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  • UNIVERSIDADE TUUTI DO PARAN

    Faculdade de Cincias Biolgicas e da Sade

    Curso de Medicina Veterinria

    Elizandra de Ftima Dallalibera

    FRATURA PATOLGICA DE MANDBULA EM UM CO COM DOENA

    PERIODONTAL AVANADA: RELATO DE CASO

    CURITIBA

    2016

  • Elizandra de Ftima Dallalibera

    FRATURA PATOLGICA DE MANDBULA EM UM CO COM DOENA

    PERIODONTAL AVANADA: RELATO DE CASO

    Relatrio de Estgio Curricular apresentado ao Curso

    de Medicina Veterinria da Faculdade de Cincias Biolgicas e da Sade da Universidade Tuiuti do Paran, como requisito parcial para obteno do ttulo

    de Mdica Veterinria.

    Professora Orientadora: MSc. Jessa de Ftima Frana

    Orientador Profissional: Edgar Franco Ramos de Carvalho

    CURITIBA

    2016

  • Reitor

    Prof. Luiz Guilherme Rangel Santos

    Pr-Reitora Promoo Humana

    Profa. Ana Margarida de Leo Taborda

    Pr-Reitor

    Sr. Carlos Eduardo Rangel Santos

    Pr-Reitora Acadmica

    Prof. Carmen Luiza da Silva

    Pr-Reitor de Planejamento

    Sr. Afonso Celso Rangel dos Santos

    Diretor de Graduao

    Prof. Joo Henrique Faryniuk

    Secretrio Geral

    Sr. Bruno Carneiro da Cunha Diniz

    Coordenador do Curso de Medicina Veterinria

    Prof. Welington Hartmann

    Supervisora de Estgio Curricular

    Profa. Elza Maria Galvo Ciffoni Arns

    Campus Barigui

    Rua Sydnei A Rangel Santos, 238

    CEP: 82010-330 Curitiba PR

    Fone: (41) 3331-7958

  • TERMO DE APROVAO

    ELIZANDRA DE FTIMA DALLALIBERA

    FRATURA PATOLGICA DE MANDBULA EM UM CO COM DOENA

    PERIODONTAL AVANADA: RELATO DE CASO

    Este trabalho de Concluso de Curso foi julgado e aprovado para obteno do ttulo de Mdica Veterinria no Curso de Medicina Veterinria da Universidade Tuiuti do

    Paran.

    Curitiba, 07 de dezembro de 2016.

    BANCA EXAMINADORA

    __________________________________________

    Profa. MSc. Jessa de Ftima Frana

    PRESIDENTE

    __________________________________________

    Profa. Fabiana Monti

    __________________________________________

    Prof. Vincius Caron

  • AGRADECIMENTOS

    Agradeo a Deus por ter me dado sade e inteligncia para superar todas as

    dificuldades e conseguir chegar onde hoje estou.

    Agradeo a minha orientadora Professora Jessa de Ftima Frana por seu

    apoio pacincia e incentivo na concluso do curso, dedicando seu tempo ao meu

    aprendizado.

    A minha gratido a todos os professores do curso de Medicina Veterinria da

    Faculdade Evanglica do Paran e da Universidade Tuuti do Paran.

    A todas as pessoas do Centro Integrado de Especialidades Veterinrias pela

    oportunidade de estgio, em especial as Mdicas Veterinrias Andressa Cristina de

    Souza, Ana Laura Cheroto e ao Mdico Veterinrio Edgar Franco Ramos de

    Carvalho pelo apoio, convivncia, dedicao e ensinamentos.

    Aos meus familiares, principalmente aos meus pais que me acompanharam

    nessa jornada, me fortaleceram com palavras de carinho e conforto, principalmente

    nos momentos de dificuldade.

  • APRESENTAO

    Este trabalho de Concluso de Curso, apresentado ao Curso de Medicina

    Veterinria da Faculdade de Cincias Biolgicas e da Sade, da Universidade Tuuti

    do Paran, como requisito parcial para a obteno do ttulo de Mdica Veterinria.

    composto pelo relatrio de estgio, onde so descritas as atividades realizadas

    durante o perodo de 25 de julho a 14 de outubro de 2016, no Centro Integrado de

    Especialidades Veterinrias, localizado no municpio de Curitiba-PR, local de

    cumprimento do Estgio Curricular e relato de um caso que versa sobre fratura

    patolgica de mandbula em um co com doena periodontal avanada.

  • RESUMO

    A doena periodontal causa a destruio dos tecidos que do suporte ao dente,

    podendo levar a alteraes sistmicas no animal. Essa enfermidade ocorre por diversos graus de inflamao e de infeco dos tecidos da boca, causando dor, com possibilidade de perda dental e at fraturas de mandbula ou maxila. Alguns fatores

    podem influenciar no desenvolvimento desta afeco, tais como a raa, idade, comportamento de mastigao, sade geral, ocluso dentria, nutrio e a

    consistncia dos alimentos. Um diagnstico completo inclui inspeo da cavidade oral, avaliao radiogrfica, alm da identificao dos fatores predisponentes que contriburam para seu aparecimento. O tratamento baseia-se na eliminao de sua

    causa principal, a placa bacteriana, sendo isso possvel atravs de um cuidadoso plano teraputico, baseado em tratamento adequado e controle dirio da placa, de

    modo a evitar a recorrncia da doena. Palavras-chave: odontologia, placa bacteriana, fratura em mandbula

  • LISTA DE ABREVIATURAS, SIGLAS E SMBOLOS

    BID Bis in die

    TID Ter in die

    SID Semel in die

    TPC Tempo de preenchimento capilar

    CIEV Centro Integrado de Especialidades Veterinrias

    MPA Medicamento pr-anestsico

    IV Intravenoso

    SC Subcutneo

    mg Miligrama

    ml Mililitro

    kg Quilograma

    SRD Sem raa definida

    ATM Articulao temporomandibular

    % Porcentagem

    n Nmero de pacientes

    FA Fosfatase alcalina

    g Micrograma

    CAM Concentrao alveolar mnima

    mcg Microgotas

    Osh Ovariosalpingohisterectomia

    ALT Alanina aminotransferase

  • LISTA DE FIGURAS

    FIGURA 1 - FACHADA CIEV, 2016............................................................. 16

    FIGURA 2 - SALA DA ONCOLOGIA CIEV, 2016........................................ 16

    FIGURA 3 - CENTRO CIRRGICO DESTINADO A CIRURGIAS

    ONCOLGICAS (A). CENTRO CIRURGICO DESTINADO A

    PROCEDIMENTOS DE TECIDOS MOLES E

    ORTOPDICOS (B) CIEV, 2016..............................................

    17

    FIGURA 4 - LABORATRIO DE ANLISES CLNICAS PATOLGICAS

    CIEV, 2016................................................................................ 17

    FIGURA 5 - CONSULTRIO CIEV, 2016.................................................... 18

    FIGURA 6 - SALA DA ODONTOLOGIA CIEV, 2016................................... 18

    FIGURA 7 - SALA DA RADIOGRAFIA (A). SALA DA

    ULTRASSONOGRAFIA (B) CIEV, 2016...................................

    19

    FIGURA 8 - INTERNAMENTO CIEV, 2016.................................................. 19

    FIGURA 9 - SALA DA OFTALMOLOGIA CIEV, 2016.................................. 20

    FIGURA 10 - SALA DA CARDIOLOGIA CIEV, 2016..................................... 20

    FIGURA 11-

    ESQUEMA ILUSTRATIVO DAS ESTRUTURAS

    ANATOMICAS DE UM DENTE CANINO................................. 25

    FIGURA 12- SISTEMA TRIADAN MODIFICA NO CO................................ 26

    FIGURA 13- PEA ANATOMICA COM VISTA LATERAL DE UM CORPO

    MANDBULAR DE UM CO: PROCESSO CONDILAR

    (SETA VERDE), RAMO VERTICAL DA MANDBULA (SETA

    LARANJA) E RAMO HORIZONTAL DA MANDBULA (SETA

    VERMELHA)............................................................................. 27

    FIGURA 14 - CLASSIFICAO DA DOENA PERIODONTAL EM CO:

    GRAU I, II, II..............................................................................

    29

  • FIGURA 15 -

    IMAGEM RADIOGRFICA DO CO MACHO, DACHSHUND,

    14 ANOS, MOSTRANDO FRATURA COMPLETA OBLQUA

    EM TERO ROSTRAL DE MANDBULA INFERIOR

    ESQUERDA, ENVOLVENDO ALVEOLO DE CANINO

    INFERIOR ESQUEDO (SETA

    VERMELHA).............................................................................

    34

    FIGURA 16 - IMAGEM RADIOGRFICA DO CO MACHO,

    DACHSHUND, 14 ANOS, EVIDENCIANDO REABSORO

    DE OSSO ALVEOLAR (SETA VERMELHA)............................

    35

    FIGURA 17 - PACIENTE EM CONSULTA DE RETORNO 13 DIAS PS-

    CIRRGICO, USANDO FOCINHEIRA PROTETORA............. 37

  • LISTA DEGRFICOS

    GRFICO 1 - PREVALCIA DAS RAAS CANINAS ATENDIDAS NO

    CIEV, DURANTE O PERODO DE 25 DE JULHO A 14 DE

    OUTUBRO DE 2016.............................................................

    22

    GRFICO 2 - EXAMES COMPLEMENTARES ACOMPANHADOS NO

    CIEV, DURANTE O PERODO DE 25 DE JULHO A 14 DE

    OUTUBRO DE 2016.............................................................

    24

  • LISTA DE QUADROS

    QUADRO 2 - ATENDIMENTOS CLASSIFICADOS POR SISTEMAS

    ORGNICOS, ATENDIDOS NO CIEV, NO PERIODO DE

    25 DE JULHO A 14 DE OUTUBRO DE 2016.....................

    23

    QUADRO 1- ATENDIMENTOS CLASSIFICADOS POR

    ENFERMIDADES ONCOLGICAS, ATENDIDOS NO

    CIEV, NO PERIODO DE 25 DE JULHO A 14 DE

    OUTUBRO DE 2016............................................................. 23

  • LISTA DE TABELAS

    TABELA 1- RESULTADOS DOS EXAMES HEMATOLGICOS E

    BIOQUMICOS DO CO MACHO, DACHSHUND, 14

    ANOS, ATENDIDO NO CIEV, 2016......................................

    33

  • SUMRIO

    1 INTRODUO ................................................................................................................... 14

    2 LOCAL DE REALIZAO DO ESTGIO .................................................................... 15

    3 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS .................................................................................. 21

    4 CASUSTICA...................................................................................................................... 22

    5 REVISO DE LITERATURA........................................................................................... 25

    5.1 ANATOMIA DA BOCA................................................................................................... 25

    5.1.1 Endodontia ................................................................................................................... 27

    5.1.2 Doena periodontal..................................................................................................... 28

    5.2 DIAGNSTICO............................................................................................................... 30

    5.3 TRATAMENTO E PREVENO ................................................................................. 31

    6 RELATO DE CASO .......................................................................................................... 32

    7 DISCUSSO ...................................................................................................................... 38

    8 CONCLUSO .................................................................................................................... 41

    REFERNCIAS..................................................................................................................... 42

  • 14

    1 INTRODUO

    A doena periodontal caracteriza-se pela gengivite e periodontite, tendo como

    agente causador a placa bacteriana associada falta de higienizao ou profilaxia

    dentria, idade, raa e dieta (CAVALCANTE, 2002). Alm da carga bacteriana local,

    as bactrias presentes em leses da cavidade oral podem adentrar a circulao

    sangunea e atingir outros rgos.

    Vrios estudos sugerem a correlao entre a doena periodontal e afeces

    que atingem os rgos como os rins causando nefrite intersticial e glomerulonefrite e

    corao levando a endocardite bacteriana, regurgitamento da mitral e

    degenerescncia do miocrdio (DOUGLASS, 2008).

    As principais manifestaes clnicas desta afeco consistem em halitose,

    mobilidade dentria, gengivite severa, exposio da raiz, hemorragia gengival,

    bolsas periodontais e fstulas oronasais (GOUVEIA, 2009). E as maiores incidncias

    de danos na mandbula so fraturas, neoplasias, infeces, luxao da articulao

    temporomandibular (ATM) e hiperparatireoidismo renal secundrio (CLUDIO,

    2013). Apesar do exame clnico permitir a avaliao dos tecidos moles necessrio

    um exame radiogrfico da boca, sob sedao ou anestesia, para se obter

    informaes sobre as estruturas sseas dentrias e periodontais (NEVES, 2007).

    A base da terapia periodontal visa eliminar a placa bacteriana, impedindo a

    progresso da doena, atravs da profilaxia dentria, cirurgia periodontal, tratamento

    endodntico ou extraes se necessrio (PIERI;MOUREIRA, 2010). As

    enfermidades que acometem a cavidade oral devem ser identificadas em seus

    estgios iniciais, para que os animais possam ser tratados antes de apresentarem

    graves transtornos sistmicos secundrios relacionados desnutrio e/ou

    infeces dentrias e sseas (LEON-ROMAN;GIOSO, 2004).

    Este trabalho teve por finalidade relatar o acompanhamento e a casustica da

    rotina do CIEV, assim como a realizao de uma reviso de literatura e um relato de

    caso de fratura patolgica de mandbula em um co com doena periodontal

    avanada.

  • 15

    2 LOCAL DE REALIZAO DO ESTGIO

    O Centro Integrado de Especialidades Veterinrias (CIEV) localiza-se na Rua

    Andr Zanetti, nmero 144, bairro Vista Alegre em Curitiba no estado do Paran

    (Figura 1). Compreende diversas empresas formadas por profissionais

    especializados e capacitados para atuar em reas como ortopedia, oncologia,

    intensivismo, cirurgia geral, cirurgia torcica, oftalmologia, cardiologia, odontologia,

    neurocirurgia, fisioterapia, internamento, diagnstico por imagem, anestesiologia e

    laboratrio de anlises clnicas. O atendimento 24 horas e as consultas so

    marcadas por agendamento exceto em casos de emergncias.

    No primeiro andar encontra-se uma sala de recepo, um centro

    especializado no diagnstico e tratamento do cncer em pequenos animais (Figura

    2), dois centros cirrgicos um para cirurgias de tecidos moles e ortopdicas e outro

    destinado cirurgias oncolgicas (Figura 3).

    Entre os centros cirrgicos h um ambiente para esterilizao dos

    instrumentais utilizados nos procedimentos operatrios, tambm h uma sala de

    preparo pr-cirrgico e recuperao de animais ps-cirrgico, em anexo h uma sala

    com vestirios e lavatrio para a antissepsia da equipe cirrgica. Um laboratrio de

    anlise clnica patolgica veterinria (Figura 4), quatro consultrios (Figura 5) e uma

    sala de odontologia (Figura 6).

    No segundo andar existe um centro de imagem, composto por uma sala para

    radiografia e outra para ultrassonografia (Figura 7), um internamento (Figura 8) uma

    dependncia para realizao de consultas oftlmicas (Figura 9) e sala para

    execuo de exames cardiolgicos (Figura 10).

    No terceiro andar situa-se um pequeno auditrio, o qual direcionado a

    apresentaes de seminrios, palestras, reunies e realizaes de cursos

    profissionalizantes. No subsolo fica um espao designado fisioterapia e

    reabilitao dos animais.

  • 16

    Figura 1 - Fachada CIEV, 2016.

    Figura 2 - Sala da oncologia CIEV, 2016.

  • 17

    Figura 3 Centro cirrgico destinado a cirurgias oncolgicas (A). Centro cirrgico

    destinado a procedimentos de tecidos moles e ortopdicos (B) CIEV, 2016.

    Figura 4 - Laboratrio de anlises clnicas patolgicas CIEV, 2016.

  • 18

    Figura 5 - Consultrio CIEV, 2016.

    Figura 6 - Sala da odontologia CIEV, 2016.

  • 19

    Figura 7 Sala da radiografia (A). Sala da ultrassonografia (B) CIEV, 2016.

    Figura 8 - Internamento CIEV, 2016.

  • 20

    Figura 9 - Sala da oftalmologia CIEV, 2016.

    Figura 10 - Sala da cardiologia CIEV, 2016.

  • 21

    3 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS

    O estgio curricular foi realizado no Centro Integrado de Especialidades

    Veterinrias (CIEV), no perodo de 25 de julho a 14 de outubro nos seguintes

    setores: clnica cirrgica, imaginologia, oncologia, fisioterapia, cardiologia,

    odontologia e internamento. Foram realizados rodzios nas especialidades

    supracitadas em semanas alternadas totalizando 360 horas.

    As atividades realizadas no internamento incluram o acompanhamento de

    consultas emergenciais, conteno dos animais, exame fsico, administrao de

    medicaes, colocao de acessos venosos, manejo de curativos, sondagens,

    remoo de pontos, coleta de material para exames laboratoriais, preenchimento de

    requisies, monitorao de pacientes em estado crtico, reposio de materiais de

    insumo e manuteno dos animais limpos, aquecidos e devidamente alimentados.

    No setor de diagnstico por imagem, as atividades consistiram em efetuar a

    conteno e tricotomia do paciente antes da execuo do exame, auxi liar no correto

    posicionamento do animal, alm de contribuir na interpretao de laudos e reviso

    das estruturas anatmicas juntamente com as particularidades de cada enfermidade.

    No setor de cardiologia, realizou-se a conteno, tricotomia e posicionamento

    preciso do animal para o exame.

    No setor de oncologia foram executadas tarefas como tricotomia, conteno

    dos pacientes para a realizao da quimioterapia, monitoramento dos parmetros

    fisiolgicos aps as sesses quimioterpicas, auxilio na retirada de pontos e trocas

    de curativos ps - cirrgicos, alm de contribuir na reposio de insumos.

    Ocasionalmente, havia acompanhamento de cirurgia de tecidos moles, bem

    como procedimentos cirrgicos ortopdicos e oncolgicos, as atividades nesse setor

    foram tricotomia, assepsia, aferio de parmetros fisiolgicos, curativos at a

    recuperao no ps-operatrio, ajuda como auxiliar durante a cirurgia, alm de

    reposio de materiais de insumo e limpeza da sala cirrgica. Eventualmente ocorria

    acompanhamento de endoscopias. Tambm houve acompanhamento no setor de

    odontologia, com contribuio na conteno para sedao do paciente e atuao

    como volante durante o procedimento odontolgico.

    J no setor de fisioterapia, o auxlio foi na conteno e correto

    posicionamento do paciente para os exerccios fisioterpicos que eram solicitados

    pelo profissional.

  • 22

    4 CASUSTICA

    Durante o perodo de estgio, foram atendidos 108 casos, sendo que 104

    animais eram da espcie canina (96%) e 4 eram da espcie felina (4%).

    Dentre os animais acompanhados 45,4% eram machos e 54,6% fmeas. Do

    mesmo modo, a quantidade de atendimentos a fmeas felinas foi superior

    comparado aos atendimentos de machos felinos.

    A maioria dos animais da espcie canina acompanhados possua idade

    entre 1 ms e 14 anos e eram de mdio porte (12-25 kg). J em relao aos felinos

    a idade variava entre 2 a 14 anos. Em comparao s raas, dos 104 ces

    acompanhados, a prevalncia era de animais sem raa definida correspondendo a

    26 animais. Dentre as raas mais atendidas estavam Labrador e Golden Retriever

    conforme demonstrado no Grfico 1. Com relao aos felinos, 3 animais no

    possuam raa definida e um era da raa Persa.

    Grfico 1 - Prevalncia das raas caninas atendidas no CIEV, durante o perodo de 25 de julho a 14

    de outubro de 2016.

    As enfermidades oncolgicas sobressaram-se em relao aos outros

    sistemas, correspondendo a 41% dos casos (Quadro 1).

    As afeces do sistema esqueltico/muscular correspondem a 23, 9% e do

    sistema digestrio com 9,9%. O sistema reprodutor representou 9,9% dos casos,

    consecutivamente os sistemas tegumentar e urinrio 4,2%, oftalmolgico e

    hematopoitico 2,8% e com menor incidncia, o sistema respiratrio com 1,4% dos

    casos conforme observado no Quadro 2.

  • 23

    Quadro 1 - Atendimentos classificados enfermidades oncolgicas, atendidos no CIEV, durante o perodo de 25 de julho a 14 de outubro de 2016.

    Quadro 2 - Atendimentos classificados por sistemas orgnicos, atendidos no CIEV, durante o perodo de 25 de julho a 14 de outubro de 2016.

    No perodo, foram acompanhados 37 exames complementares, dentre eles,

    cardiolgicos como ecocardiograma, de imagem como ultrassonografia e radiografia

    alm de endoscopias, como demonstra o Grfico 2.

    ENFERMIDADES DIAGNSTICO n %

    Enfermidades oncolgicas

    Linfoma 16

    41

    Sarcoma 4

    Osteossarcoma 2

    Mastocitoma 4

    Melanoma 1

    Neoplasia em mandbula 1

    Carcinoma 1

    SISTEMAS DIAGNSTICO n %

    Sistema esqueltico/muscular

    Hrnia perineal 1

    23,8

    Denervao Acetabular 3

    Amputao de membro 2

    Luxao de patela 3

    Osteotomia de nivelamento do plat tibial 2

    Hrnia de disco 3

    Displasia coxo femoral 3

    Sistema digestrio

    Enterectomia 1

    9,9

    Gastrite 2

    Toro gstrica 1

    mese 2

    Doena periodontal 1

    Sistema reprodutor

    Osh eletiva 4

    9,9 Orquiectomia 2

    Cisto prosttico 1

    Sistema tegumentar Debridamento de ferida 1

    4,2 Ferida por mordedura 2

    Sistema urinrio Obstruo uretral 2

    4,2 Penectomia + Uretrostomia 1

    Sistema oftlmico Catarata 2 2,8

    Sistema hematopoitico Transfuso sangunea 2 2,8

    Sistema respiratrio Peneumonectomia esquerda 1 1,4

  • 24

    Grfico 2 - Exames complementares acompanhados no CIEV, durante o perodo de 25 de

    julho a 14 de outubro de 2016.

  • 25

    5 REVISO DE LITERATURA

    5.1 ANATOMIA DA BOCA

    Os dentes so estruturas fortemente mineralizadas, encontradas nos

    alvolos dos ossos incisivos, do osso maxilar e da mandbula (TEIXEIRA, 2016).

    So compostos por tecidos rgidos como a dentina, que o principal componente de

    um dente adulto e possui capacidade de reparao e reabsoro. O esmalte,

    que recobre a coroa do dente no possui suprimento nervoso e sanguneo, nem

    capacidade regenerativa. O cemento que um tecido avascular semelhante ao

    osso, porm menos calcificado que o esmalte, funcionando como um ligamento

    suspensor para os dentes (GIOSO, 2007).

    O dente externamente dividido em trs estruturas principais: coroa, raiz e

    colo (Figura 11). A coroa a poro do dente que se projeta acima da gengiva e a

    raiz abaixo da gengiva. A raiz une os dentes aos alvolos dentrios, sendo o colo a

    zona de transio da coroa do dente para a raiz. No final da raiz encontra-se o delta

    apical onde os nervos, os vasos sanguneos e os vasos linfticos comunicam-se

    com a polpa dentria (NOGUEIRA et al, 2010).

    Figura 11 - Esquema ilustrativo das estruturas anatmicas de um dente canino.

    Fonte: GIOSO, 2007

    A gengiva forma um revestimento em volta de cada dente e divide-se em

    gengiva livre, que se acomoda devidamente na superfcie do dente e gengiva

    inserida a qual aderida ao peristeo subjacente ao osso alvolar. Este formado

  • 26

    pelas cristas dos ossos da mandbula ou maxila que oferecem suporte aos dentes e

    desenvolve-se durante a erupo dentria sofrendo atrofia quando os dentes caem

    (TEIXEIRA, 2016).

    O co tem 28 dentes decduos: (Incisivos 3/3, Caninos 1/1, Pr - molares 3/3)

    X 2 = 28) e quando adultos apresentam 42 dentes permanentes: (Incisivos 3/3,

    Caninos 1/1, Pr - molares 4/4, Molares 2/3) x 2 = 42. E o que fornece sustentao

    aos dentes inferiores so as mandbulas, as quais so divididas em ramos (Figura

    12) horizontal e vertical (HOFFMANN; GAENGLER, 2004).

    O Sistema Triadan modificado emprega um sistema numrico de trs dgitos

    para identificar cada dente na boca do animal, conforme figura 12. O primeiro

    nmero indica o quadrante no qual o dente est localizado e os outros dois nmeros

    indicam a localizao do dente dentro do quadrante, sempre iniciando com o incisivo

    central em direo distal.

    Figura 12 - Sistema Triadan modificado no co.

    Fonte: KOWALESKY, 2005.

    O forame mandibular a abertura caudal do canal mandibular, que se inicia

    na base do ramo e atravessa o corpo, por onde percorrem a artria, a veia e os

    nervos alveolares inferiores (GIOSO, 2007).

  • 27

    Figura 13 Pea anatmica com vista lateral de um corpo mandibular de um co: processo

    condilar (seta verde), ramo vertical da mandbula (seta laranja) e ramo horizontal da mandbula (seta vermelha).

    NEVES, 2007, adaptado.

    A mandbula articula-se com os ossos do crnio por meio do processo

    articular da mandbula, que se encaixa na fossa mandibular do osso temporal e

    forma a articulao temporomandibular (ATM). As maiores incidncias de danos na

    mandbula so fraturas, neoplasias, infeces, luxao da ATM e

    hiperparatireoidismo renal secundrio (CLUDIO, 2013). Sendo as fraturas

    patolgicas mais comuns em ces geritricos e de raas pequenas (NEVES, 2007).

    5.1.1 Endodontia

    o ramo da odontologia que trata da etiologia, diagnstico, teraputica e

    profilaxia das doenas e leses que afetam a polpa dentria e a raiz dentria, bem

    como o tecido periapical.

    O tratamento endodntico designado sempre que as estruturas internas do

    dente so acometidas, como nos casos de exposio da polpa, pulpite e necrose

    pulpar, com o objetivo de manter a sade do tecido pulpar ou parte dele, revertendo

    o prejuzo dos tecidos periapicais (REIS et al, 2011).

    A polpa toma toda a cavidade interna do dente, sendo denominadas como

    cmara pulpar e canal radicular. O tecido pulpar composto de vasos sanguneos,

    linfticos, feixes nervosos e clulas especializadas (SANTOS et al, 2012). Tais

  • 28

    clulas so responsveis pela produo de dentina durante toda a vida do animal,

    promovendo o estreitamento progressivo do canal (FERREIRA, 2012).

    5.1.2 Doena periodontal

    A doena periodontal atinge os tecidos que sustentam os dentes, incluindo a

    gengiva, cemento, ligamento periodontal e o osso alveolar (SILVA, 2011). Essa

    enfermidade ocorre por diversos graus de inflamao e de infeco dos tecidos da

    boca, causando dor, com possibilidade de perda dental e at fraturas de mandbula

    ou maxila (BROOK;NIEMIEC, 2008). Alm disso, pode causar distrbios sistmicos

    (FERRO et al, 2008).

    O desenvolvimento da doena periodontal atribudo por vrios fatores, mas

    o agente etiolgico primrio a placa bacteriana. Dentre os fatores predisponentes a

    esta doena, destaca-se raa, idade e dieta (DEBOWES, 2004. A placa dentria,

    tambm chamada de biofilme formada por um material amarelado que se fixa na

    superfcie do esmalte dos dentes (KOUKI et al, 2003). Os mesmos ficam envolvidos

    de forma natural pelo saliva, a qual contm bactrias que levam a calcificao da

    placa bacteriana, resultando na formao de clculo dental (CAVALCANTE et al,

    2002).

    A placa constituda predominantemente por bactrias gram-positivas,

    aerbias e sem motilidade, no incio da infeco, e por bactrias anaerbias, gram-

    negativas e com motilidade, nos estgios mais avanados da infeco.

    Essas bactrias se fixam na superfcie dental, e os metablicos vindos da

    alimentao das bactrias atuam destruindo os tecidos, sendo responsveis pela

    halitose que decorrente da doena periodontal (DAIUTO et al, 2010). A gengiva

    a primeira estrutura acometida pelos subprodutos do metabolismo das bactrias da

    placa, tendo como resposta agresso com inflamao e gengivite (CAVALCANTE

    et al, 2002).

    Quanto mais placa se acumula, mais propcio a outras bactrias o ambiente

    do sulco gengival torna-se. A gengivite pode progredir para periodontite, a qual um

    estado avanado e irreversvel da doena, sendo definido por processo inflamatrio

    do ligamento periodontal, osso alveolar e cemento (BROOK; NIEMEC, 2008). A

    proporo em que o osso danificado e seguidamente reabsorvido, ocorre a

    formao de bolsa periodontal (sulco gengival mais profundo ). Essas bolsas

  • 29

    periodontais podem ser reversveis se houver um controle eficaz da placa e do

    clculo (LOPES et al, 2005).

    Na doena periodontal, as bactrias que se encontram dentro do sulco

    gengival, liberam enzimas e toxinas bacterianas (SANTOS et al, 2012). Esses

    produtos induzem uma atividade proteoltica dos tecidos, aumentando atividade

    osteoclstica, inibindo a funo osteoblstica, levando destruio do tecido

    conjuntivo, reabsoro ssea e perda de insero (HARVEY; EMILY et al, 2004).

    A doena periodontal pode ser dividida em graus (Figura 13), no entanto,

    atribuir um grau de doena periodontal muito subjetivo. O que realmente tem

    importncia uma avaliao conjunta dos fatores combinados que incluem placa,

    clculo, inflamao gengival e perda de tecido sseo (LEON-ROMAN; GIOSO,

    2004). Na periodontite inicial (Grau I) ocorre inflamao e edema gengival severo,

    no (Grau II) de periodontite moderada, pode se observar gengivite, edema e ligeira

    retrao gengival. Enquanto que a periodontite severa (Grau III) caracteriza-se pela

    mobilidade dentaria e no fixao dos dentes nos alvolos (GOUVEIA, 2009).

    Figura 14 Classificao da doena periodontal em co: grau l, ll, lll.

    Fonte: FERREIRA, 2012, adaptado.

    Complicaes locais da doena periodontal grave juntamente com perda

    dentria, deixam sequelas significativas como fistulas oronasais, inflamao

    periocular, osteomielite crnica, neoplasias orais e fraturas patolgicas (LOPES et

    al, 2005). Estas fraturas ocorrem geralmente na mandbula, especialmente na rea

  • 30

    dos caninos e dos primeiros molares, devido ao enfraquecimento causado pela

    perda ssea crnica (ROZA, 2004).

    As fraturas patolgicas podem ter prognstico reservado devido dificuldade

    de regenerao ssea, carncia de matriz ssea, baixa oxigenao da rea e

    dificuldade na fixao. Assim que uma rea do osso entra em necrose, j no

    responde eficazmente a antibioticoterapia e requer debridamento cirrgico para a

    remoo de todo o material oriundo dos tecidos necrosados e dos microrganismos.

    Em alguns casos mais graves, a infeco bacteriana pode tambm originar sepse

    (RAIMUNDO, 2008).

    Dentre as principais alteraes presentes nas articulaes mandibulares

    esto as luxaes, displasias e as fraturas de ramo mandibular (COSTA, 2011). A

    luxao mandibular pode ocorrer de forma isolada ou associada a fraturas de

    mandbula, normalmente o animal se apresenta com dores e impossibilidade de

    fechar a boca (BOUDRIEAU, 2004). J a displasia temporomandibular pode ser

    uma das causas de luxao crnica, devido a fossa mandibular rasa (ASSIS, 2004).

    E formao inadequada ao nvel da estrutura ssea da ATM, caracterizados por uma

    m ocluso (LEWIS; REITER, 2010). Esta condio tem sido associada displasia

    da ATM levando a uma subluxao e deslocamento contra lateral da mandbula

    (SCHWARZS et al, 2012). Entretanto a doena articular degenerativa pode ser uma

    sequela da displasia da ATM (CLAUDIO, 2013).

    5.2 DIAGNSTICO

    O diagnstico da doena periodontal concludo pela avaliao das

    estruturas intra e extrabucais. No exame clnico alguns sinais podem auxiliar na

    deteco da doena, como halitose intensa, salivao, sangramento oral, mobilidade

    dentria, presena de gengivite, placa bacteriana e clculo (REZENDE et al, 2004).

    A presena de placa bacteriana, clculo, inflamao gengival e mobilidade dos

    dentes so evidentes no animal consciente, no entanto a extenso da doena

    apenas pode ser avaliada atravs do exame periodontal e radiogrfico completo sob

    sedao ou anestesia geral (PIGNONE, 2009).

  • 31

    5.3 TRATAMENTO E PREVENO

    O objetivo do tratamento da doena periodontal baseia-se na eliminao da

    placa bacteriana atravs de procedimento odontolgico (MENESES, 2011). Este

    inclui raspagem de clculo da coroa, raspagem radicular, aplainamento radicular

    removendo todo o tecido necrosado das razes afetadas, polimento para deixar a

    superfcie lisa e outros processos como extraes, tratamento endodntico e cirurgia

    periodontal. O uso de antibiticos se faz necessrio. Deve ser de amplo espectro,

    ao contra gram-positivos, gram-negativos, aerbios e anaerbios. Utiliza-se como

    preventivos da bacteremia durante as intervenes da cavidade oral a clindamicina,

    a amoxicilina, o metronidazol, a espiramicina, a ampicilina, entre outros

    (FERNANDES, 2012).

    Quando houver fratura ssea por consequncia da doena periodontal, o

    tratamento conservador, com possvel colocao de uma focinheira confeccionada

    com esparadrapo em formato de funil, para apoiar a mandbula sem ocorrer

    deslocamento mnimo dos fragmentos da fratura. A focinheira deve permitir ao co

    abrir a boca suficiente para beber gua e ingerir alimentos pastosos (MACEDO et al,

    2006). Outra opo para estabilizao oral o tratamento cirrgico por meio de

    cerclagem, permitindo a reduo fechada de fraturas mandibulares e maxilares,

    preservando as ligaes periosteais e o suprimento sanguneo.

    Essas tcnicas so especialmente teis para fraturas rostrais aos primeiros

    molares mandibulares e fraturas cominutivas s quais a reduo anatmica no

    possvel (OPPERMANN et al, 2006). O tratamento deve prover ajuste oclusal

    correto e o ps-operatrio deve ser realizado de maneira cautelosa, provendo-se

    uma alternativa para a ingesto adequada de alimentos lquidos e pastosos pelo

    paciente e controlando-se a dor e a infeco pela utilizao de frmacos adequados

    (FERREIRA, 2012).

    O sucesso da preveno da doena periodontal depende dos cuidados dos

    tutores, estes devem ser instrudos sobre a importncia da frequncia das

    escovaes, bem como a visita ao mdico veterinrio, para avaliar a higiene oral do

    animal e efetuar uma nova profilaxia profissional quando necessria (NOGUEIRA et

    al, 2010). O uso de produtos alimentares que estimulam o ato de mastigar, como

    brinquedos confeccionados para ces, apresenta efeitos benficos na reduo do

    acmulo de placa, clculo e estimula o fluxo salivar (LOGAN, 2006).

  • 32

    6 RELATO DE CASO

    Um co, macho, dachshund, 14 anos, pesando 7 kg no castrado, foi trazido

    para um atendimento emergencial no CIEV. Durante a anamnese os tutores

    relataram que o mesmo no estava se alimentado normalmente, aparentava-se

    desorientado, com espamos`` na musculatura da face e quando abria boca sua

    cabea pendia para o lado esquerdo. Ao exame fsico, o paciente apresentava-se

    aptico, 5% de desidratao, sopro auscultao, frequncia respiratria e presso

    arterial dentro dos parmetros fisiolgicos normais, normotrmico, mucosas

    normocoradas, TPC de 2 segundos, escore corporal 3/5. Manifestava desconforto

    palpao abdominal e durante a inspeo oral o mesmo no permitia a manipulao

    na face rostral esquerda da mandbula, pois se mostrava com muita dor na regio.

    Em seguida realizou-se exame neurolgico avaliando medula, encfalo e

    nervos cranianos. Iniciou-se verificando se havia alteraes em conscincia,

    marcha, propriocepo e saltitar dos 4 membros. Em seguida foi feita a palpao da

    coluna vertebral seguido de flexo, extenso e lateralizao do pescoo, verificao

    dos reflexos pupilares direito, esquerdo e consensual, assim como reflexo de

    ameaa e palpebral, investigao de estrabismo, nistagmo e sensibilidade nasal e

    da cabea. Porm nenhuma alterao foi evidenciada. O paciente permaneceu

    internado, com intuito de monitorar os padres fisiolgicos, e tambm para um

    planejamento teraputico com administrao de antibiticos, antiinflamatrios e

    analgsicos.

    Posteriormente o animal foi submetido a avaliao com uma profissional

    especialista em odontologia, a qual constatou doena periodontal avanada,

    gengivite, periodontite e dor eminente no canino inferior esquerdo com suspeita de

    fratura no ramo esquerdo da mandbula. O paciente tambm apresentava dor na

    articulao temporomandibular bilateralmente. Como medidas teraputicas

    recomendou-se ao tutor que seria necessrio o animal passar por um procedimento

    odontolgico para a remoo da placa bacteriana, extrao e curetagem dos dentes

    comprometidos pela doena periodontal avanada.

    Para tanto, foram solicitados exames complementares hematolgicos e

    bioqumicos como uria, creatinia, FA e ALT, para avaliar o estado geral de sade

    do animal.

  • 33

    O resultado demonstrou valores considerados normais em relao aos

    valores de referncia, com exceo da FA, que se mantinha com valores acima do

    limite mximo aceitvel (837 UI/L), conforme demonstrado na Tabela 1.

    Tabela 1 Resultados dos exames hematolgicos e bioqumicos do co macho, Dachshund, 14 anos, atendido no CIEV, 2016.

    Hemograma Resultados Valores de referncia

    Eritrograma

    Eritrcitos (milhes/uL) 6,43 5,5 - 8,5

    Hematcrito (%) 41 37 55

    Hemoglobina (g/dL) 13,20 12 -18

    VCM (u3) 63,76 60 77

    HCM (pg) 20,53 19 23

    CHCM (%) 32,20 30 36

    Leucograma

    Leuccitos (milhes/uL) 10170 6000 17000

    Neutrfilos Segmentados 7933 3000 11500

    Bastonetes 203 0 300

    Linfcitos 1526 1000 4800

    Moncitos 509 150 -1350

    Eosinfilos 0 100 1250

    Basfilos 0 0 200

    Plaquetas 508 175 500

    Protena Total (g/dL) 7,2 6,0 8,0

    Bioqumica Resultados Valores de Referncia

    Creatinina (mg/dL) 0,6 0,5 1,6

    Uria (mg/dL) 33 10 60

    Fosfatase alcalina (UI/L) 837 10 -156

    Alanina Aminotransferase (UI/L) 73 7,0 92

  • 34

    O paciente foi encaminhado para ultrassonografia abdominal, por conta da

    dor abdominal, no qual identificou-se alterao renal bilateral discreta. Em seguida

    foram requisitados radiografia de crnio sob sedao, devido a suspeita de fratura

    em mandbula e ecocardiograma pela presena de sopro na auscultao cardaca e

    para verificar se o paciente estava apto para o procedimento odontolgico.

    A ecocardiografia protocolo de avaliao para animais de meia idade a

    idosos que necessitem ser anestesiados ou possuem alguma disfuno cardaca.

    Os resultados ecocardiogrficos revelaram degenerao crnica e insuficincia

    valvar mitral e tricspide, assim como hipertenso arterial pulmonar discreta.

    No exame radiogrfico de crnio foi evidenciada fratura completa obliqua em

    tero rostral de mandbula esquerda, envolvendo alvolo de canino inferior

    esquerdo. Observou-se tambm sinais de doena periodontal, osteomielite com

    reabsoro de osso alveolar e ainda sinais de doena articular degenerativa em

    articulaes temporomandibulares bilateralmente.

    Figura 15 Imagem radiogrfica do co macho, Dachshund, 14 anos, mostrando fratura

    completa oblqua em tero rostral da mandbula inferior esquerda, envolvendo alvolo de canino inferior esquerdo (seta vermelha).

  • 35

    Figura 16 Imagem radiogrfica do co macho, Dachshund, 14 anos, evidenciando

    reabsoro de osso alveolar (seta vermelha).

    Mediante os resultados dos exames e da estabilizao do animal foi possvel

    encaminh-lo para o procedimento odontolgico. Utilizou-se na MPA 0,3mg/Kg/SC

    de meperidina, induo com propofol 6mg/kg/IV (dose/efeito), mantido com

    isofluorano (CAM 1,5 %) de manutenoao e fentanil 2,0 mcg/kg/IV.

    Alm da doena periodontal avanada, houve tambm uma fratura no dente

    canino inferior esquerdo com exposio e contaminao pulpar, progredindo para

    pulpite, seguido de infeco, necrose focal, osteomielite e reabsoro de osso

    alveolar, ocasionando a fratura patolgica da mandbula na face rostral esquerda.

    Foi necessria a extrao do 1 e 2 pr-molares superiores direito (105 e 106),

    ltimo molar superior direito (110), 3 incisivo superior esquerdo (203), 1, 2 e 3

    pr-molares superiores esquerdos (205, 206, 207), ltimo molar superior esquerdo

    (210) e o canino inferior esquerdo (304).

    Ao trmino das extraes dos dentes supracitados, foi realizada a curetagem

    para limpeza dos espaos alveolares, enxague com soluo fisiolgica e sutura

    gengival com fio absorvvel poliglactina (4-0), por meio de ponto interrompido

    simples no terceiro incisivo superior esquerdo e canino inferior esquerdo. No local da

    extrao dos demais dentes no houve sutura, pois no apresentaram tecido

    gengival saudvel, deixados cicatrizarem por segunda inteno.

  • 36

    Entretanto foi necessria uma curetagem mais profunda no alvolo onde

    estava inserido o canino inferior esquerdo, seguido de antissepsia e lavagem com

    soluo fisiolgica. Foi introduzida no espao alveolar uma esponja hemosttica de

    colgeno hidrolizado (gelatina) liofilizada, indicada para obteno da hemostasia

    local e com finalidade de atuar na manuteno do cogulo e no preenchimento do

    espao gerado. E, por fim, efetuou-se a sutura gengival com ponto interrompido

    simples. Nos dentes que no foram extrados, realizou-se a retirada do clculo com

    aparelho de ultrassom e concluiu-se o processo com polimento utilizando-se pasta

    dental profiltica.

    Para a limpeza dos alvolos dentrios foi utilizado soluo fisiolgica. Porm

    a clorexidina uma das substncias mais eficientes no controle de microorganismos

    causadores de placa bacteriana. Recomenda-se iniciar a aplicao dos antisspticos

    bucais vrios dias antes do tratamento periodontal, para diminuir a carga bacteriana,

    a halitose e hemorragia durante o procedimento cirrgico.

    Devido a fratura patolgica mandibular foi necessrio o uso constante de

    focinheira protetora para manter a estabilizao da ATM e imobilidade da mandbula.

    Aps o procedimento odontolgico, o paciente permaneceu internado por opo dos

    tutores para uma melhor analgesia e conforto do mesmo. Optou-se por frmacos

    injetveis para minimizar a manipulao na mandbula evitando assim que o co

    recebesse medicaes por via oral. Ofertou-se gua vrias vezes ao dia e comida

    semi-pastosa em pequenas quantidades em intervalos de duas horas, administradas

    atravs de uma seringa de 10 ml, sendo que a cada refeio o animal ingeria

    aproximadamente 15 ml de alimento.

    Durante este tempo foi instituda fluidoterapia com manuteno de 2,5ml/kg/h;

    administrou-se amoxicilina com clavulanato 20mg/kg/BID/SC e metronidazol

    15mg/kg/BID/IV, como terapia antibitica; analgesia foi estabelecida no primeiro dia

    com infuso contnua de lidocana 30 - 50 g/kg/min e ajustada conforme a dor do

    animal, tramadol 4mg/kg/TID/SC, sendo este ltimo substitudo por metadona

    0,2mg/kg/TID/SC, devido a dor importante que o paciente apresentava e buscopam

    25mg/kg/BID/SC. O antiinflamatrio de escolha foi o meloxicam 0,1mg/kg/SID/SC,

    como ao antiemtica a ondansentrona 0,2mg/kg/TID/SC e ranitidina

    2mg/kg/BID/SC como protetor gstrico.

    O animal vinha apresentando uma melhora progressiva do quadro, a

    sensibilidade dolorosa na mandbula no eram mais evidentes e passou a se

  • 37

    alimentar sozinho. Aps 5 dias internado o paciente recebeu alta mdica. Para

    administrao em casa foi prescrito benazepril 0,25 mg/Kg/SID/VO uso contnuo,

    espironolactona1mg/Kg/SID/VO e pregabalina 12mg/Kg/BID/VO alm de dieta

    liquida e pastosa por um ms e uso constante de focinheira protetora at uma nova

    avaliao.

    Treze dias aps o procedimento odontolgico houve retorno do animal para

    avaliao com a profissional especialista (Figura 16). Ocorreu uma melhora

    significativa no quadro clnico, ao exame fsico foi constatado a cicatrizao por

    segunda inteno dos espaos deixados pelas extraes, no demonstrava sinais

    de dor a palpao mandibular, continuava se alimentando sozinho e se mantinha

    ativo. Passados 30 dias o paciente ser submetido a uma radiografia de crnio para

    avaliar a consolidao ssea da fratura.

    Figura 17 Paciente em consulta de retorno 13 dias ps cirrgico, usando focinheira protetora.

  • 38

    7 DISCUSSO

    O co do presente relato apresentava avanado grau de doena periodontal,

    devido acmulo de clculo dentrio, ocasionando gengivite e periodontite severa

    (Grau lll). Enquanto a afeco periodontal ficar restrita gengiva, d-se o nome de

    gengivite, a partir do momento que ocorre o envolvimento do periodonto de

    sustentao, o processo passa a ser chamado de periodontite (LEGENDRE, 2005).

    Os resultados dos exames laboratoriais mostravam-se com valores

    considerados normais em relao aos de referncia, com exceo da FA que se

    mantinha com valores acima do limite mximo aceitvel. Sabe-se que a FA uma

    enzima presente nas membranas celulares e a induo ocorre por estase biliar

    resultando em aumento da produo desta enzima por estmulo e assim, elevao

    da mesma no soro, podendo ser encontrada em vrios tecidos, principalmente no

    tecido sseo (FERREIRA, 2012).

    A FA de origem ssea pode estar aumentada devido leso ssea e

    consolidao de fraturas (LOPES, 2005). Essa afirmao justifica a causa do

    aumento da enzima no exame bioqumico do paciente, j que o mesmo apresentava

    reabsoro ssea que levou a fratura patolgica da mandbula.

    No exame ultrassonografico, foi visualizada alterao renal bilateral discreta

    sugerindo nefropatia, que pode estar associada idade, peso e afeces

    periodontais do paciente. Este achado ultrassonografico condiz com a literatura

    pesquisada. A seriedade da doena periodontal pode estar relacionada com a

    ocorrncia da doena renal (BAR-AM et al, 2008). Durante a mastigao, devido a

    rica vascularizao do periodonto e as micro leses gengivais, ocasionam um

    ambiente favorvel s endotoxinas bacterianas na cavidade oral que se desprendem

    e caem na corrente sangunea causando bacteremia (HASAN;PALMER, 2014).

    Esse processo pode resultar em resposta imunolgica sistmica, com

    distrbios secundrios, tais como endocardiose, endocardite, nefrite intersticial e

    glomerulonefrite (ACCARINI;GODOY, 2006). O ecocardiograma realizado no

    paciente evidenciou degenerao crnica e insuficincia valvar mitral e valvar

    tricspide e hipertenso arterial pulmonar discreta. Estas afeces podem estar

    relacionadas doena periodontal, idade e peso do animal (HARVEY, 2004).

    Estudos em animais tem sugerido que as bactrias oriundas da cavidade oral,

    quando adentram na corrente circulatria, podem ligar-se s vlvulas cardaca e

  • 39

    causar endocardite, bem como tromboembolismo, outros estudos tm relacionado a

    bacteremia proveniente da cavidade oral com infartos cerebrais e do miocrdio

    (ALMEIDA et al, 2006).

    Ao trmino do procedimento dentrio se fez uso de antibiticos para diminuir

    a carga bacteriana na boca evitando assim as chances de bacteremia sistmica,

    alm de administrar antiinflamatrios e analgsicos para controle da infamao e

    dor. Este protocolo confirmado pela literatura. No ps operatrio importante

    realizar a antibioticoterapia para reduzir a incidncia de infeces, uso de

    antiinflamatrios e analgesia adequada para controle da dor (PRADO et al, 2011).

    O paciente se encontrava com adiantada evoluo da doena periodontal em

    todos os dentes causando inflamao em toda extenso da gengiva, juntamente

    com uma contaminao e exposio pulpar do canino inferior esquerdo.

    Ocasionando uma infeco descendente levando a necrose focal, osteomielite, lise

    ssea e por consequncia fratura na parte rostral do ramo da mandbula (TEIXEIRA,

    2016).

    Esta informao remete a literatura, pois a afeco periodontica pode afetar

    um nico dente ou um grupo de dentes ocasionando uma infeco, levando a

    necrose, osteomielite, reabsoro e lise ssea ocasionando fratura na mandbula

    (VENTURINI et al, 2007). Os lipopolissacardeos e outras substncias que compem

    a placa tm acesso aos tecidos gengivais, iniciam e perpetuam eventos inflamatrios

    resultando em produo de citocinas pr-inflamatrias induzindo produo de

    metaloproteinases que destroem o tecido conjuntivo da gengiva e do ligamento

    periodontal, bem como prostaglandinas que medeiam reabsoro do osso alveolar

    (TEIXEIRA, 2016).

    O dente canino inferior esquerdo foi extrado, pois no havia possibilidade de

    mant-lo devido infeco avanada e a fratura decorrente da periodontite. Sendo

    realizada a curetagem do alvolo dentrio por conta da necrose na polpa dentria.

    Segundo Gorrel et al (2007), a extrao dentria indicada em casos de injrias

    irreversveis ao sistema endodntico e quando ocorre necrose pulpar.

    Logo aps o procedimento cirrgico, o paciente fez uso da focinheira de

    proteo confeccionada pela prpria profissional especialista, com um material no

    rgido como o esparadrapo. Para que no haja comprometimento da vascularizao

    do local da fratura e assegurar que a mandbula tenha mnima movimentao e

  • 40

    ainda auxiliar na estabilizao das articulaes temporomandibulares bilaterais

    (PEAK, 2011).

    Como esclarece Prado et al (2011), as fraturas do corpo da mandbula so

    melhores tratadas conservadoramente, por meio de imobilizao. A medida que a

    vascularizao preservada e a infeco controlada o osso fraturado consegue

    cicatrizar, mesmo que certo grau de mobilidade permanea. A focinheira ainda

    mantm a reduo da fratura, ao manter intertravados os dentes caninos superiores

    e inferiores. O propsito primrio manter os dentes em ocluso e reduzir o

    movimento mandibular.

    Mesmo com o uso da focinheira protetora o paciente conseguiu se alimentar a

    principio utilizando uma seringa e conforme havia melhora no quadro clnico e

    remisso da dor, ele comeou a se alimentar por conta sem intercorrncias.

    Conforme Assis (2004), nas fraturas maxilofaciais preciso se certificar que o animal

    conseguir se alimentar. Caso isso no ocorra, necessrio estabelecer formas de

    proporcionar adequada nutrio ao paciente, como a insero de sonda esofgica.

    Logan (2006) relatou em um estudo, no s uma relao significativa entre a

    doena periodontal e a idade avanada, como tambm entre a presena da doena

    periodontal e tamanho do co, sendo a gengivite mais frequente nos ces acima de

    30 kg e a periodontite em ces com peso inferior a 10 kg.

    Alm de possuir doena periodontal o paciente tambm era senil e tinha peso

    inferior a 10 kg. Esse fato tambm pode ser explicado pelos animais se alimentarem

    de comida caseira ou industrializada mida, no apresentando a abraso necessria

    para desestruturao da placa dentria (GORREL et al, 2007).

  • 41

    8 CONCLUSO

    Diante do exposto de grande importncia que achados clnicos como fratura

    patolgica de mandbula em um co com doena periodontal avanada seja

    relatado. O diagnstico clnico precoce indispensvel para deteco da doena em

    fase inicial, porm se a enfermidade evoluir a radiografia a melhor forma de

    avaliao da extenso da doena periodontal e dos danos causados por ela. O

    melhor tratamento o controle da placa bacteriana e sensibilizao dos tutores a

    respeito da sade oral dos animais, podendo contar com o auxilio de um medico

    veterinrio especialista em odontologia.

  • 42

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