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Comer pequenas porções de carboidratos enquanto se ingere bebidas alcoólicas é uma das dicas da nutricionista LuCiLene BranCo

Desde que o portador de diabetes esteja cumprindo uma dieta adequada e com os níveis de açúcar controlados, não é necessário excluir completamente as bebidas alcoólicas do seu estilo de vida. De acordo com a Associação Americana de Diabetes, a quantidade máxima de álcool que o portador de diabetes controlada pode beber por dia, sem fazer mal, é 680 ml de cerveja (2 latas); 300 ml de vinho (1 taça e meia); 60 ml de bebidas destiladas, como whisky ou vodka (1 dose).

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Segundo a e spe c i a l i s t a em nutrição clínica, Lucilene Branco, estas quantidades são calculadas para o paciente do sexo masculino. No caso das mulheres , deve-se considerar metade das quantidades. Reforça, entretanto, que “é importante verificar a glicemia antes e após ingerir qualquer tipo de bebida alcoólica e corrigir os valores, caso necessário, de acordo com indicação médica”. Já pacientes com controle instável, que

têm a hipoglicemia como obstáculo para seu controle ou presença de complicações crônicas secundárias ao diabetes, não devem ingerir álcool. “O consumo pode agravar os sintomas”, afirma Lucilene.

Consumo responsávelNão há contraindicação ao uso de bebidas alcoólicas para portadores

de diabetes compensados, porém Lucilene Branco reforça que o

consumo deve ser controlado e de forma responsável

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b Diabetes tipo I é mais comum na infância e juventude

A família deve ser aliada e buscar o controle da

doença facilitando o trabalho da equipe médica e

prevenindo complicações

O diabetes tipo 1 é diagnosticado, em sua maioria, na infância e adolescência. Em fase inicial, apresenta como sintomas perda de peso sem causa aparente, sede excessiva, fome, e a criança passa a urinar mais do que o normal para a idade. Segundo a especialista em pediatria e endocrinologia infantil, Hercília Cruvinel, algumas mães relatam acúmulo de formigas nas fraldas de bebês ou na privada, devido ao excesso de açúcar liberado na urina. Outros sintomas que podem ocorrer são desidratação, vômitos, dores na barriga e fraqueza. “Os pais que notarem esses indícios devem procurar serviço médico o quanto antes, para realizar o exame de glicemia, que diagnostica a doença”, reforça Hercília.

Os pais ou responsáveis são fundamentais no tratamento da criança e adolescente diabéticos. São os primeiros a receber todas as informações de como cuidar do paciente em casa. É importante que haja disciplina na aplicação da medicação nos horários e dosagens corretas. A especialista ressalta que é essencial uma reestruturação alimentar e de hábitos, com incentivo à prática de esportes e uma alimentação balan-ceada. “Ter a família aliada e buscando um bom controle da doença facilita o trabalho da equipe médica e previne

complicações”, reforça Hercília. Outro ponto importante é o acompanhamento médico, realização de exames periódicos e orientação nutricional. “Os profissionais devem informar aos pais as medidas e orientar sobre como agir na aplicação de insulina, realização de testes de medida do açúcar, como lidar em casos de hipoglicemia ou hiperglicemia”, declara. Segundo Hercília, o apoio psicológico para a família e para o paciente diabético é de grande valia para o acolhimento e o bem lidar com a doença.

Apoio familiar

De acordo com a endocrinologista HerCíLia CruvineL, o diabetes tipo i tem aumentado nas crianças com menos de 5 anos de idade

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De acordo com a especialista, a doença tem aumentado nas crianças com menos de cinco anos de idade. No entanto, pode se manifestar em qualquer fase da infância e adolescência e mais raramente na fase adulta. A endocrinologista pediatra explica que o diabetes tipo II é menos frequente na infância, correspondendo a cerca de 10-20% dos casos. “Esta incidência tem aumentado com o crescimento da obesidade infantil e do adolescente”, afi rma.

Para entender a diferença entre os tipos, ela ressalta que o I é decorrente de um processo de destruição das células produtoras de insulina por uma infl amação denominada autoimune, em que o próprio sistema de defesa reconhece porções do pâncreas como peças estranhas e começam a atacá-las. Existem ainda alguns fatores predisponentes genéticos, mas não é tão comum quanto nos casos do diabetes tipo II. Nessa condição, o excesso de peso difi culta o trabalho da insulina, que controla o açúcar no sangue, levando ao surgimento da doença.

Não existe forma de prevenir o diabetes tipo I, apenas são feitas recomendações de incentivo ao aleitamento materno para evitar a introdução precoce do leite de vaca, reconhe-cido como fator predisponente. Já o diabetes tipo II tem como ser prevenido combatendo a obesidade infantil e incentivando a alimentação saudável e prática de exercícios pelas crianças e adolescentes.

Prevenção

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Formado em Educação Física pela Universidade Federal de Goiás (UFG), personal trainer e ex-atleta, Bruno Fernandes Augusto sempre foi apaixonado por esporte. Entretanto, foi aos seis anos, quando descobriu que era portador do diabetes tipo I, que a atividade física deixou de ser apenas um fascínio e tornou-se verdadeiro remédio de controle da doença.

Com sintomas característicos, dentre eles fome e sede constante, perda de peso, vontade de urinar diversas vezes ao dia e fraqueza, Bruno conta que logo no início perdeu 12kg, e que o diagnóstico não foi uma tarefa fácil. A primeira crise foi logo após o aniversário de um primo, onde tomou bastante

Rotina saudávelQuebrando os tabus entre diabetes e saúde, o personal Bruno

Augusto conta como controla a doença com tratamento adequado,

aliado à alimentação balanceada e exercícios físicos

Bruno augusto conta que o processo de aceitação da doença não foi traumático, graças ao apoio incondicional dos pais

refrigerante. Depois de uma sequência de exames e erros médicos, chegou a ficar quase uma semana em coma diabético. “Há 23 anos não existia tantas pesquisas sobre o assunto, formas de tratamento avançadas, pouco se escutava da doença, ainda mais em crianças”, afirma.

O processo de aceitação da enfermidade não foi traumático, graças ao apoio incondicional dos pais. “Eles me explicaram que eu não poderia mais comer doce, mas teria outras possibilidades, inclusive mais saudáveis. E assim seria minha vida, não me privaria de nada, só que deveria ter mais cuidado”, recorda. Acredita que, por esse motivo, convive há anos com

diabetes e não possua nenhuma lesão causada pela doença. “A vida fluiu normal. Costumo dizer que eu não sou diabético, tenho diabetes. Mas isso não me define”, ressalta.

Bruno possui uma rotina pesada, como todo personal trainer, começa a dar aulas às 6h e costuma terminar 21h. “Organizo meus treinos nos intervalos das minhas aulas. Sempre prestando atenção e não dando intervalos longos sem comer, munido do glicosímetro, gel de glicose e uma fonte de carboidrato rápida”, explica.

Ele diz ainda que não tem restrições quanto a comida, faz contagem de carboidrato e basta ingestão de gordura saturada. Tenta comer proteína mais magra e alimentos integrais, para não lesar o organismo. Para as pessoas que possuem diabetes, a dica do profissional é não deixar de acreditar que é possível tratar e realizar atividades comuns como viajar e morar sozinho. “Basta ter cuidado, prestar atenção nas informações que seu corpo te passa, ter uma boa relação com sua equipe médica, não esconder suas dúvidas sobre a doença e tratar a atividade física como um remédio”, declara.

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O Instituto de Assistência e Pesquisa em Diabetes (IAPD) promoveu, no dia 14 de novembro do ano passado, uma ação no Parque Vaca Brava em prol do Dia Mundial da Diabetes.

O evento, realizado pela manhã, reuniu mais de 150 pessoas e teve o apoio de diversos profissionais da área da saúde. Os presentes puderam aferir a pressão, fazer exames básicos, medir a glicemia e conversar com médicos e nutricionistas que estavam no local. Foi divulgado a importância de uma alimentação balanceada, realizar pelo menos seis refeições por dia, evitar produtos industrializados que contenham excesso de açúcar e praticar exercícios físicos.

O objetivo dessa data universal é promover a conscientização de toda sociedade, em seus diversos segmentos, sobre a importância de prevenir a doença. O endocrinologista e presidente do IAPD, Nelson Rassi, afirma que o diabetes é silencioso, cerca de 50% das pessoas que a possuem desconhecem o diagnóstico. “Quando o paciente começa a perceber os sintomas, como emagrecimento, perda de peso, excesso de urina e cansaço, não se pode mais evitá-la”, afirma.

Para o especialista, é essencial promover o diagnóstico precoce e as maneiras de evitar a doença. “Eventos como esse são uma esperança de que com o tempo reverteremos essa cultura de tratamento e passaremos a realmente prevenir o diabetes”, reforça

IAPD celebra o Dia Mundial do DiabetesEvento reuniu mais de 150 pessoas

no Parque Vaca Brava, em Goiânia

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Direção de Jornalismo: Iúri Rincon GodinhoEditora: Larissa OliveiraRedação: Lara Leão e Luciana PaivaComercialização: Márcia Moraes e Kelly CristinaArte Final: Vinícius Carneiro e Thálitha MirandaEndereço: Rua 27-A, 150, St. AeroportoGoiânia - GO - 74.075-310Fone: 3224-3737 - Fax: 3229-0871www.contatocomunicacao.com.br

Conselho EditorialNelson RassiVictor Gervásio e SilvaSérgio VêncioElias HannaHaroldo SouzaJudith Mesquita

Nacionais Ruy Lira (Pernambuco) Saulo Cavalcanti (Belo Horizonte) Jorge Luiz Gross (Rio Grande do Sul) Balduíno Tschiedel (Porto Alegre) Mirnaluci Gama (Paraná) Mauro Scharf (Paraná) Antônio Chacra (São Paulo) Daniel Giannella (São Paulo) Durval Damiani (São Paulo) Amélio Godoy (Rio de Janeiro) Leão Zagury (Rio de Janeiro) Reine Fonseca (Bahia) Walter Minicucci (Campinas - São Paulo) Hermelinda Pedrosa (Distrito Federal) Reginaldo Albuquerque (Distrito Federal)

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) liberou recentemente no Brasil o balão intragástrico ajustável. O produto possui uma nova evolução tecnológica que amplia as alternativas para emagrecimento. Pode permanecer no estômago por um ano, o que aumenta a eficácia do tratamento, proporcionando ao paciente uma maior perda de peso, mais uniforme ao longo do processo, e um tempo maior de adaptação aos novos hábitos de vida.

“O objetivo é aumentar a sensação de saciedade e colaborar com o processo de emagrecimento para pessoas com sobrepeso e obesidade. A técnica está associada a um acompanhamento por equipe multidisciplinar, como nutricionistas, psicólogos, professores de educação física e médicos, garantindo assim a compreensão de todos processos que envolvem o tratamento de emagrecimento saudável para que os resultados sejam duradouros”, explica o especialista em Cirurgia Bariátrica e

Balão intragástrico ajustável é nova tecnologia disponível para um emagrecimento saudável o método representa um tipo de tratamento não

invasivo e eficaz, que dura no estômago por um ano

Metabólica da Clínica Bueno Medical Center, Oscar Barrozo Marra. Além disso, possui a capacidade de se ajustar em volume, dependendo da necessidade de cada sujeito, diminuindo a chance de rejeição. O calibre pode ser reduzido quando houver intolerância ou vômitos persistentes e, posteriormente, aumentado com uma estabilização na perda de peso.

Os balões gástricos antigos sofriam um desgaste natural, que aliado à agressão do suco gástrico eram retirados após 6 meses, constituindo um método de tratamento temporário da obesidade. Assim como os outros, o ajustável é inserido por meio de endoscopia, sem internação hospitalar. “O balão intragástrico é um dispositivo de silicone que é inserido vazio no estômago e depois preenchido com soro fisiológico”, detalha Oscar.

O aparelho possui um sistema de ancoragem espontâneo que, conforme observação do especialista, é mais

seguro. “Mesmo que o balão perca todo líquido, o sistema de fixação não-cirúrgica impede a migração do dispositivo para o duodeno”, explica. O profissional ressalta ainda que, como todos os métodos para auxiliar na perda de peso, a adoção de hábitos saudáveis, como atividades físicas regulares e alimentação balanceada são fundamentais para perder e manter o peso.

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Com orgulho, iniciamos uma nova jornada à frente da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM). Da fundação, na década de 50, para cá, muita coisa mudou. Atualmente, somos uma das maiores sociedades de endocrinologistas do mundo. Por outro lado, a declaração da missão e dos valores da SBEM não se modificou. O conceito de sociedade pressupõe uma convivência e atividade conjunta do homem, ordenada ou organizada conscientemente. O que caracteriza a sociedade é a partilha de interesses entre os membros e as preocupações mútuas direcionadas a um objetivo comum. Três pilares fundamentais nortearão esta gestão: educar, crescer e valorizar.

Para facilitar a transição do ponto de vista jurídico e financeiro, foi feita a posse antecipada da nova diretoria da SBEM no dia 1 de novembro de 2014, em São Paulo. Entretanto, a gestão começou oficialmente no dia 1 de janeiro de 2015 e realmente já começamos a trabalhar. A gestão SBEM Mais Forte é composta pelos seguintes médicos endocrinologistas:

Presidente: Dr. Alexandre Hohl (SC)Vice-presidente: Dr. João Eduardo Nunes Salles (SP)Secretário Executivo: Dr. Fábio Rogério Trujillo (BA)Secretário Adjunto: Dr. Guilherme Alcides Flores Soares Rollin (RS)Tesoureiro Geral: Dr. Rodrigo de Oliveira Moreira (RJ)Tesoureiro Adjunto: Dra. Nina Rosa de Castro Musolino (SP)

SBEMmais forteTrês pilares fundamentais nortearão

esta gestão: educar, crescer e valorizar

aLexanDre HoHL presidente da sociedade Brasileira de endocrinologia e Metabologia (sBeM) – 2015/2016

Várias atividades estão sendo realizadas, num ato contínuo de trabalho. A organização do nosso principal evento científico deste ano já vinha sendo feita e o Dr. João Eduardo Salles, como vice-presidente da SBEM nacional, assume a presidência da comissão científica dos eventos da sociedade. O Dr. Albemar Harrigan será o presidente do Congresso Brasileiro de Atualização em Endocrinologia e Metabologia (Cbaem-2015), que ocorrerá em Vitória(ES) em agosto deste ano, e o trabalho na organização está intenso. A parceria científica e profissional com a Associação Médica Brasileira (AMB) continua em 2015.

Coordenada pelo Dr. Josivan Lima, a comissão que organiza a prova de Título de Especialista em Endocrinologia e Metabologia (Teem) tem trabalhado intensamente. Com intuito de otimizar a prova e atingir o objetivo principal da titulação, algumas mudanças serão implementadas, como a prova sendo realizada em São Paulo e ainda no primeiro semestre de 2015. Planejamos a discussão do mercado de trabalho do endocrinologista (público/privado/convênios) em congressos médicos como o Cbaem. Vários colegas têm solicitado que a SBEM participe ativamente neste processo e usaremos estes fóruns de discussão para que possamos crescer profissionalmente. As 17 comissões e os 10 departamentos da SBEM também já estão se mobilizando e suas iniciativas serão divulgadas nas próximas semanas por e-mail e pelo site da sociedade (www.sbem.org.br). A SBEM tem missão e valores. Nosso compromisso é buscar cada um deles e cumpri-los com ética e determinação. Como sociedade, com a participação ativa de cada um de nós.