Uso de Heurística No Rastreamento Do Ponto de Máxima Potência de Painel Fotovoltaico

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  MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE GOIÁS PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO DEPARTAMENTO DE PESQUISA E INOVAÇÃO Relatório Final do PIBIC/PIBITI/CNPq/IFG - agosto/2013-julho/2014. 1 Uso de Heurística na Busca do Ponto de Máxima Potência dos Painéis Fotovoltaicos Nélio Vaz Resende 1 André Felipe Barbosa 2 , Wesley Pacheco Calixto 3 , Pedro José Abrão 4  1 Instituto federal de Goiás /Campus Goiânia/Engenharia de Controle e Automação - P IBIC, [email protected] 2 Instituto federal de Goiás /Campus Goiânia/Engenharia de Controle e Automação - PIBIC, [email protected] 3 Instituto federal de Goiás /Campus Goiânia/Departamento IV [email protected] 4 Instituto federal de Goiás /Campus Goiânia/Departamento IV  [email protected]  Resumo A importância da energia fotovoltaica na ampliação do uso de fontes de energia renováveis e não-poluentes é crescente. Porém, dois fatores ainda atrapalham o seu crescimento: custo e eficiência. Uma maneira de melhorar a eficiência de um sistema fotovoltaico é através do uso de novas tecnologias ou de técnicas para a operação das células em um ponto de máximo fornecimento de potência. A ideia é o rastreamento do ponto de máxima potência de operação, também conhecido como MPPT (  Maximum Power Point Tracking ), já foram desenvolvidas de forma a melhorar a produção de energia. Através do modelo matemático de um módulo fotoelétrico e do Método Perturbação e Observação (P&O), uma rede neural artificial (RNA) é treinada para a tarefa de busca do MPPT. Com arquitetura tipo  Feedforward  Multicamada e estratégia de aprendizado Retropropagaçã o de Erro (MLP-BP), a RNA torna-se a função heurística que promove a melhora no desempenho dinâmico do sistema f otovoltaico automaticamente. Para as simulações, é utilizado um painel fotovoltaico de potência 10 W. Os resultados destas simulações são apresentados para validar a técnica heurística desenvolvida para um módulo fotovoltaico. Palavras-chave: Redes Neurais Artificiais, MPPT, Sistemas Fotovoltaicos, célula fotoelétrica. I - Introdução Em função da provável escassez de combustíveis fósseis e dos impactos causados no meio ambiente por algumas fontes de energia, seja na obtenção ou no aproveitamento, a opção em usar fontes alternativas ou renováveis de energia tem sido objeto de estudo em diversas pesquisas [VILLALVA & GAZOLI, 2012]. Dentre as opções sugeridas, a produção de energia elétrica através de células fotovoltaicas tem sido cada vez mais defendida por ser um tipo de fonte não-poluidora e renovável [LI, 2008]. Um sistema fotovoltaico não produz lixo tóxico tal como ocorre nas usinas nucleares, não polui o meio ambiente como nas usinas termoelétricas a gás ou a carvão e não  provoca impactos ambientais e/ou sociais como nas usinas hidrelétricas [CASARO, 2010]. Entretanto a cadeia produtiva do silício solar, material mais ut ilizado para a confecção da célula fotovoltaica, não é um processo isento de resíduos [ ABINEE]. Apesar das vantagens, há duas características que impedem um uso ainda maior da energia fotovoltaica, o custo de fabricação dos componentes; e a  baixa eficiência de co nversão da energia sola r para a e nergia elétrica . Há outros fatores, tais como a temperatura de operação de célula fotovoltaica e a sazonalidade dos níveis de insolação, que  podem contribuir em menor escala na escolha ou não pela energia fotovoltaica. O custo dos componentes é, na verdade, o principal fator que define a opção por outras fontes geradoras. Caso

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Rastreamento do ponto de máxima potência.

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    Relatrio Final do PIBIC/PIBITI/CNPq/IFG - agosto/2013-julho/2014. 1

    Uso de Heurstica na Busca do Ponto de Mxima Potncia dos Painis Fotovoltaicos

    Nlio Vaz Resende 1

    Andr Felipe Barbosa2, Wesley Pacheco Calixto3, Pedro Jos Abro4

    1Instituto federal de Gois /Campus Goinia/Engenharia de Controle e Automao - PIBIC,

    [email protected] 2Instituto federal de Gois /Campus Goinia/Engenharia de Controle e Automao - PIBIC,

    [email protected] 3Instituto federal de Gois /Campus Goinia/Departamento IV

    [email protected] 4Instituto federal de Gois /Campus Goinia/Departamento IV

    [email protected]

    Resumo

    A importncia da energia fotovoltaica na ampliao do uso de fontes de energia renovveis

    e no-poluentes crescente. Porm, dois fatores ainda atrapalham o seu crescimento: custo e

    eficincia. Uma maneira de melhorar a eficincia de um sistema fotovoltaico atravs do uso de

    novas tecnologias ou de tcnicas para a operao das clulas em um ponto de mximo

    fornecimento de potncia. A ideia o rastreamento do ponto de mxima potncia de operao,

    tambm conhecido como MPPT (Maximum Power Point Tracking), j foram desenvolvidas de

    forma a melhorar a produo de energia. Atravs do modelo matemtico de um mdulo

    fotoeltrico e do Mtodo Perturbao e Observao (P&O), uma rede neural artificial (RNA)

    treinada para a tarefa de busca do MPPT. Com arquitetura tipo Feedforward Multicamada e

    estratgia de aprendizado Retropropagao de Erro (MLP-BP), a RNA torna-se a funo heurstica

    que promove a melhora no desempenho dinmico do sistema fotovoltaico automaticamente. Para

    as simulaes, utilizado um painel fotovoltaico de potncia 10 W. Os resultados destas

    simulaes so apresentados para validar a tcnica heurstica desenvolvida para um mdulo

    fotovoltaico.

    Palavras-chave: Redes Neurais Artificiais, MPPT, Sistemas Fotovoltaicos, clula fotoeltrica.

    I - Introduo

    Em funo da provvel escassez de combustveis fsseis e dos impactos causados no meio

    ambiente por algumas fontes de energia, seja na obteno ou no aproveitamento, a opo em usar

    fontes alternativas ou renovveis de energia tem sido objeto de estudo em diversas pesquisas

    [VILLALVA & GAZOLI, 2012]. Dentre as opes sugeridas, a produo de energia eltrica atravs de

    clulas fotovoltaicas tem sido cada vez mais defendida por ser um tipo de fonte no-poluidora e

    renovvel [LI, 2008]. Um sistema fotovoltaico no produz lixo txico tal como ocorre nas usinas

    nucleares, no polui o meio ambiente como nas usinas termoeltricas a gs ou a carvo e no

    provoca impactos ambientais e/ou sociais como nas usinas hidreltricas [CASARO, 2010]. Entretanto

    a cadeia produtiva do silcio solar, material mais utilizado para a confeco da clula fotovoltaica,

    no um processo isento de resduos [ABINEE]. Apesar das vantagens, h duas caractersticas que

    impedem um uso ainda maior da energia fotovoltaica, o custo de fabricao dos componentes; e a

    baixa eficincia de converso da energia solar para a energia eltrica. H outros fatores, tais como

    a temperatura de operao de clula fotovoltaica e a sazonalidade dos nveis de insolao, que

    podem contribuir em menor escala na escolha ou no pela energia fotovoltaica. O custo dos

    componentes , na verdade, o principal fator que define a opo por outras fontes geradoras. Caso

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    a expectativa de diminuio dos custos seja cumprida, ainda restar a baixa eficincia de

    converso. A eficincia das clulas fotovoltaicas pode ser melhorada mediante o desenvolvimento

    e a aplicao de novos materiais semicondutores, que permitiro um melhor aproveitamento da

    energia solar incidida sobre as clulas. Porm, o emprego de novos semicondutores e o

    aprimoramento de novas tecnologias poderiam causar um aumento e no uma diminuio no custo

    final de fabricao das clulas. Uma das alternativas em melhorar a eficincia global buscar que

    a operao do sistema fotovoltaico sempre permanea no ponto de mxima potncia de sada.

    Porm, a mxima potncia no constante e dependente da temperatura, do nvel de insolao e

    do arranjo escolhido do sistema fotovoltaico. Portanto a busca em determinar o ponto de mxima

    potncia de sada deve ser to constante quanto manter a operao da clula neste mesmo ponto.

    A tcnica de rastreamento ou de seguimento do ponto de mxima potncia em sistemas

    fotovoltaicos referida pelo termo MPPT. Dentre as diversas tcnicas de busca do MPPT esto:

    os mtodos de perturbao e observao (P&O); os mtodos de condutncia incremental (IC); e o

    mtodo baseado em redes neurais para o rastreamento do ponto de mxima potncia em sistemas

    fotovoltaicos. Neste trabalho apresentado um mtodo baseado em RNA para encontrar o MPPT,

    o qual visa responder de forma computacionalmente eficiente dinmica rpida da variao de

    insolao em um mdulo fotovoltaico.

    II- MODELO MATEMTICO DO PAINEL FOTOVOLTAICO

    Para que as condies adversas de operao de um painel fotovoltaico (ou mdulo -

    conjunto de clulas fotovoltaicas) fossem exploradas no estudo, preciso consider-las no modelo

    matemtico. Uma vez consideradas neste modelo, possvel simular variaes nos nveis de

    incidncia solar (sombreamento), na temperatura (instalao abrigada, arejada e propriedades

    sazonais estaes do ano). O modelo matemtico utilizado para representar um painel fotovoltaico

    corresponde ao diodo nico, proposto em [VILLALVA, GAZOLI & RUPPERT] e [FEMIA, 2013]. Atravs

    desse modelo possvel simular o comportamento do painel a partir dos dados fornecidos pela

    Star Solar Panel, fabricante do painel em estudo. As informaes disponveis do painel de potncia

    10 W so: Voc=22.7 V (Tenso de circuito aberto), Isc=0.6 A (Corrente de curto circuito), Vmp= 18

    V (Tenso de mxima potncia), Imp= 0.56 A (Corrente de mxima potncia ), Ns = 36 ( Nmero de

    clulas fotovoltaicas do painel), Kv = - 0.1230 (Coeficiente de tenso e temperatura), Ki = 0.0032 (Coeficiente de corrente e temperatura ) esses valores so correspondentes a condies padres de incidncia solar (Gn=1000 W/m2) e temperatura (Tn=25 C). Na figura 1

    possvel visualizar o circuito eltrico equivalente para um mdulo fotovoltaico (arranjo srie-

    paralelo de clulas fotoeltricas) [FEMIA, 2013].

    Figura 1- Modelo eltrico de uma clula fotoeltrica

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    Neste circuito, Iph representa a corrente gerada pela radiao solar, Id a corrente que passa

    pelo diodo, Vd indica a tenso que o diodo est submetido, Irp representa a corrente que est

    passando pela resistncia paralela Rp e Ipainel indica a corrente que est na sada do painel a qual

    passa atravs da resistncia srie Rs.

    Usando a Lei de Kirchhoff das correntes para o circuito da figura 1 tem-se:

    Iph= Id + Irp + Ipainel (1)

    Logo, a corrente eltrica Ipainel de interesse dada por:

    Ipainel = Iph - Irp Id (2)

    A corrente gerada pela radiao solar pode ser modelada atravs da seguinte equao:

    Iph= ( Ipvn + Ki*dT)*G/ (3)

    Na equao 3 o dT significa a diferena entre a temperatura atual do sistema fotovoltaico e a temperatura em condies padres (T= 25 C) e o G significa o nvel de intensidade solar atual

    que o sistema est submetido. O Ipvn dado na equao 3.

    Ipvn =[ {(Rp + Rs)/Rp}*Isc] (4)

    A corrente do diodo dado na equao 5, onde Vd a tenso sobre o diodo e n a constante

    de idealidade do diodo adotada com valor 1 para as simulaes.

    Id = Is*(eVd

    n*Vt - 1) (5)

    O valor de Vt encontrado pela equao abaixo:

    Vt = k*T

    q (6)

    Com K sendo a Constante de Boltzman e igual a 1,38*1023 , T a temperatura em Kelvin (273 + T(C)) e q a Carga do eltron (1,6*1019 C).

    A corrente de saturao reversa pode ser encontrada atravs da formula abaixo:

    = + ( )

    [(+()

    ] (7)

    Para a soluo das equaes, necessrio determinar os parmetros incgnitos (Rs e Rp)

    que no so fornecidos pelo fabricante. Atravs de Rs e Rp possvel fazer o pico da curva PxV,

    do modelo coincidir com o pico experimental no ponto (Vmp, Imp) fornecido pelo fabricante. A

    equao 1 sucessivamente resolvida at que a condio Potncia mxima do modelo igual a

    potncia mxima experimental seja satisfeita. Durante a execuo do algoritmo a resistncia srie

    aumentada lentamente e o valor da resistncia paralela encontrada a cada passo de simulao.

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    A lgica consisti em existir um nico ponto, correspondente a um nico valor de Rs, que satisfaa

    a condio Pmax,modelo= Vmp*Imp.

    Os valores encontrados pelo algoritmo para o painel em estudo foram Rp= 2161 e Rs= 3,538 . Ao se encontrar os valores das resistncias a equao 2 resolvida atravs do mtodo numrico interativo de Newton.

    Atravs de simulaes foi possvel observar o comportamento dos sinais de Potncia,

    Tenso e Corrente nos terminais de sada do painel fotovoltaico. As combinaes entre tais sinais

    permitem a descrio da dinmica do sistema mediante as curvas V-I e P-V. Para o painel de 10

    W tais curvas so exibidas nas Figuras 2 e 3.

    Figura 2 Curva de corrente por tenso para vrios nveis de incidncia solar

    Figura 3 - Curva de potncia por tenso para vrios nveis de incidncia solar

    III- Algoritmo de MPPT baseado no mtodo de perturba e observa (P&O)

    O sistema de MPPT conectado entre o painel e a carga e tem como objetivo extrair a

    mxima potncia instantnea dois painis solares, ajustando o ponto de operao do sistema s

    diferentes condies de operao.

    O mtodo de busca por P&O baseia-se no seguinte procedimento: perturba-se a tenso

    operante nos terminais do painel num determinado sentido e observa-se se h um aumento ou uma

    diminuio na potncia gerada. Se houver um aumento na potncia, deve-se manter a perturbao

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    no mesmo sentido, caso contrrio, inverte-se o sentido da perturbao [FEMIA]. O termo

    perturbao citado acima se refere a um pequeno valor de tenso definido como V. Este somado ou subtrado da tenso operante no painel com objetivo de percorrer a curva mostrada na figura 2.

    Assim, um valor de corrente encontrado que entrega a mxima potncia carga. A figura 4

    apresenta o esquema de funcionamento do algoritmo.

    Figura 4 - Fluxograma do mtodo de perturba e observa (P&O) (adaptado de BRITO, 2010)

    Na figura 5 visualiza-se o comportamento do algoritmo buscando a mxima potncia para

    variados nveis de incidncia solar. possvel perceber que para alcanar um PMP necessrio

    um determinado nmero de ciclos de processamento, ou seja, o ponto no encontrado

    instantaneamente. De forma simplificada o funcionamento do algoritmo consiste em buscar

    constantemente um valor de tenso e corrente que gere a maior potncia possvel para carga

    conectada no painel.

    Figura 5 - Comportamento do algoritmo durante o MPPT para vrios nveis de incidncia solar

    Nesse trabalho o algoritmo de MPPT atua diretamente na modelagem computacional

    demonstrada na sesso 2 at encontrar um ponto de mxima transferncia de potncia para um

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    determinado nvel de incidncia solar. Em uma implementao prtica o atuador responsvel em

    ajustar a tenso na sada do painel um conversor de potncia CC-CC.

    Um conversor CC-CC um circuito que usa um transistor como interruptor, um indutor e

    um diodo para transferncia de energia da entrada para sada. No regulador chaveado a tenso e a

    corrente no indutor esto defasadas de noventa graus, resultando em uma eficincia muito maior,

    devido a pouca dissipao de calor. O armazenamento de energia a principal vantagem da

    utilizao de um indutor em reguladores chaveados. A sada de um conversor CC-CC

    diretamente proporcional ao ciclo de trabalho (duty cycle) k do circuito de chaveamento.

    Modificando-se o valor do ciclo de trabalho consegue-se controlar a tenso mdia, a corrente

    mdia e potncia mdia fornecida carga (ANTUNES, 2012).

    Os principais conversores de potncia utilizados atualmente para o rastreamento da

    mxima potncia de painis fotovoltaicos so os de topologia Buck e Boost.

    IV- Algoritmo de MPPT baseado no mtodo por Redes Neurais Artificiais

    A utilizao de Redes Neurais Artificiais (RNA) [HAYKIN,1999] como mecanismo para

    encontrar o Ponto de Mxima Potncia (PMP) que pode ser transferida carga pelo painel

    fotovoltaico torna-se uma opo interessante aos mtodos convencionais como P&O e Mtodo da

    Condutncia Incremental [FEMIA,2013]. As vantagens da utilizao de uma RNA so: lidam com

    processos no lineares muito bem, aps treinadas apresentam resposta imediata, o conhecimento

    a priori do sistema no requerido (embutido nos dados), apresentam maior imunidade a rudos e

    outliers presentes nos dados, dentre outros. Apresentam desvantagens tais como: se portarem como

    uma caixa-preta, ou seja, o conhecimento sobre um sistema est distribudo e sintetizado nos pesos das conexes que formam a RNA, h necessidade de mudana de escala, algumas estratgias

    de treinamento so muito lentas e apresentam convergncia a mnimo locais. Assim, a utilizao

    de uma RNA para a tarefa de PMP mostra-se bastante aderente, pois o comportamento de um

    sistema fotovoltaico no linear (dependente principalmente de irradiao solar) e, uma vez

    treinada para um sistema especfico, sua resposta instantnea, ou seja, apresenta maior eficincia

    computacional, plenamente utilizvel em tempo real.

    Uma RNA se espelha no modelo biolgico funcional. Em 1943, Warren McCulloch

    eWalter Pitts propuseram o primeiro modelo de neurnio artificial. A figura 6 apresenta este

    modelo bem como a relao sinal de entrada/sinal de sada para um neurnio j.

    x1

    x2

    xn

    bxwn

    i

    iji 1

    )( jv yj

    wj1

    wj2

    wjn

    x0 = 1

    wj0 = b

    vj

    bxwn

    i

    iji 1

    bxwvn

    i

    ijij 1

    Figura 6 -Modelo proposto para o Neurnio Artificial

    Na figura 6 tem-se X= {x1, x2,..., xn} o vetor das variveis de entrada (sinal de entrada), wji os respectivos pesos das conexes, vj o potencial de ativao e yj o sinal de sada do neurnio j e b o bias. Observe que a sada uma funo (.) do potencial de ativao. Esta funo chamada de Funo de Ativao ou Funo de Transferncia do neurnio. O objetivo desta funo , para

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    um dado padro de entrada X, responder com valores 1 (ou prximos) para uma combinao

    correlacionada entrada-sada e 0 para combinao no correlacionada. Para a maioria dos

    problemas desejvel que esta funo seja no-linear, acomodando as variaes presentes nos

    padres de entrada. Uma funo de ativao comumente utilizada a Funo Sigmoidal (ou

    Logstica), dada por:

    (. ) =1

    1+ (8)

    onde uma constante real associada ao nvel de inclinao da funo e v o potencial de ativao. Esta funo integralmente diferencivel e monotnica, o que permite sua utilizao em

    processos de aprendizagem baseados em gradientes.

    As arquiteturas utilizadas para as RNA so Feedforward Camada Simples, Feedforward

    Multicamadas (MLP), Redes Recorrentes e Mapas Auto-organizveis [HAYKIN,1999]. A figura 7

    exemplifica uma MLP com 10 variveis de entrada (m=10), 4 neurnios na camada intermediria

    (camada escondida) e dois neurnios na camada de sada. Neste exemplo dito que a RNA possui

    2 camadas de neurnios. Dependendo da complexidade do problema, pode ser necessrio a

    utilizao de mais camadas intermedirias. Uma camada intermediria tem a finalidade de

    melhorar o conhecimento sobre problema, possibilitando observar das correlaes estatsticas

    implcitas entre as variveis de entrada e uma dada sada.

    Figura 7 - Rede Neural Artificial tipo Feedforward Multicamadas, com 10 variveis de entrada, 4 neurnios na

    camada escondida e 2 neurnios na camada de sada

    Uma RNA apresenta aprendizado indutivo sobre um sistema. Assim, sua capacidade de

    aprender feita a partir da apresentao de dados que contenham implicitamente o comportamento

    do sistema a ser analisado. Um sistema caracterizado pelas variveis de entrada e processo de

    treinamento de uma RNA dependente do nmero destas variveis. A relao nmero de variveis

    pelo tamanho do conjunto de dados deve ser analisado para evitar a Maldio da Dimensionalidade

    [HAYKIN,1999]. O aumento de variveis para melhorar o conhecimento do problema requer o

    aumento exponencial de dados a cada nova varivel inserida, pois a complexidade do problema

    tambm aumenta, pelo aumento do nmero de parmetros livres a serem ajustados.

    Um conjunto de dados geralmente divido em dois subconjuntos: conjunto de treinamento

    e conjunto de teste. O primeiro visa encontrar pesos das conexes timos da RNA, que o processo

    de treinamento. O segundo visa validar se o conhecimento adquirido pela RNA responde bem a

    dados no utilizados para treinamento. Esta caracterstica defina uma das grandes vantagens da

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    utilizao de uma RNA que oferecer resultados prximos dos esperados e com boa capacidade

    de generalizao (Capacidade de Generalizao do Modelo) [SILVA].

    Como j observado, aprendizagem em RNA o processo de encontrar, atravs de tcnicas

    matemticas, os pesos das conexes timos. Isso significa que o conhecimento sobre um sistema

    ou problema, est estruturado nestes pesos. Na literatura atinente a rea [HAYKIN,1999], [SILVA] e

    [LI, 2008], h muitos processos de aprendizagem para RNA. Um destes processos, denominado

    Aprendizado por Retropropagao do Erro (BP), proposto por David E. Rumelhart, Geoffrey E.

    Hinton E Ronald J. Williams, em 1986, amplamente utilizado. O algoritmo baseado na

    minimizao do erro (valor desejado valor obtido) em relao aos pesos das conexes, aplicando-se a tcnica do Gradiente Descendente. Neste caso, uma vez que a priori conhecido o resultado

    do problema, ou seja, o valor desejado para como resultado do processamento, este valor funciona

    como um tutor para a RNA. O treinamento dito ento com superviso. O algoritmo bem como o

    Gradiente Descendente pode ser visto em [HAYKIN,1999]. Neste trabalho, utilizada uma RNA tipo

    Feedforward Multicamadas com estratgia de aprendizado Retropropagao do Erro (MLP-BP).

    A base de dados obtida para o aprendizado neural sintetizada a partir do Mtodo P&O aplicado

    ao mdulo fotovoltaico.

    V Metodologia e Simulaes

    Para modelar a dinmica do sistema fotovoltaico durante a busca da mxima potncia so

    gerados 900 pontos aleatrios, constituindo a base de dados para a RNA. Neste caso, so

    sorteados aleatoriamente (normalmente distribudos) a incidncia solar (G), com valores entre 0 a

    1000 W/m2. A temperatura (T) no mdulo fotovoltaico constante e igual a 25 oC, para este

    trabalho. O modelo do mdulo fotovoltaico, como mostrado na figura 1, fornece a respectiva

    corrente de sada (Ipainel) para cada valor de G simulado. Assim, para cada G, T, uma tenso de

    partida (VR, para mdulo fotovoltaico, igual a 16 V) e Ipainel correspondente, executado o Mtodo

    P&O (sesso III), fornecendo como soluo a tenso mxima (Vmax). Isto resulta na potncia

    mxima que o mdulo pode fornecer carga. Logo Vmax torna-se um sinal de controle (referencia)

    para o conversor CC-CC. Ao final formada a base de dados, tendo como variveis de entrada

    Ipainel e G. A temperatura, neste trabalho, como considerada constante, torna-se no relevante ao

    problema. A varivel de sada a tenso mxima (Vmax), que constitui a varivel alvo (valor

    desejado).

    Uma vez estabelecida a base de dados, necessrio escolher o tipo de arquitetura de RNA,

    a estratgia de aprendizado e a melhor topologia para o problema. A escolha da arquitetura recai

    em uma RNA feedforward Multicamadas, com apenas uma camada escondida. A estratgia de

    Aprendizado o Retropropagao do Erro (RNA tipo MLP-BP), com treinamento com superviso.

    Para otimizar o treinamento, acrescentado ao algoritmo BP um. A equao 9 mostra o incremento

    nos pesos pelo algoritmo BP, para um neurnio j e um dado sinal de entrada i, na iterao n.

    wji(n)=(n)

    wji(n) (9)

    Onde (n)

    wji(n) corresponde variao do erro em funo dos pesos das conexes. Desenvolvendo

    esta equao tem-se:

    wji(n)=()() + wji(n-1) (10)

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    Sendo que o valor de () (gradiente local) apresenta computao distinta, de acordo com o algoritmo BP, para os neurnios da camada de sada e para a camada intermediria de neurnios,

    como mostrado na figura 7. A varivel yi corresponde ao sinal de uma sada do neurnio da camada

    intermediria ligado ou eu um sinal de entrada. A taxa de aprendizagem e o Momentum so dados

    por e , respectivamente. Vale salientar que a funo de ativao escolhida a tangente hiperblica [HAYKIN], que diferencivel (contnua e monotnica). Assim, a atualizao dos pesos

    das conexes para a prxima iterao (novo exemplar) dada por:

    wji(n+1)=wji(n) + wji(n) (11)

    Para a tarefa de encontrar a RNA para o problema utilizado o Toolbox Neural Networks

    e o respectivo aplicativo denominado de NNTOOL do Matlab [MATHWORKS]. Este aplicativo

    divide aleatoriamente os dados nestes trs conjuntos, na proporo de 70% para treinamento, 15%

    para validao e 15% para teste. Para treinamento, a medida de performance dada pelo Erro

    Mdio Quadrtico (MSE Mean Squared Error), tanto para o conjunto de treinamento, validao e teste. O conjunto de treinamento o conjunto efetivamente utilizado para encontrar os pesos das

    conexes timos que relaciona entrada/sada. O conjunto de validao utilizado para proceder

    uma estratgia denominada de Validao Cruzada, onde este conjunto apresentado RNA

    durante o treinamento, mostrada em [BISHOP]. Isto evita o problema do sobreajuste (overfitting),

    que faz a RNA responder bem aos dados de treinamento mas ruim a dados novos (teste). Assim, a

    Validao Cruzada proporciona uma maior capacidade de generalizao para a RNA treinada (boa

    resposta a dados novos).

    As simulaes so executadas observando-se 3 parmetros: nmero de neurnios da

    camada intermediria, Momentum () e taxa de aprendizagem (). O objetivo final encontrar a melhor topologia para a RNA que estabelece o melhor aprendizado para o problema do MPPT. A

    tabela 1 sintetiza os resultados.

    Tabela 1 - Comportamento da rede neural treinada

    Neurnios camada intermediria

    MSE (Conj. Treinamento)

    MSE (Conj. Teste)

    pocas

    2 0,90 0,01 0,001380 0,002197 14826

    2 0,70 0,20 0,001080 0,002690 18793

    5 0,90 0,01 0,001690 0,001055 27642

    5 0,70 0,20 0,001340 0,000905 16355

    8 0,90 0,01 0,002050 0,002050 47346

    8 0,70 0,20 0,000379 0,000373 52648

    Na tabela 1 pode ser observado que os valores para o Momentum so mais elevados que a

    os da taxa de aprendizagem. A relao alto valor de Momentum por uma baixa taxa de

    aprendizagem evita de forma significativa o problema de mnimos locais, prprios de mtodos

    baseados em gradiente. Outro parmetro de treinamento o nmero de pocas, que neste trabalho

    fixado no limite de 100000. Uma poca de treinamento significa todos os exemplares do conjunto

    de treinamento so apresentados RNA e a performance avaliada a partir do MSE, ou seja, o

    erro retropropagado feito exemplar por exemplar. Isto faz com que o treinamento torne-se lento,

    mas qualitativamente melhor sob o enfoque da capacidade de generalizao.

    O aplicativo NNTOOL estabelece alguns critrios de parada, que so o nmero limite de

    pocas, o valor de erro do gradiente descendente, o valor meta do MSE para o problema (neste

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    caso igual a zero) e o erro de validao (computao de aumento desse consecutivamente 6 vezes).

    Entretanto, pelo nmero elevado de pocas ajustado, neste trabalho faz-se a opo, quando

    nenhuma dos critrios acima sejam avaliados, por parada manual. Como critrio do usurio, esta

    parada feita sempre que se observa mudana bastante lenta ou nenhuma do MSE do conjunto de

    treinamento.

    Como a RNA resultante, obtida na tabela 1, nota-se que a RNA com 8 neurnios na camada

    intermediria apresenta-se resultados que correspondem ao esperado para o problema de MPPT

    via RNA. A figura 8 apresenta a topologia resumida da RNA, fornecida pelo aplicativo NNTOOL

    e a figura 9 mostra a curvas do MSE pelo nmero de pocas, para os trs conjuntos: treinamento,

    validao e teste. Entretanto, para efeitos de avaliao da melhor RNA, o determinante o MSE

    do conjunto de teste, pois este o indicativo da melhor capacidade de generalizao que a RNA

    pode obter para o problema.

    Figura 8 - Topologia da RNA

    Figura 9 Curvas de treinamento, validao e teste da melhor RNA treinada para o problema do MPPT de um

    mdulo fotovoltaico.

    Pelo valor do MSE de teste para RNA escolhida, nota-se que o mesmo bastante pequeno

    (MSE teste = 0,000373). Este resultado proporciona uma Funo de Aproximao para o algoritmo

    P&O baseada nesta RNA treinada. Logo, para qualquer valor de Irradiao Solar no mdulo

    fotovoltaico, esta RNA se comportar como o P&O. Entretanto, so maiores as vantagens de se

    utilizar a RNA, como j citado neste texto: computacionalmente eficiente (resposta imediata),

    maior capacidade de lidar com informaes corrompidas e dados no lineares. Assim, espera-se

    que, utilizando-se a RNA para a tarefa de um sinal de controle (neste caso, a Vmax) para o

    conversor, pode-se obter maior eficincia para fornecer a potncia mxima carga, uma vez que

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    a mesma fornece um sinal de sada estvel para o controlador, sem oscilaes em torno do ponto

    de mxima potncia.

    V- Concluso

    possvel fazer o rastreamento do ponto de mxima potencia atravs de um algoritmo

    baseado em redes neurais. O sistema baseado em RNA tem as vantagens de convergir quase

    instantaneamente para o PMP, na faixa dos nveis de radiao solar. Ou seja, a resposta da RNA

    no fica oscilando em torno desse ponto, se comparado com mtodo de perturba e observa (P&O).

    Este ltimo tem a desvantagem de demorar alguns ciclos de processamento at chegar no ponto

    de mxima potncia como observado. Isto contribui para diminuio da eficincia desse mtodo,

    dando plena vantagem ao realizado por RNA. Sendo um sistema baseado em RNA com

    treinamento indutivo (base de dados), isto poderia ser um inconveniente. Mas, com os atuais

    sistemas de aquisio de dados e computacionais, as modelagens necessrias para dotar o sistema

    fotovoltaico com RNA para melhora de performance esto estabelecidas. Neste trabalho, a

    estratgia de aprendizado e a arquitetura da RNA escolhidas so bastante utilizadas e se prestaram

    a solucionar o problema. Pode ser observado que a RNA escolhida um aproximador funcional

    bastante eficiente para o P&O, alm de resguardar todas as vantagens de uma RNA. No foram

    testadas outras estratgias de aprendizado nem arquiteturas, notadamente evoludas das tcnicas

    aqui utilizadas.

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