UTILIZAÇÃO DAS PLANTAS MEDICINAIS NA ESCOLA · insuficiente, dependendo do autor, sobre plantas...

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UTILIZAÇÃO DAS PLANTAS MEDICINAIS NA ESCOLA

Autor: Neiva Peiter

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Orientador: Lívia Godinho Temponi2

Resumo O presente artigo objetivou fundamentar o conhecimento sobre o uso das Plantas Medicinais, proporcionando aos alunos e comunidade escolar o conhecimento de aspectos relacionados ao uso correto dos fitoterápicos. Atualmente um dos assuntos mais abordados pelos meios de comunicação está relacionado ao meio ambiente e à qualidade de vida. Por isso, o tema “Plantas Medicinais”, as quais já estão sendo usadas na região, desde a antiguidade e também fazem parte da cultura regional, embora nem sempre utilizadas de maneira correta e os livros didáticos apresentam conteúdo apenas superficial sobre esse tema. Foram realizados questionários com 80 pais ou responsáveis de alunos de uma escola da rede pública do oeste do Paraná, antes e depois das atividades relacionadas com o projeto. No decorrer da aplicação do mesmo, foram produzidos materiais de apoio pedagógico como slides, caderno informativo e um bingo. Para melhor compreensão do assunto abordado nos slides, a comunidade escolar participou de oficinas teóricas e práticas, as quais contaram com a participação de um profissional da saúde. Os resultados foram representados graficamente pelos alunos, comparando os questionários do início e fim da aplicação do projeto. Os resultados deste estudo comparativo revelaram um maior conhecimento dos pais ou responsáveis sobre o uso correto dos fitoterápicos, após as atividades desenvolvidas durante este projeto. Com as atividades desenvolvidas pode-se perceber que foram ampliados os conhecimentos nessa área, contribuindo para formar cidadãos mais conscientes, proporcionando mudanças de atitudes que resultam em melhor qualidade de vida. Além disso, o material didático multimídia em slides contemplou as plantas medicinais mais utilizadas na região. Embasado em literatura específica, foi informado acerca da correta utilização dessas plantas, podendo ser utilizado pelos professores como material de apoio pedagógico para as aulas e leitura complementar.

Palavras-chave: Conhecimento Empírico; Conhecimento Científico; Plantas e Saúde.

1 Professora de Ciências da Rede Pública de Ensino do Estado do Paraná, inserida no Programa de

Desenvolvimento Educacional - PDE – 2010. E-mail: [email protected] 2 Professor da Universidade Estadual do Oeste do Paraná – UNIOESTE, CCBS, Campus de

Cascavel – PR.

ABSTRACT

The present article aimed knowledge substantiate about the use of medicinal plants, providing

access to knowledge related to correct use of the herbal for students and school community.

Currently a major focus by the media is related to the environment and life quality. For this

reason, the theme "Medicinal Plants", which are already being used in the region since ancient

times and are also part of regional culture, however not always used correctly and textbooks

have only superficial content on this subject. Questionnaires been made with 80 parents of

students at a public school in western Paraná, before and after the activities related to the

project. During to implementation these, materials were produced educational support as a

slide show, informative booklet and a bingo. For better comprehension the subject addressed

in the slides, the school community participated in theoretical and practical workshops, which

were attended by a health professional. The results were graphically represented by the

students, comparing the questionnaires from the beginning and end of project implementation.

The results of this comparative study showed a better knowledge of parents or responsible

about the correct use of herbal medicines, after the activities developed during this project.

With the activities may be observed that have been expanded the knowledge in this area,

helping to form citizens more conscious providing attitude changes that result in better life

quality. In addition, the multimedia educational material slides included the most frequently

used medicinal plants in the region and its correct use, based on literature. This educational

material may be used by teachers as educational support material for classes and further

reading.

Keywords: Empirical Knowledge; Scientific Knowledge; Plants and Health

1 INTRODUÇÃO

Ao participar do PDE (Programa de Desenvolvimento Educacional) o

professor-pesquisador desenvolveu uma pesquisa em que o objeto de estudo /

problema foi identificado em ambiente de trabalho. Implementou-se o Projeto de

Intervenção Pedagógica da Escola e, posteriormente, um Material Didático-

Pedagógico em conformidade com seu objeto de estudo. Neste caso, foi produzido o

Material Didático em Multimídia e apresentado em DVD, na forma de slides.

A temática contempla o Conteúdo Estruturante Biodiversidade das Diretrizes

Curriculares da Rede Publica de Educação Básica do Estado do Paraná (PARANÁ,

2008), com maior ênfase para o conteúdo “Plantas Medicinais”, as quais já estão

sendo usadas na região desde a antiguidade e fazem parte da cultura regional.

Também sabemos que atualmente os temas em evidência nos meios de

comunicações estão relacionados à preservação do meio ambiente e à qualidade de

vida.

Nesta perspectiva, o trabalho em multimídia objetivou fundamentar com

dados científicos o conhecimento de aspectos relacionados ao uso correto dos

fitoterápicos. Devido a isso, sentimos a necessidade de aprimorar e de aprofundar

os temas abordados nos livros didáticos, pois apresentam conteúdo superficial ou

insuficiente, dependendo do autor, sobre plantas medicinais. Por isso precisamos de

materiais de apoio pedagógico para usar durante as aulas e para realizar leitura

complementar.

Durante a implementação do projeto, foi utilizado o material didático que

possibilitou conhecer e aprofundar o conhecimento sobre as plantas medicinais.

Além disso, os alunos confeccionaram um caderno informativo sobre as plantas

medicinais mais usadas na região e suas utilidades, e, foi criado um jogo didático

tipo bingo, com perguntas e respostas referentes ao tema para fixação do conteúdo

trabalhado.

Também, para uma melhor compreensão do assunto abordado no slide,

sugere-se que o professor convide um profissional da área da saúde para esclarecer

eventuais dúvidas sobre o uso correto dos fitoterápicos.

Apesar das possíveis limitações teóricas metodológicas apresentadas por

este trabalho, o mesmo tem a função de contribuir para a formação de cidadãos

conscientes, mudar atitudes e despertar nos professores, alunos e familiares a

necessidade de um olhar mais atento para a questão do uso correto da fitoterapia,

proporcionando melhor qualidade de vida para toda a comunidade escolar.

O desenvolvimento do trabalho ocorreu no segundo semestre de 2011,

tendo como participantes 20 alunos de 6ª série e comunidade escolar da Escola

Estadual Olavo Bilac - Ensino Fundamental da cidade de Medianeira-PR, no período

contra-turno. Este artigo, sendo a etapa final do programa PDE, propõe-se a analisar

os resultados e a relevância dessas atividades e trazer possíveis conclusões e/ou

questionamentos sobre as mesmas.

2 CITAÇÕES

De acordo com França et al. (2008), os estudos sobre a medicina popular e

sobre as plantas medicinais merecem uma atenção maior, pois têm apresentado

grandes informações e esclarecimentos à Ciência. Isso tem facilitado o uso de chás

e medicamentos de origem vegetal no tratamento de doenças. Em todo o mundo

pode-se encontrar um grande número de plantas que são estudadas em laboratórios

farmacêuticos, com o intuito de produzir novos fármacos. Segundo ele de acordo

com a história da Ciência, as plantas medicinais estão sendo utilizadas pelos seres

humanos há milhares de anos e os primeiros registros fitoterápicos datam do

período 2838 - 2698 a.C, conforme França et al. (2008) e o Brasil teve a influência

de diversas culturas diferentes, incluindo os negros e os indígenas.

Segundo Guerra et al. (1998): “O Brasil é considerado o país detentor da

maior diversidade genética vegetal do planeta, contando com mais de 55.000

espécies catalogadas, de um total estimado entre 350.000 e 550.000”. Entre elas

estão as medicinais usadas diariamente, principalmente por pessoas que possuem

baixa renda. Essa tradição passa de geração em geração e na maioria das vezes

sem embasamento teórico. Conhecendo cientificamente a ação química das plantas

medicinais, elas podem ser bem administradas como alternativa preventiva,

renovando a saúde e promovendo a qualidade de vida.

Baseado nas Diretrizes Curriculares da Educação Básica do Ensino

Fundamental do Paraná (2008), os conteúdos estruturantes de Ciências são

considerados amplos e fundamentados na história da Ciência. A Biodiversidade é

um desses conteúdos que aborda sobre a diversidade de seres vivos existentes em

nosso planeta e a interdependência entre eles. É necessário, para que possamos ter

uma boa qualidade de vida, uma dependência dos vegetais, pois são responsáveis

pelo ar que respiramos, pelo nosso alimento, medicina alopática ou homeopática,

entre outros benefícios.

O Brasil é o país que possui a maior diversidade de vegetais do mundo. As

plantas medicinais devem ser identificadas por especialistas, para depois serem

usadas com segurança. Franco, Fontana (2003), citam a importância de resgatar o

conhecimento popular ou tradicional já confirmado cientificamente, sobre

homeopatia, com menores custos e maior benefício para a população carente,

motivando o professor a incluir no plano pedagógico, nas aulas de Ciências ou

atividades extra-classe, conteúdos que despertem interesse pela medicina natural

com pesquisas. Os conceitos devem ser trabalhados com estratégias e recursos

variados, linguagem adequada, visando interesses locais e regionais. As

informações dos conhecimentos científicos abordados devem ser atualizadas para

que haja o aprendizado e a formação do cidadão, transmitindo assim informações

sobre a utilização correta das plantas medicinais para os alunos e comunidade

escolar. Isso é de fundamental importância para que se possa utilizá-las sem correr

o risco de perder as propriedades terapêuticas, bem como evitar riscos de

intoxicação.

Vamos olhar as plantas e ervas com uma intenção: observar o que existe em nosso meio, pesquisar o seu valor medicinal neste livro e em outras obras, utilizá-las preservando-as e cultivando-as nas hortas domésticas, comunitárias e escolares no campo e na cidade. Você professor, agente de transformação, inclua em seu plano pedagógico, nas aulas de Ciências Físico-biológicas, nas Técnicas Domésticas e Agrícolas e nas atividades extra-classe, conteúdos que despertem na nova geração interesse pela medicina natural, pela fitoterapia, com pesquisas e atividades prática. (FRANCO E FONTANA, 2003, p.6).

Para o uso dos fitoterápicos devemos ter cuidados especiais tais como:

saber identificar e reconhecer as plantas, ter conhecimento de qual parte será

utilizada, maneira de preparo e doses corretas a serem utilizadas. “Planta medicinal

só é medicamento quando usada corretamente”. Caso contrário há o risco de

intoxicação e outros efeitos colaterais, que tornam desaconselhável seu uso

PROJETO ARARIBÁ (2006).

Plantas medicinais são utilizadas como tratamentos de diversas doenças,

pois possuem substâncias bio-ativas com propriedades terapêuticas que podem ser

profiláticas ou paliativas. Algumas plantas medicinais podem ser venenosas ou

pouco tóxicas e devem ser usadas em pequenas doses para que ocorra o efeito

desejado e não acarrete nenhum prejuízo à saúde do paciente.

Segundo Spethmann (2003), “com o apoio de médicos e cientistas, a

Medicina Alternativa, ou seja, tratamentos à base de plantas medicinais, hortaliças,

frutas, argila e água, alcançaram importantes vitórias sobre as doenças modernas”.

Porém, há de se ressaltar que já na antiguidade o ser humano utilizava a

fitoterapia para curar e prevenir doenças. Atualmente a medicina alopática teve

avanços tecnológicos espetaculares, mesmo assim a medicina natural é utilizada por

muitas pessoas para recuperar a saúde e manter o equilíbrio orgânico. Muitas

famílias fazem uso das plantas medicinais baseadas no conhecimento que passa de

geração a geração. Muitos estudos científicos foram realizados por universidades e

comprovaram, através de pesquisas, que as plantas possuem propriedades

terapêuticas. Esse material faz referência a meios simples, baratos, acessíveis a

todos, para aliviar e curar males, mas em casos mais graves é indispensável

procurar um médico.

Com base na obra de Reinheimer (2007), a qualidade de vida depende do

relacionamento e interação do homem com a natureza. Através de conhecimentos

científicos e resgate da sabedoria popular, podemos obter informações sobre a

eficiência e eficácia da prática fitoterápica, quando é bem utilizada não prejudica

outros órgãos do corpo humano, ao contrário dos remédios alopáticos. As

informações também são importantes, pois indicam as propriedades curativas das

plantas medicinais, formas de preparo e utilização na cura de muitas doenças.

Propondo um desenvolvimento sustentável através de mudanças na forma de agir

com a natureza, por fazer parte dela, mudando a forma de agir consigo mesmo e

com os outros.

Sabemos que ao usar um remédio alopático ele agirá diretamente,

amenizando o sintoma da doença, enquanto um produto fitoterápico irá agir na

causa da doença por esse motivo seu resultado é mais lento. Conforme Thomé

(2003), o naturismo é um processo lento de cura, mas seu efeito é seguro. Não age

nos sintomas, mas nas causas da doença. Para obter resultados o doente deve ter

paciência, confiança e perseverança.

Para Popia (2007), essa modernização agrícola e o aumento da produção

mundial degradam os recursos naturais do qual a agricultura depende, tais como

água, solo e diversidade genética natural, causando impactos ambientais e sociais.

Os produtos químicos intoxicam pessoas, contaminam alimentos e isso reflete na

saúde do consumidor.

Muitas vezes pelo acúmulo desses produtos químicos surgem doenças mais

graves. A olericultura orgânica produz plantas sem usar produtos químicos, ou

agentes que prejudicam a saúde, seguindo alguns critérios como: diversificação e

rotação de culturas, escolha da área de cultivo, preparo do solo, adubação orgânica,

levantamento de canteiros, plantio e irrigação. Utilizando de forma correta os

recursos naturais e preservando o meio ambiente a qualidade de vida da população

estará sendo melhorada.

Devido às denominações regionais dos vegetais fitoterápicos, algumas

pessoas estão sentindo dificuldades na identificação de algumas plantas medicinais

mais comuns na região e usando algumas delas de forma errada. O Livreto

informativo da EMATER (EMATER, 1999) resgata valores de nossos antepassados

e repassa conhecimentos novos adquiridos sobre fitoterapia. Orienta sobre a

utilização correta das plantas medicinais (colheita, secagem e armazenagem);

Formas caseiras do uso (infusão, decocção, maceração, xarope, cataplasma e chá

frio) e cuidados no uso de remédios caseiros.

A presente obra, em sua simplicidade, quer permitir ao leitor identificar algumas da PLANTAS MEDICINAIS mais comuns em nossa região. Parte do princípio que os diversos nomes regionais causam confusão e erros no uso de algumas plantas e oferece um trabalho simples, com clareza e resumido, sempre com o cuidado de preservar as informações populares, bem como a tradição. O resgate dos valores de nossos antepassados e o conhecimento obtido em anos de trabalho na área deram o embasamento final. (EMATER, 1999, p.03).

Junior; Scheffer (2009), salientaram que a população menos favorecida

sempre dependeu da medicina tradicional para atender necessidades básicas de

saúde. O cultivo de plantas medicinais é uma alternativa de renda para o pequeno

agricultor, é pouco mecanizada, tem baixo custo de produção, rendimento elevado e

oportuniza trabalho durante o ano todo. A matéria-prima pode ser utilizada na

homeopatia e na industrialização de medicamentos, alimentos, cosméticos,

perfumes e outras. Os produtores de ervas devem manter a qualidade dos produtos

por isso seguem normas das práticas de cultivo, solo e adubação, irrigação, manejo

e proteção da cultura, colheita, limpeza e preparo, secagem, embalagem e

armazenamento.

Segundo Centec (2004), as plantas medicinais requerem cuidados na

seleção das mais apropriadas, pois quando utilizadas corretamente podem ser

consideradas medicamentos eficazes. Deve-se usar as técnicas mais compatíveis

em horticultura no cultivo de plantas medicinais, observar quais plantas são

adequadas num ambiente escolar, preparar a horta (canteiros), fazer a adubação,

preparar e transplantar as mudas, realizar os tratos culturais (irrigação, preparo do

solo, controle de pragas e doenças, capinas), conhecer os principais métodos de

preparar plantas medicinais (chá, cataplasma, inalação, gargarejo e bochecho,

tintura, suco, sumo, salada, compressa, emplasto e banho). O autor ainda faz

descrição sobre algumas plantas que servem para a preparação de medicamentos

fitoterápicos.

Coletto et al. (2009), salientam que a utilização das plantas medicinais é

uma prática bem divulgada na região Oeste do Paraná e teve origem através da

nação indígena Avá-Guarani. Mais tarde, os colonizadores europeus cultivaram

essas plantas nas hortas e quintas, passando esse conhecimento empírico de

geração a geração. Esta obra relata também o Programa Cultivando Água Boa da

Itaipu Binacional destacam-se as plantas medicinais. Existem duas Organizações

não Governamentais (ONGS) na região, o Centro Popular de Saúde Yanten de

Medianeira e a Associação Centro Integrado Educação Natureza e Saúde (ACIENS)

de Foz do Iguaçu. Com objetivo de valorizar e divulgar o uso de plantas medicinais,

articulando “saber popular” e “saber científico”. Também o curso de Pós-graduação

latu sensu da UNIPAR Campus de Toledo “Plantas Medicinais na Atenção à Saúde”,

Junto com Itaipu Binacional, desenvolveram artigos científicos catalogando 71

espécies de plantas medicinais do Oeste do Paraná, sendo 20 citadas nesta obra,

contendo nome popular, nome cientifico, família, descrição botânica, farmacologia,

composição química, propriedades terapêuticas e toxicologia.

Programa de Plantas Medicinais do Cultivando Água Boa foi consolidado, com a Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos instituído em dezembro de 2008 pela Portaria nº. 2960 que tem como um de seus objetivos, inserir com segurança, eficácia e qualidade, plantas medicinais, fitoterápicos e serviços relacionados à fitoterapia no SUS. ( FRIEDRICH, 2009, p.15).

A obra de Lorenzi e Matos (2002) relatou sobre a importância de escolher a

planta certa, seus aspectos botânicos, a validação de Novas Drogas e Plantas

Medicinais, o uso imediato de plantas frescas, controle de qualidade das plantas

medicinais e seus produtos, preparação de plantas secas e formas de sua utilização

nas práticas caseiras, formas de utilização, principais grupos de substâncias tóxicas,

precauções contra o mau uso e hortas medicinais comunitárias.

As novas tendências globais de uma preocupação com a biodiversidade e as idéias de desenvolvimento sustentável trouxeram novos ares ao estudo

das plantas medicinais brasileiras, que acabaram despertando novamente um interesse geral na fitoterapia. Novas linhas de pesquisa foram estabelecidas em Universidades brasileiras, algumas delas buscando bases mais sólidas para a validação cientifica do uso de plantas medicinais. (Lorenzi, Matos, Plantas Medicinais No Brasil Nativas e Exóticas, São Paulo, 2002, p.16).

Albuquerque, Lucena, Cunha (2008), divulgam métodos e técnicas de

investigação usadas em pesquisa etnobotânica. Além das etapas do planejamento

para realizar pesquisa científica, aborda o desenvolvimento e análise de dados

qualitativos e quantitativos. Alguns capítulos especificam quanto “ao uso de

estímulos visuais na coleta de dados e culmina com a divulgação e aplicação dos

dados obtidos pela pesquisa etnobotânica, revelando o intenso e sério trabalho que

vem sendo desenvolvido no Brasil nas Etnociências” (ANDRADE, 2008, p.15-16 ).

No que diz respeito à abordagem pedagógica referente ao assunto, é

importante ressaltar que o docente tem a autonomia para usar diferentes estratégias

e recursos para que aconteça o ensino-aprendizagem. Ao usar brincadeiras ou jogos

sobre os assuntos trabalhados o professor será o mediador e oportunizará os alunos

a usar a imaginação, raciocinar, cumprir regras, relacionar-se melhor com os colegas

e como resultado do lúdico o educando terá mais autonomia e irá adquirir

conhecimentos.

O lúdico na escola é uma prática pedagógica facilitadora, que através da

motivação, faz despertar maior interesse, curiosidade e raciocínio do aluno por meio

de jogos, brincadeiras, dentre outras práticas usadas pelo professor para ensinar

conteúdos de uma maneira mais divertida e agradável, possibilita ao educando

melhorar o relacionamento com colegas, desenvolverá o senso de cooperação e

interagir com o meio onde vive, proporcionando maior aprendizado. (DIRETRIZES

CURRICULARES DA EDUCAÇÃO BÁSICA, 2008).

Vygotsky (1991) relatou na sua obra que:

No brinquedo, a criança projeta-se nas atividades adultas de sua cultura e ensaia seus futuros papéis e valores. Assim o brinquedo antecipa o desenvolvimento; com ele a criança começa a adquirir a motivação, as habilidades e as atitudes necessárias a sua participação social, a qual só pode ser completamente atingida com a assistência de seus companheiros da mesma idade e mais velhos. (VYGOTSKY, 1991, p.146).

Se os conteúdos repassados em sala de aula estiverem relacionados à

vivência do educando com certeza despertará maior interesse e haverá troca de

experiências de vida entre professor e aluno, buscando novos conhecimentos e

ampliando os que já existem, proporcionando uma nova prática social.

Saviani (1991), mencionou que o currículo organiza os conteúdos escolares

e é indispensável ao desempenho da função da escola.

Reserva-se para o termo currículo, as atividades essenciais que a escola não pode deixar de desenvolver, sob pena de se descaracterizar, de perder a sua especificidade. As demais atividades, tais como as comemorações antes mencionadas, não sendo essenciais, definem-se como extracurriculares (SAVIANI, 1991, p.104-105).

O educador deve ser crítico ao selecionar os conteúdos pedagogicamente

relevantes, partindo da realidade dos alunos para que eles tenham interesse pelo

ensino e produzam seu próprio conhecimento. O saber é o objeto especifico do

trabalho escolar. A pedagogia histórico-crítica incorpora e supera outras teorias

anteriores a ela. É uma via teórico-metodológica que desde o princípio possibilita ao

aluno um comprometimento total na construção de seu conhecimento. Tem início

com a prática social empírica atual, contextualizando-a, e após à teoria da prática

cotidiana, para encontrar uma nova prática social mais real e autêntica.

Atualmente, os temas em evidência nos meios de comunicações estão

relacionados à preservação do meio ambiente e à qualidade de vida. Devido à

realidade regional, sentimos a necessidade de aprimorar e de aprofundar os temas

abordados nos livros didáticos, pois apresentam conteúdo superficial ou insuficiente,

dependendo do autor, sobre plantas medicinais. Por isso precisamos de materiais de

apoio pedagógico para usar durante as aulas e para realizar leitura complementar.

Segundo Freire (1996), para ter uma prática pedagógica com autonomia, ao

ensinar deve-se respeitar a cultura, o conhecimento e a vivência social que o

educando possui. Quando ensinamos também aprendemos com o aluno e vice-

versa: acontece uma troca. Através da educação podemos sensibilizar o educando

para que o mesmo se conscientize. Alunos e professores juntos devem ampliar seus

conhecimentos sobre temas abordados em sala de aula, partindo da realidade já

conhecida, trocando informações, interagindo e mudando atitudes para transformar

a realidade. Quando os temas estão ligados à realidade do educando eles ficam

mais instigados, o desafio será maior, pesquisam, buscam respostas e em

conseqüência ficam estimulados e críticos, buscando transformar a realidade, pois,

“Quando vivemos a autenticidade exigida pela prática de ensinar-aprender

participamos de uma experiência total, diretiva, política, ideológica, gnosiológica,

pedagógica, estética e ética” (FREIRE, 1996, p. 26).

O trabalho elaborado como Material Multimídia é composto por slides sobre

as plantas medicinais mais utilizadas pela comunidade escolar da Escola Estadual

Olavo Bilac, do município de Medianeira, estado do Paraná e contém dicas e

cuidados na utilização de plantas medicinais tais como: colheita, secagem,

armazenagem, vasilhas, dosagem. Também as formas caseiras de uso: infusão,

decocção ou cozimento, chá frio, maceração, tintura ou essência, xarope,

cataplasma, emplastro. Além disso, fotos de plantas medicinais para identificar

corretamente qual será usada, contendo o nome comum e científico, parte da planta,

forma de uso e finalidade (princípio ativo da planta).

Segundo a Secretaria de Estado da Educação (2008), a Multimídia é a

combinação de animações, texto, sons, figuras e vídeos. Os slides são uma das

opções que permitem ao professor transmitir aos alunos conteúdos curriculares com

textos longos e imagens na TV Multimídia, para haver maior aprendizado.

3 DESENVOLVIMENTO

3.1 Material e métodos

O Projeto de Intervenção Pedagógica foi desenvolvido no segundo semestre

de 2010, através da realização de pesquisas bibliográficas e no primeiro semestre

de 2011 foi elaborada a produção Didático-Pedagógica, com a confecção do

material em multimídia (slides) e gravado em DVD. O tema abordado – Utilização

das Plantas Medicinais na Escola é composto por fundamentação teórica e fotos

relacionadas ao tema de estudo. A implementação do material ocorreu no segundo

semestre, isto é, a partir de agosto de 2011, na Escola Estadual Olavo Bilac - Ensino

Fundamental da cidade de Medianeira-PR, com 20 alunos de ambos os sexos,

sendo da 6ª série e comunidade escolar, no período contra-turno.

O tema abordado sobre as plantas medicinais está incluído no conteúdo

estruturante biodiversidade das Diretrizes Curriculares da Rede Pública de

Educação Básica do Estado do Paraná (2008), da disciplina de ciências.

Para a produção do material multimídia, na primeira etapa, realizou-se a

coleta de dados, através de pesquisa científica e fotografias de plantas medicinais

mais comuns e usadas na região. As fotografias foram tiradas em várias hortas de

residências e sítios dos municípios de Medianeira e Serranópolis do Iguaçu.

Foram tiradas várias fotos de cada planta e, posteriormente, arquivadas em

pastas no computador, durante um semestre. No semestre seguinte, as plantas

foram identificadas e teve início a confecção do slide, selecionando as melhores

fotos de cada planta arquivada e utilizando o conhecimento científico, pesquisado

sobre as mesmas.

Foram confeccionados 157 slides, com métodos de preparo e apresentação

de 40 plantas medicinais diferentes. Os slides enfocam os nomes comum e

científico, princípios ativos, partes da planta utilizada e técnicas utilizadas para o

preparo, utilizando-se literatura específica (LORENZI; MATOS, 2002).

Na primeira quinzena de julho de 2011, foi realizada a apresentação do

Projeto de Implementação Pedagógica para a direção, coordenação, professores e

demais funcionários da escola. A receptividade ao projeto apresentado, por parte

desse grupo, foi boa. E, isso, permitiu um bom andamento das atividades

subseqüentes.

Durante a primeira quinzena de agosto de 2011, encaminhamos um Termo

de Consentimento Livre e Esclarecido (conforme Apêndice I). aprovado pelo Comitê

de Ética em Pesquisa da UNIOESTE (Universidade Estadual do Oeste do Paraná)

do município de Cascavel, para fins de assinatura e ciência sobre a aplicação do

Projeto na escola. Neste primeiro momento também foi encaminhado um

questionário (conforme Apêndice II) para os pais ou responsáveis pelos alunos das

6ª séries A, B e C, buscando identificar o conhecimento pré-existente sobre a

utilização de plantas medicinais e a forma de uso dessas plantas.

Entre a segunda quinzena de agosto e a primeira de setembro de 2011, os

alunos devolveram os documentos assinados e o questionário aplicado.

Na primeira quinzena de agosto 2011, foram realizados comentários em sala

conscientizando sobre a necessidade de buscar conhecimentos à respeito das

plantas medicinais. Em seguida, verificou-se o grau de interesse das turmas. E, em

comum acordo com a direção e equipe pedagógica da escola, enviou-se um

comunicado aos pais para verificar a aceitação e a disponibilidade dos seus filhos

participarem, em contra-turno, dessas oficinas, constando no comunicado o objetivo

do trabalho e o cronograma das atividades. Até primeira quinzena de setembro, os

alunos devolveram o comunicado com assinaturas confirmando sua participação ou

não. Alguns justificaram a não participação de seus filhos pelos seguintes motivos:

cursos como inglês, violão, informática, trabalho, distância para locomoção naquele

horário, entre outros, 21 pais ou responsáveis pelos alunos, autorizaram a

participação de seus filhos nessa atividade de implementação no período vespertino.

No primeiro dia da aplicação do projeto, compareceram 21 alunos, desses 20

participaram ativamente até o final da implementação.

Na primeira quinzena de setembro, aconteceu o primeiro encontro e a

expectativa era grande, tanto por parte dos alunos, como da parte da pesquisadora.

Desde o início, houve a preocupação em esclarecer que a contribuição deles para

realizar este trabalho seria fundamental. Logo após, aconteceu a explanação do

projeto aos alunos participantes. Durante a conversação, foi exposto o que seria

abordado no decorrer da implementação, bem como, foi feito um planejamento das

ações a serem desenvolvidas. Os alunos se mostraram bastante motivados.

Ainda na primeira quinzena de setembro, foi entregue aos alunos

participantes um caderno e materiais necessários para confeccionar uma capa para

o caderno informativo. A professora PDE, com o auxílio da professora de Arte,

confeccionou com os alunos a capa do caderno informativo, evidenciando sua

capacidade de produzir de forma criativa e competente, a partir de seus próprios

pontos de vista. Na folha de apresentação (abertura) do caderno, utilizaram-se

folhas de plantas medicinais e giz de cera (pintaram sobre as folhas) e após

escreveram seus dados pessoais e referentes ao projeto PDE.

Para dar continuidade à implementação do Projeto de Intervenção

Pedagógica na escola, foi aplicado o Material Didático Multimídia, confeccionado

anteriormente em forma de slides e gravados em DVD. Sendo educacional e

colaborativo, esse material, antes de difícil acesso, auxiliará aos colegas educadores

na organização de conteúdos de apoio, pois foi visto que esse conteúdo não se

encontra nos livros didáticos. Este material multimídia poderá ser utilizado pelos

professores como suporte básico para o trabalho em sala de aula sobre o tema.

Os slides abordam o conhecimento científico referente às Plantas Medicinais

mais utilizadas pela comunidade escolar. E abrange o conteúdo sobre formas

corretas de: colheita, secagem, armazenagem, vasilha, medidas, partes da planta,

uso correto das plantas para não perder o princípio ativo ( infusão, decocção, chá

frio, maceração, tintura, xarope, cataplasma, emplastro). Também, expõe como

identificar e utilizar as plantas medicinais mais populares. Paralelamente à

abordagem do conteúdo científico sobre os fitoterápicos, os participantes realizaram

a confecção do caderno informativo. Utilizaram conteúdos e fotos empregados nos

slides, para posteriormente identificar a planta e fazer o uso correto das mesmas.

Essas atividades foram realizadas na primeira quinzena de setembro e primeira

quinzena de outubro.

Posteriormente, foi encaminhado o convite à comunidade escolar que

respondeu ao questionário inicial para participar de uma palestra de esclarecimento

sobre o uso correto dos fitoterápicos. E, na primeira quinzena de novembro, Dona

Teolide Parizotto Turcatel - Terapeuta Holística e Diretora Geral do Laboratório

Yanten (Centro Popular de Saúde) do município de Medianeira - ministrou a palestra

aos pais ou responsáveis pelos alunos de 6ª série. A terapeuta esclareceu sobre o

uso correto, o modo de preparo, parte da planta usada, sempre aliando a teoria à

prática. Também distribuiu alguns galhos e raízes de plantas, explicando a forma

correta de plantio. Além disso, participaram de uma confraternização e após a

professora PDE distribuiu pacotinhos com chá de carqueja e marcela aos

participantes.

Figura 1. Palestra realizada para comunidade escolar sobre plantas medicinais.

Os materiais confeccionados pelos alunos participantes do projeto, caderno

informativo e o jogo tipo bingo, foram expostos no dia da palestra para os pais ou

responsáveis e num segundo momento para os alunos da escola.

Na primeira quinzena de novembro durante a finalização do projeto e após

os esclarecimentos através da palestra, foi realizado novamente o questionário que

havia sido aplicado no inicio do projeto, neste momento com o objetivo de comparar

os resultados e, assim, identificar o nível de apropriação de conhecimentos do tema

em questão, melhorando, assim, sua qualidade de vida.

3.2 Resultados

Foram registradas várias finalidades (princípio ativo) de uso terapêutico das

plantas, descritas nos slides. As indicações mais frequentes e o número aproximado

de plantas relatadas nos slides foram: antiinflamatória (15); para diminuir a flatulência

(13); reumatismo (13); problemas respiratórios (12); tosse (10); para bexiga (09); para

bronquite (09); para cólicas (09); para doenças do fígado (09); contra os cálculos

biliares (08); calmante (08); menstruação (08); problemas estomacais (08); rins (08);

que contém analgésico (07); contra anemia (07); cicatrizante (07); diurético (07); feridas

(07); verminoses (07); diarréia (06); estimulante do apetite (06); gastrite (06); ulceras

(06); anticéptica (05); diabetes (05); melhora a circulação do sangue (05); contra o

câncer (05); para cálculos renais (05); para doenças do coração (05); indigestão (05);

tumores (05); irritação intestinal (04); má digestão (04); para asma (04); problemas

uterinos (04); antiabortiva (03); contusões (03); disenteria (03); para doenças venéreas

(03); para dores musculares (03); estimulante (03); fortificante para cabelos (03); para

dor de garganta (03); gripes/resfriado (03); hemorróidas (03); hepatite (03); contra mau

hálito (03); pressão arterial (03); sedativo (03); verrugas (03); para memória (02);contra

erisipela (02); estimula lactação (02); contra dor de cabeça/ouvido/dente (02); abortivas

(02); para artrite (02); para acnes (02); para aftas (02); para alergias (02); diminuir

catarro (02); gota (02); icterícia (02); inchaços (02); queimaduras (02); que contém

ácido úrico (01); para colesterol alto (01); faringite (01); hormonal (01); náuseas (01);

obesidade (01); combate o piolho (01); psoríase (01); raquitismo (01); ressacas (01);

sarna (01) e vômitos (01).

Para o uso dos fitoterápicos, devemos ter cuidados especiais tais como:

saber identificar e reconhecer as plantas, ter conhecimento de qual parte será

utilizada, maneira de preparo e doses corretas a serem utilizadas. “Planta medicinal

só é medicamento quando usada corretamente”. Caso contrário há o risco de

intoxicação e outros efeitos colaterais, os quais os tornam desaconselháveis o seu

uso (PROJETO ARARIBÁ, 2006).

A proposta foi aceita e realizada com êxito, os alunos participantes do

projeto demonstraram sua criatividade e interesse, cada qual com suas habilidades

ou limitações, realizando as atividades da melhor forma possível e

consequentemente houve aquisição de novos conhecimentos em sala de aula

(Figura 2 e 3).

Figura 2. Cadernos confeccionados pelos alunos participantes do projeto.

Figura 3. Capa e texto do caderno informativo produzido por uma aluna.

Produziu-se um jogo educativo tipo bingo, e posteriormente foi realizada a

palestra sobre plantas medicinais, ambas as atividades foram instrumentos

facilitadores para rever o tema abordado, fazendo com que o educando interaja mais

com seus colegas de classe (Figura 4).

Figura 4. Cartelas do jogo tipo bingo e alunos jogando são participantes do projeto.

Dos 80 entrevistados, quinze foram do sexo masculino e sessenta e cinco do

sexo feminino, conforme a Tabela 1. Observa-se na tabela que o maior número de

entrevistados (71%) está na faixa etária entre 31 e 50 anos. A maioria das pessoas

responsáveis pelos alunos são mulheres.

Tabela 1. Distribuição da população segundo faixa etária e gênero.

Faixa etária (anos) Sexo M Sexo F TOTAL %

19 – 30 01 07 08 10

31 - 40 06 25 31 39

41 - 50 08 18 26 32

51 - 60 00 07 07 9

61 - 70 00 08 08 10

TOTAL 15 65 80 100

Quanto à naturalidade, setenta e um entrevistados são naturais do Paraná,

um entrevistado é de Santa Catarina, cinco são do Rio Grande do Sul e três são

naturais da Bahia.

Observou-se na pesquisa realizada que a maior parte dos entrevistados tem

o curso Ensino Médio completo (26%); Ensino Fundamental incompleto (25%);

Ensino Fundamental completo (11%); Ensino Médio completo (11%); Ensino

Superior completo (10%); Pós Graduação (8%); Ensino Superior incompleto (6%) e

3% concluíram o Mestrado. Percebemos que, apesar de ser um município pequeno,

nenhum dos entrevistados é analfabeto.

Os entrevistados são pais ou responsáveis pelos alunos, e a maioria das

famílias possui de 1 a 3 filhos. Duas pessoas (3%) residem na área rural; 61 (76%)

no bairro e 17 (21%) no centro.

Entre as profissões citadas, o maior número 15 pessoas (19%) são donas de

casa, 8 (10%) costureiras, 6 (7,5%) auxiliar de produção, 6 (7,5%) professores, 5

(6%) agricultores, 5 (6%) serviços gerais e 35 (44%) exercem outras profissões.

Vinte e quatro entrevistados relataram que usam plantas medicinais rotineiramente

para problemas de saúde como gripe, dor de cabeça, ou seja, em casos de pouca

urgência e de fácil controle e 44 pessoas citam que procuram auxilio médico,

quando não consegue resolver o problema de saúde em casa e 12 procuram auxilio

médico somente nos casos mais graves.

Trinta e oito entrevistados referiram usar plantas medicinais de forma

preventiva, 36 quando se sentem mal e seis não utilizam plantas medicinais.

A maioria dos entrevistados utiliza a fitoterapia de forma preventiva e nos

casos de problemas de saúde mais simples e que podem ser resolvidos no próprio

domicílio, buscando auxílio médico em casos mais graves. Com esses dados, pode-

se concluir que utilizam os fitoterápicos com frequência. Este dado mostra mais uma

vez que é importante esclarecer sobre o uso correto das plantas medicinais.

Ao analisar os questionários inicial e final, foi observado que 2 pessoas não

conheciam plantas medicinais. Após a realização deste trabalho, todos os

participantes, relataram conhecer no mínimo uma planta. No primeiro momento, o

número máximo de plantas conhecidas 9 e no segundo momento, 13 plantas.

Também chamou atenção que, no primeiro momento, a maioria das pessoas

conheciam 5 plantas (43 entrevistados) e no segundo momento a maioria dos

participantes conhecem 6 plantas (51 pessoas). Desta forma, houve um aumento do

total de 341 plantas citadas no primeiro questionário para 426 plantas totais citadas

no segundo questionário, o que equivale a um aumento de 24,9%.

Das plantas fitoterápicas citadas como sendo efetivamente utilizadas pelos

entrevistados foram nomeadas sessenta e nove nomes, sendo que, destes, alguns

foram relatados mais de uma vez. As 10 plantas mais citadas foram: camomila

(citada 47 vezes); marcela (44); boldo (26); hortelã (25); erva-cidreira (24); guaco

(20); funcho/erva-doce (18); malva (18); tansagem(14) e babosa (13).

Segundo a opinião dos participantes que responderam ao questionário

aplicado durante o projeto, a população sente a necessidade de buscar novos

conhecimentos sobre os fitoterápicos, pois a maioria faz uso deles diariamente. Com

relação à busca de informações, 43,75% aos familiares, vizinhos e amigos; 42,5% é

através de livros em sua própria residência; 23,75% assistiram palestras sobre

fitoterápicos; 22,5% não pedem ajuda; 18,75% de programas na TV; 10% foram a

um centro de saúde; 8,75% na internet e 5% aos biólogos. Conclui-se que a

procura pelas plantas medicinais e a busca de informações corretas sobre o tema,

sugerem a necessidade de mais trabalhos de esclarecimentos no ambiente escolar

referente à área dos fitoterápicos.

Com relação à aquisição das plantas medicinais usadas pela comunidade

escolar: 67,5% dos entrevistados têm estas plantas no quintal ou na horta; 45%

compram; outros 5% coletam nas matas, pastagens e campos da redondeza.

Quanto à forma de secagem das plantas: 81,25% secam em ambiente sombreado;

3,75% secam ao sol; 18,75% compram já secas e 2,5% secam aquecendo. Sobre as

vasilhas utilizadas para preparar as plantas medicinais: 75% usam de vidro; 11,25%

de aço; 10% de alumínio; 5% de cerâmica e 2,5% de plástico. Quanto ao local em

que armazenam as plantas: 88,75% em local seco/escuro; 8,75% na geladeira e 5%

em qualquer lugar.

Quanto às formas de preparo das plantas medicinais, os entrevistados

reconhecem que muitas partes das plantas são preparadas de forma incorreta, por

exemplo, citam que preparam partes de plantas (folhas e flores) macias, através da

decocção e não através da infusão, entre outros métodos.

O percentual foi calculado, juntamente com os professores de Matemática, e

representado graficamente (Figura 5). Os resultados do primeiro questionário, com o

conhecimento empírico, foram representados pela cor laranja; e, em cor verde, os

dados coletados no segundo questionário que foi realizado após esclarecimentos

sobre uso e preparo correto dos fitoterápicos.

Figura 5. Gráfico confeccionado pelos alunos representando os resultados dos questionários.

A opinião das pessoas entrevistadas foi bem variada e outras nem opinaram.

Segundo as respostas o tratamento natural é melhor do que o químico. Muitas

respostas resumem que o tratamento natural é muito bom, mas deve ser usado com

cautela. Usam quando não é grave. Acham muito bom, mas não tem muito

conhecimento. Alguns relataram que querem aprender mais. Algumas frases ditas

pelos entrevistados pedem resumir suas opiniões: “Das plantas é retirada a matéria

prima para fabricar remédios”; “Deve usar como medida alternativa para curar

doenças”; “Funciona como agente ativo sobre doenças aliviando a dor”; “A família

faz uso de tratamento natural, fitoterápico, homeopático”;“Acreditam na medida

alternativa como fonte de cura para muitos males e prevenção”; “Importante desde

que saiba usar corretamente”; “Primeiro usar plantas medicinais, se não houver

resultado positivo, usar remédio”;“Ajudam no combate às doenças, através de seus

componentes orgânicos”;“Seu efeito é mais lento do que o químico, pois o segundo

agride o organismo”; “Não prejudicam o organismo”;“Muitos pensam que porque é

natural não prejudica a saúde”; “Todos deveriam fazer uso para prevenção”; “São

benéficos”; “Precisamos incentivar mais hábito de uso, além de cultivar nas hortas

de suas casas”.

Observou-se que, com a implementação do projeto PDE, os alunos e a

comunidade escolar que dele participaram, apropriaram-se dos conhecimentos

propostos e, com isso, espera-se a mudança de hábito com relação ao uso correto

das plantas medicinais, consequentemente melhorando assim o seu aprendizado e

sua qualidade de vida.

Quanto ao material didático, vale lembrar que, o mesmo foi avaliado no

decorrer da aplicação do projeto pela professora PDE e pela equipe pedagógica da

escola por meio de observações do envolvimento e da participação de cada aluno.

O Grupo de Trabalho em Rede – GTR – constitui-se numa atividade do

Programa de Desenvolvimento Educacional - PDE - e caracteriza-se pela interação

virtual entre o Professor PDE e os demais professores da rede pública estadual, que

busca efetivar o processo de Formação Continuada promovido pela SEED/PDE. A

realização desse trabalho oportunizou a socialização do projeto, permitindo aos

professores participantes analisar o material, e, dessa forma, sentirem-se

estimulados e responsáveis pelo sucesso do mesmo, visto que os resultados

positivos são alcançados quando pensamos e efetivamos ações em prol da

coletividade. Paralelamente ao GTR, foi realizada a implementação do projeto na

escola no segundo semestre do ano 2011. O conteúdo, o Material em Multimídia e

as ações foram analisados por 14 professores participantes do Grupo de Trabalho

em Rede (GTR- 2010). Sendo que essa contribuição foi fundamental para o

enriquecimento do material didático. Tal contato proporciona a comunicação entre

tutor e cursista (e vice-versa), embora sendo à distância, mesmo quando não

conectados simultaneamente. Acredito que o trabalho foi analisado pela maioria dos

cursistas. Apesar de a opinião dos participantes diferirem, quando se trabalha nas

atividades em um contexto comum, com seriedade e empenho, a aceitação se torna

maior. As interações nos fóruns foram surpreendentes, superando as expectativas.

Em todas as atividades foram apresentadas contribuições relevantes e significativas

durante as discussões, contextualizando as práticas pedagógicas. Os participantes

contribuíram, sugerindo práticas de trabalho diferenciadas. A disciplina de Ciências é

muito especial e nos permite a abordagem dos conteúdos a partir do conhecimento

relacionado ao cotidiano da comunidade escolar. A maioria dos profissionais da

disciplina demonstrou-se dinâmico e sempre preocupados em busca inovações que

despertem o interesse do educando durante as aulas, proporcionando um

ensino/aprendizagem com qualidade. De acordo com os relatos, os professores

buscam novas metodologias e procedimentos na produção do conhecimento,

utilizando jogos e outras atividades práticas diversificadas.

O lúdico na escola é uma prática pedagógica facilitadora, que através da

motivação, faz despertar maior interesse, curiosidade e raciocínio do aluno por meio

de jogos, brincadeiras, dentre outras práticas usadas pelo professor para ensinar

conteúdos de uma maneira mais divertida e agradável. Também possibilita ao

educando melhorar o relacionamento com colegas, desenvolve o senso de

cooperação e interage com o meio onde vive, proporcionando maior aprendizado.

(DIRETRIZES CURRICULARES DA EDUCAÇÃO BÁSICA, 2008).

Essa experiência de trabalho em rede, com a participaçao dos professores,

foi especial na vida profissional, pois todos contribuíram muito para a conclusão do

trabalho de implementação do PDE. Além disso, as experiências relatadas serão

excelentes nas práticas diárias em sala de aula para todos os participantes deste

GTR. Devido ao acúmulo e atraso das atividades do PDE, restou pouco tempo para

os participantes colocarem em prática uma ação do projeto conforme o planejado

anteriormente. Mas contribuíram muito com os participantes do GTR, pois houve

mudanças na atividade sugerindo que relatassem sobre uma de suas práticas,

usando multimídia em sala de aula. De acordo com os comentários, a metodologia

diferenciada e motivadora promoveu uma aprendizagem significativa, de forma

prazerosa para os alunos.

Quanto ao caderno informativo e ao jogo tipo bingo, comentaram que foram

bem elaborados e que podem ser adaptados a diversos conteúdos e séries, até

mesmo para o Ensino Médio. Como pontos negativos, podem ser citados a falta de

tempo e de recursos para reproduzir o material para toda a turma. De modo geral, os

comentários socializados nos fóruns indicam que as atividades lúdicas constituem

um recurso importante para atrair o aluno, para incentivá-lo a vir para a escola e

participar de forma mais ativa das aulas e não apenas como um receptor passivo,

cujo objetivo e apenas assistir às aulas.

4 CONCLUSÃO

O trabalho desenvolvido contemplou o Conteúdo Estruturante Biodiversidade

das Diretrizes Curriculares da Rede Publica de Educação Básica do Estado do

Paraná, com ênfase para o conteúdo “Plantas Medicinais”.

O desenvolvimento de atividades variadas como slides, caderno informativo,

palestra e jogo tipo bingo proporcionou aos alunos e à comunidade escolar as

informações sobre a utilização correta dos fitoterápicos. Essas atividades permitiram

à comunidade escolar ampliar o conhecimento, e, assim, usar de maneira mais

adequada as plantas, aproveitando melhor o princípio ativo, desfrutando de

vantagens como menores efeitos colaterais e baixo custo na aquisição. E dessa

forma, uma melhor qualidade de vida aos participantes.

Com base nos resultados alcançados através desse trabalho, pode-se

afirmar que a comunidade escolar envolvida, passou a utilizar as plantas medicinais

de forma mais correta e com maior frequência.

Diante dos resultados positivos, as pessoas envolvidas na implementação

deste projeto sugeriram a continuação do desenvolvimento de ações educativas

para promover os esclarecimentos sobre o uso correto dos fitoterápicos. Mesmo

direcionado para um pequeno grupo de pessoas, foram lançadas sementes que

podem abranger cada vez mais pessoas da comunidade escolar.

Vale ressaltar que, o Material em Multimídia Slides poderá servir aos

professores como apoio, complementando o conteúdo das Diretrizes Curriculares da

educação abordado nos livros didáticos, pois estes apresentam conteúdo superficial

ou insuficiente, dependendo do autor, sobre plantas medicinais.

Acredita-se que esse trabalho contribuiu para a mudança de hábito com

relação a uso de alguns fitoterápicos, mas ainda há muito o quê fazer, com novas

pesquisas, de outras plantas e com a implementação de metodologias diferenciadas,

como o cultivo de plantas medicinais.

REFERÊNCIAS

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LORENZI, H.; MATOS, F. J. A.: Plantas medicinais no Brasil: Nativas e exóticas cultivadas / Nova Odessa, SP: Instituto Plantarum, 2002.

MOUSQUER,E. C.; WALKOWICZ, J.; MATOS, L. T. B. C. S.: Manual de Saúde da Família Rural – Emater, PR, ASSOESTE Editora Educativa. PARANÁ: Diretrizes Curriculares da Educação Básica Ciências. Paraná, 2008.

FREIRE, P. Pedagogia da Autonomia: Saberes necessários à prática educativa. 19ª ed. São Paulo: Paz e Terra, 1996.

POPIA, A. F.: Manual de Olericultura Orgânica / Emater SEAB. Curitiba, 2007. REINHEMER, O. G.: Vida Saudável. Assoeste, Cascavel, 2007

SAVIANI, D.: Pedagogia Histórico – Critica – primeiras aproximações. 2.ed. São Paulo: Ed. Cortez, 1991.

SPETHMANN, C. N.: Medicina Alternativa de A a Z. 6.ed. Uberlândia: Editora Natureza, 2003.

SEED – CEDITEC: Secretaria do Estado da Educação – Superintendência da Educação Diretoria de Tecnologias Educacionais. TV Multimídia: Pesquisando e gravando conteúdos no Pen Drive. Curitiba: SEED – PR, 2008. 96 p.

THOMÉ, A: A saúde através do naturalismo. 3.ed. São Paulo: Ed. Vida Plena, 2003.

VYGOTSKY, L. S.: Psicologia e Pedagogia: A Formação Social da Mente. 4.ed. São Paulo: Ed. Martins Fontes, 1991.

APENDICE I - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

APÊNDICE II - ENTREVISTA

1. Local da coleta da Informação:

a) Município: Medianeira.

b) Estado: Paraná.

c) Localidade (Bairro): _________________________________________________.

2. Dados do Entrevistado(a):

a) Nome: ___________________________________________________________.

b) Sexo: ( ) Masculino ( ) Feminino.

c) Data de nascimento: ____/ ____/_______.

d) Naturalidade: ______________________________________________________.

e) Número de filhos: __________________________________________________.

f) Escolaridade: ( ) Ensino Fundamental incompleto ( ) Ensino Fundamental

( ) Ensino Médio Incompleto ( ) Ensino Médio ( ) Ensino Superior Incompleto

( ) Ensino Superior ( ) Pós Graduação ( ) Mestrado........

g) Profissão: ________________________________________________________.

3. Procura atendimento médico em casos de:

( ) Rotina;

( ) Quando não consegue resolver o problema em casa;

( ) Urgência e/ou mais graves como pneumonia, dores agudas.

4. Usa plantas medicinais em casa:

( ) Para prevenir problemas de saúde, como para curar algum distúrbio ou doença;

( ) Somente quando se sentem mal ou doentes.

( ) Não usa.

5. Qual a sua opinião sobre o uso de plantas medicinais?

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

6. Em relação à procura de informações sobre o uso correto das plantas medicinais:

( ) Pede informações para amigos, vizinhos e para os pais;

( ) Utiliza e tem em sua casa livros sobre as plantas medicinais;

( ) Pede ajuda à biólogos e botânicos;

( ) Assistiu palestras e práticas sobre as plantas;

( ) Assiste programas na TV e vídeos sobre o assunto;

( ) Não pede ajuda ou informações a ninguém ( só usa o que já conhece );

( ) Outra maneira/qual? _______________________________________________.

7. Qual a origem das plantas medicinais que usa:

( ) são cultivadas na horta/quintal ( ) nascem espontaneamente

( ) são compradas ( ) são coletadas às margens de estradas/rios

( ) outro/qual? ______________________________________________________.

8. Se você cultiva plantas medicinais, de que maneira é realizada a secagem

dessas plantas:

( ) secador com aquecimento ( ) à sombra ( ) ao sol

( ) outro/qual? _______________________________________________________

9. Para o preparo das plantas medicinais usa vasilhas de:

( ) alumínio/cobre ( ) vidro/porcelana/louça ( ) cerâmica/barro

( ) aço inoxidável ( ) outra/qual? ___________________________________

10. Local de armazenagem das plantas secas:

( ) geladeira ( ) seco/escuro/arejado ( ) qualquer lugar ( ) outro/qual? ______

11. Quais plantas medicinais você conhece ou utiliza?

11. 1. Nome popular da planta: __________________________________________.

Parte da planta usada (raízes, hastes/ramos, folhas, flores, semente, frutos):

___________________________________________________________________

Maneiras de preparar a planta (infusão, decocto (ferver), xarope, macerado ou

tintura, óleos, pomadas, outra/qual?): _____________________________________

Para que problemas de saúde serve? _____________________________________

11. 2. Nome popular da planta: __________________________________________.

Parte da planta usada (raízes, hastes/ramos, folhas, flores, semente, frutos):

___________________________________________________________________

Maneiras de preparar a planta (infusão, decocto (ferver), xarope, macerado ou

tintura, óleos, pomadas, outra/qual?): _____________________________________

Para que problemas de saúde serve? _____________________________________

11. 3. Nome popular da planta: __________________________________________.

Parte da planta usada (raízes, hastes/ramos, folhas, flores, semente, frutos):

___________________________________________________________________

Maneiras de preparar a planta (infusão, decocto (ferver), xarope, macerado ou

tintura, óleos, pomadas, outra/qual?): _____________________________________

Para que problemas de saúde serve? _____________________________________

11. 4. Nome popular da planta: __________________________________________.

Parte da planta usada (raízes, hastes/ramos, folhas, flores, semente, frutos):

___________________________________________________________________

Maneiras de preparar a planta (infusão, decocto (ferver), xarope, macerado ou

tintura, óleos, pomadas, outra/qual?): _____________________________________

Para que problemas de saúde serve? _____________________________________

11. 5. Nome popular da planta: __________________________________________.

Parte da planta usada (raízes, hastes/ramos, folhas, flores, semente, frutos):

___________________________________________________________________

Maneiras de preparar a planta (infusão, decocto (ferver), xarope, macerado ou

tintura, óleos, pomadas, outra/qual?): _____________________________________

Para que problemas de saúde serve? _____________________________________

Se você conhecer outras plantas, favor utilizar o verso.

Muito Obrigada por sua colaboração!

APENDICE III - REGRAS E CARTELAS DO JOGO DO BINGO.

É uma prática pedagógica que faz despertar curiosidade e raciocínio, é um

meio de revisar o conteúdo abordado no projeto, motivando o aluno a aprender para

vida e se relacionar com colegas e professores, tornando um ambiente agradável

estimulando ao aprendizado.

REGRAS DO JOGO:

Leitura das regras sobre o jogo do bingo.

As cartelas são diferentes das tradicionais, não são compostas por números,

mas sim por perguntas e respostas. Cada cartela possui 16 respostas,

dispostas em 4 linhas e 4 colunas.

Cada aluno utilizará uma cartela.

Quando o professor realizará uma pergunta, o aluno deve procurar a

resposta em sua cartela e colocar sobre ela uma semente (ou outro objeto

para marcar). Caso não tenha a resposta aguardar a próxima pergunta.

As perguntas serão feitas apenas duas vezes.

Quando algum aluno preencher o que foi questionado ( Horizontal, vertical,

diagonal ou cartela cheia) deve dizer bingo e levantar o braço.

Quando terminar uma das etapas o professor repete as perguntas

novamente e os alunos falam a resposta, o professor confere, permitindo

que os outros alunos que não sabiam a resposta preencham também e

permaneçam motivados, além de fixar o conteúdo trabalhado. Dando

continuidade no jogo usando a mesma cartela.

Relembrar o que é horizontal, vertical, diagonal ou catela cheia.

O jogo não pode ser interrompido.

Ler as perguntas pausadamente e com muito entusiasmo.

As anotações em cores distintas (negrito) ou instruções ao professor, não

devem ser lidas aos alunos.

O professor pode escolher outras formas para premiar o ganhador ou os

ganhadores, com certeza haverá empates.

O professor já sabe quantos vencem cada etapa do jogo (horizontal = 3

alunos, vertical = 2 alunos, diagonal = 2 alunos e cartela cheia = 1 aluno)

deve ter firmeza no momento de conduzir o jogo.

PRIMEIRA ETAPA (VALENDO A LINHA OU HORIZONTAL)

1. Ser vivo muito importante para nossa vida e que têm sido utilizados como fonte de medicamento pelo ser humano desde as mais antigas civilizações? Resp. plantas. 2. Uma parte das plantas medicinais usadas por sua família diariamente. Resp. Folhas, flores ou raízes. 3. A doença é considerada como um desequilíbrio interno, utilizando remédios naturais destinados a aumentar as capacidades curativas que o organismo possui, curar o doente sem atacar unicamente os sintomas. O método usado é alopatia ou homeopatia? Resp. Homeopatia. 4. Planta conhecida como Aloe vera L., possui folhas suculentas, usada em queimaduras, queda de cabelo, erisipela, prisão de ventre, verminose. Resp. babosa. 5. O objetivo de se utilizar plantas medicinais é: Resp. Prevenir ou curar doenças. 6. Se você cultiva plantas medicinais, de que maneira deve realizar a secagem dessas plantas: Resp. À sombra. Relembrar os alunos que dará continuidade ao mesmo jogo, não devem retirar as sementes marcadoras quando alguém preencher a Horizontal. 7. Para o preparo das plantas medicinais não devemos usar vasilhas de: Resp. Alumínio e cobre.

O professor questiona, falando bem alto: Alguém preencheu a Horizontal? Alguém bateu? Vamos lá então... Quem vai ganhar? Próxima pergunta...

8. O nome científico dos seres vivos são escritos com duas palavras, só a primeira palavra com inicial maiúscula chamada gênero e as duas palavras juntas formam a espécie. São representadas em letra itálico, negrito ou sublinhado. Após relembrar esses dados sobre nomes científicos, qual a linguagem usada para registrar os nomes científicos das plantas. Resp. Latim 9. Ao colocar parte da planta medicinal (frutos, flores, folhas) em um recipiente e sobre ela despejar água em início de ebulição, abafar, deixar em repouso por alguns minutos e depois coar antes do uso. Estaremos usando o método da: Resp. Infusão. O professor observará que três alunos vão gritar bingo... Chame-os a frente, confere as respostas, pode premiar todos eles ou faça o desempate. Peça silêncio total, contando até três ganhará o jogo o aluno que levantar a mão primeiro e falar o nome de uma planta medicinal e para que problema de saúde é indicada ou quem cantar um trecho de música relacionada ao tema abordado. Não cumpriu a tarefa... Demorou muito... Senta e repete o procedimento com os demais que estão em pé... Os demais alunos são fiscais.

SEGUNDA ETAPA ( VALENDO A VERTICAL)

Novamente lembrar que dará continuidade ao mesmo jogo, não deve

retirar as sementes marcadoras após preencher Vertical, pois temos mais duas etapas: diagonal e cartela cheia. 10. Planta aromática com inflorescências (cor amarela) usadas em travesseiros com finalidades calmantes. Em chá é indicado para problemas digestivos, azia e para acalmar cólicas abdominais, bronquite. Seu nome popular é... Resp. macela ou marcela. Novamente o professor pergunta: Alguém preencheu a coluna ou vertical ou bateu? Duas pessoas erguerão a mão... As duas serão premiadas ou desempate: Chame-os a frente e dê a comanda: Quem soletrar corretamente a palavra plantas...

TERCEIRA ETAPA ( VALENDO A DIAGONAL)

11. É um produto obtido pela dissolução em água, de suco de fruta, polpa ou parte do vegetal e açúcares (calda grossa). Geralmente usado nos casos de gripe e resfriado. Resp. Xarope. 12. Quando usar sementes, cascas, raízes e folhas duras, devem ferver por 10 minutos, retirar do fogo, tampar a panela e deixar em repouso por 10 minutos e depois coar. Para esse procedimento o método utilizado é chamado... Resp. Decocção ou cozimento.

13. Suas folhas parecem capim, frescas ou secas são usadas como: tranquilizante e sedativa induz ao sono e permite o controle das emoções. É uma planta bem comum chamada... Resp. capim-cidreira. Dois alunos vão levantar a mão...

QUARTA ETAPA (VALENDO A CARTELA CHEIA) 14. Segundo a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), os medicamentos feitos de partes de plantas cujos princípios ativos não foram purificados, como chás, extratos e tinturas, podem auxiliar no tratamento de várias doenças e são chamados de: Resp. Fitoterápicos. 15. Seu fruto é amarelo, na forma de infrutescência e é utilizado nos casos de gripe e tosse, na forma de xarope. Resp. gravatá.

Final... Atenção... Quem será o grande vencedor? Outra pergunta...

16. Quando um paciente tem febre, o médico receita um remédio que faz baixar a temperatura. Com dor, receita um analgésico. O método usado para aliviar o mal estar é chamado alopatia ou homeopatia? Resp. Alopatia. Terá um vencedor. Dê uma borracha, um lápis, um apontador ou uma caneta para cada ganhador desde o início da partida. OBS. Para praticar o jogo tipo bingo, será necessário confeccionar cartelas

conforme o número de alunos da turma (Tamanho real 9 cm de largura X 20 cm de

comprimento):

- Primeira cartela ( preencher a linha ou horizontal): 3 unidades.

- Segunda cartela (preencher a vertical): 2 unidades.

- Terceira cartela (preencher diagonal): 2 unidades.

- Quarta cartela (preencher cartela cheia): 1 unidade.

- Quinta cartela: Conforme número restante de alunos ou mais.

À SOMBRA

.

INFUSÃO

BABOSA

ALUMÍNIO E COBRE

PLANTAS

FOLHAS, FLORES

E RAÍZES

GRAVATÁ

FITOTERÁPICOS

HOMEOPATIA

PREVENIR OU

CURAR DOENÇAS

ALOPATIA

CAPIM-CIDREIRA

XAROPE

DECOCÇÃO OU

COZIMENTO

MACELA OU

MARCELA

ENERGIA

PLANTAS

CAPIM-CIDREIRA

PREVENIR OU

CURAR DOENÇAS

HOMEOPATIA

FOLHAS, FLORES

E RAÍZES

FITOTERÁPICOS

ALUMÍNIO E

COBRE

XAROPE

À SOMBRA

GRAVATÁ

ALOPATIA

PURA

MACELA OU

MARCELA

BABOSA

DECOCÇÃO OU

COZIMENTO

.

INFUSÃO

FITOTERÁPICOS

ALUMÍNIO E

COBRE

DECOCÇÃO OU

COZIMENTO

À SOMBRA

PREVENIR OU

CURAR

DOENÇAS

BABOSA

MACELA OU

MARCELA

XAROPE

ALOPATIA

CAPIM-CIDREIRA

FOLHAS, FLORES E

RAÍZES

CASA

INFUSÃO

ENERGIA

PURA

PLANTAS

FITOTERÁPICOS

MACELA OU

MARCELA

FOLHAS, FLORES E

RAÍZES

GRAVATÁ

À SOMBRA

ALUMÍNIO E

COBRE

XAROPE

PREVENIR OU

CURAR DOENÇAS

PLANTAS

ALOPATIA

LATIM

INFUSÃO

BABOSA

HOMEOPATIA

CAPIM-CIDREIRA

DECOCÇÃO OU

COZIMENTO

ALOPATIA

GRAVATÁ

HOMEOPATIA

PLANTAS

FOLHAS, FLORES

E RAÍZES

PREVENIR OU

CURAR DOENÇAS

ENERGIA

ALUMÍNIO E

COBRE

INFUSÃO

FITOTERÁPICOS

À SOMBRA

XAROPE

DECOCÇÃO OU

COZIMENTO

BABOSA

CAPIM-CIDREIRA

MACELA OU

MARCELA