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UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ
CAMPUS CAMPO MOURÃO
CURSO SUPERIOR EM ENGENHARIA CIVIL
Relatório de Estágio Curricular
Diovani Remor Marquesini
Sérgio Braga
Autorizo para encaminhamento à banca examinadora ,
_______________________ Sérgio Braga
Campo Mourão 2012
ÍNDICE
1. INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 1
2. DESCRIÇÃO DO LOCAL ..................................................................................... 2
3. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS ......................................................................... 5
3.1 Laboratório ..................................................................................................... 5
4.2 Acompanhamento da execução dos serviços .................................................... 7
4.2.1 Limpeza da faixa de ocupação e destocamento ......................................... 7
4.2.2 Aterros ......................................................................................................... 8
4.2.3 Regularização do subleito ........................................................................... 9
4.2.4 Base de Brita Graduada Simples .............................................................. 10
4.2.5 Solo cimento e solo tratado com cimento .................................................. 10
4.2.6 Imprimação ............................................................................................... 11
4.2.7 Pintura de Ligação .................................................................................... 11
4.2.8 Usina de CBUQ DRUM-MIXER................................................................. 11
4.2.9 CBUQ ........................................................................................................ 12
4.2.10 Tratamento Superficial triplo (TST) ......................................................... 13
4.2.11 Drenagem ............................................................................................... 14
4.2.12 Meio Fio .................................................................................................. 14
4.3 Orçamento ....................................................................................................... 15
4.4 Produção da empresa...................................................................................... 15
4.5 Produtividade dos equipamentos ..................................................................... 15
4.6 Cronograma da obra ........................................................................................ 16
4.7 Diário de Obra ................................................................................................. 16
4.8 Planejamento da obra ...................................................................................... 16
4.9 Projeto de sub base e base de solo cimento ................................................... 17
4. CONCLUSÃO .................................................................................................... 18
ANEXO A .................................................................................................................. 19
RESUMO
Este relatório irá apresentar as atividades realizadas e desenvolvidas pelo estagiário
no período de estágio obrigatório, sendo realizado no setor de pavimentação, foram
observadas os diversos tipos de serviços que compõe o pavimento, tais como
limpeza da faixa de ocupação e destocamento, aterro, corte, regularização do
subleito, basde de brita graduada, base de solo cimento e solo tratado com cimento,
imprimação, pintura de ligação, usinagem de CBUQ, execução de CBUQ,
tratamento superficial triplo, drenagem, meio fio. E também as atividades
desenvolvidas no laboratório, no desenvolvimento de orçamento, na produção da
empresa, na produtividade dos equipamentos, no cronograma da obra, no diário de
obra, no planejamento de obra e projeto de sub base e base de solo cimento.
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1. INTRODUÇÃO
Neste trabalho estão relatadas as atividades desenvolvidas pelo estagiário em
diversas obras executadas pela empresa concedente do estágio, assim tendo uma
prévia visualização dos procedimentos de execução dos serviços envolvidos em
obras de pavimentação.
O controle de qualidade dos serviços em obras de pavimentação, possui requisitos
a serem atendidos, sendo determinados por órgãos específicos especializados,
DNIT, DER ou pelas prefeituras. Havendo discrepâncias nos padrões de qualidade
exigidos pela contratante, o serviço são refeitos, assim dando ao contratante a
segurança e qualidade da obra, sendo fiscalizadado pela equipe de laboratório e de
topográfia da empresa.
Com o controle de produtividade é possivel estimar a produção do mês com mais
prescizão e possuir um maior controle de custos das próprias obras, já com a
produção são estimados mais prescizamente os custos dos serviços executado de
cada obra.
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1. DESCRIÇÃO DO LOCAL
O estágio foi realizado na Construtora Casali LTDA, especializada em serviços de
pavimentação. A empresa concedente do estágio tem sua sede no município de
Campo Mourão – PR e possui obras em diversos municípios do estado do Paraná, A
empresa atua no setor de pavimentação, onde executa serviços de loteamento,
drenagem urbana, recapeamento e implantações de rodovias.
O quadro 1 descreve o corpo técnico da empresa.
Quadro 2: Corpo técnico
Corpo Técnico
Quantidade Função
2 Engenheiros Civil
1 Topógrafo
1 Laboratorista
1 Encarregado Geral
1 Encarregado de Pavimentação
1 Encarregado da Usina de asfalto
Para execução dos serviços a empresa disponibiliza dos equipamentos inseridos no
quadro 2.
Quadro 2: Equipamentos
RELAÇÃO DE EQUIPAMENTOS - CONSTRUTORA CASALI
COD.EQUIP. PLACA DESCRIÇÃO DO EQUIPAMENTO MODELO/MARCA
APU - 2652 Automóvel Volks Gol APU - 2652 Volks Wagen
AMB - 3352 Automóvel Volks Gol AMB-3352 Volks Wagen
APU - 2655 Automóvel Volks Gol APU - 2655 Volks Wagen
BYD - 8002 Camioneta F-4000 - Transp. Pessoal Ford/F-4000
BET - 01 Betoneira de Concreto
CCF - 01 Caminhão Comboio Ford
CEF - 01 Caminhão Espargidor Ford
CEW - 01 Caminhão Espargidor Volks Wagen
CPC - 02 Caminhão Pipa Chevrolet
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CPF - 01 Caminhão Pipa Ford
CTF - 01 Cavalo Trator FNM FNM
DAR - 01 Distribuidor de Agregados Rebocável Spreed
ERMR - 01 Rotativa Mac Rul
MCA - 01 Máquina de Cortar Asfalto 7,5 cv Makita
MMF - 01 Máquina de Meio Fio
MNC - 03 Motoniveladora Caterpillar
MNH - 01 Motoniveladora Huber
MNH - 02 Motoniveladora Huber
PCV - 01 Placa Compactadora Vibratória
PRF - 01 Prancha Reboque de Ferro
RCP - 01 Rolo Compactador de Pneus Muller
REC - 01 Retroescavadeira CASE
REPC - 01 Rolo Estático Pé de Carneiro
RTM - 01 Rolo Tanden Muller Muller
RTM - 02 Rolo Tanden Muller Muller
RVCD - 02 Rolo Vib. (CA - 25 Corrugado) Dinapac
RVD - 01 Rolo Vib. (CG - 11) Dinapac
RVLD - 01 Rolo Vib. (CA - 25 Liso) Dinapac
TPC - 01 Trator de Pneus CBT
VAB - 01 Vibro Acabadora Barber green
BUD - 8002 Caminhão Toco Chevrolet
BLP - 8037 Camionet F - 4000 Ford
AAO - 4266 Caminhão 608 Mercedes Benz
AVR - 1612 Caminhão 608 Mercedes Benz
ADQ - 1535 Caminhão Toco Chevrolet
AHY - 6991 Caminhão Pipa Ford
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O quadro 3 classifica as obras acompanhadas pelo estagiário e descreve os
serviços executados para cada obra.
Quadro 3: Serviços executados nas obras
Municipio Reperfilagem Corte e Regularização Base Base
CBUQ Aterro do Sub-Leito BGS Solo-Cimento
Goioere – Recap X
Farol – Recap X
Araruna – Recap X
Araruna Estacionamento X X X
Campo Mourão - Loteamento X X X
Quarto Centenário - Loteamento X X X
Pérola – Loteamento X X X
Araruna – Loteamento X X X
Araruna – Implantação X X
Campo Mourão - Estacionamento X X
Campo Mourão - Estacionamento X
Campo Mourão - Estacionamento
Campo Mourão - Loteamento X X
Tuneiras do Oeste - Implantação BR 487 X X X
Quadro 4: Serviços executados nas obras
Municipio Sub-Base Solo
Imprimação Pintura
CBUQ TST Melhorado c/ Cimento de Ligação
Goioere – Recap X X
Farol – Recap X X
Araruna – Recap X X
Araruna Estacionamento X X X
Campo Mourão - Loteamento X X X
Quarto Centenário - Loteamento X X X
Pérola - Loteamento X X X
Araruna - Loteamento X X X
Araruna - Implantação X X X
Campo Mourão - Estacionamento X X X
Campo Mourão - Estacionamento X X X
Campo Mourão - Estacionamento X X X
Campo Mourão - Loteamento X
Tuneiras do Oeste - Implantação BR 487 X X X
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2. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS
O estágio teve inicio no dia 17/agosto de 2011, com término em 06 de janeiro de
2012, assim totalizando as 400 horas necessárias propostas pela Universidade
Tecnológica Federal do Paraná.
No estágio foram desenvolvidas as seguintes atividades:
Laboratório de materiais – solos e pavimentação
Acompanhamento da execução dos serviços
Orçamentos
Produção da empresa
Produtividade dos equipamentos
Após determinado tempo estágiário foi transferido para o consórcio Casali – ICCILA,
na implantação de 18,7 km da BR 487 (BOIADEIRA). As atividades desenvolvidas
foram as seguintes:
Cronograma da obra;
Laboratório – solos e pavimentação;
Diário de Obra;
Planejamento;
Execução de Obra;
Projeto de Sub-Base de Solo melhorado com Cimento;
Projeto de Base de Solo Cimento.
2.1 Laboratório
As atividades desenvolvidas no laboratório iniciaram-se com a execução dos
ensaios de controle de qualidade de insumos e produção para pavimentação, Neste
período atuei auxiliei o laboratorista no execução de ensaios pertinentes, no
tratamento dos dados coletados, na elaboração de laudos técnicos e na fiscalização
de campo para coleta de amostras.
Produzi também planilhas eletrônicas em software Excell afim de sistematizar os
dados coletados, os resultados obtidos e emissão de laudo técnico para a
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fiscalização, Foram desenvolvidas planilhas eletrônicas para os seguintes ensaios:
Compactação, densidade “in situ”, granulometria, índice de suporte Califórnia e
dosagem Marshall.
Os ensaios praticados e acompanhados em laboratório foram os seguintes:
Ensaio de Compactação: ensaio realizado visando obter a densidade máxima
e a umidade ótima dos materiais empregados.
Densidade in situ: realizado através do equipamento chamado frasco de
areia ou cilintro cortante, onde se obtém a densidade e umidade de campo e
por consequência o grau de compactação.
Índice de suporte Califórnia: experimento tradicional da pavimentação é
realizado a fim de se obter a capacidade de suporte do material examinado e
que será empregado nos seguintes serviços: aterro, camada de
regularização, sub-base e base. Cada orgão ou projeto possui uma
especificação de suporte minimo para cada tipo de serviço. Os dados de
ensaio de CBR estão diretamente ligadas à compactação, pois quando
executar o mesmo, é necessário que se encontre a umidade ótima do
material visando representar melhor o material de campo em laboratório.
Análise Granulométrica: é o processo destinado a determinar a distribuição
dos grãos por tamanhos, Os dados do experimento de granulometria em
conjunto com os dados dos experimentos de limite de liquidez e limite de
plasticidade determinam uma classificação de solos TRB (Transportation
Research Board).
Limite de liquidez: é o teor de umidade em que o solo se encontra, entre o
estado liquido e o estado plastico.
Limite de plasticidade: é a umidade correspondente a passagem do estado
semi-solido para o plástico.
Indice de plasticidade: é a diferença entre limite de liquidez e o limite de
plasticidade.
Extração de betume: possui a função de verificar o teor de betume e a
granulometria empregadas noo CBUQ e PMF.
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Temperatura pós usinagem: verificação da temperatura no momento em que
a massa é carregada nos caminhões basculantes para transporte até o
canteiro de obras.
Temperatura de execução: temperatura em que a massa é lançada a pista.
4.2 Acompanhamento da execução dos serviços
Os serviços acompanhados no periodo do estágio serão descrito conforme foram
realizados.
4.2.1 Limpeza da faixa de ocupação e destocamento
A limpeza da faixa de ocupação é determinada pelo “off-set”, onde será removido
toda a vegetação e árvores existente (figura 1), pois na area delimitada pelo “off-set”
será executado o corte/aterro. Esse material não poderá ser usado no aterro, pois
contém matéria orgânica, sendo destinado às áreas de bota-fora, depressões do
terreno ou até mesmo no limite da faixa de domínio.
Figura 1 - Limpeza da faixa de ocupação
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4.2.2 Aterros
A execução de aterros possui 3 etapas, sendo o lançamento do material pelos
caminhões basculantes, o espalhamento do material pela motoniveladora e a
compactação pelos rolo compactador. Sendo de extrema importância sempre deixar
o aterro com caimento lateral, para que quando ocorra chuva, a água possa escoar
o mais rápido possivel e evitar seu acúmulo na pista.
É preferivel não iniciar o trabalho de compactação quando a possibilidade de chuva,
pois com a chuva, o solo irá saturar, assim passando o teor de pista da umidade
ótima, ocassionando os borrachudos (solo saturado). Caso a camada esteja lançada
e regularizada é usar rolos pneumaticos para compactar a camada superficial, assim
evitando que a água penetre no solo. Após a chuva ou em caso de borrachudo, o
solo deve ser escarificado por motoniveladora ou trator com grades (mais eficiente),
fazendo a aeração do solo e assim diminuindo o teor de umidade.
O serviço aterro é dividido em duas etapas a saber: O corpo do aterro e a camada
final.
A camada final são os 60 cm superiores dos aterros, sendo a altura máxima por
camada de 20 cm e o grau de compactação mínimo exigido de 100% Proctor
normal. Na última camada é que se faz a regularização e onde começa a receber a
forma e as inclinações da rodovia.
O corpo de aterro são as camadas abaixo da camada final, podendo possuir a
camada máxima de 30 cm e o grau de compactação de 95%.
A compactação deve começar das bordas para o centro, sobrepondo 20 cm entre as
passadas, até atingir a compactação ideal, comprovada pelo ensaio de laboratório
densidade in situ.
A compactação ocorre por segmentos, na obra da BR-487 possui segmentos em
início de aterro, segmentos na execução de camadas finais e também trechos em
serviço de regularização. Esta diversificação de serviços conduziu a um grande fluxo
de caminhões basculantes, motoniveladoras, escavadeiras hidraulicas e rolos, O
volume médio diário de serviços de compactação gira em torno de 7.000 m³, O
serviço de topografia verifica as espessuras das camadas compactadas e fornece
dados para subsidiar as medições. O laboratório através dos resultados de
experimentos libera as canchas para as demais camadas. Os ensaios realizados
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para tanto são os de compactação, densidade “in situ”, granulometria, limite de
liquidez, limite de plasticidade, índice de grupo e índice de suporte california.
4.2.3 Regularização do subleito
Segundo Balbo (2007) o subleito é a camada infinita do pavimento, sendo
considerada a fundação do pavimento, ou seja, é o material natural da região onde
se pretende inserir o pavimento.
Quando a regularização é feita em aterro (figura 2), deve utilizar os melhores solos
para as camadas finais, conforme o CBR de projeto.
Em cortes, pode se deparar com duas situações, caso o CBR do solo local maior ou
igual ao de projeto, o solo deve ser preparado, ou seja, escarificado, homogeneizado
e compactado. Caso o CBR seja inferior ao de projeto, recomenda-se a troca de
material por outro, com CBR compativel (reforço do subleito).
A regularização do subleito deverá ser coberto o mais rapido possivel, com as
demais camadas do pavimento, pois pode sofrer erosões e/ou acréscimo de,
umidade. Também o tráfego pode ocasionar danos a estruturas já executadas, Caso
haja danos, a construtora é responsável.
Figura 2 - Regularização
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4.2.4 Base de Brita Graduada Simples
A base de brita graduada simples (BGS) é feita com a mistura de materiais de faixas
granulométricas diferentes, assim os menores preenchendo o vazio das maiores.
A preparação da BGS pode ser feita em usina, ou em pista ocasião em que os
materiais são dosados pelo volume das conchas das pás carregadeiras empregadas
no trecho. O espalhamento é feito pela motoniveladora, então o material é
umedecido até atingir a umidade ótima para então o rolo compactador liso efetue a
compactação. Após é feita a verificação do volume e espessura pela topografia e
realizado os ensaios de densidae “in situ” pelo laboratório para verificar a sua
compactação.
4.2.5 Solo cimento e solo tratado com cimento
Solo cimento e solo tratado com cimento são constituidos da mistura de solo,
cimento e água, em proporções pré-determinados, sendo executado em usina ou na
pista, sendo compactados por rolo corrugado e submetido ao periodo de cura.
A diferença entre solo cimento e solo tratado com cimento está ligada ao teor de
cimento da mistura, quando o teor for abaixo de 4%, é considerado solo tratado com
cimento, e quando o teor for superior a 4% é considerado solo cimento.
Para solo misturado na pista, é adotado faixa de distribuição longitudinal, separadas
por dois metros cada.
Os sacos devem ser esparramados transversalmente ao eixo da pista, e realizado o
espalhamento manual com os rodos, após é utilizado uma maquina acoplada a um
trator agrícola denominada rotativa, que possui misturadores para a
homogeneização do material, com o material ainda aberto, o caminhão pipa efetua o
umedecimento até atingir a umidade ótima, para assim efetuar a compactação.
A usina de solo cimento possui dois silos, uma para o cimento a granel, e outra para
o solo, onde este é carregado por pá carregadeira, possui também o misturador,
onde é feita a homogeneização do material com o solo e acrescentado a água,
conforme sua umidade ótima.
Após todo o seu preparo, é efetuada a compactação com rolos corrugados, sendo
verificado pelo laboratório pelo ensaio de densidade “in situ”.
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4.2.6 Imprimação
Imprimação é executada pelo caminhão espargidor, que aquece o ligantel CM-30
antes de ser aplicado em pista. Antes da aplicação, a superfície da base, deve ser
limpa, para retirada de excesso de pó ou material solto, assim sendo executada pelo
caminhão espargidor, respeitando a taxa de 0,80 a 1,60 l/m².
Sua principal função é de proteção e impermeabilização da camada de base.
4.2.7 Pintura de Ligação
O modo de aplicação da pintura de ligação é o mesmo, porém o material usado é o
RR-2C, e possui a finalidade de aderência entre a base e o revestimento.
4.2.8 Usina de CBUQ DRUM-MIXER
O CBUQ é constituído pela mistura à quente de agregado graúdo, agregado miúdo,
filler e o ligante asfáltico. A composição granulométrica determina a textura final do
pavimento, no caso, com um valor maior de agregado miúdo, obter-se-á uma
superfície mais fechada utilizada em camada de rolamento, já valor maior de
agregado graúdo, obter uma superfície utilizada em camada de ligação ou binder.
Para isso cada órgão fiscalizador possui sua faixa granulométrica.
A empresa possui uma usina volumétrica (drum mixer) móvel (figura 3), ou seja, a
usina está locada sobre um chassi de carreta, onde poderá ser transportada sem ser
desmontada. Na usina os materiais são estocados nos quatro silos, que alimentam o
secador, possui um sistema de pesagem automática, através da fita, os materiais
são levados ao tambor secador misturador, onde acontece a secagem dos materiais
e a mistura do CAP, para então passar para o elevador e ir para o silo de
armazenamento, onde é carregado em caminhões. O combustível para
aquecimento da mistura é o xisto. A usina possui uma capacidade de produção de
65 toneladas/hora.
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4.2.9 CBUQ
Para execução do CBUQ é necessário que a superfície da pista que irá recebê-lo
apresente-se limpa, sem pó ou outras substâncias prejudiciais.
O transporte da mistura asfáltica é feito por caminhões basculantes com caçamba
metálicas e coberta por lonas, a fim de proteger o CBUQ durante o transporte dos
seguintes problemas:
Perda de temperatura
Ação de chuva e da umidade
Contaminação por poeira
Figura 3 - Usina de CBUQ
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A tampa da caçamba, onde o CBUQ é descarregado, é equipadas com correntes,
afim de evitar o sobre carregamento na vibro acabadora, assim regulando sua
vazão.
A temperatura mínima para espalhamento da pista é de 120ºC, nas obras a
temperatura em que a massa estava no momento do espalhamento era de 135 a
155 ºC, essa temperatura varia com a distância da obra e da temperatura ambiente,
o espalhamento era executado pela vibro acabadora, que promove o espalhamento
do CBUQ conforme a geometria desejada. A acabadora é posicionada no inicio do
trecho onde irá começar a trabalhar, então o caminhão vem em marcha ré até cerca
de 20 centímetros dos roletes da vibro acabadora, ela avança até que os roletes
façam contato com as rodas traseiras, então a caçamba do caminhão é levantada
até o CBUQ seja deslizado para a vibroacabadora, assim ela se movimenta
empurrando o caminhão e distribuindo a massa asfáltica de forma uniforme
conforme a espessura desejada. Caso não haja o acabamento desejado, é
necessário realizar a execução manual, com espalhamento da massa com rodos.
Após o espalhamento é realizado a compactação do CBUQ, sendo operada entre a
temperatura de 60ºC a 150ºC. O modo de execução utilizado na empresa segue os
seguintes passos:
1. Compactação é iniciada com rolo pneumático, com baixa pressão nos
pneus, sendo iniciada a compactação do ponto mais baixo da seção
transversal seguindo para o eixo, as passadas devem recobrir a metade
da largura do equipamento.
2. Após uma fechada de compactação da pista, é aumentado a pressão
interna dos pneus, e então dado às fechadas restantes.
3. Após o rolo pneumático, é utilizado o rolo tandem, com o mesmo modo de
operação que o rolo pneumático. A função do rolo tandem é dar
acabamento para a superfície.
4.2.10 Tratamento Superficial triplo (TST)
Para execução do TST, é necessário realizar a limpeza da superfície em que será
aplicado o serviço, após é realizada a pintura com o ligante asfáltico na pista.
Imediatamente é realizado o espalhamento da primeira camada do agregado
conforme projeto assim sendo compactado por rolo liso, o material que se apresenta
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solto, deve ser removido. Então deve executar a segunda e a terceira camada de
modo idêntico à primeira.
4.2.11 Drenagem
A primeira etapa para inicio da obra é a locação das galerias de águas pluvial pela
topografia, no caso, onde deveria ser escavado, assim foi feito a escavação com a
retro escavadeira conforme o que a distancia em que eram assentados os tubos,
pois não poderia deixar as valas abertas no período da noite, devido ao bairro já ser
habitado, causando risco de acidente. Então é preparada a base da vala conforme a
inclinação, sendo esse serviço acompanhado pela topografia. O assentamento de
tubos (macho/femea) é feito com a retro escavadeira, com auxilio manual de um
servente, após ser assentado é executado a argamassa para selagem das emendas
entre os tubos, então é realizado o reaterro, sendo 70% dele sem apiloamento e os
30% finais com apiloamento (compactação com os pneus da retroescavadeira).
Já a execução dos poços de visita (PV) e das caixas de ligação são iniciados com a
escavação da retroescavadeira, a base é nivelada e lançado um concreto magro,
então feito a base do PV e a paredes com blocos de concreto, a tampa para o PV é
produzida com concreto armado pré moldado com as medidas já definidas de
projeto, sendo transportada até a obra e estocada a céu aberto. Assim quando
necessário é locada com a retroescavadeira e feito o reaterro. Nesta obra foram
executado 5 caixas de ligação além do previsto em projeto devido a leitura errada do
projeto realizada pelo encarregado.
Após era dado inicio a execução das bocas de lobo, do mesmo modo que os PV`s ,
porém com dimensões menores.
4.2.12 Meio Fio
A execução do meio fio é iniciada pela regularização com a motoniveladora do local
onde será locado o meio fio, então a topografia loca o gabarito, assim a equipe de
execução do meio fio, amarra a corda entre as estacas marcadas pela topografia,
formando o percurso com que sera executado o meio fio, a máquina a realizar o
formato do meio fio possui um suporte em que nele é pendurado uma corrente, e
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essa corrente deve correr sobre a corda, assim sendo executado o meio fio
conforme a geometria de projeto.
4.3 Orçamento
No periodo foi executado orçamento da sinalização do estacionamento da
Universidade Tecnológica Federal do Paraná, campus Campo Mourão – Pr (UTFPR-
CM). Com o projeto fornecido pela UTFPR-CM foi contabilizado o quantitatitativo em
m² de pintura, Após as definições, foi realizada cotação junto as com as sub-
empreiteiras para execução do serviços.
4.4 Produção da empresa
A produção real da empresa é realizada conforme a quantidade de materiais ou de
serviços executados durante o mês. Para esse controle é utilizado a ferramenta cad,
através dos projetos da obra, é possivel determinar a quantidade de serviços com
unidades de área e volume e para os serviços medidos por peso, são utilizados as
notas emitidas pela balança e notas fiscais das demais aquisições de materiais.
Após o levantamento quantitativo realiza-se o preenchimento de tabela de produção,
que subsidia o preenchimento das planilhas eletrônicas com o resumo de materiais
e serviços realizado no mês e seu respectivo custo.
4.5 Produtividades dos equipamentos
Para medir e acompanhar a produção dos diversos equipamentos foi solicitado e
feito uma planilha eletrônica onde é feito a entrada dos dados da produção e o total
de horas realizado pelos equipamentos no mês, assim com o preenchimento da
planilha gera-se um resumo da produtividade dos equipamentos, sendo iniciado o
banco de dados da empresa.
Com o resultado obtido no resumo, é possivel estimar se o equipamento está
produzindo conforme o esperado pelo orçamento, comparação entre os operadores
em seus determinados serviços e também o consumo médio dos equipamentos pela
produção.
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4.6 Cronograma da obra
Com o auxilio do engenheiro residente da obra, foi dividido a obra em 4 segmento, o
primeiro compreendido entre as estacas 2680 a 2910, o segundo entre as estacas
2910 a 3140, o terceiro entre as estacas 3140 a 3370 e o quarto entre as estacas
3370 a 3614.
Após foi realizado um estudo de projeto e feito o levantamento dos serviços
necessários em cada segmento. Com a composição de custos da empresa, a qual
possui a produtividade de cada equipamento, foi possivel estimar o tempo gasto
para cada serviço, conforme a quantidade de equipamento disponivel na obra.
Através dos dados obtidos foi executado o cronograma fisico financeiro e o
cronograma no MS Projec, onde foi possivel a ligação entre as atividades
dependentes de outras atividades para dar inicio. Após foi gerado o caminho critico
do projeto, para analise de projeto e definições de metas.
A cada medição da obra, é realizado as atualizações dos cronogramas, onde a
inserção de novas metas imposta pela empresa e assim possuir um maior controle
do andamento da obra.
4.7 Diário de Obra
O diário de obra é preenchido sistematicamente, com anotações dos quantitativos
ddos serviços executados no dia, com as comunicações realizadas entre a empresa,
a consultoria e a fiscalização e as condições climaticas. O diario de obra é entregue
semanalmento ao DNIT e a consultoria.
4.8 Planejamento da obra
O planejamento da obra é realizado semanalmente, onde é feito o estudo do
cronograma para o cumprimento da meta semanal, assim é definido em quais
serviços os equipamentos irão trabalhar, se haverá necessidade de mais
equipamentos na obra, é revisado a produtividade dos equipamentos presente na
obra e é definido também os serviços que a sub-empreiteira terá de executar,
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4.9 Projeto de sub base e base de solo cimento
Foi elaborado o projeto sob a coordenação do engenheiro da sub base de solo
melhorado com cimento 2% e a base de solo cimento 6%. Foi elaborado em
conjunto com dois laboratórios, o da Construtora Casali e o da ICCILA. A primeira
etapa foi o projeto de sondagem em malha, sendo a distancia entre os pontos de 30
metros, totalizando 23 furos. Os furos foram realizados com trado manual pela
equipe de laboratório da ICCILA, com profundidade de 6,00 metros.
O projeto de solo melhorado com cimento (2%) começa com a execução da
compactação no proctor intermediario, assim é deixada uma amostra misturada com
cimento em repouso por três dias, então é realizado o CBR, assim resultando no
índice de suporte do material.
O projeto de base de solo cimento (6%) é realizado a compactação no proctor
normal, e então é realizada a resistência a compressão.
Assim é calculado o projeto, conforme padrão DNIT, os projeto de sub-base se
encontra no anexo A.
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3. CONCLUSÃO
O estágio foi de fundamental importância para a ligação entre a universidade e o
mercado de trabalho, pois através do estágio, pode-se observar a teoria estudada
em sala de aula na prática de uma empresa.
Os ensaios e a teoria estudada em mecanica dos solos podem ser observados com
uma maior clareza nas atividades de laboratório, onde as quais são requisitos
básicos para a qualidade da obra de pavimentação.
Os métodos utilizados para execução de serviços de pavimentação e drenagem
condiziam com as aulas de projeto geometrico de estradas, projeto de pavimentação
e sistemas hidraulicos urbanos, fazendo com que a parte pratica fosse explicada
pela parte teorica, no decorrer dos serviços.
O contato com o campo, fez com que observasse a dificuldade de cada serviço, a
quantidade de funcionários necessários para execução do mesmo, as soluções dos
problemas encontrados em obra, ou seja, a realidade do funcionamento de uma
empresa.
A maior diculdade encontrada em relação ao estágio foi à cobrança do engenheiro,
onde ele estava dando dicas e ensinando a gerenciar a obra da BR 487/PR, a cobrar
as tarefas dos demais funcionários, mas ao mesmo tempo em que possuia essa
liberdade, também era cobrado por ele, com o tempo adquiri responsabilidade como
engenheiro, uma vez por mês o engenheiro tinha reunião da empresa em Estrela –
Rio Grande do Sul, e a obra ficava sob minha responsabilidade e dos encarregados
e mestres.
De modo geral o estágio serviu de oportunidade para o estudante compreender
melhor a teoria vista na universidade, fazendo com que pequenas duvidas, com o
tempo fossem esclarecidades com o decorrer das obras.
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ANEXO A
Projeto Sub Base de Solo Melhorado com Cimento 2%
20
21
22