Usando Nossa Boca Para Edificação

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USANDO NOSSA BOCA PARA EDIFICAÇÃO A língua é um órgão do corpo humano, cuja função principal está relacionada a fala. É em face dessa atribuição que esse membro do corpo aparece na Bíblia como uma poderosa força. Afirma-se que a morte e a vida estão no seu poder (Pv.18.21). Tiago elabora isso quando se refere à língua como indomável e um mal incontido, cheio de veneno mortal (Tg 3.8) e como fogo, um mundo de iniquidade (Tg 3.6). Paulo, por sua vez, refere-se à língua como um instrumento de engano (Rm.3.13), caracterizando o homem não regenerado. Jesus ensinou que os homens terão de prestar contas, finalmente, de sua vida na terra, incluindo “toda palavra frívola que proferirem” (Mt.12.36). A sabedoria nem sempre consiste em ter algo a dizer. Ela envolve o ouvir cuidadosamente, o refletir piedosamente, e o falar mansamente, pois quando falamos demais é porque ouvimos pouco. Pessoas que falam muito tendem a errar muito e Tiago nos adverte sabiamente para revertermos este processo. A expressão “seja pronto para ouvir” é uma bela maneira de traduzir a ideia de uma audição sábia e ativa. Não devemos simplesmente deixar de falar; devemos estar prontos e dispostos mais para ouvir. Deus não nos impede de falar, mas pede que o façamos de forma coerente e com sabedoria. Já diz o adágio popular: “Temos dois ouvidos mas somente uma boca, assim podemos ouvir mais e falar menos”. Portanto, devemos ouvir duas vezes mais do que falar. Muitos de nós bem faríamos em esperar e ouvir mais, e falar menos “E sede cumpridores da palavra, e não somente ouvintes, enganando-vos com falsos discursos” Tg 1.22. Tiago argumenta que olhar para a Palavra de Deus e não agir de acordo com o que está escrito, significa que encontramos nas Escrituras não tem significado para nós. Se lemos e ouvimos a Palavra de Deus e não praticamos o que ela diz estamos dizendo que o que Deus falou não tem importância alguma para nossas vidas. Não pode haver incoerência entre o que se "diz" e o que se "faz" para quem é discípulo de Jesus. Tiago nos desafia em seu escrito a sermos praticantes da Palavra, e não apenas ouvintes. Primeiro ouvimos o discurso e depois o praticamos. Não é razoável ler, estudar e ouvir a Palavra de Deus se não temos o objetivo de seguir o que ela nos apresenta (COELHO; DANIEL, 2014, pp. 64- 65). O verdadeiro crente pratica a Palavra (Tg 1.22-25). Não basta ouvir ou ler a Palavra, é preciso praticá-la. Não basta apenas o conhecimento da verdade, é necessário também a prática da verdade. Muitos crentes marcam sua Bíblia, mas a Bíblia não os marca. Is.58.1- 5. Tiago compara a língua com um cavalo sem freios, com um navio sem leme que pode bater nas rochas, com uma fagulha que incendeia uma floresta, com uma fonte contaminada, com uma árvore que produz frutos venenosos, com um mundo de iniquidade e com uma fera indomável. Assim como o freio determina a direção ao cavalo, e o leme, ao navio, também a língua pode determinar o destino do indivíduo. A língua é como um pequeno fogo. Tg.3.5,6. Tiago enfatiza nossa inclinação ao pecado através da fala. Os pecados da fala incluem palavras ásperas e maldosas, mentira, exagero, doutrinas falsas, calúnia, fuxico, jactância, etc. o crente maduro mantém sua língua sob controle mediante a ajuda do Espírito Santo, que leva “cativo todo entendimento à obediência à Cristo’ 2Co.10.5. devemos atentar para a exortação do v. 1.19; Ec.3.7; Pv.26.20-22, 27,28. Tg.3.13-18. Sentimento de divisão é produzida por influência diabólica. Tg.4.1-3. A origem principal das contendas e conflitos nas igrejas concentra-se na falta de amor, no desejo de reconhecimento, honrarias, glória, poder, dinheiro e superioridade. Os causadores dessa situação demonstram que não têm o Espírito e que estão fora do reino de Deus. Gl.19-21; Jd.16-19. GUERREAIS. Esta palavra pode ser usada aqui figuradamente no sentido de odiar. Mt. 5.21,22.

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USANDO NOSSA BOCA PARA EDIFICAÇÃOA língua é um órgão do corpo humano, cuja função principal está relacionada a fala. É em face dessa atribuição que esse membro do corpo aparece na Bíblia como uma poderosa força. Afirma-se que a morte e a vida estão no seu poder (Pv.18.21). Tiago elabora isso quando se refere à língua como indomável e um mal incontido, cheio de veneno mortal (Tg 3.8) e como fogo, um mundo de iniquidade (Tg 3.6). Paulo, por sua vez, refere-se à língua como um instrumento de engano (Rm.3.13), caracterizando o homem não regenerado. Jesus ensinou que os homens terão de prestar contas, finalmente, de sua vida na terra, incluindo “toda palavra frívola que proferirem” (Mt.12.36).A sabedoria nem sempre consiste em ter algo a dizer. Ela envolve o ouvir cuidadosamente, o refletir piedosamente, e o falar mansamente, pois quando falamos demais é porque ouvimos pouco. Pessoas que falam muito tendem a errar muito e Tiago nos adverte sabiamente para revertermos este processo. A expressão “seja pronto para ouvir” é uma bela maneira de traduzir a ideia de uma audição sábia e ativa. Não devemos simplesmente deixar de falar; devemos estar prontos e dispostos mais para ouvir. Deus não nos impede de falar, mas pede que o façamos de forma coerente e com sabedoria. Já diz o adágio popular: “Temos dois ouvidos mas somente uma boca, assim podemos ouvir mais e falar menos”. Portanto, devemos ouvir duas vezes mais do que falar. Muitos de nós bem faríamos em esperar e ouvir mais, e falar menos “E sede cumpridores da palavra, e não somente ouvintes, enganando-vos com falsos discursos” Tg 1.22. Tiago argumenta que olhar para a Palavra de Deus e não agir de acordo com o que está escrito, significa que encontramos nas Escrituras não tem significado para nós. Se lemos e ouvimos a Palavra de Deus e não praticamos o que ela diz estamos dizendo que o que Deus falou não tem importância alguma para nossas vidas. Não pode haver incoerência entre o que se "diz" e o que se "faz" para quem é discípulo de Jesus. Tiago nos desafia em seu escrito a sermos praticantes da Palavra, e não apenas ouvintes. Primeiro ouvimos o discurso e depois o praticamos. Não é razoável ler, estudar e ouvir a Palavra de Deus se não temos o objetivo de seguir o que ela nos apresenta (COELHO; DANIEL, 2014, pp. 64-65). O verdadeiro crente pratica a Palavra (Tg 1.22-25). Não basta ouvir ou ler a Palavra, é preciso praticá-la. Não basta apenas o conhecimento da verdade, é necessário também a prática da verdade. Muitos crentes marcam sua Bíblia, mas a Bíblia não os marca. Is.58.1-5.Tiago compara a língua com um cavalo sem freios, com um navio sem leme que pode bater nas rochas, com uma fagulha que incendeia uma floresta, com uma fonte contaminada, com uma árvore que produz frutos venenosos, com um mundo de iniquidade e com uma fera indomável. Assim como o freio determina a direção ao cavalo, e o leme, ao navio, também a língua pode determinar o destino do indivíduo. A língua é como um pequeno fogo. Tg.3.5,6. Tiago enfatiza nossa inclinação ao pecado através da fala. Os pecados da fala incluem palavras ásperas e maldosas, mentira, exagero, doutrinas falsas, calúnia, fuxico, jactância, etc. o crente maduro mantém sua língua sob controle mediante a ajuda do Espírito Santo, que leva “cativo todo entendimento à obediência à Cristo’ 2Co.10.5. devemos atentar para a exortação do v. 1.19; Ec.3.7; Pv.26.20-22, 27,28.Tg.3.13-18. Sentimento de divisão é produzida por influência diabólica. Tg.4.1-3. A origem principal das contendas e conflitos nas igrejas concentra-se na falta de amor, no desejo de reconhecimento, honrarias, glória, poder, dinheiro e superioridade. Os causadores dessa situação demonstram que não têm o Espírito e que estão fora do reino de Deus. Gl.19-21; Jd.16-19. GUERREAIS. Esta palavra pode ser usada aqui figuradamente no sentido de odiar. Mt. 5.21,22.Devemos ter muito cuidado com o que falamos para não cometermos injustiças e pecados contra nosso próximo. Sócrates, o pai da filosofia, costumava falar sobre a necessidade de passarmos tudo que ouvimos por três peneiras. Quando alguém chegava para contar-lhe alguma coisa, geralmente perguntava o seguinte: “Você já passou o que está me contando pelas três peneiras? O que você está me falando é verdade? A segunda peneira é: “Você já falou para a pessoa envolvida o que você está me falando?” A terceira peneira: “O que você vai me contar, vai ajudar essa pessoa? Vai ser uma palavra boa, útil, edificante para ajudar na solução do problema?” Se a pessoa não podia responder positivamente ao crivo das três peneiras, então, Sócrates era enfático: “Por favor, não me conte nada, eu não quero saber”. Como pudemos ver, a nossa língua pode ser um instrumento de Deus para abençoar muitas pessoas, ou do diabo para destruição delas. Para que ela seja usada de forma temperante devemos nos submeter ao domínio do Espírito Santo. Por causa dessa tendência da natureza humana de pecar com a língua, a Bíblia nos exorta.Seremos julgados pelo que falamos; Mt.12.36; Mt.7.1.O domínio sobre a língua; Tg.3.1-12; Jó40.4; Sl.17.3; Pv.30.32,33; Sl.34.13,14; Sl.39.1O linguarudo não tem entendimento. v.Tg.3.3; Sl. 32.9.Diferença das palavras do tolo e do sábio; Pv.12.18; Pv.10.14,19,20; Pv.18.6-8; 15.2, 4,7,14; Pv.16.27; Pv.10.31,32Falar demais traz perturbação. Pv.13.3. A conversa descuidada e a língua desenfreada podem estragar nossa motivação pela retidão, levar-nos a pecar Ec. 5.6, e afetar nosso relacionamento com Deus Ec.5.7. Um crente com maturidade deve controlar com cuidado as suas palavras Pv.8.6-8. Devemos orar para que Deus nos ajude a controlar nossa língua Sl. 141.3; Falsidade no falar. Sl.12.1-4; Sl.5.9; Pv.29.5; Pv.26.28.O difamador. Pv.16.28. Separa os maiores amigos. Sl.15.1,3; Pv.10.18; Sl.101.5;.A relação entre a boca e o coração. Mt.15.11, 13, 16-19; Sl.140.3; Tg.3.8; Pv.15.28.Qual fonte tem sido a nossa boca? Tg.3.9-12; Pv.10.11; Rm.3.14; Sl. 35.28; Sl.45.1; Pv.18.21. O apóstolo Paulo diz que antes de abrirmos a boca, precisamos avaliar se a nossa palavra é verdadeira, amorosa, boa e edificante (Ef 4.29). Sl.19.14; Pv.12.25; 15.23; Ec.5.2; Cl.4.16.Tiago fala que a língua tem, também, o poder de deleitar e citou mais dois exemplos: “uma fonte e uma árvore”. A fonte é um lugar onde os sedentos, os cansados chegam e encontram alento, vida, força, ânimo e coragem para prosseguirem a

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caminhada da vida. Assim uma palavra boa: traz alento em meio ao cansaço; traz esperança em meio ao desespero; traz vida no portal da morte (Ídem, 2006, p. 67). Tiago compara também a língua com uma árvore e seu fruto. A árvore fala de fruto e que é alimento. Fruto renova as energias, a força, a saúde e dá capacidade para viver. Nós podemos alimentar as pessoas com uma palavra boa, uma palavra vinda do coração de Deus, uma palavra de consolo. Isto também fala de um sabor especial. Nós podemos dar sabor à vida das pessoas pela maneira como nos comunicamos.Falar mal dos outros. Tg.4.11,12; Ef. 4.31; Rm.2.1; 14.4,13.Obras da carne originadas pelo mau uso da fala. Gl. 5.20,21;Contenda Pv.17.14. Pv. 18.6; 1Co.1.11; 1Co.3.1-3; 12.24-26.Jesus foi tentado na fala. Lc.11.53,54;1Co.4.12. Ao ser injuriado, bendizer; Mt.5.11; Lc.6.28.O que fazer para evitar ser tentado no falar? Pv.25.17,18; Lv.19.16.VigiandoOrandoLendo ou ouvindo a Palavra de Deus.Andando em EspíritoPerdoandoCultivando o fruto do EspíritoEvitar o falador