Instrutor Mario Silvestri PLANEJAR É PRECISO Mario Silvestri Filho.
UNIVERSIDADE TUIUTi DO PARANA MARIO HENRIQUE RIBEIRO BORGES MOTIVO E MOTlVAC;:)i.O … · RESUMO...
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UNIVERSIDADE TUIUTi DO PARANA
MARIO HENRIQUE RIBEIRO BORGES
MOTIVO E MOTlVAC)iO EM ARTISTAS CIRCENSES
CURITIBA2005
58
MARIO HENRIQUE RIBEIRO BORGES
MOTIVO E MOTIVArAo EM ARTISTAS CIRCENSES
TRABAlHO FINAL CURSO DE EDUCAcAOFisICA DISCIPLINA TRABALHO ORIENTADODA UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA
CURITIBA2005
TERMO DE APROVACAO
Mario Henrique Ribeiro Borges
MOTIVO E MOTIVACAO EM ARTISTAS CIRCENSES
Este Trabalho de Conclusao de Curso foi julgado e aprovado para aobtenao do titulo de licenciado no Curso de Educaao Fisica da
Universidade Tuiuti do Parana
Orientador ~~Ar~o~Ug-~Universidade Tuiuti do Parana
Departame~o de Educaao Fisica
ProfUniv-ersCid-ad-e~Tu-Ci-uti-do-Parana--
Departamento de EduC8c80 Fisica
Curitiba de de 2005
iii
Dedico este trabafho ao meu paiNelson Borges pela incansaveldedic8tao e desmedido esforro paraque eu pudesse chegar onde estouhoje
AGRADECIMENTOS
Primeiramente gostaria de agradecer ao nossa born DEUS
Agraderyo aD meu amigo mestrando e co-orienta dar Rodrigo de
Franca que muito me ajudou nesta pesquisa
Ao professor Amo pela sua paciencia pedag6gica e orientayiio
Ao querido Professor Sergio Roberto Abrahao por acreditar no meu
trabalho 9 que durante anos vern abrindo caminhos
A Guta por ser meu RAIO DE SOL bull
Ao meu irmao Luis Borges pelas cobranC8s
Ao meu amigo desde a adolescencia FiletI pel as conquistas
profissionais
Ao amigo Diego hijo de la madre
Ao amigo Pablo pelo tutorial artistico e pelos dialogos inerentes avida Ser ou nao ser
A ASP ART pelas oportunidades e parcerias
Ao meu conselheiro s6cio-filos6fico Alexei
Aos alunos de Circo da UFPR
A lodos aquales e aquelas que porventura a minha memoria n~o deu
conta de contemplar
E especial mente a Dona Mara que me criou pelas veredas do
conhecimento
SUMARIO
RESUMO vii
1INTRODUCAO 1
11 JUSTIFICATIVA 1
12 PROBLEMA 2
13 OBJETIVOS 2
131 Objetivo Geral 2
132 Objetivos Especificos 2
2 REVISAO DE LlTERATURA 3
21 QUANDO E ONDE COMECA A HISTltJRIA DO CIRCO 3
220 CIRCO NO BRASIL 6
23 MOTIVO E MOTIVACAo 8
231 Teorias Psicol6gicas 10
3 METODOLOGIA 12
31 TIPO DE PESQUISA 12
32 POPULACAO E AMOSTRA 12
321 Popula~ao 12
322 Amostra 12
33 INSTRUMENTO 12
34 COLETA DE DADOS 12
35 ANALISE DOS DADOS 13
36 L1MITACOES 13
4 APRESENTACAO E DISCUSSAO DOS DADOS 14
5 CONCLUsAo 17
6 REFERENCIAS 18
APENDICE 19vi
RESUMO
Titulo Motivo e motiva~o em artistas circenses
Aluno Mario Henrique Ribeiro Borges
Orientador Amo Krug
Curso Educaltao Fisica
Instituigao Universidade Tuiuti do Parana
A referida pesquisa tern como prop6sito verificar as motivQs e asmotiv890es que levaram as artistas circenses a ingressar e permanecer nomeio Buscando dessa forma alguns elementos fundamentais na literaturaaeerca das bases epistemol6gicas da motivalt~o a qual e 0 foco centraldeste trabalho Procurou-se resgatar quando e cnde comeC8 a hist6ria docirco sua origem no Brasil e sabre algumas definicoes acerca de uma novacorrente chamada circa novo Bern como tracar 0 perfil dos artistas circensesdo sexo masculino aplicar uma entrevista aos mesmas comparar asmotivQs e motivayao que as leva ram a ingressar e permanecer na atividade
Esta pesquisa caracteriza-se como descritiva foi montada umaentrevista semi-estruturada com varias perguntas abertas em uma ordemprevista Os entrevistados foram artistas circenses que trabalharam comcirco na grande regiao de Curitiba com rna is de tres anos de experienciasendo todos eles voluntarios Apos a entrevista obtivemos a mostra do perfildos artistas aonde foi verificado e comparado os motivos e as motivacoesque levaram estes artistas a ingressarem e se manterem na atividade Comrela980 aos resu~ados 0 que chamou bastante a aten9iio foi quanto aescolaridade 0 estudo apontou que os sujeitos apresentaram born grau deescolaridade 875 dos artistas possuem 0 Ensino Media
Tudo isso leva a conciusao de que e uti I distinguir de um lado afuncao dinamica geral que ativa e dirige 0 comportamento de maneiracontinua e de outro lado a constelacaa motivacional concreta que eresponsavel pel a regula980 do comportamento em um dado momento
Apos 0 cantata com estes diversos artistas pode-se inferir que osmotivos sao diversos mas a principal motivacao vern da satisfacao pessoalpelo trabalho desenvolvido e 0 estreito apego emocional pel a arte
vii
1INTRODUCAo
11 JUSTIFICATIVA
Pesquisar e 0 ata de questionar observar ser curioso buscar
respostas para nassas inquietscoes E a tareta da pesquisar precede a umestado sensorial ista e faz-sa necessaria a condiC2o de leva a procurarasrespostas dos questionamentos Tal condicaoe conhecida como motivacao
() aspeeto dinamico da entrada em relacaode urn sujeito com 0 mundo
Concretamente a motiv8y80 diz raspeito a direC2o ativa do comportamentopara detenninadas categorias preferenciais de situ8coes ou de objetos
(NUTTIN1983 p 11)
Bergamini (1997) propOeque a motivacaoseja uma cadeia de eventos
base ada no desejo de reduzir urn estado interno de desequilibrio tendo comofundamento 0 pensamento e a crenca de que certas acOes deveriam servir aesse prop6sito e levando as sujeitos a agirem de maneira que saraoconduzidos ate 0 objetivo desejado E importante que seja considerada a
exist~ncia de diferencas individuais e cutturais entre as sujeitos quando serefere a motivacaoEste difereneial nao s6 pode afetar signifieativamente ainterpretacaode urn desajo mas tarnbem 0 entendimento da maneira
particular como as pessoas agem e atuam na busca dos seus objetivos Aspessoas ja trazem dentm de si expectativas passoais que ativamdeterminado tipo de busca de objetivos A motivacaoportanto pode ser
considerada primordialmente um proeesso intrinseeo
A maneira mais fundamental e util de pensar a respeito desse ass unto
envolve a aceitacaodo eonceito de motivac8ointrinseca que sa refere ao
processo de desenvolver uma atividade pelo prazer que ela mesmaproporciona isto e desenvolver urna atividade pela recompensa inerente aessa mesma atividade (DECI amp RYAN 1985 p21)
Essa forma de considerar 0 cornportamento rnotivacional impliea 0
reconhecimento de que ele representa a fonte mais importante de autonomia
pessoal a medida que as pessoas podem de certa forma escolher que tipo
de BvaD empreender com base nas SUBS proprias fontas intern as de
necessidades e naD simplesmente responder aos control as impostos pelo
meio extemo
Neste sentido emerge a necessidade ou melhor a motivac~opara a
realiz8g8o desse estudo que e de ouvir e relatar atraves de questionario
semi-estruturado particularmente 0 caso de artistas circenses e descobrir 0
que as impulsiona alem dos trampolins
12 PROBLEMA
Qual e 0 motivQ que levou 0 artista circense a ingressar no circa e a
rnotivayao que 0 impulsiona a sa manter no meio
13 OBJETIVOS
131 Objetivo Geral
Vermcar quais 05 motivos e motivay80 que levou artistas do sexo
masculino a ingressar e permanecer no meio circense
132 Objetivos Especificos
bull Trayar 0 perfil dos artistas circenses do sexo masculino
bull Aplicar urna entrevista aos artistas circenses do sexo masculino para
verificar avaliar e comparar os motivos e motivayao que os levaram a
ingressar e permanecer na atividade
bull Comparar se os motivos e motivayao sao as mesmos entre as artistas
com mais au menos 3 anos de experiAncia
2 REVISAO DE LlTERATURA
21 QUANDO E ONDE COMEltAA HIST6RIA DO CIRCO
o circo e urna atividade corporal secular com dificil precisao de origem
dos espetaculos mas traz no seu hist6rico a hip6tese de que 0 remoto
ancestral do artista de circo deve ter sido aquele troglodita que num dia de
caya surpreendentemente farta entrou na cavern a dando pulos de alegria e
despertando com suas caratas 0 riso de seus companheiros de
dificuldades (RUIZ apud TORRES 1998 p13)
Segundo Castro (1997) pode-se dizer que as artes circenses surgiram
na China cnde foram descobertas pinturas de quase 5000 anos em que
aparecem acrabatas contorcionistas e equilibristas A acrobacia era urna
forma de treinamento para as guerreiros de quem sa exigia agilidadeflexibilidade e forya Com 0 tempo a essas qualidades sa somou a graya a
beleza e a harmonia Torres (1998) conta que em 108 aC houve uma
grande testa em homenagem a visitantes estrangeiros que foram brindados
com apresentalt6es acrobaticas surpreendentes A partir dai 0 imperador
decidiu que todos as an os seriam realizados espetaculos do genero durante
o Festival da Primeira Lua Ate hoje os alde6es praticam malabarismo com
espigas de milho e brincam de saltar e equHibrar imensos vasos nos pes
Ha registros segundo Torres (1998) em seu livro 0 circo no Brasil de
que as raizes da arte circense estao nos hip6dromos da Grecia antiga e no
grande Imperio Egipcio De acordo com Lewbel (1995) e Zeithen (citado por
CONWAY 1994) no Egito os primeiros sinais da arte circense estao
gravados nas piramides com desenhos de domadores equilibristas
malabaristas e contorcionistas Os espetaculos desse periodo eram como
as procissoes que tinham 0 objetivo de saudar os generais vitoriosos
Nesses cortejos havia adorna 0 desfile de animais ex6ticos e sold ados
conduzindo os novos escravos alem de apresentay6es em argolas e barras
que lembravam numeras da modama ginastica olimpica No inicio a arte
circense tinha uma forte rela~o com esse esporte com numeros baseados
em saltos e acrobacias Os satiros faziam 0 povo rir dando continuidade alinhagem dos palhayos
Mas foi na Europa que 0 circa ganhou fona e se desenvolveu Para
Castro (1997) os espetaculos tomaram impulso ainda no Imperio Romano
quando seus anfrteatros recebiam apresentayoes de habilidades (mais tarde
classificadas como circenses) A importancia e a grandiosidade desse
espetaculo pode ser atestada pelo Circo Maximo de Roma 0 qual apareceu
pouco depois mas foi destruido em um incendio Em 40 aC no mesmalocal foi construido 0 Coliseu onde cabiam 87 mil espectadores Segundo a
autora la eram apresentadas excentricidades como homens louros nordicosanimais ex6ticos engolidores de fogo e gladiadores entre outros Porem
entre 54 e 68 dC as arenas passaram a ser ocupadas por espetaculos
sangrentos com a perseguiltao aos cristaos que eram atirados as ferasdiminuindo 0 interesse pelas artes circenses Com a decademcia do ImperioRomano os artistas circenses ganham espalto nas pracaspublieas nos
adros das igrejas e sobretudo nas feiras () ela (a feira) foi 0 lugar onde a
arte circense permaneceu de Roma a Philip Astley (CASTRO 1997 p17)
Esses circas agrupados em pequenas companhias rodavam vilas cidadese eastelos em busea de publico e de sustento Nessa apoea os circos naotinham a mesma organizaltao dos nossos dias com cabertura de lanaarquibancadas e picadeiro mas ja apresentavam numeros que permanecemate hoje como engolidores de fogo truques magicos e malabarismos Ja 0
circa como nos 0 conhecemos - urn picadairo lonas mastros trapezios
desfiles de animais - e a forma modem a de antiQuissimos entretenimentosde diversos povos e culturas (CASTRO 1997 p16)
Para melhor compreensao deve-se fazer separacaoentre 0 circa e a
arte circense De acordo com Castro (1997) a arte circense e 0 resultado de
performances artisticas desenvolvidas em diversos paises ao longo dotempo Essas performances incluem habilidades fisicas equilibrio na corda
bamba saltos mortais contorcionismo elementos de teatro e danlta e
habilidades em gera andar em monocicla do mar animais etc Ja 0 circa alocal fiSiCO onde sao feitas as apresentacOesde arte circense sofreu varias
modificayoes Segundo Fonseca (1979) 0 seu conjunto com formato
arredondado picadeiro cobertura de lona e cercado de arquibancadas s6
foi criado em 1770 dando origem ao circo modemo que e 0 que
conhecemos hoje em dia
Conforme aponta Torres (1998) 0 primeiro circa europeu modemo 0
Astleys Amphrtheatre foi inaugurado em Londres por volta de 1770 por
Philip Astley urn oficial ingles da Cavalaria Britanica_0 circo de Astley tinha
urn picadeiro circular com uma especie de arquibancada perto_Ele percebeu
que seria bern mais tacil C--) manter-se de pe sobre urn cavalo a galope
dentro de urn circulo perfeito_ Questao de lei fisica a forya centrifuga
(TORRES 1998 p_16)_Astley organizou urn espetaculo eqOestrecom rigor
e estrutura militares mas percebeu que para segurar 0 publico teria quereunir outras atracaes e juntou saltimbancos equilibristas saltadores e
palhaco_0 palhacodo batalhao era urn soldado campanio que acaba sendo
o clown e que em ingles origina de caipira_ 0 palhaconilo sabia montar
entrava no picadeiro montado ao contrario caia do cavalo subia de urn ladocaia do outro passava por baixo do cavalo Como fazia muito sucessocomecarama se desenvolver novas situacaes_Ao longo dos anos Astley
acrescentou saltos acrobaticos dancacom lacose malabarismo
De acordo com Torres (1998 p_ 18) este primeiro circo funcionava
como urn quarter os uniformes 0 rufar dos tambores as vozes de comandopara a execucao dos numeros de risco_ 0 pr6prio Astley dirigia e
apresentava 0 espetaculo criando assim a figura do mestre de cerimoniasAstley comecoua difundir 0 circo modemo e abriu uma filial em Paris ap6sconvite para apresentar-se para 0 rei da Franya S6 mais tarde algunspaises da Europa como Suecia Espanha Alemanha e Russia comecarama
desenvolver sua arte circense Em apenas cinqOenta anos 0 circo modemoja tinha se espalhado por todo 0 mundo_
Segundo Castro (1997) 0 termo circus foi utilizado pela primeira vez
em 1782 quando 0 rival de Astley Chartas Hughes abriu as portas do Royal
Circus Em principios do seculo XIX havia circos permanentes em algumasdas grandes cidades europeias_ Existiam al8m disso circos ambulantes
que se deslocavam de cidade em cidade em carretas cobertas_
22 0 CIRCONO BRASIL
Para Torres (1998) documentos apontam que no seculo XVIII antes
mesma da crialtao do circa madema ja havia grupos circenses no Brasil
Normalmente assas companhias eram formadas par ciganos expulsos da
Peninsula Iberica Tendo em vista que () sempre houve ligarao dos
ciganos com 0 circ~ (CASTRO apud TORRES 1998 p 20) Entre suas
especiaJidades incluiam-se a doma de ursos 0 ilusionismo e as exibiltoescom cavalos Hit relatos de que ales usavam tandas e nas festas sacras
havia bagunya bebedeira e exibicOes artisticas incluindo teatro de
bonecos A autera conta Que ales viajavam de cidade em cidade eadaptavamseus espetaculos ao gosto da populayao local Numeros que nao
faziam sucesso na cidade eram tirados do programa Ainda segundo Torres
(1998) 0 circo modemo s6 chegou ao Brasil a partir de 1830 Incentivadas
pelos ciclos econiimicos do cafe borracha e cana-de-arucar grandes
companhias europeias vinham apresentar-se nas cidades brasileiras Foram
essas companhias que ajudaram a formar as primeiras familias de circa que
passaram a ser as responsaveis pelo desenvolvimento do circo modemo no
Brasil Eram real mente familias com layos consangOineos que sustentavam
esta atividade Pai avo filho sobrinhos e netos eram responsaveis por tudo
desde a infra-estruturae montagemdo circo ate 0 espetaculo Castro (1997)
diz que 0 circo brasileiro ~ropicalizou algumas atracOes 0 palharo
brasileiro falava muito ao contrario do europeu que era mais mimico Era
mais conquistador e malandro seresteiro tocador de vialao com urn humor
picante 0 publico tambem apresentava caracteristicas diferentes Segundo
Eduardo Oliveira da Silva que foi aluno da segunda turma da escola
nacional de circo (TORRES 1998 p 25) Os europeus iam ao circo apreciar
a arte no Brasil os numeros perigosos eram as atrayc3es trapezia animais
selvagens e ferozes
Ate a pouco tempo esta era a situayao dos circos no Brasil Mas
diversos fatores levaram a uma mudanya na sua organizacao e
administracao Com 0 surgimento dos grandes centr~s urbanos e 0
desenvolvimento tecnol6gico apareceram tambem novas formas de
entretenimento como a televisao cinema teatro e parques de divers~o
Com isso 0 circo foi perdendo espayo e publico Na verdade 0 circo
adaptou-se aos novos tempos da mass media Tornou-se performaticD Massem esquecer a maioria das atrayOes de antigamente (TORRES 1998
pAS)
A primeira mudanya foi na rela~o familiar Agora os pais preferem
que seus filhos S8 dediquem aos estudos ao inves de sa dedicarem apenasa arte circense Os masmas passaram a perceber que com estudo seusfilhos continuariam trabalhando no circa mas agora como proprietarios deuma empresa e nao apenas como artistas Para Torres (1998) esta atitude
acabou trazendo dUBS consequencias a primeira diz respaito a visao queestes novos empresarios tern do circo Menos sentimentais para eles 0
circo e um negocio que tem que dar lucro A segunda e que para suprir a
demanda de artistas ja que as famllias circenses agora cuidavam daadministrayao surgiram as escolas de circa que formam novos artistas Elesnlio fazem parte da familia A rela~o e apenas de patrno e empregado
Igual a um funcionario que trabalha em troea de salario Hoje estas
mudanyas sa refletem em varios circos brasileiros como Beto Carrero CircaGarcia Orlando Orfei Circo Vostok e outros As velhas familias que faziam
de tudo ainda continuam nos circos mas agora na administracao deverdadeiras empresas
As mudancasocorridas na administrayao do circo moderno ajudaram acriar tambem uma nova categoria de circa Conhecidas como novo circoestas campanhias nao t~m picadeiro nem lana nem arquibancadas e seapresentam na maieria das vezes em teatros eu casas de espetaculo NasapresentayOes ha inovayOes na linguagem com a incorporayao de
elementos de danya teatro e musica Um exemplo desse tipo de circo e 0
Cirque du Soleil do Canada No Brasil ha varios grupos desse gimero
como 0 Intrepida Trupe Fratellis Teatro de An6nimos e Nau de iearos Em
Curitiba existe desde 1996 0 grupo Os Acronautas
23 MOTIVO E MOTIVACAO
Ap6s breve resgate hist6rico da arte circense segue-s8 com 0
questionamento central que e foco deste trabalho au seja como e atraves
de que sa realiza urna atividade urna aeao e urn movimento equal 0
objetivo da aCao Anterior a este questionamento cabe procurar na literatura
elementos que fundamentem a motivacao_
o terma motivayao tern suas raizes no verba latina movere quesignifiea mover A motivayao impliea movimento ativayao par isse para
descrever urn estado altarnente motivado sao utilizados termos comoexcitacao energia intensidade e ativayao Segundo a Psicologia motivos
denominam diferencas entre peculiaridades individuais duradouras que se
formaram no decorrer do tempo de desenvolvimento numa determinada
srtuacaobasica Motivacaoe dependente da srtua980e uma ocorrencia de
curto prazo Com ela se denominam todos os fatores e processos atuais que
conduzem a alYBO sob determinadas condiyaes situativas de estimulo
mantendo-as em funcionamento ate 0 tarmino Na motiva9Bo os fatores de
situacao e os fatores de motivos entram em efeito reciproco Fatores de
motivos representam assim apenas uma parte da ocorr~nciada motivaltao
Conforme Balaguer (1994) com a incorporacaodo paradigma
cognitiv~ a Psicologia 0 estudo da motivacao sofreu profundas
transformacies A partir dos anos 60 0 que vern interessando aos
psic6logos a averiguar em que medida as cognilYres as interpretalYoes dos
sujeitos influenciam em suas condutas 8 em suas motivay6es C09ni98o S8
refere ao conjunto de atividades atraves das quais a informacao eprocessada pelo sistema psiquico como a recebe seleciona transforma e
organiza como constr6i as representacoes da realidade 8 cria 0
conhecimento Muitos fenomenos estao implicados neste processamento
percepcaomem6ria elaboracaodo pensamentoe a linguagem sao alguns
deles
Para um melhor entendimento recorra-se a Nuttin (1983) no sentido
explicativo de motivacao Segundo este autor 0 termo geral motivaltao eempregado para designar 0 aspecto dinilmico e direcional do
comportamento E a motivayao que em ultima analise e responsavel pelofato de que 0 comportamento se dirige preferencialmente para umadeterminada categoria de objetivos ao inves de dirigir-se para outra ainda
que a aprendizagem desempenhe um papel secundario na aberiura do
caminho que leva para este ou aquele objetivo concreto Quanto aosmotivos 0 autor considera como sendo as concretiz8yoes das necessidadeseles constrtuem 0 componente dinamico e direcional do ato concreto
Ainda segundo Nuttin (1983) muitos autores referem-se a noyao de
motivay8o para explicar porque 0 organismo passa do estado de repousopara 0 estado de atividade A motivacliodeve mobilizar a energia ele e um
fator de energizayao Eo 0 ponto de vista fisico que explica 0 movimento por
uma forcaA biologia acaba de colocar em duvida a validade deste ponto
de vista fisico pois contrariamente ao que se pensava ate a metade doseculo passado as celulas nervosas nao tern necessidade para seremativas de uma excitayao proveniente do exterior elas nilo sao
fisiologicamente inertes a atividade e nao repouso e seu estado naturalelas n~o sao somente reativas mais ativas de maneira continua (HEBS1949 apud NUTTIN 1983 p 27)
Numa visao ampla 0 termo motiv8y80 denota fatores e processos quelevam as pessoas a ayao ou a inercia em situacOesdiversas (CRATTY
1983) De modo mais especifico 0 estudo dos motivos implica no exame das
razoes pelas quais se escolhe fazer algo ou executar algumas tarefas commaior empenho do que outras ou persistir numa atividade por longo periodode tempo
Tambem Singer (1977) descreve a motivacao como sendo a
insistencia em caminhar em direy80 a um objetivo Existem ocasioes onde ameta principal pode ser 0 alcance de uma recompensa tal como ter a nome
impresso ganhar um trofeu ou urn elogio Ern outras ocasi6es pode tamar aforma de urn impulso para 0 sucesso para provar ou conseguir alga para aauto-realizacaoExiste urn nivel ideal de motivay~o que deve estar presente
em qualquer atividade e este depende da natureza da atividade tanto quanto
da personalidadedo individuo
10
Para Frost (1971) a conduta e causada e direcionada por combina~6es
de motivQs e emoyoes alguns internos e Qutros extemos alguns geneticos e
Qutros ambientais alguns conscientes e Qutros inconscientes alguns
individuais e Qutros socia is etc
Os motivos podem ser classificados de acordo com sua fonte Por
exemplo alguns motivos sao oriundos de fontes externas e da tarefa
incluindo as diversas recompensas manifestas au latentes como 0 elogio e
as demonstracc5es de sucesso as presentes e 0 dinheiro Qutras fontes de
motiva~ao podem ser resu~ado da estrutura psicol6gica do individuo e de
suas necessidades pessoais de sucesso sociabilidade reconhecimento
etc bern como aquelas que parecem derivar de caracteristicas da propria
tarefa tais como a novidade e a complexidade da experiencia mental ou
motoracom a qual 0 individuo se defronta (CRATTY 1983)
231 Teorias Psicol6gicas
De acordo com as diversas teorias psicologicas a Motivacao pode sar
entendidadas seguintes formas (SOUZA 2005)
Teona baseada no conceito de insintos No inicio do seculo XX os
psicologos atribuiam 0 comportamento aos instintos - pad rOes de
comportamentos especificos e inatos qua caracferizavam toda uma especie
Em 1890 William James compilou uma lista de instintos humanos ca~
competiyAo mado curiosidade timidez amor vergonha e ressentimento
Mas por volta dos anos 20 a teoria dos instintos deixou de ser usada para
explicar 0 comportamento humano por tres motivos Os comportamentos
humanos mais importantes sao aprendidos Raramente 0 comportamento
humano e rigido inflexivel imutavel e encontrado em toda especia como e 0
caso do instinto Atribuir todo passive I comportamento humane a urn instinto
correspondente nao explica nada Assim por volta de 1900 os psic610gos
buscaram explicagOes mais plausiveis para a campartamento humano
Teoria dos impulsos Uma visao alternativa da motiva~o afirma que as
necessidadescorporais criam um estado de tensao ou estimula~o chamado
impulso De acordo com a teoria da redurjo de impulsos 0 comportamento
II
motivado e urna tentativa de reduzir esse desagradavel estado de ten sao do
corpo e fazer com ale retorne ao estado de homeostase au equilibria
Segundo essa teoria geralmente as impulsos podem ser divididos em duas
categorias Impulsos Primarios as quais sao inatos e encontrados em todos
as animais - inclusive no homem - motivam para a sobrevivencia da especie
- fome seda saxe e Impulsos Secundarios adquiridos par meio daaprendizagem - dinheiro sucesso etc
Tearla da ativaqao Segundo a teoria da reduyao de impulsos urna vez
satisfeitos ista e naD mais ativos 0 homem naD buscaria mais nada a nao
ser descansar pais naD haveria mais nenhuma motivayao Par issD alguns
psic6logos sugeriram a teoria da ativacao - a ativayao se refere a um estado
de alerta 0 nivel de ativay80 que oeorre em urn determinado momento se
apresenta ao longo de um continuum Numa panta esta 0 estada de alerta
maximo na outra 0 sono assim a motivacrao pode ser ativada por um desejo
de reduzir 0 estado de ativacao e em outros de intansifica-Io De acordo com
asta teoria cad a individuo teria urn nivel 6timo de ativacao que varia de uma
situayao para Dutra e ao Iongo do dia e 0 comportamento sena motivado
pelo desejo de manter urn nivel 6timo de ativayao
MotivaclJo intrinseca e extrfnseca A primeira diz respeita as recampensas
que se originam da atividade em si - 0 proprio comportamento eintrinsecamente recompensador Par conseguinte a motivaltao extrinseca se
refere as recompensas que n~o sao obtidas da atividade mas em
conseqOencia da atividade
12
3 METODOLOGIA
31 TIPO DE PESQUISA
Esta pesquisa caracteriza-se como descritiva atraves de urna
entrevista semi-estruturada Sarie de perguntas abertas em urna ordem
prevista mas na qual 0 entrevistador pode acrescentar perguntas deesclarecimentomiddot (LAVILLE amp DIONNE 1999 p188)
32 POPULAltAOE AMOSTRA
321 Popula~ao
As pessoas entrevistadas foram artistas circenses do saxe masculino
que trabalham em Circo na grande regiao de Curitiba com mais de 3 anos
de experieuromcia
322 Amostra
Assim a amostra - e a partir do criteria experiencia - foi definida par 8
artistas da Cidade sendo todos voluntarios
33INSTRUMENTO
Para obten~ao dos dados foi utilizada entrevista semi-estruturada a
qual foi aplicada aos artistas A entrevista pode sar visualizada seguida das
respostas dos entrevistados no Apendice 1
34 COLETA DE DADOS
A coleta de dados procedeu-se por meio de uma visita a ASPARTE
(Associa~ao dos Artistas do Parana) onde puderam ser realizadas com 5
13
artistas associ ados As Qutras entrevistas ocorreram no Fringe mostra
paralela ao Festival de Teatro de Curitiba Vale destacar que foram todas
entrevistas individuais previamente marcadas
35 ANALISE DOS DADOS
A analise dos dados se deu par meio de MEDIA aritmetica com
aplic8yao de porcentagem e analise interpretativa
36 LlMITACOES
Algumas dificuldades foram encontradas no decorrer deste trabalho
Uma delas se deve ao fato de alguns artistas estarem em espetaculos
rtinerantes impossibilitando 0 agendamento das entrevistas Outra
dificuldade foi encontrar artistas pertencentes a corrente tradicional do Circa
uma vez que quase todos se diziam fazer parte do chamado Circo Novo 0
numero de artistas n~o permitiu separa-Ios par tempo de atividade
14
4 APRESENTAGAO E DISCUSSAO DOS RESULTADOS
Apos a exposi~ao dos dados recolhidos pode-se analisar que existem
varios fatores que diferem urn artista de outro e conseqOentemente suas
motivafoes Para methor visualizacao os resultados foram dispostos em
gnficos
Quadro 1 Fonna~aoeTempode Experiencia(emnumeros absolutos epercentuais)
Formayao Ensino Ensino Estudo Graduayiio TotalFundamental Medio Universitario
1= 125 3= 3775 2=25 2=25
Tempo 0 34 anos 56 anos 78 anos -Ndeg 0 2=25 4=50 2=25 100sujeitos
Da mostra de 8 artistas 1 completou (125) Ensino Fundamental
Com relayao ao Ensino Medio 3 deles concluiram (3775) Estudo
Universijario 2 dos pesquisados (25) E Gradua~ao tambem 2 sujeitos
(25)0 estudo tambem apontou que os sujeitos apresentaram bom grau de
escolaridade 875 dos artistas tlgtm0 Ensino Medio
Quadro2 Espa~osde Perfonnance (emnumerosabsolutos)
CASA DE SHOW
1= 125
15
Com relacao aos locais onde e desenvolvida a arte circense 4 dos
artistas entrevistados sao de rua (50) 5 deles utilizam-sa do aspaco do
Taatro (625) Todos (100) sa aprasentam de alguma maneira debaixo
das lonas do circa 1 referiu-se a Casas de Show (125)
Quadro 3 Especialidade
PALHACO MALABARES ACROBATA TRAPEZISTA I2= 25 5=625 3= 375 1= 125 J
ARAMISTA PERNA PAU OUTRO
2=25 2= 25 3= 375
Quanta a especialidade pode-se observar que 2 trabalham com a arte
do palhaco (25) 5 sao malabaristas (625) 3 fazem acrobacias de solo
(375) 1 etrapezista (125) 2 andam na corda bamba (aramistas) (25)
2 utilizam a pema de pau (25)
Quadro 4 Familia Circense
SIM NAO1 = 125 7= 875
Apenas 1 entrevistado vem de familia circense (125)
Quadro 5 Motivo
Trabalho Instrumentalista 1= 125
a meio ambiente (familia) 3= 375
Relacao com a Capoeira 1= 125
Ginastica Olimpica 1= 125
Paixao pala Arte 1= 125
Tradicao 1= 125
16
A resperto dos motivos 1 artista tem seu motivo no trabalho
instrumentalista (125) 3 sofreram influ1ncia da familia (375) 1 dos
entrevistados veio da Capoeira (125) 1 e ex-ginasta olimpico (125) 1
teve seu motivo na paixao que a Arte Circense desperta (125) E 1 e pela
tradi980 (125) Isso mostra a variabilidade de configura90es nas quais
encontravam-se as artistas no momento do contata com 0 Circa
Quadro6Motiva9ao
Trabalha com Arte-Educa9fio 2= 25
Prazer 3= 375
SobrevivencialNecessidade 3=375
Sabre a motiv8C80 au seja aquila que as mante~minseridos na Arte
Circense 2 dos entrevistados sao arte-educadores e encontram nas Artes
Circenses meios pedag6gicos e de formacao humana 3 sao motivados pelo
prazer despertado nas atividades E 3 deles sao artistas par necessidade
Dois dos oito entrevistados (25) s6 vivem do circo e de
apresenta9iies artisticas Sendo apenas um deles pertencente a terceira
geracao de circo cnde aprendeu com seus familiares tudo 0 que sabe e
pretende prosseguir com a tradiCBo circense Outro entrevistado se formou
em Sao Paulo e ganha sua vida no picadeiro Um deles (125) e ex-ginasta
que sa apaixonou pela linguagem circense
Tr1s dos artistas entrevistados (36) sao graduados todos em
Educac80 Fisica os quais S8 mant~m financeiramente dando aulas de circo
quando nao estao desenvolvendo trabalhos artisticos A metade dos
entrevistados (50) conla com 0 apoio familiar conseguindo assim buscar
aprimoramento profissional atraves de workshops e especializa~6es_
17
5 CONCLUSAO
A partir do Objetivo Geral isto e verificar quais os motivos e motiva(iio
que levou artistas do sexo masculine a ingressar e permanecer no meio
circense concluimiddotse que ha toda uma gama de motivos (configura90es) e
tambem motiv8yoes que se apresentaram apos a referida pesquisa Foi
tracado 0 perfil dos artistas bem como - atraves das entrevistas - verificou-
se avaliou-se e comparou-se as motivQs e motiv8CBO que as levaram a
ingressar e permanecer na atividade
A motivacao como componente e fun~o gera do comportamento naD
e urna variavel que se apresenta periodicamente e neste momento
desencadeia uma ayao isolada Ela e a orientayao dinamica continua que
regula 0 funcionamento igualmente continuo do individuo em interayBo com
seu maio Esta regulacaoconcerne os aspectos direcionais e energeticos do
comportamento Por outro lado a todo 0 momenta a motivayao se apresenta
como urna configuratyao concreta de tais orientac5es dinamicas permanentes
(ativas ou latentes) a qual muda em funyao de diversos fatores internos e
extemas em funyao tambem da experiencia passada e da percepyao atual
Em alguns sujeitos por exemplo a configurayao motivacional e
excepcionalmente estavel enquanto que para outros a sua (mica
continuidade em sua maneira de agir consiste em obedecer aos impulsos do
momento e ao apelo das situayaes que se apresentam
Tudo isso leva a conclus1io de que e util distinguir de um lado a
funcao dinamica geral que ativa e dirige 0 comportamento de maneira
continua et de outro lado a constelayao motivacional concreta que eresponsavel pela regulayao do comportamento em um dado momento
Ap6s 0 contato com estes diversos artistas pode-se inferir que os
motivos sao diversos mas a principal motivacao vern da satisfayBo pessoal
pelo trabalho desenvolvido e 0 estre~o apego emocional pela arte Nesse
sentido para os entrevistados confirma-se a maxima uniAo do Uti ao
Agradave pais a grande maioria con segue se manter economicamente
como artistas ou seja sobreviver fazendo 0 que gosta
18
6 REFERENCIAS
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BERGAMINI C W Motiva~lio nas Organizaqoes 4ed sao Paulo Atlas1997
CASTRO A V 0 circo conta sua hist6ria Museu dos Teatros - FUNARJRio de Janeiro 1997
CONWAY A A history of juggling - 1994 (setembro) disponivel emhtlplwwwjugglindbcom Acessado em Janeiro de 2005
CRATTY B J PSicologia no esports 2ed Rio de Janeiro Prentice-Hall1983
DECI EL RYAN R M Intrinsic motivation and self determination inhuman behavior NewYork Plenum 1985
FONSECA M A Palhaqo da Burguesia Sao Paulo Polis 1979
FROST RB Psychological Concepts Applied to Physical Educationand Coaching USA Reading Massachusetts Menlo Park CaliforniaLondon Don Mills Ontario 1971
NUTTIN J Teoria da Motivaclo Humana sao Paulo Loyola 1983
SINGER NR Psicologia dos espor1les- mitos e verdades 2ed SaoPaulo Harbra 1977
SOUZA R L Motivaclio (sd) Disponivel emhttpwwwpsicologiabrasilescolacomlmotivacaophp Acessado em maio de2005
VERNOM M DMotivacaoHumana Petropolis Vozes 1971
19
APENDICE
Dados coletados nas entrevistas
Primeiro entrevistado (A)
1 QUAL A SUA FORMAltAO
R Segundo grau comgleto
2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCO
R Trabalho ha 5 anos com circo3 ONDE vocE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSES
R Na rua teatro e IQaresvilriados onde(QrcontratadQlmiddot
4 QUAL A SUA ESPECIALIDADE
R Palhaco
5 vocE VEM DE FAMiLIA CIRCENSE
R Nlio
6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO
R Foi atraves de um rabillho in~trumflnillista J~ fa~ia teiltro (aQdidatal ecome~ a me inte~sects2r ileQ ci~o Fiz tbfJfhos vQluntariQsect em hosgitais einsUtuifjes de saude e na rua aem qe anim2pound20 dfl fesectta
7 QUAL A MOTIVAltAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA
R A Qossibilidilde rletrabBlharcom ARTE-EDUCAQJlO e 0 auto iusentD
20
Segundo entrevistado (8)
1 QUAL A SUA FORMAltAO
R Fa(LQ1dminis(ra(Lsectona FAE
2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCO
R Trabalho hll 5 anos
3 ONDE VOC~ APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSES
R Nas f1taRAVE ~asa de shows eventos e cirrQ
4 QUAL A SUA ESPECIALIDADE
R Malabares acrobacia-soo e cigar-boxes -5 VOC~ VEM DE FAMILIA CIRCENSE
R Ntio mas de familia de artistas MinhB mtie e ltJtriz dimtora ~ figurinisecttJ
6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO
R Facilidade Estava no meiQartisti~
7 QUAL A MOTIVAltAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA
R Por ser um lema 2tl~1-M~ faz lraticar s~mQre esecttar em forma Nao eeQ dinh~i[Q ~ Q~o grazer de inQv~r Q~J~ ~hflJlar nfmbom nivel deallerfei~2m~nto lara eXI2Jssarminhas iQeigsect
21
Terceiro entrevistado (e)
1 QUAL A SUA FORMAltAO
R Segundo grau comgllo
2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCO
R 4 anos
3 ONDE VOCE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSES
R Circo eventos esgetaculos na TV e em hQteis
4 QUAL A SUA ESPECIALIDADE
R Malabares tragezio de vOos acrobacia de solo arame Qema-de-1J8U ecaroa elastica
5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSE
R Nao
6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO
R Comecei a fazer circo gara agerfeiroaros movimentos da Cal2Qeira
7 QUAL A MOTIVAltAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA
R 0 2razer de B1reSentar e treinar aem da diversao Da Qra viver
22
Quarto entrevistado (0)
1 QUAL A SUA FORMAltAOR Primeiro grau incom(leto
2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCOR Comecei aos 12 anos
3 ONDE VOCE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSESR Circo eventos e quando me alltrto na rua
4 QUAL A SUA ESPECIALIDADE
R Arame e Malabares5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSER Sim sou da ~ qeraQllo na minha familia
6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO
R Como eramosect urna f2milia circense eu nao tiv~ ol2~ao Tinhamos queaiudar a familia entao cada irmao se eSllecializou em urna atividade
7 QUAL A MOTIVAltAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA
R iinceramente nao se fazer Dutra coisS ent~o e gela sobrevivenciamesmo Tendo dinheiro ura comer e dormir eu esecttou feliz
23
Quinto entrevistado (E)
1 QUAL A SUA FORMACAOR Sou fonngdo em EduciitiQFiliicg lela PUr2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCOR 6 anos
3 ONDE VOC~ APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSESR Tenho uma emlresa chamada ARCO lrodurjesartisticas Me aQresentolrincillalmente em teatros circa e eventos
4 QUAL A SUA ESPECIALIDADER Acrobacia de solo tecido e Qanramodema
5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSER Nilo
6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCOR Grande Qarte da minha vida fui atleta Qe Ginastica Olimjca AQ6s umtrabalho Qaralelo chamado Os Acronautali comegei a me intereliSgr Qelocirco e onde tenho trabalhado desde enllJo
7 QUAL A MOTIVACAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA
R No inicio era ir Qara 0 Circo de Soleil Ate cheguei a Qassar em umaI2revia mas nlio 128ssei Hole a llrinci1al motiva~lio e a necessidade DofI2referencia 128ra al2resenta~(jes mas quando fica dificil tenho gue dar aula
24
Sexto entrevistado (Fl
1 QUAL A SUA FORMACAO
R Segundo grau comgeto
2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCO
R Trabalho hB sete anos comcirca
3 ONDE VOCE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSES
R Arte de rua epIO middotetos culturais
4 QUAL A SUA ESPECIALIDADER Malabares diabolo Contact ball bastao e devil stick
5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSE
R Nao
6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO
R Paixao (lela arle nao consegui me enquadrar no mercado formal (confeccionavamateriais de maabares e assim comeee a freinarl
7 QUAL A MOTIVACAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA
R E a minha I2rincieal (onte de renda Me considero urn artista modificador daconscitmcia social Deseio if a Belgica Qara buscar gualific8r80 e arogliar minhaatu8pound80 no Brasil
25
Selimo enlrevislado (G)
1 QUAL A SUA FORMACAOR Sou Qraduadoem Educa~o Fisica na PUC e teatro na FAP
2 HA QUANTa TEMPO TRABALHA COM CIRCaR Tnlsanos
3 ONDE VOCE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSESR Festas eventos teatros e escoas
4 QUAL A SUA ESPECIALIDADER Pahaco e rnaabares
5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSER NtJo
6 QUAL 0 MOTIVO QUE a LEVOU A ATUAR NO CIRCaR Atraves da Educa~secto Ffsica me interesse Ue10 desenvovimento motor e12esgusando enconirei 0 maabarismo e 128ra com(llementar meu tmbaho estudei 0
pahaco
7 QUAL A MOTIVACAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREAR A erincieal e a satisfaQlio lessoal (aQausos e risosectl (lretendo continuar vivendocomo arti~ta Aluamente me mfJntenho dando aulas de circo
26
Oitavo entrevistado (H)
1 QUAL A SUA FORMACAOR Sou ator e artista circense No momento esiolJ cursando Lefras na UFPR
2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCOR 6 anos
3 ONDE VOCr APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSESR Em eSJJetacuos teatrais eventos e na rua
4 QUAL A SUA ESPECIALIDADER Perna de D8U e swino
SVOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSER N~o
6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCOR Primeiramenfe trabalhava como aTiz de f8atro e sentia a necessidade de amgJiarmeu cam12D de afua~~o grofissiona e 0 circa s~mllre foi motivo earn mim deencantamento e admira~ao
7 QUAL A MOTIVACAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA
R Pela necessidade de cada vez mfis I2rofissionalizar a cena circense no estado eencontrar urna linguagem lrOQria ao integrar Q teatro com sect arte circens8
MARIO HENRIQUE RIBEIRO BORGES
MOTIVO E MOTIVArAo EM ARTISTAS CIRCENSES
TRABAlHO FINAL CURSO DE EDUCAcAOFisICA DISCIPLINA TRABALHO ORIENTADODA UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA
CURITIBA2005
TERMO DE APROVACAO
Mario Henrique Ribeiro Borges
MOTIVO E MOTIVACAO EM ARTISTAS CIRCENSES
Este Trabalho de Conclusao de Curso foi julgado e aprovado para aobtenao do titulo de licenciado no Curso de Educaao Fisica da
Universidade Tuiuti do Parana
Orientador ~~Ar~o~Ug-~Universidade Tuiuti do Parana
Departame~o de Educaao Fisica
ProfUniv-ersCid-ad-e~Tu-Ci-uti-do-Parana--
Departamento de EduC8c80 Fisica
Curitiba de de 2005
iii
Dedico este trabafho ao meu paiNelson Borges pela incansaveldedic8tao e desmedido esforro paraque eu pudesse chegar onde estouhoje
AGRADECIMENTOS
Primeiramente gostaria de agradecer ao nossa born DEUS
Agraderyo aD meu amigo mestrando e co-orienta dar Rodrigo de
Franca que muito me ajudou nesta pesquisa
Ao professor Amo pela sua paciencia pedag6gica e orientayiio
Ao querido Professor Sergio Roberto Abrahao por acreditar no meu
trabalho 9 que durante anos vern abrindo caminhos
A Guta por ser meu RAIO DE SOL bull
Ao meu irmao Luis Borges pelas cobranC8s
Ao meu amigo desde a adolescencia FiletI pel as conquistas
profissionais
Ao amigo Diego hijo de la madre
Ao amigo Pablo pelo tutorial artistico e pelos dialogos inerentes avida Ser ou nao ser
A ASP ART pelas oportunidades e parcerias
Ao meu conselheiro s6cio-filos6fico Alexei
Aos alunos de Circo da UFPR
A lodos aquales e aquelas que porventura a minha memoria n~o deu
conta de contemplar
E especial mente a Dona Mara que me criou pelas veredas do
conhecimento
SUMARIO
RESUMO vii
1INTRODUCAO 1
11 JUSTIFICATIVA 1
12 PROBLEMA 2
13 OBJETIVOS 2
131 Objetivo Geral 2
132 Objetivos Especificos 2
2 REVISAO DE LlTERATURA 3
21 QUANDO E ONDE COMECA A HISTltJRIA DO CIRCO 3
220 CIRCO NO BRASIL 6
23 MOTIVO E MOTIVACAo 8
231 Teorias Psicol6gicas 10
3 METODOLOGIA 12
31 TIPO DE PESQUISA 12
32 POPULACAO E AMOSTRA 12
321 Popula~ao 12
322 Amostra 12
33 INSTRUMENTO 12
34 COLETA DE DADOS 12
35 ANALISE DOS DADOS 13
36 L1MITACOES 13
4 APRESENTACAO E DISCUSSAO DOS DADOS 14
5 CONCLUsAo 17
6 REFERENCIAS 18
APENDICE 19vi
RESUMO
Titulo Motivo e motiva~o em artistas circenses
Aluno Mario Henrique Ribeiro Borges
Orientador Amo Krug
Curso Educaltao Fisica
Instituigao Universidade Tuiuti do Parana
A referida pesquisa tern como prop6sito verificar as motivQs e asmotiv890es que levaram as artistas circenses a ingressar e permanecer nomeio Buscando dessa forma alguns elementos fundamentais na literaturaaeerca das bases epistemol6gicas da motivalt~o a qual e 0 foco centraldeste trabalho Procurou-se resgatar quando e cnde comeC8 a hist6ria docirco sua origem no Brasil e sabre algumas definicoes acerca de uma novacorrente chamada circa novo Bern como tracar 0 perfil dos artistas circensesdo sexo masculino aplicar uma entrevista aos mesmas comparar asmotivQs e motivayao que as leva ram a ingressar e permanecer na atividade
Esta pesquisa caracteriza-se como descritiva foi montada umaentrevista semi-estruturada com varias perguntas abertas em uma ordemprevista Os entrevistados foram artistas circenses que trabalharam comcirco na grande regiao de Curitiba com rna is de tres anos de experienciasendo todos eles voluntarios Apos a entrevista obtivemos a mostra do perfildos artistas aonde foi verificado e comparado os motivos e as motivacoesque levaram estes artistas a ingressarem e se manterem na atividade Comrela980 aos resu~ados 0 que chamou bastante a aten9iio foi quanto aescolaridade 0 estudo apontou que os sujeitos apresentaram born grau deescolaridade 875 dos artistas possuem 0 Ensino Media
Tudo isso leva a conciusao de que e uti I distinguir de um lado afuncao dinamica geral que ativa e dirige 0 comportamento de maneiracontinua e de outro lado a constelacaa motivacional concreta que eresponsavel pel a regula980 do comportamento em um dado momento
Apos 0 cantata com estes diversos artistas pode-se inferir que osmotivos sao diversos mas a principal motivacao vern da satisfacao pessoalpelo trabalho desenvolvido e 0 estreito apego emocional pel a arte
vii
1INTRODUCAo
11 JUSTIFICATIVA
Pesquisar e 0 ata de questionar observar ser curioso buscar
respostas para nassas inquietscoes E a tareta da pesquisar precede a umestado sensorial ista e faz-sa necessaria a condiC2o de leva a procurarasrespostas dos questionamentos Tal condicaoe conhecida como motivacao
() aspeeto dinamico da entrada em relacaode urn sujeito com 0 mundo
Concretamente a motiv8y80 diz raspeito a direC2o ativa do comportamentopara detenninadas categorias preferenciais de situ8coes ou de objetos
(NUTTIN1983 p 11)
Bergamini (1997) propOeque a motivacaoseja uma cadeia de eventos
base ada no desejo de reduzir urn estado interno de desequilibrio tendo comofundamento 0 pensamento e a crenca de que certas acOes deveriam servir aesse prop6sito e levando as sujeitos a agirem de maneira que saraoconduzidos ate 0 objetivo desejado E importante que seja considerada a
exist~ncia de diferencas individuais e cutturais entre as sujeitos quando serefere a motivacaoEste difereneial nao s6 pode afetar signifieativamente ainterpretacaode urn desajo mas tarnbem 0 entendimento da maneira
particular como as pessoas agem e atuam na busca dos seus objetivos Aspessoas ja trazem dentm de si expectativas passoais que ativamdeterminado tipo de busca de objetivos A motivacaoportanto pode ser
considerada primordialmente um proeesso intrinseeo
A maneira mais fundamental e util de pensar a respeito desse ass unto
envolve a aceitacaodo eonceito de motivac8ointrinseca que sa refere ao
processo de desenvolver uma atividade pelo prazer que ela mesmaproporciona isto e desenvolver urna atividade pela recompensa inerente aessa mesma atividade (DECI amp RYAN 1985 p21)
Essa forma de considerar 0 cornportamento rnotivacional impliea 0
reconhecimento de que ele representa a fonte mais importante de autonomia
pessoal a medida que as pessoas podem de certa forma escolher que tipo
de BvaD empreender com base nas SUBS proprias fontas intern as de
necessidades e naD simplesmente responder aos control as impostos pelo
meio extemo
Neste sentido emerge a necessidade ou melhor a motivac~opara a
realiz8g8o desse estudo que e de ouvir e relatar atraves de questionario
semi-estruturado particularmente 0 caso de artistas circenses e descobrir 0
que as impulsiona alem dos trampolins
12 PROBLEMA
Qual e 0 motivQ que levou 0 artista circense a ingressar no circa e a
rnotivayao que 0 impulsiona a sa manter no meio
13 OBJETIVOS
131 Objetivo Geral
Vermcar quais 05 motivos e motivay80 que levou artistas do sexo
masculino a ingressar e permanecer no meio circense
132 Objetivos Especificos
bull Trayar 0 perfil dos artistas circenses do sexo masculino
bull Aplicar urna entrevista aos artistas circenses do sexo masculino para
verificar avaliar e comparar os motivos e motivayao que os levaram a
ingressar e permanecer na atividade
bull Comparar se os motivos e motivayao sao as mesmos entre as artistas
com mais au menos 3 anos de experiAncia
2 REVISAO DE LlTERATURA
21 QUANDO E ONDE COMEltAA HIST6RIA DO CIRCO
o circo e urna atividade corporal secular com dificil precisao de origem
dos espetaculos mas traz no seu hist6rico a hip6tese de que 0 remoto
ancestral do artista de circo deve ter sido aquele troglodita que num dia de
caya surpreendentemente farta entrou na cavern a dando pulos de alegria e
despertando com suas caratas 0 riso de seus companheiros de
dificuldades (RUIZ apud TORRES 1998 p13)
Segundo Castro (1997) pode-se dizer que as artes circenses surgiram
na China cnde foram descobertas pinturas de quase 5000 anos em que
aparecem acrabatas contorcionistas e equilibristas A acrobacia era urna
forma de treinamento para as guerreiros de quem sa exigia agilidadeflexibilidade e forya Com 0 tempo a essas qualidades sa somou a graya a
beleza e a harmonia Torres (1998) conta que em 108 aC houve uma
grande testa em homenagem a visitantes estrangeiros que foram brindados
com apresentalt6es acrobaticas surpreendentes A partir dai 0 imperador
decidiu que todos as an os seriam realizados espetaculos do genero durante
o Festival da Primeira Lua Ate hoje os alde6es praticam malabarismo com
espigas de milho e brincam de saltar e equHibrar imensos vasos nos pes
Ha registros segundo Torres (1998) em seu livro 0 circo no Brasil de
que as raizes da arte circense estao nos hip6dromos da Grecia antiga e no
grande Imperio Egipcio De acordo com Lewbel (1995) e Zeithen (citado por
CONWAY 1994) no Egito os primeiros sinais da arte circense estao
gravados nas piramides com desenhos de domadores equilibristas
malabaristas e contorcionistas Os espetaculos desse periodo eram como
as procissoes que tinham 0 objetivo de saudar os generais vitoriosos
Nesses cortejos havia adorna 0 desfile de animais ex6ticos e sold ados
conduzindo os novos escravos alem de apresentay6es em argolas e barras
que lembravam numeras da modama ginastica olimpica No inicio a arte
circense tinha uma forte rela~o com esse esporte com numeros baseados
em saltos e acrobacias Os satiros faziam 0 povo rir dando continuidade alinhagem dos palhayos
Mas foi na Europa que 0 circa ganhou fona e se desenvolveu Para
Castro (1997) os espetaculos tomaram impulso ainda no Imperio Romano
quando seus anfrteatros recebiam apresentayoes de habilidades (mais tarde
classificadas como circenses) A importancia e a grandiosidade desse
espetaculo pode ser atestada pelo Circo Maximo de Roma 0 qual apareceu
pouco depois mas foi destruido em um incendio Em 40 aC no mesmalocal foi construido 0 Coliseu onde cabiam 87 mil espectadores Segundo a
autora la eram apresentadas excentricidades como homens louros nordicosanimais ex6ticos engolidores de fogo e gladiadores entre outros Porem
entre 54 e 68 dC as arenas passaram a ser ocupadas por espetaculos
sangrentos com a perseguiltao aos cristaos que eram atirados as ferasdiminuindo 0 interesse pelas artes circenses Com a decademcia do ImperioRomano os artistas circenses ganham espalto nas pracaspublieas nos
adros das igrejas e sobretudo nas feiras () ela (a feira) foi 0 lugar onde a
arte circense permaneceu de Roma a Philip Astley (CASTRO 1997 p17)
Esses circas agrupados em pequenas companhias rodavam vilas cidadese eastelos em busea de publico e de sustento Nessa apoea os circos naotinham a mesma organizaltao dos nossos dias com cabertura de lanaarquibancadas e picadeiro mas ja apresentavam numeros que permanecemate hoje como engolidores de fogo truques magicos e malabarismos Ja 0
circa como nos 0 conhecemos - urn picadairo lonas mastros trapezios
desfiles de animais - e a forma modem a de antiQuissimos entretenimentosde diversos povos e culturas (CASTRO 1997 p16)
Para melhor compreensao deve-se fazer separacaoentre 0 circa e a
arte circense De acordo com Castro (1997) a arte circense e 0 resultado de
performances artisticas desenvolvidas em diversos paises ao longo dotempo Essas performances incluem habilidades fisicas equilibrio na corda
bamba saltos mortais contorcionismo elementos de teatro e danlta e
habilidades em gera andar em monocicla do mar animais etc Ja 0 circa alocal fiSiCO onde sao feitas as apresentacOesde arte circense sofreu varias
modificayoes Segundo Fonseca (1979) 0 seu conjunto com formato
arredondado picadeiro cobertura de lona e cercado de arquibancadas s6
foi criado em 1770 dando origem ao circo modemo que e 0 que
conhecemos hoje em dia
Conforme aponta Torres (1998) 0 primeiro circa europeu modemo 0
Astleys Amphrtheatre foi inaugurado em Londres por volta de 1770 por
Philip Astley urn oficial ingles da Cavalaria Britanica_0 circo de Astley tinha
urn picadeiro circular com uma especie de arquibancada perto_Ele percebeu
que seria bern mais tacil C--) manter-se de pe sobre urn cavalo a galope
dentro de urn circulo perfeito_ Questao de lei fisica a forya centrifuga
(TORRES 1998 p_16)_Astley organizou urn espetaculo eqOestrecom rigor
e estrutura militares mas percebeu que para segurar 0 publico teria quereunir outras atracaes e juntou saltimbancos equilibristas saltadores e
palhaco_0 palhacodo batalhao era urn soldado campanio que acaba sendo
o clown e que em ingles origina de caipira_ 0 palhaconilo sabia montar
entrava no picadeiro montado ao contrario caia do cavalo subia de urn ladocaia do outro passava por baixo do cavalo Como fazia muito sucessocomecarama se desenvolver novas situacaes_Ao longo dos anos Astley
acrescentou saltos acrobaticos dancacom lacose malabarismo
De acordo com Torres (1998 p_ 18) este primeiro circo funcionava
como urn quarter os uniformes 0 rufar dos tambores as vozes de comandopara a execucao dos numeros de risco_ 0 pr6prio Astley dirigia e
apresentava 0 espetaculo criando assim a figura do mestre de cerimoniasAstley comecoua difundir 0 circo modemo e abriu uma filial em Paris ap6sconvite para apresentar-se para 0 rei da Franya S6 mais tarde algunspaises da Europa como Suecia Espanha Alemanha e Russia comecarama
desenvolver sua arte circense Em apenas cinqOenta anos 0 circo modemoja tinha se espalhado por todo 0 mundo_
Segundo Castro (1997) 0 termo circus foi utilizado pela primeira vez
em 1782 quando 0 rival de Astley Chartas Hughes abriu as portas do Royal
Circus Em principios do seculo XIX havia circos permanentes em algumasdas grandes cidades europeias_ Existiam al8m disso circos ambulantes
que se deslocavam de cidade em cidade em carretas cobertas_
22 0 CIRCONO BRASIL
Para Torres (1998) documentos apontam que no seculo XVIII antes
mesma da crialtao do circa madema ja havia grupos circenses no Brasil
Normalmente assas companhias eram formadas par ciganos expulsos da
Peninsula Iberica Tendo em vista que () sempre houve ligarao dos
ciganos com 0 circ~ (CASTRO apud TORRES 1998 p 20) Entre suas
especiaJidades incluiam-se a doma de ursos 0 ilusionismo e as exibiltoescom cavalos Hit relatos de que ales usavam tandas e nas festas sacras
havia bagunya bebedeira e exibicOes artisticas incluindo teatro de
bonecos A autera conta Que ales viajavam de cidade em cidade eadaptavamseus espetaculos ao gosto da populayao local Numeros que nao
faziam sucesso na cidade eram tirados do programa Ainda segundo Torres
(1998) 0 circo modemo s6 chegou ao Brasil a partir de 1830 Incentivadas
pelos ciclos econiimicos do cafe borracha e cana-de-arucar grandes
companhias europeias vinham apresentar-se nas cidades brasileiras Foram
essas companhias que ajudaram a formar as primeiras familias de circa que
passaram a ser as responsaveis pelo desenvolvimento do circo modemo no
Brasil Eram real mente familias com layos consangOineos que sustentavam
esta atividade Pai avo filho sobrinhos e netos eram responsaveis por tudo
desde a infra-estruturae montagemdo circo ate 0 espetaculo Castro (1997)
diz que 0 circo brasileiro ~ropicalizou algumas atracOes 0 palharo
brasileiro falava muito ao contrario do europeu que era mais mimico Era
mais conquistador e malandro seresteiro tocador de vialao com urn humor
picante 0 publico tambem apresentava caracteristicas diferentes Segundo
Eduardo Oliveira da Silva que foi aluno da segunda turma da escola
nacional de circo (TORRES 1998 p 25) Os europeus iam ao circo apreciar
a arte no Brasil os numeros perigosos eram as atrayc3es trapezia animais
selvagens e ferozes
Ate a pouco tempo esta era a situayao dos circos no Brasil Mas
diversos fatores levaram a uma mudanya na sua organizacao e
administracao Com 0 surgimento dos grandes centr~s urbanos e 0
desenvolvimento tecnol6gico apareceram tambem novas formas de
entretenimento como a televisao cinema teatro e parques de divers~o
Com isso 0 circo foi perdendo espayo e publico Na verdade 0 circo
adaptou-se aos novos tempos da mass media Tornou-se performaticD Massem esquecer a maioria das atrayOes de antigamente (TORRES 1998
pAS)
A primeira mudanya foi na rela~o familiar Agora os pais preferem
que seus filhos S8 dediquem aos estudos ao inves de sa dedicarem apenasa arte circense Os masmas passaram a perceber que com estudo seusfilhos continuariam trabalhando no circa mas agora como proprietarios deuma empresa e nao apenas como artistas Para Torres (1998) esta atitude
acabou trazendo dUBS consequencias a primeira diz respaito a visao queestes novos empresarios tern do circo Menos sentimentais para eles 0
circo e um negocio que tem que dar lucro A segunda e que para suprir a
demanda de artistas ja que as famllias circenses agora cuidavam daadministrayao surgiram as escolas de circa que formam novos artistas Elesnlio fazem parte da familia A rela~o e apenas de patrno e empregado
Igual a um funcionario que trabalha em troea de salario Hoje estas
mudanyas sa refletem em varios circos brasileiros como Beto Carrero CircaGarcia Orlando Orfei Circo Vostok e outros As velhas familias que faziam
de tudo ainda continuam nos circos mas agora na administracao deverdadeiras empresas
As mudancasocorridas na administrayao do circo moderno ajudaram acriar tambem uma nova categoria de circa Conhecidas como novo circoestas campanhias nao t~m picadeiro nem lana nem arquibancadas e seapresentam na maieria das vezes em teatros eu casas de espetaculo NasapresentayOes ha inovayOes na linguagem com a incorporayao de
elementos de danya teatro e musica Um exemplo desse tipo de circo e 0
Cirque du Soleil do Canada No Brasil ha varios grupos desse gimero
como 0 Intrepida Trupe Fratellis Teatro de An6nimos e Nau de iearos Em
Curitiba existe desde 1996 0 grupo Os Acronautas
23 MOTIVO E MOTIVACAO
Ap6s breve resgate hist6rico da arte circense segue-s8 com 0
questionamento central que e foco deste trabalho au seja como e atraves
de que sa realiza urna atividade urna aeao e urn movimento equal 0
objetivo da aCao Anterior a este questionamento cabe procurar na literatura
elementos que fundamentem a motivacao_
o terma motivayao tern suas raizes no verba latina movere quesignifiea mover A motivayao impliea movimento ativayao par isse para
descrever urn estado altarnente motivado sao utilizados termos comoexcitacao energia intensidade e ativayao Segundo a Psicologia motivos
denominam diferencas entre peculiaridades individuais duradouras que se
formaram no decorrer do tempo de desenvolvimento numa determinada
srtuacaobasica Motivacaoe dependente da srtua980e uma ocorrencia de
curto prazo Com ela se denominam todos os fatores e processos atuais que
conduzem a alYBO sob determinadas condiyaes situativas de estimulo
mantendo-as em funcionamento ate 0 tarmino Na motiva9Bo os fatores de
situacao e os fatores de motivos entram em efeito reciproco Fatores de
motivos representam assim apenas uma parte da ocorr~nciada motivaltao
Conforme Balaguer (1994) com a incorporacaodo paradigma
cognitiv~ a Psicologia 0 estudo da motivacao sofreu profundas
transformacies A partir dos anos 60 0 que vern interessando aos
psic6logos a averiguar em que medida as cognilYres as interpretalYoes dos
sujeitos influenciam em suas condutas 8 em suas motivay6es C09ni98o S8
refere ao conjunto de atividades atraves das quais a informacao eprocessada pelo sistema psiquico como a recebe seleciona transforma e
organiza como constr6i as representacoes da realidade 8 cria 0
conhecimento Muitos fenomenos estao implicados neste processamento
percepcaomem6ria elaboracaodo pensamentoe a linguagem sao alguns
deles
Para um melhor entendimento recorra-se a Nuttin (1983) no sentido
explicativo de motivacao Segundo este autor 0 termo geral motivaltao eempregado para designar 0 aspecto dinilmico e direcional do
comportamento E a motivayao que em ultima analise e responsavel pelofato de que 0 comportamento se dirige preferencialmente para umadeterminada categoria de objetivos ao inves de dirigir-se para outra ainda
que a aprendizagem desempenhe um papel secundario na aberiura do
caminho que leva para este ou aquele objetivo concreto Quanto aosmotivos 0 autor considera como sendo as concretiz8yoes das necessidadeseles constrtuem 0 componente dinamico e direcional do ato concreto
Ainda segundo Nuttin (1983) muitos autores referem-se a noyao de
motivay8o para explicar porque 0 organismo passa do estado de repousopara 0 estado de atividade A motivacliodeve mobilizar a energia ele e um
fator de energizayao Eo 0 ponto de vista fisico que explica 0 movimento por
uma forcaA biologia acaba de colocar em duvida a validade deste ponto
de vista fisico pois contrariamente ao que se pensava ate a metade doseculo passado as celulas nervosas nao tern necessidade para seremativas de uma excitayao proveniente do exterior elas nilo sao
fisiologicamente inertes a atividade e nao repouso e seu estado naturalelas n~o sao somente reativas mais ativas de maneira continua (HEBS1949 apud NUTTIN 1983 p 27)
Numa visao ampla 0 termo motiv8y80 denota fatores e processos quelevam as pessoas a ayao ou a inercia em situacOesdiversas (CRATTY
1983) De modo mais especifico 0 estudo dos motivos implica no exame das
razoes pelas quais se escolhe fazer algo ou executar algumas tarefas commaior empenho do que outras ou persistir numa atividade por longo periodode tempo
Tambem Singer (1977) descreve a motivacao como sendo a
insistencia em caminhar em direy80 a um objetivo Existem ocasioes onde ameta principal pode ser 0 alcance de uma recompensa tal como ter a nome
impresso ganhar um trofeu ou urn elogio Ern outras ocasi6es pode tamar aforma de urn impulso para 0 sucesso para provar ou conseguir alga para aauto-realizacaoExiste urn nivel ideal de motivay~o que deve estar presente
em qualquer atividade e este depende da natureza da atividade tanto quanto
da personalidadedo individuo
10
Para Frost (1971) a conduta e causada e direcionada por combina~6es
de motivQs e emoyoes alguns internos e Qutros extemos alguns geneticos e
Qutros ambientais alguns conscientes e Qutros inconscientes alguns
individuais e Qutros socia is etc
Os motivos podem ser classificados de acordo com sua fonte Por
exemplo alguns motivos sao oriundos de fontes externas e da tarefa
incluindo as diversas recompensas manifestas au latentes como 0 elogio e
as demonstracc5es de sucesso as presentes e 0 dinheiro Qutras fontes de
motiva~ao podem ser resu~ado da estrutura psicol6gica do individuo e de
suas necessidades pessoais de sucesso sociabilidade reconhecimento
etc bern como aquelas que parecem derivar de caracteristicas da propria
tarefa tais como a novidade e a complexidade da experiencia mental ou
motoracom a qual 0 individuo se defronta (CRATTY 1983)
231 Teorias Psicol6gicas
De acordo com as diversas teorias psicologicas a Motivacao pode sar
entendidadas seguintes formas (SOUZA 2005)
Teona baseada no conceito de insintos No inicio do seculo XX os
psicologos atribuiam 0 comportamento aos instintos - pad rOes de
comportamentos especificos e inatos qua caracferizavam toda uma especie
Em 1890 William James compilou uma lista de instintos humanos ca~
competiyAo mado curiosidade timidez amor vergonha e ressentimento
Mas por volta dos anos 20 a teoria dos instintos deixou de ser usada para
explicar 0 comportamento humano por tres motivos Os comportamentos
humanos mais importantes sao aprendidos Raramente 0 comportamento
humano e rigido inflexivel imutavel e encontrado em toda especia como e 0
caso do instinto Atribuir todo passive I comportamento humane a urn instinto
correspondente nao explica nada Assim por volta de 1900 os psic610gos
buscaram explicagOes mais plausiveis para a campartamento humano
Teoria dos impulsos Uma visao alternativa da motiva~o afirma que as
necessidadescorporais criam um estado de tensao ou estimula~o chamado
impulso De acordo com a teoria da redurjo de impulsos 0 comportamento
II
motivado e urna tentativa de reduzir esse desagradavel estado de ten sao do
corpo e fazer com ale retorne ao estado de homeostase au equilibria
Segundo essa teoria geralmente as impulsos podem ser divididos em duas
categorias Impulsos Primarios as quais sao inatos e encontrados em todos
as animais - inclusive no homem - motivam para a sobrevivencia da especie
- fome seda saxe e Impulsos Secundarios adquiridos par meio daaprendizagem - dinheiro sucesso etc
Tearla da ativaqao Segundo a teoria da reduyao de impulsos urna vez
satisfeitos ista e naD mais ativos 0 homem naD buscaria mais nada a nao
ser descansar pais naD haveria mais nenhuma motivayao Par issD alguns
psic6logos sugeriram a teoria da ativacao - a ativayao se refere a um estado
de alerta 0 nivel de ativay80 que oeorre em urn determinado momento se
apresenta ao longo de um continuum Numa panta esta 0 estada de alerta
maximo na outra 0 sono assim a motivacrao pode ser ativada por um desejo
de reduzir 0 estado de ativacao e em outros de intansifica-Io De acordo com
asta teoria cad a individuo teria urn nivel 6timo de ativacao que varia de uma
situayao para Dutra e ao Iongo do dia e 0 comportamento sena motivado
pelo desejo de manter urn nivel 6timo de ativayao
MotivaclJo intrinseca e extrfnseca A primeira diz respeita as recampensas
que se originam da atividade em si - 0 proprio comportamento eintrinsecamente recompensador Par conseguinte a motivaltao extrinseca se
refere as recompensas que n~o sao obtidas da atividade mas em
conseqOencia da atividade
12
3 METODOLOGIA
31 TIPO DE PESQUISA
Esta pesquisa caracteriza-se como descritiva atraves de urna
entrevista semi-estruturada Sarie de perguntas abertas em urna ordem
prevista mas na qual 0 entrevistador pode acrescentar perguntas deesclarecimentomiddot (LAVILLE amp DIONNE 1999 p188)
32 POPULAltAOE AMOSTRA
321 Popula~ao
As pessoas entrevistadas foram artistas circenses do saxe masculino
que trabalham em Circo na grande regiao de Curitiba com mais de 3 anos
de experieuromcia
322 Amostra
Assim a amostra - e a partir do criteria experiencia - foi definida par 8
artistas da Cidade sendo todos voluntarios
33INSTRUMENTO
Para obten~ao dos dados foi utilizada entrevista semi-estruturada a
qual foi aplicada aos artistas A entrevista pode sar visualizada seguida das
respostas dos entrevistados no Apendice 1
34 COLETA DE DADOS
A coleta de dados procedeu-se por meio de uma visita a ASPARTE
(Associa~ao dos Artistas do Parana) onde puderam ser realizadas com 5
13
artistas associ ados As Qutras entrevistas ocorreram no Fringe mostra
paralela ao Festival de Teatro de Curitiba Vale destacar que foram todas
entrevistas individuais previamente marcadas
35 ANALISE DOS DADOS
A analise dos dados se deu par meio de MEDIA aritmetica com
aplic8yao de porcentagem e analise interpretativa
36 LlMITACOES
Algumas dificuldades foram encontradas no decorrer deste trabalho
Uma delas se deve ao fato de alguns artistas estarem em espetaculos
rtinerantes impossibilitando 0 agendamento das entrevistas Outra
dificuldade foi encontrar artistas pertencentes a corrente tradicional do Circa
uma vez que quase todos se diziam fazer parte do chamado Circo Novo 0
numero de artistas n~o permitiu separa-Ios par tempo de atividade
14
4 APRESENTAGAO E DISCUSSAO DOS RESULTADOS
Apos a exposi~ao dos dados recolhidos pode-se analisar que existem
varios fatores que diferem urn artista de outro e conseqOentemente suas
motivafoes Para methor visualizacao os resultados foram dispostos em
gnficos
Quadro 1 Fonna~aoeTempode Experiencia(emnumeros absolutos epercentuais)
Formayao Ensino Ensino Estudo Graduayiio TotalFundamental Medio Universitario
1= 125 3= 3775 2=25 2=25
Tempo 0 34 anos 56 anos 78 anos -Ndeg 0 2=25 4=50 2=25 100sujeitos
Da mostra de 8 artistas 1 completou (125) Ensino Fundamental
Com relayao ao Ensino Medio 3 deles concluiram (3775) Estudo
Universijario 2 dos pesquisados (25) E Gradua~ao tambem 2 sujeitos
(25)0 estudo tambem apontou que os sujeitos apresentaram bom grau de
escolaridade 875 dos artistas tlgtm0 Ensino Medio
Quadro2 Espa~osde Perfonnance (emnumerosabsolutos)
CASA DE SHOW
1= 125
15
Com relacao aos locais onde e desenvolvida a arte circense 4 dos
artistas entrevistados sao de rua (50) 5 deles utilizam-sa do aspaco do
Taatro (625) Todos (100) sa aprasentam de alguma maneira debaixo
das lonas do circa 1 referiu-se a Casas de Show (125)
Quadro 3 Especialidade
PALHACO MALABARES ACROBATA TRAPEZISTA I2= 25 5=625 3= 375 1= 125 J
ARAMISTA PERNA PAU OUTRO
2=25 2= 25 3= 375
Quanta a especialidade pode-se observar que 2 trabalham com a arte
do palhaco (25) 5 sao malabaristas (625) 3 fazem acrobacias de solo
(375) 1 etrapezista (125) 2 andam na corda bamba (aramistas) (25)
2 utilizam a pema de pau (25)
Quadro 4 Familia Circense
SIM NAO1 = 125 7= 875
Apenas 1 entrevistado vem de familia circense (125)
Quadro 5 Motivo
Trabalho Instrumentalista 1= 125
a meio ambiente (familia) 3= 375
Relacao com a Capoeira 1= 125
Ginastica Olimpica 1= 125
Paixao pala Arte 1= 125
Tradicao 1= 125
16
A resperto dos motivos 1 artista tem seu motivo no trabalho
instrumentalista (125) 3 sofreram influ1ncia da familia (375) 1 dos
entrevistados veio da Capoeira (125) 1 e ex-ginasta olimpico (125) 1
teve seu motivo na paixao que a Arte Circense desperta (125) E 1 e pela
tradi980 (125) Isso mostra a variabilidade de configura90es nas quais
encontravam-se as artistas no momento do contata com 0 Circa
Quadro6Motiva9ao
Trabalha com Arte-Educa9fio 2= 25
Prazer 3= 375
SobrevivencialNecessidade 3=375
Sabre a motiv8C80 au seja aquila que as mante~minseridos na Arte
Circense 2 dos entrevistados sao arte-educadores e encontram nas Artes
Circenses meios pedag6gicos e de formacao humana 3 sao motivados pelo
prazer despertado nas atividades E 3 deles sao artistas par necessidade
Dois dos oito entrevistados (25) s6 vivem do circo e de
apresenta9iies artisticas Sendo apenas um deles pertencente a terceira
geracao de circo cnde aprendeu com seus familiares tudo 0 que sabe e
pretende prosseguir com a tradiCBo circense Outro entrevistado se formou
em Sao Paulo e ganha sua vida no picadeiro Um deles (125) e ex-ginasta
que sa apaixonou pela linguagem circense
Tr1s dos artistas entrevistados (36) sao graduados todos em
Educac80 Fisica os quais S8 mant~m financeiramente dando aulas de circo
quando nao estao desenvolvendo trabalhos artisticos A metade dos
entrevistados (50) conla com 0 apoio familiar conseguindo assim buscar
aprimoramento profissional atraves de workshops e especializa~6es_
17
5 CONCLUSAO
A partir do Objetivo Geral isto e verificar quais os motivos e motiva(iio
que levou artistas do sexo masculine a ingressar e permanecer no meio
circense concluimiddotse que ha toda uma gama de motivos (configura90es) e
tambem motiv8yoes que se apresentaram apos a referida pesquisa Foi
tracado 0 perfil dos artistas bem como - atraves das entrevistas - verificou-
se avaliou-se e comparou-se as motivQs e motiv8CBO que as levaram a
ingressar e permanecer na atividade
A motivacao como componente e fun~o gera do comportamento naD
e urna variavel que se apresenta periodicamente e neste momento
desencadeia uma ayao isolada Ela e a orientayao dinamica continua que
regula 0 funcionamento igualmente continuo do individuo em interayBo com
seu maio Esta regulacaoconcerne os aspectos direcionais e energeticos do
comportamento Por outro lado a todo 0 momenta a motivayao se apresenta
como urna configuratyao concreta de tais orientac5es dinamicas permanentes
(ativas ou latentes) a qual muda em funyao de diversos fatores internos e
extemas em funyao tambem da experiencia passada e da percepyao atual
Em alguns sujeitos por exemplo a configurayao motivacional e
excepcionalmente estavel enquanto que para outros a sua (mica
continuidade em sua maneira de agir consiste em obedecer aos impulsos do
momento e ao apelo das situayaes que se apresentam
Tudo isso leva a conclus1io de que e util distinguir de um lado a
funcao dinamica geral que ativa e dirige 0 comportamento de maneira
continua et de outro lado a constelayao motivacional concreta que eresponsavel pela regulayao do comportamento em um dado momento
Ap6s 0 contato com estes diversos artistas pode-se inferir que os
motivos sao diversos mas a principal motivacao vern da satisfayBo pessoal
pelo trabalho desenvolvido e 0 estre~o apego emocional pela arte Nesse
sentido para os entrevistados confirma-se a maxima uniAo do Uti ao
Agradave pais a grande maioria con segue se manter economicamente
como artistas ou seja sobreviver fazendo 0 que gosta
18
6 REFERENCIAS
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BERGAMINI C W Motiva~lio nas Organizaqoes 4ed sao Paulo Atlas1997
CASTRO A V 0 circo conta sua hist6ria Museu dos Teatros - FUNARJRio de Janeiro 1997
CONWAY A A history of juggling - 1994 (setembro) disponivel emhtlplwwwjugglindbcom Acessado em Janeiro de 2005
CRATTY B J PSicologia no esports 2ed Rio de Janeiro Prentice-Hall1983
DECI EL RYAN R M Intrinsic motivation and self determination inhuman behavior NewYork Plenum 1985
FONSECA M A Palhaqo da Burguesia Sao Paulo Polis 1979
FROST RB Psychological Concepts Applied to Physical Educationand Coaching USA Reading Massachusetts Menlo Park CaliforniaLondon Don Mills Ontario 1971
NUTTIN J Teoria da Motivaclo Humana sao Paulo Loyola 1983
SINGER NR Psicologia dos espor1les- mitos e verdades 2ed SaoPaulo Harbra 1977
SOUZA R L Motivaclio (sd) Disponivel emhttpwwwpsicologiabrasilescolacomlmotivacaophp Acessado em maio de2005
VERNOM M DMotivacaoHumana Petropolis Vozes 1971
19
APENDICE
Dados coletados nas entrevistas
Primeiro entrevistado (A)
1 QUAL A SUA FORMAltAO
R Segundo grau comgleto
2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCO
R Trabalho ha 5 anos com circo3 ONDE vocE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSES
R Na rua teatro e IQaresvilriados onde(QrcontratadQlmiddot
4 QUAL A SUA ESPECIALIDADE
R Palhaco
5 vocE VEM DE FAMiLIA CIRCENSE
R Nlio
6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO
R Foi atraves de um rabillho in~trumflnillista J~ fa~ia teiltro (aQdidatal ecome~ a me inte~sects2r ileQ ci~o Fiz tbfJfhos vQluntariQsect em hosgitais einsUtuifjes de saude e na rua aem qe anim2pound20 dfl fesectta
7 QUAL A MOTIVAltAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA
R A Qossibilidilde rletrabBlharcom ARTE-EDUCAQJlO e 0 auto iusentD
20
Segundo entrevistado (8)
1 QUAL A SUA FORMAltAO
R Fa(LQ1dminis(ra(Lsectona FAE
2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCO
R Trabalho hll 5 anos
3 ONDE VOC~ APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSES
R Nas f1taRAVE ~asa de shows eventos e cirrQ
4 QUAL A SUA ESPECIALIDADE
R Malabares acrobacia-soo e cigar-boxes -5 VOC~ VEM DE FAMILIA CIRCENSE
R Ntio mas de familia de artistas MinhB mtie e ltJtriz dimtora ~ figurinisecttJ
6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO
R Facilidade Estava no meiQartisti~
7 QUAL A MOTIVAltAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA
R Por ser um lema 2tl~1-M~ faz lraticar s~mQre esecttar em forma Nao eeQ dinh~i[Q ~ Q~o grazer de inQv~r Q~J~ ~hflJlar nfmbom nivel deallerfei~2m~nto lara eXI2Jssarminhas iQeigsect
21
Terceiro entrevistado (e)
1 QUAL A SUA FORMAltAO
R Segundo grau comgllo
2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCO
R 4 anos
3 ONDE VOCE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSES
R Circo eventos esgetaculos na TV e em hQteis
4 QUAL A SUA ESPECIALIDADE
R Malabares tragezio de vOos acrobacia de solo arame Qema-de-1J8U ecaroa elastica
5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSE
R Nao
6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO
R Comecei a fazer circo gara agerfeiroaros movimentos da Cal2Qeira
7 QUAL A MOTIVAltAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA
R 0 2razer de B1reSentar e treinar aem da diversao Da Qra viver
22
Quarto entrevistado (0)
1 QUAL A SUA FORMAltAOR Primeiro grau incom(leto
2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCOR Comecei aos 12 anos
3 ONDE VOCE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSESR Circo eventos e quando me alltrto na rua
4 QUAL A SUA ESPECIALIDADE
R Arame e Malabares5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSER Sim sou da ~ qeraQllo na minha familia
6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO
R Como eramosect urna f2milia circense eu nao tiv~ ol2~ao Tinhamos queaiudar a familia entao cada irmao se eSllecializou em urna atividade
7 QUAL A MOTIVAltAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA
R iinceramente nao se fazer Dutra coisS ent~o e gela sobrevivenciamesmo Tendo dinheiro ura comer e dormir eu esecttou feliz
23
Quinto entrevistado (E)
1 QUAL A SUA FORMACAOR Sou fonngdo em EduciitiQFiliicg lela PUr2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCOR 6 anos
3 ONDE VOC~ APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSESR Tenho uma emlresa chamada ARCO lrodurjesartisticas Me aQresentolrincillalmente em teatros circa e eventos
4 QUAL A SUA ESPECIALIDADER Acrobacia de solo tecido e Qanramodema
5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSER Nilo
6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCOR Grande Qarte da minha vida fui atleta Qe Ginastica Olimjca AQ6s umtrabalho Qaralelo chamado Os Acronautali comegei a me intereliSgr Qelocirco e onde tenho trabalhado desde enllJo
7 QUAL A MOTIVACAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA
R No inicio era ir Qara 0 Circo de Soleil Ate cheguei a Qassar em umaI2revia mas nlio 128ssei Hole a llrinci1al motiva~lio e a necessidade DofI2referencia 128ra al2resenta~(jes mas quando fica dificil tenho gue dar aula
24
Sexto entrevistado (Fl
1 QUAL A SUA FORMACAO
R Segundo grau comgeto
2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCO
R Trabalho hB sete anos comcirca
3 ONDE VOCE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSES
R Arte de rua epIO middotetos culturais
4 QUAL A SUA ESPECIALIDADER Malabares diabolo Contact ball bastao e devil stick
5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSE
R Nao
6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO
R Paixao (lela arle nao consegui me enquadrar no mercado formal (confeccionavamateriais de maabares e assim comeee a freinarl
7 QUAL A MOTIVACAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA
R E a minha I2rincieal (onte de renda Me considero urn artista modificador daconscitmcia social Deseio if a Belgica Qara buscar gualific8r80 e arogliar minhaatu8pound80 no Brasil
25
Selimo enlrevislado (G)
1 QUAL A SUA FORMACAOR Sou Qraduadoem Educa~o Fisica na PUC e teatro na FAP
2 HA QUANTa TEMPO TRABALHA COM CIRCaR Tnlsanos
3 ONDE VOCE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSESR Festas eventos teatros e escoas
4 QUAL A SUA ESPECIALIDADER Pahaco e rnaabares
5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSER NtJo
6 QUAL 0 MOTIVO QUE a LEVOU A ATUAR NO CIRCaR Atraves da Educa~secto Ffsica me interesse Ue10 desenvovimento motor e12esgusando enconirei 0 maabarismo e 128ra com(llementar meu tmbaho estudei 0
pahaco
7 QUAL A MOTIVACAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREAR A erincieal e a satisfaQlio lessoal (aQausos e risosectl (lretendo continuar vivendocomo arti~ta Aluamente me mfJntenho dando aulas de circo
26
Oitavo entrevistado (H)
1 QUAL A SUA FORMACAOR Sou ator e artista circense No momento esiolJ cursando Lefras na UFPR
2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCOR 6 anos
3 ONDE VOCr APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSESR Em eSJJetacuos teatrais eventos e na rua
4 QUAL A SUA ESPECIALIDADER Perna de D8U e swino
SVOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSER N~o
6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCOR Primeiramenfe trabalhava como aTiz de f8atro e sentia a necessidade de amgJiarmeu cam12D de afua~~o grofissiona e 0 circa s~mllre foi motivo earn mim deencantamento e admira~ao
7 QUAL A MOTIVACAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA
R Pela necessidade de cada vez mfis I2rofissionalizar a cena circense no estado eencontrar urna linguagem lrOQria ao integrar Q teatro com sect arte circens8
TERMO DE APROVACAO
Mario Henrique Ribeiro Borges
MOTIVO E MOTIVACAO EM ARTISTAS CIRCENSES
Este Trabalho de Conclusao de Curso foi julgado e aprovado para aobtenao do titulo de licenciado no Curso de Educaao Fisica da
Universidade Tuiuti do Parana
Orientador ~~Ar~o~Ug-~Universidade Tuiuti do Parana
Departame~o de Educaao Fisica
ProfUniv-ersCid-ad-e~Tu-Ci-uti-do-Parana--
Departamento de EduC8c80 Fisica
Curitiba de de 2005
iii
Dedico este trabafho ao meu paiNelson Borges pela incansaveldedic8tao e desmedido esforro paraque eu pudesse chegar onde estouhoje
AGRADECIMENTOS
Primeiramente gostaria de agradecer ao nossa born DEUS
Agraderyo aD meu amigo mestrando e co-orienta dar Rodrigo de
Franca que muito me ajudou nesta pesquisa
Ao professor Amo pela sua paciencia pedag6gica e orientayiio
Ao querido Professor Sergio Roberto Abrahao por acreditar no meu
trabalho 9 que durante anos vern abrindo caminhos
A Guta por ser meu RAIO DE SOL bull
Ao meu irmao Luis Borges pelas cobranC8s
Ao meu amigo desde a adolescencia FiletI pel as conquistas
profissionais
Ao amigo Diego hijo de la madre
Ao amigo Pablo pelo tutorial artistico e pelos dialogos inerentes avida Ser ou nao ser
A ASP ART pelas oportunidades e parcerias
Ao meu conselheiro s6cio-filos6fico Alexei
Aos alunos de Circo da UFPR
A lodos aquales e aquelas que porventura a minha memoria n~o deu
conta de contemplar
E especial mente a Dona Mara que me criou pelas veredas do
conhecimento
SUMARIO
RESUMO vii
1INTRODUCAO 1
11 JUSTIFICATIVA 1
12 PROBLEMA 2
13 OBJETIVOS 2
131 Objetivo Geral 2
132 Objetivos Especificos 2
2 REVISAO DE LlTERATURA 3
21 QUANDO E ONDE COMECA A HISTltJRIA DO CIRCO 3
220 CIRCO NO BRASIL 6
23 MOTIVO E MOTIVACAo 8
231 Teorias Psicol6gicas 10
3 METODOLOGIA 12
31 TIPO DE PESQUISA 12
32 POPULACAO E AMOSTRA 12
321 Popula~ao 12
322 Amostra 12
33 INSTRUMENTO 12
34 COLETA DE DADOS 12
35 ANALISE DOS DADOS 13
36 L1MITACOES 13
4 APRESENTACAO E DISCUSSAO DOS DADOS 14
5 CONCLUsAo 17
6 REFERENCIAS 18
APENDICE 19vi
RESUMO
Titulo Motivo e motiva~o em artistas circenses
Aluno Mario Henrique Ribeiro Borges
Orientador Amo Krug
Curso Educaltao Fisica
Instituigao Universidade Tuiuti do Parana
A referida pesquisa tern como prop6sito verificar as motivQs e asmotiv890es que levaram as artistas circenses a ingressar e permanecer nomeio Buscando dessa forma alguns elementos fundamentais na literaturaaeerca das bases epistemol6gicas da motivalt~o a qual e 0 foco centraldeste trabalho Procurou-se resgatar quando e cnde comeC8 a hist6ria docirco sua origem no Brasil e sabre algumas definicoes acerca de uma novacorrente chamada circa novo Bern como tracar 0 perfil dos artistas circensesdo sexo masculino aplicar uma entrevista aos mesmas comparar asmotivQs e motivayao que as leva ram a ingressar e permanecer na atividade
Esta pesquisa caracteriza-se como descritiva foi montada umaentrevista semi-estruturada com varias perguntas abertas em uma ordemprevista Os entrevistados foram artistas circenses que trabalharam comcirco na grande regiao de Curitiba com rna is de tres anos de experienciasendo todos eles voluntarios Apos a entrevista obtivemos a mostra do perfildos artistas aonde foi verificado e comparado os motivos e as motivacoesque levaram estes artistas a ingressarem e se manterem na atividade Comrela980 aos resu~ados 0 que chamou bastante a aten9iio foi quanto aescolaridade 0 estudo apontou que os sujeitos apresentaram born grau deescolaridade 875 dos artistas possuem 0 Ensino Media
Tudo isso leva a conciusao de que e uti I distinguir de um lado afuncao dinamica geral que ativa e dirige 0 comportamento de maneiracontinua e de outro lado a constelacaa motivacional concreta que eresponsavel pel a regula980 do comportamento em um dado momento
Apos 0 cantata com estes diversos artistas pode-se inferir que osmotivos sao diversos mas a principal motivacao vern da satisfacao pessoalpelo trabalho desenvolvido e 0 estreito apego emocional pel a arte
vii
1INTRODUCAo
11 JUSTIFICATIVA
Pesquisar e 0 ata de questionar observar ser curioso buscar
respostas para nassas inquietscoes E a tareta da pesquisar precede a umestado sensorial ista e faz-sa necessaria a condiC2o de leva a procurarasrespostas dos questionamentos Tal condicaoe conhecida como motivacao
() aspeeto dinamico da entrada em relacaode urn sujeito com 0 mundo
Concretamente a motiv8y80 diz raspeito a direC2o ativa do comportamentopara detenninadas categorias preferenciais de situ8coes ou de objetos
(NUTTIN1983 p 11)
Bergamini (1997) propOeque a motivacaoseja uma cadeia de eventos
base ada no desejo de reduzir urn estado interno de desequilibrio tendo comofundamento 0 pensamento e a crenca de que certas acOes deveriam servir aesse prop6sito e levando as sujeitos a agirem de maneira que saraoconduzidos ate 0 objetivo desejado E importante que seja considerada a
exist~ncia de diferencas individuais e cutturais entre as sujeitos quando serefere a motivacaoEste difereneial nao s6 pode afetar signifieativamente ainterpretacaode urn desajo mas tarnbem 0 entendimento da maneira
particular como as pessoas agem e atuam na busca dos seus objetivos Aspessoas ja trazem dentm de si expectativas passoais que ativamdeterminado tipo de busca de objetivos A motivacaoportanto pode ser
considerada primordialmente um proeesso intrinseeo
A maneira mais fundamental e util de pensar a respeito desse ass unto
envolve a aceitacaodo eonceito de motivac8ointrinseca que sa refere ao
processo de desenvolver uma atividade pelo prazer que ela mesmaproporciona isto e desenvolver urna atividade pela recompensa inerente aessa mesma atividade (DECI amp RYAN 1985 p21)
Essa forma de considerar 0 cornportamento rnotivacional impliea 0
reconhecimento de que ele representa a fonte mais importante de autonomia
pessoal a medida que as pessoas podem de certa forma escolher que tipo
de BvaD empreender com base nas SUBS proprias fontas intern as de
necessidades e naD simplesmente responder aos control as impostos pelo
meio extemo
Neste sentido emerge a necessidade ou melhor a motivac~opara a
realiz8g8o desse estudo que e de ouvir e relatar atraves de questionario
semi-estruturado particularmente 0 caso de artistas circenses e descobrir 0
que as impulsiona alem dos trampolins
12 PROBLEMA
Qual e 0 motivQ que levou 0 artista circense a ingressar no circa e a
rnotivayao que 0 impulsiona a sa manter no meio
13 OBJETIVOS
131 Objetivo Geral
Vermcar quais 05 motivos e motivay80 que levou artistas do sexo
masculino a ingressar e permanecer no meio circense
132 Objetivos Especificos
bull Trayar 0 perfil dos artistas circenses do sexo masculino
bull Aplicar urna entrevista aos artistas circenses do sexo masculino para
verificar avaliar e comparar os motivos e motivayao que os levaram a
ingressar e permanecer na atividade
bull Comparar se os motivos e motivayao sao as mesmos entre as artistas
com mais au menos 3 anos de experiAncia
2 REVISAO DE LlTERATURA
21 QUANDO E ONDE COMEltAA HIST6RIA DO CIRCO
o circo e urna atividade corporal secular com dificil precisao de origem
dos espetaculos mas traz no seu hist6rico a hip6tese de que 0 remoto
ancestral do artista de circo deve ter sido aquele troglodita que num dia de
caya surpreendentemente farta entrou na cavern a dando pulos de alegria e
despertando com suas caratas 0 riso de seus companheiros de
dificuldades (RUIZ apud TORRES 1998 p13)
Segundo Castro (1997) pode-se dizer que as artes circenses surgiram
na China cnde foram descobertas pinturas de quase 5000 anos em que
aparecem acrabatas contorcionistas e equilibristas A acrobacia era urna
forma de treinamento para as guerreiros de quem sa exigia agilidadeflexibilidade e forya Com 0 tempo a essas qualidades sa somou a graya a
beleza e a harmonia Torres (1998) conta que em 108 aC houve uma
grande testa em homenagem a visitantes estrangeiros que foram brindados
com apresentalt6es acrobaticas surpreendentes A partir dai 0 imperador
decidiu que todos as an os seriam realizados espetaculos do genero durante
o Festival da Primeira Lua Ate hoje os alde6es praticam malabarismo com
espigas de milho e brincam de saltar e equHibrar imensos vasos nos pes
Ha registros segundo Torres (1998) em seu livro 0 circo no Brasil de
que as raizes da arte circense estao nos hip6dromos da Grecia antiga e no
grande Imperio Egipcio De acordo com Lewbel (1995) e Zeithen (citado por
CONWAY 1994) no Egito os primeiros sinais da arte circense estao
gravados nas piramides com desenhos de domadores equilibristas
malabaristas e contorcionistas Os espetaculos desse periodo eram como
as procissoes que tinham 0 objetivo de saudar os generais vitoriosos
Nesses cortejos havia adorna 0 desfile de animais ex6ticos e sold ados
conduzindo os novos escravos alem de apresentay6es em argolas e barras
que lembravam numeras da modama ginastica olimpica No inicio a arte
circense tinha uma forte rela~o com esse esporte com numeros baseados
em saltos e acrobacias Os satiros faziam 0 povo rir dando continuidade alinhagem dos palhayos
Mas foi na Europa que 0 circa ganhou fona e se desenvolveu Para
Castro (1997) os espetaculos tomaram impulso ainda no Imperio Romano
quando seus anfrteatros recebiam apresentayoes de habilidades (mais tarde
classificadas como circenses) A importancia e a grandiosidade desse
espetaculo pode ser atestada pelo Circo Maximo de Roma 0 qual apareceu
pouco depois mas foi destruido em um incendio Em 40 aC no mesmalocal foi construido 0 Coliseu onde cabiam 87 mil espectadores Segundo a
autora la eram apresentadas excentricidades como homens louros nordicosanimais ex6ticos engolidores de fogo e gladiadores entre outros Porem
entre 54 e 68 dC as arenas passaram a ser ocupadas por espetaculos
sangrentos com a perseguiltao aos cristaos que eram atirados as ferasdiminuindo 0 interesse pelas artes circenses Com a decademcia do ImperioRomano os artistas circenses ganham espalto nas pracaspublieas nos
adros das igrejas e sobretudo nas feiras () ela (a feira) foi 0 lugar onde a
arte circense permaneceu de Roma a Philip Astley (CASTRO 1997 p17)
Esses circas agrupados em pequenas companhias rodavam vilas cidadese eastelos em busea de publico e de sustento Nessa apoea os circos naotinham a mesma organizaltao dos nossos dias com cabertura de lanaarquibancadas e picadeiro mas ja apresentavam numeros que permanecemate hoje como engolidores de fogo truques magicos e malabarismos Ja 0
circa como nos 0 conhecemos - urn picadairo lonas mastros trapezios
desfiles de animais - e a forma modem a de antiQuissimos entretenimentosde diversos povos e culturas (CASTRO 1997 p16)
Para melhor compreensao deve-se fazer separacaoentre 0 circa e a
arte circense De acordo com Castro (1997) a arte circense e 0 resultado de
performances artisticas desenvolvidas em diversos paises ao longo dotempo Essas performances incluem habilidades fisicas equilibrio na corda
bamba saltos mortais contorcionismo elementos de teatro e danlta e
habilidades em gera andar em monocicla do mar animais etc Ja 0 circa alocal fiSiCO onde sao feitas as apresentacOesde arte circense sofreu varias
modificayoes Segundo Fonseca (1979) 0 seu conjunto com formato
arredondado picadeiro cobertura de lona e cercado de arquibancadas s6
foi criado em 1770 dando origem ao circo modemo que e 0 que
conhecemos hoje em dia
Conforme aponta Torres (1998) 0 primeiro circa europeu modemo 0
Astleys Amphrtheatre foi inaugurado em Londres por volta de 1770 por
Philip Astley urn oficial ingles da Cavalaria Britanica_0 circo de Astley tinha
urn picadeiro circular com uma especie de arquibancada perto_Ele percebeu
que seria bern mais tacil C--) manter-se de pe sobre urn cavalo a galope
dentro de urn circulo perfeito_ Questao de lei fisica a forya centrifuga
(TORRES 1998 p_16)_Astley organizou urn espetaculo eqOestrecom rigor
e estrutura militares mas percebeu que para segurar 0 publico teria quereunir outras atracaes e juntou saltimbancos equilibristas saltadores e
palhaco_0 palhacodo batalhao era urn soldado campanio que acaba sendo
o clown e que em ingles origina de caipira_ 0 palhaconilo sabia montar
entrava no picadeiro montado ao contrario caia do cavalo subia de urn ladocaia do outro passava por baixo do cavalo Como fazia muito sucessocomecarama se desenvolver novas situacaes_Ao longo dos anos Astley
acrescentou saltos acrobaticos dancacom lacose malabarismo
De acordo com Torres (1998 p_ 18) este primeiro circo funcionava
como urn quarter os uniformes 0 rufar dos tambores as vozes de comandopara a execucao dos numeros de risco_ 0 pr6prio Astley dirigia e
apresentava 0 espetaculo criando assim a figura do mestre de cerimoniasAstley comecoua difundir 0 circo modemo e abriu uma filial em Paris ap6sconvite para apresentar-se para 0 rei da Franya S6 mais tarde algunspaises da Europa como Suecia Espanha Alemanha e Russia comecarama
desenvolver sua arte circense Em apenas cinqOenta anos 0 circo modemoja tinha se espalhado por todo 0 mundo_
Segundo Castro (1997) 0 termo circus foi utilizado pela primeira vez
em 1782 quando 0 rival de Astley Chartas Hughes abriu as portas do Royal
Circus Em principios do seculo XIX havia circos permanentes em algumasdas grandes cidades europeias_ Existiam al8m disso circos ambulantes
que se deslocavam de cidade em cidade em carretas cobertas_
22 0 CIRCONO BRASIL
Para Torres (1998) documentos apontam que no seculo XVIII antes
mesma da crialtao do circa madema ja havia grupos circenses no Brasil
Normalmente assas companhias eram formadas par ciganos expulsos da
Peninsula Iberica Tendo em vista que () sempre houve ligarao dos
ciganos com 0 circ~ (CASTRO apud TORRES 1998 p 20) Entre suas
especiaJidades incluiam-se a doma de ursos 0 ilusionismo e as exibiltoescom cavalos Hit relatos de que ales usavam tandas e nas festas sacras
havia bagunya bebedeira e exibicOes artisticas incluindo teatro de
bonecos A autera conta Que ales viajavam de cidade em cidade eadaptavamseus espetaculos ao gosto da populayao local Numeros que nao
faziam sucesso na cidade eram tirados do programa Ainda segundo Torres
(1998) 0 circo modemo s6 chegou ao Brasil a partir de 1830 Incentivadas
pelos ciclos econiimicos do cafe borracha e cana-de-arucar grandes
companhias europeias vinham apresentar-se nas cidades brasileiras Foram
essas companhias que ajudaram a formar as primeiras familias de circa que
passaram a ser as responsaveis pelo desenvolvimento do circo modemo no
Brasil Eram real mente familias com layos consangOineos que sustentavam
esta atividade Pai avo filho sobrinhos e netos eram responsaveis por tudo
desde a infra-estruturae montagemdo circo ate 0 espetaculo Castro (1997)
diz que 0 circo brasileiro ~ropicalizou algumas atracOes 0 palharo
brasileiro falava muito ao contrario do europeu que era mais mimico Era
mais conquistador e malandro seresteiro tocador de vialao com urn humor
picante 0 publico tambem apresentava caracteristicas diferentes Segundo
Eduardo Oliveira da Silva que foi aluno da segunda turma da escola
nacional de circo (TORRES 1998 p 25) Os europeus iam ao circo apreciar
a arte no Brasil os numeros perigosos eram as atrayc3es trapezia animais
selvagens e ferozes
Ate a pouco tempo esta era a situayao dos circos no Brasil Mas
diversos fatores levaram a uma mudanya na sua organizacao e
administracao Com 0 surgimento dos grandes centr~s urbanos e 0
desenvolvimento tecnol6gico apareceram tambem novas formas de
entretenimento como a televisao cinema teatro e parques de divers~o
Com isso 0 circo foi perdendo espayo e publico Na verdade 0 circo
adaptou-se aos novos tempos da mass media Tornou-se performaticD Massem esquecer a maioria das atrayOes de antigamente (TORRES 1998
pAS)
A primeira mudanya foi na rela~o familiar Agora os pais preferem
que seus filhos S8 dediquem aos estudos ao inves de sa dedicarem apenasa arte circense Os masmas passaram a perceber que com estudo seusfilhos continuariam trabalhando no circa mas agora como proprietarios deuma empresa e nao apenas como artistas Para Torres (1998) esta atitude
acabou trazendo dUBS consequencias a primeira diz respaito a visao queestes novos empresarios tern do circo Menos sentimentais para eles 0
circo e um negocio que tem que dar lucro A segunda e que para suprir a
demanda de artistas ja que as famllias circenses agora cuidavam daadministrayao surgiram as escolas de circa que formam novos artistas Elesnlio fazem parte da familia A rela~o e apenas de patrno e empregado
Igual a um funcionario que trabalha em troea de salario Hoje estas
mudanyas sa refletem em varios circos brasileiros como Beto Carrero CircaGarcia Orlando Orfei Circo Vostok e outros As velhas familias que faziam
de tudo ainda continuam nos circos mas agora na administracao deverdadeiras empresas
As mudancasocorridas na administrayao do circo moderno ajudaram acriar tambem uma nova categoria de circa Conhecidas como novo circoestas campanhias nao t~m picadeiro nem lana nem arquibancadas e seapresentam na maieria das vezes em teatros eu casas de espetaculo NasapresentayOes ha inovayOes na linguagem com a incorporayao de
elementos de danya teatro e musica Um exemplo desse tipo de circo e 0
Cirque du Soleil do Canada No Brasil ha varios grupos desse gimero
como 0 Intrepida Trupe Fratellis Teatro de An6nimos e Nau de iearos Em
Curitiba existe desde 1996 0 grupo Os Acronautas
23 MOTIVO E MOTIVACAO
Ap6s breve resgate hist6rico da arte circense segue-s8 com 0
questionamento central que e foco deste trabalho au seja como e atraves
de que sa realiza urna atividade urna aeao e urn movimento equal 0
objetivo da aCao Anterior a este questionamento cabe procurar na literatura
elementos que fundamentem a motivacao_
o terma motivayao tern suas raizes no verba latina movere quesignifiea mover A motivayao impliea movimento ativayao par isse para
descrever urn estado altarnente motivado sao utilizados termos comoexcitacao energia intensidade e ativayao Segundo a Psicologia motivos
denominam diferencas entre peculiaridades individuais duradouras que se
formaram no decorrer do tempo de desenvolvimento numa determinada
srtuacaobasica Motivacaoe dependente da srtua980e uma ocorrencia de
curto prazo Com ela se denominam todos os fatores e processos atuais que
conduzem a alYBO sob determinadas condiyaes situativas de estimulo
mantendo-as em funcionamento ate 0 tarmino Na motiva9Bo os fatores de
situacao e os fatores de motivos entram em efeito reciproco Fatores de
motivos representam assim apenas uma parte da ocorr~nciada motivaltao
Conforme Balaguer (1994) com a incorporacaodo paradigma
cognitiv~ a Psicologia 0 estudo da motivacao sofreu profundas
transformacies A partir dos anos 60 0 que vern interessando aos
psic6logos a averiguar em que medida as cognilYres as interpretalYoes dos
sujeitos influenciam em suas condutas 8 em suas motivay6es C09ni98o S8
refere ao conjunto de atividades atraves das quais a informacao eprocessada pelo sistema psiquico como a recebe seleciona transforma e
organiza como constr6i as representacoes da realidade 8 cria 0
conhecimento Muitos fenomenos estao implicados neste processamento
percepcaomem6ria elaboracaodo pensamentoe a linguagem sao alguns
deles
Para um melhor entendimento recorra-se a Nuttin (1983) no sentido
explicativo de motivacao Segundo este autor 0 termo geral motivaltao eempregado para designar 0 aspecto dinilmico e direcional do
comportamento E a motivayao que em ultima analise e responsavel pelofato de que 0 comportamento se dirige preferencialmente para umadeterminada categoria de objetivos ao inves de dirigir-se para outra ainda
que a aprendizagem desempenhe um papel secundario na aberiura do
caminho que leva para este ou aquele objetivo concreto Quanto aosmotivos 0 autor considera como sendo as concretiz8yoes das necessidadeseles constrtuem 0 componente dinamico e direcional do ato concreto
Ainda segundo Nuttin (1983) muitos autores referem-se a noyao de
motivay8o para explicar porque 0 organismo passa do estado de repousopara 0 estado de atividade A motivacliodeve mobilizar a energia ele e um
fator de energizayao Eo 0 ponto de vista fisico que explica 0 movimento por
uma forcaA biologia acaba de colocar em duvida a validade deste ponto
de vista fisico pois contrariamente ao que se pensava ate a metade doseculo passado as celulas nervosas nao tern necessidade para seremativas de uma excitayao proveniente do exterior elas nilo sao
fisiologicamente inertes a atividade e nao repouso e seu estado naturalelas n~o sao somente reativas mais ativas de maneira continua (HEBS1949 apud NUTTIN 1983 p 27)
Numa visao ampla 0 termo motiv8y80 denota fatores e processos quelevam as pessoas a ayao ou a inercia em situacOesdiversas (CRATTY
1983) De modo mais especifico 0 estudo dos motivos implica no exame das
razoes pelas quais se escolhe fazer algo ou executar algumas tarefas commaior empenho do que outras ou persistir numa atividade por longo periodode tempo
Tambem Singer (1977) descreve a motivacao como sendo a
insistencia em caminhar em direy80 a um objetivo Existem ocasioes onde ameta principal pode ser 0 alcance de uma recompensa tal como ter a nome
impresso ganhar um trofeu ou urn elogio Ern outras ocasi6es pode tamar aforma de urn impulso para 0 sucesso para provar ou conseguir alga para aauto-realizacaoExiste urn nivel ideal de motivay~o que deve estar presente
em qualquer atividade e este depende da natureza da atividade tanto quanto
da personalidadedo individuo
10
Para Frost (1971) a conduta e causada e direcionada por combina~6es
de motivQs e emoyoes alguns internos e Qutros extemos alguns geneticos e
Qutros ambientais alguns conscientes e Qutros inconscientes alguns
individuais e Qutros socia is etc
Os motivos podem ser classificados de acordo com sua fonte Por
exemplo alguns motivos sao oriundos de fontes externas e da tarefa
incluindo as diversas recompensas manifestas au latentes como 0 elogio e
as demonstracc5es de sucesso as presentes e 0 dinheiro Qutras fontes de
motiva~ao podem ser resu~ado da estrutura psicol6gica do individuo e de
suas necessidades pessoais de sucesso sociabilidade reconhecimento
etc bern como aquelas que parecem derivar de caracteristicas da propria
tarefa tais como a novidade e a complexidade da experiencia mental ou
motoracom a qual 0 individuo se defronta (CRATTY 1983)
231 Teorias Psicol6gicas
De acordo com as diversas teorias psicologicas a Motivacao pode sar
entendidadas seguintes formas (SOUZA 2005)
Teona baseada no conceito de insintos No inicio do seculo XX os
psicologos atribuiam 0 comportamento aos instintos - pad rOes de
comportamentos especificos e inatos qua caracferizavam toda uma especie
Em 1890 William James compilou uma lista de instintos humanos ca~
competiyAo mado curiosidade timidez amor vergonha e ressentimento
Mas por volta dos anos 20 a teoria dos instintos deixou de ser usada para
explicar 0 comportamento humano por tres motivos Os comportamentos
humanos mais importantes sao aprendidos Raramente 0 comportamento
humano e rigido inflexivel imutavel e encontrado em toda especia como e 0
caso do instinto Atribuir todo passive I comportamento humane a urn instinto
correspondente nao explica nada Assim por volta de 1900 os psic610gos
buscaram explicagOes mais plausiveis para a campartamento humano
Teoria dos impulsos Uma visao alternativa da motiva~o afirma que as
necessidadescorporais criam um estado de tensao ou estimula~o chamado
impulso De acordo com a teoria da redurjo de impulsos 0 comportamento
II
motivado e urna tentativa de reduzir esse desagradavel estado de ten sao do
corpo e fazer com ale retorne ao estado de homeostase au equilibria
Segundo essa teoria geralmente as impulsos podem ser divididos em duas
categorias Impulsos Primarios as quais sao inatos e encontrados em todos
as animais - inclusive no homem - motivam para a sobrevivencia da especie
- fome seda saxe e Impulsos Secundarios adquiridos par meio daaprendizagem - dinheiro sucesso etc
Tearla da ativaqao Segundo a teoria da reduyao de impulsos urna vez
satisfeitos ista e naD mais ativos 0 homem naD buscaria mais nada a nao
ser descansar pais naD haveria mais nenhuma motivayao Par issD alguns
psic6logos sugeriram a teoria da ativacao - a ativayao se refere a um estado
de alerta 0 nivel de ativay80 que oeorre em urn determinado momento se
apresenta ao longo de um continuum Numa panta esta 0 estada de alerta
maximo na outra 0 sono assim a motivacrao pode ser ativada por um desejo
de reduzir 0 estado de ativacao e em outros de intansifica-Io De acordo com
asta teoria cad a individuo teria urn nivel 6timo de ativacao que varia de uma
situayao para Dutra e ao Iongo do dia e 0 comportamento sena motivado
pelo desejo de manter urn nivel 6timo de ativayao
MotivaclJo intrinseca e extrfnseca A primeira diz respeita as recampensas
que se originam da atividade em si - 0 proprio comportamento eintrinsecamente recompensador Par conseguinte a motivaltao extrinseca se
refere as recompensas que n~o sao obtidas da atividade mas em
conseqOencia da atividade
12
3 METODOLOGIA
31 TIPO DE PESQUISA
Esta pesquisa caracteriza-se como descritiva atraves de urna
entrevista semi-estruturada Sarie de perguntas abertas em urna ordem
prevista mas na qual 0 entrevistador pode acrescentar perguntas deesclarecimentomiddot (LAVILLE amp DIONNE 1999 p188)
32 POPULAltAOE AMOSTRA
321 Popula~ao
As pessoas entrevistadas foram artistas circenses do saxe masculino
que trabalham em Circo na grande regiao de Curitiba com mais de 3 anos
de experieuromcia
322 Amostra
Assim a amostra - e a partir do criteria experiencia - foi definida par 8
artistas da Cidade sendo todos voluntarios
33INSTRUMENTO
Para obten~ao dos dados foi utilizada entrevista semi-estruturada a
qual foi aplicada aos artistas A entrevista pode sar visualizada seguida das
respostas dos entrevistados no Apendice 1
34 COLETA DE DADOS
A coleta de dados procedeu-se por meio de uma visita a ASPARTE
(Associa~ao dos Artistas do Parana) onde puderam ser realizadas com 5
13
artistas associ ados As Qutras entrevistas ocorreram no Fringe mostra
paralela ao Festival de Teatro de Curitiba Vale destacar que foram todas
entrevistas individuais previamente marcadas
35 ANALISE DOS DADOS
A analise dos dados se deu par meio de MEDIA aritmetica com
aplic8yao de porcentagem e analise interpretativa
36 LlMITACOES
Algumas dificuldades foram encontradas no decorrer deste trabalho
Uma delas se deve ao fato de alguns artistas estarem em espetaculos
rtinerantes impossibilitando 0 agendamento das entrevistas Outra
dificuldade foi encontrar artistas pertencentes a corrente tradicional do Circa
uma vez que quase todos se diziam fazer parte do chamado Circo Novo 0
numero de artistas n~o permitiu separa-Ios par tempo de atividade
14
4 APRESENTAGAO E DISCUSSAO DOS RESULTADOS
Apos a exposi~ao dos dados recolhidos pode-se analisar que existem
varios fatores que diferem urn artista de outro e conseqOentemente suas
motivafoes Para methor visualizacao os resultados foram dispostos em
gnficos
Quadro 1 Fonna~aoeTempode Experiencia(emnumeros absolutos epercentuais)
Formayao Ensino Ensino Estudo Graduayiio TotalFundamental Medio Universitario
1= 125 3= 3775 2=25 2=25
Tempo 0 34 anos 56 anos 78 anos -Ndeg 0 2=25 4=50 2=25 100sujeitos
Da mostra de 8 artistas 1 completou (125) Ensino Fundamental
Com relayao ao Ensino Medio 3 deles concluiram (3775) Estudo
Universijario 2 dos pesquisados (25) E Gradua~ao tambem 2 sujeitos
(25)0 estudo tambem apontou que os sujeitos apresentaram bom grau de
escolaridade 875 dos artistas tlgtm0 Ensino Medio
Quadro2 Espa~osde Perfonnance (emnumerosabsolutos)
CASA DE SHOW
1= 125
15
Com relacao aos locais onde e desenvolvida a arte circense 4 dos
artistas entrevistados sao de rua (50) 5 deles utilizam-sa do aspaco do
Taatro (625) Todos (100) sa aprasentam de alguma maneira debaixo
das lonas do circa 1 referiu-se a Casas de Show (125)
Quadro 3 Especialidade
PALHACO MALABARES ACROBATA TRAPEZISTA I2= 25 5=625 3= 375 1= 125 J
ARAMISTA PERNA PAU OUTRO
2=25 2= 25 3= 375
Quanta a especialidade pode-se observar que 2 trabalham com a arte
do palhaco (25) 5 sao malabaristas (625) 3 fazem acrobacias de solo
(375) 1 etrapezista (125) 2 andam na corda bamba (aramistas) (25)
2 utilizam a pema de pau (25)
Quadro 4 Familia Circense
SIM NAO1 = 125 7= 875
Apenas 1 entrevistado vem de familia circense (125)
Quadro 5 Motivo
Trabalho Instrumentalista 1= 125
a meio ambiente (familia) 3= 375
Relacao com a Capoeira 1= 125
Ginastica Olimpica 1= 125
Paixao pala Arte 1= 125
Tradicao 1= 125
16
A resperto dos motivos 1 artista tem seu motivo no trabalho
instrumentalista (125) 3 sofreram influ1ncia da familia (375) 1 dos
entrevistados veio da Capoeira (125) 1 e ex-ginasta olimpico (125) 1
teve seu motivo na paixao que a Arte Circense desperta (125) E 1 e pela
tradi980 (125) Isso mostra a variabilidade de configura90es nas quais
encontravam-se as artistas no momento do contata com 0 Circa
Quadro6Motiva9ao
Trabalha com Arte-Educa9fio 2= 25
Prazer 3= 375
SobrevivencialNecessidade 3=375
Sabre a motiv8C80 au seja aquila que as mante~minseridos na Arte
Circense 2 dos entrevistados sao arte-educadores e encontram nas Artes
Circenses meios pedag6gicos e de formacao humana 3 sao motivados pelo
prazer despertado nas atividades E 3 deles sao artistas par necessidade
Dois dos oito entrevistados (25) s6 vivem do circo e de
apresenta9iies artisticas Sendo apenas um deles pertencente a terceira
geracao de circo cnde aprendeu com seus familiares tudo 0 que sabe e
pretende prosseguir com a tradiCBo circense Outro entrevistado se formou
em Sao Paulo e ganha sua vida no picadeiro Um deles (125) e ex-ginasta
que sa apaixonou pela linguagem circense
Tr1s dos artistas entrevistados (36) sao graduados todos em
Educac80 Fisica os quais S8 mant~m financeiramente dando aulas de circo
quando nao estao desenvolvendo trabalhos artisticos A metade dos
entrevistados (50) conla com 0 apoio familiar conseguindo assim buscar
aprimoramento profissional atraves de workshops e especializa~6es_
17
5 CONCLUSAO
A partir do Objetivo Geral isto e verificar quais os motivos e motiva(iio
que levou artistas do sexo masculine a ingressar e permanecer no meio
circense concluimiddotse que ha toda uma gama de motivos (configura90es) e
tambem motiv8yoes que se apresentaram apos a referida pesquisa Foi
tracado 0 perfil dos artistas bem como - atraves das entrevistas - verificou-
se avaliou-se e comparou-se as motivQs e motiv8CBO que as levaram a
ingressar e permanecer na atividade
A motivacao como componente e fun~o gera do comportamento naD
e urna variavel que se apresenta periodicamente e neste momento
desencadeia uma ayao isolada Ela e a orientayao dinamica continua que
regula 0 funcionamento igualmente continuo do individuo em interayBo com
seu maio Esta regulacaoconcerne os aspectos direcionais e energeticos do
comportamento Por outro lado a todo 0 momenta a motivayao se apresenta
como urna configuratyao concreta de tais orientac5es dinamicas permanentes
(ativas ou latentes) a qual muda em funyao de diversos fatores internos e
extemas em funyao tambem da experiencia passada e da percepyao atual
Em alguns sujeitos por exemplo a configurayao motivacional e
excepcionalmente estavel enquanto que para outros a sua (mica
continuidade em sua maneira de agir consiste em obedecer aos impulsos do
momento e ao apelo das situayaes que se apresentam
Tudo isso leva a conclus1io de que e util distinguir de um lado a
funcao dinamica geral que ativa e dirige 0 comportamento de maneira
continua et de outro lado a constelayao motivacional concreta que eresponsavel pela regulayao do comportamento em um dado momento
Ap6s 0 contato com estes diversos artistas pode-se inferir que os
motivos sao diversos mas a principal motivacao vern da satisfayBo pessoal
pelo trabalho desenvolvido e 0 estre~o apego emocional pela arte Nesse
sentido para os entrevistados confirma-se a maxima uniAo do Uti ao
Agradave pais a grande maioria con segue se manter economicamente
como artistas ou seja sobreviver fazendo 0 que gosta
18
6 REFERENCIAS
BALAGUER I Entrenamiento psicol6gico en el deports ValenciaAlbatros Educacion 1994
BERGAMINI C W Motiva~lio nas Organizaqoes 4ed sao Paulo Atlas1997
CASTRO A V 0 circo conta sua hist6ria Museu dos Teatros - FUNARJRio de Janeiro 1997
CONWAY A A history of juggling - 1994 (setembro) disponivel emhtlplwwwjugglindbcom Acessado em Janeiro de 2005
CRATTY B J PSicologia no esports 2ed Rio de Janeiro Prentice-Hall1983
DECI EL RYAN R M Intrinsic motivation and self determination inhuman behavior NewYork Plenum 1985
FONSECA M A Palhaqo da Burguesia Sao Paulo Polis 1979
FROST RB Psychological Concepts Applied to Physical Educationand Coaching USA Reading Massachusetts Menlo Park CaliforniaLondon Don Mills Ontario 1971
NUTTIN J Teoria da Motivaclo Humana sao Paulo Loyola 1983
SINGER NR Psicologia dos espor1les- mitos e verdades 2ed SaoPaulo Harbra 1977
SOUZA R L Motivaclio (sd) Disponivel emhttpwwwpsicologiabrasilescolacomlmotivacaophp Acessado em maio de2005
VERNOM M DMotivacaoHumana Petropolis Vozes 1971
19
APENDICE
Dados coletados nas entrevistas
Primeiro entrevistado (A)
1 QUAL A SUA FORMAltAO
R Segundo grau comgleto
2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCO
R Trabalho ha 5 anos com circo3 ONDE vocE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSES
R Na rua teatro e IQaresvilriados onde(QrcontratadQlmiddot
4 QUAL A SUA ESPECIALIDADE
R Palhaco
5 vocE VEM DE FAMiLIA CIRCENSE
R Nlio
6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO
R Foi atraves de um rabillho in~trumflnillista J~ fa~ia teiltro (aQdidatal ecome~ a me inte~sects2r ileQ ci~o Fiz tbfJfhos vQluntariQsect em hosgitais einsUtuifjes de saude e na rua aem qe anim2pound20 dfl fesectta
7 QUAL A MOTIVAltAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA
R A Qossibilidilde rletrabBlharcom ARTE-EDUCAQJlO e 0 auto iusentD
20
Segundo entrevistado (8)
1 QUAL A SUA FORMAltAO
R Fa(LQ1dminis(ra(Lsectona FAE
2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCO
R Trabalho hll 5 anos
3 ONDE VOC~ APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSES
R Nas f1taRAVE ~asa de shows eventos e cirrQ
4 QUAL A SUA ESPECIALIDADE
R Malabares acrobacia-soo e cigar-boxes -5 VOC~ VEM DE FAMILIA CIRCENSE
R Ntio mas de familia de artistas MinhB mtie e ltJtriz dimtora ~ figurinisecttJ
6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO
R Facilidade Estava no meiQartisti~
7 QUAL A MOTIVAltAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA
R Por ser um lema 2tl~1-M~ faz lraticar s~mQre esecttar em forma Nao eeQ dinh~i[Q ~ Q~o grazer de inQv~r Q~J~ ~hflJlar nfmbom nivel deallerfei~2m~nto lara eXI2Jssarminhas iQeigsect
21
Terceiro entrevistado (e)
1 QUAL A SUA FORMAltAO
R Segundo grau comgllo
2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCO
R 4 anos
3 ONDE VOCE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSES
R Circo eventos esgetaculos na TV e em hQteis
4 QUAL A SUA ESPECIALIDADE
R Malabares tragezio de vOos acrobacia de solo arame Qema-de-1J8U ecaroa elastica
5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSE
R Nao
6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO
R Comecei a fazer circo gara agerfeiroaros movimentos da Cal2Qeira
7 QUAL A MOTIVAltAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA
R 0 2razer de B1reSentar e treinar aem da diversao Da Qra viver
22
Quarto entrevistado (0)
1 QUAL A SUA FORMAltAOR Primeiro grau incom(leto
2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCOR Comecei aos 12 anos
3 ONDE VOCE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSESR Circo eventos e quando me alltrto na rua
4 QUAL A SUA ESPECIALIDADE
R Arame e Malabares5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSER Sim sou da ~ qeraQllo na minha familia
6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO
R Como eramosect urna f2milia circense eu nao tiv~ ol2~ao Tinhamos queaiudar a familia entao cada irmao se eSllecializou em urna atividade
7 QUAL A MOTIVAltAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA
R iinceramente nao se fazer Dutra coisS ent~o e gela sobrevivenciamesmo Tendo dinheiro ura comer e dormir eu esecttou feliz
23
Quinto entrevistado (E)
1 QUAL A SUA FORMACAOR Sou fonngdo em EduciitiQFiliicg lela PUr2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCOR 6 anos
3 ONDE VOC~ APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSESR Tenho uma emlresa chamada ARCO lrodurjesartisticas Me aQresentolrincillalmente em teatros circa e eventos
4 QUAL A SUA ESPECIALIDADER Acrobacia de solo tecido e Qanramodema
5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSER Nilo
6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCOR Grande Qarte da minha vida fui atleta Qe Ginastica Olimjca AQ6s umtrabalho Qaralelo chamado Os Acronautali comegei a me intereliSgr Qelocirco e onde tenho trabalhado desde enllJo
7 QUAL A MOTIVACAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA
R No inicio era ir Qara 0 Circo de Soleil Ate cheguei a Qassar em umaI2revia mas nlio 128ssei Hole a llrinci1al motiva~lio e a necessidade DofI2referencia 128ra al2resenta~(jes mas quando fica dificil tenho gue dar aula
24
Sexto entrevistado (Fl
1 QUAL A SUA FORMACAO
R Segundo grau comgeto
2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCO
R Trabalho hB sete anos comcirca
3 ONDE VOCE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSES
R Arte de rua epIO middotetos culturais
4 QUAL A SUA ESPECIALIDADER Malabares diabolo Contact ball bastao e devil stick
5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSE
R Nao
6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO
R Paixao (lela arle nao consegui me enquadrar no mercado formal (confeccionavamateriais de maabares e assim comeee a freinarl
7 QUAL A MOTIVACAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA
R E a minha I2rincieal (onte de renda Me considero urn artista modificador daconscitmcia social Deseio if a Belgica Qara buscar gualific8r80 e arogliar minhaatu8pound80 no Brasil
25
Selimo enlrevislado (G)
1 QUAL A SUA FORMACAOR Sou Qraduadoem Educa~o Fisica na PUC e teatro na FAP
2 HA QUANTa TEMPO TRABALHA COM CIRCaR Tnlsanos
3 ONDE VOCE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSESR Festas eventos teatros e escoas
4 QUAL A SUA ESPECIALIDADER Pahaco e rnaabares
5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSER NtJo
6 QUAL 0 MOTIVO QUE a LEVOU A ATUAR NO CIRCaR Atraves da Educa~secto Ffsica me interesse Ue10 desenvovimento motor e12esgusando enconirei 0 maabarismo e 128ra com(llementar meu tmbaho estudei 0
pahaco
7 QUAL A MOTIVACAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREAR A erincieal e a satisfaQlio lessoal (aQausos e risosectl (lretendo continuar vivendocomo arti~ta Aluamente me mfJntenho dando aulas de circo
26
Oitavo entrevistado (H)
1 QUAL A SUA FORMACAOR Sou ator e artista circense No momento esiolJ cursando Lefras na UFPR
2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCOR 6 anos
3 ONDE VOCr APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSESR Em eSJJetacuos teatrais eventos e na rua
4 QUAL A SUA ESPECIALIDADER Perna de D8U e swino
SVOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSER N~o
6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCOR Primeiramenfe trabalhava como aTiz de f8atro e sentia a necessidade de amgJiarmeu cam12D de afua~~o grofissiona e 0 circa s~mllre foi motivo earn mim deencantamento e admira~ao
7 QUAL A MOTIVACAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA
R Pela necessidade de cada vez mfis I2rofissionalizar a cena circense no estado eencontrar urna linguagem lrOQria ao integrar Q teatro com sect arte circens8
Dedico este trabafho ao meu paiNelson Borges pela incansaveldedic8tao e desmedido esforro paraque eu pudesse chegar onde estouhoje
AGRADECIMENTOS
Primeiramente gostaria de agradecer ao nossa born DEUS
Agraderyo aD meu amigo mestrando e co-orienta dar Rodrigo de
Franca que muito me ajudou nesta pesquisa
Ao professor Amo pela sua paciencia pedag6gica e orientayiio
Ao querido Professor Sergio Roberto Abrahao por acreditar no meu
trabalho 9 que durante anos vern abrindo caminhos
A Guta por ser meu RAIO DE SOL bull
Ao meu irmao Luis Borges pelas cobranC8s
Ao meu amigo desde a adolescencia FiletI pel as conquistas
profissionais
Ao amigo Diego hijo de la madre
Ao amigo Pablo pelo tutorial artistico e pelos dialogos inerentes avida Ser ou nao ser
A ASP ART pelas oportunidades e parcerias
Ao meu conselheiro s6cio-filos6fico Alexei
Aos alunos de Circo da UFPR
A lodos aquales e aquelas que porventura a minha memoria n~o deu
conta de contemplar
E especial mente a Dona Mara que me criou pelas veredas do
conhecimento
SUMARIO
RESUMO vii
1INTRODUCAO 1
11 JUSTIFICATIVA 1
12 PROBLEMA 2
13 OBJETIVOS 2
131 Objetivo Geral 2
132 Objetivos Especificos 2
2 REVISAO DE LlTERATURA 3
21 QUANDO E ONDE COMECA A HISTltJRIA DO CIRCO 3
220 CIRCO NO BRASIL 6
23 MOTIVO E MOTIVACAo 8
231 Teorias Psicol6gicas 10
3 METODOLOGIA 12
31 TIPO DE PESQUISA 12
32 POPULACAO E AMOSTRA 12
321 Popula~ao 12
322 Amostra 12
33 INSTRUMENTO 12
34 COLETA DE DADOS 12
35 ANALISE DOS DADOS 13
36 L1MITACOES 13
4 APRESENTACAO E DISCUSSAO DOS DADOS 14
5 CONCLUsAo 17
6 REFERENCIAS 18
APENDICE 19vi
RESUMO
Titulo Motivo e motiva~o em artistas circenses
Aluno Mario Henrique Ribeiro Borges
Orientador Amo Krug
Curso Educaltao Fisica
Instituigao Universidade Tuiuti do Parana
A referida pesquisa tern como prop6sito verificar as motivQs e asmotiv890es que levaram as artistas circenses a ingressar e permanecer nomeio Buscando dessa forma alguns elementos fundamentais na literaturaaeerca das bases epistemol6gicas da motivalt~o a qual e 0 foco centraldeste trabalho Procurou-se resgatar quando e cnde comeC8 a hist6ria docirco sua origem no Brasil e sabre algumas definicoes acerca de uma novacorrente chamada circa novo Bern como tracar 0 perfil dos artistas circensesdo sexo masculino aplicar uma entrevista aos mesmas comparar asmotivQs e motivayao que as leva ram a ingressar e permanecer na atividade
Esta pesquisa caracteriza-se como descritiva foi montada umaentrevista semi-estruturada com varias perguntas abertas em uma ordemprevista Os entrevistados foram artistas circenses que trabalharam comcirco na grande regiao de Curitiba com rna is de tres anos de experienciasendo todos eles voluntarios Apos a entrevista obtivemos a mostra do perfildos artistas aonde foi verificado e comparado os motivos e as motivacoesque levaram estes artistas a ingressarem e se manterem na atividade Comrela980 aos resu~ados 0 que chamou bastante a aten9iio foi quanto aescolaridade 0 estudo apontou que os sujeitos apresentaram born grau deescolaridade 875 dos artistas possuem 0 Ensino Media
Tudo isso leva a conciusao de que e uti I distinguir de um lado afuncao dinamica geral que ativa e dirige 0 comportamento de maneiracontinua e de outro lado a constelacaa motivacional concreta que eresponsavel pel a regula980 do comportamento em um dado momento
Apos 0 cantata com estes diversos artistas pode-se inferir que osmotivos sao diversos mas a principal motivacao vern da satisfacao pessoalpelo trabalho desenvolvido e 0 estreito apego emocional pel a arte
vii
1INTRODUCAo
11 JUSTIFICATIVA
Pesquisar e 0 ata de questionar observar ser curioso buscar
respostas para nassas inquietscoes E a tareta da pesquisar precede a umestado sensorial ista e faz-sa necessaria a condiC2o de leva a procurarasrespostas dos questionamentos Tal condicaoe conhecida como motivacao
() aspeeto dinamico da entrada em relacaode urn sujeito com 0 mundo
Concretamente a motiv8y80 diz raspeito a direC2o ativa do comportamentopara detenninadas categorias preferenciais de situ8coes ou de objetos
(NUTTIN1983 p 11)
Bergamini (1997) propOeque a motivacaoseja uma cadeia de eventos
base ada no desejo de reduzir urn estado interno de desequilibrio tendo comofundamento 0 pensamento e a crenca de que certas acOes deveriam servir aesse prop6sito e levando as sujeitos a agirem de maneira que saraoconduzidos ate 0 objetivo desejado E importante que seja considerada a
exist~ncia de diferencas individuais e cutturais entre as sujeitos quando serefere a motivacaoEste difereneial nao s6 pode afetar signifieativamente ainterpretacaode urn desajo mas tarnbem 0 entendimento da maneira
particular como as pessoas agem e atuam na busca dos seus objetivos Aspessoas ja trazem dentm de si expectativas passoais que ativamdeterminado tipo de busca de objetivos A motivacaoportanto pode ser
considerada primordialmente um proeesso intrinseeo
A maneira mais fundamental e util de pensar a respeito desse ass unto
envolve a aceitacaodo eonceito de motivac8ointrinseca que sa refere ao
processo de desenvolver uma atividade pelo prazer que ela mesmaproporciona isto e desenvolver urna atividade pela recompensa inerente aessa mesma atividade (DECI amp RYAN 1985 p21)
Essa forma de considerar 0 cornportamento rnotivacional impliea 0
reconhecimento de que ele representa a fonte mais importante de autonomia
pessoal a medida que as pessoas podem de certa forma escolher que tipo
de BvaD empreender com base nas SUBS proprias fontas intern as de
necessidades e naD simplesmente responder aos control as impostos pelo
meio extemo
Neste sentido emerge a necessidade ou melhor a motivac~opara a
realiz8g8o desse estudo que e de ouvir e relatar atraves de questionario
semi-estruturado particularmente 0 caso de artistas circenses e descobrir 0
que as impulsiona alem dos trampolins
12 PROBLEMA
Qual e 0 motivQ que levou 0 artista circense a ingressar no circa e a
rnotivayao que 0 impulsiona a sa manter no meio
13 OBJETIVOS
131 Objetivo Geral
Vermcar quais 05 motivos e motivay80 que levou artistas do sexo
masculino a ingressar e permanecer no meio circense
132 Objetivos Especificos
bull Trayar 0 perfil dos artistas circenses do sexo masculino
bull Aplicar urna entrevista aos artistas circenses do sexo masculino para
verificar avaliar e comparar os motivos e motivayao que os levaram a
ingressar e permanecer na atividade
bull Comparar se os motivos e motivayao sao as mesmos entre as artistas
com mais au menos 3 anos de experiAncia
2 REVISAO DE LlTERATURA
21 QUANDO E ONDE COMEltAA HIST6RIA DO CIRCO
o circo e urna atividade corporal secular com dificil precisao de origem
dos espetaculos mas traz no seu hist6rico a hip6tese de que 0 remoto
ancestral do artista de circo deve ter sido aquele troglodita que num dia de
caya surpreendentemente farta entrou na cavern a dando pulos de alegria e
despertando com suas caratas 0 riso de seus companheiros de
dificuldades (RUIZ apud TORRES 1998 p13)
Segundo Castro (1997) pode-se dizer que as artes circenses surgiram
na China cnde foram descobertas pinturas de quase 5000 anos em que
aparecem acrabatas contorcionistas e equilibristas A acrobacia era urna
forma de treinamento para as guerreiros de quem sa exigia agilidadeflexibilidade e forya Com 0 tempo a essas qualidades sa somou a graya a
beleza e a harmonia Torres (1998) conta que em 108 aC houve uma
grande testa em homenagem a visitantes estrangeiros que foram brindados
com apresentalt6es acrobaticas surpreendentes A partir dai 0 imperador
decidiu que todos as an os seriam realizados espetaculos do genero durante
o Festival da Primeira Lua Ate hoje os alde6es praticam malabarismo com
espigas de milho e brincam de saltar e equHibrar imensos vasos nos pes
Ha registros segundo Torres (1998) em seu livro 0 circo no Brasil de
que as raizes da arte circense estao nos hip6dromos da Grecia antiga e no
grande Imperio Egipcio De acordo com Lewbel (1995) e Zeithen (citado por
CONWAY 1994) no Egito os primeiros sinais da arte circense estao
gravados nas piramides com desenhos de domadores equilibristas
malabaristas e contorcionistas Os espetaculos desse periodo eram como
as procissoes que tinham 0 objetivo de saudar os generais vitoriosos
Nesses cortejos havia adorna 0 desfile de animais ex6ticos e sold ados
conduzindo os novos escravos alem de apresentay6es em argolas e barras
que lembravam numeras da modama ginastica olimpica No inicio a arte
circense tinha uma forte rela~o com esse esporte com numeros baseados
em saltos e acrobacias Os satiros faziam 0 povo rir dando continuidade alinhagem dos palhayos
Mas foi na Europa que 0 circa ganhou fona e se desenvolveu Para
Castro (1997) os espetaculos tomaram impulso ainda no Imperio Romano
quando seus anfrteatros recebiam apresentayoes de habilidades (mais tarde
classificadas como circenses) A importancia e a grandiosidade desse
espetaculo pode ser atestada pelo Circo Maximo de Roma 0 qual apareceu
pouco depois mas foi destruido em um incendio Em 40 aC no mesmalocal foi construido 0 Coliseu onde cabiam 87 mil espectadores Segundo a
autora la eram apresentadas excentricidades como homens louros nordicosanimais ex6ticos engolidores de fogo e gladiadores entre outros Porem
entre 54 e 68 dC as arenas passaram a ser ocupadas por espetaculos
sangrentos com a perseguiltao aos cristaos que eram atirados as ferasdiminuindo 0 interesse pelas artes circenses Com a decademcia do ImperioRomano os artistas circenses ganham espalto nas pracaspublieas nos
adros das igrejas e sobretudo nas feiras () ela (a feira) foi 0 lugar onde a
arte circense permaneceu de Roma a Philip Astley (CASTRO 1997 p17)
Esses circas agrupados em pequenas companhias rodavam vilas cidadese eastelos em busea de publico e de sustento Nessa apoea os circos naotinham a mesma organizaltao dos nossos dias com cabertura de lanaarquibancadas e picadeiro mas ja apresentavam numeros que permanecemate hoje como engolidores de fogo truques magicos e malabarismos Ja 0
circa como nos 0 conhecemos - urn picadairo lonas mastros trapezios
desfiles de animais - e a forma modem a de antiQuissimos entretenimentosde diversos povos e culturas (CASTRO 1997 p16)
Para melhor compreensao deve-se fazer separacaoentre 0 circa e a
arte circense De acordo com Castro (1997) a arte circense e 0 resultado de
performances artisticas desenvolvidas em diversos paises ao longo dotempo Essas performances incluem habilidades fisicas equilibrio na corda
bamba saltos mortais contorcionismo elementos de teatro e danlta e
habilidades em gera andar em monocicla do mar animais etc Ja 0 circa alocal fiSiCO onde sao feitas as apresentacOesde arte circense sofreu varias
modificayoes Segundo Fonseca (1979) 0 seu conjunto com formato
arredondado picadeiro cobertura de lona e cercado de arquibancadas s6
foi criado em 1770 dando origem ao circo modemo que e 0 que
conhecemos hoje em dia
Conforme aponta Torres (1998) 0 primeiro circa europeu modemo 0
Astleys Amphrtheatre foi inaugurado em Londres por volta de 1770 por
Philip Astley urn oficial ingles da Cavalaria Britanica_0 circo de Astley tinha
urn picadeiro circular com uma especie de arquibancada perto_Ele percebeu
que seria bern mais tacil C--) manter-se de pe sobre urn cavalo a galope
dentro de urn circulo perfeito_ Questao de lei fisica a forya centrifuga
(TORRES 1998 p_16)_Astley organizou urn espetaculo eqOestrecom rigor
e estrutura militares mas percebeu que para segurar 0 publico teria quereunir outras atracaes e juntou saltimbancos equilibristas saltadores e
palhaco_0 palhacodo batalhao era urn soldado campanio que acaba sendo
o clown e que em ingles origina de caipira_ 0 palhaconilo sabia montar
entrava no picadeiro montado ao contrario caia do cavalo subia de urn ladocaia do outro passava por baixo do cavalo Como fazia muito sucessocomecarama se desenvolver novas situacaes_Ao longo dos anos Astley
acrescentou saltos acrobaticos dancacom lacose malabarismo
De acordo com Torres (1998 p_ 18) este primeiro circo funcionava
como urn quarter os uniformes 0 rufar dos tambores as vozes de comandopara a execucao dos numeros de risco_ 0 pr6prio Astley dirigia e
apresentava 0 espetaculo criando assim a figura do mestre de cerimoniasAstley comecoua difundir 0 circo modemo e abriu uma filial em Paris ap6sconvite para apresentar-se para 0 rei da Franya S6 mais tarde algunspaises da Europa como Suecia Espanha Alemanha e Russia comecarama
desenvolver sua arte circense Em apenas cinqOenta anos 0 circo modemoja tinha se espalhado por todo 0 mundo_
Segundo Castro (1997) 0 termo circus foi utilizado pela primeira vez
em 1782 quando 0 rival de Astley Chartas Hughes abriu as portas do Royal
Circus Em principios do seculo XIX havia circos permanentes em algumasdas grandes cidades europeias_ Existiam al8m disso circos ambulantes
que se deslocavam de cidade em cidade em carretas cobertas_
22 0 CIRCONO BRASIL
Para Torres (1998) documentos apontam que no seculo XVIII antes
mesma da crialtao do circa madema ja havia grupos circenses no Brasil
Normalmente assas companhias eram formadas par ciganos expulsos da
Peninsula Iberica Tendo em vista que () sempre houve ligarao dos
ciganos com 0 circ~ (CASTRO apud TORRES 1998 p 20) Entre suas
especiaJidades incluiam-se a doma de ursos 0 ilusionismo e as exibiltoescom cavalos Hit relatos de que ales usavam tandas e nas festas sacras
havia bagunya bebedeira e exibicOes artisticas incluindo teatro de
bonecos A autera conta Que ales viajavam de cidade em cidade eadaptavamseus espetaculos ao gosto da populayao local Numeros que nao
faziam sucesso na cidade eram tirados do programa Ainda segundo Torres
(1998) 0 circo modemo s6 chegou ao Brasil a partir de 1830 Incentivadas
pelos ciclos econiimicos do cafe borracha e cana-de-arucar grandes
companhias europeias vinham apresentar-se nas cidades brasileiras Foram
essas companhias que ajudaram a formar as primeiras familias de circa que
passaram a ser as responsaveis pelo desenvolvimento do circo modemo no
Brasil Eram real mente familias com layos consangOineos que sustentavam
esta atividade Pai avo filho sobrinhos e netos eram responsaveis por tudo
desde a infra-estruturae montagemdo circo ate 0 espetaculo Castro (1997)
diz que 0 circo brasileiro ~ropicalizou algumas atracOes 0 palharo
brasileiro falava muito ao contrario do europeu que era mais mimico Era
mais conquistador e malandro seresteiro tocador de vialao com urn humor
picante 0 publico tambem apresentava caracteristicas diferentes Segundo
Eduardo Oliveira da Silva que foi aluno da segunda turma da escola
nacional de circo (TORRES 1998 p 25) Os europeus iam ao circo apreciar
a arte no Brasil os numeros perigosos eram as atrayc3es trapezia animais
selvagens e ferozes
Ate a pouco tempo esta era a situayao dos circos no Brasil Mas
diversos fatores levaram a uma mudanya na sua organizacao e
administracao Com 0 surgimento dos grandes centr~s urbanos e 0
desenvolvimento tecnol6gico apareceram tambem novas formas de
entretenimento como a televisao cinema teatro e parques de divers~o
Com isso 0 circo foi perdendo espayo e publico Na verdade 0 circo
adaptou-se aos novos tempos da mass media Tornou-se performaticD Massem esquecer a maioria das atrayOes de antigamente (TORRES 1998
pAS)
A primeira mudanya foi na rela~o familiar Agora os pais preferem
que seus filhos S8 dediquem aos estudos ao inves de sa dedicarem apenasa arte circense Os masmas passaram a perceber que com estudo seusfilhos continuariam trabalhando no circa mas agora como proprietarios deuma empresa e nao apenas como artistas Para Torres (1998) esta atitude
acabou trazendo dUBS consequencias a primeira diz respaito a visao queestes novos empresarios tern do circo Menos sentimentais para eles 0
circo e um negocio que tem que dar lucro A segunda e que para suprir a
demanda de artistas ja que as famllias circenses agora cuidavam daadministrayao surgiram as escolas de circa que formam novos artistas Elesnlio fazem parte da familia A rela~o e apenas de patrno e empregado
Igual a um funcionario que trabalha em troea de salario Hoje estas
mudanyas sa refletem em varios circos brasileiros como Beto Carrero CircaGarcia Orlando Orfei Circo Vostok e outros As velhas familias que faziam
de tudo ainda continuam nos circos mas agora na administracao deverdadeiras empresas
As mudancasocorridas na administrayao do circo moderno ajudaram acriar tambem uma nova categoria de circa Conhecidas como novo circoestas campanhias nao t~m picadeiro nem lana nem arquibancadas e seapresentam na maieria das vezes em teatros eu casas de espetaculo NasapresentayOes ha inovayOes na linguagem com a incorporayao de
elementos de danya teatro e musica Um exemplo desse tipo de circo e 0
Cirque du Soleil do Canada No Brasil ha varios grupos desse gimero
como 0 Intrepida Trupe Fratellis Teatro de An6nimos e Nau de iearos Em
Curitiba existe desde 1996 0 grupo Os Acronautas
23 MOTIVO E MOTIVACAO
Ap6s breve resgate hist6rico da arte circense segue-s8 com 0
questionamento central que e foco deste trabalho au seja como e atraves
de que sa realiza urna atividade urna aeao e urn movimento equal 0
objetivo da aCao Anterior a este questionamento cabe procurar na literatura
elementos que fundamentem a motivacao_
o terma motivayao tern suas raizes no verba latina movere quesignifiea mover A motivayao impliea movimento ativayao par isse para
descrever urn estado altarnente motivado sao utilizados termos comoexcitacao energia intensidade e ativayao Segundo a Psicologia motivos
denominam diferencas entre peculiaridades individuais duradouras que se
formaram no decorrer do tempo de desenvolvimento numa determinada
srtuacaobasica Motivacaoe dependente da srtua980e uma ocorrencia de
curto prazo Com ela se denominam todos os fatores e processos atuais que
conduzem a alYBO sob determinadas condiyaes situativas de estimulo
mantendo-as em funcionamento ate 0 tarmino Na motiva9Bo os fatores de
situacao e os fatores de motivos entram em efeito reciproco Fatores de
motivos representam assim apenas uma parte da ocorr~nciada motivaltao
Conforme Balaguer (1994) com a incorporacaodo paradigma
cognitiv~ a Psicologia 0 estudo da motivacao sofreu profundas
transformacies A partir dos anos 60 0 que vern interessando aos
psic6logos a averiguar em que medida as cognilYres as interpretalYoes dos
sujeitos influenciam em suas condutas 8 em suas motivay6es C09ni98o S8
refere ao conjunto de atividades atraves das quais a informacao eprocessada pelo sistema psiquico como a recebe seleciona transforma e
organiza como constr6i as representacoes da realidade 8 cria 0
conhecimento Muitos fenomenos estao implicados neste processamento
percepcaomem6ria elaboracaodo pensamentoe a linguagem sao alguns
deles
Para um melhor entendimento recorra-se a Nuttin (1983) no sentido
explicativo de motivacao Segundo este autor 0 termo geral motivaltao eempregado para designar 0 aspecto dinilmico e direcional do
comportamento E a motivayao que em ultima analise e responsavel pelofato de que 0 comportamento se dirige preferencialmente para umadeterminada categoria de objetivos ao inves de dirigir-se para outra ainda
que a aprendizagem desempenhe um papel secundario na aberiura do
caminho que leva para este ou aquele objetivo concreto Quanto aosmotivos 0 autor considera como sendo as concretiz8yoes das necessidadeseles constrtuem 0 componente dinamico e direcional do ato concreto
Ainda segundo Nuttin (1983) muitos autores referem-se a noyao de
motivay8o para explicar porque 0 organismo passa do estado de repousopara 0 estado de atividade A motivacliodeve mobilizar a energia ele e um
fator de energizayao Eo 0 ponto de vista fisico que explica 0 movimento por
uma forcaA biologia acaba de colocar em duvida a validade deste ponto
de vista fisico pois contrariamente ao que se pensava ate a metade doseculo passado as celulas nervosas nao tern necessidade para seremativas de uma excitayao proveniente do exterior elas nilo sao
fisiologicamente inertes a atividade e nao repouso e seu estado naturalelas n~o sao somente reativas mais ativas de maneira continua (HEBS1949 apud NUTTIN 1983 p 27)
Numa visao ampla 0 termo motiv8y80 denota fatores e processos quelevam as pessoas a ayao ou a inercia em situacOesdiversas (CRATTY
1983) De modo mais especifico 0 estudo dos motivos implica no exame das
razoes pelas quais se escolhe fazer algo ou executar algumas tarefas commaior empenho do que outras ou persistir numa atividade por longo periodode tempo
Tambem Singer (1977) descreve a motivacao como sendo a
insistencia em caminhar em direy80 a um objetivo Existem ocasioes onde ameta principal pode ser 0 alcance de uma recompensa tal como ter a nome
impresso ganhar um trofeu ou urn elogio Ern outras ocasi6es pode tamar aforma de urn impulso para 0 sucesso para provar ou conseguir alga para aauto-realizacaoExiste urn nivel ideal de motivay~o que deve estar presente
em qualquer atividade e este depende da natureza da atividade tanto quanto
da personalidadedo individuo
10
Para Frost (1971) a conduta e causada e direcionada por combina~6es
de motivQs e emoyoes alguns internos e Qutros extemos alguns geneticos e
Qutros ambientais alguns conscientes e Qutros inconscientes alguns
individuais e Qutros socia is etc
Os motivos podem ser classificados de acordo com sua fonte Por
exemplo alguns motivos sao oriundos de fontes externas e da tarefa
incluindo as diversas recompensas manifestas au latentes como 0 elogio e
as demonstracc5es de sucesso as presentes e 0 dinheiro Qutras fontes de
motiva~ao podem ser resu~ado da estrutura psicol6gica do individuo e de
suas necessidades pessoais de sucesso sociabilidade reconhecimento
etc bern como aquelas que parecem derivar de caracteristicas da propria
tarefa tais como a novidade e a complexidade da experiencia mental ou
motoracom a qual 0 individuo se defronta (CRATTY 1983)
231 Teorias Psicol6gicas
De acordo com as diversas teorias psicologicas a Motivacao pode sar
entendidadas seguintes formas (SOUZA 2005)
Teona baseada no conceito de insintos No inicio do seculo XX os
psicologos atribuiam 0 comportamento aos instintos - pad rOes de
comportamentos especificos e inatos qua caracferizavam toda uma especie
Em 1890 William James compilou uma lista de instintos humanos ca~
competiyAo mado curiosidade timidez amor vergonha e ressentimento
Mas por volta dos anos 20 a teoria dos instintos deixou de ser usada para
explicar 0 comportamento humano por tres motivos Os comportamentos
humanos mais importantes sao aprendidos Raramente 0 comportamento
humano e rigido inflexivel imutavel e encontrado em toda especia como e 0
caso do instinto Atribuir todo passive I comportamento humane a urn instinto
correspondente nao explica nada Assim por volta de 1900 os psic610gos
buscaram explicagOes mais plausiveis para a campartamento humano
Teoria dos impulsos Uma visao alternativa da motiva~o afirma que as
necessidadescorporais criam um estado de tensao ou estimula~o chamado
impulso De acordo com a teoria da redurjo de impulsos 0 comportamento
II
motivado e urna tentativa de reduzir esse desagradavel estado de ten sao do
corpo e fazer com ale retorne ao estado de homeostase au equilibria
Segundo essa teoria geralmente as impulsos podem ser divididos em duas
categorias Impulsos Primarios as quais sao inatos e encontrados em todos
as animais - inclusive no homem - motivam para a sobrevivencia da especie
- fome seda saxe e Impulsos Secundarios adquiridos par meio daaprendizagem - dinheiro sucesso etc
Tearla da ativaqao Segundo a teoria da reduyao de impulsos urna vez
satisfeitos ista e naD mais ativos 0 homem naD buscaria mais nada a nao
ser descansar pais naD haveria mais nenhuma motivayao Par issD alguns
psic6logos sugeriram a teoria da ativacao - a ativayao se refere a um estado
de alerta 0 nivel de ativay80 que oeorre em urn determinado momento se
apresenta ao longo de um continuum Numa panta esta 0 estada de alerta
maximo na outra 0 sono assim a motivacrao pode ser ativada por um desejo
de reduzir 0 estado de ativacao e em outros de intansifica-Io De acordo com
asta teoria cad a individuo teria urn nivel 6timo de ativacao que varia de uma
situayao para Dutra e ao Iongo do dia e 0 comportamento sena motivado
pelo desejo de manter urn nivel 6timo de ativayao
MotivaclJo intrinseca e extrfnseca A primeira diz respeita as recampensas
que se originam da atividade em si - 0 proprio comportamento eintrinsecamente recompensador Par conseguinte a motivaltao extrinseca se
refere as recompensas que n~o sao obtidas da atividade mas em
conseqOencia da atividade
12
3 METODOLOGIA
31 TIPO DE PESQUISA
Esta pesquisa caracteriza-se como descritiva atraves de urna
entrevista semi-estruturada Sarie de perguntas abertas em urna ordem
prevista mas na qual 0 entrevistador pode acrescentar perguntas deesclarecimentomiddot (LAVILLE amp DIONNE 1999 p188)
32 POPULAltAOE AMOSTRA
321 Popula~ao
As pessoas entrevistadas foram artistas circenses do saxe masculino
que trabalham em Circo na grande regiao de Curitiba com mais de 3 anos
de experieuromcia
322 Amostra
Assim a amostra - e a partir do criteria experiencia - foi definida par 8
artistas da Cidade sendo todos voluntarios
33INSTRUMENTO
Para obten~ao dos dados foi utilizada entrevista semi-estruturada a
qual foi aplicada aos artistas A entrevista pode sar visualizada seguida das
respostas dos entrevistados no Apendice 1
34 COLETA DE DADOS
A coleta de dados procedeu-se por meio de uma visita a ASPARTE
(Associa~ao dos Artistas do Parana) onde puderam ser realizadas com 5
13
artistas associ ados As Qutras entrevistas ocorreram no Fringe mostra
paralela ao Festival de Teatro de Curitiba Vale destacar que foram todas
entrevistas individuais previamente marcadas
35 ANALISE DOS DADOS
A analise dos dados se deu par meio de MEDIA aritmetica com
aplic8yao de porcentagem e analise interpretativa
36 LlMITACOES
Algumas dificuldades foram encontradas no decorrer deste trabalho
Uma delas se deve ao fato de alguns artistas estarem em espetaculos
rtinerantes impossibilitando 0 agendamento das entrevistas Outra
dificuldade foi encontrar artistas pertencentes a corrente tradicional do Circa
uma vez que quase todos se diziam fazer parte do chamado Circo Novo 0
numero de artistas n~o permitiu separa-Ios par tempo de atividade
14
4 APRESENTAGAO E DISCUSSAO DOS RESULTADOS
Apos a exposi~ao dos dados recolhidos pode-se analisar que existem
varios fatores que diferem urn artista de outro e conseqOentemente suas
motivafoes Para methor visualizacao os resultados foram dispostos em
gnficos
Quadro 1 Fonna~aoeTempode Experiencia(emnumeros absolutos epercentuais)
Formayao Ensino Ensino Estudo Graduayiio TotalFundamental Medio Universitario
1= 125 3= 3775 2=25 2=25
Tempo 0 34 anos 56 anos 78 anos -Ndeg 0 2=25 4=50 2=25 100sujeitos
Da mostra de 8 artistas 1 completou (125) Ensino Fundamental
Com relayao ao Ensino Medio 3 deles concluiram (3775) Estudo
Universijario 2 dos pesquisados (25) E Gradua~ao tambem 2 sujeitos
(25)0 estudo tambem apontou que os sujeitos apresentaram bom grau de
escolaridade 875 dos artistas tlgtm0 Ensino Medio
Quadro2 Espa~osde Perfonnance (emnumerosabsolutos)
CASA DE SHOW
1= 125
15
Com relacao aos locais onde e desenvolvida a arte circense 4 dos
artistas entrevistados sao de rua (50) 5 deles utilizam-sa do aspaco do
Taatro (625) Todos (100) sa aprasentam de alguma maneira debaixo
das lonas do circa 1 referiu-se a Casas de Show (125)
Quadro 3 Especialidade
PALHACO MALABARES ACROBATA TRAPEZISTA I2= 25 5=625 3= 375 1= 125 J
ARAMISTA PERNA PAU OUTRO
2=25 2= 25 3= 375
Quanta a especialidade pode-se observar que 2 trabalham com a arte
do palhaco (25) 5 sao malabaristas (625) 3 fazem acrobacias de solo
(375) 1 etrapezista (125) 2 andam na corda bamba (aramistas) (25)
2 utilizam a pema de pau (25)
Quadro 4 Familia Circense
SIM NAO1 = 125 7= 875
Apenas 1 entrevistado vem de familia circense (125)
Quadro 5 Motivo
Trabalho Instrumentalista 1= 125
a meio ambiente (familia) 3= 375
Relacao com a Capoeira 1= 125
Ginastica Olimpica 1= 125
Paixao pala Arte 1= 125
Tradicao 1= 125
16
A resperto dos motivos 1 artista tem seu motivo no trabalho
instrumentalista (125) 3 sofreram influ1ncia da familia (375) 1 dos
entrevistados veio da Capoeira (125) 1 e ex-ginasta olimpico (125) 1
teve seu motivo na paixao que a Arte Circense desperta (125) E 1 e pela
tradi980 (125) Isso mostra a variabilidade de configura90es nas quais
encontravam-se as artistas no momento do contata com 0 Circa
Quadro6Motiva9ao
Trabalha com Arte-Educa9fio 2= 25
Prazer 3= 375
SobrevivencialNecessidade 3=375
Sabre a motiv8C80 au seja aquila que as mante~minseridos na Arte
Circense 2 dos entrevistados sao arte-educadores e encontram nas Artes
Circenses meios pedag6gicos e de formacao humana 3 sao motivados pelo
prazer despertado nas atividades E 3 deles sao artistas par necessidade
Dois dos oito entrevistados (25) s6 vivem do circo e de
apresenta9iies artisticas Sendo apenas um deles pertencente a terceira
geracao de circo cnde aprendeu com seus familiares tudo 0 que sabe e
pretende prosseguir com a tradiCBo circense Outro entrevistado se formou
em Sao Paulo e ganha sua vida no picadeiro Um deles (125) e ex-ginasta
que sa apaixonou pela linguagem circense
Tr1s dos artistas entrevistados (36) sao graduados todos em
Educac80 Fisica os quais S8 mant~m financeiramente dando aulas de circo
quando nao estao desenvolvendo trabalhos artisticos A metade dos
entrevistados (50) conla com 0 apoio familiar conseguindo assim buscar
aprimoramento profissional atraves de workshops e especializa~6es_
17
5 CONCLUSAO
A partir do Objetivo Geral isto e verificar quais os motivos e motiva(iio
que levou artistas do sexo masculine a ingressar e permanecer no meio
circense concluimiddotse que ha toda uma gama de motivos (configura90es) e
tambem motiv8yoes que se apresentaram apos a referida pesquisa Foi
tracado 0 perfil dos artistas bem como - atraves das entrevistas - verificou-
se avaliou-se e comparou-se as motivQs e motiv8CBO que as levaram a
ingressar e permanecer na atividade
A motivacao como componente e fun~o gera do comportamento naD
e urna variavel que se apresenta periodicamente e neste momento
desencadeia uma ayao isolada Ela e a orientayao dinamica continua que
regula 0 funcionamento igualmente continuo do individuo em interayBo com
seu maio Esta regulacaoconcerne os aspectos direcionais e energeticos do
comportamento Por outro lado a todo 0 momenta a motivayao se apresenta
como urna configuratyao concreta de tais orientac5es dinamicas permanentes
(ativas ou latentes) a qual muda em funyao de diversos fatores internos e
extemas em funyao tambem da experiencia passada e da percepyao atual
Em alguns sujeitos por exemplo a configurayao motivacional e
excepcionalmente estavel enquanto que para outros a sua (mica
continuidade em sua maneira de agir consiste em obedecer aos impulsos do
momento e ao apelo das situayaes que se apresentam
Tudo isso leva a conclus1io de que e util distinguir de um lado a
funcao dinamica geral que ativa e dirige 0 comportamento de maneira
continua et de outro lado a constelayao motivacional concreta que eresponsavel pela regulayao do comportamento em um dado momento
Ap6s 0 contato com estes diversos artistas pode-se inferir que os
motivos sao diversos mas a principal motivacao vern da satisfayBo pessoal
pelo trabalho desenvolvido e 0 estre~o apego emocional pela arte Nesse
sentido para os entrevistados confirma-se a maxima uniAo do Uti ao
Agradave pais a grande maioria con segue se manter economicamente
como artistas ou seja sobreviver fazendo 0 que gosta
18
6 REFERENCIAS
BALAGUER I Entrenamiento psicol6gico en el deports ValenciaAlbatros Educacion 1994
BERGAMINI C W Motiva~lio nas Organizaqoes 4ed sao Paulo Atlas1997
CASTRO A V 0 circo conta sua hist6ria Museu dos Teatros - FUNARJRio de Janeiro 1997
CONWAY A A history of juggling - 1994 (setembro) disponivel emhtlplwwwjugglindbcom Acessado em Janeiro de 2005
CRATTY B J PSicologia no esports 2ed Rio de Janeiro Prentice-Hall1983
DECI EL RYAN R M Intrinsic motivation and self determination inhuman behavior NewYork Plenum 1985
FONSECA M A Palhaqo da Burguesia Sao Paulo Polis 1979
FROST RB Psychological Concepts Applied to Physical Educationand Coaching USA Reading Massachusetts Menlo Park CaliforniaLondon Don Mills Ontario 1971
NUTTIN J Teoria da Motivaclo Humana sao Paulo Loyola 1983
SINGER NR Psicologia dos espor1les- mitos e verdades 2ed SaoPaulo Harbra 1977
SOUZA R L Motivaclio (sd) Disponivel emhttpwwwpsicologiabrasilescolacomlmotivacaophp Acessado em maio de2005
VERNOM M DMotivacaoHumana Petropolis Vozes 1971
19
APENDICE
Dados coletados nas entrevistas
Primeiro entrevistado (A)
1 QUAL A SUA FORMAltAO
R Segundo grau comgleto
2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCO
R Trabalho ha 5 anos com circo3 ONDE vocE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSES
R Na rua teatro e IQaresvilriados onde(QrcontratadQlmiddot
4 QUAL A SUA ESPECIALIDADE
R Palhaco
5 vocE VEM DE FAMiLIA CIRCENSE
R Nlio
6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO
R Foi atraves de um rabillho in~trumflnillista J~ fa~ia teiltro (aQdidatal ecome~ a me inte~sects2r ileQ ci~o Fiz tbfJfhos vQluntariQsect em hosgitais einsUtuifjes de saude e na rua aem qe anim2pound20 dfl fesectta
7 QUAL A MOTIVAltAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA
R A Qossibilidilde rletrabBlharcom ARTE-EDUCAQJlO e 0 auto iusentD
20
Segundo entrevistado (8)
1 QUAL A SUA FORMAltAO
R Fa(LQ1dminis(ra(Lsectona FAE
2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCO
R Trabalho hll 5 anos
3 ONDE VOC~ APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSES
R Nas f1taRAVE ~asa de shows eventos e cirrQ
4 QUAL A SUA ESPECIALIDADE
R Malabares acrobacia-soo e cigar-boxes -5 VOC~ VEM DE FAMILIA CIRCENSE
R Ntio mas de familia de artistas MinhB mtie e ltJtriz dimtora ~ figurinisecttJ
6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO
R Facilidade Estava no meiQartisti~
7 QUAL A MOTIVAltAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA
R Por ser um lema 2tl~1-M~ faz lraticar s~mQre esecttar em forma Nao eeQ dinh~i[Q ~ Q~o grazer de inQv~r Q~J~ ~hflJlar nfmbom nivel deallerfei~2m~nto lara eXI2Jssarminhas iQeigsect
21
Terceiro entrevistado (e)
1 QUAL A SUA FORMAltAO
R Segundo grau comgllo
2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCO
R 4 anos
3 ONDE VOCE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSES
R Circo eventos esgetaculos na TV e em hQteis
4 QUAL A SUA ESPECIALIDADE
R Malabares tragezio de vOos acrobacia de solo arame Qema-de-1J8U ecaroa elastica
5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSE
R Nao
6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO
R Comecei a fazer circo gara agerfeiroaros movimentos da Cal2Qeira
7 QUAL A MOTIVAltAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA
R 0 2razer de B1reSentar e treinar aem da diversao Da Qra viver
22
Quarto entrevistado (0)
1 QUAL A SUA FORMAltAOR Primeiro grau incom(leto
2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCOR Comecei aos 12 anos
3 ONDE VOCE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSESR Circo eventos e quando me alltrto na rua
4 QUAL A SUA ESPECIALIDADE
R Arame e Malabares5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSER Sim sou da ~ qeraQllo na minha familia
6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO
R Como eramosect urna f2milia circense eu nao tiv~ ol2~ao Tinhamos queaiudar a familia entao cada irmao se eSllecializou em urna atividade
7 QUAL A MOTIVAltAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA
R iinceramente nao se fazer Dutra coisS ent~o e gela sobrevivenciamesmo Tendo dinheiro ura comer e dormir eu esecttou feliz
23
Quinto entrevistado (E)
1 QUAL A SUA FORMACAOR Sou fonngdo em EduciitiQFiliicg lela PUr2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCOR 6 anos
3 ONDE VOC~ APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSESR Tenho uma emlresa chamada ARCO lrodurjesartisticas Me aQresentolrincillalmente em teatros circa e eventos
4 QUAL A SUA ESPECIALIDADER Acrobacia de solo tecido e Qanramodema
5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSER Nilo
6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCOR Grande Qarte da minha vida fui atleta Qe Ginastica Olimjca AQ6s umtrabalho Qaralelo chamado Os Acronautali comegei a me intereliSgr Qelocirco e onde tenho trabalhado desde enllJo
7 QUAL A MOTIVACAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA
R No inicio era ir Qara 0 Circo de Soleil Ate cheguei a Qassar em umaI2revia mas nlio 128ssei Hole a llrinci1al motiva~lio e a necessidade DofI2referencia 128ra al2resenta~(jes mas quando fica dificil tenho gue dar aula
24
Sexto entrevistado (Fl
1 QUAL A SUA FORMACAO
R Segundo grau comgeto
2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCO
R Trabalho hB sete anos comcirca
3 ONDE VOCE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSES
R Arte de rua epIO middotetos culturais
4 QUAL A SUA ESPECIALIDADER Malabares diabolo Contact ball bastao e devil stick
5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSE
R Nao
6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO
R Paixao (lela arle nao consegui me enquadrar no mercado formal (confeccionavamateriais de maabares e assim comeee a freinarl
7 QUAL A MOTIVACAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA
R E a minha I2rincieal (onte de renda Me considero urn artista modificador daconscitmcia social Deseio if a Belgica Qara buscar gualific8r80 e arogliar minhaatu8pound80 no Brasil
25
Selimo enlrevislado (G)
1 QUAL A SUA FORMACAOR Sou Qraduadoem Educa~o Fisica na PUC e teatro na FAP
2 HA QUANTa TEMPO TRABALHA COM CIRCaR Tnlsanos
3 ONDE VOCE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSESR Festas eventos teatros e escoas
4 QUAL A SUA ESPECIALIDADER Pahaco e rnaabares
5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSER NtJo
6 QUAL 0 MOTIVO QUE a LEVOU A ATUAR NO CIRCaR Atraves da Educa~secto Ffsica me interesse Ue10 desenvovimento motor e12esgusando enconirei 0 maabarismo e 128ra com(llementar meu tmbaho estudei 0
pahaco
7 QUAL A MOTIVACAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREAR A erincieal e a satisfaQlio lessoal (aQausos e risosectl (lretendo continuar vivendocomo arti~ta Aluamente me mfJntenho dando aulas de circo
26
Oitavo entrevistado (H)
1 QUAL A SUA FORMACAOR Sou ator e artista circense No momento esiolJ cursando Lefras na UFPR
2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCOR 6 anos
3 ONDE VOCr APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSESR Em eSJJetacuos teatrais eventos e na rua
4 QUAL A SUA ESPECIALIDADER Perna de D8U e swino
SVOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSER N~o
6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCOR Primeiramenfe trabalhava como aTiz de f8atro e sentia a necessidade de amgJiarmeu cam12D de afua~~o grofissiona e 0 circa s~mllre foi motivo earn mim deencantamento e admira~ao
7 QUAL A MOTIVACAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA
R Pela necessidade de cada vez mfis I2rofissionalizar a cena circense no estado eencontrar urna linguagem lrOQria ao integrar Q teatro com sect arte circens8
AGRADECIMENTOS
Primeiramente gostaria de agradecer ao nossa born DEUS
Agraderyo aD meu amigo mestrando e co-orienta dar Rodrigo de
Franca que muito me ajudou nesta pesquisa
Ao professor Amo pela sua paciencia pedag6gica e orientayiio
Ao querido Professor Sergio Roberto Abrahao por acreditar no meu
trabalho 9 que durante anos vern abrindo caminhos
A Guta por ser meu RAIO DE SOL bull
Ao meu irmao Luis Borges pelas cobranC8s
Ao meu amigo desde a adolescencia FiletI pel as conquistas
profissionais
Ao amigo Diego hijo de la madre
Ao amigo Pablo pelo tutorial artistico e pelos dialogos inerentes avida Ser ou nao ser
A ASP ART pelas oportunidades e parcerias
Ao meu conselheiro s6cio-filos6fico Alexei
Aos alunos de Circo da UFPR
A lodos aquales e aquelas que porventura a minha memoria n~o deu
conta de contemplar
E especial mente a Dona Mara que me criou pelas veredas do
conhecimento
SUMARIO
RESUMO vii
1INTRODUCAO 1
11 JUSTIFICATIVA 1
12 PROBLEMA 2
13 OBJETIVOS 2
131 Objetivo Geral 2
132 Objetivos Especificos 2
2 REVISAO DE LlTERATURA 3
21 QUANDO E ONDE COMECA A HISTltJRIA DO CIRCO 3
220 CIRCO NO BRASIL 6
23 MOTIVO E MOTIVACAo 8
231 Teorias Psicol6gicas 10
3 METODOLOGIA 12
31 TIPO DE PESQUISA 12
32 POPULACAO E AMOSTRA 12
321 Popula~ao 12
322 Amostra 12
33 INSTRUMENTO 12
34 COLETA DE DADOS 12
35 ANALISE DOS DADOS 13
36 L1MITACOES 13
4 APRESENTACAO E DISCUSSAO DOS DADOS 14
5 CONCLUsAo 17
6 REFERENCIAS 18
APENDICE 19vi
RESUMO
Titulo Motivo e motiva~o em artistas circenses
Aluno Mario Henrique Ribeiro Borges
Orientador Amo Krug
Curso Educaltao Fisica
Instituigao Universidade Tuiuti do Parana
A referida pesquisa tern como prop6sito verificar as motivQs e asmotiv890es que levaram as artistas circenses a ingressar e permanecer nomeio Buscando dessa forma alguns elementos fundamentais na literaturaaeerca das bases epistemol6gicas da motivalt~o a qual e 0 foco centraldeste trabalho Procurou-se resgatar quando e cnde comeC8 a hist6ria docirco sua origem no Brasil e sabre algumas definicoes acerca de uma novacorrente chamada circa novo Bern como tracar 0 perfil dos artistas circensesdo sexo masculino aplicar uma entrevista aos mesmas comparar asmotivQs e motivayao que as leva ram a ingressar e permanecer na atividade
Esta pesquisa caracteriza-se como descritiva foi montada umaentrevista semi-estruturada com varias perguntas abertas em uma ordemprevista Os entrevistados foram artistas circenses que trabalharam comcirco na grande regiao de Curitiba com rna is de tres anos de experienciasendo todos eles voluntarios Apos a entrevista obtivemos a mostra do perfildos artistas aonde foi verificado e comparado os motivos e as motivacoesque levaram estes artistas a ingressarem e se manterem na atividade Comrela980 aos resu~ados 0 que chamou bastante a aten9iio foi quanto aescolaridade 0 estudo apontou que os sujeitos apresentaram born grau deescolaridade 875 dos artistas possuem 0 Ensino Media
Tudo isso leva a conciusao de que e uti I distinguir de um lado afuncao dinamica geral que ativa e dirige 0 comportamento de maneiracontinua e de outro lado a constelacaa motivacional concreta que eresponsavel pel a regula980 do comportamento em um dado momento
Apos 0 cantata com estes diversos artistas pode-se inferir que osmotivos sao diversos mas a principal motivacao vern da satisfacao pessoalpelo trabalho desenvolvido e 0 estreito apego emocional pel a arte
vii
1INTRODUCAo
11 JUSTIFICATIVA
Pesquisar e 0 ata de questionar observar ser curioso buscar
respostas para nassas inquietscoes E a tareta da pesquisar precede a umestado sensorial ista e faz-sa necessaria a condiC2o de leva a procurarasrespostas dos questionamentos Tal condicaoe conhecida como motivacao
() aspeeto dinamico da entrada em relacaode urn sujeito com 0 mundo
Concretamente a motiv8y80 diz raspeito a direC2o ativa do comportamentopara detenninadas categorias preferenciais de situ8coes ou de objetos
(NUTTIN1983 p 11)
Bergamini (1997) propOeque a motivacaoseja uma cadeia de eventos
base ada no desejo de reduzir urn estado interno de desequilibrio tendo comofundamento 0 pensamento e a crenca de que certas acOes deveriam servir aesse prop6sito e levando as sujeitos a agirem de maneira que saraoconduzidos ate 0 objetivo desejado E importante que seja considerada a
exist~ncia de diferencas individuais e cutturais entre as sujeitos quando serefere a motivacaoEste difereneial nao s6 pode afetar signifieativamente ainterpretacaode urn desajo mas tarnbem 0 entendimento da maneira
particular como as pessoas agem e atuam na busca dos seus objetivos Aspessoas ja trazem dentm de si expectativas passoais que ativamdeterminado tipo de busca de objetivos A motivacaoportanto pode ser
considerada primordialmente um proeesso intrinseeo
A maneira mais fundamental e util de pensar a respeito desse ass unto
envolve a aceitacaodo eonceito de motivac8ointrinseca que sa refere ao
processo de desenvolver uma atividade pelo prazer que ela mesmaproporciona isto e desenvolver urna atividade pela recompensa inerente aessa mesma atividade (DECI amp RYAN 1985 p21)
Essa forma de considerar 0 cornportamento rnotivacional impliea 0
reconhecimento de que ele representa a fonte mais importante de autonomia
pessoal a medida que as pessoas podem de certa forma escolher que tipo
de BvaD empreender com base nas SUBS proprias fontas intern as de
necessidades e naD simplesmente responder aos control as impostos pelo
meio extemo
Neste sentido emerge a necessidade ou melhor a motivac~opara a
realiz8g8o desse estudo que e de ouvir e relatar atraves de questionario
semi-estruturado particularmente 0 caso de artistas circenses e descobrir 0
que as impulsiona alem dos trampolins
12 PROBLEMA
Qual e 0 motivQ que levou 0 artista circense a ingressar no circa e a
rnotivayao que 0 impulsiona a sa manter no meio
13 OBJETIVOS
131 Objetivo Geral
Vermcar quais 05 motivos e motivay80 que levou artistas do sexo
masculino a ingressar e permanecer no meio circense
132 Objetivos Especificos
bull Trayar 0 perfil dos artistas circenses do sexo masculino
bull Aplicar urna entrevista aos artistas circenses do sexo masculino para
verificar avaliar e comparar os motivos e motivayao que os levaram a
ingressar e permanecer na atividade
bull Comparar se os motivos e motivayao sao as mesmos entre as artistas
com mais au menos 3 anos de experiAncia
2 REVISAO DE LlTERATURA
21 QUANDO E ONDE COMEltAA HIST6RIA DO CIRCO
o circo e urna atividade corporal secular com dificil precisao de origem
dos espetaculos mas traz no seu hist6rico a hip6tese de que 0 remoto
ancestral do artista de circo deve ter sido aquele troglodita que num dia de
caya surpreendentemente farta entrou na cavern a dando pulos de alegria e
despertando com suas caratas 0 riso de seus companheiros de
dificuldades (RUIZ apud TORRES 1998 p13)
Segundo Castro (1997) pode-se dizer que as artes circenses surgiram
na China cnde foram descobertas pinturas de quase 5000 anos em que
aparecem acrabatas contorcionistas e equilibristas A acrobacia era urna
forma de treinamento para as guerreiros de quem sa exigia agilidadeflexibilidade e forya Com 0 tempo a essas qualidades sa somou a graya a
beleza e a harmonia Torres (1998) conta que em 108 aC houve uma
grande testa em homenagem a visitantes estrangeiros que foram brindados
com apresentalt6es acrobaticas surpreendentes A partir dai 0 imperador
decidiu que todos as an os seriam realizados espetaculos do genero durante
o Festival da Primeira Lua Ate hoje os alde6es praticam malabarismo com
espigas de milho e brincam de saltar e equHibrar imensos vasos nos pes
Ha registros segundo Torres (1998) em seu livro 0 circo no Brasil de
que as raizes da arte circense estao nos hip6dromos da Grecia antiga e no
grande Imperio Egipcio De acordo com Lewbel (1995) e Zeithen (citado por
CONWAY 1994) no Egito os primeiros sinais da arte circense estao
gravados nas piramides com desenhos de domadores equilibristas
malabaristas e contorcionistas Os espetaculos desse periodo eram como
as procissoes que tinham 0 objetivo de saudar os generais vitoriosos
Nesses cortejos havia adorna 0 desfile de animais ex6ticos e sold ados
conduzindo os novos escravos alem de apresentay6es em argolas e barras
que lembravam numeras da modama ginastica olimpica No inicio a arte
circense tinha uma forte rela~o com esse esporte com numeros baseados
em saltos e acrobacias Os satiros faziam 0 povo rir dando continuidade alinhagem dos palhayos
Mas foi na Europa que 0 circa ganhou fona e se desenvolveu Para
Castro (1997) os espetaculos tomaram impulso ainda no Imperio Romano
quando seus anfrteatros recebiam apresentayoes de habilidades (mais tarde
classificadas como circenses) A importancia e a grandiosidade desse
espetaculo pode ser atestada pelo Circo Maximo de Roma 0 qual apareceu
pouco depois mas foi destruido em um incendio Em 40 aC no mesmalocal foi construido 0 Coliseu onde cabiam 87 mil espectadores Segundo a
autora la eram apresentadas excentricidades como homens louros nordicosanimais ex6ticos engolidores de fogo e gladiadores entre outros Porem
entre 54 e 68 dC as arenas passaram a ser ocupadas por espetaculos
sangrentos com a perseguiltao aos cristaos que eram atirados as ferasdiminuindo 0 interesse pelas artes circenses Com a decademcia do ImperioRomano os artistas circenses ganham espalto nas pracaspublieas nos
adros das igrejas e sobretudo nas feiras () ela (a feira) foi 0 lugar onde a
arte circense permaneceu de Roma a Philip Astley (CASTRO 1997 p17)
Esses circas agrupados em pequenas companhias rodavam vilas cidadese eastelos em busea de publico e de sustento Nessa apoea os circos naotinham a mesma organizaltao dos nossos dias com cabertura de lanaarquibancadas e picadeiro mas ja apresentavam numeros que permanecemate hoje como engolidores de fogo truques magicos e malabarismos Ja 0
circa como nos 0 conhecemos - urn picadairo lonas mastros trapezios
desfiles de animais - e a forma modem a de antiQuissimos entretenimentosde diversos povos e culturas (CASTRO 1997 p16)
Para melhor compreensao deve-se fazer separacaoentre 0 circa e a
arte circense De acordo com Castro (1997) a arte circense e 0 resultado de
performances artisticas desenvolvidas em diversos paises ao longo dotempo Essas performances incluem habilidades fisicas equilibrio na corda
bamba saltos mortais contorcionismo elementos de teatro e danlta e
habilidades em gera andar em monocicla do mar animais etc Ja 0 circa alocal fiSiCO onde sao feitas as apresentacOesde arte circense sofreu varias
modificayoes Segundo Fonseca (1979) 0 seu conjunto com formato
arredondado picadeiro cobertura de lona e cercado de arquibancadas s6
foi criado em 1770 dando origem ao circo modemo que e 0 que
conhecemos hoje em dia
Conforme aponta Torres (1998) 0 primeiro circa europeu modemo 0
Astleys Amphrtheatre foi inaugurado em Londres por volta de 1770 por
Philip Astley urn oficial ingles da Cavalaria Britanica_0 circo de Astley tinha
urn picadeiro circular com uma especie de arquibancada perto_Ele percebeu
que seria bern mais tacil C--) manter-se de pe sobre urn cavalo a galope
dentro de urn circulo perfeito_ Questao de lei fisica a forya centrifuga
(TORRES 1998 p_16)_Astley organizou urn espetaculo eqOestrecom rigor
e estrutura militares mas percebeu que para segurar 0 publico teria quereunir outras atracaes e juntou saltimbancos equilibristas saltadores e
palhaco_0 palhacodo batalhao era urn soldado campanio que acaba sendo
o clown e que em ingles origina de caipira_ 0 palhaconilo sabia montar
entrava no picadeiro montado ao contrario caia do cavalo subia de urn ladocaia do outro passava por baixo do cavalo Como fazia muito sucessocomecarama se desenvolver novas situacaes_Ao longo dos anos Astley
acrescentou saltos acrobaticos dancacom lacose malabarismo
De acordo com Torres (1998 p_ 18) este primeiro circo funcionava
como urn quarter os uniformes 0 rufar dos tambores as vozes de comandopara a execucao dos numeros de risco_ 0 pr6prio Astley dirigia e
apresentava 0 espetaculo criando assim a figura do mestre de cerimoniasAstley comecoua difundir 0 circo modemo e abriu uma filial em Paris ap6sconvite para apresentar-se para 0 rei da Franya S6 mais tarde algunspaises da Europa como Suecia Espanha Alemanha e Russia comecarama
desenvolver sua arte circense Em apenas cinqOenta anos 0 circo modemoja tinha se espalhado por todo 0 mundo_
Segundo Castro (1997) 0 termo circus foi utilizado pela primeira vez
em 1782 quando 0 rival de Astley Chartas Hughes abriu as portas do Royal
Circus Em principios do seculo XIX havia circos permanentes em algumasdas grandes cidades europeias_ Existiam al8m disso circos ambulantes
que se deslocavam de cidade em cidade em carretas cobertas_
22 0 CIRCONO BRASIL
Para Torres (1998) documentos apontam que no seculo XVIII antes
mesma da crialtao do circa madema ja havia grupos circenses no Brasil
Normalmente assas companhias eram formadas par ciganos expulsos da
Peninsula Iberica Tendo em vista que () sempre houve ligarao dos
ciganos com 0 circ~ (CASTRO apud TORRES 1998 p 20) Entre suas
especiaJidades incluiam-se a doma de ursos 0 ilusionismo e as exibiltoescom cavalos Hit relatos de que ales usavam tandas e nas festas sacras
havia bagunya bebedeira e exibicOes artisticas incluindo teatro de
bonecos A autera conta Que ales viajavam de cidade em cidade eadaptavamseus espetaculos ao gosto da populayao local Numeros que nao
faziam sucesso na cidade eram tirados do programa Ainda segundo Torres
(1998) 0 circo modemo s6 chegou ao Brasil a partir de 1830 Incentivadas
pelos ciclos econiimicos do cafe borracha e cana-de-arucar grandes
companhias europeias vinham apresentar-se nas cidades brasileiras Foram
essas companhias que ajudaram a formar as primeiras familias de circa que
passaram a ser as responsaveis pelo desenvolvimento do circo modemo no
Brasil Eram real mente familias com layos consangOineos que sustentavam
esta atividade Pai avo filho sobrinhos e netos eram responsaveis por tudo
desde a infra-estruturae montagemdo circo ate 0 espetaculo Castro (1997)
diz que 0 circo brasileiro ~ropicalizou algumas atracOes 0 palharo
brasileiro falava muito ao contrario do europeu que era mais mimico Era
mais conquistador e malandro seresteiro tocador de vialao com urn humor
picante 0 publico tambem apresentava caracteristicas diferentes Segundo
Eduardo Oliveira da Silva que foi aluno da segunda turma da escola
nacional de circo (TORRES 1998 p 25) Os europeus iam ao circo apreciar
a arte no Brasil os numeros perigosos eram as atrayc3es trapezia animais
selvagens e ferozes
Ate a pouco tempo esta era a situayao dos circos no Brasil Mas
diversos fatores levaram a uma mudanya na sua organizacao e
administracao Com 0 surgimento dos grandes centr~s urbanos e 0
desenvolvimento tecnol6gico apareceram tambem novas formas de
entretenimento como a televisao cinema teatro e parques de divers~o
Com isso 0 circo foi perdendo espayo e publico Na verdade 0 circo
adaptou-se aos novos tempos da mass media Tornou-se performaticD Massem esquecer a maioria das atrayOes de antigamente (TORRES 1998
pAS)
A primeira mudanya foi na rela~o familiar Agora os pais preferem
que seus filhos S8 dediquem aos estudos ao inves de sa dedicarem apenasa arte circense Os masmas passaram a perceber que com estudo seusfilhos continuariam trabalhando no circa mas agora como proprietarios deuma empresa e nao apenas como artistas Para Torres (1998) esta atitude
acabou trazendo dUBS consequencias a primeira diz respaito a visao queestes novos empresarios tern do circo Menos sentimentais para eles 0
circo e um negocio que tem que dar lucro A segunda e que para suprir a
demanda de artistas ja que as famllias circenses agora cuidavam daadministrayao surgiram as escolas de circa que formam novos artistas Elesnlio fazem parte da familia A rela~o e apenas de patrno e empregado
Igual a um funcionario que trabalha em troea de salario Hoje estas
mudanyas sa refletem em varios circos brasileiros como Beto Carrero CircaGarcia Orlando Orfei Circo Vostok e outros As velhas familias que faziam
de tudo ainda continuam nos circos mas agora na administracao deverdadeiras empresas
As mudancasocorridas na administrayao do circo moderno ajudaram acriar tambem uma nova categoria de circa Conhecidas como novo circoestas campanhias nao t~m picadeiro nem lana nem arquibancadas e seapresentam na maieria das vezes em teatros eu casas de espetaculo NasapresentayOes ha inovayOes na linguagem com a incorporayao de
elementos de danya teatro e musica Um exemplo desse tipo de circo e 0
Cirque du Soleil do Canada No Brasil ha varios grupos desse gimero
como 0 Intrepida Trupe Fratellis Teatro de An6nimos e Nau de iearos Em
Curitiba existe desde 1996 0 grupo Os Acronautas
23 MOTIVO E MOTIVACAO
Ap6s breve resgate hist6rico da arte circense segue-s8 com 0
questionamento central que e foco deste trabalho au seja como e atraves
de que sa realiza urna atividade urna aeao e urn movimento equal 0
objetivo da aCao Anterior a este questionamento cabe procurar na literatura
elementos que fundamentem a motivacao_
o terma motivayao tern suas raizes no verba latina movere quesignifiea mover A motivayao impliea movimento ativayao par isse para
descrever urn estado altarnente motivado sao utilizados termos comoexcitacao energia intensidade e ativayao Segundo a Psicologia motivos
denominam diferencas entre peculiaridades individuais duradouras que se
formaram no decorrer do tempo de desenvolvimento numa determinada
srtuacaobasica Motivacaoe dependente da srtua980e uma ocorrencia de
curto prazo Com ela se denominam todos os fatores e processos atuais que
conduzem a alYBO sob determinadas condiyaes situativas de estimulo
mantendo-as em funcionamento ate 0 tarmino Na motiva9Bo os fatores de
situacao e os fatores de motivos entram em efeito reciproco Fatores de
motivos representam assim apenas uma parte da ocorr~nciada motivaltao
Conforme Balaguer (1994) com a incorporacaodo paradigma
cognitiv~ a Psicologia 0 estudo da motivacao sofreu profundas
transformacies A partir dos anos 60 0 que vern interessando aos
psic6logos a averiguar em que medida as cognilYres as interpretalYoes dos
sujeitos influenciam em suas condutas 8 em suas motivay6es C09ni98o S8
refere ao conjunto de atividades atraves das quais a informacao eprocessada pelo sistema psiquico como a recebe seleciona transforma e
organiza como constr6i as representacoes da realidade 8 cria 0
conhecimento Muitos fenomenos estao implicados neste processamento
percepcaomem6ria elaboracaodo pensamentoe a linguagem sao alguns
deles
Para um melhor entendimento recorra-se a Nuttin (1983) no sentido
explicativo de motivacao Segundo este autor 0 termo geral motivaltao eempregado para designar 0 aspecto dinilmico e direcional do
comportamento E a motivayao que em ultima analise e responsavel pelofato de que 0 comportamento se dirige preferencialmente para umadeterminada categoria de objetivos ao inves de dirigir-se para outra ainda
que a aprendizagem desempenhe um papel secundario na aberiura do
caminho que leva para este ou aquele objetivo concreto Quanto aosmotivos 0 autor considera como sendo as concretiz8yoes das necessidadeseles constrtuem 0 componente dinamico e direcional do ato concreto
Ainda segundo Nuttin (1983) muitos autores referem-se a noyao de
motivay8o para explicar porque 0 organismo passa do estado de repousopara 0 estado de atividade A motivacliodeve mobilizar a energia ele e um
fator de energizayao Eo 0 ponto de vista fisico que explica 0 movimento por
uma forcaA biologia acaba de colocar em duvida a validade deste ponto
de vista fisico pois contrariamente ao que se pensava ate a metade doseculo passado as celulas nervosas nao tern necessidade para seremativas de uma excitayao proveniente do exterior elas nilo sao
fisiologicamente inertes a atividade e nao repouso e seu estado naturalelas n~o sao somente reativas mais ativas de maneira continua (HEBS1949 apud NUTTIN 1983 p 27)
Numa visao ampla 0 termo motiv8y80 denota fatores e processos quelevam as pessoas a ayao ou a inercia em situacOesdiversas (CRATTY
1983) De modo mais especifico 0 estudo dos motivos implica no exame das
razoes pelas quais se escolhe fazer algo ou executar algumas tarefas commaior empenho do que outras ou persistir numa atividade por longo periodode tempo
Tambem Singer (1977) descreve a motivacao como sendo a
insistencia em caminhar em direy80 a um objetivo Existem ocasioes onde ameta principal pode ser 0 alcance de uma recompensa tal como ter a nome
impresso ganhar um trofeu ou urn elogio Ern outras ocasi6es pode tamar aforma de urn impulso para 0 sucesso para provar ou conseguir alga para aauto-realizacaoExiste urn nivel ideal de motivay~o que deve estar presente
em qualquer atividade e este depende da natureza da atividade tanto quanto
da personalidadedo individuo
10
Para Frost (1971) a conduta e causada e direcionada por combina~6es
de motivQs e emoyoes alguns internos e Qutros extemos alguns geneticos e
Qutros ambientais alguns conscientes e Qutros inconscientes alguns
individuais e Qutros socia is etc
Os motivos podem ser classificados de acordo com sua fonte Por
exemplo alguns motivos sao oriundos de fontes externas e da tarefa
incluindo as diversas recompensas manifestas au latentes como 0 elogio e
as demonstracc5es de sucesso as presentes e 0 dinheiro Qutras fontes de
motiva~ao podem ser resu~ado da estrutura psicol6gica do individuo e de
suas necessidades pessoais de sucesso sociabilidade reconhecimento
etc bern como aquelas que parecem derivar de caracteristicas da propria
tarefa tais como a novidade e a complexidade da experiencia mental ou
motoracom a qual 0 individuo se defronta (CRATTY 1983)
231 Teorias Psicol6gicas
De acordo com as diversas teorias psicologicas a Motivacao pode sar
entendidadas seguintes formas (SOUZA 2005)
Teona baseada no conceito de insintos No inicio do seculo XX os
psicologos atribuiam 0 comportamento aos instintos - pad rOes de
comportamentos especificos e inatos qua caracferizavam toda uma especie
Em 1890 William James compilou uma lista de instintos humanos ca~
competiyAo mado curiosidade timidez amor vergonha e ressentimento
Mas por volta dos anos 20 a teoria dos instintos deixou de ser usada para
explicar 0 comportamento humano por tres motivos Os comportamentos
humanos mais importantes sao aprendidos Raramente 0 comportamento
humano e rigido inflexivel imutavel e encontrado em toda especia como e 0
caso do instinto Atribuir todo passive I comportamento humane a urn instinto
correspondente nao explica nada Assim por volta de 1900 os psic610gos
buscaram explicagOes mais plausiveis para a campartamento humano
Teoria dos impulsos Uma visao alternativa da motiva~o afirma que as
necessidadescorporais criam um estado de tensao ou estimula~o chamado
impulso De acordo com a teoria da redurjo de impulsos 0 comportamento
II
motivado e urna tentativa de reduzir esse desagradavel estado de ten sao do
corpo e fazer com ale retorne ao estado de homeostase au equilibria
Segundo essa teoria geralmente as impulsos podem ser divididos em duas
categorias Impulsos Primarios as quais sao inatos e encontrados em todos
as animais - inclusive no homem - motivam para a sobrevivencia da especie
- fome seda saxe e Impulsos Secundarios adquiridos par meio daaprendizagem - dinheiro sucesso etc
Tearla da ativaqao Segundo a teoria da reduyao de impulsos urna vez
satisfeitos ista e naD mais ativos 0 homem naD buscaria mais nada a nao
ser descansar pais naD haveria mais nenhuma motivayao Par issD alguns
psic6logos sugeriram a teoria da ativacao - a ativayao se refere a um estado
de alerta 0 nivel de ativay80 que oeorre em urn determinado momento se
apresenta ao longo de um continuum Numa panta esta 0 estada de alerta
maximo na outra 0 sono assim a motivacrao pode ser ativada por um desejo
de reduzir 0 estado de ativacao e em outros de intansifica-Io De acordo com
asta teoria cad a individuo teria urn nivel 6timo de ativacao que varia de uma
situayao para Dutra e ao Iongo do dia e 0 comportamento sena motivado
pelo desejo de manter urn nivel 6timo de ativayao
MotivaclJo intrinseca e extrfnseca A primeira diz respeita as recampensas
que se originam da atividade em si - 0 proprio comportamento eintrinsecamente recompensador Par conseguinte a motivaltao extrinseca se
refere as recompensas que n~o sao obtidas da atividade mas em
conseqOencia da atividade
12
3 METODOLOGIA
31 TIPO DE PESQUISA
Esta pesquisa caracteriza-se como descritiva atraves de urna
entrevista semi-estruturada Sarie de perguntas abertas em urna ordem
prevista mas na qual 0 entrevistador pode acrescentar perguntas deesclarecimentomiddot (LAVILLE amp DIONNE 1999 p188)
32 POPULAltAOE AMOSTRA
321 Popula~ao
As pessoas entrevistadas foram artistas circenses do saxe masculino
que trabalham em Circo na grande regiao de Curitiba com mais de 3 anos
de experieuromcia
322 Amostra
Assim a amostra - e a partir do criteria experiencia - foi definida par 8
artistas da Cidade sendo todos voluntarios
33INSTRUMENTO
Para obten~ao dos dados foi utilizada entrevista semi-estruturada a
qual foi aplicada aos artistas A entrevista pode sar visualizada seguida das
respostas dos entrevistados no Apendice 1
34 COLETA DE DADOS
A coleta de dados procedeu-se por meio de uma visita a ASPARTE
(Associa~ao dos Artistas do Parana) onde puderam ser realizadas com 5
13
artistas associ ados As Qutras entrevistas ocorreram no Fringe mostra
paralela ao Festival de Teatro de Curitiba Vale destacar que foram todas
entrevistas individuais previamente marcadas
35 ANALISE DOS DADOS
A analise dos dados se deu par meio de MEDIA aritmetica com
aplic8yao de porcentagem e analise interpretativa
36 LlMITACOES
Algumas dificuldades foram encontradas no decorrer deste trabalho
Uma delas se deve ao fato de alguns artistas estarem em espetaculos
rtinerantes impossibilitando 0 agendamento das entrevistas Outra
dificuldade foi encontrar artistas pertencentes a corrente tradicional do Circa
uma vez que quase todos se diziam fazer parte do chamado Circo Novo 0
numero de artistas n~o permitiu separa-Ios par tempo de atividade
14
4 APRESENTAGAO E DISCUSSAO DOS RESULTADOS
Apos a exposi~ao dos dados recolhidos pode-se analisar que existem
varios fatores que diferem urn artista de outro e conseqOentemente suas
motivafoes Para methor visualizacao os resultados foram dispostos em
gnficos
Quadro 1 Fonna~aoeTempode Experiencia(emnumeros absolutos epercentuais)
Formayao Ensino Ensino Estudo Graduayiio TotalFundamental Medio Universitario
1= 125 3= 3775 2=25 2=25
Tempo 0 34 anos 56 anos 78 anos -Ndeg 0 2=25 4=50 2=25 100sujeitos
Da mostra de 8 artistas 1 completou (125) Ensino Fundamental
Com relayao ao Ensino Medio 3 deles concluiram (3775) Estudo
Universijario 2 dos pesquisados (25) E Gradua~ao tambem 2 sujeitos
(25)0 estudo tambem apontou que os sujeitos apresentaram bom grau de
escolaridade 875 dos artistas tlgtm0 Ensino Medio
Quadro2 Espa~osde Perfonnance (emnumerosabsolutos)
CASA DE SHOW
1= 125
15
Com relacao aos locais onde e desenvolvida a arte circense 4 dos
artistas entrevistados sao de rua (50) 5 deles utilizam-sa do aspaco do
Taatro (625) Todos (100) sa aprasentam de alguma maneira debaixo
das lonas do circa 1 referiu-se a Casas de Show (125)
Quadro 3 Especialidade
PALHACO MALABARES ACROBATA TRAPEZISTA I2= 25 5=625 3= 375 1= 125 J
ARAMISTA PERNA PAU OUTRO
2=25 2= 25 3= 375
Quanta a especialidade pode-se observar que 2 trabalham com a arte
do palhaco (25) 5 sao malabaristas (625) 3 fazem acrobacias de solo
(375) 1 etrapezista (125) 2 andam na corda bamba (aramistas) (25)
2 utilizam a pema de pau (25)
Quadro 4 Familia Circense
SIM NAO1 = 125 7= 875
Apenas 1 entrevistado vem de familia circense (125)
Quadro 5 Motivo
Trabalho Instrumentalista 1= 125
a meio ambiente (familia) 3= 375
Relacao com a Capoeira 1= 125
Ginastica Olimpica 1= 125
Paixao pala Arte 1= 125
Tradicao 1= 125
16
A resperto dos motivos 1 artista tem seu motivo no trabalho
instrumentalista (125) 3 sofreram influ1ncia da familia (375) 1 dos
entrevistados veio da Capoeira (125) 1 e ex-ginasta olimpico (125) 1
teve seu motivo na paixao que a Arte Circense desperta (125) E 1 e pela
tradi980 (125) Isso mostra a variabilidade de configura90es nas quais
encontravam-se as artistas no momento do contata com 0 Circa
Quadro6Motiva9ao
Trabalha com Arte-Educa9fio 2= 25
Prazer 3= 375
SobrevivencialNecessidade 3=375
Sabre a motiv8C80 au seja aquila que as mante~minseridos na Arte
Circense 2 dos entrevistados sao arte-educadores e encontram nas Artes
Circenses meios pedag6gicos e de formacao humana 3 sao motivados pelo
prazer despertado nas atividades E 3 deles sao artistas par necessidade
Dois dos oito entrevistados (25) s6 vivem do circo e de
apresenta9iies artisticas Sendo apenas um deles pertencente a terceira
geracao de circo cnde aprendeu com seus familiares tudo 0 que sabe e
pretende prosseguir com a tradiCBo circense Outro entrevistado se formou
em Sao Paulo e ganha sua vida no picadeiro Um deles (125) e ex-ginasta
que sa apaixonou pela linguagem circense
Tr1s dos artistas entrevistados (36) sao graduados todos em
Educac80 Fisica os quais S8 mant~m financeiramente dando aulas de circo
quando nao estao desenvolvendo trabalhos artisticos A metade dos
entrevistados (50) conla com 0 apoio familiar conseguindo assim buscar
aprimoramento profissional atraves de workshops e especializa~6es_
17
5 CONCLUSAO
A partir do Objetivo Geral isto e verificar quais os motivos e motiva(iio
que levou artistas do sexo masculine a ingressar e permanecer no meio
circense concluimiddotse que ha toda uma gama de motivos (configura90es) e
tambem motiv8yoes que se apresentaram apos a referida pesquisa Foi
tracado 0 perfil dos artistas bem como - atraves das entrevistas - verificou-
se avaliou-se e comparou-se as motivQs e motiv8CBO que as levaram a
ingressar e permanecer na atividade
A motivacao como componente e fun~o gera do comportamento naD
e urna variavel que se apresenta periodicamente e neste momento
desencadeia uma ayao isolada Ela e a orientayao dinamica continua que
regula 0 funcionamento igualmente continuo do individuo em interayBo com
seu maio Esta regulacaoconcerne os aspectos direcionais e energeticos do
comportamento Por outro lado a todo 0 momenta a motivayao se apresenta
como urna configuratyao concreta de tais orientac5es dinamicas permanentes
(ativas ou latentes) a qual muda em funyao de diversos fatores internos e
extemas em funyao tambem da experiencia passada e da percepyao atual
Em alguns sujeitos por exemplo a configurayao motivacional e
excepcionalmente estavel enquanto que para outros a sua (mica
continuidade em sua maneira de agir consiste em obedecer aos impulsos do
momento e ao apelo das situayaes que se apresentam
Tudo isso leva a conclus1io de que e util distinguir de um lado a
funcao dinamica geral que ativa e dirige 0 comportamento de maneira
continua et de outro lado a constelayao motivacional concreta que eresponsavel pela regulayao do comportamento em um dado momento
Ap6s 0 contato com estes diversos artistas pode-se inferir que os
motivos sao diversos mas a principal motivacao vern da satisfayBo pessoal
pelo trabalho desenvolvido e 0 estre~o apego emocional pela arte Nesse
sentido para os entrevistados confirma-se a maxima uniAo do Uti ao
Agradave pais a grande maioria con segue se manter economicamente
como artistas ou seja sobreviver fazendo 0 que gosta
18
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VERNOM M DMotivacaoHumana Petropolis Vozes 1971
19
APENDICE
Dados coletados nas entrevistas
Primeiro entrevistado (A)
1 QUAL A SUA FORMAltAO
R Segundo grau comgleto
2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCO
R Trabalho ha 5 anos com circo3 ONDE vocE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSES
R Na rua teatro e IQaresvilriados onde(QrcontratadQlmiddot
4 QUAL A SUA ESPECIALIDADE
R Palhaco
5 vocE VEM DE FAMiLIA CIRCENSE
R Nlio
6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO
R Foi atraves de um rabillho in~trumflnillista J~ fa~ia teiltro (aQdidatal ecome~ a me inte~sects2r ileQ ci~o Fiz tbfJfhos vQluntariQsect em hosgitais einsUtuifjes de saude e na rua aem qe anim2pound20 dfl fesectta
7 QUAL A MOTIVAltAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA
R A Qossibilidilde rletrabBlharcom ARTE-EDUCAQJlO e 0 auto iusentD
20
Segundo entrevistado (8)
1 QUAL A SUA FORMAltAO
R Fa(LQ1dminis(ra(Lsectona FAE
2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCO
R Trabalho hll 5 anos
3 ONDE VOC~ APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSES
R Nas f1taRAVE ~asa de shows eventos e cirrQ
4 QUAL A SUA ESPECIALIDADE
R Malabares acrobacia-soo e cigar-boxes -5 VOC~ VEM DE FAMILIA CIRCENSE
R Ntio mas de familia de artistas MinhB mtie e ltJtriz dimtora ~ figurinisecttJ
6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO
R Facilidade Estava no meiQartisti~
7 QUAL A MOTIVAltAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA
R Por ser um lema 2tl~1-M~ faz lraticar s~mQre esecttar em forma Nao eeQ dinh~i[Q ~ Q~o grazer de inQv~r Q~J~ ~hflJlar nfmbom nivel deallerfei~2m~nto lara eXI2Jssarminhas iQeigsect
21
Terceiro entrevistado (e)
1 QUAL A SUA FORMAltAO
R Segundo grau comgllo
2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCO
R 4 anos
3 ONDE VOCE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSES
R Circo eventos esgetaculos na TV e em hQteis
4 QUAL A SUA ESPECIALIDADE
R Malabares tragezio de vOos acrobacia de solo arame Qema-de-1J8U ecaroa elastica
5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSE
R Nao
6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO
R Comecei a fazer circo gara agerfeiroaros movimentos da Cal2Qeira
7 QUAL A MOTIVAltAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA
R 0 2razer de B1reSentar e treinar aem da diversao Da Qra viver
22
Quarto entrevistado (0)
1 QUAL A SUA FORMAltAOR Primeiro grau incom(leto
2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCOR Comecei aos 12 anos
3 ONDE VOCE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSESR Circo eventos e quando me alltrto na rua
4 QUAL A SUA ESPECIALIDADE
R Arame e Malabares5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSER Sim sou da ~ qeraQllo na minha familia
6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO
R Como eramosect urna f2milia circense eu nao tiv~ ol2~ao Tinhamos queaiudar a familia entao cada irmao se eSllecializou em urna atividade
7 QUAL A MOTIVAltAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA
R iinceramente nao se fazer Dutra coisS ent~o e gela sobrevivenciamesmo Tendo dinheiro ura comer e dormir eu esecttou feliz
23
Quinto entrevistado (E)
1 QUAL A SUA FORMACAOR Sou fonngdo em EduciitiQFiliicg lela PUr2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCOR 6 anos
3 ONDE VOC~ APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSESR Tenho uma emlresa chamada ARCO lrodurjesartisticas Me aQresentolrincillalmente em teatros circa e eventos
4 QUAL A SUA ESPECIALIDADER Acrobacia de solo tecido e Qanramodema
5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSER Nilo
6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCOR Grande Qarte da minha vida fui atleta Qe Ginastica Olimjca AQ6s umtrabalho Qaralelo chamado Os Acronautali comegei a me intereliSgr Qelocirco e onde tenho trabalhado desde enllJo
7 QUAL A MOTIVACAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA
R No inicio era ir Qara 0 Circo de Soleil Ate cheguei a Qassar em umaI2revia mas nlio 128ssei Hole a llrinci1al motiva~lio e a necessidade DofI2referencia 128ra al2resenta~(jes mas quando fica dificil tenho gue dar aula
24
Sexto entrevistado (Fl
1 QUAL A SUA FORMACAO
R Segundo grau comgeto
2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCO
R Trabalho hB sete anos comcirca
3 ONDE VOCE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSES
R Arte de rua epIO middotetos culturais
4 QUAL A SUA ESPECIALIDADER Malabares diabolo Contact ball bastao e devil stick
5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSE
R Nao
6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO
R Paixao (lela arle nao consegui me enquadrar no mercado formal (confeccionavamateriais de maabares e assim comeee a freinarl
7 QUAL A MOTIVACAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA
R E a minha I2rincieal (onte de renda Me considero urn artista modificador daconscitmcia social Deseio if a Belgica Qara buscar gualific8r80 e arogliar minhaatu8pound80 no Brasil
25
Selimo enlrevislado (G)
1 QUAL A SUA FORMACAOR Sou Qraduadoem Educa~o Fisica na PUC e teatro na FAP
2 HA QUANTa TEMPO TRABALHA COM CIRCaR Tnlsanos
3 ONDE VOCE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSESR Festas eventos teatros e escoas
4 QUAL A SUA ESPECIALIDADER Pahaco e rnaabares
5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSER NtJo
6 QUAL 0 MOTIVO QUE a LEVOU A ATUAR NO CIRCaR Atraves da Educa~secto Ffsica me interesse Ue10 desenvovimento motor e12esgusando enconirei 0 maabarismo e 128ra com(llementar meu tmbaho estudei 0
pahaco
7 QUAL A MOTIVACAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREAR A erincieal e a satisfaQlio lessoal (aQausos e risosectl (lretendo continuar vivendocomo arti~ta Aluamente me mfJntenho dando aulas de circo
26
Oitavo entrevistado (H)
1 QUAL A SUA FORMACAOR Sou ator e artista circense No momento esiolJ cursando Lefras na UFPR
2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCOR 6 anos
3 ONDE VOCr APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSESR Em eSJJetacuos teatrais eventos e na rua
4 QUAL A SUA ESPECIALIDADER Perna de D8U e swino
SVOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSER N~o
6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCOR Primeiramenfe trabalhava como aTiz de f8atro e sentia a necessidade de amgJiarmeu cam12D de afua~~o grofissiona e 0 circa s~mllre foi motivo earn mim deencantamento e admira~ao
7 QUAL A MOTIVACAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA
R Pela necessidade de cada vez mfis I2rofissionalizar a cena circense no estado eencontrar urna linguagem lrOQria ao integrar Q teatro com sect arte circens8
SUMARIO
RESUMO vii
1INTRODUCAO 1
11 JUSTIFICATIVA 1
12 PROBLEMA 2
13 OBJETIVOS 2
131 Objetivo Geral 2
132 Objetivos Especificos 2
2 REVISAO DE LlTERATURA 3
21 QUANDO E ONDE COMECA A HISTltJRIA DO CIRCO 3
220 CIRCO NO BRASIL 6
23 MOTIVO E MOTIVACAo 8
231 Teorias Psicol6gicas 10
3 METODOLOGIA 12
31 TIPO DE PESQUISA 12
32 POPULACAO E AMOSTRA 12
321 Popula~ao 12
322 Amostra 12
33 INSTRUMENTO 12
34 COLETA DE DADOS 12
35 ANALISE DOS DADOS 13
36 L1MITACOES 13
4 APRESENTACAO E DISCUSSAO DOS DADOS 14
5 CONCLUsAo 17
6 REFERENCIAS 18
APENDICE 19vi
RESUMO
Titulo Motivo e motiva~o em artistas circenses
Aluno Mario Henrique Ribeiro Borges
Orientador Amo Krug
Curso Educaltao Fisica
Instituigao Universidade Tuiuti do Parana
A referida pesquisa tern como prop6sito verificar as motivQs e asmotiv890es que levaram as artistas circenses a ingressar e permanecer nomeio Buscando dessa forma alguns elementos fundamentais na literaturaaeerca das bases epistemol6gicas da motivalt~o a qual e 0 foco centraldeste trabalho Procurou-se resgatar quando e cnde comeC8 a hist6ria docirco sua origem no Brasil e sabre algumas definicoes acerca de uma novacorrente chamada circa novo Bern como tracar 0 perfil dos artistas circensesdo sexo masculino aplicar uma entrevista aos mesmas comparar asmotivQs e motivayao que as leva ram a ingressar e permanecer na atividade
Esta pesquisa caracteriza-se como descritiva foi montada umaentrevista semi-estruturada com varias perguntas abertas em uma ordemprevista Os entrevistados foram artistas circenses que trabalharam comcirco na grande regiao de Curitiba com rna is de tres anos de experienciasendo todos eles voluntarios Apos a entrevista obtivemos a mostra do perfildos artistas aonde foi verificado e comparado os motivos e as motivacoesque levaram estes artistas a ingressarem e se manterem na atividade Comrela980 aos resu~ados 0 que chamou bastante a aten9iio foi quanto aescolaridade 0 estudo apontou que os sujeitos apresentaram born grau deescolaridade 875 dos artistas possuem 0 Ensino Media
Tudo isso leva a conciusao de que e uti I distinguir de um lado afuncao dinamica geral que ativa e dirige 0 comportamento de maneiracontinua e de outro lado a constelacaa motivacional concreta que eresponsavel pel a regula980 do comportamento em um dado momento
Apos 0 cantata com estes diversos artistas pode-se inferir que osmotivos sao diversos mas a principal motivacao vern da satisfacao pessoalpelo trabalho desenvolvido e 0 estreito apego emocional pel a arte
vii
1INTRODUCAo
11 JUSTIFICATIVA
Pesquisar e 0 ata de questionar observar ser curioso buscar
respostas para nassas inquietscoes E a tareta da pesquisar precede a umestado sensorial ista e faz-sa necessaria a condiC2o de leva a procurarasrespostas dos questionamentos Tal condicaoe conhecida como motivacao
() aspeeto dinamico da entrada em relacaode urn sujeito com 0 mundo
Concretamente a motiv8y80 diz raspeito a direC2o ativa do comportamentopara detenninadas categorias preferenciais de situ8coes ou de objetos
(NUTTIN1983 p 11)
Bergamini (1997) propOeque a motivacaoseja uma cadeia de eventos
base ada no desejo de reduzir urn estado interno de desequilibrio tendo comofundamento 0 pensamento e a crenca de que certas acOes deveriam servir aesse prop6sito e levando as sujeitos a agirem de maneira que saraoconduzidos ate 0 objetivo desejado E importante que seja considerada a
exist~ncia de diferencas individuais e cutturais entre as sujeitos quando serefere a motivacaoEste difereneial nao s6 pode afetar signifieativamente ainterpretacaode urn desajo mas tarnbem 0 entendimento da maneira
particular como as pessoas agem e atuam na busca dos seus objetivos Aspessoas ja trazem dentm de si expectativas passoais que ativamdeterminado tipo de busca de objetivos A motivacaoportanto pode ser
considerada primordialmente um proeesso intrinseeo
A maneira mais fundamental e util de pensar a respeito desse ass unto
envolve a aceitacaodo eonceito de motivac8ointrinseca que sa refere ao
processo de desenvolver uma atividade pelo prazer que ela mesmaproporciona isto e desenvolver urna atividade pela recompensa inerente aessa mesma atividade (DECI amp RYAN 1985 p21)
Essa forma de considerar 0 cornportamento rnotivacional impliea 0
reconhecimento de que ele representa a fonte mais importante de autonomia
pessoal a medida que as pessoas podem de certa forma escolher que tipo
de BvaD empreender com base nas SUBS proprias fontas intern as de
necessidades e naD simplesmente responder aos control as impostos pelo
meio extemo
Neste sentido emerge a necessidade ou melhor a motivac~opara a
realiz8g8o desse estudo que e de ouvir e relatar atraves de questionario
semi-estruturado particularmente 0 caso de artistas circenses e descobrir 0
que as impulsiona alem dos trampolins
12 PROBLEMA
Qual e 0 motivQ que levou 0 artista circense a ingressar no circa e a
rnotivayao que 0 impulsiona a sa manter no meio
13 OBJETIVOS
131 Objetivo Geral
Vermcar quais 05 motivos e motivay80 que levou artistas do sexo
masculino a ingressar e permanecer no meio circense
132 Objetivos Especificos
bull Trayar 0 perfil dos artistas circenses do sexo masculino
bull Aplicar urna entrevista aos artistas circenses do sexo masculino para
verificar avaliar e comparar os motivos e motivayao que os levaram a
ingressar e permanecer na atividade
bull Comparar se os motivos e motivayao sao as mesmos entre as artistas
com mais au menos 3 anos de experiAncia
2 REVISAO DE LlTERATURA
21 QUANDO E ONDE COMEltAA HIST6RIA DO CIRCO
o circo e urna atividade corporal secular com dificil precisao de origem
dos espetaculos mas traz no seu hist6rico a hip6tese de que 0 remoto
ancestral do artista de circo deve ter sido aquele troglodita que num dia de
caya surpreendentemente farta entrou na cavern a dando pulos de alegria e
despertando com suas caratas 0 riso de seus companheiros de
dificuldades (RUIZ apud TORRES 1998 p13)
Segundo Castro (1997) pode-se dizer que as artes circenses surgiram
na China cnde foram descobertas pinturas de quase 5000 anos em que
aparecem acrabatas contorcionistas e equilibristas A acrobacia era urna
forma de treinamento para as guerreiros de quem sa exigia agilidadeflexibilidade e forya Com 0 tempo a essas qualidades sa somou a graya a
beleza e a harmonia Torres (1998) conta que em 108 aC houve uma
grande testa em homenagem a visitantes estrangeiros que foram brindados
com apresentalt6es acrobaticas surpreendentes A partir dai 0 imperador
decidiu que todos as an os seriam realizados espetaculos do genero durante
o Festival da Primeira Lua Ate hoje os alde6es praticam malabarismo com
espigas de milho e brincam de saltar e equHibrar imensos vasos nos pes
Ha registros segundo Torres (1998) em seu livro 0 circo no Brasil de
que as raizes da arte circense estao nos hip6dromos da Grecia antiga e no
grande Imperio Egipcio De acordo com Lewbel (1995) e Zeithen (citado por
CONWAY 1994) no Egito os primeiros sinais da arte circense estao
gravados nas piramides com desenhos de domadores equilibristas
malabaristas e contorcionistas Os espetaculos desse periodo eram como
as procissoes que tinham 0 objetivo de saudar os generais vitoriosos
Nesses cortejos havia adorna 0 desfile de animais ex6ticos e sold ados
conduzindo os novos escravos alem de apresentay6es em argolas e barras
que lembravam numeras da modama ginastica olimpica No inicio a arte
circense tinha uma forte rela~o com esse esporte com numeros baseados
em saltos e acrobacias Os satiros faziam 0 povo rir dando continuidade alinhagem dos palhayos
Mas foi na Europa que 0 circa ganhou fona e se desenvolveu Para
Castro (1997) os espetaculos tomaram impulso ainda no Imperio Romano
quando seus anfrteatros recebiam apresentayoes de habilidades (mais tarde
classificadas como circenses) A importancia e a grandiosidade desse
espetaculo pode ser atestada pelo Circo Maximo de Roma 0 qual apareceu
pouco depois mas foi destruido em um incendio Em 40 aC no mesmalocal foi construido 0 Coliseu onde cabiam 87 mil espectadores Segundo a
autora la eram apresentadas excentricidades como homens louros nordicosanimais ex6ticos engolidores de fogo e gladiadores entre outros Porem
entre 54 e 68 dC as arenas passaram a ser ocupadas por espetaculos
sangrentos com a perseguiltao aos cristaos que eram atirados as ferasdiminuindo 0 interesse pelas artes circenses Com a decademcia do ImperioRomano os artistas circenses ganham espalto nas pracaspublieas nos
adros das igrejas e sobretudo nas feiras () ela (a feira) foi 0 lugar onde a
arte circense permaneceu de Roma a Philip Astley (CASTRO 1997 p17)
Esses circas agrupados em pequenas companhias rodavam vilas cidadese eastelos em busea de publico e de sustento Nessa apoea os circos naotinham a mesma organizaltao dos nossos dias com cabertura de lanaarquibancadas e picadeiro mas ja apresentavam numeros que permanecemate hoje como engolidores de fogo truques magicos e malabarismos Ja 0
circa como nos 0 conhecemos - urn picadairo lonas mastros trapezios
desfiles de animais - e a forma modem a de antiQuissimos entretenimentosde diversos povos e culturas (CASTRO 1997 p16)
Para melhor compreensao deve-se fazer separacaoentre 0 circa e a
arte circense De acordo com Castro (1997) a arte circense e 0 resultado de
performances artisticas desenvolvidas em diversos paises ao longo dotempo Essas performances incluem habilidades fisicas equilibrio na corda
bamba saltos mortais contorcionismo elementos de teatro e danlta e
habilidades em gera andar em monocicla do mar animais etc Ja 0 circa alocal fiSiCO onde sao feitas as apresentacOesde arte circense sofreu varias
modificayoes Segundo Fonseca (1979) 0 seu conjunto com formato
arredondado picadeiro cobertura de lona e cercado de arquibancadas s6
foi criado em 1770 dando origem ao circo modemo que e 0 que
conhecemos hoje em dia
Conforme aponta Torres (1998) 0 primeiro circa europeu modemo 0
Astleys Amphrtheatre foi inaugurado em Londres por volta de 1770 por
Philip Astley urn oficial ingles da Cavalaria Britanica_0 circo de Astley tinha
urn picadeiro circular com uma especie de arquibancada perto_Ele percebeu
que seria bern mais tacil C--) manter-se de pe sobre urn cavalo a galope
dentro de urn circulo perfeito_ Questao de lei fisica a forya centrifuga
(TORRES 1998 p_16)_Astley organizou urn espetaculo eqOestrecom rigor
e estrutura militares mas percebeu que para segurar 0 publico teria quereunir outras atracaes e juntou saltimbancos equilibristas saltadores e
palhaco_0 palhacodo batalhao era urn soldado campanio que acaba sendo
o clown e que em ingles origina de caipira_ 0 palhaconilo sabia montar
entrava no picadeiro montado ao contrario caia do cavalo subia de urn ladocaia do outro passava por baixo do cavalo Como fazia muito sucessocomecarama se desenvolver novas situacaes_Ao longo dos anos Astley
acrescentou saltos acrobaticos dancacom lacose malabarismo
De acordo com Torres (1998 p_ 18) este primeiro circo funcionava
como urn quarter os uniformes 0 rufar dos tambores as vozes de comandopara a execucao dos numeros de risco_ 0 pr6prio Astley dirigia e
apresentava 0 espetaculo criando assim a figura do mestre de cerimoniasAstley comecoua difundir 0 circo modemo e abriu uma filial em Paris ap6sconvite para apresentar-se para 0 rei da Franya S6 mais tarde algunspaises da Europa como Suecia Espanha Alemanha e Russia comecarama
desenvolver sua arte circense Em apenas cinqOenta anos 0 circo modemoja tinha se espalhado por todo 0 mundo_
Segundo Castro (1997) 0 termo circus foi utilizado pela primeira vez
em 1782 quando 0 rival de Astley Chartas Hughes abriu as portas do Royal
Circus Em principios do seculo XIX havia circos permanentes em algumasdas grandes cidades europeias_ Existiam al8m disso circos ambulantes
que se deslocavam de cidade em cidade em carretas cobertas_
22 0 CIRCONO BRASIL
Para Torres (1998) documentos apontam que no seculo XVIII antes
mesma da crialtao do circa madema ja havia grupos circenses no Brasil
Normalmente assas companhias eram formadas par ciganos expulsos da
Peninsula Iberica Tendo em vista que () sempre houve ligarao dos
ciganos com 0 circ~ (CASTRO apud TORRES 1998 p 20) Entre suas
especiaJidades incluiam-se a doma de ursos 0 ilusionismo e as exibiltoescom cavalos Hit relatos de que ales usavam tandas e nas festas sacras
havia bagunya bebedeira e exibicOes artisticas incluindo teatro de
bonecos A autera conta Que ales viajavam de cidade em cidade eadaptavamseus espetaculos ao gosto da populayao local Numeros que nao
faziam sucesso na cidade eram tirados do programa Ainda segundo Torres
(1998) 0 circo modemo s6 chegou ao Brasil a partir de 1830 Incentivadas
pelos ciclos econiimicos do cafe borracha e cana-de-arucar grandes
companhias europeias vinham apresentar-se nas cidades brasileiras Foram
essas companhias que ajudaram a formar as primeiras familias de circa que
passaram a ser as responsaveis pelo desenvolvimento do circo modemo no
Brasil Eram real mente familias com layos consangOineos que sustentavam
esta atividade Pai avo filho sobrinhos e netos eram responsaveis por tudo
desde a infra-estruturae montagemdo circo ate 0 espetaculo Castro (1997)
diz que 0 circo brasileiro ~ropicalizou algumas atracOes 0 palharo
brasileiro falava muito ao contrario do europeu que era mais mimico Era
mais conquistador e malandro seresteiro tocador de vialao com urn humor
picante 0 publico tambem apresentava caracteristicas diferentes Segundo
Eduardo Oliveira da Silva que foi aluno da segunda turma da escola
nacional de circo (TORRES 1998 p 25) Os europeus iam ao circo apreciar
a arte no Brasil os numeros perigosos eram as atrayc3es trapezia animais
selvagens e ferozes
Ate a pouco tempo esta era a situayao dos circos no Brasil Mas
diversos fatores levaram a uma mudanya na sua organizacao e
administracao Com 0 surgimento dos grandes centr~s urbanos e 0
desenvolvimento tecnol6gico apareceram tambem novas formas de
entretenimento como a televisao cinema teatro e parques de divers~o
Com isso 0 circo foi perdendo espayo e publico Na verdade 0 circo
adaptou-se aos novos tempos da mass media Tornou-se performaticD Massem esquecer a maioria das atrayOes de antigamente (TORRES 1998
pAS)
A primeira mudanya foi na rela~o familiar Agora os pais preferem
que seus filhos S8 dediquem aos estudos ao inves de sa dedicarem apenasa arte circense Os masmas passaram a perceber que com estudo seusfilhos continuariam trabalhando no circa mas agora como proprietarios deuma empresa e nao apenas como artistas Para Torres (1998) esta atitude
acabou trazendo dUBS consequencias a primeira diz respaito a visao queestes novos empresarios tern do circo Menos sentimentais para eles 0
circo e um negocio que tem que dar lucro A segunda e que para suprir a
demanda de artistas ja que as famllias circenses agora cuidavam daadministrayao surgiram as escolas de circa que formam novos artistas Elesnlio fazem parte da familia A rela~o e apenas de patrno e empregado
Igual a um funcionario que trabalha em troea de salario Hoje estas
mudanyas sa refletem em varios circos brasileiros como Beto Carrero CircaGarcia Orlando Orfei Circo Vostok e outros As velhas familias que faziam
de tudo ainda continuam nos circos mas agora na administracao deverdadeiras empresas
As mudancasocorridas na administrayao do circo moderno ajudaram acriar tambem uma nova categoria de circa Conhecidas como novo circoestas campanhias nao t~m picadeiro nem lana nem arquibancadas e seapresentam na maieria das vezes em teatros eu casas de espetaculo NasapresentayOes ha inovayOes na linguagem com a incorporayao de
elementos de danya teatro e musica Um exemplo desse tipo de circo e 0
Cirque du Soleil do Canada No Brasil ha varios grupos desse gimero
como 0 Intrepida Trupe Fratellis Teatro de An6nimos e Nau de iearos Em
Curitiba existe desde 1996 0 grupo Os Acronautas
23 MOTIVO E MOTIVACAO
Ap6s breve resgate hist6rico da arte circense segue-s8 com 0
questionamento central que e foco deste trabalho au seja como e atraves
de que sa realiza urna atividade urna aeao e urn movimento equal 0
objetivo da aCao Anterior a este questionamento cabe procurar na literatura
elementos que fundamentem a motivacao_
o terma motivayao tern suas raizes no verba latina movere quesignifiea mover A motivayao impliea movimento ativayao par isse para
descrever urn estado altarnente motivado sao utilizados termos comoexcitacao energia intensidade e ativayao Segundo a Psicologia motivos
denominam diferencas entre peculiaridades individuais duradouras que se
formaram no decorrer do tempo de desenvolvimento numa determinada
srtuacaobasica Motivacaoe dependente da srtua980e uma ocorrencia de
curto prazo Com ela se denominam todos os fatores e processos atuais que
conduzem a alYBO sob determinadas condiyaes situativas de estimulo
mantendo-as em funcionamento ate 0 tarmino Na motiva9Bo os fatores de
situacao e os fatores de motivos entram em efeito reciproco Fatores de
motivos representam assim apenas uma parte da ocorr~nciada motivaltao
Conforme Balaguer (1994) com a incorporacaodo paradigma
cognitiv~ a Psicologia 0 estudo da motivacao sofreu profundas
transformacies A partir dos anos 60 0 que vern interessando aos
psic6logos a averiguar em que medida as cognilYres as interpretalYoes dos
sujeitos influenciam em suas condutas 8 em suas motivay6es C09ni98o S8
refere ao conjunto de atividades atraves das quais a informacao eprocessada pelo sistema psiquico como a recebe seleciona transforma e
organiza como constr6i as representacoes da realidade 8 cria 0
conhecimento Muitos fenomenos estao implicados neste processamento
percepcaomem6ria elaboracaodo pensamentoe a linguagem sao alguns
deles
Para um melhor entendimento recorra-se a Nuttin (1983) no sentido
explicativo de motivacao Segundo este autor 0 termo geral motivaltao eempregado para designar 0 aspecto dinilmico e direcional do
comportamento E a motivayao que em ultima analise e responsavel pelofato de que 0 comportamento se dirige preferencialmente para umadeterminada categoria de objetivos ao inves de dirigir-se para outra ainda
que a aprendizagem desempenhe um papel secundario na aberiura do
caminho que leva para este ou aquele objetivo concreto Quanto aosmotivos 0 autor considera como sendo as concretiz8yoes das necessidadeseles constrtuem 0 componente dinamico e direcional do ato concreto
Ainda segundo Nuttin (1983) muitos autores referem-se a noyao de
motivay8o para explicar porque 0 organismo passa do estado de repousopara 0 estado de atividade A motivacliodeve mobilizar a energia ele e um
fator de energizayao Eo 0 ponto de vista fisico que explica 0 movimento por
uma forcaA biologia acaba de colocar em duvida a validade deste ponto
de vista fisico pois contrariamente ao que se pensava ate a metade doseculo passado as celulas nervosas nao tern necessidade para seremativas de uma excitayao proveniente do exterior elas nilo sao
fisiologicamente inertes a atividade e nao repouso e seu estado naturalelas n~o sao somente reativas mais ativas de maneira continua (HEBS1949 apud NUTTIN 1983 p 27)
Numa visao ampla 0 termo motiv8y80 denota fatores e processos quelevam as pessoas a ayao ou a inercia em situacOesdiversas (CRATTY
1983) De modo mais especifico 0 estudo dos motivos implica no exame das
razoes pelas quais se escolhe fazer algo ou executar algumas tarefas commaior empenho do que outras ou persistir numa atividade por longo periodode tempo
Tambem Singer (1977) descreve a motivacao como sendo a
insistencia em caminhar em direy80 a um objetivo Existem ocasioes onde ameta principal pode ser 0 alcance de uma recompensa tal como ter a nome
impresso ganhar um trofeu ou urn elogio Ern outras ocasi6es pode tamar aforma de urn impulso para 0 sucesso para provar ou conseguir alga para aauto-realizacaoExiste urn nivel ideal de motivay~o que deve estar presente
em qualquer atividade e este depende da natureza da atividade tanto quanto
da personalidadedo individuo
10
Para Frost (1971) a conduta e causada e direcionada por combina~6es
de motivQs e emoyoes alguns internos e Qutros extemos alguns geneticos e
Qutros ambientais alguns conscientes e Qutros inconscientes alguns
individuais e Qutros socia is etc
Os motivos podem ser classificados de acordo com sua fonte Por
exemplo alguns motivos sao oriundos de fontes externas e da tarefa
incluindo as diversas recompensas manifestas au latentes como 0 elogio e
as demonstracc5es de sucesso as presentes e 0 dinheiro Qutras fontes de
motiva~ao podem ser resu~ado da estrutura psicol6gica do individuo e de
suas necessidades pessoais de sucesso sociabilidade reconhecimento
etc bern como aquelas que parecem derivar de caracteristicas da propria
tarefa tais como a novidade e a complexidade da experiencia mental ou
motoracom a qual 0 individuo se defronta (CRATTY 1983)
231 Teorias Psicol6gicas
De acordo com as diversas teorias psicologicas a Motivacao pode sar
entendidadas seguintes formas (SOUZA 2005)
Teona baseada no conceito de insintos No inicio do seculo XX os
psicologos atribuiam 0 comportamento aos instintos - pad rOes de
comportamentos especificos e inatos qua caracferizavam toda uma especie
Em 1890 William James compilou uma lista de instintos humanos ca~
competiyAo mado curiosidade timidez amor vergonha e ressentimento
Mas por volta dos anos 20 a teoria dos instintos deixou de ser usada para
explicar 0 comportamento humano por tres motivos Os comportamentos
humanos mais importantes sao aprendidos Raramente 0 comportamento
humano e rigido inflexivel imutavel e encontrado em toda especia como e 0
caso do instinto Atribuir todo passive I comportamento humane a urn instinto
correspondente nao explica nada Assim por volta de 1900 os psic610gos
buscaram explicagOes mais plausiveis para a campartamento humano
Teoria dos impulsos Uma visao alternativa da motiva~o afirma que as
necessidadescorporais criam um estado de tensao ou estimula~o chamado
impulso De acordo com a teoria da redurjo de impulsos 0 comportamento
II
motivado e urna tentativa de reduzir esse desagradavel estado de ten sao do
corpo e fazer com ale retorne ao estado de homeostase au equilibria
Segundo essa teoria geralmente as impulsos podem ser divididos em duas
categorias Impulsos Primarios as quais sao inatos e encontrados em todos
as animais - inclusive no homem - motivam para a sobrevivencia da especie
- fome seda saxe e Impulsos Secundarios adquiridos par meio daaprendizagem - dinheiro sucesso etc
Tearla da ativaqao Segundo a teoria da reduyao de impulsos urna vez
satisfeitos ista e naD mais ativos 0 homem naD buscaria mais nada a nao
ser descansar pais naD haveria mais nenhuma motivayao Par issD alguns
psic6logos sugeriram a teoria da ativacao - a ativayao se refere a um estado
de alerta 0 nivel de ativay80 que oeorre em urn determinado momento se
apresenta ao longo de um continuum Numa panta esta 0 estada de alerta
maximo na outra 0 sono assim a motivacrao pode ser ativada por um desejo
de reduzir 0 estado de ativacao e em outros de intansifica-Io De acordo com
asta teoria cad a individuo teria urn nivel 6timo de ativacao que varia de uma
situayao para Dutra e ao Iongo do dia e 0 comportamento sena motivado
pelo desejo de manter urn nivel 6timo de ativayao
MotivaclJo intrinseca e extrfnseca A primeira diz respeita as recampensas
que se originam da atividade em si - 0 proprio comportamento eintrinsecamente recompensador Par conseguinte a motivaltao extrinseca se
refere as recompensas que n~o sao obtidas da atividade mas em
conseqOencia da atividade
12
3 METODOLOGIA
31 TIPO DE PESQUISA
Esta pesquisa caracteriza-se como descritiva atraves de urna
entrevista semi-estruturada Sarie de perguntas abertas em urna ordem
prevista mas na qual 0 entrevistador pode acrescentar perguntas deesclarecimentomiddot (LAVILLE amp DIONNE 1999 p188)
32 POPULAltAOE AMOSTRA
321 Popula~ao
As pessoas entrevistadas foram artistas circenses do saxe masculino
que trabalham em Circo na grande regiao de Curitiba com mais de 3 anos
de experieuromcia
322 Amostra
Assim a amostra - e a partir do criteria experiencia - foi definida par 8
artistas da Cidade sendo todos voluntarios
33INSTRUMENTO
Para obten~ao dos dados foi utilizada entrevista semi-estruturada a
qual foi aplicada aos artistas A entrevista pode sar visualizada seguida das
respostas dos entrevistados no Apendice 1
34 COLETA DE DADOS
A coleta de dados procedeu-se por meio de uma visita a ASPARTE
(Associa~ao dos Artistas do Parana) onde puderam ser realizadas com 5
13
artistas associ ados As Qutras entrevistas ocorreram no Fringe mostra
paralela ao Festival de Teatro de Curitiba Vale destacar que foram todas
entrevistas individuais previamente marcadas
35 ANALISE DOS DADOS
A analise dos dados se deu par meio de MEDIA aritmetica com
aplic8yao de porcentagem e analise interpretativa
36 LlMITACOES
Algumas dificuldades foram encontradas no decorrer deste trabalho
Uma delas se deve ao fato de alguns artistas estarem em espetaculos
rtinerantes impossibilitando 0 agendamento das entrevistas Outra
dificuldade foi encontrar artistas pertencentes a corrente tradicional do Circa
uma vez que quase todos se diziam fazer parte do chamado Circo Novo 0
numero de artistas n~o permitiu separa-Ios par tempo de atividade
14
4 APRESENTAGAO E DISCUSSAO DOS RESULTADOS
Apos a exposi~ao dos dados recolhidos pode-se analisar que existem
varios fatores que diferem urn artista de outro e conseqOentemente suas
motivafoes Para methor visualizacao os resultados foram dispostos em
gnficos
Quadro 1 Fonna~aoeTempode Experiencia(emnumeros absolutos epercentuais)
Formayao Ensino Ensino Estudo Graduayiio TotalFundamental Medio Universitario
1= 125 3= 3775 2=25 2=25
Tempo 0 34 anos 56 anos 78 anos -Ndeg 0 2=25 4=50 2=25 100sujeitos
Da mostra de 8 artistas 1 completou (125) Ensino Fundamental
Com relayao ao Ensino Medio 3 deles concluiram (3775) Estudo
Universijario 2 dos pesquisados (25) E Gradua~ao tambem 2 sujeitos
(25)0 estudo tambem apontou que os sujeitos apresentaram bom grau de
escolaridade 875 dos artistas tlgtm0 Ensino Medio
Quadro2 Espa~osde Perfonnance (emnumerosabsolutos)
CASA DE SHOW
1= 125
15
Com relacao aos locais onde e desenvolvida a arte circense 4 dos
artistas entrevistados sao de rua (50) 5 deles utilizam-sa do aspaco do
Taatro (625) Todos (100) sa aprasentam de alguma maneira debaixo
das lonas do circa 1 referiu-se a Casas de Show (125)
Quadro 3 Especialidade
PALHACO MALABARES ACROBATA TRAPEZISTA I2= 25 5=625 3= 375 1= 125 J
ARAMISTA PERNA PAU OUTRO
2=25 2= 25 3= 375
Quanta a especialidade pode-se observar que 2 trabalham com a arte
do palhaco (25) 5 sao malabaristas (625) 3 fazem acrobacias de solo
(375) 1 etrapezista (125) 2 andam na corda bamba (aramistas) (25)
2 utilizam a pema de pau (25)
Quadro 4 Familia Circense
SIM NAO1 = 125 7= 875
Apenas 1 entrevistado vem de familia circense (125)
Quadro 5 Motivo
Trabalho Instrumentalista 1= 125
a meio ambiente (familia) 3= 375
Relacao com a Capoeira 1= 125
Ginastica Olimpica 1= 125
Paixao pala Arte 1= 125
Tradicao 1= 125
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A resperto dos motivos 1 artista tem seu motivo no trabalho
instrumentalista (125) 3 sofreram influ1ncia da familia (375) 1 dos
entrevistados veio da Capoeira (125) 1 e ex-ginasta olimpico (125) 1
teve seu motivo na paixao que a Arte Circense desperta (125) E 1 e pela
tradi980 (125) Isso mostra a variabilidade de configura90es nas quais
encontravam-se as artistas no momento do contata com 0 Circa
Quadro6Motiva9ao
Trabalha com Arte-Educa9fio 2= 25
Prazer 3= 375
SobrevivencialNecessidade 3=375
Sabre a motiv8C80 au seja aquila que as mante~minseridos na Arte
Circense 2 dos entrevistados sao arte-educadores e encontram nas Artes
Circenses meios pedag6gicos e de formacao humana 3 sao motivados pelo
prazer despertado nas atividades E 3 deles sao artistas par necessidade
Dois dos oito entrevistados (25) s6 vivem do circo e de
apresenta9iies artisticas Sendo apenas um deles pertencente a terceira
geracao de circo cnde aprendeu com seus familiares tudo 0 que sabe e
pretende prosseguir com a tradiCBo circense Outro entrevistado se formou
em Sao Paulo e ganha sua vida no picadeiro Um deles (125) e ex-ginasta
que sa apaixonou pela linguagem circense
Tr1s dos artistas entrevistados (36) sao graduados todos em
Educac80 Fisica os quais S8 mant~m financeiramente dando aulas de circo
quando nao estao desenvolvendo trabalhos artisticos A metade dos
entrevistados (50) conla com 0 apoio familiar conseguindo assim buscar
aprimoramento profissional atraves de workshops e especializa~6es_
17
5 CONCLUSAO
A partir do Objetivo Geral isto e verificar quais os motivos e motiva(iio
que levou artistas do sexo masculine a ingressar e permanecer no meio
circense concluimiddotse que ha toda uma gama de motivos (configura90es) e
tambem motiv8yoes que se apresentaram apos a referida pesquisa Foi
tracado 0 perfil dos artistas bem como - atraves das entrevistas - verificou-
se avaliou-se e comparou-se as motivQs e motiv8CBO que as levaram a
ingressar e permanecer na atividade
A motivacao como componente e fun~o gera do comportamento naD
e urna variavel que se apresenta periodicamente e neste momento
desencadeia uma ayao isolada Ela e a orientayao dinamica continua que
regula 0 funcionamento igualmente continuo do individuo em interayBo com
seu maio Esta regulacaoconcerne os aspectos direcionais e energeticos do
comportamento Por outro lado a todo 0 momenta a motivayao se apresenta
como urna configuratyao concreta de tais orientac5es dinamicas permanentes
(ativas ou latentes) a qual muda em funyao de diversos fatores internos e
extemas em funyao tambem da experiencia passada e da percepyao atual
Em alguns sujeitos por exemplo a configurayao motivacional e
excepcionalmente estavel enquanto que para outros a sua (mica
continuidade em sua maneira de agir consiste em obedecer aos impulsos do
momento e ao apelo das situayaes que se apresentam
Tudo isso leva a conclus1io de que e util distinguir de um lado a
funcao dinamica geral que ativa e dirige 0 comportamento de maneira
continua et de outro lado a constelayao motivacional concreta que eresponsavel pela regulayao do comportamento em um dado momento
Ap6s 0 contato com estes diversos artistas pode-se inferir que os
motivos sao diversos mas a principal motivacao vern da satisfayBo pessoal
pelo trabalho desenvolvido e 0 estre~o apego emocional pela arte Nesse
sentido para os entrevistados confirma-se a maxima uniAo do Uti ao
Agradave pais a grande maioria con segue se manter economicamente
como artistas ou seja sobreviver fazendo 0 que gosta
18
6 REFERENCIAS
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CRATTY B J PSicologia no esports 2ed Rio de Janeiro Prentice-Hall1983
DECI EL RYAN R M Intrinsic motivation and self determination inhuman behavior NewYork Plenum 1985
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FROST RB Psychological Concepts Applied to Physical Educationand Coaching USA Reading Massachusetts Menlo Park CaliforniaLondon Don Mills Ontario 1971
NUTTIN J Teoria da Motivaclo Humana sao Paulo Loyola 1983
SINGER NR Psicologia dos espor1les- mitos e verdades 2ed SaoPaulo Harbra 1977
SOUZA R L Motivaclio (sd) Disponivel emhttpwwwpsicologiabrasilescolacomlmotivacaophp Acessado em maio de2005
VERNOM M DMotivacaoHumana Petropolis Vozes 1971
19
APENDICE
Dados coletados nas entrevistas
Primeiro entrevistado (A)
1 QUAL A SUA FORMAltAO
R Segundo grau comgleto
2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCO
R Trabalho ha 5 anos com circo3 ONDE vocE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSES
R Na rua teatro e IQaresvilriados onde(QrcontratadQlmiddot
4 QUAL A SUA ESPECIALIDADE
R Palhaco
5 vocE VEM DE FAMiLIA CIRCENSE
R Nlio
6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO
R Foi atraves de um rabillho in~trumflnillista J~ fa~ia teiltro (aQdidatal ecome~ a me inte~sects2r ileQ ci~o Fiz tbfJfhos vQluntariQsect em hosgitais einsUtuifjes de saude e na rua aem qe anim2pound20 dfl fesectta
7 QUAL A MOTIVAltAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA
R A Qossibilidilde rletrabBlharcom ARTE-EDUCAQJlO e 0 auto iusentD
20
Segundo entrevistado (8)
1 QUAL A SUA FORMAltAO
R Fa(LQ1dminis(ra(Lsectona FAE
2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCO
R Trabalho hll 5 anos
3 ONDE VOC~ APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSES
R Nas f1taRAVE ~asa de shows eventos e cirrQ
4 QUAL A SUA ESPECIALIDADE
R Malabares acrobacia-soo e cigar-boxes -5 VOC~ VEM DE FAMILIA CIRCENSE
R Ntio mas de familia de artistas MinhB mtie e ltJtriz dimtora ~ figurinisecttJ
6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO
R Facilidade Estava no meiQartisti~
7 QUAL A MOTIVAltAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA
R Por ser um lema 2tl~1-M~ faz lraticar s~mQre esecttar em forma Nao eeQ dinh~i[Q ~ Q~o grazer de inQv~r Q~J~ ~hflJlar nfmbom nivel deallerfei~2m~nto lara eXI2Jssarminhas iQeigsect
21
Terceiro entrevistado (e)
1 QUAL A SUA FORMAltAO
R Segundo grau comgllo
2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCO
R 4 anos
3 ONDE VOCE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSES
R Circo eventos esgetaculos na TV e em hQteis
4 QUAL A SUA ESPECIALIDADE
R Malabares tragezio de vOos acrobacia de solo arame Qema-de-1J8U ecaroa elastica
5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSE
R Nao
6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO
R Comecei a fazer circo gara agerfeiroaros movimentos da Cal2Qeira
7 QUAL A MOTIVAltAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA
R 0 2razer de B1reSentar e treinar aem da diversao Da Qra viver
22
Quarto entrevistado (0)
1 QUAL A SUA FORMAltAOR Primeiro grau incom(leto
2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCOR Comecei aos 12 anos
3 ONDE VOCE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSESR Circo eventos e quando me alltrto na rua
4 QUAL A SUA ESPECIALIDADE
R Arame e Malabares5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSER Sim sou da ~ qeraQllo na minha familia
6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO
R Como eramosect urna f2milia circense eu nao tiv~ ol2~ao Tinhamos queaiudar a familia entao cada irmao se eSllecializou em urna atividade
7 QUAL A MOTIVAltAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA
R iinceramente nao se fazer Dutra coisS ent~o e gela sobrevivenciamesmo Tendo dinheiro ura comer e dormir eu esecttou feliz
23
Quinto entrevistado (E)
1 QUAL A SUA FORMACAOR Sou fonngdo em EduciitiQFiliicg lela PUr2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCOR 6 anos
3 ONDE VOC~ APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSESR Tenho uma emlresa chamada ARCO lrodurjesartisticas Me aQresentolrincillalmente em teatros circa e eventos
4 QUAL A SUA ESPECIALIDADER Acrobacia de solo tecido e Qanramodema
5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSER Nilo
6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCOR Grande Qarte da minha vida fui atleta Qe Ginastica Olimjca AQ6s umtrabalho Qaralelo chamado Os Acronautali comegei a me intereliSgr Qelocirco e onde tenho trabalhado desde enllJo
7 QUAL A MOTIVACAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA
R No inicio era ir Qara 0 Circo de Soleil Ate cheguei a Qassar em umaI2revia mas nlio 128ssei Hole a llrinci1al motiva~lio e a necessidade DofI2referencia 128ra al2resenta~(jes mas quando fica dificil tenho gue dar aula
24
Sexto entrevistado (Fl
1 QUAL A SUA FORMACAO
R Segundo grau comgeto
2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCO
R Trabalho hB sete anos comcirca
3 ONDE VOCE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSES
R Arte de rua epIO middotetos culturais
4 QUAL A SUA ESPECIALIDADER Malabares diabolo Contact ball bastao e devil stick
5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSE
R Nao
6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO
R Paixao (lela arle nao consegui me enquadrar no mercado formal (confeccionavamateriais de maabares e assim comeee a freinarl
7 QUAL A MOTIVACAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA
R E a minha I2rincieal (onte de renda Me considero urn artista modificador daconscitmcia social Deseio if a Belgica Qara buscar gualific8r80 e arogliar minhaatu8pound80 no Brasil
25
Selimo enlrevislado (G)
1 QUAL A SUA FORMACAOR Sou Qraduadoem Educa~o Fisica na PUC e teatro na FAP
2 HA QUANTa TEMPO TRABALHA COM CIRCaR Tnlsanos
3 ONDE VOCE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSESR Festas eventos teatros e escoas
4 QUAL A SUA ESPECIALIDADER Pahaco e rnaabares
5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSER NtJo
6 QUAL 0 MOTIVO QUE a LEVOU A ATUAR NO CIRCaR Atraves da Educa~secto Ffsica me interesse Ue10 desenvovimento motor e12esgusando enconirei 0 maabarismo e 128ra com(llementar meu tmbaho estudei 0
pahaco
7 QUAL A MOTIVACAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREAR A erincieal e a satisfaQlio lessoal (aQausos e risosectl (lretendo continuar vivendocomo arti~ta Aluamente me mfJntenho dando aulas de circo
26
Oitavo entrevistado (H)
1 QUAL A SUA FORMACAOR Sou ator e artista circense No momento esiolJ cursando Lefras na UFPR
2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCOR 6 anos
3 ONDE VOCr APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSESR Em eSJJetacuos teatrais eventos e na rua
4 QUAL A SUA ESPECIALIDADER Perna de D8U e swino
SVOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSER N~o
6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCOR Primeiramenfe trabalhava como aTiz de f8atro e sentia a necessidade de amgJiarmeu cam12D de afua~~o grofissiona e 0 circa s~mllre foi motivo earn mim deencantamento e admira~ao
7 QUAL A MOTIVACAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA
R Pela necessidade de cada vez mfis I2rofissionalizar a cena circense no estado eencontrar urna linguagem lrOQria ao integrar Q teatro com sect arte circens8
RESUMO
Titulo Motivo e motiva~o em artistas circenses
Aluno Mario Henrique Ribeiro Borges
Orientador Amo Krug
Curso Educaltao Fisica
Instituigao Universidade Tuiuti do Parana
A referida pesquisa tern como prop6sito verificar as motivQs e asmotiv890es que levaram as artistas circenses a ingressar e permanecer nomeio Buscando dessa forma alguns elementos fundamentais na literaturaaeerca das bases epistemol6gicas da motivalt~o a qual e 0 foco centraldeste trabalho Procurou-se resgatar quando e cnde comeC8 a hist6ria docirco sua origem no Brasil e sabre algumas definicoes acerca de uma novacorrente chamada circa novo Bern como tracar 0 perfil dos artistas circensesdo sexo masculino aplicar uma entrevista aos mesmas comparar asmotivQs e motivayao que as leva ram a ingressar e permanecer na atividade
Esta pesquisa caracteriza-se como descritiva foi montada umaentrevista semi-estruturada com varias perguntas abertas em uma ordemprevista Os entrevistados foram artistas circenses que trabalharam comcirco na grande regiao de Curitiba com rna is de tres anos de experienciasendo todos eles voluntarios Apos a entrevista obtivemos a mostra do perfildos artistas aonde foi verificado e comparado os motivos e as motivacoesque levaram estes artistas a ingressarem e se manterem na atividade Comrela980 aos resu~ados 0 que chamou bastante a aten9iio foi quanto aescolaridade 0 estudo apontou que os sujeitos apresentaram born grau deescolaridade 875 dos artistas possuem 0 Ensino Media
Tudo isso leva a conciusao de que e uti I distinguir de um lado afuncao dinamica geral que ativa e dirige 0 comportamento de maneiracontinua e de outro lado a constelacaa motivacional concreta que eresponsavel pel a regula980 do comportamento em um dado momento
Apos 0 cantata com estes diversos artistas pode-se inferir que osmotivos sao diversos mas a principal motivacao vern da satisfacao pessoalpelo trabalho desenvolvido e 0 estreito apego emocional pel a arte
vii
1INTRODUCAo
11 JUSTIFICATIVA
Pesquisar e 0 ata de questionar observar ser curioso buscar
respostas para nassas inquietscoes E a tareta da pesquisar precede a umestado sensorial ista e faz-sa necessaria a condiC2o de leva a procurarasrespostas dos questionamentos Tal condicaoe conhecida como motivacao
() aspeeto dinamico da entrada em relacaode urn sujeito com 0 mundo
Concretamente a motiv8y80 diz raspeito a direC2o ativa do comportamentopara detenninadas categorias preferenciais de situ8coes ou de objetos
(NUTTIN1983 p 11)
Bergamini (1997) propOeque a motivacaoseja uma cadeia de eventos
base ada no desejo de reduzir urn estado interno de desequilibrio tendo comofundamento 0 pensamento e a crenca de que certas acOes deveriam servir aesse prop6sito e levando as sujeitos a agirem de maneira que saraoconduzidos ate 0 objetivo desejado E importante que seja considerada a
exist~ncia de diferencas individuais e cutturais entre as sujeitos quando serefere a motivacaoEste difereneial nao s6 pode afetar signifieativamente ainterpretacaode urn desajo mas tarnbem 0 entendimento da maneira
particular como as pessoas agem e atuam na busca dos seus objetivos Aspessoas ja trazem dentm de si expectativas passoais que ativamdeterminado tipo de busca de objetivos A motivacaoportanto pode ser
considerada primordialmente um proeesso intrinseeo
A maneira mais fundamental e util de pensar a respeito desse ass unto
envolve a aceitacaodo eonceito de motivac8ointrinseca que sa refere ao
processo de desenvolver uma atividade pelo prazer que ela mesmaproporciona isto e desenvolver urna atividade pela recompensa inerente aessa mesma atividade (DECI amp RYAN 1985 p21)
Essa forma de considerar 0 cornportamento rnotivacional impliea 0
reconhecimento de que ele representa a fonte mais importante de autonomia
pessoal a medida que as pessoas podem de certa forma escolher que tipo
de BvaD empreender com base nas SUBS proprias fontas intern as de
necessidades e naD simplesmente responder aos control as impostos pelo
meio extemo
Neste sentido emerge a necessidade ou melhor a motivac~opara a
realiz8g8o desse estudo que e de ouvir e relatar atraves de questionario
semi-estruturado particularmente 0 caso de artistas circenses e descobrir 0
que as impulsiona alem dos trampolins
12 PROBLEMA
Qual e 0 motivQ que levou 0 artista circense a ingressar no circa e a
rnotivayao que 0 impulsiona a sa manter no meio
13 OBJETIVOS
131 Objetivo Geral
Vermcar quais 05 motivos e motivay80 que levou artistas do sexo
masculino a ingressar e permanecer no meio circense
132 Objetivos Especificos
bull Trayar 0 perfil dos artistas circenses do sexo masculino
bull Aplicar urna entrevista aos artistas circenses do sexo masculino para
verificar avaliar e comparar os motivos e motivayao que os levaram a
ingressar e permanecer na atividade
bull Comparar se os motivos e motivayao sao as mesmos entre as artistas
com mais au menos 3 anos de experiAncia
2 REVISAO DE LlTERATURA
21 QUANDO E ONDE COMEltAA HIST6RIA DO CIRCO
o circo e urna atividade corporal secular com dificil precisao de origem
dos espetaculos mas traz no seu hist6rico a hip6tese de que 0 remoto
ancestral do artista de circo deve ter sido aquele troglodita que num dia de
caya surpreendentemente farta entrou na cavern a dando pulos de alegria e
despertando com suas caratas 0 riso de seus companheiros de
dificuldades (RUIZ apud TORRES 1998 p13)
Segundo Castro (1997) pode-se dizer que as artes circenses surgiram
na China cnde foram descobertas pinturas de quase 5000 anos em que
aparecem acrabatas contorcionistas e equilibristas A acrobacia era urna
forma de treinamento para as guerreiros de quem sa exigia agilidadeflexibilidade e forya Com 0 tempo a essas qualidades sa somou a graya a
beleza e a harmonia Torres (1998) conta que em 108 aC houve uma
grande testa em homenagem a visitantes estrangeiros que foram brindados
com apresentalt6es acrobaticas surpreendentes A partir dai 0 imperador
decidiu que todos as an os seriam realizados espetaculos do genero durante
o Festival da Primeira Lua Ate hoje os alde6es praticam malabarismo com
espigas de milho e brincam de saltar e equHibrar imensos vasos nos pes
Ha registros segundo Torres (1998) em seu livro 0 circo no Brasil de
que as raizes da arte circense estao nos hip6dromos da Grecia antiga e no
grande Imperio Egipcio De acordo com Lewbel (1995) e Zeithen (citado por
CONWAY 1994) no Egito os primeiros sinais da arte circense estao
gravados nas piramides com desenhos de domadores equilibristas
malabaristas e contorcionistas Os espetaculos desse periodo eram como
as procissoes que tinham 0 objetivo de saudar os generais vitoriosos
Nesses cortejos havia adorna 0 desfile de animais ex6ticos e sold ados
conduzindo os novos escravos alem de apresentay6es em argolas e barras
que lembravam numeras da modama ginastica olimpica No inicio a arte
circense tinha uma forte rela~o com esse esporte com numeros baseados
em saltos e acrobacias Os satiros faziam 0 povo rir dando continuidade alinhagem dos palhayos
Mas foi na Europa que 0 circa ganhou fona e se desenvolveu Para
Castro (1997) os espetaculos tomaram impulso ainda no Imperio Romano
quando seus anfrteatros recebiam apresentayoes de habilidades (mais tarde
classificadas como circenses) A importancia e a grandiosidade desse
espetaculo pode ser atestada pelo Circo Maximo de Roma 0 qual apareceu
pouco depois mas foi destruido em um incendio Em 40 aC no mesmalocal foi construido 0 Coliseu onde cabiam 87 mil espectadores Segundo a
autora la eram apresentadas excentricidades como homens louros nordicosanimais ex6ticos engolidores de fogo e gladiadores entre outros Porem
entre 54 e 68 dC as arenas passaram a ser ocupadas por espetaculos
sangrentos com a perseguiltao aos cristaos que eram atirados as ferasdiminuindo 0 interesse pelas artes circenses Com a decademcia do ImperioRomano os artistas circenses ganham espalto nas pracaspublieas nos
adros das igrejas e sobretudo nas feiras () ela (a feira) foi 0 lugar onde a
arte circense permaneceu de Roma a Philip Astley (CASTRO 1997 p17)
Esses circas agrupados em pequenas companhias rodavam vilas cidadese eastelos em busea de publico e de sustento Nessa apoea os circos naotinham a mesma organizaltao dos nossos dias com cabertura de lanaarquibancadas e picadeiro mas ja apresentavam numeros que permanecemate hoje como engolidores de fogo truques magicos e malabarismos Ja 0
circa como nos 0 conhecemos - urn picadairo lonas mastros trapezios
desfiles de animais - e a forma modem a de antiQuissimos entretenimentosde diversos povos e culturas (CASTRO 1997 p16)
Para melhor compreensao deve-se fazer separacaoentre 0 circa e a
arte circense De acordo com Castro (1997) a arte circense e 0 resultado de
performances artisticas desenvolvidas em diversos paises ao longo dotempo Essas performances incluem habilidades fisicas equilibrio na corda
bamba saltos mortais contorcionismo elementos de teatro e danlta e
habilidades em gera andar em monocicla do mar animais etc Ja 0 circa alocal fiSiCO onde sao feitas as apresentacOesde arte circense sofreu varias
modificayoes Segundo Fonseca (1979) 0 seu conjunto com formato
arredondado picadeiro cobertura de lona e cercado de arquibancadas s6
foi criado em 1770 dando origem ao circo modemo que e 0 que
conhecemos hoje em dia
Conforme aponta Torres (1998) 0 primeiro circa europeu modemo 0
Astleys Amphrtheatre foi inaugurado em Londres por volta de 1770 por
Philip Astley urn oficial ingles da Cavalaria Britanica_0 circo de Astley tinha
urn picadeiro circular com uma especie de arquibancada perto_Ele percebeu
que seria bern mais tacil C--) manter-se de pe sobre urn cavalo a galope
dentro de urn circulo perfeito_ Questao de lei fisica a forya centrifuga
(TORRES 1998 p_16)_Astley organizou urn espetaculo eqOestrecom rigor
e estrutura militares mas percebeu que para segurar 0 publico teria quereunir outras atracaes e juntou saltimbancos equilibristas saltadores e
palhaco_0 palhacodo batalhao era urn soldado campanio que acaba sendo
o clown e que em ingles origina de caipira_ 0 palhaconilo sabia montar
entrava no picadeiro montado ao contrario caia do cavalo subia de urn ladocaia do outro passava por baixo do cavalo Como fazia muito sucessocomecarama se desenvolver novas situacaes_Ao longo dos anos Astley
acrescentou saltos acrobaticos dancacom lacose malabarismo
De acordo com Torres (1998 p_ 18) este primeiro circo funcionava
como urn quarter os uniformes 0 rufar dos tambores as vozes de comandopara a execucao dos numeros de risco_ 0 pr6prio Astley dirigia e
apresentava 0 espetaculo criando assim a figura do mestre de cerimoniasAstley comecoua difundir 0 circo modemo e abriu uma filial em Paris ap6sconvite para apresentar-se para 0 rei da Franya S6 mais tarde algunspaises da Europa como Suecia Espanha Alemanha e Russia comecarama
desenvolver sua arte circense Em apenas cinqOenta anos 0 circo modemoja tinha se espalhado por todo 0 mundo_
Segundo Castro (1997) 0 termo circus foi utilizado pela primeira vez
em 1782 quando 0 rival de Astley Chartas Hughes abriu as portas do Royal
Circus Em principios do seculo XIX havia circos permanentes em algumasdas grandes cidades europeias_ Existiam al8m disso circos ambulantes
que se deslocavam de cidade em cidade em carretas cobertas_
22 0 CIRCONO BRASIL
Para Torres (1998) documentos apontam que no seculo XVIII antes
mesma da crialtao do circa madema ja havia grupos circenses no Brasil
Normalmente assas companhias eram formadas par ciganos expulsos da
Peninsula Iberica Tendo em vista que () sempre houve ligarao dos
ciganos com 0 circ~ (CASTRO apud TORRES 1998 p 20) Entre suas
especiaJidades incluiam-se a doma de ursos 0 ilusionismo e as exibiltoescom cavalos Hit relatos de que ales usavam tandas e nas festas sacras
havia bagunya bebedeira e exibicOes artisticas incluindo teatro de
bonecos A autera conta Que ales viajavam de cidade em cidade eadaptavamseus espetaculos ao gosto da populayao local Numeros que nao
faziam sucesso na cidade eram tirados do programa Ainda segundo Torres
(1998) 0 circo modemo s6 chegou ao Brasil a partir de 1830 Incentivadas
pelos ciclos econiimicos do cafe borracha e cana-de-arucar grandes
companhias europeias vinham apresentar-se nas cidades brasileiras Foram
essas companhias que ajudaram a formar as primeiras familias de circa que
passaram a ser as responsaveis pelo desenvolvimento do circo modemo no
Brasil Eram real mente familias com layos consangOineos que sustentavam
esta atividade Pai avo filho sobrinhos e netos eram responsaveis por tudo
desde a infra-estruturae montagemdo circo ate 0 espetaculo Castro (1997)
diz que 0 circo brasileiro ~ropicalizou algumas atracOes 0 palharo
brasileiro falava muito ao contrario do europeu que era mais mimico Era
mais conquistador e malandro seresteiro tocador de vialao com urn humor
picante 0 publico tambem apresentava caracteristicas diferentes Segundo
Eduardo Oliveira da Silva que foi aluno da segunda turma da escola
nacional de circo (TORRES 1998 p 25) Os europeus iam ao circo apreciar
a arte no Brasil os numeros perigosos eram as atrayc3es trapezia animais
selvagens e ferozes
Ate a pouco tempo esta era a situayao dos circos no Brasil Mas
diversos fatores levaram a uma mudanya na sua organizacao e
administracao Com 0 surgimento dos grandes centr~s urbanos e 0
desenvolvimento tecnol6gico apareceram tambem novas formas de
entretenimento como a televisao cinema teatro e parques de divers~o
Com isso 0 circo foi perdendo espayo e publico Na verdade 0 circo
adaptou-se aos novos tempos da mass media Tornou-se performaticD Massem esquecer a maioria das atrayOes de antigamente (TORRES 1998
pAS)
A primeira mudanya foi na rela~o familiar Agora os pais preferem
que seus filhos S8 dediquem aos estudos ao inves de sa dedicarem apenasa arte circense Os masmas passaram a perceber que com estudo seusfilhos continuariam trabalhando no circa mas agora como proprietarios deuma empresa e nao apenas como artistas Para Torres (1998) esta atitude
acabou trazendo dUBS consequencias a primeira diz respaito a visao queestes novos empresarios tern do circo Menos sentimentais para eles 0
circo e um negocio que tem que dar lucro A segunda e que para suprir a
demanda de artistas ja que as famllias circenses agora cuidavam daadministrayao surgiram as escolas de circa que formam novos artistas Elesnlio fazem parte da familia A rela~o e apenas de patrno e empregado
Igual a um funcionario que trabalha em troea de salario Hoje estas
mudanyas sa refletem em varios circos brasileiros como Beto Carrero CircaGarcia Orlando Orfei Circo Vostok e outros As velhas familias que faziam
de tudo ainda continuam nos circos mas agora na administracao deverdadeiras empresas
As mudancasocorridas na administrayao do circo moderno ajudaram acriar tambem uma nova categoria de circa Conhecidas como novo circoestas campanhias nao t~m picadeiro nem lana nem arquibancadas e seapresentam na maieria das vezes em teatros eu casas de espetaculo NasapresentayOes ha inovayOes na linguagem com a incorporayao de
elementos de danya teatro e musica Um exemplo desse tipo de circo e 0
Cirque du Soleil do Canada No Brasil ha varios grupos desse gimero
como 0 Intrepida Trupe Fratellis Teatro de An6nimos e Nau de iearos Em
Curitiba existe desde 1996 0 grupo Os Acronautas
23 MOTIVO E MOTIVACAO
Ap6s breve resgate hist6rico da arte circense segue-s8 com 0
questionamento central que e foco deste trabalho au seja como e atraves
de que sa realiza urna atividade urna aeao e urn movimento equal 0
objetivo da aCao Anterior a este questionamento cabe procurar na literatura
elementos que fundamentem a motivacao_
o terma motivayao tern suas raizes no verba latina movere quesignifiea mover A motivayao impliea movimento ativayao par isse para
descrever urn estado altarnente motivado sao utilizados termos comoexcitacao energia intensidade e ativayao Segundo a Psicologia motivos
denominam diferencas entre peculiaridades individuais duradouras que se
formaram no decorrer do tempo de desenvolvimento numa determinada
srtuacaobasica Motivacaoe dependente da srtua980e uma ocorrencia de
curto prazo Com ela se denominam todos os fatores e processos atuais que
conduzem a alYBO sob determinadas condiyaes situativas de estimulo
mantendo-as em funcionamento ate 0 tarmino Na motiva9Bo os fatores de
situacao e os fatores de motivos entram em efeito reciproco Fatores de
motivos representam assim apenas uma parte da ocorr~nciada motivaltao
Conforme Balaguer (1994) com a incorporacaodo paradigma
cognitiv~ a Psicologia 0 estudo da motivacao sofreu profundas
transformacies A partir dos anos 60 0 que vern interessando aos
psic6logos a averiguar em que medida as cognilYres as interpretalYoes dos
sujeitos influenciam em suas condutas 8 em suas motivay6es C09ni98o S8
refere ao conjunto de atividades atraves das quais a informacao eprocessada pelo sistema psiquico como a recebe seleciona transforma e
organiza como constr6i as representacoes da realidade 8 cria 0
conhecimento Muitos fenomenos estao implicados neste processamento
percepcaomem6ria elaboracaodo pensamentoe a linguagem sao alguns
deles
Para um melhor entendimento recorra-se a Nuttin (1983) no sentido
explicativo de motivacao Segundo este autor 0 termo geral motivaltao eempregado para designar 0 aspecto dinilmico e direcional do
comportamento E a motivayao que em ultima analise e responsavel pelofato de que 0 comportamento se dirige preferencialmente para umadeterminada categoria de objetivos ao inves de dirigir-se para outra ainda
que a aprendizagem desempenhe um papel secundario na aberiura do
caminho que leva para este ou aquele objetivo concreto Quanto aosmotivos 0 autor considera como sendo as concretiz8yoes das necessidadeseles constrtuem 0 componente dinamico e direcional do ato concreto
Ainda segundo Nuttin (1983) muitos autores referem-se a noyao de
motivay8o para explicar porque 0 organismo passa do estado de repousopara 0 estado de atividade A motivacliodeve mobilizar a energia ele e um
fator de energizayao Eo 0 ponto de vista fisico que explica 0 movimento por
uma forcaA biologia acaba de colocar em duvida a validade deste ponto
de vista fisico pois contrariamente ao que se pensava ate a metade doseculo passado as celulas nervosas nao tern necessidade para seremativas de uma excitayao proveniente do exterior elas nilo sao
fisiologicamente inertes a atividade e nao repouso e seu estado naturalelas n~o sao somente reativas mais ativas de maneira continua (HEBS1949 apud NUTTIN 1983 p 27)
Numa visao ampla 0 termo motiv8y80 denota fatores e processos quelevam as pessoas a ayao ou a inercia em situacOesdiversas (CRATTY
1983) De modo mais especifico 0 estudo dos motivos implica no exame das
razoes pelas quais se escolhe fazer algo ou executar algumas tarefas commaior empenho do que outras ou persistir numa atividade por longo periodode tempo
Tambem Singer (1977) descreve a motivacao como sendo a
insistencia em caminhar em direy80 a um objetivo Existem ocasioes onde ameta principal pode ser 0 alcance de uma recompensa tal como ter a nome
impresso ganhar um trofeu ou urn elogio Ern outras ocasi6es pode tamar aforma de urn impulso para 0 sucesso para provar ou conseguir alga para aauto-realizacaoExiste urn nivel ideal de motivay~o que deve estar presente
em qualquer atividade e este depende da natureza da atividade tanto quanto
da personalidadedo individuo
10
Para Frost (1971) a conduta e causada e direcionada por combina~6es
de motivQs e emoyoes alguns internos e Qutros extemos alguns geneticos e
Qutros ambientais alguns conscientes e Qutros inconscientes alguns
individuais e Qutros socia is etc
Os motivos podem ser classificados de acordo com sua fonte Por
exemplo alguns motivos sao oriundos de fontes externas e da tarefa
incluindo as diversas recompensas manifestas au latentes como 0 elogio e
as demonstracc5es de sucesso as presentes e 0 dinheiro Qutras fontes de
motiva~ao podem ser resu~ado da estrutura psicol6gica do individuo e de
suas necessidades pessoais de sucesso sociabilidade reconhecimento
etc bern como aquelas que parecem derivar de caracteristicas da propria
tarefa tais como a novidade e a complexidade da experiencia mental ou
motoracom a qual 0 individuo se defronta (CRATTY 1983)
231 Teorias Psicol6gicas
De acordo com as diversas teorias psicologicas a Motivacao pode sar
entendidadas seguintes formas (SOUZA 2005)
Teona baseada no conceito de insintos No inicio do seculo XX os
psicologos atribuiam 0 comportamento aos instintos - pad rOes de
comportamentos especificos e inatos qua caracferizavam toda uma especie
Em 1890 William James compilou uma lista de instintos humanos ca~
competiyAo mado curiosidade timidez amor vergonha e ressentimento
Mas por volta dos anos 20 a teoria dos instintos deixou de ser usada para
explicar 0 comportamento humano por tres motivos Os comportamentos
humanos mais importantes sao aprendidos Raramente 0 comportamento
humano e rigido inflexivel imutavel e encontrado em toda especia como e 0
caso do instinto Atribuir todo passive I comportamento humane a urn instinto
correspondente nao explica nada Assim por volta de 1900 os psic610gos
buscaram explicagOes mais plausiveis para a campartamento humano
Teoria dos impulsos Uma visao alternativa da motiva~o afirma que as
necessidadescorporais criam um estado de tensao ou estimula~o chamado
impulso De acordo com a teoria da redurjo de impulsos 0 comportamento
II
motivado e urna tentativa de reduzir esse desagradavel estado de ten sao do
corpo e fazer com ale retorne ao estado de homeostase au equilibria
Segundo essa teoria geralmente as impulsos podem ser divididos em duas
categorias Impulsos Primarios as quais sao inatos e encontrados em todos
as animais - inclusive no homem - motivam para a sobrevivencia da especie
- fome seda saxe e Impulsos Secundarios adquiridos par meio daaprendizagem - dinheiro sucesso etc
Tearla da ativaqao Segundo a teoria da reduyao de impulsos urna vez
satisfeitos ista e naD mais ativos 0 homem naD buscaria mais nada a nao
ser descansar pais naD haveria mais nenhuma motivayao Par issD alguns
psic6logos sugeriram a teoria da ativacao - a ativayao se refere a um estado
de alerta 0 nivel de ativay80 que oeorre em urn determinado momento se
apresenta ao longo de um continuum Numa panta esta 0 estada de alerta
maximo na outra 0 sono assim a motivacrao pode ser ativada por um desejo
de reduzir 0 estado de ativacao e em outros de intansifica-Io De acordo com
asta teoria cad a individuo teria urn nivel 6timo de ativacao que varia de uma
situayao para Dutra e ao Iongo do dia e 0 comportamento sena motivado
pelo desejo de manter urn nivel 6timo de ativayao
MotivaclJo intrinseca e extrfnseca A primeira diz respeita as recampensas
que se originam da atividade em si - 0 proprio comportamento eintrinsecamente recompensador Par conseguinte a motivaltao extrinseca se
refere as recompensas que n~o sao obtidas da atividade mas em
conseqOencia da atividade
12
3 METODOLOGIA
31 TIPO DE PESQUISA
Esta pesquisa caracteriza-se como descritiva atraves de urna
entrevista semi-estruturada Sarie de perguntas abertas em urna ordem
prevista mas na qual 0 entrevistador pode acrescentar perguntas deesclarecimentomiddot (LAVILLE amp DIONNE 1999 p188)
32 POPULAltAOE AMOSTRA
321 Popula~ao
As pessoas entrevistadas foram artistas circenses do saxe masculino
que trabalham em Circo na grande regiao de Curitiba com mais de 3 anos
de experieuromcia
322 Amostra
Assim a amostra - e a partir do criteria experiencia - foi definida par 8
artistas da Cidade sendo todos voluntarios
33INSTRUMENTO
Para obten~ao dos dados foi utilizada entrevista semi-estruturada a
qual foi aplicada aos artistas A entrevista pode sar visualizada seguida das
respostas dos entrevistados no Apendice 1
34 COLETA DE DADOS
A coleta de dados procedeu-se por meio de uma visita a ASPARTE
(Associa~ao dos Artistas do Parana) onde puderam ser realizadas com 5
13
artistas associ ados As Qutras entrevistas ocorreram no Fringe mostra
paralela ao Festival de Teatro de Curitiba Vale destacar que foram todas
entrevistas individuais previamente marcadas
35 ANALISE DOS DADOS
A analise dos dados se deu par meio de MEDIA aritmetica com
aplic8yao de porcentagem e analise interpretativa
36 LlMITACOES
Algumas dificuldades foram encontradas no decorrer deste trabalho
Uma delas se deve ao fato de alguns artistas estarem em espetaculos
rtinerantes impossibilitando 0 agendamento das entrevistas Outra
dificuldade foi encontrar artistas pertencentes a corrente tradicional do Circa
uma vez que quase todos se diziam fazer parte do chamado Circo Novo 0
numero de artistas n~o permitiu separa-Ios par tempo de atividade
14
4 APRESENTAGAO E DISCUSSAO DOS RESULTADOS
Apos a exposi~ao dos dados recolhidos pode-se analisar que existem
varios fatores que diferem urn artista de outro e conseqOentemente suas
motivafoes Para methor visualizacao os resultados foram dispostos em
gnficos
Quadro 1 Fonna~aoeTempode Experiencia(emnumeros absolutos epercentuais)
Formayao Ensino Ensino Estudo Graduayiio TotalFundamental Medio Universitario
1= 125 3= 3775 2=25 2=25
Tempo 0 34 anos 56 anos 78 anos -Ndeg 0 2=25 4=50 2=25 100sujeitos
Da mostra de 8 artistas 1 completou (125) Ensino Fundamental
Com relayao ao Ensino Medio 3 deles concluiram (3775) Estudo
Universijario 2 dos pesquisados (25) E Gradua~ao tambem 2 sujeitos
(25)0 estudo tambem apontou que os sujeitos apresentaram bom grau de
escolaridade 875 dos artistas tlgtm0 Ensino Medio
Quadro2 Espa~osde Perfonnance (emnumerosabsolutos)
CASA DE SHOW
1= 125
15
Com relacao aos locais onde e desenvolvida a arte circense 4 dos
artistas entrevistados sao de rua (50) 5 deles utilizam-sa do aspaco do
Taatro (625) Todos (100) sa aprasentam de alguma maneira debaixo
das lonas do circa 1 referiu-se a Casas de Show (125)
Quadro 3 Especialidade
PALHACO MALABARES ACROBATA TRAPEZISTA I2= 25 5=625 3= 375 1= 125 J
ARAMISTA PERNA PAU OUTRO
2=25 2= 25 3= 375
Quanta a especialidade pode-se observar que 2 trabalham com a arte
do palhaco (25) 5 sao malabaristas (625) 3 fazem acrobacias de solo
(375) 1 etrapezista (125) 2 andam na corda bamba (aramistas) (25)
2 utilizam a pema de pau (25)
Quadro 4 Familia Circense
SIM NAO1 = 125 7= 875
Apenas 1 entrevistado vem de familia circense (125)
Quadro 5 Motivo
Trabalho Instrumentalista 1= 125
a meio ambiente (familia) 3= 375
Relacao com a Capoeira 1= 125
Ginastica Olimpica 1= 125
Paixao pala Arte 1= 125
Tradicao 1= 125
16
A resperto dos motivos 1 artista tem seu motivo no trabalho
instrumentalista (125) 3 sofreram influ1ncia da familia (375) 1 dos
entrevistados veio da Capoeira (125) 1 e ex-ginasta olimpico (125) 1
teve seu motivo na paixao que a Arte Circense desperta (125) E 1 e pela
tradi980 (125) Isso mostra a variabilidade de configura90es nas quais
encontravam-se as artistas no momento do contata com 0 Circa
Quadro6Motiva9ao
Trabalha com Arte-Educa9fio 2= 25
Prazer 3= 375
SobrevivencialNecessidade 3=375
Sabre a motiv8C80 au seja aquila que as mante~minseridos na Arte
Circense 2 dos entrevistados sao arte-educadores e encontram nas Artes
Circenses meios pedag6gicos e de formacao humana 3 sao motivados pelo
prazer despertado nas atividades E 3 deles sao artistas par necessidade
Dois dos oito entrevistados (25) s6 vivem do circo e de
apresenta9iies artisticas Sendo apenas um deles pertencente a terceira
geracao de circo cnde aprendeu com seus familiares tudo 0 que sabe e
pretende prosseguir com a tradiCBo circense Outro entrevistado se formou
em Sao Paulo e ganha sua vida no picadeiro Um deles (125) e ex-ginasta
que sa apaixonou pela linguagem circense
Tr1s dos artistas entrevistados (36) sao graduados todos em
Educac80 Fisica os quais S8 mant~m financeiramente dando aulas de circo
quando nao estao desenvolvendo trabalhos artisticos A metade dos
entrevistados (50) conla com 0 apoio familiar conseguindo assim buscar
aprimoramento profissional atraves de workshops e especializa~6es_
17
5 CONCLUSAO
A partir do Objetivo Geral isto e verificar quais os motivos e motiva(iio
que levou artistas do sexo masculine a ingressar e permanecer no meio
circense concluimiddotse que ha toda uma gama de motivos (configura90es) e
tambem motiv8yoes que se apresentaram apos a referida pesquisa Foi
tracado 0 perfil dos artistas bem como - atraves das entrevistas - verificou-
se avaliou-se e comparou-se as motivQs e motiv8CBO que as levaram a
ingressar e permanecer na atividade
A motivacao como componente e fun~o gera do comportamento naD
e urna variavel que se apresenta periodicamente e neste momento
desencadeia uma ayao isolada Ela e a orientayao dinamica continua que
regula 0 funcionamento igualmente continuo do individuo em interayBo com
seu maio Esta regulacaoconcerne os aspectos direcionais e energeticos do
comportamento Por outro lado a todo 0 momenta a motivayao se apresenta
como urna configuratyao concreta de tais orientac5es dinamicas permanentes
(ativas ou latentes) a qual muda em funyao de diversos fatores internos e
extemas em funyao tambem da experiencia passada e da percepyao atual
Em alguns sujeitos por exemplo a configurayao motivacional e
excepcionalmente estavel enquanto que para outros a sua (mica
continuidade em sua maneira de agir consiste em obedecer aos impulsos do
momento e ao apelo das situayaes que se apresentam
Tudo isso leva a conclus1io de que e util distinguir de um lado a
funcao dinamica geral que ativa e dirige 0 comportamento de maneira
continua et de outro lado a constelayao motivacional concreta que eresponsavel pela regulayao do comportamento em um dado momento
Ap6s 0 contato com estes diversos artistas pode-se inferir que os
motivos sao diversos mas a principal motivacao vern da satisfayBo pessoal
pelo trabalho desenvolvido e 0 estre~o apego emocional pela arte Nesse
sentido para os entrevistados confirma-se a maxima uniAo do Uti ao
Agradave pais a grande maioria con segue se manter economicamente
como artistas ou seja sobreviver fazendo 0 que gosta
18
6 REFERENCIAS
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BERGAMINI C W Motiva~lio nas Organizaqoes 4ed sao Paulo Atlas1997
CASTRO A V 0 circo conta sua hist6ria Museu dos Teatros - FUNARJRio de Janeiro 1997
CONWAY A A history of juggling - 1994 (setembro) disponivel emhtlplwwwjugglindbcom Acessado em Janeiro de 2005
CRATTY B J PSicologia no esports 2ed Rio de Janeiro Prentice-Hall1983
DECI EL RYAN R M Intrinsic motivation and self determination inhuman behavior NewYork Plenum 1985
FONSECA M A Palhaqo da Burguesia Sao Paulo Polis 1979
FROST RB Psychological Concepts Applied to Physical Educationand Coaching USA Reading Massachusetts Menlo Park CaliforniaLondon Don Mills Ontario 1971
NUTTIN J Teoria da Motivaclo Humana sao Paulo Loyola 1983
SINGER NR Psicologia dos espor1les- mitos e verdades 2ed SaoPaulo Harbra 1977
SOUZA R L Motivaclio (sd) Disponivel emhttpwwwpsicologiabrasilescolacomlmotivacaophp Acessado em maio de2005
VERNOM M DMotivacaoHumana Petropolis Vozes 1971
19
APENDICE
Dados coletados nas entrevistas
Primeiro entrevistado (A)
1 QUAL A SUA FORMAltAO
R Segundo grau comgleto
2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCO
R Trabalho ha 5 anos com circo3 ONDE vocE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSES
R Na rua teatro e IQaresvilriados onde(QrcontratadQlmiddot
4 QUAL A SUA ESPECIALIDADE
R Palhaco
5 vocE VEM DE FAMiLIA CIRCENSE
R Nlio
6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO
R Foi atraves de um rabillho in~trumflnillista J~ fa~ia teiltro (aQdidatal ecome~ a me inte~sects2r ileQ ci~o Fiz tbfJfhos vQluntariQsect em hosgitais einsUtuifjes de saude e na rua aem qe anim2pound20 dfl fesectta
7 QUAL A MOTIVAltAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA
R A Qossibilidilde rletrabBlharcom ARTE-EDUCAQJlO e 0 auto iusentD
20
Segundo entrevistado (8)
1 QUAL A SUA FORMAltAO
R Fa(LQ1dminis(ra(Lsectona FAE
2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCO
R Trabalho hll 5 anos
3 ONDE VOC~ APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSES
R Nas f1taRAVE ~asa de shows eventos e cirrQ
4 QUAL A SUA ESPECIALIDADE
R Malabares acrobacia-soo e cigar-boxes -5 VOC~ VEM DE FAMILIA CIRCENSE
R Ntio mas de familia de artistas MinhB mtie e ltJtriz dimtora ~ figurinisecttJ
6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO
R Facilidade Estava no meiQartisti~
7 QUAL A MOTIVAltAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA
R Por ser um lema 2tl~1-M~ faz lraticar s~mQre esecttar em forma Nao eeQ dinh~i[Q ~ Q~o grazer de inQv~r Q~J~ ~hflJlar nfmbom nivel deallerfei~2m~nto lara eXI2Jssarminhas iQeigsect
21
Terceiro entrevistado (e)
1 QUAL A SUA FORMAltAO
R Segundo grau comgllo
2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCO
R 4 anos
3 ONDE VOCE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSES
R Circo eventos esgetaculos na TV e em hQteis
4 QUAL A SUA ESPECIALIDADE
R Malabares tragezio de vOos acrobacia de solo arame Qema-de-1J8U ecaroa elastica
5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSE
R Nao
6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO
R Comecei a fazer circo gara agerfeiroaros movimentos da Cal2Qeira
7 QUAL A MOTIVAltAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA
R 0 2razer de B1reSentar e treinar aem da diversao Da Qra viver
22
Quarto entrevistado (0)
1 QUAL A SUA FORMAltAOR Primeiro grau incom(leto
2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCOR Comecei aos 12 anos
3 ONDE VOCE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSESR Circo eventos e quando me alltrto na rua
4 QUAL A SUA ESPECIALIDADE
R Arame e Malabares5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSER Sim sou da ~ qeraQllo na minha familia
6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO
R Como eramosect urna f2milia circense eu nao tiv~ ol2~ao Tinhamos queaiudar a familia entao cada irmao se eSllecializou em urna atividade
7 QUAL A MOTIVAltAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA
R iinceramente nao se fazer Dutra coisS ent~o e gela sobrevivenciamesmo Tendo dinheiro ura comer e dormir eu esecttou feliz
23
Quinto entrevistado (E)
1 QUAL A SUA FORMACAOR Sou fonngdo em EduciitiQFiliicg lela PUr2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCOR 6 anos
3 ONDE VOC~ APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSESR Tenho uma emlresa chamada ARCO lrodurjesartisticas Me aQresentolrincillalmente em teatros circa e eventos
4 QUAL A SUA ESPECIALIDADER Acrobacia de solo tecido e Qanramodema
5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSER Nilo
6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCOR Grande Qarte da minha vida fui atleta Qe Ginastica Olimjca AQ6s umtrabalho Qaralelo chamado Os Acronautali comegei a me intereliSgr Qelocirco e onde tenho trabalhado desde enllJo
7 QUAL A MOTIVACAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA
R No inicio era ir Qara 0 Circo de Soleil Ate cheguei a Qassar em umaI2revia mas nlio 128ssei Hole a llrinci1al motiva~lio e a necessidade DofI2referencia 128ra al2resenta~(jes mas quando fica dificil tenho gue dar aula
24
Sexto entrevistado (Fl
1 QUAL A SUA FORMACAO
R Segundo grau comgeto
2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCO
R Trabalho hB sete anos comcirca
3 ONDE VOCE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSES
R Arte de rua epIO middotetos culturais
4 QUAL A SUA ESPECIALIDADER Malabares diabolo Contact ball bastao e devil stick
5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSE
R Nao
6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO
R Paixao (lela arle nao consegui me enquadrar no mercado formal (confeccionavamateriais de maabares e assim comeee a freinarl
7 QUAL A MOTIVACAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA
R E a minha I2rincieal (onte de renda Me considero urn artista modificador daconscitmcia social Deseio if a Belgica Qara buscar gualific8r80 e arogliar minhaatu8pound80 no Brasil
25
Selimo enlrevislado (G)
1 QUAL A SUA FORMACAOR Sou Qraduadoem Educa~o Fisica na PUC e teatro na FAP
2 HA QUANTa TEMPO TRABALHA COM CIRCaR Tnlsanos
3 ONDE VOCE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSESR Festas eventos teatros e escoas
4 QUAL A SUA ESPECIALIDADER Pahaco e rnaabares
5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSER NtJo
6 QUAL 0 MOTIVO QUE a LEVOU A ATUAR NO CIRCaR Atraves da Educa~secto Ffsica me interesse Ue10 desenvovimento motor e12esgusando enconirei 0 maabarismo e 128ra com(llementar meu tmbaho estudei 0
pahaco
7 QUAL A MOTIVACAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREAR A erincieal e a satisfaQlio lessoal (aQausos e risosectl (lretendo continuar vivendocomo arti~ta Aluamente me mfJntenho dando aulas de circo
26
Oitavo entrevistado (H)
1 QUAL A SUA FORMACAOR Sou ator e artista circense No momento esiolJ cursando Lefras na UFPR
2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCOR 6 anos
3 ONDE VOCr APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSESR Em eSJJetacuos teatrais eventos e na rua
4 QUAL A SUA ESPECIALIDADER Perna de D8U e swino
SVOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSER N~o
6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCOR Primeiramenfe trabalhava como aTiz de f8atro e sentia a necessidade de amgJiarmeu cam12D de afua~~o grofissiona e 0 circa s~mllre foi motivo earn mim deencantamento e admira~ao
7 QUAL A MOTIVACAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA
R Pela necessidade de cada vez mfis I2rofissionalizar a cena circense no estado eencontrar urna linguagem lrOQria ao integrar Q teatro com sect arte circens8
1INTRODUCAo
11 JUSTIFICATIVA
Pesquisar e 0 ata de questionar observar ser curioso buscar
respostas para nassas inquietscoes E a tareta da pesquisar precede a umestado sensorial ista e faz-sa necessaria a condiC2o de leva a procurarasrespostas dos questionamentos Tal condicaoe conhecida como motivacao
() aspeeto dinamico da entrada em relacaode urn sujeito com 0 mundo
Concretamente a motiv8y80 diz raspeito a direC2o ativa do comportamentopara detenninadas categorias preferenciais de situ8coes ou de objetos
(NUTTIN1983 p 11)
Bergamini (1997) propOeque a motivacaoseja uma cadeia de eventos
base ada no desejo de reduzir urn estado interno de desequilibrio tendo comofundamento 0 pensamento e a crenca de que certas acOes deveriam servir aesse prop6sito e levando as sujeitos a agirem de maneira que saraoconduzidos ate 0 objetivo desejado E importante que seja considerada a
exist~ncia de diferencas individuais e cutturais entre as sujeitos quando serefere a motivacaoEste difereneial nao s6 pode afetar signifieativamente ainterpretacaode urn desajo mas tarnbem 0 entendimento da maneira
particular como as pessoas agem e atuam na busca dos seus objetivos Aspessoas ja trazem dentm de si expectativas passoais que ativamdeterminado tipo de busca de objetivos A motivacaoportanto pode ser
considerada primordialmente um proeesso intrinseeo
A maneira mais fundamental e util de pensar a respeito desse ass unto
envolve a aceitacaodo eonceito de motivac8ointrinseca que sa refere ao
processo de desenvolver uma atividade pelo prazer que ela mesmaproporciona isto e desenvolver urna atividade pela recompensa inerente aessa mesma atividade (DECI amp RYAN 1985 p21)
Essa forma de considerar 0 cornportamento rnotivacional impliea 0
reconhecimento de que ele representa a fonte mais importante de autonomia
pessoal a medida que as pessoas podem de certa forma escolher que tipo
de BvaD empreender com base nas SUBS proprias fontas intern as de
necessidades e naD simplesmente responder aos control as impostos pelo
meio extemo
Neste sentido emerge a necessidade ou melhor a motivac~opara a
realiz8g8o desse estudo que e de ouvir e relatar atraves de questionario
semi-estruturado particularmente 0 caso de artistas circenses e descobrir 0
que as impulsiona alem dos trampolins
12 PROBLEMA
Qual e 0 motivQ que levou 0 artista circense a ingressar no circa e a
rnotivayao que 0 impulsiona a sa manter no meio
13 OBJETIVOS
131 Objetivo Geral
Vermcar quais 05 motivos e motivay80 que levou artistas do sexo
masculino a ingressar e permanecer no meio circense
132 Objetivos Especificos
bull Trayar 0 perfil dos artistas circenses do sexo masculino
bull Aplicar urna entrevista aos artistas circenses do sexo masculino para
verificar avaliar e comparar os motivos e motivayao que os levaram a
ingressar e permanecer na atividade
bull Comparar se os motivos e motivayao sao as mesmos entre as artistas
com mais au menos 3 anos de experiAncia
2 REVISAO DE LlTERATURA
21 QUANDO E ONDE COMEltAA HIST6RIA DO CIRCO
o circo e urna atividade corporal secular com dificil precisao de origem
dos espetaculos mas traz no seu hist6rico a hip6tese de que 0 remoto
ancestral do artista de circo deve ter sido aquele troglodita que num dia de
caya surpreendentemente farta entrou na cavern a dando pulos de alegria e
despertando com suas caratas 0 riso de seus companheiros de
dificuldades (RUIZ apud TORRES 1998 p13)
Segundo Castro (1997) pode-se dizer que as artes circenses surgiram
na China cnde foram descobertas pinturas de quase 5000 anos em que
aparecem acrabatas contorcionistas e equilibristas A acrobacia era urna
forma de treinamento para as guerreiros de quem sa exigia agilidadeflexibilidade e forya Com 0 tempo a essas qualidades sa somou a graya a
beleza e a harmonia Torres (1998) conta que em 108 aC houve uma
grande testa em homenagem a visitantes estrangeiros que foram brindados
com apresentalt6es acrobaticas surpreendentes A partir dai 0 imperador
decidiu que todos as an os seriam realizados espetaculos do genero durante
o Festival da Primeira Lua Ate hoje os alde6es praticam malabarismo com
espigas de milho e brincam de saltar e equHibrar imensos vasos nos pes
Ha registros segundo Torres (1998) em seu livro 0 circo no Brasil de
que as raizes da arte circense estao nos hip6dromos da Grecia antiga e no
grande Imperio Egipcio De acordo com Lewbel (1995) e Zeithen (citado por
CONWAY 1994) no Egito os primeiros sinais da arte circense estao
gravados nas piramides com desenhos de domadores equilibristas
malabaristas e contorcionistas Os espetaculos desse periodo eram como
as procissoes que tinham 0 objetivo de saudar os generais vitoriosos
Nesses cortejos havia adorna 0 desfile de animais ex6ticos e sold ados
conduzindo os novos escravos alem de apresentay6es em argolas e barras
que lembravam numeras da modama ginastica olimpica No inicio a arte
circense tinha uma forte rela~o com esse esporte com numeros baseados
em saltos e acrobacias Os satiros faziam 0 povo rir dando continuidade alinhagem dos palhayos
Mas foi na Europa que 0 circa ganhou fona e se desenvolveu Para
Castro (1997) os espetaculos tomaram impulso ainda no Imperio Romano
quando seus anfrteatros recebiam apresentayoes de habilidades (mais tarde
classificadas como circenses) A importancia e a grandiosidade desse
espetaculo pode ser atestada pelo Circo Maximo de Roma 0 qual apareceu
pouco depois mas foi destruido em um incendio Em 40 aC no mesmalocal foi construido 0 Coliseu onde cabiam 87 mil espectadores Segundo a
autora la eram apresentadas excentricidades como homens louros nordicosanimais ex6ticos engolidores de fogo e gladiadores entre outros Porem
entre 54 e 68 dC as arenas passaram a ser ocupadas por espetaculos
sangrentos com a perseguiltao aos cristaos que eram atirados as ferasdiminuindo 0 interesse pelas artes circenses Com a decademcia do ImperioRomano os artistas circenses ganham espalto nas pracaspublieas nos
adros das igrejas e sobretudo nas feiras () ela (a feira) foi 0 lugar onde a
arte circense permaneceu de Roma a Philip Astley (CASTRO 1997 p17)
Esses circas agrupados em pequenas companhias rodavam vilas cidadese eastelos em busea de publico e de sustento Nessa apoea os circos naotinham a mesma organizaltao dos nossos dias com cabertura de lanaarquibancadas e picadeiro mas ja apresentavam numeros que permanecemate hoje como engolidores de fogo truques magicos e malabarismos Ja 0
circa como nos 0 conhecemos - urn picadairo lonas mastros trapezios
desfiles de animais - e a forma modem a de antiQuissimos entretenimentosde diversos povos e culturas (CASTRO 1997 p16)
Para melhor compreensao deve-se fazer separacaoentre 0 circa e a
arte circense De acordo com Castro (1997) a arte circense e 0 resultado de
performances artisticas desenvolvidas em diversos paises ao longo dotempo Essas performances incluem habilidades fisicas equilibrio na corda
bamba saltos mortais contorcionismo elementos de teatro e danlta e
habilidades em gera andar em monocicla do mar animais etc Ja 0 circa alocal fiSiCO onde sao feitas as apresentacOesde arte circense sofreu varias
modificayoes Segundo Fonseca (1979) 0 seu conjunto com formato
arredondado picadeiro cobertura de lona e cercado de arquibancadas s6
foi criado em 1770 dando origem ao circo modemo que e 0 que
conhecemos hoje em dia
Conforme aponta Torres (1998) 0 primeiro circa europeu modemo 0
Astleys Amphrtheatre foi inaugurado em Londres por volta de 1770 por
Philip Astley urn oficial ingles da Cavalaria Britanica_0 circo de Astley tinha
urn picadeiro circular com uma especie de arquibancada perto_Ele percebeu
que seria bern mais tacil C--) manter-se de pe sobre urn cavalo a galope
dentro de urn circulo perfeito_ Questao de lei fisica a forya centrifuga
(TORRES 1998 p_16)_Astley organizou urn espetaculo eqOestrecom rigor
e estrutura militares mas percebeu que para segurar 0 publico teria quereunir outras atracaes e juntou saltimbancos equilibristas saltadores e
palhaco_0 palhacodo batalhao era urn soldado campanio que acaba sendo
o clown e que em ingles origina de caipira_ 0 palhaconilo sabia montar
entrava no picadeiro montado ao contrario caia do cavalo subia de urn ladocaia do outro passava por baixo do cavalo Como fazia muito sucessocomecarama se desenvolver novas situacaes_Ao longo dos anos Astley
acrescentou saltos acrobaticos dancacom lacose malabarismo
De acordo com Torres (1998 p_ 18) este primeiro circo funcionava
como urn quarter os uniformes 0 rufar dos tambores as vozes de comandopara a execucao dos numeros de risco_ 0 pr6prio Astley dirigia e
apresentava 0 espetaculo criando assim a figura do mestre de cerimoniasAstley comecoua difundir 0 circo modemo e abriu uma filial em Paris ap6sconvite para apresentar-se para 0 rei da Franya S6 mais tarde algunspaises da Europa como Suecia Espanha Alemanha e Russia comecarama
desenvolver sua arte circense Em apenas cinqOenta anos 0 circo modemoja tinha se espalhado por todo 0 mundo_
Segundo Castro (1997) 0 termo circus foi utilizado pela primeira vez
em 1782 quando 0 rival de Astley Chartas Hughes abriu as portas do Royal
Circus Em principios do seculo XIX havia circos permanentes em algumasdas grandes cidades europeias_ Existiam al8m disso circos ambulantes
que se deslocavam de cidade em cidade em carretas cobertas_
22 0 CIRCONO BRASIL
Para Torres (1998) documentos apontam que no seculo XVIII antes
mesma da crialtao do circa madema ja havia grupos circenses no Brasil
Normalmente assas companhias eram formadas par ciganos expulsos da
Peninsula Iberica Tendo em vista que () sempre houve ligarao dos
ciganos com 0 circ~ (CASTRO apud TORRES 1998 p 20) Entre suas
especiaJidades incluiam-se a doma de ursos 0 ilusionismo e as exibiltoescom cavalos Hit relatos de que ales usavam tandas e nas festas sacras
havia bagunya bebedeira e exibicOes artisticas incluindo teatro de
bonecos A autera conta Que ales viajavam de cidade em cidade eadaptavamseus espetaculos ao gosto da populayao local Numeros que nao
faziam sucesso na cidade eram tirados do programa Ainda segundo Torres
(1998) 0 circo modemo s6 chegou ao Brasil a partir de 1830 Incentivadas
pelos ciclos econiimicos do cafe borracha e cana-de-arucar grandes
companhias europeias vinham apresentar-se nas cidades brasileiras Foram
essas companhias que ajudaram a formar as primeiras familias de circa que
passaram a ser as responsaveis pelo desenvolvimento do circo modemo no
Brasil Eram real mente familias com layos consangOineos que sustentavam
esta atividade Pai avo filho sobrinhos e netos eram responsaveis por tudo
desde a infra-estruturae montagemdo circo ate 0 espetaculo Castro (1997)
diz que 0 circo brasileiro ~ropicalizou algumas atracOes 0 palharo
brasileiro falava muito ao contrario do europeu que era mais mimico Era
mais conquistador e malandro seresteiro tocador de vialao com urn humor
picante 0 publico tambem apresentava caracteristicas diferentes Segundo
Eduardo Oliveira da Silva que foi aluno da segunda turma da escola
nacional de circo (TORRES 1998 p 25) Os europeus iam ao circo apreciar
a arte no Brasil os numeros perigosos eram as atrayc3es trapezia animais
selvagens e ferozes
Ate a pouco tempo esta era a situayao dos circos no Brasil Mas
diversos fatores levaram a uma mudanya na sua organizacao e
administracao Com 0 surgimento dos grandes centr~s urbanos e 0
desenvolvimento tecnol6gico apareceram tambem novas formas de
entretenimento como a televisao cinema teatro e parques de divers~o
Com isso 0 circo foi perdendo espayo e publico Na verdade 0 circo
adaptou-se aos novos tempos da mass media Tornou-se performaticD Massem esquecer a maioria das atrayOes de antigamente (TORRES 1998
pAS)
A primeira mudanya foi na rela~o familiar Agora os pais preferem
que seus filhos S8 dediquem aos estudos ao inves de sa dedicarem apenasa arte circense Os masmas passaram a perceber que com estudo seusfilhos continuariam trabalhando no circa mas agora como proprietarios deuma empresa e nao apenas como artistas Para Torres (1998) esta atitude
acabou trazendo dUBS consequencias a primeira diz respaito a visao queestes novos empresarios tern do circo Menos sentimentais para eles 0
circo e um negocio que tem que dar lucro A segunda e que para suprir a
demanda de artistas ja que as famllias circenses agora cuidavam daadministrayao surgiram as escolas de circa que formam novos artistas Elesnlio fazem parte da familia A rela~o e apenas de patrno e empregado
Igual a um funcionario que trabalha em troea de salario Hoje estas
mudanyas sa refletem em varios circos brasileiros como Beto Carrero CircaGarcia Orlando Orfei Circo Vostok e outros As velhas familias que faziam
de tudo ainda continuam nos circos mas agora na administracao deverdadeiras empresas
As mudancasocorridas na administrayao do circo moderno ajudaram acriar tambem uma nova categoria de circa Conhecidas como novo circoestas campanhias nao t~m picadeiro nem lana nem arquibancadas e seapresentam na maieria das vezes em teatros eu casas de espetaculo NasapresentayOes ha inovayOes na linguagem com a incorporayao de
elementos de danya teatro e musica Um exemplo desse tipo de circo e 0
Cirque du Soleil do Canada No Brasil ha varios grupos desse gimero
como 0 Intrepida Trupe Fratellis Teatro de An6nimos e Nau de iearos Em
Curitiba existe desde 1996 0 grupo Os Acronautas
23 MOTIVO E MOTIVACAO
Ap6s breve resgate hist6rico da arte circense segue-s8 com 0
questionamento central que e foco deste trabalho au seja como e atraves
de que sa realiza urna atividade urna aeao e urn movimento equal 0
objetivo da aCao Anterior a este questionamento cabe procurar na literatura
elementos que fundamentem a motivacao_
o terma motivayao tern suas raizes no verba latina movere quesignifiea mover A motivayao impliea movimento ativayao par isse para
descrever urn estado altarnente motivado sao utilizados termos comoexcitacao energia intensidade e ativayao Segundo a Psicologia motivos
denominam diferencas entre peculiaridades individuais duradouras que se
formaram no decorrer do tempo de desenvolvimento numa determinada
srtuacaobasica Motivacaoe dependente da srtua980e uma ocorrencia de
curto prazo Com ela se denominam todos os fatores e processos atuais que
conduzem a alYBO sob determinadas condiyaes situativas de estimulo
mantendo-as em funcionamento ate 0 tarmino Na motiva9Bo os fatores de
situacao e os fatores de motivos entram em efeito reciproco Fatores de
motivos representam assim apenas uma parte da ocorr~nciada motivaltao
Conforme Balaguer (1994) com a incorporacaodo paradigma
cognitiv~ a Psicologia 0 estudo da motivacao sofreu profundas
transformacies A partir dos anos 60 0 que vern interessando aos
psic6logos a averiguar em que medida as cognilYres as interpretalYoes dos
sujeitos influenciam em suas condutas 8 em suas motivay6es C09ni98o S8
refere ao conjunto de atividades atraves das quais a informacao eprocessada pelo sistema psiquico como a recebe seleciona transforma e
organiza como constr6i as representacoes da realidade 8 cria 0
conhecimento Muitos fenomenos estao implicados neste processamento
percepcaomem6ria elaboracaodo pensamentoe a linguagem sao alguns
deles
Para um melhor entendimento recorra-se a Nuttin (1983) no sentido
explicativo de motivacao Segundo este autor 0 termo geral motivaltao eempregado para designar 0 aspecto dinilmico e direcional do
comportamento E a motivayao que em ultima analise e responsavel pelofato de que 0 comportamento se dirige preferencialmente para umadeterminada categoria de objetivos ao inves de dirigir-se para outra ainda
que a aprendizagem desempenhe um papel secundario na aberiura do
caminho que leva para este ou aquele objetivo concreto Quanto aosmotivos 0 autor considera como sendo as concretiz8yoes das necessidadeseles constrtuem 0 componente dinamico e direcional do ato concreto
Ainda segundo Nuttin (1983) muitos autores referem-se a noyao de
motivay8o para explicar porque 0 organismo passa do estado de repousopara 0 estado de atividade A motivacliodeve mobilizar a energia ele e um
fator de energizayao Eo 0 ponto de vista fisico que explica 0 movimento por
uma forcaA biologia acaba de colocar em duvida a validade deste ponto
de vista fisico pois contrariamente ao que se pensava ate a metade doseculo passado as celulas nervosas nao tern necessidade para seremativas de uma excitayao proveniente do exterior elas nilo sao
fisiologicamente inertes a atividade e nao repouso e seu estado naturalelas n~o sao somente reativas mais ativas de maneira continua (HEBS1949 apud NUTTIN 1983 p 27)
Numa visao ampla 0 termo motiv8y80 denota fatores e processos quelevam as pessoas a ayao ou a inercia em situacOesdiversas (CRATTY
1983) De modo mais especifico 0 estudo dos motivos implica no exame das
razoes pelas quais se escolhe fazer algo ou executar algumas tarefas commaior empenho do que outras ou persistir numa atividade por longo periodode tempo
Tambem Singer (1977) descreve a motivacao como sendo a
insistencia em caminhar em direy80 a um objetivo Existem ocasioes onde ameta principal pode ser 0 alcance de uma recompensa tal como ter a nome
impresso ganhar um trofeu ou urn elogio Ern outras ocasi6es pode tamar aforma de urn impulso para 0 sucesso para provar ou conseguir alga para aauto-realizacaoExiste urn nivel ideal de motivay~o que deve estar presente
em qualquer atividade e este depende da natureza da atividade tanto quanto
da personalidadedo individuo
10
Para Frost (1971) a conduta e causada e direcionada por combina~6es
de motivQs e emoyoes alguns internos e Qutros extemos alguns geneticos e
Qutros ambientais alguns conscientes e Qutros inconscientes alguns
individuais e Qutros socia is etc
Os motivos podem ser classificados de acordo com sua fonte Por
exemplo alguns motivos sao oriundos de fontes externas e da tarefa
incluindo as diversas recompensas manifestas au latentes como 0 elogio e
as demonstracc5es de sucesso as presentes e 0 dinheiro Qutras fontes de
motiva~ao podem ser resu~ado da estrutura psicol6gica do individuo e de
suas necessidades pessoais de sucesso sociabilidade reconhecimento
etc bern como aquelas que parecem derivar de caracteristicas da propria
tarefa tais como a novidade e a complexidade da experiencia mental ou
motoracom a qual 0 individuo se defronta (CRATTY 1983)
231 Teorias Psicol6gicas
De acordo com as diversas teorias psicologicas a Motivacao pode sar
entendidadas seguintes formas (SOUZA 2005)
Teona baseada no conceito de insintos No inicio do seculo XX os
psicologos atribuiam 0 comportamento aos instintos - pad rOes de
comportamentos especificos e inatos qua caracferizavam toda uma especie
Em 1890 William James compilou uma lista de instintos humanos ca~
competiyAo mado curiosidade timidez amor vergonha e ressentimento
Mas por volta dos anos 20 a teoria dos instintos deixou de ser usada para
explicar 0 comportamento humano por tres motivos Os comportamentos
humanos mais importantes sao aprendidos Raramente 0 comportamento
humano e rigido inflexivel imutavel e encontrado em toda especia como e 0
caso do instinto Atribuir todo passive I comportamento humane a urn instinto
correspondente nao explica nada Assim por volta de 1900 os psic610gos
buscaram explicagOes mais plausiveis para a campartamento humano
Teoria dos impulsos Uma visao alternativa da motiva~o afirma que as
necessidadescorporais criam um estado de tensao ou estimula~o chamado
impulso De acordo com a teoria da redurjo de impulsos 0 comportamento
II
motivado e urna tentativa de reduzir esse desagradavel estado de ten sao do
corpo e fazer com ale retorne ao estado de homeostase au equilibria
Segundo essa teoria geralmente as impulsos podem ser divididos em duas
categorias Impulsos Primarios as quais sao inatos e encontrados em todos
as animais - inclusive no homem - motivam para a sobrevivencia da especie
- fome seda saxe e Impulsos Secundarios adquiridos par meio daaprendizagem - dinheiro sucesso etc
Tearla da ativaqao Segundo a teoria da reduyao de impulsos urna vez
satisfeitos ista e naD mais ativos 0 homem naD buscaria mais nada a nao
ser descansar pais naD haveria mais nenhuma motivayao Par issD alguns
psic6logos sugeriram a teoria da ativacao - a ativayao se refere a um estado
de alerta 0 nivel de ativay80 que oeorre em urn determinado momento se
apresenta ao longo de um continuum Numa panta esta 0 estada de alerta
maximo na outra 0 sono assim a motivacrao pode ser ativada por um desejo
de reduzir 0 estado de ativacao e em outros de intansifica-Io De acordo com
asta teoria cad a individuo teria urn nivel 6timo de ativacao que varia de uma
situayao para Dutra e ao Iongo do dia e 0 comportamento sena motivado
pelo desejo de manter urn nivel 6timo de ativayao
MotivaclJo intrinseca e extrfnseca A primeira diz respeita as recampensas
que se originam da atividade em si - 0 proprio comportamento eintrinsecamente recompensador Par conseguinte a motivaltao extrinseca se
refere as recompensas que n~o sao obtidas da atividade mas em
conseqOencia da atividade
12
3 METODOLOGIA
31 TIPO DE PESQUISA
Esta pesquisa caracteriza-se como descritiva atraves de urna
entrevista semi-estruturada Sarie de perguntas abertas em urna ordem
prevista mas na qual 0 entrevistador pode acrescentar perguntas deesclarecimentomiddot (LAVILLE amp DIONNE 1999 p188)
32 POPULAltAOE AMOSTRA
321 Popula~ao
As pessoas entrevistadas foram artistas circenses do saxe masculino
que trabalham em Circo na grande regiao de Curitiba com mais de 3 anos
de experieuromcia
322 Amostra
Assim a amostra - e a partir do criteria experiencia - foi definida par 8
artistas da Cidade sendo todos voluntarios
33INSTRUMENTO
Para obten~ao dos dados foi utilizada entrevista semi-estruturada a
qual foi aplicada aos artistas A entrevista pode sar visualizada seguida das
respostas dos entrevistados no Apendice 1
34 COLETA DE DADOS
A coleta de dados procedeu-se por meio de uma visita a ASPARTE
(Associa~ao dos Artistas do Parana) onde puderam ser realizadas com 5
13
artistas associ ados As Qutras entrevistas ocorreram no Fringe mostra
paralela ao Festival de Teatro de Curitiba Vale destacar que foram todas
entrevistas individuais previamente marcadas
35 ANALISE DOS DADOS
A analise dos dados se deu par meio de MEDIA aritmetica com
aplic8yao de porcentagem e analise interpretativa
36 LlMITACOES
Algumas dificuldades foram encontradas no decorrer deste trabalho
Uma delas se deve ao fato de alguns artistas estarem em espetaculos
rtinerantes impossibilitando 0 agendamento das entrevistas Outra
dificuldade foi encontrar artistas pertencentes a corrente tradicional do Circa
uma vez que quase todos se diziam fazer parte do chamado Circo Novo 0
numero de artistas n~o permitiu separa-Ios par tempo de atividade
14
4 APRESENTAGAO E DISCUSSAO DOS RESULTADOS
Apos a exposi~ao dos dados recolhidos pode-se analisar que existem
varios fatores que diferem urn artista de outro e conseqOentemente suas
motivafoes Para methor visualizacao os resultados foram dispostos em
gnficos
Quadro 1 Fonna~aoeTempode Experiencia(emnumeros absolutos epercentuais)
Formayao Ensino Ensino Estudo Graduayiio TotalFundamental Medio Universitario
1= 125 3= 3775 2=25 2=25
Tempo 0 34 anos 56 anos 78 anos -Ndeg 0 2=25 4=50 2=25 100sujeitos
Da mostra de 8 artistas 1 completou (125) Ensino Fundamental
Com relayao ao Ensino Medio 3 deles concluiram (3775) Estudo
Universijario 2 dos pesquisados (25) E Gradua~ao tambem 2 sujeitos
(25)0 estudo tambem apontou que os sujeitos apresentaram bom grau de
escolaridade 875 dos artistas tlgtm0 Ensino Medio
Quadro2 Espa~osde Perfonnance (emnumerosabsolutos)
CASA DE SHOW
1= 125
15
Com relacao aos locais onde e desenvolvida a arte circense 4 dos
artistas entrevistados sao de rua (50) 5 deles utilizam-sa do aspaco do
Taatro (625) Todos (100) sa aprasentam de alguma maneira debaixo
das lonas do circa 1 referiu-se a Casas de Show (125)
Quadro 3 Especialidade
PALHACO MALABARES ACROBATA TRAPEZISTA I2= 25 5=625 3= 375 1= 125 J
ARAMISTA PERNA PAU OUTRO
2=25 2= 25 3= 375
Quanta a especialidade pode-se observar que 2 trabalham com a arte
do palhaco (25) 5 sao malabaristas (625) 3 fazem acrobacias de solo
(375) 1 etrapezista (125) 2 andam na corda bamba (aramistas) (25)
2 utilizam a pema de pau (25)
Quadro 4 Familia Circense
SIM NAO1 = 125 7= 875
Apenas 1 entrevistado vem de familia circense (125)
Quadro 5 Motivo
Trabalho Instrumentalista 1= 125
a meio ambiente (familia) 3= 375
Relacao com a Capoeira 1= 125
Ginastica Olimpica 1= 125
Paixao pala Arte 1= 125
Tradicao 1= 125
16
A resperto dos motivos 1 artista tem seu motivo no trabalho
instrumentalista (125) 3 sofreram influ1ncia da familia (375) 1 dos
entrevistados veio da Capoeira (125) 1 e ex-ginasta olimpico (125) 1
teve seu motivo na paixao que a Arte Circense desperta (125) E 1 e pela
tradi980 (125) Isso mostra a variabilidade de configura90es nas quais
encontravam-se as artistas no momento do contata com 0 Circa
Quadro6Motiva9ao
Trabalha com Arte-Educa9fio 2= 25
Prazer 3= 375
SobrevivencialNecessidade 3=375
Sabre a motiv8C80 au seja aquila que as mante~minseridos na Arte
Circense 2 dos entrevistados sao arte-educadores e encontram nas Artes
Circenses meios pedag6gicos e de formacao humana 3 sao motivados pelo
prazer despertado nas atividades E 3 deles sao artistas par necessidade
Dois dos oito entrevistados (25) s6 vivem do circo e de
apresenta9iies artisticas Sendo apenas um deles pertencente a terceira
geracao de circo cnde aprendeu com seus familiares tudo 0 que sabe e
pretende prosseguir com a tradiCBo circense Outro entrevistado se formou
em Sao Paulo e ganha sua vida no picadeiro Um deles (125) e ex-ginasta
que sa apaixonou pela linguagem circense
Tr1s dos artistas entrevistados (36) sao graduados todos em
Educac80 Fisica os quais S8 mant~m financeiramente dando aulas de circo
quando nao estao desenvolvendo trabalhos artisticos A metade dos
entrevistados (50) conla com 0 apoio familiar conseguindo assim buscar
aprimoramento profissional atraves de workshops e especializa~6es_
17
5 CONCLUSAO
A partir do Objetivo Geral isto e verificar quais os motivos e motiva(iio
que levou artistas do sexo masculine a ingressar e permanecer no meio
circense concluimiddotse que ha toda uma gama de motivos (configura90es) e
tambem motiv8yoes que se apresentaram apos a referida pesquisa Foi
tracado 0 perfil dos artistas bem como - atraves das entrevistas - verificou-
se avaliou-se e comparou-se as motivQs e motiv8CBO que as levaram a
ingressar e permanecer na atividade
A motivacao como componente e fun~o gera do comportamento naD
e urna variavel que se apresenta periodicamente e neste momento
desencadeia uma ayao isolada Ela e a orientayao dinamica continua que
regula 0 funcionamento igualmente continuo do individuo em interayBo com
seu maio Esta regulacaoconcerne os aspectos direcionais e energeticos do
comportamento Por outro lado a todo 0 momenta a motivayao se apresenta
como urna configuratyao concreta de tais orientac5es dinamicas permanentes
(ativas ou latentes) a qual muda em funyao de diversos fatores internos e
extemas em funyao tambem da experiencia passada e da percepyao atual
Em alguns sujeitos por exemplo a configurayao motivacional e
excepcionalmente estavel enquanto que para outros a sua (mica
continuidade em sua maneira de agir consiste em obedecer aos impulsos do
momento e ao apelo das situayaes que se apresentam
Tudo isso leva a conclus1io de que e util distinguir de um lado a
funcao dinamica geral que ativa e dirige 0 comportamento de maneira
continua et de outro lado a constelayao motivacional concreta que eresponsavel pela regulayao do comportamento em um dado momento
Ap6s 0 contato com estes diversos artistas pode-se inferir que os
motivos sao diversos mas a principal motivacao vern da satisfayBo pessoal
pelo trabalho desenvolvido e 0 estre~o apego emocional pela arte Nesse
sentido para os entrevistados confirma-se a maxima uniAo do Uti ao
Agradave pais a grande maioria con segue se manter economicamente
como artistas ou seja sobreviver fazendo 0 que gosta
18
6 REFERENCIAS
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NUTTIN J Teoria da Motivaclo Humana sao Paulo Loyola 1983
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VERNOM M DMotivacaoHumana Petropolis Vozes 1971
19
APENDICE
Dados coletados nas entrevistas
Primeiro entrevistado (A)
1 QUAL A SUA FORMAltAO
R Segundo grau comgleto
2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCO
R Trabalho ha 5 anos com circo3 ONDE vocE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSES
R Na rua teatro e IQaresvilriados onde(QrcontratadQlmiddot
4 QUAL A SUA ESPECIALIDADE
R Palhaco
5 vocE VEM DE FAMiLIA CIRCENSE
R Nlio
6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO
R Foi atraves de um rabillho in~trumflnillista J~ fa~ia teiltro (aQdidatal ecome~ a me inte~sects2r ileQ ci~o Fiz tbfJfhos vQluntariQsect em hosgitais einsUtuifjes de saude e na rua aem qe anim2pound20 dfl fesectta
7 QUAL A MOTIVAltAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA
R A Qossibilidilde rletrabBlharcom ARTE-EDUCAQJlO e 0 auto iusentD
20
Segundo entrevistado (8)
1 QUAL A SUA FORMAltAO
R Fa(LQ1dminis(ra(Lsectona FAE
2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCO
R Trabalho hll 5 anos
3 ONDE VOC~ APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSES
R Nas f1taRAVE ~asa de shows eventos e cirrQ
4 QUAL A SUA ESPECIALIDADE
R Malabares acrobacia-soo e cigar-boxes -5 VOC~ VEM DE FAMILIA CIRCENSE
R Ntio mas de familia de artistas MinhB mtie e ltJtriz dimtora ~ figurinisecttJ
6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO
R Facilidade Estava no meiQartisti~
7 QUAL A MOTIVAltAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA
R Por ser um lema 2tl~1-M~ faz lraticar s~mQre esecttar em forma Nao eeQ dinh~i[Q ~ Q~o grazer de inQv~r Q~J~ ~hflJlar nfmbom nivel deallerfei~2m~nto lara eXI2Jssarminhas iQeigsect
21
Terceiro entrevistado (e)
1 QUAL A SUA FORMAltAO
R Segundo grau comgllo
2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCO
R 4 anos
3 ONDE VOCE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSES
R Circo eventos esgetaculos na TV e em hQteis
4 QUAL A SUA ESPECIALIDADE
R Malabares tragezio de vOos acrobacia de solo arame Qema-de-1J8U ecaroa elastica
5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSE
R Nao
6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO
R Comecei a fazer circo gara agerfeiroaros movimentos da Cal2Qeira
7 QUAL A MOTIVAltAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA
R 0 2razer de B1reSentar e treinar aem da diversao Da Qra viver
22
Quarto entrevistado (0)
1 QUAL A SUA FORMAltAOR Primeiro grau incom(leto
2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCOR Comecei aos 12 anos
3 ONDE VOCE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSESR Circo eventos e quando me alltrto na rua
4 QUAL A SUA ESPECIALIDADE
R Arame e Malabares5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSER Sim sou da ~ qeraQllo na minha familia
6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO
R Como eramosect urna f2milia circense eu nao tiv~ ol2~ao Tinhamos queaiudar a familia entao cada irmao se eSllecializou em urna atividade
7 QUAL A MOTIVAltAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA
R iinceramente nao se fazer Dutra coisS ent~o e gela sobrevivenciamesmo Tendo dinheiro ura comer e dormir eu esecttou feliz
23
Quinto entrevistado (E)
1 QUAL A SUA FORMACAOR Sou fonngdo em EduciitiQFiliicg lela PUr2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCOR 6 anos
3 ONDE VOC~ APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSESR Tenho uma emlresa chamada ARCO lrodurjesartisticas Me aQresentolrincillalmente em teatros circa e eventos
4 QUAL A SUA ESPECIALIDADER Acrobacia de solo tecido e Qanramodema
5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSER Nilo
6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCOR Grande Qarte da minha vida fui atleta Qe Ginastica Olimjca AQ6s umtrabalho Qaralelo chamado Os Acronautali comegei a me intereliSgr Qelocirco e onde tenho trabalhado desde enllJo
7 QUAL A MOTIVACAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA
R No inicio era ir Qara 0 Circo de Soleil Ate cheguei a Qassar em umaI2revia mas nlio 128ssei Hole a llrinci1al motiva~lio e a necessidade DofI2referencia 128ra al2resenta~(jes mas quando fica dificil tenho gue dar aula
24
Sexto entrevistado (Fl
1 QUAL A SUA FORMACAO
R Segundo grau comgeto
2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCO
R Trabalho hB sete anos comcirca
3 ONDE VOCE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSES
R Arte de rua epIO middotetos culturais
4 QUAL A SUA ESPECIALIDADER Malabares diabolo Contact ball bastao e devil stick
5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSE
R Nao
6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO
R Paixao (lela arle nao consegui me enquadrar no mercado formal (confeccionavamateriais de maabares e assim comeee a freinarl
7 QUAL A MOTIVACAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA
R E a minha I2rincieal (onte de renda Me considero urn artista modificador daconscitmcia social Deseio if a Belgica Qara buscar gualific8r80 e arogliar minhaatu8pound80 no Brasil
25
Selimo enlrevislado (G)
1 QUAL A SUA FORMACAOR Sou Qraduadoem Educa~o Fisica na PUC e teatro na FAP
2 HA QUANTa TEMPO TRABALHA COM CIRCaR Tnlsanos
3 ONDE VOCE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSESR Festas eventos teatros e escoas
4 QUAL A SUA ESPECIALIDADER Pahaco e rnaabares
5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSER NtJo
6 QUAL 0 MOTIVO QUE a LEVOU A ATUAR NO CIRCaR Atraves da Educa~secto Ffsica me interesse Ue10 desenvovimento motor e12esgusando enconirei 0 maabarismo e 128ra com(llementar meu tmbaho estudei 0
pahaco
7 QUAL A MOTIVACAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREAR A erincieal e a satisfaQlio lessoal (aQausos e risosectl (lretendo continuar vivendocomo arti~ta Aluamente me mfJntenho dando aulas de circo
26
Oitavo entrevistado (H)
1 QUAL A SUA FORMACAOR Sou ator e artista circense No momento esiolJ cursando Lefras na UFPR
2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCOR 6 anos
3 ONDE VOCr APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSESR Em eSJJetacuos teatrais eventos e na rua
4 QUAL A SUA ESPECIALIDADER Perna de D8U e swino
SVOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSER N~o
6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCOR Primeiramenfe trabalhava como aTiz de f8atro e sentia a necessidade de amgJiarmeu cam12D de afua~~o grofissiona e 0 circa s~mllre foi motivo earn mim deencantamento e admira~ao
7 QUAL A MOTIVACAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA
R Pela necessidade de cada vez mfis I2rofissionalizar a cena circense no estado eencontrar urna linguagem lrOQria ao integrar Q teatro com sect arte circens8
pessoal a medida que as pessoas podem de certa forma escolher que tipo
de BvaD empreender com base nas SUBS proprias fontas intern as de
necessidades e naD simplesmente responder aos control as impostos pelo
meio extemo
Neste sentido emerge a necessidade ou melhor a motivac~opara a
realiz8g8o desse estudo que e de ouvir e relatar atraves de questionario
semi-estruturado particularmente 0 caso de artistas circenses e descobrir 0
que as impulsiona alem dos trampolins
12 PROBLEMA
Qual e 0 motivQ que levou 0 artista circense a ingressar no circa e a
rnotivayao que 0 impulsiona a sa manter no meio
13 OBJETIVOS
131 Objetivo Geral
Vermcar quais 05 motivos e motivay80 que levou artistas do sexo
masculino a ingressar e permanecer no meio circense
132 Objetivos Especificos
bull Trayar 0 perfil dos artistas circenses do sexo masculino
bull Aplicar urna entrevista aos artistas circenses do sexo masculino para
verificar avaliar e comparar os motivos e motivayao que os levaram a
ingressar e permanecer na atividade
bull Comparar se os motivos e motivayao sao as mesmos entre as artistas
com mais au menos 3 anos de experiAncia
2 REVISAO DE LlTERATURA
21 QUANDO E ONDE COMEltAA HIST6RIA DO CIRCO
o circo e urna atividade corporal secular com dificil precisao de origem
dos espetaculos mas traz no seu hist6rico a hip6tese de que 0 remoto
ancestral do artista de circo deve ter sido aquele troglodita que num dia de
caya surpreendentemente farta entrou na cavern a dando pulos de alegria e
despertando com suas caratas 0 riso de seus companheiros de
dificuldades (RUIZ apud TORRES 1998 p13)
Segundo Castro (1997) pode-se dizer que as artes circenses surgiram
na China cnde foram descobertas pinturas de quase 5000 anos em que
aparecem acrabatas contorcionistas e equilibristas A acrobacia era urna
forma de treinamento para as guerreiros de quem sa exigia agilidadeflexibilidade e forya Com 0 tempo a essas qualidades sa somou a graya a
beleza e a harmonia Torres (1998) conta que em 108 aC houve uma
grande testa em homenagem a visitantes estrangeiros que foram brindados
com apresentalt6es acrobaticas surpreendentes A partir dai 0 imperador
decidiu que todos as an os seriam realizados espetaculos do genero durante
o Festival da Primeira Lua Ate hoje os alde6es praticam malabarismo com
espigas de milho e brincam de saltar e equHibrar imensos vasos nos pes
Ha registros segundo Torres (1998) em seu livro 0 circo no Brasil de
que as raizes da arte circense estao nos hip6dromos da Grecia antiga e no
grande Imperio Egipcio De acordo com Lewbel (1995) e Zeithen (citado por
CONWAY 1994) no Egito os primeiros sinais da arte circense estao
gravados nas piramides com desenhos de domadores equilibristas
malabaristas e contorcionistas Os espetaculos desse periodo eram como
as procissoes que tinham 0 objetivo de saudar os generais vitoriosos
Nesses cortejos havia adorna 0 desfile de animais ex6ticos e sold ados
conduzindo os novos escravos alem de apresentay6es em argolas e barras
que lembravam numeras da modama ginastica olimpica No inicio a arte
circense tinha uma forte rela~o com esse esporte com numeros baseados
em saltos e acrobacias Os satiros faziam 0 povo rir dando continuidade alinhagem dos palhayos
Mas foi na Europa que 0 circa ganhou fona e se desenvolveu Para
Castro (1997) os espetaculos tomaram impulso ainda no Imperio Romano
quando seus anfrteatros recebiam apresentayoes de habilidades (mais tarde
classificadas como circenses) A importancia e a grandiosidade desse
espetaculo pode ser atestada pelo Circo Maximo de Roma 0 qual apareceu
pouco depois mas foi destruido em um incendio Em 40 aC no mesmalocal foi construido 0 Coliseu onde cabiam 87 mil espectadores Segundo a
autora la eram apresentadas excentricidades como homens louros nordicosanimais ex6ticos engolidores de fogo e gladiadores entre outros Porem
entre 54 e 68 dC as arenas passaram a ser ocupadas por espetaculos
sangrentos com a perseguiltao aos cristaos que eram atirados as ferasdiminuindo 0 interesse pelas artes circenses Com a decademcia do ImperioRomano os artistas circenses ganham espalto nas pracaspublieas nos
adros das igrejas e sobretudo nas feiras () ela (a feira) foi 0 lugar onde a
arte circense permaneceu de Roma a Philip Astley (CASTRO 1997 p17)
Esses circas agrupados em pequenas companhias rodavam vilas cidadese eastelos em busea de publico e de sustento Nessa apoea os circos naotinham a mesma organizaltao dos nossos dias com cabertura de lanaarquibancadas e picadeiro mas ja apresentavam numeros que permanecemate hoje como engolidores de fogo truques magicos e malabarismos Ja 0
circa como nos 0 conhecemos - urn picadairo lonas mastros trapezios
desfiles de animais - e a forma modem a de antiQuissimos entretenimentosde diversos povos e culturas (CASTRO 1997 p16)
Para melhor compreensao deve-se fazer separacaoentre 0 circa e a
arte circense De acordo com Castro (1997) a arte circense e 0 resultado de
performances artisticas desenvolvidas em diversos paises ao longo dotempo Essas performances incluem habilidades fisicas equilibrio na corda
bamba saltos mortais contorcionismo elementos de teatro e danlta e
habilidades em gera andar em monocicla do mar animais etc Ja 0 circa alocal fiSiCO onde sao feitas as apresentacOesde arte circense sofreu varias
modificayoes Segundo Fonseca (1979) 0 seu conjunto com formato
arredondado picadeiro cobertura de lona e cercado de arquibancadas s6
foi criado em 1770 dando origem ao circo modemo que e 0 que
conhecemos hoje em dia
Conforme aponta Torres (1998) 0 primeiro circa europeu modemo 0
Astleys Amphrtheatre foi inaugurado em Londres por volta de 1770 por
Philip Astley urn oficial ingles da Cavalaria Britanica_0 circo de Astley tinha
urn picadeiro circular com uma especie de arquibancada perto_Ele percebeu
que seria bern mais tacil C--) manter-se de pe sobre urn cavalo a galope
dentro de urn circulo perfeito_ Questao de lei fisica a forya centrifuga
(TORRES 1998 p_16)_Astley organizou urn espetaculo eqOestrecom rigor
e estrutura militares mas percebeu que para segurar 0 publico teria quereunir outras atracaes e juntou saltimbancos equilibristas saltadores e
palhaco_0 palhacodo batalhao era urn soldado campanio que acaba sendo
o clown e que em ingles origina de caipira_ 0 palhaconilo sabia montar
entrava no picadeiro montado ao contrario caia do cavalo subia de urn ladocaia do outro passava por baixo do cavalo Como fazia muito sucessocomecarama se desenvolver novas situacaes_Ao longo dos anos Astley
acrescentou saltos acrobaticos dancacom lacose malabarismo
De acordo com Torres (1998 p_ 18) este primeiro circo funcionava
como urn quarter os uniformes 0 rufar dos tambores as vozes de comandopara a execucao dos numeros de risco_ 0 pr6prio Astley dirigia e
apresentava 0 espetaculo criando assim a figura do mestre de cerimoniasAstley comecoua difundir 0 circo modemo e abriu uma filial em Paris ap6sconvite para apresentar-se para 0 rei da Franya S6 mais tarde algunspaises da Europa como Suecia Espanha Alemanha e Russia comecarama
desenvolver sua arte circense Em apenas cinqOenta anos 0 circo modemoja tinha se espalhado por todo 0 mundo_
Segundo Castro (1997) 0 termo circus foi utilizado pela primeira vez
em 1782 quando 0 rival de Astley Chartas Hughes abriu as portas do Royal
Circus Em principios do seculo XIX havia circos permanentes em algumasdas grandes cidades europeias_ Existiam al8m disso circos ambulantes
que se deslocavam de cidade em cidade em carretas cobertas_
22 0 CIRCONO BRASIL
Para Torres (1998) documentos apontam que no seculo XVIII antes
mesma da crialtao do circa madema ja havia grupos circenses no Brasil
Normalmente assas companhias eram formadas par ciganos expulsos da
Peninsula Iberica Tendo em vista que () sempre houve ligarao dos
ciganos com 0 circ~ (CASTRO apud TORRES 1998 p 20) Entre suas
especiaJidades incluiam-se a doma de ursos 0 ilusionismo e as exibiltoescom cavalos Hit relatos de que ales usavam tandas e nas festas sacras
havia bagunya bebedeira e exibicOes artisticas incluindo teatro de
bonecos A autera conta Que ales viajavam de cidade em cidade eadaptavamseus espetaculos ao gosto da populayao local Numeros que nao
faziam sucesso na cidade eram tirados do programa Ainda segundo Torres
(1998) 0 circo modemo s6 chegou ao Brasil a partir de 1830 Incentivadas
pelos ciclos econiimicos do cafe borracha e cana-de-arucar grandes
companhias europeias vinham apresentar-se nas cidades brasileiras Foram
essas companhias que ajudaram a formar as primeiras familias de circa que
passaram a ser as responsaveis pelo desenvolvimento do circo modemo no
Brasil Eram real mente familias com layos consangOineos que sustentavam
esta atividade Pai avo filho sobrinhos e netos eram responsaveis por tudo
desde a infra-estruturae montagemdo circo ate 0 espetaculo Castro (1997)
diz que 0 circo brasileiro ~ropicalizou algumas atracOes 0 palharo
brasileiro falava muito ao contrario do europeu que era mais mimico Era
mais conquistador e malandro seresteiro tocador de vialao com urn humor
picante 0 publico tambem apresentava caracteristicas diferentes Segundo
Eduardo Oliveira da Silva que foi aluno da segunda turma da escola
nacional de circo (TORRES 1998 p 25) Os europeus iam ao circo apreciar
a arte no Brasil os numeros perigosos eram as atrayc3es trapezia animais
selvagens e ferozes
Ate a pouco tempo esta era a situayao dos circos no Brasil Mas
diversos fatores levaram a uma mudanya na sua organizacao e
administracao Com 0 surgimento dos grandes centr~s urbanos e 0
desenvolvimento tecnol6gico apareceram tambem novas formas de
entretenimento como a televisao cinema teatro e parques de divers~o
Com isso 0 circo foi perdendo espayo e publico Na verdade 0 circo
adaptou-se aos novos tempos da mass media Tornou-se performaticD Massem esquecer a maioria das atrayOes de antigamente (TORRES 1998
pAS)
A primeira mudanya foi na rela~o familiar Agora os pais preferem
que seus filhos S8 dediquem aos estudos ao inves de sa dedicarem apenasa arte circense Os masmas passaram a perceber que com estudo seusfilhos continuariam trabalhando no circa mas agora como proprietarios deuma empresa e nao apenas como artistas Para Torres (1998) esta atitude
acabou trazendo dUBS consequencias a primeira diz respaito a visao queestes novos empresarios tern do circo Menos sentimentais para eles 0
circo e um negocio que tem que dar lucro A segunda e que para suprir a
demanda de artistas ja que as famllias circenses agora cuidavam daadministrayao surgiram as escolas de circa que formam novos artistas Elesnlio fazem parte da familia A rela~o e apenas de patrno e empregado
Igual a um funcionario que trabalha em troea de salario Hoje estas
mudanyas sa refletem em varios circos brasileiros como Beto Carrero CircaGarcia Orlando Orfei Circo Vostok e outros As velhas familias que faziam
de tudo ainda continuam nos circos mas agora na administracao deverdadeiras empresas
As mudancasocorridas na administrayao do circo moderno ajudaram acriar tambem uma nova categoria de circa Conhecidas como novo circoestas campanhias nao t~m picadeiro nem lana nem arquibancadas e seapresentam na maieria das vezes em teatros eu casas de espetaculo NasapresentayOes ha inovayOes na linguagem com a incorporayao de
elementos de danya teatro e musica Um exemplo desse tipo de circo e 0
Cirque du Soleil do Canada No Brasil ha varios grupos desse gimero
como 0 Intrepida Trupe Fratellis Teatro de An6nimos e Nau de iearos Em
Curitiba existe desde 1996 0 grupo Os Acronautas
23 MOTIVO E MOTIVACAO
Ap6s breve resgate hist6rico da arte circense segue-s8 com 0
questionamento central que e foco deste trabalho au seja como e atraves
de que sa realiza urna atividade urna aeao e urn movimento equal 0
objetivo da aCao Anterior a este questionamento cabe procurar na literatura
elementos que fundamentem a motivacao_
o terma motivayao tern suas raizes no verba latina movere quesignifiea mover A motivayao impliea movimento ativayao par isse para
descrever urn estado altarnente motivado sao utilizados termos comoexcitacao energia intensidade e ativayao Segundo a Psicologia motivos
denominam diferencas entre peculiaridades individuais duradouras que se
formaram no decorrer do tempo de desenvolvimento numa determinada
srtuacaobasica Motivacaoe dependente da srtua980e uma ocorrencia de
curto prazo Com ela se denominam todos os fatores e processos atuais que
conduzem a alYBO sob determinadas condiyaes situativas de estimulo
mantendo-as em funcionamento ate 0 tarmino Na motiva9Bo os fatores de
situacao e os fatores de motivos entram em efeito reciproco Fatores de
motivos representam assim apenas uma parte da ocorr~nciada motivaltao
Conforme Balaguer (1994) com a incorporacaodo paradigma
cognitiv~ a Psicologia 0 estudo da motivacao sofreu profundas
transformacies A partir dos anos 60 0 que vern interessando aos
psic6logos a averiguar em que medida as cognilYres as interpretalYoes dos
sujeitos influenciam em suas condutas 8 em suas motivay6es C09ni98o S8
refere ao conjunto de atividades atraves das quais a informacao eprocessada pelo sistema psiquico como a recebe seleciona transforma e
organiza como constr6i as representacoes da realidade 8 cria 0
conhecimento Muitos fenomenos estao implicados neste processamento
percepcaomem6ria elaboracaodo pensamentoe a linguagem sao alguns
deles
Para um melhor entendimento recorra-se a Nuttin (1983) no sentido
explicativo de motivacao Segundo este autor 0 termo geral motivaltao eempregado para designar 0 aspecto dinilmico e direcional do
comportamento E a motivayao que em ultima analise e responsavel pelofato de que 0 comportamento se dirige preferencialmente para umadeterminada categoria de objetivos ao inves de dirigir-se para outra ainda
que a aprendizagem desempenhe um papel secundario na aberiura do
caminho que leva para este ou aquele objetivo concreto Quanto aosmotivos 0 autor considera como sendo as concretiz8yoes das necessidadeseles constrtuem 0 componente dinamico e direcional do ato concreto
Ainda segundo Nuttin (1983) muitos autores referem-se a noyao de
motivay8o para explicar porque 0 organismo passa do estado de repousopara 0 estado de atividade A motivacliodeve mobilizar a energia ele e um
fator de energizayao Eo 0 ponto de vista fisico que explica 0 movimento por
uma forcaA biologia acaba de colocar em duvida a validade deste ponto
de vista fisico pois contrariamente ao que se pensava ate a metade doseculo passado as celulas nervosas nao tern necessidade para seremativas de uma excitayao proveniente do exterior elas nilo sao
fisiologicamente inertes a atividade e nao repouso e seu estado naturalelas n~o sao somente reativas mais ativas de maneira continua (HEBS1949 apud NUTTIN 1983 p 27)
Numa visao ampla 0 termo motiv8y80 denota fatores e processos quelevam as pessoas a ayao ou a inercia em situacOesdiversas (CRATTY
1983) De modo mais especifico 0 estudo dos motivos implica no exame das
razoes pelas quais se escolhe fazer algo ou executar algumas tarefas commaior empenho do que outras ou persistir numa atividade por longo periodode tempo
Tambem Singer (1977) descreve a motivacao como sendo a
insistencia em caminhar em direy80 a um objetivo Existem ocasioes onde ameta principal pode ser 0 alcance de uma recompensa tal como ter a nome
impresso ganhar um trofeu ou urn elogio Ern outras ocasi6es pode tamar aforma de urn impulso para 0 sucesso para provar ou conseguir alga para aauto-realizacaoExiste urn nivel ideal de motivay~o que deve estar presente
em qualquer atividade e este depende da natureza da atividade tanto quanto
da personalidadedo individuo
10
Para Frost (1971) a conduta e causada e direcionada por combina~6es
de motivQs e emoyoes alguns internos e Qutros extemos alguns geneticos e
Qutros ambientais alguns conscientes e Qutros inconscientes alguns
individuais e Qutros socia is etc
Os motivos podem ser classificados de acordo com sua fonte Por
exemplo alguns motivos sao oriundos de fontes externas e da tarefa
incluindo as diversas recompensas manifestas au latentes como 0 elogio e
as demonstracc5es de sucesso as presentes e 0 dinheiro Qutras fontes de
motiva~ao podem ser resu~ado da estrutura psicol6gica do individuo e de
suas necessidades pessoais de sucesso sociabilidade reconhecimento
etc bern como aquelas que parecem derivar de caracteristicas da propria
tarefa tais como a novidade e a complexidade da experiencia mental ou
motoracom a qual 0 individuo se defronta (CRATTY 1983)
231 Teorias Psicol6gicas
De acordo com as diversas teorias psicologicas a Motivacao pode sar
entendidadas seguintes formas (SOUZA 2005)
Teona baseada no conceito de insintos No inicio do seculo XX os
psicologos atribuiam 0 comportamento aos instintos - pad rOes de
comportamentos especificos e inatos qua caracferizavam toda uma especie
Em 1890 William James compilou uma lista de instintos humanos ca~
competiyAo mado curiosidade timidez amor vergonha e ressentimento
Mas por volta dos anos 20 a teoria dos instintos deixou de ser usada para
explicar 0 comportamento humano por tres motivos Os comportamentos
humanos mais importantes sao aprendidos Raramente 0 comportamento
humano e rigido inflexivel imutavel e encontrado em toda especia como e 0
caso do instinto Atribuir todo passive I comportamento humane a urn instinto
correspondente nao explica nada Assim por volta de 1900 os psic610gos
buscaram explicagOes mais plausiveis para a campartamento humano
Teoria dos impulsos Uma visao alternativa da motiva~o afirma que as
necessidadescorporais criam um estado de tensao ou estimula~o chamado
impulso De acordo com a teoria da redurjo de impulsos 0 comportamento
II
motivado e urna tentativa de reduzir esse desagradavel estado de ten sao do
corpo e fazer com ale retorne ao estado de homeostase au equilibria
Segundo essa teoria geralmente as impulsos podem ser divididos em duas
categorias Impulsos Primarios as quais sao inatos e encontrados em todos
as animais - inclusive no homem - motivam para a sobrevivencia da especie
- fome seda saxe e Impulsos Secundarios adquiridos par meio daaprendizagem - dinheiro sucesso etc
Tearla da ativaqao Segundo a teoria da reduyao de impulsos urna vez
satisfeitos ista e naD mais ativos 0 homem naD buscaria mais nada a nao
ser descansar pais naD haveria mais nenhuma motivayao Par issD alguns
psic6logos sugeriram a teoria da ativacao - a ativayao se refere a um estado
de alerta 0 nivel de ativay80 que oeorre em urn determinado momento se
apresenta ao longo de um continuum Numa panta esta 0 estada de alerta
maximo na outra 0 sono assim a motivacrao pode ser ativada por um desejo
de reduzir 0 estado de ativacao e em outros de intansifica-Io De acordo com
asta teoria cad a individuo teria urn nivel 6timo de ativacao que varia de uma
situayao para Dutra e ao Iongo do dia e 0 comportamento sena motivado
pelo desejo de manter urn nivel 6timo de ativayao
MotivaclJo intrinseca e extrfnseca A primeira diz respeita as recampensas
que se originam da atividade em si - 0 proprio comportamento eintrinsecamente recompensador Par conseguinte a motivaltao extrinseca se
refere as recompensas que n~o sao obtidas da atividade mas em
conseqOencia da atividade
12
3 METODOLOGIA
31 TIPO DE PESQUISA
Esta pesquisa caracteriza-se como descritiva atraves de urna
entrevista semi-estruturada Sarie de perguntas abertas em urna ordem
prevista mas na qual 0 entrevistador pode acrescentar perguntas deesclarecimentomiddot (LAVILLE amp DIONNE 1999 p188)
32 POPULAltAOE AMOSTRA
321 Popula~ao
As pessoas entrevistadas foram artistas circenses do saxe masculino
que trabalham em Circo na grande regiao de Curitiba com mais de 3 anos
de experieuromcia
322 Amostra
Assim a amostra - e a partir do criteria experiencia - foi definida par 8
artistas da Cidade sendo todos voluntarios
33INSTRUMENTO
Para obten~ao dos dados foi utilizada entrevista semi-estruturada a
qual foi aplicada aos artistas A entrevista pode sar visualizada seguida das
respostas dos entrevistados no Apendice 1
34 COLETA DE DADOS
A coleta de dados procedeu-se por meio de uma visita a ASPARTE
(Associa~ao dos Artistas do Parana) onde puderam ser realizadas com 5
13
artistas associ ados As Qutras entrevistas ocorreram no Fringe mostra
paralela ao Festival de Teatro de Curitiba Vale destacar que foram todas
entrevistas individuais previamente marcadas
35 ANALISE DOS DADOS
A analise dos dados se deu par meio de MEDIA aritmetica com
aplic8yao de porcentagem e analise interpretativa
36 LlMITACOES
Algumas dificuldades foram encontradas no decorrer deste trabalho
Uma delas se deve ao fato de alguns artistas estarem em espetaculos
rtinerantes impossibilitando 0 agendamento das entrevistas Outra
dificuldade foi encontrar artistas pertencentes a corrente tradicional do Circa
uma vez que quase todos se diziam fazer parte do chamado Circo Novo 0
numero de artistas n~o permitiu separa-Ios par tempo de atividade
14
4 APRESENTAGAO E DISCUSSAO DOS RESULTADOS
Apos a exposi~ao dos dados recolhidos pode-se analisar que existem
varios fatores que diferem urn artista de outro e conseqOentemente suas
motivafoes Para methor visualizacao os resultados foram dispostos em
gnficos
Quadro 1 Fonna~aoeTempode Experiencia(emnumeros absolutos epercentuais)
Formayao Ensino Ensino Estudo Graduayiio TotalFundamental Medio Universitario
1= 125 3= 3775 2=25 2=25
Tempo 0 34 anos 56 anos 78 anos -Ndeg 0 2=25 4=50 2=25 100sujeitos
Da mostra de 8 artistas 1 completou (125) Ensino Fundamental
Com relayao ao Ensino Medio 3 deles concluiram (3775) Estudo
Universijario 2 dos pesquisados (25) E Gradua~ao tambem 2 sujeitos
(25)0 estudo tambem apontou que os sujeitos apresentaram bom grau de
escolaridade 875 dos artistas tlgtm0 Ensino Medio
Quadro2 Espa~osde Perfonnance (emnumerosabsolutos)
CASA DE SHOW
1= 125
15
Com relacao aos locais onde e desenvolvida a arte circense 4 dos
artistas entrevistados sao de rua (50) 5 deles utilizam-sa do aspaco do
Taatro (625) Todos (100) sa aprasentam de alguma maneira debaixo
das lonas do circa 1 referiu-se a Casas de Show (125)
Quadro 3 Especialidade
PALHACO MALABARES ACROBATA TRAPEZISTA I2= 25 5=625 3= 375 1= 125 J
ARAMISTA PERNA PAU OUTRO
2=25 2= 25 3= 375
Quanta a especialidade pode-se observar que 2 trabalham com a arte
do palhaco (25) 5 sao malabaristas (625) 3 fazem acrobacias de solo
(375) 1 etrapezista (125) 2 andam na corda bamba (aramistas) (25)
2 utilizam a pema de pau (25)
Quadro 4 Familia Circense
SIM NAO1 = 125 7= 875
Apenas 1 entrevistado vem de familia circense (125)
Quadro 5 Motivo
Trabalho Instrumentalista 1= 125
a meio ambiente (familia) 3= 375
Relacao com a Capoeira 1= 125
Ginastica Olimpica 1= 125
Paixao pala Arte 1= 125
Tradicao 1= 125
16
A resperto dos motivos 1 artista tem seu motivo no trabalho
instrumentalista (125) 3 sofreram influ1ncia da familia (375) 1 dos
entrevistados veio da Capoeira (125) 1 e ex-ginasta olimpico (125) 1
teve seu motivo na paixao que a Arte Circense desperta (125) E 1 e pela
tradi980 (125) Isso mostra a variabilidade de configura90es nas quais
encontravam-se as artistas no momento do contata com 0 Circa
Quadro6Motiva9ao
Trabalha com Arte-Educa9fio 2= 25
Prazer 3= 375
SobrevivencialNecessidade 3=375
Sabre a motiv8C80 au seja aquila que as mante~minseridos na Arte
Circense 2 dos entrevistados sao arte-educadores e encontram nas Artes
Circenses meios pedag6gicos e de formacao humana 3 sao motivados pelo
prazer despertado nas atividades E 3 deles sao artistas par necessidade
Dois dos oito entrevistados (25) s6 vivem do circo e de
apresenta9iies artisticas Sendo apenas um deles pertencente a terceira
geracao de circo cnde aprendeu com seus familiares tudo 0 que sabe e
pretende prosseguir com a tradiCBo circense Outro entrevistado se formou
em Sao Paulo e ganha sua vida no picadeiro Um deles (125) e ex-ginasta
que sa apaixonou pela linguagem circense
Tr1s dos artistas entrevistados (36) sao graduados todos em
Educac80 Fisica os quais S8 mant~m financeiramente dando aulas de circo
quando nao estao desenvolvendo trabalhos artisticos A metade dos
entrevistados (50) conla com 0 apoio familiar conseguindo assim buscar
aprimoramento profissional atraves de workshops e especializa~6es_
17
5 CONCLUSAO
A partir do Objetivo Geral isto e verificar quais os motivos e motiva(iio
que levou artistas do sexo masculine a ingressar e permanecer no meio
circense concluimiddotse que ha toda uma gama de motivos (configura90es) e
tambem motiv8yoes que se apresentaram apos a referida pesquisa Foi
tracado 0 perfil dos artistas bem como - atraves das entrevistas - verificou-
se avaliou-se e comparou-se as motivQs e motiv8CBO que as levaram a
ingressar e permanecer na atividade
A motivacao como componente e fun~o gera do comportamento naD
e urna variavel que se apresenta periodicamente e neste momento
desencadeia uma ayao isolada Ela e a orientayao dinamica continua que
regula 0 funcionamento igualmente continuo do individuo em interayBo com
seu maio Esta regulacaoconcerne os aspectos direcionais e energeticos do
comportamento Por outro lado a todo 0 momenta a motivayao se apresenta
como urna configuratyao concreta de tais orientac5es dinamicas permanentes
(ativas ou latentes) a qual muda em funyao de diversos fatores internos e
extemas em funyao tambem da experiencia passada e da percepyao atual
Em alguns sujeitos por exemplo a configurayao motivacional e
excepcionalmente estavel enquanto que para outros a sua (mica
continuidade em sua maneira de agir consiste em obedecer aos impulsos do
momento e ao apelo das situayaes que se apresentam
Tudo isso leva a conclus1io de que e util distinguir de um lado a
funcao dinamica geral que ativa e dirige 0 comportamento de maneira
continua et de outro lado a constelayao motivacional concreta que eresponsavel pela regulayao do comportamento em um dado momento
Ap6s 0 contato com estes diversos artistas pode-se inferir que os
motivos sao diversos mas a principal motivacao vern da satisfayBo pessoal
pelo trabalho desenvolvido e 0 estre~o apego emocional pela arte Nesse
sentido para os entrevistados confirma-se a maxima uniAo do Uti ao
Agradave pais a grande maioria con segue se manter economicamente
como artistas ou seja sobreviver fazendo 0 que gosta
18
6 REFERENCIAS
BALAGUER I Entrenamiento psicol6gico en el deports ValenciaAlbatros Educacion 1994
BERGAMINI C W Motiva~lio nas Organizaqoes 4ed sao Paulo Atlas1997
CASTRO A V 0 circo conta sua hist6ria Museu dos Teatros - FUNARJRio de Janeiro 1997
CONWAY A A history of juggling - 1994 (setembro) disponivel emhtlplwwwjugglindbcom Acessado em Janeiro de 2005
CRATTY B J PSicologia no esports 2ed Rio de Janeiro Prentice-Hall1983
DECI EL RYAN R M Intrinsic motivation and self determination inhuman behavior NewYork Plenum 1985
FONSECA M A Palhaqo da Burguesia Sao Paulo Polis 1979
FROST RB Psychological Concepts Applied to Physical Educationand Coaching USA Reading Massachusetts Menlo Park CaliforniaLondon Don Mills Ontario 1971
NUTTIN J Teoria da Motivaclo Humana sao Paulo Loyola 1983
SINGER NR Psicologia dos espor1les- mitos e verdades 2ed SaoPaulo Harbra 1977
SOUZA R L Motivaclio (sd) Disponivel emhttpwwwpsicologiabrasilescolacomlmotivacaophp Acessado em maio de2005
VERNOM M DMotivacaoHumana Petropolis Vozes 1971
19
APENDICE
Dados coletados nas entrevistas
Primeiro entrevistado (A)
1 QUAL A SUA FORMAltAO
R Segundo grau comgleto
2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCO
R Trabalho ha 5 anos com circo3 ONDE vocE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSES
R Na rua teatro e IQaresvilriados onde(QrcontratadQlmiddot
4 QUAL A SUA ESPECIALIDADE
R Palhaco
5 vocE VEM DE FAMiLIA CIRCENSE
R Nlio
6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO
R Foi atraves de um rabillho in~trumflnillista J~ fa~ia teiltro (aQdidatal ecome~ a me inte~sects2r ileQ ci~o Fiz tbfJfhos vQluntariQsect em hosgitais einsUtuifjes de saude e na rua aem qe anim2pound20 dfl fesectta
7 QUAL A MOTIVAltAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA
R A Qossibilidilde rletrabBlharcom ARTE-EDUCAQJlO e 0 auto iusentD
20
Segundo entrevistado (8)
1 QUAL A SUA FORMAltAO
R Fa(LQ1dminis(ra(Lsectona FAE
2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCO
R Trabalho hll 5 anos
3 ONDE VOC~ APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSES
R Nas f1taRAVE ~asa de shows eventos e cirrQ
4 QUAL A SUA ESPECIALIDADE
R Malabares acrobacia-soo e cigar-boxes -5 VOC~ VEM DE FAMILIA CIRCENSE
R Ntio mas de familia de artistas MinhB mtie e ltJtriz dimtora ~ figurinisecttJ
6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO
R Facilidade Estava no meiQartisti~
7 QUAL A MOTIVAltAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA
R Por ser um lema 2tl~1-M~ faz lraticar s~mQre esecttar em forma Nao eeQ dinh~i[Q ~ Q~o grazer de inQv~r Q~J~ ~hflJlar nfmbom nivel deallerfei~2m~nto lara eXI2Jssarminhas iQeigsect
21
Terceiro entrevistado (e)
1 QUAL A SUA FORMAltAO
R Segundo grau comgllo
2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCO
R 4 anos
3 ONDE VOCE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSES
R Circo eventos esgetaculos na TV e em hQteis
4 QUAL A SUA ESPECIALIDADE
R Malabares tragezio de vOos acrobacia de solo arame Qema-de-1J8U ecaroa elastica
5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSE
R Nao
6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO
R Comecei a fazer circo gara agerfeiroaros movimentos da Cal2Qeira
7 QUAL A MOTIVAltAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA
R 0 2razer de B1reSentar e treinar aem da diversao Da Qra viver
22
Quarto entrevistado (0)
1 QUAL A SUA FORMAltAOR Primeiro grau incom(leto
2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCOR Comecei aos 12 anos
3 ONDE VOCE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSESR Circo eventos e quando me alltrto na rua
4 QUAL A SUA ESPECIALIDADE
R Arame e Malabares5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSER Sim sou da ~ qeraQllo na minha familia
6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO
R Como eramosect urna f2milia circense eu nao tiv~ ol2~ao Tinhamos queaiudar a familia entao cada irmao se eSllecializou em urna atividade
7 QUAL A MOTIVAltAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA
R iinceramente nao se fazer Dutra coisS ent~o e gela sobrevivenciamesmo Tendo dinheiro ura comer e dormir eu esecttou feliz
23
Quinto entrevistado (E)
1 QUAL A SUA FORMACAOR Sou fonngdo em EduciitiQFiliicg lela PUr2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCOR 6 anos
3 ONDE VOC~ APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSESR Tenho uma emlresa chamada ARCO lrodurjesartisticas Me aQresentolrincillalmente em teatros circa e eventos
4 QUAL A SUA ESPECIALIDADER Acrobacia de solo tecido e Qanramodema
5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSER Nilo
6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCOR Grande Qarte da minha vida fui atleta Qe Ginastica Olimjca AQ6s umtrabalho Qaralelo chamado Os Acronautali comegei a me intereliSgr Qelocirco e onde tenho trabalhado desde enllJo
7 QUAL A MOTIVACAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA
R No inicio era ir Qara 0 Circo de Soleil Ate cheguei a Qassar em umaI2revia mas nlio 128ssei Hole a llrinci1al motiva~lio e a necessidade DofI2referencia 128ra al2resenta~(jes mas quando fica dificil tenho gue dar aula
24
Sexto entrevistado (Fl
1 QUAL A SUA FORMACAO
R Segundo grau comgeto
2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCO
R Trabalho hB sete anos comcirca
3 ONDE VOCE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSES
R Arte de rua epIO middotetos culturais
4 QUAL A SUA ESPECIALIDADER Malabares diabolo Contact ball bastao e devil stick
5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSE
R Nao
6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO
R Paixao (lela arle nao consegui me enquadrar no mercado formal (confeccionavamateriais de maabares e assim comeee a freinarl
7 QUAL A MOTIVACAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA
R E a minha I2rincieal (onte de renda Me considero urn artista modificador daconscitmcia social Deseio if a Belgica Qara buscar gualific8r80 e arogliar minhaatu8pound80 no Brasil
25
Selimo enlrevislado (G)
1 QUAL A SUA FORMACAOR Sou Qraduadoem Educa~o Fisica na PUC e teatro na FAP
2 HA QUANTa TEMPO TRABALHA COM CIRCaR Tnlsanos
3 ONDE VOCE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSESR Festas eventos teatros e escoas
4 QUAL A SUA ESPECIALIDADER Pahaco e rnaabares
5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSER NtJo
6 QUAL 0 MOTIVO QUE a LEVOU A ATUAR NO CIRCaR Atraves da Educa~secto Ffsica me interesse Ue10 desenvovimento motor e12esgusando enconirei 0 maabarismo e 128ra com(llementar meu tmbaho estudei 0
pahaco
7 QUAL A MOTIVACAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREAR A erincieal e a satisfaQlio lessoal (aQausos e risosectl (lretendo continuar vivendocomo arti~ta Aluamente me mfJntenho dando aulas de circo
26
Oitavo entrevistado (H)
1 QUAL A SUA FORMACAOR Sou ator e artista circense No momento esiolJ cursando Lefras na UFPR
2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCOR 6 anos
3 ONDE VOCr APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSESR Em eSJJetacuos teatrais eventos e na rua
4 QUAL A SUA ESPECIALIDADER Perna de D8U e swino
SVOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSER N~o
6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCOR Primeiramenfe trabalhava como aTiz de f8atro e sentia a necessidade de amgJiarmeu cam12D de afua~~o grofissiona e 0 circa s~mllre foi motivo earn mim deencantamento e admira~ao
7 QUAL A MOTIVACAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA
R Pela necessidade de cada vez mfis I2rofissionalizar a cena circense no estado eencontrar urna linguagem lrOQria ao integrar Q teatro com sect arte circens8
2 REVISAO DE LlTERATURA
21 QUANDO E ONDE COMEltAA HIST6RIA DO CIRCO
o circo e urna atividade corporal secular com dificil precisao de origem
dos espetaculos mas traz no seu hist6rico a hip6tese de que 0 remoto
ancestral do artista de circo deve ter sido aquele troglodita que num dia de
caya surpreendentemente farta entrou na cavern a dando pulos de alegria e
despertando com suas caratas 0 riso de seus companheiros de
dificuldades (RUIZ apud TORRES 1998 p13)
Segundo Castro (1997) pode-se dizer que as artes circenses surgiram
na China cnde foram descobertas pinturas de quase 5000 anos em que
aparecem acrabatas contorcionistas e equilibristas A acrobacia era urna
forma de treinamento para as guerreiros de quem sa exigia agilidadeflexibilidade e forya Com 0 tempo a essas qualidades sa somou a graya a
beleza e a harmonia Torres (1998) conta que em 108 aC houve uma
grande testa em homenagem a visitantes estrangeiros que foram brindados
com apresentalt6es acrobaticas surpreendentes A partir dai 0 imperador
decidiu que todos as an os seriam realizados espetaculos do genero durante
o Festival da Primeira Lua Ate hoje os alde6es praticam malabarismo com
espigas de milho e brincam de saltar e equHibrar imensos vasos nos pes
Ha registros segundo Torres (1998) em seu livro 0 circo no Brasil de
que as raizes da arte circense estao nos hip6dromos da Grecia antiga e no
grande Imperio Egipcio De acordo com Lewbel (1995) e Zeithen (citado por
CONWAY 1994) no Egito os primeiros sinais da arte circense estao
gravados nas piramides com desenhos de domadores equilibristas
malabaristas e contorcionistas Os espetaculos desse periodo eram como
as procissoes que tinham 0 objetivo de saudar os generais vitoriosos
Nesses cortejos havia adorna 0 desfile de animais ex6ticos e sold ados
conduzindo os novos escravos alem de apresentay6es em argolas e barras
que lembravam numeras da modama ginastica olimpica No inicio a arte
circense tinha uma forte rela~o com esse esporte com numeros baseados
em saltos e acrobacias Os satiros faziam 0 povo rir dando continuidade alinhagem dos palhayos
Mas foi na Europa que 0 circa ganhou fona e se desenvolveu Para
Castro (1997) os espetaculos tomaram impulso ainda no Imperio Romano
quando seus anfrteatros recebiam apresentayoes de habilidades (mais tarde
classificadas como circenses) A importancia e a grandiosidade desse
espetaculo pode ser atestada pelo Circo Maximo de Roma 0 qual apareceu
pouco depois mas foi destruido em um incendio Em 40 aC no mesmalocal foi construido 0 Coliseu onde cabiam 87 mil espectadores Segundo a
autora la eram apresentadas excentricidades como homens louros nordicosanimais ex6ticos engolidores de fogo e gladiadores entre outros Porem
entre 54 e 68 dC as arenas passaram a ser ocupadas por espetaculos
sangrentos com a perseguiltao aos cristaos que eram atirados as ferasdiminuindo 0 interesse pelas artes circenses Com a decademcia do ImperioRomano os artistas circenses ganham espalto nas pracaspublieas nos
adros das igrejas e sobretudo nas feiras () ela (a feira) foi 0 lugar onde a
arte circense permaneceu de Roma a Philip Astley (CASTRO 1997 p17)
Esses circas agrupados em pequenas companhias rodavam vilas cidadese eastelos em busea de publico e de sustento Nessa apoea os circos naotinham a mesma organizaltao dos nossos dias com cabertura de lanaarquibancadas e picadeiro mas ja apresentavam numeros que permanecemate hoje como engolidores de fogo truques magicos e malabarismos Ja 0
circa como nos 0 conhecemos - urn picadairo lonas mastros trapezios
desfiles de animais - e a forma modem a de antiQuissimos entretenimentosde diversos povos e culturas (CASTRO 1997 p16)
Para melhor compreensao deve-se fazer separacaoentre 0 circa e a
arte circense De acordo com Castro (1997) a arte circense e 0 resultado de
performances artisticas desenvolvidas em diversos paises ao longo dotempo Essas performances incluem habilidades fisicas equilibrio na corda
bamba saltos mortais contorcionismo elementos de teatro e danlta e
habilidades em gera andar em monocicla do mar animais etc Ja 0 circa alocal fiSiCO onde sao feitas as apresentacOesde arte circense sofreu varias
modificayoes Segundo Fonseca (1979) 0 seu conjunto com formato
arredondado picadeiro cobertura de lona e cercado de arquibancadas s6
foi criado em 1770 dando origem ao circo modemo que e 0 que
conhecemos hoje em dia
Conforme aponta Torres (1998) 0 primeiro circa europeu modemo 0
Astleys Amphrtheatre foi inaugurado em Londres por volta de 1770 por
Philip Astley urn oficial ingles da Cavalaria Britanica_0 circo de Astley tinha
urn picadeiro circular com uma especie de arquibancada perto_Ele percebeu
que seria bern mais tacil C--) manter-se de pe sobre urn cavalo a galope
dentro de urn circulo perfeito_ Questao de lei fisica a forya centrifuga
(TORRES 1998 p_16)_Astley organizou urn espetaculo eqOestrecom rigor
e estrutura militares mas percebeu que para segurar 0 publico teria quereunir outras atracaes e juntou saltimbancos equilibristas saltadores e
palhaco_0 palhacodo batalhao era urn soldado campanio que acaba sendo
o clown e que em ingles origina de caipira_ 0 palhaconilo sabia montar
entrava no picadeiro montado ao contrario caia do cavalo subia de urn ladocaia do outro passava por baixo do cavalo Como fazia muito sucessocomecarama se desenvolver novas situacaes_Ao longo dos anos Astley
acrescentou saltos acrobaticos dancacom lacose malabarismo
De acordo com Torres (1998 p_ 18) este primeiro circo funcionava
como urn quarter os uniformes 0 rufar dos tambores as vozes de comandopara a execucao dos numeros de risco_ 0 pr6prio Astley dirigia e
apresentava 0 espetaculo criando assim a figura do mestre de cerimoniasAstley comecoua difundir 0 circo modemo e abriu uma filial em Paris ap6sconvite para apresentar-se para 0 rei da Franya S6 mais tarde algunspaises da Europa como Suecia Espanha Alemanha e Russia comecarama
desenvolver sua arte circense Em apenas cinqOenta anos 0 circo modemoja tinha se espalhado por todo 0 mundo_
Segundo Castro (1997) 0 termo circus foi utilizado pela primeira vez
em 1782 quando 0 rival de Astley Chartas Hughes abriu as portas do Royal
Circus Em principios do seculo XIX havia circos permanentes em algumasdas grandes cidades europeias_ Existiam al8m disso circos ambulantes
que se deslocavam de cidade em cidade em carretas cobertas_
22 0 CIRCONO BRASIL
Para Torres (1998) documentos apontam que no seculo XVIII antes
mesma da crialtao do circa madema ja havia grupos circenses no Brasil
Normalmente assas companhias eram formadas par ciganos expulsos da
Peninsula Iberica Tendo em vista que () sempre houve ligarao dos
ciganos com 0 circ~ (CASTRO apud TORRES 1998 p 20) Entre suas
especiaJidades incluiam-se a doma de ursos 0 ilusionismo e as exibiltoescom cavalos Hit relatos de que ales usavam tandas e nas festas sacras
havia bagunya bebedeira e exibicOes artisticas incluindo teatro de
bonecos A autera conta Que ales viajavam de cidade em cidade eadaptavamseus espetaculos ao gosto da populayao local Numeros que nao
faziam sucesso na cidade eram tirados do programa Ainda segundo Torres
(1998) 0 circo modemo s6 chegou ao Brasil a partir de 1830 Incentivadas
pelos ciclos econiimicos do cafe borracha e cana-de-arucar grandes
companhias europeias vinham apresentar-se nas cidades brasileiras Foram
essas companhias que ajudaram a formar as primeiras familias de circa que
passaram a ser as responsaveis pelo desenvolvimento do circo modemo no
Brasil Eram real mente familias com layos consangOineos que sustentavam
esta atividade Pai avo filho sobrinhos e netos eram responsaveis por tudo
desde a infra-estruturae montagemdo circo ate 0 espetaculo Castro (1997)
diz que 0 circo brasileiro ~ropicalizou algumas atracOes 0 palharo
brasileiro falava muito ao contrario do europeu que era mais mimico Era
mais conquistador e malandro seresteiro tocador de vialao com urn humor
picante 0 publico tambem apresentava caracteristicas diferentes Segundo
Eduardo Oliveira da Silva que foi aluno da segunda turma da escola
nacional de circo (TORRES 1998 p 25) Os europeus iam ao circo apreciar
a arte no Brasil os numeros perigosos eram as atrayc3es trapezia animais
selvagens e ferozes
Ate a pouco tempo esta era a situayao dos circos no Brasil Mas
diversos fatores levaram a uma mudanya na sua organizacao e
administracao Com 0 surgimento dos grandes centr~s urbanos e 0
desenvolvimento tecnol6gico apareceram tambem novas formas de
entretenimento como a televisao cinema teatro e parques de divers~o
Com isso 0 circo foi perdendo espayo e publico Na verdade 0 circo
adaptou-se aos novos tempos da mass media Tornou-se performaticD Massem esquecer a maioria das atrayOes de antigamente (TORRES 1998
pAS)
A primeira mudanya foi na rela~o familiar Agora os pais preferem
que seus filhos S8 dediquem aos estudos ao inves de sa dedicarem apenasa arte circense Os masmas passaram a perceber que com estudo seusfilhos continuariam trabalhando no circa mas agora como proprietarios deuma empresa e nao apenas como artistas Para Torres (1998) esta atitude
acabou trazendo dUBS consequencias a primeira diz respaito a visao queestes novos empresarios tern do circo Menos sentimentais para eles 0
circo e um negocio que tem que dar lucro A segunda e que para suprir a
demanda de artistas ja que as famllias circenses agora cuidavam daadministrayao surgiram as escolas de circa que formam novos artistas Elesnlio fazem parte da familia A rela~o e apenas de patrno e empregado
Igual a um funcionario que trabalha em troea de salario Hoje estas
mudanyas sa refletem em varios circos brasileiros como Beto Carrero CircaGarcia Orlando Orfei Circo Vostok e outros As velhas familias que faziam
de tudo ainda continuam nos circos mas agora na administracao deverdadeiras empresas
As mudancasocorridas na administrayao do circo moderno ajudaram acriar tambem uma nova categoria de circa Conhecidas como novo circoestas campanhias nao t~m picadeiro nem lana nem arquibancadas e seapresentam na maieria das vezes em teatros eu casas de espetaculo NasapresentayOes ha inovayOes na linguagem com a incorporayao de
elementos de danya teatro e musica Um exemplo desse tipo de circo e 0
Cirque du Soleil do Canada No Brasil ha varios grupos desse gimero
como 0 Intrepida Trupe Fratellis Teatro de An6nimos e Nau de iearos Em
Curitiba existe desde 1996 0 grupo Os Acronautas
23 MOTIVO E MOTIVACAO
Ap6s breve resgate hist6rico da arte circense segue-s8 com 0
questionamento central que e foco deste trabalho au seja como e atraves
de que sa realiza urna atividade urna aeao e urn movimento equal 0
objetivo da aCao Anterior a este questionamento cabe procurar na literatura
elementos que fundamentem a motivacao_
o terma motivayao tern suas raizes no verba latina movere quesignifiea mover A motivayao impliea movimento ativayao par isse para
descrever urn estado altarnente motivado sao utilizados termos comoexcitacao energia intensidade e ativayao Segundo a Psicologia motivos
denominam diferencas entre peculiaridades individuais duradouras que se
formaram no decorrer do tempo de desenvolvimento numa determinada
srtuacaobasica Motivacaoe dependente da srtua980e uma ocorrencia de
curto prazo Com ela se denominam todos os fatores e processos atuais que
conduzem a alYBO sob determinadas condiyaes situativas de estimulo
mantendo-as em funcionamento ate 0 tarmino Na motiva9Bo os fatores de
situacao e os fatores de motivos entram em efeito reciproco Fatores de
motivos representam assim apenas uma parte da ocorr~nciada motivaltao
Conforme Balaguer (1994) com a incorporacaodo paradigma
cognitiv~ a Psicologia 0 estudo da motivacao sofreu profundas
transformacies A partir dos anos 60 0 que vern interessando aos
psic6logos a averiguar em que medida as cognilYres as interpretalYoes dos
sujeitos influenciam em suas condutas 8 em suas motivay6es C09ni98o S8
refere ao conjunto de atividades atraves das quais a informacao eprocessada pelo sistema psiquico como a recebe seleciona transforma e
organiza como constr6i as representacoes da realidade 8 cria 0
conhecimento Muitos fenomenos estao implicados neste processamento
percepcaomem6ria elaboracaodo pensamentoe a linguagem sao alguns
deles
Para um melhor entendimento recorra-se a Nuttin (1983) no sentido
explicativo de motivacao Segundo este autor 0 termo geral motivaltao eempregado para designar 0 aspecto dinilmico e direcional do
comportamento E a motivayao que em ultima analise e responsavel pelofato de que 0 comportamento se dirige preferencialmente para umadeterminada categoria de objetivos ao inves de dirigir-se para outra ainda
que a aprendizagem desempenhe um papel secundario na aberiura do
caminho que leva para este ou aquele objetivo concreto Quanto aosmotivos 0 autor considera como sendo as concretiz8yoes das necessidadeseles constrtuem 0 componente dinamico e direcional do ato concreto
Ainda segundo Nuttin (1983) muitos autores referem-se a noyao de
motivay8o para explicar porque 0 organismo passa do estado de repousopara 0 estado de atividade A motivacliodeve mobilizar a energia ele e um
fator de energizayao Eo 0 ponto de vista fisico que explica 0 movimento por
uma forcaA biologia acaba de colocar em duvida a validade deste ponto
de vista fisico pois contrariamente ao que se pensava ate a metade doseculo passado as celulas nervosas nao tern necessidade para seremativas de uma excitayao proveniente do exterior elas nilo sao
fisiologicamente inertes a atividade e nao repouso e seu estado naturalelas n~o sao somente reativas mais ativas de maneira continua (HEBS1949 apud NUTTIN 1983 p 27)
Numa visao ampla 0 termo motiv8y80 denota fatores e processos quelevam as pessoas a ayao ou a inercia em situacOesdiversas (CRATTY
1983) De modo mais especifico 0 estudo dos motivos implica no exame das
razoes pelas quais se escolhe fazer algo ou executar algumas tarefas commaior empenho do que outras ou persistir numa atividade por longo periodode tempo
Tambem Singer (1977) descreve a motivacao como sendo a
insistencia em caminhar em direy80 a um objetivo Existem ocasioes onde ameta principal pode ser 0 alcance de uma recompensa tal como ter a nome
impresso ganhar um trofeu ou urn elogio Ern outras ocasi6es pode tamar aforma de urn impulso para 0 sucesso para provar ou conseguir alga para aauto-realizacaoExiste urn nivel ideal de motivay~o que deve estar presente
em qualquer atividade e este depende da natureza da atividade tanto quanto
da personalidadedo individuo
10
Para Frost (1971) a conduta e causada e direcionada por combina~6es
de motivQs e emoyoes alguns internos e Qutros extemos alguns geneticos e
Qutros ambientais alguns conscientes e Qutros inconscientes alguns
individuais e Qutros socia is etc
Os motivos podem ser classificados de acordo com sua fonte Por
exemplo alguns motivos sao oriundos de fontes externas e da tarefa
incluindo as diversas recompensas manifestas au latentes como 0 elogio e
as demonstracc5es de sucesso as presentes e 0 dinheiro Qutras fontes de
motiva~ao podem ser resu~ado da estrutura psicol6gica do individuo e de
suas necessidades pessoais de sucesso sociabilidade reconhecimento
etc bern como aquelas que parecem derivar de caracteristicas da propria
tarefa tais como a novidade e a complexidade da experiencia mental ou
motoracom a qual 0 individuo se defronta (CRATTY 1983)
231 Teorias Psicol6gicas
De acordo com as diversas teorias psicologicas a Motivacao pode sar
entendidadas seguintes formas (SOUZA 2005)
Teona baseada no conceito de insintos No inicio do seculo XX os
psicologos atribuiam 0 comportamento aos instintos - pad rOes de
comportamentos especificos e inatos qua caracferizavam toda uma especie
Em 1890 William James compilou uma lista de instintos humanos ca~
competiyAo mado curiosidade timidez amor vergonha e ressentimento
Mas por volta dos anos 20 a teoria dos instintos deixou de ser usada para
explicar 0 comportamento humano por tres motivos Os comportamentos
humanos mais importantes sao aprendidos Raramente 0 comportamento
humano e rigido inflexivel imutavel e encontrado em toda especia como e 0
caso do instinto Atribuir todo passive I comportamento humane a urn instinto
correspondente nao explica nada Assim por volta de 1900 os psic610gos
buscaram explicagOes mais plausiveis para a campartamento humano
Teoria dos impulsos Uma visao alternativa da motiva~o afirma que as
necessidadescorporais criam um estado de tensao ou estimula~o chamado
impulso De acordo com a teoria da redurjo de impulsos 0 comportamento
II
motivado e urna tentativa de reduzir esse desagradavel estado de ten sao do
corpo e fazer com ale retorne ao estado de homeostase au equilibria
Segundo essa teoria geralmente as impulsos podem ser divididos em duas
categorias Impulsos Primarios as quais sao inatos e encontrados em todos
as animais - inclusive no homem - motivam para a sobrevivencia da especie
- fome seda saxe e Impulsos Secundarios adquiridos par meio daaprendizagem - dinheiro sucesso etc
Tearla da ativaqao Segundo a teoria da reduyao de impulsos urna vez
satisfeitos ista e naD mais ativos 0 homem naD buscaria mais nada a nao
ser descansar pais naD haveria mais nenhuma motivayao Par issD alguns
psic6logos sugeriram a teoria da ativacao - a ativayao se refere a um estado
de alerta 0 nivel de ativay80 que oeorre em urn determinado momento se
apresenta ao longo de um continuum Numa panta esta 0 estada de alerta
maximo na outra 0 sono assim a motivacrao pode ser ativada por um desejo
de reduzir 0 estado de ativacao e em outros de intansifica-Io De acordo com
asta teoria cad a individuo teria urn nivel 6timo de ativacao que varia de uma
situayao para Dutra e ao Iongo do dia e 0 comportamento sena motivado
pelo desejo de manter urn nivel 6timo de ativayao
MotivaclJo intrinseca e extrfnseca A primeira diz respeita as recampensas
que se originam da atividade em si - 0 proprio comportamento eintrinsecamente recompensador Par conseguinte a motivaltao extrinseca se
refere as recompensas que n~o sao obtidas da atividade mas em
conseqOencia da atividade
12
3 METODOLOGIA
31 TIPO DE PESQUISA
Esta pesquisa caracteriza-se como descritiva atraves de urna
entrevista semi-estruturada Sarie de perguntas abertas em urna ordem
prevista mas na qual 0 entrevistador pode acrescentar perguntas deesclarecimentomiddot (LAVILLE amp DIONNE 1999 p188)
32 POPULAltAOE AMOSTRA
321 Popula~ao
As pessoas entrevistadas foram artistas circenses do saxe masculino
que trabalham em Circo na grande regiao de Curitiba com mais de 3 anos
de experieuromcia
322 Amostra
Assim a amostra - e a partir do criteria experiencia - foi definida par 8
artistas da Cidade sendo todos voluntarios
33INSTRUMENTO
Para obten~ao dos dados foi utilizada entrevista semi-estruturada a
qual foi aplicada aos artistas A entrevista pode sar visualizada seguida das
respostas dos entrevistados no Apendice 1
34 COLETA DE DADOS
A coleta de dados procedeu-se por meio de uma visita a ASPARTE
(Associa~ao dos Artistas do Parana) onde puderam ser realizadas com 5
13
artistas associ ados As Qutras entrevistas ocorreram no Fringe mostra
paralela ao Festival de Teatro de Curitiba Vale destacar que foram todas
entrevistas individuais previamente marcadas
35 ANALISE DOS DADOS
A analise dos dados se deu par meio de MEDIA aritmetica com
aplic8yao de porcentagem e analise interpretativa
36 LlMITACOES
Algumas dificuldades foram encontradas no decorrer deste trabalho
Uma delas se deve ao fato de alguns artistas estarem em espetaculos
rtinerantes impossibilitando 0 agendamento das entrevistas Outra
dificuldade foi encontrar artistas pertencentes a corrente tradicional do Circa
uma vez que quase todos se diziam fazer parte do chamado Circo Novo 0
numero de artistas n~o permitiu separa-Ios par tempo de atividade
14
4 APRESENTAGAO E DISCUSSAO DOS RESULTADOS
Apos a exposi~ao dos dados recolhidos pode-se analisar que existem
varios fatores que diferem urn artista de outro e conseqOentemente suas
motivafoes Para methor visualizacao os resultados foram dispostos em
gnficos
Quadro 1 Fonna~aoeTempode Experiencia(emnumeros absolutos epercentuais)
Formayao Ensino Ensino Estudo Graduayiio TotalFundamental Medio Universitario
1= 125 3= 3775 2=25 2=25
Tempo 0 34 anos 56 anos 78 anos -Ndeg 0 2=25 4=50 2=25 100sujeitos
Da mostra de 8 artistas 1 completou (125) Ensino Fundamental
Com relayao ao Ensino Medio 3 deles concluiram (3775) Estudo
Universijario 2 dos pesquisados (25) E Gradua~ao tambem 2 sujeitos
(25)0 estudo tambem apontou que os sujeitos apresentaram bom grau de
escolaridade 875 dos artistas tlgtm0 Ensino Medio
Quadro2 Espa~osde Perfonnance (emnumerosabsolutos)
CASA DE SHOW
1= 125
15
Com relacao aos locais onde e desenvolvida a arte circense 4 dos
artistas entrevistados sao de rua (50) 5 deles utilizam-sa do aspaco do
Taatro (625) Todos (100) sa aprasentam de alguma maneira debaixo
das lonas do circa 1 referiu-se a Casas de Show (125)
Quadro 3 Especialidade
PALHACO MALABARES ACROBATA TRAPEZISTA I2= 25 5=625 3= 375 1= 125 J
ARAMISTA PERNA PAU OUTRO
2=25 2= 25 3= 375
Quanta a especialidade pode-se observar que 2 trabalham com a arte
do palhaco (25) 5 sao malabaristas (625) 3 fazem acrobacias de solo
(375) 1 etrapezista (125) 2 andam na corda bamba (aramistas) (25)
2 utilizam a pema de pau (25)
Quadro 4 Familia Circense
SIM NAO1 = 125 7= 875
Apenas 1 entrevistado vem de familia circense (125)
Quadro 5 Motivo
Trabalho Instrumentalista 1= 125
a meio ambiente (familia) 3= 375
Relacao com a Capoeira 1= 125
Ginastica Olimpica 1= 125
Paixao pala Arte 1= 125
Tradicao 1= 125
16
A resperto dos motivos 1 artista tem seu motivo no trabalho
instrumentalista (125) 3 sofreram influ1ncia da familia (375) 1 dos
entrevistados veio da Capoeira (125) 1 e ex-ginasta olimpico (125) 1
teve seu motivo na paixao que a Arte Circense desperta (125) E 1 e pela
tradi980 (125) Isso mostra a variabilidade de configura90es nas quais
encontravam-se as artistas no momento do contata com 0 Circa
Quadro6Motiva9ao
Trabalha com Arte-Educa9fio 2= 25
Prazer 3= 375
SobrevivencialNecessidade 3=375
Sabre a motiv8C80 au seja aquila que as mante~minseridos na Arte
Circense 2 dos entrevistados sao arte-educadores e encontram nas Artes
Circenses meios pedag6gicos e de formacao humana 3 sao motivados pelo
prazer despertado nas atividades E 3 deles sao artistas par necessidade
Dois dos oito entrevistados (25) s6 vivem do circo e de
apresenta9iies artisticas Sendo apenas um deles pertencente a terceira
geracao de circo cnde aprendeu com seus familiares tudo 0 que sabe e
pretende prosseguir com a tradiCBo circense Outro entrevistado se formou
em Sao Paulo e ganha sua vida no picadeiro Um deles (125) e ex-ginasta
que sa apaixonou pela linguagem circense
Tr1s dos artistas entrevistados (36) sao graduados todos em
Educac80 Fisica os quais S8 mant~m financeiramente dando aulas de circo
quando nao estao desenvolvendo trabalhos artisticos A metade dos
entrevistados (50) conla com 0 apoio familiar conseguindo assim buscar
aprimoramento profissional atraves de workshops e especializa~6es_
17
5 CONCLUSAO
A partir do Objetivo Geral isto e verificar quais os motivos e motiva(iio
que levou artistas do sexo masculine a ingressar e permanecer no meio
circense concluimiddotse que ha toda uma gama de motivos (configura90es) e
tambem motiv8yoes que se apresentaram apos a referida pesquisa Foi
tracado 0 perfil dos artistas bem como - atraves das entrevistas - verificou-
se avaliou-se e comparou-se as motivQs e motiv8CBO que as levaram a
ingressar e permanecer na atividade
A motivacao como componente e fun~o gera do comportamento naD
e urna variavel que se apresenta periodicamente e neste momento
desencadeia uma ayao isolada Ela e a orientayao dinamica continua que
regula 0 funcionamento igualmente continuo do individuo em interayBo com
seu maio Esta regulacaoconcerne os aspectos direcionais e energeticos do
comportamento Por outro lado a todo 0 momenta a motivayao se apresenta
como urna configuratyao concreta de tais orientac5es dinamicas permanentes
(ativas ou latentes) a qual muda em funyao de diversos fatores internos e
extemas em funyao tambem da experiencia passada e da percepyao atual
Em alguns sujeitos por exemplo a configurayao motivacional e
excepcionalmente estavel enquanto que para outros a sua (mica
continuidade em sua maneira de agir consiste em obedecer aos impulsos do
momento e ao apelo das situayaes que se apresentam
Tudo isso leva a conclus1io de que e util distinguir de um lado a
funcao dinamica geral que ativa e dirige 0 comportamento de maneira
continua et de outro lado a constelayao motivacional concreta que eresponsavel pela regulayao do comportamento em um dado momento
Ap6s 0 contato com estes diversos artistas pode-se inferir que os
motivos sao diversos mas a principal motivacao vern da satisfayBo pessoal
pelo trabalho desenvolvido e 0 estre~o apego emocional pela arte Nesse
sentido para os entrevistados confirma-se a maxima uniAo do Uti ao
Agradave pais a grande maioria con segue se manter economicamente
como artistas ou seja sobreviver fazendo 0 que gosta
18
6 REFERENCIAS
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BERGAMINI C W Motiva~lio nas Organizaqoes 4ed sao Paulo Atlas1997
CASTRO A V 0 circo conta sua hist6ria Museu dos Teatros - FUNARJRio de Janeiro 1997
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CRATTY B J PSicologia no esports 2ed Rio de Janeiro Prentice-Hall1983
DECI EL RYAN R M Intrinsic motivation and self determination inhuman behavior NewYork Plenum 1985
FONSECA M A Palhaqo da Burguesia Sao Paulo Polis 1979
FROST RB Psychological Concepts Applied to Physical Educationand Coaching USA Reading Massachusetts Menlo Park CaliforniaLondon Don Mills Ontario 1971
NUTTIN J Teoria da Motivaclo Humana sao Paulo Loyola 1983
SINGER NR Psicologia dos espor1les- mitos e verdades 2ed SaoPaulo Harbra 1977
SOUZA R L Motivaclio (sd) Disponivel emhttpwwwpsicologiabrasilescolacomlmotivacaophp Acessado em maio de2005
VERNOM M DMotivacaoHumana Petropolis Vozes 1971
19
APENDICE
Dados coletados nas entrevistas
Primeiro entrevistado (A)
1 QUAL A SUA FORMAltAO
R Segundo grau comgleto
2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCO
R Trabalho ha 5 anos com circo3 ONDE vocE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSES
R Na rua teatro e IQaresvilriados onde(QrcontratadQlmiddot
4 QUAL A SUA ESPECIALIDADE
R Palhaco
5 vocE VEM DE FAMiLIA CIRCENSE
R Nlio
6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO
R Foi atraves de um rabillho in~trumflnillista J~ fa~ia teiltro (aQdidatal ecome~ a me inte~sects2r ileQ ci~o Fiz tbfJfhos vQluntariQsect em hosgitais einsUtuifjes de saude e na rua aem qe anim2pound20 dfl fesectta
7 QUAL A MOTIVAltAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA
R A Qossibilidilde rletrabBlharcom ARTE-EDUCAQJlO e 0 auto iusentD
20
Segundo entrevistado (8)
1 QUAL A SUA FORMAltAO
R Fa(LQ1dminis(ra(Lsectona FAE
2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCO
R Trabalho hll 5 anos
3 ONDE VOC~ APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSES
R Nas f1taRAVE ~asa de shows eventos e cirrQ
4 QUAL A SUA ESPECIALIDADE
R Malabares acrobacia-soo e cigar-boxes -5 VOC~ VEM DE FAMILIA CIRCENSE
R Ntio mas de familia de artistas MinhB mtie e ltJtriz dimtora ~ figurinisecttJ
6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO
R Facilidade Estava no meiQartisti~
7 QUAL A MOTIVAltAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA
R Por ser um lema 2tl~1-M~ faz lraticar s~mQre esecttar em forma Nao eeQ dinh~i[Q ~ Q~o grazer de inQv~r Q~J~ ~hflJlar nfmbom nivel deallerfei~2m~nto lara eXI2Jssarminhas iQeigsect
21
Terceiro entrevistado (e)
1 QUAL A SUA FORMAltAO
R Segundo grau comgllo
2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCO
R 4 anos
3 ONDE VOCE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSES
R Circo eventos esgetaculos na TV e em hQteis
4 QUAL A SUA ESPECIALIDADE
R Malabares tragezio de vOos acrobacia de solo arame Qema-de-1J8U ecaroa elastica
5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSE
R Nao
6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO
R Comecei a fazer circo gara agerfeiroaros movimentos da Cal2Qeira
7 QUAL A MOTIVAltAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA
R 0 2razer de B1reSentar e treinar aem da diversao Da Qra viver
22
Quarto entrevistado (0)
1 QUAL A SUA FORMAltAOR Primeiro grau incom(leto
2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCOR Comecei aos 12 anos
3 ONDE VOCE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSESR Circo eventos e quando me alltrto na rua
4 QUAL A SUA ESPECIALIDADE
R Arame e Malabares5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSER Sim sou da ~ qeraQllo na minha familia
6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO
R Como eramosect urna f2milia circense eu nao tiv~ ol2~ao Tinhamos queaiudar a familia entao cada irmao se eSllecializou em urna atividade
7 QUAL A MOTIVAltAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA
R iinceramente nao se fazer Dutra coisS ent~o e gela sobrevivenciamesmo Tendo dinheiro ura comer e dormir eu esecttou feliz
23
Quinto entrevistado (E)
1 QUAL A SUA FORMACAOR Sou fonngdo em EduciitiQFiliicg lela PUr2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCOR 6 anos
3 ONDE VOC~ APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSESR Tenho uma emlresa chamada ARCO lrodurjesartisticas Me aQresentolrincillalmente em teatros circa e eventos
4 QUAL A SUA ESPECIALIDADER Acrobacia de solo tecido e Qanramodema
5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSER Nilo
6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCOR Grande Qarte da minha vida fui atleta Qe Ginastica Olimjca AQ6s umtrabalho Qaralelo chamado Os Acronautali comegei a me intereliSgr Qelocirco e onde tenho trabalhado desde enllJo
7 QUAL A MOTIVACAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA
R No inicio era ir Qara 0 Circo de Soleil Ate cheguei a Qassar em umaI2revia mas nlio 128ssei Hole a llrinci1al motiva~lio e a necessidade DofI2referencia 128ra al2resenta~(jes mas quando fica dificil tenho gue dar aula
24
Sexto entrevistado (Fl
1 QUAL A SUA FORMACAO
R Segundo grau comgeto
2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCO
R Trabalho hB sete anos comcirca
3 ONDE VOCE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSES
R Arte de rua epIO middotetos culturais
4 QUAL A SUA ESPECIALIDADER Malabares diabolo Contact ball bastao e devil stick
5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSE
R Nao
6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO
R Paixao (lela arle nao consegui me enquadrar no mercado formal (confeccionavamateriais de maabares e assim comeee a freinarl
7 QUAL A MOTIVACAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA
R E a minha I2rincieal (onte de renda Me considero urn artista modificador daconscitmcia social Deseio if a Belgica Qara buscar gualific8r80 e arogliar minhaatu8pound80 no Brasil
25
Selimo enlrevislado (G)
1 QUAL A SUA FORMACAOR Sou Qraduadoem Educa~o Fisica na PUC e teatro na FAP
2 HA QUANTa TEMPO TRABALHA COM CIRCaR Tnlsanos
3 ONDE VOCE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSESR Festas eventos teatros e escoas
4 QUAL A SUA ESPECIALIDADER Pahaco e rnaabares
5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSER NtJo
6 QUAL 0 MOTIVO QUE a LEVOU A ATUAR NO CIRCaR Atraves da Educa~secto Ffsica me interesse Ue10 desenvovimento motor e12esgusando enconirei 0 maabarismo e 128ra com(llementar meu tmbaho estudei 0
pahaco
7 QUAL A MOTIVACAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREAR A erincieal e a satisfaQlio lessoal (aQausos e risosectl (lretendo continuar vivendocomo arti~ta Aluamente me mfJntenho dando aulas de circo
26
Oitavo entrevistado (H)
1 QUAL A SUA FORMACAOR Sou ator e artista circense No momento esiolJ cursando Lefras na UFPR
2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCOR 6 anos
3 ONDE VOCr APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSESR Em eSJJetacuos teatrais eventos e na rua
4 QUAL A SUA ESPECIALIDADER Perna de D8U e swino
SVOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSER N~o
6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCOR Primeiramenfe trabalhava como aTiz de f8atro e sentia a necessidade de amgJiarmeu cam12D de afua~~o grofissiona e 0 circa s~mllre foi motivo earn mim deencantamento e admira~ao
7 QUAL A MOTIVACAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA
R Pela necessidade de cada vez mfis I2rofissionalizar a cena circense no estado eencontrar urna linguagem lrOQria ao integrar Q teatro com sect arte circens8
em saltos e acrobacias Os satiros faziam 0 povo rir dando continuidade alinhagem dos palhayos
Mas foi na Europa que 0 circa ganhou fona e se desenvolveu Para
Castro (1997) os espetaculos tomaram impulso ainda no Imperio Romano
quando seus anfrteatros recebiam apresentayoes de habilidades (mais tarde
classificadas como circenses) A importancia e a grandiosidade desse
espetaculo pode ser atestada pelo Circo Maximo de Roma 0 qual apareceu
pouco depois mas foi destruido em um incendio Em 40 aC no mesmalocal foi construido 0 Coliseu onde cabiam 87 mil espectadores Segundo a
autora la eram apresentadas excentricidades como homens louros nordicosanimais ex6ticos engolidores de fogo e gladiadores entre outros Porem
entre 54 e 68 dC as arenas passaram a ser ocupadas por espetaculos
sangrentos com a perseguiltao aos cristaos que eram atirados as ferasdiminuindo 0 interesse pelas artes circenses Com a decademcia do ImperioRomano os artistas circenses ganham espalto nas pracaspublieas nos
adros das igrejas e sobretudo nas feiras () ela (a feira) foi 0 lugar onde a
arte circense permaneceu de Roma a Philip Astley (CASTRO 1997 p17)
Esses circas agrupados em pequenas companhias rodavam vilas cidadese eastelos em busea de publico e de sustento Nessa apoea os circos naotinham a mesma organizaltao dos nossos dias com cabertura de lanaarquibancadas e picadeiro mas ja apresentavam numeros que permanecemate hoje como engolidores de fogo truques magicos e malabarismos Ja 0
circa como nos 0 conhecemos - urn picadairo lonas mastros trapezios
desfiles de animais - e a forma modem a de antiQuissimos entretenimentosde diversos povos e culturas (CASTRO 1997 p16)
Para melhor compreensao deve-se fazer separacaoentre 0 circa e a
arte circense De acordo com Castro (1997) a arte circense e 0 resultado de
performances artisticas desenvolvidas em diversos paises ao longo dotempo Essas performances incluem habilidades fisicas equilibrio na corda
bamba saltos mortais contorcionismo elementos de teatro e danlta e
habilidades em gera andar em monocicla do mar animais etc Ja 0 circa alocal fiSiCO onde sao feitas as apresentacOesde arte circense sofreu varias
modificayoes Segundo Fonseca (1979) 0 seu conjunto com formato
arredondado picadeiro cobertura de lona e cercado de arquibancadas s6
foi criado em 1770 dando origem ao circo modemo que e 0 que
conhecemos hoje em dia
Conforme aponta Torres (1998) 0 primeiro circa europeu modemo 0
Astleys Amphrtheatre foi inaugurado em Londres por volta de 1770 por
Philip Astley urn oficial ingles da Cavalaria Britanica_0 circo de Astley tinha
urn picadeiro circular com uma especie de arquibancada perto_Ele percebeu
que seria bern mais tacil C--) manter-se de pe sobre urn cavalo a galope
dentro de urn circulo perfeito_ Questao de lei fisica a forya centrifuga
(TORRES 1998 p_16)_Astley organizou urn espetaculo eqOestrecom rigor
e estrutura militares mas percebeu que para segurar 0 publico teria quereunir outras atracaes e juntou saltimbancos equilibristas saltadores e
palhaco_0 palhacodo batalhao era urn soldado campanio que acaba sendo
o clown e que em ingles origina de caipira_ 0 palhaconilo sabia montar
entrava no picadeiro montado ao contrario caia do cavalo subia de urn ladocaia do outro passava por baixo do cavalo Como fazia muito sucessocomecarama se desenvolver novas situacaes_Ao longo dos anos Astley
acrescentou saltos acrobaticos dancacom lacose malabarismo
De acordo com Torres (1998 p_ 18) este primeiro circo funcionava
como urn quarter os uniformes 0 rufar dos tambores as vozes de comandopara a execucao dos numeros de risco_ 0 pr6prio Astley dirigia e
apresentava 0 espetaculo criando assim a figura do mestre de cerimoniasAstley comecoua difundir 0 circo modemo e abriu uma filial em Paris ap6sconvite para apresentar-se para 0 rei da Franya S6 mais tarde algunspaises da Europa como Suecia Espanha Alemanha e Russia comecarama
desenvolver sua arte circense Em apenas cinqOenta anos 0 circo modemoja tinha se espalhado por todo 0 mundo_
Segundo Castro (1997) 0 termo circus foi utilizado pela primeira vez
em 1782 quando 0 rival de Astley Chartas Hughes abriu as portas do Royal
Circus Em principios do seculo XIX havia circos permanentes em algumasdas grandes cidades europeias_ Existiam al8m disso circos ambulantes
que se deslocavam de cidade em cidade em carretas cobertas_
22 0 CIRCONO BRASIL
Para Torres (1998) documentos apontam que no seculo XVIII antes
mesma da crialtao do circa madema ja havia grupos circenses no Brasil
Normalmente assas companhias eram formadas par ciganos expulsos da
Peninsula Iberica Tendo em vista que () sempre houve ligarao dos
ciganos com 0 circ~ (CASTRO apud TORRES 1998 p 20) Entre suas
especiaJidades incluiam-se a doma de ursos 0 ilusionismo e as exibiltoescom cavalos Hit relatos de que ales usavam tandas e nas festas sacras
havia bagunya bebedeira e exibicOes artisticas incluindo teatro de
bonecos A autera conta Que ales viajavam de cidade em cidade eadaptavamseus espetaculos ao gosto da populayao local Numeros que nao
faziam sucesso na cidade eram tirados do programa Ainda segundo Torres
(1998) 0 circo modemo s6 chegou ao Brasil a partir de 1830 Incentivadas
pelos ciclos econiimicos do cafe borracha e cana-de-arucar grandes
companhias europeias vinham apresentar-se nas cidades brasileiras Foram
essas companhias que ajudaram a formar as primeiras familias de circa que
passaram a ser as responsaveis pelo desenvolvimento do circo modemo no
Brasil Eram real mente familias com layos consangOineos que sustentavam
esta atividade Pai avo filho sobrinhos e netos eram responsaveis por tudo
desde a infra-estruturae montagemdo circo ate 0 espetaculo Castro (1997)
diz que 0 circo brasileiro ~ropicalizou algumas atracOes 0 palharo
brasileiro falava muito ao contrario do europeu que era mais mimico Era
mais conquistador e malandro seresteiro tocador de vialao com urn humor
picante 0 publico tambem apresentava caracteristicas diferentes Segundo
Eduardo Oliveira da Silva que foi aluno da segunda turma da escola
nacional de circo (TORRES 1998 p 25) Os europeus iam ao circo apreciar
a arte no Brasil os numeros perigosos eram as atrayc3es trapezia animais
selvagens e ferozes
Ate a pouco tempo esta era a situayao dos circos no Brasil Mas
diversos fatores levaram a uma mudanya na sua organizacao e
administracao Com 0 surgimento dos grandes centr~s urbanos e 0
desenvolvimento tecnol6gico apareceram tambem novas formas de
entretenimento como a televisao cinema teatro e parques de divers~o
Com isso 0 circo foi perdendo espayo e publico Na verdade 0 circo
adaptou-se aos novos tempos da mass media Tornou-se performaticD Massem esquecer a maioria das atrayOes de antigamente (TORRES 1998
pAS)
A primeira mudanya foi na rela~o familiar Agora os pais preferem
que seus filhos S8 dediquem aos estudos ao inves de sa dedicarem apenasa arte circense Os masmas passaram a perceber que com estudo seusfilhos continuariam trabalhando no circa mas agora como proprietarios deuma empresa e nao apenas como artistas Para Torres (1998) esta atitude
acabou trazendo dUBS consequencias a primeira diz respaito a visao queestes novos empresarios tern do circo Menos sentimentais para eles 0
circo e um negocio que tem que dar lucro A segunda e que para suprir a
demanda de artistas ja que as famllias circenses agora cuidavam daadministrayao surgiram as escolas de circa que formam novos artistas Elesnlio fazem parte da familia A rela~o e apenas de patrno e empregado
Igual a um funcionario que trabalha em troea de salario Hoje estas
mudanyas sa refletem em varios circos brasileiros como Beto Carrero CircaGarcia Orlando Orfei Circo Vostok e outros As velhas familias que faziam
de tudo ainda continuam nos circos mas agora na administracao deverdadeiras empresas
As mudancasocorridas na administrayao do circo moderno ajudaram acriar tambem uma nova categoria de circa Conhecidas como novo circoestas campanhias nao t~m picadeiro nem lana nem arquibancadas e seapresentam na maieria das vezes em teatros eu casas de espetaculo NasapresentayOes ha inovayOes na linguagem com a incorporayao de
elementos de danya teatro e musica Um exemplo desse tipo de circo e 0
Cirque du Soleil do Canada No Brasil ha varios grupos desse gimero
como 0 Intrepida Trupe Fratellis Teatro de An6nimos e Nau de iearos Em
Curitiba existe desde 1996 0 grupo Os Acronautas
23 MOTIVO E MOTIVACAO
Ap6s breve resgate hist6rico da arte circense segue-s8 com 0
questionamento central que e foco deste trabalho au seja como e atraves
de que sa realiza urna atividade urna aeao e urn movimento equal 0
objetivo da aCao Anterior a este questionamento cabe procurar na literatura
elementos que fundamentem a motivacao_
o terma motivayao tern suas raizes no verba latina movere quesignifiea mover A motivayao impliea movimento ativayao par isse para
descrever urn estado altarnente motivado sao utilizados termos comoexcitacao energia intensidade e ativayao Segundo a Psicologia motivos
denominam diferencas entre peculiaridades individuais duradouras que se
formaram no decorrer do tempo de desenvolvimento numa determinada
srtuacaobasica Motivacaoe dependente da srtua980e uma ocorrencia de
curto prazo Com ela se denominam todos os fatores e processos atuais que
conduzem a alYBO sob determinadas condiyaes situativas de estimulo
mantendo-as em funcionamento ate 0 tarmino Na motiva9Bo os fatores de
situacao e os fatores de motivos entram em efeito reciproco Fatores de
motivos representam assim apenas uma parte da ocorr~nciada motivaltao
Conforme Balaguer (1994) com a incorporacaodo paradigma
cognitiv~ a Psicologia 0 estudo da motivacao sofreu profundas
transformacies A partir dos anos 60 0 que vern interessando aos
psic6logos a averiguar em que medida as cognilYres as interpretalYoes dos
sujeitos influenciam em suas condutas 8 em suas motivay6es C09ni98o S8
refere ao conjunto de atividades atraves das quais a informacao eprocessada pelo sistema psiquico como a recebe seleciona transforma e
organiza como constr6i as representacoes da realidade 8 cria 0
conhecimento Muitos fenomenos estao implicados neste processamento
percepcaomem6ria elaboracaodo pensamentoe a linguagem sao alguns
deles
Para um melhor entendimento recorra-se a Nuttin (1983) no sentido
explicativo de motivacao Segundo este autor 0 termo geral motivaltao eempregado para designar 0 aspecto dinilmico e direcional do
comportamento E a motivayao que em ultima analise e responsavel pelofato de que 0 comportamento se dirige preferencialmente para umadeterminada categoria de objetivos ao inves de dirigir-se para outra ainda
que a aprendizagem desempenhe um papel secundario na aberiura do
caminho que leva para este ou aquele objetivo concreto Quanto aosmotivos 0 autor considera como sendo as concretiz8yoes das necessidadeseles constrtuem 0 componente dinamico e direcional do ato concreto
Ainda segundo Nuttin (1983) muitos autores referem-se a noyao de
motivay8o para explicar porque 0 organismo passa do estado de repousopara 0 estado de atividade A motivacliodeve mobilizar a energia ele e um
fator de energizayao Eo 0 ponto de vista fisico que explica 0 movimento por
uma forcaA biologia acaba de colocar em duvida a validade deste ponto
de vista fisico pois contrariamente ao que se pensava ate a metade doseculo passado as celulas nervosas nao tern necessidade para seremativas de uma excitayao proveniente do exterior elas nilo sao
fisiologicamente inertes a atividade e nao repouso e seu estado naturalelas n~o sao somente reativas mais ativas de maneira continua (HEBS1949 apud NUTTIN 1983 p 27)
Numa visao ampla 0 termo motiv8y80 denota fatores e processos quelevam as pessoas a ayao ou a inercia em situacOesdiversas (CRATTY
1983) De modo mais especifico 0 estudo dos motivos implica no exame das
razoes pelas quais se escolhe fazer algo ou executar algumas tarefas commaior empenho do que outras ou persistir numa atividade por longo periodode tempo
Tambem Singer (1977) descreve a motivacao como sendo a
insistencia em caminhar em direy80 a um objetivo Existem ocasioes onde ameta principal pode ser 0 alcance de uma recompensa tal como ter a nome
impresso ganhar um trofeu ou urn elogio Ern outras ocasi6es pode tamar aforma de urn impulso para 0 sucesso para provar ou conseguir alga para aauto-realizacaoExiste urn nivel ideal de motivay~o que deve estar presente
em qualquer atividade e este depende da natureza da atividade tanto quanto
da personalidadedo individuo
10
Para Frost (1971) a conduta e causada e direcionada por combina~6es
de motivQs e emoyoes alguns internos e Qutros extemos alguns geneticos e
Qutros ambientais alguns conscientes e Qutros inconscientes alguns
individuais e Qutros socia is etc
Os motivos podem ser classificados de acordo com sua fonte Por
exemplo alguns motivos sao oriundos de fontes externas e da tarefa
incluindo as diversas recompensas manifestas au latentes como 0 elogio e
as demonstracc5es de sucesso as presentes e 0 dinheiro Qutras fontes de
motiva~ao podem ser resu~ado da estrutura psicol6gica do individuo e de
suas necessidades pessoais de sucesso sociabilidade reconhecimento
etc bern como aquelas que parecem derivar de caracteristicas da propria
tarefa tais como a novidade e a complexidade da experiencia mental ou
motoracom a qual 0 individuo se defronta (CRATTY 1983)
231 Teorias Psicol6gicas
De acordo com as diversas teorias psicologicas a Motivacao pode sar
entendidadas seguintes formas (SOUZA 2005)
Teona baseada no conceito de insintos No inicio do seculo XX os
psicologos atribuiam 0 comportamento aos instintos - pad rOes de
comportamentos especificos e inatos qua caracferizavam toda uma especie
Em 1890 William James compilou uma lista de instintos humanos ca~
competiyAo mado curiosidade timidez amor vergonha e ressentimento
Mas por volta dos anos 20 a teoria dos instintos deixou de ser usada para
explicar 0 comportamento humano por tres motivos Os comportamentos
humanos mais importantes sao aprendidos Raramente 0 comportamento
humano e rigido inflexivel imutavel e encontrado em toda especia como e 0
caso do instinto Atribuir todo passive I comportamento humane a urn instinto
correspondente nao explica nada Assim por volta de 1900 os psic610gos
buscaram explicagOes mais plausiveis para a campartamento humano
Teoria dos impulsos Uma visao alternativa da motiva~o afirma que as
necessidadescorporais criam um estado de tensao ou estimula~o chamado
impulso De acordo com a teoria da redurjo de impulsos 0 comportamento
II
motivado e urna tentativa de reduzir esse desagradavel estado de ten sao do
corpo e fazer com ale retorne ao estado de homeostase au equilibria
Segundo essa teoria geralmente as impulsos podem ser divididos em duas
categorias Impulsos Primarios as quais sao inatos e encontrados em todos
as animais - inclusive no homem - motivam para a sobrevivencia da especie
- fome seda saxe e Impulsos Secundarios adquiridos par meio daaprendizagem - dinheiro sucesso etc
Tearla da ativaqao Segundo a teoria da reduyao de impulsos urna vez
satisfeitos ista e naD mais ativos 0 homem naD buscaria mais nada a nao
ser descansar pais naD haveria mais nenhuma motivayao Par issD alguns
psic6logos sugeriram a teoria da ativacao - a ativayao se refere a um estado
de alerta 0 nivel de ativay80 que oeorre em urn determinado momento se
apresenta ao longo de um continuum Numa panta esta 0 estada de alerta
maximo na outra 0 sono assim a motivacrao pode ser ativada por um desejo
de reduzir 0 estado de ativacao e em outros de intansifica-Io De acordo com
asta teoria cad a individuo teria urn nivel 6timo de ativacao que varia de uma
situayao para Dutra e ao Iongo do dia e 0 comportamento sena motivado
pelo desejo de manter urn nivel 6timo de ativayao
MotivaclJo intrinseca e extrfnseca A primeira diz respeita as recampensas
que se originam da atividade em si - 0 proprio comportamento eintrinsecamente recompensador Par conseguinte a motivaltao extrinseca se
refere as recompensas que n~o sao obtidas da atividade mas em
conseqOencia da atividade
12
3 METODOLOGIA
31 TIPO DE PESQUISA
Esta pesquisa caracteriza-se como descritiva atraves de urna
entrevista semi-estruturada Sarie de perguntas abertas em urna ordem
prevista mas na qual 0 entrevistador pode acrescentar perguntas deesclarecimentomiddot (LAVILLE amp DIONNE 1999 p188)
32 POPULAltAOE AMOSTRA
321 Popula~ao
As pessoas entrevistadas foram artistas circenses do saxe masculino
que trabalham em Circo na grande regiao de Curitiba com mais de 3 anos
de experieuromcia
322 Amostra
Assim a amostra - e a partir do criteria experiencia - foi definida par 8
artistas da Cidade sendo todos voluntarios
33INSTRUMENTO
Para obten~ao dos dados foi utilizada entrevista semi-estruturada a
qual foi aplicada aos artistas A entrevista pode sar visualizada seguida das
respostas dos entrevistados no Apendice 1
34 COLETA DE DADOS
A coleta de dados procedeu-se por meio de uma visita a ASPARTE
(Associa~ao dos Artistas do Parana) onde puderam ser realizadas com 5
13
artistas associ ados As Qutras entrevistas ocorreram no Fringe mostra
paralela ao Festival de Teatro de Curitiba Vale destacar que foram todas
entrevistas individuais previamente marcadas
35 ANALISE DOS DADOS
A analise dos dados se deu par meio de MEDIA aritmetica com
aplic8yao de porcentagem e analise interpretativa
36 LlMITACOES
Algumas dificuldades foram encontradas no decorrer deste trabalho
Uma delas se deve ao fato de alguns artistas estarem em espetaculos
rtinerantes impossibilitando 0 agendamento das entrevistas Outra
dificuldade foi encontrar artistas pertencentes a corrente tradicional do Circa
uma vez que quase todos se diziam fazer parte do chamado Circo Novo 0
numero de artistas n~o permitiu separa-Ios par tempo de atividade
14
4 APRESENTAGAO E DISCUSSAO DOS RESULTADOS
Apos a exposi~ao dos dados recolhidos pode-se analisar que existem
varios fatores que diferem urn artista de outro e conseqOentemente suas
motivafoes Para methor visualizacao os resultados foram dispostos em
gnficos
Quadro 1 Fonna~aoeTempode Experiencia(emnumeros absolutos epercentuais)
Formayao Ensino Ensino Estudo Graduayiio TotalFundamental Medio Universitario
1= 125 3= 3775 2=25 2=25
Tempo 0 34 anos 56 anos 78 anos -Ndeg 0 2=25 4=50 2=25 100sujeitos
Da mostra de 8 artistas 1 completou (125) Ensino Fundamental
Com relayao ao Ensino Medio 3 deles concluiram (3775) Estudo
Universijario 2 dos pesquisados (25) E Gradua~ao tambem 2 sujeitos
(25)0 estudo tambem apontou que os sujeitos apresentaram bom grau de
escolaridade 875 dos artistas tlgtm0 Ensino Medio
Quadro2 Espa~osde Perfonnance (emnumerosabsolutos)
CASA DE SHOW
1= 125
15
Com relacao aos locais onde e desenvolvida a arte circense 4 dos
artistas entrevistados sao de rua (50) 5 deles utilizam-sa do aspaco do
Taatro (625) Todos (100) sa aprasentam de alguma maneira debaixo
das lonas do circa 1 referiu-se a Casas de Show (125)
Quadro 3 Especialidade
PALHACO MALABARES ACROBATA TRAPEZISTA I2= 25 5=625 3= 375 1= 125 J
ARAMISTA PERNA PAU OUTRO
2=25 2= 25 3= 375
Quanta a especialidade pode-se observar que 2 trabalham com a arte
do palhaco (25) 5 sao malabaristas (625) 3 fazem acrobacias de solo
(375) 1 etrapezista (125) 2 andam na corda bamba (aramistas) (25)
2 utilizam a pema de pau (25)
Quadro 4 Familia Circense
SIM NAO1 = 125 7= 875
Apenas 1 entrevistado vem de familia circense (125)
Quadro 5 Motivo
Trabalho Instrumentalista 1= 125
a meio ambiente (familia) 3= 375
Relacao com a Capoeira 1= 125
Ginastica Olimpica 1= 125
Paixao pala Arte 1= 125
Tradicao 1= 125
16
A resperto dos motivos 1 artista tem seu motivo no trabalho
instrumentalista (125) 3 sofreram influ1ncia da familia (375) 1 dos
entrevistados veio da Capoeira (125) 1 e ex-ginasta olimpico (125) 1
teve seu motivo na paixao que a Arte Circense desperta (125) E 1 e pela
tradi980 (125) Isso mostra a variabilidade de configura90es nas quais
encontravam-se as artistas no momento do contata com 0 Circa
Quadro6Motiva9ao
Trabalha com Arte-Educa9fio 2= 25
Prazer 3= 375
SobrevivencialNecessidade 3=375
Sabre a motiv8C80 au seja aquila que as mante~minseridos na Arte
Circense 2 dos entrevistados sao arte-educadores e encontram nas Artes
Circenses meios pedag6gicos e de formacao humana 3 sao motivados pelo
prazer despertado nas atividades E 3 deles sao artistas par necessidade
Dois dos oito entrevistados (25) s6 vivem do circo e de
apresenta9iies artisticas Sendo apenas um deles pertencente a terceira
geracao de circo cnde aprendeu com seus familiares tudo 0 que sabe e
pretende prosseguir com a tradiCBo circense Outro entrevistado se formou
em Sao Paulo e ganha sua vida no picadeiro Um deles (125) e ex-ginasta
que sa apaixonou pela linguagem circense
Tr1s dos artistas entrevistados (36) sao graduados todos em
Educac80 Fisica os quais S8 mant~m financeiramente dando aulas de circo
quando nao estao desenvolvendo trabalhos artisticos A metade dos
entrevistados (50) conla com 0 apoio familiar conseguindo assim buscar
aprimoramento profissional atraves de workshops e especializa~6es_
17
5 CONCLUSAO
A partir do Objetivo Geral isto e verificar quais os motivos e motiva(iio
que levou artistas do sexo masculine a ingressar e permanecer no meio
circense concluimiddotse que ha toda uma gama de motivos (configura90es) e
tambem motiv8yoes que se apresentaram apos a referida pesquisa Foi
tracado 0 perfil dos artistas bem como - atraves das entrevistas - verificou-
se avaliou-se e comparou-se as motivQs e motiv8CBO que as levaram a
ingressar e permanecer na atividade
A motivacao como componente e fun~o gera do comportamento naD
e urna variavel que se apresenta periodicamente e neste momento
desencadeia uma ayao isolada Ela e a orientayao dinamica continua que
regula 0 funcionamento igualmente continuo do individuo em interayBo com
seu maio Esta regulacaoconcerne os aspectos direcionais e energeticos do
comportamento Por outro lado a todo 0 momenta a motivayao se apresenta
como urna configuratyao concreta de tais orientac5es dinamicas permanentes
(ativas ou latentes) a qual muda em funyao de diversos fatores internos e
extemas em funyao tambem da experiencia passada e da percepyao atual
Em alguns sujeitos por exemplo a configurayao motivacional e
excepcionalmente estavel enquanto que para outros a sua (mica
continuidade em sua maneira de agir consiste em obedecer aos impulsos do
momento e ao apelo das situayaes que se apresentam
Tudo isso leva a conclus1io de que e util distinguir de um lado a
funcao dinamica geral que ativa e dirige 0 comportamento de maneira
continua et de outro lado a constelayao motivacional concreta que eresponsavel pela regulayao do comportamento em um dado momento
Ap6s 0 contato com estes diversos artistas pode-se inferir que os
motivos sao diversos mas a principal motivacao vern da satisfayBo pessoal
pelo trabalho desenvolvido e 0 estre~o apego emocional pela arte Nesse
sentido para os entrevistados confirma-se a maxima uniAo do Uti ao
Agradave pais a grande maioria con segue se manter economicamente
como artistas ou seja sobreviver fazendo 0 que gosta
18
6 REFERENCIAS
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BERGAMINI C W Motiva~lio nas Organizaqoes 4ed sao Paulo Atlas1997
CASTRO A V 0 circo conta sua hist6ria Museu dos Teatros - FUNARJRio de Janeiro 1997
CONWAY A A history of juggling - 1994 (setembro) disponivel emhtlplwwwjugglindbcom Acessado em Janeiro de 2005
CRATTY B J PSicologia no esports 2ed Rio de Janeiro Prentice-Hall1983
DECI EL RYAN R M Intrinsic motivation and self determination inhuman behavior NewYork Plenum 1985
FONSECA M A Palhaqo da Burguesia Sao Paulo Polis 1979
FROST RB Psychological Concepts Applied to Physical Educationand Coaching USA Reading Massachusetts Menlo Park CaliforniaLondon Don Mills Ontario 1971
NUTTIN J Teoria da Motivaclo Humana sao Paulo Loyola 1983
SINGER NR Psicologia dos espor1les- mitos e verdades 2ed SaoPaulo Harbra 1977
SOUZA R L Motivaclio (sd) Disponivel emhttpwwwpsicologiabrasilescolacomlmotivacaophp Acessado em maio de2005
VERNOM M DMotivacaoHumana Petropolis Vozes 1971
19
APENDICE
Dados coletados nas entrevistas
Primeiro entrevistado (A)
1 QUAL A SUA FORMAltAO
R Segundo grau comgleto
2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCO
R Trabalho ha 5 anos com circo3 ONDE vocE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSES
R Na rua teatro e IQaresvilriados onde(QrcontratadQlmiddot
4 QUAL A SUA ESPECIALIDADE
R Palhaco
5 vocE VEM DE FAMiLIA CIRCENSE
R Nlio
6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO
R Foi atraves de um rabillho in~trumflnillista J~ fa~ia teiltro (aQdidatal ecome~ a me inte~sects2r ileQ ci~o Fiz tbfJfhos vQluntariQsect em hosgitais einsUtuifjes de saude e na rua aem qe anim2pound20 dfl fesectta
7 QUAL A MOTIVAltAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA
R A Qossibilidilde rletrabBlharcom ARTE-EDUCAQJlO e 0 auto iusentD
20
Segundo entrevistado (8)
1 QUAL A SUA FORMAltAO
R Fa(LQ1dminis(ra(Lsectona FAE
2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCO
R Trabalho hll 5 anos
3 ONDE VOC~ APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSES
R Nas f1taRAVE ~asa de shows eventos e cirrQ
4 QUAL A SUA ESPECIALIDADE
R Malabares acrobacia-soo e cigar-boxes -5 VOC~ VEM DE FAMILIA CIRCENSE
R Ntio mas de familia de artistas MinhB mtie e ltJtriz dimtora ~ figurinisecttJ
6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO
R Facilidade Estava no meiQartisti~
7 QUAL A MOTIVAltAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA
R Por ser um lema 2tl~1-M~ faz lraticar s~mQre esecttar em forma Nao eeQ dinh~i[Q ~ Q~o grazer de inQv~r Q~J~ ~hflJlar nfmbom nivel deallerfei~2m~nto lara eXI2Jssarminhas iQeigsect
21
Terceiro entrevistado (e)
1 QUAL A SUA FORMAltAO
R Segundo grau comgllo
2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCO
R 4 anos
3 ONDE VOCE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSES
R Circo eventos esgetaculos na TV e em hQteis
4 QUAL A SUA ESPECIALIDADE
R Malabares tragezio de vOos acrobacia de solo arame Qema-de-1J8U ecaroa elastica
5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSE
R Nao
6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO
R Comecei a fazer circo gara agerfeiroaros movimentos da Cal2Qeira
7 QUAL A MOTIVAltAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA
R 0 2razer de B1reSentar e treinar aem da diversao Da Qra viver
22
Quarto entrevistado (0)
1 QUAL A SUA FORMAltAOR Primeiro grau incom(leto
2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCOR Comecei aos 12 anos
3 ONDE VOCE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSESR Circo eventos e quando me alltrto na rua
4 QUAL A SUA ESPECIALIDADE
R Arame e Malabares5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSER Sim sou da ~ qeraQllo na minha familia
6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO
R Como eramosect urna f2milia circense eu nao tiv~ ol2~ao Tinhamos queaiudar a familia entao cada irmao se eSllecializou em urna atividade
7 QUAL A MOTIVAltAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA
R iinceramente nao se fazer Dutra coisS ent~o e gela sobrevivenciamesmo Tendo dinheiro ura comer e dormir eu esecttou feliz
23
Quinto entrevistado (E)
1 QUAL A SUA FORMACAOR Sou fonngdo em EduciitiQFiliicg lela PUr2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCOR 6 anos
3 ONDE VOC~ APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSESR Tenho uma emlresa chamada ARCO lrodurjesartisticas Me aQresentolrincillalmente em teatros circa e eventos
4 QUAL A SUA ESPECIALIDADER Acrobacia de solo tecido e Qanramodema
5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSER Nilo
6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCOR Grande Qarte da minha vida fui atleta Qe Ginastica Olimjca AQ6s umtrabalho Qaralelo chamado Os Acronautali comegei a me intereliSgr Qelocirco e onde tenho trabalhado desde enllJo
7 QUAL A MOTIVACAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA
R No inicio era ir Qara 0 Circo de Soleil Ate cheguei a Qassar em umaI2revia mas nlio 128ssei Hole a llrinci1al motiva~lio e a necessidade DofI2referencia 128ra al2resenta~(jes mas quando fica dificil tenho gue dar aula
24
Sexto entrevistado (Fl
1 QUAL A SUA FORMACAO
R Segundo grau comgeto
2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCO
R Trabalho hB sete anos comcirca
3 ONDE VOCE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSES
R Arte de rua epIO middotetos culturais
4 QUAL A SUA ESPECIALIDADER Malabares diabolo Contact ball bastao e devil stick
5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSE
R Nao
6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO
R Paixao (lela arle nao consegui me enquadrar no mercado formal (confeccionavamateriais de maabares e assim comeee a freinarl
7 QUAL A MOTIVACAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA
R E a minha I2rincieal (onte de renda Me considero urn artista modificador daconscitmcia social Deseio if a Belgica Qara buscar gualific8r80 e arogliar minhaatu8pound80 no Brasil
25
Selimo enlrevislado (G)
1 QUAL A SUA FORMACAOR Sou Qraduadoem Educa~o Fisica na PUC e teatro na FAP
2 HA QUANTa TEMPO TRABALHA COM CIRCaR Tnlsanos
3 ONDE VOCE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSESR Festas eventos teatros e escoas
4 QUAL A SUA ESPECIALIDADER Pahaco e rnaabares
5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSER NtJo
6 QUAL 0 MOTIVO QUE a LEVOU A ATUAR NO CIRCaR Atraves da Educa~secto Ffsica me interesse Ue10 desenvovimento motor e12esgusando enconirei 0 maabarismo e 128ra com(llementar meu tmbaho estudei 0
pahaco
7 QUAL A MOTIVACAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREAR A erincieal e a satisfaQlio lessoal (aQausos e risosectl (lretendo continuar vivendocomo arti~ta Aluamente me mfJntenho dando aulas de circo
26
Oitavo entrevistado (H)
1 QUAL A SUA FORMACAOR Sou ator e artista circense No momento esiolJ cursando Lefras na UFPR
2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCOR 6 anos
3 ONDE VOCr APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSESR Em eSJJetacuos teatrais eventos e na rua
4 QUAL A SUA ESPECIALIDADER Perna de D8U e swino
SVOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSER N~o
6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCOR Primeiramenfe trabalhava como aTiz de f8atro e sentia a necessidade de amgJiarmeu cam12D de afua~~o grofissiona e 0 circa s~mllre foi motivo earn mim deencantamento e admira~ao
7 QUAL A MOTIVACAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA
R Pela necessidade de cada vez mfis I2rofissionalizar a cena circense no estado eencontrar urna linguagem lrOQria ao integrar Q teatro com sect arte circens8
arredondado picadeiro cobertura de lona e cercado de arquibancadas s6
foi criado em 1770 dando origem ao circo modemo que e 0 que
conhecemos hoje em dia
Conforme aponta Torres (1998) 0 primeiro circa europeu modemo 0
Astleys Amphrtheatre foi inaugurado em Londres por volta de 1770 por
Philip Astley urn oficial ingles da Cavalaria Britanica_0 circo de Astley tinha
urn picadeiro circular com uma especie de arquibancada perto_Ele percebeu
que seria bern mais tacil C--) manter-se de pe sobre urn cavalo a galope
dentro de urn circulo perfeito_ Questao de lei fisica a forya centrifuga
(TORRES 1998 p_16)_Astley organizou urn espetaculo eqOestrecom rigor
e estrutura militares mas percebeu que para segurar 0 publico teria quereunir outras atracaes e juntou saltimbancos equilibristas saltadores e
palhaco_0 palhacodo batalhao era urn soldado campanio que acaba sendo
o clown e que em ingles origina de caipira_ 0 palhaconilo sabia montar
entrava no picadeiro montado ao contrario caia do cavalo subia de urn ladocaia do outro passava por baixo do cavalo Como fazia muito sucessocomecarama se desenvolver novas situacaes_Ao longo dos anos Astley
acrescentou saltos acrobaticos dancacom lacose malabarismo
De acordo com Torres (1998 p_ 18) este primeiro circo funcionava
como urn quarter os uniformes 0 rufar dos tambores as vozes de comandopara a execucao dos numeros de risco_ 0 pr6prio Astley dirigia e
apresentava 0 espetaculo criando assim a figura do mestre de cerimoniasAstley comecoua difundir 0 circo modemo e abriu uma filial em Paris ap6sconvite para apresentar-se para 0 rei da Franya S6 mais tarde algunspaises da Europa como Suecia Espanha Alemanha e Russia comecarama
desenvolver sua arte circense Em apenas cinqOenta anos 0 circo modemoja tinha se espalhado por todo 0 mundo_
Segundo Castro (1997) 0 termo circus foi utilizado pela primeira vez
em 1782 quando 0 rival de Astley Chartas Hughes abriu as portas do Royal
Circus Em principios do seculo XIX havia circos permanentes em algumasdas grandes cidades europeias_ Existiam al8m disso circos ambulantes
que se deslocavam de cidade em cidade em carretas cobertas_
22 0 CIRCONO BRASIL
Para Torres (1998) documentos apontam que no seculo XVIII antes
mesma da crialtao do circa madema ja havia grupos circenses no Brasil
Normalmente assas companhias eram formadas par ciganos expulsos da
Peninsula Iberica Tendo em vista que () sempre houve ligarao dos
ciganos com 0 circ~ (CASTRO apud TORRES 1998 p 20) Entre suas
especiaJidades incluiam-se a doma de ursos 0 ilusionismo e as exibiltoescom cavalos Hit relatos de que ales usavam tandas e nas festas sacras
havia bagunya bebedeira e exibicOes artisticas incluindo teatro de
bonecos A autera conta Que ales viajavam de cidade em cidade eadaptavamseus espetaculos ao gosto da populayao local Numeros que nao
faziam sucesso na cidade eram tirados do programa Ainda segundo Torres
(1998) 0 circo modemo s6 chegou ao Brasil a partir de 1830 Incentivadas
pelos ciclos econiimicos do cafe borracha e cana-de-arucar grandes
companhias europeias vinham apresentar-se nas cidades brasileiras Foram
essas companhias que ajudaram a formar as primeiras familias de circa que
passaram a ser as responsaveis pelo desenvolvimento do circo modemo no
Brasil Eram real mente familias com layos consangOineos que sustentavam
esta atividade Pai avo filho sobrinhos e netos eram responsaveis por tudo
desde a infra-estruturae montagemdo circo ate 0 espetaculo Castro (1997)
diz que 0 circo brasileiro ~ropicalizou algumas atracOes 0 palharo
brasileiro falava muito ao contrario do europeu que era mais mimico Era
mais conquistador e malandro seresteiro tocador de vialao com urn humor
picante 0 publico tambem apresentava caracteristicas diferentes Segundo
Eduardo Oliveira da Silva que foi aluno da segunda turma da escola
nacional de circo (TORRES 1998 p 25) Os europeus iam ao circo apreciar
a arte no Brasil os numeros perigosos eram as atrayc3es trapezia animais
selvagens e ferozes
Ate a pouco tempo esta era a situayao dos circos no Brasil Mas
diversos fatores levaram a uma mudanya na sua organizacao e
administracao Com 0 surgimento dos grandes centr~s urbanos e 0
desenvolvimento tecnol6gico apareceram tambem novas formas de
entretenimento como a televisao cinema teatro e parques de divers~o
Com isso 0 circo foi perdendo espayo e publico Na verdade 0 circo
adaptou-se aos novos tempos da mass media Tornou-se performaticD Massem esquecer a maioria das atrayOes de antigamente (TORRES 1998
pAS)
A primeira mudanya foi na rela~o familiar Agora os pais preferem
que seus filhos S8 dediquem aos estudos ao inves de sa dedicarem apenasa arte circense Os masmas passaram a perceber que com estudo seusfilhos continuariam trabalhando no circa mas agora como proprietarios deuma empresa e nao apenas como artistas Para Torres (1998) esta atitude
acabou trazendo dUBS consequencias a primeira diz respaito a visao queestes novos empresarios tern do circo Menos sentimentais para eles 0
circo e um negocio que tem que dar lucro A segunda e que para suprir a
demanda de artistas ja que as famllias circenses agora cuidavam daadministrayao surgiram as escolas de circa que formam novos artistas Elesnlio fazem parte da familia A rela~o e apenas de patrno e empregado
Igual a um funcionario que trabalha em troea de salario Hoje estas
mudanyas sa refletem em varios circos brasileiros como Beto Carrero CircaGarcia Orlando Orfei Circo Vostok e outros As velhas familias que faziam
de tudo ainda continuam nos circos mas agora na administracao deverdadeiras empresas
As mudancasocorridas na administrayao do circo moderno ajudaram acriar tambem uma nova categoria de circa Conhecidas como novo circoestas campanhias nao t~m picadeiro nem lana nem arquibancadas e seapresentam na maieria das vezes em teatros eu casas de espetaculo NasapresentayOes ha inovayOes na linguagem com a incorporayao de
elementos de danya teatro e musica Um exemplo desse tipo de circo e 0
Cirque du Soleil do Canada No Brasil ha varios grupos desse gimero
como 0 Intrepida Trupe Fratellis Teatro de An6nimos e Nau de iearos Em
Curitiba existe desde 1996 0 grupo Os Acronautas
23 MOTIVO E MOTIVACAO
Ap6s breve resgate hist6rico da arte circense segue-s8 com 0
questionamento central que e foco deste trabalho au seja como e atraves
de que sa realiza urna atividade urna aeao e urn movimento equal 0
objetivo da aCao Anterior a este questionamento cabe procurar na literatura
elementos que fundamentem a motivacao_
o terma motivayao tern suas raizes no verba latina movere quesignifiea mover A motivayao impliea movimento ativayao par isse para
descrever urn estado altarnente motivado sao utilizados termos comoexcitacao energia intensidade e ativayao Segundo a Psicologia motivos
denominam diferencas entre peculiaridades individuais duradouras que se
formaram no decorrer do tempo de desenvolvimento numa determinada
srtuacaobasica Motivacaoe dependente da srtua980e uma ocorrencia de
curto prazo Com ela se denominam todos os fatores e processos atuais que
conduzem a alYBO sob determinadas condiyaes situativas de estimulo
mantendo-as em funcionamento ate 0 tarmino Na motiva9Bo os fatores de
situacao e os fatores de motivos entram em efeito reciproco Fatores de
motivos representam assim apenas uma parte da ocorr~nciada motivaltao
Conforme Balaguer (1994) com a incorporacaodo paradigma
cognitiv~ a Psicologia 0 estudo da motivacao sofreu profundas
transformacies A partir dos anos 60 0 que vern interessando aos
psic6logos a averiguar em que medida as cognilYres as interpretalYoes dos
sujeitos influenciam em suas condutas 8 em suas motivay6es C09ni98o S8
refere ao conjunto de atividades atraves das quais a informacao eprocessada pelo sistema psiquico como a recebe seleciona transforma e
organiza como constr6i as representacoes da realidade 8 cria 0
conhecimento Muitos fenomenos estao implicados neste processamento
percepcaomem6ria elaboracaodo pensamentoe a linguagem sao alguns
deles
Para um melhor entendimento recorra-se a Nuttin (1983) no sentido
explicativo de motivacao Segundo este autor 0 termo geral motivaltao eempregado para designar 0 aspecto dinilmico e direcional do
comportamento E a motivayao que em ultima analise e responsavel pelofato de que 0 comportamento se dirige preferencialmente para umadeterminada categoria de objetivos ao inves de dirigir-se para outra ainda
que a aprendizagem desempenhe um papel secundario na aberiura do
caminho que leva para este ou aquele objetivo concreto Quanto aosmotivos 0 autor considera como sendo as concretiz8yoes das necessidadeseles constrtuem 0 componente dinamico e direcional do ato concreto
Ainda segundo Nuttin (1983) muitos autores referem-se a noyao de
motivay8o para explicar porque 0 organismo passa do estado de repousopara 0 estado de atividade A motivacliodeve mobilizar a energia ele e um
fator de energizayao Eo 0 ponto de vista fisico que explica 0 movimento por
uma forcaA biologia acaba de colocar em duvida a validade deste ponto
de vista fisico pois contrariamente ao que se pensava ate a metade doseculo passado as celulas nervosas nao tern necessidade para seremativas de uma excitayao proveniente do exterior elas nilo sao
fisiologicamente inertes a atividade e nao repouso e seu estado naturalelas n~o sao somente reativas mais ativas de maneira continua (HEBS1949 apud NUTTIN 1983 p 27)
Numa visao ampla 0 termo motiv8y80 denota fatores e processos quelevam as pessoas a ayao ou a inercia em situacOesdiversas (CRATTY
1983) De modo mais especifico 0 estudo dos motivos implica no exame das
razoes pelas quais se escolhe fazer algo ou executar algumas tarefas commaior empenho do que outras ou persistir numa atividade por longo periodode tempo
Tambem Singer (1977) descreve a motivacao como sendo a
insistencia em caminhar em direy80 a um objetivo Existem ocasioes onde ameta principal pode ser 0 alcance de uma recompensa tal como ter a nome
impresso ganhar um trofeu ou urn elogio Ern outras ocasi6es pode tamar aforma de urn impulso para 0 sucesso para provar ou conseguir alga para aauto-realizacaoExiste urn nivel ideal de motivay~o que deve estar presente
em qualquer atividade e este depende da natureza da atividade tanto quanto
da personalidadedo individuo
10
Para Frost (1971) a conduta e causada e direcionada por combina~6es
de motivQs e emoyoes alguns internos e Qutros extemos alguns geneticos e
Qutros ambientais alguns conscientes e Qutros inconscientes alguns
individuais e Qutros socia is etc
Os motivos podem ser classificados de acordo com sua fonte Por
exemplo alguns motivos sao oriundos de fontes externas e da tarefa
incluindo as diversas recompensas manifestas au latentes como 0 elogio e
as demonstracc5es de sucesso as presentes e 0 dinheiro Qutras fontes de
motiva~ao podem ser resu~ado da estrutura psicol6gica do individuo e de
suas necessidades pessoais de sucesso sociabilidade reconhecimento
etc bern como aquelas que parecem derivar de caracteristicas da propria
tarefa tais como a novidade e a complexidade da experiencia mental ou
motoracom a qual 0 individuo se defronta (CRATTY 1983)
231 Teorias Psicol6gicas
De acordo com as diversas teorias psicologicas a Motivacao pode sar
entendidadas seguintes formas (SOUZA 2005)
Teona baseada no conceito de insintos No inicio do seculo XX os
psicologos atribuiam 0 comportamento aos instintos - pad rOes de
comportamentos especificos e inatos qua caracferizavam toda uma especie
Em 1890 William James compilou uma lista de instintos humanos ca~
competiyAo mado curiosidade timidez amor vergonha e ressentimento
Mas por volta dos anos 20 a teoria dos instintos deixou de ser usada para
explicar 0 comportamento humano por tres motivos Os comportamentos
humanos mais importantes sao aprendidos Raramente 0 comportamento
humano e rigido inflexivel imutavel e encontrado em toda especia como e 0
caso do instinto Atribuir todo passive I comportamento humane a urn instinto
correspondente nao explica nada Assim por volta de 1900 os psic610gos
buscaram explicagOes mais plausiveis para a campartamento humano
Teoria dos impulsos Uma visao alternativa da motiva~o afirma que as
necessidadescorporais criam um estado de tensao ou estimula~o chamado
impulso De acordo com a teoria da redurjo de impulsos 0 comportamento
II
motivado e urna tentativa de reduzir esse desagradavel estado de ten sao do
corpo e fazer com ale retorne ao estado de homeostase au equilibria
Segundo essa teoria geralmente as impulsos podem ser divididos em duas
categorias Impulsos Primarios as quais sao inatos e encontrados em todos
as animais - inclusive no homem - motivam para a sobrevivencia da especie
- fome seda saxe e Impulsos Secundarios adquiridos par meio daaprendizagem - dinheiro sucesso etc
Tearla da ativaqao Segundo a teoria da reduyao de impulsos urna vez
satisfeitos ista e naD mais ativos 0 homem naD buscaria mais nada a nao
ser descansar pais naD haveria mais nenhuma motivayao Par issD alguns
psic6logos sugeriram a teoria da ativacao - a ativayao se refere a um estado
de alerta 0 nivel de ativay80 que oeorre em urn determinado momento se
apresenta ao longo de um continuum Numa panta esta 0 estada de alerta
maximo na outra 0 sono assim a motivacrao pode ser ativada por um desejo
de reduzir 0 estado de ativacao e em outros de intansifica-Io De acordo com
asta teoria cad a individuo teria urn nivel 6timo de ativacao que varia de uma
situayao para Dutra e ao Iongo do dia e 0 comportamento sena motivado
pelo desejo de manter urn nivel 6timo de ativayao
MotivaclJo intrinseca e extrfnseca A primeira diz respeita as recampensas
que se originam da atividade em si - 0 proprio comportamento eintrinsecamente recompensador Par conseguinte a motivaltao extrinseca se
refere as recompensas que n~o sao obtidas da atividade mas em
conseqOencia da atividade
12
3 METODOLOGIA
31 TIPO DE PESQUISA
Esta pesquisa caracteriza-se como descritiva atraves de urna
entrevista semi-estruturada Sarie de perguntas abertas em urna ordem
prevista mas na qual 0 entrevistador pode acrescentar perguntas deesclarecimentomiddot (LAVILLE amp DIONNE 1999 p188)
32 POPULAltAOE AMOSTRA
321 Popula~ao
As pessoas entrevistadas foram artistas circenses do saxe masculino
que trabalham em Circo na grande regiao de Curitiba com mais de 3 anos
de experieuromcia
322 Amostra
Assim a amostra - e a partir do criteria experiencia - foi definida par 8
artistas da Cidade sendo todos voluntarios
33INSTRUMENTO
Para obten~ao dos dados foi utilizada entrevista semi-estruturada a
qual foi aplicada aos artistas A entrevista pode sar visualizada seguida das
respostas dos entrevistados no Apendice 1
34 COLETA DE DADOS
A coleta de dados procedeu-se por meio de uma visita a ASPARTE
(Associa~ao dos Artistas do Parana) onde puderam ser realizadas com 5
13
artistas associ ados As Qutras entrevistas ocorreram no Fringe mostra
paralela ao Festival de Teatro de Curitiba Vale destacar que foram todas
entrevistas individuais previamente marcadas
35 ANALISE DOS DADOS
A analise dos dados se deu par meio de MEDIA aritmetica com
aplic8yao de porcentagem e analise interpretativa
36 LlMITACOES
Algumas dificuldades foram encontradas no decorrer deste trabalho
Uma delas se deve ao fato de alguns artistas estarem em espetaculos
rtinerantes impossibilitando 0 agendamento das entrevistas Outra
dificuldade foi encontrar artistas pertencentes a corrente tradicional do Circa
uma vez que quase todos se diziam fazer parte do chamado Circo Novo 0
numero de artistas n~o permitiu separa-Ios par tempo de atividade
14
4 APRESENTAGAO E DISCUSSAO DOS RESULTADOS
Apos a exposi~ao dos dados recolhidos pode-se analisar que existem
varios fatores que diferem urn artista de outro e conseqOentemente suas
motivafoes Para methor visualizacao os resultados foram dispostos em
gnficos
Quadro 1 Fonna~aoeTempode Experiencia(emnumeros absolutos epercentuais)
Formayao Ensino Ensino Estudo Graduayiio TotalFundamental Medio Universitario
1= 125 3= 3775 2=25 2=25
Tempo 0 34 anos 56 anos 78 anos -Ndeg 0 2=25 4=50 2=25 100sujeitos
Da mostra de 8 artistas 1 completou (125) Ensino Fundamental
Com relayao ao Ensino Medio 3 deles concluiram (3775) Estudo
Universijario 2 dos pesquisados (25) E Gradua~ao tambem 2 sujeitos
(25)0 estudo tambem apontou que os sujeitos apresentaram bom grau de
escolaridade 875 dos artistas tlgtm0 Ensino Medio
Quadro2 Espa~osde Perfonnance (emnumerosabsolutos)
CASA DE SHOW
1= 125
15
Com relacao aos locais onde e desenvolvida a arte circense 4 dos
artistas entrevistados sao de rua (50) 5 deles utilizam-sa do aspaco do
Taatro (625) Todos (100) sa aprasentam de alguma maneira debaixo
das lonas do circa 1 referiu-se a Casas de Show (125)
Quadro 3 Especialidade
PALHACO MALABARES ACROBATA TRAPEZISTA I2= 25 5=625 3= 375 1= 125 J
ARAMISTA PERNA PAU OUTRO
2=25 2= 25 3= 375
Quanta a especialidade pode-se observar que 2 trabalham com a arte
do palhaco (25) 5 sao malabaristas (625) 3 fazem acrobacias de solo
(375) 1 etrapezista (125) 2 andam na corda bamba (aramistas) (25)
2 utilizam a pema de pau (25)
Quadro 4 Familia Circense
SIM NAO1 = 125 7= 875
Apenas 1 entrevistado vem de familia circense (125)
Quadro 5 Motivo
Trabalho Instrumentalista 1= 125
a meio ambiente (familia) 3= 375
Relacao com a Capoeira 1= 125
Ginastica Olimpica 1= 125
Paixao pala Arte 1= 125
Tradicao 1= 125
16
A resperto dos motivos 1 artista tem seu motivo no trabalho
instrumentalista (125) 3 sofreram influ1ncia da familia (375) 1 dos
entrevistados veio da Capoeira (125) 1 e ex-ginasta olimpico (125) 1
teve seu motivo na paixao que a Arte Circense desperta (125) E 1 e pela
tradi980 (125) Isso mostra a variabilidade de configura90es nas quais
encontravam-se as artistas no momento do contata com 0 Circa
Quadro6Motiva9ao
Trabalha com Arte-Educa9fio 2= 25
Prazer 3= 375
SobrevivencialNecessidade 3=375
Sabre a motiv8C80 au seja aquila que as mante~minseridos na Arte
Circense 2 dos entrevistados sao arte-educadores e encontram nas Artes
Circenses meios pedag6gicos e de formacao humana 3 sao motivados pelo
prazer despertado nas atividades E 3 deles sao artistas par necessidade
Dois dos oito entrevistados (25) s6 vivem do circo e de
apresenta9iies artisticas Sendo apenas um deles pertencente a terceira
geracao de circo cnde aprendeu com seus familiares tudo 0 que sabe e
pretende prosseguir com a tradiCBo circense Outro entrevistado se formou
em Sao Paulo e ganha sua vida no picadeiro Um deles (125) e ex-ginasta
que sa apaixonou pela linguagem circense
Tr1s dos artistas entrevistados (36) sao graduados todos em
Educac80 Fisica os quais S8 mant~m financeiramente dando aulas de circo
quando nao estao desenvolvendo trabalhos artisticos A metade dos
entrevistados (50) conla com 0 apoio familiar conseguindo assim buscar
aprimoramento profissional atraves de workshops e especializa~6es_
17
5 CONCLUSAO
A partir do Objetivo Geral isto e verificar quais os motivos e motiva(iio
que levou artistas do sexo masculine a ingressar e permanecer no meio
circense concluimiddotse que ha toda uma gama de motivos (configura90es) e
tambem motiv8yoes que se apresentaram apos a referida pesquisa Foi
tracado 0 perfil dos artistas bem como - atraves das entrevistas - verificou-
se avaliou-se e comparou-se as motivQs e motiv8CBO que as levaram a
ingressar e permanecer na atividade
A motivacao como componente e fun~o gera do comportamento naD
e urna variavel que se apresenta periodicamente e neste momento
desencadeia uma ayao isolada Ela e a orientayao dinamica continua que
regula 0 funcionamento igualmente continuo do individuo em interayBo com
seu maio Esta regulacaoconcerne os aspectos direcionais e energeticos do
comportamento Por outro lado a todo 0 momenta a motivayao se apresenta
como urna configuratyao concreta de tais orientac5es dinamicas permanentes
(ativas ou latentes) a qual muda em funyao de diversos fatores internos e
extemas em funyao tambem da experiencia passada e da percepyao atual
Em alguns sujeitos por exemplo a configurayao motivacional e
excepcionalmente estavel enquanto que para outros a sua (mica
continuidade em sua maneira de agir consiste em obedecer aos impulsos do
momento e ao apelo das situayaes que se apresentam
Tudo isso leva a conclus1io de que e util distinguir de um lado a
funcao dinamica geral que ativa e dirige 0 comportamento de maneira
continua et de outro lado a constelayao motivacional concreta que eresponsavel pela regulayao do comportamento em um dado momento
Ap6s 0 contato com estes diversos artistas pode-se inferir que os
motivos sao diversos mas a principal motivacao vern da satisfayBo pessoal
pelo trabalho desenvolvido e 0 estre~o apego emocional pela arte Nesse
sentido para os entrevistados confirma-se a maxima uniAo do Uti ao
Agradave pais a grande maioria con segue se manter economicamente
como artistas ou seja sobreviver fazendo 0 que gosta
18
6 REFERENCIAS
BALAGUER I Entrenamiento psicol6gico en el deports ValenciaAlbatros Educacion 1994
BERGAMINI C W Motiva~lio nas Organizaqoes 4ed sao Paulo Atlas1997
CASTRO A V 0 circo conta sua hist6ria Museu dos Teatros - FUNARJRio de Janeiro 1997
CONWAY A A history of juggling - 1994 (setembro) disponivel emhtlplwwwjugglindbcom Acessado em Janeiro de 2005
CRATTY B J PSicologia no esports 2ed Rio de Janeiro Prentice-Hall1983
DECI EL RYAN R M Intrinsic motivation and self determination inhuman behavior NewYork Plenum 1985
FONSECA M A Palhaqo da Burguesia Sao Paulo Polis 1979
FROST RB Psychological Concepts Applied to Physical Educationand Coaching USA Reading Massachusetts Menlo Park CaliforniaLondon Don Mills Ontario 1971
NUTTIN J Teoria da Motivaclo Humana sao Paulo Loyola 1983
SINGER NR Psicologia dos espor1les- mitos e verdades 2ed SaoPaulo Harbra 1977
SOUZA R L Motivaclio (sd) Disponivel emhttpwwwpsicologiabrasilescolacomlmotivacaophp Acessado em maio de2005
VERNOM M DMotivacaoHumana Petropolis Vozes 1971
19
APENDICE
Dados coletados nas entrevistas
Primeiro entrevistado (A)
1 QUAL A SUA FORMAltAO
R Segundo grau comgleto
2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCO
R Trabalho ha 5 anos com circo3 ONDE vocE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSES
R Na rua teatro e IQaresvilriados onde(QrcontratadQlmiddot
4 QUAL A SUA ESPECIALIDADE
R Palhaco
5 vocE VEM DE FAMiLIA CIRCENSE
R Nlio
6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO
R Foi atraves de um rabillho in~trumflnillista J~ fa~ia teiltro (aQdidatal ecome~ a me inte~sects2r ileQ ci~o Fiz tbfJfhos vQluntariQsect em hosgitais einsUtuifjes de saude e na rua aem qe anim2pound20 dfl fesectta
7 QUAL A MOTIVAltAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA
R A Qossibilidilde rletrabBlharcom ARTE-EDUCAQJlO e 0 auto iusentD
20
Segundo entrevistado (8)
1 QUAL A SUA FORMAltAO
R Fa(LQ1dminis(ra(Lsectona FAE
2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCO
R Trabalho hll 5 anos
3 ONDE VOC~ APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSES
R Nas f1taRAVE ~asa de shows eventos e cirrQ
4 QUAL A SUA ESPECIALIDADE
R Malabares acrobacia-soo e cigar-boxes -5 VOC~ VEM DE FAMILIA CIRCENSE
R Ntio mas de familia de artistas MinhB mtie e ltJtriz dimtora ~ figurinisecttJ
6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO
R Facilidade Estava no meiQartisti~
7 QUAL A MOTIVAltAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA
R Por ser um lema 2tl~1-M~ faz lraticar s~mQre esecttar em forma Nao eeQ dinh~i[Q ~ Q~o grazer de inQv~r Q~J~ ~hflJlar nfmbom nivel deallerfei~2m~nto lara eXI2Jssarminhas iQeigsect
21
Terceiro entrevistado (e)
1 QUAL A SUA FORMAltAO
R Segundo grau comgllo
2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCO
R 4 anos
3 ONDE VOCE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSES
R Circo eventos esgetaculos na TV e em hQteis
4 QUAL A SUA ESPECIALIDADE
R Malabares tragezio de vOos acrobacia de solo arame Qema-de-1J8U ecaroa elastica
5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSE
R Nao
6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO
R Comecei a fazer circo gara agerfeiroaros movimentos da Cal2Qeira
7 QUAL A MOTIVAltAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA
R 0 2razer de B1reSentar e treinar aem da diversao Da Qra viver
22
Quarto entrevistado (0)
1 QUAL A SUA FORMAltAOR Primeiro grau incom(leto
2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCOR Comecei aos 12 anos
3 ONDE VOCE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSESR Circo eventos e quando me alltrto na rua
4 QUAL A SUA ESPECIALIDADE
R Arame e Malabares5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSER Sim sou da ~ qeraQllo na minha familia
6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO
R Como eramosect urna f2milia circense eu nao tiv~ ol2~ao Tinhamos queaiudar a familia entao cada irmao se eSllecializou em urna atividade
7 QUAL A MOTIVAltAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA
R iinceramente nao se fazer Dutra coisS ent~o e gela sobrevivenciamesmo Tendo dinheiro ura comer e dormir eu esecttou feliz
23
Quinto entrevistado (E)
1 QUAL A SUA FORMACAOR Sou fonngdo em EduciitiQFiliicg lela PUr2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCOR 6 anos
3 ONDE VOC~ APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSESR Tenho uma emlresa chamada ARCO lrodurjesartisticas Me aQresentolrincillalmente em teatros circa e eventos
4 QUAL A SUA ESPECIALIDADER Acrobacia de solo tecido e Qanramodema
5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSER Nilo
6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCOR Grande Qarte da minha vida fui atleta Qe Ginastica Olimjca AQ6s umtrabalho Qaralelo chamado Os Acronautali comegei a me intereliSgr Qelocirco e onde tenho trabalhado desde enllJo
7 QUAL A MOTIVACAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA
R No inicio era ir Qara 0 Circo de Soleil Ate cheguei a Qassar em umaI2revia mas nlio 128ssei Hole a llrinci1al motiva~lio e a necessidade DofI2referencia 128ra al2resenta~(jes mas quando fica dificil tenho gue dar aula
24
Sexto entrevistado (Fl
1 QUAL A SUA FORMACAO
R Segundo grau comgeto
2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCO
R Trabalho hB sete anos comcirca
3 ONDE VOCE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSES
R Arte de rua epIO middotetos culturais
4 QUAL A SUA ESPECIALIDADER Malabares diabolo Contact ball bastao e devil stick
5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSE
R Nao
6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO
R Paixao (lela arle nao consegui me enquadrar no mercado formal (confeccionavamateriais de maabares e assim comeee a freinarl
7 QUAL A MOTIVACAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA
R E a minha I2rincieal (onte de renda Me considero urn artista modificador daconscitmcia social Deseio if a Belgica Qara buscar gualific8r80 e arogliar minhaatu8pound80 no Brasil
25
Selimo enlrevislado (G)
1 QUAL A SUA FORMACAOR Sou Qraduadoem Educa~o Fisica na PUC e teatro na FAP
2 HA QUANTa TEMPO TRABALHA COM CIRCaR Tnlsanos
3 ONDE VOCE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSESR Festas eventos teatros e escoas
4 QUAL A SUA ESPECIALIDADER Pahaco e rnaabares
5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSER NtJo
6 QUAL 0 MOTIVO QUE a LEVOU A ATUAR NO CIRCaR Atraves da Educa~secto Ffsica me interesse Ue10 desenvovimento motor e12esgusando enconirei 0 maabarismo e 128ra com(llementar meu tmbaho estudei 0
pahaco
7 QUAL A MOTIVACAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREAR A erincieal e a satisfaQlio lessoal (aQausos e risosectl (lretendo continuar vivendocomo arti~ta Aluamente me mfJntenho dando aulas de circo
26
Oitavo entrevistado (H)
1 QUAL A SUA FORMACAOR Sou ator e artista circense No momento esiolJ cursando Lefras na UFPR
2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCOR 6 anos
3 ONDE VOCr APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSESR Em eSJJetacuos teatrais eventos e na rua
4 QUAL A SUA ESPECIALIDADER Perna de D8U e swino
SVOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSER N~o
6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCOR Primeiramenfe trabalhava como aTiz de f8atro e sentia a necessidade de amgJiarmeu cam12D de afua~~o grofissiona e 0 circa s~mllre foi motivo earn mim deencantamento e admira~ao
7 QUAL A MOTIVACAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA
R Pela necessidade de cada vez mfis I2rofissionalizar a cena circense no estado eencontrar urna linguagem lrOQria ao integrar Q teatro com sect arte circens8
22 0 CIRCONO BRASIL
Para Torres (1998) documentos apontam que no seculo XVIII antes
mesma da crialtao do circa madema ja havia grupos circenses no Brasil
Normalmente assas companhias eram formadas par ciganos expulsos da
Peninsula Iberica Tendo em vista que () sempre houve ligarao dos
ciganos com 0 circ~ (CASTRO apud TORRES 1998 p 20) Entre suas
especiaJidades incluiam-se a doma de ursos 0 ilusionismo e as exibiltoescom cavalos Hit relatos de que ales usavam tandas e nas festas sacras
havia bagunya bebedeira e exibicOes artisticas incluindo teatro de
bonecos A autera conta Que ales viajavam de cidade em cidade eadaptavamseus espetaculos ao gosto da populayao local Numeros que nao
faziam sucesso na cidade eram tirados do programa Ainda segundo Torres
(1998) 0 circo modemo s6 chegou ao Brasil a partir de 1830 Incentivadas
pelos ciclos econiimicos do cafe borracha e cana-de-arucar grandes
companhias europeias vinham apresentar-se nas cidades brasileiras Foram
essas companhias que ajudaram a formar as primeiras familias de circa que
passaram a ser as responsaveis pelo desenvolvimento do circo modemo no
Brasil Eram real mente familias com layos consangOineos que sustentavam
esta atividade Pai avo filho sobrinhos e netos eram responsaveis por tudo
desde a infra-estruturae montagemdo circo ate 0 espetaculo Castro (1997)
diz que 0 circo brasileiro ~ropicalizou algumas atracOes 0 palharo
brasileiro falava muito ao contrario do europeu que era mais mimico Era
mais conquistador e malandro seresteiro tocador de vialao com urn humor
picante 0 publico tambem apresentava caracteristicas diferentes Segundo
Eduardo Oliveira da Silva que foi aluno da segunda turma da escola
nacional de circo (TORRES 1998 p 25) Os europeus iam ao circo apreciar
a arte no Brasil os numeros perigosos eram as atrayc3es trapezia animais
selvagens e ferozes
Ate a pouco tempo esta era a situayao dos circos no Brasil Mas
diversos fatores levaram a uma mudanya na sua organizacao e
administracao Com 0 surgimento dos grandes centr~s urbanos e 0
desenvolvimento tecnol6gico apareceram tambem novas formas de
entretenimento como a televisao cinema teatro e parques de divers~o
Com isso 0 circo foi perdendo espayo e publico Na verdade 0 circo
adaptou-se aos novos tempos da mass media Tornou-se performaticD Massem esquecer a maioria das atrayOes de antigamente (TORRES 1998
pAS)
A primeira mudanya foi na rela~o familiar Agora os pais preferem
que seus filhos S8 dediquem aos estudos ao inves de sa dedicarem apenasa arte circense Os masmas passaram a perceber que com estudo seusfilhos continuariam trabalhando no circa mas agora como proprietarios deuma empresa e nao apenas como artistas Para Torres (1998) esta atitude
acabou trazendo dUBS consequencias a primeira diz respaito a visao queestes novos empresarios tern do circo Menos sentimentais para eles 0
circo e um negocio que tem que dar lucro A segunda e que para suprir a
demanda de artistas ja que as famllias circenses agora cuidavam daadministrayao surgiram as escolas de circa que formam novos artistas Elesnlio fazem parte da familia A rela~o e apenas de patrno e empregado
Igual a um funcionario que trabalha em troea de salario Hoje estas
mudanyas sa refletem em varios circos brasileiros como Beto Carrero CircaGarcia Orlando Orfei Circo Vostok e outros As velhas familias que faziam
de tudo ainda continuam nos circos mas agora na administracao deverdadeiras empresas
As mudancasocorridas na administrayao do circo moderno ajudaram acriar tambem uma nova categoria de circa Conhecidas como novo circoestas campanhias nao t~m picadeiro nem lana nem arquibancadas e seapresentam na maieria das vezes em teatros eu casas de espetaculo NasapresentayOes ha inovayOes na linguagem com a incorporayao de
elementos de danya teatro e musica Um exemplo desse tipo de circo e 0
Cirque du Soleil do Canada No Brasil ha varios grupos desse gimero
como 0 Intrepida Trupe Fratellis Teatro de An6nimos e Nau de iearos Em
Curitiba existe desde 1996 0 grupo Os Acronautas
23 MOTIVO E MOTIVACAO
Ap6s breve resgate hist6rico da arte circense segue-s8 com 0
questionamento central que e foco deste trabalho au seja como e atraves
de que sa realiza urna atividade urna aeao e urn movimento equal 0
objetivo da aCao Anterior a este questionamento cabe procurar na literatura
elementos que fundamentem a motivacao_
o terma motivayao tern suas raizes no verba latina movere quesignifiea mover A motivayao impliea movimento ativayao par isse para
descrever urn estado altarnente motivado sao utilizados termos comoexcitacao energia intensidade e ativayao Segundo a Psicologia motivos
denominam diferencas entre peculiaridades individuais duradouras que se
formaram no decorrer do tempo de desenvolvimento numa determinada
srtuacaobasica Motivacaoe dependente da srtua980e uma ocorrencia de
curto prazo Com ela se denominam todos os fatores e processos atuais que
conduzem a alYBO sob determinadas condiyaes situativas de estimulo
mantendo-as em funcionamento ate 0 tarmino Na motiva9Bo os fatores de
situacao e os fatores de motivos entram em efeito reciproco Fatores de
motivos representam assim apenas uma parte da ocorr~nciada motivaltao
Conforme Balaguer (1994) com a incorporacaodo paradigma
cognitiv~ a Psicologia 0 estudo da motivacao sofreu profundas
transformacies A partir dos anos 60 0 que vern interessando aos
psic6logos a averiguar em que medida as cognilYres as interpretalYoes dos
sujeitos influenciam em suas condutas 8 em suas motivay6es C09ni98o S8
refere ao conjunto de atividades atraves das quais a informacao eprocessada pelo sistema psiquico como a recebe seleciona transforma e
organiza como constr6i as representacoes da realidade 8 cria 0
conhecimento Muitos fenomenos estao implicados neste processamento
percepcaomem6ria elaboracaodo pensamentoe a linguagem sao alguns
deles
Para um melhor entendimento recorra-se a Nuttin (1983) no sentido
explicativo de motivacao Segundo este autor 0 termo geral motivaltao eempregado para designar 0 aspecto dinilmico e direcional do
comportamento E a motivayao que em ultima analise e responsavel pelofato de que 0 comportamento se dirige preferencialmente para umadeterminada categoria de objetivos ao inves de dirigir-se para outra ainda
que a aprendizagem desempenhe um papel secundario na aberiura do
caminho que leva para este ou aquele objetivo concreto Quanto aosmotivos 0 autor considera como sendo as concretiz8yoes das necessidadeseles constrtuem 0 componente dinamico e direcional do ato concreto
Ainda segundo Nuttin (1983) muitos autores referem-se a noyao de
motivay8o para explicar porque 0 organismo passa do estado de repousopara 0 estado de atividade A motivacliodeve mobilizar a energia ele e um
fator de energizayao Eo 0 ponto de vista fisico que explica 0 movimento por
uma forcaA biologia acaba de colocar em duvida a validade deste ponto
de vista fisico pois contrariamente ao que se pensava ate a metade doseculo passado as celulas nervosas nao tern necessidade para seremativas de uma excitayao proveniente do exterior elas nilo sao
fisiologicamente inertes a atividade e nao repouso e seu estado naturalelas n~o sao somente reativas mais ativas de maneira continua (HEBS1949 apud NUTTIN 1983 p 27)
Numa visao ampla 0 termo motiv8y80 denota fatores e processos quelevam as pessoas a ayao ou a inercia em situacOesdiversas (CRATTY
1983) De modo mais especifico 0 estudo dos motivos implica no exame das
razoes pelas quais se escolhe fazer algo ou executar algumas tarefas commaior empenho do que outras ou persistir numa atividade por longo periodode tempo
Tambem Singer (1977) descreve a motivacao como sendo a
insistencia em caminhar em direy80 a um objetivo Existem ocasioes onde ameta principal pode ser 0 alcance de uma recompensa tal como ter a nome
impresso ganhar um trofeu ou urn elogio Ern outras ocasi6es pode tamar aforma de urn impulso para 0 sucesso para provar ou conseguir alga para aauto-realizacaoExiste urn nivel ideal de motivay~o que deve estar presente
em qualquer atividade e este depende da natureza da atividade tanto quanto
da personalidadedo individuo
10
Para Frost (1971) a conduta e causada e direcionada por combina~6es
de motivQs e emoyoes alguns internos e Qutros extemos alguns geneticos e
Qutros ambientais alguns conscientes e Qutros inconscientes alguns
individuais e Qutros socia is etc
Os motivos podem ser classificados de acordo com sua fonte Por
exemplo alguns motivos sao oriundos de fontes externas e da tarefa
incluindo as diversas recompensas manifestas au latentes como 0 elogio e
as demonstracc5es de sucesso as presentes e 0 dinheiro Qutras fontes de
motiva~ao podem ser resu~ado da estrutura psicol6gica do individuo e de
suas necessidades pessoais de sucesso sociabilidade reconhecimento
etc bern como aquelas que parecem derivar de caracteristicas da propria
tarefa tais como a novidade e a complexidade da experiencia mental ou
motoracom a qual 0 individuo se defronta (CRATTY 1983)
231 Teorias Psicol6gicas
De acordo com as diversas teorias psicologicas a Motivacao pode sar
entendidadas seguintes formas (SOUZA 2005)
Teona baseada no conceito de insintos No inicio do seculo XX os
psicologos atribuiam 0 comportamento aos instintos - pad rOes de
comportamentos especificos e inatos qua caracferizavam toda uma especie
Em 1890 William James compilou uma lista de instintos humanos ca~
competiyAo mado curiosidade timidez amor vergonha e ressentimento
Mas por volta dos anos 20 a teoria dos instintos deixou de ser usada para
explicar 0 comportamento humano por tres motivos Os comportamentos
humanos mais importantes sao aprendidos Raramente 0 comportamento
humano e rigido inflexivel imutavel e encontrado em toda especia como e 0
caso do instinto Atribuir todo passive I comportamento humane a urn instinto
correspondente nao explica nada Assim por volta de 1900 os psic610gos
buscaram explicagOes mais plausiveis para a campartamento humano
Teoria dos impulsos Uma visao alternativa da motiva~o afirma que as
necessidadescorporais criam um estado de tensao ou estimula~o chamado
impulso De acordo com a teoria da redurjo de impulsos 0 comportamento
II
motivado e urna tentativa de reduzir esse desagradavel estado de ten sao do
corpo e fazer com ale retorne ao estado de homeostase au equilibria
Segundo essa teoria geralmente as impulsos podem ser divididos em duas
categorias Impulsos Primarios as quais sao inatos e encontrados em todos
as animais - inclusive no homem - motivam para a sobrevivencia da especie
- fome seda saxe e Impulsos Secundarios adquiridos par meio daaprendizagem - dinheiro sucesso etc
Tearla da ativaqao Segundo a teoria da reduyao de impulsos urna vez
satisfeitos ista e naD mais ativos 0 homem naD buscaria mais nada a nao
ser descansar pais naD haveria mais nenhuma motivayao Par issD alguns
psic6logos sugeriram a teoria da ativacao - a ativayao se refere a um estado
de alerta 0 nivel de ativay80 que oeorre em urn determinado momento se
apresenta ao longo de um continuum Numa panta esta 0 estada de alerta
maximo na outra 0 sono assim a motivacrao pode ser ativada por um desejo
de reduzir 0 estado de ativacao e em outros de intansifica-Io De acordo com
asta teoria cad a individuo teria urn nivel 6timo de ativacao que varia de uma
situayao para Dutra e ao Iongo do dia e 0 comportamento sena motivado
pelo desejo de manter urn nivel 6timo de ativayao
MotivaclJo intrinseca e extrfnseca A primeira diz respeita as recampensas
que se originam da atividade em si - 0 proprio comportamento eintrinsecamente recompensador Par conseguinte a motivaltao extrinseca se
refere as recompensas que n~o sao obtidas da atividade mas em
conseqOencia da atividade
12
3 METODOLOGIA
31 TIPO DE PESQUISA
Esta pesquisa caracteriza-se como descritiva atraves de urna
entrevista semi-estruturada Sarie de perguntas abertas em urna ordem
prevista mas na qual 0 entrevistador pode acrescentar perguntas deesclarecimentomiddot (LAVILLE amp DIONNE 1999 p188)
32 POPULAltAOE AMOSTRA
321 Popula~ao
As pessoas entrevistadas foram artistas circenses do saxe masculino
que trabalham em Circo na grande regiao de Curitiba com mais de 3 anos
de experieuromcia
322 Amostra
Assim a amostra - e a partir do criteria experiencia - foi definida par 8
artistas da Cidade sendo todos voluntarios
33INSTRUMENTO
Para obten~ao dos dados foi utilizada entrevista semi-estruturada a
qual foi aplicada aos artistas A entrevista pode sar visualizada seguida das
respostas dos entrevistados no Apendice 1
34 COLETA DE DADOS
A coleta de dados procedeu-se por meio de uma visita a ASPARTE
(Associa~ao dos Artistas do Parana) onde puderam ser realizadas com 5
13
artistas associ ados As Qutras entrevistas ocorreram no Fringe mostra
paralela ao Festival de Teatro de Curitiba Vale destacar que foram todas
entrevistas individuais previamente marcadas
35 ANALISE DOS DADOS
A analise dos dados se deu par meio de MEDIA aritmetica com
aplic8yao de porcentagem e analise interpretativa
36 LlMITACOES
Algumas dificuldades foram encontradas no decorrer deste trabalho
Uma delas se deve ao fato de alguns artistas estarem em espetaculos
rtinerantes impossibilitando 0 agendamento das entrevistas Outra
dificuldade foi encontrar artistas pertencentes a corrente tradicional do Circa
uma vez que quase todos se diziam fazer parte do chamado Circo Novo 0
numero de artistas n~o permitiu separa-Ios par tempo de atividade
14
4 APRESENTAGAO E DISCUSSAO DOS RESULTADOS
Apos a exposi~ao dos dados recolhidos pode-se analisar que existem
varios fatores que diferem urn artista de outro e conseqOentemente suas
motivafoes Para methor visualizacao os resultados foram dispostos em
gnficos
Quadro 1 Fonna~aoeTempode Experiencia(emnumeros absolutos epercentuais)
Formayao Ensino Ensino Estudo Graduayiio TotalFundamental Medio Universitario
1= 125 3= 3775 2=25 2=25
Tempo 0 34 anos 56 anos 78 anos -Ndeg 0 2=25 4=50 2=25 100sujeitos
Da mostra de 8 artistas 1 completou (125) Ensino Fundamental
Com relayao ao Ensino Medio 3 deles concluiram (3775) Estudo
Universijario 2 dos pesquisados (25) E Gradua~ao tambem 2 sujeitos
(25)0 estudo tambem apontou que os sujeitos apresentaram bom grau de
escolaridade 875 dos artistas tlgtm0 Ensino Medio
Quadro2 Espa~osde Perfonnance (emnumerosabsolutos)
CASA DE SHOW
1= 125
15
Com relacao aos locais onde e desenvolvida a arte circense 4 dos
artistas entrevistados sao de rua (50) 5 deles utilizam-sa do aspaco do
Taatro (625) Todos (100) sa aprasentam de alguma maneira debaixo
das lonas do circa 1 referiu-se a Casas de Show (125)
Quadro 3 Especialidade
PALHACO MALABARES ACROBATA TRAPEZISTA I2= 25 5=625 3= 375 1= 125 J
ARAMISTA PERNA PAU OUTRO
2=25 2= 25 3= 375
Quanta a especialidade pode-se observar que 2 trabalham com a arte
do palhaco (25) 5 sao malabaristas (625) 3 fazem acrobacias de solo
(375) 1 etrapezista (125) 2 andam na corda bamba (aramistas) (25)
2 utilizam a pema de pau (25)
Quadro 4 Familia Circense
SIM NAO1 = 125 7= 875
Apenas 1 entrevistado vem de familia circense (125)
Quadro 5 Motivo
Trabalho Instrumentalista 1= 125
a meio ambiente (familia) 3= 375
Relacao com a Capoeira 1= 125
Ginastica Olimpica 1= 125
Paixao pala Arte 1= 125
Tradicao 1= 125
16
A resperto dos motivos 1 artista tem seu motivo no trabalho
instrumentalista (125) 3 sofreram influ1ncia da familia (375) 1 dos
entrevistados veio da Capoeira (125) 1 e ex-ginasta olimpico (125) 1
teve seu motivo na paixao que a Arte Circense desperta (125) E 1 e pela
tradi980 (125) Isso mostra a variabilidade de configura90es nas quais
encontravam-se as artistas no momento do contata com 0 Circa
Quadro6Motiva9ao
Trabalha com Arte-Educa9fio 2= 25
Prazer 3= 375
SobrevivencialNecessidade 3=375
Sabre a motiv8C80 au seja aquila que as mante~minseridos na Arte
Circense 2 dos entrevistados sao arte-educadores e encontram nas Artes
Circenses meios pedag6gicos e de formacao humana 3 sao motivados pelo
prazer despertado nas atividades E 3 deles sao artistas par necessidade
Dois dos oito entrevistados (25) s6 vivem do circo e de
apresenta9iies artisticas Sendo apenas um deles pertencente a terceira
geracao de circo cnde aprendeu com seus familiares tudo 0 que sabe e
pretende prosseguir com a tradiCBo circense Outro entrevistado se formou
em Sao Paulo e ganha sua vida no picadeiro Um deles (125) e ex-ginasta
que sa apaixonou pela linguagem circense
Tr1s dos artistas entrevistados (36) sao graduados todos em
Educac80 Fisica os quais S8 mant~m financeiramente dando aulas de circo
quando nao estao desenvolvendo trabalhos artisticos A metade dos
entrevistados (50) conla com 0 apoio familiar conseguindo assim buscar
aprimoramento profissional atraves de workshops e especializa~6es_
17
5 CONCLUSAO
A partir do Objetivo Geral isto e verificar quais os motivos e motiva(iio
que levou artistas do sexo masculine a ingressar e permanecer no meio
circense concluimiddotse que ha toda uma gama de motivos (configura90es) e
tambem motiv8yoes que se apresentaram apos a referida pesquisa Foi
tracado 0 perfil dos artistas bem como - atraves das entrevistas - verificou-
se avaliou-se e comparou-se as motivQs e motiv8CBO que as levaram a
ingressar e permanecer na atividade
A motivacao como componente e fun~o gera do comportamento naD
e urna variavel que se apresenta periodicamente e neste momento
desencadeia uma ayao isolada Ela e a orientayao dinamica continua que
regula 0 funcionamento igualmente continuo do individuo em interayBo com
seu maio Esta regulacaoconcerne os aspectos direcionais e energeticos do
comportamento Por outro lado a todo 0 momenta a motivayao se apresenta
como urna configuratyao concreta de tais orientac5es dinamicas permanentes
(ativas ou latentes) a qual muda em funyao de diversos fatores internos e
extemas em funyao tambem da experiencia passada e da percepyao atual
Em alguns sujeitos por exemplo a configurayao motivacional e
excepcionalmente estavel enquanto que para outros a sua (mica
continuidade em sua maneira de agir consiste em obedecer aos impulsos do
momento e ao apelo das situayaes que se apresentam
Tudo isso leva a conclus1io de que e util distinguir de um lado a
funcao dinamica geral que ativa e dirige 0 comportamento de maneira
continua et de outro lado a constelayao motivacional concreta que eresponsavel pela regulayao do comportamento em um dado momento
Ap6s 0 contato com estes diversos artistas pode-se inferir que os
motivos sao diversos mas a principal motivacao vern da satisfayBo pessoal
pelo trabalho desenvolvido e 0 estre~o apego emocional pela arte Nesse
sentido para os entrevistados confirma-se a maxima uniAo do Uti ao
Agradave pais a grande maioria con segue se manter economicamente
como artistas ou seja sobreviver fazendo 0 que gosta
18
6 REFERENCIAS
BALAGUER I Entrenamiento psicol6gico en el deports ValenciaAlbatros Educacion 1994
BERGAMINI C W Motiva~lio nas Organizaqoes 4ed sao Paulo Atlas1997
CASTRO A V 0 circo conta sua hist6ria Museu dos Teatros - FUNARJRio de Janeiro 1997
CONWAY A A history of juggling - 1994 (setembro) disponivel emhtlplwwwjugglindbcom Acessado em Janeiro de 2005
CRATTY B J PSicologia no esports 2ed Rio de Janeiro Prentice-Hall1983
DECI EL RYAN R M Intrinsic motivation and self determination inhuman behavior NewYork Plenum 1985
FONSECA M A Palhaqo da Burguesia Sao Paulo Polis 1979
FROST RB Psychological Concepts Applied to Physical Educationand Coaching USA Reading Massachusetts Menlo Park CaliforniaLondon Don Mills Ontario 1971
NUTTIN J Teoria da Motivaclo Humana sao Paulo Loyola 1983
SINGER NR Psicologia dos espor1les- mitos e verdades 2ed SaoPaulo Harbra 1977
SOUZA R L Motivaclio (sd) Disponivel emhttpwwwpsicologiabrasilescolacomlmotivacaophp Acessado em maio de2005
VERNOM M DMotivacaoHumana Petropolis Vozes 1971
19
APENDICE
Dados coletados nas entrevistas
Primeiro entrevistado (A)
1 QUAL A SUA FORMAltAO
R Segundo grau comgleto
2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCO
R Trabalho ha 5 anos com circo3 ONDE vocE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSES
R Na rua teatro e IQaresvilriados onde(QrcontratadQlmiddot
4 QUAL A SUA ESPECIALIDADE
R Palhaco
5 vocE VEM DE FAMiLIA CIRCENSE
R Nlio
6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO
R Foi atraves de um rabillho in~trumflnillista J~ fa~ia teiltro (aQdidatal ecome~ a me inte~sects2r ileQ ci~o Fiz tbfJfhos vQluntariQsect em hosgitais einsUtuifjes de saude e na rua aem qe anim2pound20 dfl fesectta
7 QUAL A MOTIVAltAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA
R A Qossibilidilde rletrabBlharcom ARTE-EDUCAQJlO e 0 auto iusentD
20
Segundo entrevistado (8)
1 QUAL A SUA FORMAltAO
R Fa(LQ1dminis(ra(Lsectona FAE
2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCO
R Trabalho hll 5 anos
3 ONDE VOC~ APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSES
R Nas f1taRAVE ~asa de shows eventos e cirrQ
4 QUAL A SUA ESPECIALIDADE
R Malabares acrobacia-soo e cigar-boxes -5 VOC~ VEM DE FAMILIA CIRCENSE
R Ntio mas de familia de artistas MinhB mtie e ltJtriz dimtora ~ figurinisecttJ
6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO
R Facilidade Estava no meiQartisti~
7 QUAL A MOTIVAltAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA
R Por ser um lema 2tl~1-M~ faz lraticar s~mQre esecttar em forma Nao eeQ dinh~i[Q ~ Q~o grazer de inQv~r Q~J~ ~hflJlar nfmbom nivel deallerfei~2m~nto lara eXI2Jssarminhas iQeigsect
21
Terceiro entrevistado (e)
1 QUAL A SUA FORMAltAO
R Segundo grau comgllo
2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCO
R 4 anos
3 ONDE VOCE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSES
R Circo eventos esgetaculos na TV e em hQteis
4 QUAL A SUA ESPECIALIDADE
R Malabares tragezio de vOos acrobacia de solo arame Qema-de-1J8U ecaroa elastica
5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSE
R Nao
6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO
R Comecei a fazer circo gara agerfeiroaros movimentos da Cal2Qeira
7 QUAL A MOTIVAltAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA
R 0 2razer de B1reSentar e treinar aem da diversao Da Qra viver
22
Quarto entrevistado (0)
1 QUAL A SUA FORMAltAOR Primeiro grau incom(leto
2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCOR Comecei aos 12 anos
3 ONDE VOCE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSESR Circo eventos e quando me alltrto na rua
4 QUAL A SUA ESPECIALIDADE
R Arame e Malabares5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSER Sim sou da ~ qeraQllo na minha familia
6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO
R Como eramosect urna f2milia circense eu nao tiv~ ol2~ao Tinhamos queaiudar a familia entao cada irmao se eSllecializou em urna atividade
7 QUAL A MOTIVAltAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA
R iinceramente nao se fazer Dutra coisS ent~o e gela sobrevivenciamesmo Tendo dinheiro ura comer e dormir eu esecttou feliz
23
Quinto entrevistado (E)
1 QUAL A SUA FORMACAOR Sou fonngdo em EduciitiQFiliicg lela PUr2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCOR 6 anos
3 ONDE VOC~ APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSESR Tenho uma emlresa chamada ARCO lrodurjesartisticas Me aQresentolrincillalmente em teatros circa e eventos
4 QUAL A SUA ESPECIALIDADER Acrobacia de solo tecido e Qanramodema
5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSER Nilo
6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCOR Grande Qarte da minha vida fui atleta Qe Ginastica Olimjca AQ6s umtrabalho Qaralelo chamado Os Acronautali comegei a me intereliSgr Qelocirco e onde tenho trabalhado desde enllJo
7 QUAL A MOTIVACAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA
R No inicio era ir Qara 0 Circo de Soleil Ate cheguei a Qassar em umaI2revia mas nlio 128ssei Hole a llrinci1al motiva~lio e a necessidade DofI2referencia 128ra al2resenta~(jes mas quando fica dificil tenho gue dar aula
24
Sexto entrevistado (Fl
1 QUAL A SUA FORMACAO
R Segundo grau comgeto
2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCO
R Trabalho hB sete anos comcirca
3 ONDE VOCE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSES
R Arte de rua epIO middotetos culturais
4 QUAL A SUA ESPECIALIDADER Malabares diabolo Contact ball bastao e devil stick
5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSE
R Nao
6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO
R Paixao (lela arle nao consegui me enquadrar no mercado formal (confeccionavamateriais de maabares e assim comeee a freinarl
7 QUAL A MOTIVACAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA
R E a minha I2rincieal (onte de renda Me considero urn artista modificador daconscitmcia social Deseio if a Belgica Qara buscar gualific8r80 e arogliar minhaatu8pound80 no Brasil
25
Selimo enlrevislado (G)
1 QUAL A SUA FORMACAOR Sou Qraduadoem Educa~o Fisica na PUC e teatro na FAP
2 HA QUANTa TEMPO TRABALHA COM CIRCaR Tnlsanos
3 ONDE VOCE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSESR Festas eventos teatros e escoas
4 QUAL A SUA ESPECIALIDADER Pahaco e rnaabares
5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSER NtJo
6 QUAL 0 MOTIVO QUE a LEVOU A ATUAR NO CIRCaR Atraves da Educa~secto Ffsica me interesse Ue10 desenvovimento motor e12esgusando enconirei 0 maabarismo e 128ra com(llementar meu tmbaho estudei 0
pahaco
7 QUAL A MOTIVACAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREAR A erincieal e a satisfaQlio lessoal (aQausos e risosectl (lretendo continuar vivendocomo arti~ta Aluamente me mfJntenho dando aulas de circo
26
Oitavo entrevistado (H)
1 QUAL A SUA FORMACAOR Sou ator e artista circense No momento esiolJ cursando Lefras na UFPR
2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCOR 6 anos
3 ONDE VOCr APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSESR Em eSJJetacuos teatrais eventos e na rua
4 QUAL A SUA ESPECIALIDADER Perna de D8U e swino
SVOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSER N~o
6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCOR Primeiramenfe trabalhava como aTiz de f8atro e sentia a necessidade de amgJiarmeu cam12D de afua~~o grofissiona e 0 circa s~mllre foi motivo earn mim deencantamento e admira~ao
7 QUAL A MOTIVACAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA
R Pela necessidade de cada vez mfis I2rofissionalizar a cena circense no estado eencontrar urna linguagem lrOQria ao integrar Q teatro com sect arte circens8
Com isso 0 circo foi perdendo espayo e publico Na verdade 0 circo
adaptou-se aos novos tempos da mass media Tornou-se performaticD Massem esquecer a maioria das atrayOes de antigamente (TORRES 1998
pAS)
A primeira mudanya foi na rela~o familiar Agora os pais preferem
que seus filhos S8 dediquem aos estudos ao inves de sa dedicarem apenasa arte circense Os masmas passaram a perceber que com estudo seusfilhos continuariam trabalhando no circa mas agora como proprietarios deuma empresa e nao apenas como artistas Para Torres (1998) esta atitude
acabou trazendo dUBS consequencias a primeira diz respaito a visao queestes novos empresarios tern do circo Menos sentimentais para eles 0
circo e um negocio que tem que dar lucro A segunda e que para suprir a
demanda de artistas ja que as famllias circenses agora cuidavam daadministrayao surgiram as escolas de circa que formam novos artistas Elesnlio fazem parte da familia A rela~o e apenas de patrno e empregado
Igual a um funcionario que trabalha em troea de salario Hoje estas
mudanyas sa refletem em varios circos brasileiros como Beto Carrero CircaGarcia Orlando Orfei Circo Vostok e outros As velhas familias que faziam
de tudo ainda continuam nos circos mas agora na administracao deverdadeiras empresas
As mudancasocorridas na administrayao do circo moderno ajudaram acriar tambem uma nova categoria de circa Conhecidas como novo circoestas campanhias nao t~m picadeiro nem lana nem arquibancadas e seapresentam na maieria das vezes em teatros eu casas de espetaculo NasapresentayOes ha inovayOes na linguagem com a incorporayao de
elementos de danya teatro e musica Um exemplo desse tipo de circo e 0
Cirque du Soleil do Canada No Brasil ha varios grupos desse gimero
como 0 Intrepida Trupe Fratellis Teatro de An6nimos e Nau de iearos Em
Curitiba existe desde 1996 0 grupo Os Acronautas
23 MOTIVO E MOTIVACAO
Ap6s breve resgate hist6rico da arte circense segue-s8 com 0
questionamento central que e foco deste trabalho au seja como e atraves
de que sa realiza urna atividade urna aeao e urn movimento equal 0
objetivo da aCao Anterior a este questionamento cabe procurar na literatura
elementos que fundamentem a motivacao_
o terma motivayao tern suas raizes no verba latina movere quesignifiea mover A motivayao impliea movimento ativayao par isse para
descrever urn estado altarnente motivado sao utilizados termos comoexcitacao energia intensidade e ativayao Segundo a Psicologia motivos
denominam diferencas entre peculiaridades individuais duradouras que se
formaram no decorrer do tempo de desenvolvimento numa determinada
srtuacaobasica Motivacaoe dependente da srtua980e uma ocorrencia de
curto prazo Com ela se denominam todos os fatores e processos atuais que
conduzem a alYBO sob determinadas condiyaes situativas de estimulo
mantendo-as em funcionamento ate 0 tarmino Na motiva9Bo os fatores de
situacao e os fatores de motivos entram em efeito reciproco Fatores de
motivos representam assim apenas uma parte da ocorr~nciada motivaltao
Conforme Balaguer (1994) com a incorporacaodo paradigma
cognitiv~ a Psicologia 0 estudo da motivacao sofreu profundas
transformacies A partir dos anos 60 0 que vern interessando aos
psic6logos a averiguar em que medida as cognilYres as interpretalYoes dos
sujeitos influenciam em suas condutas 8 em suas motivay6es C09ni98o S8
refere ao conjunto de atividades atraves das quais a informacao eprocessada pelo sistema psiquico como a recebe seleciona transforma e
organiza como constr6i as representacoes da realidade 8 cria 0
conhecimento Muitos fenomenos estao implicados neste processamento
percepcaomem6ria elaboracaodo pensamentoe a linguagem sao alguns
deles
Para um melhor entendimento recorra-se a Nuttin (1983) no sentido
explicativo de motivacao Segundo este autor 0 termo geral motivaltao eempregado para designar 0 aspecto dinilmico e direcional do
comportamento E a motivayao que em ultima analise e responsavel pelofato de que 0 comportamento se dirige preferencialmente para umadeterminada categoria de objetivos ao inves de dirigir-se para outra ainda
que a aprendizagem desempenhe um papel secundario na aberiura do
caminho que leva para este ou aquele objetivo concreto Quanto aosmotivos 0 autor considera como sendo as concretiz8yoes das necessidadeseles constrtuem 0 componente dinamico e direcional do ato concreto
Ainda segundo Nuttin (1983) muitos autores referem-se a noyao de
motivay8o para explicar porque 0 organismo passa do estado de repousopara 0 estado de atividade A motivacliodeve mobilizar a energia ele e um
fator de energizayao Eo 0 ponto de vista fisico que explica 0 movimento por
uma forcaA biologia acaba de colocar em duvida a validade deste ponto
de vista fisico pois contrariamente ao que se pensava ate a metade doseculo passado as celulas nervosas nao tern necessidade para seremativas de uma excitayao proveniente do exterior elas nilo sao
fisiologicamente inertes a atividade e nao repouso e seu estado naturalelas n~o sao somente reativas mais ativas de maneira continua (HEBS1949 apud NUTTIN 1983 p 27)
Numa visao ampla 0 termo motiv8y80 denota fatores e processos quelevam as pessoas a ayao ou a inercia em situacOesdiversas (CRATTY
1983) De modo mais especifico 0 estudo dos motivos implica no exame das
razoes pelas quais se escolhe fazer algo ou executar algumas tarefas commaior empenho do que outras ou persistir numa atividade por longo periodode tempo
Tambem Singer (1977) descreve a motivacao como sendo a
insistencia em caminhar em direy80 a um objetivo Existem ocasioes onde ameta principal pode ser 0 alcance de uma recompensa tal como ter a nome
impresso ganhar um trofeu ou urn elogio Ern outras ocasi6es pode tamar aforma de urn impulso para 0 sucesso para provar ou conseguir alga para aauto-realizacaoExiste urn nivel ideal de motivay~o que deve estar presente
em qualquer atividade e este depende da natureza da atividade tanto quanto
da personalidadedo individuo
10
Para Frost (1971) a conduta e causada e direcionada por combina~6es
de motivQs e emoyoes alguns internos e Qutros extemos alguns geneticos e
Qutros ambientais alguns conscientes e Qutros inconscientes alguns
individuais e Qutros socia is etc
Os motivos podem ser classificados de acordo com sua fonte Por
exemplo alguns motivos sao oriundos de fontes externas e da tarefa
incluindo as diversas recompensas manifestas au latentes como 0 elogio e
as demonstracc5es de sucesso as presentes e 0 dinheiro Qutras fontes de
motiva~ao podem ser resu~ado da estrutura psicol6gica do individuo e de
suas necessidades pessoais de sucesso sociabilidade reconhecimento
etc bern como aquelas que parecem derivar de caracteristicas da propria
tarefa tais como a novidade e a complexidade da experiencia mental ou
motoracom a qual 0 individuo se defronta (CRATTY 1983)
231 Teorias Psicol6gicas
De acordo com as diversas teorias psicologicas a Motivacao pode sar
entendidadas seguintes formas (SOUZA 2005)
Teona baseada no conceito de insintos No inicio do seculo XX os
psicologos atribuiam 0 comportamento aos instintos - pad rOes de
comportamentos especificos e inatos qua caracferizavam toda uma especie
Em 1890 William James compilou uma lista de instintos humanos ca~
competiyAo mado curiosidade timidez amor vergonha e ressentimento
Mas por volta dos anos 20 a teoria dos instintos deixou de ser usada para
explicar 0 comportamento humano por tres motivos Os comportamentos
humanos mais importantes sao aprendidos Raramente 0 comportamento
humano e rigido inflexivel imutavel e encontrado em toda especia como e 0
caso do instinto Atribuir todo passive I comportamento humane a urn instinto
correspondente nao explica nada Assim por volta de 1900 os psic610gos
buscaram explicagOes mais plausiveis para a campartamento humano
Teoria dos impulsos Uma visao alternativa da motiva~o afirma que as
necessidadescorporais criam um estado de tensao ou estimula~o chamado
impulso De acordo com a teoria da redurjo de impulsos 0 comportamento
II
motivado e urna tentativa de reduzir esse desagradavel estado de ten sao do
corpo e fazer com ale retorne ao estado de homeostase au equilibria
Segundo essa teoria geralmente as impulsos podem ser divididos em duas
categorias Impulsos Primarios as quais sao inatos e encontrados em todos
as animais - inclusive no homem - motivam para a sobrevivencia da especie
- fome seda saxe e Impulsos Secundarios adquiridos par meio daaprendizagem - dinheiro sucesso etc
Tearla da ativaqao Segundo a teoria da reduyao de impulsos urna vez
satisfeitos ista e naD mais ativos 0 homem naD buscaria mais nada a nao
ser descansar pais naD haveria mais nenhuma motivayao Par issD alguns
psic6logos sugeriram a teoria da ativacao - a ativayao se refere a um estado
de alerta 0 nivel de ativay80 que oeorre em urn determinado momento se
apresenta ao longo de um continuum Numa panta esta 0 estada de alerta
maximo na outra 0 sono assim a motivacrao pode ser ativada por um desejo
de reduzir 0 estado de ativacao e em outros de intansifica-Io De acordo com
asta teoria cad a individuo teria urn nivel 6timo de ativacao que varia de uma
situayao para Dutra e ao Iongo do dia e 0 comportamento sena motivado
pelo desejo de manter urn nivel 6timo de ativayao
MotivaclJo intrinseca e extrfnseca A primeira diz respeita as recampensas
que se originam da atividade em si - 0 proprio comportamento eintrinsecamente recompensador Par conseguinte a motivaltao extrinseca se
refere as recompensas que n~o sao obtidas da atividade mas em
conseqOencia da atividade
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3 METODOLOGIA
31 TIPO DE PESQUISA
Esta pesquisa caracteriza-se como descritiva atraves de urna
entrevista semi-estruturada Sarie de perguntas abertas em urna ordem
prevista mas na qual 0 entrevistador pode acrescentar perguntas deesclarecimentomiddot (LAVILLE amp DIONNE 1999 p188)
32 POPULAltAOE AMOSTRA
321 Popula~ao
As pessoas entrevistadas foram artistas circenses do saxe masculino
que trabalham em Circo na grande regiao de Curitiba com mais de 3 anos
de experieuromcia
322 Amostra
Assim a amostra - e a partir do criteria experiencia - foi definida par 8
artistas da Cidade sendo todos voluntarios
33INSTRUMENTO
Para obten~ao dos dados foi utilizada entrevista semi-estruturada a
qual foi aplicada aos artistas A entrevista pode sar visualizada seguida das
respostas dos entrevistados no Apendice 1
34 COLETA DE DADOS
A coleta de dados procedeu-se por meio de uma visita a ASPARTE
(Associa~ao dos Artistas do Parana) onde puderam ser realizadas com 5
13
artistas associ ados As Qutras entrevistas ocorreram no Fringe mostra
paralela ao Festival de Teatro de Curitiba Vale destacar que foram todas
entrevistas individuais previamente marcadas
35 ANALISE DOS DADOS
A analise dos dados se deu par meio de MEDIA aritmetica com
aplic8yao de porcentagem e analise interpretativa
36 LlMITACOES
Algumas dificuldades foram encontradas no decorrer deste trabalho
Uma delas se deve ao fato de alguns artistas estarem em espetaculos
rtinerantes impossibilitando 0 agendamento das entrevistas Outra
dificuldade foi encontrar artistas pertencentes a corrente tradicional do Circa
uma vez que quase todos se diziam fazer parte do chamado Circo Novo 0
numero de artistas n~o permitiu separa-Ios par tempo de atividade
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4 APRESENTAGAO E DISCUSSAO DOS RESULTADOS
Apos a exposi~ao dos dados recolhidos pode-se analisar que existem
varios fatores que diferem urn artista de outro e conseqOentemente suas
motivafoes Para methor visualizacao os resultados foram dispostos em
gnficos
Quadro 1 Fonna~aoeTempode Experiencia(emnumeros absolutos epercentuais)
Formayao Ensino Ensino Estudo Graduayiio TotalFundamental Medio Universitario
1= 125 3= 3775 2=25 2=25
Tempo 0 34 anos 56 anos 78 anos -Ndeg 0 2=25 4=50 2=25 100sujeitos
Da mostra de 8 artistas 1 completou (125) Ensino Fundamental
Com relayao ao Ensino Medio 3 deles concluiram (3775) Estudo
Universijario 2 dos pesquisados (25) E Gradua~ao tambem 2 sujeitos
(25)0 estudo tambem apontou que os sujeitos apresentaram bom grau de
escolaridade 875 dos artistas tlgtm0 Ensino Medio
Quadro2 Espa~osde Perfonnance (emnumerosabsolutos)
CASA DE SHOW
1= 125
15
Com relacao aos locais onde e desenvolvida a arte circense 4 dos
artistas entrevistados sao de rua (50) 5 deles utilizam-sa do aspaco do
Taatro (625) Todos (100) sa aprasentam de alguma maneira debaixo
das lonas do circa 1 referiu-se a Casas de Show (125)
Quadro 3 Especialidade
PALHACO MALABARES ACROBATA TRAPEZISTA I2= 25 5=625 3= 375 1= 125 J
ARAMISTA PERNA PAU OUTRO
2=25 2= 25 3= 375
Quanta a especialidade pode-se observar que 2 trabalham com a arte
do palhaco (25) 5 sao malabaristas (625) 3 fazem acrobacias de solo
(375) 1 etrapezista (125) 2 andam na corda bamba (aramistas) (25)
2 utilizam a pema de pau (25)
Quadro 4 Familia Circense
SIM NAO1 = 125 7= 875
Apenas 1 entrevistado vem de familia circense (125)
Quadro 5 Motivo
Trabalho Instrumentalista 1= 125
a meio ambiente (familia) 3= 375
Relacao com a Capoeira 1= 125
Ginastica Olimpica 1= 125
Paixao pala Arte 1= 125
Tradicao 1= 125
16
A resperto dos motivos 1 artista tem seu motivo no trabalho
instrumentalista (125) 3 sofreram influ1ncia da familia (375) 1 dos
entrevistados veio da Capoeira (125) 1 e ex-ginasta olimpico (125) 1
teve seu motivo na paixao que a Arte Circense desperta (125) E 1 e pela
tradi980 (125) Isso mostra a variabilidade de configura90es nas quais
encontravam-se as artistas no momento do contata com 0 Circa
Quadro6Motiva9ao
Trabalha com Arte-Educa9fio 2= 25
Prazer 3= 375
SobrevivencialNecessidade 3=375
Sabre a motiv8C80 au seja aquila que as mante~minseridos na Arte
Circense 2 dos entrevistados sao arte-educadores e encontram nas Artes
Circenses meios pedag6gicos e de formacao humana 3 sao motivados pelo
prazer despertado nas atividades E 3 deles sao artistas par necessidade
Dois dos oito entrevistados (25) s6 vivem do circo e de
apresenta9iies artisticas Sendo apenas um deles pertencente a terceira
geracao de circo cnde aprendeu com seus familiares tudo 0 que sabe e
pretende prosseguir com a tradiCBo circense Outro entrevistado se formou
em Sao Paulo e ganha sua vida no picadeiro Um deles (125) e ex-ginasta
que sa apaixonou pela linguagem circense
Tr1s dos artistas entrevistados (36) sao graduados todos em
Educac80 Fisica os quais S8 mant~m financeiramente dando aulas de circo
quando nao estao desenvolvendo trabalhos artisticos A metade dos
entrevistados (50) conla com 0 apoio familiar conseguindo assim buscar
aprimoramento profissional atraves de workshops e especializa~6es_
17
5 CONCLUSAO
A partir do Objetivo Geral isto e verificar quais os motivos e motiva(iio
que levou artistas do sexo masculine a ingressar e permanecer no meio
circense concluimiddotse que ha toda uma gama de motivos (configura90es) e
tambem motiv8yoes que se apresentaram apos a referida pesquisa Foi
tracado 0 perfil dos artistas bem como - atraves das entrevistas - verificou-
se avaliou-se e comparou-se as motivQs e motiv8CBO que as levaram a
ingressar e permanecer na atividade
A motivacao como componente e fun~o gera do comportamento naD
e urna variavel que se apresenta periodicamente e neste momento
desencadeia uma ayao isolada Ela e a orientayao dinamica continua que
regula 0 funcionamento igualmente continuo do individuo em interayBo com
seu maio Esta regulacaoconcerne os aspectos direcionais e energeticos do
comportamento Por outro lado a todo 0 momenta a motivayao se apresenta
como urna configuratyao concreta de tais orientac5es dinamicas permanentes
(ativas ou latentes) a qual muda em funyao de diversos fatores internos e
extemas em funyao tambem da experiencia passada e da percepyao atual
Em alguns sujeitos por exemplo a configurayao motivacional e
excepcionalmente estavel enquanto que para outros a sua (mica
continuidade em sua maneira de agir consiste em obedecer aos impulsos do
momento e ao apelo das situayaes que se apresentam
Tudo isso leva a conclus1io de que e util distinguir de um lado a
funcao dinamica geral que ativa e dirige 0 comportamento de maneira
continua et de outro lado a constelayao motivacional concreta que eresponsavel pela regulayao do comportamento em um dado momento
Ap6s 0 contato com estes diversos artistas pode-se inferir que os
motivos sao diversos mas a principal motivacao vern da satisfayBo pessoal
pelo trabalho desenvolvido e 0 estre~o apego emocional pela arte Nesse
sentido para os entrevistados confirma-se a maxima uniAo do Uti ao
Agradave pais a grande maioria con segue se manter economicamente
como artistas ou seja sobreviver fazendo 0 que gosta
18
6 REFERENCIAS
BALAGUER I Entrenamiento psicol6gico en el deports ValenciaAlbatros Educacion 1994
BERGAMINI C W Motiva~lio nas Organizaqoes 4ed sao Paulo Atlas1997
CASTRO A V 0 circo conta sua hist6ria Museu dos Teatros - FUNARJRio de Janeiro 1997
CONWAY A A history of juggling - 1994 (setembro) disponivel emhtlplwwwjugglindbcom Acessado em Janeiro de 2005
CRATTY B J PSicologia no esports 2ed Rio de Janeiro Prentice-Hall1983
DECI EL RYAN R M Intrinsic motivation and self determination inhuman behavior NewYork Plenum 1985
FONSECA M A Palhaqo da Burguesia Sao Paulo Polis 1979
FROST RB Psychological Concepts Applied to Physical Educationand Coaching USA Reading Massachusetts Menlo Park CaliforniaLondon Don Mills Ontario 1971
NUTTIN J Teoria da Motivaclo Humana sao Paulo Loyola 1983
SINGER NR Psicologia dos espor1les- mitos e verdades 2ed SaoPaulo Harbra 1977
SOUZA R L Motivaclio (sd) Disponivel emhttpwwwpsicologiabrasilescolacomlmotivacaophp Acessado em maio de2005
VERNOM M DMotivacaoHumana Petropolis Vozes 1971
19
APENDICE
Dados coletados nas entrevistas
Primeiro entrevistado (A)
1 QUAL A SUA FORMAltAO
R Segundo grau comgleto
2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCO
R Trabalho ha 5 anos com circo3 ONDE vocE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSES
R Na rua teatro e IQaresvilriados onde(QrcontratadQlmiddot
4 QUAL A SUA ESPECIALIDADE
R Palhaco
5 vocE VEM DE FAMiLIA CIRCENSE
R Nlio
6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO
R Foi atraves de um rabillho in~trumflnillista J~ fa~ia teiltro (aQdidatal ecome~ a me inte~sects2r ileQ ci~o Fiz tbfJfhos vQluntariQsect em hosgitais einsUtuifjes de saude e na rua aem qe anim2pound20 dfl fesectta
7 QUAL A MOTIVAltAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA
R A Qossibilidilde rletrabBlharcom ARTE-EDUCAQJlO e 0 auto iusentD
20
Segundo entrevistado (8)
1 QUAL A SUA FORMAltAO
R Fa(LQ1dminis(ra(Lsectona FAE
2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCO
R Trabalho hll 5 anos
3 ONDE VOC~ APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSES
R Nas f1taRAVE ~asa de shows eventos e cirrQ
4 QUAL A SUA ESPECIALIDADE
R Malabares acrobacia-soo e cigar-boxes -5 VOC~ VEM DE FAMILIA CIRCENSE
R Ntio mas de familia de artistas MinhB mtie e ltJtriz dimtora ~ figurinisecttJ
6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO
R Facilidade Estava no meiQartisti~
7 QUAL A MOTIVAltAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA
R Por ser um lema 2tl~1-M~ faz lraticar s~mQre esecttar em forma Nao eeQ dinh~i[Q ~ Q~o grazer de inQv~r Q~J~ ~hflJlar nfmbom nivel deallerfei~2m~nto lara eXI2Jssarminhas iQeigsect
21
Terceiro entrevistado (e)
1 QUAL A SUA FORMAltAO
R Segundo grau comgllo
2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCO
R 4 anos
3 ONDE VOCE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSES
R Circo eventos esgetaculos na TV e em hQteis
4 QUAL A SUA ESPECIALIDADE
R Malabares tragezio de vOos acrobacia de solo arame Qema-de-1J8U ecaroa elastica
5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSE
R Nao
6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO
R Comecei a fazer circo gara agerfeiroaros movimentos da Cal2Qeira
7 QUAL A MOTIVAltAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA
R 0 2razer de B1reSentar e treinar aem da diversao Da Qra viver
22
Quarto entrevistado (0)
1 QUAL A SUA FORMAltAOR Primeiro grau incom(leto
2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCOR Comecei aos 12 anos
3 ONDE VOCE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSESR Circo eventos e quando me alltrto na rua
4 QUAL A SUA ESPECIALIDADE
R Arame e Malabares5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSER Sim sou da ~ qeraQllo na minha familia
6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO
R Como eramosect urna f2milia circense eu nao tiv~ ol2~ao Tinhamos queaiudar a familia entao cada irmao se eSllecializou em urna atividade
7 QUAL A MOTIVAltAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA
R iinceramente nao se fazer Dutra coisS ent~o e gela sobrevivenciamesmo Tendo dinheiro ura comer e dormir eu esecttou feliz
23
Quinto entrevistado (E)
1 QUAL A SUA FORMACAOR Sou fonngdo em EduciitiQFiliicg lela PUr2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCOR 6 anos
3 ONDE VOC~ APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSESR Tenho uma emlresa chamada ARCO lrodurjesartisticas Me aQresentolrincillalmente em teatros circa e eventos
4 QUAL A SUA ESPECIALIDADER Acrobacia de solo tecido e Qanramodema
5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSER Nilo
6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCOR Grande Qarte da minha vida fui atleta Qe Ginastica Olimjca AQ6s umtrabalho Qaralelo chamado Os Acronautali comegei a me intereliSgr Qelocirco e onde tenho trabalhado desde enllJo
7 QUAL A MOTIVACAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA
R No inicio era ir Qara 0 Circo de Soleil Ate cheguei a Qassar em umaI2revia mas nlio 128ssei Hole a llrinci1al motiva~lio e a necessidade DofI2referencia 128ra al2resenta~(jes mas quando fica dificil tenho gue dar aula
24
Sexto entrevistado (Fl
1 QUAL A SUA FORMACAO
R Segundo grau comgeto
2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCO
R Trabalho hB sete anos comcirca
3 ONDE VOCE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSES
R Arte de rua epIO middotetos culturais
4 QUAL A SUA ESPECIALIDADER Malabares diabolo Contact ball bastao e devil stick
5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSE
R Nao
6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO
R Paixao (lela arle nao consegui me enquadrar no mercado formal (confeccionavamateriais de maabares e assim comeee a freinarl
7 QUAL A MOTIVACAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA
R E a minha I2rincieal (onte de renda Me considero urn artista modificador daconscitmcia social Deseio if a Belgica Qara buscar gualific8r80 e arogliar minhaatu8pound80 no Brasil
25
Selimo enlrevislado (G)
1 QUAL A SUA FORMACAOR Sou Qraduadoem Educa~o Fisica na PUC e teatro na FAP
2 HA QUANTa TEMPO TRABALHA COM CIRCaR Tnlsanos
3 ONDE VOCE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSESR Festas eventos teatros e escoas
4 QUAL A SUA ESPECIALIDADER Pahaco e rnaabares
5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSER NtJo
6 QUAL 0 MOTIVO QUE a LEVOU A ATUAR NO CIRCaR Atraves da Educa~secto Ffsica me interesse Ue10 desenvovimento motor e12esgusando enconirei 0 maabarismo e 128ra com(llementar meu tmbaho estudei 0
pahaco
7 QUAL A MOTIVACAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREAR A erincieal e a satisfaQlio lessoal (aQausos e risosectl (lretendo continuar vivendocomo arti~ta Aluamente me mfJntenho dando aulas de circo
26
Oitavo entrevistado (H)
1 QUAL A SUA FORMACAOR Sou ator e artista circense No momento esiolJ cursando Lefras na UFPR
2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCOR 6 anos
3 ONDE VOCr APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSESR Em eSJJetacuos teatrais eventos e na rua
4 QUAL A SUA ESPECIALIDADER Perna de D8U e swino
SVOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSER N~o
6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCOR Primeiramenfe trabalhava como aTiz de f8atro e sentia a necessidade de amgJiarmeu cam12D de afua~~o grofissiona e 0 circa s~mllre foi motivo earn mim deencantamento e admira~ao
7 QUAL A MOTIVACAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA
R Pela necessidade de cada vez mfis I2rofissionalizar a cena circense no estado eencontrar urna linguagem lrOQria ao integrar Q teatro com sect arte circens8
23 MOTIVO E MOTIVACAO
Ap6s breve resgate hist6rico da arte circense segue-s8 com 0
questionamento central que e foco deste trabalho au seja como e atraves
de que sa realiza urna atividade urna aeao e urn movimento equal 0
objetivo da aCao Anterior a este questionamento cabe procurar na literatura
elementos que fundamentem a motivacao_
o terma motivayao tern suas raizes no verba latina movere quesignifiea mover A motivayao impliea movimento ativayao par isse para
descrever urn estado altarnente motivado sao utilizados termos comoexcitacao energia intensidade e ativayao Segundo a Psicologia motivos
denominam diferencas entre peculiaridades individuais duradouras que se
formaram no decorrer do tempo de desenvolvimento numa determinada
srtuacaobasica Motivacaoe dependente da srtua980e uma ocorrencia de
curto prazo Com ela se denominam todos os fatores e processos atuais que
conduzem a alYBO sob determinadas condiyaes situativas de estimulo
mantendo-as em funcionamento ate 0 tarmino Na motiva9Bo os fatores de
situacao e os fatores de motivos entram em efeito reciproco Fatores de
motivos representam assim apenas uma parte da ocorr~nciada motivaltao
Conforme Balaguer (1994) com a incorporacaodo paradigma
cognitiv~ a Psicologia 0 estudo da motivacao sofreu profundas
transformacies A partir dos anos 60 0 que vern interessando aos
psic6logos a averiguar em que medida as cognilYres as interpretalYoes dos
sujeitos influenciam em suas condutas 8 em suas motivay6es C09ni98o S8
refere ao conjunto de atividades atraves das quais a informacao eprocessada pelo sistema psiquico como a recebe seleciona transforma e
organiza como constr6i as representacoes da realidade 8 cria 0
conhecimento Muitos fenomenos estao implicados neste processamento
percepcaomem6ria elaboracaodo pensamentoe a linguagem sao alguns
deles
Para um melhor entendimento recorra-se a Nuttin (1983) no sentido
explicativo de motivacao Segundo este autor 0 termo geral motivaltao eempregado para designar 0 aspecto dinilmico e direcional do
comportamento E a motivayao que em ultima analise e responsavel pelofato de que 0 comportamento se dirige preferencialmente para umadeterminada categoria de objetivos ao inves de dirigir-se para outra ainda
que a aprendizagem desempenhe um papel secundario na aberiura do
caminho que leva para este ou aquele objetivo concreto Quanto aosmotivos 0 autor considera como sendo as concretiz8yoes das necessidadeseles constrtuem 0 componente dinamico e direcional do ato concreto
Ainda segundo Nuttin (1983) muitos autores referem-se a noyao de
motivay8o para explicar porque 0 organismo passa do estado de repousopara 0 estado de atividade A motivacliodeve mobilizar a energia ele e um
fator de energizayao Eo 0 ponto de vista fisico que explica 0 movimento por
uma forcaA biologia acaba de colocar em duvida a validade deste ponto
de vista fisico pois contrariamente ao que se pensava ate a metade doseculo passado as celulas nervosas nao tern necessidade para seremativas de uma excitayao proveniente do exterior elas nilo sao
fisiologicamente inertes a atividade e nao repouso e seu estado naturalelas n~o sao somente reativas mais ativas de maneira continua (HEBS1949 apud NUTTIN 1983 p 27)
Numa visao ampla 0 termo motiv8y80 denota fatores e processos quelevam as pessoas a ayao ou a inercia em situacOesdiversas (CRATTY
1983) De modo mais especifico 0 estudo dos motivos implica no exame das
razoes pelas quais se escolhe fazer algo ou executar algumas tarefas commaior empenho do que outras ou persistir numa atividade por longo periodode tempo
Tambem Singer (1977) descreve a motivacao como sendo a
insistencia em caminhar em direy80 a um objetivo Existem ocasioes onde ameta principal pode ser 0 alcance de uma recompensa tal como ter a nome
impresso ganhar um trofeu ou urn elogio Ern outras ocasi6es pode tamar aforma de urn impulso para 0 sucesso para provar ou conseguir alga para aauto-realizacaoExiste urn nivel ideal de motivay~o que deve estar presente
em qualquer atividade e este depende da natureza da atividade tanto quanto
da personalidadedo individuo
10
Para Frost (1971) a conduta e causada e direcionada por combina~6es
de motivQs e emoyoes alguns internos e Qutros extemos alguns geneticos e
Qutros ambientais alguns conscientes e Qutros inconscientes alguns
individuais e Qutros socia is etc
Os motivos podem ser classificados de acordo com sua fonte Por
exemplo alguns motivos sao oriundos de fontes externas e da tarefa
incluindo as diversas recompensas manifestas au latentes como 0 elogio e
as demonstracc5es de sucesso as presentes e 0 dinheiro Qutras fontes de
motiva~ao podem ser resu~ado da estrutura psicol6gica do individuo e de
suas necessidades pessoais de sucesso sociabilidade reconhecimento
etc bern como aquelas que parecem derivar de caracteristicas da propria
tarefa tais como a novidade e a complexidade da experiencia mental ou
motoracom a qual 0 individuo se defronta (CRATTY 1983)
231 Teorias Psicol6gicas
De acordo com as diversas teorias psicologicas a Motivacao pode sar
entendidadas seguintes formas (SOUZA 2005)
Teona baseada no conceito de insintos No inicio do seculo XX os
psicologos atribuiam 0 comportamento aos instintos - pad rOes de
comportamentos especificos e inatos qua caracferizavam toda uma especie
Em 1890 William James compilou uma lista de instintos humanos ca~
competiyAo mado curiosidade timidez amor vergonha e ressentimento
Mas por volta dos anos 20 a teoria dos instintos deixou de ser usada para
explicar 0 comportamento humano por tres motivos Os comportamentos
humanos mais importantes sao aprendidos Raramente 0 comportamento
humano e rigido inflexivel imutavel e encontrado em toda especia como e 0
caso do instinto Atribuir todo passive I comportamento humane a urn instinto
correspondente nao explica nada Assim por volta de 1900 os psic610gos
buscaram explicagOes mais plausiveis para a campartamento humano
Teoria dos impulsos Uma visao alternativa da motiva~o afirma que as
necessidadescorporais criam um estado de tensao ou estimula~o chamado
impulso De acordo com a teoria da redurjo de impulsos 0 comportamento
II
motivado e urna tentativa de reduzir esse desagradavel estado de ten sao do
corpo e fazer com ale retorne ao estado de homeostase au equilibria
Segundo essa teoria geralmente as impulsos podem ser divididos em duas
categorias Impulsos Primarios as quais sao inatos e encontrados em todos
as animais - inclusive no homem - motivam para a sobrevivencia da especie
- fome seda saxe e Impulsos Secundarios adquiridos par meio daaprendizagem - dinheiro sucesso etc
Tearla da ativaqao Segundo a teoria da reduyao de impulsos urna vez
satisfeitos ista e naD mais ativos 0 homem naD buscaria mais nada a nao
ser descansar pais naD haveria mais nenhuma motivayao Par issD alguns
psic6logos sugeriram a teoria da ativacao - a ativayao se refere a um estado
de alerta 0 nivel de ativay80 que oeorre em urn determinado momento se
apresenta ao longo de um continuum Numa panta esta 0 estada de alerta
maximo na outra 0 sono assim a motivacrao pode ser ativada por um desejo
de reduzir 0 estado de ativacao e em outros de intansifica-Io De acordo com
asta teoria cad a individuo teria urn nivel 6timo de ativacao que varia de uma
situayao para Dutra e ao Iongo do dia e 0 comportamento sena motivado
pelo desejo de manter urn nivel 6timo de ativayao
MotivaclJo intrinseca e extrfnseca A primeira diz respeita as recampensas
que se originam da atividade em si - 0 proprio comportamento eintrinsecamente recompensador Par conseguinte a motivaltao extrinseca se
refere as recompensas que n~o sao obtidas da atividade mas em
conseqOencia da atividade
12
3 METODOLOGIA
31 TIPO DE PESQUISA
Esta pesquisa caracteriza-se como descritiva atraves de urna
entrevista semi-estruturada Sarie de perguntas abertas em urna ordem
prevista mas na qual 0 entrevistador pode acrescentar perguntas deesclarecimentomiddot (LAVILLE amp DIONNE 1999 p188)
32 POPULAltAOE AMOSTRA
321 Popula~ao
As pessoas entrevistadas foram artistas circenses do saxe masculino
que trabalham em Circo na grande regiao de Curitiba com mais de 3 anos
de experieuromcia
322 Amostra
Assim a amostra - e a partir do criteria experiencia - foi definida par 8
artistas da Cidade sendo todos voluntarios
33INSTRUMENTO
Para obten~ao dos dados foi utilizada entrevista semi-estruturada a
qual foi aplicada aos artistas A entrevista pode sar visualizada seguida das
respostas dos entrevistados no Apendice 1
34 COLETA DE DADOS
A coleta de dados procedeu-se por meio de uma visita a ASPARTE
(Associa~ao dos Artistas do Parana) onde puderam ser realizadas com 5
13
artistas associ ados As Qutras entrevistas ocorreram no Fringe mostra
paralela ao Festival de Teatro de Curitiba Vale destacar que foram todas
entrevistas individuais previamente marcadas
35 ANALISE DOS DADOS
A analise dos dados se deu par meio de MEDIA aritmetica com
aplic8yao de porcentagem e analise interpretativa
36 LlMITACOES
Algumas dificuldades foram encontradas no decorrer deste trabalho
Uma delas se deve ao fato de alguns artistas estarem em espetaculos
rtinerantes impossibilitando 0 agendamento das entrevistas Outra
dificuldade foi encontrar artistas pertencentes a corrente tradicional do Circa
uma vez que quase todos se diziam fazer parte do chamado Circo Novo 0
numero de artistas n~o permitiu separa-Ios par tempo de atividade
14
4 APRESENTAGAO E DISCUSSAO DOS RESULTADOS
Apos a exposi~ao dos dados recolhidos pode-se analisar que existem
varios fatores que diferem urn artista de outro e conseqOentemente suas
motivafoes Para methor visualizacao os resultados foram dispostos em
gnficos
Quadro 1 Fonna~aoeTempode Experiencia(emnumeros absolutos epercentuais)
Formayao Ensino Ensino Estudo Graduayiio TotalFundamental Medio Universitario
1= 125 3= 3775 2=25 2=25
Tempo 0 34 anos 56 anos 78 anos -Ndeg 0 2=25 4=50 2=25 100sujeitos
Da mostra de 8 artistas 1 completou (125) Ensino Fundamental
Com relayao ao Ensino Medio 3 deles concluiram (3775) Estudo
Universijario 2 dos pesquisados (25) E Gradua~ao tambem 2 sujeitos
(25)0 estudo tambem apontou que os sujeitos apresentaram bom grau de
escolaridade 875 dos artistas tlgtm0 Ensino Medio
Quadro2 Espa~osde Perfonnance (emnumerosabsolutos)
CASA DE SHOW
1= 125
15
Com relacao aos locais onde e desenvolvida a arte circense 4 dos
artistas entrevistados sao de rua (50) 5 deles utilizam-sa do aspaco do
Taatro (625) Todos (100) sa aprasentam de alguma maneira debaixo
das lonas do circa 1 referiu-se a Casas de Show (125)
Quadro 3 Especialidade
PALHACO MALABARES ACROBATA TRAPEZISTA I2= 25 5=625 3= 375 1= 125 J
ARAMISTA PERNA PAU OUTRO
2=25 2= 25 3= 375
Quanta a especialidade pode-se observar que 2 trabalham com a arte
do palhaco (25) 5 sao malabaristas (625) 3 fazem acrobacias de solo
(375) 1 etrapezista (125) 2 andam na corda bamba (aramistas) (25)
2 utilizam a pema de pau (25)
Quadro 4 Familia Circense
SIM NAO1 = 125 7= 875
Apenas 1 entrevistado vem de familia circense (125)
Quadro 5 Motivo
Trabalho Instrumentalista 1= 125
a meio ambiente (familia) 3= 375
Relacao com a Capoeira 1= 125
Ginastica Olimpica 1= 125
Paixao pala Arte 1= 125
Tradicao 1= 125
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A resperto dos motivos 1 artista tem seu motivo no trabalho
instrumentalista (125) 3 sofreram influ1ncia da familia (375) 1 dos
entrevistados veio da Capoeira (125) 1 e ex-ginasta olimpico (125) 1
teve seu motivo na paixao que a Arte Circense desperta (125) E 1 e pela
tradi980 (125) Isso mostra a variabilidade de configura90es nas quais
encontravam-se as artistas no momento do contata com 0 Circa
Quadro6Motiva9ao
Trabalha com Arte-Educa9fio 2= 25
Prazer 3= 375
SobrevivencialNecessidade 3=375
Sabre a motiv8C80 au seja aquila que as mante~minseridos na Arte
Circense 2 dos entrevistados sao arte-educadores e encontram nas Artes
Circenses meios pedag6gicos e de formacao humana 3 sao motivados pelo
prazer despertado nas atividades E 3 deles sao artistas par necessidade
Dois dos oito entrevistados (25) s6 vivem do circo e de
apresenta9iies artisticas Sendo apenas um deles pertencente a terceira
geracao de circo cnde aprendeu com seus familiares tudo 0 que sabe e
pretende prosseguir com a tradiCBo circense Outro entrevistado se formou
em Sao Paulo e ganha sua vida no picadeiro Um deles (125) e ex-ginasta
que sa apaixonou pela linguagem circense
Tr1s dos artistas entrevistados (36) sao graduados todos em
Educac80 Fisica os quais S8 mant~m financeiramente dando aulas de circo
quando nao estao desenvolvendo trabalhos artisticos A metade dos
entrevistados (50) conla com 0 apoio familiar conseguindo assim buscar
aprimoramento profissional atraves de workshops e especializa~6es_
17
5 CONCLUSAO
A partir do Objetivo Geral isto e verificar quais os motivos e motiva(iio
que levou artistas do sexo masculine a ingressar e permanecer no meio
circense concluimiddotse que ha toda uma gama de motivos (configura90es) e
tambem motiv8yoes que se apresentaram apos a referida pesquisa Foi
tracado 0 perfil dos artistas bem como - atraves das entrevistas - verificou-
se avaliou-se e comparou-se as motivQs e motiv8CBO que as levaram a
ingressar e permanecer na atividade
A motivacao como componente e fun~o gera do comportamento naD
e urna variavel que se apresenta periodicamente e neste momento
desencadeia uma ayao isolada Ela e a orientayao dinamica continua que
regula 0 funcionamento igualmente continuo do individuo em interayBo com
seu maio Esta regulacaoconcerne os aspectos direcionais e energeticos do
comportamento Por outro lado a todo 0 momenta a motivayao se apresenta
como urna configuratyao concreta de tais orientac5es dinamicas permanentes
(ativas ou latentes) a qual muda em funyao de diversos fatores internos e
extemas em funyao tambem da experiencia passada e da percepyao atual
Em alguns sujeitos por exemplo a configurayao motivacional e
excepcionalmente estavel enquanto que para outros a sua (mica
continuidade em sua maneira de agir consiste em obedecer aos impulsos do
momento e ao apelo das situayaes que se apresentam
Tudo isso leva a conclus1io de que e util distinguir de um lado a
funcao dinamica geral que ativa e dirige 0 comportamento de maneira
continua et de outro lado a constelayao motivacional concreta que eresponsavel pela regulayao do comportamento em um dado momento
Ap6s 0 contato com estes diversos artistas pode-se inferir que os
motivos sao diversos mas a principal motivacao vern da satisfayBo pessoal
pelo trabalho desenvolvido e 0 estre~o apego emocional pela arte Nesse
sentido para os entrevistados confirma-se a maxima uniAo do Uti ao
Agradave pais a grande maioria con segue se manter economicamente
como artistas ou seja sobreviver fazendo 0 que gosta
18
6 REFERENCIAS
BALAGUER I Entrenamiento psicol6gico en el deports ValenciaAlbatros Educacion 1994
BERGAMINI C W Motiva~lio nas Organizaqoes 4ed sao Paulo Atlas1997
CASTRO A V 0 circo conta sua hist6ria Museu dos Teatros - FUNARJRio de Janeiro 1997
CONWAY A A history of juggling - 1994 (setembro) disponivel emhtlplwwwjugglindbcom Acessado em Janeiro de 2005
CRATTY B J PSicologia no esports 2ed Rio de Janeiro Prentice-Hall1983
DECI EL RYAN R M Intrinsic motivation and self determination inhuman behavior NewYork Plenum 1985
FONSECA M A Palhaqo da Burguesia Sao Paulo Polis 1979
FROST RB Psychological Concepts Applied to Physical Educationand Coaching USA Reading Massachusetts Menlo Park CaliforniaLondon Don Mills Ontario 1971
NUTTIN J Teoria da Motivaclo Humana sao Paulo Loyola 1983
SINGER NR Psicologia dos espor1les- mitos e verdades 2ed SaoPaulo Harbra 1977
SOUZA R L Motivaclio (sd) Disponivel emhttpwwwpsicologiabrasilescolacomlmotivacaophp Acessado em maio de2005
VERNOM M DMotivacaoHumana Petropolis Vozes 1971
19
APENDICE
Dados coletados nas entrevistas
Primeiro entrevistado (A)
1 QUAL A SUA FORMAltAO
R Segundo grau comgleto
2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCO
R Trabalho ha 5 anos com circo3 ONDE vocE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSES
R Na rua teatro e IQaresvilriados onde(QrcontratadQlmiddot
4 QUAL A SUA ESPECIALIDADE
R Palhaco
5 vocE VEM DE FAMiLIA CIRCENSE
R Nlio
6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO
R Foi atraves de um rabillho in~trumflnillista J~ fa~ia teiltro (aQdidatal ecome~ a me inte~sects2r ileQ ci~o Fiz tbfJfhos vQluntariQsect em hosgitais einsUtuifjes de saude e na rua aem qe anim2pound20 dfl fesectta
7 QUAL A MOTIVAltAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA
R A Qossibilidilde rletrabBlharcom ARTE-EDUCAQJlO e 0 auto iusentD
20
Segundo entrevistado (8)
1 QUAL A SUA FORMAltAO
R Fa(LQ1dminis(ra(Lsectona FAE
2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCO
R Trabalho hll 5 anos
3 ONDE VOC~ APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSES
R Nas f1taRAVE ~asa de shows eventos e cirrQ
4 QUAL A SUA ESPECIALIDADE
R Malabares acrobacia-soo e cigar-boxes -5 VOC~ VEM DE FAMILIA CIRCENSE
R Ntio mas de familia de artistas MinhB mtie e ltJtriz dimtora ~ figurinisecttJ
6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO
R Facilidade Estava no meiQartisti~
7 QUAL A MOTIVAltAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA
R Por ser um lema 2tl~1-M~ faz lraticar s~mQre esecttar em forma Nao eeQ dinh~i[Q ~ Q~o grazer de inQv~r Q~J~ ~hflJlar nfmbom nivel deallerfei~2m~nto lara eXI2Jssarminhas iQeigsect
21
Terceiro entrevistado (e)
1 QUAL A SUA FORMAltAO
R Segundo grau comgllo
2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCO
R 4 anos
3 ONDE VOCE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSES
R Circo eventos esgetaculos na TV e em hQteis
4 QUAL A SUA ESPECIALIDADE
R Malabares tragezio de vOos acrobacia de solo arame Qema-de-1J8U ecaroa elastica
5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSE
R Nao
6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO
R Comecei a fazer circo gara agerfeiroaros movimentos da Cal2Qeira
7 QUAL A MOTIVAltAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA
R 0 2razer de B1reSentar e treinar aem da diversao Da Qra viver
22
Quarto entrevistado (0)
1 QUAL A SUA FORMAltAOR Primeiro grau incom(leto
2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCOR Comecei aos 12 anos
3 ONDE VOCE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSESR Circo eventos e quando me alltrto na rua
4 QUAL A SUA ESPECIALIDADE
R Arame e Malabares5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSER Sim sou da ~ qeraQllo na minha familia
6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO
R Como eramosect urna f2milia circense eu nao tiv~ ol2~ao Tinhamos queaiudar a familia entao cada irmao se eSllecializou em urna atividade
7 QUAL A MOTIVAltAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA
R iinceramente nao se fazer Dutra coisS ent~o e gela sobrevivenciamesmo Tendo dinheiro ura comer e dormir eu esecttou feliz
23
Quinto entrevistado (E)
1 QUAL A SUA FORMACAOR Sou fonngdo em EduciitiQFiliicg lela PUr2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCOR 6 anos
3 ONDE VOC~ APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSESR Tenho uma emlresa chamada ARCO lrodurjesartisticas Me aQresentolrincillalmente em teatros circa e eventos
4 QUAL A SUA ESPECIALIDADER Acrobacia de solo tecido e Qanramodema
5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSER Nilo
6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCOR Grande Qarte da minha vida fui atleta Qe Ginastica Olimjca AQ6s umtrabalho Qaralelo chamado Os Acronautali comegei a me intereliSgr Qelocirco e onde tenho trabalhado desde enllJo
7 QUAL A MOTIVACAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA
R No inicio era ir Qara 0 Circo de Soleil Ate cheguei a Qassar em umaI2revia mas nlio 128ssei Hole a llrinci1al motiva~lio e a necessidade DofI2referencia 128ra al2resenta~(jes mas quando fica dificil tenho gue dar aula
24
Sexto entrevistado (Fl
1 QUAL A SUA FORMACAO
R Segundo grau comgeto
2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCO
R Trabalho hB sete anos comcirca
3 ONDE VOCE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSES
R Arte de rua epIO middotetos culturais
4 QUAL A SUA ESPECIALIDADER Malabares diabolo Contact ball bastao e devil stick
5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSE
R Nao
6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO
R Paixao (lela arle nao consegui me enquadrar no mercado formal (confeccionavamateriais de maabares e assim comeee a freinarl
7 QUAL A MOTIVACAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA
R E a minha I2rincieal (onte de renda Me considero urn artista modificador daconscitmcia social Deseio if a Belgica Qara buscar gualific8r80 e arogliar minhaatu8pound80 no Brasil
25
Selimo enlrevislado (G)
1 QUAL A SUA FORMACAOR Sou Qraduadoem Educa~o Fisica na PUC e teatro na FAP
2 HA QUANTa TEMPO TRABALHA COM CIRCaR Tnlsanos
3 ONDE VOCE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSESR Festas eventos teatros e escoas
4 QUAL A SUA ESPECIALIDADER Pahaco e rnaabares
5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSER NtJo
6 QUAL 0 MOTIVO QUE a LEVOU A ATUAR NO CIRCaR Atraves da Educa~secto Ffsica me interesse Ue10 desenvovimento motor e12esgusando enconirei 0 maabarismo e 128ra com(llementar meu tmbaho estudei 0
pahaco
7 QUAL A MOTIVACAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREAR A erincieal e a satisfaQlio lessoal (aQausos e risosectl (lretendo continuar vivendocomo arti~ta Aluamente me mfJntenho dando aulas de circo
26
Oitavo entrevistado (H)
1 QUAL A SUA FORMACAOR Sou ator e artista circense No momento esiolJ cursando Lefras na UFPR
2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCOR 6 anos
3 ONDE VOCr APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSESR Em eSJJetacuos teatrais eventos e na rua
4 QUAL A SUA ESPECIALIDADER Perna de D8U e swino
SVOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSER N~o
6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCOR Primeiramenfe trabalhava como aTiz de f8atro e sentia a necessidade de amgJiarmeu cam12D de afua~~o grofissiona e 0 circa s~mllre foi motivo earn mim deencantamento e admira~ao
7 QUAL A MOTIVACAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA
R Pela necessidade de cada vez mfis I2rofissionalizar a cena circense no estado eencontrar urna linguagem lrOQria ao integrar Q teatro com sect arte circens8
comportamento E a motivayao que em ultima analise e responsavel pelofato de que 0 comportamento se dirige preferencialmente para umadeterminada categoria de objetivos ao inves de dirigir-se para outra ainda
que a aprendizagem desempenhe um papel secundario na aberiura do
caminho que leva para este ou aquele objetivo concreto Quanto aosmotivos 0 autor considera como sendo as concretiz8yoes das necessidadeseles constrtuem 0 componente dinamico e direcional do ato concreto
Ainda segundo Nuttin (1983) muitos autores referem-se a noyao de
motivay8o para explicar porque 0 organismo passa do estado de repousopara 0 estado de atividade A motivacliodeve mobilizar a energia ele e um
fator de energizayao Eo 0 ponto de vista fisico que explica 0 movimento por
uma forcaA biologia acaba de colocar em duvida a validade deste ponto
de vista fisico pois contrariamente ao que se pensava ate a metade doseculo passado as celulas nervosas nao tern necessidade para seremativas de uma excitayao proveniente do exterior elas nilo sao
fisiologicamente inertes a atividade e nao repouso e seu estado naturalelas n~o sao somente reativas mais ativas de maneira continua (HEBS1949 apud NUTTIN 1983 p 27)
Numa visao ampla 0 termo motiv8y80 denota fatores e processos quelevam as pessoas a ayao ou a inercia em situacOesdiversas (CRATTY
1983) De modo mais especifico 0 estudo dos motivos implica no exame das
razoes pelas quais se escolhe fazer algo ou executar algumas tarefas commaior empenho do que outras ou persistir numa atividade por longo periodode tempo
Tambem Singer (1977) descreve a motivacao como sendo a
insistencia em caminhar em direy80 a um objetivo Existem ocasioes onde ameta principal pode ser 0 alcance de uma recompensa tal como ter a nome
impresso ganhar um trofeu ou urn elogio Ern outras ocasi6es pode tamar aforma de urn impulso para 0 sucesso para provar ou conseguir alga para aauto-realizacaoExiste urn nivel ideal de motivay~o que deve estar presente
em qualquer atividade e este depende da natureza da atividade tanto quanto
da personalidadedo individuo
10
Para Frost (1971) a conduta e causada e direcionada por combina~6es
de motivQs e emoyoes alguns internos e Qutros extemos alguns geneticos e
Qutros ambientais alguns conscientes e Qutros inconscientes alguns
individuais e Qutros socia is etc
Os motivos podem ser classificados de acordo com sua fonte Por
exemplo alguns motivos sao oriundos de fontes externas e da tarefa
incluindo as diversas recompensas manifestas au latentes como 0 elogio e
as demonstracc5es de sucesso as presentes e 0 dinheiro Qutras fontes de
motiva~ao podem ser resu~ado da estrutura psicol6gica do individuo e de
suas necessidades pessoais de sucesso sociabilidade reconhecimento
etc bern como aquelas que parecem derivar de caracteristicas da propria
tarefa tais como a novidade e a complexidade da experiencia mental ou
motoracom a qual 0 individuo se defronta (CRATTY 1983)
231 Teorias Psicol6gicas
De acordo com as diversas teorias psicologicas a Motivacao pode sar
entendidadas seguintes formas (SOUZA 2005)
Teona baseada no conceito de insintos No inicio do seculo XX os
psicologos atribuiam 0 comportamento aos instintos - pad rOes de
comportamentos especificos e inatos qua caracferizavam toda uma especie
Em 1890 William James compilou uma lista de instintos humanos ca~
competiyAo mado curiosidade timidez amor vergonha e ressentimento
Mas por volta dos anos 20 a teoria dos instintos deixou de ser usada para
explicar 0 comportamento humano por tres motivos Os comportamentos
humanos mais importantes sao aprendidos Raramente 0 comportamento
humano e rigido inflexivel imutavel e encontrado em toda especia como e 0
caso do instinto Atribuir todo passive I comportamento humane a urn instinto
correspondente nao explica nada Assim por volta de 1900 os psic610gos
buscaram explicagOes mais plausiveis para a campartamento humano
Teoria dos impulsos Uma visao alternativa da motiva~o afirma que as
necessidadescorporais criam um estado de tensao ou estimula~o chamado
impulso De acordo com a teoria da redurjo de impulsos 0 comportamento
II
motivado e urna tentativa de reduzir esse desagradavel estado de ten sao do
corpo e fazer com ale retorne ao estado de homeostase au equilibria
Segundo essa teoria geralmente as impulsos podem ser divididos em duas
categorias Impulsos Primarios as quais sao inatos e encontrados em todos
as animais - inclusive no homem - motivam para a sobrevivencia da especie
- fome seda saxe e Impulsos Secundarios adquiridos par meio daaprendizagem - dinheiro sucesso etc
Tearla da ativaqao Segundo a teoria da reduyao de impulsos urna vez
satisfeitos ista e naD mais ativos 0 homem naD buscaria mais nada a nao
ser descansar pais naD haveria mais nenhuma motivayao Par issD alguns
psic6logos sugeriram a teoria da ativacao - a ativayao se refere a um estado
de alerta 0 nivel de ativay80 que oeorre em urn determinado momento se
apresenta ao longo de um continuum Numa panta esta 0 estada de alerta
maximo na outra 0 sono assim a motivacrao pode ser ativada por um desejo
de reduzir 0 estado de ativacao e em outros de intansifica-Io De acordo com
asta teoria cad a individuo teria urn nivel 6timo de ativacao que varia de uma
situayao para Dutra e ao Iongo do dia e 0 comportamento sena motivado
pelo desejo de manter urn nivel 6timo de ativayao
MotivaclJo intrinseca e extrfnseca A primeira diz respeita as recampensas
que se originam da atividade em si - 0 proprio comportamento eintrinsecamente recompensador Par conseguinte a motivaltao extrinseca se
refere as recompensas que n~o sao obtidas da atividade mas em
conseqOencia da atividade
12
3 METODOLOGIA
31 TIPO DE PESQUISA
Esta pesquisa caracteriza-se como descritiva atraves de urna
entrevista semi-estruturada Sarie de perguntas abertas em urna ordem
prevista mas na qual 0 entrevistador pode acrescentar perguntas deesclarecimentomiddot (LAVILLE amp DIONNE 1999 p188)
32 POPULAltAOE AMOSTRA
321 Popula~ao
As pessoas entrevistadas foram artistas circenses do saxe masculino
que trabalham em Circo na grande regiao de Curitiba com mais de 3 anos
de experieuromcia
322 Amostra
Assim a amostra - e a partir do criteria experiencia - foi definida par 8
artistas da Cidade sendo todos voluntarios
33INSTRUMENTO
Para obten~ao dos dados foi utilizada entrevista semi-estruturada a
qual foi aplicada aos artistas A entrevista pode sar visualizada seguida das
respostas dos entrevistados no Apendice 1
34 COLETA DE DADOS
A coleta de dados procedeu-se por meio de uma visita a ASPARTE
(Associa~ao dos Artistas do Parana) onde puderam ser realizadas com 5
13
artistas associ ados As Qutras entrevistas ocorreram no Fringe mostra
paralela ao Festival de Teatro de Curitiba Vale destacar que foram todas
entrevistas individuais previamente marcadas
35 ANALISE DOS DADOS
A analise dos dados se deu par meio de MEDIA aritmetica com
aplic8yao de porcentagem e analise interpretativa
36 LlMITACOES
Algumas dificuldades foram encontradas no decorrer deste trabalho
Uma delas se deve ao fato de alguns artistas estarem em espetaculos
rtinerantes impossibilitando 0 agendamento das entrevistas Outra
dificuldade foi encontrar artistas pertencentes a corrente tradicional do Circa
uma vez que quase todos se diziam fazer parte do chamado Circo Novo 0
numero de artistas n~o permitiu separa-Ios par tempo de atividade
14
4 APRESENTAGAO E DISCUSSAO DOS RESULTADOS
Apos a exposi~ao dos dados recolhidos pode-se analisar que existem
varios fatores que diferem urn artista de outro e conseqOentemente suas
motivafoes Para methor visualizacao os resultados foram dispostos em
gnficos
Quadro 1 Fonna~aoeTempode Experiencia(emnumeros absolutos epercentuais)
Formayao Ensino Ensino Estudo Graduayiio TotalFundamental Medio Universitario
1= 125 3= 3775 2=25 2=25
Tempo 0 34 anos 56 anos 78 anos -Ndeg 0 2=25 4=50 2=25 100sujeitos
Da mostra de 8 artistas 1 completou (125) Ensino Fundamental
Com relayao ao Ensino Medio 3 deles concluiram (3775) Estudo
Universijario 2 dos pesquisados (25) E Gradua~ao tambem 2 sujeitos
(25)0 estudo tambem apontou que os sujeitos apresentaram bom grau de
escolaridade 875 dos artistas tlgtm0 Ensino Medio
Quadro2 Espa~osde Perfonnance (emnumerosabsolutos)
CASA DE SHOW
1= 125
15
Com relacao aos locais onde e desenvolvida a arte circense 4 dos
artistas entrevistados sao de rua (50) 5 deles utilizam-sa do aspaco do
Taatro (625) Todos (100) sa aprasentam de alguma maneira debaixo
das lonas do circa 1 referiu-se a Casas de Show (125)
Quadro 3 Especialidade
PALHACO MALABARES ACROBATA TRAPEZISTA I2= 25 5=625 3= 375 1= 125 J
ARAMISTA PERNA PAU OUTRO
2=25 2= 25 3= 375
Quanta a especialidade pode-se observar que 2 trabalham com a arte
do palhaco (25) 5 sao malabaristas (625) 3 fazem acrobacias de solo
(375) 1 etrapezista (125) 2 andam na corda bamba (aramistas) (25)
2 utilizam a pema de pau (25)
Quadro 4 Familia Circense
SIM NAO1 = 125 7= 875
Apenas 1 entrevistado vem de familia circense (125)
Quadro 5 Motivo
Trabalho Instrumentalista 1= 125
a meio ambiente (familia) 3= 375
Relacao com a Capoeira 1= 125
Ginastica Olimpica 1= 125
Paixao pala Arte 1= 125
Tradicao 1= 125
16
A resperto dos motivos 1 artista tem seu motivo no trabalho
instrumentalista (125) 3 sofreram influ1ncia da familia (375) 1 dos
entrevistados veio da Capoeira (125) 1 e ex-ginasta olimpico (125) 1
teve seu motivo na paixao que a Arte Circense desperta (125) E 1 e pela
tradi980 (125) Isso mostra a variabilidade de configura90es nas quais
encontravam-se as artistas no momento do contata com 0 Circa
Quadro6Motiva9ao
Trabalha com Arte-Educa9fio 2= 25
Prazer 3= 375
SobrevivencialNecessidade 3=375
Sabre a motiv8C80 au seja aquila que as mante~minseridos na Arte
Circense 2 dos entrevistados sao arte-educadores e encontram nas Artes
Circenses meios pedag6gicos e de formacao humana 3 sao motivados pelo
prazer despertado nas atividades E 3 deles sao artistas par necessidade
Dois dos oito entrevistados (25) s6 vivem do circo e de
apresenta9iies artisticas Sendo apenas um deles pertencente a terceira
geracao de circo cnde aprendeu com seus familiares tudo 0 que sabe e
pretende prosseguir com a tradiCBo circense Outro entrevistado se formou
em Sao Paulo e ganha sua vida no picadeiro Um deles (125) e ex-ginasta
que sa apaixonou pela linguagem circense
Tr1s dos artistas entrevistados (36) sao graduados todos em
Educac80 Fisica os quais S8 mant~m financeiramente dando aulas de circo
quando nao estao desenvolvendo trabalhos artisticos A metade dos
entrevistados (50) conla com 0 apoio familiar conseguindo assim buscar
aprimoramento profissional atraves de workshops e especializa~6es_
17
5 CONCLUSAO
A partir do Objetivo Geral isto e verificar quais os motivos e motiva(iio
que levou artistas do sexo masculine a ingressar e permanecer no meio
circense concluimiddotse que ha toda uma gama de motivos (configura90es) e
tambem motiv8yoes que se apresentaram apos a referida pesquisa Foi
tracado 0 perfil dos artistas bem como - atraves das entrevistas - verificou-
se avaliou-se e comparou-se as motivQs e motiv8CBO que as levaram a
ingressar e permanecer na atividade
A motivacao como componente e fun~o gera do comportamento naD
e urna variavel que se apresenta periodicamente e neste momento
desencadeia uma ayao isolada Ela e a orientayao dinamica continua que
regula 0 funcionamento igualmente continuo do individuo em interayBo com
seu maio Esta regulacaoconcerne os aspectos direcionais e energeticos do
comportamento Por outro lado a todo 0 momenta a motivayao se apresenta
como urna configuratyao concreta de tais orientac5es dinamicas permanentes
(ativas ou latentes) a qual muda em funyao de diversos fatores internos e
extemas em funyao tambem da experiencia passada e da percepyao atual
Em alguns sujeitos por exemplo a configurayao motivacional e
excepcionalmente estavel enquanto que para outros a sua (mica
continuidade em sua maneira de agir consiste em obedecer aos impulsos do
momento e ao apelo das situayaes que se apresentam
Tudo isso leva a conclus1io de que e util distinguir de um lado a
funcao dinamica geral que ativa e dirige 0 comportamento de maneira
continua et de outro lado a constelayao motivacional concreta que eresponsavel pela regulayao do comportamento em um dado momento
Ap6s 0 contato com estes diversos artistas pode-se inferir que os
motivos sao diversos mas a principal motivacao vern da satisfayBo pessoal
pelo trabalho desenvolvido e 0 estre~o apego emocional pela arte Nesse
sentido para os entrevistados confirma-se a maxima uniAo do Uti ao
Agradave pais a grande maioria con segue se manter economicamente
como artistas ou seja sobreviver fazendo 0 que gosta
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6 REFERENCIAS
BALAGUER I Entrenamiento psicol6gico en el deports ValenciaAlbatros Educacion 1994
BERGAMINI C W Motiva~lio nas Organizaqoes 4ed sao Paulo Atlas1997
CASTRO A V 0 circo conta sua hist6ria Museu dos Teatros - FUNARJRio de Janeiro 1997
CONWAY A A history of juggling - 1994 (setembro) disponivel emhtlplwwwjugglindbcom Acessado em Janeiro de 2005
CRATTY B J PSicologia no esports 2ed Rio de Janeiro Prentice-Hall1983
DECI EL RYAN R M Intrinsic motivation and self determination inhuman behavior NewYork Plenum 1985
FONSECA M A Palhaqo da Burguesia Sao Paulo Polis 1979
FROST RB Psychological Concepts Applied to Physical Educationand Coaching USA Reading Massachusetts Menlo Park CaliforniaLondon Don Mills Ontario 1971
NUTTIN J Teoria da Motivaclo Humana sao Paulo Loyola 1983
SINGER NR Psicologia dos espor1les- mitos e verdades 2ed SaoPaulo Harbra 1977
SOUZA R L Motivaclio (sd) Disponivel emhttpwwwpsicologiabrasilescolacomlmotivacaophp Acessado em maio de2005
VERNOM M DMotivacaoHumana Petropolis Vozes 1971
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APENDICE
Dados coletados nas entrevistas
Primeiro entrevistado (A)
1 QUAL A SUA FORMAltAO
R Segundo grau comgleto
2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCO
R Trabalho ha 5 anos com circo3 ONDE vocE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSES
R Na rua teatro e IQaresvilriados onde(QrcontratadQlmiddot
4 QUAL A SUA ESPECIALIDADE
R Palhaco
5 vocE VEM DE FAMiLIA CIRCENSE
R Nlio
6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO
R Foi atraves de um rabillho in~trumflnillista J~ fa~ia teiltro (aQdidatal ecome~ a me inte~sects2r ileQ ci~o Fiz tbfJfhos vQluntariQsect em hosgitais einsUtuifjes de saude e na rua aem qe anim2pound20 dfl fesectta
7 QUAL A MOTIVAltAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA
R A Qossibilidilde rletrabBlharcom ARTE-EDUCAQJlO e 0 auto iusentD
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Segundo entrevistado (8)
1 QUAL A SUA FORMAltAO
R Fa(LQ1dminis(ra(Lsectona FAE
2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCO
R Trabalho hll 5 anos
3 ONDE VOC~ APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSES
R Nas f1taRAVE ~asa de shows eventos e cirrQ
4 QUAL A SUA ESPECIALIDADE
R Malabares acrobacia-soo e cigar-boxes -5 VOC~ VEM DE FAMILIA CIRCENSE
R Ntio mas de familia de artistas MinhB mtie e ltJtriz dimtora ~ figurinisecttJ
6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO
R Facilidade Estava no meiQartisti~
7 QUAL A MOTIVAltAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA
R Por ser um lema 2tl~1-M~ faz lraticar s~mQre esecttar em forma Nao eeQ dinh~i[Q ~ Q~o grazer de inQv~r Q~J~ ~hflJlar nfmbom nivel deallerfei~2m~nto lara eXI2Jssarminhas iQeigsect
21
Terceiro entrevistado (e)
1 QUAL A SUA FORMAltAO
R Segundo grau comgllo
2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCO
R 4 anos
3 ONDE VOCE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSES
R Circo eventos esgetaculos na TV e em hQteis
4 QUAL A SUA ESPECIALIDADE
R Malabares tragezio de vOos acrobacia de solo arame Qema-de-1J8U ecaroa elastica
5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSE
R Nao
6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO
R Comecei a fazer circo gara agerfeiroaros movimentos da Cal2Qeira
7 QUAL A MOTIVAltAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA
R 0 2razer de B1reSentar e treinar aem da diversao Da Qra viver
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Quarto entrevistado (0)
1 QUAL A SUA FORMAltAOR Primeiro grau incom(leto
2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCOR Comecei aos 12 anos
3 ONDE VOCE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSESR Circo eventos e quando me alltrto na rua
4 QUAL A SUA ESPECIALIDADE
R Arame e Malabares5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSER Sim sou da ~ qeraQllo na minha familia
6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO
R Como eramosect urna f2milia circense eu nao tiv~ ol2~ao Tinhamos queaiudar a familia entao cada irmao se eSllecializou em urna atividade
7 QUAL A MOTIVAltAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA
R iinceramente nao se fazer Dutra coisS ent~o e gela sobrevivenciamesmo Tendo dinheiro ura comer e dormir eu esecttou feliz
23
Quinto entrevistado (E)
1 QUAL A SUA FORMACAOR Sou fonngdo em EduciitiQFiliicg lela PUr2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCOR 6 anos
3 ONDE VOC~ APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSESR Tenho uma emlresa chamada ARCO lrodurjesartisticas Me aQresentolrincillalmente em teatros circa e eventos
4 QUAL A SUA ESPECIALIDADER Acrobacia de solo tecido e Qanramodema
5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSER Nilo
6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCOR Grande Qarte da minha vida fui atleta Qe Ginastica Olimjca AQ6s umtrabalho Qaralelo chamado Os Acronautali comegei a me intereliSgr Qelocirco e onde tenho trabalhado desde enllJo
7 QUAL A MOTIVACAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA
R No inicio era ir Qara 0 Circo de Soleil Ate cheguei a Qassar em umaI2revia mas nlio 128ssei Hole a llrinci1al motiva~lio e a necessidade DofI2referencia 128ra al2resenta~(jes mas quando fica dificil tenho gue dar aula
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Sexto entrevistado (Fl
1 QUAL A SUA FORMACAO
R Segundo grau comgeto
2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCO
R Trabalho hB sete anos comcirca
3 ONDE VOCE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSES
R Arte de rua epIO middotetos culturais
4 QUAL A SUA ESPECIALIDADER Malabares diabolo Contact ball bastao e devil stick
5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSE
R Nao
6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO
R Paixao (lela arle nao consegui me enquadrar no mercado formal (confeccionavamateriais de maabares e assim comeee a freinarl
7 QUAL A MOTIVACAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA
R E a minha I2rincieal (onte de renda Me considero urn artista modificador daconscitmcia social Deseio if a Belgica Qara buscar gualific8r80 e arogliar minhaatu8pound80 no Brasil
25
Selimo enlrevislado (G)
1 QUAL A SUA FORMACAOR Sou Qraduadoem Educa~o Fisica na PUC e teatro na FAP
2 HA QUANTa TEMPO TRABALHA COM CIRCaR Tnlsanos
3 ONDE VOCE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSESR Festas eventos teatros e escoas
4 QUAL A SUA ESPECIALIDADER Pahaco e rnaabares
5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSER NtJo
6 QUAL 0 MOTIVO QUE a LEVOU A ATUAR NO CIRCaR Atraves da Educa~secto Ffsica me interesse Ue10 desenvovimento motor e12esgusando enconirei 0 maabarismo e 128ra com(llementar meu tmbaho estudei 0
pahaco
7 QUAL A MOTIVACAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREAR A erincieal e a satisfaQlio lessoal (aQausos e risosectl (lretendo continuar vivendocomo arti~ta Aluamente me mfJntenho dando aulas de circo
26
Oitavo entrevistado (H)
1 QUAL A SUA FORMACAOR Sou ator e artista circense No momento esiolJ cursando Lefras na UFPR
2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCOR 6 anos
3 ONDE VOCr APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSESR Em eSJJetacuos teatrais eventos e na rua
4 QUAL A SUA ESPECIALIDADER Perna de D8U e swino
SVOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSER N~o
6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCOR Primeiramenfe trabalhava como aTiz de f8atro e sentia a necessidade de amgJiarmeu cam12D de afua~~o grofissiona e 0 circa s~mllre foi motivo earn mim deencantamento e admira~ao
7 QUAL A MOTIVACAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA
R Pela necessidade de cada vez mfis I2rofissionalizar a cena circense no estado eencontrar urna linguagem lrOQria ao integrar Q teatro com sect arte circens8
10
Para Frost (1971) a conduta e causada e direcionada por combina~6es
de motivQs e emoyoes alguns internos e Qutros extemos alguns geneticos e
Qutros ambientais alguns conscientes e Qutros inconscientes alguns
individuais e Qutros socia is etc
Os motivos podem ser classificados de acordo com sua fonte Por
exemplo alguns motivos sao oriundos de fontes externas e da tarefa
incluindo as diversas recompensas manifestas au latentes como 0 elogio e
as demonstracc5es de sucesso as presentes e 0 dinheiro Qutras fontes de
motiva~ao podem ser resu~ado da estrutura psicol6gica do individuo e de
suas necessidades pessoais de sucesso sociabilidade reconhecimento
etc bern como aquelas que parecem derivar de caracteristicas da propria
tarefa tais como a novidade e a complexidade da experiencia mental ou
motoracom a qual 0 individuo se defronta (CRATTY 1983)
231 Teorias Psicol6gicas
De acordo com as diversas teorias psicologicas a Motivacao pode sar
entendidadas seguintes formas (SOUZA 2005)
Teona baseada no conceito de insintos No inicio do seculo XX os
psicologos atribuiam 0 comportamento aos instintos - pad rOes de
comportamentos especificos e inatos qua caracferizavam toda uma especie
Em 1890 William James compilou uma lista de instintos humanos ca~
competiyAo mado curiosidade timidez amor vergonha e ressentimento
Mas por volta dos anos 20 a teoria dos instintos deixou de ser usada para
explicar 0 comportamento humano por tres motivos Os comportamentos
humanos mais importantes sao aprendidos Raramente 0 comportamento
humano e rigido inflexivel imutavel e encontrado em toda especia como e 0
caso do instinto Atribuir todo passive I comportamento humane a urn instinto
correspondente nao explica nada Assim por volta de 1900 os psic610gos
buscaram explicagOes mais plausiveis para a campartamento humano
Teoria dos impulsos Uma visao alternativa da motiva~o afirma que as
necessidadescorporais criam um estado de tensao ou estimula~o chamado
impulso De acordo com a teoria da redurjo de impulsos 0 comportamento
II
motivado e urna tentativa de reduzir esse desagradavel estado de ten sao do
corpo e fazer com ale retorne ao estado de homeostase au equilibria
Segundo essa teoria geralmente as impulsos podem ser divididos em duas
categorias Impulsos Primarios as quais sao inatos e encontrados em todos
as animais - inclusive no homem - motivam para a sobrevivencia da especie
- fome seda saxe e Impulsos Secundarios adquiridos par meio daaprendizagem - dinheiro sucesso etc
Tearla da ativaqao Segundo a teoria da reduyao de impulsos urna vez
satisfeitos ista e naD mais ativos 0 homem naD buscaria mais nada a nao
ser descansar pais naD haveria mais nenhuma motivayao Par issD alguns
psic6logos sugeriram a teoria da ativacao - a ativayao se refere a um estado
de alerta 0 nivel de ativay80 que oeorre em urn determinado momento se
apresenta ao longo de um continuum Numa panta esta 0 estada de alerta
maximo na outra 0 sono assim a motivacrao pode ser ativada por um desejo
de reduzir 0 estado de ativacao e em outros de intansifica-Io De acordo com
asta teoria cad a individuo teria urn nivel 6timo de ativacao que varia de uma
situayao para Dutra e ao Iongo do dia e 0 comportamento sena motivado
pelo desejo de manter urn nivel 6timo de ativayao
MotivaclJo intrinseca e extrfnseca A primeira diz respeita as recampensas
que se originam da atividade em si - 0 proprio comportamento eintrinsecamente recompensador Par conseguinte a motivaltao extrinseca se
refere as recompensas que n~o sao obtidas da atividade mas em
conseqOencia da atividade
12
3 METODOLOGIA
31 TIPO DE PESQUISA
Esta pesquisa caracteriza-se como descritiva atraves de urna
entrevista semi-estruturada Sarie de perguntas abertas em urna ordem
prevista mas na qual 0 entrevistador pode acrescentar perguntas deesclarecimentomiddot (LAVILLE amp DIONNE 1999 p188)
32 POPULAltAOE AMOSTRA
321 Popula~ao
As pessoas entrevistadas foram artistas circenses do saxe masculino
que trabalham em Circo na grande regiao de Curitiba com mais de 3 anos
de experieuromcia
322 Amostra
Assim a amostra - e a partir do criteria experiencia - foi definida par 8
artistas da Cidade sendo todos voluntarios
33INSTRUMENTO
Para obten~ao dos dados foi utilizada entrevista semi-estruturada a
qual foi aplicada aos artistas A entrevista pode sar visualizada seguida das
respostas dos entrevistados no Apendice 1
34 COLETA DE DADOS
A coleta de dados procedeu-se por meio de uma visita a ASPARTE
(Associa~ao dos Artistas do Parana) onde puderam ser realizadas com 5
13
artistas associ ados As Qutras entrevistas ocorreram no Fringe mostra
paralela ao Festival de Teatro de Curitiba Vale destacar que foram todas
entrevistas individuais previamente marcadas
35 ANALISE DOS DADOS
A analise dos dados se deu par meio de MEDIA aritmetica com
aplic8yao de porcentagem e analise interpretativa
36 LlMITACOES
Algumas dificuldades foram encontradas no decorrer deste trabalho
Uma delas se deve ao fato de alguns artistas estarem em espetaculos
rtinerantes impossibilitando 0 agendamento das entrevistas Outra
dificuldade foi encontrar artistas pertencentes a corrente tradicional do Circa
uma vez que quase todos se diziam fazer parte do chamado Circo Novo 0
numero de artistas n~o permitiu separa-Ios par tempo de atividade
14
4 APRESENTAGAO E DISCUSSAO DOS RESULTADOS
Apos a exposi~ao dos dados recolhidos pode-se analisar que existem
varios fatores que diferem urn artista de outro e conseqOentemente suas
motivafoes Para methor visualizacao os resultados foram dispostos em
gnficos
Quadro 1 Fonna~aoeTempode Experiencia(emnumeros absolutos epercentuais)
Formayao Ensino Ensino Estudo Graduayiio TotalFundamental Medio Universitario
1= 125 3= 3775 2=25 2=25
Tempo 0 34 anos 56 anos 78 anos -Ndeg 0 2=25 4=50 2=25 100sujeitos
Da mostra de 8 artistas 1 completou (125) Ensino Fundamental
Com relayao ao Ensino Medio 3 deles concluiram (3775) Estudo
Universijario 2 dos pesquisados (25) E Gradua~ao tambem 2 sujeitos
(25)0 estudo tambem apontou que os sujeitos apresentaram bom grau de
escolaridade 875 dos artistas tlgtm0 Ensino Medio
Quadro2 Espa~osde Perfonnance (emnumerosabsolutos)
CASA DE SHOW
1= 125
15
Com relacao aos locais onde e desenvolvida a arte circense 4 dos
artistas entrevistados sao de rua (50) 5 deles utilizam-sa do aspaco do
Taatro (625) Todos (100) sa aprasentam de alguma maneira debaixo
das lonas do circa 1 referiu-se a Casas de Show (125)
Quadro 3 Especialidade
PALHACO MALABARES ACROBATA TRAPEZISTA I2= 25 5=625 3= 375 1= 125 J
ARAMISTA PERNA PAU OUTRO
2=25 2= 25 3= 375
Quanta a especialidade pode-se observar que 2 trabalham com a arte
do palhaco (25) 5 sao malabaristas (625) 3 fazem acrobacias de solo
(375) 1 etrapezista (125) 2 andam na corda bamba (aramistas) (25)
2 utilizam a pema de pau (25)
Quadro 4 Familia Circense
SIM NAO1 = 125 7= 875
Apenas 1 entrevistado vem de familia circense (125)
Quadro 5 Motivo
Trabalho Instrumentalista 1= 125
a meio ambiente (familia) 3= 375
Relacao com a Capoeira 1= 125
Ginastica Olimpica 1= 125
Paixao pala Arte 1= 125
Tradicao 1= 125
16
A resperto dos motivos 1 artista tem seu motivo no trabalho
instrumentalista (125) 3 sofreram influ1ncia da familia (375) 1 dos
entrevistados veio da Capoeira (125) 1 e ex-ginasta olimpico (125) 1
teve seu motivo na paixao que a Arte Circense desperta (125) E 1 e pela
tradi980 (125) Isso mostra a variabilidade de configura90es nas quais
encontravam-se as artistas no momento do contata com 0 Circa
Quadro6Motiva9ao
Trabalha com Arte-Educa9fio 2= 25
Prazer 3= 375
SobrevivencialNecessidade 3=375
Sabre a motiv8C80 au seja aquila que as mante~minseridos na Arte
Circense 2 dos entrevistados sao arte-educadores e encontram nas Artes
Circenses meios pedag6gicos e de formacao humana 3 sao motivados pelo
prazer despertado nas atividades E 3 deles sao artistas par necessidade
Dois dos oito entrevistados (25) s6 vivem do circo e de
apresenta9iies artisticas Sendo apenas um deles pertencente a terceira
geracao de circo cnde aprendeu com seus familiares tudo 0 que sabe e
pretende prosseguir com a tradiCBo circense Outro entrevistado se formou
em Sao Paulo e ganha sua vida no picadeiro Um deles (125) e ex-ginasta
que sa apaixonou pela linguagem circense
Tr1s dos artistas entrevistados (36) sao graduados todos em
Educac80 Fisica os quais S8 mant~m financeiramente dando aulas de circo
quando nao estao desenvolvendo trabalhos artisticos A metade dos
entrevistados (50) conla com 0 apoio familiar conseguindo assim buscar
aprimoramento profissional atraves de workshops e especializa~6es_
17
5 CONCLUSAO
A partir do Objetivo Geral isto e verificar quais os motivos e motiva(iio
que levou artistas do sexo masculine a ingressar e permanecer no meio
circense concluimiddotse que ha toda uma gama de motivos (configura90es) e
tambem motiv8yoes que se apresentaram apos a referida pesquisa Foi
tracado 0 perfil dos artistas bem como - atraves das entrevistas - verificou-
se avaliou-se e comparou-se as motivQs e motiv8CBO que as levaram a
ingressar e permanecer na atividade
A motivacao como componente e fun~o gera do comportamento naD
e urna variavel que se apresenta periodicamente e neste momento
desencadeia uma ayao isolada Ela e a orientayao dinamica continua que
regula 0 funcionamento igualmente continuo do individuo em interayBo com
seu maio Esta regulacaoconcerne os aspectos direcionais e energeticos do
comportamento Por outro lado a todo 0 momenta a motivayao se apresenta
como urna configuratyao concreta de tais orientac5es dinamicas permanentes
(ativas ou latentes) a qual muda em funyao de diversos fatores internos e
extemas em funyao tambem da experiencia passada e da percepyao atual
Em alguns sujeitos por exemplo a configurayao motivacional e
excepcionalmente estavel enquanto que para outros a sua (mica
continuidade em sua maneira de agir consiste em obedecer aos impulsos do
momento e ao apelo das situayaes que se apresentam
Tudo isso leva a conclus1io de que e util distinguir de um lado a
funcao dinamica geral que ativa e dirige 0 comportamento de maneira
continua et de outro lado a constelayao motivacional concreta que eresponsavel pela regulayao do comportamento em um dado momento
Ap6s 0 contato com estes diversos artistas pode-se inferir que os
motivos sao diversos mas a principal motivacao vern da satisfayBo pessoal
pelo trabalho desenvolvido e 0 estre~o apego emocional pela arte Nesse
sentido para os entrevistados confirma-se a maxima uniAo do Uti ao
Agradave pais a grande maioria con segue se manter economicamente
como artistas ou seja sobreviver fazendo 0 que gosta
18
6 REFERENCIAS
BALAGUER I Entrenamiento psicol6gico en el deports ValenciaAlbatros Educacion 1994
BERGAMINI C W Motiva~lio nas Organizaqoes 4ed sao Paulo Atlas1997
CASTRO A V 0 circo conta sua hist6ria Museu dos Teatros - FUNARJRio de Janeiro 1997
CONWAY A A history of juggling - 1994 (setembro) disponivel emhtlplwwwjugglindbcom Acessado em Janeiro de 2005
CRATTY B J PSicologia no esports 2ed Rio de Janeiro Prentice-Hall1983
DECI EL RYAN R M Intrinsic motivation and self determination inhuman behavior NewYork Plenum 1985
FONSECA M A Palhaqo da Burguesia Sao Paulo Polis 1979
FROST RB Psychological Concepts Applied to Physical Educationand Coaching USA Reading Massachusetts Menlo Park CaliforniaLondon Don Mills Ontario 1971
NUTTIN J Teoria da Motivaclo Humana sao Paulo Loyola 1983
SINGER NR Psicologia dos espor1les- mitos e verdades 2ed SaoPaulo Harbra 1977
SOUZA R L Motivaclio (sd) Disponivel emhttpwwwpsicologiabrasilescolacomlmotivacaophp Acessado em maio de2005
VERNOM M DMotivacaoHumana Petropolis Vozes 1971
19
APENDICE
Dados coletados nas entrevistas
Primeiro entrevistado (A)
1 QUAL A SUA FORMAltAO
R Segundo grau comgleto
2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCO
R Trabalho ha 5 anos com circo3 ONDE vocE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSES
R Na rua teatro e IQaresvilriados onde(QrcontratadQlmiddot
4 QUAL A SUA ESPECIALIDADE
R Palhaco
5 vocE VEM DE FAMiLIA CIRCENSE
R Nlio
6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO
R Foi atraves de um rabillho in~trumflnillista J~ fa~ia teiltro (aQdidatal ecome~ a me inte~sects2r ileQ ci~o Fiz tbfJfhos vQluntariQsect em hosgitais einsUtuifjes de saude e na rua aem qe anim2pound20 dfl fesectta
7 QUAL A MOTIVAltAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA
R A Qossibilidilde rletrabBlharcom ARTE-EDUCAQJlO e 0 auto iusentD
20
Segundo entrevistado (8)
1 QUAL A SUA FORMAltAO
R Fa(LQ1dminis(ra(Lsectona FAE
2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCO
R Trabalho hll 5 anos
3 ONDE VOC~ APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSES
R Nas f1taRAVE ~asa de shows eventos e cirrQ
4 QUAL A SUA ESPECIALIDADE
R Malabares acrobacia-soo e cigar-boxes -5 VOC~ VEM DE FAMILIA CIRCENSE
R Ntio mas de familia de artistas MinhB mtie e ltJtriz dimtora ~ figurinisecttJ
6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO
R Facilidade Estava no meiQartisti~
7 QUAL A MOTIVAltAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA
R Por ser um lema 2tl~1-M~ faz lraticar s~mQre esecttar em forma Nao eeQ dinh~i[Q ~ Q~o grazer de inQv~r Q~J~ ~hflJlar nfmbom nivel deallerfei~2m~nto lara eXI2Jssarminhas iQeigsect
21
Terceiro entrevistado (e)
1 QUAL A SUA FORMAltAO
R Segundo grau comgllo
2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCO
R 4 anos
3 ONDE VOCE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSES
R Circo eventos esgetaculos na TV e em hQteis
4 QUAL A SUA ESPECIALIDADE
R Malabares tragezio de vOos acrobacia de solo arame Qema-de-1J8U ecaroa elastica
5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSE
R Nao
6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO
R Comecei a fazer circo gara agerfeiroaros movimentos da Cal2Qeira
7 QUAL A MOTIVAltAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA
R 0 2razer de B1reSentar e treinar aem da diversao Da Qra viver
22
Quarto entrevistado (0)
1 QUAL A SUA FORMAltAOR Primeiro grau incom(leto
2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCOR Comecei aos 12 anos
3 ONDE VOCE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSESR Circo eventos e quando me alltrto na rua
4 QUAL A SUA ESPECIALIDADE
R Arame e Malabares5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSER Sim sou da ~ qeraQllo na minha familia
6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO
R Como eramosect urna f2milia circense eu nao tiv~ ol2~ao Tinhamos queaiudar a familia entao cada irmao se eSllecializou em urna atividade
7 QUAL A MOTIVAltAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA
R iinceramente nao se fazer Dutra coisS ent~o e gela sobrevivenciamesmo Tendo dinheiro ura comer e dormir eu esecttou feliz
23
Quinto entrevistado (E)
1 QUAL A SUA FORMACAOR Sou fonngdo em EduciitiQFiliicg lela PUr2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCOR 6 anos
3 ONDE VOC~ APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSESR Tenho uma emlresa chamada ARCO lrodurjesartisticas Me aQresentolrincillalmente em teatros circa e eventos
4 QUAL A SUA ESPECIALIDADER Acrobacia de solo tecido e Qanramodema
5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSER Nilo
6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCOR Grande Qarte da minha vida fui atleta Qe Ginastica Olimjca AQ6s umtrabalho Qaralelo chamado Os Acronautali comegei a me intereliSgr Qelocirco e onde tenho trabalhado desde enllJo
7 QUAL A MOTIVACAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA
R No inicio era ir Qara 0 Circo de Soleil Ate cheguei a Qassar em umaI2revia mas nlio 128ssei Hole a llrinci1al motiva~lio e a necessidade DofI2referencia 128ra al2resenta~(jes mas quando fica dificil tenho gue dar aula
24
Sexto entrevistado (Fl
1 QUAL A SUA FORMACAO
R Segundo grau comgeto
2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCO
R Trabalho hB sete anos comcirca
3 ONDE VOCE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSES
R Arte de rua epIO middotetos culturais
4 QUAL A SUA ESPECIALIDADER Malabares diabolo Contact ball bastao e devil stick
5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSE
R Nao
6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO
R Paixao (lela arle nao consegui me enquadrar no mercado formal (confeccionavamateriais de maabares e assim comeee a freinarl
7 QUAL A MOTIVACAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA
R E a minha I2rincieal (onte de renda Me considero urn artista modificador daconscitmcia social Deseio if a Belgica Qara buscar gualific8r80 e arogliar minhaatu8pound80 no Brasil
25
Selimo enlrevislado (G)
1 QUAL A SUA FORMACAOR Sou Qraduadoem Educa~o Fisica na PUC e teatro na FAP
2 HA QUANTa TEMPO TRABALHA COM CIRCaR Tnlsanos
3 ONDE VOCE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSESR Festas eventos teatros e escoas
4 QUAL A SUA ESPECIALIDADER Pahaco e rnaabares
5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSER NtJo
6 QUAL 0 MOTIVO QUE a LEVOU A ATUAR NO CIRCaR Atraves da Educa~secto Ffsica me interesse Ue10 desenvovimento motor e12esgusando enconirei 0 maabarismo e 128ra com(llementar meu tmbaho estudei 0
pahaco
7 QUAL A MOTIVACAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREAR A erincieal e a satisfaQlio lessoal (aQausos e risosectl (lretendo continuar vivendocomo arti~ta Aluamente me mfJntenho dando aulas de circo
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Oitavo entrevistado (H)
1 QUAL A SUA FORMACAOR Sou ator e artista circense No momento esiolJ cursando Lefras na UFPR
2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCOR 6 anos
3 ONDE VOCr APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSESR Em eSJJetacuos teatrais eventos e na rua
4 QUAL A SUA ESPECIALIDADER Perna de D8U e swino
SVOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSER N~o
6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCOR Primeiramenfe trabalhava como aTiz de f8atro e sentia a necessidade de amgJiarmeu cam12D de afua~~o grofissiona e 0 circa s~mllre foi motivo earn mim deencantamento e admira~ao
7 QUAL A MOTIVACAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA
R Pela necessidade de cada vez mfis I2rofissionalizar a cena circense no estado eencontrar urna linguagem lrOQria ao integrar Q teatro com sect arte circens8
II
motivado e urna tentativa de reduzir esse desagradavel estado de ten sao do
corpo e fazer com ale retorne ao estado de homeostase au equilibria
Segundo essa teoria geralmente as impulsos podem ser divididos em duas
categorias Impulsos Primarios as quais sao inatos e encontrados em todos
as animais - inclusive no homem - motivam para a sobrevivencia da especie
- fome seda saxe e Impulsos Secundarios adquiridos par meio daaprendizagem - dinheiro sucesso etc
Tearla da ativaqao Segundo a teoria da reduyao de impulsos urna vez
satisfeitos ista e naD mais ativos 0 homem naD buscaria mais nada a nao
ser descansar pais naD haveria mais nenhuma motivayao Par issD alguns
psic6logos sugeriram a teoria da ativacao - a ativayao se refere a um estado
de alerta 0 nivel de ativay80 que oeorre em urn determinado momento se
apresenta ao longo de um continuum Numa panta esta 0 estada de alerta
maximo na outra 0 sono assim a motivacrao pode ser ativada por um desejo
de reduzir 0 estado de ativacao e em outros de intansifica-Io De acordo com
asta teoria cad a individuo teria urn nivel 6timo de ativacao que varia de uma
situayao para Dutra e ao Iongo do dia e 0 comportamento sena motivado
pelo desejo de manter urn nivel 6timo de ativayao
MotivaclJo intrinseca e extrfnseca A primeira diz respeita as recampensas
que se originam da atividade em si - 0 proprio comportamento eintrinsecamente recompensador Par conseguinte a motivaltao extrinseca se
refere as recompensas que n~o sao obtidas da atividade mas em
conseqOencia da atividade
12
3 METODOLOGIA
31 TIPO DE PESQUISA
Esta pesquisa caracteriza-se como descritiva atraves de urna
entrevista semi-estruturada Sarie de perguntas abertas em urna ordem
prevista mas na qual 0 entrevistador pode acrescentar perguntas deesclarecimentomiddot (LAVILLE amp DIONNE 1999 p188)
32 POPULAltAOE AMOSTRA
321 Popula~ao
As pessoas entrevistadas foram artistas circenses do saxe masculino
que trabalham em Circo na grande regiao de Curitiba com mais de 3 anos
de experieuromcia
322 Amostra
Assim a amostra - e a partir do criteria experiencia - foi definida par 8
artistas da Cidade sendo todos voluntarios
33INSTRUMENTO
Para obten~ao dos dados foi utilizada entrevista semi-estruturada a
qual foi aplicada aos artistas A entrevista pode sar visualizada seguida das
respostas dos entrevistados no Apendice 1
34 COLETA DE DADOS
A coleta de dados procedeu-se por meio de uma visita a ASPARTE
(Associa~ao dos Artistas do Parana) onde puderam ser realizadas com 5
13
artistas associ ados As Qutras entrevistas ocorreram no Fringe mostra
paralela ao Festival de Teatro de Curitiba Vale destacar que foram todas
entrevistas individuais previamente marcadas
35 ANALISE DOS DADOS
A analise dos dados se deu par meio de MEDIA aritmetica com
aplic8yao de porcentagem e analise interpretativa
36 LlMITACOES
Algumas dificuldades foram encontradas no decorrer deste trabalho
Uma delas se deve ao fato de alguns artistas estarem em espetaculos
rtinerantes impossibilitando 0 agendamento das entrevistas Outra
dificuldade foi encontrar artistas pertencentes a corrente tradicional do Circa
uma vez que quase todos se diziam fazer parte do chamado Circo Novo 0
numero de artistas n~o permitiu separa-Ios par tempo de atividade
14
4 APRESENTAGAO E DISCUSSAO DOS RESULTADOS
Apos a exposi~ao dos dados recolhidos pode-se analisar que existem
varios fatores que diferem urn artista de outro e conseqOentemente suas
motivafoes Para methor visualizacao os resultados foram dispostos em
gnficos
Quadro 1 Fonna~aoeTempode Experiencia(emnumeros absolutos epercentuais)
Formayao Ensino Ensino Estudo Graduayiio TotalFundamental Medio Universitario
1= 125 3= 3775 2=25 2=25
Tempo 0 34 anos 56 anos 78 anos -Ndeg 0 2=25 4=50 2=25 100sujeitos
Da mostra de 8 artistas 1 completou (125) Ensino Fundamental
Com relayao ao Ensino Medio 3 deles concluiram (3775) Estudo
Universijario 2 dos pesquisados (25) E Gradua~ao tambem 2 sujeitos
(25)0 estudo tambem apontou que os sujeitos apresentaram bom grau de
escolaridade 875 dos artistas tlgtm0 Ensino Medio
Quadro2 Espa~osde Perfonnance (emnumerosabsolutos)
CASA DE SHOW
1= 125
15
Com relacao aos locais onde e desenvolvida a arte circense 4 dos
artistas entrevistados sao de rua (50) 5 deles utilizam-sa do aspaco do
Taatro (625) Todos (100) sa aprasentam de alguma maneira debaixo
das lonas do circa 1 referiu-se a Casas de Show (125)
Quadro 3 Especialidade
PALHACO MALABARES ACROBATA TRAPEZISTA I2= 25 5=625 3= 375 1= 125 J
ARAMISTA PERNA PAU OUTRO
2=25 2= 25 3= 375
Quanta a especialidade pode-se observar que 2 trabalham com a arte
do palhaco (25) 5 sao malabaristas (625) 3 fazem acrobacias de solo
(375) 1 etrapezista (125) 2 andam na corda bamba (aramistas) (25)
2 utilizam a pema de pau (25)
Quadro 4 Familia Circense
SIM NAO1 = 125 7= 875
Apenas 1 entrevistado vem de familia circense (125)
Quadro 5 Motivo
Trabalho Instrumentalista 1= 125
a meio ambiente (familia) 3= 375
Relacao com a Capoeira 1= 125
Ginastica Olimpica 1= 125
Paixao pala Arte 1= 125
Tradicao 1= 125
16
A resperto dos motivos 1 artista tem seu motivo no trabalho
instrumentalista (125) 3 sofreram influ1ncia da familia (375) 1 dos
entrevistados veio da Capoeira (125) 1 e ex-ginasta olimpico (125) 1
teve seu motivo na paixao que a Arte Circense desperta (125) E 1 e pela
tradi980 (125) Isso mostra a variabilidade de configura90es nas quais
encontravam-se as artistas no momento do contata com 0 Circa
Quadro6Motiva9ao
Trabalha com Arte-Educa9fio 2= 25
Prazer 3= 375
SobrevivencialNecessidade 3=375
Sabre a motiv8C80 au seja aquila que as mante~minseridos na Arte
Circense 2 dos entrevistados sao arte-educadores e encontram nas Artes
Circenses meios pedag6gicos e de formacao humana 3 sao motivados pelo
prazer despertado nas atividades E 3 deles sao artistas par necessidade
Dois dos oito entrevistados (25) s6 vivem do circo e de
apresenta9iies artisticas Sendo apenas um deles pertencente a terceira
geracao de circo cnde aprendeu com seus familiares tudo 0 que sabe e
pretende prosseguir com a tradiCBo circense Outro entrevistado se formou
em Sao Paulo e ganha sua vida no picadeiro Um deles (125) e ex-ginasta
que sa apaixonou pela linguagem circense
Tr1s dos artistas entrevistados (36) sao graduados todos em
Educac80 Fisica os quais S8 mant~m financeiramente dando aulas de circo
quando nao estao desenvolvendo trabalhos artisticos A metade dos
entrevistados (50) conla com 0 apoio familiar conseguindo assim buscar
aprimoramento profissional atraves de workshops e especializa~6es_
17
5 CONCLUSAO
A partir do Objetivo Geral isto e verificar quais os motivos e motiva(iio
que levou artistas do sexo masculine a ingressar e permanecer no meio
circense concluimiddotse que ha toda uma gama de motivos (configura90es) e
tambem motiv8yoes que se apresentaram apos a referida pesquisa Foi
tracado 0 perfil dos artistas bem como - atraves das entrevistas - verificou-
se avaliou-se e comparou-se as motivQs e motiv8CBO que as levaram a
ingressar e permanecer na atividade
A motivacao como componente e fun~o gera do comportamento naD
e urna variavel que se apresenta periodicamente e neste momento
desencadeia uma ayao isolada Ela e a orientayao dinamica continua que
regula 0 funcionamento igualmente continuo do individuo em interayBo com
seu maio Esta regulacaoconcerne os aspectos direcionais e energeticos do
comportamento Por outro lado a todo 0 momenta a motivayao se apresenta
como urna configuratyao concreta de tais orientac5es dinamicas permanentes
(ativas ou latentes) a qual muda em funyao de diversos fatores internos e
extemas em funyao tambem da experiencia passada e da percepyao atual
Em alguns sujeitos por exemplo a configurayao motivacional e
excepcionalmente estavel enquanto que para outros a sua (mica
continuidade em sua maneira de agir consiste em obedecer aos impulsos do
momento e ao apelo das situayaes que se apresentam
Tudo isso leva a conclus1io de que e util distinguir de um lado a
funcao dinamica geral que ativa e dirige 0 comportamento de maneira
continua et de outro lado a constelayao motivacional concreta que eresponsavel pela regulayao do comportamento em um dado momento
Ap6s 0 contato com estes diversos artistas pode-se inferir que os
motivos sao diversos mas a principal motivacao vern da satisfayBo pessoal
pelo trabalho desenvolvido e 0 estre~o apego emocional pela arte Nesse
sentido para os entrevistados confirma-se a maxima uniAo do Uti ao
Agradave pais a grande maioria con segue se manter economicamente
como artistas ou seja sobreviver fazendo 0 que gosta
18
6 REFERENCIAS
BALAGUER I Entrenamiento psicol6gico en el deports ValenciaAlbatros Educacion 1994
BERGAMINI C W Motiva~lio nas Organizaqoes 4ed sao Paulo Atlas1997
CASTRO A V 0 circo conta sua hist6ria Museu dos Teatros - FUNARJRio de Janeiro 1997
CONWAY A A history of juggling - 1994 (setembro) disponivel emhtlplwwwjugglindbcom Acessado em Janeiro de 2005
CRATTY B J PSicologia no esports 2ed Rio de Janeiro Prentice-Hall1983
DECI EL RYAN R M Intrinsic motivation and self determination inhuman behavior NewYork Plenum 1985
FONSECA M A Palhaqo da Burguesia Sao Paulo Polis 1979
FROST RB Psychological Concepts Applied to Physical Educationand Coaching USA Reading Massachusetts Menlo Park CaliforniaLondon Don Mills Ontario 1971
NUTTIN J Teoria da Motivaclo Humana sao Paulo Loyola 1983
SINGER NR Psicologia dos espor1les- mitos e verdades 2ed SaoPaulo Harbra 1977
SOUZA R L Motivaclio (sd) Disponivel emhttpwwwpsicologiabrasilescolacomlmotivacaophp Acessado em maio de2005
VERNOM M DMotivacaoHumana Petropolis Vozes 1971
19
APENDICE
Dados coletados nas entrevistas
Primeiro entrevistado (A)
1 QUAL A SUA FORMAltAO
R Segundo grau comgleto
2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCO
R Trabalho ha 5 anos com circo3 ONDE vocE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSES
R Na rua teatro e IQaresvilriados onde(QrcontratadQlmiddot
4 QUAL A SUA ESPECIALIDADE
R Palhaco
5 vocE VEM DE FAMiLIA CIRCENSE
R Nlio
6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO
R Foi atraves de um rabillho in~trumflnillista J~ fa~ia teiltro (aQdidatal ecome~ a me inte~sects2r ileQ ci~o Fiz tbfJfhos vQluntariQsect em hosgitais einsUtuifjes de saude e na rua aem qe anim2pound20 dfl fesectta
7 QUAL A MOTIVAltAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA
R A Qossibilidilde rletrabBlharcom ARTE-EDUCAQJlO e 0 auto iusentD
20
Segundo entrevistado (8)
1 QUAL A SUA FORMAltAO
R Fa(LQ1dminis(ra(Lsectona FAE
2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCO
R Trabalho hll 5 anos
3 ONDE VOC~ APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSES
R Nas f1taRAVE ~asa de shows eventos e cirrQ
4 QUAL A SUA ESPECIALIDADE
R Malabares acrobacia-soo e cigar-boxes -5 VOC~ VEM DE FAMILIA CIRCENSE
R Ntio mas de familia de artistas MinhB mtie e ltJtriz dimtora ~ figurinisecttJ
6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO
R Facilidade Estava no meiQartisti~
7 QUAL A MOTIVAltAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA
R Por ser um lema 2tl~1-M~ faz lraticar s~mQre esecttar em forma Nao eeQ dinh~i[Q ~ Q~o grazer de inQv~r Q~J~ ~hflJlar nfmbom nivel deallerfei~2m~nto lara eXI2Jssarminhas iQeigsect
21
Terceiro entrevistado (e)
1 QUAL A SUA FORMAltAO
R Segundo grau comgllo
2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCO
R 4 anos
3 ONDE VOCE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSES
R Circo eventos esgetaculos na TV e em hQteis
4 QUAL A SUA ESPECIALIDADE
R Malabares tragezio de vOos acrobacia de solo arame Qema-de-1J8U ecaroa elastica
5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSE
R Nao
6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO
R Comecei a fazer circo gara agerfeiroaros movimentos da Cal2Qeira
7 QUAL A MOTIVAltAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA
R 0 2razer de B1reSentar e treinar aem da diversao Da Qra viver
22
Quarto entrevistado (0)
1 QUAL A SUA FORMAltAOR Primeiro grau incom(leto
2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCOR Comecei aos 12 anos
3 ONDE VOCE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSESR Circo eventos e quando me alltrto na rua
4 QUAL A SUA ESPECIALIDADE
R Arame e Malabares5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSER Sim sou da ~ qeraQllo na minha familia
6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO
R Como eramosect urna f2milia circense eu nao tiv~ ol2~ao Tinhamos queaiudar a familia entao cada irmao se eSllecializou em urna atividade
7 QUAL A MOTIVAltAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA
R iinceramente nao se fazer Dutra coisS ent~o e gela sobrevivenciamesmo Tendo dinheiro ura comer e dormir eu esecttou feliz
23
Quinto entrevistado (E)
1 QUAL A SUA FORMACAOR Sou fonngdo em EduciitiQFiliicg lela PUr2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCOR 6 anos
3 ONDE VOC~ APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSESR Tenho uma emlresa chamada ARCO lrodurjesartisticas Me aQresentolrincillalmente em teatros circa e eventos
4 QUAL A SUA ESPECIALIDADER Acrobacia de solo tecido e Qanramodema
5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSER Nilo
6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCOR Grande Qarte da minha vida fui atleta Qe Ginastica Olimjca AQ6s umtrabalho Qaralelo chamado Os Acronautali comegei a me intereliSgr Qelocirco e onde tenho trabalhado desde enllJo
7 QUAL A MOTIVACAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA
R No inicio era ir Qara 0 Circo de Soleil Ate cheguei a Qassar em umaI2revia mas nlio 128ssei Hole a llrinci1al motiva~lio e a necessidade DofI2referencia 128ra al2resenta~(jes mas quando fica dificil tenho gue dar aula
24
Sexto entrevistado (Fl
1 QUAL A SUA FORMACAO
R Segundo grau comgeto
2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCO
R Trabalho hB sete anos comcirca
3 ONDE VOCE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSES
R Arte de rua epIO middotetos culturais
4 QUAL A SUA ESPECIALIDADER Malabares diabolo Contact ball bastao e devil stick
5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSE
R Nao
6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO
R Paixao (lela arle nao consegui me enquadrar no mercado formal (confeccionavamateriais de maabares e assim comeee a freinarl
7 QUAL A MOTIVACAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA
R E a minha I2rincieal (onte de renda Me considero urn artista modificador daconscitmcia social Deseio if a Belgica Qara buscar gualific8r80 e arogliar minhaatu8pound80 no Brasil
25
Selimo enlrevislado (G)
1 QUAL A SUA FORMACAOR Sou Qraduadoem Educa~o Fisica na PUC e teatro na FAP
2 HA QUANTa TEMPO TRABALHA COM CIRCaR Tnlsanos
3 ONDE VOCE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSESR Festas eventos teatros e escoas
4 QUAL A SUA ESPECIALIDADER Pahaco e rnaabares
5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSER NtJo
6 QUAL 0 MOTIVO QUE a LEVOU A ATUAR NO CIRCaR Atraves da Educa~secto Ffsica me interesse Ue10 desenvovimento motor e12esgusando enconirei 0 maabarismo e 128ra com(llementar meu tmbaho estudei 0
pahaco
7 QUAL A MOTIVACAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREAR A erincieal e a satisfaQlio lessoal (aQausos e risosectl (lretendo continuar vivendocomo arti~ta Aluamente me mfJntenho dando aulas de circo
26
Oitavo entrevistado (H)
1 QUAL A SUA FORMACAOR Sou ator e artista circense No momento esiolJ cursando Lefras na UFPR
2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCOR 6 anos
3 ONDE VOCr APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSESR Em eSJJetacuos teatrais eventos e na rua
4 QUAL A SUA ESPECIALIDADER Perna de D8U e swino
SVOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSER N~o
6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCOR Primeiramenfe trabalhava como aTiz de f8atro e sentia a necessidade de amgJiarmeu cam12D de afua~~o grofissiona e 0 circa s~mllre foi motivo earn mim deencantamento e admira~ao
7 QUAL A MOTIVACAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA
R Pela necessidade de cada vez mfis I2rofissionalizar a cena circense no estado eencontrar urna linguagem lrOQria ao integrar Q teatro com sect arte circens8
12
3 METODOLOGIA
31 TIPO DE PESQUISA
Esta pesquisa caracteriza-se como descritiva atraves de urna
entrevista semi-estruturada Sarie de perguntas abertas em urna ordem
prevista mas na qual 0 entrevistador pode acrescentar perguntas deesclarecimentomiddot (LAVILLE amp DIONNE 1999 p188)
32 POPULAltAOE AMOSTRA
321 Popula~ao
As pessoas entrevistadas foram artistas circenses do saxe masculino
que trabalham em Circo na grande regiao de Curitiba com mais de 3 anos
de experieuromcia
322 Amostra
Assim a amostra - e a partir do criteria experiencia - foi definida par 8
artistas da Cidade sendo todos voluntarios
33INSTRUMENTO
Para obten~ao dos dados foi utilizada entrevista semi-estruturada a
qual foi aplicada aos artistas A entrevista pode sar visualizada seguida das
respostas dos entrevistados no Apendice 1
34 COLETA DE DADOS
A coleta de dados procedeu-se por meio de uma visita a ASPARTE
(Associa~ao dos Artistas do Parana) onde puderam ser realizadas com 5
13
artistas associ ados As Qutras entrevistas ocorreram no Fringe mostra
paralela ao Festival de Teatro de Curitiba Vale destacar que foram todas
entrevistas individuais previamente marcadas
35 ANALISE DOS DADOS
A analise dos dados se deu par meio de MEDIA aritmetica com
aplic8yao de porcentagem e analise interpretativa
36 LlMITACOES
Algumas dificuldades foram encontradas no decorrer deste trabalho
Uma delas se deve ao fato de alguns artistas estarem em espetaculos
rtinerantes impossibilitando 0 agendamento das entrevistas Outra
dificuldade foi encontrar artistas pertencentes a corrente tradicional do Circa
uma vez que quase todos se diziam fazer parte do chamado Circo Novo 0
numero de artistas n~o permitiu separa-Ios par tempo de atividade
14
4 APRESENTAGAO E DISCUSSAO DOS RESULTADOS
Apos a exposi~ao dos dados recolhidos pode-se analisar que existem
varios fatores que diferem urn artista de outro e conseqOentemente suas
motivafoes Para methor visualizacao os resultados foram dispostos em
gnficos
Quadro 1 Fonna~aoeTempode Experiencia(emnumeros absolutos epercentuais)
Formayao Ensino Ensino Estudo Graduayiio TotalFundamental Medio Universitario
1= 125 3= 3775 2=25 2=25
Tempo 0 34 anos 56 anos 78 anos -Ndeg 0 2=25 4=50 2=25 100sujeitos
Da mostra de 8 artistas 1 completou (125) Ensino Fundamental
Com relayao ao Ensino Medio 3 deles concluiram (3775) Estudo
Universijario 2 dos pesquisados (25) E Gradua~ao tambem 2 sujeitos
(25)0 estudo tambem apontou que os sujeitos apresentaram bom grau de
escolaridade 875 dos artistas tlgtm0 Ensino Medio
Quadro2 Espa~osde Perfonnance (emnumerosabsolutos)
CASA DE SHOW
1= 125
15
Com relacao aos locais onde e desenvolvida a arte circense 4 dos
artistas entrevistados sao de rua (50) 5 deles utilizam-sa do aspaco do
Taatro (625) Todos (100) sa aprasentam de alguma maneira debaixo
das lonas do circa 1 referiu-se a Casas de Show (125)
Quadro 3 Especialidade
PALHACO MALABARES ACROBATA TRAPEZISTA I2= 25 5=625 3= 375 1= 125 J
ARAMISTA PERNA PAU OUTRO
2=25 2= 25 3= 375
Quanta a especialidade pode-se observar que 2 trabalham com a arte
do palhaco (25) 5 sao malabaristas (625) 3 fazem acrobacias de solo
(375) 1 etrapezista (125) 2 andam na corda bamba (aramistas) (25)
2 utilizam a pema de pau (25)
Quadro 4 Familia Circense
SIM NAO1 = 125 7= 875
Apenas 1 entrevistado vem de familia circense (125)
Quadro 5 Motivo
Trabalho Instrumentalista 1= 125
a meio ambiente (familia) 3= 375
Relacao com a Capoeira 1= 125
Ginastica Olimpica 1= 125
Paixao pala Arte 1= 125
Tradicao 1= 125
16
A resperto dos motivos 1 artista tem seu motivo no trabalho
instrumentalista (125) 3 sofreram influ1ncia da familia (375) 1 dos
entrevistados veio da Capoeira (125) 1 e ex-ginasta olimpico (125) 1
teve seu motivo na paixao que a Arte Circense desperta (125) E 1 e pela
tradi980 (125) Isso mostra a variabilidade de configura90es nas quais
encontravam-se as artistas no momento do contata com 0 Circa
Quadro6Motiva9ao
Trabalha com Arte-Educa9fio 2= 25
Prazer 3= 375
SobrevivencialNecessidade 3=375
Sabre a motiv8C80 au seja aquila que as mante~minseridos na Arte
Circense 2 dos entrevistados sao arte-educadores e encontram nas Artes
Circenses meios pedag6gicos e de formacao humana 3 sao motivados pelo
prazer despertado nas atividades E 3 deles sao artistas par necessidade
Dois dos oito entrevistados (25) s6 vivem do circo e de
apresenta9iies artisticas Sendo apenas um deles pertencente a terceira
geracao de circo cnde aprendeu com seus familiares tudo 0 que sabe e
pretende prosseguir com a tradiCBo circense Outro entrevistado se formou
em Sao Paulo e ganha sua vida no picadeiro Um deles (125) e ex-ginasta
que sa apaixonou pela linguagem circense
Tr1s dos artistas entrevistados (36) sao graduados todos em
Educac80 Fisica os quais S8 mant~m financeiramente dando aulas de circo
quando nao estao desenvolvendo trabalhos artisticos A metade dos
entrevistados (50) conla com 0 apoio familiar conseguindo assim buscar
aprimoramento profissional atraves de workshops e especializa~6es_
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5 CONCLUSAO
A partir do Objetivo Geral isto e verificar quais os motivos e motiva(iio
que levou artistas do sexo masculine a ingressar e permanecer no meio
circense concluimiddotse que ha toda uma gama de motivos (configura90es) e
tambem motiv8yoes que se apresentaram apos a referida pesquisa Foi
tracado 0 perfil dos artistas bem como - atraves das entrevistas - verificou-
se avaliou-se e comparou-se as motivQs e motiv8CBO que as levaram a
ingressar e permanecer na atividade
A motivacao como componente e fun~o gera do comportamento naD
e urna variavel que se apresenta periodicamente e neste momento
desencadeia uma ayao isolada Ela e a orientayao dinamica continua que
regula 0 funcionamento igualmente continuo do individuo em interayBo com
seu maio Esta regulacaoconcerne os aspectos direcionais e energeticos do
comportamento Por outro lado a todo 0 momenta a motivayao se apresenta
como urna configuratyao concreta de tais orientac5es dinamicas permanentes
(ativas ou latentes) a qual muda em funyao de diversos fatores internos e
extemas em funyao tambem da experiencia passada e da percepyao atual
Em alguns sujeitos por exemplo a configurayao motivacional e
excepcionalmente estavel enquanto que para outros a sua (mica
continuidade em sua maneira de agir consiste em obedecer aos impulsos do
momento e ao apelo das situayaes que se apresentam
Tudo isso leva a conclus1io de que e util distinguir de um lado a
funcao dinamica geral que ativa e dirige 0 comportamento de maneira
continua et de outro lado a constelayao motivacional concreta que eresponsavel pela regulayao do comportamento em um dado momento
Ap6s 0 contato com estes diversos artistas pode-se inferir que os
motivos sao diversos mas a principal motivacao vern da satisfayBo pessoal
pelo trabalho desenvolvido e 0 estre~o apego emocional pela arte Nesse
sentido para os entrevistados confirma-se a maxima uniAo do Uti ao
Agradave pais a grande maioria con segue se manter economicamente
como artistas ou seja sobreviver fazendo 0 que gosta
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6 REFERENCIAS
BALAGUER I Entrenamiento psicol6gico en el deports ValenciaAlbatros Educacion 1994
BERGAMINI C W Motiva~lio nas Organizaqoes 4ed sao Paulo Atlas1997
CASTRO A V 0 circo conta sua hist6ria Museu dos Teatros - FUNARJRio de Janeiro 1997
CONWAY A A history of juggling - 1994 (setembro) disponivel emhtlplwwwjugglindbcom Acessado em Janeiro de 2005
CRATTY B J PSicologia no esports 2ed Rio de Janeiro Prentice-Hall1983
DECI EL RYAN R M Intrinsic motivation and self determination inhuman behavior NewYork Plenum 1985
FONSECA M A Palhaqo da Burguesia Sao Paulo Polis 1979
FROST RB Psychological Concepts Applied to Physical Educationand Coaching USA Reading Massachusetts Menlo Park CaliforniaLondon Don Mills Ontario 1971
NUTTIN J Teoria da Motivaclo Humana sao Paulo Loyola 1983
SINGER NR Psicologia dos espor1les- mitos e verdades 2ed SaoPaulo Harbra 1977
SOUZA R L Motivaclio (sd) Disponivel emhttpwwwpsicologiabrasilescolacomlmotivacaophp Acessado em maio de2005
VERNOM M DMotivacaoHumana Petropolis Vozes 1971
19
APENDICE
Dados coletados nas entrevistas
Primeiro entrevistado (A)
1 QUAL A SUA FORMAltAO
R Segundo grau comgleto
2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCO
R Trabalho ha 5 anos com circo3 ONDE vocE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSES
R Na rua teatro e IQaresvilriados onde(QrcontratadQlmiddot
4 QUAL A SUA ESPECIALIDADE
R Palhaco
5 vocE VEM DE FAMiLIA CIRCENSE
R Nlio
6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO
R Foi atraves de um rabillho in~trumflnillista J~ fa~ia teiltro (aQdidatal ecome~ a me inte~sects2r ileQ ci~o Fiz tbfJfhos vQluntariQsect em hosgitais einsUtuifjes de saude e na rua aem qe anim2pound20 dfl fesectta
7 QUAL A MOTIVAltAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA
R A Qossibilidilde rletrabBlharcom ARTE-EDUCAQJlO e 0 auto iusentD
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Segundo entrevistado (8)
1 QUAL A SUA FORMAltAO
R Fa(LQ1dminis(ra(Lsectona FAE
2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCO
R Trabalho hll 5 anos
3 ONDE VOC~ APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSES
R Nas f1taRAVE ~asa de shows eventos e cirrQ
4 QUAL A SUA ESPECIALIDADE
R Malabares acrobacia-soo e cigar-boxes -5 VOC~ VEM DE FAMILIA CIRCENSE
R Ntio mas de familia de artistas MinhB mtie e ltJtriz dimtora ~ figurinisecttJ
6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO
R Facilidade Estava no meiQartisti~
7 QUAL A MOTIVAltAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA
R Por ser um lema 2tl~1-M~ faz lraticar s~mQre esecttar em forma Nao eeQ dinh~i[Q ~ Q~o grazer de inQv~r Q~J~ ~hflJlar nfmbom nivel deallerfei~2m~nto lara eXI2Jssarminhas iQeigsect
21
Terceiro entrevistado (e)
1 QUAL A SUA FORMAltAO
R Segundo grau comgllo
2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCO
R 4 anos
3 ONDE VOCE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSES
R Circo eventos esgetaculos na TV e em hQteis
4 QUAL A SUA ESPECIALIDADE
R Malabares tragezio de vOos acrobacia de solo arame Qema-de-1J8U ecaroa elastica
5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSE
R Nao
6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO
R Comecei a fazer circo gara agerfeiroaros movimentos da Cal2Qeira
7 QUAL A MOTIVAltAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA
R 0 2razer de B1reSentar e treinar aem da diversao Da Qra viver
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Quarto entrevistado (0)
1 QUAL A SUA FORMAltAOR Primeiro grau incom(leto
2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCOR Comecei aos 12 anos
3 ONDE VOCE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSESR Circo eventos e quando me alltrto na rua
4 QUAL A SUA ESPECIALIDADE
R Arame e Malabares5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSER Sim sou da ~ qeraQllo na minha familia
6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO
R Como eramosect urna f2milia circense eu nao tiv~ ol2~ao Tinhamos queaiudar a familia entao cada irmao se eSllecializou em urna atividade
7 QUAL A MOTIVAltAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA
R iinceramente nao se fazer Dutra coisS ent~o e gela sobrevivenciamesmo Tendo dinheiro ura comer e dormir eu esecttou feliz
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Quinto entrevistado (E)
1 QUAL A SUA FORMACAOR Sou fonngdo em EduciitiQFiliicg lela PUr2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCOR 6 anos
3 ONDE VOC~ APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSESR Tenho uma emlresa chamada ARCO lrodurjesartisticas Me aQresentolrincillalmente em teatros circa e eventos
4 QUAL A SUA ESPECIALIDADER Acrobacia de solo tecido e Qanramodema
5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSER Nilo
6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCOR Grande Qarte da minha vida fui atleta Qe Ginastica Olimjca AQ6s umtrabalho Qaralelo chamado Os Acronautali comegei a me intereliSgr Qelocirco e onde tenho trabalhado desde enllJo
7 QUAL A MOTIVACAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA
R No inicio era ir Qara 0 Circo de Soleil Ate cheguei a Qassar em umaI2revia mas nlio 128ssei Hole a llrinci1al motiva~lio e a necessidade DofI2referencia 128ra al2resenta~(jes mas quando fica dificil tenho gue dar aula
24
Sexto entrevistado (Fl
1 QUAL A SUA FORMACAO
R Segundo grau comgeto
2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCO
R Trabalho hB sete anos comcirca
3 ONDE VOCE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSES
R Arte de rua epIO middotetos culturais
4 QUAL A SUA ESPECIALIDADER Malabares diabolo Contact ball bastao e devil stick
5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSE
R Nao
6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO
R Paixao (lela arle nao consegui me enquadrar no mercado formal (confeccionavamateriais de maabares e assim comeee a freinarl
7 QUAL A MOTIVACAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA
R E a minha I2rincieal (onte de renda Me considero urn artista modificador daconscitmcia social Deseio if a Belgica Qara buscar gualific8r80 e arogliar minhaatu8pound80 no Brasil
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Selimo enlrevislado (G)
1 QUAL A SUA FORMACAOR Sou Qraduadoem Educa~o Fisica na PUC e teatro na FAP
2 HA QUANTa TEMPO TRABALHA COM CIRCaR Tnlsanos
3 ONDE VOCE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSESR Festas eventos teatros e escoas
4 QUAL A SUA ESPECIALIDADER Pahaco e rnaabares
5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSER NtJo
6 QUAL 0 MOTIVO QUE a LEVOU A ATUAR NO CIRCaR Atraves da Educa~secto Ffsica me interesse Ue10 desenvovimento motor e12esgusando enconirei 0 maabarismo e 128ra com(llementar meu tmbaho estudei 0
pahaco
7 QUAL A MOTIVACAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREAR A erincieal e a satisfaQlio lessoal (aQausos e risosectl (lretendo continuar vivendocomo arti~ta Aluamente me mfJntenho dando aulas de circo
26
Oitavo entrevistado (H)
1 QUAL A SUA FORMACAOR Sou ator e artista circense No momento esiolJ cursando Lefras na UFPR
2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCOR 6 anos
3 ONDE VOCr APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSESR Em eSJJetacuos teatrais eventos e na rua
4 QUAL A SUA ESPECIALIDADER Perna de D8U e swino
SVOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSER N~o
6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCOR Primeiramenfe trabalhava como aTiz de f8atro e sentia a necessidade de amgJiarmeu cam12D de afua~~o grofissiona e 0 circa s~mllre foi motivo earn mim deencantamento e admira~ao
7 QUAL A MOTIVACAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA
R Pela necessidade de cada vez mfis I2rofissionalizar a cena circense no estado eencontrar urna linguagem lrOQria ao integrar Q teatro com sect arte circens8
13
artistas associ ados As Qutras entrevistas ocorreram no Fringe mostra
paralela ao Festival de Teatro de Curitiba Vale destacar que foram todas
entrevistas individuais previamente marcadas
35 ANALISE DOS DADOS
A analise dos dados se deu par meio de MEDIA aritmetica com
aplic8yao de porcentagem e analise interpretativa
36 LlMITACOES
Algumas dificuldades foram encontradas no decorrer deste trabalho
Uma delas se deve ao fato de alguns artistas estarem em espetaculos
rtinerantes impossibilitando 0 agendamento das entrevistas Outra
dificuldade foi encontrar artistas pertencentes a corrente tradicional do Circa
uma vez que quase todos se diziam fazer parte do chamado Circo Novo 0
numero de artistas n~o permitiu separa-Ios par tempo de atividade
14
4 APRESENTAGAO E DISCUSSAO DOS RESULTADOS
Apos a exposi~ao dos dados recolhidos pode-se analisar que existem
varios fatores que diferem urn artista de outro e conseqOentemente suas
motivafoes Para methor visualizacao os resultados foram dispostos em
gnficos
Quadro 1 Fonna~aoeTempode Experiencia(emnumeros absolutos epercentuais)
Formayao Ensino Ensino Estudo Graduayiio TotalFundamental Medio Universitario
1= 125 3= 3775 2=25 2=25
Tempo 0 34 anos 56 anos 78 anos -Ndeg 0 2=25 4=50 2=25 100sujeitos
Da mostra de 8 artistas 1 completou (125) Ensino Fundamental
Com relayao ao Ensino Medio 3 deles concluiram (3775) Estudo
Universijario 2 dos pesquisados (25) E Gradua~ao tambem 2 sujeitos
(25)0 estudo tambem apontou que os sujeitos apresentaram bom grau de
escolaridade 875 dos artistas tlgtm0 Ensino Medio
Quadro2 Espa~osde Perfonnance (emnumerosabsolutos)
CASA DE SHOW
1= 125
15
Com relacao aos locais onde e desenvolvida a arte circense 4 dos
artistas entrevistados sao de rua (50) 5 deles utilizam-sa do aspaco do
Taatro (625) Todos (100) sa aprasentam de alguma maneira debaixo
das lonas do circa 1 referiu-se a Casas de Show (125)
Quadro 3 Especialidade
PALHACO MALABARES ACROBATA TRAPEZISTA I2= 25 5=625 3= 375 1= 125 J
ARAMISTA PERNA PAU OUTRO
2=25 2= 25 3= 375
Quanta a especialidade pode-se observar que 2 trabalham com a arte
do palhaco (25) 5 sao malabaristas (625) 3 fazem acrobacias de solo
(375) 1 etrapezista (125) 2 andam na corda bamba (aramistas) (25)
2 utilizam a pema de pau (25)
Quadro 4 Familia Circense
SIM NAO1 = 125 7= 875
Apenas 1 entrevistado vem de familia circense (125)
Quadro 5 Motivo
Trabalho Instrumentalista 1= 125
a meio ambiente (familia) 3= 375
Relacao com a Capoeira 1= 125
Ginastica Olimpica 1= 125
Paixao pala Arte 1= 125
Tradicao 1= 125
16
A resperto dos motivos 1 artista tem seu motivo no trabalho
instrumentalista (125) 3 sofreram influ1ncia da familia (375) 1 dos
entrevistados veio da Capoeira (125) 1 e ex-ginasta olimpico (125) 1
teve seu motivo na paixao que a Arte Circense desperta (125) E 1 e pela
tradi980 (125) Isso mostra a variabilidade de configura90es nas quais
encontravam-se as artistas no momento do contata com 0 Circa
Quadro6Motiva9ao
Trabalha com Arte-Educa9fio 2= 25
Prazer 3= 375
SobrevivencialNecessidade 3=375
Sabre a motiv8C80 au seja aquila que as mante~minseridos na Arte
Circense 2 dos entrevistados sao arte-educadores e encontram nas Artes
Circenses meios pedag6gicos e de formacao humana 3 sao motivados pelo
prazer despertado nas atividades E 3 deles sao artistas par necessidade
Dois dos oito entrevistados (25) s6 vivem do circo e de
apresenta9iies artisticas Sendo apenas um deles pertencente a terceira
geracao de circo cnde aprendeu com seus familiares tudo 0 que sabe e
pretende prosseguir com a tradiCBo circense Outro entrevistado se formou
em Sao Paulo e ganha sua vida no picadeiro Um deles (125) e ex-ginasta
que sa apaixonou pela linguagem circense
Tr1s dos artistas entrevistados (36) sao graduados todos em
Educac80 Fisica os quais S8 mant~m financeiramente dando aulas de circo
quando nao estao desenvolvendo trabalhos artisticos A metade dos
entrevistados (50) conla com 0 apoio familiar conseguindo assim buscar
aprimoramento profissional atraves de workshops e especializa~6es_
17
5 CONCLUSAO
A partir do Objetivo Geral isto e verificar quais os motivos e motiva(iio
que levou artistas do sexo masculine a ingressar e permanecer no meio
circense concluimiddotse que ha toda uma gama de motivos (configura90es) e
tambem motiv8yoes que se apresentaram apos a referida pesquisa Foi
tracado 0 perfil dos artistas bem como - atraves das entrevistas - verificou-
se avaliou-se e comparou-se as motivQs e motiv8CBO que as levaram a
ingressar e permanecer na atividade
A motivacao como componente e fun~o gera do comportamento naD
e urna variavel que se apresenta periodicamente e neste momento
desencadeia uma ayao isolada Ela e a orientayao dinamica continua que
regula 0 funcionamento igualmente continuo do individuo em interayBo com
seu maio Esta regulacaoconcerne os aspectos direcionais e energeticos do
comportamento Por outro lado a todo 0 momenta a motivayao se apresenta
como urna configuratyao concreta de tais orientac5es dinamicas permanentes
(ativas ou latentes) a qual muda em funyao de diversos fatores internos e
extemas em funyao tambem da experiencia passada e da percepyao atual
Em alguns sujeitos por exemplo a configurayao motivacional e
excepcionalmente estavel enquanto que para outros a sua (mica
continuidade em sua maneira de agir consiste em obedecer aos impulsos do
momento e ao apelo das situayaes que se apresentam
Tudo isso leva a conclus1io de que e util distinguir de um lado a
funcao dinamica geral que ativa e dirige 0 comportamento de maneira
continua et de outro lado a constelayao motivacional concreta que eresponsavel pela regulayao do comportamento em um dado momento
Ap6s 0 contato com estes diversos artistas pode-se inferir que os
motivos sao diversos mas a principal motivacao vern da satisfayBo pessoal
pelo trabalho desenvolvido e 0 estre~o apego emocional pela arte Nesse
sentido para os entrevistados confirma-se a maxima uniAo do Uti ao
Agradave pais a grande maioria con segue se manter economicamente
como artistas ou seja sobreviver fazendo 0 que gosta
18
6 REFERENCIAS
BALAGUER I Entrenamiento psicol6gico en el deports ValenciaAlbatros Educacion 1994
BERGAMINI C W Motiva~lio nas Organizaqoes 4ed sao Paulo Atlas1997
CASTRO A V 0 circo conta sua hist6ria Museu dos Teatros - FUNARJRio de Janeiro 1997
CONWAY A A history of juggling - 1994 (setembro) disponivel emhtlplwwwjugglindbcom Acessado em Janeiro de 2005
CRATTY B J PSicologia no esports 2ed Rio de Janeiro Prentice-Hall1983
DECI EL RYAN R M Intrinsic motivation and self determination inhuman behavior NewYork Plenum 1985
FONSECA M A Palhaqo da Burguesia Sao Paulo Polis 1979
FROST RB Psychological Concepts Applied to Physical Educationand Coaching USA Reading Massachusetts Menlo Park CaliforniaLondon Don Mills Ontario 1971
NUTTIN J Teoria da Motivaclo Humana sao Paulo Loyola 1983
SINGER NR Psicologia dos espor1les- mitos e verdades 2ed SaoPaulo Harbra 1977
SOUZA R L Motivaclio (sd) Disponivel emhttpwwwpsicologiabrasilescolacomlmotivacaophp Acessado em maio de2005
VERNOM M DMotivacaoHumana Petropolis Vozes 1971
19
APENDICE
Dados coletados nas entrevistas
Primeiro entrevistado (A)
1 QUAL A SUA FORMAltAO
R Segundo grau comgleto
2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCO
R Trabalho ha 5 anos com circo3 ONDE vocE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSES
R Na rua teatro e IQaresvilriados onde(QrcontratadQlmiddot
4 QUAL A SUA ESPECIALIDADE
R Palhaco
5 vocE VEM DE FAMiLIA CIRCENSE
R Nlio
6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO
R Foi atraves de um rabillho in~trumflnillista J~ fa~ia teiltro (aQdidatal ecome~ a me inte~sects2r ileQ ci~o Fiz tbfJfhos vQluntariQsect em hosgitais einsUtuifjes de saude e na rua aem qe anim2pound20 dfl fesectta
7 QUAL A MOTIVAltAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA
R A Qossibilidilde rletrabBlharcom ARTE-EDUCAQJlO e 0 auto iusentD
20
Segundo entrevistado (8)
1 QUAL A SUA FORMAltAO
R Fa(LQ1dminis(ra(Lsectona FAE
2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCO
R Trabalho hll 5 anos
3 ONDE VOC~ APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSES
R Nas f1taRAVE ~asa de shows eventos e cirrQ
4 QUAL A SUA ESPECIALIDADE
R Malabares acrobacia-soo e cigar-boxes -5 VOC~ VEM DE FAMILIA CIRCENSE
R Ntio mas de familia de artistas MinhB mtie e ltJtriz dimtora ~ figurinisecttJ
6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO
R Facilidade Estava no meiQartisti~
7 QUAL A MOTIVAltAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA
R Por ser um lema 2tl~1-M~ faz lraticar s~mQre esecttar em forma Nao eeQ dinh~i[Q ~ Q~o grazer de inQv~r Q~J~ ~hflJlar nfmbom nivel deallerfei~2m~nto lara eXI2Jssarminhas iQeigsect
21
Terceiro entrevistado (e)
1 QUAL A SUA FORMAltAO
R Segundo grau comgllo
2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCO
R 4 anos
3 ONDE VOCE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSES
R Circo eventos esgetaculos na TV e em hQteis
4 QUAL A SUA ESPECIALIDADE
R Malabares tragezio de vOos acrobacia de solo arame Qema-de-1J8U ecaroa elastica
5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSE
R Nao
6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO
R Comecei a fazer circo gara agerfeiroaros movimentos da Cal2Qeira
7 QUAL A MOTIVAltAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA
R 0 2razer de B1reSentar e treinar aem da diversao Da Qra viver
22
Quarto entrevistado (0)
1 QUAL A SUA FORMAltAOR Primeiro grau incom(leto
2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCOR Comecei aos 12 anos
3 ONDE VOCE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSESR Circo eventos e quando me alltrto na rua
4 QUAL A SUA ESPECIALIDADE
R Arame e Malabares5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSER Sim sou da ~ qeraQllo na minha familia
6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO
R Como eramosect urna f2milia circense eu nao tiv~ ol2~ao Tinhamos queaiudar a familia entao cada irmao se eSllecializou em urna atividade
7 QUAL A MOTIVAltAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA
R iinceramente nao se fazer Dutra coisS ent~o e gela sobrevivenciamesmo Tendo dinheiro ura comer e dormir eu esecttou feliz
23
Quinto entrevistado (E)
1 QUAL A SUA FORMACAOR Sou fonngdo em EduciitiQFiliicg lela PUr2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCOR 6 anos
3 ONDE VOC~ APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSESR Tenho uma emlresa chamada ARCO lrodurjesartisticas Me aQresentolrincillalmente em teatros circa e eventos
4 QUAL A SUA ESPECIALIDADER Acrobacia de solo tecido e Qanramodema
5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSER Nilo
6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCOR Grande Qarte da minha vida fui atleta Qe Ginastica Olimjca AQ6s umtrabalho Qaralelo chamado Os Acronautali comegei a me intereliSgr Qelocirco e onde tenho trabalhado desde enllJo
7 QUAL A MOTIVACAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA
R No inicio era ir Qara 0 Circo de Soleil Ate cheguei a Qassar em umaI2revia mas nlio 128ssei Hole a llrinci1al motiva~lio e a necessidade DofI2referencia 128ra al2resenta~(jes mas quando fica dificil tenho gue dar aula
24
Sexto entrevistado (Fl
1 QUAL A SUA FORMACAO
R Segundo grau comgeto
2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCO
R Trabalho hB sete anos comcirca
3 ONDE VOCE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSES
R Arte de rua epIO middotetos culturais
4 QUAL A SUA ESPECIALIDADER Malabares diabolo Contact ball bastao e devil stick
5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSE
R Nao
6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO
R Paixao (lela arle nao consegui me enquadrar no mercado formal (confeccionavamateriais de maabares e assim comeee a freinarl
7 QUAL A MOTIVACAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA
R E a minha I2rincieal (onte de renda Me considero urn artista modificador daconscitmcia social Deseio if a Belgica Qara buscar gualific8r80 e arogliar minhaatu8pound80 no Brasil
25
Selimo enlrevislado (G)
1 QUAL A SUA FORMACAOR Sou Qraduadoem Educa~o Fisica na PUC e teatro na FAP
2 HA QUANTa TEMPO TRABALHA COM CIRCaR Tnlsanos
3 ONDE VOCE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSESR Festas eventos teatros e escoas
4 QUAL A SUA ESPECIALIDADER Pahaco e rnaabares
5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSER NtJo
6 QUAL 0 MOTIVO QUE a LEVOU A ATUAR NO CIRCaR Atraves da Educa~secto Ffsica me interesse Ue10 desenvovimento motor e12esgusando enconirei 0 maabarismo e 128ra com(llementar meu tmbaho estudei 0
pahaco
7 QUAL A MOTIVACAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREAR A erincieal e a satisfaQlio lessoal (aQausos e risosectl (lretendo continuar vivendocomo arti~ta Aluamente me mfJntenho dando aulas de circo
26
Oitavo entrevistado (H)
1 QUAL A SUA FORMACAOR Sou ator e artista circense No momento esiolJ cursando Lefras na UFPR
2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCOR 6 anos
3 ONDE VOCr APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSESR Em eSJJetacuos teatrais eventos e na rua
4 QUAL A SUA ESPECIALIDADER Perna de D8U e swino
SVOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSER N~o
6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCOR Primeiramenfe trabalhava como aTiz de f8atro e sentia a necessidade de amgJiarmeu cam12D de afua~~o grofissiona e 0 circa s~mllre foi motivo earn mim deencantamento e admira~ao
7 QUAL A MOTIVACAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA
R Pela necessidade de cada vez mfis I2rofissionalizar a cena circense no estado eencontrar urna linguagem lrOQria ao integrar Q teatro com sect arte circens8
14
4 APRESENTAGAO E DISCUSSAO DOS RESULTADOS
Apos a exposi~ao dos dados recolhidos pode-se analisar que existem
varios fatores que diferem urn artista de outro e conseqOentemente suas
motivafoes Para methor visualizacao os resultados foram dispostos em
gnficos
Quadro 1 Fonna~aoeTempode Experiencia(emnumeros absolutos epercentuais)
Formayao Ensino Ensino Estudo Graduayiio TotalFundamental Medio Universitario
1= 125 3= 3775 2=25 2=25
Tempo 0 34 anos 56 anos 78 anos -Ndeg 0 2=25 4=50 2=25 100sujeitos
Da mostra de 8 artistas 1 completou (125) Ensino Fundamental
Com relayao ao Ensino Medio 3 deles concluiram (3775) Estudo
Universijario 2 dos pesquisados (25) E Gradua~ao tambem 2 sujeitos
(25)0 estudo tambem apontou que os sujeitos apresentaram bom grau de
escolaridade 875 dos artistas tlgtm0 Ensino Medio
Quadro2 Espa~osde Perfonnance (emnumerosabsolutos)
CASA DE SHOW
1= 125
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Com relacao aos locais onde e desenvolvida a arte circense 4 dos
artistas entrevistados sao de rua (50) 5 deles utilizam-sa do aspaco do
Taatro (625) Todos (100) sa aprasentam de alguma maneira debaixo
das lonas do circa 1 referiu-se a Casas de Show (125)
Quadro 3 Especialidade
PALHACO MALABARES ACROBATA TRAPEZISTA I2= 25 5=625 3= 375 1= 125 J
ARAMISTA PERNA PAU OUTRO
2=25 2= 25 3= 375
Quanta a especialidade pode-se observar que 2 trabalham com a arte
do palhaco (25) 5 sao malabaristas (625) 3 fazem acrobacias de solo
(375) 1 etrapezista (125) 2 andam na corda bamba (aramistas) (25)
2 utilizam a pema de pau (25)
Quadro 4 Familia Circense
SIM NAO1 = 125 7= 875
Apenas 1 entrevistado vem de familia circense (125)
Quadro 5 Motivo
Trabalho Instrumentalista 1= 125
a meio ambiente (familia) 3= 375
Relacao com a Capoeira 1= 125
Ginastica Olimpica 1= 125
Paixao pala Arte 1= 125
Tradicao 1= 125
16
A resperto dos motivos 1 artista tem seu motivo no trabalho
instrumentalista (125) 3 sofreram influ1ncia da familia (375) 1 dos
entrevistados veio da Capoeira (125) 1 e ex-ginasta olimpico (125) 1
teve seu motivo na paixao que a Arte Circense desperta (125) E 1 e pela
tradi980 (125) Isso mostra a variabilidade de configura90es nas quais
encontravam-se as artistas no momento do contata com 0 Circa
Quadro6Motiva9ao
Trabalha com Arte-Educa9fio 2= 25
Prazer 3= 375
SobrevivencialNecessidade 3=375
Sabre a motiv8C80 au seja aquila que as mante~minseridos na Arte
Circense 2 dos entrevistados sao arte-educadores e encontram nas Artes
Circenses meios pedag6gicos e de formacao humana 3 sao motivados pelo
prazer despertado nas atividades E 3 deles sao artistas par necessidade
Dois dos oito entrevistados (25) s6 vivem do circo e de
apresenta9iies artisticas Sendo apenas um deles pertencente a terceira
geracao de circo cnde aprendeu com seus familiares tudo 0 que sabe e
pretende prosseguir com a tradiCBo circense Outro entrevistado se formou
em Sao Paulo e ganha sua vida no picadeiro Um deles (125) e ex-ginasta
que sa apaixonou pela linguagem circense
Tr1s dos artistas entrevistados (36) sao graduados todos em
Educac80 Fisica os quais S8 mant~m financeiramente dando aulas de circo
quando nao estao desenvolvendo trabalhos artisticos A metade dos
entrevistados (50) conla com 0 apoio familiar conseguindo assim buscar
aprimoramento profissional atraves de workshops e especializa~6es_
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5 CONCLUSAO
A partir do Objetivo Geral isto e verificar quais os motivos e motiva(iio
que levou artistas do sexo masculine a ingressar e permanecer no meio
circense concluimiddotse que ha toda uma gama de motivos (configura90es) e
tambem motiv8yoes que se apresentaram apos a referida pesquisa Foi
tracado 0 perfil dos artistas bem como - atraves das entrevistas - verificou-
se avaliou-se e comparou-se as motivQs e motiv8CBO que as levaram a
ingressar e permanecer na atividade
A motivacao como componente e fun~o gera do comportamento naD
e urna variavel que se apresenta periodicamente e neste momento
desencadeia uma ayao isolada Ela e a orientayao dinamica continua que
regula 0 funcionamento igualmente continuo do individuo em interayBo com
seu maio Esta regulacaoconcerne os aspectos direcionais e energeticos do
comportamento Por outro lado a todo 0 momenta a motivayao se apresenta
como urna configuratyao concreta de tais orientac5es dinamicas permanentes
(ativas ou latentes) a qual muda em funyao de diversos fatores internos e
extemas em funyao tambem da experiencia passada e da percepyao atual
Em alguns sujeitos por exemplo a configurayao motivacional e
excepcionalmente estavel enquanto que para outros a sua (mica
continuidade em sua maneira de agir consiste em obedecer aos impulsos do
momento e ao apelo das situayaes que se apresentam
Tudo isso leva a conclus1io de que e util distinguir de um lado a
funcao dinamica geral que ativa e dirige 0 comportamento de maneira
continua et de outro lado a constelayao motivacional concreta que eresponsavel pela regulayao do comportamento em um dado momento
Ap6s 0 contato com estes diversos artistas pode-se inferir que os
motivos sao diversos mas a principal motivacao vern da satisfayBo pessoal
pelo trabalho desenvolvido e 0 estre~o apego emocional pela arte Nesse
sentido para os entrevistados confirma-se a maxima uniAo do Uti ao
Agradave pais a grande maioria con segue se manter economicamente
como artistas ou seja sobreviver fazendo 0 que gosta
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6 REFERENCIAS
BALAGUER I Entrenamiento psicol6gico en el deports ValenciaAlbatros Educacion 1994
BERGAMINI C W Motiva~lio nas Organizaqoes 4ed sao Paulo Atlas1997
CASTRO A V 0 circo conta sua hist6ria Museu dos Teatros - FUNARJRio de Janeiro 1997
CONWAY A A history of juggling - 1994 (setembro) disponivel emhtlplwwwjugglindbcom Acessado em Janeiro de 2005
CRATTY B J PSicologia no esports 2ed Rio de Janeiro Prentice-Hall1983
DECI EL RYAN R M Intrinsic motivation and self determination inhuman behavior NewYork Plenum 1985
FONSECA M A Palhaqo da Burguesia Sao Paulo Polis 1979
FROST RB Psychological Concepts Applied to Physical Educationand Coaching USA Reading Massachusetts Menlo Park CaliforniaLondon Don Mills Ontario 1971
NUTTIN J Teoria da Motivaclo Humana sao Paulo Loyola 1983
SINGER NR Psicologia dos espor1les- mitos e verdades 2ed SaoPaulo Harbra 1977
SOUZA R L Motivaclio (sd) Disponivel emhttpwwwpsicologiabrasilescolacomlmotivacaophp Acessado em maio de2005
VERNOM M DMotivacaoHumana Petropolis Vozes 1971
19
APENDICE
Dados coletados nas entrevistas
Primeiro entrevistado (A)
1 QUAL A SUA FORMAltAO
R Segundo grau comgleto
2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCO
R Trabalho ha 5 anos com circo3 ONDE vocE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSES
R Na rua teatro e IQaresvilriados onde(QrcontratadQlmiddot
4 QUAL A SUA ESPECIALIDADE
R Palhaco
5 vocE VEM DE FAMiLIA CIRCENSE
R Nlio
6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO
R Foi atraves de um rabillho in~trumflnillista J~ fa~ia teiltro (aQdidatal ecome~ a me inte~sects2r ileQ ci~o Fiz tbfJfhos vQluntariQsect em hosgitais einsUtuifjes de saude e na rua aem qe anim2pound20 dfl fesectta
7 QUAL A MOTIVAltAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA
R A Qossibilidilde rletrabBlharcom ARTE-EDUCAQJlO e 0 auto iusentD
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Segundo entrevistado (8)
1 QUAL A SUA FORMAltAO
R Fa(LQ1dminis(ra(Lsectona FAE
2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCO
R Trabalho hll 5 anos
3 ONDE VOC~ APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSES
R Nas f1taRAVE ~asa de shows eventos e cirrQ
4 QUAL A SUA ESPECIALIDADE
R Malabares acrobacia-soo e cigar-boxes -5 VOC~ VEM DE FAMILIA CIRCENSE
R Ntio mas de familia de artistas MinhB mtie e ltJtriz dimtora ~ figurinisecttJ
6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO
R Facilidade Estava no meiQartisti~
7 QUAL A MOTIVAltAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA
R Por ser um lema 2tl~1-M~ faz lraticar s~mQre esecttar em forma Nao eeQ dinh~i[Q ~ Q~o grazer de inQv~r Q~J~ ~hflJlar nfmbom nivel deallerfei~2m~nto lara eXI2Jssarminhas iQeigsect
21
Terceiro entrevistado (e)
1 QUAL A SUA FORMAltAO
R Segundo grau comgllo
2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCO
R 4 anos
3 ONDE VOCE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSES
R Circo eventos esgetaculos na TV e em hQteis
4 QUAL A SUA ESPECIALIDADE
R Malabares tragezio de vOos acrobacia de solo arame Qema-de-1J8U ecaroa elastica
5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSE
R Nao
6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO
R Comecei a fazer circo gara agerfeiroaros movimentos da Cal2Qeira
7 QUAL A MOTIVAltAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA
R 0 2razer de B1reSentar e treinar aem da diversao Da Qra viver
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Quarto entrevistado (0)
1 QUAL A SUA FORMAltAOR Primeiro grau incom(leto
2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCOR Comecei aos 12 anos
3 ONDE VOCE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSESR Circo eventos e quando me alltrto na rua
4 QUAL A SUA ESPECIALIDADE
R Arame e Malabares5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSER Sim sou da ~ qeraQllo na minha familia
6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO
R Como eramosect urna f2milia circense eu nao tiv~ ol2~ao Tinhamos queaiudar a familia entao cada irmao se eSllecializou em urna atividade
7 QUAL A MOTIVAltAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA
R iinceramente nao se fazer Dutra coisS ent~o e gela sobrevivenciamesmo Tendo dinheiro ura comer e dormir eu esecttou feliz
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Quinto entrevistado (E)
1 QUAL A SUA FORMACAOR Sou fonngdo em EduciitiQFiliicg lela PUr2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCOR 6 anos
3 ONDE VOC~ APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSESR Tenho uma emlresa chamada ARCO lrodurjesartisticas Me aQresentolrincillalmente em teatros circa e eventos
4 QUAL A SUA ESPECIALIDADER Acrobacia de solo tecido e Qanramodema
5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSER Nilo
6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCOR Grande Qarte da minha vida fui atleta Qe Ginastica Olimjca AQ6s umtrabalho Qaralelo chamado Os Acronautali comegei a me intereliSgr Qelocirco e onde tenho trabalhado desde enllJo
7 QUAL A MOTIVACAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA
R No inicio era ir Qara 0 Circo de Soleil Ate cheguei a Qassar em umaI2revia mas nlio 128ssei Hole a llrinci1al motiva~lio e a necessidade DofI2referencia 128ra al2resenta~(jes mas quando fica dificil tenho gue dar aula
24
Sexto entrevistado (Fl
1 QUAL A SUA FORMACAO
R Segundo grau comgeto
2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCO
R Trabalho hB sete anos comcirca
3 ONDE VOCE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSES
R Arte de rua epIO middotetos culturais
4 QUAL A SUA ESPECIALIDADER Malabares diabolo Contact ball bastao e devil stick
5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSE
R Nao
6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO
R Paixao (lela arle nao consegui me enquadrar no mercado formal (confeccionavamateriais de maabares e assim comeee a freinarl
7 QUAL A MOTIVACAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA
R E a minha I2rincieal (onte de renda Me considero urn artista modificador daconscitmcia social Deseio if a Belgica Qara buscar gualific8r80 e arogliar minhaatu8pound80 no Brasil
25
Selimo enlrevislado (G)
1 QUAL A SUA FORMACAOR Sou Qraduadoem Educa~o Fisica na PUC e teatro na FAP
2 HA QUANTa TEMPO TRABALHA COM CIRCaR Tnlsanos
3 ONDE VOCE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSESR Festas eventos teatros e escoas
4 QUAL A SUA ESPECIALIDADER Pahaco e rnaabares
5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSER NtJo
6 QUAL 0 MOTIVO QUE a LEVOU A ATUAR NO CIRCaR Atraves da Educa~secto Ffsica me interesse Ue10 desenvovimento motor e12esgusando enconirei 0 maabarismo e 128ra com(llementar meu tmbaho estudei 0
pahaco
7 QUAL A MOTIVACAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREAR A erincieal e a satisfaQlio lessoal (aQausos e risosectl (lretendo continuar vivendocomo arti~ta Aluamente me mfJntenho dando aulas de circo
26
Oitavo entrevistado (H)
1 QUAL A SUA FORMACAOR Sou ator e artista circense No momento esiolJ cursando Lefras na UFPR
2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCOR 6 anos
3 ONDE VOCr APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSESR Em eSJJetacuos teatrais eventos e na rua
4 QUAL A SUA ESPECIALIDADER Perna de D8U e swino
SVOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSER N~o
6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCOR Primeiramenfe trabalhava como aTiz de f8atro e sentia a necessidade de amgJiarmeu cam12D de afua~~o grofissiona e 0 circa s~mllre foi motivo earn mim deencantamento e admira~ao
7 QUAL A MOTIVACAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA
R Pela necessidade de cada vez mfis I2rofissionalizar a cena circense no estado eencontrar urna linguagem lrOQria ao integrar Q teatro com sect arte circens8
15
Com relacao aos locais onde e desenvolvida a arte circense 4 dos
artistas entrevistados sao de rua (50) 5 deles utilizam-sa do aspaco do
Taatro (625) Todos (100) sa aprasentam de alguma maneira debaixo
das lonas do circa 1 referiu-se a Casas de Show (125)
Quadro 3 Especialidade
PALHACO MALABARES ACROBATA TRAPEZISTA I2= 25 5=625 3= 375 1= 125 J
ARAMISTA PERNA PAU OUTRO
2=25 2= 25 3= 375
Quanta a especialidade pode-se observar que 2 trabalham com a arte
do palhaco (25) 5 sao malabaristas (625) 3 fazem acrobacias de solo
(375) 1 etrapezista (125) 2 andam na corda bamba (aramistas) (25)
2 utilizam a pema de pau (25)
Quadro 4 Familia Circense
SIM NAO1 = 125 7= 875
Apenas 1 entrevistado vem de familia circense (125)
Quadro 5 Motivo
Trabalho Instrumentalista 1= 125
a meio ambiente (familia) 3= 375
Relacao com a Capoeira 1= 125
Ginastica Olimpica 1= 125
Paixao pala Arte 1= 125
Tradicao 1= 125
16
A resperto dos motivos 1 artista tem seu motivo no trabalho
instrumentalista (125) 3 sofreram influ1ncia da familia (375) 1 dos
entrevistados veio da Capoeira (125) 1 e ex-ginasta olimpico (125) 1
teve seu motivo na paixao que a Arte Circense desperta (125) E 1 e pela
tradi980 (125) Isso mostra a variabilidade de configura90es nas quais
encontravam-se as artistas no momento do contata com 0 Circa
Quadro6Motiva9ao
Trabalha com Arte-Educa9fio 2= 25
Prazer 3= 375
SobrevivencialNecessidade 3=375
Sabre a motiv8C80 au seja aquila que as mante~minseridos na Arte
Circense 2 dos entrevistados sao arte-educadores e encontram nas Artes
Circenses meios pedag6gicos e de formacao humana 3 sao motivados pelo
prazer despertado nas atividades E 3 deles sao artistas par necessidade
Dois dos oito entrevistados (25) s6 vivem do circo e de
apresenta9iies artisticas Sendo apenas um deles pertencente a terceira
geracao de circo cnde aprendeu com seus familiares tudo 0 que sabe e
pretende prosseguir com a tradiCBo circense Outro entrevistado se formou
em Sao Paulo e ganha sua vida no picadeiro Um deles (125) e ex-ginasta
que sa apaixonou pela linguagem circense
Tr1s dos artistas entrevistados (36) sao graduados todos em
Educac80 Fisica os quais S8 mant~m financeiramente dando aulas de circo
quando nao estao desenvolvendo trabalhos artisticos A metade dos
entrevistados (50) conla com 0 apoio familiar conseguindo assim buscar
aprimoramento profissional atraves de workshops e especializa~6es_
17
5 CONCLUSAO
A partir do Objetivo Geral isto e verificar quais os motivos e motiva(iio
que levou artistas do sexo masculine a ingressar e permanecer no meio
circense concluimiddotse que ha toda uma gama de motivos (configura90es) e
tambem motiv8yoes que se apresentaram apos a referida pesquisa Foi
tracado 0 perfil dos artistas bem como - atraves das entrevistas - verificou-
se avaliou-se e comparou-se as motivQs e motiv8CBO que as levaram a
ingressar e permanecer na atividade
A motivacao como componente e fun~o gera do comportamento naD
e urna variavel que se apresenta periodicamente e neste momento
desencadeia uma ayao isolada Ela e a orientayao dinamica continua que
regula 0 funcionamento igualmente continuo do individuo em interayBo com
seu maio Esta regulacaoconcerne os aspectos direcionais e energeticos do
comportamento Por outro lado a todo 0 momenta a motivayao se apresenta
como urna configuratyao concreta de tais orientac5es dinamicas permanentes
(ativas ou latentes) a qual muda em funyao de diversos fatores internos e
extemas em funyao tambem da experiencia passada e da percepyao atual
Em alguns sujeitos por exemplo a configurayao motivacional e
excepcionalmente estavel enquanto que para outros a sua (mica
continuidade em sua maneira de agir consiste em obedecer aos impulsos do
momento e ao apelo das situayaes que se apresentam
Tudo isso leva a conclus1io de que e util distinguir de um lado a
funcao dinamica geral que ativa e dirige 0 comportamento de maneira
continua et de outro lado a constelayao motivacional concreta que eresponsavel pela regulayao do comportamento em um dado momento
Ap6s 0 contato com estes diversos artistas pode-se inferir que os
motivos sao diversos mas a principal motivacao vern da satisfayBo pessoal
pelo trabalho desenvolvido e 0 estre~o apego emocional pela arte Nesse
sentido para os entrevistados confirma-se a maxima uniAo do Uti ao
Agradave pais a grande maioria con segue se manter economicamente
como artistas ou seja sobreviver fazendo 0 que gosta
18
6 REFERENCIAS
BALAGUER I Entrenamiento psicol6gico en el deports ValenciaAlbatros Educacion 1994
BERGAMINI C W Motiva~lio nas Organizaqoes 4ed sao Paulo Atlas1997
CASTRO A V 0 circo conta sua hist6ria Museu dos Teatros - FUNARJRio de Janeiro 1997
CONWAY A A history of juggling - 1994 (setembro) disponivel emhtlplwwwjugglindbcom Acessado em Janeiro de 2005
CRATTY B J PSicologia no esports 2ed Rio de Janeiro Prentice-Hall1983
DECI EL RYAN R M Intrinsic motivation and self determination inhuman behavior NewYork Plenum 1985
FONSECA M A Palhaqo da Burguesia Sao Paulo Polis 1979
FROST RB Psychological Concepts Applied to Physical Educationand Coaching USA Reading Massachusetts Menlo Park CaliforniaLondon Don Mills Ontario 1971
NUTTIN J Teoria da Motivaclo Humana sao Paulo Loyola 1983
SINGER NR Psicologia dos espor1les- mitos e verdades 2ed SaoPaulo Harbra 1977
SOUZA R L Motivaclio (sd) Disponivel emhttpwwwpsicologiabrasilescolacomlmotivacaophp Acessado em maio de2005
VERNOM M DMotivacaoHumana Petropolis Vozes 1971
19
APENDICE
Dados coletados nas entrevistas
Primeiro entrevistado (A)
1 QUAL A SUA FORMAltAO
R Segundo grau comgleto
2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCO
R Trabalho ha 5 anos com circo3 ONDE vocE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSES
R Na rua teatro e IQaresvilriados onde(QrcontratadQlmiddot
4 QUAL A SUA ESPECIALIDADE
R Palhaco
5 vocE VEM DE FAMiLIA CIRCENSE
R Nlio
6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO
R Foi atraves de um rabillho in~trumflnillista J~ fa~ia teiltro (aQdidatal ecome~ a me inte~sects2r ileQ ci~o Fiz tbfJfhos vQluntariQsect em hosgitais einsUtuifjes de saude e na rua aem qe anim2pound20 dfl fesectta
7 QUAL A MOTIVAltAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA
R A Qossibilidilde rletrabBlharcom ARTE-EDUCAQJlO e 0 auto iusentD
20
Segundo entrevistado (8)
1 QUAL A SUA FORMAltAO
R Fa(LQ1dminis(ra(Lsectona FAE
2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCO
R Trabalho hll 5 anos
3 ONDE VOC~ APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSES
R Nas f1taRAVE ~asa de shows eventos e cirrQ
4 QUAL A SUA ESPECIALIDADE
R Malabares acrobacia-soo e cigar-boxes -5 VOC~ VEM DE FAMILIA CIRCENSE
R Ntio mas de familia de artistas MinhB mtie e ltJtriz dimtora ~ figurinisecttJ
6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO
R Facilidade Estava no meiQartisti~
7 QUAL A MOTIVAltAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA
R Por ser um lema 2tl~1-M~ faz lraticar s~mQre esecttar em forma Nao eeQ dinh~i[Q ~ Q~o grazer de inQv~r Q~J~ ~hflJlar nfmbom nivel deallerfei~2m~nto lara eXI2Jssarminhas iQeigsect
21
Terceiro entrevistado (e)
1 QUAL A SUA FORMAltAO
R Segundo grau comgllo
2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCO
R 4 anos
3 ONDE VOCE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSES
R Circo eventos esgetaculos na TV e em hQteis
4 QUAL A SUA ESPECIALIDADE
R Malabares tragezio de vOos acrobacia de solo arame Qema-de-1J8U ecaroa elastica
5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSE
R Nao
6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO
R Comecei a fazer circo gara agerfeiroaros movimentos da Cal2Qeira
7 QUAL A MOTIVAltAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA
R 0 2razer de B1reSentar e treinar aem da diversao Da Qra viver
22
Quarto entrevistado (0)
1 QUAL A SUA FORMAltAOR Primeiro grau incom(leto
2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCOR Comecei aos 12 anos
3 ONDE VOCE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSESR Circo eventos e quando me alltrto na rua
4 QUAL A SUA ESPECIALIDADE
R Arame e Malabares5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSER Sim sou da ~ qeraQllo na minha familia
6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO
R Como eramosect urna f2milia circense eu nao tiv~ ol2~ao Tinhamos queaiudar a familia entao cada irmao se eSllecializou em urna atividade
7 QUAL A MOTIVAltAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA
R iinceramente nao se fazer Dutra coisS ent~o e gela sobrevivenciamesmo Tendo dinheiro ura comer e dormir eu esecttou feliz
23
Quinto entrevistado (E)
1 QUAL A SUA FORMACAOR Sou fonngdo em EduciitiQFiliicg lela PUr2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCOR 6 anos
3 ONDE VOC~ APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSESR Tenho uma emlresa chamada ARCO lrodurjesartisticas Me aQresentolrincillalmente em teatros circa e eventos
4 QUAL A SUA ESPECIALIDADER Acrobacia de solo tecido e Qanramodema
5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSER Nilo
6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCOR Grande Qarte da minha vida fui atleta Qe Ginastica Olimjca AQ6s umtrabalho Qaralelo chamado Os Acronautali comegei a me intereliSgr Qelocirco e onde tenho trabalhado desde enllJo
7 QUAL A MOTIVACAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA
R No inicio era ir Qara 0 Circo de Soleil Ate cheguei a Qassar em umaI2revia mas nlio 128ssei Hole a llrinci1al motiva~lio e a necessidade DofI2referencia 128ra al2resenta~(jes mas quando fica dificil tenho gue dar aula
24
Sexto entrevistado (Fl
1 QUAL A SUA FORMACAO
R Segundo grau comgeto
2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCO
R Trabalho hB sete anos comcirca
3 ONDE VOCE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSES
R Arte de rua epIO middotetos culturais
4 QUAL A SUA ESPECIALIDADER Malabares diabolo Contact ball bastao e devil stick
5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSE
R Nao
6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO
R Paixao (lela arle nao consegui me enquadrar no mercado formal (confeccionavamateriais de maabares e assim comeee a freinarl
7 QUAL A MOTIVACAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA
R E a minha I2rincieal (onte de renda Me considero urn artista modificador daconscitmcia social Deseio if a Belgica Qara buscar gualific8r80 e arogliar minhaatu8pound80 no Brasil
25
Selimo enlrevislado (G)
1 QUAL A SUA FORMACAOR Sou Qraduadoem Educa~o Fisica na PUC e teatro na FAP
2 HA QUANTa TEMPO TRABALHA COM CIRCaR Tnlsanos
3 ONDE VOCE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSESR Festas eventos teatros e escoas
4 QUAL A SUA ESPECIALIDADER Pahaco e rnaabares
5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSER NtJo
6 QUAL 0 MOTIVO QUE a LEVOU A ATUAR NO CIRCaR Atraves da Educa~secto Ffsica me interesse Ue10 desenvovimento motor e12esgusando enconirei 0 maabarismo e 128ra com(llementar meu tmbaho estudei 0
pahaco
7 QUAL A MOTIVACAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREAR A erincieal e a satisfaQlio lessoal (aQausos e risosectl (lretendo continuar vivendocomo arti~ta Aluamente me mfJntenho dando aulas de circo
26
Oitavo entrevistado (H)
1 QUAL A SUA FORMACAOR Sou ator e artista circense No momento esiolJ cursando Lefras na UFPR
2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCOR 6 anos
3 ONDE VOCr APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSESR Em eSJJetacuos teatrais eventos e na rua
4 QUAL A SUA ESPECIALIDADER Perna de D8U e swino
SVOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSER N~o
6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCOR Primeiramenfe trabalhava como aTiz de f8atro e sentia a necessidade de amgJiarmeu cam12D de afua~~o grofissiona e 0 circa s~mllre foi motivo earn mim deencantamento e admira~ao
7 QUAL A MOTIVACAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA
R Pela necessidade de cada vez mfis I2rofissionalizar a cena circense no estado eencontrar urna linguagem lrOQria ao integrar Q teatro com sect arte circens8
16
A resperto dos motivos 1 artista tem seu motivo no trabalho
instrumentalista (125) 3 sofreram influ1ncia da familia (375) 1 dos
entrevistados veio da Capoeira (125) 1 e ex-ginasta olimpico (125) 1
teve seu motivo na paixao que a Arte Circense desperta (125) E 1 e pela
tradi980 (125) Isso mostra a variabilidade de configura90es nas quais
encontravam-se as artistas no momento do contata com 0 Circa
Quadro6Motiva9ao
Trabalha com Arte-Educa9fio 2= 25
Prazer 3= 375
SobrevivencialNecessidade 3=375
Sabre a motiv8C80 au seja aquila que as mante~minseridos na Arte
Circense 2 dos entrevistados sao arte-educadores e encontram nas Artes
Circenses meios pedag6gicos e de formacao humana 3 sao motivados pelo
prazer despertado nas atividades E 3 deles sao artistas par necessidade
Dois dos oito entrevistados (25) s6 vivem do circo e de
apresenta9iies artisticas Sendo apenas um deles pertencente a terceira
geracao de circo cnde aprendeu com seus familiares tudo 0 que sabe e
pretende prosseguir com a tradiCBo circense Outro entrevistado se formou
em Sao Paulo e ganha sua vida no picadeiro Um deles (125) e ex-ginasta
que sa apaixonou pela linguagem circense
Tr1s dos artistas entrevistados (36) sao graduados todos em
Educac80 Fisica os quais S8 mant~m financeiramente dando aulas de circo
quando nao estao desenvolvendo trabalhos artisticos A metade dos
entrevistados (50) conla com 0 apoio familiar conseguindo assim buscar
aprimoramento profissional atraves de workshops e especializa~6es_
17
5 CONCLUSAO
A partir do Objetivo Geral isto e verificar quais os motivos e motiva(iio
que levou artistas do sexo masculine a ingressar e permanecer no meio
circense concluimiddotse que ha toda uma gama de motivos (configura90es) e
tambem motiv8yoes que se apresentaram apos a referida pesquisa Foi
tracado 0 perfil dos artistas bem como - atraves das entrevistas - verificou-
se avaliou-se e comparou-se as motivQs e motiv8CBO que as levaram a
ingressar e permanecer na atividade
A motivacao como componente e fun~o gera do comportamento naD
e urna variavel que se apresenta periodicamente e neste momento
desencadeia uma ayao isolada Ela e a orientayao dinamica continua que
regula 0 funcionamento igualmente continuo do individuo em interayBo com
seu maio Esta regulacaoconcerne os aspectos direcionais e energeticos do
comportamento Por outro lado a todo 0 momenta a motivayao se apresenta
como urna configuratyao concreta de tais orientac5es dinamicas permanentes
(ativas ou latentes) a qual muda em funyao de diversos fatores internos e
extemas em funyao tambem da experiencia passada e da percepyao atual
Em alguns sujeitos por exemplo a configurayao motivacional e
excepcionalmente estavel enquanto que para outros a sua (mica
continuidade em sua maneira de agir consiste em obedecer aos impulsos do
momento e ao apelo das situayaes que se apresentam
Tudo isso leva a conclus1io de que e util distinguir de um lado a
funcao dinamica geral que ativa e dirige 0 comportamento de maneira
continua et de outro lado a constelayao motivacional concreta que eresponsavel pela regulayao do comportamento em um dado momento
Ap6s 0 contato com estes diversos artistas pode-se inferir que os
motivos sao diversos mas a principal motivacao vern da satisfayBo pessoal
pelo trabalho desenvolvido e 0 estre~o apego emocional pela arte Nesse
sentido para os entrevistados confirma-se a maxima uniAo do Uti ao
Agradave pais a grande maioria con segue se manter economicamente
como artistas ou seja sobreviver fazendo 0 que gosta
18
6 REFERENCIAS
BALAGUER I Entrenamiento psicol6gico en el deports ValenciaAlbatros Educacion 1994
BERGAMINI C W Motiva~lio nas Organizaqoes 4ed sao Paulo Atlas1997
CASTRO A V 0 circo conta sua hist6ria Museu dos Teatros - FUNARJRio de Janeiro 1997
CONWAY A A history of juggling - 1994 (setembro) disponivel emhtlplwwwjugglindbcom Acessado em Janeiro de 2005
CRATTY B J PSicologia no esports 2ed Rio de Janeiro Prentice-Hall1983
DECI EL RYAN R M Intrinsic motivation and self determination inhuman behavior NewYork Plenum 1985
FONSECA M A Palhaqo da Burguesia Sao Paulo Polis 1979
FROST RB Psychological Concepts Applied to Physical Educationand Coaching USA Reading Massachusetts Menlo Park CaliforniaLondon Don Mills Ontario 1971
NUTTIN J Teoria da Motivaclo Humana sao Paulo Loyola 1983
SINGER NR Psicologia dos espor1les- mitos e verdades 2ed SaoPaulo Harbra 1977
SOUZA R L Motivaclio (sd) Disponivel emhttpwwwpsicologiabrasilescolacomlmotivacaophp Acessado em maio de2005
VERNOM M DMotivacaoHumana Petropolis Vozes 1971
19
APENDICE
Dados coletados nas entrevistas
Primeiro entrevistado (A)
1 QUAL A SUA FORMAltAO
R Segundo grau comgleto
2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCO
R Trabalho ha 5 anos com circo3 ONDE vocE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSES
R Na rua teatro e IQaresvilriados onde(QrcontratadQlmiddot
4 QUAL A SUA ESPECIALIDADE
R Palhaco
5 vocE VEM DE FAMiLIA CIRCENSE
R Nlio
6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO
R Foi atraves de um rabillho in~trumflnillista J~ fa~ia teiltro (aQdidatal ecome~ a me inte~sects2r ileQ ci~o Fiz tbfJfhos vQluntariQsect em hosgitais einsUtuifjes de saude e na rua aem qe anim2pound20 dfl fesectta
7 QUAL A MOTIVAltAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA
R A Qossibilidilde rletrabBlharcom ARTE-EDUCAQJlO e 0 auto iusentD
20
Segundo entrevistado (8)
1 QUAL A SUA FORMAltAO
R Fa(LQ1dminis(ra(Lsectona FAE
2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCO
R Trabalho hll 5 anos
3 ONDE VOC~ APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSES
R Nas f1taRAVE ~asa de shows eventos e cirrQ
4 QUAL A SUA ESPECIALIDADE
R Malabares acrobacia-soo e cigar-boxes -5 VOC~ VEM DE FAMILIA CIRCENSE
R Ntio mas de familia de artistas MinhB mtie e ltJtriz dimtora ~ figurinisecttJ
6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO
R Facilidade Estava no meiQartisti~
7 QUAL A MOTIVAltAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA
R Por ser um lema 2tl~1-M~ faz lraticar s~mQre esecttar em forma Nao eeQ dinh~i[Q ~ Q~o grazer de inQv~r Q~J~ ~hflJlar nfmbom nivel deallerfei~2m~nto lara eXI2Jssarminhas iQeigsect
21
Terceiro entrevistado (e)
1 QUAL A SUA FORMAltAO
R Segundo grau comgllo
2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCO
R 4 anos
3 ONDE VOCE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSES
R Circo eventos esgetaculos na TV e em hQteis
4 QUAL A SUA ESPECIALIDADE
R Malabares tragezio de vOos acrobacia de solo arame Qema-de-1J8U ecaroa elastica
5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSE
R Nao
6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO
R Comecei a fazer circo gara agerfeiroaros movimentos da Cal2Qeira
7 QUAL A MOTIVAltAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA
R 0 2razer de B1reSentar e treinar aem da diversao Da Qra viver
22
Quarto entrevistado (0)
1 QUAL A SUA FORMAltAOR Primeiro grau incom(leto
2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCOR Comecei aos 12 anos
3 ONDE VOCE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSESR Circo eventos e quando me alltrto na rua
4 QUAL A SUA ESPECIALIDADE
R Arame e Malabares5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSER Sim sou da ~ qeraQllo na minha familia
6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO
R Como eramosect urna f2milia circense eu nao tiv~ ol2~ao Tinhamos queaiudar a familia entao cada irmao se eSllecializou em urna atividade
7 QUAL A MOTIVAltAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA
R iinceramente nao se fazer Dutra coisS ent~o e gela sobrevivenciamesmo Tendo dinheiro ura comer e dormir eu esecttou feliz
23
Quinto entrevistado (E)
1 QUAL A SUA FORMACAOR Sou fonngdo em EduciitiQFiliicg lela PUr2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCOR 6 anos
3 ONDE VOC~ APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSESR Tenho uma emlresa chamada ARCO lrodurjesartisticas Me aQresentolrincillalmente em teatros circa e eventos
4 QUAL A SUA ESPECIALIDADER Acrobacia de solo tecido e Qanramodema
5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSER Nilo
6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCOR Grande Qarte da minha vida fui atleta Qe Ginastica Olimjca AQ6s umtrabalho Qaralelo chamado Os Acronautali comegei a me intereliSgr Qelocirco e onde tenho trabalhado desde enllJo
7 QUAL A MOTIVACAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA
R No inicio era ir Qara 0 Circo de Soleil Ate cheguei a Qassar em umaI2revia mas nlio 128ssei Hole a llrinci1al motiva~lio e a necessidade DofI2referencia 128ra al2resenta~(jes mas quando fica dificil tenho gue dar aula
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Sexto entrevistado (Fl
1 QUAL A SUA FORMACAO
R Segundo grau comgeto
2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCO
R Trabalho hB sete anos comcirca
3 ONDE VOCE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSES
R Arte de rua epIO middotetos culturais
4 QUAL A SUA ESPECIALIDADER Malabares diabolo Contact ball bastao e devil stick
5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSE
R Nao
6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO
R Paixao (lela arle nao consegui me enquadrar no mercado formal (confeccionavamateriais de maabares e assim comeee a freinarl
7 QUAL A MOTIVACAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA
R E a minha I2rincieal (onte de renda Me considero urn artista modificador daconscitmcia social Deseio if a Belgica Qara buscar gualific8r80 e arogliar minhaatu8pound80 no Brasil
25
Selimo enlrevislado (G)
1 QUAL A SUA FORMACAOR Sou Qraduadoem Educa~o Fisica na PUC e teatro na FAP
2 HA QUANTa TEMPO TRABALHA COM CIRCaR Tnlsanos
3 ONDE VOCE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSESR Festas eventos teatros e escoas
4 QUAL A SUA ESPECIALIDADER Pahaco e rnaabares
5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSER NtJo
6 QUAL 0 MOTIVO QUE a LEVOU A ATUAR NO CIRCaR Atraves da Educa~secto Ffsica me interesse Ue10 desenvovimento motor e12esgusando enconirei 0 maabarismo e 128ra com(llementar meu tmbaho estudei 0
pahaco
7 QUAL A MOTIVACAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREAR A erincieal e a satisfaQlio lessoal (aQausos e risosectl (lretendo continuar vivendocomo arti~ta Aluamente me mfJntenho dando aulas de circo
26
Oitavo entrevistado (H)
1 QUAL A SUA FORMACAOR Sou ator e artista circense No momento esiolJ cursando Lefras na UFPR
2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCOR 6 anos
3 ONDE VOCr APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSESR Em eSJJetacuos teatrais eventos e na rua
4 QUAL A SUA ESPECIALIDADER Perna de D8U e swino
SVOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSER N~o
6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCOR Primeiramenfe trabalhava como aTiz de f8atro e sentia a necessidade de amgJiarmeu cam12D de afua~~o grofissiona e 0 circa s~mllre foi motivo earn mim deencantamento e admira~ao
7 QUAL A MOTIVACAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA
R Pela necessidade de cada vez mfis I2rofissionalizar a cena circense no estado eencontrar urna linguagem lrOQria ao integrar Q teatro com sect arte circens8
17
5 CONCLUSAO
A partir do Objetivo Geral isto e verificar quais os motivos e motiva(iio
que levou artistas do sexo masculine a ingressar e permanecer no meio
circense concluimiddotse que ha toda uma gama de motivos (configura90es) e
tambem motiv8yoes que se apresentaram apos a referida pesquisa Foi
tracado 0 perfil dos artistas bem como - atraves das entrevistas - verificou-
se avaliou-se e comparou-se as motivQs e motiv8CBO que as levaram a
ingressar e permanecer na atividade
A motivacao como componente e fun~o gera do comportamento naD
e urna variavel que se apresenta periodicamente e neste momento
desencadeia uma ayao isolada Ela e a orientayao dinamica continua que
regula 0 funcionamento igualmente continuo do individuo em interayBo com
seu maio Esta regulacaoconcerne os aspectos direcionais e energeticos do
comportamento Por outro lado a todo 0 momenta a motivayao se apresenta
como urna configuratyao concreta de tais orientac5es dinamicas permanentes
(ativas ou latentes) a qual muda em funyao de diversos fatores internos e
extemas em funyao tambem da experiencia passada e da percepyao atual
Em alguns sujeitos por exemplo a configurayao motivacional e
excepcionalmente estavel enquanto que para outros a sua (mica
continuidade em sua maneira de agir consiste em obedecer aos impulsos do
momento e ao apelo das situayaes que se apresentam
Tudo isso leva a conclus1io de que e util distinguir de um lado a
funcao dinamica geral que ativa e dirige 0 comportamento de maneira
continua et de outro lado a constelayao motivacional concreta que eresponsavel pela regulayao do comportamento em um dado momento
Ap6s 0 contato com estes diversos artistas pode-se inferir que os
motivos sao diversos mas a principal motivacao vern da satisfayBo pessoal
pelo trabalho desenvolvido e 0 estre~o apego emocional pela arte Nesse
sentido para os entrevistados confirma-se a maxima uniAo do Uti ao
Agradave pais a grande maioria con segue se manter economicamente
como artistas ou seja sobreviver fazendo 0 que gosta
18
6 REFERENCIAS
BALAGUER I Entrenamiento psicol6gico en el deports ValenciaAlbatros Educacion 1994
BERGAMINI C W Motiva~lio nas Organizaqoes 4ed sao Paulo Atlas1997
CASTRO A V 0 circo conta sua hist6ria Museu dos Teatros - FUNARJRio de Janeiro 1997
CONWAY A A history of juggling - 1994 (setembro) disponivel emhtlplwwwjugglindbcom Acessado em Janeiro de 2005
CRATTY B J PSicologia no esports 2ed Rio de Janeiro Prentice-Hall1983
DECI EL RYAN R M Intrinsic motivation and self determination inhuman behavior NewYork Plenum 1985
FONSECA M A Palhaqo da Burguesia Sao Paulo Polis 1979
FROST RB Psychological Concepts Applied to Physical Educationand Coaching USA Reading Massachusetts Menlo Park CaliforniaLondon Don Mills Ontario 1971
NUTTIN J Teoria da Motivaclo Humana sao Paulo Loyola 1983
SINGER NR Psicologia dos espor1les- mitos e verdades 2ed SaoPaulo Harbra 1977
SOUZA R L Motivaclio (sd) Disponivel emhttpwwwpsicologiabrasilescolacomlmotivacaophp Acessado em maio de2005
VERNOM M DMotivacaoHumana Petropolis Vozes 1971
19
APENDICE
Dados coletados nas entrevistas
Primeiro entrevistado (A)
1 QUAL A SUA FORMAltAO
R Segundo grau comgleto
2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCO
R Trabalho ha 5 anos com circo3 ONDE vocE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSES
R Na rua teatro e IQaresvilriados onde(QrcontratadQlmiddot
4 QUAL A SUA ESPECIALIDADE
R Palhaco
5 vocE VEM DE FAMiLIA CIRCENSE
R Nlio
6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO
R Foi atraves de um rabillho in~trumflnillista J~ fa~ia teiltro (aQdidatal ecome~ a me inte~sects2r ileQ ci~o Fiz tbfJfhos vQluntariQsect em hosgitais einsUtuifjes de saude e na rua aem qe anim2pound20 dfl fesectta
7 QUAL A MOTIVAltAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA
R A Qossibilidilde rletrabBlharcom ARTE-EDUCAQJlO e 0 auto iusentD
20
Segundo entrevistado (8)
1 QUAL A SUA FORMAltAO
R Fa(LQ1dminis(ra(Lsectona FAE
2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCO
R Trabalho hll 5 anos
3 ONDE VOC~ APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSES
R Nas f1taRAVE ~asa de shows eventos e cirrQ
4 QUAL A SUA ESPECIALIDADE
R Malabares acrobacia-soo e cigar-boxes -5 VOC~ VEM DE FAMILIA CIRCENSE
R Ntio mas de familia de artistas MinhB mtie e ltJtriz dimtora ~ figurinisecttJ
6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO
R Facilidade Estava no meiQartisti~
7 QUAL A MOTIVAltAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA
R Por ser um lema 2tl~1-M~ faz lraticar s~mQre esecttar em forma Nao eeQ dinh~i[Q ~ Q~o grazer de inQv~r Q~J~ ~hflJlar nfmbom nivel deallerfei~2m~nto lara eXI2Jssarminhas iQeigsect
21
Terceiro entrevistado (e)
1 QUAL A SUA FORMAltAO
R Segundo grau comgllo
2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCO
R 4 anos
3 ONDE VOCE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSES
R Circo eventos esgetaculos na TV e em hQteis
4 QUAL A SUA ESPECIALIDADE
R Malabares tragezio de vOos acrobacia de solo arame Qema-de-1J8U ecaroa elastica
5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSE
R Nao
6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO
R Comecei a fazer circo gara agerfeiroaros movimentos da Cal2Qeira
7 QUAL A MOTIVAltAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA
R 0 2razer de B1reSentar e treinar aem da diversao Da Qra viver
22
Quarto entrevistado (0)
1 QUAL A SUA FORMAltAOR Primeiro grau incom(leto
2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCOR Comecei aos 12 anos
3 ONDE VOCE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSESR Circo eventos e quando me alltrto na rua
4 QUAL A SUA ESPECIALIDADE
R Arame e Malabares5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSER Sim sou da ~ qeraQllo na minha familia
6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO
R Como eramosect urna f2milia circense eu nao tiv~ ol2~ao Tinhamos queaiudar a familia entao cada irmao se eSllecializou em urna atividade
7 QUAL A MOTIVAltAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA
R iinceramente nao se fazer Dutra coisS ent~o e gela sobrevivenciamesmo Tendo dinheiro ura comer e dormir eu esecttou feliz
23
Quinto entrevistado (E)
1 QUAL A SUA FORMACAOR Sou fonngdo em EduciitiQFiliicg lela PUr2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCOR 6 anos
3 ONDE VOC~ APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSESR Tenho uma emlresa chamada ARCO lrodurjesartisticas Me aQresentolrincillalmente em teatros circa e eventos
4 QUAL A SUA ESPECIALIDADER Acrobacia de solo tecido e Qanramodema
5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSER Nilo
6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCOR Grande Qarte da minha vida fui atleta Qe Ginastica Olimjca AQ6s umtrabalho Qaralelo chamado Os Acronautali comegei a me intereliSgr Qelocirco e onde tenho trabalhado desde enllJo
7 QUAL A MOTIVACAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA
R No inicio era ir Qara 0 Circo de Soleil Ate cheguei a Qassar em umaI2revia mas nlio 128ssei Hole a llrinci1al motiva~lio e a necessidade DofI2referencia 128ra al2resenta~(jes mas quando fica dificil tenho gue dar aula
24
Sexto entrevistado (Fl
1 QUAL A SUA FORMACAO
R Segundo grau comgeto
2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCO
R Trabalho hB sete anos comcirca
3 ONDE VOCE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSES
R Arte de rua epIO middotetos culturais
4 QUAL A SUA ESPECIALIDADER Malabares diabolo Contact ball bastao e devil stick
5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSE
R Nao
6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO
R Paixao (lela arle nao consegui me enquadrar no mercado formal (confeccionavamateriais de maabares e assim comeee a freinarl
7 QUAL A MOTIVACAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA
R E a minha I2rincieal (onte de renda Me considero urn artista modificador daconscitmcia social Deseio if a Belgica Qara buscar gualific8r80 e arogliar minhaatu8pound80 no Brasil
25
Selimo enlrevislado (G)
1 QUAL A SUA FORMACAOR Sou Qraduadoem Educa~o Fisica na PUC e teatro na FAP
2 HA QUANTa TEMPO TRABALHA COM CIRCaR Tnlsanos
3 ONDE VOCE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSESR Festas eventos teatros e escoas
4 QUAL A SUA ESPECIALIDADER Pahaco e rnaabares
5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSER NtJo
6 QUAL 0 MOTIVO QUE a LEVOU A ATUAR NO CIRCaR Atraves da Educa~secto Ffsica me interesse Ue10 desenvovimento motor e12esgusando enconirei 0 maabarismo e 128ra com(llementar meu tmbaho estudei 0
pahaco
7 QUAL A MOTIVACAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREAR A erincieal e a satisfaQlio lessoal (aQausos e risosectl (lretendo continuar vivendocomo arti~ta Aluamente me mfJntenho dando aulas de circo
26
Oitavo entrevistado (H)
1 QUAL A SUA FORMACAOR Sou ator e artista circense No momento esiolJ cursando Lefras na UFPR
2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCOR 6 anos
3 ONDE VOCr APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSESR Em eSJJetacuos teatrais eventos e na rua
4 QUAL A SUA ESPECIALIDADER Perna de D8U e swino
SVOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSER N~o
6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCOR Primeiramenfe trabalhava como aTiz de f8atro e sentia a necessidade de amgJiarmeu cam12D de afua~~o grofissiona e 0 circa s~mllre foi motivo earn mim deencantamento e admira~ao
7 QUAL A MOTIVACAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA
R Pela necessidade de cada vez mfis I2rofissionalizar a cena circense no estado eencontrar urna linguagem lrOQria ao integrar Q teatro com sect arte circens8
18
6 REFERENCIAS
BALAGUER I Entrenamiento psicol6gico en el deports ValenciaAlbatros Educacion 1994
BERGAMINI C W Motiva~lio nas Organizaqoes 4ed sao Paulo Atlas1997
CASTRO A V 0 circo conta sua hist6ria Museu dos Teatros - FUNARJRio de Janeiro 1997
CONWAY A A history of juggling - 1994 (setembro) disponivel emhtlplwwwjugglindbcom Acessado em Janeiro de 2005
CRATTY B J PSicologia no esports 2ed Rio de Janeiro Prentice-Hall1983
DECI EL RYAN R M Intrinsic motivation and self determination inhuman behavior NewYork Plenum 1985
FONSECA M A Palhaqo da Burguesia Sao Paulo Polis 1979
FROST RB Psychological Concepts Applied to Physical Educationand Coaching USA Reading Massachusetts Menlo Park CaliforniaLondon Don Mills Ontario 1971
NUTTIN J Teoria da Motivaclo Humana sao Paulo Loyola 1983
SINGER NR Psicologia dos espor1les- mitos e verdades 2ed SaoPaulo Harbra 1977
SOUZA R L Motivaclio (sd) Disponivel emhttpwwwpsicologiabrasilescolacomlmotivacaophp Acessado em maio de2005
VERNOM M DMotivacaoHumana Petropolis Vozes 1971
19
APENDICE
Dados coletados nas entrevistas
Primeiro entrevistado (A)
1 QUAL A SUA FORMAltAO
R Segundo grau comgleto
2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCO
R Trabalho ha 5 anos com circo3 ONDE vocE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSES
R Na rua teatro e IQaresvilriados onde(QrcontratadQlmiddot
4 QUAL A SUA ESPECIALIDADE
R Palhaco
5 vocE VEM DE FAMiLIA CIRCENSE
R Nlio
6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO
R Foi atraves de um rabillho in~trumflnillista J~ fa~ia teiltro (aQdidatal ecome~ a me inte~sects2r ileQ ci~o Fiz tbfJfhos vQluntariQsect em hosgitais einsUtuifjes de saude e na rua aem qe anim2pound20 dfl fesectta
7 QUAL A MOTIVAltAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA
R A Qossibilidilde rletrabBlharcom ARTE-EDUCAQJlO e 0 auto iusentD
20
Segundo entrevistado (8)
1 QUAL A SUA FORMAltAO
R Fa(LQ1dminis(ra(Lsectona FAE
2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCO
R Trabalho hll 5 anos
3 ONDE VOC~ APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSES
R Nas f1taRAVE ~asa de shows eventos e cirrQ
4 QUAL A SUA ESPECIALIDADE
R Malabares acrobacia-soo e cigar-boxes -5 VOC~ VEM DE FAMILIA CIRCENSE
R Ntio mas de familia de artistas MinhB mtie e ltJtriz dimtora ~ figurinisecttJ
6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO
R Facilidade Estava no meiQartisti~
7 QUAL A MOTIVAltAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA
R Por ser um lema 2tl~1-M~ faz lraticar s~mQre esecttar em forma Nao eeQ dinh~i[Q ~ Q~o grazer de inQv~r Q~J~ ~hflJlar nfmbom nivel deallerfei~2m~nto lara eXI2Jssarminhas iQeigsect
21
Terceiro entrevistado (e)
1 QUAL A SUA FORMAltAO
R Segundo grau comgllo
2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCO
R 4 anos
3 ONDE VOCE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSES
R Circo eventos esgetaculos na TV e em hQteis
4 QUAL A SUA ESPECIALIDADE
R Malabares tragezio de vOos acrobacia de solo arame Qema-de-1J8U ecaroa elastica
5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSE
R Nao
6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO
R Comecei a fazer circo gara agerfeiroaros movimentos da Cal2Qeira
7 QUAL A MOTIVAltAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA
R 0 2razer de B1reSentar e treinar aem da diversao Da Qra viver
22
Quarto entrevistado (0)
1 QUAL A SUA FORMAltAOR Primeiro grau incom(leto
2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCOR Comecei aos 12 anos
3 ONDE VOCE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSESR Circo eventos e quando me alltrto na rua
4 QUAL A SUA ESPECIALIDADE
R Arame e Malabares5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSER Sim sou da ~ qeraQllo na minha familia
6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO
R Como eramosect urna f2milia circense eu nao tiv~ ol2~ao Tinhamos queaiudar a familia entao cada irmao se eSllecializou em urna atividade
7 QUAL A MOTIVAltAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA
R iinceramente nao se fazer Dutra coisS ent~o e gela sobrevivenciamesmo Tendo dinheiro ura comer e dormir eu esecttou feliz
23
Quinto entrevistado (E)
1 QUAL A SUA FORMACAOR Sou fonngdo em EduciitiQFiliicg lela PUr2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCOR 6 anos
3 ONDE VOC~ APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSESR Tenho uma emlresa chamada ARCO lrodurjesartisticas Me aQresentolrincillalmente em teatros circa e eventos
4 QUAL A SUA ESPECIALIDADER Acrobacia de solo tecido e Qanramodema
5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSER Nilo
6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCOR Grande Qarte da minha vida fui atleta Qe Ginastica Olimjca AQ6s umtrabalho Qaralelo chamado Os Acronautali comegei a me intereliSgr Qelocirco e onde tenho trabalhado desde enllJo
7 QUAL A MOTIVACAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA
R No inicio era ir Qara 0 Circo de Soleil Ate cheguei a Qassar em umaI2revia mas nlio 128ssei Hole a llrinci1al motiva~lio e a necessidade DofI2referencia 128ra al2resenta~(jes mas quando fica dificil tenho gue dar aula
24
Sexto entrevistado (Fl
1 QUAL A SUA FORMACAO
R Segundo grau comgeto
2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCO
R Trabalho hB sete anos comcirca
3 ONDE VOCE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSES
R Arte de rua epIO middotetos culturais
4 QUAL A SUA ESPECIALIDADER Malabares diabolo Contact ball bastao e devil stick
5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSE
R Nao
6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO
R Paixao (lela arle nao consegui me enquadrar no mercado formal (confeccionavamateriais de maabares e assim comeee a freinarl
7 QUAL A MOTIVACAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA
R E a minha I2rincieal (onte de renda Me considero urn artista modificador daconscitmcia social Deseio if a Belgica Qara buscar gualific8r80 e arogliar minhaatu8pound80 no Brasil
25
Selimo enlrevislado (G)
1 QUAL A SUA FORMACAOR Sou Qraduadoem Educa~o Fisica na PUC e teatro na FAP
2 HA QUANTa TEMPO TRABALHA COM CIRCaR Tnlsanos
3 ONDE VOCE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSESR Festas eventos teatros e escoas
4 QUAL A SUA ESPECIALIDADER Pahaco e rnaabares
5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSER NtJo
6 QUAL 0 MOTIVO QUE a LEVOU A ATUAR NO CIRCaR Atraves da Educa~secto Ffsica me interesse Ue10 desenvovimento motor e12esgusando enconirei 0 maabarismo e 128ra com(llementar meu tmbaho estudei 0
pahaco
7 QUAL A MOTIVACAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREAR A erincieal e a satisfaQlio lessoal (aQausos e risosectl (lretendo continuar vivendocomo arti~ta Aluamente me mfJntenho dando aulas de circo
26
Oitavo entrevistado (H)
1 QUAL A SUA FORMACAOR Sou ator e artista circense No momento esiolJ cursando Lefras na UFPR
2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCOR 6 anos
3 ONDE VOCr APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSESR Em eSJJetacuos teatrais eventos e na rua
4 QUAL A SUA ESPECIALIDADER Perna de D8U e swino
SVOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSER N~o
6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCOR Primeiramenfe trabalhava como aTiz de f8atro e sentia a necessidade de amgJiarmeu cam12D de afua~~o grofissiona e 0 circa s~mllre foi motivo earn mim deencantamento e admira~ao
7 QUAL A MOTIVACAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA
R Pela necessidade de cada vez mfis I2rofissionalizar a cena circense no estado eencontrar urna linguagem lrOQria ao integrar Q teatro com sect arte circens8
19
APENDICE
Dados coletados nas entrevistas
Primeiro entrevistado (A)
1 QUAL A SUA FORMAltAO
R Segundo grau comgleto
2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCO
R Trabalho ha 5 anos com circo3 ONDE vocE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSES
R Na rua teatro e IQaresvilriados onde(QrcontratadQlmiddot
4 QUAL A SUA ESPECIALIDADE
R Palhaco
5 vocE VEM DE FAMiLIA CIRCENSE
R Nlio
6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO
R Foi atraves de um rabillho in~trumflnillista J~ fa~ia teiltro (aQdidatal ecome~ a me inte~sects2r ileQ ci~o Fiz tbfJfhos vQluntariQsect em hosgitais einsUtuifjes de saude e na rua aem qe anim2pound20 dfl fesectta
7 QUAL A MOTIVAltAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA
R A Qossibilidilde rletrabBlharcom ARTE-EDUCAQJlO e 0 auto iusentD
20
Segundo entrevistado (8)
1 QUAL A SUA FORMAltAO
R Fa(LQ1dminis(ra(Lsectona FAE
2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCO
R Trabalho hll 5 anos
3 ONDE VOC~ APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSES
R Nas f1taRAVE ~asa de shows eventos e cirrQ
4 QUAL A SUA ESPECIALIDADE
R Malabares acrobacia-soo e cigar-boxes -5 VOC~ VEM DE FAMILIA CIRCENSE
R Ntio mas de familia de artistas MinhB mtie e ltJtriz dimtora ~ figurinisecttJ
6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO
R Facilidade Estava no meiQartisti~
7 QUAL A MOTIVAltAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA
R Por ser um lema 2tl~1-M~ faz lraticar s~mQre esecttar em forma Nao eeQ dinh~i[Q ~ Q~o grazer de inQv~r Q~J~ ~hflJlar nfmbom nivel deallerfei~2m~nto lara eXI2Jssarminhas iQeigsect
21
Terceiro entrevistado (e)
1 QUAL A SUA FORMAltAO
R Segundo grau comgllo
2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCO
R 4 anos
3 ONDE VOCE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSES
R Circo eventos esgetaculos na TV e em hQteis
4 QUAL A SUA ESPECIALIDADE
R Malabares tragezio de vOos acrobacia de solo arame Qema-de-1J8U ecaroa elastica
5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSE
R Nao
6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO
R Comecei a fazer circo gara agerfeiroaros movimentos da Cal2Qeira
7 QUAL A MOTIVAltAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA
R 0 2razer de B1reSentar e treinar aem da diversao Da Qra viver
22
Quarto entrevistado (0)
1 QUAL A SUA FORMAltAOR Primeiro grau incom(leto
2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCOR Comecei aos 12 anos
3 ONDE VOCE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSESR Circo eventos e quando me alltrto na rua
4 QUAL A SUA ESPECIALIDADE
R Arame e Malabares5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSER Sim sou da ~ qeraQllo na minha familia
6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO
R Como eramosect urna f2milia circense eu nao tiv~ ol2~ao Tinhamos queaiudar a familia entao cada irmao se eSllecializou em urna atividade
7 QUAL A MOTIVAltAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA
R iinceramente nao se fazer Dutra coisS ent~o e gela sobrevivenciamesmo Tendo dinheiro ura comer e dormir eu esecttou feliz
23
Quinto entrevistado (E)
1 QUAL A SUA FORMACAOR Sou fonngdo em EduciitiQFiliicg lela PUr2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCOR 6 anos
3 ONDE VOC~ APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSESR Tenho uma emlresa chamada ARCO lrodurjesartisticas Me aQresentolrincillalmente em teatros circa e eventos
4 QUAL A SUA ESPECIALIDADER Acrobacia de solo tecido e Qanramodema
5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSER Nilo
6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCOR Grande Qarte da minha vida fui atleta Qe Ginastica Olimjca AQ6s umtrabalho Qaralelo chamado Os Acronautali comegei a me intereliSgr Qelocirco e onde tenho trabalhado desde enllJo
7 QUAL A MOTIVACAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA
R No inicio era ir Qara 0 Circo de Soleil Ate cheguei a Qassar em umaI2revia mas nlio 128ssei Hole a llrinci1al motiva~lio e a necessidade DofI2referencia 128ra al2resenta~(jes mas quando fica dificil tenho gue dar aula
24
Sexto entrevistado (Fl
1 QUAL A SUA FORMACAO
R Segundo grau comgeto
2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCO
R Trabalho hB sete anos comcirca
3 ONDE VOCE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSES
R Arte de rua epIO middotetos culturais
4 QUAL A SUA ESPECIALIDADER Malabares diabolo Contact ball bastao e devil stick
5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSE
R Nao
6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO
R Paixao (lela arle nao consegui me enquadrar no mercado formal (confeccionavamateriais de maabares e assim comeee a freinarl
7 QUAL A MOTIVACAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA
R E a minha I2rincieal (onte de renda Me considero urn artista modificador daconscitmcia social Deseio if a Belgica Qara buscar gualific8r80 e arogliar minhaatu8pound80 no Brasil
25
Selimo enlrevislado (G)
1 QUAL A SUA FORMACAOR Sou Qraduadoem Educa~o Fisica na PUC e teatro na FAP
2 HA QUANTa TEMPO TRABALHA COM CIRCaR Tnlsanos
3 ONDE VOCE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSESR Festas eventos teatros e escoas
4 QUAL A SUA ESPECIALIDADER Pahaco e rnaabares
5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSER NtJo
6 QUAL 0 MOTIVO QUE a LEVOU A ATUAR NO CIRCaR Atraves da Educa~secto Ffsica me interesse Ue10 desenvovimento motor e12esgusando enconirei 0 maabarismo e 128ra com(llementar meu tmbaho estudei 0
pahaco
7 QUAL A MOTIVACAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREAR A erincieal e a satisfaQlio lessoal (aQausos e risosectl (lretendo continuar vivendocomo arti~ta Aluamente me mfJntenho dando aulas de circo
26
Oitavo entrevistado (H)
1 QUAL A SUA FORMACAOR Sou ator e artista circense No momento esiolJ cursando Lefras na UFPR
2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCOR 6 anos
3 ONDE VOCr APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSESR Em eSJJetacuos teatrais eventos e na rua
4 QUAL A SUA ESPECIALIDADER Perna de D8U e swino
SVOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSER N~o
6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCOR Primeiramenfe trabalhava como aTiz de f8atro e sentia a necessidade de amgJiarmeu cam12D de afua~~o grofissiona e 0 circa s~mllre foi motivo earn mim deencantamento e admira~ao
7 QUAL A MOTIVACAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA
R Pela necessidade de cada vez mfis I2rofissionalizar a cena circense no estado eencontrar urna linguagem lrOQria ao integrar Q teatro com sect arte circens8
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Segundo entrevistado (8)
1 QUAL A SUA FORMAltAO
R Fa(LQ1dminis(ra(Lsectona FAE
2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCO
R Trabalho hll 5 anos
3 ONDE VOC~ APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSES
R Nas f1taRAVE ~asa de shows eventos e cirrQ
4 QUAL A SUA ESPECIALIDADE
R Malabares acrobacia-soo e cigar-boxes -5 VOC~ VEM DE FAMILIA CIRCENSE
R Ntio mas de familia de artistas MinhB mtie e ltJtriz dimtora ~ figurinisecttJ
6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO
R Facilidade Estava no meiQartisti~
7 QUAL A MOTIVAltAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA
R Por ser um lema 2tl~1-M~ faz lraticar s~mQre esecttar em forma Nao eeQ dinh~i[Q ~ Q~o grazer de inQv~r Q~J~ ~hflJlar nfmbom nivel deallerfei~2m~nto lara eXI2Jssarminhas iQeigsect
21
Terceiro entrevistado (e)
1 QUAL A SUA FORMAltAO
R Segundo grau comgllo
2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCO
R 4 anos
3 ONDE VOCE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSES
R Circo eventos esgetaculos na TV e em hQteis
4 QUAL A SUA ESPECIALIDADE
R Malabares tragezio de vOos acrobacia de solo arame Qema-de-1J8U ecaroa elastica
5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSE
R Nao
6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO
R Comecei a fazer circo gara agerfeiroaros movimentos da Cal2Qeira
7 QUAL A MOTIVAltAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA
R 0 2razer de B1reSentar e treinar aem da diversao Da Qra viver
22
Quarto entrevistado (0)
1 QUAL A SUA FORMAltAOR Primeiro grau incom(leto
2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCOR Comecei aos 12 anos
3 ONDE VOCE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSESR Circo eventos e quando me alltrto na rua
4 QUAL A SUA ESPECIALIDADE
R Arame e Malabares5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSER Sim sou da ~ qeraQllo na minha familia
6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO
R Como eramosect urna f2milia circense eu nao tiv~ ol2~ao Tinhamos queaiudar a familia entao cada irmao se eSllecializou em urna atividade
7 QUAL A MOTIVAltAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA
R iinceramente nao se fazer Dutra coisS ent~o e gela sobrevivenciamesmo Tendo dinheiro ura comer e dormir eu esecttou feliz
23
Quinto entrevistado (E)
1 QUAL A SUA FORMACAOR Sou fonngdo em EduciitiQFiliicg lela PUr2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCOR 6 anos
3 ONDE VOC~ APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSESR Tenho uma emlresa chamada ARCO lrodurjesartisticas Me aQresentolrincillalmente em teatros circa e eventos
4 QUAL A SUA ESPECIALIDADER Acrobacia de solo tecido e Qanramodema
5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSER Nilo
6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCOR Grande Qarte da minha vida fui atleta Qe Ginastica Olimjca AQ6s umtrabalho Qaralelo chamado Os Acronautali comegei a me intereliSgr Qelocirco e onde tenho trabalhado desde enllJo
7 QUAL A MOTIVACAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA
R No inicio era ir Qara 0 Circo de Soleil Ate cheguei a Qassar em umaI2revia mas nlio 128ssei Hole a llrinci1al motiva~lio e a necessidade DofI2referencia 128ra al2resenta~(jes mas quando fica dificil tenho gue dar aula
24
Sexto entrevistado (Fl
1 QUAL A SUA FORMACAO
R Segundo grau comgeto
2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCO
R Trabalho hB sete anos comcirca
3 ONDE VOCE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSES
R Arte de rua epIO middotetos culturais
4 QUAL A SUA ESPECIALIDADER Malabares diabolo Contact ball bastao e devil stick
5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSE
R Nao
6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO
R Paixao (lela arle nao consegui me enquadrar no mercado formal (confeccionavamateriais de maabares e assim comeee a freinarl
7 QUAL A MOTIVACAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA
R E a minha I2rincieal (onte de renda Me considero urn artista modificador daconscitmcia social Deseio if a Belgica Qara buscar gualific8r80 e arogliar minhaatu8pound80 no Brasil
25
Selimo enlrevislado (G)
1 QUAL A SUA FORMACAOR Sou Qraduadoem Educa~o Fisica na PUC e teatro na FAP
2 HA QUANTa TEMPO TRABALHA COM CIRCaR Tnlsanos
3 ONDE VOCE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSESR Festas eventos teatros e escoas
4 QUAL A SUA ESPECIALIDADER Pahaco e rnaabares
5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSER NtJo
6 QUAL 0 MOTIVO QUE a LEVOU A ATUAR NO CIRCaR Atraves da Educa~secto Ffsica me interesse Ue10 desenvovimento motor e12esgusando enconirei 0 maabarismo e 128ra com(llementar meu tmbaho estudei 0
pahaco
7 QUAL A MOTIVACAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREAR A erincieal e a satisfaQlio lessoal (aQausos e risosectl (lretendo continuar vivendocomo arti~ta Aluamente me mfJntenho dando aulas de circo
26
Oitavo entrevistado (H)
1 QUAL A SUA FORMACAOR Sou ator e artista circense No momento esiolJ cursando Lefras na UFPR
2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCOR 6 anos
3 ONDE VOCr APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSESR Em eSJJetacuos teatrais eventos e na rua
4 QUAL A SUA ESPECIALIDADER Perna de D8U e swino
SVOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSER N~o
6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCOR Primeiramenfe trabalhava como aTiz de f8atro e sentia a necessidade de amgJiarmeu cam12D de afua~~o grofissiona e 0 circa s~mllre foi motivo earn mim deencantamento e admira~ao
7 QUAL A MOTIVACAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA
R Pela necessidade de cada vez mfis I2rofissionalizar a cena circense no estado eencontrar urna linguagem lrOQria ao integrar Q teatro com sect arte circens8
21
Terceiro entrevistado (e)
1 QUAL A SUA FORMAltAO
R Segundo grau comgllo
2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCO
R 4 anos
3 ONDE VOCE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSES
R Circo eventos esgetaculos na TV e em hQteis
4 QUAL A SUA ESPECIALIDADE
R Malabares tragezio de vOos acrobacia de solo arame Qema-de-1J8U ecaroa elastica
5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSE
R Nao
6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO
R Comecei a fazer circo gara agerfeiroaros movimentos da Cal2Qeira
7 QUAL A MOTIVAltAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA
R 0 2razer de B1reSentar e treinar aem da diversao Da Qra viver
22
Quarto entrevistado (0)
1 QUAL A SUA FORMAltAOR Primeiro grau incom(leto
2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCOR Comecei aos 12 anos
3 ONDE VOCE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSESR Circo eventos e quando me alltrto na rua
4 QUAL A SUA ESPECIALIDADE
R Arame e Malabares5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSER Sim sou da ~ qeraQllo na minha familia
6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO
R Como eramosect urna f2milia circense eu nao tiv~ ol2~ao Tinhamos queaiudar a familia entao cada irmao se eSllecializou em urna atividade
7 QUAL A MOTIVAltAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA
R iinceramente nao se fazer Dutra coisS ent~o e gela sobrevivenciamesmo Tendo dinheiro ura comer e dormir eu esecttou feliz
23
Quinto entrevistado (E)
1 QUAL A SUA FORMACAOR Sou fonngdo em EduciitiQFiliicg lela PUr2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCOR 6 anos
3 ONDE VOC~ APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSESR Tenho uma emlresa chamada ARCO lrodurjesartisticas Me aQresentolrincillalmente em teatros circa e eventos
4 QUAL A SUA ESPECIALIDADER Acrobacia de solo tecido e Qanramodema
5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSER Nilo
6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCOR Grande Qarte da minha vida fui atleta Qe Ginastica Olimjca AQ6s umtrabalho Qaralelo chamado Os Acronautali comegei a me intereliSgr Qelocirco e onde tenho trabalhado desde enllJo
7 QUAL A MOTIVACAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA
R No inicio era ir Qara 0 Circo de Soleil Ate cheguei a Qassar em umaI2revia mas nlio 128ssei Hole a llrinci1al motiva~lio e a necessidade DofI2referencia 128ra al2resenta~(jes mas quando fica dificil tenho gue dar aula
24
Sexto entrevistado (Fl
1 QUAL A SUA FORMACAO
R Segundo grau comgeto
2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCO
R Trabalho hB sete anos comcirca
3 ONDE VOCE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSES
R Arte de rua epIO middotetos culturais
4 QUAL A SUA ESPECIALIDADER Malabares diabolo Contact ball bastao e devil stick
5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSE
R Nao
6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO
R Paixao (lela arle nao consegui me enquadrar no mercado formal (confeccionavamateriais de maabares e assim comeee a freinarl
7 QUAL A MOTIVACAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA
R E a minha I2rincieal (onte de renda Me considero urn artista modificador daconscitmcia social Deseio if a Belgica Qara buscar gualific8r80 e arogliar minhaatu8pound80 no Brasil
25
Selimo enlrevislado (G)
1 QUAL A SUA FORMACAOR Sou Qraduadoem Educa~o Fisica na PUC e teatro na FAP
2 HA QUANTa TEMPO TRABALHA COM CIRCaR Tnlsanos
3 ONDE VOCE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSESR Festas eventos teatros e escoas
4 QUAL A SUA ESPECIALIDADER Pahaco e rnaabares
5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSER NtJo
6 QUAL 0 MOTIVO QUE a LEVOU A ATUAR NO CIRCaR Atraves da Educa~secto Ffsica me interesse Ue10 desenvovimento motor e12esgusando enconirei 0 maabarismo e 128ra com(llementar meu tmbaho estudei 0
pahaco
7 QUAL A MOTIVACAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREAR A erincieal e a satisfaQlio lessoal (aQausos e risosectl (lretendo continuar vivendocomo arti~ta Aluamente me mfJntenho dando aulas de circo
26
Oitavo entrevistado (H)
1 QUAL A SUA FORMACAOR Sou ator e artista circense No momento esiolJ cursando Lefras na UFPR
2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCOR 6 anos
3 ONDE VOCr APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSESR Em eSJJetacuos teatrais eventos e na rua
4 QUAL A SUA ESPECIALIDADER Perna de D8U e swino
SVOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSER N~o
6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCOR Primeiramenfe trabalhava como aTiz de f8atro e sentia a necessidade de amgJiarmeu cam12D de afua~~o grofissiona e 0 circa s~mllre foi motivo earn mim deencantamento e admira~ao
7 QUAL A MOTIVACAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA
R Pela necessidade de cada vez mfis I2rofissionalizar a cena circense no estado eencontrar urna linguagem lrOQria ao integrar Q teatro com sect arte circens8
22
Quarto entrevistado (0)
1 QUAL A SUA FORMAltAOR Primeiro grau incom(leto
2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCOR Comecei aos 12 anos
3 ONDE VOCE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSESR Circo eventos e quando me alltrto na rua
4 QUAL A SUA ESPECIALIDADE
R Arame e Malabares5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSER Sim sou da ~ qeraQllo na minha familia
6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO
R Como eramosect urna f2milia circense eu nao tiv~ ol2~ao Tinhamos queaiudar a familia entao cada irmao se eSllecializou em urna atividade
7 QUAL A MOTIVAltAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA
R iinceramente nao se fazer Dutra coisS ent~o e gela sobrevivenciamesmo Tendo dinheiro ura comer e dormir eu esecttou feliz
23
Quinto entrevistado (E)
1 QUAL A SUA FORMACAOR Sou fonngdo em EduciitiQFiliicg lela PUr2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCOR 6 anos
3 ONDE VOC~ APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSESR Tenho uma emlresa chamada ARCO lrodurjesartisticas Me aQresentolrincillalmente em teatros circa e eventos
4 QUAL A SUA ESPECIALIDADER Acrobacia de solo tecido e Qanramodema
5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSER Nilo
6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCOR Grande Qarte da minha vida fui atleta Qe Ginastica Olimjca AQ6s umtrabalho Qaralelo chamado Os Acronautali comegei a me intereliSgr Qelocirco e onde tenho trabalhado desde enllJo
7 QUAL A MOTIVACAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA
R No inicio era ir Qara 0 Circo de Soleil Ate cheguei a Qassar em umaI2revia mas nlio 128ssei Hole a llrinci1al motiva~lio e a necessidade DofI2referencia 128ra al2resenta~(jes mas quando fica dificil tenho gue dar aula
24
Sexto entrevistado (Fl
1 QUAL A SUA FORMACAO
R Segundo grau comgeto
2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCO
R Trabalho hB sete anos comcirca
3 ONDE VOCE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSES
R Arte de rua epIO middotetos culturais
4 QUAL A SUA ESPECIALIDADER Malabares diabolo Contact ball bastao e devil stick
5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSE
R Nao
6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO
R Paixao (lela arle nao consegui me enquadrar no mercado formal (confeccionavamateriais de maabares e assim comeee a freinarl
7 QUAL A MOTIVACAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA
R E a minha I2rincieal (onte de renda Me considero urn artista modificador daconscitmcia social Deseio if a Belgica Qara buscar gualific8r80 e arogliar minhaatu8pound80 no Brasil
25
Selimo enlrevislado (G)
1 QUAL A SUA FORMACAOR Sou Qraduadoem Educa~o Fisica na PUC e teatro na FAP
2 HA QUANTa TEMPO TRABALHA COM CIRCaR Tnlsanos
3 ONDE VOCE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSESR Festas eventos teatros e escoas
4 QUAL A SUA ESPECIALIDADER Pahaco e rnaabares
5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSER NtJo
6 QUAL 0 MOTIVO QUE a LEVOU A ATUAR NO CIRCaR Atraves da Educa~secto Ffsica me interesse Ue10 desenvovimento motor e12esgusando enconirei 0 maabarismo e 128ra com(llementar meu tmbaho estudei 0
pahaco
7 QUAL A MOTIVACAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREAR A erincieal e a satisfaQlio lessoal (aQausos e risosectl (lretendo continuar vivendocomo arti~ta Aluamente me mfJntenho dando aulas de circo
26
Oitavo entrevistado (H)
1 QUAL A SUA FORMACAOR Sou ator e artista circense No momento esiolJ cursando Lefras na UFPR
2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCOR 6 anos
3 ONDE VOCr APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSESR Em eSJJetacuos teatrais eventos e na rua
4 QUAL A SUA ESPECIALIDADER Perna de D8U e swino
SVOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSER N~o
6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCOR Primeiramenfe trabalhava como aTiz de f8atro e sentia a necessidade de amgJiarmeu cam12D de afua~~o grofissiona e 0 circa s~mllre foi motivo earn mim deencantamento e admira~ao
7 QUAL A MOTIVACAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA
R Pela necessidade de cada vez mfis I2rofissionalizar a cena circense no estado eencontrar urna linguagem lrOQria ao integrar Q teatro com sect arte circens8
23
Quinto entrevistado (E)
1 QUAL A SUA FORMACAOR Sou fonngdo em EduciitiQFiliicg lela PUr2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCOR 6 anos
3 ONDE VOC~ APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSESR Tenho uma emlresa chamada ARCO lrodurjesartisticas Me aQresentolrincillalmente em teatros circa e eventos
4 QUAL A SUA ESPECIALIDADER Acrobacia de solo tecido e Qanramodema
5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSER Nilo
6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCOR Grande Qarte da minha vida fui atleta Qe Ginastica Olimjca AQ6s umtrabalho Qaralelo chamado Os Acronautali comegei a me intereliSgr Qelocirco e onde tenho trabalhado desde enllJo
7 QUAL A MOTIVACAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA
R No inicio era ir Qara 0 Circo de Soleil Ate cheguei a Qassar em umaI2revia mas nlio 128ssei Hole a llrinci1al motiva~lio e a necessidade DofI2referencia 128ra al2resenta~(jes mas quando fica dificil tenho gue dar aula
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Sexto entrevistado (Fl
1 QUAL A SUA FORMACAO
R Segundo grau comgeto
2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCO
R Trabalho hB sete anos comcirca
3 ONDE VOCE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSES
R Arte de rua epIO middotetos culturais
4 QUAL A SUA ESPECIALIDADER Malabares diabolo Contact ball bastao e devil stick
5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSE
R Nao
6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO
R Paixao (lela arle nao consegui me enquadrar no mercado formal (confeccionavamateriais de maabares e assim comeee a freinarl
7 QUAL A MOTIVACAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA
R E a minha I2rincieal (onte de renda Me considero urn artista modificador daconscitmcia social Deseio if a Belgica Qara buscar gualific8r80 e arogliar minhaatu8pound80 no Brasil
25
Selimo enlrevislado (G)
1 QUAL A SUA FORMACAOR Sou Qraduadoem Educa~o Fisica na PUC e teatro na FAP
2 HA QUANTa TEMPO TRABALHA COM CIRCaR Tnlsanos
3 ONDE VOCE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSESR Festas eventos teatros e escoas
4 QUAL A SUA ESPECIALIDADER Pahaco e rnaabares
5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSER NtJo
6 QUAL 0 MOTIVO QUE a LEVOU A ATUAR NO CIRCaR Atraves da Educa~secto Ffsica me interesse Ue10 desenvovimento motor e12esgusando enconirei 0 maabarismo e 128ra com(llementar meu tmbaho estudei 0
pahaco
7 QUAL A MOTIVACAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREAR A erincieal e a satisfaQlio lessoal (aQausos e risosectl (lretendo continuar vivendocomo arti~ta Aluamente me mfJntenho dando aulas de circo
26
Oitavo entrevistado (H)
1 QUAL A SUA FORMACAOR Sou ator e artista circense No momento esiolJ cursando Lefras na UFPR
2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCOR 6 anos
3 ONDE VOCr APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSESR Em eSJJetacuos teatrais eventos e na rua
4 QUAL A SUA ESPECIALIDADER Perna de D8U e swino
SVOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSER N~o
6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCOR Primeiramenfe trabalhava como aTiz de f8atro e sentia a necessidade de amgJiarmeu cam12D de afua~~o grofissiona e 0 circa s~mllre foi motivo earn mim deencantamento e admira~ao
7 QUAL A MOTIVACAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA
R Pela necessidade de cada vez mfis I2rofissionalizar a cena circense no estado eencontrar urna linguagem lrOQria ao integrar Q teatro com sect arte circens8
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Sexto entrevistado (Fl
1 QUAL A SUA FORMACAO
R Segundo grau comgeto
2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCO
R Trabalho hB sete anos comcirca
3 ONDE VOCE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSES
R Arte de rua epIO middotetos culturais
4 QUAL A SUA ESPECIALIDADER Malabares diabolo Contact ball bastao e devil stick
5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSE
R Nao
6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCO
R Paixao (lela arle nao consegui me enquadrar no mercado formal (confeccionavamateriais de maabares e assim comeee a freinarl
7 QUAL A MOTIVACAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA
R E a minha I2rincieal (onte de renda Me considero urn artista modificador daconscitmcia social Deseio if a Belgica Qara buscar gualific8r80 e arogliar minhaatu8pound80 no Brasil
25
Selimo enlrevislado (G)
1 QUAL A SUA FORMACAOR Sou Qraduadoem Educa~o Fisica na PUC e teatro na FAP
2 HA QUANTa TEMPO TRABALHA COM CIRCaR Tnlsanos
3 ONDE VOCE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSESR Festas eventos teatros e escoas
4 QUAL A SUA ESPECIALIDADER Pahaco e rnaabares
5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSER NtJo
6 QUAL 0 MOTIVO QUE a LEVOU A ATUAR NO CIRCaR Atraves da Educa~secto Ffsica me interesse Ue10 desenvovimento motor e12esgusando enconirei 0 maabarismo e 128ra com(llementar meu tmbaho estudei 0
pahaco
7 QUAL A MOTIVACAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREAR A erincieal e a satisfaQlio lessoal (aQausos e risosectl (lretendo continuar vivendocomo arti~ta Aluamente me mfJntenho dando aulas de circo
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Oitavo entrevistado (H)
1 QUAL A SUA FORMACAOR Sou ator e artista circense No momento esiolJ cursando Lefras na UFPR
2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCOR 6 anos
3 ONDE VOCr APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSESR Em eSJJetacuos teatrais eventos e na rua
4 QUAL A SUA ESPECIALIDADER Perna de D8U e swino
SVOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSER N~o
6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCOR Primeiramenfe trabalhava como aTiz de f8atro e sentia a necessidade de amgJiarmeu cam12D de afua~~o grofissiona e 0 circa s~mllre foi motivo earn mim deencantamento e admira~ao
7 QUAL A MOTIVACAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA
R Pela necessidade de cada vez mfis I2rofissionalizar a cena circense no estado eencontrar urna linguagem lrOQria ao integrar Q teatro com sect arte circens8
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Selimo enlrevislado (G)
1 QUAL A SUA FORMACAOR Sou Qraduadoem Educa~o Fisica na PUC e teatro na FAP
2 HA QUANTa TEMPO TRABALHA COM CIRCaR Tnlsanos
3 ONDE VOCE APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSESR Festas eventos teatros e escoas
4 QUAL A SUA ESPECIALIDADER Pahaco e rnaabares
5 VOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSER NtJo
6 QUAL 0 MOTIVO QUE a LEVOU A ATUAR NO CIRCaR Atraves da Educa~secto Ffsica me interesse Ue10 desenvovimento motor e12esgusando enconirei 0 maabarismo e 128ra com(llementar meu tmbaho estudei 0
pahaco
7 QUAL A MOTIVACAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREAR A erincieal e a satisfaQlio lessoal (aQausos e risosectl (lretendo continuar vivendocomo arti~ta Aluamente me mfJntenho dando aulas de circo
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Oitavo entrevistado (H)
1 QUAL A SUA FORMACAOR Sou ator e artista circense No momento esiolJ cursando Lefras na UFPR
2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCOR 6 anos
3 ONDE VOCr APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSESR Em eSJJetacuos teatrais eventos e na rua
4 QUAL A SUA ESPECIALIDADER Perna de D8U e swino
SVOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSER N~o
6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCOR Primeiramenfe trabalhava como aTiz de f8atro e sentia a necessidade de amgJiarmeu cam12D de afua~~o grofissiona e 0 circa s~mllre foi motivo earn mim deencantamento e admira~ao
7 QUAL A MOTIVACAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA
R Pela necessidade de cada vez mfis I2rofissionalizar a cena circense no estado eencontrar urna linguagem lrOQria ao integrar Q teatro com sect arte circens8
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Oitavo entrevistado (H)
1 QUAL A SUA FORMACAOR Sou ator e artista circense No momento esiolJ cursando Lefras na UFPR
2 HA QUANTO TEMPO TRABALHA COM CIRCOR 6 anos
3 ONDE VOCr APRESENTA SUAS HABILIDADES CIRCENSESR Em eSJJetacuos teatrais eventos e na rua
4 QUAL A SUA ESPECIALIDADER Perna de D8U e swino
SVOCE VEM DE FAMiLIA CIRCENSER N~o
6 QUAL 0 MOTIVO QUE 0 LEVOU A ATUAR NO CIRCOR Primeiramenfe trabalhava como aTiz de f8atro e sentia a necessidade de amgJiarmeu cam12D de afua~~o grofissiona e 0 circa s~mllre foi motivo earn mim deencantamento e admira~ao
7 QUAL A MOTIVACAO QUE 0 FAZ PERMANECER NESSA AREA
R Pela necessidade de cada vez mfis I2rofissionalizar a cena circense no estado eencontrar urna linguagem lrOQria ao integrar Q teatro com sect arte circens8