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UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA ELiANA CRISTINA MANSANO o DESENHO INFANTIL: A INTERFERENCIA DO PROFESSOR NAS PRODW;:OES INFANTIS CURITIBA 2004

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UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA

ELiANA CRISTINA MANSANO

o DESENHO INFANTIL: A INTERFERENCIA DO PROFESSORNAS PRODW;:OES INFANTIS

CURITIBA2004

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ELiANA CRISTINA MANSANO

o DESENHO INFANTIL: A INTERFERENCIA DO PROFESSORNAS PRODUC;OES INFANTIS

Trabalho de conclusao de curso,para fins de obtenc;ao do grau delicenciado no curso de Pedagogia daFaculdade de ciencias Humanas,Letras e Artes da Universidade Tuiutido Parana.

Professora Orienladora:Medeiros Machado

Marcia

CURITIBA2004

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FACULDADE DE CrENCIAS HUMANAS, LETRAS E ARTESCURSO DE PEDAGOGIA

TERMO DE APROVACAO

NOME DOALUNO: Elc",,.oA C""':,-h',,,_ /--V',-l"\M-:>O

TiTULO: \.0 I)e"<:""~ \ ,..;F.A{,H-,L : .I" I....l-K.-<.->=-c= ~ rJ".A .vo

\"0--0""' •.="" ;-:>~S f',-or,-v...vo~ JNF,.:-J.t-,S,

TRABALHO DE CONCLUSAO DE CURSO APROVADO COMO REQUISITO PARCIAL

PARA A OBTEN<;'.AO DO GRAU DE UCENCIADO EM PEDAGOGlA. CURSO DE

PEDAGOGIA DA FACULDADE DE CI~NCIAS HUMANAS. LETRAS E ARTES. DA

UNIVERSlDADE TUIUTI DO PARANA..

MEMBROS DA COMISSAO AVALIADORA:

l\1IBRO DA DANCA

DATA:.:l,") /2J.; 0'1

l\tEOIA: ~ ~

CURITIBA - PR2004

c..."'."'II&1!;1\Jl.~!«;,,:~~.ti""l,jfi ••~"I.'"t.,')8.~"..tJI""i.·CE""'''OI0-»0.F'''''i.l)l)17l'QlIF"':(oI'IJlI1/'J'!c.."'P'.lIa •••••ri;RIa ei ••••.••J.Umo~ ••••••.HIII'.QI'.~· eu..:1 ••,;. GEPL:SIs-tlO· Fo-n~''~1)'" OHI I ~_: (~1)"" 01~~C_.CIlamr.,...ac;A •••u--.a..n~t.~·I.IMIh·CEPUi"O':iO.r.nI"'ll)n'1.OIF_C'I)')11'11OC_pw~~wt<:"""J""Ni<w.,17t·~~'·CE"'ll'OO..)O'l·F_(',)nl5.S4~lf-='I'IJ71~c-f",MFWlkAllae..,._Hiqlq •••••.I.·~·C£,._lo-ao·F_:((1)m.i)4/F_I'11m4Uolc'"""' •••kMftef: ••••••••~M.I--......c-u..!Q· ••••••••·CE ••u,~:1O·r=-:(41)UllIl1/F_(41)UlI'11g.,~.T=a~!J~F,.'--111O.JD<ifIMkt,!R_.CE ••1011~.F_:'~I)t'\.1].4:',4IFIIIC14')m)4N

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RESUMO

A presente monografia, abarda urn estudo relacionado a importa.ncia do desenhoinfantil e as interferencias que acorrern neste processo. A importAncia da atuayaoconsciente do professor e suas contribuiyees para 0 desenvolvimento global dacrian9a, principal mente 0 que se refere ao desenho infantil, par vezes esquecidoem sala de aula ou utilizado como merc recurso para distrair as crianc;as. Justifica-se, que 0 desenho tern um papel fundamental no desenvolvimento da crianya, selevado oj serio na educa9aO,pois cada crian9a na sua individualidade podeexpressar sua criatividade se for actequadamente estimulada. Focalizando 0

aspecto da evolu/y:'o do desenho infantil, nao apenas de ordem maturacional, mastambem frutos de experi~ncias culturais. Propoe-se que a os professores deEduca9aO infantil, repensern suas atitudes diante do desenho infantil e acapacidade criadora de seus alunos.

Palavras - Chaves: Oesenho, processo criador, edUC31):30 infantil

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SUMARIO

INTRODl!(AO ..................................•..... .11

l' DI~:--ENllll NA 1'~lk.MAt.,~Arl r" I rrlOlylm!,) 3

\!r! F I:' DI~SENl-lp -Of FIN It ")~ 6

3. 0 DES[NHO i\ LONGO DA HISTORIA It

-to 0 DESENIIO INFANTIL E SUAS l'oMNISFESTA\-'OES 12

-1,1A £1" LU('foOODESENJlOINFAN1"JL ...

-/.2 FISES DO 1)f..W.NHO INF ,Nnl..."

.................................. 17

5.0 PltOCESSO RIATIVO E;-\ INTERFEIC.~NClA DO 1'1( F~S. Olt " 2..\

6. PItQFESS It E ALUNO: CAMINI-JAN LA' A LAOO 30

- PFSl}L!I$,\ DE ('.'~llr() 35

~.I IN.tiTRIIMCNTO DE. COLETA DF. D,IfX)5i ... .. 15

-.: flfl{LfC [(}l'1)SU.WtJSE.·,YiLJ."£1'1Rt'l IL J:'\

:-.3. ANA USE vER~/ •................................................................................................................... AO

CONCLUS.\O ...•......•..•......•..•......•.....•..•........•..• ..\1

I(EFEI{ENCIAS IUULlOGR'\FICA~ .••••••••• . .•...•.••.••..•..•........•..•..•... .4..\

ANEX():-o..•. .. .• ..\5

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LlSTA DE FIGURAS

FIGURA 1 - LEONARDO 1ANO E 10 MESES. . 19

FIGURA 2 - BEATRIZ (2 ANOS E6 MESES) 19

FIGURA 3 - VICTOR (JANOS E 7 MESES)... . 20

FIGURA 4 - DJEINNY (4 ANOS)... . 20

FIGURA 5 - ERIK (4 ANOS E 2 MESES). 21

FIGURA 6 - MATHEUS (4 AN OS E 10 MESES)... . 21

FIGURA 7 - FLAVIA (5 ANOS E 4 MESES). . 22

FIGURA 6 - GIOVANNA (5 AN OS E 6 MESES)... . . 22

FIGURA 9 _ MARINA (6 ANOS) 23

FIGURA 10 - GABRIELA (6 ANOS E 4 MESES).. . 23

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INTRODUCAO

"0 desenho e a manifesta9a:o de urna necessidade vital da crianya: agir

sobre 0 mundo que a cerca; intercambiar, comunica(. (DERDIK,1989, p.S1).

Partindo-se da hip6tese de que e grande a responsabilidade do prolessor

na constru<;ao de um ambiente favoravel ao desenvolvimento do desenho infantil.

Como esse profissional pode interferir nos desenhos de seus alunos, de certa

forma sem perceber se e prejudicial ou naD, arriscando a limitac;ao da expressao

criativa de cad a individuo.

Precisamos repensar as expectativas que temes sobre desenho da

criany8, assim como a dialogo que estabelecemos com ela a respeito da sua

produc;ao gralica.

Percebe-se tambem, que 0 olhar que a professor dirige a produC;8o da

crian9a ap6ia-se nas conceP96es que ele tern sobre 0 desenho enquanto

linguagem, ideias e experi~ncias que ao longo da sua hist6ria foram constituldas.

Todo esse conhecimento traduz~se em expectativas com a produ9aO infantil, que

podem definir em algumas situa90es de conversas do professor com a crian98

sobre seus desenhos, intera9ao que pode ser marcada pelo incentivo, pela

advertencia ou pela indileren<;a.

Metodologicamente, 0 estudo e realizado mediante revisao de literatura,

trabalhando-se com as obras mais relevantes sabre 0 tema proposto, a tim de

enriquecer a proposta e comprovar a que acontece no cotidiano de profissionais

da Educac;ao Inlentil.

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A pesquisa tem como objetivo promover 0 enriquecimento no trabalho a

respeito das interferencias dos professores, na qU8sta.O de encorajamento e

perceber como esta 0 conhecimento sobre 0 desenho infantil e suas

manifestacOes.

Na.o se pretende esgotar 0 assunto, uma vez que este trabalho servira

material para desenvolver pesquisas de campo com enfoques diferentes dessa

proposta. 0 desellho infantil abre urn leque de oportunidades para desenvolver

tais pesquisas. Esta proposta tambem podera auxiliar aquetes que reahnente se

interessam em Arte na Educa«ao Infantil. pela forma de expressao de cada

crianca e os que quiserem auxilia-Ias nas etapas do desenvolvimento.

o presellte trabalho esta subdivido em: capitulo 1, que diz respeito ao

Desenho na Formacao do Individuo; 0 capitulo 2, contem algumas definic;.6es

sobre os term os Desenho e Arie; 0 capitulo 3, relata sobre 0 desenho ao longa da

hist6ria; capitulo 4, apresenta as manifestac;Oes do desenho infantil, as fases do

desenho infantil e alguns desenhos de crian,as de 2 a 6 anos; 0 capitulo 5, aborda

o tema proposta sobre a interfer{!ncia do professor nos desenhos infantis; 0

capitulo 6, consta sobre 0 processo criador da crian9a e como 0 professor podera

encaminhar suas atividades; 0 capitulo 7, encontra-se a pesquisa de campo

realizada na Escola de Educayao Infantil P.O. pesquisa realizadas com as

professoras que atuam no Maternal II a Jardim III, contem a tabula<;ao dos dados

e analise geral. Par fim, temos a conclusao do trabalho.

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1. 0 DESENHO NA FORMAVAO DO INDIViDUO

A todo instante estamos recebendo varias estimulos, sejam eles visuais

sensoria is, auditivos au olfativDs. Tudo nos remete a uma grande sele~o e

conhecimento do que achamos interessantes para a nossa vida e usamos estes

conhecimentos todos as dias.

Assim a crianC;:8 tambern percebe e reconhece esse meio tao rico em

estlmulos, desde a manipula~ao dos objetos a ela entregue desde bebe ate

mesmo a voz dos seus familiares, e as mais variados que podem vir a conhecer e

as reconhec~-Ios rnais tarde.

Podemos citar 0 exemplo de crianc;:as urban as e rurais. que alem de

receberem as diferentes tipos de meios visuais, sensoria is, auditivos podem

desenvolver dependendo do lugar cnde moram em maior grau do que a Dutra as

estill1ulos que estao a sua volta.

A crianc;:a que vive nas grandes cidades esta cercada de varios meios

visuais, sendo eles as revistas, outdoors, computactores e outros meios eletr6nicos

que Ihe proparcionam imagens prontas e com grande rapidez que chega em sua

casa, estimulos estes altamente caloridas, mec~nicos e corn apelos de consumo

que a sociedade prega, tambem acostumadas ao grande movimento e poluic;:ao

dos carras, aprendem a manipular bern todo esse arsenal que esta em cantata

diariamente.

Ja a crianc;:a que nasce no meio rural, esta ligada ao meio mais perceptivel,

relacionada as sensac;:oes e aos cheires existentes no campo. A sensa<;ao da

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pelagem dos animais, a textura das plantas, 0 cheiro caracteristico da regiao. Seu

entendimento ern rela<;ao as plantas e animais se torna diferente da crianya da

cidade, pelo conhecimento e vivencia que possui onde vive, 0 real e sentido e

vivido de maneira rotineira.

o meio que a crian<;a esta inserida favorece varios aspectos, ela se

desenvolve atraves dos estimulos que Ihe sao oferecidos. Mesmo que lugares

diferentes produzam estfmulos variados. todas podern desenvolver a percepgao.

observa<;ao de acordo com 0 que the e sao proporcionadas .

... 0 cre~cimento mental depende das rela¢les rie«s e variadas entre iii criiln¥il e 0 meio;

tal re!ayao e 0 ingredienle basico de qualquer experi~ncia de criar;Ao

artlstica.(LOWENFELD e BRITTAIN. 1977 p."17)

Todas as vivencias e sensa goes experiment ad as pelo seu contato e

observagOes ern suas interagOes com 0 meio serao expressadas no momento em

que a crianga desenha. Quanto mais vivencia de estimulos mais detalhes sao

demonstrados em suas produyoos, a crian98 que esta presente em diversos

ambientes se torna mais sensivel ao perceber 0 que esta a sua volta e demosntra

isso em sua rotina e atividades de maneira geral.

o desenho pode acontecer ao longo da vida de cad a individuo, ocorre com

mais freqQ~ncia na infancia, pois depois se torna esquecido, tanto pela escola que

prioriza as atividades que envolvem a escrita, esquecem que 0 desenho tambem

representa uma forma de comunicat;ao e expressao, assim 0 ate de desenhar

adormece na fase adulta.

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o desenho tambem e aprimarada como autra atividade que demanstre

habilidade, camo por exempla: tacar um instrumenta, falar uma lingua estrangeira

entre outros. Mas infelizmente 0 desenho nao tem lugar de prestigio na vida das

pessaas.

Ao falar de desenho em todas as suas manifestagOes, podemos falar que

nos deparamos com sua fun~ao, mas nao nos damas canta da sua impart~ncia. A

arquitetura de casas, predias, construc;Oes de shoppings, lojas ou ate mesmo 0

projeto (design) de abjetos que usamas diariamente como: cadeiras, mesas,

m6veis e autros. Todos foram criados atraves de urn desenho tecnico que exige

na minima de um esbo~a para que seja construido. As imagens de que estamos

habituados aver ao nossa red or, nas revistas, ilustra~Oes de livros ou ate mesmo

a inspira9Bo de um artista nas paredes e quadros que fazem parte do nosso

cotidiano. Assim em alguns momentos 0 desenho da crian~ tambem passa

despercebido na vida escolar au social.

Alem de toda uma significayao hist6rica ao longo da evoluyao do homem, 0

desenho rnanifesta muito mais que tra9Qs sabre a papel, e a manifestagao de

expressOes e significados desenvolvidos culturalmente atraves da vivencia de

cada individuo.

Para ampliar a campreensao sobre os termos utilizados, veremos a seguir

algumas defini~Oes sobre gArte" e "Desenho".

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2. ARTE E DESENHO -DEFINICOES

Arte' [Do lat. arte.] S. f.

"Atividade que sup6e a crisyao de sen5CIy6es ou de estados de esplrito de carater estetico,carregados de \liv~ncia pe5-5Oa1 e profunda, podendo suscitar em outrem 0 desejo deprolongamento ou renovayao: urna obra de arte; as artes visuals; arte religiosa; artepopular; a arte dOl poesia; a arte musical.w

•A capacidade eriadora do artista de expressar ou transmitir tais sensa/yOes ousentimentos: A arte do Aleijadinho e considerada a maior manifesta~o do barmeobrasileiro. ~"Restr. As artes plasticas: critica de arte; mercado de arte; urna hist6ria da arte."uO conjunlo das obras de arte de urna epoCM, de urn pals, de urna escola: a afte pre·hist6rica; a arte moderna: a arte italiana; a arle impressionista."

Desenho' : [Dev. de desenhar.]S. m.

"Representayao de formas sobre urna superffcie, por meio de linhas, ponto! e manchas,com objetivo lOdico, artrstico, cientffico, ou tecnico: urn desenho de crianya; 0 desenho deuma pai!agern; um desenho de anatomia; 0 desenho de urn motor"

UA arte e a lecnlca de representar, com lapis, pincel, pena, etc., urn lema real ouimaginario, expressando a fonna e ger. abandonando a cor: 0 desenho de urn modelo vivo;o desenho abstrato. [0 desenho tende a represent-ar 0 lema racionalmente, configurandoou sugerindo seU! limite!, enquanto a cor tende a tran!mltir val ores de ordem emotiva.]"

"Toda obra de arte executada segundo as condiyOes selma descrltas: urn desenho dePortinari; urn desenho expressionisla."

MAdisciplina relaliva a arte e a tecnica do desenho (1 e 2): uma aula de desenho."

"Versao preparat6ria de urn desenho artlstico ou de urn quadro; esb~, estudo: OsdesenhO$ de Leonardo da Vinci revelam a riqueza de seu g!nio criador."

"Tr~do, risco, projeto, plano: 0 desenho da igreja de S. Francisco de Ouro Preto e obrado Aleijadinho. M

As defini90es de arie que sao apresentadas no livro Para Filosofar3:

...Toda a defini9ao de arte esta, pois, ligada ao tempo vivido por determinado homem,herdeiro e criador de cultura ... (1997 p. 199)

...Arte e tudo 0 que dela fol dito: beleza, verdade, crja~o, forma, expressao, produto. Ma!e eta, sobretudo, uma linguagem especial, que fala e ao mesmo tempo ocutta ... (1997 p.200)

I Dicionjrio Novo Aurelio, 1999! Dicionoiorio Novo Aurelio, 1999l CORDI. SANTOS. CI "I., 1997 cd. Scipione

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A arle, hoje, e um fazer humano, consciente ou nao, que busca a cri~o, expressAo eprodutyao de objelos ou formas que provocam prazer, ~xtase, dor ou choque. t a inscrir;Aode ordem ao caos. Enfim, Uarte e todo aquilo 0)que os homens cham am arte-. (1997 p. 200)

Ainda, segundo Coli, no livre 0 Que e Arte'" diz que ~arte sao certas

manifestac;Oes da atividade humana diante das quais nosso sentimento e

admirativo..."( 1981p.8)

Como pode observar-se existem varias definiyOes para 0 mesmo lermo,

porem a que mais se aproxima da proposta da pesquisa e a Segunda cita~o do

livro para filosofar, e entre outras mencionadas em relac;ao ao fato relacionado a

maneira pela qual 0 homem busca sua expressao, sua individualidade e formas

criativas de se desenvolver. A arte e 0 desenho sao manifestac;Oes que estao

presentes em nosso dia a dia, e que ao longo da historia tern seu conceito em

constante transformaC;Elo decorrente de cada epoca.

Para que haja uma fundamentac;ao contextualizada, torna-se, ainda,

necessario percorrer-se a historia buscando~se as origens do desenho, como se

verificara no proximo capitulo.

4 Ed. Br.uilicTI!\C.19!1

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3. 0 DESENHO AO LONGO DA HISTORIA

De acordo com a evolU(;a.o do Homem, primeiro a arte rupestre se utilizava de

desenhos como um meio para se comunicar , utilizando da escrita pictogratica,

que consistia em representar seres e ideias pelo desenho, e com 0 passar dos

anos acontece 0 surgimento da escrita, e com a crian<;:a assim tambem aconlece,

antes mesma de escrever, a crian<;:a representa graficamente a sua maneira de

interpretar a sua realidade, atraves de seus desenhos, demonstrando seus

sentimentos e desejos, desempenhando um grande prazer em suas produyoes.

o homem sempre desenhou. Sempre deixou registros graficos, indices de suasexperi~ncicls. comunicados Intimos destinados ellposteridade. 0 desenho, a linguagem etAo antiga e tao permanenle, sempre esteve presente desde que 0 homem inventou 0homem (DERD1K, p.10, 1990).

o desenho acompanha teda a exist~ncia do homem, na sua expressao e

em sua necessidade de representar 0 mundo que 0 cerca ou como em forma de

comunica~ao.

o livre Para filosofar, introduz a respeito das ideias platonicas acerca da

arte&, estavam no conceito de belo, de beleza e referem-se a uma serie de objetos

natura is, artefatos. institui90es e ideias. 0 belo traduz-se pelo que e harmonico.

proporcional, 0 que e conveniente, apropriado, util e agradavel aos olhos e aos

ouvidos. Platao fez a distin9ao entre 0 belo em si e 0 relativamente belo. (1997

p.193)

SCORDI & SANTOS et aI., 1997, cd. Scipione.

, A p3h\\'r.\ :srte \'elll do I:ttim "".1. artis, que 5ig.nific:t conjunlo de rcgr:S5 e preceil05 para bcm dizer ou jX!rlI.

hem r.uer qu:tlqucr cois.,; oOdo, profiS$lo.

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Quando fala em beleza das farmas, ni\o pretendo sugerir a que a maioria das pessoasentende par essa palavra: animais au certas pinturas. Refira-me a linha reta, ao cfrculo eas fi9uras planas e s61idas farmadas de linhas e circulos, au seja, no torno au com reguase esquadr05 se e que me compreendes. 0 que eu diQo, e que essas figuras nao sao belascomo as demais, em rela~o a outra coisa, mas sAo sempre belas naturalmente e por simesmas e nos proporcionam prazeres espeCificos, que nada tl!m de comum com a prazerprovocado pelo i!llo de e<::M;af.Outrossim, si\o belas as cores e nas praporcionam prazere5da mesma natureza. Compreendemos, afinal, au como sera. (NIELSON NETO, 1985,p.285)

As concep,Oes artisticas de Platao tiveram profunda infiuencia na cultura

ocidental. As ideias acerca de inspira<;ao tiveram livre transito no Renascimento e

vigoraram ate 0 Romantismo.

As ideias artisticas de Aris161eles abordam valores sabre as artes visuais e

musicais da palavra. Arist6teles acupa-se da educa9Ao e nas suas preocupacyOes

artisticas estao a tragedia, a comedia, a musica, a danr;a, a pintura e a poesia.

Suas ideias eram baseadas na imita<;:1o (mimesis) "Oai a ser imita<;ao 0

instrumento por exceh3ncia, segundo 0 qual a crian9a se educa repetinda as

formas de vida dos adultos, adquirindo hilbitos que vao formar a "Segunda

natureza"" (ARRUDA ARANHA , 1989 p.55)

o Renascimento procurava sentir nos monumentos artisticos da

AntigUidade uma manifesta<;ao interior, rica e plena. As ideias platonicas foram

superadas por Leonardo da Vinci.

Para Leonardo da Vinci, a artista deveria estudar a natureza como a corpo

humano, a paisagem para representa-Ia tal como ela e apresentada de fato.

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10

Apes 0 movimento renascentista segue 0 classicismo, 0 barraco, 0

neoclassicismo, romantismo entre outros movimentos importantes na Hist6ria da

Arte.

A arte e um processo de trabalho que exige instrumentos especificos,

tecnicos e conhecimentos artisticos.

Historicamente vern cumprindo as mais diversas fun<;oes ideol6gicas,

educativas, socia is, expressivas, cognoscitivas - procurando ampliar e enriquecer

a relac;:~o estetica do homem com a realidade.

PDr meio da arte, 0 homern se expressa, afirma~se. Portanto, a arte satisfaz

a necessidade humana de expressao a interac;ao com a realidade. Satisfaz e5sa

necessidade quando produz artisticamente ou quando tern acesso a esta

produ~ao.

A relac;:ao entre as manifestac;:Oes artisticas e transforma90es socia is

determina a necessidade de ana lisa-las a partir do seu contexto hist6rico e,

portanto, nas condi90es de Produ9t:3;0 e consumo em cada sociedade.

A arte, durante todo 0 processo his16rico sofreu modifica90eS,

acompanhando cada periodo, 0 desenho teve tambem seus significados na

hist6ria.

Na escola, 0 desenho se encaixa na disciplina de "Educayao Artistica" ou

Ensino de Artes. Segundo os Parametros Curriculares Nacionais, volume 6 - Arte,

no que se refere ao Hist6rico da Arte no Brasil, alguns trechos sobre 0 desenho

sendo citado.

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II

Na primeira metade do skula XX, as disciplines Desenho Trabalhos Manuais, Musica eCanto OrfeOnico faziam parte dos programss das escolas primarias e secundarias,concentrando 0 conhecimento na transmissao de padrOes e modelo$ culturaispredominanles( ... ) (p.22)

A disciplina Desenho, apresentada sob a forma de desenho Geomelrico, Desenho doNatural e Desenho Pedag6gico, era considerada mais par seu aspecto funcional do queuma exper~ncia em arte, ou seja, todes as orientayOes e conhecimento visavam umaaplicayao imediata era qualifi~o para 0 trabalho. (p.22)

Entre as anos 20 e 70, as escotas brasileiras •••iveram outras experi6ncias no a:mbito doensine e aprendizagem de arte,{ ...r . As aulas de Oesenho e Artes Plasticas assumemconceJ)l;:6es de car.\ter mais expreMivo, buscando a espontaneidade e valorizando 0crescimento ativo e progressivo do aluno. As atividades de artes plasticas mostravam-secomo espac;;o de invencao, autonomia e descobertas, baseando-.se principal mente na auto-expressao dos alunos. (p.23)

Ao fazer um apanhado geral, podemas perceber que antes a ensina da arte

era mais tecnico de forma a preparar a aluno para a mercada de trabalha, depais

com 0 passar dos an as a carater da disciplina foi modificado. 0 ensina de artes

deve expressar a individualidade de cada crianya, e assim promover a criatividade

e novas descobertas.

As pro pastas contempoffineas de ensino de arte ampliaram-se alem do

processo criativo do fazer e do experimentar, integrando conhecimentos e praticas

oriundos do fruir/apreciar, do criticar, da estetica e da Hist6ria da Arte. Enfatiza-se,

que esses diversos saberes e fazeres na.o exigem urna articulay80 hierarquica

numa seqO~ncia determinada. Pais, processo educativo deve estar fundamentado

na contextua1izayao e experimenta9llo partindo da realidade.

Em relayao as propostas e conteudos, ° desenho torna-se, entao, um

aspecto fundamental na constru-;:ao interdisciplinar do conhecimento, pais °dominio do trayo podera facilitar 0 controle de qualquer atividade que exija

representa-;:Oes gr;)ficas.

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4. 0 DESENHO INFANTIL E SUAS MANIFESTA<;:CES

Ap6s 0 processo de rabiscos7, 0 desenho infantil, em sua forma mais am pia

de ser compreendido, nao e somente uma aC;ao grafica atraves do ata motor que

desenlJolve, mas sim uma constru<;ao consciente e significativa das manifestac;oes

da crian9B. Atraves dessa a9lio que ela retrata sua visao de mundo a qual esta

inserida.

o atc de desenhar esta relacionado entre a pensar e 0 fazer. Acompanha a

rapidez do pensamento infantil, ilustrando nao 56 0 que ve, mas tambem 0 que

naO v~ e 0 que imagina,

(... ) a cricmt;a esta integralmente pres.ente em ludo 0 que faz, principalmente quandoexi5te um e5~ emocional que 0 permita. Existe urn pensar por tras de um fazer, parlras de suas pequenas operac;6es,como subir e descer uma e!lcada, batam;arinsistentemente um chocalho, amassar um papel.( DERDIK, 1990 p.11)

Oesde muito cedo a crianc;a recebe diversos estimulos do meio em que

vive, sendo eles verbais au visuais, que sao interiorizadas atraves de seu pr6prio

esquema de pensamenta.

o meia tambem acarreta influ~ncias nas prodw;oos de cada crianya senda

ela interiarizada e interpretada de maneira diferente em cada individua, temas

alguns exemplas de interferencias: a televisao, as gibis, as hist6rias, os r6lulas, os

desenhos esteriotipados· (freqOentes em escclas de Educa~o Infantil), entre

aulros.

7 R~biKOS ou Ganuujas: termo utiliUldo por LOWENFELD, 1977• F6nn;, compact ••oblid3 pelo proce.'i.'iO; etlC'I't"OIipi••, cliche.Defini~!O de f!ft.:riolipia: Proccsso relo qu~l Ie duplicll. um", composi~ao tipognHica, lflln.sromlando-a emrom)3 comp."ti"t, par mcio de mold"s.em de um3 matriz, usu:limcnte 0 f15, sobrc '" qUll sc v;,za mct~l-tipo.

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Ao desenhar a crianC;8 exprime 0 que conhece de urn objeto, a

representa9ao mental que ela tern construido dele no momento em que desenha.

Par sua vez, 0 desenho e composto de simbolos e criac;oes individuais

personalizadas dos objetos representados.

A crianC;8 ao manifestar 0 seu desejo de brincar ela reage da mesma

maneira com que desenha, tal empolgac;ao que traduz 0 carater ludice de sua

a9Ao ou seu ato de imaginay30 nas brincadeiras. As duas formas para crianc;a

aconteeem de formas parecidas, pais manifesta as vezes as duas 8yOes juntas,

ora pode estar desenhando e brincando com 0 papel, ora brincando de desenhar

no ar. 0 desenho, desta forma, representa a imaginayao infantil que se constitui

numa forma de brincar e segundo a que cita 0 Referencial Curricular Nacional:

c ..) enquanto desenham ou criam objetos tambem brincam de uFazde Conta~e verba1izamnarrativas que exprimem suas capacidades imaginativas, ampliando sua forma de sentir epensar sabre 0 mundo no qual estao inseridas.(p.93)

o desenho pode se manifeslar de diversas maneiras, nao apenas com

materia is convencionais, mas loda marea registrada ou nao, seja a onde for, a

crianya ira procurar e explorar 0 ambiente para satisfazer sua vontade de

desenhar, desde que ela esteja disposta a fazer suas experimentayOes, qualquer

lugar servircfl de cenario para expressar suas produyoes, mesmo que nao tenha

em maos papel e lapis, ela uti1izara a areia do parque, a terra, a parede e au 0 que

estiver ao seu alcanee.

t: desenho a maneira como a criantyaorganiza as pedras e as fotha! ao redor do castelode areia, ou como organiza as panelinhas, 0$ pratos, as colheres, na brincadeira decasinha. Enlendo por desenho 0 tra~o no papel au qualquer superflcie, mas tamMm amaneira como a crianca ooncebe a seu espaco de jogo com os maleriais de que dispOe.(MOREIRA, 1984 p,21 )

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Par configurar-se a primeira forma de representa9c':i.o gn3fica usada pela

crian~a, 0 desenho deve constituir-se numa atividade essencial, ativa e prazerosa

permitindo a crian98 manifestar sem medo suas ideias, naD podendo ser vista

meramente como uso de uma teeniea ou de treino de habilidades motoras.

o desenvolvimento das fases do desenho infantil esta intimamente ligado

ao processo de escrita de cada urn. Ambos sao meies de comunic8c;ao,

determinados par habilidades pr6ximas de motricidade e pensamento simb6lleD.

A escrita tern li98930 com 0 desenho e a brincadeira. Fazendo-se util ao

processo de conhecimento, 0 desenho na eseela possibilita a valorizac;ao da

linguagem gratica e das habilidades a ela relacionadas, criando espayos para 0

seu pr6prio desenvolvimento e condi90es de interac;a.o e de realiza9ao pessoal.

o desenho pode ser utilizado como um eficienle meio para a comunicayao,

enquanto pode expressar graficamente as ideias de cada individuo. 0 ato de

desenhar esta presente em grande parte das atividades do homem. Como as

ilustra90es de livros, gibis; nas produ90es de artistas; em projetos de casas,

constru¢es; esbo~os de roupas, carras, maquinas entre outros. 0 desenho faz

parte do universo cultural de lodos os pavas, embora se manifestam de maneiras

diferentes dependendo de cada cultura, mas sem duvida com a mesma ulilidade e

necessidade.

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4.1 A EVOLU<;AO DO DESENHO INFANTIL

Existem muitas teorias e interpreta90es a respeito do desenho infantil,

assim como varios enfoques a ele sao atribuidos, seja, nos aspectos afetivQs,

cognitivDS, motor, grafico ou estetico.

Segundo autores citados par Florence de Meredieu (1974). Luquet apud

Meredieu ( p.20-22) •BERSON in Meredieu ( p.25-27)para explicar a evolu9ao dos

desenhos infantis.

Para Luquet:, 0 desenho infantil acontece da seguinte maneira, em quatro

eta pas de desenvolvimento:

1) Reafismo Fortuita ( 2 anos)" onde acontecem os rabiscos, apenas pelo prazer de

exercitar movimenlos;

2) Realismo FraOO3!S8do ( 3 e 4 anos):~Tendo descoberto a identidade forma - objeto, a

criant;:a procura reproduzir esla forrna~

3) R(;Nlfismo fntefectuaf (4 a 12 anos): onde a crianc;:a desenha do objeto nAo apenas 0 que

ela v~ e sim a que ela conhece do objeto

4) Reaiismo Visual (12 anes): "que ap3rece 0 fim do de~nho infantiJ, marcado pela

descoberta da perspecti'la e a 5ubmiss~o clS suas leis"

Para BERSON, 0 desenho distingue em tr(!s estagios de rabiscos:

1) EsMgio Vegelati'v'O motor (por '1olta dos 18 meses): quando ° lapis noo sOli dOl folha,

onde aparece a trayo proprio da crianya que sao mais ou menos along ados e

arrendondados.

2) E5Mgio representativo (entre 2 e 3 enos): aparecimento de formas isoladas, que

possi'lelmente feitas pelo le'lantamento do lapis no papel. 0 ritmo de se torna mais lento,

ocorre tambem algumas manifesta¢es de nomeayao dos objetos desenhados.

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3) E3tagio ComtmicetillO ( com~ entre 3 e 4 anos): ocone a tentativa de irnilar it escrita

do adulto, faz movimentos que tentam !.e diferir do desenho, para se aproximaf com a

forma da Merita convencional

Quando a crianrya comec;a a rabiscar, par volta dos 18 meses de vida. fase

conhecida como dos rabiscos au garatujas. ande ela simplesmente fecha a mao

ao redor do lapis, pressionando-o contra 0 papel, fazendo rnovimentos circulares

ou semi- retos. Nesta fase, a crianc;a desenha au rabisca par prazer, nao e uma

atividade intencional.

E comum nesta fase a falta de coordenal;aO matara. que esta sendo

conquistada aos poueos. Percebe-se a variedade de formas e maneiras de

segurar 0 lapis, as vezes a segura com todos as dedos e usanda de forya

pressionando sabre a papel ou tarnbem manifesta com apenas alguns dedas

deslizanda suave mente sabre 0 papel, e com urn nesta fase a explarayao de

diversas materiais que produzam a efeito de registrar sua necessidade de

rabiscar.

Os mavimentas sao irregulares, naa apresentanda uma preocupaC;:8o ou urn

abjetivo proposta e sim uma atividade de simples manuseio e exercita9~0 motora

ou exploraryao do material. Os rabiscos na.o estao limitados apenas ao espac;o da

failla, eles ultrapassam a lugar ate onde seu brarya alcanya. Assim nao samente 0

papel se reserva 0 direita de ser rabiscada e sim 0 que estiver ao seu alcance, em

casa au na escola, percebe-se 0 usa do lapis au giz nas paredes, portas, armarias

eo clla.a.

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As garatujas infantis 500 tAo diferentes entre 5i como as pr6prias crianlYBs. Algumas saofirmes e ousadas, demonstrando que foram feitas com movimentos largos, ao passo queQutms sao delicadas e timidas, como que a revelar a indole de seus autores.(LOWENFELD.1977, p.96)

Lowenfeld e Brittain classificam, a seguir as fases do desenho infanti! de 2

a 7 anos

4.2 FASES DO DESENHO INFANTIL

a) Garatujas (18 meses ate os 4 anos )

As Garatujas Oesordenadas, onde a crianc;:a nao passu; muita noyao dos

seus trac;:os e nem a direc;:ao do lapis, faz desses trac;:os de maneira acidental,

como se estivesse deslizando sabre 0 papel; as Garatujas Controladas, ja

comec;:am a ter 0 controle visual de seus trayos no papel, compreende melhor 0

movimento de seus trayos gerados no papel, consegue preencher 0 papet

respeitando 0 limite do mesmo; e as Garatujas com AtribuiqllO de Names, s~o

como 0 proprio nome diz a atribuic;ao de nomes as suas garatujas, comeya a ter

ideias do que fazer, agora seus desenhos indicam uma transformay~o no

pensamento da crianya, pois assumem um carater imaginativ~, onde usa mais

sua imaginayao e evoca trayos que ja foram utilizados em prodw;oes anteriores.

b) Pre - Esquematica (4 a 7 anos)

Considerada pelos autores "a criayao consciente da forma".(LOWENFELD

e BRITTAIN, 1977 p.147) E diferente da fase das garatujas, pois agora desenvolve

seus trabalhos de forma consciente e que tern relayao com 0 que quer representar

do que esta a sua volta. Em geral 0 primeiro simbolo criado e 0 da figura humana,

.•...a importancia das pessoas nos desenhos infantil e muito evidente, durante toda

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a infancia ..."(LOWENFELD e BRITIAIN, 1977 p.149), citam tambem sobre

representa<;1lo da figura humana e sua evolu,"o "Nesta lase de evolu,"o a

crianc;a esta em continua busca de novos conceitos, e seus simbolos

representativos tambem mudam constantemente ..."(LOWENFELD e BRITIAIN,

1977 p.152)

Outro aspecto importante que se evidencia e a questao da propon;;:a.o,pO is

e5sa esta relacionada ao lado emocional da crianc;a, ou seja, a crianc;a desenha

de acordo com suas perceP90es e na.o com 0 tamanho real dos objetos. "A

crianc;a desenha proporcionadamente em rela~o aos seus sentidos e

desproporcionadamente para os que olham objetivamente, as suas pinturas"

(LOWENFELD, 1977 p. 119).

Pela atividade artistica, a criantya encontra, par vezes, urn escape, uma

forma de exteriorizar emoC;Oes e sentimentos negativos que a perturbam.

Estes estagias definem maneiras de desenhar que sao bastante similares

em todas as crianc;:as, apesar das diferenc;:as individuais de temperamento e

sensibilidade. Esta maneira de desenhar pr6pria de cad a idade varia, inclusive,

muito pouco de cultum para cultura.

A seguir, para ilustrar as fases do desenho infantil, alguns desenhos de

crianc;:as entre 2 anos a 6 anos. Intituladas com a classificac;:ao determinada por

Lowenfeld e Brittain:

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GARATUJAS - 18 meses a 4 anos

FIGURA 1 - LEONARDO (1ANO E 10 MESES)

FIGURA 2 - BEATRIZ (2 ANOS E 6 MESES)

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FIGURA 3 - VICTOR (3ANOS E 7 MESES)

FIGURA 4 - DJEINNY (4 ANOS)

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PRE -ESQUEMATICA - 4 a 7 anas

FIGURA 5 - ERIK (4 AN OS E 2 MESES)

1

/

FIGURA 6 - MATHEUS (4 AN OS E 10 MESES)

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FIGURA 7 - FLAVIA (5 ANOS E 4 MESES)

FIGURA 8 - GIOVANNA (5 ANOS E 6 MESES)

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FIGURA 9 - MARINA (6 ANOS)

FIGURA 10 - GABRIELA (6 AN OS E 4 MESES)

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5.0 PROCESSO CRIATIVO E A INTERFERENCIA DO PROFESSOR

Desde 0 magisteria (atual ensino media) e da pedagogia, a maioria dos

profissionais carrega uma bagagem hist6rica em relac;:ao as atividades de

desenho. Em sua formayao, principalmente no magisterio se deparam com a

mesma forma de trabalhar como com que era feita na sua infancia, utilizando

desenhos ja prontos para colorir. as vezes ate mesmo armazenando-os em

pastas, separadas par temas e datas comemorativas, para utilizar com seus

futuros alunos. (vide anexo I)

A crianc;:a expressa-se livremente e de maneira original, quando n~o safre a

interferencia de urn adulto ou 0 professor. ~ inevitavel, perceber a intromissao dos

adultos na produc;:ao das crianc;:as na maioria das vezes acontece pela falta de

compreensao do que 05 desenhos significam no desenvolvimento das crianc;as.

a adulto OLi rnesmo 0 professor ao se deparar com os rabiscos produzidos

simplesmente nao percebe a irnportancia dos movimentos executados pelas

crianryas pequenas, e que atraves daquele ate de tentativa e dominic do lapis,

procura nao de maneira intencional "desenhar" algo propria mente dito, mas 0

prazer de movimentar apenas 0 lapis. 0 adulto espera muito mais do que simples

pantos au riscos na papel, ele tenta namear aqueles rabiscas au call1parar cam

alga real.

o desenho ~ indecifr$vel para n{)s, mas provavelmente, para a cri>anya, naquele instimte,qualquer gesto, qualquer rabisco, ah~m de ~r uma condula sens.Oria - molors, vemcarregada de conteudos e rje stgniflC3QOes simbOlicas.( DERDIK.1989 p.57)

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A crian.ya quando comeya a garatujar, nao consegue estabelecer au

idealizar alga a ser desenhado e sim se da par meio da a.yao de rabiscar, urna

experi~ncia importante que ira prornover a contra Ie das linhas no papel.

Trayar riscos num pedat;O de papel, em qualquer direvAo, significa, para a crianya, aleyria,felicidade, desafogo, e contribui, principalmente, para ° dominic de funt;Aoimportantissima: a coordena~o dos movimentos (LOWENFELD, 1977 p,95)

Quando entregue as crianyas desenhos prontos apenas para colorir, 0

professor afirma que a crianya nao consegue realizar urn born trabalho sozinha,

ele interfere ate mesma na relayao que a crianya tern tal imagem.

Cada crianya e um individuo que na sua singularidade tem experi~ncias

que se diferem de cada uma e tambem urna maneira de interpretar as situayees,

imagens dependenda do que vivencia au qual significado tern em seu cotidiano. A

figura que Ihe e entregue para colorir, e igual a de todos as outras crianyas, assim

onde contradiz a que foi rnencionado sabre as experiencias individuais.

Alem de disso, a criatividade da crianc;a tambem e comprometida. KUma

crian.ya, depois de candicionada a colora.yao de figuras tera dificuldade em

desfrutar da independencia de criar ( ..) "(LOWENFELD, 1977 p.24)

Cad a vez que se faz a usa dessas imagens prantas, a professor acamoda 0

ate criativo da crian.ya, ela percebe que nao ira conseguir reproduzir algum

desenho tao "bonitoH quanta ao que Ihe foi entregue, por tal conseqOencia

percebemos nas crianyas a dificuldade em expressar seus sentimentos e desejos

nos desenhos, assim ela nao procura aprimorar suas produyOes, e permanece a

espera da imagem pronta, que e aceita pelos adultos.

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~ atividades pre-solucionadas que obrigam as crlanr;<ls a urn comportamento imitativo einibem sua pr6pria expressoo criadora; (... )e continuam mais a frente (. .. ) apena! servempara condicionar a crianr;a, levando-a aceitar, como arte, 05 conceitos dos adultos, urnaarte que e inca paz de produzir sozinha e que, portanto, frusta seus pr6prios impulsoscriadores. (lOWENFELD e BRITTAIN, 1977 p.71)

Ao referir-se aos estere6tipo:

A escola parece ser 0 habitilt natural dos esteri6tipos, urn terreno tertii onde vicejam e sereproduzem a exaustao, sob 0 pretexto ou ilusAo de tarnar 0 ambiente au a aprendizagemmais atraente, agradavel, interessante para a criafl9il (VIANNA, 1995 p. 58)

Em sua razao a autera continua mais adiante:

as desenhos esteriotipados empobrecem a percepc;lio e a ima,gina<;:Ao da criam;a, inibemsua necessidade expressiva, embotam seU$ processos menlais, nllo permilem quedesenvolvam naturalmente suas potencialidades. Esteriotipar quer dizer simpliftear,esquematizar, reduzir a expres5ao mais simples (VI ANNA, 1995 p. 58)

o professor talvez nao perceba, par falta de conhecimento ou entao par

mero comodismo, mas se apropriando destas imagens 0 professor acaba por

subestimar a capacidade criadora de seus alunos, a intenyao e de utilizar essas

imagens para aperfeiyoar a coordenayao motora au ate mesmo como passatempo

depois do termino das atividades ditas mais importantes.

Quanta mais a pintura permanecer nos limites do desenho proposto, sera

considerado um trabalho "caprichado e bonita~ pela professora em alguns casas

para ficar perfeita dita entao, as cores a serem utilizadas. 0 profissional que

somente faz a usa desses desenhos prontos nao consegue compreender a

importancia das fases do desenho infantil para a desenvolvimento da crian9a.

Como cita a Referencial Curricular Para Educayao Infantil em rela9ao aos

desenhos prontos oferecidas as crianyas "par muitas vezes as adultos nao

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considerarem que a crian9a tem compet~ncia para elaborar urn prod uta

adequado".(RCN's, 1998 p.)

No entanto, destaca~se que para que a crianc;a possa desenvolver a sua

arte e necessario que n~o haja interferlmcia em seu desenvolvimento natural, para

que a crianya nao fique inibida par alguma pergunta do tipo: - 0 que e issa? Bern

como urn e109;0 indiscriminadamente pode anular a valoriza9~o da crianya pela

arte, issa porque a critica auxilia a crianya a encontrar-se a si mesma em sua

propria arte. "Para a crianya a arte e algo muito diferente e constitui

primordialmente um meio de expressao· (LOWENFELD, 1977 p.19).

o professor que se nao possuiu urn conhecimento sabre 0 grafismo infantil,

interfere de maneira inadequada, pode f;ear admirado com a beleza do desenho e

faz com que a criant;a assimile esquema de cores parecidos com 0 que a

professor admirou, criando modelos e pad roes e isso e rna is uma das formas de

impedir a auto-expressao da crianY8.

Em alguns momentos do registro dos desenhos das crianyas percebe-se 0

aparecimento de alguns detalhes anteriores ja realizados, pois a crianya espera a

admiracyAo do adulto e tenta manifestar a mesmo trayo em busca de aprovayao.

Se fos!.e possfvel que as crian~s se desenvolvessem sem nenhuma interfer~ncia domundo exterior. nao seria necesstirio e5trmulo algum para seu trabalho artrstico. Todacrianya usaria s.eusimpulsos criadores, profundamente arraigados, sem inibK;ao,confianleem seus pr6prios meios de exprimir-se. Quando ouvimos ume crianya dizer" noo soucapaz de desenhar", podemos estar certos que hauve alguma espede de interfe~ncia emsua vida (LOWENFELD, 1977 p.19).

Segundo CINTRA DA SILVA (2002 p.33) 0 outro marca muito 0 processo

grafico; esta presente tode e tempo. Enquanto a crianya desenha, seus pares

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expOem sua produc;ao; alem disso, as crianc;as olham, criticam e avaliam as

produc;oes dos colegas, sugerem, ajudam, enfim, chegam muitas vezes a atuar

como co-auto res. Esse outro pode ser a professora.

o papel ai(ibuido ao adulto varia tam~m no contexte pedag6gico, podendo ser visto comoalgo nocivo e prejudicial ao plena desabf'ochar das potencialtdades da crianya. au comomodelo a ser visto, copiado e atingido. (CINTRA DA SILVA, 2002 p. 32)

Ha diferenc;as entre 0 modelo de outras crianc;as e 0 da professora.

Enquanto a c6pia entre colegas parece ser mais informal, baseada em valores

esteticos, 0 modele da professora e legitimado pelo papel social que Ihe e

atribuido.

Sendo assim, a crianc;a pode escolher entre copiar au nao a desenho de urn

calega, mas em relac;aa it produyaa da prafessora naa he espayo para apc;aa e

sim, tronando uma imposic;a:a aos seus afazeres.

Em nassa saciedade basicamente sempre existiraa modelos para todos as

tipos, pais a mundo da crian~ esta cercada de marcas da culturalmente

produzidas, as vezes sem reflexaa alguma das suas conseqG~ncias, mas a cabe

ao professor conhecedar desses modelos, percebendo a seu significado e tentar

auxiliar a crianc;a a filtrar essas informac;6es em seu cotidiana, fazendo com que

sua a~a criadora nao fique comprometida e seja apenas receptor de imagens

prontas. As crianc;as que nao abtem essa oportunidade de manifestar seu

pensamenta criador, fica inibida e acomodada a receber tudo pronto sem intenyao

de ser modificado au alterada. Resgatar nas atividades. meios que passam

prornover a reflexaa par parte da crian~, favorecendo seu desenvolvimento como

individua pensante e transfarmador de conhecimentos.

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Int2rdlmbio entre a profes50f8 e a c(ianca ~ muito rico, porque permite uma troea deexpertencias grAficas em um plano ba:stante informal e IUdico. As interfer~ncias nodes.enho da cria~ geram mudan98s no pr6prio desenho e em seu autof. Graficamente, acrianya tem possibifidades de acrescentar detalhes elou flguras inteiras ao seu trabalho,gerando novas formas. (CINTRA DA SILVA,2002, p.90)

Em algum momento da produc;a.o infantil, a crianc;:a se depara com 0 colega.

que em um instante serve de auxilio em suas produc;Oes como modelos, em

outros pode vir a ser contradit6rio, pais ao mesmo tempo ern que promove 0

desenvolvimento, pode prejudica.lo. Um colega que faz critica, manifestando

desprezo em tal prodw;a.o, pode prevalecer a opiniao do outro como um

julgarnento, parecido com 0 que a adulto faz em relaC;8o a produt;ao da crianc;a.

Algumas crianc;as levarn a serio a critica em relac;:a.oa comparac;8.o com Qutros

colegas e ate mesmo com 0 que a professora determinou. A crianl;a pede deixar

de desenhar par receie de n~e agradar a professora ou aos colegas. 0 professor

devera realizar urn trabalho coletivo a respeito de apreciac;:a.o dos trabalhos

alheios, favorecendo a respeito e criticando de maneira construtiva e nao

bloqueando a expressao dos colegas.

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.;0

6. PROFESSOR E ALUNO: CAMINHANDO LADO A LADO

Na Educac;ao Infant;l, 0 desenho esta ligado ao desenvolvimento da

coordena~ao motara, nas atividades que envolvam pintura e trac;ado de desenhos

prontos, tarnbem servem como alividade de ·descanso~ e ·distrac;ao"

As atividades artisticas que envolvem as crian9as, certamente merecem ser

percebido e trabalhado na Educagao Infantil de maneira que enfatize a capacidade

criadora de cada individuo. Urn olhar ma;s atento, a importancia da arte na

Educayao Infantil, no diz respeito ao desenvolvimento psicol6gico, social e afetivo.

E pela expresS-ao que a crianc;a exprime todo sell conhecimento de mundo."Oa mesmaforma que 0 artista, a crian<;a e:xprime, na arte, 5.uas relacOes com as pr6priasexperi~ncias, ( LOWENFELD,1977 p.31)

No entanto, alguns pais e professores continllarn a desprezar a produyao

infantil, sendo considerado urn processo de grande importtmcia na vida dos

pequenos. consideram tais produyoes como forma inocentes e sem nenhum

significado e natural de sua infancia, pois 0 pensamento se remete de que toda

crianya desenha e rabisca desde pequena. Quanto 0 que se tem a prender com

sell desenvolvimento e favorecer um ambiente cheio de descobertas.

Nas aries plasticas, a crianya encontra urn ambiente propicio

desenvolvimento da sua criatividade e da sua expressao. "Criar e ta.o dificil ou tao

facil como viver. E e do mesmo modo necessario· (OSTROWER,19S7 p.166)

A ARTE desernpenha urn paper potenci:armente vital na edu~ da'.i criam;as. Desenhar ,pintar au construir con$tituem urn processo COfl'lplexo em Que a crianc;a reune diversaselementos de suas experi~ncias, para formar urn novo e Significative tode. LOWENFELD eBRITTAIN, 1917 p.13)

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31

Quanta aos professores, cabe-Ihes a tarefa de criar condiyOes para que a crianc;a

se possa exprimir-se livremente, desenvolvendo assim todas as suas

potencialidades. Estas condic;Oes passam pela organizay9o adequada de

espac;os, peta disposiC;ao de materia is e instrumentos de trabatho.

A atitude do professor devera ser equitibrada durante a sua atividade

educativa, pais uma vez que se interfere de rnaneira inapropriada au brusca pode

vir a ocorrer uma timitac;ao au inibic;ao no desenvolvimento da crianc;a. Urn

exemplo simples e desde a fase das garatujas, quando a crianc;a insiste em

desenhar nas paredes au em locais que certamente as pais e professores nao

permitem, se for oferecido a crian98 meios e materiais adequados que ela possa

descarregar sua necessidade de rabiscar, provavelmente a parede nao sera alvo e

nem sera a IimitaC;Elo da sua expressao, pais sera atendida a seu prazer de

rabiscar.

A expressao artistica seja qual for a forma, imaginativa, perceptiva,

dramatica, constitui alga imprescindivel ao amadurecimento da crianc;a. Os

conhecedores da importancia da express~o da arte infantil afirmam isso em seus

estudos. Cad a crianc;a revela seus interesses sua capacidade, seus recursos e

seu envolvimento na arte, embora iSso, em alguns casas, tenha poucas relac;Oes

com a "beleza" (LOWENFELD e BRITTAIN, 1977 p.22)

A atividade criadora da criam;a depende de uma visao que ela propria vai

amadurecendo naturalmente, urna visao que confronta a seu mundo interior com a

mundo exterior.

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32

Apenas um ensino criador, que favore<j6 a integrayAo entre iI aprendizagem racional eestetica dos alunos, podera conlribuir para 0 exercicio conjunto complementar da razAo edo sonho, no qual conhecer e tambem maravithar-se, divertir~se, brincar com 0

desconhecido, arriscar hip6teses ousadas, trabalhar duro, esforr;cJr....se e alegrar--se com adescobertas. (peN's, 1997 Vol 6 p.27)

Acredita~se que as estagios podem dar indicac;6es interessantes do que se

pode esperar das produ90es da crian,a. Entretanto, nao se deve utilizar esses

estagios como meio de rotular as crianc;as, nem tampouco de preyer uma futura

evoluc;~o. Para a crianc;a, brincar e desenhar s:!o atividades importantes que a

envolvem por inteiro e a fazem viver intensamente nesses momentos, criando e

reeriando a realidade (SANS, 1995 p.41)

A experi€mcia com a arte, na Educayao Infantil, como processo de leitura

observac;c31o, percepc;~o entre Qutros que favorecem seu desenvolvimento de

maneira global, promovendo uma atitude que envolve 0 parar, 0 olhar, 0 sentir e a

questionar, a curiosidade, que pode permitir ao individuo reconhecer~se como

construtor de significados. "( ... ) 0 alunos, em situaC;Oes de aprendizagem, precisa

ser convidado a se exercitar nas praticas de aprender aver, observar, ouvir, atuar,

toear e relletir sobre elas." ( peN's, 1997 vol6 p.35)

Desenvolvendo olhar ativo, percepC;8o imaginativa, pode assumir uma

atitude de participat;(Bo individual e grupal mais densa nas transformac;oes

culturais do mundo em que vive.

o prolessor de Eduea,ao Inlantil deve estar sempre interessado em

aspectos da educat;(8o em geral que incitem e estimulem 0 desenho. Prom over

atividades que possam auxiliar no desenvolvimento global da crianya, com

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enfoques na sua realidade infantil, utilizando-se de muita imaginaC;ao, vivencias,

experimentac;Oes, para que a crianc;a possa desenvolver sua ac;:1ocriadora.

Para OSTROWER (1987):

Nas criany;;ts, a criatividade se manifest;a em todo seu fazer solto, difuso, espontl!neo,imaginativo, no brincar, no sonhar, no associar, no simbolizar, no fingir da realidade e queno fundo nao e senao 0 real. Criar eo viver, para a criam;a. ( OSTROWER, 1967 p.127)

o processo de desenvolvimento da atividade criadora, e justamente essa

manifesta9ao do eu que torna a arte expressiva tanto para a crianc;a que faz sua

produc;ao quanta para quem a observa. Assim se torna importante que todo

professor tenha conhecimento do desenvolvimento do grafismo, para que esse

possa identificar as necessidades e as interesses da crianc;a.

o processo criador a abrange a incorpora~o do eu na atividade; 0 pr6prio ato de criarfornece a compreensAo do processo por que oulros est:!lo pas.sando, quando enfrentamsuas pr6prias experi~ncias. Viver cooperativamente, como seres bem - ajustados, econtribuir, de forma criadora, para a sociedade torna-se urn dos mais irnportanles objetivosda eduC-aI:;ao.(lOWENFElD e BRITTAIN, 1977 p.26)

Sendo que em futuras praticas, dar oportunidades ao aluno para que 0

mesmo desenvolva a sua capacidade criadora, deve-se incentivar atividades

artfsticas buscando a sensibilizayao da crianya com a meio, transformando a

experilmcia artistica em alga que possua significado para si mesmo e para os

outros. Se assim desenvolvido adequadamente, despertara no aluno outros

interesses pelo novo, pela descoberta, pela imaginac;ao, impulsionando ao

desenvolvimento da educayao estetica e artistica.

a aluno pode e quer criar suas pr6prias imagens partindo de urna experi~ncia pessoalparticular, de algo que viveu ou aprendeu, dOl escolha de urn lema de uma tecnica, ou deurna inf1uencia, ou de um conmlo com a natureza e assirn por dianle (PCN'S, Vol 6, p.36)

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A Educa9~o infantil voltada para a arte pade abordar temas pelos quais as

crian9as se interessam: pequenos animais, bichos de jardim, dinossauros,

tempeslades, tubarees, castelos, herois, festas da cidade, programas de lV,

noticias da atualidade, historias de Qutros tempos etc. As vivencias socia is, as

hist6rias, as mod os de vida, as iugares e 0 mundo natural sao para as criangas

parte de urn todo integrado, podendo constituir excelentes oportunidades de

manifestay6es artisticas, ocorrendo de forma integrada.

Cabe ao professor, portanto, elaborar 0 seu material didatico de maneira

que a crian.ya seja motivada peio desejo da descoberta, explorando sensac;oes,

sentimentos e percep¢es intensamente.

E importante que as instituiyOes de ensina, criarem ambientes favoriweis

para uma constante atualiza<;:ao do professor pais, compete a escola ser a

ambiente que forme competencias.

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7. PESQUISA DE CAMPO

7.1 INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS

Para ilustrar, ° trabalho, foi realizada uma pesquisa na escola de educayao

Infantil P.D, com a distribuicao de questionarios' para as professoras que atuam

na Educac;ao Infantil, nos niveis de Maternal 11 a Jardim 111. Abaixo os dados da

pesquisa.

Em universo de 15 professoras, foram distribuidos 07 questionarios e

respondidas apenas 06.

Amostra: 06 prolessoras, sendo 02 do Maternal 11, 01 do Jardim I, 02 de Jardim 11

e 01 de Jardim 111.

7.2 TABULA<;:AO DOS DADOS E ANALISE PARCIAL

Pergunta 01:

Quanto tempo de trabalho na educa~ao infanti!:

De 03 a 05: 01

De 05 a 10: 02

De 10 em diante: 03

Pergunta 02:

Que tipo de atividades sao realizadas com sua turma:

Colorir: 06

, Vide modclo nos anexo2

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3.

Desenho Livre: 06

Pintura: 06

Recorte e Colagem: 06

Pergunta 03:

Quando a crianc;a desenha, esta prodUl;;ao tern algum significado para ela:

Sim: 06

Nao: 00

Qual:

Todas as professoras concordam que existe urn significado emocional, cnde a

crianga manifesta todo seu sentimento no papel, quando esta desenhando. Entre

as respostas BeE, foram relatadas relacionando com algum aprendizado em

sala.

E para voce como professora:

Sim: 06

Nao: 00

Qual:

A maio ria das res pastas enfatiza 0 aspecto emocional da crianya, 0 desenho

se manifesta como parametro de como a crian9a se apresenta. Na resposta A, a

professora diz valorizar essas produyOes, urna vez que g05t8 de ver cada

produ<;lio realizada.

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)7

Pergunta 4

Como voce encaminha as atividades que expressam as desenhos de seus

alunos:

Cor: 01

Forma: 00

Ordem: 01

Oriental'~o Espacial: 02

Qutros:

As respostas BeE, concordaram em indicar 0 lema a ser trabalhado.

A resposta A, acredita a importancia em direciona-Ios, mas a criayAo espontanea

e rica.

De acordo com as respostas, permanece a hip6tese da interfer~ncia do professor

nas produc;6es dos alunos, geralmente em func;ao dos conteudos pre-

estabelecidos.

Pergunta 5

Voce utiliza desenhos esteriotipados (xerox) para desenvolver suas

atividades:

N~o utilizo: 00

As vezes: 06

Sempre: 00

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Pergunta 06

Voce acha que interfere nas produ~oesde seus alunos:

Sim: 02

Nao: 04

De que maneira:

A resposta D, respondeu que naD interfere nas produyOes dos seus alunos, deixa

as livremente, utilizando sua criatividade.

A res posta E. admite interferir nos desenhos de seus alunos, urna vez que

acredita que eles imitam as tra905 de quem eles eontiam, no case 0 professor.

A resposta F, tambem diz que interfere nas produc;Oes, orientando e dando-Ihes

dicas das partes do corpo, por exemplo.

De alguma mane ira, todas as professoras alguma vez ja interferiram nas

produc;Oes de seus alunos, sendo de maneira positiva ou negativa, a questao da

interferencia nas produgoes se confunde em seu significado. De acordo com as

situa90es vivenciadas na sala, talvez 0 professor naD perceba com clareza sobre

como interferir de maneira adequada.

Pergunta 7

Voce acha importante conhecer as eta pas do desenho infantil:

Sim: 06

Nao: 00

Cite a etapa mais importante. Justifique:

As respostas S, C e D, justificam que todas as fases saC). importantes no

desenvolvimento da crianc;:a.

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A resposta E, diz que sao as garatujas.

A res posta F, nomeia como a fase da "figura humana~

Ainda falla a conhecimento mais amplo sabre 0 que realmente 0 desenho

representa no desenvolvimento infantil, percebe que a concepc;Ao continua

permanente na atuac;ao dos professores.

Pergunta 8

Voce acha que existe uma forma de estimular a criatividade de seus alunos:

Sim: 06

N~o: 00

Qual:

Resposta A, justifica que tudo pade servir de estimulo, especial mente 0 incentivo

positivD.

Resposta B, diz que nao se deve podar a criatividade.

Resposta C, incentivo e estimulo.

Resposta 0, estimulos, oferecendo materiais diversificados e exposic;ao dos

trabalhos.

Resposta E, com atividades ludicas.

Resposta F, materials diversificados.

Em geral, se obtem um conceito vago do que e a criatividade e como estimular os

pr6prios alunos, para isso, se tem respostas de sen so comum e nao demostram

um conhecimento te6rico e pratico.

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40

7.3. ANALISE GERAL

De acordo com a pesquisa realizada, pode·se afirmar que ao comparar as

res pastas das professoras com a pratica das mesmas, avalia-se que estao

contradit6rias, seus trabalhos expostos e atividades desenvolvidas em sala neg a

certas respostas aqui confirmadas. Verificando-se que atuo como profissional na

mesma escola ende foi realizadas a pesquisa, com colegas de trabalho, percebo a

dificuldade em assumir a com preen sao do desenho infantil no desenvolvimento da

crianya. As respostas cont~m certas afirmayoes no S8 diz respeito ao sensa

comum, sendo que atividades direcionadas ao desenho tern a funC;:8o em algum

momento de distrair as crianC;;8s, quando estao cansadas ou agitadas.

Em geral, podemos analisar as pesquisas com 0 prop6sito de comprovar que 0

professor interfere nos desenhos da crianya sem perceber que esta fazendo, pois

uma vez que se disponibiliza mais tempo em funyao dos conteudos que s::io

determinados pela escola, deixando de lado a prodU(;~o individual das crianyas.

Ainda ha uma ceria confus::io a respeito da interferencia do professor, seja ela de

maneira positiva ou negativa. Para esses professores esta faltando urn

aprofundamento do tema, e sugestoes de como trabalhar esses conceitos. Apenas

deixar as crianc;:as desenharem sem nenhum prop6sito, tambem nao ira resolver 0

problema, a atuac;:ao do professor e fundamental, de mane ira adequada. A escola,

deixa a criterio do professor as atividades propostas, n~o utiliza apostilas, cada

professor elabora suas atividades de acordo com suas necessidades.

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Quero deixar bem claro, que isso nao acontece com freqO~ncia, portanto,

percebo 0 interesse e esforyo de cada profissional que esteve envolvido aqui na

pesquisa. 0 lema foi bern aceito e comentado, pelas professoras, tentaram

investigar mais sabre 0 assunto, depois que entregaram a pesquisa. Sendo que se

manifesta de maneira positiva, no que se diz respeito a sua atualizayao como

profissionais. Foram solicitadas referencias bibliograficas, para urn maior

aprofundamento. A maioria justificou que 0 lema e bem interessante, s6 que

pouco divulgado e manifestado como forma de express~o criadora. A escola

deveria investir em capacita~o aos seus profissionais, para contribuir com 0

desenvolvimento global de seus alunos.

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CONCLUSAO

o desenho e brincadeira, e experirnentayllo, e vivi'mcia. ( DERDIK,1989,

P.63).Esta cita<;~o vern refor<;ar a irnportancia do desenho na vida crian<;a e 0 que

ele significa para ela. Estamos frente a uma crianr;a que esta cercada de varios

estimulos diariamente, e como professores devemos estar antenados sabre as

consequ~ncias de urn ensino inovador.

Percebe-se a importancia e a necessidade do professor, nao ter apenas

no.yOes, mas aprofundar seus conhecimentos em relac;ao ao desenho e 0 que ele

representa na vida e no desenvolvimento da crianc;a. Sua atuayao no processo de

aprendizagem e de mediad or de conhecimentos que servirao de base para vida de

seu aluno.

Considerar, portanto, a expressividade da crianc;a significa entende-Ia como

processo de articulac;ao inlerna e de inter-relayao com os Qutros. Processo este,

que justifica 0 presente trabalho.

A educayao nos dias atuais esta passando por urn processo de renovayao

de espayos, de resignificayao de conteudos e de valores, tendo como ponto de

partida todas as mudanyas ocorridas na sociedade. A escola, como instituiyao

integrante e atuante dessa sociedade e desencadeadora do saber sistematizado,

nao pode ficar fora desse processo de contextualizayao dos conhecimentos

A pesquisa realizada foi de suma importancia, atraves da experiencia e

viv~ncia do meu trabalho, atuando na mesma escola que foi realizada a pesquisa,

percebo que as vezes nosso intenyao de justificar a trabalho realizado com as

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crian<;as e baseado de maneira mais relevante no aspecto do sense comum, pais

a prioridade de manifestar a maneira com qual trabalhamos, que nos identificamos

ou que escola segue, demonstra, entao, ser contestada atraves da nossa

experi~ncia profissional.

A busca de novas conhecimentos e conceito de maneira geral e

principalmente sobre os estudos relativos ao desenho infantil deve S8 constituir

num trabalho incessante do profissional da educa~ao infanti!.

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REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

ARANHA, A. Maria Lucia. Filosofi. da educa~Ao. sao Paulo: Moderna, 1996

CORDI, C. et al. Para filosofar. sao Paulo, SP: Scipione,1997

DERDIK. E. Formas de pensar 0 desenho: desenvolvimento do grafismo

infantil. sao Paulo: Scipione,1989

DERDIK. E.O desenho da figura humana. Sao Paulo: Scipione,1990

LOWENFELD, V. & BRITTAIN,W.L. Desenvolvimento da capac ida de criadora.

Sao Paulo: Mestre Jou, 1977.

LOWENFELD, V. A Crian~a e sua arte. sao Paulo: Mestre Jou, 1977

MEREDIEU, F. 0 desenho Infantil. Sao Paulo: Cultrix. 1974

MINISTERIO DA EDUCA<;AO E CULTURA. Paramentros curriculares

nacionais: arte/secretaria de Educa~ao Fundamental. Brasilia: MEC/SEF.1997

_' Referencial Curricular Nacional Para A Educa4;3o Infantil. Brasilia:

MEC/SEF. 1998. 3v.

MOREIRA, Ana Angelica Albano. 0 Espa~o do Desenho: a educa~ao do

educador. 7' ed. sao Paulo: Edil'oes Loyola. 1997.

NIELSON NETO. Henrique. Filosofia basica. 2. Ed. sao Paulo: Atual. 1985.

OSTROWER, Fayga. Criatividade e processos de cria~ao. Petr6polis: Vozes,

1987

SANS, C. Paulo de Tarso. A crianl'" e 0 artista: Fundamentos para 0 ensino de

artes plasticas. Campinas. SP: Papirus. 1995

SILVA, Silvia.M.e. Condic;oes sociais da constituic;ao do desenho infantil.

Campinas. SP Mercado das Letras. 2002

VIANNA, Maria Leticia. Desenhos esteriotipados: uma mal necessaria au it:

necessaria acabar com esse mal? Texto xerocopiado, 1995

FERRIRA. B.H Aurelio. Dicionario Novo Aurelio: Seculo XXI. sao Paulo, SP:

Nova Fronteira. 1999

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ANEXOS

ANEXO 1 - ESTERI6TIPOS

ANEXO 2 - MODELO DE INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS

ANEXO 3 - PESQUISA DE CAMPO

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ANEXO 1 - ESTERI6TIPOS

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ANEXO 2 - MODELO DE INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS

I'ES() ISA

NI.'t1k-'1.~l)an.:nh!"3~itlici:t ••': _Tilnlu:: Eli'a •...-u.r1-Jl: _

1; Que lipo de .1f.i"itbdcssao n:;oiliZ3bs rom sua.(UIII~7

( ) CO:Urll" () l>csoenho lj'\'re () l>iruur.l () Reoofte e CoI3g,rnt

( 'Shn ( )N50

E p.tr.J.vcxX como profti.~t.~:!( lSim ( )N50

Ql.I;;Ir!

4) CUIIIU \'OcC cnc3.11linha~, ;llivid:-..t!csqvc: cxpr('!"-<.1.m u;; '~nhos de ....:us aluDOi"!l)ir ••."Cion3:

( IGII'

(.HUln_, .• QuOl!.' _

47

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ANEXO 3 - PESQUISA DE CAMPO

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PESQUI$A 0NOIlld SOIll\!IlIt: as inicias):_C"'-'-t.J":--"-----,-:--,;;- -=--::--------Turma: rnC\.·AA~ FaixJ ct.iria:-,Z=--- ~",-"GL-,,""""=-,-.,-- _

1) Quantu tempo trabalh:t I.:orn a F..duc;,uo;a() Inf;ultil?/h.: 11' c<. r.O>

2) Que tipo de ativid~((Jes sao realiz.ldns com su:\ turma'l

(:'()Colorir VI I)csl~nho livre ('.() Pinlura (I() Recoric <.! Co[u~em

3) Quando J. crianva desenha, esta produ(jau [em :tlglllll significndo pal":1e\a?

()('l Sim ( J N50

~ h,~ ~ "t"'-'- a ~ki:d.o ~ ""~')....0..0 &-' l'l ••.••.•l·-k.d...o -n-.c...-? -'1-.. ....••..•••eu.. J-0::..; ~ j ~ I,)L<. ~~

"1-"'-'..t.U ~ .cLpv4'r."<'..A-E p:lfJ "oc':: C()1Il0 pro(t'ssorn'~IX') Silll ( ) N:io

·n CUlllO voc~ enc:tminha:lj; lli\'idade:; que cxpressJlIl os dcs<:nilOs de sellS alunos'?Dir..:ciona:

IXICor ( )I~nll.l ( IOrd":ll1 IX) Oriellta<,::io E::>!xh;i:l.l

( JOU[ro, .QlIal?~ ~~~ ~w, ~ ~~~k"o(_~.A..bC•.P,~ ~ ~ ct. ~~ _Q..<.~~ --./ ~.jo ~

51 Vc.X:~ utiliz.1 ck:senhtlS I.!."teriulipndos (xeroxJ pJf.l Jc,cl1vo]Yt'r :-u~s :llivl(i:1cks?

( ) N50utili/u (X) A;; ve7..~'S ( ) S~lllpr~

6) VOCl::ldJa qut! imcrft!re !las prochH,:tlt!<;de seus :dunos'!

I ) Sim

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Dt.! qUL' Illallt.!ira?

7) Voc~ ac.:ha importnnte conhecer as etopa~ do descnho infantil?

(;d Silll ( ) N:iu

Cile a clapa Ill,,-is imponnntt!. Juslifiquc. . . ,J.c..--.~ " ~~UJ hoJ<:-r,·kJ/.. ~'~./O ,~".., 0...-,1<.

'k..,

8) Voce achn que l~xiste llmn forrnD. (it' l~slilllubr a crintivid<tdc dt' .••..;us nlutlos'!

(\") Sill! ( ) Nao

i\luito obrigOlda POt" sua panic.:ip:urao!

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PESQUISA ®Nomc(sorncll1~ as inicias);---4;,_""5Cl~:-----;-:-----o,,,=- _Turrna: Mk-r:rc Faix.:lclaria:_?4S'"- _I) Qualllo tempo trabalha corn a Educa\=ao Infanti)?

5€<2S AN03

2) Que 1ipo de atividadcs sao realizadas com sua turma?

0--Colorl[ ~DcsenhO Livre ~inlura ~e<':OrLe c Colagem

3) Quando a crianrra dcscnha, esta prodm;ao rem aigllm significado para cia?

y4SiJll ( ) Nao

E D<lravoce como prOres~()ra?()\Sim ( ) Nao

4) Como voce cncaminha as alividad\!s que cxpressam os descnhos de sellS alunos?Dircciona:

( leor ( ) I-'orrlla () O["c\(:1n () Oricmar;ao Espacial

Qual' ~~ fuU!(ariwlIb cd-Vindc~<iJ OLllrOS

5) Voce utiliza clescnhos cSleriolipados (xerox) para descilvolver $LlaS atividadcs?

( ) Niio lItilizo <;xI As ve'l.cs ( ) Scmprc

6) Voce acha que interfere nas prodlll;ocs de sellS alunos?

( ) Sirtl '(1Nao

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7) VO("':; nella il1lporwnt~ conll~~(Tr;,lS t~tapas dc.'d~sel1ho Itlb.tltiU

NSilll ( ) Nfio

Citl! J. ct;tpa IlKli:;. illlponantt!. Justillquc.

8) Voce aeha que aiSle Ulllil forrn~ de cstimular a crialividade dc $Cus alutlos?

~Sirn ( ) Noo

Muito obrigndJ pOl' sua participar;Jo!

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PESQUISA©

NOIl1CISUmClIlC "s illici",), P F B E.Torma: J- --"-'--FL·"-'-ix"""-d""':\-ri-",-3·';-u-mro--. -rml---:.1-eC-" q"<x"C'hfYJ~-'---

1) Quanto tt:lllPO lrabalha (om a Educa<;ii.o Infantil'.1

2) Que lipo de atividades sao rl!:l.1izadas com !\Ualurma'l

(1-.)Colorir !)I..}Desenho Liwt' (i.) Pintllrtl (')6' Recortc c Cubgt!Jll

3) Quando a crian<;:J dt.'St!nha. C.'i;(J. proolH;ao l~m algurn significado para cia?

(X) Sirn ( ) Niio

E p3ra \locI:' como prort!ssora'!¢() Sim ( ) N:to

4) Como vOCe encJlllinha as nlivicbdcs que e),prcssum uS descnhos de sells alullos?Dirt!ciona:

( )eO! ( ) Form:\

l ) OUlh)>; Qual? _

5) VO(.: utiliza dest'nho~ csteril,'lip:l(tos (xcro),) p:tr:\ de~er: ·olver Slla~ ::t! ividades",'

( ) N:10Uliliw ( ~Scmpre

6) Voe;: aeha que inlerrer!.! na.\ produc;(>cs <It' sells ;l]UllO:':!

( ) Silll i>O NfiiJ

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Dl! qllt' manl!ir:r!

7) Voce :t(.;ha impOrtallll! cOllht:(.;~r as clapas do dcsenho infantil?

\(J Sim l )Niin

8) VO\.';::icha que cxi!'itt' limn forrna de t'slitl)uJar {i cri:ltividack de. ~eus alunos'!

('Xl Sim ( ) N50

Qual?

~:nIY\de- ,riLn,,~e () c~O- 0 '¥'ill Ilormpro

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PESQUISA @Nomd"0lnt'lllo.! ao;:illiCia:;'J:--RJ~;..L--c-:-_-=- _

Turrna: - Faixa\!tiiri~l:_.:5uoQ.£ron.J&'-os::>- _

1) Quanto tempo lr:lbJ.lha com a Educa<;ao Infantil?

2) Que [ipo dt: mividndcs ,50 n:alizndas COIll~UJ tUrrlu?

(~Colorir (X) Dcsenho Livre. (~Pintura lX:) Rec:.'orte!! CObgClll

J) Quando a crian<;a dcscnha. est a proom;ilo tern algum significado pam ela?

((I Sirn ( ) Nolo

Qual?_~Q.=;t0, Clm. ryyV)jb

E para yoct: C.vlllOprofessor:l?(X)Sim ()N;io

4) COl1l0 "OCt! encanunha ,I'> <ltlv,dadc!) quI.! ex.pre.~ •••1I1l os descnhos de ~ell<; aluno,,}Dtn:CIOll.l ,...,0//16;->

rM'~7) 1)( ) COl ( ) Fo! lila CX'J Ordem (J OI1Cllt.lC;.lU Esp.lclal

( ) Outr,)s QuJ.I? _

5) V(X;C' 1IIiliZ::l ck;;e.nhos c<;{Crinlip,ldi)S(xerox) para dCSt'lIvulvCf !)U:l.S:lti\'idadcs?

( ) N:iUlllilizu ( ) Scmpr\!

6) Voct: :teh:t qUt; interfere nao;;produc;ik: •.de sells :\tuIHA!

( ) Sim (XI N50

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7) Yoct! :leila imponanle conhcccr a.•.!.!wp:ts do dest:nho inf,IIHil?

(x.) Silll ( ) Nflo

t() Sim ( ) N50

JVluiro obrigaelil POI' sua PJrticip:l~ao!

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PESQUISA ©I) Quanto tempo trab:tlhn com a Educ.J.<,:JO Inf;llllil'!~!~L- _

2) Que lipo de atividnclcs ~fio r(!~lliZi.ldas COllI sua lUfllla!

~) Colorir -;() J)~.:;cnho Livr~ f><.) Pilllura (;.<J ReCOrll~ c Coiagl:!Jl1

3) Quando a crinn<;;;\descnhn. cstJ pr{Xlu~:io [em algum significlldn pant ckt'~

~Sim ) Nfio

Qual'!-{\9 d16< 'cJ* l ,n tJt (Q, Y) (fA- I Ftd ¥ lAtcnlO vJe 8' '"

'VILe rO.p""rod'l£l dlJ(l£lroiJ Ll /"Il.~n .otl ..to9'" ."toNDc.1,,:)c)de « cerroA' QlA '2\,I,~oocd9' b9&,i19 Nor' ~~~.E p.:ml voce como prorcssora'!C><l, illl ( ) Nfio

Qual')i.DJJ)LMW ,,(!lxofY "("1'" 20 ,,{,,.'"me£, ,M.O ,»1, v",.c.,L:_

~.ciF: ..& q.s..LL )' rd-cj, , Obi.! G\ Jrt!.to'--'.. _

..·n Como vOCt- cllC3minha:ls ativi(bdcs que e:l;pl\':.$1l.1IlO~ dl!~~lIhos de ~us nlunos'.'Dirccion,\:

\ 1Cor \ )]"\I["rn,\ ( ) Ordell] !) Orit'n1:l.r;:to Esp:lciai

K)Outrns Qu.d? ~. , _

~Sil1l ( ;Nfio

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~ a Y'\O= q'!' , I ,(...c>tO.AA,fl"">')q.....--r:!M£n ,)OJ. ,10

7) Voce ach:. irnp...'1rtilIlICconhcccr:ls clapJ.s do dcsenho infantil?

(;>4 Silll ( ) Nfio

Cite a ~Iapil mats importante. JlIstifique.

E~i4;~k~L~';~~:~~jf~-~.>v-:.,..,..,.,~-,--, c...a->~~8) Voce :leila que existe lIm;1 forma de cSlimulnr:. nialividade de seus alunos?

t<> Stili ( ) N!io

Muito obrig.1da pOl' SlIa PJrticipa!!;30!

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PESQUISA ®NOIllC(SOIllCIlIC ~S iniCiaS):_-,CL'-M--,--,P c-~---,~~=-=-c-__TU["ln:l:-I.lL1 Faix;'! \.'t.irit1:_~5"_h'"'_'__'6"_.Lo-'"/'O.B';)'_'__'=~- '--~1) Quanto t~1llro trabalh:1 COin a Edl!(,:a~5.u Inf.llltil'?

2) Que tipo de alividadcs suo realiza.das com SU~l lunna?

( ) Colorir ~ Descnho Livre ()() Pintura 00 Recant! e Col:lgelll

3) Quando:\ crirtll<;a dl.!Sl;:'nhn, eSI:l pf(xllJ(;~ao 1em a\gum significado par:t eta?

E p:lr:l voc~ como prof\!~wra?(>Q Silll ( ) Nilo

Qual?

iMw~mW um 7xi-4) Como vocC:enC".11l1inh:l as alivid:ldes que CXpl\'SSalll os dt:~llho.s de SI;!LlSaIUlli)S','

Dircdull;\:

( ) Cor ( ) Forma () OrdclIl () Orient::l\';io ESP:lclJ[

O/J QUiros QlI,r> [QQJYl1wm ,5) VOCl: utili/ ..'l dt':..t!nhos c:sleriotip:ldos L'tc:I'OXI pnr:l. yc:~envtJlvt'r SU;\:--:Ilivid,u:h:s?

( \ Nao tltilil.o !;N As V.::l(::- ( ) Sct1lpr~

6) Voce :leila que interrcre 11:1.t pl\)(llI~(X'_S de sew; alullos?

(X) Sim ( ) N:io

7) Voc~ :lCh;l imponnnlc conht!cer as clapas do (IL-senhoinfantil?

(~Sirn ( )N50

8) Voc0 adl:l qlle exisi\! lima rorrmt dl! eSlimular.1 cri:uividade de seus ~t1l1nos"!

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7) Voc~ ;-tell;1imponantl' conhc:ccr as ('tapas do (h.~scnho infanlil?

(~Sil11 ( 1 N,10

Cite a ~(ap:l 1ll:lis impor~f.te. Justiliqllc.

-'n~/~NLpmwA~D~f*~~~WU~]~'-~~Jaauv~N~)-,----------

8) voce aella que existe limn forma de e.~tirnutilr a crintivid:\{le de seus ;tluno •.?

00 Sim ( ) Nao

Muitu obrigmlJ por ~uu p:trticip:t<,:ao!