USO E MANEJO DOS RESÍDUOS DA CANA - … - Residuos TO… · A composição química da torta de...

23
USO E MANEJO DOS USO E MANEJO DOS RES RES Í Í DUOS DA CANA DUOS DA CANA

Transcript of USO E MANEJO DOS RESÍDUOS DA CANA - … - Residuos TO… · A composição química da torta de...

Page 1: USO E MANEJO DOS RESÍDUOS DA CANA - … - Residuos TO… · A composição química da torta de filtro é variável, sendo que o fator diferencial, é a sua origem, se são geradas

USO E MANEJO DOS USO E MANEJO DOS RESRESÍÍDUOS DA CANADUOS DA CANA

Page 2: USO E MANEJO DOS RESÍDUOS DA CANA - … - Residuos TO… · A composição química da torta de filtro é variável, sendo que o fator diferencial, é a sua origem, se são geradas

Torta de Filtro

- 18 a 30 kg/ton de cana moída;

- torta úmida = 75%

Page 3: USO E MANEJO DOS RESÍDUOS DA CANA - … - Residuos TO… · A composição química da torta de filtro é variável, sendo que o fator diferencial, é a sua origem, se são geradas

A composição química da torta de filtro é variável, sendo que o fator diferencial, é a sua origem, se são geradas por usinas ou destilarias autônomas:

a) As tortas de usina tem aproximadamente o dobro de P das tortas de destilaria (em média, 2% de P2 O5 na torta de usina e 1% nas de destilaria, referidas ao material seco);

b) o inverso, ocorre com o N, sendo que as tortas de destilaria tem 25% a mais de N do que as de usina (em média 1,6% de N nas destilarias e 1,3% nas de usina, referentes ao material seco).

Tais valores variam em função de características do processo como: pH, calagem, adição de auxiliares de floculação, etc. Preferencialmente a torta deve ser utilizada no plantio e se possível aplicada no sulco.

ComposiComposiçção Torta de Filtroão Torta de Filtro

Page 4: USO E MANEJO DOS RESÍDUOS DA CANA - … - Residuos TO… · A composição química da torta de filtro é variável, sendo que o fator diferencial, é a sua origem, se são geradas

ComposiComposiçção mineral da matão mineral da matééria ria seca da torta de filtroseca da torta de filtro

Elemento % Elemento ppm Carbono - C 40 Co 1,4

SiO2 7,6 Cu 65 N 1,4 Fe 2.500

P-Inorgânico 0,9 Mn 624 P-Orgânico 0,4 Mo 0,6

K 0,3 Zn 89 Ca 4,0 Mg 0,4 Umidade = 78% S 1,3

Page 5: USO E MANEJO DOS RESÍDUOS DA CANA - … - Residuos TO… · A composição química da torta de filtro é variável, sendo que o fator diferencial, é a sua origem, se são geradas

TORTA DE FILTRO (100 t ha-1) ATRIBUTOS

QUÍMICOS DO SOLO TESTE

MUNHA Depois de 8 Meses

Depois de 30 Meses

pH 5,0 5,2 5,0 P (ppm) 32 188 109 K (meq/100 cm3) 0,12 0,12 0,10 Ca (meq/100 cm3) 1,07 3,63 3,15 Mg (meq/100 cm3) 0,54 0,61 0,57 Al (meq/100 cm3) 1,11 0,25 0,45 CTC (meq/100 cm3) 2,75 4,62 4,29 Carbono Orgânico (%) 1,07 1,24 1,21 Fonte: Rodella et al (1990)

EFEITO DA APLICAÇÃO DE TORTA DE FILTRO NA DISPONIBILIDADE

DO FÓSFORO NO SOLO

Page 6: USO E MANEJO DOS RESÍDUOS DA CANA - … - Residuos TO… · A composição química da torta de filtro é variável, sendo que o fator diferencial, é a sua origem, se são geradas

VALOR FERTILIZANTE DA TORTA DE FILTRO

Nutrientes na

TORTA FILTRO (30t ha-1) Nutrientes

Mat. Seca Equiv. Fertilizantes Economia

% -------- kg ha-1 ------- US$/ha N 1,20 160 (Urea) 43 P 0,87 285 (TSP) 96 K 0,50 60 (KCl) 13 Ca 2,86 800 (Calcário) 10 Mg 0,30 -- ? S 1,17 -- ?

Umidade 79 -- -- Mat.Org. 60 -- ?

Relação C/N 28 -- -- TOTAL 162.00

N = 0,60/kg; P2 O5 = 0,80/kg; K2 O = 0,35/kg; Calcário = 12,00/ton. Fonte: Adaptado de Copersucar (1988) & Cerri et al.(1988).

Page 7: USO E MANEJO DOS RESÍDUOS DA CANA - … - Residuos TO… · A composição química da torta de filtro é variável, sendo que o fator diferencial, é a sua origem, se são geradas

TORTA DE FILTRONO SULCO DE PLANTIO

TORTA DE FILTROTORTA DE FILTRONO SULCO DE PLANTIONO SULCO DE PLANTIO

Page 8: USO E MANEJO DOS RESÍDUOS DA CANA - … - Residuos TO… · A composição química da torta de filtro é variável, sendo que o fator diferencial, é a sua origem, se são geradas

Efeito da TORTA DE FILTRO e Efeito da TORTA DE FILTRO e CALCCALCÁÁRIO aplicados em RIO aplicados em

ÁÁREA TOTALREA TOTAL

USINAS Torta de Filtro Calcário A B C D

-------------------------------- t ha-1 --------------------------------- 0 0 85 154 109 138

100 0 124 175 116 166 0 2 98 163 106 149

100 2 128 171 118 174

T.F. = Torta de filtro aplicada em área total; Cal = Calcário aplicado em área total; Fonte: Planalsucar, 1985 (Relatório Anual)

Page 9: USO E MANEJO DOS RESÍDUOS DA CANA - … - Residuos TO… · A composição química da torta de filtro é variável, sendo que o fator diferencial, é a sua origem, se são geradas

RESPOSTA DA TORTA DE FILTRO RESPOSTA DA TORTA DE FILTRO COMO FONTE DE COMO FONTE DE PP EM CANA, EM CANA,

CULTIVAR NA56CULTIVAR NA56--79 (CANA79 (CANA--PLANTA)PLANTA)TORTA DE

FILTRO P2O5

aplicado PRODUÇÃO DE CANA

t ha-1 kg ha-1 t ha-1 0 0 54 0 75 71 0 150 74

10 0 78 10 75 78 10 150 74

Fonte: Rodella et al (1990)

Page 10: USO E MANEJO DOS RESÍDUOS DA CANA - … - Residuos TO… · A composição química da torta de filtro é variável, sendo que o fator diferencial, é a sua origem, se são geradas

TORTA de FILTRO ÚMIDA Solo LVA (Textura média)

PRODUÇÃO - CORTE CANA TORTA FILTRO N -P2O5 - K2O 1o C 2o C 3o C MÉDIA

t ha-1 kg ha-1 ---------------- t ha-1 ----------------- 0 --- 65 65 83 71 0 20-120-100 86 73 88 82 10 --- 77 66 84 76 20 --- 86 67 90 81

Adaptado de COLETTI et al, 1982.

Page 11: USO E MANEJO DOS RESÍDUOS DA CANA - … - Residuos TO… · A composição química da torta de filtro é variável, sendo que o fator diferencial, é a sua origem, se são geradas

TORTA DE FILTROTORTA DE FILTROTorta de Filtro no Sulco (4 locais e 3 cortes)Torta de Filtro no Sulco (4 locais e 3 cortes)

Trata Trata mentosmentos

TratamentosTratamentos MMéédia 3 cortes dia 3 cortes (t/ha)(t/ha)NN PP22 OO55 KK22 00 TFTF

T1T1 00 00 00 00 7575

T2T2 4040 6060 8080 00 9696

T3T3 4040 120120 8080 00 102102

T4T4 4040 120120 8080 2020 112112

Fonte: Fonte: ColetiColeti e colaboradores (1982)e colaboradores (1982)

Page 12: USO E MANEJO DOS RESÍDUOS DA CANA - … - Residuos TO… · A composição química da torta de filtro é variável, sendo que o fator diferencial, é a sua origem, se são geradas

TORTA DE FILTRONA SOQUEIRA

(LINHA)

TORTA DE FILTROTORTA DE FILTRONA SOQUEIRANA SOQUEIRA

(LINHA)(LINHA)

Page 13: USO E MANEJO DOS RESÍDUOS DA CANA - … - Residuos TO… · A composição química da torta de filtro é variável, sendo que o fator diferencial, é a sua origem, se são geradas
Page 14: USO E MANEJO DOS RESÍDUOS DA CANA - … - Residuos TO… · A composição química da torta de filtro é variável, sendo que o fator diferencial, é a sua origem, se são geradas

4045505560657075

Test.

Gesso

T. Filtro

Test.+80mm

Gesso+80mm

T. Filtro+80mm

Test.+50mm mens.

Gesso+50mm mens.

T. Filtro+50mm mens.

Efeito do gesso, torta de filtro e diferentes regimes de irrigação na produção de colmos (Cana de 3° corte, safra 1999, Goianésia/GO)

Prod

ução

de

Col

mos

, t h

a-1

A.M.C. BRAGA; P.F.M. OLIVEIRA; R.A.B. SOARES; G. H. KORNDA.M.C. BRAGA; P.F.M. OLIVEIRA; R.A.B. SOARES; G. H. KORNDÖÖRFER (CBCSRFER (CBCS--2003)2003)

Page 15: USO E MANEJO DOS RESÍDUOS DA CANA - … - Residuos TO… · A composição química da torta de filtro é variável, sendo que o fator diferencial, é a sua origem, se são geradas

5

6

7

8

9

10Test.

Gesso

T. Filtro

Test.+80mm

Gesso+80mm

T. Filtro+80mm

Test.+50mm mens.

Gesso+50mm mens.

T. Filtro+50mm mens.

Efeito do gesso, torta de filtro e diferentes regimes de irrigação na produção de açúcar (Cana de 3° corte, safra 1999, Goianésia/GO)

Prod

ução

de

Açú

car,

t ha

-1

A.M.C. BRAGA; P.F.M. OLIVEIRA; R.A.B. SOARES; G. H. KORNDA.M.C. BRAGA; P.F.M. OLIVEIRA; R.A.B. SOARES; G. H. KORNDÖÖRFER (CBCSRFER (CBCS--2003)2003)

Page 16: USO E MANEJO DOS RESÍDUOS DA CANA - … - Residuos TO… · A composição química da torta de filtro é variável, sendo que o fator diferencial, é a sua origem, se são geradas

Stalk yield as a function of filter cake rates on ratton cane (average of line

and in between line application)y = -0,1211x2 + 4,4532x + 17,87

R2 = 0,91*

60

70

80

90

100

110

120

0 5 10 15 20 25

Filter Cake rates, t ha-1

Sta

lk Y

ield

, t

ha

-1

DMEE = 14,8

DMTE = 18,6

Dose for maximum Dose for maximum stalk yieldstalk yield

Dose for maximum Dose for maximum returnreturn

Page 17: USO E MANEJO DOS RESÍDUOS DA CANA - … - Residuos TO… · A composição química da torta de filtro é variável, sendo que o fator diferencial, é a sua origem, se são geradas

Efeito da Torta de Filtro (matéria seca) sobre a produção da CANA-SOCA (média da aplicação

sobre a linha e entre-linha) – Us. Jalles Machado

y = -0,1211x2 + 4,4532x + 17,87R2 = 0,91*

60

70

80

90

100

110

120

0 5 10 15 20 25

Doses Torta de Filtro, t ha-1

Pro

d.

Colm

os,

t h

a-1

DMEE = 14,8

DMTE = 18,6

Dose para a Dose para a mmááxima produxima produççãoão

Dose para o mDose para o mááximo ximo returnoreturno

Fonte: ISSCT Workshop (2006)Fonte: ISSCT Workshop (2006)

Page 18: USO E MANEJO DOS RESÍDUOS DA CANA - … - Residuos TO… · A composição química da torta de filtro é variável, sendo que o fator diferencial, é a sua origem, se são geradas

Sugar yield as a function of filter cake rates on ratton cane (average of line

and in between line application)

y = -0,0184x2 + 0,6604x + 3,12R2 = 0,91*

10,0

11,0

12,0

13,0

14,0

15,0

16,0

17,0

18,0

19,0

0 5 10 15 20 25

Filter Cake rates, t ha-1

Su

ga

r, t

ha

-1

DMET = 17,8DMEE = 15,5

Rate for Rate for maximummaximum returnreturn

Rate for maximum sugar yield

Page 19: USO E MANEJO DOS RESÍDUOS DA CANA - … - Residuos TO… · A composição química da torta de filtro é variável, sendo que o fator diferencial, é a sua origem, se são geradas

Efeito da Torta de Filtro (matéria seca) sobre a produção de açúcar da CANA-SOCA (média da

aplicação sobre a linha e entre-linha) – Us. Jalles Machado

y = -0,0184x2 + 0,6604x + 3,12R2 = 0,91*

10,0

11,0

12,0

13,0

14,0

15,0

16,0

17,0

18,0

19,0

0 5 10 15 20 25

Dose de Torta de Filtro, t ha-1

Pro

d.

úc

ar,

t h

a-1

DMET = 17,8DMEE = 15,5

Dose para o Dose para o mmááximo retornoximo retorno

Dose para a Dose para a mmááxima produxima produççãoão

Fonte: ISSCT Workshop (2006)Fonte: ISSCT Workshop (2006)

Page 20: USO E MANEJO DOS RESÍDUOS DA CANA - … - Residuos TO… · A composição química da torta de filtro é variável, sendo que o fator diferencial, é a sua origem, se são geradas

# #LAFER IDENTIFICAÇÃOAMOSTRA Faz./Local Tipo de

MaterialSi

TOTAL*%

SiSolúvel**

%

1 94 Cinza Santa Adélia - SP Cinza 36,36 0,27

2 95 Cinza caldeira “ Cinza 40,57 0,34

3 96 Torta “ Torta 3,32 -

SOLICITANTE: Usina ColomboLOCAL: Santa Adélia - SPIDENTIFICAÇÃO: Cinza e TortaDATA ENTRADA: 03/06/2004 DATA SAÍDA: 15/07/2004IDENTIFICAÇÃO ARQUIVO: (000094-0000096) ANALISTA: Carla Cristina Costa

OBSERVAÇÕES:* Silício total solúvel em ácido fluorídrico concentrado** Silício solúvel extraído após cinco dias em contato com o extrator (carbonato de sódio + nitrato de amônio - Na2 CO3 + NO3 NH4 )

ANANÁÁLISE DE SILLISE DE SILÍÍCIO EM CIO EM FERTILIZANTESFERTILIZANTES

Page 21: USO E MANEJO DOS RESÍDUOS DA CANA - … - Residuos TO… · A composição química da torta de filtro é variável, sendo que o fator diferencial, é a sua origem, se são geradas

Mill Mud Soil Soil OrganicRate pH Matter K Ca Mg P Si

(inches) (%)0 6.41 1.59 106.0 2542 179.6 41.9 16.43 6.65 2.95 625.1 7987 667.0 473.5 37.46 6.60 4.31 842.5 10089 909.9 622.6 42.6

12 6.74 7.75 1984.1 16329 1863.3 723.5 67.5Significance1 NS L** L** L** L** L**Q** L**

1NS=not significant, L=linear, Q=quadratic, and **=significant at P<0.01, respectively.

Soil Extractable Element

--------------------------lb/acre-------------------------

FonteFonte: El: El--HoutHout, N.M. 2003. Response of Plant Cane to Mill Mud Application on S, N.M. 2003. Response of Plant Cane to Mill Mud Application on Sand and -- US Sugar Corp. Mauritius.US Sugar Corp. Mauritius.

Efeito da aplicaEfeito da aplicaçção da ão da Torta de FiltroTorta de Filtro sobre o Si sobre o Si

solsolúúvel do solovel do solo

Page 22: USO E MANEJO DOS RESÍDUOS DA CANA - … - Residuos TO… · A composição química da torta de filtro é variável, sendo que o fator diferencial, é a sua origem, se são geradas

Efeito da aplicaEfeito da aplicaçção da ão da Torta de Torta de FiltroFiltro sobre a concentrasobre a concentraçção de ão de nutrientes das folhas de cananutrientes das folhas de cana

Leaf Nutrient Concentration Mill Mud Rate N P K Ca Mg Si Fe Mn Zn Cu

(inches) ---------------------------------(%)1---------------------------------- --------------------(ppm)1------------------- 0 2.17b 0.27a 1.83b 0.45a 0.24a 0.65c 159a 22a 18a 5.9a 3 2.33a 0.29a 2.00ab 0.46a 0.25a 1.22b 188a 19a 19a 6.2a 6 2.34a 0.28a 2.04a 0.42a 0.24a 1.47ab 113a 17a 18a 6.3a

12 2.37a 0.30a 2.02ab 0.45a 0.27a 1.58a 122a 20a 19a 6.3a Pr > F 0.0001 NS NS NS NS 0.0001 NS NS NS NS

1Using Fisher’s LSD test, means within a column followed by the same letter are not statistically different (P > 0.05). For the overall analysis of variance (Pr > F), NS indicates not significant (P > 0.10).

FonteFonte: El: El--HoutHout, N.M. 2003. Response of Plant Cane to Mill Mud Application on S, N.M. 2003. Response of Plant Cane to Mill Mud Application on Sand and -- US Sugar Corp. Mauritius.US Sugar Corp. Mauritius.

Page 23: USO E MANEJO DOS RESÍDUOS DA CANA - … - Residuos TO… · A composição química da torta de filtro é variável, sendo que o fator diferencial, é a sua origem, se são geradas

DoseT. Filtro (inch)

Colmos Cana(t/ha)

Açúcar(kg/ha)

0 90,7 11.2783 118,6 13.1406 128,2 14.717

12 149,2 13.704

Efeito da aplicaEfeito da aplicaçção da ão da TORTA TORTA DE FILTRODE FILTRO sobre a produsobre a produçção ão

de cana e ade cana e açúçúcar car

FonteFonte: El: El--HoutHout, N.M. 2003. Response of Plant Cane to Mill Mud Application on S, N.M. 2003. Response of Plant Cane to Mill Mud Application on Sand and -- US Sugar Corp. Mauritius.US Sugar Corp. Mauritius.