Universit⁄rios est‰o na mira das operadoras de cr”dito · quem busca ajuda n‰o ” obrigado...

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Ano IV - N. 22 - Junho de 2006 Jornal Laboratório do Curso de Jornalismo do Centro Universitário de Araraquara - UNIARA Saúde Cultura Investimentos milionários são realizados por operadoras de cartões de crédito para atrair o público universitário. Universitários estão na mira das operadoras de crédito O SESI Araraquara abriu as portas para o projeto “Viagem Teatral”. Doze conceituadas companhias teatrais do país apresentaram uma série de espetáculos gratuitos à popu- lação, sempre aos sábados e domingos. PÁG. 8 “Viagem Teatral” é destaque em Araraquara Para isso, as operadoras estão apostando na criação de planos e cartões que visam ter os univer- sitários como futuros clientes. O pesquisador do Instituto de Física da USP de São Carlos, Vanderlei Salvador Bagnato, diretor do Centro de Pesquisa em Óptica e Fotônica, destaca uma nova técnica para o tratamento do câncer, em entrevista exclusiva ao Jornal Vitral . Um novo equipamento, criado com uma fonte de luz de baixo custo, poderá atender pacientes em regiões distantes por meio da técnica de terapia fotodinâmica. PÁG. 6 Pesquisador destaca nova técnica para o tratamento do câncer Projeto de urbanização preserva memória da ferrovia O projeto de urbanização da área de trilhos entre a Estação Ferro- viária e a rotunda de abaste- cimento, no centro de Arara- quara, deverá entrar em fase de execução. A primeira etapa da obra será a construção do pátio de manobras, em Tutóia. A obra integrará o Centro e a Vila Xavier com quatro novas ligações viárias. PÁG. 8 Remoção de trilhos liberará espaço em área central Árvores da Rua 5 atraem moradores e visitantes - PÁG. 7 Os 180 oitis formam um “túnel verde” no bulevar da Rua Voluntários da Pátria A Clínica de Fisioterapia da Uniara atende gratuitamente os pacientes vindos da rede pública de saúde. O serviço, prestado pe- los alunos do quarto ano do curso de Fisioterapia, é supervisionado por professores da instituição. Cerca de 150 pessoas recebem diversos tipos de tratamentos pa- ra problemas que vão desde le- sões decorrentes de fraturas até distúrbios por paralisias cerebrais. PÁG. 4 Clínica de Fisioterapia atende 150 pessoas diariamente Clínica da Uniara presta atendimento à população carente São Carlos testa controle de freqüência PÁG. 3 Medicina da Uniara e Santa Casa estabelecem convênio PÁG. 5 Empresas investem em ginástica laboral PÁG. 5 Segundo pesquisas encomenda- das pelo setor, o segmento é o que mais cresce, entre o público universitário, a cada ano. Apenas em 2003, a Credicard investiu cerca de R$ 5,5 milhões no setor de cartões de crédito. PÁG. 3 PÁG. 7 PÁG. 2 Pesquisa revela que preconceito aos homosse- xuais continua Bicombustíveis são alternativa para consumidor Universidade digitaliza arquivo Ana Lagoa PÁG. 6 Suicídios na região preocupam autoridades e famílias PÁG. 2 Foto Álvaro Taniguti Foto Álvaro Taniguti Foto Álvaro Taniguti vitral1ed2006/22.pmd 01.06.06, 17:29 1

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Ano IV - N. 22 - Junho de 2006

Jornal Laboratório do Cursode Jornalismo do CentroUniversitário deAraraquara - UNIARA

Saúde

Cultura

Investimentos milionáriossão realizados por operadorasde cartões de crédito paraatrair o público universitário.

Universitários estão na miradas operadoras de crédito

O SESI Araraquara abriu asportas para o projeto “ViagemTeatral”. Doze conceituadascompanhias teatrais do paísapresentaram uma série deespetáculos gratuitos à popu-lação, sempre aos sábados edomingos.PÁG. 8

“ViagemTeatral” édestaque emAraraquara

Para isso, as operadoras estãoapostando na criação de planos ecartões que visam ter os univer-sitários como futuros clientes.

O pesquisador do Instituto deFísica da USP de São Carlos,Vanderlei Salvador Bagnato,diretor do Centro de Pesquisa emÓptica e Fotônica, destaca umanova técnica para o tratamento docâncer, em entrevista exclusivaao Jornal Vitral. Um novoequipamento, criado com umafonte de luz de baixo custo,poderá atender pacientes emregiões distantes por meio datécnica de terapia fotodinâmica.PÁG. 6

Pesquisadordestaca novatécnica para otratamento docâncer

Projeto deurbanizaçãopreservamemória daferrovia

O projeto de urbanização da áreade trilhos entre a Estação Ferro-viária e a rotunda de abaste-cimento, no centro de Arara-quara, deverá entrar em fase deexecução. A primeira etapa daobra será a construção do pátiode manobras, em Tutóia. A obraintegrará o Centro e a Vila Xaviercom quatro novas ligaçõesviárias.PÁG. 8

Remoção de trilhos liberará espaço em área central

Árvores da Rua 5 atraem moradores e visitantes - PÁG. 7

Os 180 oitis formam um “túnel verde” no bulevar da Rua Voluntários da Pátria

A Clínica de Fisioterapia daUniara atende gratuitamente ospacientes vindos da rede públicade saúde. O serviço, prestado pe-los alunos do quarto ano do cursode Fisioterapia, é supervisionadopor professores da instituição.Cerca de 150 pessoas recebemdiversos tipos de tratamentos pa-ra problemas que vão desde le-sões decorrentes de fraturas atédistúrbios por paralisias cerebrais.PÁG. 4

Clínica deFisioterapiaatende 150pessoasdiariamente

Clínica da Uniara presta atendimento à população carente

São Carlostesta controlede freqüênciaPÁG. 3

Medicina da Uniarae Santa CasaestabelecemconvênioPÁG. 5

Empresas investemem ginásticalaboralPÁG. 5

Segundo pesquisas encomenda-das pelo setor, o segmento é o quemais cresce, entre o públicouniversitário, a cada ano. Apenas

em 2003, a Credicard investiucerca de R$ 5,5 milhões nosetor de cartões de crédito.PÁG. 3

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Pesquisa revelaque preconceitoaos homosse-xuais continua

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COMPORTAMENTOVITRAL - PÁG 2

Expediente

Dobrada e Tabatinga apresentam índicesacima de países industrializados

Estatística divulgada pela 4ªCia. da Polícia Militar de Matãodurante o ano de 2005, mostracasos de suicídio consumado etentativa de suicídio em seiscidades no interior do Estado deSão Paulo.

Os números revelam diferen-tes situações nas localidades deMatão, Ibitinga, Motuca, Dobra-da, Nova Europa e Tabatinga. Nolevantamento feito sobre os casosde suicídio consumado, Dobradae Tabatinga apresentam índicesacima dos registrados em paísesindustrializados.

Além destes dados, outrosnúmeros também preocupam: oscasos de lesões corporais que, namaioria das vezes, levam à tenta-tivas de suicídio, ocorridas depoisde desavenças familiares oubrigas entre casais.

Para o psicanalista NivaldoGuirro, as pessoas que procurameste ato como resolução de seusproblemas, perderam todo osentido da vida. “É quando omundo externo já não faz maissignificado algum”, explica. Bus-car o suicídio como solução,advém de variadas causas ou pordiversos afetos.

As causas que podem levar aosuicídio consumado ou tentativavariam muito, desde dívidas,perdas materiais, traição, brigas

entre familiares, entre outras. Estesentimento forte que move apessoa até a tomada de decisão, édescrito pelo psicanalista comoum forte sentimento de fúria.Casos assim são mais comuns empessoas que apresentam quadrode depressão.

O comandante da 4ª Cia. daPM, Capitão Humberto GouvêaFigueiredo, explica que quandose trata de casos que envolvemhomens e mulheres, existe muitadiferença e, principalmente, nomodo de agir. Entre os homens,são mais comuns casos desuicídio consumado. Já entre asmulheres são mais comuns astentativas de suicídio. Quanto aomodo de agir também há bastantediferença.

Entre os homens, são maisutilizados os meios violentos paraa prática de suicídio, como armas,enforcamentos, se jogar deviaduto ou ir de encontro a umveículo em movimento.

As mulheres, por sua vez,utilizam de meios menos vio-lentos, e preferem a ingestão deremédios em doses excessivas eprodutos químicos.

Segundo a estatística apresen-tada pela 4ª Cia. da PM, os casosde suicídio consumado em 2005são os seguintes: a cidade deTabatinga aparece com cincocasos, seguida de Matão comquatro, Ibitinga e Dobrada comdois casos cada e nenhum caso

registrado nas cidades de Motucae Nova Europa.

O alerta está nos númerosapresentados nas cidades deTabatinga e Dobrada, que apre-sentaram números de casossuperiores a de países consi-derados industrializados, cujaincidência de suicídios é bastantealta. As cidades registraram 34,80e 28,32 casos por 100 mil habi-tantes, respectivamente. (Veja quadro)

Nos casos de tentativa desuicídio, em 2005, foram regis-trados 107 casos em Matão, 22em Ibitinga, 11 em Dobrada, doiscasos em Nova Europa e um casopara as cidades de Motuca eTabatinga.

Em Matão, onde o número detentativas de suicídio foi maior,com 75% dos casos envolvendomullheres, 60% tinham idade en-tre 15 e 30 anos, 25% entre 30 e40 anos e 15% acima de 40 anos.Entre os homens a estatística é de25% do total, divididos em 35%entre a faixa de 20 e 30 anos, 35%entre 30 e 40 anos e 30 % acimade 40 anos. “Estes números sãoaproximados, na verdade, estoucomeçando a fazer um acom-panhamento mais detalhado esteano”, explica o comandante.

A coordenadora de divulga-ção do Centro de Valorização daVida (CVV), de Araraquara,Adriana Rizzo, conta que muitaspessoas ligam para conversarquando estão ou se sentem muito

Uma pesquisa realizada peloCentro de Referência contra aViolência e Discriminação aoHomossexual (Cerconvidh) du-rante a última parada do orgulhogay, no Rio de Janeiro, e divul-gada no início deste ano, revelaque os homossexuais continuamsofrendo humilhações e precon-ceitos. De acordo com a pesquisa,dos 624 homossexuais entrevis-tados, 55,4% já haviam sido ví-timas de ameaça ou xingamentos.

Para a socióloga da Unesp deAraraquara, Lucila Scavone, amídia é uma das responsáveis por

introduzir a questão da comuni-dade GLS nas atuais discussõesda sociedade. “A notícia contribuipara a desconstrução de mitos eabre novos leques de reflexão,pois ao reproduzir a opinião dohomossexual, a mídia o valorizae, com isso, o próprio homosse-xual se valoriza”, analisa aprofessora, especialista emquestões de gênero e cidadania.

Atualmente, os meios de co-municação vêm abordando, emdiversos programas, a inclusão dohomossexualismo na sociedade,com temas que são repercutidosem novelas, filmes, seriados e co-merciais publicitários na tentativade incentivar uma maior aceita-

ção do meio GLS (gays, lésbicase simpatizantes) por parte dasociedade em geral.

Para Júlio, homossexual de 27anos que preferiu não revelar seusobrenome, nem sempre a mídiaconsegue passar uma imagempositiva do homossexualismo pornão veicular cenas da vivênciacomum desses grupos. “Devidoao comportamento heterossexual,que ainda predomina, o cotidianogay acaba sendo estereotipadopela mídia, o que não é um pontofavorável.”

BOICOTE TELEVISIVOO fato mais recente de boicote datentativa de introdução de cenas

Homossexuais ainda enfrentam preconceito

Chefe do Departa-mento de CiênciasHumanas e SociaisProf. Mivaldo Messias Ferrari

Coordenadora doCurso de JornalismoProfa. Elivanete ZuppoliniBarbi

ProfessoresResponsáveisAndrea CupolilloCesar MulatiFrancisco BeldaMárcio Martinelli

Secretaria de RedaçãoMaria Luiza Paiva SantosSimone Rigolin Soriano

Estatísticas sobre suicídiodestacam seis cidadesda região

Repórter Rodrigo Pagliani

O Centro de Valorização da Vida - CVV auxilia aspessoas que chegam à beira do suicídio

Cidade

(*) Fonte: IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística(**) Fonte: 4ª Cia. da Polícia Militar de Matão

Demonstrativo por cidade - dados de 2005

Tentativade Suicídio(**)

Motuca 4.229 17 0 0 1 23,64

Dobrada 7.062 68 2 28,32 11 155,76

Nova Europa 8.514 17 0 0 2 23,49

Tabatinga 14.366 84 5 34,80 1 6,96

Ibitinga 51.869 417 2 3,85 22 42,41

Matão 76.853 546 4 5,20 107 139,22

População(*)

LesõesCorporais(**)

SuicídioConsumado(**)

Casos desuicídioconsumado100 mil hab.

Casosde tentativade suicídio100 mil hab.

sozinhas. Não existe nenhum per-fil das pessoas, mesmo porque,quem busca ajuda não é obrigadoa se identificar. O que se sabe é queligam pessoas de várias idades,tanto homens quanto mulheres.

Recentemente foi disponibili-

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Repórter Erika Mac Knight

Na visão de estudiosos e grupos GLS, a mídia trata o homossexualismo com ambigüidade

Homossexualidade ainda causa polêmica,humilhação e preconceito

EditoresAnalice Gaspar GarciaFernando Henrique M. Da SilvaFrancisco Lourenço BarbosaItaici José Brunetti PerezLivia RodriguesMaiko da Cunha MagalhãesWillian Guilherme de Oliveira

FotografiaAlvaro TanigutiEmanuele Nunes FernandesFernanda Mont Alvão MoraisGeziellen Tereza da Silva

RepórteresAna Carla Mendes LacerdaBruno MarascaCharlene Cristina HernandesDavid Chaves FugazzaElias Taveira de FreitasErika Mac KnightHeliene Georgia FigueiredoJeferson Willian LemeJoão Antonio Castro

Juliana FrancoJairo Figueiredo FalvoKatia Sirqueira de FariasKleber Jorge Savio ChicralaLuciane Tezzei PereriraCisnerosMariana Ribeiro Lisboa BragaMariana Teixeira LoretoMichele CarvalhoMilena Torquato DanielNatasha Helena Gonzales CostaRodrigo Pagliani SimonatoRoger Tiago de Freitas MendesSimone Cristina DibTábata Veronica CastroVal Rodolpho Mortari NetoWillian Guilherme de OliveiraNadia LopesAlan Pablo Cesar Pereira

ImpressãoInterpress ComunicaçõesEditoriais / São Carlos - SP

O Jornal Vitral éproduzido pelosalunos do 3º ano docurso de Jornalismoda Uniara

que retratam homossexuais namídia ocorreu na novela“América”, da Rede Globo, emque não foi ao ar uma cena debeijo gay entre os personagensJúnior e Zeca devido aoreceio dos diretores daemissora diante dapossibilidade de não-aceitação por parte dopúblico.

A socióloga LucilaScavone afirma que amídia, às vezes, age deforma ambígua, pois aomesmo tempo em que mos-tra um estereótipo, tambémpõe o tema em discussão. “Já éum passo positivo a mídia mos-trar esse tipo de comportamento,pois o preconceito e a discrimi-nação ainda são grandes, o quenão permite que o homossexualviva plenamente sua identidade.”

Para muitos homossexuais, ospreconceitos persistem no dia-a-dia tanto no trabalho como aoirem a algum estabelecimentopúblico e serem tachados ouridicularizados, como foi o casode um homossexual de 23 anos,que preferiu não se identificar.“Eu estava em um restaurantecom três amigos e alguns ho-mens, que estavam em outramesa, mandaram um bilhete paranós, que nos ofendem e que nãodeveríamos existir e nem estarali”, relata.

No caso de um casal de mu-lheres araraquarenses, de 21 e de23 anos, caminhar de mãos dadasem público se torna uma situaçãodesagradável. “Muitas vezes,quando estamos juntas, aspessoas passam por nós olhandocom uma espécie de censura,como se fossemos a pior coisa domundo”, desabafa uma delas. “Ahomossexualidade não é uma

questão de ordem sexual, mas simuma realidade visível dentro dasociedade”, completa o homos-sexual Júlio.

A sociológa Lucila Scavoneenfatiza que o homossexual sofrepreconceito, em primeiro lugar,da própria família, e depois na es-cola, no trabalho, no espaço pú-blico e em todo meio social. Se-gundo ela, isso acaba propiciandouma dificuldade para assumiressa sua identidade. “Essa formade ocultar parte da vida homos-sexual faz com que alguns direi-tos pessoais sejam negados, econsequentemente continuamsem se pronunciar.”

zado pela Agência Nacional deTelecomunicações (Anatel), onúmero 141 para quem quiserfalar com o CVV. Este telefonepoderá ser discado em uma dascidades onde a entidade atua.“Quem discar 141 da cidade de

Araraquara ou Américo Brasi-liense, nós que vamos atender”,explica a coordenadadora.

Um desses direitos, que ganhabastante destaque na mídia, é odo casamento homossexual, jálegalizado em alguns paíseseuropeus, como Espanha, Holan-da e Bélgica. A oficialização docasamento nesses países faz comque os homossexuais tenham osmesmos direitos dos heterosse-xuais, como pensão para o viúvo,adoção de crianças e divórcio.

No Brasil, um projeto de leique oficializa o casamento ho-mossexual foi proposto, há maisde dez anos, pela ex-prefeita deSão Paulo e então deputada fede-ral, Marta Suplicy. O tema aindaaguarda votação no Congresso.

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Outro Contato:

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GERALVITRAL - PÁG 3

Universitários atraem operadoras de cartão de créditoSegmento estudantil possui grande potencial de consumo e atrai investimentos

Rúbia de Oliveira teve problemas emadministrar cartões

As operadoras de cartões decrédito investem grandes quan-tias para conquistar o públicouniversitário. De acordo com pes-quisas encomendadas pelo setor,a cada ano cresce o número deestudantes que investem no di-nheiro de plástico. A Credicard,maior operadora do país, investiumilhões nos últimos anos nacriação dos cartões de créditouniversitários. Só, em 2003, cercade R$ 5,5 milhões foram investi-dos no setor.

sas estratégias de marketing sãorealizadas pelas operadoras decartões. A partir do perfil dosestudantes, foram criados os car-tões universitários, que possuemtaxas de juros mais baixas emenor anuidade, atendendo àsnecessidades dos alunos, que namaioria das vezes, vivem de me-sadas dos pais.

Segundo a estudante de Jorna-lismo Mariana Braga, as univer-sidades se tornaram verdadeirasexpositoras de cartões de crédito.Vendedores e diversos tipos depropagandas como banners, car-tazes e flyers tornaram-se comunsem qualquer instituição de ensinosuperior, induzindo os alunos aadquirirem o cartão.

Para o professor de Economiada Uniara, Eduardo Róis Mo-rales, o crescimento do uso docartão de crédito, pelos universi-tários, se deve à praticidade e àfacilidade de manuseio destemeio de pagamento. O econo-mista enfatiza ainda a impor-tância do uso consciente do cartãopara que seja evitado o acúmulode dívidas. “O cartão é uma ótimalinha de crédito que facilita opagamento de bens de consumo,mas possui juros muito elevados.É preciso que o usuário saibacontrolar seus gastos para evitarpagar estes juros”, explica.

EXPERIÊNCIASA estudante de AdministraçãoRúbia Carla de Oliveira, de 20anos, possui dois cartões decrédito e confessa ter encontradodificuldade em administrá-los.

Ela conta que, no vencimento desuas faturas, pagava apenas omínimo exigido pelas operadoras.Assim o restante era lançado nopróximo mês sem ter seus cartõesbloqueados. “Era uma forma deprorrogar os pagamentos e

São Carlos é uma das seiscidades do país que participarãode um projeto-piloto doMinistério da Educação (MEC),para implantar um sistema decontrole eletrônico de freqüênciaescolar. Além de um cartãomagnético, o sistema prevê tam-bém a leitura da impressão digi-tal do aluno. A cidade foi a únicado Estado de São Paulo quecadastrou todos os seus alunos atempo de participar do programa,que está em fase de implantação.

Segundo entrevista publi-cada este ano, no Jornal “SãoCarlos News”, a secretária deEducação e Cultura da cidade,Géria Montanari, diz que hácondições de se implantar o sis-tema imediatamente. “Trata-sede compatibilizar o sistema daProdesp (Companhia de Proces-samento de Dados do Estado deSão Paulo) com o Projeto Pre-sença”, esclarece.

A diretora da Escola Estadual“Professora Maria Ramos”,Maura Feliciano Ferri, é a favordesse projeto. “Será ótimo tantopara os alunos quanto para aescola, porque saberemos quaisalunos não estão entrando na salade aula, assim como melhorar aquestão da segurança, nãopermitindo a entrada de pessoasque não façam parte do quadro dealunos”.

O estudante Diego Williamde Oliveira, que cursa o primeiroano do ensino médio, é a favordo projeto. Ele acredita que nãosó trará mais segurança para osalunos, mas também aumentará

Tecnologia para segurança dos estudantes serátestada em São CarlosEscolas de ensino médio objetivam monitorar a freqüência dos alunos nas escolas

regras e fazer que todos ascumpram, mas sim mostrar oporquê, para que os alunos nãose sintam presos, mas conscientesde suas responsabilidades”.

Segundo Ástridi Inês Schus-ter, responsável pela Delegacia deEnsino de São Carlos, a distri-buição dos equipamentos ocorredesde a segunda quinzena demarço.

UNIVERSIDADEE se esse controle de freqüênciafosse implantado numa univer-sidade, como os estudantes

Repórter Jairo Falvo

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Cartão de Crédito 10,24 %

Cheque Especial 8,19 %

Crediários 6,11 %

Empréstimos pessoais (Bancos) 5,69 %

Financiamento (Bancos) 3,42 %

Fonte: Associação Nacional dos Executivos de Finanças (ANEFAC)

Média mensal de juroscobrados em diferenteslinhas de crédito:

continuar com os cartões, mas asfaturas iam se acumulando eficava impossível ter como pagá-las”, relata a estudante.

Sua mãe, a dona-de-casaMaria Aparecida de Oliveira, dizque a filha não sabe controlar as

compras com o cartão, pois usacompulsivamente e compra o quedeseja sem saber se terá dinheiropara pagar. “Eu já tentei ajudá-laa controlar seus gastos, mas eladiz que ‘manja’ usar o cartão eque é uma ‘moleza’”.

Já o estudante de JornalismoÂngelo Tedeschi, de 21 anos,conta que começou a utilizar ocartão de crédito quando entrouna universidade. “Sou de Brotase atualmente moro em Arara-quara. Com o cartão não precisomais transitar com dinheiro entreas duas cidades, assim não corroo risco de perder alguma quantiaou ser roubado”, explica. Ouniversitário ainda conta queutiliza este meio de pagamento

Charlene Hernandes

a quantidade de estudantes na salade aula. “Nós saberemos queexistem outras pessoas controlan-do a nossa presença na escola”.

A psicóloga FernandaMillametto Ferreira é a favor doprojeto, mas pede atenção namaneira pela qual isso será in-formado aos estudantes. “Não soucontra o projeto, desde que sejabem explicado. Isso envolve umaética de nossa parte, além deinformar todos os passos aosestudantes, para diminuir ainsegurança e o medo da novatecnologia”, comenta.

Fernanda ressalta que, agin-do dessa forma, os estudantesirão tirar da cabeça a idéia decontrole. A psicóloga aindacomplementa dizendo que tudo oque é proibido se torna maisgostoso de ser quebrado pelosalunos. “As pessoas gostam dequebrar regras, isso lhes dá maisvontade de fazer o que não épermitido”.

Ela ressalta a necessidade daconscientização. “Assim os alu-nos perceberão que essa será umaboa maneira de garantir asua segurança. Não adianta impor

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sempre quando há necessidade eque por isso nunca teve pro-blemas em administrá-lo.

Felipe de Oliveira Pavarini,de 20 anos, estudante de Publici-dade, pretende em breve adquirirum cartão e para isso vempesquisando várias operadoraspara saber qual oferece asmelhores condições. “Procurocartões que se enquadrem emminha realidade de estudante, ouseja, que tenham juros maisbaixos e manutenção maisbarata”. Segundo o universitário,que mora em república, o cartãoiria facilitar o pagamento dedespesas como aluguel e comida,além de gastos com vestuários efestas.

A Credicard, maioroperadora do país,investiu milhõesnos últimos anosna criação doscartões de créditouniversitários

De acordo com Natascha Sa-mara Silva, promotora de vendasde contas universitárias , o futuroprofissional dos alunos é o quemais atrai as operadoras de cartõesde crédito. “O estudante de hojeserá um profissional do mercadoamanhã e terá a sua própria rendapara arcar com seus consumos”,explica. A promotora afirma queos universitários costumam serótimos clientes, pois possuem ospais para ajudá-los quandoenfrentam problemas financeiros.

Para atrair esse público, diver-

reagiriam a essa nova realidade?Com base nessa pergunta, o

universitário Sérgio Bernardino,aluno do terceiro ano do curso dePublicidade e Propaganda daUniara, diz que não faz dife-rença para quem freqüenta asaulas.

“Quem ‘rala’ o dia inteiro notrabalho é que realmente vempara estudar. Não faz diferençautilizar um cartão ou não, porqueo aluno está fazendo a parte dele,que é freqüentar as aulas” comen-ta o estudante.

Ele declara que muitas vezes

Estudantes dizem que o sistema decontrole é válido para aumentar asegurança nas escolas

Na escola“Profa. Maria Ramos”

Direção e alunosaprovam iniciativa

ficou sem presença nas aulas porestar concentrado e acaba esque-cendo de assinar as listas defreqüência. Para o universitário,se a faculdade aderisse a essesistema, seria uma preocupaçãoa menos em sua vida.

O aluno Bernardino tambémalerta aqueles estudantes quecostumam não freqüentar as aulas.“Aqueles que não querem estudare que aparecem apenas no início eno final do ano letivo para ver sepegaram alguma dependência,terão sérios problemas com osistema que controla as faltas”.

Repórter

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Clínica de Fisioterapia amplia atendimentoCom fechamento do IFA, aumenta número de pacientes atendidos pela clínica universitária

Com o fechamento do Institu-to de Fisioterapia de Araraquara(IFA), mantido pela prefeitura atéoutubro do ano passado, cresceua procura por atendimento naClínica de Fisioterapia do CentroUniversitário de Araraquara(Uniara). Não há dados precisossobre a dimensão do aumento,mas alguns estagiários apontamque a procura dobrou.

pacientes do IFA se transferiupara a Udefa”, explica o coor-denador. “Apenas os casos crôni-cos foram encaminhados paraUniara.”

Formada por uma equipe de12 professores e 65 alunos do 4ºano do curso de Fisioterapia, aClínica da Uniara atende diaria-mente casos de traumatologia,ortopedia, problemas cardiovas-culares, reumatologia, geriatria,hidroterapia, incontinência uriná-ria, ginecologia, obstetrícia neu-rologia e problemas respiratórios,entre outros. (leia texto nesta página)

A maior parte dos aten-dimentos é de incontinênciaurinária e câncer de mama. “Aclínica é referência regionalnessas especialidades”, diz ocoordenador.

“Nosso atendimento é dife-renciado e por ser uma clínica-escola, damos mais atenção aospacientes e não visamos lucro”,explica o aluno Francisco PaccaNeto, de 24 anos, estagiário daclínica. “O que vale é o aprendi-zado e a experiência queadquirimos”. Segundo ele, aclínica conta com alta tecnologia

O coordenador do curso deFisioterapia, Carlos RobertoGrazziano, reconhece que houveaumento no número de pacientes,mas não tão grande quanto oapontado pelos alunos. Segundoele, a instituição não tem registrodo número exato de pacientes quevieram do IFA devido à falta deidentificação. “Quando o IFAfechou, a prefeitura fez umconvênio com a Udefa (União dosDeficientes Físicos de Arara-quara) e grande parte dos

Clínica da Uniara ajuda pessoascarentes

Repórter Simone Dib e profissionais capacitados paraatender à população.

Destaca-se também o fato daclínica da Uniara oferecer umestudante estagiário para cadapaciente. Na maior parte dasclínicas convencionais, o atendi-mento é feito por um únicofisioterapeuta para vários paci-entes. Na clínica-escola, o estu-dante acompanha o tratamento dopaciente durante dois meses e,após esse período, o paciente fazoutra avaliação física e muda deestagiário. “Não trabalhamoscom manutenção”, aponta aestagiária Vanessa Cristina Silva,de 23 anos, também estudante docurso. “Quando o paciente apre-senta melhora, ele recebe alta.”

Outoro motivo que vemaumentando a demanda daClínica e que o atendimento nãoestá sendo feito apenas parapacientes de Araraquara, mastambém de outros municípios daregião. Um exemplo é o Asilo deRincão, que toda sexta-feira,encaminha seus pacientes até aClínica da Uniara por meio de umônibus cedido pela prefeituradaquela cidade.

Diversostratamentos sãorealizados naClínica deFisioterapia daUniara

Clínica deFisioterapia

da Uniaraé referência

regional

O Centro Universitário deAraraquara (Uniara) atende cercade 150 pessoas por dia na clínicade Fisioterapia da instituição. Osalunos do quarto ano do curso deFisioterapia realizam seus traba-lhos com a supervisão do coorde-nador responsável pela clínica,Carlos Roberto Grazziano. Nelasão realizados tratamentos delesões musculares, alteraçõesposturais, fraturas, distúrbiosdecorrentes de paralisia cerebral,derrame, traumatismos cranianosentre outras. O tratamento é dadopelos alunos e supervisionado pormestres e doutores da Uniara.

Para ter acesso aos tratamen-tosfornecidos pela clínica o pacientedeve ser encaminhado por médicosda rede pública com agendamentoprévio na instituição.

Richard Fernando GomesCardoso tem 11 anos de idade e épaciente da clínica há quatroanos. Ele teve anoxia neonatalquando nasceu e a doença causoudeficiências mentais e físicas, ecom o tratamento recebidogratuitamente na Uniara ele temapresentado melhoras significativas.

Segundo sua mãe, AdrianaLourdes Chinarelli GomesCardoso, o tratamento tem facili-tado muito sua vida, já queRichard apresentou melhoras nocontrole do pescoço e outrosavanços de coordenação motoraque facilitam seu transporte e seucrescimento.

A aluna Taiana Palmas deJesus ressaltou que Richard ésorridente, presta atenção nassuas instruções, consegueentendê-la e adquiriu controle dacabeça.

Para Nilva Pereira deMedeiros, mãe de Taís Letice deMedeiros de 16 anos, financeira-mente a clínica facilita muito avida de todos, uma vez que,nenhum serviço prestado écobrado pela instituição.

Letice faz tratamento naclínica há quatro anos e sua mãediz que a filha se sente mais felize disposta quando vem para asseções de fisioterapia.

O aluno Felipe Luís Chia-chieri de Mello, diz que Taísnasceu com quadriplegia-espástica atetóide, que significamá formação física decorrente de

Repórter Roger Mendes

Com atendimento gratuito famílias de baixa renda têmacesso a tratamento de qualidade

Alongamento é uma das terapias da clínica

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O uso de anabolizantes temprovocado uma série de discus-sões tanto em encontros cientí-ficos como na sociedade emgeral. São drogas que apresentamem maior ou menor intensidade,ações que mimetizam àquelasencontradas no principal hormô-nio esteróide produzido peloorganismo: a Testosterona.

Algumas substâncias quepossuem efeitos anabolizantespodem não apresentar ações an-drógenas (masculinizastes) comoo hormônio do crescimento e ainsulina, embora, cada qual a seumodo tenham potências quepodem prejudicar um organismosadio.

A busca pelo corpo perfeitotem se tornado um problemaentre os jovens, pois a vontadede parecer forte e musculoso, àsvezes, supera o bom senso e estecomportamento pode levar aodesenvolvimento de transtornosalimentares como anorexia,bulimia e o uso indevido deesteróides anabolizantes energé-ticos.

A instrutora de ginásticaValquiria Squinamiglio Ferro, 27anos, vive uma situação inusi-tada. Pós-graduada em muscula-ção, ela garante que não pres-creve suplementos aos seus alu-nos, além de condenar quem ofaz. “É a mesma coisa que umnutricionista indicar exercícios a

alguém. Sem ter conhecimentotécnico, poderia causar lesões naspessoas”, diz Valquiria.

O estudo sobre suplementosindica que os homens são respon-sáveis por 52% do consumoindevido desses produtos, princi-palmente na faixa de 15 a 19 anosque somam 57,7% dos usuários.

Eles ingerem hipercalóricos,bebidas de recuperação e os fatbuners (queimadores de gordura)proibidos, mas facilmente adqui-ridos em farmárcias e nas própiasacademias. Já as mulheres prefe-rem bebidas esportivas, vitami-nas e minerais.

Existem condições clínicasem que o uso de anabolizantesestá perfeitamente indicadocomo algumas doenças que temcaráter consultivo, situações emque o desenvolvimento pondero-estatural está insuficiente, entida-des mórbidas nas quais é neces-sário o aumento de massa magra.

REAÇÕESNo entanto, o uso disseminadoem pessoas totalmente sadiasdeixa os usuários expostos aproblemas imediatos e futuros.Dentre as principais reaçõescausadas por estas drogasencontramos a calvície, a hiper-trofia prostática, a acne, a hiper-tensão arterial, limitações docrescimento estatural, aumentodo colesterol, ginecomastia,cefaléia, impotência, esterili-dade, insônia, toxidade hepática,problemas de tendões e ligamen-

Uso de anabolizantes gera discussõesentre atletas e especialistasEles aceleram resultados de exercícios, mas podemcausar danos irreversíveis

paralisia cerebral, mas que osresultados da jovem são satisfa-tórios. “Ela tem boa consciência,conversa, coopera nos exercícios,mas ainda não tem controle detronco e da cabeça. Tenho outrospacientes com mesmo tempo detratamento e as melhoras não sãotão significativas”, afirma Mello.“Minha alegria é quando tem har-monia entre o paciente e o fisiote-rapeuta. Chega a ser gratificante”,explica emocionado.

Para Adelaide Francos, quesofre de bronquite e falta de ar,em um ano de tratamento osresultados são positivos, ela disseestar mais disposta e com maisânimo. “As alunas que atendemna clínica são muito boas, aten-ciosas e pacientes”, diz Adelaide.

A aluna Janaina Cristina

Ferreira também do quarto ano docurso afirma que Adelaidecolabora com o fisioterapeuta, éemotiva e não reclama. “Eu etodos os outros fisioterapeutasnos sentimos muito bem em estarcontribuindo para que pessoaspossam viver melhores”.

tos, distúrbios menstruais eperfil psicológico de agres-sividade.

“Alguns cuidados especi-ais devem ser tomados ao serindicado o uso de anabolizan-tes, tendo sempre em menteque a consulta médica é indis-pensável e obrigatória a fim deevitar danos futuros”, afirmaa endocrinologista Ana PaulaLopes.

Felipe Carlo, de 22 anos,usa proteínas há oito meses,ele é estudante de EducaçãoFísica, praticante de muscula-ção há sete anos e consome osuplemento por indicação deum professor, como forma decomplementar a alimentação.“É uma maneira rápida deobter os resultados que desejo,e sou ciente dos problemasque podem vir a me causar”,comenta.

“O ideal seria conscien-tizar os jovens a terem umaboa alimentação. A reeduca-ção alimentar deve ser encara-da como um novo estilo devida que traz mudanças defini-tivas no seu hábito alimentar,ou seja, na sua dieta alimentardiária, uma boa alimentaçãoseguida de atividade físicaregular, sempre sobre a orien-tação de um profissional.Caminhar trinta minutos pordia é de grande ajuda e dimi-nue riscos de doenças cardio-vasculares”, diz a nutricionistaEstela Morais Calegari.

Sem anabolizantes também é possível alcançar bons resultados

Repórter Milena Torquato

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O Centro de Fisioterapiada Uniara atende desegunda a sexta-feira, das8h às 12h e das 14h às18h, na Rua CarlosGomes, 1.338 no centro deAraraquara.

Informações:(16) 3301 7100 ou0800 556 588

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SAÚDEVITRAL - PÁG 5

Interessadas na saúde dofuncionário empresas estãoadotando a prática da ginásticalaboral. Em São Carlos, porexemplo, a Eletrolux, Rei Frangoe Husqvarna, são algumas delas.

A ginástica laboral é umaatividade física desenvolvida noambiente de trabalho, que visapromover a saúde do profissional,evitando lesões por esforçosrepetitivos e doenças ocupacio-nais. Além de exercícios físicos,a prática consiste em alongamen-tos, relaxamento muscular eflexibilidade das articulações.

Segundo a coordenadora deRecursos Humanos da indústriaHusqvarna, Cristina BassiRaimundo, depois da implanta-ção da ginástica ficou constatadoque os afastamentos diminuíram.“A ginástica laboral é de fun-damental importância tanto nocaráter preventivo como naredução de estresse e doençasprofissionais, além da integraçãoentre os funcionários”,afirma.

Cristina ressalta que a ativida-de regular é um dos principaismeios para a boa qualidade devida. Para ela, com a diminuiçãodesses problemas de saúde ocorreum aumento na produtividade daempresa.

A função da ginástica laboralé diminuir o efeito da rotina diáriaque o trabalhador é submetido.“O corpo melhora bastante.Quando não tinha a ginástica eusentia meu braço doer conformetrabalhava”, declara a operaria daHusqvarna, Juliana Cristina Poli.

A Universidade Federal deSão Carlos, (UFSCar), por meiodo Departamento de EducaçãoFísica e Motricidade, tem ajudadona evolução da ginástica laboral.A instituição mantém parceriacom algumas empresas desde1999, quando começaram osprimeiros conceitos de atividadefísica dentro das empresas.

A equipe da UFSCar écomposta por seis estagiários de

Educação Física, remuneradoscom bolsas e supervisionadospela doutora em Fisiologia doExercício, Ana Claudia Garcia deOliveira Duarte, responsável pe-las parcerias. “A ginástica é muitobem recebida pelos funcionários,no entanto, nossa função éorientá-los sobre os movimentose posturas corretas”, conclui a es-tagiária Simone Orlandi Introini.

Para a estagiária, a ginásticalaboral surge como um novocaminho para os recém formadosem Educação Física. Ela acreditaser um campo de trabalho muitopromissor.

Ginástica laboralauxilia na saúde dotrabalhadorEmpresas de São Carlos que aderiram à atividade tiveram asfaltas diminuidas e estão satisfeitas com os resultados

No ambiente de trabalho, funcionáriospraticam ginástica laboral

Simone Orlandi Introini: “A ginástica laboral ébem recebida pelos funcionários”

Desde o início de 2006, oCentro Universitário de Arara-quara (Uniara) disponibiliza ocurso de Medicina. Com a aber-tura dessa novidade, foi neces-sário que a instituição fosse dota-da de um Hospital-Escola. Apósmuitas escolhas e decisões, olocal escolhido foi a Santa Casade Misericórdia de Araraquara.

Segundo o coordenador docurso de Medicina da Uniara,Valter Curi, a partir do quarto anode estudo, os alunos têm a neces-sidade de fazer matérias práticas.

Curi afirmou também que asociedade será beneficiada comesse convênio, pois ao se tornarHospital Universitário, aumenta-se a quantidade e a qualidade dosmédicos, juntamente com oatendimento das pessoas maiscarentes que dependem doSistema único de Saúde (SUS),para tratar suas doenças. Hoje, ohospital atende mais de 15 milpessoas.

Quando perguntado sobre asua expectativa do convênio como hospital, Curi foi muito otimis-ta. “A expectativa é grande, pois

foram realizados vários estudose projetos nessa parceria”, afirmao médico.

A Santa Casa acaba de ela-borar todo um processo que seráencaminhado para o Ministérioda Saúde (MS), referente aosvalores que foram alterados porconta de ter se tornado umHospital-Escola.

A escolha do hospital foi realizada após diversasdiscussões entre os dirigentes da faculdade

Santa Casa deAraraquara se tornaráHospital-Escola

Repórter Rodolpho Mortari

Em busca de autoafirmação e prazer, jovens que beijam muitaspessoas se arriscam a contrair até meningite e AIDS

Aproveitar bem a noite, paramuitos jovens, é sinônimo debeijar o maior número de pes-soas. A moda é sair “pegando”sem preocupações, só que algunsse esquecem dos riscos que issopode oferecer à saúde. Através dobeijo na boca é possível contrairvárias doenças graves comohepatite, mononucleose, herpes,gengivite, até meningite e AIDS.

“O hábito de beijar na boca évisto, por muitos, como algoinofensivo, mas não é isso queacontece no cotidiano”, explicaa odontologista Milena Alcân-tara. “Seja por infecção bacte-riana ou viral, o inocente beijona boca é um potencial meiotransmissor de doenças.”

“Beijar é como ganharpontos”, diz um estudante deEngenharia da Computação de21 anos, que preferiu não seidentificar. “Quanto mais a gentebeija, mais pontos ganhamos

Beijo na boca transmite doenças graves

Repórter Bruno Marasca com a turma e a intenção ésempre bater o recorde. O meu é18 meninas em uma festa afantasia.”

Uma universitária de 18 anos,que cursa Jornalismo, diz que,quando sai para se divertir, beijatantos garotos quanto puder. “Éclaro que a bebida sempre ajudaa descontrair, mas sempreescolho bem, não saio beijandoqualquer um.”

Já o aposentado AntônioMoura, de 72 anos, estranha essetipo de comportamento das novasgerações. “Os tempos mudarammuito. Na minha época osnamoros eram vigiados pelospais, os beijos só aconteciamescondidos e ainda eram muitorápidos. Por isso que não exis-tiam essas doenças.”

Para a psicóloga CristianeOliveira, a questão está relacio-nada à auto-estima. “Beijar ébom e leva ao reconhecimento daturma.O garoto mostra para osamigos que é o bom e a meninaque está podendo, explica”

Ela comenta, ainda, que essetipo de comportamento é umaforma de evitar possíveisdesilusões amorosas com umcompromisso mais sério.“Muitos jovens têm a neces-sidade de se sentirem conquis-tadores e populares”, diz.

DOENÇASA gengivite, uma das doençasque teve sua incidência aumen-tada nos últimos tempos, é cau-sada por uma bactéria que pro-voca sangramento e inchaço nagengiva e, se não for tratada, po-de provocar a perda dos dentes.

Outro exemplo é a mononu-cleose, também conhecida comodoença do beijo, provocada pelovírus Epstein-Barr, que passa porum período de incubação de 30dias, em média, podendo perma-necer no organismo da pessoapor toda a vida. A mononucleosepode ser assintomática ou apre-sentar sintomas como fadiga,tosse, febre e inflamação dofígado.

Para os preocupados com as doenças do beijo, foilançado no carnaval, deste ano, o “spray do beijo”,feito à base de própolis, que promete diminuir o riscode transmissão de bactérias via oral.

Batizado como “Beije”, o spray é comercializado emdois sabores, menta e canela, mas ainda não temregistro no Ministério da Saúde e tem sido motivo dedivergências entre especialistas e usuários.

Para a dentista Milena Alcântara, a novidade pareceter o mesmo efeito dos antibacterianos bucaisvendidos nas farmácias. “O spray pode diminuir o riscode contágio, mas não o zera”, aponta. “Devemoslembrar que as doenças transmitidas pelo beijo nãosão só bacterianas e também não se transmitemsomente pela saliva”, afirma. O ar e o sangue sãooutras vias de contágio.

O estudante Alexandre Costa, de 23 anos, já usou ospray no carnaval baiano e aprovou. “Tudo que possadiminuir o risco de algum contágio é válido”, acredita.

Intimidade comsabor de novidade

Outras doenças que podemser transmitidas pelo beijo são acárie e a herpes labial, doençacausada pela transmissão de umvírus que provoca bolhas, feridasnos lábios e pele ao redor daboca.

Entre as doenças mais gravesestão a meningite e a AIDS. Ameningite meningocócica écausada por uma bactéria queinflama as membranas queenvolvem o cérebro e pode levara morte.

“Todas essas doenças estãodiretamente ligadas ao contágionão só pela saliva, mas tambémpelo ar trocado durante o beijo epossíveis sangramentos ou cortesna mucosa bucal”, completa adentista Milena Alcântara.Segundo ela, o risco de contrairalgumas dessas doenças podeaumentar devido a baixa resis-tência do organismo, geralmentecausada por festas, noites semsono e má alimentação.

O trabalho desenvolvido pelaUFSCar é voltado para a neces-sidade de cada empresa, ou seja,não há uma atividade técnicaespecífica. “A crescente procuradas empresas pela ginásticalaboral se deve ao investimentoem tecnologia, que não poupa ohomem das doenças de trabalho”,declara Ana Claudia.

A ginástica laboral não visaapenas atividade física durantedez ou quinze minutos; seuobjetivo maior é conscientizar eestimular as pessoas para otrabalho saudável e com qualida-de de vida.

Hospital-Escolana Santa Casamelhorará aqualidade dosatendimentosprestados àpopulação

Atualmente o hospital atende mais de 15 mil pessoas

Hospital terá de volta acredibilidade e referência queperdeu com a população. “Apartir de agora a Santa Casapassa a ter um suporte técnicode alto padrão, ainda mais coma figura do professor-doutor”,conta.

Lopes disse também que,no momento, não se tem umacordo na parte financeira,mas que os demais detalhesestão totalmente acertadoscom a faculdade.

“Esse convênio ajuda emuito a população. Primeiroporque um Hospital Univer-sitário traz uma nova caracte-rística para o mercado da áreamédica. Além disso, o fato deter formação em Araraquaradá para considerar que partedos formandos permanecemno município”.

Segundo Lopes, destaforma, aumenta a quantidadede médicos, melhorando oatendimento para a população.

O convênio está feito.Falta agora torcer para que apopulação mais carente deAraraquara e região receba asmelhorias no que se dizrespeito à saúde.

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Repórter David Fugazza

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O local trabalha atualmentecom mais de 200 médicos e, emtermos de equipamento, tem umaestrutura de alta complexidade,mas passa um momento difícil naparte financeira.

CREDIBILIDADEO diretor geral da Santa Casa,Ricardo Lopes, afirmou que como convênio estabelecido, o

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CIÊNCIA / PESQUISAVITRAL - PÁG 6

O pesquisador do Instituto deFísica de São Carlos (IFSC) daUniversidade de São Paulo (USP)e diretor do Centro de Pesquisa emÓptica e Fotônica, Vanderlei Sal-vador Bagnato, de 45 anos, é umdos maiores especialistas emaplicações de laser em medicina,odontologia e áreas afins naAmérica Latina. Bagnato, que éPh.D em Física pelo Massachu-setts Institute of Technology(MIT), nos Estados Unidos,recebeu o prêmio nacional “JoséReis” de divulgação científica. Ementrevista exclusiva ao JornalVitral, o pesquisador fala que asnovas técnicas de trata-mento decâncer podem salvar vidas, bemcomo associar-se a outros tipos detratamento. Leia a seguir osprincipais trechos da entrevista:

VITRAL - O câncer pode serconsiderado a doença do século?

BAGNATO Sim, conside-rando que sempre ocupou umlugar de destaque na Medicinamoderna, principalmente quandose avalia o campo de diagnósticoe tratamento. Os esforços nosentido de encontrar técnicas cadavez mais modernas vêm sofrendoum avanço interessante a partirdeste século, salientando aimportância das descobertas feitasno decorrer da história.

VITRAL - O que a ciênciatem feito no sentido de criar novastecnologias no combate aocâncer?

BAGNATO Atualmente, acomunidade científica tem reali-zado grandes esforços com aintenção de desenvolver e imple-mentar novas técnicas para otratamento do câncer em suas di-versas modalidades e intensi-dades. Uma destas, que implanta-mos no Brasil, é a denominadaTerapia Fotodinâmica, ou seja,“Photodynamic Therapy”. Gran-des centros de tratamento docâncer nos países chamados deprimeiro mundo já oferecem estamodalidade de terapia no comba-te ao câncer.

VITRAL - Esta modalidadede tratamento do câncerdesenvolveu-se nos países ondeestá implantada?

BAGNATO Apenas paramostrar a importância desta novaterapia podemos destacar que umaala hospitalar inteira foiimplantada por nossa equipe emparceria com o Hospital “AmaralCarvalho” de Jaú, onde tratamospacientes oncológicos semanal-mente. Basta dizer que por anoestão sendo realizados cerca deseis encontros internacionais notema. Além de utilizar as revistastradicionais de oncologia, ospesquisadores e adeptos destanova técnica possuem revistasespecializadas abordando o as-sunto em vários países, a exemploda revista Photodynamics News.Um bom indicador deste constan-te e vertical crescimento é o nú-mero de novas empresas especí-ficas nesta técnica que surgem nomercado mundial.

VITRAL - Fale sobre omedicamento que, associado aoLaser, mata os tumores e comoele foi escolhido?

BAGNATO Logo após ostreinamentos o próximo passo foia escolha do medicamento a serusado junto com o laser, pois te-ríamos opções, custos e dife-rentes montagens da estrutura la-boratorial no Brasil. O medica-mento aprovado nos EstadosUnidos chama-se Photofrin, masmostrou-se demasiadamente caropara a realidade econômica brasi-leira. Então passamos a fazercontatos internacionais buscandoconhecer medicamentos aprova-dos para o mesmo uso na Rússia,e encontramos o eficiente medi-camento chamado Photogem, queé equivalente ao medica-mentoamericano, mas comercia-lizadoa um preço muito mais acessível,o que ajudaria a viabi-lizar aimplantação da técnica no Brasil.

VITRAL - Como fazer parao Laser chegar até o local onde ocâncer está localizado?

BAGNATO Construímosbraços articulados de material levee utilizamos fibras para levar a luzaté a lesão, tudo foi realiza-dolevando em consideração umprotocolo elaborado pela equipe,após haver recebido o parecer doComitê de Ética do Ministério daSaúde. Todos os membros daequipe se reuniram várias vezespara responder as perguntassolicitadas pelo CONEP, a apro-vação foi obtida em julho de 2000e posteriormente os trabalhos

clínicos foram iniciados. Durantea realização das pesquisas,fizemos novas visitas para aRússia, realizando intensos trei-namentos sob a coordenação domédico russo Dr. Sokolov.

VITRAL - Em quais tiposde câncer este tratamento podeser utilizado?

BAGNATO A técnica émuito eficiente em tratamento decâncer de pele, e em tumoreslocalizados na bexiga, ânus,esôfago, lesões tumorais emlaringe, intestino, nasofaringe,condiloma vulvar por HPV, bocae partes estudadas onde possamosiluminar, ou seja, chegar com olaser ou LED.

Em 2001 tratamos os primei-ros casos de câncer de esôfago,juntamente com a equipe médicado Hospital “Amaral Carvalho”,que acompanhou as pesquisasdesde o início. Lembrando queeste tipo de tratamento pode estaratrelado a outros tipos de medica-mentos simultaneamente, seminterferir nos resultados positivos.

VITRAL - A técnica detratamento é utilizada de queforma?

BAGNATO A técnica usa apropriedade da luz do laser para ocombate ao câncer, aplicando umasubstância fotossensível nacorrente sangüínea do paciente,que se altera quando iluminada. Adroga percorre todo o corpo, sendoabsorvida por todas as células, eas que estiverem sadias eliminamessa droga em um período de

ENTREVISTA ESPECIAL

A luz contra o câncerPesquisador da USP de São Carlos diz que novatécnica traz esperança no combate ao câncer

tempo que varia entre 24 a 36horas. Mas as células tumorais, porapresentarem um metabolismodiferenciado, retêm esta droga porum tempo pro-longado. Assim,esperamos pas-sar 24 horas apósaplicação da droga, e a substânciaficará con-centrada nas célulascancerosas. Iluminamos o localcom uma luz laser de corespecífica, excitando as células,provocando uma reação químicacom o oxigênio existente nelas.Como resultado final a célula tu-moral e o tecido como um todo élevado a necrose, eliminandoassim a lesão.

VITRAL - Qual o perfil dospacientes tratados com a técnicade PDT no Brasil?

BAGNATO Os pacientes dosexo masculino corresponderam a60% do total do grupo queinicialmente foram atendidos. A

média de idade é de 65 anos, comum intervalo de 30 a 87 anos. Amaioria dos pacientes atendidosapresenta câncer de pele, cerca de76,7 % , e as lesões em mucosado trato aerodigestivo superior sãoequivalentes a 23%, aproxi-madamente. A avaliação dosresultados inicialmente realiza-dosnos estimulou, e a redução do vol-ume tumoral foi acima de 50%, emalguns casos e houve a reduçãocompleta em outros. Vale lembrarque lesões com profun-didade in-ferior a um centímetro mostram osmelhores resultados. E em lesõesmais invasivas, bons resultadospodem ser atingidos se foremfeitas aplicações repetidas, comintervalos de até 30 dias. Mesmopara casos em que o ato cirúrgicovai deixar marcas permanentes, atécnica de PDT pode ser aplicadacom sucesso, principalmente porrazões estéticas.

O pesquisador Vanderlei Bagnato doInstituto de Física da USP deSão Carlos, durante palestra

O arquivo Ana Lagoa, daUniversidade Federal de SãoCarlos (UFSCar), referência empolítica militar, passará, a partirde março, por um processo dedigitalização com uma verbadestinada pelo programa Pró-Defesa, que financia estudoscientíficos e tecnológicos.

O acervo é formado por umamplo material doado pela jorna-lista Ana Lagoa, que desde os 15anos coletava artigos de jornalsobre o período do regime mili-tar, ao professor Dr. João RobertoMartins Filho, coordenador dolocal.

Inaugurado em 1996, oacervo original continha mais dedez mil artigos de jornal, seis millaudas originais de reportagens,fascículos de periódicos, cerca de400 livros, além de outrosmateriais.

sertações e monografias. Alémdisso, possui um rico acervo derevistas e publicações da EscolaSuperior de Guerra.

O Consórcio Forças ArmadasSéculo XXI, uma parceria entretrês instituições: o CPDOC, daFundação Getúlio Vargas, aUniversidade Federal do Pará eo arquivo Ana Lagoa, foi esco-lhido pelo Pró-Defesa para ser oprimeiro a implantar o processoe pretende transformar o arquivoem referência nacional em Polí-tica Militar.

Um dos objetivos da digitali-zação é colaborar com pesquisase estudos da época da ditaduramilitar no Brasil e conservar namemória dos brasileiros a tortura,a prisão, a censura e o exílio, pos-sibilidades reais de quem discor-dasse e se pronunciasse contra oregime.

A implantação do sistemabeneficiará pesquisadores deoutros países que procuram oacervo. Até o momento, o traba-lho de pesquisa de estudiosos quenão podem comparecer ao localé feito por meio da orientação doprofessor João Roberto e enviadopelo correio. Junto com o coorde-nador, o professor Dr. PieroLeiner também contribui para aspesquisas e manutenção.

Além de pesquisadores, estu-dantes de mestrado, doutorado,graduação e ensino médio, cine-astas brasileiros e de Hollywoodconsultaram o material do AnaLagoa para as novas produções.

Todo o processo, com dura-ção de cerca de seis meses, serárealizado por um bolsista daUFSCar que fará um curso ofere-cido no CPDOC.

Ana Virgínia MoreiraAmaral, socióloga do arquivo,

explica que com a digitalizaçãoserá consolidada uma linha depesquisa em defesa nacional noprograma de pós-graduação deCiências Sociais, com previsãode formar cinco doutores emcinco anos.

Os interessados em conhecerou pesquisar o material disponí-vel no arquivo devem agendarhorário. Maiores informaçõespodem ser adquiridas pelo sitewww.arqanalagoa.ufscar.br.

PESQUISASO arquivo Ana Lagoa assumiuum papel importante no processode pesquisa da produção do filme“São Carlos 68: matrizes de umaluta”, do cineasta João CarlosMassarolo. Inspirado no livro doadvogado de São Carlos, JoséRoberto Paíno, que conta ahistória do Sindicato dosMetalúrgicos da cidade, otrabalho de pesquisa da equipefoi realizado durante o período deum ano.

Segundo o professor LuísCarlos Lopes, “para quemsobreviveu ao período da dita-dura militar brasileira causaestranheza alguns fenômenos denossa vida social, sobretudo, oesquecimento coletivo de coisastão recentes”.

Essa também é a opinião deMassarolo, que durante o proces-so de produção, a maior dificul-dade com a qual se deparou foiconseguir coletar informações dacidade para o documentário. “Aresistência é muito grande, atéhoje, para tocar em assuntosdesse período e tivemos dificul-dades para acessar arquivos sobrea época. Nossa tese é que SãoCarlos continua no seu imaginá-

rio, uma cidade presa a idéia dememória histórica”, afirma.

Nesta parte entra a importân-cia do arquivo Ana Lagoa, umainspiração para as pesquisas, poisno local foram encontradosdocumentos que policiaram osestudos de informações. Muitosdos arquivos públicos da épocana cidade estão desaparecidos eos particulares não são disponi-bilizados, muitas vezes devido aomedo das pessoas de tornaremsuas posições mais visíveis. Ascicatrizes do período ainda estãoabertas e as pessoas têm medo dese relacionar com o passado.

Para Massarolo, a partir daidéia de que o arquivo retrata amemória da cidade, ele estátotalmente relacionado com ofilme, porque São Carlos étratada como memória, uma vezque a equipe do filme não podiapartir da reprodução fiel dosfatos.

Para o sociólogo FernandoNogueira, que participou doprocesso de pesquisa para ofilme, o material do acervo foiextremamente importante. “Exis-tem pessoas preocupadas com atemática da cidade de SãoCarlos e o acervo éfundamental. Agradeçoo apoio da Ana Virgíniae do professor JoãoRoberto Massarolo”.

Ana Lagoa foi a repórter que maisfundo mergulhou nos bastidores eporões do regime militar.

Trabalhou no Globo, Última Hora,Correio da Manhã e nas sucursaisda Folha de São Paulo e doEstado de São Paulo. Guardavatodos os originais de suasmatérias e reportagens.

Formou-se em História, o que afez ter noção do real significadode um documento e de comoselecionar a informação. Formouum vasto arquivo de políticamilitar, que teve início quandotrabalhou como repórter setoristada área militar do jornal Folha deSão Paulo.

Arquivo Ana Lagoa será digitalizadoDigitalização vai colaborar com pesquisas e estudos da época da ditadura militar no Brasil

Cineastasbrasileiros e deHollywoodconsultaram omaterial de AnaLagoa para novasproduções

Repórter Juliana Franco

Desde a fundação dois acrés-cimos importantes foram feitospor professores da Universidadede Campinas (Unicamp), entreeles o professor ShiquenoliMivamoto. A partir dessa altera-ção, o arquivo passou a ser for-mado por livros, fascículos, pe-riódicos, documentos, teses, dis-

ANA LAGOA

O arquivo fazparte do

ConsórcioForças

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Entrevista Kleber Chicrala

Repórter Juliana Franco

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LOCALVITRAL - PÁG 7

Rua 5: “túnel verde” impressiona moradores e visitantesA Voluntários da Pátria, a rua dos oitis, comemora 101 anos em 2006

Árvores formam “túnel verde” no bulevar dos oitis

Natasha Gonzalez

No ano de 1910, o prefeito deAraraquara, Major Dario deCarvalho ganhou do estado doRio de Janeiro, cerca de 400 oitisque foram plantados nas ruas SãoBento, Rua 3 e Voluntários daPátria, a Rua 5, uma das maisconhecidas da cidade.

Hoje, quase um século de-pois, as árvores formam umverdadeiro túnel verde, tombadocomo patrimônio histórico,segundo artigo do parágrafo 136da lei municipal 3.556 de 12 dedezembro de 1988.

Os oitis ocupam uma exten-são de dez quarteirões. Uma áreacompreendida entre as AvenidasDjalma Dutra e José Bonifácio.Área esta que ajuda Araraquaraser a cidade mais arborizada doEstado de São Paulo.

Na Rua 5 são 180 árvores emmédia. “Eu acho fundamental otúnel verde formado pelasárvores. Isso é um privilégio paranós moradores de Araraquara. Eugosto muito de respirar esse arpuro”, ressalta o morador dacidade e doutor em história,professor Mivaldo MessiasFerrari, Chefe do Departamentode Ciências Humanas e Sociaisdo Centro Universitário deAraraquara (Uniara).

O secretário de desenvol-vimento urbano de Araraquara,Luiz Antônio Nigro Falcoski,explica que a prefeitura está com

Cresce a procura por carrobicombustível

A escolha por veículos bi-combustíveis, ou a conversão demotor em função desse avançotecnológico, é uma das soluçõespara minimizar o custo do trans-porte na renda familiar. Com es-ses automóveis, que funcionamtanto com álcool como gasolina,o usuário tem a opção de abaste-cer seu carro com o combustívelque tenha a melhor relação custo/benefício em função das oscila-ções de mercado.

No Brasil 76% dos carros novosvendidos são bicombustíveis, deacordo com a Federação Nacionalda Distribuição de Veículos Auto-motores (Fenabrave).

Algumas fontes apontam que,nos últimos meses, os condutores

Bicombustíveis já são 76% dos carros vendidos no país

desse tipo de veículo têm optadomais pelo abastecimento a gaso-lina, devido ao aumento do preçodo álcool. Em Araraquara, o litroda gasolina custava, no final demarço, em torno de R$ 2,40, e oálcool, por volta de R$ 1,90.

Para Wanderlei José dasNeves, funcionário de uma con-cessionária de veículos de Arara-quara, as pessoas aderiram à idéiade conversão justamente pelavariação dos preços. “Todosquerem diminuir os gastos, e porisso essa nova tecnologia con-quistou os clientes”, explica.

CONVERSÃOA alteração só é possível emcarros com injeção eletrônica,por meio de duas opções: osistema Flex (neste caso o auto-móvel é bicombustível e existe

Repórter Mariana Loreto

Com a variação de preços dos combustíveis, carrosFlex lideram as vendas

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Grupo desenvolve projetos como o Ciclo deCinema Anarquista que, neste ano, estáem sua 4ª edição

Repórter Nádia Lopes

Estudo sobreAnarquismo provaque jovens seinteressam porpolítica

Em um contexto onde imperao estereótipo de que os jovensbrasileiros são alienados e quenão se interessam mais porpolítica, pequenos grupos sedestacam e provam, mesmo nasdiversas visões políticas, quenem tudo está perdido. O GrupoIndependente de EstudosPolíticos e Sociais (GIEPS) é umdeles.

O grupo existe há quase seisanos, surgiu em junho de 2000 eé formado por estudantes e pes-soas interessadas por política epelo Anarquismo. A idéia daformação do grupo surgiu depoisde discussões e pesquisas realiza-das na Biblioteca Municipal deAraraquara. A equipe atual-mente é formada por oito pes-soas. Todos, sem exceção, sãoanarquistas.

Mérilin Cristina dos SantosFernandes, 21 anos, é integrantedo grupo e conta que começou aparticipar das reuniões em 2003,quando soube da existência dogrupo através do I Ciclo deCinema Anarquista. “Quandovocê abre a mente das pessoaspara o verdadeiro significado doAnarquismo, não apenas noâmbito político, mas no social,cultural e filosófico, elas geral-mente compartilham do ideal e,muitas vezes, até o praticam semsaberem. Mas é claro que existempessoas que acham tudo muitoutópico ou até mesmo aquelasque não aceitam o Anarquismocom modo de vida”, conta.

Além de publicar um fanzine,intitulado “Livre”, lançadotrimestralmente com distribuiçãogratuita e divulgação por todo oBrasil, o grupo também faz par-cerias em algumas palestrascomo, por exemplo, sobre a“Questão Palestina”, ações práti-cas como “13 de maio - Dia daMentira”, além de interagir eformar parcerias com outrosgrupos como o “Crap” de Arara-quara, “Fenikso Nigra”, de Cam-pinas e “Coletivo” da cidade deAgudos, o “Balaio de Pólvora”.

Para este ano, o grupo estápreparando o “IV Ciclo deCinema Anarquista”, em julho, o“V Expressões Anarquistas”, emoutubro e a “Campanha do VotoNulo”, de agosto até outubro. Oseventos ainda não têm datasdivulgadas.

Para conhecer o grupo bastacomparecer em uma das reuniõesque ocorrem sempre aos sábados,às 17h, na Biblioteca Municipal“Mário de Andrade”, ou entãoencaminhar um e-mail [email protected]. “Ogrupo é aberto para qualquerpessoa que queira conhecer oAnarquismo, não precisa neces-sariamente entender de política,basta ser uma pessoa que olhe asua volta e perceba que háalguma coisa errada com o cursoda história; alguém que não querse acomodar e que gostaria de sefazer ouvir, seja por meiosescritos, seja por manifestaçõesdiretas. Estamos sempre abertosde coração para conhecermosnovas pessoas”, diz Mérilin.

o projeto “Bulevar dos Oitis”,que vai ser implantado na Rua 5.“A idéia é abrir restaurantes,museus, galerias, salas de exposi-

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uma chave que define o combus-tível que a pessoa deseja usar) eo sistema Chip (em que há umatroca completa no carro a gaso-lina para que somente o álcoolpossa ser usado).

Neves acredita que, em deter-minados casos, a conversão nãocompensa. “Ela somente é válidapara as pessoas que viajammuito” diz ele.

ma que, com o aumento doálcool, a mudança não surtiumuito efeito.

Ariovaldo Teixeira, outromotorista, também fez atroca. Gastava mensalmenteem torno de R$ 200,00 em ga-solina, e, no ano passado, essecusto diminuiu para R$100,00 por mês. “O preço doálcool nos dias atuais não estacolaborando com as pessoasque optaram pela conversão”.

A idéia da mudança decombustível está bastantepopularizada. Na internet jáé possível encontrar o kit deconversão de motores quedispensa até a mão de obra domecânico, pois o equipa-mento vem com manual deinstruções, para próprio donodo veículo realizar a troca.

ções em casas localizadas na Rua5, tombadas pelo patrimôniohistórico. “Devemos transformara Voluntários da Pátria, conhecida

como Rua 5, em ponto deserviços”, diz o secretário.

O arquiteto da prefeitura deAraraquara, Marcelo deMoraes,

explica como serão as mudanças.“A Voluntários voltará ao seuchão de origem, ou seja, ao are-nito”, afirma. O objetivo é recu-

perar o valor histórico que a Rua5 representa. O projeto está emandamento e tem que ser entreguepara a Caixa Econômica Federal.

No Brasil 76% doscarros novos sãobicombustíveis

Rosângela Ramos, proprie-tária de um Ford Eco Sport, porexemplo, já aderiu a essa novi-dade. Ela diz que gastava muitocom o carro a gasolina e, por isso,optou pela conversão. Mas afir-

Repórter

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Page 8: Universit⁄rios est‰o na mira das operadoras de cr”dito · quem busca ajuda n‰o ” obrigado a se identificar. O que se sabe ” que ... Itaici Jos” Brunetti Perez Livia

LOCALVITRAL - PÁG 8

O projeto de urbanização daárea central da ferrovia, emAraraquara, no trecho entre aEstação Ferroviária e a rotundade abastecimento, finalmentedeixará o campo técnico para en-trar na fase de execução. A pri-meira etapa da obra será a cons-trução do pátio de manobras, emTutóia, que será o maior doBrasil.

A Vegas Engenharia, empresaresponsável pela obra, entregaráo projeto executivo ao Depar-tamento Nacional de Infra-estrutura do Transporte (DNIT),para continuidade do processo detransferência do pátio do centroda cidade.

No leito ferroviário permane-cerá apenas a linha tronco. Todaa faixa será urbanizada, criandoassim, um vasto parque. Comisto, será preservada a memóriada ferrovia.

Urbanização da Ferrovia fará integração do centro com a Vila Xavier

Maior pátio de manobras do Brasil estásendo construído em Tutóia

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Repórter Tábata Castro A obra integrará as duaspartes da cidade com quatronovas ligações viárias. Os gal-pões serão aproveitados paraabrigar secretarias municipais.

Reforma da área dostrilhos entra em fase deexecução

Projeto estáinserido no PlanoDiretor deAraraquara

passageiros integrado ao trans-porte urbano.“Destacamos aimportância de preservar não sóa memória ferroviária no centroda cidade, o transporte de longopercurso, mas, o próprio meioambiente”, explica.

A coordenadora do Curso deArquitetura do Centro Universi-tário de Araraquara (Uniara),Luciana Márcia G. Cintrão, queparticipou na elaboração doanteprojeto, explica que a urbani-zação da ferrovia fará a integra-ção do centro da cidade com aVila Xavier.

Segundo ela, o projeto é deextrema importância para modi-ficar o aspecto paisagístico, esté-tico e valorizar a cidade. “É im-portante resguardar uma áreaverde como permeável. Já vimosalgumas vezes a chuva forteestourar a tubulação na ViaExpressa; temos muitos proble-mas devido ao fato de se terimpermeabilizado demais acidade”, conclui.

Segundo estimativas dogoverno federal 80% da ativi-dade madeireira na Amazônia éilegal. Essa madeira é extraída deáreas não autorizadas, comoterritórios indígenas e reservasnacionais. Municípios de todo oBrasil participam, mesmo queindiretamente, dessa exploração.

Na tentativa de acabar comesse tipo de comércio o Green-peace, entidade sem fins lucra-tivos que se caracteriza pela atua-ção de ativistas, desenvolve acampanha “Cidade Amiga daAmazônia”. O objetivo dosidealizadores é implantar oprojeto em todos os municípiosbrasileiros. Em Araraquara, oprojeto está em fase conclusiva.

A meta do programa é criaruma rede de cidades comprome-tidas com a floresta.

Segundo o vereador de Arara-quara, Carlos Nascimento (PT),que tem intermediado as discus-sões com representantes doGreenpeace, o objetivo do pro-grama é fazer com que asprefeituras criem leis para evitaro consumo ilegal de madeira,proveniente de desmatamentos eextração ilegal. “Além de regu-

Município fiscalizará madeireiras após aimplantação do programa

Araraquara participada campanha “CidadeAmiga da Amazônia”

Repórter João Castro

O projeto, que está inseridono Plano Diretor da cidade, tevea participação do vice-presidenteda Câmara de Araraquara, EliasChediek Neto (PMDB). O verea-dor destacou a importância damudança dos trilhos para a pre-servação da memória ferroviária.Ele salienta que o local dispõe deuma área verde importante,portanto, deve ser preservadacom um tratamento paisagístico.

Chediek acredita que no fu-turo a ferrovia será utilizada paratransporte metropolitano de

larmos a compra da madeira pelaprefeitura, pretendemos estendera abrangência desse projeto”,afirma.

A prefeitura que estiverdisposta a colaborar com acampanha “Cidade Amiga daAmazônia”, deverá trabalhar naconscientização dos cidadãos, afim de evitar o consumo crimi-noso de madeira.

Para o projeto entrar em fasede execução precisa ser criadoum grupo de trabalho na prefei-tura, que envolverá os departa-mentos de compras, jurídico,obras públicas, meio ambiente,entre outros; além de Organi-zações Não Governamentais(ONGs) parceiras do Greenpeacee entidades ligadas ao meioambiente. O grupo será responsá-vel pela elaboração da legislaçãoque viabiliza o consumo sustentáveldentro do âmbito municipal.

Para que o programa sejaeficaz a prefeitura deve mapearo consumo direto e indireto demadeira em obras e mobiliáriopúblico. Dentre os quesitos quedevem ser respeitados, a prefei-tura precisa proibir a compra demogno, por ser uma espécieameaçada de extinção. A exce-ção fica por conta de produtos de

mogno certificados peloConse-lho de ManejoFlorestal (FSC).

COMPROVAÇÃOPara garantir o sucesso doprojeto, é necessário exigirdas madeireiras provas dacadeia produtiva paracomprovar que seus forne-cedores estejam de acordocom as legislações ambien-tale trabalhista vigentes noBrasil. “Para uma campa-nhasatisfatória é neces-sário oenvolvimento de todos. Épreciso mudar a cultura docomerciante, do consumidor eda própria prefeitura”,explica.

Segundo dados cientí-ficos, a floresta Amazônicaperdeu cerca de 17% de suamata, percentual que é quasea metade do limiteirreversível, que é determi-nado em 40% da área total.

De acordo com dados dogoverno federal, no período deagosto de 2004 a 2005, 18,9mil quilôme-tros quadrados dafloresta amazônica foramcomple-tamente devastados.

SESI embarca em“Viagem Teatral”

Repórter Michele Carvalho

Pessoas em um lugar escuro.Aos poucos, luzes surgem, o somtoma conta do ambiente e o pú-blico embarca numa viagem: a“Viagem Teatral”, um projeto doSESI que visitou, desde o finalde fevereiro, a unidade Arara-quara. Doze conceituadas com-panhias teatrais do país apresen-taram uma série de espetáculosgratuitos e abertos à população,sempre aos sábados e domingos.A última apresentação aconteceuno dia 7 de maio, com a peça“Anna Weiss”, da Contempo-rânea Cia. de Teatro.

O programa financiado peloSESI - São Paulo aconteceusimultaneamente em 11 cidadesno estado. Em Araraquara, oprojeto chegou à oitava edição esuperou as expectativas depúblico. Cada sessão reuniu, emmédia, 200 pessoas. Segundo osorganizadores, todas as peçasbasearam-se em pesquisas para odesenvolvimento da linguagempraticada no palco. “Os critériosutilizados para a seleção daspeças foram a originalidade, aencenação e a pesquisa cênica”,diz o coordenador do Núcleo deArtes Cênicas do SESI, ÁlvaroFilho.

Segundo Álvaro, o projeto“Viagem Teatral” norteia-se em

duas propostas básicas: criarnovas platéias e emprestarapoio às iniciati-vas nodesenvolvimento das artescênicas. “O projeto é o carrochefe da programação culturaldo SESI. Ele abre o ano e levaa marca SESI Cultura paratodas as esferas sociais”,comenta Álvaro.

O ator Bruno AlbertoSeverian freqüentou o“ViagemTeatral” e em anosanteriores já acompanhououtras edições do projeto. “Osespetáculos apresen-tados sãomaravilhosos”, elogia.

As atrizes Erica Rettl e Daniela Fossaluza em cenas no palco do SESI

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