UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ

IMPACTO NA QUALIDADE DE VIDA NOS PORTADORES DE PERDA

AUDITIVA INDUZIDA POR RUÍDO

Monografia apresentada ao Curso de Especialização em Audiologia

Orientadora: Profª Drª Claudia Giglio de Oliveira Gonçalves

JOSIANE DE SOUZA COSTA POY

Curitiba 2014

UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ

JOSIANE DE SOUZA COSTA POY

IMPACTO NA QUALIDADE DE VIDA E NO TRABALHO DOS PORTADORES DE

PERDA AUDITIVA INDUZIDA POR RUÍDO

Monografia apresentada ao Curso de

Especialização em Audiologia sob orientação da

Profª Drª Claudia Giglio de Oliveira Gonçalves.

Curitiba

2014

SUMÁRIO

1. Resumo................................................................................................................4

2. Abstract................................................................................................................4

3. Introdução............................................................................................................5

4. Justificativa...........................................................................................................7

5. Objetivo...............................................................................................................8

6. Metodologia..........................................................................................................9

7. Resultados..........................................................................................................10

8. Discussão...........................................................................................................13

9. Conclusão...........................................................................................................15

10. Referencias bibliográficas..................................................................................16

11. Anexos................................................................................................................18

RESUMO

Este trabalho, de caráter observacional, do tipo transversal teve como objetivo

analisar o impacto na qualidade de vida dos trabalhadores portadores de perda

auditiva sensórioneural bilateral de grau variado. Este trabalho visa contribuir para a

promoção da saúde dos trabalhadores expostos a ruído intenso, compreeendendo

as necessidades e auxiliando no planejamento de execuções nas ações

fonoaudiológicas. Para isso, um total de cinqüenta trabalhadores foram submetidos

a responder o questionário Hearing Handicap Inventory for Adults (HHIA) contendo

dezessete questões relacionadas à percepção da incapacidade auditiva.

Concluiu-se, através da análise dos dados, que a maioria dos participantes da

pesquisa apresentou desvantagem discreta em relação à percepção da

incapacidade auditiva. Dessa forma, a falta de auto-percepção do handicap auditivo

não causou impacto significativo na qualidade de vida dos trabalhadores.

Palavras-chave: Handicap, Perda auditiva induzida por ruído, questionário.

ABSTRACT

This essay, with observational character, of transversal type had as the main goal to

analyze the impact in the life quality of the workers carrying loss of bilateral

sensorineural hearing with assorted intensity. Therefore, the present essay aims at

adding to the promotion of the worker´s health exposed to loud noise, understanding

the needs and aiding in planning executions within phonological actions.

For this purpose, an amount of fifty workers were submitted to answer a

questionnaire Hearing Handicap Inventory for Adults (HHIA) containing seventeen

questions referring to hearing incapacity perception. It was concluded, though data

analysis, that most of research participants presented discreet disadvantage in

relation to the hearing incapacity. By this mean the lack of self-awareness from the

handicap hearing haven´t given raise to meaningful impacts in the worker´s life

quality.

Key Words: Handicap, hearing, loss inducted by noise, questionnaire.

5

1. INTRODUÇÃO

A qualidade de vida é fator primordial para a administração moderna e se

mostra diretamente proporcional à produtividade do trabalhador e à diminuição dos

custos e das faltas dos trabalhadores. Nesse conceito estão incluídos os aspectos

sociais e ambientais, relacionados com a segurança e a saúde ocupacional, ao

qual toda a população se expõe e que também são determinantes das relações de

saúde no trabalho (Cavassani, Barbieri e Biazin, 2006).

Atualmente, com o crescimento industrial acelerado, o ambiente de trabalho

tornou-se cada vez mais insalubre. Os trabalhadores ficam expostos diariamente a

agentes físicos, químicos, biológicos e mecânicos que são nocivos à saúde.

Destacaremos o ruído entre os diversos riscos ocupacionais, por estar em

evidência nesta pesquisa.

O termo ruído é usado para descrever um sinal acústico periódico, originado

da superposição de vários movimentos de vibração com diferentes frequências, as

quais não representam relação entre si (RUSSO, 1993).

Os trabalhadores expostos a níveis de pressão sonora elevados sofrem da

chamada Perda Auditiva Induzida por Ruído, a PAIR.

Entende-se por perda auditiva por níveis de pressão sonora elevados, as

alterações dos limiares auditivos, do tipo sensórioneural, decorrente da exposição

ocupacional sistemática a níveis de pressão sonora elevados. Tem como

características principais a irreversibilidade e a progressão gradual com o tempo de

exposição ao risco. A sua história natural mostra inicialmente, o acometimento dos

limiares em uma ou mais frequências da faixa 3.000 a 6.000 Hz. As frequências

mais altas e mais baixas poderão levar mais tempo para serem afetadas. Uma vez

cessada a exposição, não haverá progressão da redução auditiva (Portaria nº19,

1998).

Outro autor denomina a PAIR como uma alteração auditiva sensórioneural

irreversível, geralmente bilateral, simétrica, inicial nas frequências de 4 e/ou 6 KHz,

com melhora em 8 KHz, provocada pela exposição a níveis de ruído intenso,

podendo ou não progredir conforme a susceptibilidade individual (SELIGMAN,

1997).

6

As consequências ocasionadas pelo ruído pode prejudicar o trabalho, o

descanso, o sono e a comunicação podendo provocar reações psicológicas,

fisiológicas e patológicas (Organização Panamericana de Saúde e Organização

Mundial de Saúde, 1980).

Portanto, a audição não é a única afetada, trazendo consequências

maléficas na qualidade de vida de seu portador causando sérios transtornos ao

indivíduo acometido e às pessoas do seu convívio, principalmente a sua família.

Esses prejuízos causam desvantagem imposta por uma lesão afetando a vida

diária do trabalhador, os Handicaps Auditivos. Os indícios da perda auditiva

induzida pelo ruído podem ser divididos em sintomas auditivos e em sintomas não

auditivos. Os sintomas auditivos são: perda auditiva causada pela ação do ruído;

Queixa de zumbido que muitas vezes vem acompanhado da perda auditiva

ocupacional; e dificuldades no entendimento da fala, envolvendo a habilidade de

diferenciar os sons da fala (Seligman, 1997).

Os sintomas não auditivos estabelecidos pela exposição frequente ao ruído

ocupacional são: transtornos da comunicação causados pela diminuição nos

limiares de reconhecimento de fala e consequentemente levando o portador ao

isolamento social; O portador da PAIR poderá desenvolver alterações do sono,

pois passa a ter um sono mais leve, ocasionando cansaço, falta de concentração e

irritabilidade (Seligman, 1993). Transtornos neurológicos como aparecimento de

tremores nas mãos, dilatação das pupilas e diminuição da reação aos estímulos

visuais, desencadeamento ou piora nas crises epiléticas; transtornos digestivos

com aumento da acidez, com presença de enjoos, vômitos, perda de apetite,

gastrites e úlceras; transtornos comportamentais (Seligman, 1997 e Quick &

Lapertosa, 1981).

Portanto, constata-se que a audição é um fator muito importante nas

relações sociais e sua privação causa danos na esfera individual e social,

influenciando na qualidade de vida dos seres humanos, interferindo negativamente

na motivação, auto-estima e na eficácia no desenvolvimento ocupacional.

7

2. JUSTIFICATIVA

A perda auditiva induzida por ruído é uma doença profissional, de grande

interesse dos profissionais da área da saúde ocupacional, por trazer limitação

profissional e psicossocial, ocasionando consequências maléficas na qualidade de

vida e na saúde geral dos indivíduos portadores de PAIR.

Esses danos acontecem insidiosamente e os trabalhadores não protestam

porque parecem estarem certos de que as condições de trabalho não irão mudar.

Considerando que a PAIR está relacionada com as principais doenças

ocupacionais e o ruído considerado um dos maiores agentes causadores de

doenças ocupacionais, estudos acerca das relações entre qualidade de vida

tornam-se apropriados.

Portanto, este trabalho visa contribuir para a promoção da saúde dos

trabalhadores expostos a ruído intenso, compreendendo as necessidades e

auxiliando no planejamento de execuções nas ações fonoaudiológicas.

8

3. OBJETIVO

O presente trabalho tem como objetivo analisar o impacto da PAIR na vida

social e emocional do trabalhador expostos a níveis de pressão sonora elevados.

9

4. MÉTODO

Para a realização deste estudo observacional, quantitativo e transversal, foi

realizada a coleta de dados e os testes audiométricos no Instituto de Saúde

Ocupacional, ISO, no município de Campos Novos, estado de Santa Catarina. A

investigação aconteceu por meio da aplicação do questionário Hearing Handicap

Inventory for Adults – HHIA, contendo 17 questões relacionadas a queixas dos

trabalhadores. Como critério o questionário foi aplicado somente nos funcionários

portadores de Perda Auditiva induzida por Ruído não importando sua faixa etária.

Primeiramente os funcionários foram informados sobre a finalidade dos

exames e como seriam utilizados os resultados. Após a assinatura do Termo de

Consentimento Livre e Esclarecido, responderam a Anamnese para levantamento

da história médica e ocupacional, riscos para deficiência auditiva e dados clínicos.

Durante a avaliação foi feita a inspeção do meato acústico interno para

investigar a presença de cerume. Após a inspeção realizou-se audiometria tonal

limiar respeitando os critérios da Portaria nº19 disposto na NR7-anexoII do

Ministério do Trabalho. O equipamento utilizado foi o audiômetro marca MA41, com

fone TDH-39, calibrado de acordo com as normas internacionais ISO 8253. As

frequências testadas foram de 500Hz, 1, 2, 3, 4, 6 e 8 KHz. Foi avaliado

audiometria por via óssea nas frequências de 500Hz, 1, 2, 3 e 4KHz, quando os

limiar aéreo encontrado fosse maior que 25 dB.

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5. RESULTADO

Este estudo analisou cinquenta trabalhadores do sexo masculino com idade entre

25 e 71 anos. Todos os indivíduos analisados encontravam-se expostos a níveis

de pressão sonora elevada e faziam uso de protetor auricular.

Abaixo, na tabela 1, estão demonstrados os resultados coletados da anamnese.

Tabela 1: Hábitos e comportamentos de risco para a audição.

Frequência

absoluta

Frequência

Relativa%

Exposição sem uso do protetor

auditivo

21 42%

Medicamentos 12 24%

Fumo 9 18%

Hipertensão 8 16%

*A maioria dos entrevistados apresentaram queixa de trabalhar sem uso do protetor

auditivo.

De acordo com os dados da tabela 1, a maioria dos trabalhadores referiu não ter

usado protetor auricular em trabalhos anteriores onde ficaram expostos a níveis de

pressão sonora elevados.

Abaixo, na tabela 2 está o demonstrativo do grau da perda auditiva dos

trabalhadores entrevistados.

Tabela 2: Grau da perda auditiva encontrada nos trabalhadores.

Frequência absoluta Frequência Relativa%

Grau leve 46 92

Grau moderado 4 8

Grau severo 0 -

Grau profundo 0 -

*Os dados mostram que a maioria dos entrevistados apresenta perda auditiva de grau leve.

11

Na tabela 3, estão relatados os resultados da percepção do impacto da PAIR na

vida diária, pela Escala de Handicap.

Tabela 3: Demonstrativo da incapacidade auditiva percebida pelos trabalhadores. (1-7)

Nunca As vezes

Muitas vezes

Sempre

Não sabe

Volume alto do rádio Volume alto da TV

12 29 7 2 0

Ouve barulho de água fervendo estando fora da cozinha

0 27 12 11 0

Porta abrindo dentro da sala

0 24 14 12 0

Ouve passos de pessoa

0 25 16 9 0

Escuta porta, campainha e telefone estando em qualquer lugar da casa

1 27 11 11 0

Ouve mas não entende corretamente o que os outros dizem

16 18 10 6 0

*Grande parte dos trabalhadores não apresentou percepção significativa da desvantagem

auditiva.

Na tabela 4, demonstra a desvantagem percebida pelos trabalhadores.

12

Tabela 3: Demonstrativo da desvantagem percebida pelos trabalhadores (8-17)

Nunca As vezes

Muitas vezes

Sempre Não sabe

Sente dificuldade em acompanhar uma conversa:

No trabalho 22 28 0 0 0 No carro 9 37 4 0 0 No ônibus 7 39 4 0 0 Fazendo compras 23 25 1 0 1 Se incomoda que as pessoas percebam sua dificuldade em ouvir ou entender

30 20 0 0 0

Se incomoda em pedir para repetirem o que disseram

20 24 4 2 0

Se incomoda quando da uma resposta errada pois não entendeu direito

20 26 2 2 0

Sua audição limita sua vida social ou pessoal

40 9 1 0 0

Se incomoda quando não consegue acompanhar uma conversa

23 22 2 2 1

Se sente mais tenso e cansado devido seu problema auditivo

32 17 1 0 0

Tem dificuldade para entender uma conversa em grupo

15 27 8 0 0

Percebe se te evitam pela dificuldade auditiva

45 3 2 0 0

Sua dificuldade dificulta seu relacionamento

42 8 0 0 0

13

6. DISCUSSÃO

Uma das conseqüências da perda auditiva é o handicap auditivo, pois mostram

importantes informações sobre os aspectos da comunicação, social e emocional do

trabalhador. Sindhusake et al, 2001; Freitas e Costa, 2007, relataram que os

questionários de auto avaliação também auxiliam na reflexão do indivíduo sobre a

perda auditiva e como compreender melhor suas dificuldades.

De acordo com a tabela 1, que mostra os hábitos e comportamentos de risco para

a audição, 42% dos entrevistados, relataram ter trabalhado exposto ao ruído sem

uso do protetor auditivo em algum período da vida. Antes do surgimento da lei

6.514, de 22 de dezembro de 1997, que obriga as empresas a fornecer

equipamentos de proteção individual a seus funcionários, as empresas não

investiam em prevenção, gerando acidentes e doenças ocupacionais. A falta de

orientação, fiscalização e cobrança do uso de equipamentos de proteção

individual, também agravaram a situação, Santi, 1998.

Segundo a tabela 2, no demonstrativo da incapacidade auditiva percebida pelos

trabalhadores a maioria dos entrevistados não percebia suas dificuldades

auditivas.

É descrito na literatura de Russo e Santos, 2007 que as dificuldades auditivas

encontradas na perda auditiva induzida por ruído começam ser notadas quando a

média dos limiares auditivos atingirem 35 dB ou mais, entre as freqüências de 500

Hz a 4000 KHz. Ferreira, 1998, descreve a dificuldade auditiva só começam ser

notadas após anos de exposição.

Nos dados da tabela 3, sobre o perfil audiométrico dos trabalhadores, observa-se

que 92% possuem perda auditiva sensórioneural de grau leve e somente 8%

apresentaram perda auditiva sensórioneural de grau moderado.

Segundo Ferreira Junior, na PAIR as freqüências a serem atingidas primeiramente

são as de 3000 a 6000 KHz, progredindo posteriormente para as frequencias de

8000, 2000, 1000, 500 e 250KHz. Ferreira, Moratta e Santos, 1996 relatam que as

perdas não são maiores que 75 dB e raramente causa surdez profunda. Por isso,

grande parte dos trabalhadores entrevistados não demonstrou grau de incômodo

significativo sobre a perda auditiva.

Os dados deste estudo evidenciaram que todos os trabalhadores tiveram algum

grau de handicap, porém, a maior parte dos entrevistados não percebia e

14

apresentaram discreta desvantagem auditiva não refletindo na limitação que a

perda auditiva causa no desenvolvimento das atividades de vida diária impactando

na qualidade de vida do mesmo.

15

7. CONCLUSÃO

Foram observados neste estudo que a maioria dos participantes da pesquisa

apresentou um grau de desvantagem discreto em relação à percepção da

incapacidade auditiva. Dessa forma, a falta de auto-percepção do handicap

auditivo não causou impacto significativo na qualidade de vida dos trabalhadores.

Sendo assim, o questionário contribuiu para que o trabalhador compreendesse e

refletisse sobre como a perda auditiva causada pelo ruído impactua na qualidade

de vida; e para o profissional, sugerindo meios para facilitar o planejamento na

conduta fonoaudiológica.

16

REFERÊNCIAS

1. Barth, L. F.; Favero, T. C.; Soldera, C. L. C.; Olchik, M, R.; Menegotto, I, H.

Percepção de acompanhantes acerca da restrição de participação

derivada de deficiência auditiva (handicap auditivo) no idoso demenciado.

Estudo indisciplinar envelhece. Porto Alegre, v, 17, n.1, p. 145. 166, 2012.

2. Pagliosa, K, M. Ruído: Relação entre Saúde, Trabalho e Qualidade de

Vida. 40 p. Monografia - Centro de Especialização em Fonoaudiologia

Clinica, CEFAC, Porto Alegre, 1999.

3. Yonezak, C, Hidaka, M, U. Inserção da Fonoaudiologia na saúde do

Trabalhador. In Filho, O, L. Tratado de Fonoaudiologia, Editora ROCA,

1997. p. 285-299.

4. Dias, A.; Cordeiro, R.; Corrente, J. E.; Gonçalves, C. G. O. Associação

entre Perda Auditiva Induzida por Ruído e Zumbidos. Cad. Saúde Pública,

Rio de Janeiro, 22(1): 63-68, jan, 2006.

5. Morata, T.C. & Santos, U.D.P- Efeitos dos Ruído na Audição In: Santos,

U.D.P- Ruído: Riscos e Prevenção. São Paulo, Hucitec,1996.

6. Portaria nº 19, 9 de abril de 1998.

7. Manual de Procedimentos em Audiometria Tonal Limiar, Logoaudiometria

e Medidas de Imitância Acústica, 2013.

8. Resoluções de Interesse da Audiologia, 2005.

9. Gonçalves, C. G. O. Saúde do Trabalhador. São Paulo: ROCA, 2009.

10. Gonçalves, C. G. O. Análise do Programa de Apoio e Reabilitação para

Trabalhadores Portadores de PAIR em uma metalúrgica, São Paulo: 2007.

11. BRASIL. Consolidação das Leis de Trabalho – CLT. 34 ed. São Paulo:

Saraiva, 2007.

12. Carvalho, R. M; Iório, Martineli, M. C. Eficácia da Aplicação do

questionário de Handicap em idosos deficientes auditivos. Distúrbios da

Comunicação, São Paulo, 2007.

13. Ibanez, R. N. Programa de Conservação Auditiva. In Nudelmannn, A. A.;

Costa, E. A.; Seligman, J. Perda Auditiva induzida por Ruído. Porto Alegre,

Bagagem Comunicação, 1997.

17

14. Oliveira, G. X. Impacto do zumbido na qualidade de vida de idosos

socialmente ativos. Monografia da Especialização apresentada a

Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2011.

15. Santi, R.B- Uso obrigatório: A empresa é obrigada a fornecer aos

empregados gratuitamente, equipamento de proteção individual, Revista

Proteção 77:56-7, 1998.

16. Gonçalves, L. B; Cruz, V. M. C, Segurança e Medicina do Trabalho, Yone

Silva Pontes, São Paulo, 2009.

17. JusBrasil – Tribunal Regional do Trabalho, 3ª Região. Empregador deve

fiscalizar e cobrar uso de EPI, 2013. Disponível em:

https://www.google.com.br/?gfe_rd=cr&ei=6hBmVPbMHM6i8wfN3YGACQ#q=fiscalizar%20us

o%20de%20epi

18. Jesus, C.R. B, Figueiredo, I. L. S. Qualidade de Vida no Trabalho: um

Instrumento Diferencial para a Organização. Disponível em:

http://tupi.fisica.ufmg.br/michel/docs/Artigos_e_textos/QVT/QVT%20fatore

s%20interferentes.pdf. Acesso em: 09 mar 2014.

18

ANEXOS

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Dados de identificação

Título do Projeto: “Qualidade de Vida no Portador de Perda Auditiva Induzida por Ruído”.

Pesquisador Responsável: Josiane de Souza Costa Poy

Instituição: Universidade Tuiuti do Paraná

Telefones para contato: (49) 99468478 ou (49)35440379

Nome do voluntário: _______________________________________________ Idade:

_______ anos R.G. __________________________________________

O Sr.(ª) está sendo convidado(a) a participar do projeto de pesquisa “Qualidade de vida no

portador de Perda Auditiva Induzida por Ruído”, de responsabilidade da pesquisadora

Josiane de Souza Costa Poy.

Esta pesquisa tem como verificar a qualidade de vida nos portadores de Perda Auditiva

Induzida por Ruído (PAIR).

Para sua realização solicito que responda a um questionário contendo 17 questões

relacionadas à Perda Auditiva Induzida por Ruído.

Esta pesquisa não trará nenhum benefício direto no momento, mas proporcionará

um melhor conhecimento acerca da qualidade de vida no portador de Perda Auditiva

Induzida por Ruído, para que futuramente possamos contribuir para o aumento das

medidas de prevenção e conseqüentemente na redução da Perda Auditiva Induzida por

Ruído auxiliando na sua qualidade de vida.

A sua participação nessa pesquisa é voluntária e não oferece risco algum, pois se

trata apenas de resposta a um questionário e não lhe trará nenhuma despesa adicional.

As informações dos dados coletados ficarão sob a guarda da pesquisadora e serão

utilizados somente para pesquisa com apresentação dos resultados em monografia de pós-

graduação e eventual publicação em revistas e eventos científicos.

Comprometo-me em manter total privacidade do participante não sendo divulgada a

identificação de nenhum dos envolvidos na pesquisa.

A pesquisadora estará disponível para quaisquer esclarecimentos de dúvidas e o

senhor (a) poderá desistir da pesquisa a qualquer momento sem que isso lhe traga

prejuízos.

19

Desde já, agradeço sua cooperação e disponibilidade, pois, sua colaboração é de

fundamental importância para esse projeto.

Declaro ter sido informado e concordo em participar, como voluntário, do projeto de

pesquisa acima descrito.

Nome Assinatura do Participante Data

Nome Assinatura do Pesquisador Data

Nome Assinatura da Testemunha Data

Campos Novos, SC_____ de______de_________

20

MODELO do TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Dados de identificação

Título do Projeto: ____________________________________________________

Pesquisador Responsável: ____________________________________________

Instituição a que pertence o Pesquisador Responsável: _____________________

Telefones para contato: (___) ______________ - (___) _____________________

Nome do voluntário: ___________________Idade: _______ anos R.G. ________

Responsável legal (quando for o caso):__________________________________

R.G. Responsável legal: _________________________

O Sr. (ª) está sendo convidado(a) a participar do projeto de pesquisa

“____________” (nome do projeto), de responsabilidade do pesquisador _________

(nome).

Especificar, a seguir, cada um dos itens abaixo, em forma de texto contínuo, usando

linguagem acessível à compreensão dos interessados, independentemente de seu

grau de instrução:

- Justificativas e objetivos

- descrição detalhada dos métodos (no caso de entrevistas, explicitar se serão

obtidas cópias gravadas e/ou imagens)

- desconfortos e riscos associados

- benefícios esperados (para o voluntário ou para a comunidade)

- explicar como o voluntário deve proceder para sanar eventuais dúvidas acerca

dos procedimentos, riscos, benefícios e outros assuntos relacionados com a

pesquisa ou com o tratamento individual

- esclarecer que a participação é voluntária e que este consentimento poderá ser

retirado a qualquer tempo, sem prejuízos à continuidade do tratamento

- garantir a confidencialidade das informações geradas e a privacidade do sujeito

da pesquisa

- explicitar os métodos alternativos para tratamento, quando houver

- esclarecer as formas de minimização dos riscos associados (quando for o caso)

- possibilidade de inclusão em grupo controle ou placebo (quando for o caso)

- nos casos de ensaios clínicos, assegurar - por parte do patrocinador, instituição,

pesquisador ou promotor - o acesso ao medicamento em teste, caso se

comprove sua superioridade em relação ao tratamento convencional

21

- valores e formas de ressarcimento de gastos inerentes à participação do

voluntário no protocolo de pesquisa (transporte e alimentação), quando for o caso

- formas de indenização (reparação a danos imediatos ou tardios) e o seu

responsável, quando for o caso

Eu,__________________________________________,RG nº________________ declaro

ter sido informado e concordo em participar, como voluntário, do projeto de pesquisa

acima descrito.

_______________, _____ de ____________ de _______

_______________________________ _____ ________________________________

Nome e assinatura do paciente. Nome e assinatura do responsável por obter o consentimento.

________________________________ _________________________________

Testemunha Testemunha

Informações relevantes ao pesquisador responsável:

Res. 196/96 – item IV.2: O termo de consentimento livre e esclarecido obedecerá aos seguintes requisitos:

a) ser elaborado pelo pesquisador responsável, expressando o cumprimento de cada uma das exigências acima;

b) ser aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa que referenda a investigação;

c) ser assinado ou identificado por impressão dactiloscópica, por todos e cada um dos sujeitos da pesquisa ou por

seus representantes legais; e

d) ser elaborado em duas vias, sendo uma retida pelo sujeito da pesquisa ou por seu representante legal e uma

arquivada pelo pesquisador.

Res. 196/96 – item IV.3:

c) nos casos em que seja impossível registrar o consentimento livre e esclarecido, tal fato deve ser

devidamente documentado, com explicação das causas da impossibilidade, e parecer do Comitê de Ética em

Pesquisa.

Casos especiais de consentimento:

1. Pacientes menores de 16 anos – deverá ser dado por um dos pais ou, na inexistência destes, pelo parente

mais próximo ou responsável legal;

2. Paciente maior de 16 e menor de 18 anos – com a assistência de um dos pais ou responsável;

3. Paciente e/ou responsável analfabeto – o presente documento deverá ser lido em voz alta para o paciente e

seu responsável na presença de duas testemunhas, que firmarão também o documento;

Paciente deficiente mental incapaz de manifestação de vontade – suprimento necessário da manifestação de

vontade por seu representante legal.

22

ESCALA DE INCAPACIDADE AUDITIVA E HANDICAP NOME: D.N.: DATA: OCUPAÇÃO: TEMPO DE EXPOSIÇÃO A RUÍDO: DADOS DE AUDIOMETRIA: Seu problema auditivo é: ( ) muito severo ( ) severo ( ) moderado ( ) leve ( ) não sei dizer 1) Você aumenta o volume de: ( ) rádio => ( ) nunca ( ) às vezes ( ) muitas vezes ( ) sempre ( ) ñ sabe ( ) TV => ( ) nunca ( ) às vezes ( ) muitas vezes ( ) sempre ( ) ñ sabe 3) Você consegue ouvir o barulho de água fervendo estando fora da cozinha? ( ) nunca ( ) às vezes ( ) muitas vezes ( ) sempre ( ) ñ sabe 4) Você consegue ouvir o som de porta abrindo-se quando dentro da sala? ( ) nunca ( ) às vezes ( ) muitas vezes ( ) sempre ( ) ñ sabe 5) Você consegue ouvir passos de pessoas que se aproximam? ( ) nunca ( ) às vezes ( ) muitas vezes ( ) sempre ( ) ñ sabe 6) Você escuta a ( ) porta , ( ) campainha e ( ) telefone estando em qualquer lugar da casa? ( ) nunca ( ) às vezes ( ) muitas vezes ( ) sempre ( ) ñ sabe 7) Você sente que ouve mas não entende corretamente o que outros dizem? ( ) nunca ( ) às vezes ( ) muitas vezes ( ) sempre ( ) ñ sabe 8) Sente dificuldade em acompanhar uma conversa: ( ) no trabalho => ( ) nunca ( ) às vezes ( ) muitas vezes ( ) sempre ( ) ñ sabe ( ) no carro => ( ) nunca ( ) às vezes ( ) muitas vezes ( ) sempre ( ) ñ sabe ( ) no ônibus => ( ) nunca ( ) às vezes ( ) muitas vezes ( ) sempre ( ) ñ sabe ( ) fazendo compras => ( ) nunca ( ) às vezes ( ) muitas vezes ( ) sempre ( ) ñ sabe 9) Você se incomoda que as pessoas percebam sua dificuldade em ouvir ou entender? ( ) nunca ( ) às vezes ( ) muitas vezes ( ) sempre ( ) ñ sabe 10) Você se incomoda em pedir para as pessoas repetirem o que disseram? ( ) nunca ( ) às vezes ( ) muitas vezes ( ) sempre ( ) ñ sabe 11) Você se incomoda quando dá uma resposta errada a alguém pois não entendeu direito? ( ) nunca ( ) às vezes ( ) muitas vezes ( ) sempre ( ) ñ sabe 12) Sua audição limita sua vida social ou pessoal? ( ) nunca ( ) às vezes ( ) muitas vezes ( ) sempre ( ) ñ sabe 13) Você se incomoda quando não consegue acompanhar uma conversa? ( ) nunca ( ) às vezes ( ) muitas vezes ( ) sempre ( ) ñ sabe

23

14) Você se sente mais tenso e cansado devido ao seu problema auditivo? ( ) nunca ( ) às vezes ( ) muitas vezes ( ) sempre ( ) ñ sabe 15) Você tem dificuldade para entender uma conversa em grupo? ( ) nunca ( ) às vezes ( ) muitas vezes ( ) sempre ( ) ñ sabe 16) Percebe se te evitam pela dificuldade auditiva? ( ) nunca ( ) às vezes ( ) muitas vezes ( ) sempre ( ) ñ sabe 17) Sua dificuldade auditiva dificulta seu relacionamento? Com quem? ( ) nunca ( ) às vezes ( ) muitas vezes ( ) sempre ( ) ñ sabe ....................................................................................................................................