UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ … · subleito, basde de brita graduada, base de solo...

25
UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ CAMPUS CAMPO MOURÃO CURSO SUPERIOR EM ENGENHARIA CIVIL Relatório de Estágio Curricular Diovani Remor Marquesini Sérgio Braga Autorizo para encaminhamento à banca examinadora , _______________________ Sérgio Braga Campo Mourão 2012

Transcript of UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ … · subleito, basde de brita graduada, base de solo...

Page 1: UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ … · subleito, basde de brita graduada, base de solo cimento e solo tratado com cimento, imprimação, pintura de ligação, usinagem

UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ

CAMPUS CAMPO MOURÃO

CURSO SUPERIOR EM ENGENHARIA CIVIL

Relatório de Estágio Curricular

Diovani Remor Marquesini

Sérgio Braga

Autorizo para encaminhamento à banca examinadora ,

_______________________ Sérgio Braga

Campo Mourão 2012

Page 2: UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ … · subleito, basde de brita graduada, base de solo cimento e solo tratado com cimento, imprimação, pintura de ligação, usinagem

ÍNDICE

1. INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 1

2. DESCRIÇÃO DO LOCAL ..................................................................................... 2

3. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS ......................................................................... 5

3.1 Laboratório ..................................................................................................... 5

4.2 Acompanhamento da execução dos serviços .................................................... 7

4.2.1 Limpeza da faixa de ocupação e destocamento ......................................... 7

4.2.2 Aterros ......................................................................................................... 8

4.2.3 Regularização do subleito ........................................................................... 9

4.2.4 Base de Brita Graduada Simples .............................................................. 10

4.2.5 Solo cimento e solo tratado com cimento .................................................. 10

4.2.6 Imprimação ............................................................................................... 11

4.2.7 Pintura de Ligação .................................................................................... 11

4.2.8 Usina de CBUQ DRUM-MIXER................................................................. 11

4.2.9 CBUQ ........................................................................................................ 12

4.2.10 Tratamento Superficial triplo (TST) ......................................................... 13

4.2.11 Drenagem ............................................................................................... 14

4.2.12 Meio Fio .................................................................................................. 14

4.3 Orçamento ....................................................................................................... 15

4.4 Produção da empresa...................................................................................... 15

4.5 Produtividade dos equipamentos ..................................................................... 15

4.6 Cronograma da obra ........................................................................................ 16

4.7 Diário de Obra ................................................................................................. 16

4.8 Planejamento da obra ...................................................................................... 16

4.9 Projeto de sub base e base de solo cimento ................................................... 17

4. CONCLUSÃO .................................................................................................... 18

ANEXO A .................................................................................................................. 19

Page 3: UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ … · subleito, basde de brita graduada, base de solo cimento e solo tratado com cimento, imprimação, pintura de ligação, usinagem

RESUMO

Este relatório irá apresentar as atividades realizadas e desenvolvidas pelo estagiário

no período de estágio obrigatório, sendo realizado no setor de pavimentação, foram

observadas os diversos tipos de serviços que compõe o pavimento, tais como

limpeza da faixa de ocupação e destocamento, aterro, corte, regularização do

subleito, basde de brita graduada, base de solo cimento e solo tratado com cimento,

imprimação, pintura de ligação, usinagem de CBUQ, execução de CBUQ,

tratamento superficial triplo, drenagem, meio fio. E também as atividades

desenvolvidas no laboratório, no desenvolvimento de orçamento, na produção da

empresa, na produtividade dos equipamentos, no cronograma da obra, no diário de

obra, no planejamento de obra e projeto de sub base e base de solo cimento.

Page 4: UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ … · subleito, basde de brita graduada, base de solo cimento e solo tratado com cimento, imprimação, pintura de ligação, usinagem

1

1. INTRODUÇÃO

Neste trabalho estão relatadas as atividades desenvolvidas pelo estagiário em

diversas obras executadas pela empresa concedente do estágio, assim tendo uma

prévia visualização dos procedimentos de execução dos serviços envolvidos em

obras de pavimentação.

O controle de qualidade dos serviços em obras de pavimentação, possui requisitos

a serem atendidos, sendo determinados por órgãos específicos especializados,

DNIT, DER ou pelas prefeituras. Havendo discrepâncias nos padrões de qualidade

exigidos pela contratante, o serviço são refeitos, assim dando ao contratante a

segurança e qualidade da obra, sendo fiscalizadado pela equipe de laboratório e de

topográfia da empresa.

Com o controle de produtividade é possivel estimar a produção do mês com mais

prescizão e possuir um maior controle de custos das próprias obras, já com a

produção são estimados mais prescizamente os custos dos serviços executado de

cada obra.

Page 5: UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ … · subleito, basde de brita graduada, base de solo cimento e solo tratado com cimento, imprimação, pintura de ligação, usinagem

2

1. DESCRIÇÃO DO LOCAL

O estágio foi realizado na Construtora Casali LTDA, especializada em serviços de

pavimentação. A empresa concedente do estágio tem sua sede no município de

Campo Mourão – PR e possui obras em diversos municípios do estado do Paraná, A

empresa atua no setor de pavimentação, onde executa serviços de loteamento,

drenagem urbana, recapeamento e implantações de rodovias.

O quadro 1 descreve o corpo técnico da empresa.

Quadro 2: Corpo técnico

Corpo Técnico

Quantidade Função

2 Engenheiros Civil

1 Topógrafo

1 Laboratorista

1 Encarregado Geral

1 Encarregado de Pavimentação

1 Encarregado da Usina de asfalto

Para execução dos serviços a empresa disponibiliza dos equipamentos inseridos no

quadro 2.

Quadro 2: Equipamentos

RELAÇÃO DE EQUIPAMENTOS - CONSTRUTORA CASALI

COD.EQUIP. PLACA DESCRIÇÃO DO EQUIPAMENTO MODELO/MARCA

APU - 2652 Automóvel Volks Gol APU - 2652 Volks Wagen

AMB - 3352 Automóvel Volks Gol AMB-3352 Volks Wagen

APU - 2655 Automóvel Volks Gol APU - 2655 Volks Wagen

BYD - 8002 Camioneta F-4000 - Transp. Pessoal Ford/F-4000

BET - 01 Betoneira de Concreto

CCF - 01 Caminhão Comboio Ford

CEF - 01 Caminhão Espargidor Ford

CEW - 01 Caminhão Espargidor Volks Wagen

CPC - 02 Caminhão Pipa Chevrolet

Page 6: UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ … · subleito, basde de brita graduada, base de solo cimento e solo tratado com cimento, imprimação, pintura de ligação, usinagem

3

CPF - 01 Caminhão Pipa Ford

CTF - 01 Cavalo Trator FNM FNM

DAR - 01 Distribuidor de Agregados Rebocável Spreed

ERMR - 01 Rotativa Mac Rul

MCA - 01 Máquina de Cortar Asfalto 7,5 cv Makita

MMF - 01 Máquina de Meio Fio

MNC - 03 Motoniveladora Caterpillar

MNH - 01 Motoniveladora Huber

MNH - 02 Motoniveladora Huber

PCV - 01 Placa Compactadora Vibratória

PRF - 01 Prancha Reboque de Ferro

RCP - 01 Rolo Compactador de Pneus Muller

REC - 01 Retroescavadeira CASE

REPC - 01 Rolo Estático Pé de Carneiro

RTM - 01 Rolo Tanden Muller Muller

RTM - 02 Rolo Tanden Muller Muller

RVCD - 02 Rolo Vib. (CA - 25 Corrugado) Dinapac

RVD - 01 Rolo Vib. (CG - 11) Dinapac

RVLD - 01 Rolo Vib. (CA - 25 Liso) Dinapac

TPC - 01 Trator de Pneus CBT

VAB - 01 Vibro Acabadora Barber green

BUD - 8002 Caminhão Toco Chevrolet

BLP - 8037 Camionet F - 4000 Ford

AAO - 4266 Caminhão 608 Mercedes Benz

AVR - 1612 Caminhão 608 Mercedes Benz

ADQ - 1535 Caminhão Toco Chevrolet

AHY - 6991 Caminhão Pipa Ford

Page 7: UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ … · subleito, basde de brita graduada, base de solo cimento e solo tratado com cimento, imprimação, pintura de ligação, usinagem

4

O quadro 3 classifica as obras acompanhadas pelo estagiário e descreve os

serviços executados para cada obra.

Quadro 3: Serviços executados nas obras

Municipio Reperfilagem Corte e Regularização Base Base

CBUQ Aterro do Sub-Leito BGS Solo-Cimento

Goioere – Recap X

Farol – Recap X

Araruna – Recap X

Araruna Estacionamento X X X

Campo Mourão - Loteamento X X X

Quarto Centenário - Loteamento X X X

Pérola – Loteamento X X X

Araruna – Loteamento X X X

Araruna – Implantação X X

Campo Mourão - Estacionamento X X

Campo Mourão - Estacionamento X

Campo Mourão - Estacionamento

Campo Mourão - Loteamento X X

Tuneiras do Oeste - Implantação BR 487 X X X

Quadro 4: Serviços executados nas obras

Municipio Sub-Base Solo

Imprimação Pintura

CBUQ TST Melhorado c/ Cimento de Ligação

Goioere – Recap X X

Farol – Recap X X

Araruna – Recap X X

Araruna Estacionamento X X X

Campo Mourão - Loteamento X X X

Quarto Centenário - Loteamento X X X

Pérola - Loteamento X X X

Araruna - Loteamento X X X

Araruna - Implantação X X X

Campo Mourão - Estacionamento X X X

Campo Mourão - Estacionamento X X X

Campo Mourão - Estacionamento X X X

Campo Mourão - Loteamento X

Tuneiras do Oeste - Implantação BR 487 X X X

Page 8: UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ … · subleito, basde de brita graduada, base de solo cimento e solo tratado com cimento, imprimação, pintura de ligação, usinagem

5

2. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS

O estágio teve inicio no dia 17/agosto de 2011, com término em 06 de janeiro de

2012, assim totalizando as 400 horas necessárias propostas pela Universidade

Tecnológica Federal do Paraná.

No estágio foram desenvolvidas as seguintes atividades:

Laboratório de materiais – solos e pavimentação

Acompanhamento da execução dos serviços

Orçamentos

Produção da empresa

Produtividade dos equipamentos

Após determinado tempo estágiário foi transferido para o consórcio Casali – ICCILA,

na implantação de 18,7 km da BR 487 (BOIADEIRA). As atividades desenvolvidas

foram as seguintes:

Cronograma da obra;

Laboratório – solos e pavimentação;

Diário de Obra;

Planejamento;

Execução de Obra;

Projeto de Sub-Base de Solo melhorado com Cimento;

Projeto de Base de Solo Cimento.

2.1 Laboratório

As atividades desenvolvidas no laboratório iniciaram-se com a execução dos

ensaios de controle de qualidade de insumos e produção para pavimentação, Neste

período atuei auxiliei o laboratorista no execução de ensaios pertinentes, no

tratamento dos dados coletados, na elaboração de laudos técnicos e na fiscalização

de campo para coleta de amostras.

Produzi também planilhas eletrônicas em software Excell afim de sistematizar os

dados coletados, os resultados obtidos e emissão de laudo técnico para a

Page 9: UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ … · subleito, basde de brita graduada, base de solo cimento e solo tratado com cimento, imprimação, pintura de ligação, usinagem

6

fiscalização, Foram desenvolvidas planilhas eletrônicas para os seguintes ensaios:

Compactação, densidade “in situ”, granulometria, índice de suporte Califórnia e

dosagem Marshall.

Os ensaios praticados e acompanhados em laboratório foram os seguintes:

Ensaio de Compactação: ensaio realizado visando obter a densidade máxima

e a umidade ótima dos materiais empregados.

Densidade in situ: realizado através do equipamento chamado frasco de

areia ou cilintro cortante, onde se obtém a densidade e umidade de campo e

por consequência o grau de compactação.

Índice de suporte Califórnia: experimento tradicional da pavimentação é

realizado a fim de se obter a capacidade de suporte do material examinado e

que será empregado nos seguintes serviços: aterro, camada de

regularização, sub-base e base. Cada orgão ou projeto possui uma

especificação de suporte minimo para cada tipo de serviço. Os dados de

ensaio de CBR estão diretamente ligadas à compactação, pois quando

executar o mesmo, é necessário que se encontre a umidade ótima do

material visando representar melhor o material de campo em laboratório.

Análise Granulométrica: é o processo destinado a determinar a distribuição

dos grãos por tamanhos, Os dados do experimento de granulometria em

conjunto com os dados dos experimentos de limite de liquidez e limite de

plasticidade determinam uma classificação de solos TRB (Transportation

Research Board).

Limite de liquidez: é o teor de umidade em que o solo se encontra, entre o

estado liquido e o estado plastico.

Limite de plasticidade: é a umidade correspondente a passagem do estado

semi-solido para o plástico.

Indice de plasticidade: é a diferença entre limite de liquidez e o limite de

plasticidade.

Extração de betume: possui a função de verificar o teor de betume e a

granulometria empregadas noo CBUQ e PMF.

Page 10: UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ … · subleito, basde de brita graduada, base de solo cimento e solo tratado com cimento, imprimação, pintura de ligação, usinagem

7

Temperatura pós usinagem: verificação da temperatura no momento em que

a massa é carregada nos caminhões basculantes para transporte até o

canteiro de obras.

Temperatura de execução: temperatura em que a massa é lançada a pista.

4.2 Acompanhamento da execução dos serviços

Os serviços acompanhados no periodo do estágio serão descrito conforme foram

realizados.

4.2.1 Limpeza da faixa de ocupação e destocamento

A limpeza da faixa de ocupação é determinada pelo “off-set”, onde será removido

toda a vegetação e árvores existente (figura 1), pois na area delimitada pelo “off-set”

será executado o corte/aterro. Esse material não poderá ser usado no aterro, pois

contém matéria orgânica, sendo destinado às áreas de bota-fora, depressões do

terreno ou até mesmo no limite da faixa de domínio.

Figura 1 - Limpeza da faixa de ocupação

Page 11: UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ … · subleito, basde de brita graduada, base de solo cimento e solo tratado com cimento, imprimação, pintura de ligação, usinagem

8

4.2.2 Aterros

A execução de aterros possui 3 etapas, sendo o lançamento do material pelos

caminhões basculantes, o espalhamento do material pela motoniveladora e a

compactação pelos rolo compactador. Sendo de extrema importância sempre deixar

o aterro com caimento lateral, para que quando ocorra chuva, a água possa escoar

o mais rápido possivel e evitar seu acúmulo na pista.

É preferivel não iniciar o trabalho de compactação quando a possibilidade de chuva,

pois com a chuva, o solo irá saturar, assim passando o teor de pista da umidade

ótima, ocassionando os borrachudos (solo saturado). Caso a camada esteja lançada

e regularizada é usar rolos pneumaticos para compactar a camada superficial, assim

evitando que a água penetre no solo. Após a chuva ou em caso de borrachudo, o

solo deve ser escarificado por motoniveladora ou trator com grades (mais eficiente),

fazendo a aeração do solo e assim diminuindo o teor de umidade.

O serviço aterro é dividido em duas etapas a saber: O corpo do aterro e a camada

final.

A camada final são os 60 cm superiores dos aterros, sendo a altura máxima por

camada de 20 cm e o grau de compactação mínimo exigido de 100% Proctor

normal. Na última camada é que se faz a regularização e onde começa a receber a

forma e as inclinações da rodovia.

O corpo de aterro são as camadas abaixo da camada final, podendo possuir a

camada máxima de 30 cm e o grau de compactação de 95%.

A compactação deve começar das bordas para o centro, sobrepondo 20 cm entre as

passadas, até atingir a compactação ideal, comprovada pelo ensaio de laboratório

densidade in situ.

A compactação ocorre por segmentos, na obra da BR-487 possui segmentos em

início de aterro, segmentos na execução de camadas finais e também trechos em

serviço de regularização. Esta diversificação de serviços conduziu a um grande fluxo

de caminhões basculantes, motoniveladoras, escavadeiras hidraulicas e rolos, O

volume médio diário de serviços de compactação gira em torno de 7.000 m³, O

serviço de topografia verifica as espessuras das camadas compactadas e fornece

dados para subsidiar as medições. O laboratório através dos resultados de

experimentos libera as canchas para as demais camadas. Os ensaios realizados

Page 12: UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ … · subleito, basde de brita graduada, base de solo cimento e solo tratado com cimento, imprimação, pintura de ligação, usinagem

9

para tanto são os de compactação, densidade “in situ”, granulometria, limite de

liquidez, limite de plasticidade, índice de grupo e índice de suporte california.

4.2.3 Regularização do subleito

Segundo Balbo (2007) o subleito é a camada infinita do pavimento, sendo

considerada a fundação do pavimento, ou seja, é o material natural da região onde

se pretende inserir o pavimento.

Quando a regularização é feita em aterro (figura 2), deve utilizar os melhores solos

para as camadas finais, conforme o CBR de projeto.

Em cortes, pode se deparar com duas situações, caso o CBR do solo local maior ou

igual ao de projeto, o solo deve ser preparado, ou seja, escarificado, homogeneizado

e compactado. Caso o CBR seja inferior ao de projeto, recomenda-se a troca de

material por outro, com CBR compativel (reforço do subleito).

A regularização do subleito deverá ser coberto o mais rapido possivel, com as

demais camadas do pavimento, pois pode sofrer erosões e/ou acréscimo de,

umidade. Também o tráfego pode ocasionar danos a estruturas já executadas, Caso

haja danos, a construtora é responsável.

Figura 2 - Regularização

Page 13: UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ … · subleito, basde de brita graduada, base de solo cimento e solo tratado com cimento, imprimação, pintura de ligação, usinagem

10

4.2.4 Base de Brita Graduada Simples

A base de brita graduada simples (BGS) é feita com a mistura de materiais de faixas

granulométricas diferentes, assim os menores preenchendo o vazio das maiores.

A preparação da BGS pode ser feita em usina, ou em pista ocasião em que os

materiais são dosados pelo volume das conchas das pás carregadeiras empregadas

no trecho. O espalhamento é feito pela motoniveladora, então o material é

umedecido até atingir a umidade ótima para então o rolo compactador liso efetue a

compactação. Após é feita a verificação do volume e espessura pela topografia e

realizado os ensaios de densidae “in situ” pelo laboratório para verificar a sua

compactação.

4.2.5 Solo cimento e solo tratado com cimento

Solo cimento e solo tratado com cimento são constituidos da mistura de solo,

cimento e água, em proporções pré-determinados, sendo executado em usina ou na

pista, sendo compactados por rolo corrugado e submetido ao periodo de cura.

A diferença entre solo cimento e solo tratado com cimento está ligada ao teor de

cimento da mistura, quando o teor for abaixo de 4%, é considerado solo tratado com

cimento, e quando o teor for superior a 4% é considerado solo cimento.

Para solo misturado na pista, é adotado faixa de distribuição longitudinal, separadas

por dois metros cada.

Os sacos devem ser esparramados transversalmente ao eixo da pista, e realizado o

espalhamento manual com os rodos, após é utilizado uma maquina acoplada a um

trator agrícola denominada rotativa, que possui misturadores para a

homogeneização do material, com o material ainda aberto, o caminhão pipa efetua o

umedecimento até atingir a umidade ótima, para assim efetuar a compactação.

A usina de solo cimento possui dois silos, uma para o cimento a granel, e outra para

o solo, onde este é carregado por pá carregadeira, possui também o misturador,

onde é feita a homogeneização do material com o solo e acrescentado a água,

conforme sua umidade ótima.

Após todo o seu preparo, é efetuada a compactação com rolos corrugados, sendo

verificado pelo laboratório pelo ensaio de densidade “in situ”.

Page 14: UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ … · subleito, basde de brita graduada, base de solo cimento e solo tratado com cimento, imprimação, pintura de ligação, usinagem

11

4.2.6 Imprimação

Imprimação é executada pelo caminhão espargidor, que aquece o ligantel CM-30

antes de ser aplicado em pista. Antes da aplicação, a superfície da base, deve ser

limpa, para retirada de excesso de pó ou material solto, assim sendo executada pelo

caminhão espargidor, respeitando a taxa de 0,80 a 1,60 l/m².

Sua principal função é de proteção e impermeabilização da camada de base.

4.2.7 Pintura de Ligação

O modo de aplicação da pintura de ligação é o mesmo, porém o material usado é o

RR-2C, e possui a finalidade de aderência entre a base e o revestimento.

4.2.8 Usina de CBUQ DRUM-MIXER

O CBUQ é constituído pela mistura à quente de agregado graúdo, agregado miúdo,

filler e o ligante asfáltico. A composição granulométrica determina a textura final do

pavimento, no caso, com um valor maior de agregado miúdo, obter-se-á uma

superfície mais fechada utilizada em camada de rolamento, já valor maior de

agregado graúdo, obter uma superfície utilizada em camada de ligação ou binder.

Para isso cada órgão fiscalizador possui sua faixa granulométrica.

A empresa possui uma usina volumétrica (drum mixer) móvel (figura 3), ou seja, a

usina está locada sobre um chassi de carreta, onde poderá ser transportada sem ser

desmontada. Na usina os materiais são estocados nos quatro silos, que alimentam o

secador, possui um sistema de pesagem automática, através da fita, os materiais

são levados ao tambor secador misturador, onde acontece a secagem dos materiais

e a mistura do CAP, para então passar para o elevador e ir para o silo de

armazenamento, onde é carregado em caminhões. O combustível para

aquecimento da mistura é o xisto. A usina possui uma capacidade de produção de

65 toneladas/hora.

Page 15: UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ … · subleito, basde de brita graduada, base de solo cimento e solo tratado com cimento, imprimação, pintura de ligação, usinagem

12

4.2.9 CBUQ

Para execução do CBUQ é necessário que a superfície da pista que irá recebê-lo

apresente-se limpa, sem pó ou outras substâncias prejudiciais.

O transporte da mistura asfáltica é feito por caminhões basculantes com caçamba

metálicas e coberta por lonas, a fim de proteger o CBUQ durante o transporte dos

seguintes problemas:

Perda de temperatura

Ação de chuva e da umidade

Contaminação por poeira

Figura 3 - Usina de CBUQ

Page 16: UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ … · subleito, basde de brita graduada, base de solo cimento e solo tratado com cimento, imprimação, pintura de ligação, usinagem

13

A tampa da caçamba, onde o CBUQ é descarregado, é equipadas com correntes,

afim de evitar o sobre carregamento na vibro acabadora, assim regulando sua

vazão.

A temperatura mínima para espalhamento da pista é de 120ºC, nas obras a

temperatura em que a massa estava no momento do espalhamento era de 135 a

155 ºC, essa temperatura varia com a distância da obra e da temperatura ambiente,

o espalhamento era executado pela vibro acabadora, que promove o espalhamento

do CBUQ conforme a geometria desejada. A acabadora é posicionada no inicio do

trecho onde irá começar a trabalhar, então o caminhão vem em marcha ré até cerca

de 20 centímetros dos roletes da vibro acabadora, ela avança até que os roletes

façam contato com as rodas traseiras, então a caçamba do caminhão é levantada

até o CBUQ seja deslizado para a vibroacabadora, assim ela se movimenta

empurrando o caminhão e distribuindo a massa asfáltica de forma uniforme

conforme a espessura desejada. Caso não haja o acabamento desejado, é

necessário realizar a execução manual, com espalhamento da massa com rodos.

Após o espalhamento é realizado a compactação do CBUQ, sendo operada entre a

temperatura de 60ºC a 150ºC. O modo de execução utilizado na empresa segue os

seguintes passos:

1. Compactação é iniciada com rolo pneumático, com baixa pressão nos

pneus, sendo iniciada a compactação do ponto mais baixo da seção

transversal seguindo para o eixo, as passadas devem recobrir a metade

da largura do equipamento.

2. Após uma fechada de compactação da pista, é aumentado a pressão

interna dos pneus, e então dado às fechadas restantes.

3. Após o rolo pneumático, é utilizado o rolo tandem, com o mesmo modo de

operação que o rolo pneumático. A função do rolo tandem é dar

acabamento para a superfície.

4.2.10 Tratamento Superficial triplo (TST)

Para execução do TST, é necessário realizar a limpeza da superfície em que será

aplicado o serviço, após é realizada a pintura com o ligante asfáltico na pista.

Imediatamente é realizado o espalhamento da primeira camada do agregado

conforme projeto assim sendo compactado por rolo liso, o material que se apresenta

Page 17: UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ … · subleito, basde de brita graduada, base de solo cimento e solo tratado com cimento, imprimação, pintura de ligação, usinagem

14

solto, deve ser removido. Então deve executar a segunda e a terceira camada de

modo idêntico à primeira.

4.2.11 Drenagem

A primeira etapa para inicio da obra é a locação das galerias de águas pluvial pela

topografia, no caso, onde deveria ser escavado, assim foi feito a escavação com a

retro escavadeira conforme o que a distancia em que eram assentados os tubos,

pois não poderia deixar as valas abertas no período da noite, devido ao bairro já ser

habitado, causando risco de acidente. Então é preparada a base da vala conforme a

inclinação, sendo esse serviço acompanhado pela topografia. O assentamento de

tubos (macho/femea) é feito com a retro escavadeira, com auxilio manual de um

servente, após ser assentado é executado a argamassa para selagem das emendas

entre os tubos, então é realizado o reaterro, sendo 70% dele sem apiloamento e os

30% finais com apiloamento (compactação com os pneus da retroescavadeira).

Já a execução dos poços de visita (PV) e das caixas de ligação são iniciados com a

escavação da retroescavadeira, a base é nivelada e lançado um concreto magro,

então feito a base do PV e a paredes com blocos de concreto, a tampa para o PV é

produzida com concreto armado pré moldado com as medidas já definidas de

projeto, sendo transportada até a obra e estocada a céu aberto. Assim quando

necessário é locada com a retroescavadeira e feito o reaterro. Nesta obra foram

executado 5 caixas de ligação além do previsto em projeto devido a leitura errada do

projeto realizada pelo encarregado.

Após era dado inicio a execução das bocas de lobo, do mesmo modo que os PV`s ,

porém com dimensões menores.

4.2.12 Meio Fio

A execução do meio fio é iniciada pela regularização com a motoniveladora do local

onde será locado o meio fio, então a topografia loca o gabarito, assim a equipe de

execução do meio fio, amarra a corda entre as estacas marcadas pela topografia,

formando o percurso com que sera executado o meio fio, a máquina a realizar o

formato do meio fio possui um suporte em que nele é pendurado uma corrente, e

Page 18: UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ … · subleito, basde de brita graduada, base de solo cimento e solo tratado com cimento, imprimação, pintura de ligação, usinagem

15

essa corrente deve correr sobre a corda, assim sendo executado o meio fio

conforme a geometria de projeto.

4.3 Orçamento

No periodo foi executado orçamento da sinalização do estacionamento da

Universidade Tecnológica Federal do Paraná, campus Campo Mourão – Pr (UTFPR-

CM). Com o projeto fornecido pela UTFPR-CM foi contabilizado o quantitatitativo em

m² de pintura, Após as definições, foi realizada cotação junto as com as sub-

empreiteiras para execução do serviços.

4.4 Produção da empresa

A produção real da empresa é realizada conforme a quantidade de materiais ou de

serviços executados durante o mês. Para esse controle é utilizado a ferramenta cad,

através dos projetos da obra, é possivel determinar a quantidade de serviços com

unidades de área e volume e para os serviços medidos por peso, são utilizados as

notas emitidas pela balança e notas fiscais das demais aquisições de materiais.

Após o levantamento quantitativo realiza-se o preenchimento de tabela de produção,

que subsidia o preenchimento das planilhas eletrônicas com o resumo de materiais

e serviços realizado no mês e seu respectivo custo.

4.5 Produtividades dos equipamentos

Para medir e acompanhar a produção dos diversos equipamentos foi solicitado e

feito uma planilha eletrônica onde é feito a entrada dos dados da produção e o total

de horas realizado pelos equipamentos no mês, assim com o preenchimento da

planilha gera-se um resumo da produtividade dos equipamentos, sendo iniciado o

banco de dados da empresa.

Com o resultado obtido no resumo, é possivel estimar se o equipamento está

produzindo conforme o esperado pelo orçamento, comparação entre os operadores

em seus determinados serviços e também o consumo médio dos equipamentos pela

produção.

Page 19: UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ … · subleito, basde de brita graduada, base de solo cimento e solo tratado com cimento, imprimação, pintura de ligação, usinagem

16

4.6 Cronograma da obra

Com o auxilio do engenheiro residente da obra, foi dividido a obra em 4 segmento, o

primeiro compreendido entre as estacas 2680 a 2910, o segundo entre as estacas

2910 a 3140, o terceiro entre as estacas 3140 a 3370 e o quarto entre as estacas

3370 a 3614.

Após foi realizado um estudo de projeto e feito o levantamento dos serviços

necessários em cada segmento. Com a composição de custos da empresa, a qual

possui a produtividade de cada equipamento, foi possivel estimar o tempo gasto

para cada serviço, conforme a quantidade de equipamento disponivel na obra.

Através dos dados obtidos foi executado o cronograma fisico financeiro e o

cronograma no MS Projec, onde foi possivel a ligação entre as atividades

dependentes de outras atividades para dar inicio. Após foi gerado o caminho critico

do projeto, para analise de projeto e definições de metas.

A cada medição da obra, é realizado as atualizações dos cronogramas, onde a

inserção de novas metas imposta pela empresa e assim possuir um maior controle

do andamento da obra.

4.7 Diário de Obra

O diário de obra é preenchido sistematicamente, com anotações dos quantitativos

ddos serviços executados no dia, com as comunicações realizadas entre a empresa,

a consultoria e a fiscalização e as condições climaticas. O diario de obra é entregue

semanalmento ao DNIT e a consultoria.

4.8 Planejamento da obra

O planejamento da obra é realizado semanalmente, onde é feito o estudo do

cronograma para o cumprimento da meta semanal, assim é definido em quais

serviços os equipamentos irão trabalhar, se haverá necessidade de mais

equipamentos na obra, é revisado a produtividade dos equipamentos presente na

obra e é definido também os serviços que a sub-empreiteira terá de executar,

Page 20: UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ … · subleito, basde de brita graduada, base de solo cimento e solo tratado com cimento, imprimação, pintura de ligação, usinagem

17

4.9 Projeto de sub base e base de solo cimento

Foi elaborado o projeto sob a coordenação do engenheiro da sub base de solo

melhorado com cimento 2% e a base de solo cimento 6%. Foi elaborado em

conjunto com dois laboratórios, o da Construtora Casali e o da ICCILA. A primeira

etapa foi o projeto de sondagem em malha, sendo a distancia entre os pontos de 30

metros, totalizando 23 furos. Os furos foram realizados com trado manual pela

equipe de laboratório da ICCILA, com profundidade de 6,00 metros.

O projeto de solo melhorado com cimento (2%) começa com a execução da

compactação no proctor intermediario, assim é deixada uma amostra misturada com

cimento em repouso por três dias, então é realizado o CBR, assim resultando no

índice de suporte do material.

O projeto de base de solo cimento (6%) é realizado a compactação no proctor

normal, e então é realizada a resistência a compressão.

Assim é calculado o projeto, conforme padrão DNIT, os projeto de sub-base se

encontra no anexo A.

Page 21: UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ … · subleito, basde de brita graduada, base de solo cimento e solo tratado com cimento, imprimação, pintura de ligação, usinagem

18

3. CONCLUSÃO

O estágio foi de fundamental importância para a ligação entre a universidade e o

mercado de trabalho, pois através do estágio, pode-se observar a teoria estudada

em sala de aula na prática de uma empresa.

Os ensaios e a teoria estudada em mecanica dos solos podem ser observados com

uma maior clareza nas atividades de laboratório, onde as quais são requisitos

básicos para a qualidade da obra de pavimentação.

Os métodos utilizados para execução de serviços de pavimentação e drenagem

condiziam com as aulas de projeto geometrico de estradas, projeto de pavimentação

e sistemas hidraulicos urbanos, fazendo com que a parte pratica fosse explicada

pela parte teorica, no decorrer dos serviços.

O contato com o campo, fez com que observasse a dificuldade de cada serviço, a

quantidade de funcionários necessários para execução do mesmo, as soluções dos

problemas encontrados em obra, ou seja, a realidade do funcionamento de uma

empresa.

A maior diculdade encontrada em relação ao estágio foi à cobrança do engenheiro,

onde ele estava dando dicas e ensinando a gerenciar a obra da BR 487/PR, a cobrar

as tarefas dos demais funcionários, mas ao mesmo tempo em que possuia essa

liberdade, também era cobrado por ele, com o tempo adquiri responsabilidade como

engenheiro, uma vez por mês o engenheiro tinha reunião da empresa em Estrela –

Rio Grande do Sul, e a obra ficava sob minha responsabilidade e dos encarregados

e mestres.

De modo geral o estágio serviu de oportunidade para o estudante compreender

melhor a teoria vista na universidade, fazendo com que pequenas duvidas, com o

tempo fossem esclarecidades com o decorrer das obras.

Page 22: UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ … · subleito, basde de brita graduada, base de solo cimento e solo tratado com cimento, imprimação, pintura de ligação, usinagem

19

ANEXO A

Projeto Sub Base de Solo Melhorado com Cimento 2%

Page 23: UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ … · subleito, basde de brita graduada, base de solo cimento e solo tratado com cimento, imprimação, pintura de ligação, usinagem

20

Page 24: UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ … · subleito, basde de brita graduada, base de solo cimento e solo tratado com cimento, imprimação, pintura de ligação, usinagem

21

Page 25: UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ … · subleito, basde de brita graduada, base de solo cimento e solo tratado com cimento, imprimação, pintura de ligação, usinagem

22