do Sistema Nacional de Vigilacircncia Ambiental em Sauacutede Este
programa possui um sistema de informaccedilatildeo de vigilacircncia e controle da qualidade da aacutegua de
consumo humano (Sisagua) Esse sistema conteacutem as informaccedilotildees que dizem respeito aos aspectos
fiacutesico-quiacutemicos quiacutemicos e microbioloacutegicos e dados sobre a qualidade vazatildeo populaccedilatildeo
abastecida e localizaccedilatildeo das formas de abastecimento da aacutegua
Aliado a todas as necessidades no que diz respeito agrave qualidade da aacutegua tratada que envolvem
questotildees ambientais e de sauacutede eacute possiacutevel fazer uso de diversos estudos sobre controle estatiacutestico
da qualidade eou criaccedilatildeo de modelos matemaacuteticos que evidenciam comportamentos de padratildeo de
variabilidade das caracteriacutesticas fiacutesico-quiacutemicos da aacutegua no sistema de distribuiccedilatildeo
A ecircnfase para buscar melhorias da qualidade deve ser concentrada em melhoramentos contiacutenuos
atitudes que promovidas continuamente permitam reconhecer os problemas priorizar accedilotildees
corretivas implantaacute-las e dar sequecircncia a postura proativa agindo corretamente (SILVA 1999)
O conceito de qualidade que se tem atualmente soacute se obteve apoacutes a Segunda Guerra Mundial Desde
entatildeo jaacute havia a preocupaccedilatildeo de garantir a qualidade dos produtos evitando conformidades por um
procedimento de verificar produto por produto (ROSA JIL SILVA LLM BARBOSA
DBM 2013) Com isso o fiacutesico Walter Andrew Shewarth conhecido como ldquopai do controle
estatiacutestico da qualidaderdquo substituiu esse meacutetodo de verificaccedilatildeo de item por item criando teacutecnicas
estatiacutesticas de controle (PINTO 2010)
O Controle Estatiacutestico do Processo (CEP) chega como uma ferramenta desenvolvida que contribuiu
na aplicaccedilatildeo de teacutecnicas para viabilizar e padronizar a qualidade dessa forma detectar defeitos nos
produtos finais (ALMEIDA et al 2011) Ele possibilita padronizar para que natildeo ocorram
desperdiacutecios e assim o processo produtivo se torna eficaz e de alta qualidade
Para ser de boa qualidade a aacutegua que chega a nossas residecircncias deve passar por tratamentos e no
final os paracircmetros fiacutesico-quiacutemicos devem estar conforme a Portaria 29142011 Diante disso este
artigo tem por objetivo verificar atraveacutes do controle estatiacutestico do processo (CEP) se as condiccedilotildees
dos paracircmetros fiacutesico-quiacutemicos da aacutegua cloro residual livre pH e turbidez da aacutegua no sistema de
distribuiccedilatildeo da unidade de tratamento Sede do municiacutepio de uma cidade do oeste paranaense
lindeiro ao Parque Nacional Do Iguaccedilu estatildeo de acordo com os padrotildees de potabilidade da Portaria
29142011 Para tal utilizaremos o CEP empregando as cartas de controle como ferramenta da
qualidade para realizar as avaliaccedilotildees das caracteriacutesticas que compotildeem a aacutegua
2 FUNDAMENTACcedilAtildeO TEOacuteRICA
Segundo a OMS (1999) haacute uma relaccedilatildeo direta entre saneamento e sauacutede e a aacutegua constitui o
principal elo nesta interdependecircncia A aacutegua constitui o principal deles pois pode afetar a sauacutede
humana de vaacuterias maneiras seja por ingestatildeo direta ou na preparaccedilatildeo de alimento ou pelo seu uso
na higiene pessoal ou na agricultura induacutestria ou lazer (HARDOIM 2010)
O mecanismo de transmissatildeo de doenccedilas mais comum e que estaacute ligado diretamente agrave qualidade da
aacutegua eacute o da ingestatildeo Ocorre quando um indiviacuteduo sadio ingere certa quantidade de aacutegua que
contenha componente nocivo agrave sauacutede e a presenccedila desse elemento no organismo humano provoca o
aparecimento de doenccedila Outro mecanismo refere-se agrave quantidade insuficiente de aacutegua como para
realizar os haacutebitos higiecircnicos ou a falta dela pode contribuir para o aparecimento de escabiose A
situaccedilatildeo no ambiente fiacutesico proporcionando condiccedilotildees propiacutecias agrave vida e agrave reproduccedilatildeo de vetores
ou reservatoacuterios de doenccedilas tambeacutem eacute considerada um mecanismo de transmissatildeo de doenccedilas
(BRASIL 2006)
Conforme Brasil 2006 eacute importante informar que todo o processo de tratamento que a aacutegua passa
desde o tratamento a reservaccedilatildeo a distribuiccedilatildeo e o consumo natildeo garante a condiccedilatildeo de
potabilidade da mesma Cabe destacar que satildeo vaacuterias as substacircncias como metais pesados e
agrotoacutexicos que natildeo satildeo efetivamente removidas em processos convencionais de tratamento Por
isso a importacircncia de se manter um sistema com mais enfoque no controle e na vigilacircncia da
qualidade da aacutegua para consumo humano considerando a dinacircmica da aacutegua desde o manancial ateacute o
consumo
O padratildeo de potabilidade brasileiro estaacute descrito no Quadro 1
Padratildeo microbioloacutegico
Padratildeo de turbidez para a aacutegua poacutes-filtraccedilatildeo ou preacute-desinfecccedilatildeo
Padratildeo para substacircncias quiacutemicas que representam riscos aacute sauacutede (inorgacircnicas orgacircnicas agrotoacutexicos
desinfetantes e produtos secundaacuterios da desinfecccedilatildeo)
Padratildeo de radiatividade
Padratildeo de aceitaccedilatildeo para consumo humano
Fonte retirado BRASIL 2006
O CEP fornece uma radiografia do processo identificando sua variabilidade e possibilitando o
controle dessa variabilidade ao longo do tempo atraveacutes da coleta de dados continuada anaacutelise e
bloqueio de possiacuteveis causas que estejam tornando o sistema instaacutevel (RIBEIRO 2012)
O controle estatiacutestico do processo (CEP) eacute uma teacutecnica estatiacutestica aplicada agrave
produccedilatildeo que permite a reduccedilatildeo sistemaacutetica da variabilidade nas caracteriacutesticas da
qualidade de interesse contribuindo para a melhoria da qualidade intriacutenseca da
produtividade da confiabilidade e do custo do que estaacute sendo produzida
(RIBEIRO 2012)
O principal objetivo do CEP eacute possibilitar um controle eficaz da qualidade feito pelo proacuteprio
operador em tempo real assim monitorando as caracteriacutesticas de interesse assegurando que elas se
mantecircm dentro de limites preestabelecidos e indicando correccedilatildeo e melhorias (RIBEIRO 2012)
Segundo (BONDUELLE 2013) cartas de controle satildeo graacuteficos de anaacutelise e ajuste da variaccedilatildeo de
um processo em funccedilatildeo do tempo atraveacutes de duas caracteriacutesticas baacutesicas sua centralizaccedilatildeo e sua
dispersatildeo O emprego dos graacuteficos de controle possibilita o controle de qualidade no sistema ou
seja exibem um enfoque na detecccedilatildeo dos defeitos e accedilatildeo corretiva imediata (DEMING 1990)
3 MATERIAL E MEacuteTODOS
O trabalho foi desenvolvido a partir de dados obtidos em um municiacutepio lindeiro ao Parque Nacional
Do Iguaccedilu juntamente com um laboratoacuterio credenciado no municiacutepio de Cascavel a qual opera
com certificaccedilatildeo ISO 9001 para o Sistema de Tratamento de Aacutegua e Esgoto As informaccedilotildees
utilizadas para o desenvolvimento do presente estudo satildeo da rede de distribuiccedilatildeo da unidade de
tratamento Sede O municiacutepio concentra um nuacutemero de habitantes de 17340 em uma aacuterea de
aproximadamente de 639746 km2 (IBGE 2015)
31 PARAcircMETROS ANALISADOS
No processo de tratamento da aacutegua potaacutevel satildeo analisados vaacuterios paracircmetros para o controle da
qualidade da aacutegua para consumo humano A Portaria Ministerial prevecirc paracircmetros de anaacutelise para
cada forma de abastecimento de aacutegua O cloro residual livre o pH e a turbidez satildeo fundamentais
para o controle da qualidade da aacutegua Neste sentido foram definidas as especificaccedilotildees para estes
trecircs paracircmetros de potabilidade cloro residual livre o pH e a turbidez tendo como principais
caracteriacutesticas na sequecircncia
311 PARAcircMETRO CLORO RESIDUAL LIVRE
O cloro eacute um produto quiacutemico utilizado no tratamento da aacutegua Sua mediccedilatildeo eacute importante e serve
para controlar a dosagem que estaacute sendo aplicada na aacutegua e tambeacutem para acompanhar sua evoluccedilatildeo
durante o tratamento A portaria 29142011 determina a obrigatoriedade de se manteacutem no miacutenimo
um padratildeo de 02 mgL de cloro residual livre ou ateacute 20 mgL de cloro residual em toda extensatildeo
do sistema de distribuiccedilatildeo Os principais produtos utilizados satildeo hipoclorito de caacutelcio cal clorada
hipoclorito de soacutedio e cloro gasoso A aplicaccedilatildeo de cloro como meio de desinfecccedilatildeo pode garantir a
manutenccedilatildeo da qualidade da aacutegua desde que a cloraccedilatildeo seja feita de maneira controlada (FUNASA
2013)
312 PARAcircMETRO PH
O pH representa a concentraccedilatildeo de iacuteons de hidrogecircnio H+ na aacutegua indicando condiccedilotildees de acidez
neutralidade e basicidade da aacutegua O pH eacute um paracircmetro de caraacuteter operacional importante e sempre
deve ser acompanhado para otimizar em qualquer processo de tratamento sendo de fundamental
importacircncia na qualidade da aacutegua (BAIRD 2004)
A coagulaccedilatildeo e a floculaccedilatildeo que a aacutegua sofre de iniacutecio eacute um processo unitaacuterio e dependente do pH
haacute uma condiccedilatildeo denominada ldquopH oacutetimordquo de floculaccedilatildeo que corresponde agrave situaccedilatildeo em que as
partiacuteculas coloidais apresentam menor quantidade de carga eletrostaacutetica superficial Haacute tambeacutem
outro processo para desinfecccedilatildeo que eacute atraveacutes do cloro Em meio aacutecido a dissociaccedilatildeo do aacutecido
hipocloroso formando hipoclorito eacute menor sendo o processo mais eficiente Reconhecendo-se que
as aacuteguas aacutecidas satildeo corrosivas ao passo que as alcalinas satildeo incrustantes Portanto o pH da aacutegua
final deve ser controlado para que assim os carbonatos presentes sejam equilibrados e natildeo ocorra
nenhum dos dois efeitos indesejados mencionados (COMPANHIA AMBIENTAL DO ESTADO
DE SAtildeO PAULO 2010)
Na rotina dos laboratoacuterios das estaccedilotildees de tratamento de aacutegua o pH eacute medido e ajustado para
melhorar o processo de coagulaccedilatildeofloculaccedilatildeo da aacutegua e tambeacutem no controle da desinfecccedilatildeo A
Portaria vigente recomenda que o pH da aacutegua seja mantido de 60 a 95 no sistema de distribuiccedilatildeo
da aacutegua sendo ideal principalmente para a accedilatildeo de desinfecccedilatildeo do cloro na aacutegua Os resultados de
pH devem estar dentro da faixa estabelecida dos padrotildees de potabilidade (FUNASA 2013)
313 PARAcircMETRO TURBIDEZ
De acordo com a portaria da potabilidade da aacutegua a turbidez eacute um paracircmetro fiacutesico da aacutegua eacute
gerada ateacute mesmo pela apresentaccedilatildeo de algas placircncton mateacuteria orgacircnica e outras substacircncias como
o zinco ferro manganecircs e areia que muitas vezes se resulta de erosotildees ou vazantes domeacutesticos e
industriais A turbidez tem sua importacircncia no processo de tratamento da aacutegua pois a aacutegua com
turbidez elevada forma flocos pesados que decantam mais rapidamente que a turbidez baixa No
entanto tem suas desvantagens sendo que no processo de desinfecccedilatildeo da aacutegua a turbidez alta aliada
ao hipoclorito de soacutedio pode formar uma substacircncia toacutexica ao organismo humano A Portaria
estabelece o valor maacuteximo permitido de 50 UT (unidade turbidez) em qualquer ponto da rede de
distribuiccedilatildeo (BRASIL 2013)
A turbidez de aacutegua bruta eacute um dos principais paracircmetros que influencia em inovaccedilotildees tecnoloacutegicas
nos processos de tratamento Aacuteguas represadas normalmente apresentam turbidez reduzida sendo
influenciada pela sedimentaccedilatildeo das partiacuteculas em suspensatildeo (BRASIL 2013)
Na aacutegua filtrada a turbidez tem como funccedilatildeo de indicador sanitaacuterio e natildeo somente de aparecircncia A
retirada de turbidez por meio da filtraccedilatildeo indica a remoccedilatildeo de partiacuteculas em suspensatildeo incluindo
cistos e oocistos de protozoaacuterios Os criteacuterios reconhecidos internacionalmente como indicadores da
remoccedilatildeo de protozoaacuterios eacute (USEPA 2001 apud BRASIL 2013)
A turbidez da aacutegua preacute-desinfecccedilatildeo precedida ou natildeo de filtraccedilatildeo eacute considerado tambeacutem um
paracircmetro de controle de eficiecircncia da desinfecccedilatildeo compreende-se de que partiacuteculas em suspensatildeo
podem abrigar os micro-organismos da accedilatildeo do desinfetante (OMS 1995 apud BRASIL 2013)
Diante do exposto entende-se que o padratildeo de turbidez da aacutegua poacutes-filtraccedilatildeo eacute um componente do
padratildeo microbioloacutegico de potabilidade da aacutegua (Quadro 2)
Quadro 2 ndash Padratildeo de turbidez para aacutegua poacutes-filtraccedilatildeo ou preacute-desinfecccedilatildeo Portaria MS no
29142011
TRATAMENTO DA AacuteGUA VALOR MAacuteXIMO PERMITIDO
Desinfecccedilatildeo (para aacuteguas subterracircneas) 10 UT2 em 95 das amostras
Filtraccedilatildeo raacutepida (tratamento completo ou filtraccedilatildeo direta) 053 UT2 em 95 das amostras
Filtraccedilatildeo lenta 103 UT2 em 95 das amostras
2 Unidade de turbidez 3 Este valor deve atender de acordo como especificado no sect 2ordm do art 30 ( Portaria MS n
o 29142011)
32 TEacuteCNICAS ESTATIacuteSTICAS DE QUALIDADE
Conforme MONTGOMERY (2004) as cartas de controle estatiacutestico satildeo as principais ferramentas
do CEP que visa agrave estabilidade do processo em funccedilatildeo da reduccedilatildeo da variabilidade e consequente
aumento da capacidade da produccedilatildeo
A carta de controle eacute simplesmente um graacutefico de acompanhamento com uma linha superior (LSC)
e uma linha inferior (LIC) em cada lado da linha central (LC) do processo todos estatisticamente
determinados (TUBINO 2013) seguem figura 1 e figura 2
Figura 1 Exemplo de cartas de controle ldquoSob controle estatiacutesticordquo
Figura 2 Exemplo de cartas de controle ldquoFora de controle estatiacutesticordquo
Fonte (Figura 1 e 2) OLIVEIRA 2013
Quando todos os pontos amostrais estiverem dispostos dentro dos limites de controle de forma
aleatoacuteria considera-se que o processo estaacute ldquosob controlerdquo (figura 1) No entanto se um (ou mais)
ponto(s) estiver(em) disposto(s) fora dos limites de controle haacute evidecircncia de que o processo estaacute
ldquofora de controlerdquo (figura 2) e que accedilotildees corretivas satildeo necessaacuterias para detectar e eliminar o que
estaacute causando essa descentralizaccedilatildeo
Seja W uma distribuiccedilatildeo normal dos resultados das mediccedilotildees com meacutedia microw e desvio padratildeo σw
conhecidos Entatildeo os limites seratildeo dados por meio da Equaccedilatildeo 1
LSC = microw + L σw
LC = microw (Equaccedilatildeo 1)
LIC = microw - L σw
Onde L eacute agrave distacircncia dos limites de controle agrave linha central expressa em unidades de desvio padratildeo
(OLIVEIRA 2013)
Existem vaacuterios tipos de cartas de controle que visam assegurar a qualidade de um processo de
produccedilatildeo que pode ser divididas em cartas de controle por variaacuteveis
Cartas e R (meacutedia e amplitude)
Cartas e S (meacutedia e desvio padratildeo)
Cartas I e MR (valores individuais e amplitude moacutevel)
CUSUM (soma cumulativa)
E as cartas de controle para atributos
Cartas p (para controlar a proporccedilatildeo de unidades natildeo conformes)
Cartas np (para controlar o nuacutemero de unidades natildeo conformes)
Cartas c (para controlar o nuacutemero de natildeo conformidades por unidade)
Cartas u (para controlar a taxa de natildeo conformidades por unidade)
Para a elaboraccedilatildeo do presente artigo foram utilizadas as cartas de controle para variaacuteveis e R
(meacutedia e amplitude) no qual satildeo empregadas variaacuteveis quantitativas contiacutenuas sendo necessaacuterio
controlarmonitorar tanto o valor meacutedio quanto a variabilidade do processo
Na praacutetica micro e σ natildeo satildeo conhecidos e precisam ser estimados a partir de amostras ou subgrupos
preliminares retirados quando o processo supostamente estava sob controle Estas estimativas
iniciais no planejamento da carta devem ser baseadas em 20 ou 25 amostras segundo
MONTGOMERY (2004) Limites de controle para a carta satildeo
Linha Central = micro (Equaccedilatildeo 2)
Substituindo por A na Equaccedilatildeo 2 os limites se reduzem agrave Equaccedilatildeo 3
(Equaccedilatildeo 3)
onde A satildeo valores tabelados que dependem de N (Anexo A)
Limites de controle para a carta R
2σ + 3d3σ
2σ (Equaccedilatildeo 4)
2σ - 3d3σ
Fatorando a Equaccedilatildeo 4 e considerando 2σ + 3d3 = D2 e 2σ - 3d3 = D1 os limites de controle se
reduzem agrave equaccedilatildeo 5
2σ
2σ (Equaccedilatildeo 5)
1σ
Onde D1 e D2 satildeo valores tabelados que dependem de n (Anexo A) (OLIVEIRA 2013)
33 MATERIAIS UTILIZADOS
Os dados utilizados foram fornecidos por um laboratoacuterio credenciado no municiacutepio de Cascavel a
qual opera com certificaccedilatildeo ISO 9001 para o Sistema de Tratamento de Aacutegua e Esgoto o programa
Microsoft Excel 2010 e o Software Estatiacutestico Statghapics Centurion e pesquisas de artigos
relacionados
4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO
41 LIMITES DE CONTROLE PARA A TURBIDEZ DA AacuteGUA TRATADA
Para caacutelculo dos iacutendices de capacidade do processo foram considerados os limites superior e
inferior definidos pela Portaria 29142011 do Ministeacuterio da Sauacutede conforme os graacuteficos 1 e 2 na
sequecircncia
Graacutefico 1 Apresenta a meacutedia das amostras coletadas no sistema de distribuiccedilatildeo de turbidez
018
Range Chart for Col_1-Col_4
0 10 20 30 40 50 60
Subgroup
0
02
04
06
08
Ran
ge
008
000
Graacutefico 2 Apresenta a amplitude das amostras coletadas no sistema de distribuiccedilatildeo de turbidez
Em resumo foram analisadas 1200 amostras totalizando 20 amostras mensais consecutivas em
relaccedilatildeo agrave turbidez O ponto meacutedio da faixa da operaccedilatildeo foi 008 UT estatisticamente viaacutevel mas
conforme graacutefico 1 e 2 o processo esteve descentrado Como os limites impostos pela Portaria
29142011 do Ministeacuterio da Sauacutede tem faixa de operaccedilatildeo mais ampla que a apresentada no graacutefico
1 a empresa reguladora utiliza estes como referecircncia uma vez que satildeo limites aceitaacuteveis para a
seguranccedila e natildeo apresenta riscos agrave sauacutede da populaccedilatildeo
42 LIMITES DE CONTROLE PARA O PH DA AacuteGUA TRATADA
Os valores obtidos para o paracircmetro pH atraveacutes das cartas de controle e R estatildeo apresentados
nos graacuteficos 3 e 4 respectivamente
Graacutefico 3 Apresenta a meacutedia das amostras coletadas no sistema de distribuiccedilatildeo de PH
033
X-bar Chart for Col_1-Col_4
0 10 20 30 40 50 60
Subgroup
021
025
029
033
037
041
045
X-b
ar
027
021
X-bar Chart for Col_1-Col_4
0 10 20 30 40
Subgroup
71
73
75
77
79
81
X-b
ar
742
751
732
Range Chart for Col_1-Col_4
0 10 20 30 40
Subgroup
0
02
04
06
08
1
Ran
ge
014
031
000
Graacutefico 4 Apresenta a amplitude das amostras coletadas no sistema de distribuiccedilatildeo de PH
Foram analisadas 700 amostras totalizando 20 amostras consecutivas em relaccedilatildeo ao pH da aacutegua
tratada O ponto meacutedio da faixa de operaccedilatildeo eacute de 742 Estatisticamente de acordo com os graacuteficos
3 e 4 a aplicaccedilatildeo detectou que o pH encontra-se descentralizado mas em relaccedilatildeo aos limites da
Portaria ainda estaacute entre a faixa exigida Ainda foi possiacutevel observar a ocorrecircncia de valores
consecutivos abaixo da linha central e tambeacutem acima da linha central indicando um padratildeo de
comportamento natildeo aleatoacuterio em torno da meacutedia Vale salientar que este comportamento se deve a
causas especiais de variaccedilatildeo (externas) como por exemplo existentes no processo poreacutem estas
caracteriacutesticas natildeo trazem riscos agrave sauacutede da populaccedilatildeo ao ser consumida
43 LIMITES DE CONTROLE PARA O CLORO RESIDUAL LIVRE DA AacuteGUA TRATADA
Os valores obtidos com amostras para o paracircmetro pH atraveacutes das cartas de controle e R teste
estatildeo apresentados nos graacuteficos 5 e 6 respectivamente
X-bar Chart for cloro-26092015Col_1-cloro-26092015Col_4
0 10 20 30 40
Subgroup
094
114
134
154
174
X-b
ar
113
131
094
Graacutefico 5 Apresenta a meacutedia das amostras coletadas no sistema de distribuiccedilatildeo de cloro residual livre
Range Chart for cloro-26092015Col_1-cloro-26092015Col_4
0 10 20 30 40
Subgroup
0
04
08
12
16
2
24
Ran
ge
025
057
000
Graacutefico 6 Apresenta a amplitude das amostras coletadas no sistema de distribuiccedilatildeo de cloro residual livre
Foram analisadas 720 amostras totalizando 20 amostras consecutivas em relaccedilatildeo ao cloro residual
livre da aacutegua tratada Conforme os graacuteficos 5 e 6 demonstram o cloro residual livre apresenta o
ponto meacutedio de operaccedilatildeo de 113 mgL O processo permaneceu estatisticamente descentralizado no
periacuteodo Aleacutem disso houve ocorrecircncia de padrotildees de comportamento abaixo da meacutedia apresentados
na forma de sequecircncia de valores consecutivos abaixo da linha central o que indica que houve
alguma causa externa afetando o comportamento desta variaacutevel Em todo caso as mediccedilotildees natildeo
extrapolaram os limites de especificaccedilatildeo impostos pelo laboratoacuterio credenciado muito menos
violam os limites impostos pela Portaria 29142011 do Ministeacuterio da Sauacutede Portanto a aacutegua
potaacutevel natildeo apresenta risco agrave sauacutede ao ser consumida pela populaccedilatildeo
5 CONCLUSAtildeO
Este trabalho mostrou que apesar dos problemas relativos agrave periodicidade de coleta e nuacutemero
reduzido de amostras para avaliaccedilatildeo de algumas variaacuteveis os resultados obtidos fornecem um
quadro da qualidade da aacutegua consumida na aacuterea de estudo nos periacuteodos analisados Os resultados
demonstram aleacutem de descentralizaccedilotildees estatiacutesticas diversos padrotildees de comportamento natildeo
aleatoacuterios em torno da meacutedia oriundos de mecanismos externos ao processo durante o tratamento
da aacutegua Eacute importante salientar que apesar destes padrotildees de comportamento a aacutegua tratada no
municiacutepio em estudo natildeo compromete a qualidade da aacutegua potaacutevel e descarta qualquer
possibilidade de riscos agrave sauacutede da populaccedilatildeo Isso ocorre porque os paracircmetros analisados ainda se
encontram na faixa aceitaacutevel pela Portaria 29142011 tanto para o paracircmetro de cloro residual livre
assim como para os paracircmetros pH e turbidez
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httpwwwcidadesibgegovbrxtrasperfilphplang=ampcodmun=411560ampsearch=||infogrE1ficos-
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TUBINO R Controle estatiacutestico manutenccedilatildeo e confiabilidade de processos Rio Grande do Sul 2013
APEcircNDICE
Os resultados a seguir foram obtidos atraveacutes do Software Stactgraphics
TABELA 1 2 E 3 APRESENTAM OS NUacuteMEROS DE TURBIDEZ DA AacuteGUA TRATADA
e R
Number of subgroups = 60 Distribution Normal
Average subgroup size = 64 Transformation none
0 subgroups excluded
Carta
Period 1-60
UCL +30 sigma 032894
Centerline 0270708
LCL -30 sigma 0212476
Tabela 1 2 beyond limits
Carta R
Period 1-60
UCL +30 sigma 0182352
Centerline 00799333
LCL -30 sigma 00
Tabela 2 1 beyond limits
Estimativa Period 1-60
Process mean 0270708
Process sigma 00388214
Average range 00799333
Tabela 3 Sigma estimated from
average
TABELA 4 5 E 6 APRESENTAM OS NUacuteMEROS DE PH DA AacuteGUA TRATADA
e R
Number of subgroups = 35 Distribution Normal Subgroup size = 40 Transformation none
0 subgroups excluded
Carta
Period 1-35
UCL +30 sigma 75148
Centerline 741614
LCL -30 sigma 731748
Tabela 4 22 beyond limits
Carta R Period 1-35
UCL +30 sigma 0308953
Centerline 0135429
LCL -30 sigma 00
Tabela 5 3 beyond limits
Estimativa Period 1-35
Process mean 741614
Process sigma 0065774
Average range 0135429
Tabela 6 Sigma estimated from
average ranger
TABELA 7 8 E 9 APRESENTAM OS NUacuteMEROS DE CLORO RESIDUAL LIVRE DA
AacuteGUA TRATADA
e R
Number of subgroups = 36 Distribution Normal
Subgroup size = 40 Transformation none
0 subgroups excluded
Carta
Period 1-36
UCL +30 sigma 130838
Centerline 112625
LCL -30 sigma 0944123
Tabela 7 2 beyond limits
Carta R Period 1-36
UCL +30 sigma 0570325
Centerline 025
LCL -30 sigma 00
Tabela 8 2 beyond limits
Estimativa Period 1-36
Process mean 112625
Process sigma 0121418
Average range 025
Tabela 9 Sigma estimated from
average ranger
ANEXO A
A poluiccedilatildeo provocada pelas atividades humanas o grande aumento da populaccedilatildeo o consumo
excessivo e o extremo desperdiacutecio satildeo fatores que colocam em risco a disponibilidade de aacutegua doce
(SOUZA et al 2015)
De acordo com Brasil (2006) a maior parte das doenccedilas transmitidas para o ser humano eacute causada
por microorganismos particularmente viacuterus bacteacuterias protozoaacuterios e helmintos Pode-se citar a
diarreacuteia e a leptospirose as quais satildeo transmitidas atraveacutes da via feco-oral (alimentos contaminados
por fezes) As formas de prevenccedilatildeo satildeo dadas por meio da proteccedilatildeo e tratamento da aacutegua para o
abastecimento impedimento de uso de fontes contaminadas e fornecimento de aacutegua em quantidade
adequada e promoccedilatildeo da higiene pessoal domeacutestica e dos alimentos
De acordo com a legislaccedilatildeo vigente da qualidade da aacutegua Portaria 29142011 do Ministeacuterio da
Sauacutede a vigilacircncia da qualidade da aacutegua para consumo humano eacute o conjunto de accedilotildees adotadas
continuamente pela autoridade de sauacutede puacuteblica Tal finalidade eacute a de verificar se a aacutegua consumida
pela populaccedilatildeo atende a esta norma e avaliar os riscos que os sistemas e as soluccedilotildees alternativas de
abastecimento de aacutegua representam para a sauacutede humana
A vigilacircncia da qualidade da aacutegua para consumo humano soacute foi implementada no Brasil como um
programa a partir da criaccedilatildeo do Sistema Nacional de Vigilacircncia Ambiental em Sauacutede Este
programa possui um sistema de informaccedilatildeo de vigilacircncia e controle da qualidade da aacutegua de
consumo humano (Sisagua) Esse sistema conteacutem as informaccedilotildees que dizem respeito aos aspectos
fiacutesico-quiacutemicos quiacutemicos e microbioloacutegicos e dados sobre a qualidade vazatildeo populaccedilatildeo
abastecida e localizaccedilatildeo das formas de abastecimento da aacutegua
Aliado a todas as necessidades no que diz respeito agrave qualidade da aacutegua tratada que envolvem
questotildees ambientais e de sauacutede eacute possiacutevel fazer uso de diversos estudos sobre controle estatiacutestico
da qualidade eou criaccedilatildeo de modelos matemaacuteticos que evidenciam comportamentos de padratildeo de
variabilidade das caracteriacutesticas fiacutesico-quiacutemicos da aacutegua no sistema de distribuiccedilatildeo
A ecircnfase para buscar melhorias da qualidade deve ser concentrada em melhoramentos contiacutenuos
atitudes que promovidas continuamente permitam reconhecer os problemas priorizar accedilotildees
corretivas implantaacute-las e dar sequecircncia a postura proativa agindo corretamente (SILVA 1999)
O conceito de qualidade que se tem atualmente soacute se obteve apoacutes a Segunda Guerra Mundial Desde
entatildeo jaacute havia a preocupaccedilatildeo de garantir a qualidade dos produtos evitando conformidades por um
procedimento de verificar produto por produto (ROSA JIL SILVA LLM BARBOSA
DBM 2013) Com isso o fiacutesico Walter Andrew Shewarth conhecido como ldquopai do controle
estatiacutestico da qualidaderdquo substituiu esse meacutetodo de verificaccedilatildeo de item por item criando teacutecnicas
estatiacutesticas de controle (PINTO 2010)
O Controle Estatiacutestico do Processo (CEP) chega como uma ferramenta desenvolvida que contribuiu
na aplicaccedilatildeo de teacutecnicas para viabilizar e padronizar a qualidade dessa forma detectar defeitos nos
produtos finais (ALMEIDA et al 2011) Ele possibilita padronizar para que natildeo ocorram
desperdiacutecios e assim o processo produtivo se torna eficaz e de alta qualidade
Para ser de boa qualidade a aacutegua que chega a nossas residecircncias deve passar por tratamentos e no
final os paracircmetros fiacutesico-quiacutemicos devem estar conforme a Portaria 29142011 Diante disso este
artigo tem por objetivo verificar atraveacutes do controle estatiacutestico do processo (CEP) se as condiccedilotildees
dos paracircmetros fiacutesico-quiacutemicos da aacutegua cloro residual livre pH e turbidez da aacutegua no sistema de
distribuiccedilatildeo da unidade de tratamento Sede do municiacutepio de uma cidade do oeste paranaense
lindeiro ao Parque Nacional Do Iguaccedilu estatildeo de acordo com os padrotildees de potabilidade da Portaria
29142011 Para tal utilizaremos o CEP empregando as cartas de controle como ferramenta da
qualidade para realizar as avaliaccedilotildees das caracteriacutesticas que compotildeem a aacutegua
2 FUNDAMENTACcedilAtildeO TEOacuteRICA
Segundo a OMS (1999) haacute uma relaccedilatildeo direta entre saneamento e sauacutede e a aacutegua constitui o
principal elo nesta interdependecircncia A aacutegua constitui o principal deles pois pode afetar a sauacutede
humana de vaacuterias maneiras seja por ingestatildeo direta ou na preparaccedilatildeo de alimento ou pelo seu uso
na higiene pessoal ou na agricultura induacutestria ou lazer (HARDOIM 2010)
O mecanismo de transmissatildeo de doenccedilas mais comum e que estaacute ligado diretamente agrave qualidade da
aacutegua eacute o da ingestatildeo Ocorre quando um indiviacuteduo sadio ingere certa quantidade de aacutegua que
contenha componente nocivo agrave sauacutede e a presenccedila desse elemento no organismo humano provoca o
aparecimento de doenccedila Outro mecanismo refere-se agrave quantidade insuficiente de aacutegua como para
realizar os haacutebitos higiecircnicos ou a falta dela pode contribuir para o aparecimento de escabiose A
situaccedilatildeo no ambiente fiacutesico proporcionando condiccedilotildees propiacutecias agrave vida e agrave reproduccedilatildeo de vetores
ou reservatoacuterios de doenccedilas tambeacutem eacute considerada um mecanismo de transmissatildeo de doenccedilas
(BRASIL 2006)
Conforme Brasil 2006 eacute importante informar que todo o processo de tratamento que a aacutegua passa
desde o tratamento a reservaccedilatildeo a distribuiccedilatildeo e o consumo natildeo garante a condiccedilatildeo de
potabilidade da mesma Cabe destacar que satildeo vaacuterias as substacircncias como metais pesados e
agrotoacutexicos que natildeo satildeo efetivamente removidas em processos convencionais de tratamento Por
isso a importacircncia de se manter um sistema com mais enfoque no controle e na vigilacircncia da
qualidade da aacutegua para consumo humano considerando a dinacircmica da aacutegua desde o manancial ateacute o
consumo
O padratildeo de potabilidade brasileiro estaacute descrito no Quadro 1
Padratildeo microbioloacutegico
Padratildeo de turbidez para a aacutegua poacutes-filtraccedilatildeo ou preacute-desinfecccedilatildeo
Padratildeo para substacircncias quiacutemicas que representam riscos aacute sauacutede (inorgacircnicas orgacircnicas agrotoacutexicos
desinfetantes e produtos secundaacuterios da desinfecccedilatildeo)
Padratildeo de radiatividade
Padratildeo de aceitaccedilatildeo para consumo humano
Fonte retirado BRASIL 2006
O CEP fornece uma radiografia do processo identificando sua variabilidade e possibilitando o
controle dessa variabilidade ao longo do tempo atraveacutes da coleta de dados continuada anaacutelise e
bloqueio de possiacuteveis causas que estejam tornando o sistema instaacutevel (RIBEIRO 2012)
O controle estatiacutestico do processo (CEP) eacute uma teacutecnica estatiacutestica aplicada agrave
produccedilatildeo que permite a reduccedilatildeo sistemaacutetica da variabilidade nas caracteriacutesticas da
qualidade de interesse contribuindo para a melhoria da qualidade intriacutenseca da
produtividade da confiabilidade e do custo do que estaacute sendo produzida
(RIBEIRO 2012)
O principal objetivo do CEP eacute possibilitar um controle eficaz da qualidade feito pelo proacuteprio
operador em tempo real assim monitorando as caracteriacutesticas de interesse assegurando que elas se
mantecircm dentro de limites preestabelecidos e indicando correccedilatildeo e melhorias (RIBEIRO 2012)
Segundo (BONDUELLE 2013) cartas de controle satildeo graacuteficos de anaacutelise e ajuste da variaccedilatildeo de
um processo em funccedilatildeo do tempo atraveacutes de duas caracteriacutesticas baacutesicas sua centralizaccedilatildeo e sua
dispersatildeo O emprego dos graacuteficos de controle possibilita o controle de qualidade no sistema ou
seja exibem um enfoque na detecccedilatildeo dos defeitos e accedilatildeo corretiva imediata (DEMING 1990)
3 MATERIAL E MEacuteTODOS
O trabalho foi desenvolvido a partir de dados obtidos em um municiacutepio lindeiro ao Parque Nacional
Do Iguaccedilu juntamente com um laboratoacuterio credenciado no municiacutepio de Cascavel a qual opera
com certificaccedilatildeo ISO 9001 para o Sistema de Tratamento de Aacutegua e Esgoto As informaccedilotildees
utilizadas para o desenvolvimento do presente estudo satildeo da rede de distribuiccedilatildeo da unidade de
tratamento Sede O municiacutepio concentra um nuacutemero de habitantes de 17340 em uma aacuterea de
aproximadamente de 639746 km2 (IBGE 2015)
31 PARAcircMETROS ANALISADOS
No processo de tratamento da aacutegua potaacutevel satildeo analisados vaacuterios paracircmetros para o controle da
qualidade da aacutegua para consumo humano A Portaria Ministerial prevecirc paracircmetros de anaacutelise para
cada forma de abastecimento de aacutegua O cloro residual livre o pH e a turbidez satildeo fundamentais
para o controle da qualidade da aacutegua Neste sentido foram definidas as especificaccedilotildees para estes
trecircs paracircmetros de potabilidade cloro residual livre o pH e a turbidez tendo como principais
caracteriacutesticas na sequecircncia
311 PARAcircMETRO CLORO RESIDUAL LIVRE
O cloro eacute um produto quiacutemico utilizado no tratamento da aacutegua Sua mediccedilatildeo eacute importante e serve
para controlar a dosagem que estaacute sendo aplicada na aacutegua e tambeacutem para acompanhar sua evoluccedilatildeo
durante o tratamento A portaria 29142011 determina a obrigatoriedade de se manteacutem no miacutenimo
um padratildeo de 02 mgL de cloro residual livre ou ateacute 20 mgL de cloro residual em toda extensatildeo
do sistema de distribuiccedilatildeo Os principais produtos utilizados satildeo hipoclorito de caacutelcio cal clorada
hipoclorito de soacutedio e cloro gasoso A aplicaccedilatildeo de cloro como meio de desinfecccedilatildeo pode garantir a
manutenccedilatildeo da qualidade da aacutegua desde que a cloraccedilatildeo seja feita de maneira controlada (FUNASA
2013)
312 PARAcircMETRO PH
O pH representa a concentraccedilatildeo de iacuteons de hidrogecircnio H+ na aacutegua indicando condiccedilotildees de acidez
neutralidade e basicidade da aacutegua O pH eacute um paracircmetro de caraacuteter operacional importante e sempre
deve ser acompanhado para otimizar em qualquer processo de tratamento sendo de fundamental
importacircncia na qualidade da aacutegua (BAIRD 2004)
A coagulaccedilatildeo e a floculaccedilatildeo que a aacutegua sofre de iniacutecio eacute um processo unitaacuterio e dependente do pH
haacute uma condiccedilatildeo denominada ldquopH oacutetimordquo de floculaccedilatildeo que corresponde agrave situaccedilatildeo em que as
partiacuteculas coloidais apresentam menor quantidade de carga eletrostaacutetica superficial Haacute tambeacutem
outro processo para desinfecccedilatildeo que eacute atraveacutes do cloro Em meio aacutecido a dissociaccedilatildeo do aacutecido
hipocloroso formando hipoclorito eacute menor sendo o processo mais eficiente Reconhecendo-se que
as aacuteguas aacutecidas satildeo corrosivas ao passo que as alcalinas satildeo incrustantes Portanto o pH da aacutegua
final deve ser controlado para que assim os carbonatos presentes sejam equilibrados e natildeo ocorra
nenhum dos dois efeitos indesejados mencionados (COMPANHIA AMBIENTAL DO ESTADO
DE SAtildeO PAULO 2010)
Na rotina dos laboratoacuterios das estaccedilotildees de tratamento de aacutegua o pH eacute medido e ajustado para
melhorar o processo de coagulaccedilatildeofloculaccedilatildeo da aacutegua e tambeacutem no controle da desinfecccedilatildeo A
Portaria vigente recomenda que o pH da aacutegua seja mantido de 60 a 95 no sistema de distribuiccedilatildeo
da aacutegua sendo ideal principalmente para a accedilatildeo de desinfecccedilatildeo do cloro na aacutegua Os resultados de
pH devem estar dentro da faixa estabelecida dos padrotildees de potabilidade (FUNASA 2013)
313 PARAcircMETRO TURBIDEZ
De acordo com a portaria da potabilidade da aacutegua a turbidez eacute um paracircmetro fiacutesico da aacutegua eacute
gerada ateacute mesmo pela apresentaccedilatildeo de algas placircncton mateacuteria orgacircnica e outras substacircncias como
o zinco ferro manganecircs e areia que muitas vezes se resulta de erosotildees ou vazantes domeacutesticos e
industriais A turbidez tem sua importacircncia no processo de tratamento da aacutegua pois a aacutegua com
turbidez elevada forma flocos pesados que decantam mais rapidamente que a turbidez baixa No
entanto tem suas desvantagens sendo que no processo de desinfecccedilatildeo da aacutegua a turbidez alta aliada
ao hipoclorito de soacutedio pode formar uma substacircncia toacutexica ao organismo humano A Portaria
estabelece o valor maacuteximo permitido de 50 UT (unidade turbidez) em qualquer ponto da rede de
distribuiccedilatildeo (BRASIL 2013)
A turbidez de aacutegua bruta eacute um dos principais paracircmetros que influencia em inovaccedilotildees tecnoloacutegicas
nos processos de tratamento Aacuteguas represadas normalmente apresentam turbidez reduzida sendo
influenciada pela sedimentaccedilatildeo das partiacuteculas em suspensatildeo (BRASIL 2013)
Na aacutegua filtrada a turbidez tem como funccedilatildeo de indicador sanitaacuterio e natildeo somente de aparecircncia A
retirada de turbidez por meio da filtraccedilatildeo indica a remoccedilatildeo de partiacuteculas em suspensatildeo incluindo
cistos e oocistos de protozoaacuterios Os criteacuterios reconhecidos internacionalmente como indicadores da
remoccedilatildeo de protozoaacuterios eacute (USEPA 2001 apud BRASIL 2013)
A turbidez da aacutegua preacute-desinfecccedilatildeo precedida ou natildeo de filtraccedilatildeo eacute considerado tambeacutem um
paracircmetro de controle de eficiecircncia da desinfecccedilatildeo compreende-se de que partiacuteculas em suspensatildeo
podem abrigar os micro-organismos da accedilatildeo do desinfetante (OMS 1995 apud BRASIL 2013)
Diante do exposto entende-se que o padratildeo de turbidez da aacutegua poacutes-filtraccedilatildeo eacute um componente do
padratildeo microbioloacutegico de potabilidade da aacutegua (Quadro 2)
Quadro 2 ndash Padratildeo de turbidez para aacutegua poacutes-filtraccedilatildeo ou preacute-desinfecccedilatildeo Portaria MS no
29142011
TRATAMENTO DA AacuteGUA VALOR MAacuteXIMO PERMITIDO
Desinfecccedilatildeo (para aacuteguas subterracircneas) 10 UT2 em 95 das amostras
Filtraccedilatildeo raacutepida (tratamento completo ou filtraccedilatildeo direta) 053 UT2 em 95 das amostras
Filtraccedilatildeo lenta 103 UT2 em 95 das amostras
2 Unidade de turbidez 3 Este valor deve atender de acordo como especificado no sect 2ordm do art 30 ( Portaria MS n
o 29142011)
32 TEacuteCNICAS ESTATIacuteSTICAS DE QUALIDADE
Conforme MONTGOMERY (2004) as cartas de controle estatiacutestico satildeo as principais ferramentas
do CEP que visa agrave estabilidade do processo em funccedilatildeo da reduccedilatildeo da variabilidade e consequente
aumento da capacidade da produccedilatildeo
A carta de controle eacute simplesmente um graacutefico de acompanhamento com uma linha superior (LSC)
e uma linha inferior (LIC) em cada lado da linha central (LC) do processo todos estatisticamente
determinados (TUBINO 2013) seguem figura 1 e figura 2
Figura 1 Exemplo de cartas de controle ldquoSob controle estatiacutesticordquo
Figura 2 Exemplo de cartas de controle ldquoFora de controle estatiacutesticordquo
Fonte (Figura 1 e 2) OLIVEIRA 2013
Quando todos os pontos amostrais estiverem dispostos dentro dos limites de controle de forma
aleatoacuteria considera-se que o processo estaacute ldquosob controlerdquo (figura 1) No entanto se um (ou mais)
ponto(s) estiver(em) disposto(s) fora dos limites de controle haacute evidecircncia de que o processo estaacute
ldquofora de controlerdquo (figura 2) e que accedilotildees corretivas satildeo necessaacuterias para detectar e eliminar o que
estaacute causando essa descentralizaccedilatildeo
Seja W uma distribuiccedilatildeo normal dos resultados das mediccedilotildees com meacutedia microw e desvio padratildeo σw
conhecidos Entatildeo os limites seratildeo dados por meio da Equaccedilatildeo 1
LSC = microw + L σw
LC = microw (Equaccedilatildeo 1)
LIC = microw - L σw
Onde L eacute agrave distacircncia dos limites de controle agrave linha central expressa em unidades de desvio padratildeo
(OLIVEIRA 2013)
Existem vaacuterios tipos de cartas de controle que visam assegurar a qualidade de um processo de
produccedilatildeo que pode ser divididas em cartas de controle por variaacuteveis
Cartas e R (meacutedia e amplitude)
Cartas e S (meacutedia e desvio padratildeo)
Cartas I e MR (valores individuais e amplitude moacutevel)
CUSUM (soma cumulativa)
E as cartas de controle para atributos
Cartas p (para controlar a proporccedilatildeo de unidades natildeo conformes)
Cartas np (para controlar o nuacutemero de unidades natildeo conformes)
Cartas c (para controlar o nuacutemero de natildeo conformidades por unidade)
Cartas u (para controlar a taxa de natildeo conformidades por unidade)
Para a elaboraccedilatildeo do presente artigo foram utilizadas as cartas de controle para variaacuteveis e R
(meacutedia e amplitude) no qual satildeo empregadas variaacuteveis quantitativas contiacutenuas sendo necessaacuterio
controlarmonitorar tanto o valor meacutedio quanto a variabilidade do processo
Na praacutetica micro e σ natildeo satildeo conhecidos e precisam ser estimados a partir de amostras ou subgrupos
preliminares retirados quando o processo supostamente estava sob controle Estas estimativas
iniciais no planejamento da carta devem ser baseadas em 20 ou 25 amostras segundo
MONTGOMERY (2004) Limites de controle para a carta satildeo
Linha Central = micro (Equaccedilatildeo 2)
Substituindo por A na Equaccedilatildeo 2 os limites se reduzem agrave Equaccedilatildeo 3
(Equaccedilatildeo 3)
onde A satildeo valores tabelados que dependem de N (Anexo A)
Limites de controle para a carta R
2σ + 3d3σ
2σ (Equaccedilatildeo 4)
2σ - 3d3σ
Fatorando a Equaccedilatildeo 4 e considerando 2σ + 3d3 = D2 e 2σ - 3d3 = D1 os limites de controle se
reduzem agrave equaccedilatildeo 5
2σ
2σ (Equaccedilatildeo 5)
1σ
Onde D1 e D2 satildeo valores tabelados que dependem de n (Anexo A) (OLIVEIRA 2013)
33 MATERIAIS UTILIZADOS
Os dados utilizados foram fornecidos por um laboratoacuterio credenciado no municiacutepio de Cascavel a
qual opera com certificaccedilatildeo ISO 9001 para o Sistema de Tratamento de Aacutegua e Esgoto o programa
Microsoft Excel 2010 e o Software Estatiacutestico Statghapics Centurion e pesquisas de artigos
relacionados
4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO
41 LIMITES DE CONTROLE PARA A TURBIDEZ DA AacuteGUA TRATADA
Para caacutelculo dos iacutendices de capacidade do processo foram considerados os limites superior e
inferior definidos pela Portaria 29142011 do Ministeacuterio da Sauacutede conforme os graacuteficos 1 e 2 na
sequecircncia
Graacutefico 1 Apresenta a meacutedia das amostras coletadas no sistema de distribuiccedilatildeo de turbidez
018
Range Chart for Col_1-Col_4
0 10 20 30 40 50 60
Subgroup
0
02
04
06
08
Ran
ge
008
000
Graacutefico 2 Apresenta a amplitude das amostras coletadas no sistema de distribuiccedilatildeo de turbidez
Em resumo foram analisadas 1200 amostras totalizando 20 amostras mensais consecutivas em
relaccedilatildeo agrave turbidez O ponto meacutedio da faixa da operaccedilatildeo foi 008 UT estatisticamente viaacutevel mas
conforme graacutefico 1 e 2 o processo esteve descentrado Como os limites impostos pela Portaria
29142011 do Ministeacuterio da Sauacutede tem faixa de operaccedilatildeo mais ampla que a apresentada no graacutefico
1 a empresa reguladora utiliza estes como referecircncia uma vez que satildeo limites aceitaacuteveis para a
seguranccedila e natildeo apresenta riscos agrave sauacutede da populaccedilatildeo
42 LIMITES DE CONTROLE PARA O PH DA AacuteGUA TRATADA
Os valores obtidos para o paracircmetro pH atraveacutes das cartas de controle e R estatildeo apresentados
nos graacuteficos 3 e 4 respectivamente
Graacutefico 3 Apresenta a meacutedia das amostras coletadas no sistema de distribuiccedilatildeo de PH
033
X-bar Chart for Col_1-Col_4
0 10 20 30 40 50 60
Subgroup
021
025
029
033
037
041
045
X-b
ar
027
021
X-bar Chart for Col_1-Col_4
0 10 20 30 40
Subgroup
71
73
75
77
79
81
X-b
ar
742
751
732
Range Chart for Col_1-Col_4
0 10 20 30 40
Subgroup
0
02
04
06
08
1
Ran
ge
014
031
000
Graacutefico 4 Apresenta a amplitude das amostras coletadas no sistema de distribuiccedilatildeo de PH
Foram analisadas 700 amostras totalizando 20 amostras consecutivas em relaccedilatildeo ao pH da aacutegua
tratada O ponto meacutedio da faixa de operaccedilatildeo eacute de 742 Estatisticamente de acordo com os graacuteficos
3 e 4 a aplicaccedilatildeo detectou que o pH encontra-se descentralizado mas em relaccedilatildeo aos limites da
Portaria ainda estaacute entre a faixa exigida Ainda foi possiacutevel observar a ocorrecircncia de valores
consecutivos abaixo da linha central e tambeacutem acima da linha central indicando um padratildeo de
comportamento natildeo aleatoacuterio em torno da meacutedia Vale salientar que este comportamento se deve a
causas especiais de variaccedilatildeo (externas) como por exemplo existentes no processo poreacutem estas
caracteriacutesticas natildeo trazem riscos agrave sauacutede da populaccedilatildeo ao ser consumida
43 LIMITES DE CONTROLE PARA O CLORO RESIDUAL LIVRE DA AacuteGUA TRATADA
Os valores obtidos com amostras para o paracircmetro pH atraveacutes das cartas de controle e R teste
estatildeo apresentados nos graacuteficos 5 e 6 respectivamente
X-bar Chart for cloro-26092015Col_1-cloro-26092015Col_4
0 10 20 30 40
Subgroup
094
114
134
154
174
X-b
ar
113
131
094
Graacutefico 5 Apresenta a meacutedia das amostras coletadas no sistema de distribuiccedilatildeo de cloro residual livre
Range Chart for cloro-26092015Col_1-cloro-26092015Col_4
0 10 20 30 40
Subgroup
0
04
08
12
16
2
24
Ran
ge
025
057
000
Graacutefico 6 Apresenta a amplitude das amostras coletadas no sistema de distribuiccedilatildeo de cloro residual livre
Foram analisadas 720 amostras totalizando 20 amostras consecutivas em relaccedilatildeo ao cloro residual
livre da aacutegua tratada Conforme os graacuteficos 5 e 6 demonstram o cloro residual livre apresenta o
ponto meacutedio de operaccedilatildeo de 113 mgL O processo permaneceu estatisticamente descentralizado no
periacuteodo Aleacutem disso houve ocorrecircncia de padrotildees de comportamento abaixo da meacutedia apresentados
na forma de sequecircncia de valores consecutivos abaixo da linha central o que indica que houve
alguma causa externa afetando o comportamento desta variaacutevel Em todo caso as mediccedilotildees natildeo
extrapolaram os limites de especificaccedilatildeo impostos pelo laboratoacuterio credenciado muito menos
violam os limites impostos pela Portaria 29142011 do Ministeacuterio da Sauacutede Portanto a aacutegua
potaacutevel natildeo apresenta risco agrave sauacutede ao ser consumida pela populaccedilatildeo
5 CONCLUSAtildeO
Este trabalho mostrou que apesar dos problemas relativos agrave periodicidade de coleta e nuacutemero
reduzido de amostras para avaliaccedilatildeo de algumas variaacuteveis os resultados obtidos fornecem um
quadro da qualidade da aacutegua consumida na aacuterea de estudo nos periacuteodos analisados Os resultados
demonstram aleacutem de descentralizaccedilotildees estatiacutesticas diversos padrotildees de comportamento natildeo
aleatoacuterios em torno da meacutedia oriundos de mecanismos externos ao processo durante o tratamento
da aacutegua Eacute importante salientar que apesar destes padrotildees de comportamento a aacutegua tratada no
municiacutepio em estudo natildeo compromete a qualidade da aacutegua potaacutevel e descarta qualquer
possibilidade de riscos agrave sauacutede da populaccedilatildeo Isso ocorre porque os paracircmetros analisados ainda se
encontram na faixa aceitaacutevel pela Portaria 29142011 tanto para o paracircmetro de cloro residual livre
assim como para os paracircmetros pH e turbidez
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informaE7F5es-completasgt acesso em 25 set 2015
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Peroacutedica de Produtos Goiaacutes 2013
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SOUZA J A R de et al Anaacutelise das condiccedilotildees de potabilidade das aacuteguas de surgecircncias em Ubaacute MG Ambiente e
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TUBINO R Controle estatiacutestico manutenccedilatildeo e confiabilidade de processos Rio Grande do Sul 2013
APEcircNDICE
Os resultados a seguir foram obtidos atraveacutes do Software Stactgraphics
TABELA 1 2 E 3 APRESENTAM OS NUacuteMEROS DE TURBIDEZ DA AacuteGUA TRATADA
e R
Number of subgroups = 60 Distribution Normal
Average subgroup size = 64 Transformation none
0 subgroups excluded
Carta
Period 1-60
UCL +30 sigma 032894
Centerline 0270708
LCL -30 sigma 0212476
Tabela 1 2 beyond limits
Carta R
Period 1-60
UCL +30 sigma 0182352
Centerline 00799333
LCL -30 sigma 00
Tabela 2 1 beyond limits
Estimativa Period 1-60
Process mean 0270708
Process sigma 00388214
Average range 00799333
Tabela 3 Sigma estimated from
average
TABELA 4 5 E 6 APRESENTAM OS NUacuteMEROS DE PH DA AacuteGUA TRATADA
e R
Number of subgroups = 35 Distribution Normal Subgroup size = 40 Transformation none
0 subgroups excluded
Carta
Period 1-35
UCL +30 sigma 75148
Centerline 741614
LCL -30 sigma 731748
Tabela 4 22 beyond limits
Carta R Period 1-35
UCL +30 sigma 0308953
Centerline 0135429
LCL -30 sigma 00
Tabela 5 3 beyond limits
Estimativa Period 1-35
Process mean 741614
Process sigma 0065774
Average range 0135429
Tabela 6 Sigma estimated from
average ranger
TABELA 7 8 E 9 APRESENTAM OS NUacuteMEROS DE CLORO RESIDUAL LIVRE DA
AacuteGUA TRATADA
e R
Number of subgroups = 36 Distribution Normal
Subgroup size = 40 Transformation none
0 subgroups excluded
Carta
Period 1-36
UCL +30 sigma 130838
Centerline 112625
LCL -30 sigma 0944123
Tabela 7 2 beyond limits
Carta R Period 1-36
UCL +30 sigma 0570325
Centerline 025
LCL -30 sigma 00
Tabela 8 2 beyond limits
Estimativa Period 1-36
Process mean 112625
Process sigma 0121418
Average range 025
Tabela 9 Sigma estimated from
average ranger
ANEXO A
produtos finais (ALMEIDA et al 2011) Ele possibilita padronizar para que natildeo ocorram
desperdiacutecios e assim o processo produtivo se torna eficaz e de alta qualidade
Para ser de boa qualidade a aacutegua que chega a nossas residecircncias deve passar por tratamentos e no
final os paracircmetros fiacutesico-quiacutemicos devem estar conforme a Portaria 29142011 Diante disso este
artigo tem por objetivo verificar atraveacutes do controle estatiacutestico do processo (CEP) se as condiccedilotildees
dos paracircmetros fiacutesico-quiacutemicos da aacutegua cloro residual livre pH e turbidez da aacutegua no sistema de
distribuiccedilatildeo da unidade de tratamento Sede do municiacutepio de uma cidade do oeste paranaense
lindeiro ao Parque Nacional Do Iguaccedilu estatildeo de acordo com os padrotildees de potabilidade da Portaria
29142011 Para tal utilizaremos o CEP empregando as cartas de controle como ferramenta da
qualidade para realizar as avaliaccedilotildees das caracteriacutesticas que compotildeem a aacutegua
2 FUNDAMENTACcedilAtildeO TEOacuteRICA
Segundo a OMS (1999) haacute uma relaccedilatildeo direta entre saneamento e sauacutede e a aacutegua constitui o
principal elo nesta interdependecircncia A aacutegua constitui o principal deles pois pode afetar a sauacutede
humana de vaacuterias maneiras seja por ingestatildeo direta ou na preparaccedilatildeo de alimento ou pelo seu uso
na higiene pessoal ou na agricultura induacutestria ou lazer (HARDOIM 2010)
O mecanismo de transmissatildeo de doenccedilas mais comum e que estaacute ligado diretamente agrave qualidade da
aacutegua eacute o da ingestatildeo Ocorre quando um indiviacuteduo sadio ingere certa quantidade de aacutegua que
contenha componente nocivo agrave sauacutede e a presenccedila desse elemento no organismo humano provoca o
aparecimento de doenccedila Outro mecanismo refere-se agrave quantidade insuficiente de aacutegua como para
realizar os haacutebitos higiecircnicos ou a falta dela pode contribuir para o aparecimento de escabiose A
situaccedilatildeo no ambiente fiacutesico proporcionando condiccedilotildees propiacutecias agrave vida e agrave reproduccedilatildeo de vetores
ou reservatoacuterios de doenccedilas tambeacutem eacute considerada um mecanismo de transmissatildeo de doenccedilas
(BRASIL 2006)
Conforme Brasil 2006 eacute importante informar que todo o processo de tratamento que a aacutegua passa
desde o tratamento a reservaccedilatildeo a distribuiccedilatildeo e o consumo natildeo garante a condiccedilatildeo de
potabilidade da mesma Cabe destacar que satildeo vaacuterias as substacircncias como metais pesados e
agrotoacutexicos que natildeo satildeo efetivamente removidas em processos convencionais de tratamento Por
isso a importacircncia de se manter um sistema com mais enfoque no controle e na vigilacircncia da
qualidade da aacutegua para consumo humano considerando a dinacircmica da aacutegua desde o manancial ateacute o
consumo
O padratildeo de potabilidade brasileiro estaacute descrito no Quadro 1
Padratildeo microbioloacutegico
Padratildeo de turbidez para a aacutegua poacutes-filtraccedilatildeo ou preacute-desinfecccedilatildeo
Padratildeo para substacircncias quiacutemicas que representam riscos aacute sauacutede (inorgacircnicas orgacircnicas agrotoacutexicos
desinfetantes e produtos secundaacuterios da desinfecccedilatildeo)
Padratildeo de radiatividade
Padratildeo de aceitaccedilatildeo para consumo humano
Fonte retirado BRASIL 2006
O CEP fornece uma radiografia do processo identificando sua variabilidade e possibilitando o
controle dessa variabilidade ao longo do tempo atraveacutes da coleta de dados continuada anaacutelise e
bloqueio de possiacuteveis causas que estejam tornando o sistema instaacutevel (RIBEIRO 2012)
O controle estatiacutestico do processo (CEP) eacute uma teacutecnica estatiacutestica aplicada agrave
produccedilatildeo que permite a reduccedilatildeo sistemaacutetica da variabilidade nas caracteriacutesticas da
qualidade de interesse contribuindo para a melhoria da qualidade intriacutenseca da
produtividade da confiabilidade e do custo do que estaacute sendo produzida
(RIBEIRO 2012)
O principal objetivo do CEP eacute possibilitar um controle eficaz da qualidade feito pelo proacuteprio
operador em tempo real assim monitorando as caracteriacutesticas de interesse assegurando que elas se
mantecircm dentro de limites preestabelecidos e indicando correccedilatildeo e melhorias (RIBEIRO 2012)
Segundo (BONDUELLE 2013) cartas de controle satildeo graacuteficos de anaacutelise e ajuste da variaccedilatildeo de
um processo em funccedilatildeo do tempo atraveacutes de duas caracteriacutesticas baacutesicas sua centralizaccedilatildeo e sua
dispersatildeo O emprego dos graacuteficos de controle possibilita o controle de qualidade no sistema ou
seja exibem um enfoque na detecccedilatildeo dos defeitos e accedilatildeo corretiva imediata (DEMING 1990)
3 MATERIAL E MEacuteTODOS
O trabalho foi desenvolvido a partir de dados obtidos em um municiacutepio lindeiro ao Parque Nacional
Do Iguaccedilu juntamente com um laboratoacuterio credenciado no municiacutepio de Cascavel a qual opera
com certificaccedilatildeo ISO 9001 para o Sistema de Tratamento de Aacutegua e Esgoto As informaccedilotildees
utilizadas para o desenvolvimento do presente estudo satildeo da rede de distribuiccedilatildeo da unidade de
tratamento Sede O municiacutepio concentra um nuacutemero de habitantes de 17340 em uma aacuterea de
aproximadamente de 639746 km2 (IBGE 2015)
31 PARAcircMETROS ANALISADOS
No processo de tratamento da aacutegua potaacutevel satildeo analisados vaacuterios paracircmetros para o controle da
qualidade da aacutegua para consumo humano A Portaria Ministerial prevecirc paracircmetros de anaacutelise para
cada forma de abastecimento de aacutegua O cloro residual livre o pH e a turbidez satildeo fundamentais
para o controle da qualidade da aacutegua Neste sentido foram definidas as especificaccedilotildees para estes
trecircs paracircmetros de potabilidade cloro residual livre o pH e a turbidez tendo como principais
caracteriacutesticas na sequecircncia
311 PARAcircMETRO CLORO RESIDUAL LIVRE
O cloro eacute um produto quiacutemico utilizado no tratamento da aacutegua Sua mediccedilatildeo eacute importante e serve
para controlar a dosagem que estaacute sendo aplicada na aacutegua e tambeacutem para acompanhar sua evoluccedilatildeo
durante o tratamento A portaria 29142011 determina a obrigatoriedade de se manteacutem no miacutenimo
um padratildeo de 02 mgL de cloro residual livre ou ateacute 20 mgL de cloro residual em toda extensatildeo
do sistema de distribuiccedilatildeo Os principais produtos utilizados satildeo hipoclorito de caacutelcio cal clorada
hipoclorito de soacutedio e cloro gasoso A aplicaccedilatildeo de cloro como meio de desinfecccedilatildeo pode garantir a
manutenccedilatildeo da qualidade da aacutegua desde que a cloraccedilatildeo seja feita de maneira controlada (FUNASA
2013)
312 PARAcircMETRO PH
O pH representa a concentraccedilatildeo de iacuteons de hidrogecircnio H+ na aacutegua indicando condiccedilotildees de acidez
neutralidade e basicidade da aacutegua O pH eacute um paracircmetro de caraacuteter operacional importante e sempre
deve ser acompanhado para otimizar em qualquer processo de tratamento sendo de fundamental
importacircncia na qualidade da aacutegua (BAIRD 2004)
A coagulaccedilatildeo e a floculaccedilatildeo que a aacutegua sofre de iniacutecio eacute um processo unitaacuterio e dependente do pH
haacute uma condiccedilatildeo denominada ldquopH oacutetimordquo de floculaccedilatildeo que corresponde agrave situaccedilatildeo em que as
partiacuteculas coloidais apresentam menor quantidade de carga eletrostaacutetica superficial Haacute tambeacutem
outro processo para desinfecccedilatildeo que eacute atraveacutes do cloro Em meio aacutecido a dissociaccedilatildeo do aacutecido
hipocloroso formando hipoclorito eacute menor sendo o processo mais eficiente Reconhecendo-se que
as aacuteguas aacutecidas satildeo corrosivas ao passo que as alcalinas satildeo incrustantes Portanto o pH da aacutegua
final deve ser controlado para que assim os carbonatos presentes sejam equilibrados e natildeo ocorra
nenhum dos dois efeitos indesejados mencionados (COMPANHIA AMBIENTAL DO ESTADO
DE SAtildeO PAULO 2010)
Na rotina dos laboratoacuterios das estaccedilotildees de tratamento de aacutegua o pH eacute medido e ajustado para
melhorar o processo de coagulaccedilatildeofloculaccedilatildeo da aacutegua e tambeacutem no controle da desinfecccedilatildeo A
Portaria vigente recomenda que o pH da aacutegua seja mantido de 60 a 95 no sistema de distribuiccedilatildeo
da aacutegua sendo ideal principalmente para a accedilatildeo de desinfecccedilatildeo do cloro na aacutegua Os resultados de
pH devem estar dentro da faixa estabelecida dos padrotildees de potabilidade (FUNASA 2013)
313 PARAcircMETRO TURBIDEZ
De acordo com a portaria da potabilidade da aacutegua a turbidez eacute um paracircmetro fiacutesico da aacutegua eacute
gerada ateacute mesmo pela apresentaccedilatildeo de algas placircncton mateacuteria orgacircnica e outras substacircncias como
o zinco ferro manganecircs e areia que muitas vezes se resulta de erosotildees ou vazantes domeacutesticos e
industriais A turbidez tem sua importacircncia no processo de tratamento da aacutegua pois a aacutegua com
turbidez elevada forma flocos pesados que decantam mais rapidamente que a turbidez baixa No
entanto tem suas desvantagens sendo que no processo de desinfecccedilatildeo da aacutegua a turbidez alta aliada
ao hipoclorito de soacutedio pode formar uma substacircncia toacutexica ao organismo humano A Portaria
estabelece o valor maacuteximo permitido de 50 UT (unidade turbidez) em qualquer ponto da rede de
distribuiccedilatildeo (BRASIL 2013)
A turbidez de aacutegua bruta eacute um dos principais paracircmetros que influencia em inovaccedilotildees tecnoloacutegicas
nos processos de tratamento Aacuteguas represadas normalmente apresentam turbidez reduzida sendo
influenciada pela sedimentaccedilatildeo das partiacuteculas em suspensatildeo (BRASIL 2013)
Na aacutegua filtrada a turbidez tem como funccedilatildeo de indicador sanitaacuterio e natildeo somente de aparecircncia A
retirada de turbidez por meio da filtraccedilatildeo indica a remoccedilatildeo de partiacuteculas em suspensatildeo incluindo
cistos e oocistos de protozoaacuterios Os criteacuterios reconhecidos internacionalmente como indicadores da
remoccedilatildeo de protozoaacuterios eacute (USEPA 2001 apud BRASIL 2013)
A turbidez da aacutegua preacute-desinfecccedilatildeo precedida ou natildeo de filtraccedilatildeo eacute considerado tambeacutem um
paracircmetro de controle de eficiecircncia da desinfecccedilatildeo compreende-se de que partiacuteculas em suspensatildeo
podem abrigar os micro-organismos da accedilatildeo do desinfetante (OMS 1995 apud BRASIL 2013)
Diante do exposto entende-se que o padratildeo de turbidez da aacutegua poacutes-filtraccedilatildeo eacute um componente do
padratildeo microbioloacutegico de potabilidade da aacutegua (Quadro 2)
Quadro 2 ndash Padratildeo de turbidez para aacutegua poacutes-filtraccedilatildeo ou preacute-desinfecccedilatildeo Portaria MS no
29142011
TRATAMENTO DA AacuteGUA VALOR MAacuteXIMO PERMITIDO
Desinfecccedilatildeo (para aacuteguas subterracircneas) 10 UT2 em 95 das amostras
Filtraccedilatildeo raacutepida (tratamento completo ou filtraccedilatildeo direta) 053 UT2 em 95 das amostras
Filtraccedilatildeo lenta 103 UT2 em 95 das amostras
2 Unidade de turbidez 3 Este valor deve atender de acordo como especificado no sect 2ordm do art 30 ( Portaria MS n
o 29142011)
32 TEacuteCNICAS ESTATIacuteSTICAS DE QUALIDADE
Conforme MONTGOMERY (2004) as cartas de controle estatiacutestico satildeo as principais ferramentas
do CEP que visa agrave estabilidade do processo em funccedilatildeo da reduccedilatildeo da variabilidade e consequente
aumento da capacidade da produccedilatildeo
A carta de controle eacute simplesmente um graacutefico de acompanhamento com uma linha superior (LSC)
e uma linha inferior (LIC) em cada lado da linha central (LC) do processo todos estatisticamente
determinados (TUBINO 2013) seguem figura 1 e figura 2
Figura 1 Exemplo de cartas de controle ldquoSob controle estatiacutesticordquo
Figura 2 Exemplo de cartas de controle ldquoFora de controle estatiacutesticordquo
Fonte (Figura 1 e 2) OLIVEIRA 2013
Quando todos os pontos amostrais estiverem dispostos dentro dos limites de controle de forma
aleatoacuteria considera-se que o processo estaacute ldquosob controlerdquo (figura 1) No entanto se um (ou mais)
ponto(s) estiver(em) disposto(s) fora dos limites de controle haacute evidecircncia de que o processo estaacute
ldquofora de controlerdquo (figura 2) e que accedilotildees corretivas satildeo necessaacuterias para detectar e eliminar o que
estaacute causando essa descentralizaccedilatildeo
Seja W uma distribuiccedilatildeo normal dos resultados das mediccedilotildees com meacutedia microw e desvio padratildeo σw
conhecidos Entatildeo os limites seratildeo dados por meio da Equaccedilatildeo 1
LSC = microw + L σw
LC = microw (Equaccedilatildeo 1)
LIC = microw - L σw
Onde L eacute agrave distacircncia dos limites de controle agrave linha central expressa em unidades de desvio padratildeo
(OLIVEIRA 2013)
Existem vaacuterios tipos de cartas de controle que visam assegurar a qualidade de um processo de
produccedilatildeo que pode ser divididas em cartas de controle por variaacuteveis
Cartas e R (meacutedia e amplitude)
Cartas e S (meacutedia e desvio padratildeo)
Cartas I e MR (valores individuais e amplitude moacutevel)
CUSUM (soma cumulativa)
E as cartas de controle para atributos
Cartas p (para controlar a proporccedilatildeo de unidades natildeo conformes)
Cartas np (para controlar o nuacutemero de unidades natildeo conformes)
Cartas c (para controlar o nuacutemero de natildeo conformidades por unidade)
Cartas u (para controlar a taxa de natildeo conformidades por unidade)
Para a elaboraccedilatildeo do presente artigo foram utilizadas as cartas de controle para variaacuteveis e R
(meacutedia e amplitude) no qual satildeo empregadas variaacuteveis quantitativas contiacutenuas sendo necessaacuterio
controlarmonitorar tanto o valor meacutedio quanto a variabilidade do processo
Na praacutetica micro e σ natildeo satildeo conhecidos e precisam ser estimados a partir de amostras ou subgrupos
preliminares retirados quando o processo supostamente estava sob controle Estas estimativas
iniciais no planejamento da carta devem ser baseadas em 20 ou 25 amostras segundo
MONTGOMERY (2004) Limites de controle para a carta satildeo
Linha Central = micro (Equaccedilatildeo 2)
Substituindo por A na Equaccedilatildeo 2 os limites se reduzem agrave Equaccedilatildeo 3
(Equaccedilatildeo 3)
onde A satildeo valores tabelados que dependem de N (Anexo A)
Limites de controle para a carta R
2σ + 3d3σ
2σ (Equaccedilatildeo 4)
2σ - 3d3σ
Fatorando a Equaccedilatildeo 4 e considerando 2σ + 3d3 = D2 e 2σ - 3d3 = D1 os limites de controle se
reduzem agrave equaccedilatildeo 5
2σ
2σ (Equaccedilatildeo 5)
1σ
Onde D1 e D2 satildeo valores tabelados que dependem de n (Anexo A) (OLIVEIRA 2013)
33 MATERIAIS UTILIZADOS
Os dados utilizados foram fornecidos por um laboratoacuterio credenciado no municiacutepio de Cascavel a
qual opera com certificaccedilatildeo ISO 9001 para o Sistema de Tratamento de Aacutegua e Esgoto o programa
Microsoft Excel 2010 e o Software Estatiacutestico Statghapics Centurion e pesquisas de artigos
relacionados
4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO
41 LIMITES DE CONTROLE PARA A TURBIDEZ DA AacuteGUA TRATADA
Para caacutelculo dos iacutendices de capacidade do processo foram considerados os limites superior e
inferior definidos pela Portaria 29142011 do Ministeacuterio da Sauacutede conforme os graacuteficos 1 e 2 na
sequecircncia
Graacutefico 1 Apresenta a meacutedia das amostras coletadas no sistema de distribuiccedilatildeo de turbidez
018
Range Chart for Col_1-Col_4
0 10 20 30 40 50 60
Subgroup
0
02
04
06
08
Ran
ge
008
000
Graacutefico 2 Apresenta a amplitude das amostras coletadas no sistema de distribuiccedilatildeo de turbidez
Em resumo foram analisadas 1200 amostras totalizando 20 amostras mensais consecutivas em
relaccedilatildeo agrave turbidez O ponto meacutedio da faixa da operaccedilatildeo foi 008 UT estatisticamente viaacutevel mas
conforme graacutefico 1 e 2 o processo esteve descentrado Como os limites impostos pela Portaria
29142011 do Ministeacuterio da Sauacutede tem faixa de operaccedilatildeo mais ampla que a apresentada no graacutefico
1 a empresa reguladora utiliza estes como referecircncia uma vez que satildeo limites aceitaacuteveis para a
seguranccedila e natildeo apresenta riscos agrave sauacutede da populaccedilatildeo
42 LIMITES DE CONTROLE PARA O PH DA AacuteGUA TRATADA
Os valores obtidos para o paracircmetro pH atraveacutes das cartas de controle e R estatildeo apresentados
nos graacuteficos 3 e 4 respectivamente
Graacutefico 3 Apresenta a meacutedia das amostras coletadas no sistema de distribuiccedilatildeo de PH
033
X-bar Chart for Col_1-Col_4
0 10 20 30 40 50 60
Subgroup
021
025
029
033
037
041
045
X-b
ar
027
021
X-bar Chart for Col_1-Col_4
0 10 20 30 40
Subgroup
71
73
75
77
79
81
X-b
ar
742
751
732
Range Chart for Col_1-Col_4
0 10 20 30 40
Subgroup
0
02
04
06
08
1
Ran
ge
014
031
000
Graacutefico 4 Apresenta a amplitude das amostras coletadas no sistema de distribuiccedilatildeo de PH
Foram analisadas 700 amostras totalizando 20 amostras consecutivas em relaccedilatildeo ao pH da aacutegua
tratada O ponto meacutedio da faixa de operaccedilatildeo eacute de 742 Estatisticamente de acordo com os graacuteficos
3 e 4 a aplicaccedilatildeo detectou que o pH encontra-se descentralizado mas em relaccedilatildeo aos limites da
Portaria ainda estaacute entre a faixa exigida Ainda foi possiacutevel observar a ocorrecircncia de valores
consecutivos abaixo da linha central e tambeacutem acima da linha central indicando um padratildeo de
comportamento natildeo aleatoacuterio em torno da meacutedia Vale salientar que este comportamento se deve a
causas especiais de variaccedilatildeo (externas) como por exemplo existentes no processo poreacutem estas
caracteriacutesticas natildeo trazem riscos agrave sauacutede da populaccedilatildeo ao ser consumida
43 LIMITES DE CONTROLE PARA O CLORO RESIDUAL LIVRE DA AacuteGUA TRATADA
Os valores obtidos com amostras para o paracircmetro pH atraveacutes das cartas de controle e R teste
estatildeo apresentados nos graacuteficos 5 e 6 respectivamente
X-bar Chart for cloro-26092015Col_1-cloro-26092015Col_4
0 10 20 30 40
Subgroup
094
114
134
154
174
X-b
ar
113
131
094
Graacutefico 5 Apresenta a meacutedia das amostras coletadas no sistema de distribuiccedilatildeo de cloro residual livre
Range Chart for cloro-26092015Col_1-cloro-26092015Col_4
0 10 20 30 40
Subgroup
0
04
08
12
16
2
24
Ran
ge
025
057
000
Graacutefico 6 Apresenta a amplitude das amostras coletadas no sistema de distribuiccedilatildeo de cloro residual livre
Foram analisadas 720 amostras totalizando 20 amostras consecutivas em relaccedilatildeo ao cloro residual
livre da aacutegua tratada Conforme os graacuteficos 5 e 6 demonstram o cloro residual livre apresenta o
ponto meacutedio de operaccedilatildeo de 113 mgL O processo permaneceu estatisticamente descentralizado no
periacuteodo Aleacutem disso houve ocorrecircncia de padrotildees de comportamento abaixo da meacutedia apresentados
na forma de sequecircncia de valores consecutivos abaixo da linha central o que indica que houve
alguma causa externa afetando o comportamento desta variaacutevel Em todo caso as mediccedilotildees natildeo
extrapolaram os limites de especificaccedilatildeo impostos pelo laboratoacuterio credenciado muito menos
violam os limites impostos pela Portaria 29142011 do Ministeacuterio da Sauacutede Portanto a aacutegua
potaacutevel natildeo apresenta risco agrave sauacutede ao ser consumida pela populaccedilatildeo
5 CONCLUSAtildeO
Este trabalho mostrou que apesar dos problemas relativos agrave periodicidade de coleta e nuacutemero
reduzido de amostras para avaliaccedilatildeo de algumas variaacuteveis os resultados obtidos fornecem um
quadro da qualidade da aacutegua consumida na aacuterea de estudo nos periacuteodos analisados Os resultados
demonstram aleacutem de descentralizaccedilotildees estatiacutesticas diversos padrotildees de comportamento natildeo
aleatoacuterios em torno da meacutedia oriundos de mecanismos externos ao processo durante o tratamento
da aacutegua Eacute importante salientar que apesar destes padrotildees de comportamento a aacutegua tratada no
municiacutepio em estudo natildeo compromete a qualidade da aacutegua potaacutevel e descarta qualquer
possibilidade de riscos agrave sauacutede da populaccedilatildeo Isso ocorre porque os paracircmetros analisados ainda se
encontram na faixa aceitaacutevel pela Portaria 29142011 tanto para o paracircmetro de cloro residual livre
assim como para os paracircmetros pH e turbidez
6 REFEREcircNCIAS
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BAIRD C Quiacutemica Ambiental Porto Alegre Bookman 2004 622p
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Brasiacutelia Funasa 2013
BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Vigilacircncia em Sauacutede Vigilacircncia e controle da qualidade da aacutegua para
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Disponiacutevel em httpwwwsabespcombrCalandrawebCalandraRedirectProj=sabespampPub=TampTemp=0 Acesso em
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informaE7F5es-completasgt acesso em 25 set 2015
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mediccedilatildeo quantitativos em laboratoacuterios de ensaio 1ordf ediccedilatildeo Satildeo Paulo ndash SESSP 2013
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Correlatos e Cosmeacuteticos 3deg ediccedilatildeo Satildeo Paulo Atheneu Editora 2010
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SILVA LSCV Aplicaccedilatildeo do controle estatiacutestico de processos na induacutestria de laticiacutenios Lacatoplasa um estudo de
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SOUZA J A R de et al Anaacutelise das condiccedilotildees de potabilidade das aacuteguas de surgecircncias em Ubaacute MG Ambiente e
Aacutegua ndash An Interdisciplinary Journal of Applie Science 2015
TUBINO R Controle estatiacutestico manutenccedilatildeo e confiabilidade de processos Rio Grande do Sul 2013
APEcircNDICE
Os resultados a seguir foram obtidos atraveacutes do Software Stactgraphics
TABELA 1 2 E 3 APRESENTAM OS NUacuteMEROS DE TURBIDEZ DA AacuteGUA TRATADA
e R
Number of subgroups = 60 Distribution Normal
Average subgroup size = 64 Transformation none
0 subgroups excluded
Carta
Period 1-60
UCL +30 sigma 032894
Centerline 0270708
LCL -30 sigma 0212476
Tabela 1 2 beyond limits
Carta R
Period 1-60
UCL +30 sigma 0182352
Centerline 00799333
LCL -30 sigma 00
Tabela 2 1 beyond limits
Estimativa Period 1-60
Process mean 0270708
Process sigma 00388214
Average range 00799333
Tabela 3 Sigma estimated from
average
TABELA 4 5 E 6 APRESENTAM OS NUacuteMEROS DE PH DA AacuteGUA TRATADA
e R
Number of subgroups = 35 Distribution Normal Subgroup size = 40 Transformation none
0 subgroups excluded
Carta
Period 1-35
UCL +30 sigma 75148
Centerline 741614
LCL -30 sigma 731748
Tabela 4 22 beyond limits
Carta R Period 1-35
UCL +30 sigma 0308953
Centerline 0135429
LCL -30 sigma 00
Tabela 5 3 beyond limits
Estimativa Period 1-35
Process mean 741614
Process sigma 0065774
Average range 0135429
Tabela 6 Sigma estimated from
average ranger
TABELA 7 8 E 9 APRESENTAM OS NUacuteMEROS DE CLORO RESIDUAL LIVRE DA
AacuteGUA TRATADA
e R
Number of subgroups = 36 Distribution Normal
Subgroup size = 40 Transformation none
0 subgroups excluded
Carta
Period 1-36
UCL +30 sigma 130838
Centerline 112625
LCL -30 sigma 0944123
Tabela 7 2 beyond limits
Carta R Period 1-36
UCL +30 sigma 0570325
Centerline 025
LCL -30 sigma 00
Tabela 8 2 beyond limits
Estimativa Period 1-36
Process mean 112625
Process sigma 0121418
Average range 025
Tabela 9 Sigma estimated from
average ranger
ANEXO A
O padratildeo de potabilidade brasileiro estaacute descrito no Quadro 1
Padratildeo microbioloacutegico
Padratildeo de turbidez para a aacutegua poacutes-filtraccedilatildeo ou preacute-desinfecccedilatildeo
Padratildeo para substacircncias quiacutemicas que representam riscos aacute sauacutede (inorgacircnicas orgacircnicas agrotoacutexicos
desinfetantes e produtos secundaacuterios da desinfecccedilatildeo)
Padratildeo de radiatividade
Padratildeo de aceitaccedilatildeo para consumo humano
Fonte retirado BRASIL 2006
O CEP fornece uma radiografia do processo identificando sua variabilidade e possibilitando o
controle dessa variabilidade ao longo do tempo atraveacutes da coleta de dados continuada anaacutelise e
bloqueio de possiacuteveis causas que estejam tornando o sistema instaacutevel (RIBEIRO 2012)
O controle estatiacutestico do processo (CEP) eacute uma teacutecnica estatiacutestica aplicada agrave
produccedilatildeo que permite a reduccedilatildeo sistemaacutetica da variabilidade nas caracteriacutesticas da
qualidade de interesse contribuindo para a melhoria da qualidade intriacutenseca da
produtividade da confiabilidade e do custo do que estaacute sendo produzida
(RIBEIRO 2012)
O principal objetivo do CEP eacute possibilitar um controle eficaz da qualidade feito pelo proacuteprio
operador em tempo real assim monitorando as caracteriacutesticas de interesse assegurando que elas se
mantecircm dentro de limites preestabelecidos e indicando correccedilatildeo e melhorias (RIBEIRO 2012)
Segundo (BONDUELLE 2013) cartas de controle satildeo graacuteficos de anaacutelise e ajuste da variaccedilatildeo de
um processo em funccedilatildeo do tempo atraveacutes de duas caracteriacutesticas baacutesicas sua centralizaccedilatildeo e sua
dispersatildeo O emprego dos graacuteficos de controle possibilita o controle de qualidade no sistema ou
seja exibem um enfoque na detecccedilatildeo dos defeitos e accedilatildeo corretiva imediata (DEMING 1990)
3 MATERIAL E MEacuteTODOS
O trabalho foi desenvolvido a partir de dados obtidos em um municiacutepio lindeiro ao Parque Nacional
Do Iguaccedilu juntamente com um laboratoacuterio credenciado no municiacutepio de Cascavel a qual opera
com certificaccedilatildeo ISO 9001 para o Sistema de Tratamento de Aacutegua e Esgoto As informaccedilotildees
utilizadas para o desenvolvimento do presente estudo satildeo da rede de distribuiccedilatildeo da unidade de
tratamento Sede O municiacutepio concentra um nuacutemero de habitantes de 17340 em uma aacuterea de
aproximadamente de 639746 km2 (IBGE 2015)
31 PARAcircMETROS ANALISADOS
No processo de tratamento da aacutegua potaacutevel satildeo analisados vaacuterios paracircmetros para o controle da
qualidade da aacutegua para consumo humano A Portaria Ministerial prevecirc paracircmetros de anaacutelise para
cada forma de abastecimento de aacutegua O cloro residual livre o pH e a turbidez satildeo fundamentais
para o controle da qualidade da aacutegua Neste sentido foram definidas as especificaccedilotildees para estes
trecircs paracircmetros de potabilidade cloro residual livre o pH e a turbidez tendo como principais
caracteriacutesticas na sequecircncia
311 PARAcircMETRO CLORO RESIDUAL LIVRE
O cloro eacute um produto quiacutemico utilizado no tratamento da aacutegua Sua mediccedilatildeo eacute importante e serve
para controlar a dosagem que estaacute sendo aplicada na aacutegua e tambeacutem para acompanhar sua evoluccedilatildeo
durante o tratamento A portaria 29142011 determina a obrigatoriedade de se manteacutem no miacutenimo
um padratildeo de 02 mgL de cloro residual livre ou ateacute 20 mgL de cloro residual em toda extensatildeo
do sistema de distribuiccedilatildeo Os principais produtos utilizados satildeo hipoclorito de caacutelcio cal clorada
hipoclorito de soacutedio e cloro gasoso A aplicaccedilatildeo de cloro como meio de desinfecccedilatildeo pode garantir a
manutenccedilatildeo da qualidade da aacutegua desde que a cloraccedilatildeo seja feita de maneira controlada (FUNASA
2013)
312 PARAcircMETRO PH
O pH representa a concentraccedilatildeo de iacuteons de hidrogecircnio H+ na aacutegua indicando condiccedilotildees de acidez
neutralidade e basicidade da aacutegua O pH eacute um paracircmetro de caraacuteter operacional importante e sempre
deve ser acompanhado para otimizar em qualquer processo de tratamento sendo de fundamental
importacircncia na qualidade da aacutegua (BAIRD 2004)
A coagulaccedilatildeo e a floculaccedilatildeo que a aacutegua sofre de iniacutecio eacute um processo unitaacuterio e dependente do pH
haacute uma condiccedilatildeo denominada ldquopH oacutetimordquo de floculaccedilatildeo que corresponde agrave situaccedilatildeo em que as
partiacuteculas coloidais apresentam menor quantidade de carga eletrostaacutetica superficial Haacute tambeacutem
outro processo para desinfecccedilatildeo que eacute atraveacutes do cloro Em meio aacutecido a dissociaccedilatildeo do aacutecido
hipocloroso formando hipoclorito eacute menor sendo o processo mais eficiente Reconhecendo-se que
as aacuteguas aacutecidas satildeo corrosivas ao passo que as alcalinas satildeo incrustantes Portanto o pH da aacutegua
final deve ser controlado para que assim os carbonatos presentes sejam equilibrados e natildeo ocorra
nenhum dos dois efeitos indesejados mencionados (COMPANHIA AMBIENTAL DO ESTADO
DE SAtildeO PAULO 2010)
Na rotina dos laboratoacuterios das estaccedilotildees de tratamento de aacutegua o pH eacute medido e ajustado para
melhorar o processo de coagulaccedilatildeofloculaccedilatildeo da aacutegua e tambeacutem no controle da desinfecccedilatildeo A
Portaria vigente recomenda que o pH da aacutegua seja mantido de 60 a 95 no sistema de distribuiccedilatildeo
da aacutegua sendo ideal principalmente para a accedilatildeo de desinfecccedilatildeo do cloro na aacutegua Os resultados de
pH devem estar dentro da faixa estabelecida dos padrotildees de potabilidade (FUNASA 2013)
313 PARAcircMETRO TURBIDEZ
De acordo com a portaria da potabilidade da aacutegua a turbidez eacute um paracircmetro fiacutesico da aacutegua eacute
gerada ateacute mesmo pela apresentaccedilatildeo de algas placircncton mateacuteria orgacircnica e outras substacircncias como
o zinco ferro manganecircs e areia que muitas vezes se resulta de erosotildees ou vazantes domeacutesticos e
industriais A turbidez tem sua importacircncia no processo de tratamento da aacutegua pois a aacutegua com
turbidez elevada forma flocos pesados que decantam mais rapidamente que a turbidez baixa No
entanto tem suas desvantagens sendo que no processo de desinfecccedilatildeo da aacutegua a turbidez alta aliada
ao hipoclorito de soacutedio pode formar uma substacircncia toacutexica ao organismo humano A Portaria
estabelece o valor maacuteximo permitido de 50 UT (unidade turbidez) em qualquer ponto da rede de
distribuiccedilatildeo (BRASIL 2013)
A turbidez de aacutegua bruta eacute um dos principais paracircmetros que influencia em inovaccedilotildees tecnoloacutegicas
nos processos de tratamento Aacuteguas represadas normalmente apresentam turbidez reduzida sendo
influenciada pela sedimentaccedilatildeo das partiacuteculas em suspensatildeo (BRASIL 2013)
Na aacutegua filtrada a turbidez tem como funccedilatildeo de indicador sanitaacuterio e natildeo somente de aparecircncia A
retirada de turbidez por meio da filtraccedilatildeo indica a remoccedilatildeo de partiacuteculas em suspensatildeo incluindo
cistos e oocistos de protozoaacuterios Os criteacuterios reconhecidos internacionalmente como indicadores da
remoccedilatildeo de protozoaacuterios eacute (USEPA 2001 apud BRASIL 2013)
A turbidez da aacutegua preacute-desinfecccedilatildeo precedida ou natildeo de filtraccedilatildeo eacute considerado tambeacutem um
paracircmetro de controle de eficiecircncia da desinfecccedilatildeo compreende-se de que partiacuteculas em suspensatildeo
podem abrigar os micro-organismos da accedilatildeo do desinfetante (OMS 1995 apud BRASIL 2013)
Diante do exposto entende-se que o padratildeo de turbidez da aacutegua poacutes-filtraccedilatildeo eacute um componente do
padratildeo microbioloacutegico de potabilidade da aacutegua (Quadro 2)
Quadro 2 ndash Padratildeo de turbidez para aacutegua poacutes-filtraccedilatildeo ou preacute-desinfecccedilatildeo Portaria MS no
29142011
TRATAMENTO DA AacuteGUA VALOR MAacuteXIMO PERMITIDO
Desinfecccedilatildeo (para aacuteguas subterracircneas) 10 UT2 em 95 das amostras
Filtraccedilatildeo raacutepida (tratamento completo ou filtraccedilatildeo direta) 053 UT2 em 95 das amostras
Filtraccedilatildeo lenta 103 UT2 em 95 das amostras
2 Unidade de turbidez 3 Este valor deve atender de acordo como especificado no sect 2ordm do art 30 ( Portaria MS n
o 29142011)
32 TEacuteCNICAS ESTATIacuteSTICAS DE QUALIDADE
Conforme MONTGOMERY (2004) as cartas de controle estatiacutestico satildeo as principais ferramentas
do CEP que visa agrave estabilidade do processo em funccedilatildeo da reduccedilatildeo da variabilidade e consequente
aumento da capacidade da produccedilatildeo
A carta de controle eacute simplesmente um graacutefico de acompanhamento com uma linha superior (LSC)
e uma linha inferior (LIC) em cada lado da linha central (LC) do processo todos estatisticamente
determinados (TUBINO 2013) seguem figura 1 e figura 2
Figura 1 Exemplo de cartas de controle ldquoSob controle estatiacutesticordquo
Figura 2 Exemplo de cartas de controle ldquoFora de controle estatiacutesticordquo
Fonte (Figura 1 e 2) OLIVEIRA 2013
Quando todos os pontos amostrais estiverem dispostos dentro dos limites de controle de forma
aleatoacuteria considera-se que o processo estaacute ldquosob controlerdquo (figura 1) No entanto se um (ou mais)
ponto(s) estiver(em) disposto(s) fora dos limites de controle haacute evidecircncia de que o processo estaacute
ldquofora de controlerdquo (figura 2) e que accedilotildees corretivas satildeo necessaacuterias para detectar e eliminar o que
estaacute causando essa descentralizaccedilatildeo
Seja W uma distribuiccedilatildeo normal dos resultados das mediccedilotildees com meacutedia microw e desvio padratildeo σw
conhecidos Entatildeo os limites seratildeo dados por meio da Equaccedilatildeo 1
LSC = microw + L σw
LC = microw (Equaccedilatildeo 1)
LIC = microw - L σw
Onde L eacute agrave distacircncia dos limites de controle agrave linha central expressa em unidades de desvio padratildeo
(OLIVEIRA 2013)
Existem vaacuterios tipos de cartas de controle que visam assegurar a qualidade de um processo de
produccedilatildeo que pode ser divididas em cartas de controle por variaacuteveis
Cartas e R (meacutedia e amplitude)
Cartas e S (meacutedia e desvio padratildeo)
Cartas I e MR (valores individuais e amplitude moacutevel)
CUSUM (soma cumulativa)
E as cartas de controle para atributos
Cartas p (para controlar a proporccedilatildeo de unidades natildeo conformes)
Cartas np (para controlar o nuacutemero de unidades natildeo conformes)
Cartas c (para controlar o nuacutemero de natildeo conformidades por unidade)
Cartas u (para controlar a taxa de natildeo conformidades por unidade)
Para a elaboraccedilatildeo do presente artigo foram utilizadas as cartas de controle para variaacuteveis e R
(meacutedia e amplitude) no qual satildeo empregadas variaacuteveis quantitativas contiacutenuas sendo necessaacuterio
controlarmonitorar tanto o valor meacutedio quanto a variabilidade do processo
Na praacutetica micro e σ natildeo satildeo conhecidos e precisam ser estimados a partir de amostras ou subgrupos
preliminares retirados quando o processo supostamente estava sob controle Estas estimativas
iniciais no planejamento da carta devem ser baseadas em 20 ou 25 amostras segundo
MONTGOMERY (2004) Limites de controle para a carta satildeo
Linha Central = micro (Equaccedilatildeo 2)
Substituindo por A na Equaccedilatildeo 2 os limites se reduzem agrave Equaccedilatildeo 3
(Equaccedilatildeo 3)
onde A satildeo valores tabelados que dependem de N (Anexo A)
Limites de controle para a carta R
2σ + 3d3σ
2σ (Equaccedilatildeo 4)
2σ - 3d3σ
Fatorando a Equaccedilatildeo 4 e considerando 2σ + 3d3 = D2 e 2σ - 3d3 = D1 os limites de controle se
reduzem agrave equaccedilatildeo 5
2σ
2σ (Equaccedilatildeo 5)
1σ
Onde D1 e D2 satildeo valores tabelados que dependem de n (Anexo A) (OLIVEIRA 2013)
33 MATERIAIS UTILIZADOS
Os dados utilizados foram fornecidos por um laboratoacuterio credenciado no municiacutepio de Cascavel a
qual opera com certificaccedilatildeo ISO 9001 para o Sistema de Tratamento de Aacutegua e Esgoto o programa
Microsoft Excel 2010 e o Software Estatiacutestico Statghapics Centurion e pesquisas de artigos
relacionados
4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO
41 LIMITES DE CONTROLE PARA A TURBIDEZ DA AacuteGUA TRATADA
Para caacutelculo dos iacutendices de capacidade do processo foram considerados os limites superior e
inferior definidos pela Portaria 29142011 do Ministeacuterio da Sauacutede conforme os graacuteficos 1 e 2 na
sequecircncia
Graacutefico 1 Apresenta a meacutedia das amostras coletadas no sistema de distribuiccedilatildeo de turbidez
018
Range Chart for Col_1-Col_4
0 10 20 30 40 50 60
Subgroup
0
02
04
06
08
Ran
ge
008
000
Graacutefico 2 Apresenta a amplitude das amostras coletadas no sistema de distribuiccedilatildeo de turbidez
Em resumo foram analisadas 1200 amostras totalizando 20 amostras mensais consecutivas em
relaccedilatildeo agrave turbidez O ponto meacutedio da faixa da operaccedilatildeo foi 008 UT estatisticamente viaacutevel mas
conforme graacutefico 1 e 2 o processo esteve descentrado Como os limites impostos pela Portaria
29142011 do Ministeacuterio da Sauacutede tem faixa de operaccedilatildeo mais ampla que a apresentada no graacutefico
1 a empresa reguladora utiliza estes como referecircncia uma vez que satildeo limites aceitaacuteveis para a
seguranccedila e natildeo apresenta riscos agrave sauacutede da populaccedilatildeo
42 LIMITES DE CONTROLE PARA O PH DA AacuteGUA TRATADA
Os valores obtidos para o paracircmetro pH atraveacutes das cartas de controle e R estatildeo apresentados
nos graacuteficos 3 e 4 respectivamente
Graacutefico 3 Apresenta a meacutedia das amostras coletadas no sistema de distribuiccedilatildeo de PH
033
X-bar Chart for Col_1-Col_4
0 10 20 30 40 50 60
Subgroup
021
025
029
033
037
041
045
X-b
ar
027
021
X-bar Chart for Col_1-Col_4
0 10 20 30 40
Subgroup
71
73
75
77
79
81
X-b
ar
742
751
732
Range Chart for Col_1-Col_4
0 10 20 30 40
Subgroup
0
02
04
06
08
1
Ran
ge
014
031
000
Graacutefico 4 Apresenta a amplitude das amostras coletadas no sistema de distribuiccedilatildeo de PH
Foram analisadas 700 amostras totalizando 20 amostras consecutivas em relaccedilatildeo ao pH da aacutegua
tratada O ponto meacutedio da faixa de operaccedilatildeo eacute de 742 Estatisticamente de acordo com os graacuteficos
3 e 4 a aplicaccedilatildeo detectou que o pH encontra-se descentralizado mas em relaccedilatildeo aos limites da
Portaria ainda estaacute entre a faixa exigida Ainda foi possiacutevel observar a ocorrecircncia de valores
consecutivos abaixo da linha central e tambeacutem acima da linha central indicando um padratildeo de
comportamento natildeo aleatoacuterio em torno da meacutedia Vale salientar que este comportamento se deve a
causas especiais de variaccedilatildeo (externas) como por exemplo existentes no processo poreacutem estas
caracteriacutesticas natildeo trazem riscos agrave sauacutede da populaccedilatildeo ao ser consumida
43 LIMITES DE CONTROLE PARA O CLORO RESIDUAL LIVRE DA AacuteGUA TRATADA
Os valores obtidos com amostras para o paracircmetro pH atraveacutes das cartas de controle e R teste
estatildeo apresentados nos graacuteficos 5 e 6 respectivamente
X-bar Chart for cloro-26092015Col_1-cloro-26092015Col_4
0 10 20 30 40
Subgroup
094
114
134
154
174
X-b
ar
113
131
094
Graacutefico 5 Apresenta a meacutedia das amostras coletadas no sistema de distribuiccedilatildeo de cloro residual livre
Range Chart for cloro-26092015Col_1-cloro-26092015Col_4
0 10 20 30 40
Subgroup
0
04
08
12
16
2
24
Ran
ge
025
057
000
Graacutefico 6 Apresenta a amplitude das amostras coletadas no sistema de distribuiccedilatildeo de cloro residual livre
Foram analisadas 720 amostras totalizando 20 amostras consecutivas em relaccedilatildeo ao cloro residual
livre da aacutegua tratada Conforme os graacuteficos 5 e 6 demonstram o cloro residual livre apresenta o
ponto meacutedio de operaccedilatildeo de 113 mgL O processo permaneceu estatisticamente descentralizado no
periacuteodo Aleacutem disso houve ocorrecircncia de padrotildees de comportamento abaixo da meacutedia apresentados
na forma de sequecircncia de valores consecutivos abaixo da linha central o que indica que houve
alguma causa externa afetando o comportamento desta variaacutevel Em todo caso as mediccedilotildees natildeo
extrapolaram os limites de especificaccedilatildeo impostos pelo laboratoacuterio credenciado muito menos
violam os limites impostos pela Portaria 29142011 do Ministeacuterio da Sauacutede Portanto a aacutegua
potaacutevel natildeo apresenta risco agrave sauacutede ao ser consumida pela populaccedilatildeo
5 CONCLUSAtildeO
Este trabalho mostrou que apesar dos problemas relativos agrave periodicidade de coleta e nuacutemero
reduzido de amostras para avaliaccedilatildeo de algumas variaacuteveis os resultados obtidos fornecem um
quadro da qualidade da aacutegua consumida na aacuterea de estudo nos periacuteodos analisados Os resultados
demonstram aleacutem de descentralizaccedilotildees estatiacutesticas diversos padrotildees de comportamento natildeo
aleatoacuterios em torno da meacutedia oriundos de mecanismos externos ao processo durante o tratamento
da aacutegua Eacute importante salientar que apesar destes padrotildees de comportamento a aacutegua tratada no
municiacutepio em estudo natildeo compromete a qualidade da aacutegua potaacutevel e descarta qualquer
possibilidade de riscos agrave sauacutede da populaccedilatildeo Isso ocorre porque os paracircmetros analisados ainda se
encontram na faixa aceitaacutevel pela Portaria 29142011 tanto para o paracircmetro de cloro residual livre
assim como para os paracircmetros pH e turbidez
6 REFEREcircNCIAS
ALMEIDA et al Controle Estatiacutestico do Processo (CEP) Itu ndash SP 2011
BAIRD C Quiacutemica Ambiental Porto Alegre Bookman 2004 622p
BONDUELLE Ghislaine Ferramentas de Controle Disponiacutevel em
httpwwwmadeiraufprbrportal12downloadsghislaineceppdf Acesso em 15 novembro 2015
BRASIL Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede Manual praacutetico de anaacutelise de aacutegua Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede ndash 4 ed ndash
Brasiacutelia Funasa 2013
BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Vigilacircncia em Sauacutede Vigilacircncia e controle da qualidade da aacutegua para
consumo humano Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Vigilacircncia em Sauacutede ndash Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2006
212p ndash (Seacuterie BTextos Baacutesicos de Sauacutede)
BRASIL Portaria nordm 2914 de 12 de dezembro de 2011 Ministeacuterio da Sauacutede p 38D Disponiacutevel em
httpsitesabespcombruploadsfileasabesp_doctoskit_arsesp_portaria2914pdf acesso em 10 Novembro 2014
COMPANHIA DE SANEAMENTO BAacuteSICO DO ESTADO DE SAtildeO PAULO ndash SABESP Qualidade da aacutegua
Disponiacutevel em httpwwwsabespcombrCalandrawebCalandraRedirectProj=sabespampPub=TampTemp=0 Acesso em
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httpdxdoiorg10 1590S0034-89102011005000046
FUNASA Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede 3ordm Caderno de pesquisa de engenharia de sauacutede puacuteblica ndash Brasiacutelia Funasa
2013
HARDOIM E L et al Indicadores bioloacutegicos de qualidade da aacutegua (coliformes totais Escherichia coli e
Cryptosporidium ) e impacto das doenccedilas de veiculaccedilatildeo hiacutedrica Estudo de caso ndash Parque Cuiabaacute CuiabaacuteMT
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httpwwwcidadesibgegovbrxtrasperfilphplang=ampcodmun=411560ampsearch=||infogrE1ficos-
informaE7F5es-completasgt acesso em 25 set 2015
OLIVEIRA C C et al Manual para elaboraccedilatildeo de cartas de controle para monitoramento de processos de
mediccedilatildeo quantitativos em laboratoacuterios de ensaio 1ordf ediccedilatildeo Satildeo Paulo ndash SESSP 2013
PINTO T J A KANEKO T M PINTO A F Controle Bioloacutegico de Qualidade de Produtos Farmacecircuticos
Correlatos e Cosmeacuteticos 3deg ediccedilatildeo Satildeo Paulo Atheneu Editora 2010
REBOUCAS A C Panorama da agua doce no Brasil In REBOUCAS Aldo da Cunha (Org) Panorama da
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RIBEIRO J L D CATEN C S T Controle Estatiacutestico de Processo Porto Alegre - RS 2012
ROSA JIL SILVA LLL BARBOSA DBM A importacircncia das Cartas de Controle Estatiacutestico na Revisatildeo
Peroacutedica de Produtos Goiaacutes 2013
SILVA LSCV Aplicaccedilatildeo do controle estatiacutestico de processos na induacutestria de laticiacutenios Lacatoplasa um estudo de
caso [Dissertaccedilatildeo] Florianoacutepolis Universidade Federal de Santa Catarina 1999
SOUZA J A R de et al Anaacutelise das condiccedilotildees de potabilidade das aacuteguas de surgecircncias em Ubaacute MG Ambiente e
Aacutegua ndash An Interdisciplinary Journal of Applie Science 2015
TUBINO R Controle estatiacutestico manutenccedilatildeo e confiabilidade de processos Rio Grande do Sul 2013
APEcircNDICE
Os resultados a seguir foram obtidos atraveacutes do Software Stactgraphics
TABELA 1 2 E 3 APRESENTAM OS NUacuteMEROS DE TURBIDEZ DA AacuteGUA TRATADA
e R
Number of subgroups = 60 Distribution Normal
Average subgroup size = 64 Transformation none
0 subgroups excluded
Carta
Period 1-60
UCL +30 sigma 032894
Centerline 0270708
LCL -30 sigma 0212476
Tabela 1 2 beyond limits
Carta R
Period 1-60
UCL +30 sigma 0182352
Centerline 00799333
LCL -30 sigma 00
Tabela 2 1 beyond limits
Estimativa Period 1-60
Process mean 0270708
Process sigma 00388214
Average range 00799333
Tabela 3 Sigma estimated from
average
TABELA 4 5 E 6 APRESENTAM OS NUacuteMEROS DE PH DA AacuteGUA TRATADA
e R
Number of subgroups = 35 Distribution Normal Subgroup size = 40 Transformation none
0 subgroups excluded
Carta
Period 1-35
UCL +30 sigma 75148
Centerline 741614
LCL -30 sigma 731748
Tabela 4 22 beyond limits
Carta R Period 1-35
UCL +30 sigma 0308953
Centerline 0135429
LCL -30 sigma 00
Tabela 5 3 beyond limits
Estimativa Period 1-35
Process mean 741614
Process sigma 0065774
Average range 0135429
Tabela 6 Sigma estimated from
average ranger
TABELA 7 8 E 9 APRESENTAM OS NUacuteMEROS DE CLORO RESIDUAL LIVRE DA
AacuteGUA TRATADA
e R
Number of subgroups = 36 Distribution Normal
Subgroup size = 40 Transformation none
0 subgroups excluded
Carta
Period 1-36
UCL +30 sigma 130838
Centerline 112625
LCL -30 sigma 0944123
Tabela 7 2 beyond limits
Carta R Period 1-36
UCL +30 sigma 0570325
Centerline 025
LCL -30 sigma 00
Tabela 8 2 beyond limits
Estimativa Period 1-36
Process mean 112625
Process sigma 0121418
Average range 025
Tabela 9 Sigma estimated from
average ranger
ANEXO A
31 PARAcircMETROS ANALISADOS
No processo de tratamento da aacutegua potaacutevel satildeo analisados vaacuterios paracircmetros para o controle da
qualidade da aacutegua para consumo humano A Portaria Ministerial prevecirc paracircmetros de anaacutelise para
cada forma de abastecimento de aacutegua O cloro residual livre o pH e a turbidez satildeo fundamentais
para o controle da qualidade da aacutegua Neste sentido foram definidas as especificaccedilotildees para estes
trecircs paracircmetros de potabilidade cloro residual livre o pH e a turbidez tendo como principais
caracteriacutesticas na sequecircncia
311 PARAcircMETRO CLORO RESIDUAL LIVRE
O cloro eacute um produto quiacutemico utilizado no tratamento da aacutegua Sua mediccedilatildeo eacute importante e serve
para controlar a dosagem que estaacute sendo aplicada na aacutegua e tambeacutem para acompanhar sua evoluccedilatildeo
durante o tratamento A portaria 29142011 determina a obrigatoriedade de se manteacutem no miacutenimo
um padratildeo de 02 mgL de cloro residual livre ou ateacute 20 mgL de cloro residual em toda extensatildeo
do sistema de distribuiccedilatildeo Os principais produtos utilizados satildeo hipoclorito de caacutelcio cal clorada
hipoclorito de soacutedio e cloro gasoso A aplicaccedilatildeo de cloro como meio de desinfecccedilatildeo pode garantir a
manutenccedilatildeo da qualidade da aacutegua desde que a cloraccedilatildeo seja feita de maneira controlada (FUNASA
2013)
312 PARAcircMETRO PH
O pH representa a concentraccedilatildeo de iacuteons de hidrogecircnio H+ na aacutegua indicando condiccedilotildees de acidez
neutralidade e basicidade da aacutegua O pH eacute um paracircmetro de caraacuteter operacional importante e sempre
deve ser acompanhado para otimizar em qualquer processo de tratamento sendo de fundamental
importacircncia na qualidade da aacutegua (BAIRD 2004)
A coagulaccedilatildeo e a floculaccedilatildeo que a aacutegua sofre de iniacutecio eacute um processo unitaacuterio e dependente do pH
haacute uma condiccedilatildeo denominada ldquopH oacutetimordquo de floculaccedilatildeo que corresponde agrave situaccedilatildeo em que as
partiacuteculas coloidais apresentam menor quantidade de carga eletrostaacutetica superficial Haacute tambeacutem
outro processo para desinfecccedilatildeo que eacute atraveacutes do cloro Em meio aacutecido a dissociaccedilatildeo do aacutecido
hipocloroso formando hipoclorito eacute menor sendo o processo mais eficiente Reconhecendo-se que
as aacuteguas aacutecidas satildeo corrosivas ao passo que as alcalinas satildeo incrustantes Portanto o pH da aacutegua
final deve ser controlado para que assim os carbonatos presentes sejam equilibrados e natildeo ocorra
nenhum dos dois efeitos indesejados mencionados (COMPANHIA AMBIENTAL DO ESTADO
DE SAtildeO PAULO 2010)
Na rotina dos laboratoacuterios das estaccedilotildees de tratamento de aacutegua o pH eacute medido e ajustado para
melhorar o processo de coagulaccedilatildeofloculaccedilatildeo da aacutegua e tambeacutem no controle da desinfecccedilatildeo A
Portaria vigente recomenda que o pH da aacutegua seja mantido de 60 a 95 no sistema de distribuiccedilatildeo
da aacutegua sendo ideal principalmente para a accedilatildeo de desinfecccedilatildeo do cloro na aacutegua Os resultados de
pH devem estar dentro da faixa estabelecida dos padrotildees de potabilidade (FUNASA 2013)
313 PARAcircMETRO TURBIDEZ
De acordo com a portaria da potabilidade da aacutegua a turbidez eacute um paracircmetro fiacutesico da aacutegua eacute
gerada ateacute mesmo pela apresentaccedilatildeo de algas placircncton mateacuteria orgacircnica e outras substacircncias como
o zinco ferro manganecircs e areia que muitas vezes se resulta de erosotildees ou vazantes domeacutesticos e
industriais A turbidez tem sua importacircncia no processo de tratamento da aacutegua pois a aacutegua com
turbidez elevada forma flocos pesados que decantam mais rapidamente que a turbidez baixa No
entanto tem suas desvantagens sendo que no processo de desinfecccedilatildeo da aacutegua a turbidez alta aliada
ao hipoclorito de soacutedio pode formar uma substacircncia toacutexica ao organismo humano A Portaria
estabelece o valor maacuteximo permitido de 50 UT (unidade turbidez) em qualquer ponto da rede de
distribuiccedilatildeo (BRASIL 2013)
A turbidez de aacutegua bruta eacute um dos principais paracircmetros que influencia em inovaccedilotildees tecnoloacutegicas
nos processos de tratamento Aacuteguas represadas normalmente apresentam turbidez reduzida sendo
influenciada pela sedimentaccedilatildeo das partiacuteculas em suspensatildeo (BRASIL 2013)
Na aacutegua filtrada a turbidez tem como funccedilatildeo de indicador sanitaacuterio e natildeo somente de aparecircncia A
retirada de turbidez por meio da filtraccedilatildeo indica a remoccedilatildeo de partiacuteculas em suspensatildeo incluindo
cistos e oocistos de protozoaacuterios Os criteacuterios reconhecidos internacionalmente como indicadores da
remoccedilatildeo de protozoaacuterios eacute (USEPA 2001 apud BRASIL 2013)
A turbidez da aacutegua preacute-desinfecccedilatildeo precedida ou natildeo de filtraccedilatildeo eacute considerado tambeacutem um
paracircmetro de controle de eficiecircncia da desinfecccedilatildeo compreende-se de que partiacuteculas em suspensatildeo
podem abrigar os micro-organismos da accedilatildeo do desinfetante (OMS 1995 apud BRASIL 2013)
Diante do exposto entende-se que o padratildeo de turbidez da aacutegua poacutes-filtraccedilatildeo eacute um componente do
padratildeo microbioloacutegico de potabilidade da aacutegua (Quadro 2)
Quadro 2 ndash Padratildeo de turbidez para aacutegua poacutes-filtraccedilatildeo ou preacute-desinfecccedilatildeo Portaria MS no
29142011
TRATAMENTO DA AacuteGUA VALOR MAacuteXIMO PERMITIDO
Desinfecccedilatildeo (para aacuteguas subterracircneas) 10 UT2 em 95 das amostras
Filtraccedilatildeo raacutepida (tratamento completo ou filtraccedilatildeo direta) 053 UT2 em 95 das amostras
Filtraccedilatildeo lenta 103 UT2 em 95 das amostras
2 Unidade de turbidez 3 Este valor deve atender de acordo como especificado no sect 2ordm do art 30 ( Portaria MS n
o 29142011)
32 TEacuteCNICAS ESTATIacuteSTICAS DE QUALIDADE
Conforme MONTGOMERY (2004) as cartas de controle estatiacutestico satildeo as principais ferramentas
do CEP que visa agrave estabilidade do processo em funccedilatildeo da reduccedilatildeo da variabilidade e consequente
aumento da capacidade da produccedilatildeo
A carta de controle eacute simplesmente um graacutefico de acompanhamento com uma linha superior (LSC)
e uma linha inferior (LIC) em cada lado da linha central (LC) do processo todos estatisticamente
determinados (TUBINO 2013) seguem figura 1 e figura 2
Figura 1 Exemplo de cartas de controle ldquoSob controle estatiacutesticordquo
Figura 2 Exemplo de cartas de controle ldquoFora de controle estatiacutesticordquo
Fonte (Figura 1 e 2) OLIVEIRA 2013
Quando todos os pontos amostrais estiverem dispostos dentro dos limites de controle de forma
aleatoacuteria considera-se que o processo estaacute ldquosob controlerdquo (figura 1) No entanto se um (ou mais)
ponto(s) estiver(em) disposto(s) fora dos limites de controle haacute evidecircncia de que o processo estaacute
ldquofora de controlerdquo (figura 2) e que accedilotildees corretivas satildeo necessaacuterias para detectar e eliminar o que
estaacute causando essa descentralizaccedilatildeo
Seja W uma distribuiccedilatildeo normal dos resultados das mediccedilotildees com meacutedia microw e desvio padratildeo σw
conhecidos Entatildeo os limites seratildeo dados por meio da Equaccedilatildeo 1
LSC = microw + L σw
LC = microw (Equaccedilatildeo 1)
LIC = microw - L σw
Onde L eacute agrave distacircncia dos limites de controle agrave linha central expressa em unidades de desvio padratildeo
(OLIVEIRA 2013)
Existem vaacuterios tipos de cartas de controle que visam assegurar a qualidade de um processo de
produccedilatildeo que pode ser divididas em cartas de controle por variaacuteveis
Cartas e R (meacutedia e amplitude)
Cartas e S (meacutedia e desvio padratildeo)
Cartas I e MR (valores individuais e amplitude moacutevel)
CUSUM (soma cumulativa)
E as cartas de controle para atributos
Cartas p (para controlar a proporccedilatildeo de unidades natildeo conformes)
Cartas np (para controlar o nuacutemero de unidades natildeo conformes)
Cartas c (para controlar o nuacutemero de natildeo conformidades por unidade)
Cartas u (para controlar a taxa de natildeo conformidades por unidade)
Para a elaboraccedilatildeo do presente artigo foram utilizadas as cartas de controle para variaacuteveis e R
(meacutedia e amplitude) no qual satildeo empregadas variaacuteveis quantitativas contiacutenuas sendo necessaacuterio
controlarmonitorar tanto o valor meacutedio quanto a variabilidade do processo
Na praacutetica micro e σ natildeo satildeo conhecidos e precisam ser estimados a partir de amostras ou subgrupos
preliminares retirados quando o processo supostamente estava sob controle Estas estimativas
iniciais no planejamento da carta devem ser baseadas em 20 ou 25 amostras segundo
MONTGOMERY (2004) Limites de controle para a carta satildeo
Linha Central = micro (Equaccedilatildeo 2)
Substituindo por A na Equaccedilatildeo 2 os limites se reduzem agrave Equaccedilatildeo 3
(Equaccedilatildeo 3)
onde A satildeo valores tabelados que dependem de N (Anexo A)
Limites de controle para a carta R
2σ + 3d3σ
2σ (Equaccedilatildeo 4)
2σ - 3d3σ
Fatorando a Equaccedilatildeo 4 e considerando 2σ + 3d3 = D2 e 2σ - 3d3 = D1 os limites de controle se
reduzem agrave equaccedilatildeo 5
2σ
2σ (Equaccedilatildeo 5)
1σ
Onde D1 e D2 satildeo valores tabelados que dependem de n (Anexo A) (OLIVEIRA 2013)
33 MATERIAIS UTILIZADOS
Os dados utilizados foram fornecidos por um laboratoacuterio credenciado no municiacutepio de Cascavel a
qual opera com certificaccedilatildeo ISO 9001 para o Sistema de Tratamento de Aacutegua e Esgoto o programa
Microsoft Excel 2010 e o Software Estatiacutestico Statghapics Centurion e pesquisas de artigos
relacionados
4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO
41 LIMITES DE CONTROLE PARA A TURBIDEZ DA AacuteGUA TRATADA
Para caacutelculo dos iacutendices de capacidade do processo foram considerados os limites superior e
inferior definidos pela Portaria 29142011 do Ministeacuterio da Sauacutede conforme os graacuteficos 1 e 2 na
sequecircncia
Graacutefico 1 Apresenta a meacutedia das amostras coletadas no sistema de distribuiccedilatildeo de turbidez
018
Range Chart for Col_1-Col_4
0 10 20 30 40 50 60
Subgroup
0
02
04
06
08
Ran
ge
008
000
Graacutefico 2 Apresenta a amplitude das amostras coletadas no sistema de distribuiccedilatildeo de turbidez
Em resumo foram analisadas 1200 amostras totalizando 20 amostras mensais consecutivas em
relaccedilatildeo agrave turbidez O ponto meacutedio da faixa da operaccedilatildeo foi 008 UT estatisticamente viaacutevel mas
conforme graacutefico 1 e 2 o processo esteve descentrado Como os limites impostos pela Portaria
29142011 do Ministeacuterio da Sauacutede tem faixa de operaccedilatildeo mais ampla que a apresentada no graacutefico
1 a empresa reguladora utiliza estes como referecircncia uma vez que satildeo limites aceitaacuteveis para a
seguranccedila e natildeo apresenta riscos agrave sauacutede da populaccedilatildeo
42 LIMITES DE CONTROLE PARA O PH DA AacuteGUA TRATADA
Os valores obtidos para o paracircmetro pH atraveacutes das cartas de controle e R estatildeo apresentados
nos graacuteficos 3 e 4 respectivamente
Graacutefico 3 Apresenta a meacutedia das amostras coletadas no sistema de distribuiccedilatildeo de PH
033
X-bar Chart for Col_1-Col_4
0 10 20 30 40 50 60
Subgroup
021
025
029
033
037
041
045
X-b
ar
027
021
X-bar Chart for Col_1-Col_4
0 10 20 30 40
Subgroup
71
73
75
77
79
81
X-b
ar
742
751
732
Range Chart for Col_1-Col_4
0 10 20 30 40
Subgroup
0
02
04
06
08
1
Ran
ge
014
031
000
Graacutefico 4 Apresenta a amplitude das amostras coletadas no sistema de distribuiccedilatildeo de PH
Foram analisadas 700 amostras totalizando 20 amostras consecutivas em relaccedilatildeo ao pH da aacutegua
tratada O ponto meacutedio da faixa de operaccedilatildeo eacute de 742 Estatisticamente de acordo com os graacuteficos
3 e 4 a aplicaccedilatildeo detectou que o pH encontra-se descentralizado mas em relaccedilatildeo aos limites da
Portaria ainda estaacute entre a faixa exigida Ainda foi possiacutevel observar a ocorrecircncia de valores
consecutivos abaixo da linha central e tambeacutem acima da linha central indicando um padratildeo de
comportamento natildeo aleatoacuterio em torno da meacutedia Vale salientar que este comportamento se deve a
causas especiais de variaccedilatildeo (externas) como por exemplo existentes no processo poreacutem estas
caracteriacutesticas natildeo trazem riscos agrave sauacutede da populaccedilatildeo ao ser consumida
43 LIMITES DE CONTROLE PARA O CLORO RESIDUAL LIVRE DA AacuteGUA TRATADA
Os valores obtidos com amostras para o paracircmetro pH atraveacutes das cartas de controle e R teste
estatildeo apresentados nos graacuteficos 5 e 6 respectivamente
X-bar Chart for cloro-26092015Col_1-cloro-26092015Col_4
0 10 20 30 40
Subgroup
094
114
134
154
174
X-b
ar
113
131
094
Graacutefico 5 Apresenta a meacutedia das amostras coletadas no sistema de distribuiccedilatildeo de cloro residual livre
Range Chart for cloro-26092015Col_1-cloro-26092015Col_4
0 10 20 30 40
Subgroup
0
04
08
12
16
2
24
Ran
ge
025
057
000
Graacutefico 6 Apresenta a amplitude das amostras coletadas no sistema de distribuiccedilatildeo de cloro residual livre
Foram analisadas 720 amostras totalizando 20 amostras consecutivas em relaccedilatildeo ao cloro residual
livre da aacutegua tratada Conforme os graacuteficos 5 e 6 demonstram o cloro residual livre apresenta o
ponto meacutedio de operaccedilatildeo de 113 mgL O processo permaneceu estatisticamente descentralizado no
periacuteodo Aleacutem disso houve ocorrecircncia de padrotildees de comportamento abaixo da meacutedia apresentados
na forma de sequecircncia de valores consecutivos abaixo da linha central o que indica que houve
alguma causa externa afetando o comportamento desta variaacutevel Em todo caso as mediccedilotildees natildeo
extrapolaram os limites de especificaccedilatildeo impostos pelo laboratoacuterio credenciado muito menos
violam os limites impostos pela Portaria 29142011 do Ministeacuterio da Sauacutede Portanto a aacutegua
potaacutevel natildeo apresenta risco agrave sauacutede ao ser consumida pela populaccedilatildeo
5 CONCLUSAtildeO
Este trabalho mostrou que apesar dos problemas relativos agrave periodicidade de coleta e nuacutemero
reduzido de amostras para avaliaccedilatildeo de algumas variaacuteveis os resultados obtidos fornecem um
quadro da qualidade da aacutegua consumida na aacuterea de estudo nos periacuteodos analisados Os resultados
demonstram aleacutem de descentralizaccedilotildees estatiacutesticas diversos padrotildees de comportamento natildeo
aleatoacuterios em torno da meacutedia oriundos de mecanismos externos ao processo durante o tratamento
da aacutegua Eacute importante salientar que apesar destes padrotildees de comportamento a aacutegua tratada no
municiacutepio em estudo natildeo compromete a qualidade da aacutegua potaacutevel e descarta qualquer
possibilidade de riscos agrave sauacutede da populaccedilatildeo Isso ocorre porque os paracircmetros analisados ainda se
encontram na faixa aceitaacutevel pela Portaria 29142011 tanto para o paracircmetro de cloro residual livre
assim como para os paracircmetros pH e turbidez
6 REFEREcircNCIAS
ALMEIDA et al Controle Estatiacutestico do Processo (CEP) Itu ndash SP 2011
BAIRD C Quiacutemica Ambiental Porto Alegre Bookman 2004 622p
BONDUELLE Ghislaine Ferramentas de Controle Disponiacutevel em
httpwwwmadeiraufprbrportal12downloadsghislaineceppdf Acesso em 15 novembro 2015
BRASIL Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede Manual praacutetico de anaacutelise de aacutegua Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede ndash 4 ed ndash
Brasiacutelia Funasa 2013
BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Vigilacircncia em Sauacutede Vigilacircncia e controle da qualidade da aacutegua para
consumo humano Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Vigilacircncia em Sauacutede ndash Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2006
212p ndash (Seacuterie BTextos Baacutesicos de Sauacutede)
BRASIL Portaria nordm 2914 de 12 de dezembro de 2011 Ministeacuterio da Sauacutede p 38D Disponiacutevel em
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COMPANHIA DE SANEAMENTO BAacuteSICO DO ESTADO DE SAtildeO PAULO ndash SABESP Qualidade da aacutegua
Disponiacutevel em httpwwwsabespcombrCalandrawebCalandraRedirectProj=sabespampPub=TampTemp=0 Acesso em
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DEMING W E Qualidade a revoluccedilatildeo da administraccedilatildeo Rio de Janeiro Marques-Saraiva 1990
FRAZAO P PERES M A e CURY J A Qualidade da aacutegua para consumo humano e concentraccedilatildeo de
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httpdxdoiorg10 1590S0034-89102011005000046
FUNASA Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede 3ordm Caderno de pesquisa de engenharia de sauacutede puacuteblica ndash Brasiacutelia Funasa
2013
HARDOIM E L et al Indicadores bioloacutegicos de qualidade da aacutegua (coliformes totais Escherichia coli e
Cryptosporidium ) e impacto das doenccedilas de veiculaccedilatildeo hiacutedrica Estudo de caso ndash Parque Cuiabaacute CuiabaacuteMT
IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica disponiacutevel emlt
httpwwwcidadesibgegovbrxtrasperfilphplang=ampcodmun=411560ampsearch=||infogrE1ficos-
informaE7F5es-completasgt acesso em 25 set 2015
OLIVEIRA C C et al Manual para elaboraccedilatildeo de cartas de controle para monitoramento de processos de
mediccedilatildeo quantitativos em laboratoacuterios de ensaio 1ordf ediccedilatildeo Satildeo Paulo ndash SESSP 2013
PINTO T J A KANEKO T M PINTO A F Controle Bioloacutegico de Qualidade de Produtos Farmacecircuticos
Correlatos e Cosmeacuteticos 3deg ediccedilatildeo Satildeo Paulo Atheneu Editora 2010
REBOUCAS A C Panorama da agua doce no Brasil In REBOUCAS Aldo da Cunha (Org) Panorama da
degradaccedilatildeo do ar da aacutegua doce e da terra no Brasil Satildeo Paulo IEAUSP Rio de Janeiro Academia Brasileira de Ciencias 1997 p 59-107
RIBEIRO J L D CATEN C S T Controle Estatiacutestico de Processo Porto Alegre - RS 2012
ROSA JIL SILVA LLL BARBOSA DBM A importacircncia das Cartas de Controle Estatiacutestico na Revisatildeo
Peroacutedica de Produtos Goiaacutes 2013
SILVA LSCV Aplicaccedilatildeo do controle estatiacutestico de processos na induacutestria de laticiacutenios Lacatoplasa um estudo de
caso [Dissertaccedilatildeo] Florianoacutepolis Universidade Federal de Santa Catarina 1999
SOUZA J A R de et al Anaacutelise das condiccedilotildees de potabilidade das aacuteguas de surgecircncias em Ubaacute MG Ambiente e
Aacutegua ndash An Interdisciplinary Journal of Applie Science 2015
TUBINO R Controle estatiacutestico manutenccedilatildeo e confiabilidade de processos Rio Grande do Sul 2013
APEcircNDICE
Os resultados a seguir foram obtidos atraveacutes do Software Stactgraphics
TABELA 1 2 E 3 APRESENTAM OS NUacuteMEROS DE TURBIDEZ DA AacuteGUA TRATADA
e R
Number of subgroups = 60 Distribution Normal
Average subgroup size = 64 Transformation none
0 subgroups excluded
Carta
Period 1-60
UCL +30 sigma 032894
Centerline 0270708
LCL -30 sigma 0212476
Tabela 1 2 beyond limits
Carta R
Period 1-60
UCL +30 sigma 0182352
Centerline 00799333
LCL -30 sigma 00
Tabela 2 1 beyond limits
Estimativa Period 1-60
Process mean 0270708
Process sigma 00388214
Average range 00799333
Tabela 3 Sigma estimated from
average
TABELA 4 5 E 6 APRESENTAM OS NUacuteMEROS DE PH DA AacuteGUA TRATADA
e R
Number of subgroups = 35 Distribution Normal Subgroup size = 40 Transformation none
0 subgroups excluded
Carta
Period 1-35
UCL +30 sigma 75148
Centerline 741614
LCL -30 sigma 731748
Tabela 4 22 beyond limits
Carta R Period 1-35
UCL +30 sigma 0308953
Centerline 0135429
LCL -30 sigma 00
Tabela 5 3 beyond limits
Estimativa Period 1-35
Process mean 741614
Process sigma 0065774
Average range 0135429
Tabela 6 Sigma estimated from
average ranger
TABELA 7 8 E 9 APRESENTAM OS NUacuteMEROS DE CLORO RESIDUAL LIVRE DA
AacuteGUA TRATADA
e R
Number of subgroups = 36 Distribution Normal
Subgroup size = 40 Transformation none
0 subgroups excluded
Carta
Period 1-36
UCL +30 sigma 130838
Centerline 112625
LCL -30 sigma 0944123
Tabela 7 2 beyond limits
Carta R Period 1-36
UCL +30 sigma 0570325
Centerline 025
LCL -30 sigma 00
Tabela 8 2 beyond limits
Estimativa Period 1-36
Process mean 112625
Process sigma 0121418
Average range 025
Tabela 9 Sigma estimated from
average ranger
ANEXO A
Na rotina dos laboratoacuterios das estaccedilotildees de tratamento de aacutegua o pH eacute medido e ajustado para
melhorar o processo de coagulaccedilatildeofloculaccedilatildeo da aacutegua e tambeacutem no controle da desinfecccedilatildeo A
Portaria vigente recomenda que o pH da aacutegua seja mantido de 60 a 95 no sistema de distribuiccedilatildeo
da aacutegua sendo ideal principalmente para a accedilatildeo de desinfecccedilatildeo do cloro na aacutegua Os resultados de
pH devem estar dentro da faixa estabelecida dos padrotildees de potabilidade (FUNASA 2013)
313 PARAcircMETRO TURBIDEZ
De acordo com a portaria da potabilidade da aacutegua a turbidez eacute um paracircmetro fiacutesico da aacutegua eacute
gerada ateacute mesmo pela apresentaccedilatildeo de algas placircncton mateacuteria orgacircnica e outras substacircncias como
o zinco ferro manganecircs e areia que muitas vezes se resulta de erosotildees ou vazantes domeacutesticos e
industriais A turbidez tem sua importacircncia no processo de tratamento da aacutegua pois a aacutegua com
turbidez elevada forma flocos pesados que decantam mais rapidamente que a turbidez baixa No
entanto tem suas desvantagens sendo que no processo de desinfecccedilatildeo da aacutegua a turbidez alta aliada
ao hipoclorito de soacutedio pode formar uma substacircncia toacutexica ao organismo humano A Portaria
estabelece o valor maacuteximo permitido de 50 UT (unidade turbidez) em qualquer ponto da rede de
distribuiccedilatildeo (BRASIL 2013)
A turbidez de aacutegua bruta eacute um dos principais paracircmetros que influencia em inovaccedilotildees tecnoloacutegicas
nos processos de tratamento Aacuteguas represadas normalmente apresentam turbidez reduzida sendo
influenciada pela sedimentaccedilatildeo das partiacuteculas em suspensatildeo (BRASIL 2013)
Na aacutegua filtrada a turbidez tem como funccedilatildeo de indicador sanitaacuterio e natildeo somente de aparecircncia A
retirada de turbidez por meio da filtraccedilatildeo indica a remoccedilatildeo de partiacuteculas em suspensatildeo incluindo
cistos e oocistos de protozoaacuterios Os criteacuterios reconhecidos internacionalmente como indicadores da
remoccedilatildeo de protozoaacuterios eacute (USEPA 2001 apud BRASIL 2013)
A turbidez da aacutegua preacute-desinfecccedilatildeo precedida ou natildeo de filtraccedilatildeo eacute considerado tambeacutem um
paracircmetro de controle de eficiecircncia da desinfecccedilatildeo compreende-se de que partiacuteculas em suspensatildeo
podem abrigar os micro-organismos da accedilatildeo do desinfetante (OMS 1995 apud BRASIL 2013)
Diante do exposto entende-se que o padratildeo de turbidez da aacutegua poacutes-filtraccedilatildeo eacute um componente do
padratildeo microbioloacutegico de potabilidade da aacutegua (Quadro 2)
Quadro 2 ndash Padratildeo de turbidez para aacutegua poacutes-filtraccedilatildeo ou preacute-desinfecccedilatildeo Portaria MS no
29142011
TRATAMENTO DA AacuteGUA VALOR MAacuteXIMO PERMITIDO
Desinfecccedilatildeo (para aacuteguas subterracircneas) 10 UT2 em 95 das amostras
Filtraccedilatildeo raacutepida (tratamento completo ou filtraccedilatildeo direta) 053 UT2 em 95 das amostras
Filtraccedilatildeo lenta 103 UT2 em 95 das amostras
2 Unidade de turbidez 3 Este valor deve atender de acordo como especificado no sect 2ordm do art 30 ( Portaria MS n
o 29142011)
32 TEacuteCNICAS ESTATIacuteSTICAS DE QUALIDADE
Conforme MONTGOMERY (2004) as cartas de controle estatiacutestico satildeo as principais ferramentas
do CEP que visa agrave estabilidade do processo em funccedilatildeo da reduccedilatildeo da variabilidade e consequente
aumento da capacidade da produccedilatildeo
A carta de controle eacute simplesmente um graacutefico de acompanhamento com uma linha superior (LSC)
e uma linha inferior (LIC) em cada lado da linha central (LC) do processo todos estatisticamente
determinados (TUBINO 2013) seguem figura 1 e figura 2
Figura 1 Exemplo de cartas de controle ldquoSob controle estatiacutesticordquo
Figura 2 Exemplo de cartas de controle ldquoFora de controle estatiacutesticordquo
Fonte (Figura 1 e 2) OLIVEIRA 2013
Quando todos os pontos amostrais estiverem dispostos dentro dos limites de controle de forma
aleatoacuteria considera-se que o processo estaacute ldquosob controlerdquo (figura 1) No entanto se um (ou mais)
ponto(s) estiver(em) disposto(s) fora dos limites de controle haacute evidecircncia de que o processo estaacute
ldquofora de controlerdquo (figura 2) e que accedilotildees corretivas satildeo necessaacuterias para detectar e eliminar o que
estaacute causando essa descentralizaccedilatildeo
Seja W uma distribuiccedilatildeo normal dos resultados das mediccedilotildees com meacutedia microw e desvio padratildeo σw
conhecidos Entatildeo os limites seratildeo dados por meio da Equaccedilatildeo 1
LSC = microw + L σw
LC = microw (Equaccedilatildeo 1)
LIC = microw - L σw
Onde L eacute agrave distacircncia dos limites de controle agrave linha central expressa em unidades de desvio padratildeo
(OLIVEIRA 2013)
Existem vaacuterios tipos de cartas de controle que visam assegurar a qualidade de um processo de
produccedilatildeo que pode ser divididas em cartas de controle por variaacuteveis
Cartas e R (meacutedia e amplitude)
Cartas e S (meacutedia e desvio padratildeo)
Cartas I e MR (valores individuais e amplitude moacutevel)
CUSUM (soma cumulativa)
E as cartas de controle para atributos
Cartas p (para controlar a proporccedilatildeo de unidades natildeo conformes)
Cartas np (para controlar o nuacutemero de unidades natildeo conformes)
Cartas c (para controlar o nuacutemero de natildeo conformidades por unidade)
Cartas u (para controlar a taxa de natildeo conformidades por unidade)
Para a elaboraccedilatildeo do presente artigo foram utilizadas as cartas de controle para variaacuteveis e R
(meacutedia e amplitude) no qual satildeo empregadas variaacuteveis quantitativas contiacutenuas sendo necessaacuterio
controlarmonitorar tanto o valor meacutedio quanto a variabilidade do processo
Na praacutetica micro e σ natildeo satildeo conhecidos e precisam ser estimados a partir de amostras ou subgrupos
preliminares retirados quando o processo supostamente estava sob controle Estas estimativas
iniciais no planejamento da carta devem ser baseadas em 20 ou 25 amostras segundo
MONTGOMERY (2004) Limites de controle para a carta satildeo
Linha Central = micro (Equaccedilatildeo 2)
Substituindo por A na Equaccedilatildeo 2 os limites se reduzem agrave Equaccedilatildeo 3
(Equaccedilatildeo 3)
onde A satildeo valores tabelados que dependem de N (Anexo A)
Limites de controle para a carta R
2σ + 3d3σ
2σ (Equaccedilatildeo 4)
2σ - 3d3σ
Fatorando a Equaccedilatildeo 4 e considerando 2σ + 3d3 = D2 e 2σ - 3d3 = D1 os limites de controle se
reduzem agrave equaccedilatildeo 5
2σ
2σ (Equaccedilatildeo 5)
1σ
Onde D1 e D2 satildeo valores tabelados que dependem de n (Anexo A) (OLIVEIRA 2013)
33 MATERIAIS UTILIZADOS
Os dados utilizados foram fornecidos por um laboratoacuterio credenciado no municiacutepio de Cascavel a
qual opera com certificaccedilatildeo ISO 9001 para o Sistema de Tratamento de Aacutegua e Esgoto o programa
Microsoft Excel 2010 e o Software Estatiacutestico Statghapics Centurion e pesquisas de artigos
relacionados
4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO
41 LIMITES DE CONTROLE PARA A TURBIDEZ DA AacuteGUA TRATADA
Para caacutelculo dos iacutendices de capacidade do processo foram considerados os limites superior e
inferior definidos pela Portaria 29142011 do Ministeacuterio da Sauacutede conforme os graacuteficos 1 e 2 na
sequecircncia
Graacutefico 1 Apresenta a meacutedia das amostras coletadas no sistema de distribuiccedilatildeo de turbidez
018
Range Chart for Col_1-Col_4
0 10 20 30 40 50 60
Subgroup
0
02
04
06
08
Ran
ge
008
000
Graacutefico 2 Apresenta a amplitude das amostras coletadas no sistema de distribuiccedilatildeo de turbidez
Em resumo foram analisadas 1200 amostras totalizando 20 amostras mensais consecutivas em
relaccedilatildeo agrave turbidez O ponto meacutedio da faixa da operaccedilatildeo foi 008 UT estatisticamente viaacutevel mas
conforme graacutefico 1 e 2 o processo esteve descentrado Como os limites impostos pela Portaria
29142011 do Ministeacuterio da Sauacutede tem faixa de operaccedilatildeo mais ampla que a apresentada no graacutefico
1 a empresa reguladora utiliza estes como referecircncia uma vez que satildeo limites aceitaacuteveis para a
seguranccedila e natildeo apresenta riscos agrave sauacutede da populaccedilatildeo
42 LIMITES DE CONTROLE PARA O PH DA AacuteGUA TRATADA
Os valores obtidos para o paracircmetro pH atraveacutes das cartas de controle e R estatildeo apresentados
nos graacuteficos 3 e 4 respectivamente
Graacutefico 3 Apresenta a meacutedia das amostras coletadas no sistema de distribuiccedilatildeo de PH
033
X-bar Chart for Col_1-Col_4
0 10 20 30 40 50 60
Subgroup
021
025
029
033
037
041
045
X-b
ar
027
021
X-bar Chart for Col_1-Col_4
0 10 20 30 40
Subgroup
71
73
75
77
79
81
X-b
ar
742
751
732
Range Chart for Col_1-Col_4
0 10 20 30 40
Subgroup
0
02
04
06
08
1
Ran
ge
014
031
000
Graacutefico 4 Apresenta a amplitude das amostras coletadas no sistema de distribuiccedilatildeo de PH
Foram analisadas 700 amostras totalizando 20 amostras consecutivas em relaccedilatildeo ao pH da aacutegua
tratada O ponto meacutedio da faixa de operaccedilatildeo eacute de 742 Estatisticamente de acordo com os graacuteficos
3 e 4 a aplicaccedilatildeo detectou que o pH encontra-se descentralizado mas em relaccedilatildeo aos limites da
Portaria ainda estaacute entre a faixa exigida Ainda foi possiacutevel observar a ocorrecircncia de valores
consecutivos abaixo da linha central e tambeacutem acima da linha central indicando um padratildeo de
comportamento natildeo aleatoacuterio em torno da meacutedia Vale salientar que este comportamento se deve a
causas especiais de variaccedilatildeo (externas) como por exemplo existentes no processo poreacutem estas
caracteriacutesticas natildeo trazem riscos agrave sauacutede da populaccedilatildeo ao ser consumida
43 LIMITES DE CONTROLE PARA O CLORO RESIDUAL LIVRE DA AacuteGUA TRATADA
Os valores obtidos com amostras para o paracircmetro pH atraveacutes das cartas de controle e R teste
estatildeo apresentados nos graacuteficos 5 e 6 respectivamente
X-bar Chart for cloro-26092015Col_1-cloro-26092015Col_4
0 10 20 30 40
Subgroup
094
114
134
154
174
X-b
ar
113
131
094
Graacutefico 5 Apresenta a meacutedia das amostras coletadas no sistema de distribuiccedilatildeo de cloro residual livre
Range Chart for cloro-26092015Col_1-cloro-26092015Col_4
0 10 20 30 40
Subgroup
0
04
08
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2
24
Ran
ge
025
057
000
Graacutefico 6 Apresenta a amplitude das amostras coletadas no sistema de distribuiccedilatildeo de cloro residual livre
Foram analisadas 720 amostras totalizando 20 amostras consecutivas em relaccedilatildeo ao cloro residual
livre da aacutegua tratada Conforme os graacuteficos 5 e 6 demonstram o cloro residual livre apresenta o
ponto meacutedio de operaccedilatildeo de 113 mgL O processo permaneceu estatisticamente descentralizado no
periacuteodo Aleacutem disso houve ocorrecircncia de padrotildees de comportamento abaixo da meacutedia apresentados
na forma de sequecircncia de valores consecutivos abaixo da linha central o que indica que houve
alguma causa externa afetando o comportamento desta variaacutevel Em todo caso as mediccedilotildees natildeo
extrapolaram os limites de especificaccedilatildeo impostos pelo laboratoacuterio credenciado muito menos
violam os limites impostos pela Portaria 29142011 do Ministeacuterio da Sauacutede Portanto a aacutegua
potaacutevel natildeo apresenta risco agrave sauacutede ao ser consumida pela populaccedilatildeo
5 CONCLUSAtildeO
Este trabalho mostrou que apesar dos problemas relativos agrave periodicidade de coleta e nuacutemero
reduzido de amostras para avaliaccedilatildeo de algumas variaacuteveis os resultados obtidos fornecem um
quadro da qualidade da aacutegua consumida na aacuterea de estudo nos periacuteodos analisados Os resultados
demonstram aleacutem de descentralizaccedilotildees estatiacutesticas diversos padrotildees de comportamento natildeo
aleatoacuterios em torno da meacutedia oriundos de mecanismos externos ao processo durante o tratamento
da aacutegua Eacute importante salientar que apesar destes padrotildees de comportamento a aacutegua tratada no
municiacutepio em estudo natildeo compromete a qualidade da aacutegua potaacutevel e descarta qualquer
possibilidade de riscos agrave sauacutede da populaccedilatildeo Isso ocorre porque os paracircmetros analisados ainda se
encontram na faixa aceitaacutevel pela Portaria 29142011 tanto para o paracircmetro de cloro residual livre
assim como para os paracircmetros pH e turbidez
6 REFEREcircNCIAS
ALMEIDA et al Controle Estatiacutestico do Processo (CEP) Itu ndash SP 2011
BAIRD C Quiacutemica Ambiental Porto Alegre Bookman 2004 622p
BONDUELLE Ghislaine Ferramentas de Controle Disponiacutevel em
httpwwwmadeiraufprbrportal12downloadsghislaineceppdf Acesso em 15 novembro 2015
BRASIL Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede Manual praacutetico de anaacutelise de aacutegua Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede ndash 4 ed ndash
Brasiacutelia Funasa 2013
BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Vigilacircncia em Sauacutede Vigilacircncia e controle da qualidade da aacutegua para
consumo humano Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Vigilacircncia em Sauacutede ndash Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2006
212p ndash (Seacuterie BTextos Baacutesicos de Sauacutede)
BRASIL Portaria nordm 2914 de 12 de dezembro de 2011 Ministeacuterio da Sauacutede p 38D Disponiacutevel em
httpsitesabespcombruploadsfileasabesp_doctoskit_arsesp_portaria2914pdf acesso em 10 Novembro 2014
COMPANHIA DE SANEAMENTO BAacuteSICO DO ESTADO DE SAtildeO PAULO ndash SABESP Qualidade da aacutegua
Disponiacutevel em httpwwwsabespcombrCalandrawebCalandraRedirectProj=sabespampPub=TampTemp=0 Acesso em
15 novembro 2015
DEMING W E Qualidade a revoluccedilatildeo da administraccedilatildeo Rio de Janeiro Marques-Saraiva 1990
FRAZAO P PERES M A e CURY J A Qualidade da aacutegua para consumo humano e concentraccedilatildeo de
fluoreto Rev Sauacutede Puacuteblica [online] 2011 vol45 n5 pp 964-973 Epub 22-Jul-2011 ISSN 0034-8910
httpdxdoiorg10 1590S0034-89102011005000046
FUNASA Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede 3ordm Caderno de pesquisa de engenharia de sauacutede puacuteblica ndash Brasiacutelia Funasa
2013
HARDOIM E L et al Indicadores bioloacutegicos de qualidade da aacutegua (coliformes totais Escherichia coli e
Cryptosporidium ) e impacto das doenccedilas de veiculaccedilatildeo hiacutedrica Estudo de caso ndash Parque Cuiabaacute CuiabaacuteMT
IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica disponiacutevel emlt
httpwwwcidadesibgegovbrxtrasperfilphplang=ampcodmun=411560ampsearch=||infogrE1ficos-
informaE7F5es-completasgt acesso em 25 set 2015
OLIVEIRA C C et al Manual para elaboraccedilatildeo de cartas de controle para monitoramento de processos de
mediccedilatildeo quantitativos em laboratoacuterios de ensaio 1ordf ediccedilatildeo Satildeo Paulo ndash SESSP 2013
PINTO T J A KANEKO T M PINTO A F Controle Bioloacutegico de Qualidade de Produtos Farmacecircuticos
Correlatos e Cosmeacuteticos 3deg ediccedilatildeo Satildeo Paulo Atheneu Editora 2010
REBOUCAS A C Panorama da agua doce no Brasil In REBOUCAS Aldo da Cunha (Org) Panorama da
degradaccedilatildeo do ar da aacutegua doce e da terra no Brasil Satildeo Paulo IEAUSP Rio de Janeiro Academia Brasileira de Ciencias 1997 p 59-107
RIBEIRO J L D CATEN C S T Controle Estatiacutestico de Processo Porto Alegre - RS 2012
ROSA JIL SILVA LLL BARBOSA DBM A importacircncia das Cartas de Controle Estatiacutestico na Revisatildeo
Peroacutedica de Produtos Goiaacutes 2013
SILVA LSCV Aplicaccedilatildeo do controle estatiacutestico de processos na induacutestria de laticiacutenios Lacatoplasa um estudo de
caso [Dissertaccedilatildeo] Florianoacutepolis Universidade Federal de Santa Catarina 1999
SOUZA J A R de et al Anaacutelise das condiccedilotildees de potabilidade das aacuteguas de surgecircncias em Ubaacute MG Ambiente e
Aacutegua ndash An Interdisciplinary Journal of Applie Science 2015
TUBINO R Controle estatiacutestico manutenccedilatildeo e confiabilidade de processos Rio Grande do Sul 2013
APEcircNDICE
Os resultados a seguir foram obtidos atraveacutes do Software Stactgraphics
TABELA 1 2 E 3 APRESENTAM OS NUacuteMEROS DE TURBIDEZ DA AacuteGUA TRATADA
e R
Number of subgroups = 60 Distribution Normal
Average subgroup size = 64 Transformation none
0 subgroups excluded
Carta
Period 1-60
UCL +30 sigma 032894
Centerline 0270708
LCL -30 sigma 0212476
Tabela 1 2 beyond limits
Carta R
Period 1-60
UCL +30 sigma 0182352
Centerline 00799333
LCL -30 sigma 00
Tabela 2 1 beyond limits
Estimativa Period 1-60
Process mean 0270708
Process sigma 00388214
Average range 00799333
Tabela 3 Sigma estimated from
average
TABELA 4 5 E 6 APRESENTAM OS NUacuteMEROS DE PH DA AacuteGUA TRATADA
e R
Number of subgroups = 35 Distribution Normal Subgroup size = 40 Transformation none
0 subgroups excluded
Carta
Period 1-35
UCL +30 sigma 75148
Centerline 741614
LCL -30 sigma 731748
Tabela 4 22 beyond limits
Carta R Period 1-35
UCL +30 sigma 0308953
Centerline 0135429
LCL -30 sigma 00
Tabela 5 3 beyond limits
Estimativa Period 1-35
Process mean 741614
Process sigma 0065774
Average range 0135429
Tabela 6 Sigma estimated from
average ranger
TABELA 7 8 E 9 APRESENTAM OS NUacuteMEROS DE CLORO RESIDUAL LIVRE DA
AacuteGUA TRATADA
e R
Number of subgroups = 36 Distribution Normal
Subgroup size = 40 Transformation none
0 subgroups excluded
Carta
Period 1-36
UCL +30 sigma 130838
Centerline 112625
LCL -30 sigma 0944123
Tabela 7 2 beyond limits
Carta R Period 1-36
UCL +30 sigma 0570325
Centerline 025
LCL -30 sigma 00
Tabela 8 2 beyond limits
Estimativa Period 1-36
Process mean 112625
Process sigma 0121418
Average range 025
Tabela 9 Sigma estimated from
average ranger
ANEXO A
Quadro 2 ndash Padratildeo de turbidez para aacutegua poacutes-filtraccedilatildeo ou preacute-desinfecccedilatildeo Portaria MS no
29142011
TRATAMENTO DA AacuteGUA VALOR MAacuteXIMO PERMITIDO
Desinfecccedilatildeo (para aacuteguas subterracircneas) 10 UT2 em 95 das amostras
Filtraccedilatildeo raacutepida (tratamento completo ou filtraccedilatildeo direta) 053 UT2 em 95 das amostras
Filtraccedilatildeo lenta 103 UT2 em 95 das amostras
2 Unidade de turbidez 3 Este valor deve atender de acordo como especificado no sect 2ordm do art 30 ( Portaria MS n
o 29142011)
32 TEacuteCNICAS ESTATIacuteSTICAS DE QUALIDADE
Conforme MONTGOMERY (2004) as cartas de controle estatiacutestico satildeo as principais ferramentas
do CEP que visa agrave estabilidade do processo em funccedilatildeo da reduccedilatildeo da variabilidade e consequente
aumento da capacidade da produccedilatildeo
A carta de controle eacute simplesmente um graacutefico de acompanhamento com uma linha superior (LSC)
e uma linha inferior (LIC) em cada lado da linha central (LC) do processo todos estatisticamente
determinados (TUBINO 2013) seguem figura 1 e figura 2
Figura 1 Exemplo de cartas de controle ldquoSob controle estatiacutesticordquo
Figura 2 Exemplo de cartas de controle ldquoFora de controle estatiacutesticordquo
Fonte (Figura 1 e 2) OLIVEIRA 2013
Quando todos os pontos amostrais estiverem dispostos dentro dos limites de controle de forma
aleatoacuteria considera-se que o processo estaacute ldquosob controlerdquo (figura 1) No entanto se um (ou mais)
ponto(s) estiver(em) disposto(s) fora dos limites de controle haacute evidecircncia de que o processo estaacute
ldquofora de controlerdquo (figura 2) e que accedilotildees corretivas satildeo necessaacuterias para detectar e eliminar o que
estaacute causando essa descentralizaccedilatildeo
Seja W uma distribuiccedilatildeo normal dos resultados das mediccedilotildees com meacutedia microw e desvio padratildeo σw
conhecidos Entatildeo os limites seratildeo dados por meio da Equaccedilatildeo 1
LSC = microw + L σw
LC = microw (Equaccedilatildeo 1)
LIC = microw - L σw
Onde L eacute agrave distacircncia dos limites de controle agrave linha central expressa em unidades de desvio padratildeo
(OLIVEIRA 2013)
Existem vaacuterios tipos de cartas de controle que visam assegurar a qualidade de um processo de
produccedilatildeo que pode ser divididas em cartas de controle por variaacuteveis
Cartas e R (meacutedia e amplitude)
Cartas e S (meacutedia e desvio padratildeo)
Cartas I e MR (valores individuais e amplitude moacutevel)
CUSUM (soma cumulativa)
E as cartas de controle para atributos
Cartas p (para controlar a proporccedilatildeo de unidades natildeo conformes)
Cartas np (para controlar o nuacutemero de unidades natildeo conformes)
Cartas c (para controlar o nuacutemero de natildeo conformidades por unidade)
Cartas u (para controlar a taxa de natildeo conformidades por unidade)
Para a elaboraccedilatildeo do presente artigo foram utilizadas as cartas de controle para variaacuteveis e R
(meacutedia e amplitude) no qual satildeo empregadas variaacuteveis quantitativas contiacutenuas sendo necessaacuterio
controlarmonitorar tanto o valor meacutedio quanto a variabilidade do processo
Na praacutetica micro e σ natildeo satildeo conhecidos e precisam ser estimados a partir de amostras ou subgrupos
preliminares retirados quando o processo supostamente estava sob controle Estas estimativas
iniciais no planejamento da carta devem ser baseadas em 20 ou 25 amostras segundo
MONTGOMERY (2004) Limites de controle para a carta satildeo
Linha Central = micro (Equaccedilatildeo 2)
Substituindo por A na Equaccedilatildeo 2 os limites se reduzem agrave Equaccedilatildeo 3
(Equaccedilatildeo 3)
onde A satildeo valores tabelados que dependem de N (Anexo A)
Limites de controle para a carta R
2σ + 3d3σ
2σ (Equaccedilatildeo 4)
2σ - 3d3σ
Fatorando a Equaccedilatildeo 4 e considerando 2σ + 3d3 = D2 e 2σ - 3d3 = D1 os limites de controle se
reduzem agrave equaccedilatildeo 5
2σ
2σ (Equaccedilatildeo 5)
1σ
Onde D1 e D2 satildeo valores tabelados que dependem de n (Anexo A) (OLIVEIRA 2013)
33 MATERIAIS UTILIZADOS
Os dados utilizados foram fornecidos por um laboratoacuterio credenciado no municiacutepio de Cascavel a
qual opera com certificaccedilatildeo ISO 9001 para o Sistema de Tratamento de Aacutegua e Esgoto o programa
Microsoft Excel 2010 e o Software Estatiacutestico Statghapics Centurion e pesquisas de artigos
relacionados
4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO
41 LIMITES DE CONTROLE PARA A TURBIDEZ DA AacuteGUA TRATADA
Para caacutelculo dos iacutendices de capacidade do processo foram considerados os limites superior e
inferior definidos pela Portaria 29142011 do Ministeacuterio da Sauacutede conforme os graacuteficos 1 e 2 na
sequecircncia
Graacutefico 1 Apresenta a meacutedia das amostras coletadas no sistema de distribuiccedilatildeo de turbidez
018
Range Chart for Col_1-Col_4
0 10 20 30 40 50 60
Subgroup
0
02
04
06
08
Ran
ge
008
000
Graacutefico 2 Apresenta a amplitude das amostras coletadas no sistema de distribuiccedilatildeo de turbidez
Em resumo foram analisadas 1200 amostras totalizando 20 amostras mensais consecutivas em
relaccedilatildeo agrave turbidez O ponto meacutedio da faixa da operaccedilatildeo foi 008 UT estatisticamente viaacutevel mas
conforme graacutefico 1 e 2 o processo esteve descentrado Como os limites impostos pela Portaria
29142011 do Ministeacuterio da Sauacutede tem faixa de operaccedilatildeo mais ampla que a apresentada no graacutefico
1 a empresa reguladora utiliza estes como referecircncia uma vez que satildeo limites aceitaacuteveis para a
seguranccedila e natildeo apresenta riscos agrave sauacutede da populaccedilatildeo
42 LIMITES DE CONTROLE PARA O PH DA AacuteGUA TRATADA
Os valores obtidos para o paracircmetro pH atraveacutes das cartas de controle e R estatildeo apresentados
nos graacuteficos 3 e 4 respectivamente
Graacutefico 3 Apresenta a meacutedia das amostras coletadas no sistema de distribuiccedilatildeo de PH
033
X-bar Chart for Col_1-Col_4
0 10 20 30 40 50 60
Subgroup
021
025
029
033
037
041
045
X-b
ar
027
021
X-bar Chart for Col_1-Col_4
0 10 20 30 40
Subgroup
71
73
75
77
79
81
X-b
ar
742
751
732
Range Chart for Col_1-Col_4
0 10 20 30 40
Subgroup
0
02
04
06
08
1
Ran
ge
014
031
000
Graacutefico 4 Apresenta a amplitude das amostras coletadas no sistema de distribuiccedilatildeo de PH
Foram analisadas 700 amostras totalizando 20 amostras consecutivas em relaccedilatildeo ao pH da aacutegua
tratada O ponto meacutedio da faixa de operaccedilatildeo eacute de 742 Estatisticamente de acordo com os graacuteficos
3 e 4 a aplicaccedilatildeo detectou que o pH encontra-se descentralizado mas em relaccedilatildeo aos limites da
Portaria ainda estaacute entre a faixa exigida Ainda foi possiacutevel observar a ocorrecircncia de valores
consecutivos abaixo da linha central e tambeacutem acima da linha central indicando um padratildeo de
comportamento natildeo aleatoacuterio em torno da meacutedia Vale salientar que este comportamento se deve a
causas especiais de variaccedilatildeo (externas) como por exemplo existentes no processo poreacutem estas
caracteriacutesticas natildeo trazem riscos agrave sauacutede da populaccedilatildeo ao ser consumida
43 LIMITES DE CONTROLE PARA O CLORO RESIDUAL LIVRE DA AacuteGUA TRATADA
Os valores obtidos com amostras para o paracircmetro pH atraveacutes das cartas de controle e R teste
estatildeo apresentados nos graacuteficos 5 e 6 respectivamente
X-bar Chart for cloro-26092015Col_1-cloro-26092015Col_4
0 10 20 30 40
Subgroup
094
114
134
154
174
X-b
ar
113
131
094
Graacutefico 5 Apresenta a meacutedia das amostras coletadas no sistema de distribuiccedilatildeo de cloro residual livre
Range Chart for cloro-26092015Col_1-cloro-26092015Col_4
0 10 20 30 40
Subgroup
0
04
08
12
16
2
24
Ran
ge
025
057
000
Graacutefico 6 Apresenta a amplitude das amostras coletadas no sistema de distribuiccedilatildeo de cloro residual livre
Foram analisadas 720 amostras totalizando 20 amostras consecutivas em relaccedilatildeo ao cloro residual
livre da aacutegua tratada Conforme os graacuteficos 5 e 6 demonstram o cloro residual livre apresenta o
ponto meacutedio de operaccedilatildeo de 113 mgL O processo permaneceu estatisticamente descentralizado no
periacuteodo Aleacutem disso houve ocorrecircncia de padrotildees de comportamento abaixo da meacutedia apresentados
na forma de sequecircncia de valores consecutivos abaixo da linha central o que indica que houve
alguma causa externa afetando o comportamento desta variaacutevel Em todo caso as mediccedilotildees natildeo
extrapolaram os limites de especificaccedilatildeo impostos pelo laboratoacuterio credenciado muito menos
violam os limites impostos pela Portaria 29142011 do Ministeacuterio da Sauacutede Portanto a aacutegua
potaacutevel natildeo apresenta risco agrave sauacutede ao ser consumida pela populaccedilatildeo
5 CONCLUSAtildeO
Este trabalho mostrou que apesar dos problemas relativos agrave periodicidade de coleta e nuacutemero
reduzido de amostras para avaliaccedilatildeo de algumas variaacuteveis os resultados obtidos fornecem um
quadro da qualidade da aacutegua consumida na aacuterea de estudo nos periacuteodos analisados Os resultados
demonstram aleacutem de descentralizaccedilotildees estatiacutesticas diversos padrotildees de comportamento natildeo
aleatoacuterios em torno da meacutedia oriundos de mecanismos externos ao processo durante o tratamento
da aacutegua Eacute importante salientar que apesar destes padrotildees de comportamento a aacutegua tratada no
municiacutepio em estudo natildeo compromete a qualidade da aacutegua potaacutevel e descarta qualquer
possibilidade de riscos agrave sauacutede da populaccedilatildeo Isso ocorre porque os paracircmetros analisados ainda se
encontram na faixa aceitaacutevel pela Portaria 29142011 tanto para o paracircmetro de cloro residual livre
assim como para os paracircmetros pH e turbidez
6 REFEREcircNCIAS
ALMEIDA et al Controle Estatiacutestico do Processo (CEP) Itu ndash SP 2011
BAIRD C Quiacutemica Ambiental Porto Alegre Bookman 2004 622p
BONDUELLE Ghislaine Ferramentas de Controle Disponiacutevel em
httpwwwmadeiraufprbrportal12downloadsghislaineceppdf Acesso em 15 novembro 2015
BRASIL Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede Manual praacutetico de anaacutelise de aacutegua Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede ndash 4 ed ndash
Brasiacutelia Funasa 2013
BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Vigilacircncia em Sauacutede Vigilacircncia e controle da qualidade da aacutegua para
consumo humano Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Vigilacircncia em Sauacutede ndash Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2006
212p ndash (Seacuterie BTextos Baacutesicos de Sauacutede)
BRASIL Portaria nordm 2914 de 12 de dezembro de 2011 Ministeacuterio da Sauacutede p 38D Disponiacutevel em
httpsitesabespcombruploadsfileasabesp_doctoskit_arsesp_portaria2914pdf acesso em 10 Novembro 2014
COMPANHIA DE SANEAMENTO BAacuteSICO DO ESTADO DE SAtildeO PAULO ndash SABESP Qualidade da aacutegua
Disponiacutevel em httpwwwsabespcombrCalandrawebCalandraRedirectProj=sabespampPub=TampTemp=0 Acesso em
15 novembro 2015
DEMING W E Qualidade a revoluccedilatildeo da administraccedilatildeo Rio de Janeiro Marques-Saraiva 1990
FRAZAO P PERES M A e CURY J A Qualidade da aacutegua para consumo humano e concentraccedilatildeo de
fluoreto Rev Sauacutede Puacuteblica [online] 2011 vol45 n5 pp 964-973 Epub 22-Jul-2011 ISSN 0034-8910
httpdxdoiorg10 1590S0034-89102011005000046
FUNASA Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede 3ordm Caderno de pesquisa de engenharia de sauacutede puacuteblica ndash Brasiacutelia Funasa
2013
HARDOIM E L et al Indicadores bioloacutegicos de qualidade da aacutegua (coliformes totais Escherichia coli e
Cryptosporidium ) e impacto das doenccedilas de veiculaccedilatildeo hiacutedrica Estudo de caso ndash Parque Cuiabaacute CuiabaacuteMT
IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica disponiacutevel emlt
httpwwwcidadesibgegovbrxtrasperfilphplang=ampcodmun=411560ampsearch=||infogrE1ficos-
informaE7F5es-completasgt acesso em 25 set 2015
OLIVEIRA C C et al Manual para elaboraccedilatildeo de cartas de controle para monitoramento de processos de
mediccedilatildeo quantitativos em laboratoacuterios de ensaio 1ordf ediccedilatildeo Satildeo Paulo ndash SESSP 2013
PINTO T J A KANEKO T M PINTO A F Controle Bioloacutegico de Qualidade de Produtos Farmacecircuticos
Correlatos e Cosmeacuteticos 3deg ediccedilatildeo Satildeo Paulo Atheneu Editora 2010
REBOUCAS A C Panorama da agua doce no Brasil In REBOUCAS Aldo da Cunha (Org) Panorama da
degradaccedilatildeo do ar da aacutegua doce e da terra no Brasil Satildeo Paulo IEAUSP Rio de Janeiro Academia Brasileira de Ciencias 1997 p 59-107
RIBEIRO J L D CATEN C S T Controle Estatiacutestico de Processo Porto Alegre - RS 2012
ROSA JIL SILVA LLL BARBOSA DBM A importacircncia das Cartas de Controle Estatiacutestico na Revisatildeo
Peroacutedica de Produtos Goiaacutes 2013
SILVA LSCV Aplicaccedilatildeo do controle estatiacutestico de processos na induacutestria de laticiacutenios Lacatoplasa um estudo de
caso [Dissertaccedilatildeo] Florianoacutepolis Universidade Federal de Santa Catarina 1999
SOUZA J A R de et al Anaacutelise das condiccedilotildees de potabilidade das aacuteguas de surgecircncias em Ubaacute MG Ambiente e
Aacutegua ndash An Interdisciplinary Journal of Applie Science 2015
TUBINO R Controle estatiacutestico manutenccedilatildeo e confiabilidade de processos Rio Grande do Sul 2013
APEcircNDICE
Os resultados a seguir foram obtidos atraveacutes do Software Stactgraphics
TABELA 1 2 E 3 APRESENTAM OS NUacuteMEROS DE TURBIDEZ DA AacuteGUA TRATADA
e R
Number of subgroups = 60 Distribution Normal
Average subgroup size = 64 Transformation none
0 subgroups excluded
Carta
Period 1-60
UCL +30 sigma 032894
Centerline 0270708
LCL -30 sigma 0212476
Tabela 1 2 beyond limits
Carta R
Period 1-60
UCL +30 sigma 0182352
Centerline 00799333
LCL -30 sigma 00
Tabela 2 1 beyond limits
Estimativa Period 1-60
Process mean 0270708
Process sigma 00388214
Average range 00799333
Tabela 3 Sigma estimated from
average
TABELA 4 5 E 6 APRESENTAM OS NUacuteMEROS DE PH DA AacuteGUA TRATADA
e R
Number of subgroups = 35 Distribution Normal Subgroup size = 40 Transformation none
0 subgroups excluded
Carta
Period 1-35
UCL +30 sigma 75148
Centerline 741614
LCL -30 sigma 731748
Tabela 4 22 beyond limits
Carta R Period 1-35
UCL +30 sigma 0308953
Centerline 0135429
LCL -30 sigma 00
Tabela 5 3 beyond limits
Estimativa Period 1-35
Process mean 741614
Process sigma 0065774
Average range 0135429
Tabela 6 Sigma estimated from
average ranger
TABELA 7 8 E 9 APRESENTAM OS NUacuteMEROS DE CLORO RESIDUAL LIVRE DA
AacuteGUA TRATADA
e R
Number of subgroups = 36 Distribution Normal
Subgroup size = 40 Transformation none
0 subgroups excluded
Carta
Period 1-36
UCL +30 sigma 130838
Centerline 112625
LCL -30 sigma 0944123
Tabela 7 2 beyond limits
Carta R Period 1-36
UCL +30 sigma 0570325
Centerline 025
LCL -30 sigma 00
Tabela 8 2 beyond limits
Estimativa Period 1-36
Process mean 112625
Process sigma 0121418
Average range 025
Tabela 9 Sigma estimated from
average ranger
ANEXO A
ldquofora de controlerdquo (figura 2) e que accedilotildees corretivas satildeo necessaacuterias para detectar e eliminar o que
estaacute causando essa descentralizaccedilatildeo
Seja W uma distribuiccedilatildeo normal dos resultados das mediccedilotildees com meacutedia microw e desvio padratildeo σw
conhecidos Entatildeo os limites seratildeo dados por meio da Equaccedilatildeo 1
LSC = microw + L σw
LC = microw (Equaccedilatildeo 1)
LIC = microw - L σw
Onde L eacute agrave distacircncia dos limites de controle agrave linha central expressa em unidades de desvio padratildeo
(OLIVEIRA 2013)
Existem vaacuterios tipos de cartas de controle que visam assegurar a qualidade de um processo de
produccedilatildeo que pode ser divididas em cartas de controle por variaacuteveis
Cartas e R (meacutedia e amplitude)
Cartas e S (meacutedia e desvio padratildeo)
Cartas I e MR (valores individuais e amplitude moacutevel)
CUSUM (soma cumulativa)
E as cartas de controle para atributos
Cartas p (para controlar a proporccedilatildeo de unidades natildeo conformes)
Cartas np (para controlar o nuacutemero de unidades natildeo conformes)
Cartas c (para controlar o nuacutemero de natildeo conformidades por unidade)
Cartas u (para controlar a taxa de natildeo conformidades por unidade)
Para a elaboraccedilatildeo do presente artigo foram utilizadas as cartas de controle para variaacuteveis e R
(meacutedia e amplitude) no qual satildeo empregadas variaacuteveis quantitativas contiacutenuas sendo necessaacuterio
controlarmonitorar tanto o valor meacutedio quanto a variabilidade do processo
Na praacutetica micro e σ natildeo satildeo conhecidos e precisam ser estimados a partir de amostras ou subgrupos
preliminares retirados quando o processo supostamente estava sob controle Estas estimativas
iniciais no planejamento da carta devem ser baseadas em 20 ou 25 amostras segundo
MONTGOMERY (2004) Limites de controle para a carta satildeo
Linha Central = micro (Equaccedilatildeo 2)
Substituindo por A na Equaccedilatildeo 2 os limites se reduzem agrave Equaccedilatildeo 3
(Equaccedilatildeo 3)
onde A satildeo valores tabelados que dependem de N (Anexo A)
Limites de controle para a carta R
2σ + 3d3σ
2σ (Equaccedilatildeo 4)
2σ - 3d3σ
Fatorando a Equaccedilatildeo 4 e considerando 2σ + 3d3 = D2 e 2σ - 3d3 = D1 os limites de controle se
reduzem agrave equaccedilatildeo 5
2σ
2σ (Equaccedilatildeo 5)
1σ
Onde D1 e D2 satildeo valores tabelados que dependem de n (Anexo A) (OLIVEIRA 2013)
33 MATERIAIS UTILIZADOS
Os dados utilizados foram fornecidos por um laboratoacuterio credenciado no municiacutepio de Cascavel a
qual opera com certificaccedilatildeo ISO 9001 para o Sistema de Tratamento de Aacutegua e Esgoto o programa
Microsoft Excel 2010 e o Software Estatiacutestico Statghapics Centurion e pesquisas de artigos
relacionados
4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO
41 LIMITES DE CONTROLE PARA A TURBIDEZ DA AacuteGUA TRATADA
Para caacutelculo dos iacutendices de capacidade do processo foram considerados os limites superior e
inferior definidos pela Portaria 29142011 do Ministeacuterio da Sauacutede conforme os graacuteficos 1 e 2 na
sequecircncia
Graacutefico 1 Apresenta a meacutedia das amostras coletadas no sistema de distribuiccedilatildeo de turbidez
018
Range Chart for Col_1-Col_4
0 10 20 30 40 50 60
Subgroup
0
02
04
06
08
Ran
ge
008
000
Graacutefico 2 Apresenta a amplitude das amostras coletadas no sistema de distribuiccedilatildeo de turbidez
Em resumo foram analisadas 1200 amostras totalizando 20 amostras mensais consecutivas em
relaccedilatildeo agrave turbidez O ponto meacutedio da faixa da operaccedilatildeo foi 008 UT estatisticamente viaacutevel mas
conforme graacutefico 1 e 2 o processo esteve descentrado Como os limites impostos pela Portaria
29142011 do Ministeacuterio da Sauacutede tem faixa de operaccedilatildeo mais ampla que a apresentada no graacutefico
1 a empresa reguladora utiliza estes como referecircncia uma vez que satildeo limites aceitaacuteveis para a
seguranccedila e natildeo apresenta riscos agrave sauacutede da populaccedilatildeo
42 LIMITES DE CONTROLE PARA O PH DA AacuteGUA TRATADA
Os valores obtidos para o paracircmetro pH atraveacutes das cartas de controle e R estatildeo apresentados
nos graacuteficos 3 e 4 respectivamente
Graacutefico 3 Apresenta a meacutedia das amostras coletadas no sistema de distribuiccedilatildeo de PH
033
X-bar Chart for Col_1-Col_4
0 10 20 30 40 50 60
Subgroup
021
025
029
033
037
041
045
X-b
ar
027
021
X-bar Chart for Col_1-Col_4
0 10 20 30 40
Subgroup
71
73
75
77
79
81
X-b
ar
742
751
732
Range Chart for Col_1-Col_4
0 10 20 30 40
Subgroup
0
02
04
06
08
1
Ran
ge
014
031
000
Graacutefico 4 Apresenta a amplitude das amostras coletadas no sistema de distribuiccedilatildeo de PH
Foram analisadas 700 amostras totalizando 20 amostras consecutivas em relaccedilatildeo ao pH da aacutegua
tratada O ponto meacutedio da faixa de operaccedilatildeo eacute de 742 Estatisticamente de acordo com os graacuteficos
3 e 4 a aplicaccedilatildeo detectou que o pH encontra-se descentralizado mas em relaccedilatildeo aos limites da
Portaria ainda estaacute entre a faixa exigida Ainda foi possiacutevel observar a ocorrecircncia de valores
consecutivos abaixo da linha central e tambeacutem acima da linha central indicando um padratildeo de
comportamento natildeo aleatoacuterio em torno da meacutedia Vale salientar que este comportamento se deve a
causas especiais de variaccedilatildeo (externas) como por exemplo existentes no processo poreacutem estas
caracteriacutesticas natildeo trazem riscos agrave sauacutede da populaccedilatildeo ao ser consumida
43 LIMITES DE CONTROLE PARA O CLORO RESIDUAL LIVRE DA AacuteGUA TRATADA
Os valores obtidos com amostras para o paracircmetro pH atraveacutes das cartas de controle e R teste
estatildeo apresentados nos graacuteficos 5 e 6 respectivamente
X-bar Chart for cloro-26092015Col_1-cloro-26092015Col_4
0 10 20 30 40
Subgroup
094
114
134
154
174
X-b
ar
113
131
094
Graacutefico 5 Apresenta a meacutedia das amostras coletadas no sistema de distribuiccedilatildeo de cloro residual livre
Range Chart for cloro-26092015Col_1-cloro-26092015Col_4
0 10 20 30 40
Subgroup
0
04
08
12
16
2
24
Ran
ge
025
057
000
Graacutefico 6 Apresenta a amplitude das amostras coletadas no sistema de distribuiccedilatildeo de cloro residual livre
Foram analisadas 720 amostras totalizando 20 amostras consecutivas em relaccedilatildeo ao cloro residual
livre da aacutegua tratada Conforme os graacuteficos 5 e 6 demonstram o cloro residual livre apresenta o
ponto meacutedio de operaccedilatildeo de 113 mgL O processo permaneceu estatisticamente descentralizado no
periacuteodo Aleacutem disso houve ocorrecircncia de padrotildees de comportamento abaixo da meacutedia apresentados
na forma de sequecircncia de valores consecutivos abaixo da linha central o que indica que houve
alguma causa externa afetando o comportamento desta variaacutevel Em todo caso as mediccedilotildees natildeo
extrapolaram os limites de especificaccedilatildeo impostos pelo laboratoacuterio credenciado muito menos
violam os limites impostos pela Portaria 29142011 do Ministeacuterio da Sauacutede Portanto a aacutegua
potaacutevel natildeo apresenta risco agrave sauacutede ao ser consumida pela populaccedilatildeo
5 CONCLUSAtildeO
Este trabalho mostrou que apesar dos problemas relativos agrave periodicidade de coleta e nuacutemero
reduzido de amostras para avaliaccedilatildeo de algumas variaacuteveis os resultados obtidos fornecem um
quadro da qualidade da aacutegua consumida na aacuterea de estudo nos periacuteodos analisados Os resultados
demonstram aleacutem de descentralizaccedilotildees estatiacutesticas diversos padrotildees de comportamento natildeo
aleatoacuterios em torno da meacutedia oriundos de mecanismos externos ao processo durante o tratamento
da aacutegua Eacute importante salientar que apesar destes padrotildees de comportamento a aacutegua tratada no
municiacutepio em estudo natildeo compromete a qualidade da aacutegua potaacutevel e descarta qualquer
possibilidade de riscos agrave sauacutede da populaccedilatildeo Isso ocorre porque os paracircmetros analisados ainda se
encontram na faixa aceitaacutevel pela Portaria 29142011 tanto para o paracircmetro de cloro residual livre
assim como para os paracircmetros pH e turbidez
6 REFEREcircNCIAS
ALMEIDA et al Controle Estatiacutestico do Processo (CEP) Itu ndash SP 2011
BAIRD C Quiacutemica Ambiental Porto Alegre Bookman 2004 622p
BONDUELLE Ghislaine Ferramentas de Controle Disponiacutevel em
httpwwwmadeiraufprbrportal12downloadsghislaineceppdf Acesso em 15 novembro 2015
BRASIL Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede Manual praacutetico de anaacutelise de aacutegua Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede ndash 4 ed ndash
Brasiacutelia Funasa 2013
BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Vigilacircncia em Sauacutede Vigilacircncia e controle da qualidade da aacutegua para
consumo humano Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Vigilacircncia em Sauacutede ndash Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2006
212p ndash (Seacuterie BTextos Baacutesicos de Sauacutede)
BRASIL Portaria nordm 2914 de 12 de dezembro de 2011 Ministeacuterio da Sauacutede p 38D Disponiacutevel em
httpsitesabespcombruploadsfileasabesp_doctoskit_arsesp_portaria2914pdf acesso em 10 Novembro 2014
COMPANHIA DE SANEAMENTO BAacuteSICO DO ESTADO DE SAtildeO PAULO ndash SABESP Qualidade da aacutegua
Disponiacutevel em httpwwwsabespcombrCalandrawebCalandraRedirectProj=sabespampPub=TampTemp=0 Acesso em
15 novembro 2015
DEMING W E Qualidade a revoluccedilatildeo da administraccedilatildeo Rio de Janeiro Marques-Saraiva 1990
FRAZAO P PERES M A e CURY J A Qualidade da aacutegua para consumo humano e concentraccedilatildeo de
fluoreto Rev Sauacutede Puacuteblica [online] 2011 vol45 n5 pp 964-973 Epub 22-Jul-2011 ISSN 0034-8910
httpdxdoiorg10 1590S0034-89102011005000046
FUNASA Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede 3ordm Caderno de pesquisa de engenharia de sauacutede puacuteblica ndash Brasiacutelia Funasa
2013
HARDOIM E L et al Indicadores bioloacutegicos de qualidade da aacutegua (coliformes totais Escherichia coli e
Cryptosporidium ) e impacto das doenccedilas de veiculaccedilatildeo hiacutedrica Estudo de caso ndash Parque Cuiabaacute CuiabaacuteMT
IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica disponiacutevel emlt
httpwwwcidadesibgegovbrxtrasperfilphplang=ampcodmun=411560ampsearch=||infogrE1ficos-
informaE7F5es-completasgt acesso em 25 set 2015
OLIVEIRA C C et al Manual para elaboraccedilatildeo de cartas de controle para monitoramento de processos de
mediccedilatildeo quantitativos em laboratoacuterios de ensaio 1ordf ediccedilatildeo Satildeo Paulo ndash SESSP 2013
PINTO T J A KANEKO T M PINTO A F Controle Bioloacutegico de Qualidade de Produtos Farmacecircuticos
Correlatos e Cosmeacuteticos 3deg ediccedilatildeo Satildeo Paulo Atheneu Editora 2010
REBOUCAS A C Panorama da agua doce no Brasil In REBOUCAS Aldo da Cunha (Org) Panorama da
degradaccedilatildeo do ar da aacutegua doce e da terra no Brasil Satildeo Paulo IEAUSP Rio de Janeiro Academia Brasileira de Ciencias 1997 p 59-107
RIBEIRO J L D CATEN C S T Controle Estatiacutestico de Processo Porto Alegre - RS 2012
ROSA JIL SILVA LLL BARBOSA DBM A importacircncia das Cartas de Controle Estatiacutestico na Revisatildeo
Peroacutedica de Produtos Goiaacutes 2013
SILVA LSCV Aplicaccedilatildeo do controle estatiacutestico de processos na induacutestria de laticiacutenios Lacatoplasa um estudo de
caso [Dissertaccedilatildeo] Florianoacutepolis Universidade Federal de Santa Catarina 1999
SOUZA J A R de et al Anaacutelise das condiccedilotildees de potabilidade das aacuteguas de surgecircncias em Ubaacute MG Ambiente e
Aacutegua ndash An Interdisciplinary Journal of Applie Science 2015
TUBINO R Controle estatiacutestico manutenccedilatildeo e confiabilidade de processos Rio Grande do Sul 2013
APEcircNDICE
Os resultados a seguir foram obtidos atraveacutes do Software Stactgraphics
TABELA 1 2 E 3 APRESENTAM OS NUacuteMEROS DE TURBIDEZ DA AacuteGUA TRATADA
e R
Number of subgroups = 60 Distribution Normal
Average subgroup size = 64 Transformation none
0 subgroups excluded
Carta
Period 1-60
UCL +30 sigma 032894
Centerline 0270708
LCL -30 sigma 0212476
Tabela 1 2 beyond limits
Carta R
Period 1-60
UCL +30 sigma 0182352
Centerline 00799333
LCL -30 sigma 00
Tabela 2 1 beyond limits
Estimativa Period 1-60
Process mean 0270708
Process sigma 00388214
Average range 00799333
Tabela 3 Sigma estimated from
average
TABELA 4 5 E 6 APRESENTAM OS NUacuteMEROS DE PH DA AacuteGUA TRATADA
e R
Number of subgroups = 35 Distribution Normal Subgroup size = 40 Transformation none
0 subgroups excluded
Carta
Period 1-35
UCL +30 sigma 75148
Centerline 741614
LCL -30 sigma 731748
Tabela 4 22 beyond limits
Carta R Period 1-35
UCL +30 sigma 0308953
Centerline 0135429
LCL -30 sigma 00
Tabela 5 3 beyond limits
Estimativa Period 1-35
Process mean 741614
Process sigma 0065774
Average range 0135429
Tabela 6 Sigma estimated from
average ranger
TABELA 7 8 E 9 APRESENTAM OS NUacuteMEROS DE CLORO RESIDUAL LIVRE DA
AacuteGUA TRATADA
e R
Number of subgroups = 36 Distribution Normal
Subgroup size = 40 Transformation none
0 subgroups excluded
Carta
Period 1-36
UCL +30 sigma 130838
Centerline 112625
LCL -30 sigma 0944123
Tabela 7 2 beyond limits
Carta R Period 1-36
UCL +30 sigma 0570325
Centerline 025
LCL -30 sigma 00
Tabela 8 2 beyond limits
Estimativa Period 1-36
Process mean 112625
Process sigma 0121418
Average range 025
Tabela 9 Sigma estimated from
average ranger
ANEXO A
(Equaccedilatildeo 3)
onde A satildeo valores tabelados que dependem de N (Anexo A)
Limites de controle para a carta R
2σ + 3d3σ
2σ (Equaccedilatildeo 4)
2σ - 3d3σ
Fatorando a Equaccedilatildeo 4 e considerando 2σ + 3d3 = D2 e 2σ - 3d3 = D1 os limites de controle se
reduzem agrave equaccedilatildeo 5
2σ
2σ (Equaccedilatildeo 5)
1σ
Onde D1 e D2 satildeo valores tabelados que dependem de n (Anexo A) (OLIVEIRA 2013)
33 MATERIAIS UTILIZADOS
Os dados utilizados foram fornecidos por um laboratoacuterio credenciado no municiacutepio de Cascavel a
qual opera com certificaccedilatildeo ISO 9001 para o Sistema de Tratamento de Aacutegua e Esgoto o programa
Microsoft Excel 2010 e o Software Estatiacutestico Statghapics Centurion e pesquisas de artigos
relacionados
4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO
41 LIMITES DE CONTROLE PARA A TURBIDEZ DA AacuteGUA TRATADA
Para caacutelculo dos iacutendices de capacidade do processo foram considerados os limites superior e
inferior definidos pela Portaria 29142011 do Ministeacuterio da Sauacutede conforme os graacuteficos 1 e 2 na
sequecircncia
Graacutefico 1 Apresenta a meacutedia das amostras coletadas no sistema de distribuiccedilatildeo de turbidez
018
Range Chart for Col_1-Col_4
0 10 20 30 40 50 60
Subgroup
0
02
04
06
08
Ran
ge
008
000
Graacutefico 2 Apresenta a amplitude das amostras coletadas no sistema de distribuiccedilatildeo de turbidez
Em resumo foram analisadas 1200 amostras totalizando 20 amostras mensais consecutivas em
relaccedilatildeo agrave turbidez O ponto meacutedio da faixa da operaccedilatildeo foi 008 UT estatisticamente viaacutevel mas
conforme graacutefico 1 e 2 o processo esteve descentrado Como os limites impostos pela Portaria
29142011 do Ministeacuterio da Sauacutede tem faixa de operaccedilatildeo mais ampla que a apresentada no graacutefico
1 a empresa reguladora utiliza estes como referecircncia uma vez que satildeo limites aceitaacuteveis para a
seguranccedila e natildeo apresenta riscos agrave sauacutede da populaccedilatildeo
42 LIMITES DE CONTROLE PARA O PH DA AacuteGUA TRATADA
Os valores obtidos para o paracircmetro pH atraveacutes das cartas de controle e R estatildeo apresentados
nos graacuteficos 3 e 4 respectivamente
Graacutefico 3 Apresenta a meacutedia das amostras coletadas no sistema de distribuiccedilatildeo de PH
033
X-bar Chart for Col_1-Col_4
0 10 20 30 40 50 60
Subgroup
021
025
029
033
037
041
045
X-b
ar
027
021
X-bar Chart for Col_1-Col_4
0 10 20 30 40
Subgroup
71
73
75
77
79
81
X-b
ar
742
751
732
Range Chart for Col_1-Col_4
0 10 20 30 40
Subgroup
0
02
04
06
08
1
Ran
ge
014
031
000
Graacutefico 4 Apresenta a amplitude das amostras coletadas no sistema de distribuiccedilatildeo de PH
Foram analisadas 700 amostras totalizando 20 amostras consecutivas em relaccedilatildeo ao pH da aacutegua
tratada O ponto meacutedio da faixa de operaccedilatildeo eacute de 742 Estatisticamente de acordo com os graacuteficos
3 e 4 a aplicaccedilatildeo detectou que o pH encontra-se descentralizado mas em relaccedilatildeo aos limites da
Portaria ainda estaacute entre a faixa exigida Ainda foi possiacutevel observar a ocorrecircncia de valores
consecutivos abaixo da linha central e tambeacutem acima da linha central indicando um padratildeo de
comportamento natildeo aleatoacuterio em torno da meacutedia Vale salientar que este comportamento se deve a
causas especiais de variaccedilatildeo (externas) como por exemplo existentes no processo poreacutem estas
caracteriacutesticas natildeo trazem riscos agrave sauacutede da populaccedilatildeo ao ser consumida
43 LIMITES DE CONTROLE PARA O CLORO RESIDUAL LIVRE DA AacuteGUA TRATADA
Os valores obtidos com amostras para o paracircmetro pH atraveacutes das cartas de controle e R teste
estatildeo apresentados nos graacuteficos 5 e 6 respectivamente
X-bar Chart for cloro-26092015Col_1-cloro-26092015Col_4
0 10 20 30 40
Subgroup
094
114
134
154
174
X-b
ar
113
131
094
Graacutefico 5 Apresenta a meacutedia das amostras coletadas no sistema de distribuiccedilatildeo de cloro residual livre
Range Chart for cloro-26092015Col_1-cloro-26092015Col_4
0 10 20 30 40
Subgroup
0
04
08
12
16
2
24
Ran
ge
025
057
000
Graacutefico 6 Apresenta a amplitude das amostras coletadas no sistema de distribuiccedilatildeo de cloro residual livre
Foram analisadas 720 amostras totalizando 20 amostras consecutivas em relaccedilatildeo ao cloro residual
livre da aacutegua tratada Conforme os graacuteficos 5 e 6 demonstram o cloro residual livre apresenta o
ponto meacutedio de operaccedilatildeo de 113 mgL O processo permaneceu estatisticamente descentralizado no
periacuteodo Aleacutem disso houve ocorrecircncia de padrotildees de comportamento abaixo da meacutedia apresentados
na forma de sequecircncia de valores consecutivos abaixo da linha central o que indica que houve
alguma causa externa afetando o comportamento desta variaacutevel Em todo caso as mediccedilotildees natildeo
extrapolaram os limites de especificaccedilatildeo impostos pelo laboratoacuterio credenciado muito menos
violam os limites impostos pela Portaria 29142011 do Ministeacuterio da Sauacutede Portanto a aacutegua
potaacutevel natildeo apresenta risco agrave sauacutede ao ser consumida pela populaccedilatildeo
5 CONCLUSAtildeO
Este trabalho mostrou que apesar dos problemas relativos agrave periodicidade de coleta e nuacutemero
reduzido de amostras para avaliaccedilatildeo de algumas variaacuteveis os resultados obtidos fornecem um
quadro da qualidade da aacutegua consumida na aacuterea de estudo nos periacuteodos analisados Os resultados
demonstram aleacutem de descentralizaccedilotildees estatiacutesticas diversos padrotildees de comportamento natildeo
aleatoacuterios em torno da meacutedia oriundos de mecanismos externos ao processo durante o tratamento
da aacutegua Eacute importante salientar que apesar destes padrotildees de comportamento a aacutegua tratada no
municiacutepio em estudo natildeo compromete a qualidade da aacutegua potaacutevel e descarta qualquer
possibilidade de riscos agrave sauacutede da populaccedilatildeo Isso ocorre porque os paracircmetros analisados ainda se
encontram na faixa aceitaacutevel pela Portaria 29142011 tanto para o paracircmetro de cloro residual livre
assim como para os paracircmetros pH e turbidez
6 REFEREcircNCIAS
ALMEIDA et al Controle Estatiacutestico do Processo (CEP) Itu ndash SP 2011
BAIRD C Quiacutemica Ambiental Porto Alegre Bookman 2004 622p
BONDUELLE Ghislaine Ferramentas de Controle Disponiacutevel em
httpwwwmadeiraufprbrportal12downloadsghislaineceppdf Acesso em 15 novembro 2015
BRASIL Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede Manual praacutetico de anaacutelise de aacutegua Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede ndash 4 ed ndash
Brasiacutelia Funasa 2013
BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Vigilacircncia em Sauacutede Vigilacircncia e controle da qualidade da aacutegua para
consumo humano Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Vigilacircncia em Sauacutede ndash Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2006
212p ndash (Seacuterie BTextos Baacutesicos de Sauacutede)
BRASIL Portaria nordm 2914 de 12 de dezembro de 2011 Ministeacuterio da Sauacutede p 38D Disponiacutevel em
httpsitesabespcombruploadsfileasabesp_doctoskit_arsesp_portaria2914pdf acesso em 10 Novembro 2014
COMPANHIA DE SANEAMENTO BAacuteSICO DO ESTADO DE SAtildeO PAULO ndash SABESP Qualidade da aacutegua
Disponiacutevel em httpwwwsabespcombrCalandrawebCalandraRedirectProj=sabespampPub=TampTemp=0 Acesso em
15 novembro 2015
DEMING W E Qualidade a revoluccedilatildeo da administraccedilatildeo Rio de Janeiro Marques-Saraiva 1990
FRAZAO P PERES M A e CURY J A Qualidade da aacutegua para consumo humano e concentraccedilatildeo de
fluoreto Rev Sauacutede Puacuteblica [online] 2011 vol45 n5 pp 964-973 Epub 22-Jul-2011 ISSN 0034-8910
httpdxdoiorg10 1590S0034-89102011005000046
FUNASA Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede 3ordm Caderno de pesquisa de engenharia de sauacutede puacuteblica ndash Brasiacutelia Funasa
2013
HARDOIM E L et al Indicadores bioloacutegicos de qualidade da aacutegua (coliformes totais Escherichia coli e
Cryptosporidium ) e impacto das doenccedilas de veiculaccedilatildeo hiacutedrica Estudo de caso ndash Parque Cuiabaacute CuiabaacuteMT
IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica disponiacutevel emlt
httpwwwcidadesibgegovbrxtrasperfilphplang=ampcodmun=411560ampsearch=||infogrE1ficos-
informaE7F5es-completasgt acesso em 25 set 2015
OLIVEIRA C C et al Manual para elaboraccedilatildeo de cartas de controle para monitoramento de processos de
mediccedilatildeo quantitativos em laboratoacuterios de ensaio 1ordf ediccedilatildeo Satildeo Paulo ndash SESSP 2013
PINTO T J A KANEKO T M PINTO A F Controle Bioloacutegico de Qualidade de Produtos Farmacecircuticos
Correlatos e Cosmeacuteticos 3deg ediccedilatildeo Satildeo Paulo Atheneu Editora 2010
REBOUCAS A C Panorama da agua doce no Brasil In REBOUCAS Aldo da Cunha (Org) Panorama da
degradaccedilatildeo do ar da aacutegua doce e da terra no Brasil Satildeo Paulo IEAUSP Rio de Janeiro Academia Brasileira de Ciencias 1997 p 59-107
RIBEIRO J L D CATEN C S T Controle Estatiacutestico de Processo Porto Alegre - RS 2012
ROSA JIL SILVA LLL BARBOSA DBM A importacircncia das Cartas de Controle Estatiacutestico na Revisatildeo
Peroacutedica de Produtos Goiaacutes 2013
SILVA LSCV Aplicaccedilatildeo do controle estatiacutestico de processos na induacutestria de laticiacutenios Lacatoplasa um estudo de
caso [Dissertaccedilatildeo] Florianoacutepolis Universidade Federal de Santa Catarina 1999
SOUZA J A R de et al Anaacutelise das condiccedilotildees de potabilidade das aacuteguas de surgecircncias em Ubaacute MG Ambiente e
Aacutegua ndash An Interdisciplinary Journal of Applie Science 2015
TUBINO R Controle estatiacutestico manutenccedilatildeo e confiabilidade de processos Rio Grande do Sul 2013
APEcircNDICE
Os resultados a seguir foram obtidos atraveacutes do Software Stactgraphics
TABELA 1 2 E 3 APRESENTAM OS NUacuteMEROS DE TURBIDEZ DA AacuteGUA TRATADA
e R
Number of subgroups = 60 Distribution Normal
Average subgroup size = 64 Transformation none
0 subgroups excluded
Carta
Period 1-60
UCL +30 sigma 032894
Centerline 0270708
LCL -30 sigma 0212476
Tabela 1 2 beyond limits
Carta R
Period 1-60
UCL +30 sigma 0182352
Centerline 00799333
LCL -30 sigma 00
Tabela 2 1 beyond limits
Estimativa Period 1-60
Process mean 0270708
Process sigma 00388214
Average range 00799333
Tabela 3 Sigma estimated from
average
TABELA 4 5 E 6 APRESENTAM OS NUacuteMEROS DE PH DA AacuteGUA TRATADA
e R
Number of subgroups = 35 Distribution Normal Subgroup size = 40 Transformation none
0 subgroups excluded
Carta
Period 1-35
UCL +30 sigma 75148
Centerline 741614
LCL -30 sigma 731748
Tabela 4 22 beyond limits
Carta R Period 1-35
UCL +30 sigma 0308953
Centerline 0135429
LCL -30 sigma 00
Tabela 5 3 beyond limits
Estimativa Period 1-35
Process mean 741614
Process sigma 0065774
Average range 0135429
Tabela 6 Sigma estimated from
average ranger
TABELA 7 8 E 9 APRESENTAM OS NUacuteMEROS DE CLORO RESIDUAL LIVRE DA
AacuteGUA TRATADA
e R
Number of subgroups = 36 Distribution Normal
Subgroup size = 40 Transformation none
0 subgroups excluded
Carta
Period 1-36
UCL +30 sigma 130838
Centerline 112625
LCL -30 sigma 0944123
Tabela 7 2 beyond limits
Carta R Period 1-36
UCL +30 sigma 0570325
Centerline 025
LCL -30 sigma 00
Tabela 8 2 beyond limits
Estimativa Period 1-36
Process mean 112625
Process sigma 0121418
Average range 025
Tabela 9 Sigma estimated from
average ranger
ANEXO A
Graacutefico 1 Apresenta a meacutedia das amostras coletadas no sistema de distribuiccedilatildeo de turbidez
018
Range Chart for Col_1-Col_4
0 10 20 30 40 50 60
Subgroup
0
02
04
06
08
Ran
ge
008
000
Graacutefico 2 Apresenta a amplitude das amostras coletadas no sistema de distribuiccedilatildeo de turbidez
Em resumo foram analisadas 1200 amostras totalizando 20 amostras mensais consecutivas em
relaccedilatildeo agrave turbidez O ponto meacutedio da faixa da operaccedilatildeo foi 008 UT estatisticamente viaacutevel mas
conforme graacutefico 1 e 2 o processo esteve descentrado Como os limites impostos pela Portaria
29142011 do Ministeacuterio da Sauacutede tem faixa de operaccedilatildeo mais ampla que a apresentada no graacutefico
1 a empresa reguladora utiliza estes como referecircncia uma vez que satildeo limites aceitaacuteveis para a
seguranccedila e natildeo apresenta riscos agrave sauacutede da populaccedilatildeo
42 LIMITES DE CONTROLE PARA O PH DA AacuteGUA TRATADA
Os valores obtidos para o paracircmetro pH atraveacutes das cartas de controle e R estatildeo apresentados
nos graacuteficos 3 e 4 respectivamente
Graacutefico 3 Apresenta a meacutedia das amostras coletadas no sistema de distribuiccedilatildeo de PH
033
X-bar Chart for Col_1-Col_4
0 10 20 30 40 50 60
Subgroup
021
025
029
033
037
041
045
X-b
ar
027
021
X-bar Chart for Col_1-Col_4
0 10 20 30 40
Subgroup
71
73
75
77
79
81
X-b
ar
742
751
732
Range Chart for Col_1-Col_4
0 10 20 30 40
Subgroup
0
02
04
06
08
1
Ran
ge
014
031
000
Graacutefico 4 Apresenta a amplitude das amostras coletadas no sistema de distribuiccedilatildeo de PH
Foram analisadas 700 amostras totalizando 20 amostras consecutivas em relaccedilatildeo ao pH da aacutegua
tratada O ponto meacutedio da faixa de operaccedilatildeo eacute de 742 Estatisticamente de acordo com os graacuteficos
3 e 4 a aplicaccedilatildeo detectou que o pH encontra-se descentralizado mas em relaccedilatildeo aos limites da
Portaria ainda estaacute entre a faixa exigida Ainda foi possiacutevel observar a ocorrecircncia de valores
consecutivos abaixo da linha central e tambeacutem acima da linha central indicando um padratildeo de
comportamento natildeo aleatoacuterio em torno da meacutedia Vale salientar que este comportamento se deve a
causas especiais de variaccedilatildeo (externas) como por exemplo existentes no processo poreacutem estas
caracteriacutesticas natildeo trazem riscos agrave sauacutede da populaccedilatildeo ao ser consumida
43 LIMITES DE CONTROLE PARA O CLORO RESIDUAL LIVRE DA AacuteGUA TRATADA
Os valores obtidos com amostras para o paracircmetro pH atraveacutes das cartas de controle e R teste
estatildeo apresentados nos graacuteficos 5 e 6 respectivamente
X-bar Chart for cloro-26092015Col_1-cloro-26092015Col_4
0 10 20 30 40
Subgroup
094
114
134
154
174
X-b
ar
113
131
094
Graacutefico 5 Apresenta a meacutedia das amostras coletadas no sistema de distribuiccedilatildeo de cloro residual livre
Range Chart for cloro-26092015Col_1-cloro-26092015Col_4
0 10 20 30 40
Subgroup
0
04
08
12
16
2
24
Ran
ge
025
057
000
Graacutefico 6 Apresenta a amplitude das amostras coletadas no sistema de distribuiccedilatildeo de cloro residual livre
Foram analisadas 720 amostras totalizando 20 amostras consecutivas em relaccedilatildeo ao cloro residual
livre da aacutegua tratada Conforme os graacuteficos 5 e 6 demonstram o cloro residual livre apresenta o
ponto meacutedio de operaccedilatildeo de 113 mgL O processo permaneceu estatisticamente descentralizado no
periacuteodo Aleacutem disso houve ocorrecircncia de padrotildees de comportamento abaixo da meacutedia apresentados
na forma de sequecircncia de valores consecutivos abaixo da linha central o que indica que houve
alguma causa externa afetando o comportamento desta variaacutevel Em todo caso as mediccedilotildees natildeo
extrapolaram os limites de especificaccedilatildeo impostos pelo laboratoacuterio credenciado muito menos
violam os limites impostos pela Portaria 29142011 do Ministeacuterio da Sauacutede Portanto a aacutegua
potaacutevel natildeo apresenta risco agrave sauacutede ao ser consumida pela populaccedilatildeo
5 CONCLUSAtildeO
Este trabalho mostrou que apesar dos problemas relativos agrave periodicidade de coleta e nuacutemero
reduzido de amostras para avaliaccedilatildeo de algumas variaacuteveis os resultados obtidos fornecem um
quadro da qualidade da aacutegua consumida na aacuterea de estudo nos periacuteodos analisados Os resultados
demonstram aleacutem de descentralizaccedilotildees estatiacutesticas diversos padrotildees de comportamento natildeo
aleatoacuterios em torno da meacutedia oriundos de mecanismos externos ao processo durante o tratamento
da aacutegua Eacute importante salientar que apesar destes padrotildees de comportamento a aacutegua tratada no
municiacutepio em estudo natildeo compromete a qualidade da aacutegua potaacutevel e descarta qualquer
possibilidade de riscos agrave sauacutede da populaccedilatildeo Isso ocorre porque os paracircmetros analisados ainda se
encontram na faixa aceitaacutevel pela Portaria 29142011 tanto para o paracircmetro de cloro residual livre
assim como para os paracircmetros pH e turbidez
6 REFEREcircNCIAS
ALMEIDA et al Controle Estatiacutestico do Processo (CEP) Itu ndash SP 2011
BAIRD C Quiacutemica Ambiental Porto Alegre Bookman 2004 622p
BONDUELLE Ghislaine Ferramentas de Controle Disponiacutevel em
httpwwwmadeiraufprbrportal12downloadsghislaineceppdf Acesso em 15 novembro 2015
BRASIL Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede Manual praacutetico de anaacutelise de aacutegua Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede ndash 4 ed ndash
Brasiacutelia Funasa 2013
BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Vigilacircncia em Sauacutede Vigilacircncia e controle da qualidade da aacutegua para
consumo humano Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Vigilacircncia em Sauacutede ndash Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2006
212p ndash (Seacuterie BTextos Baacutesicos de Sauacutede)
BRASIL Portaria nordm 2914 de 12 de dezembro de 2011 Ministeacuterio da Sauacutede p 38D Disponiacutevel em
httpsitesabespcombruploadsfileasabesp_doctoskit_arsesp_portaria2914pdf acesso em 10 Novembro 2014
COMPANHIA DE SANEAMENTO BAacuteSICO DO ESTADO DE SAtildeO PAULO ndash SABESP Qualidade da aacutegua
Disponiacutevel em httpwwwsabespcombrCalandrawebCalandraRedirectProj=sabespampPub=TampTemp=0 Acesso em
15 novembro 2015
DEMING W E Qualidade a revoluccedilatildeo da administraccedilatildeo Rio de Janeiro Marques-Saraiva 1990
FRAZAO P PERES M A e CURY J A Qualidade da aacutegua para consumo humano e concentraccedilatildeo de
fluoreto Rev Sauacutede Puacuteblica [online] 2011 vol45 n5 pp 964-973 Epub 22-Jul-2011 ISSN 0034-8910
httpdxdoiorg10 1590S0034-89102011005000046
FUNASA Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede 3ordm Caderno de pesquisa de engenharia de sauacutede puacuteblica ndash Brasiacutelia Funasa
2013
HARDOIM E L et al Indicadores bioloacutegicos de qualidade da aacutegua (coliformes totais Escherichia coli e
Cryptosporidium ) e impacto das doenccedilas de veiculaccedilatildeo hiacutedrica Estudo de caso ndash Parque Cuiabaacute CuiabaacuteMT
IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica disponiacutevel emlt
httpwwwcidadesibgegovbrxtrasperfilphplang=ampcodmun=411560ampsearch=||infogrE1ficos-
informaE7F5es-completasgt acesso em 25 set 2015
OLIVEIRA C C et al Manual para elaboraccedilatildeo de cartas de controle para monitoramento de processos de
mediccedilatildeo quantitativos em laboratoacuterios de ensaio 1ordf ediccedilatildeo Satildeo Paulo ndash SESSP 2013
PINTO T J A KANEKO T M PINTO A F Controle Bioloacutegico de Qualidade de Produtos Farmacecircuticos
Correlatos e Cosmeacuteticos 3deg ediccedilatildeo Satildeo Paulo Atheneu Editora 2010
REBOUCAS A C Panorama da agua doce no Brasil In REBOUCAS Aldo da Cunha (Org) Panorama da
degradaccedilatildeo do ar da aacutegua doce e da terra no Brasil Satildeo Paulo IEAUSP Rio de Janeiro Academia Brasileira de Ciencias 1997 p 59-107
RIBEIRO J L D CATEN C S T Controle Estatiacutestico de Processo Porto Alegre - RS 2012
ROSA JIL SILVA LLL BARBOSA DBM A importacircncia das Cartas de Controle Estatiacutestico na Revisatildeo
Peroacutedica de Produtos Goiaacutes 2013
SILVA LSCV Aplicaccedilatildeo do controle estatiacutestico de processos na induacutestria de laticiacutenios Lacatoplasa um estudo de
caso [Dissertaccedilatildeo] Florianoacutepolis Universidade Federal de Santa Catarina 1999
SOUZA J A R de et al Anaacutelise das condiccedilotildees de potabilidade das aacuteguas de surgecircncias em Ubaacute MG Ambiente e
Aacutegua ndash An Interdisciplinary Journal of Applie Science 2015
TUBINO R Controle estatiacutestico manutenccedilatildeo e confiabilidade de processos Rio Grande do Sul 2013
APEcircNDICE
Os resultados a seguir foram obtidos atraveacutes do Software Stactgraphics
TABELA 1 2 E 3 APRESENTAM OS NUacuteMEROS DE TURBIDEZ DA AacuteGUA TRATADA
e R
Number of subgroups = 60 Distribution Normal
Average subgroup size = 64 Transformation none
0 subgroups excluded
Carta
Period 1-60
UCL +30 sigma 032894
Centerline 0270708
LCL -30 sigma 0212476
Tabela 1 2 beyond limits
Carta R
Period 1-60
UCL +30 sigma 0182352
Centerline 00799333
LCL -30 sigma 00
Tabela 2 1 beyond limits
Estimativa Period 1-60
Process mean 0270708
Process sigma 00388214
Average range 00799333
Tabela 3 Sigma estimated from
average
TABELA 4 5 E 6 APRESENTAM OS NUacuteMEROS DE PH DA AacuteGUA TRATADA
e R
Number of subgroups = 35 Distribution Normal Subgroup size = 40 Transformation none
0 subgroups excluded
Carta
Period 1-35
UCL +30 sigma 75148
Centerline 741614
LCL -30 sigma 731748
Tabela 4 22 beyond limits
Carta R Period 1-35
UCL +30 sigma 0308953
Centerline 0135429
LCL -30 sigma 00
Tabela 5 3 beyond limits
Estimativa Period 1-35
Process mean 741614
Process sigma 0065774
Average range 0135429
Tabela 6 Sigma estimated from
average ranger
TABELA 7 8 E 9 APRESENTAM OS NUacuteMEROS DE CLORO RESIDUAL LIVRE DA
AacuteGUA TRATADA
e R
Number of subgroups = 36 Distribution Normal
Subgroup size = 40 Transformation none
0 subgroups excluded
Carta
Period 1-36
UCL +30 sigma 130838
Centerline 112625
LCL -30 sigma 0944123
Tabela 7 2 beyond limits
Carta R Period 1-36
UCL +30 sigma 0570325
Centerline 025
LCL -30 sigma 00
Tabela 8 2 beyond limits
Estimativa Period 1-36
Process mean 112625
Process sigma 0121418
Average range 025
Tabela 9 Sigma estimated from
average ranger
ANEXO A
Range Chart for Col_1-Col_4
0 10 20 30 40
Subgroup
0
02
04
06
08
1
Ran
ge
014
031
000
Graacutefico 4 Apresenta a amplitude das amostras coletadas no sistema de distribuiccedilatildeo de PH
Foram analisadas 700 amostras totalizando 20 amostras consecutivas em relaccedilatildeo ao pH da aacutegua
tratada O ponto meacutedio da faixa de operaccedilatildeo eacute de 742 Estatisticamente de acordo com os graacuteficos
3 e 4 a aplicaccedilatildeo detectou que o pH encontra-se descentralizado mas em relaccedilatildeo aos limites da
Portaria ainda estaacute entre a faixa exigida Ainda foi possiacutevel observar a ocorrecircncia de valores
consecutivos abaixo da linha central e tambeacutem acima da linha central indicando um padratildeo de
comportamento natildeo aleatoacuterio em torno da meacutedia Vale salientar que este comportamento se deve a
causas especiais de variaccedilatildeo (externas) como por exemplo existentes no processo poreacutem estas
caracteriacutesticas natildeo trazem riscos agrave sauacutede da populaccedilatildeo ao ser consumida
43 LIMITES DE CONTROLE PARA O CLORO RESIDUAL LIVRE DA AacuteGUA TRATADA
Os valores obtidos com amostras para o paracircmetro pH atraveacutes das cartas de controle e R teste
estatildeo apresentados nos graacuteficos 5 e 6 respectivamente
X-bar Chart for cloro-26092015Col_1-cloro-26092015Col_4
0 10 20 30 40
Subgroup
094
114
134
154
174
X-b
ar
113
131
094
Graacutefico 5 Apresenta a meacutedia das amostras coletadas no sistema de distribuiccedilatildeo de cloro residual livre
Range Chart for cloro-26092015Col_1-cloro-26092015Col_4
0 10 20 30 40
Subgroup
0
04
08
12
16
2
24
Ran
ge
025
057
000
Graacutefico 6 Apresenta a amplitude das amostras coletadas no sistema de distribuiccedilatildeo de cloro residual livre
Foram analisadas 720 amostras totalizando 20 amostras consecutivas em relaccedilatildeo ao cloro residual
livre da aacutegua tratada Conforme os graacuteficos 5 e 6 demonstram o cloro residual livre apresenta o
ponto meacutedio de operaccedilatildeo de 113 mgL O processo permaneceu estatisticamente descentralizado no
periacuteodo Aleacutem disso houve ocorrecircncia de padrotildees de comportamento abaixo da meacutedia apresentados
na forma de sequecircncia de valores consecutivos abaixo da linha central o que indica que houve
alguma causa externa afetando o comportamento desta variaacutevel Em todo caso as mediccedilotildees natildeo
extrapolaram os limites de especificaccedilatildeo impostos pelo laboratoacuterio credenciado muito menos
violam os limites impostos pela Portaria 29142011 do Ministeacuterio da Sauacutede Portanto a aacutegua
potaacutevel natildeo apresenta risco agrave sauacutede ao ser consumida pela populaccedilatildeo
5 CONCLUSAtildeO
Este trabalho mostrou que apesar dos problemas relativos agrave periodicidade de coleta e nuacutemero
reduzido de amostras para avaliaccedilatildeo de algumas variaacuteveis os resultados obtidos fornecem um
quadro da qualidade da aacutegua consumida na aacuterea de estudo nos periacuteodos analisados Os resultados
demonstram aleacutem de descentralizaccedilotildees estatiacutesticas diversos padrotildees de comportamento natildeo
aleatoacuterios em torno da meacutedia oriundos de mecanismos externos ao processo durante o tratamento
da aacutegua Eacute importante salientar que apesar destes padrotildees de comportamento a aacutegua tratada no
municiacutepio em estudo natildeo compromete a qualidade da aacutegua potaacutevel e descarta qualquer
possibilidade de riscos agrave sauacutede da populaccedilatildeo Isso ocorre porque os paracircmetros analisados ainda se
encontram na faixa aceitaacutevel pela Portaria 29142011 tanto para o paracircmetro de cloro residual livre
assim como para os paracircmetros pH e turbidez
6 REFEREcircNCIAS
ALMEIDA et al Controle Estatiacutestico do Processo (CEP) Itu ndash SP 2011
BAIRD C Quiacutemica Ambiental Porto Alegre Bookman 2004 622p
BONDUELLE Ghislaine Ferramentas de Controle Disponiacutevel em
httpwwwmadeiraufprbrportal12downloadsghislaineceppdf Acesso em 15 novembro 2015
BRASIL Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede Manual praacutetico de anaacutelise de aacutegua Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede ndash 4 ed ndash
Brasiacutelia Funasa 2013
BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Vigilacircncia em Sauacutede Vigilacircncia e controle da qualidade da aacutegua para
consumo humano Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Vigilacircncia em Sauacutede ndash Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2006
212p ndash (Seacuterie BTextos Baacutesicos de Sauacutede)
BRASIL Portaria nordm 2914 de 12 de dezembro de 2011 Ministeacuterio da Sauacutede p 38D Disponiacutevel em
httpsitesabespcombruploadsfileasabesp_doctoskit_arsesp_portaria2914pdf acesso em 10 Novembro 2014
COMPANHIA DE SANEAMENTO BAacuteSICO DO ESTADO DE SAtildeO PAULO ndash SABESP Qualidade da aacutegua
Disponiacutevel em httpwwwsabespcombrCalandrawebCalandraRedirectProj=sabespampPub=TampTemp=0 Acesso em
15 novembro 2015
DEMING W E Qualidade a revoluccedilatildeo da administraccedilatildeo Rio de Janeiro Marques-Saraiva 1990
FRAZAO P PERES M A e CURY J A Qualidade da aacutegua para consumo humano e concentraccedilatildeo de
fluoreto Rev Sauacutede Puacuteblica [online] 2011 vol45 n5 pp 964-973 Epub 22-Jul-2011 ISSN 0034-8910
httpdxdoiorg10 1590S0034-89102011005000046
FUNASA Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede 3ordm Caderno de pesquisa de engenharia de sauacutede puacuteblica ndash Brasiacutelia Funasa
2013
HARDOIM E L et al Indicadores bioloacutegicos de qualidade da aacutegua (coliformes totais Escherichia coli e
Cryptosporidium ) e impacto das doenccedilas de veiculaccedilatildeo hiacutedrica Estudo de caso ndash Parque Cuiabaacute CuiabaacuteMT
IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica disponiacutevel emlt
httpwwwcidadesibgegovbrxtrasperfilphplang=ampcodmun=411560ampsearch=||infogrE1ficos-
informaE7F5es-completasgt acesso em 25 set 2015
OLIVEIRA C C et al Manual para elaboraccedilatildeo de cartas de controle para monitoramento de processos de
mediccedilatildeo quantitativos em laboratoacuterios de ensaio 1ordf ediccedilatildeo Satildeo Paulo ndash SESSP 2013
PINTO T J A KANEKO T M PINTO A F Controle Bioloacutegico de Qualidade de Produtos Farmacecircuticos
Correlatos e Cosmeacuteticos 3deg ediccedilatildeo Satildeo Paulo Atheneu Editora 2010
REBOUCAS A C Panorama da agua doce no Brasil In REBOUCAS Aldo da Cunha (Org) Panorama da
degradaccedilatildeo do ar da aacutegua doce e da terra no Brasil Satildeo Paulo IEAUSP Rio de Janeiro Academia Brasileira de Ciencias 1997 p 59-107
RIBEIRO J L D CATEN C S T Controle Estatiacutestico de Processo Porto Alegre - RS 2012
ROSA JIL SILVA LLL BARBOSA DBM A importacircncia das Cartas de Controle Estatiacutestico na Revisatildeo
Peroacutedica de Produtos Goiaacutes 2013
SILVA LSCV Aplicaccedilatildeo do controle estatiacutestico de processos na induacutestria de laticiacutenios Lacatoplasa um estudo de
caso [Dissertaccedilatildeo] Florianoacutepolis Universidade Federal de Santa Catarina 1999
SOUZA J A R de et al Anaacutelise das condiccedilotildees de potabilidade das aacuteguas de surgecircncias em Ubaacute MG Ambiente e
Aacutegua ndash An Interdisciplinary Journal of Applie Science 2015
TUBINO R Controle estatiacutestico manutenccedilatildeo e confiabilidade de processos Rio Grande do Sul 2013
APEcircNDICE
Os resultados a seguir foram obtidos atraveacutes do Software Stactgraphics
TABELA 1 2 E 3 APRESENTAM OS NUacuteMEROS DE TURBIDEZ DA AacuteGUA TRATADA
e R
Number of subgroups = 60 Distribution Normal
Average subgroup size = 64 Transformation none
0 subgroups excluded
Carta
Period 1-60
UCL +30 sigma 032894
Centerline 0270708
LCL -30 sigma 0212476
Tabela 1 2 beyond limits
Carta R
Period 1-60
UCL +30 sigma 0182352
Centerline 00799333
LCL -30 sigma 00
Tabela 2 1 beyond limits
Estimativa Period 1-60
Process mean 0270708
Process sigma 00388214
Average range 00799333
Tabela 3 Sigma estimated from
average
TABELA 4 5 E 6 APRESENTAM OS NUacuteMEROS DE PH DA AacuteGUA TRATADA
e R
Number of subgroups = 35 Distribution Normal Subgroup size = 40 Transformation none
0 subgroups excluded
Carta
Period 1-35
UCL +30 sigma 75148
Centerline 741614
LCL -30 sigma 731748
Tabela 4 22 beyond limits
Carta R Period 1-35
UCL +30 sigma 0308953
Centerline 0135429
LCL -30 sigma 00
Tabela 5 3 beyond limits
Estimativa Period 1-35
Process mean 741614
Process sigma 0065774
Average range 0135429
Tabela 6 Sigma estimated from
average ranger
TABELA 7 8 E 9 APRESENTAM OS NUacuteMEROS DE CLORO RESIDUAL LIVRE DA
AacuteGUA TRATADA
e R
Number of subgroups = 36 Distribution Normal
Subgroup size = 40 Transformation none
0 subgroups excluded
Carta
Period 1-36
UCL +30 sigma 130838
Centerline 112625
LCL -30 sigma 0944123
Tabela 7 2 beyond limits
Carta R Period 1-36
UCL +30 sigma 0570325
Centerline 025
LCL -30 sigma 00
Tabela 8 2 beyond limits
Estimativa Period 1-36
Process mean 112625
Process sigma 0121418
Average range 025
Tabela 9 Sigma estimated from
average ranger
ANEXO A
Range Chart for cloro-26092015Col_1-cloro-26092015Col_4
0 10 20 30 40
Subgroup
0
04
08
12
16
2
24
Ran
ge
025
057
000
Graacutefico 6 Apresenta a amplitude das amostras coletadas no sistema de distribuiccedilatildeo de cloro residual livre
Foram analisadas 720 amostras totalizando 20 amostras consecutivas em relaccedilatildeo ao cloro residual
livre da aacutegua tratada Conforme os graacuteficos 5 e 6 demonstram o cloro residual livre apresenta o
ponto meacutedio de operaccedilatildeo de 113 mgL O processo permaneceu estatisticamente descentralizado no
periacuteodo Aleacutem disso houve ocorrecircncia de padrotildees de comportamento abaixo da meacutedia apresentados
na forma de sequecircncia de valores consecutivos abaixo da linha central o que indica que houve
alguma causa externa afetando o comportamento desta variaacutevel Em todo caso as mediccedilotildees natildeo
extrapolaram os limites de especificaccedilatildeo impostos pelo laboratoacuterio credenciado muito menos
violam os limites impostos pela Portaria 29142011 do Ministeacuterio da Sauacutede Portanto a aacutegua
potaacutevel natildeo apresenta risco agrave sauacutede ao ser consumida pela populaccedilatildeo
5 CONCLUSAtildeO
Este trabalho mostrou que apesar dos problemas relativos agrave periodicidade de coleta e nuacutemero
reduzido de amostras para avaliaccedilatildeo de algumas variaacuteveis os resultados obtidos fornecem um
quadro da qualidade da aacutegua consumida na aacuterea de estudo nos periacuteodos analisados Os resultados
demonstram aleacutem de descentralizaccedilotildees estatiacutesticas diversos padrotildees de comportamento natildeo
aleatoacuterios em torno da meacutedia oriundos de mecanismos externos ao processo durante o tratamento
da aacutegua Eacute importante salientar que apesar destes padrotildees de comportamento a aacutegua tratada no
municiacutepio em estudo natildeo compromete a qualidade da aacutegua potaacutevel e descarta qualquer
possibilidade de riscos agrave sauacutede da populaccedilatildeo Isso ocorre porque os paracircmetros analisados ainda se
encontram na faixa aceitaacutevel pela Portaria 29142011 tanto para o paracircmetro de cloro residual livre
assim como para os paracircmetros pH e turbidez
6 REFEREcircNCIAS
ALMEIDA et al Controle Estatiacutestico do Processo (CEP) Itu ndash SP 2011
BAIRD C Quiacutemica Ambiental Porto Alegre Bookman 2004 622p
BONDUELLE Ghislaine Ferramentas de Controle Disponiacutevel em
httpwwwmadeiraufprbrportal12downloadsghislaineceppdf Acesso em 15 novembro 2015
BRASIL Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede Manual praacutetico de anaacutelise de aacutegua Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede ndash 4 ed ndash
Brasiacutelia Funasa 2013
BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Vigilacircncia em Sauacutede Vigilacircncia e controle da qualidade da aacutegua para
consumo humano Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Vigilacircncia em Sauacutede ndash Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2006
212p ndash (Seacuterie BTextos Baacutesicos de Sauacutede)
BRASIL Portaria nordm 2914 de 12 de dezembro de 2011 Ministeacuterio da Sauacutede p 38D Disponiacutevel em
httpsitesabespcombruploadsfileasabesp_doctoskit_arsesp_portaria2914pdf acesso em 10 Novembro 2014
COMPANHIA DE SANEAMENTO BAacuteSICO DO ESTADO DE SAtildeO PAULO ndash SABESP Qualidade da aacutegua
Disponiacutevel em httpwwwsabespcombrCalandrawebCalandraRedirectProj=sabespampPub=TampTemp=0 Acesso em
15 novembro 2015
DEMING W E Qualidade a revoluccedilatildeo da administraccedilatildeo Rio de Janeiro Marques-Saraiva 1990
FRAZAO P PERES M A e CURY J A Qualidade da aacutegua para consumo humano e concentraccedilatildeo de
fluoreto Rev Sauacutede Puacuteblica [online] 2011 vol45 n5 pp 964-973 Epub 22-Jul-2011 ISSN 0034-8910
httpdxdoiorg10 1590S0034-89102011005000046
FUNASA Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede 3ordm Caderno de pesquisa de engenharia de sauacutede puacuteblica ndash Brasiacutelia Funasa
2013
HARDOIM E L et al Indicadores bioloacutegicos de qualidade da aacutegua (coliformes totais Escherichia coli e
Cryptosporidium ) e impacto das doenccedilas de veiculaccedilatildeo hiacutedrica Estudo de caso ndash Parque Cuiabaacute CuiabaacuteMT
IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica disponiacutevel emlt
httpwwwcidadesibgegovbrxtrasperfilphplang=ampcodmun=411560ampsearch=||infogrE1ficos-
informaE7F5es-completasgt acesso em 25 set 2015
OLIVEIRA C C et al Manual para elaboraccedilatildeo de cartas de controle para monitoramento de processos de
mediccedilatildeo quantitativos em laboratoacuterios de ensaio 1ordf ediccedilatildeo Satildeo Paulo ndash SESSP 2013
PINTO T J A KANEKO T M PINTO A F Controle Bioloacutegico de Qualidade de Produtos Farmacecircuticos
Correlatos e Cosmeacuteticos 3deg ediccedilatildeo Satildeo Paulo Atheneu Editora 2010
REBOUCAS A C Panorama da agua doce no Brasil In REBOUCAS Aldo da Cunha (Org) Panorama da
degradaccedilatildeo do ar da aacutegua doce e da terra no Brasil Satildeo Paulo IEAUSP Rio de Janeiro Academia Brasileira de Ciencias 1997 p 59-107
RIBEIRO J L D CATEN C S T Controle Estatiacutestico de Processo Porto Alegre - RS 2012
ROSA JIL SILVA LLL BARBOSA DBM A importacircncia das Cartas de Controle Estatiacutestico na Revisatildeo
Peroacutedica de Produtos Goiaacutes 2013
SILVA LSCV Aplicaccedilatildeo do controle estatiacutestico de processos na induacutestria de laticiacutenios Lacatoplasa um estudo de
caso [Dissertaccedilatildeo] Florianoacutepolis Universidade Federal de Santa Catarina 1999
SOUZA J A R de et al Anaacutelise das condiccedilotildees de potabilidade das aacuteguas de surgecircncias em Ubaacute MG Ambiente e
Aacutegua ndash An Interdisciplinary Journal of Applie Science 2015
TUBINO R Controle estatiacutestico manutenccedilatildeo e confiabilidade de processos Rio Grande do Sul 2013
APEcircNDICE
Os resultados a seguir foram obtidos atraveacutes do Software Stactgraphics
TABELA 1 2 E 3 APRESENTAM OS NUacuteMEROS DE TURBIDEZ DA AacuteGUA TRATADA
e R
Number of subgroups = 60 Distribution Normal
Average subgroup size = 64 Transformation none
0 subgroups excluded
Carta
Period 1-60
UCL +30 sigma 032894
Centerline 0270708
LCL -30 sigma 0212476
Tabela 1 2 beyond limits
Carta R
Period 1-60
UCL +30 sigma 0182352
Centerline 00799333
LCL -30 sigma 00
Tabela 2 1 beyond limits
Estimativa Period 1-60
Process mean 0270708
Process sigma 00388214
Average range 00799333
Tabela 3 Sigma estimated from
average
TABELA 4 5 E 6 APRESENTAM OS NUacuteMEROS DE PH DA AacuteGUA TRATADA
e R
Number of subgroups = 35 Distribution Normal Subgroup size = 40 Transformation none
0 subgroups excluded
Carta
Period 1-35
UCL +30 sigma 75148
Centerline 741614
LCL -30 sigma 731748
Tabela 4 22 beyond limits
Carta R Period 1-35
UCL +30 sigma 0308953
Centerline 0135429
LCL -30 sigma 00
Tabela 5 3 beyond limits
Estimativa Period 1-35
Process mean 741614
Process sigma 0065774
Average range 0135429
Tabela 6 Sigma estimated from
average ranger
TABELA 7 8 E 9 APRESENTAM OS NUacuteMEROS DE CLORO RESIDUAL LIVRE DA
AacuteGUA TRATADA
e R
Number of subgroups = 36 Distribution Normal
Subgroup size = 40 Transformation none
0 subgroups excluded
Carta
Period 1-36
UCL +30 sigma 130838
Centerline 112625
LCL -30 sigma 0944123
Tabela 7 2 beyond limits
Carta R Period 1-36
UCL +30 sigma 0570325
Centerline 025
LCL -30 sigma 00
Tabela 8 2 beyond limits
Estimativa Period 1-36
Process mean 112625
Process sigma 0121418
Average range 025
Tabela 9 Sigma estimated from
average ranger
ANEXO A
BONDUELLE Ghislaine Ferramentas de Controle Disponiacutevel em
httpwwwmadeiraufprbrportal12downloadsghislaineceppdf Acesso em 15 novembro 2015
BRASIL Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede Manual praacutetico de anaacutelise de aacutegua Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede ndash 4 ed ndash
Brasiacutelia Funasa 2013
BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Vigilacircncia em Sauacutede Vigilacircncia e controle da qualidade da aacutegua para
consumo humano Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Vigilacircncia em Sauacutede ndash Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2006
212p ndash (Seacuterie BTextos Baacutesicos de Sauacutede)
BRASIL Portaria nordm 2914 de 12 de dezembro de 2011 Ministeacuterio da Sauacutede p 38D Disponiacutevel em
httpsitesabespcombruploadsfileasabesp_doctoskit_arsesp_portaria2914pdf acesso em 10 Novembro 2014
COMPANHIA DE SANEAMENTO BAacuteSICO DO ESTADO DE SAtildeO PAULO ndash SABESP Qualidade da aacutegua
Disponiacutevel em httpwwwsabespcombrCalandrawebCalandraRedirectProj=sabespampPub=TampTemp=0 Acesso em
15 novembro 2015
DEMING W E Qualidade a revoluccedilatildeo da administraccedilatildeo Rio de Janeiro Marques-Saraiva 1990
FRAZAO P PERES M A e CURY J A Qualidade da aacutegua para consumo humano e concentraccedilatildeo de
fluoreto Rev Sauacutede Puacuteblica [online] 2011 vol45 n5 pp 964-973 Epub 22-Jul-2011 ISSN 0034-8910
httpdxdoiorg10 1590S0034-89102011005000046
FUNASA Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede 3ordm Caderno de pesquisa de engenharia de sauacutede puacuteblica ndash Brasiacutelia Funasa
2013
HARDOIM E L et al Indicadores bioloacutegicos de qualidade da aacutegua (coliformes totais Escherichia coli e
Cryptosporidium ) e impacto das doenccedilas de veiculaccedilatildeo hiacutedrica Estudo de caso ndash Parque Cuiabaacute CuiabaacuteMT
IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica disponiacutevel emlt
httpwwwcidadesibgegovbrxtrasperfilphplang=ampcodmun=411560ampsearch=||infogrE1ficos-
informaE7F5es-completasgt acesso em 25 set 2015
OLIVEIRA C C et al Manual para elaboraccedilatildeo de cartas de controle para monitoramento de processos de
mediccedilatildeo quantitativos em laboratoacuterios de ensaio 1ordf ediccedilatildeo Satildeo Paulo ndash SESSP 2013
PINTO T J A KANEKO T M PINTO A F Controle Bioloacutegico de Qualidade de Produtos Farmacecircuticos
Correlatos e Cosmeacuteticos 3deg ediccedilatildeo Satildeo Paulo Atheneu Editora 2010
REBOUCAS A C Panorama da agua doce no Brasil In REBOUCAS Aldo da Cunha (Org) Panorama da
degradaccedilatildeo do ar da aacutegua doce e da terra no Brasil Satildeo Paulo IEAUSP Rio de Janeiro Academia Brasileira de Ciencias 1997 p 59-107
RIBEIRO J L D CATEN C S T Controle Estatiacutestico de Processo Porto Alegre - RS 2012
ROSA JIL SILVA LLL BARBOSA DBM A importacircncia das Cartas de Controle Estatiacutestico na Revisatildeo
Peroacutedica de Produtos Goiaacutes 2013
SILVA LSCV Aplicaccedilatildeo do controle estatiacutestico de processos na induacutestria de laticiacutenios Lacatoplasa um estudo de
caso [Dissertaccedilatildeo] Florianoacutepolis Universidade Federal de Santa Catarina 1999
SOUZA J A R de et al Anaacutelise das condiccedilotildees de potabilidade das aacuteguas de surgecircncias em Ubaacute MG Ambiente e
Aacutegua ndash An Interdisciplinary Journal of Applie Science 2015
TUBINO R Controle estatiacutestico manutenccedilatildeo e confiabilidade de processos Rio Grande do Sul 2013
APEcircNDICE
Os resultados a seguir foram obtidos atraveacutes do Software Stactgraphics
TABELA 1 2 E 3 APRESENTAM OS NUacuteMEROS DE TURBIDEZ DA AacuteGUA TRATADA
e R
Number of subgroups = 60 Distribution Normal
Average subgroup size = 64 Transformation none
0 subgroups excluded
Carta
Period 1-60
UCL +30 sigma 032894
Centerline 0270708
LCL -30 sigma 0212476
Tabela 1 2 beyond limits
Carta R
Period 1-60
UCL +30 sigma 0182352
Centerline 00799333
LCL -30 sigma 00
Tabela 2 1 beyond limits
Estimativa Period 1-60
Process mean 0270708
Process sigma 00388214
Average range 00799333
Tabela 3 Sigma estimated from
average
TABELA 4 5 E 6 APRESENTAM OS NUacuteMEROS DE PH DA AacuteGUA TRATADA
e R
Number of subgroups = 35 Distribution Normal Subgroup size = 40 Transformation none
0 subgroups excluded
Carta
Period 1-35
UCL +30 sigma 75148
Centerline 741614
LCL -30 sigma 731748
Tabela 4 22 beyond limits
Carta R Period 1-35
UCL +30 sigma 0308953
Centerline 0135429
LCL -30 sigma 00
Tabela 5 3 beyond limits
Estimativa Period 1-35
Process mean 741614
Process sigma 0065774
Average range 0135429
Tabela 6 Sigma estimated from
average ranger
TABELA 7 8 E 9 APRESENTAM OS NUacuteMEROS DE CLORO RESIDUAL LIVRE DA
AacuteGUA TRATADA
e R
Number of subgroups = 36 Distribution Normal
Subgroup size = 40 Transformation none
0 subgroups excluded
Carta
Period 1-36
UCL +30 sigma 130838
Centerline 112625
LCL -30 sigma 0944123
Tabela 7 2 beyond limits
Carta R Period 1-36
UCL +30 sigma 0570325
Centerline 025
LCL -30 sigma 00
Tabela 8 2 beyond limits
Estimativa Period 1-36
Process mean 112625
Process sigma 0121418
Average range 025
Tabela 9 Sigma estimated from
average ranger
ANEXO A
APEcircNDICE
Os resultados a seguir foram obtidos atraveacutes do Software Stactgraphics
TABELA 1 2 E 3 APRESENTAM OS NUacuteMEROS DE TURBIDEZ DA AacuteGUA TRATADA
e R
Number of subgroups = 60 Distribution Normal
Average subgroup size = 64 Transformation none
0 subgroups excluded
Carta
Period 1-60
UCL +30 sigma 032894
Centerline 0270708
LCL -30 sigma 0212476
Tabela 1 2 beyond limits
Carta R
Period 1-60
UCL +30 sigma 0182352
Centerline 00799333
LCL -30 sigma 00
Tabela 2 1 beyond limits
Estimativa Period 1-60
Process mean 0270708
Process sigma 00388214
Average range 00799333
Tabela 3 Sigma estimated from
average
TABELA 4 5 E 6 APRESENTAM OS NUacuteMEROS DE PH DA AacuteGUA TRATADA
e R
Number of subgroups = 35 Distribution Normal Subgroup size = 40 Transformation none
0 subgroups excluded
Carta
Period 1-35
UCL +30 sigma 75148
Centerline 741614
LCL -30 sigma 731748
Tabela 4 22 beyond limits
Carta R Period 1-35
UCL +30 sigma 0308953
Centerline 0135429
LCL -30 sigma 00
Tabela 5 3 beyond limits
Estimativa Period 1-35
Process mean 741614
Process sigma 0065774
Average range 0135429
Tabela 6 Sigma estimated from
average ranger
TABELA 7 8 E 9 APRESENTAM OS NUacuteMEROS DE CLORO RESIDUAL LIVRE DA
AacuteGUA TRATADA
e R
Number of subgroups = 36 Distribution Normal
Subgroup size = 40 Transformation none
0 subgroups excluded
Carta
Period 1-36
UCL +30 sigma 130838
Centerline 112625
LCL -30 sigma 0944123
Tabela 7 2 beyond limits
Carta R Period 1-36
UCL +30 sigma 0570325
Centerline 025
LCL -30 sigma 00
Tabela 8 2 beyond limits
Estimativa Period 1-36
Process mean 112625
Process sigma 0121418
Average range 025
Tabela 9 Sigma estimated from
average ranger
ANEXO A
ANEXO A