UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ Jomara Carlise...
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UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ
Jomara Carlise Lemos
MAPEAMENTO DE PROCESSOS: ESTUDO DE CASO SOBRE UMA CLÍNICA DE ODONTOLOGIA DE
SANTA CATARINA
CURITIBA 2012
1
MAPEAMENTO DE PROCESSOS: ESTUDO DE CASO SOBRE UMA CLÍNICA DE ODONTOLOGIA DE
SANTA CATARINA
CURITIBA 2012
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Jomara Carlise Lemos
MAPEAMENTO DE PROCESSOS: ESTUDO DE CASO SOBRE UMA CLÍNICA DE ODONTOLOGIA DE
SANTA CATARINA
Monografia do Curso de Auditoria e Gestão em Saúde da Faculdade de Ciências Biológicas e da Saúde da Universidade Tuiuti do Paraná como requisito parcial para obtenção do título em Especialista. Orientadora: Profª. Ozana de Campos
CURITIBA 2012
3
DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho ao meu grande amor
Alvaro Concha que tanto me ajudou,
apoiou e acreditou em mim; obrigada por
mais esta prova de amor...
4
Mensagem
Thomas Edison tentou duas mil vezes antes de conseguir fazer um filamento de bambu ficar incandescente dentro de um bulbo em semi-vácuo, inventando assim a lâmpada. Quando certa vez lhe disseram que ele havia fracassado duas mil vezes, ele respondeu: “Eu não falhei todas essas vezes, só descobri duas mil maneiras de não se fazer uma lâmpada!”.
(Thomas Edison)
5
AGRADECIMENTOS
Primeiramente, agradeço a Deus por ter me dado esta oportunidade de
crescimento pessoal e profissional, pois nas várias dificuldades que passei neste
período, sei que ele é quem me deu a força necessária para seguir em frente.
Agradeço aos meus queridos filhos e marido pela paciência e compreensão
pela minha ausência.
Agradeço aos meus pais João Marcos Lemos e Eloisa Cardoso Lemos pelo
seu amor incondicional, pelo apoio, pelo carinho e pelo incentivo.
Agradeço a minha irmã Manuela Lemos e ao meu cunhado Diogo de Almeida
Fontana por me receberem com muito carinho e por me apoiarem na busca deste
objetivo.
Agradeço a minha querida amiga Cléia Novaes dos Santos, que diariamente
transmitiu alegria e amor ao meu lar, transmitindo seu apoio e incentivo nesta minha
busca.
Agradeço as minhas queridas colegas da pós Mariana, Samile, Janice e
Ketrin, as quais hoje chamo de amigas, por terem sido grandes parceiras e por
terem tornado essa busca ainda mais prazerosa. A minha querida e estimada orientadora Prof° Ms Enfª Ozana de Campos que
conduziu este trabalho com sabedoria, alegria e motivação, disponibilizando o seu
tempo e seu conhecimento, sempre buscando o melhor de mim, e com isso fez com
que eu conseguisse realizar este trabalho.
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SUMÁRIO
RESUMO.....................................................................................................................9 ABSTRACT...............................................................................................................10 1 INTRODUÇÃO .......................................................................................................11 1.1 OBJETIVOS ........................................................................................................14 1.1.1 Objetivo geral ...................................................................................................14 1.1.2 Objetivos específicos .......................................................................................14 1.2 JUSTIFICATIVA ..................................................................................................14 2 REVISÃO DE LITERATURA .................................................................................16 2.1 CONCEITO DE GESTAO....................................................................................17 2.1.1 Gestão em saúde .............................................................................................18 2.2 CONCEITO DE QUALIDADE..............................................................................21 2.2.1 Qualidade nos serviços de saúde ....................................................................22 2.2.2 Qualidade versus satisfação dos serviços........................................................24 2.2.3 Processos e alguns conceitos da NBR ISO 9000 ............................................26 2.3 CONCEITO DE PROCESSOS............................................................................27 2.4 GESTÃO DE PROCESSOS EM SAÚDE ............................................................29 2.5 O PAPEL DA INFORMACAO NOS PROCESSOS .............................................32 2.6 MAPEAMENTO DE PROCESSOS .....................................................................35 2.7 OBJETIVO DO MAPEAMENTO DE PROCESSOS ............................................37 2.8 TÉCNICAS DE MAPEAMENTO DE PROCESSOS ............................................37 2.8.1 Fluxograma ......................................................................................................38 2.8.2 Mapa de processo............................................................................................40 2.8.3 Modelos de mapeamento de processos...........................................................41 2.8.3.1 Modelo BPMN ...............................................................................................42 2.8.3.2 Modelo UML ..................................................................................................47 2.8.4 Ferramentas de Mapeamento de Processos....................................................51 2.8.5 Ferramenta BizAgi Process Modeler ................................................................51 3 METODOLOGIA ....................................................................................................53 3.1 Conclusões e contribuições.................................................................................66 REFERÊNCIAS.........................................................................................................69 ANEXOS ...................................................................................................................74 Anexo 1 ....................................................................................................................75 Anexo 2 ....................................................................................................................76
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LISTA DE FIGURAS Figura 01: Modelo de Fleming...................................................................................30 Figura 02: Modelo de Bitar ........................................................................................31 Figura 03: Exemplo de Fluxograma ..........................................................................40 Figura 04: Diagrama de caso de uso ........................................................................49 Figura 05: Representação de uma associação .........................................................49 Figura 06: Representação de um diagrama de seqüência........................................50 Figura 07: Representação dos símbolos do diagrama de atividades ........................50 Figura 08: Ferramenta BizAgi Process Modeler........................................................52
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LISTA DE QUADROS Quadro 01: Objetos de Fluxos...................................................................................44 Quadro 02: Fluxos de Conexão.................................................................................45 Quadro 03: Swimlanes ..............................................................................................46 Quadro 04: Artefatos .................................................................................................47
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RESUMO
Este trabalho tem como objetivo o Mapeamento de Processos que é uma das ferramentas que direcionadas a aprimorar os serviços ofertados através da padronização dos fluxos de trabalho. Existem várias maneiras de se mapear um processo, porém os utilizados para este estudo foram a linguagem UML (Unified Modeling Language) e a Notação para Modelagem de Processos de Negócio (Business Process Modeling Notation – BPMN). Este estudo tem por finalidade relatar a experiência de uma consultora de negócios em padronizar os serviços da recepção de uma Clínica de Odontologia do Planalto Norte de Santa Catarina após a sua ampliação, para tal foram utilizados os modelos acima citados através do software Bizagi. O método utilizado foi estudo de caso que exigiu que se descrevessem os processos realizados atualmente e como poderiam ser os ideais, após realizou-se o mapeamento dos processos e a crítica desses processos e, finalmente, apresentados aos diretores da empresa. Após, democratizaram-se os processos aos envolvidos no setor iniciando-se assim, a utilização prática dos mesmos. Os principais resultados alcançados foram a padronização dos serviços da recepção, a redução do tempo de espera dos clientes, a diminuição dos conflitos, conseqüentemente a satisfação integral da equipe e a agilidade dos atendimentos.
Palavras-chave: Mapeamento de Processos, Clínica Odontológica, Padronização.
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ABSTRACT This work aims to Process Mapping is a tool that aimed to improve the services offered through the standardization of workflows. There are several ways to map a process, but those used for this study were the UML (Unified Modeling Language) and Notation for Modeling Business Processes (Business Process Modeling Notation - BPMN). This study aims to report the experience of a business consultant to standardize the services of the receipt of a Dental Clinic of the Northern Plateau of Santa Catarina after their expansion, for such models were used by the aforementioned software BizAgi. The method used was case study that required to describe the procedures performed today, and how could be the ideal, held after the mapping of critical processes and these processes, and finally presented to the directors of the company. Then, the processes democratized involved in the starting sector thus the practical use thereof. The main results were the standardization of services received, reducing the waiting time for customers, the decrease of conflicts, therefore the complete satisfaction of the team and agility of care. Keywords: Process Mapping, Dental Clinic, Standardization.
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1 INTRODUÇÃO
Atualmente, um dos maiores desafios no meio empresarial é uma gestão que
vise crescimento e que, assim, o execute. Na atual conjuntura do mercado, o
enfoque está nos resultados, tornando ainda mais desafiador administrar.
O ato de administrar uma empresa requer várias tarefas interligadas, um
esforço humano organizado, com um objetivo em comum que deve ser difundido em
todo ambiente empresarial, para que todos os envolvidos possam realizar suas
tarefas com um fim específico e passem a ser colaboradores das metas da empresa.
Toda a empresa constitui-se da união de vários sistemas, entre eles pode-se
citar o produtivo, o de manufatura, vendas, compras, marketing, etc. Verifica-se que
em todo sistema existem considerações das partes envolvidas, que impõem
restrições e sujeições. Estas imposições, restrições ou sujeições, contribuem para a
perda do foco no negócio da empresa ou, no mínimo, inibem nos sistemas,
requisitos de qualidade ou oportunidades de melhoria e desta forma os funcionários
são impedidos de contribuir com todo seu potencial.
Essa situação causa desconforto, gera conflitos e competição entre os
funcionários. Para solucionar esse tipo de problema os gestores muitas vezes
buscam uma nova perspectiva, o auxílio de Auditorias e/ou Consultorias, que muitas
vezes sugerem como primeiro passo o mapa dos processos da empresa, a fim de
formalizá-los de maneira racional.
O Mapeamento dos Processos constitui-se numa ferramenta para um modelo
de gestão formalizado, que busca um melhor desenvolvimento e aproveitamento do
potencial humano, muitas vezes reprimido pelo sistema vigente na empresa, devido
a uma hierarquia inflexível e, em grande parte das vezes, despreparada. Somado a
12
isso, esse modelo pode ajudar as empresas a identificar a seqüência dos seus
procedimentos de uma maneira lógica, a aumentar seu resultado financeiro,
aprimorar a qualidade dos serviços, reduzir custos, eliminar desperdícios, diminuir o
número e intensidade de conflitos e aprimorar a forma de trabalho das pessoas.
O Mapa de Processo é, assim, um importante documento que apresenta uma
visão de todos os processos, seus relacionamentos, papéis e responsabilidades e
fluxo de valor. Este documento se faz muito relevante em todos os setores da
economia e também, na área da saúde, a qual vem sendo obrigada a passar por um
processo de reestruturação, devido a vários fatores como a globalização, assim
como: os avanços tecnológicos, competividade acirrada e principalmente por, muitas
vezes, carecer de atitudes organizacionais que promovam a democratização e seu
crescimento como um sistema.
Na área da saúde muitas Clínicas particulares têm sentido a necessidade de
passarem por esse processo de reestruturação pois a concorrência, a ingerência e a
dificuldade com a qualidade lhes dificultam os resultados positivos. Entre essas
clínicas podem-se citar as de diagnóstico por imagem, as clínicas médicas e as
odontológicas.
Segundo o Dicionário Caldas Aulete (1987, p. 392) Clínica é um
estabelecimento privado, destinado à cirurgia ou ao tratamento de doenças e
Odontologia no seu conceito significa parte da medicina que trata dos dentes.
Portanto, Clínica de Odontologia é um estabelecimento privado destinado à cirurgia
ou tratamento dos dentes.
A principal busca destas clínicas neste processo é a sustentabilidade
financeira e a padronização de seus procedimentos a fim de manter seu padrão de
qualidade.
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A principal razão deste trabalho foi a necessidade de padronização dos
serviços oferecidos em uma Clínica de Odontologia após sua ampliação. Este
processo ocasionou um déficit na qualidade dos serviços prestados, bem como, a
falta de padronização dos procedimentos com a entrada de novos profissionais, o
que se passou a constituir uma dificuldade para a administração. Esse problema se
notabilizou mais aparentemente no setor da recepção, pois numa clínica
odontológica esse setor funciona como o setor comercial, que contata, agenda e
mantém relação constante com o cliente (através de ligações, mensagens virtuais e
contato direto). Portanto se esse setor falha a sensação de perda de qualidade
torna-se mais sensível. Diante desta realidade, buscou-se construir o mapeamento
dos processos e fluxos da recepção, a fim de promover a padronização dos
procedimentos de maneira lógica, anexar elevação da qualidade destes e a repasse
da responsabilização em suas tarefas para cada profissional.
A metodologia para a realização deste trabalho é estudo de caso, com o
objetivo de que descrever os atuais processos de trabalho e as reestruturações para
os ideais. Para tanto foram disponibilizados formulários que objetivavam a
discriminação dos fluxos atuais e os idealizados, objetivando a analise crítica dos
processos atuais. Após, foram analisados os processos atuais e ideais e construídos
os fluxos nos modelos BPMN e UML utilizando-se o software Bizagi, de forma que
se estabelecessem os processos mais lógicos e coerentes, de maneira a que se
evitassem retrabalhos e lentidão no processo.
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1.1 OBJETIVOS
1.1.1 Objetivo geral
Identificar os processos e fluxos de trabalho da recepção de uma Clínica
Odontológica.
1.1.2 Objetivos específicos
- Realizar reuniões com os envolvidos no setor de recepção ao público.
- Descrever os processos existentes.
- Mapear e reorganizar os processos de maneira idealizada.
- Validar os processos descritos com os administradores da clínica.
- Socializar para o grupo os processos mapeados.
1.2 JUSTIFICATIVA
Todo empreendimento que tem seu faturamento aumentado e alcança um
patamar privilegiado no mercado tem a dificuldade de que a qualidade de seus
serviços e produtos não acompanham na mesma proporção. Especificamente no
caso da clinica em questão essa é uma de suas principais dificuldades pois após ter
15
seu faturamento aumentado de forma a possibilitar a transição da informalidade a
formalidade transformando-se em pessoa jurídica, seus procedimentos não foram
padronizados e, conseqüentemente a qualidade de seus serviços viu-se
prejudicada.
Uma das formas de padronizar seus procedimentos seria o de mapear seus
processos, seus procedimentos e após, socializá-los de maneira a que todos
realizem suas atividades de maneira padronizada.
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2 REVISÃO DE LITERATURA
A primeira revolução da saúde foi marcada no final do século XVIII, com o
inicio da revolução industrial e apresentou conseqüências nefastas para a saúde,
como exemplos maciços de desequilíbrio ecológico foram, por exemplo, as grandes
epidemias decorrentes das mudanças sociais e das alterações do sistema de
produção. Grande número de pessoas que migravam e aglomeravam-se nas
grandes cidades, com fracas condições de salubridade e habitabilidade, facilitadoras
da difusão de microorganismos causadores de grande morbilidade e mortalidade,
surgindo à necessidade da adoção de medidas de saúde pública. (ALBUQUERQUE,
OLIVEIR, s/d).
A história da saúde no mundo é, desde os primórdios, uma história de
construções de imposições do homem sobre a natureza, e as funções e a estrutura
do corpo e ainda as relações do corpo-espírito e pessoa-ambiente determinam um
resultado. Estando este resultado nas mãos do homem este se obrigou a se
envolver, investir e voltar-se para essa questão.
Segundo Amoretti (2005, p.12), desde a segunda metade do século 20, a
área da saúde foi palco de transformação com impacto mundial de grandes
proporções, pelas transformações científico-tecnológicas em relação às épocas
anteriores e pelas contradições morais e éticas daí decorrentes.
Com essas transformações, o desenvolvimento científico surgiu como uma
curiosidade e necessidade do homem. Tais medidas foram essenciais para as
mudanças dos padrões de saúde e doença do mundo desenvolvido de então, e
foram suficientes até meados do presente século.
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Conforme McInntyre (1994, p.16), acreditara-se que, com a primeira
revolução da saúde os problemas salutares estariam resolvidos, ou, pelo menos
controlados. No entanto, a partir de meados do século XX, surge uma nova
epidemia, a comportamental.
Devido a este novo cenário, surge a segunda revolução da saúde com uma
mudança de foco a ser trabalhada, ou seja, o foco deixa de ser centralizado na
doença, e se centra na saúde. Mudanças no estilo de vida, adoção de bons hábitos
e a verificação periódica da saúde são comportamentos que transformaram e
marcaram esta fase.
De acordo com Amoretti (2005, p.13) esta transformação impulsionou um
mercado mundial altamente especializado e em diferentes categorias, capaz de girar
um grande volume de dinheiro e de promover lucros significativos, transformando a
saúde numa banca globalizada de negócios multinacionais. Este potente fator
promoveu um processo de enlace de diferentes profissionais, que passaram a ser
parceiros essenciais das emergentes indústrias farmacêuticas, de equipamentos,
materiais e insumos.
Assim, a saúde foi empresarialmente se tornando um negócio e a lógica da
produtividade e do lucro tomou contou da relação profissional-paciente.
2.1 CONCEITO DE GESTAO
De acordo com o dicionário Escolar da Língua Portuguesa (1986, p.532),
apresenta-se o termo gestão como:
1- Todo o ato de gerir;
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2- Gestão é gerência;
3- Gestão é administração.
2.1.1 Gestão em saúde
Segundo o dicionário Caldas Aulete (1987, p.44) administração “é um
conjunto de princípios, normas e funções que tem por fim ordenar a estrutura e o
funcionamento de uma organização (empresa, órgão público, etc.)”.
Já Stoner e Freeman (1999, p. 105) afirmam que “administração é o processo
de planejar, organizar, liderar e controlar os esforços realizados pelos membros da
organização e o uso de todos os outros recursos organizacionais para alcançar os
objetivos estabelecidos”. Verifica-se que o conceito dos autores tem uma visão mais
humanista, pois citam os colaboradores, os membros da empresa.
Pode-se notar que vários são os conceitos encontrados na literatura sobre o
que significa administrar, e alguns são conflitantes, porém para qualquer
organização o que importa é o alcance dos resultados através das pessoas.
As organizações são formadas por pessoas, e por mais tecnologia que se
tenha, são essas que ditam as regras formais e informais, ou seja, são estas que
executam as mudanças nos seus ambientes de trabalho. (ARAÚJO, 2004)
Verifica-se que o autor tem uma visão humanista sobre o tema.
Organização é um sistema de atividades pessoais ou forças conscientemente
coordenadas. (CARAVANTES, 1998)
Para Drucker (1994, p. 183) “organização é um grupo humano, composto por
especialistas que trabalham em conjunto em uma atividade em comum.”
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No meio organizacional o uso do termo administração cedeu lugar ao termo
gestão, isto porque no passado as funções do administrador eram passadas
somente a ele, ou seja, àquela pessoa que cuidava de tudo em nome da
organização.
Hoje, as funções do administrador estão presentes em todas as atribuições
dos gestores e não apenas nas mãos dos chefes administrativos, como se viveu no
passado. São elas: planejar, organizar, liderar e controlar. (ARAÚJO, 2004)
A função planejar significa que se deve pensar antecipadamente em seus
objetivos e ações, que seus atos são baseados em algum método, planos ou lógica
e não em palpites. Os planos dão à organização seus objetivos e rumos, estes
constituem linhas-mestras pelas quais as organizações obtém e aplicam os recursos
necessários ao alcance dos seus objetivos. (STONER e FREEMAN, 1999)
Para Araújo (2004, p. 59) a mesma função constitui-se em definir o futuro da
empresa, principalmente suas metas, como serão alcançadas e quais são seus
propósitos e seus objetivos.
As citações dos autores acima indicam que primeiramente é necessário
estabelecer o ponto de onde se pretende chegar, definir claramente as metas, para
se ir à busca da excelência empresarial.
A responsabilidade de organizar é definida como o processo de arrumar e
alocar o trabalho, a autoridade e o recurso entre os membros de uma organização,
de modo que estes possam alcançar eficientemente os objetivos da mesma.
(STONER E FREEMAN, 1999)
Dentro desta responsabilidade do gestor está a definição das tarefas, ou seja,
o que deve ser feito, por quem deve ser feito, como deve ser feito, a quem a pessoa
deve reportar-se e o que é preciso para realização da tarefa.
20
As colocações dos autores evidenciam que as empresas/organizações devem
organizar-se de forma que as responsabilidades e o nível de autonomia tornem-se
claros a todos os integrantes da empresa.
A terceira função a ser esclarecida é a de liderar, a qual explica que após as
metas estarem traçadas, as responsabilidades definidas, será preciso neste
momento uma competência essencial, a de influenciar pessoas de forma que os
objetivos planejados sejam alcançados. Esta competência abrange motivação,
qualidade e tantos outros meios e modos de orientar pessoas. (ARAÚJO, 2004)
A mesma significa ainda dirigir, influenciar, e motivar os empregados a
realizar tarefas essenciais. (STONNER; FREEMAM, 1999)
Diante das definições de liderar, entende-se a relevância do estabelecimento
de uma esfera adequada e que são os gestores que ajudam os seus funcionários a
darem o melhor de seu empenho.
Estando uma organização devidamente planejada, organizada e liderada, é
preciso que haja a partir daí um acompanhamento das atividades, a fim de se
garantir a execução do planejamento e a correção de possíveis desvios. (ARAÚJO,
2004).
É na aplicabilidade de controlar do gestor, que este deve certificar-se de que
os atos dos membros das organizações levam-na de fato em direção aos objetivos
estabelecidos.
A capacidade de controlar, exercida pelo gestor, envolve três elementos
principais: estabelecer padrões de desempenho; medir o desempenho atual;
comparar este desempenho com os padrões estabelecidos; caso sejam encontrados
desvios, executar ações corretivas. Através da aplicação desta função o gestor
mantém a organização no caminho escolhido.
21
Desta forma, entende-se que todas as funções do gestor são igualmente
importantes e que há uma necessidade de articulação entre estas para que este
possa cumprir com suas responsabilidades.
2.2 CONCEITO DE QUALIDADE
Qualidade, por ser um termo subjetivo, tem vários conceitos, o qual varia
dependendo do ambiente em que esteja inserida, no contexto do Inmetro qualidade
compreende o grau de atendimento (ou conformidade) de um produto, processo,
serviço ou ainda um profissional a requisitos mínimos estabelecidos em normas ou
regulamentos técnicos, ao menor custo possível para a sociedade. (EPSZTEJN,
2011).
Com a citação acima se esclarece que a qualidade é um termo subjetivo e
amplo e que esta inserida em diferentes situações e áreas, pois veículo de qualidade
para uns, pode significar economia, para outros, luxo e conforto (em detrimento da
economia) e para outros, potência e desempenho.
A qualidade é resultante de uma composição de atributos que propiciaram a
satisfação àqueles a quem o produto serve. É satisfazer maior número de desejos
diferenciados, de acordo com o grau de importância dos mesmos, para cada
individuo. (CARAVANTES, 1998)
Na década de 80, a qualidade deixou de estar associada apenas à produção,
produtos ou aplicação de técnicas e passou a designar um novo modelo de gestão
em diferentes áreas, entre elas, a da saúde.
22
2.2.1 Qualidade nos serviços de saúde
Com o término da 2ª Guerra Mundial, muitos eram os problemas enfrentados,
vivia-se a escassez de recursos em meio a muitas necessidades emergentes. As
reorganizações das empresas e das instituições hospitalares se encontravam em
andamento, acompanhados pela avaliação da qualidade nos serviços. (QUINTO,
2000, apud FELDMAN; CUNHA, 2006)
Na busca pela sobrevivência percebe-se que as dificuldades propiciaram
mudanças na história e serviram de impulso para crescimento da humanidade em
vários aspectos, entre eles, a qualidade.
Donabedian também descreve sobre a importância da avaliação da qualidade
na saúde, com o intuito de impedir a incompetência e a exploração dos serviços na
área. (QUINTO, 2000, apud FELDMAN; CUNHA, 2006).
Seguindo estas mesmas idéias, de se avaliar a qualidade dos serviços
prestados na saúde, o Brasil, iniciou as melhorias de qualidade, investindo em
diversos programas como o de acreditação hospitalar, auditorias de prontuários e
contas, reciclagem e cursos fornecidos aos profissionais, investimentos em
tecnologias dos serviços, entre outros. (FELDMAN; CUNHA, 2006).
Esta busca pela qualidade dos serviços de saúde fragmentou mais os
serviços na área, favorecendo tanto o profissional, com mais oportunidades de
atuação, como o cliente, na tentativa de prestar um serviço de melhor qualidade.
A qualidade em saúde adota valores e necessidades focando o cliente, como
segurança, eficiência, eficácia, acesso oportuno e equidade. (INSTITUTE OF
MEDICINE - EUA, 2001)
23
A questão qualidade em saúde sempre se constituiu numa preocupação,
desde a era de Florence Nigthingale, enfermeira precursora da enfermagem.
Décadas se passaram, e a questão se constituiu numa das grandes buscas dos
gestores na área. Os consumidores estão envolvidos e exigentes em relação ao
assunto e os órgãos responsáveis investindo no assunto.
Todo esse contexto gera transformações, transformações estas que se
traduzem no interesse dos clientes em conhecer seus direitos e deveres e na
compreensão de que saúde e qualidade andam juntas, constituindo um direito
básico, e não mais um privilégio. (ROCHA; TREVIZAN, 2009 apud SMELTZER,
1998).
Para se oferecer um serviço de qualidade é preciso manter certo nível de
comprometimento e de esforço por parte dos membros envolvidos, em
principalmente cumprir as metas e os padrões de procedimentos previamente
descritos.
Muitos estudos indicam que vários fatores podem influenciar na presença da
qualidade dos serviços prestados, entre estes esta a motivação. (STONER,
FREEMAN, 1999).
Ainda o autor coloca que motivação são fatores que provocam, canalizam e
sustentam o comportamento de um individuo. Assim, verifica-se que existe uma
estreita relação entre a motivação, qualidade e produtividade do serviço, pois se
entende que a motivação é a resultante da parceria do interesse principal da
organização com os seus empregados e que a qualidade embora seja de
responsabilidade das organizações, é um processo a ser atingido por todos os
envolvidos na questão.
24
2.2.2 Qualidade versus satisfação dos serviços
Verifica-se a necessidade da compreensão da distinção entre qualidade e
satisfação dos serviços e segundo Bateson, pg.363,( 2001) existe diferença entre os
termos de qualidade dos serviços com a satisfação que estes provocam nos
clientes. No que coloca o autor, a satisfação é um tipo de avaliação passageira e
especifica de uma transação enquanto que a qualidade de um serviço é uma atitude
que é formada por uma avaliação global a longo prazo de um determinado
desempenho. As percepções do cliente em relação a qualidade são avaliações a
longo prazo após o fornecimento de um serviço, enquanto que a satisfação traduz-
se como uma reação emocional a curto prazo, relativamente a uma experiência
específica de um serviço prestado. (LOVELOCK, 2001)
Na busca da compreensão do acima citado, verifica-se que a satisfação
antevê a qualidade. A satisfação dos consumidores permite que estes reformulem
constantemente sua percepção de qualidade de serviço. Esta correlação baseia-se
nos seguintes pressupostos:
a) As percepções que os clientes têm da qualidade de serviço de uma empresa com a qual não tem experiência prévia, baseiam-se nas suas expectativas como clientes; b) Os encontros subseqüentes com a empresa fazem o consumidor passar pelo processo de reconfirmacão e reconsiderar ainda mais as percepções da qualidade de serviço; c) Cada encontro adicional com a empresa reconsidera ou reforça as percepções de qualidade de serviço; d) As percepções reconsideradas de qualidade de serviço modificam futuras intenções de compra de um serviço pelo consumidor. (BATESON, 2001)
Existem dois tipos de qualidade de serviços oferecida a um cliente, aquela
apresentada a um cliente numa prestação de serviço considerada normal e aquela
que se gera perante uma situação de problema ou exceção. (BERRY, 1992)
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Acrescenta o autor, que para se alcançar a qualidade de serviço, torna-se
imprescindível conhecer com profundidade os clientes, o que ele deseja e o que ele
espera que lhe seja fornecido. Quando não se compreendem as expectativas do
cliente, dificilmente se atingirá a qualidade de serviço esperado por ele. Assim, deve-
se encontrar uma forma de fornecer um serviço que atinja os objetivos do cliente, ou
seja, que resolva os seus problemas, priorizando os valores de cada um, ou seja,
cada prestação de serviço deve ser individualizada e completamente centrada no
cliente.
Coompreende-se com a colocação do autor, que a qualidade está atrelada ao
que é considerado de valor pelo paciente e, portanto faz-se necessário descobrir e
oferecer-lhe.
Lovelock descreve que existem cinco critérios de julgamento para determinar
a qualidade de um serviço, nomeadamente cita-se:
a) Fiabilidade: demonstra a consistência e a certeza do desempenho de uma empresa. Segundo Bateson “... nada pode ser mais frustrante para os clientes do que prestadores de serviços não confiáveis” Tanto Lovelock como Bateson priorizam a fiabilidade como um dos fatores principais para o sucesso de uma empresa. (BATESON, 2001, pg. 372, LOVELOCK, pg.109, 2001) b) Tangíbilidade: uma vez que na prestação de serviços, não existem produtos físicos, levando os clientes a avaliar os recursos tangíveis que rodeiam os serviços em si como as instalações físicas, o pessoal e o material de comunicação do fornecedor do serviço. Bateson considera que desde a decoração até a apresentação e aparência do quadro de funcionários da prestação de serviços são itens tangíveis apreciados pelo cliente. (BATESON, pg.371, 2001) c) Sensibilidade: capacidade de se fornecer um pronto atendimento. Verifica-se aqui como a receptividade da empresa e dos seus funcionários resolvem os problemas dos seus clientes de forma e em horários oportunos. Este ponto leva a reflexão da empresa quanto a preparação que esta deve ter na prestação de um serviço, desde o seu quadro funcional até os requisitos dos sistemas de bases de dados consistentes. (BATESON, pg. 373, 2001) d) Segurança: que se avalia da conjunção de três fatores, particularmente da competência, da cortesia e da certeza. A competência relaciona-se com o conhecimento e habilidade em prestar um serviço. A cortesia espelha como os funcionários agem perante os seus clientes e a certeza é o que o cliente precisa ter aquando da prestação do serviço. e) Empatia: define a capacidade de uma pessoa vivenciar os sentimentos de outra. Segundo Bateson uma empresa que possui esta dimensão “...nunca perde de vista o que é ser um cliente da sua empresa” (BATESON, pg.374, 2001).
26
Compreende-se, então, que os profissionais devem ter consciência que o
objetivo final de uma prestação de um serviço é a satisfação total do cliente e, que
para isto os profissionais devem estar conscientes de suas responsabilidades e
totalmente envolvidos com esta.
2.2.3 Processos e alguns conceitos da NBR ISO 9000
Verifica-se relevante na apresentação deste estudo, a compreensão de
alguns conceitos que são colocados pelas Normas da Família NBR International
Organization for Standardization (ISO) 9000, em vários itens são abordados
aspectos sobre os processos das empresas. Dentre eles destacam-se:
a) Processo: Conjunto de recursos e atividades inter-relacionados que
transformam insumos (entradas) em produtos (saídas). Nestes recursos podem
incluir pessoal, finanças, instalações, equipamentos, métodos e técnicas.
b) Procedimento: Forma específica de executar uma atividade.
c) Produto: Resultado de atividade ou processos.
d) Sistema da qualidade: Estrutura organizacional, procedimentos, processos
e recursos necessários para programar a gestão da qualidade.
e) Melhoria da qualidade: Ações implementadas em toda organização a fim
de aumentar a eficácia e a eficiência das atividades e dos processos, visando
propiciar benefícios adicionais tanto à organização quanto para seus clientes.
f) Auditoria da qualidade: Exame sistemático e independente para determinar
se as atividades da qualidade e seus resultados estão de acordo com as disposições
27
planejadas, se estas foram implementadas com eficácia e se são adequadas à
consecução dos objetivos. (CAMPOS, 2009)
2.3 CONCEITO DE PROCESSOS
As definições sobre processo são encontradas nas diversas áreas da ciência
e sempre com significados semelhantes, embora se refira e aborde assuntos
diferentes.
Processos são atividades logicamente relacionadas que utilizam recursos dos
negócios, produzem resultados reais, os quais adicionam valor a todas as etapas
envolvidas. (CAMPOS, 2009)
Concorda Gonçalves apud Hammer e Champy (1994), quando descreve
processo como um grupo de atividades realizadas logicamente, com o objetivo de
produzir um bem ou um serviço, para um grupo específico de clientes.
Embora, o termo processo seja encontrado em diferentes áreas e trate de
assuntos muito diferentes, sempre há acepções semelhantes. Pois, diante das
citações acima, entende-se processo como todo e qualquer fluxo de trabalho das
pessoas.
Segundo Campos (2009) os princípios do processo são:
- Todo trabalho é um processo: todo processo é uma série de atividades
repetitivas logicamente organizadas, para a obtenção de um resultado, assim como
todo trabalho possui um método de execução com um fim determinado;
28
- Todos os processos têm características semelhantes: todos os processos
são semelhantes por receberem uma entrada, transformar e agregar valor,
produzindo uma saída como resultado final.
- Todo processo deve ter um proprietário: apenas uma pessoa assume a
responsabilidade de cada processo, mesmo que suas atividades envolvam outros
departamentos da empresa. O proprietário do processo funciona como um líder da
equipe para assegurar que todos, em cada etapa do processo estejam trabalhando
para alcance do sucesso.
Complementando, Gonçalvez (2000, p.71) afirma que não existe um produto
ou um serviço oferecido por uma empresa sem um processo empresarial. Da mesma
forma, não faz sentido existir um processo empresarial que não ofereça um produto
ou um serviço.
Assim, entende-se que processos no ambiente de trabalho é a parte
operacional, ou seja, as responsabilidades de cada funcionário em seu ambiente de
trabalho e que este tem início e final bem determinado.
Gonçalvez (2000, p.72) afirma ainda que “Na concepção mais freqüente,
processo é qualquer atividade ou conjunto de atividades que toma um input,
adiciona valor a ele e fornece um output a um cliente específico”.
Assim pode-se entender que todo processo tem um inicio (input) e um fim
(output) que produz um resultado. Analisando-se essa afirmação conclui-se que
processos que não adicionam valor, devem ser eliminados, pois, assim verifica-se
um desperdício, e assim aprimorar a empresa de maneira a torná-la cada vez mais
racional e racionalizada.
O inicio de um processo pode ser o resultado o fim de um outro processo e o
fim de um pode ser o inicio de um novo processo, assim pode-se entender que os
29
processos podem ser consecutivos, não necessariamente eles são isolados. Como
por exemplo, um processo de compra pode ser seguido pelo processo de entrega de
uma mercadoria, que pode ser seguido pelo processo de produção de um produto
qualquer da empresa.
Correia, Leal e Almeida (2002, p. 57) afirmam que
Sendo os processos e as atividades os consumidores de recursos, é necessário dispor-se de mecanismos que assegurem uma boa gestão dos mesmos. Esses mecanismos devem questionar tais processos e atividades de tal forma a se obter: redução de custos, diminuição do tempo de ciclo, melhoria da qualidade, redução das atividades não agregadoras de valor (setup, movimentação, filas, esperas, retrabalho, etc) e, conseqüentemente, potencialização das agregadoras de valor (tempo de processamento em atividades gargalo), já que segundo Hines & Taylor (2000), num ambiente de manufatura, somente 5% das atividades realmente agregam valor ao produto final.
2.4 GESTÃO DE PROCESSOS EM SAÚDE
As definições do conceito de processos já demonstram que sua compreensão
se faz relevante para se entender a gestão de processos na saúde, o qual sugere-se
como um dos primeiros passos a compreensão do modelo de Fleming.
O modelo de Fleming coloca que os resultados dependem de processos que
inevitavelmente estão relacionados com a estrutura e meio ambiente. A estrutura
segundo o modelo é definida pelos insumos, como área física, recursos materiais,
recursos humanos e instrumentos de gestão, incluindo-se a estrutura organizacional
e os modelos teóricos aplicados na gestão da empresa. (FLEMING, 1981)
A figura a seguir descreve a idéia do autor:
30
Figura 01: Modelo de Fleming Fonte: FLEMING (1981)
Na leitura da figura acima entende-se que tanto a estrutura como meio
ambiente estão relacionadas com o processo e que ambos vão influenciar os
resultados, ou seja, tudo o que for usado num processo influenciará no seu
resultado.
Outro modelo que segue esta linha é o de Bittar, o qual demonstra que
diferentes fatores com suas variáveis interferem nos processos de produção de
serviços, como demonstra a figura a seguir:
31
Figura 02: Modelo de Bitar Fonte: BITTAR
O modelo de Bittar defende a construção de processos planejados,
organizados e coordenados, que sejam elaborados programas e serviços baseados
em necessidades e desejos levantados. (BITTAR, sd)
Na analise da figura compreende-se que o processo pode sofrer vários tipos
de interferências durante a sua aplicabilidade, o que pode vir a comprometer a
qualidade dos serviços.
Na área da saúde os recursos nem sempre abundantes, o controle da
questão custo torna-se imprescindível, para a manutenção da qualidade e para o
cumprimento das atividades, o que confirma a necessidade de avaliação e controle
dos processos, quanto a sua efetividade, eficácia, eficiência, produtividade,
produção e qualidade. A percepção, assim como, a compreensão, as condições de
trabalho e satisfação dos profissionais envolvidos nos processos também deve ser
considerado. (BITTAR, sd)
32
Assim, percebe-se que conhecer as atividades no processo de gestão deve
ser uma preocupação para os tomadores de decisão, pois diante da realidade vivida
pelo mercado a tendência é o enfoque nos resultados das atividades, e como são
afetados pelas interações no ambiente de trabalho e os ambientes interno e externo.
2.5 O PAPEL DA INFORMACAO NOS PROCESSOS
Segundo dicionário Michaelis (2009, p.476), informação é o ato ou efeito de
informar, é a transmissão de comunicação e de notícias.
Entende-se, assim, que a informação consiste em ser uma ferramenta básica
para qualquer empresa que pretenda manter-se competitiva no mercado de trabalho.
Neste caso não poderia ser diferente, já que o mapeamento de processos tem
como fundamento trabalhar informações de tal forma que possam ser interpretadas
e internalizadas pelos seus responsáveis.
Todo o processo deve dispor de entradas (insumos), saídas (resultados),
tempo, espaço, ordenação, objetivos e valores que, interligados logicamente, irão
resultar em uma estrutura para fornecer produtos ou serviços ao cliente, e a sua
compreensão se faz essencial para o sucesso de qualquer negócio. (VILLELA,
2000)
Em análise, uma organização é tão efetiva quanto forem os seus processos,
pois eles são responsáveis pelo que será ofertado ao cliente (JOHANSSON et al.,
1995).
Entende-se então que o produto ou serviço final que chega ao cliente é o
resultado de um mix de fatores.
33
As relações entre informações e processos podem ser analisadas sob os
seguintes aspectos, segundo Davenport (1993):
- como as informações apoiam os processos;
- como as informações podem ser produzidas por processos;
- e como as informações devem ser gerenciadas nos processos.
Segundo as Normas da NBR ISO 9001 devem-se trabalhar as informações de
três maneiras:
- Identificar os requisitos dos clientes: Identificar o que de fato os clientes
esperam é premissa básica para que esses processos atendam suas expectativas.
Entende-se este requisito como relevante para que não se desenvolvam
processos sobre premissas equivocadas.
- Estabelecer medidas de desempenho: A definição de indicadores, como já
ressalta várias literaturas, deve ser considerada para garantir o sucesso da
aplicação do enfoque por processos.
Verifica-se a medição de desempenho dos processos como uma forma de
alocar melhor os recursos e, portanto administra-los de maneira mais coesa e
inteligente e, entende-se que as informações em qualquer setor auxilia na avaliação
e na tomada de decisão dos responsáveis.
- Melhorar o desempenho do processo: A busca pelo aprimoramento e pela
evolução dos processos deve ser constante, alicerçada principalmente nos índices
de satisfação dos usuários. (VALLS, 2004)
Desta forma, a informação pode desempenhar várias funções, uma delas é a
busca da sustentação de tornar os processos mais eficientes e eficazes.
Usar a informação no acompanhamento do desempenho de processos tem
sido uma estratégia bastante utilizada por profissionais como engenheiros e
34
analistas de sistemas que defendem os chamados “ciclos de feedback” nos seus
sistemas de trabalho. Utilizar a informação para avaliação de desempenho também
é bastante útil para especialistas da área de qualidade, que consideram difícil
melhorá-la sem melhorar a qualidade das atividades que compõem um processo
empresarial. (DATZ, MELO, FERNANDES, 2004)
A informação também pode ser utilizada na integração de processos. A
coordenação e integração de atividades e processos têm sido realizadas a partir da
troca rápida e precisa de informações entre os processos, desde a solicitação do
pedido até a entrega do produto (ou serviço) ao cliente final. Vale ressaltar que, não
só informações, mas também recursos humanos voltados à informação podem
exercer um papel integrador dentro e através dos processos (DAVENPORT, 1993).
Compreende-se com as citações dos autores acima a relevância que a
informação exerce na personalização de processos de negócios, pois permite
desenvolver produtos ou serviços de acordo com as necessidades dos clientes.
Essa detém a posse desde informações sobre os clientes, até tecnologias e formas
de pesquisar um diferencial competitivo.
Verifica-se que informações são fundamentais aos processos baseados em
informação. Esses processos têm como principal função produzir informações que
auxiliam a tomada de decisões, ao continuar os outros processos administrativos e
fornecer mecanismos de retroalimentação, necessários à tomada de decisões
futuras, análises de desempenho e à implantação de ações corretivas e, até mesmo,
preventivas. Auxilia, também, as organizações na adoção uma postura pró-ativa
diante de situações inesperadas. A partir de tais processos, qualquer empresa torna-
se capaz de responder a necessidades de mudanças organizacionais, a partir da
35
flexibilidade necessária ao atendimento às requisições de clientes. (DATZ, MELO,
FERNANDES, 2004)
Para tanto, entende-se que para viabilizar tal flexibilidade, é preciso se ter ou
desenvolver conhecimento das atividades que constituem tantos os processos
essenciais da organização como os processos que os apoiam, considerar as
finalidades, pontos de início e fim, entradas, saídas e influências que limitam os
processos. Contudo, faz-se necessário mapear a organização, revisar processos e
(re) modelar aqueles onde sejam identificados com problemas.
Desta forma, o mapeamento de processos tem por objetivo sugerir soluções
para possíveis problemas ou, se necessário, propor a implantação de novos
processos (HUNT, 1996).
2.6 MAPEAMENTO DE PROCESSOS
A incerteza no mercado, a necessidade de flexibilização, a antecipação das
necessidades produtivas, são alguns fatores que surgem no dia-a-dia das empresas
de forma imperativa. Estes fatores diante de uma realidade competitiva de mercado
exigem das empresas uma capacidade especial de se conduzirem em busca dos
seus objetivos e metas. (CAMPOS, 2009)
Entende-se que com um mercado que se mostra cada vez mais competitivo
as empresas devem evitar erros e desperdícios, e que estas ainda devem estar
focadas em modelos que propiciem qualidade e segurança.
Uma das grandes tarefas dos gestores é facilitar o acesso as informações
sobre processo (como um todo) aos seus funcionários, para aproveitar o potencial
36
dos colaboradores e não desperdiçar “tal” potencial. Em ambientes competitivos é
preciso pensar num modelo de gestão que consiga capturar este potencial pensante
e empreendedor de grande parte dos funcionários. O mapeamento de processos é
uma das alternativas possíveis. (CAMPOS, 2009)
É neste contexto de mundo globalizado e competitivo que surge a
necessidade imperativa dos gestores de fazerem uso de novas ferramentas no seu
ambiente de trabalho.
Entre essas ferramentas pode-se citar o mapeamento de processos, que é
uma ferramenta gerencial analítica e de comunicação que tem o objetivo de
melhorar os processos existentes ou de programar uma nova estrutura voltada para
processos. (CORREIA, LEAL, ALMEIDA, 2002)
Ainda, comenta o autor, que o mapeamento de processos tem uma análise
estruturada, que permite a redução de custos no desenvolvimento de produtos e
serviços, a redução nas falhas de integração entre sistemas e melhoria de
desempenho da organização, além de ser uma excelente ferramenta para
possibilitar o melhor entendimento dos processos atuais e eliminar ou simplificar
aqueles que necessitam de mudanças.
Compreende-se com as colocações acima, que o processo mapeado é uma
ferramenta estratégica, que permite encontrar alternativas para melhorar o processo
de trabalho, neste caso o atendimento aos clientes, sobre tudo no que diz respeito
ao seu tempo de espera. Ainda, pode-se entender que o autor prevê mais um
beneficio para a empresa, uma vez que se formalizem seqüências de rotinas.
37
2.7 OBJETIVO DO MAPEAMENTO DE PROCESSOS
Identificar e buscar um melhor entendimento dos processos de negócios
existentes e dos futuros, para melhorar o nível de satisfação do cliente e aumentar o
desempenho do negócio. (BPMN, 2008). Pode-se perceber que a visão do autor é
racional e impessoal,ou seja, visa o alcance de objetivos organizacionais através da
racionalização dos processos, independente dos interesses pessoais.
2.8 TÉCNICAS DE MAPEAMENTO DE PROCESSOS
Com analise da literatura encontram-se algumas técnicas de mapeamento
com diferentes enfoques. A correta compreensão e aplicação destas técnicas é
fundamental no processo de mapeamento. A seguir serão citadas algumas técnicas:
- Fluxograma (Slack, 1997): é uma técnica de mapeamento que permite o
registro de ações de algum tipo e pontos de tomada de decisão que ocorrem no
fluxo real;
- Mapa de processo (Barnes, 1982): técnica para se registrar um processo de
maneira compacta, através de alguns símbolos padronizados;
- Mapofluxograma (Barnes, 1982): representação do fluxograma do processo
em uma planta de edifício ou na própria área em que a atividade se desenvolve;
- Blueprint (Fitzsimmons e Fitzsimmons, 2000): mapa ou fluxograma de todas
as transações integrantes do processo de prestação de serviço;
38
- IDEF3 (Tseng et al, 1999): diagramas que representam a rede de
“comportamentos” do cliente;
- UML (Booch et al, 2000): fluxograma que dá ênfase à atividade que ocorre
ao longo do tempo;
- DFD (Alter, 1999): fluxo de informações entre diferentes processos em um
sistema.
Para o desenvolvimento deste trabalho, usaram-se as duas primeiras técnicas
de mapeamento de processo, que são melhores descritas a seguir.
2.8.1 Fluxograma
O fluxograma é fundamental para a padronização e entendimento do
processo, pois facilita a visualização ou identificação dos produtos produzidos, dos
clientes e fornecedores internos e externos dos processos, das responsabilidades,
funções e pontos críticos. (CAMPOS, 1992)
Entende-se que o fluxograma é um aliado importante para os que pretendem
ter o sistema de trabalho organizado e eficiente.
Nesta fase é muito importante a verificação da multiplicidade de caminhos no
fluxo de trabalho, pois se todo o trabalho não flui exatamente através do mesmo
caminho é importante registrar os pontos no qual ele pode se dividir, igualmente
importante é registrar a porcentagem de trabalho que flui através de cada caminho.
(PINHO et al, 2007)
Ainda acrescenta o autor, fluxograma traça o fluxo de informação, pessoas,
equipamentos, ou várias partes do processo. Estes são traçados com caixas
39
contendo uma breve descrição do processo e com linhas e setas que mostram a
seqüência de atividades. O retângulo é a usual escolha para a caixa do fluxograma,
contudo outras formas geométricas podem diferenciar tipos de atividades, cores e
sombreados e podem também ser utilizados para chamar a atenção em diferentes
atividades, tais como as mais importantes no processo.
Compreende-se que fluxograma representa graficamente de forma detalhada
a seqüência lógica dos processos, permitindo a representação das ações, o que
torna muito relevante a padronização do sistema utilizado, para que o fluxograma
seja de fácil entendimento, mesmo porque este é o objetivo da técnica.
A figura a seguir mostra um exemplo de fluxograma com alguns símbolos
mais comumente utilizados.
40
Figura 03: Exemplo de Fluxograma
2.8.2 Mapa de processo
O mapa de processo é uma técnica que se utiliza para registrar um processo
de maneira compacta, com o intuito de promover a sua melhor compreensão e
posterior melhoria. O mapa representa os diversos passos que ocorrem durante a
execução de uma tarefa específica. (BARNES, 1982)
O diagrama, geralmente tem inicio com a entrada da matéria-prima na
empresa se segue em cada um dos seus passos, até que se torne um produto
acabado ou parte de um subconjunto. Evidentemente, o mapa de processo pode
41
registrar o andamento do processo através de um ou mais departamentos. (PINHO
et al, 2007)
Ainda acrescenta o autor, que o estudo detalhado deste mapa, fornecendo a
representação gráfica de cada passo do processo, certamente indicará melhorias.
Após analise do mapa, é comum concluir que certas operações podem ser
inteiramente, ou em parte, eliminadas. Além disso, operações podem ser
combinadas, soluções mais econômicas podem ser empregadas, o tempo pode ser
otimizado e esperas entre as operações podem ser eliminadas. Somado a isso,
melhoramentos podem ser feitos, contribuindo para a busca da padronização dos
serviços, que é o que se busca alcançar com a presente consultoria para o setor de
recepção da clinica.
O mapa de processo ajuda a demonstrar que efeitos as mudanças, em uma
parte do processo, terão em outras fases ou elementos. Além disso, poderá auxiliar
na descoberta de operações particulares do processo produtivo que devam ser
submetidas a uma analise mais cuidadosa. (PINHO et al, 2007)
2.8.3 Modelos de mapeamento de processos
Depois de serem definidos e compreendidos os conceitos e as técnicas
utilizadas no mapeamento de processos, torna-se relevante estudar o modelo que
será utilizado neste estudo, ou seja, BPMN (Business Process Modeling Notation) e
UML (Unified Modeling Language).
42
2.8.3.1 Modelo BPMN
A BPMN é uma proposta da Business Process Modeling Notation, uma
organização sem fins lucrativos que tem como missão promover e desenvolver o uso
da Gestão de Processos de Negócios através do estabelecimento de padrões para
projeto, distribuição, execução, manutenção e otimização de processos. (OBJECT
MANAGEMENT GROUP et al, 2008; FARIAS, 2009).
Além de modelar os eventos de negócio, este modelo serve para descrever
como a organização se comporta no momento da execução das suas exceções e
suas regras de negócio, possibilitando, caso haja necessidade, tomadas de decisões
rápidas e eficazes. (FERREIRA, 2008)
O objetivo primário deste modelo é fornecer uma notação que fosse
facilmente entendida por todos os usuários de negócios, desde os analistas de
negócio que criam os rascunhos iniciais dos processos, passando pelos
desenvolvedores técnicos responsáveis pela implementação da tecnologia que os
executa até as pessoas pertencentes ao negócio e que irão gerenciar e monitorar
este processo. (FERREIRA, 2008)
Segundo dicionário Escolar da Língua Portuguesa pg.779 (1986) notação é:
1. ato de notar, de representar algo por meio de símbolos ou caracteres;
2. sistema de representação gráfica de elementos de determinado campo de
conhecimento;
3. símbolo ou conjunto de símbolos ou caracteres que é feita essa
representação.
Por possuir uma notação gráfica, entende-se que este modelo contribui para
uma melhor compreensão dos processos de negócios e serviços, e que desta
43
maneira pode colaborar para o processo de avaliação do desempenho e da
colaboração dos departamentos e das transações dos negócios.
Segundo Rochetti, Campos e Carvalho (2010, p.8) a BPMN provê um
conjunto básico de diagramas para representar os processos de negócio de uma
forma simples, mas que ao mesmo tempo são capazes de controlar a complexidade
inerente aos processos de negócio. Este conjunto básico está dividido em quatro
categorias:
- Objetos de Fluxo (Quadro 1)
- Objetos de Conexão (Quadro 2)
- Swimlanes (Quadro 3)
- Artefatos (Quadro 4)
44
ELEMENTO DESCRIÇÃO FIGURA
Evento
Acontecem durante um
processo de negócio,
estes eventos afetam o
fluxo do processo e tem
geralmente uma causa ou
um impacto. São três tipos
de eventos, baseados
sobre quando afetam o
fluxo: inicio, intermediário
e fim respectivamente.
Atividade
Representa um trabalho
executado. Os tipos de
atividades são: Tarefas e
sub-processos. O sub-
processo é distinguido por
uma pequena cruz no
centro inferior da figura.
Gateway
Serve para determinar as
decisões tradicionais e
controlar a divergência e a
convergência da
seqüência de um fluxo.
Quadro 01: Objetos de Fluxos Fonte: Adaptado da BPMI (2004, p. 28-30)
45
ELEMENTO DESCRIÇÃO FIGURA
Fluxo de seqüência
É utilizado para mostrar a
seqüência com que as
atividades ocorrerão no
processo.
Fluxo de mensagem
É utilizado para mostrar o
fluxo das mensagens
entre dois participantes
diferentes que os emitem
e os recebem.
Associação
É usada para associar
dados, textos e outros
artefatos com os objetos
de fluxo. As associações
são usadas para mostrar
as entradas e as saídas
das atividades.
Quadro 02: Fluxos de Conexão Fonte: Adaptado da BPMI (2004, p. 28-30)
46
ELEMENTO DESCRIÇÃO FIGURA
Pool
Um pool representa
um participante em um
processo. Ele atua
como um container
gráfico para dividir um
conjunto de atividades
de outros pools,
geralmente no
contexto de situações
de Business to
Business.
Lane
Uma lane é uma
subdivisão dentro de
um pool usado para
organizar e categorizar
as atividades.
Quadro 03: Swimlanes Fonte: Adaptado da BPMI (2004, p. 28-30)
47
ELEMENTO DESCRIÇÃO FIGURA
Objetos de Dados
O objeto de dado é um
mecanismo para mostrar
como os dados são
requeridos ou produzidos
por atividades. São
conectados às atividades
com as associações.
Grupo
Um grupo é representado
por um retângulo e pode
ser usado para finalidades
de documentação ou de
análise.
Anotações
As anotações são
mecanismos para fornecer
informações adicionais
para o leitor de um
diagrama BPMN.
----------[Comentários
Quadro 04: Artefatos Fonte: Adaptado da BPMI (2004, p. 28-30)
2.8.3.2 Modelo UML
A especificação Unified Modeling Language (UML) foi criada pelo Object
Management Group (OMG) para modelagem de comportamentos e estruturas de
48
dados em sistemas de computadores. Atualmente a especificação vem sendo
utilizada também para a modelagem de processos de negócios.
A literatura, ao defender a aplicação da UML no mapeamento de processos,
destaca entre as suas vantagens:
a) Simplicidade das notações;
b) Padronização encontrada nas aplicações publicadas;
c) Aplicabilidade nos processos reais;
d) Facilidade de adaptação nas diversas situações. (FARIAS, 2009)
A UML (Unified Modeling Language) é uma linguagem padrão para a
elaboração da estrutura de software e pode ser utilizada para a visualização, a
especificação, a construção e a documentação de artefatos que façam uso de
sistemas complexos de software. (PRIEBI, 2008)
Acrescenta o autor, que UML é a padronização de uma linguagem orientada a
objetos que se propõe a modelar qualquer tipo de processo. Atualmente, é a
linguagem padrão para especificar, visualizar, documentar e construir artefatos de
um sistema e pode ser utilizada durante todo o processo de desenvolvimento,
através da utilização ou não de ferramentas.
Dentre os Diagramas disponíveis na UML, o Diagrama de Casos de Uso e o
Diagrama de Atividades são os mais usados para a modelagem dos processos.
O Diagrama de Casos é usado para delimitar o âmbito dos estudos pela
explicitação do rol dos atores envolvidos, dos processos estudados e das relações
existentes entre si com outros sistemas e organizações. (FARIAS, 2009)
Acrescenta o autor, Diagrama de Atividades é essencialmente um fluxograma
porque apresenta a seqüência em que as atividades devem ser executadas. A UML
especifica entre outros o Diagrama de Seqüência, no qual o componente tempo é
49
bem mais modelado no que no Diagrama de Atividades. No entanto o Diagrama de
Seqüência é mais utilizado para modelar o comportamento de sistemas
informatizados, razão pela qual foi criada a UML. Já, o Diagrama de Atividades
representa em nível macro as atividades que compõe processos e os próprios
processos.
As figuras a seguir exemplificam alguns diagramas no modelo da UML:
Figura 04: Diagrama de caso de uso Fonte: MACEDO (2008)
Figura 05: Representação de uma associação Fonte: MACEDO (2008)
50
Figura 06: Representação de um diagrama de seqüência Fonte: MACEDO (2008)
Figura 07: Representação dos símbolos do diagrama de atividades Fonte: MACEDO (2008)
Do modelo UML utilizou-se com mais predomínio no trabalho o Diagrama de
Atividades, por este esboçar as ações e estados de uma atividade em um sistema e
por ter como propósito fundamental o fluxo e atividades, dentro de um período de
tempo.
51
2.8.4 Ferramentas de Mapeamento de Processos
Atualmente, existem no mercado diversos softwares de mapeamento de
processos, e em alguns casos o programa é oferecido de forma gratuita, como forma
de atrair o cliente.
Dentre os softwares disponíveis no mercado está o Bizagi Process Modeler,
considerado uma excelente ferramenta para mapeamento de processos (Reis, 2007)
A seguir destacam-se alguns detalhes sobre esta ferramenta.
2.8.5 Ferramenta BizAgi Process Modeler
A Bizagi é uma companhia européia, fundada em 1989. Possui atualmente
uma forte participação no mercado financeiro latino americano e europeu (BIZAGI,
2009).
Esta ferramenta permite a criação de fluxos de negócio segundo a notação
BPMN e outros diagramas em geral. As relações e os elementos são especificados
por meio de frases de ligação. A interface do programa é semelhante a do Office
2007 da Microsoft, contendo na lateral da tela todas as ferramentas para a criação
de diagramas e fluxogramas (FUHR, 2009)
52
Figura 08: Ferramenta BizAgi Process Modeler Fonte: FÜHR (2009)
53
3 METODOLOGIA
O presente trabalho realiza-se em uma Clínica de Odontologia situada no
Planalto Norte de Santa Catarina e baseado em seus processos atuais
confrontando-se com seus processos ideais. A partir do reconhecimento inicial da
área a ser analisada, através de visitas, observações e conversas com os
funcionários, partiu-se para o mapeamento das atividades.
Para tanto foi elaborado um questionário, anexo 1, que permitiu ao
funcionário da empresa descrever todos os processos da maneira que eles são
realizados atualmente e na segunda coluna da maneira que ele julga ser o ideal.
Porém, pode-se entender que uma vez que esses processos estejam descritos
devem ser submetidos à analise do gestor/decisor da empresa, pode ser que se
gere um terceiro mapa de processos, acordando com a sua visão gerencial.
Taylor (1978, p. 38), já evidenciava a importância do registro dos métodos de
trabalho para que posteriormente fosse disseminada junto aos demais trabalhadores
e servisse de ponto de partida para o contínuo aprimoramento. A partir dessa
afirmação verifica-se mais um relevante aspecto do mapeamento de processos, que
é a sua democratização para que todos os entendam e que todos se sintam
prestigiados tornando-os ainda mais responsáveis pelas possíveis melhorias que
podem vir a ocorrer em seus postos de trabalhos.
Todo o processo de desenvolvimento deste foi dividido em etapas descritas a
seguir:
- Etapa 1: Reunião com os diretores da Clínica de Odontologia e com todo
corpo de funcionários desta, para apresentação da equipe de consultoria, assim
como para divulgação do inicio do processo de trabalho dos consultores.
54
- Etapa 2: Reunião com os funcionários da Clínica para descrição dos seus
atuais processos de trabalho, paralelamente foi solicitado a descrição dos processos
de trabalhos que estes julgassem ser a ideal. Nesta etapa verificou-se uma certa
dificuldade por parte de alguns funcionários em descrever suas funções e
responsabilidades.
- Etapa 3: Análise dos processos descritos pelos consultores, pelos
funcionários e diretores, julgando o mais coerente entre os processos os atuais e os
julgados ideais.
- Etapa 4: Descrição das Atribuições e responsabilidades.
Nesta etapa elaborou-se um plano de atribuições e responsabilidades com o
objetivo de discriminar as funções e as obrigações de cada um dos funcionários da
Clínica.
Para tanto, são discriminados abaixo os cargos com as suas devidas
responsabilidades e, após, as suas atribuições. No entanto fica estipulado que todos
os funcionários envolvidos são responsáveis por zelar pelo bom nome e bom
andamento da clinica de maneira a que todos os esforços se direcionem para torná-
la e mantê-la como a mais prestigiosa e exclusiva da cidade, agindo sempre de
maneira ética e transparente. Contudo, buscou-se direcionar os funcionários a
alcançar a padronização dos procedimentos, bem como esclarecer e facilitar esta
busca para os mesmos.
55
Igualmente, sabe-se que é de responsabilidade dos consultores indicar e
preparar a clinica, caso seja necessário, para futuras situações.
Foram mapeados, ao todo, 4 processos referentes à recepção da empresa,
sendo eles:
1- novos clientes
2- clientes atuais
3- controle de estoque
4- emergências odontológicas
Durante o mapeamento do processo de novos clientes verificou-se a
importância do entrosamento entre o setor comercial (administrativo 2) e a recepção,
o que gerou o método 11, ou seja, ligar 1 dia antes da consulta e, depois, uma hora
antes, para confirmar a presença do cliente. Essa medida reduziu a ausência de
clientes em determinados horários, aumentando, assim o faturamento da empresa.
Importante ressaltar que esse método passou a ser utilizado tanto para novos
clientes como para os já ativos.
O mapeamento do processo dos clientes atuais foi mais rápido e menos
polêmico, pois segundo todos os envolvidos já era um processo consolidado e
racional. Cabe ressaltar aqui, a importância do uso do método 11, como já acima
descrito. Mapear o processo das emergências odontológicas permitiu maior
tranqüilidade aos funcionários da recepção em relação à tomada de decisões.
Já o processo do controle de estoque causou um pouco mais de controvérsia
por envolver mais setores (compras, comercial, financeiro, dentistas e consultoria).
Percebeu-se nesse momento a necessidade de se dissociar as funções do
administrativo, que englobava as funções de compras e financeiro. Importante frisar
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que ambas as funções são realizadas pelo mesmo profissional, mas para melhor
discriminar as atribuições foi necessário definir funções e não cargos.
Diretor técnico – Tem por responsabilidade administrar e decidir pelas
estratégias gerenciais da empresa de modo que a empresa obtenha um bom
funcionamento. Sua função de direção lhe exige liderança, visão de curto, médio e
longo prazo e comportamento ético de maneira a servir de exemplo aos demais
funcionários da empresa. Suas principais atribuições são:
• Contratar e demitir
• Representar a empresa, ativa e passivamente, judicial e extra judicialmente
• Propor as estratégias de curto, médio e longo prazo da empresa
• Delegar poderes
• Assinar documentos da empresa
• Deliberar e garantir a execução das ações
Administrador 1 – Tem por responsabilidade principal o correto andamento
da empresa e a supervisão dos trabalhos dos demais funcionários. Sua função de
gerencia lhe exige liderança e comportamento ético de maneira a servir de exemplo
aos demais funcionários da empresa. Suas principais atribuições são:
• Realizar cobranças
• Realizar lançamentos de contas a pagar
• Providenciar as compras
- Limpeza
- Material de consumo
• Digitar diagnóstico
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• Organizar orçamentos de tratamentos e requisitar assinaturas de aceite
• Realizar cobrança ativa
• Atender
• Organizar folha de pagamento de salários
• Realizar pagamento de salários
• Organizar agenda Joinville
• Auxiliar em questões de cunho pessoal da Direção
• Zelar pela paramentaria e estrutura física, sua organização e asseio.
Administrador 2 - Tem por responsabilidade os controles gerenciais da
empresa, objetivando munir os gestores de informações e índices estatísticos
relevantes à tomada de decisão administrativa. Suas principais atribuições são:
• Seguir as orientações do Administrador 1 e da Diretoria técnica
• Controlar finanças
- contas a pagar,
- contas a receber,
- movimento diário eletrônico (copiar do caderno)
• Controlar de pastas
- organização
- controle financeiro
- asseio
• Controlar de Relógio Ponto
- horas extras,
- ponto
• Realizar compras
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• Providenciar e idealizar alterações de site
• Zelar pela paramentaria e estrutura física, sua organização e asseio.
Administrador 3 – Tem por responsabilidade manter presença na recepção e
atendimento aos clientes no período noturno. Suas principais atribuições são:
• Seguir as orientações do Administrador 1 e da Diretoria técnica
• Organizar Agenda noturna
- confirmar horários
- separar pastas
- agendar horários
• Realizar serviços de recepção noturna
- organizar ambiente
- receber clientes e deixa-los confortáveis
• Checar pastas para
- estudos
- panorâmicas
- diagnósticos
- modelos
• Asseio dos consultórios
- listas
- pastas
• Fechar clínica e todos as atividades relativas através de Check list
• Auxiliar na realização do controle financeiro
- recebimento
- emissão de recibos
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• Auxiliar dentistas no preenchimento de prescrições de medicamentos e
solicitação de exames.
• Zelar pela paramentaria e estrutura física, sua organização e asseio.
Recepção / Atendimento - Tem por responsabilidade zelar pelos serviços de
agendamento e pelo asseio e organização da recepção. Suas principais atribuições
são:
• Seguir as orientações do Administrador 1 e da Diretoria técnica
• Controlar visita, reagendamentos e datas
• Controlar estoque
• Agendar clientes1
• Confirmar com cliente uma hora de antecedência da consulta, por telefone
• Manter a agenda informada em todos os seus campos: (consultório,
paciente, dentista, telefone e procedimento)
• Receber clientes e deixá-los confortáveis
• Zelar pela paramentaria e estrutura física, sua organização e asseio.
Auxiliar 1 - Auxiliar os dentistas nos atendimentos e pelo Laboratório de
esterilização. Suas principais atribuições são:
• Seguir as orientações dos dentistas e da Diretoria técnica
• Auxiliar a responsável pela limpeza geral na limpeza dos consultórios na
parte da manhã
• Confirmar os primeiros pacientes do dia até às 09h00min
1 Questionar Auxiliar 2 antes de agendar clientes de implante.
60
• Montar campos (organizar os materiais que serão utilizados nos
procedimentos odontológicos de cada paciente)
• Remoção e limpeza dos campos
• Zelar pela paramentaria, equipamento, material e estrutura física, em sua
organização e asseio.
Auxiliar 2 – Responsável por auxiliar os dentistas nos atendimentos e pelas
atividades do laboratório. Suas principais atribuições são:
• Seguir as orientações dos dentistas e da Diretoria técnica
• Confeccionar aparelhos ortodônticos
• Montar casos clínicos
• Realizar procedimentos de moldagem para laboratórios
• Organizar procedimentos de cirurgias de implante e providenciar:
- cicatrizadores
- peças para confecção de provisório sob implante
- moldagem para coroa de porcelana
• Atender pacientes de ortodontia
• Zelar pelo asseio e organização do laboratório
• Zelar pela paramentaria, equipamento e estrutura física, em sua
organização e asseio.
Auxiliar 3 – Responsável por auxiliar os dentistas nos atendimentos e pela
agenda em momentos de falta de um profissional contratado. Suas principais
atribuições são:
• Seguir as orientações dos dentistas e da Diretoria técnica
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• Instalar aparelhos ortodônticos fixos
• Realizar manutenção de aparelhos ortodônticos fixos
• Auxiliar dentistas
- organizar campos
- organizar bandeja
- auxiliar em procedimentos odontológicos
• Organizar consultórios
- realizar higienização de pisos, mesas, paredes, janelas, cadeiras
odontológicas e gavetas.
• Zelar pela paramentaria, equipamento e estrutura física, em sua
organização e asseio.
Dentista 1 – É responsável pelos serviços de odontologia e por atuar de
maneira didática e ética perante o cliente e os funcionários. Suas principais
atribuições são:
• Seguir as orientações da Diretoria técnica
• Montar casos clínicos
• Manter seu registro do CRO atualizado
• Realizar serviços de:
- Periodontia
- Ortodontia
- Ortodontia infantil
- Estética dentística
- Clínica Geral (restaurações, limpezas e exames clínicos)
- Manutenções
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- Próteses
• Zelar pela paramentaria, equipamento e estrutura física, em sua
organização e asseio.
Dentista 2 – É responsável pelos serviços de odontologia e por atuar de
maneira didática e ética perante o cliente e os funcionários. Suas principais
atribuições são:
• Seguir as orientações da Diretoria técnica
• Manter seu registro do CRO atualizado
• Realizar serviços de:
- Odontopediatria
- Clínica Geral (restaurações, limpezas e exames clínicos)
• Zelar pela paramentaria, equipamento e estrutura física, sua organização e
asseio.
Dentista 3 – É responsável pelos serviços de odontologia e por atuar de
maneira didática e ética perante o cliente e os funcionários. Suas principais
atribuições são:
• Seguir as orientações da Diretoria técnica
• Manter seu registro do CRO atualizado
• Realizar serviços de:
- Implantes
- Exodontia
- Endodontia
- Clínica Geral (restaurações, limpezas e exames clínicos)
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• Zelar pela paramentaria, equipamento e estrutura física, em sua
organização e asseio.
Dentista 4 – É responsável pelos serviços de odontologia e por atuar de
maneira didática e ética perante o cliente e os funcionários. Suas principais
atribuições são:
• Seguir as orientações da Diretoria técnica
• Manter seu registro do CRO atualizado
• Realizar serviços de:
- Endodontia
- Clínica Geral (restaurações, limpezas e exames clínicos)
• Zelar pela paramentaria, equipamento e estrutura física, em sua
organização e asseio.
Serviços gerais 1 – Responsável pela limpeza e asseio geral da Clínica.
Suas principais atribuições são:
• Seguir as orientações da Diretoria técnica.
• Higienizar a estrutura física: Consultórios, escritórios, Recepção (vidros,
chão), Jardins, das calçadas e tapetes.
• Regar plantas.
• Higienizar os uniformes dos dentistas e auxiliares (remover manchas de
sangue, lavar passar, disponibilizar nos respectivos lugares para uso) e materiais
utilizados com os pacientes (toalhas).
• Retirar a água do compressor na parte da manhã.
• Fazer chá, shake e frutas
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• Higienizar as geladeiras:
- café
- cozinha
- estoque
- sala Diretoria
- corredor
• Montar, limpar e suprir a máquina de café
• Zelar pela paramentaria, equipamento e estrutura física, sua organização e
asseio.
- Etapa 5: DESCRIÇÃO DA EMPRESA
Após 26 anos de clínica odontológica individuali, e baseada na teoria do
Oceano Azul, de W. Chan Kim e Renée Mauborgne que preconiza principalmente a
idéia de que as empresas devem se direcionar a “locais” inexplorados do mercado,
baseado principalmente na inovação e na satisfação do cliente, inaugurou-se a
Clínica Santa Catarina em 18/01/2011, em Canoinhas, estado de Santa Catarina, à
rua Barão do Rio Branco, 878 e idealizada utilizando-se dos equipamentos e da
estrutura física mais atualizados do mercado.
Contando com estrutura temática, contando com diversos artifícios que
arremetem ao mar, 5 consultórios, todos eles com nomes de seres marinhos
(Albatroz, Merlin Azul, Golfinho, Estrela do Mar e um de Pronto Atendimento), uma
sala de espera, uma sala de café (que contempla uma máquina de café, água
quente, água fria e uma geladeira que disponibiliza suco à vontade), uma sala de
repouso (que conta com um divã e aparelhagem de massagem), um jardim de
65
inverno e um laboratório de esterilização, o que permite um controle da
contaminação cruzada e um sistema de assepsia. Todos os ambientes da clínica
contam com ar condicionado, internet wireless (Wi-Fi), aromatizadores automáticos,
além de um gerador que oferece aos clientes a comodidade de, caso haja uma
queda do fornecimento da energia elétrica, automaticamente o gerador o substitui,
não gerando, assim transtornos.
A clínica atua com 11 funcionários e 4 dentistas nas seguintes
especialidades:
• Periodontia
• Ortodontia
• Dentística
• Endodontia
• Implante
• Próteses
• Buco-maxila
• Odontopediatria
• Ortopedia funcional dos maxilares
• Reabilitação neuro oclusal
A clínica atua através dos seguintes princípios:
1 - Missão
Identificar, selecionar e organizar continuamente as melhores práticas da
odontologia mundial, disseminá-las e executá-las, contribuindo, assim, para a
obtenção da saúde bucal de todos os clientes.
66
2 - Visão
Ser a clínica de referencia odontológica da região do Planalto Norte
Catarinense.
3 - Valores
Transparência, inovação, ética e busca da melhoria contínua.
- Etapa 6: Mapeamento dos processos ideais e construção dos fluxos.
- Etapa 7: Apresentação dos processos ideais e fluxos aos diretores para
validação.
- Etapa 8: Socialização dos processos mapeados com toda equipe da Clínica
e entrega do relatório final.
3.1 Conclusões e contribuições
A necessidade de mapeamento dos processos surgiu com a ampliação e
crescimento da Clínica, resultando na falta de padronização dos serviços oferecidos
pelo setor de recepção da mesma, gerando assim uma insatisfação e
desestruturação da equipe e conseqüentemente uma queda na qualidade dos
serviços prestados ao cliente.
O processo de mapeamento foi consolidado através da visualização de todo o
processo de trabalho desenvolvido pelo referido setor, possibilitando uma
representação padronizada das informações, bem como a exploração dos seus
pontos fortes e o ajuste dos seus pontos fracos.
67
Através do Mapeamento dos Processos foi possível gerar uma documentação
de análise de estruturação de atividades, uma uniformização do entendimento dos
negócios da clínica entre todos os envolvidos neste processo, possibilitando assim,
um maior controle da administração em suas tomadas de decisões.
Em muitos momentos, no inicio dos trabalhos verificou-se que haviam
conflitos por não se saber quem deveria exercer uma ou outra atividade, para tanto,
o manual de atribuições auxiliou na estipulação dos limites das tarefas realizadas
por cada um na empresa e, ainda, na definição de suas responsabilidades.
Este estudo contribui tanto para validar os resultados obtidos com o
mapeamento dos processos, como para gerar uma base de conhecimento dos
processos de negócio e de serviços utilizados pela clinica.
Dentre os resultados obtidos podem-se descrever que houve, através da
padronização dos processos e da redistribuição racional das atividades, realmente,
uma redução nos índices de conflitos internos.
Um dos principais aprendizados que se pôde obter através deste trabalho foi
a da importância da formalização dos processos, através de seu mapeamento, pois
em vários momentos pôde-se perceber que os profissionais da clínica eram
competentes e empenhados, porém, por deficiência da própria empresa, não se
sabia até que etapa da tarefa cada um dos profissionais poderia atuar. Outro
aprendizado foi a percepção de que alguns processos estavam sendo realizados de
maneira equivocada, alguns inclusive ferindo normas internas de conduta e a
formalização dos processos veio a resolver essas discrepâncias.
Importante não considerar como finalizado o estudo da clinica pela sua busca
da qualidade no atendimento, vários outros trabalhos devem ser realizados entre
eles pode-se citar o acompanhamento da satisfação do cliente, estudo do ambiente
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organizacional, implantação de controles estatísticos e estabelecimento de metas de
desempenho para todos os envolvidos pela empresa.
Assim, conclui-se com o estudo que a busca pela excelência e qualidade
muitas vezes é penosa, o que torna necessário um auxilio, auxilio este que pode-se
prestar através de consultorias, pois um dos maiores objetivos desta é apontar
caminhos.
69
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74
ANEXOS
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Anexo 1
Processo: produção Setor:
Data: Prioridade: ( ) 1 ( ) 2 ( ) 3
(1) envolve cliente externo
(2) envolve somente cliente externo e interno
(3) envolve cliente interno
Atual
(1)
(2)
(3)
(4)
(5)
(6)
(7)
(8)
Ideal
(1)
(2)
(3)
(4)
(5)
(6)
(7)
(8)
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Anexo 2
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