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UNIVERSIDADE SÃO JUDAS TADEU PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO STRICTO SENSU MESTRADO EM CIÊNCIAS DO ENVELHECIMENTO REJANE BRUNELLI RIBEIRO IMPACTO DO USO DE COSMÉTICO FACIAL NA REDUÇÃO DE RUGAS, NA AUTOESTIMA E QUALIDADE DE VIDA EM MULHERES SÃO PAULO 2019

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UNIVERSIDADE SÃO JUDAS TADEU

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO STRICTO SENSU

MESTRADO EM CIÊNCIAS DO ENVELHECIMENTO

REJANE BRUNELLI RIBEIRO

IMPACTO DO USO DE COSMÉTICO FACIAL NA REDUÇÃO DE

RUGAS, NA AUTOESTIMA E QUALIDADE DE VIDA EM MULHERES

SÃO PAULO

2019

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REJANE BRUNELLI RIBEIRO

IMPACTO DO USO DE COSMÉTICO FACIAL NA REDUÇÃO DE

RUGAS, NA AUTOESTIMA E QUALIDADE DE VIDA EM MULHERES

Dissertação apresentada, como requisito à obtenção do

título de Mestre, ao Programa de Pós-graduação em

Ciências do Envelhecimento da Universidade São Judas

Tadeu.

Orientadora: Prof. Dra. Marta Ferreira Bastos

Co-orientadora: Prof. Dra. Angélica A. Castilho

SÃO PAULO

2019

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Aos meus pais, por todo amor, apoio e incentivo para

que eu pudesse concretizar mais essa etapa tão

importante e desejada. A minha avó, por todo amor

que sempre foi perceptível e essencial para eu seguir

em frente.

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AGRADECIMENTOS

À Deus em primeiro lugar por ser o responsável pela minha existência, por me carregar no

colo e me dar forças, pela proteção e por dirigir-me em todas as circunstâncias.

Ao meu irmão Douglas Brunelli Ribeiro que sempre me incentivou.

À minha orientadora Profª Dra. Marta Ferreira Bastos, por ser muito mais que uma

orientadora e sim uma amiga, conselheira e principalmente pela confiança. Obrigado por fazer parte

da minha história e proporcionar uma jornada inesquecível.

.

À minha co-orientadora, Profª Dra. Angélica Alonso Castilho, pela confiança e estímulo nos

momentos difíceis e pelos conselhos.

Ao meu amigo Ricardo D´Agostino Garcia, o grande responsável por eu ter chegado até aqui,

obrigada por toda confiança, pelo empurrãozinho, por todo incentivo, conselhos e principalmente por

sempre compartilhar tantos conhecimentos.

As amigas Aline Francisco Voltera e Adelisa Isabel da Silva, sem palavras para agradecer

toda ajuda, conselhos e incentivo.

Aos alunos do curso de Biomedicina da Universidade São Judas Tadeu, Hugo, Natália e

Giulia pelo auxílio na obtenção das imagens.

Aos funcionários do estúdio fotográfico da Universidade São Judas Tadeu pelo apoio e auxílio

na elaboração das fotografias.

Aos Professores do programa de Pós-graduação em Ciências do Envelhecimento pelos

ensinamentos nas disciplinas, incentivos e dedicação de todos.

Á Galena Química e Farmacêutica Ltda, Alianza Indústria e Comércio de Cosméticos Ltda e

Vepakum - Ricaro Importação Indústria e Comércio de Embalagens por acreditarem neste projeto e

fornecerem com muito boa vontade as matérias-primas necessárias.

Às participantes desta pesquisa, pela confiança que depositaram e pela dedicação durante o

período de realização deste trabalho.

Á todos aqueles que de alguma forma contribuíram para a concretização deste sonho, cujos

nomes estão ausentes neste texto, mas presentes na memória e no coração.

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Hoje desaprendo o que tinha aprendido até ontem

Cecília Meireles

Hoje desaprendo o que tinha aprendido até ontem

e que amanhã recomeçarei a aprender.

Todos os dias desfaleço e desfaço-me em cinzas efêmera:

todos os dias reconstruo minhas edificações, em sonho eternas.

Esta frágil escola que somos, levanto-a com paciência

dos alicerces às torres, sabendo que é trabalho sem termo.

E do alto avisto os que folgam e assaltam, donos de risos e pedras.

Cada um de nós tem sua verdade, pela qual deve morrer.

De um lugar que não se alcança, e que é, no entanto, claro,

minha verdade, sem troca, sem equivalência nem desengano

permanece constante, obrigatória, livre:

enquanto aprendo, desaprendo e torno a reaprender.

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RESUMO O envelhecimento é um processo biológico contínuo, caracterizado por alterações celulares e moleculares, que levam a diminuição da capacidade de homeostase. A pele, sobretudo a facial é a ligação do indivíduo com o ambiente externo, e para mulheres o processo de envelhecimento pode gerar um prejuízo na autoestima devido às mudanças que passam a demonstrar os sinais do tempo. Além disso, o aumento da expectativa de vida aumenta o interesse em envelhecer sem parecer velho e consequentemente de retardar as marcas no organismo. Considerando a importância da manutenção das características da pele no processo de autoestima em mulheres, associada a utilização dos cosméticos que visam minimizar os sinais do envelhecimento, o presente estudo teve como objetivo avaliar o impacto da utilização de formulações cosméticas com ativos antienvelhecimento sobre análise qualitativa e quantitativa das rugas, sobre a autoestima e qualidade de vida de mulheres acima dos 45 anos. Trata-se de um estudo prospectivo, longitudinal e duplo cego desenvolvido na Universidade São Judas Tadeu, no qual foram incluídas 43 participantes do sexo feminino, caracterizadas com fototipo de II a IV e com faixa etária de 45 a 60 anos. Foram excluídas do estudo, mulheres portadoras de doenças crônicas, tabagistas e que apresentassem enfermidades da pele. As participantes foram aleatoriamente divididas em dois grupos experimentais: controle, no qual as fizeram uso de uma formulação sem os ativos antienvelhecimento; e teste, no qual fizeram uso de formulações que continham ativos antienvelhecimento, durante 60 dias. Inicialmente, foi realizada aplicação de um questionário socioeconômico, bem como das escalas para análise de autoestima e de qualidade de vida. Em seguida, as participantes receberam o cosmético com ou sem ativos antienvelhecimento e foram fotografadas em situação de repouso e movimento para análise qualitativa e quantitativa do tamanho das rugas, para posterior análise via software Image J. A hipótese de que o uso de formulações antienvelhecimento pode diminuir o tamanho das rugas e afetar positivamente a autoestima e a qualidade de vida de mulheres foi realizada por meio de análises inter e intragrupo, usando métodos paramétricos e

não paramétricos, com nível de significância estabelecido em 5% (p 0,05). Os resultados obtidos demonstraram que a associação dos ativos antienvelhecimento resultou na melhora qualitativa dos sinais do envelhecimento cutâneo, o que foi verificado quantitativamente para as rugas presentes em situação de repouso e para a região periorbital. Além disso, as participantes que fizeram uso da formulação antienvelhecimento apresentaram aumento dos níveis de autoestima e qualidade de vida perante o domínio psicológico e ambiental após o tratamento, resultados não observados para o grupo controle. Sugere-se que o uso de formulações estéticas com ativos antienvelhecimento melhoram não só os aspectos faciais do processo de envelhecimento, bem como o nível de autoestima e de qualidade de vida para o domínio psicológico e ambiental.

Palavras-chave: envelhecimento, pele, cosmecêuticos, autoestima, qualidade de vida.

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ABSTRACT

Aging is a continuous biological process characterized by cellular and molecular changes that lead to decreased capacity for homeostasis. The skin, especially the facial is the individual's connection with the external environment, and for women the aging process can cause a harmful in self-esteem due to the changes that show the signs of time. In addition, to the increased life expectancy increase the interest in aging without seems old, slowing the marks on the body. Considering the importance of maintaining skin characteristics in the self-esteem process in women, associated with the use of cosmetics that aim to minimize the signs of aging, the present study aimed to evaluate the impact of the use of anti-aging active cosmetic formulations on qualitative and quantitative analysis on the wrinkles, on the self-esteem and quality of life of women over 45 years. This is a prospective, longitudinal and double-blind study conducted at the São Judas Tadeu University, which included 43 female participants, characterized with phototype II to IV and aged 45 to 60 years. Women with chronic diseases, smokers and those with skin diseases were excluded from the study. Participants were randomly divided into two experimental groups: control, in which they made use of a formulation without anti-aging actives; and test, in which they used formulations containing anti-aging actives, for 60 days. Initially, a socioeconomic questionnaire was applied, as well as scales for self-esteem and quality of life analysis. Then, the participants received the cosmetic with or without anti-aging active and were photographed at rest and movement for qualitative and quantitative analysis of wrinkle size, for further analysis via Image J software. The hypothesis that the use of anti-aging formulations can decrease the wrinkle size and positively affect women's self-esteem and quality of life by means were analyzed by of inter- and intra-group using parametric and nonparametric methods, with a

significance level established at 5% (p0.05). The results showed that the combination of anti-aging actives resulted in a qualitative improvement of the signs of skin aging, which was verified quantitatively verified for the wrinkles present at rest and for the periorbital region. In addition, participants who used the anti-aging formulation showed increased levels of self-esteem and quality of life to the psychological and environmental domain after treatment, results not observed for the control group. In conclusion, the use of aesthetic formulations with anti-aging actives improves not only the facial aspects of the aging process, as well as the level of self-esteem and quality of life for the psychological and environmental domain. Keywords: aging, skin, cosmeceutics, self-esteem, quality of life.

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LISTA DE FIGURAS Figura 1: Camadas da Pele e seus componentes. ................................................... 11

Figura 2: Camadas da Epiderme. ............................................................................. 12

Figura 3: Camadas da Epiderme e suas células características.. ............................ 14

Figura 4: Produção de Feomelanina e Eumelanina ................................................. 15

Figura 5: Classificação de Fitzpatrick pela coloração da pele .................................. 16

Figura 6: Papilas dérmicas e cristas epidérmicas .................................................... 18

Figura 7: Rede de fibras dérmicas com o passar do tempo. .................................... 22

Figura 8: Diferenças estéticas na face entre o envelhecimento intrínseco e

extrínseco. ................................................................................................................. 24

Figura 9:Diferenças do envelhecimento facial extrínseco causado pelo tabagismo. 25

Figura 10: Escala de Glogau Adaptada para avaliação dos aspectos estéticos da

pele.. ......................................................................................................................... 27

Figura 11: Estúdio fotográfico da Universidade São Judas Tadeu. .......................... 41

Figura 12: Expressões faciais das voluntárias para captura das imagens. .............. 41

Figura 13: Análise das imagens com Image J.. ........................................................ 42

Figura 14: Fluxograma das participantes iniciais do estudo, exclusão e distribuição

dos grupos................................................................................................................. 45

Figura 15: Avaliação qualitativa das características do envelhecimento em repouso

antes e após o tratamento do grupo teste e controle.. .............................................. 48

Figura 16: Avaliação qualitativa das características do envelhecimento do grupo

teste e grupo controle da região periorbital.. ............................................................. 49

Figura 17: Avaliação qualitativa das características do envelhecimento na região

frontal antes e após o tratamento do grupo teste e controle. .................................... 50

Figura 18: Gráficos da diferença (delta) do tamanho das rugas comparando Grupo

controle e Grupo teste, após o tratamento. ............................................................... 53

Figura 19: Resultado das análises da diferença do tamanho das rugas dos grupos

Controle (A, C e E) e Teste (B, D e F) antes e após tratamento.. ............................. 54

Figura 20: Gráficos da diferença do tamanho das rugas para o grupo Controle (A, C

e E) e Teste (B, D e F) antes e após tratamento. ...................................................... 55

Figura 21: Níveis de qualidade de vida por domínios e nível total do grupo controle e

teste. ......................................................................................................................... 59

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1: Classificação do fototipo de pele segundo a classificação de Fitzpatrick16 Tabela 2: Alterações cutâneas provocadas por envelhecimento intrínseco e

extrínseco. ........................................................................................................ 23 Tabela 3: Domínios e Facetas do Whoqol-Bref (Fonte: Pedroso et al., 2010) ........ 34

Tabela 4: Formulação Cosmética antienvelhecimento, INCI name, finalidade, lote e

fornecedor dos insumos. .................................................................................. 39

Tabela 5: Formulação Cosmética sem ativos antienvelhecimento, INCI name,

finalidade, lote e fornecedor dos insumos. ....................................................... 40 Tabela 6: Características sóciodemográficas da população de estudo. ................. 46

Tabela 7: Características qualitativas da pele das participantes do estudo. ........... 47 Tabela 8: Valores de média ± desvio padrão dos escores obtidos pela aplicação da

Escala de autoestima de Rosenberg antes e depois do uso dos cosméticos pelo grupo controle e teste....................................................................................... 56

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 11

1.1 Pele .................................................................................................................... 11

1.1.1 Epiderme ........................................................................................................ 12

1.1.2 Derme ............................................................................................................. 16

1.1.3 Camada Subcutânea ...................................................................................... 19

1.2 Envelhecimento cutâneo .................................................................................. 19

1.3 Rugas ................................................................................................................. 25

1.4 Cosméticos ........................................................................................................ 27

1.5 Ativos Antienvelhecimento .............................................................................. 29

1.6 Autoestima e Qualidade de Vida ..................................................................... 32

2 OBJETIVO ............................................................................................................ 36

2.1 Objetivo Geral .................................................................................................... 36

2.2 Objetivos específicos........................................................................................ 36

3 MATERIAL E MÉTODOS ...................................................................................... 37

3.2 Desenvolvimento do cosmético antienvelhecimento .................................... 38

3.3 Aquisição das imagens .................................................................................... 41

3.4 Análise das rugas ............................................................................................. 42

3.5 Análise de Autoestima e Qualidade de Vida ................................................... 43

3.6 Análise Estatística ............................................................................................ 43

4 RESULTADOS ..................................................................................................... 45

4.1 População do Estudo ....................................................................................... 45

4.2 Análise qualitativa do efeito do uso dos cosméticos antienvelhecimento. . 48

4.3 Análise Quantitativa das Rugas ...................................................................... 50

4.4 Análise de autoestima ...................................................................................... 56

4.5 Análise de qualidade de vida ........................................................................... 57

5 DISCUSSÃO ......................................................................................................... 60

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................... 66

REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 68

ANEXOS ................................................................................................................... 77

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1 INTRODUÇÃO 1.1 Pele

A pele é o maior órgão do corpo humano e atua como a ligação do indivíduo

com o ambiente externo protegendo contra atrito, patógenos, perda excessiva de

água, além de ter a função de termorregulação e síntese de vitamina D. É

constituída de três camadas: epiderme, derme e o tecido subcutâneo ou Hipoderme,

contém receptores que permitem a percepção de dor, tato, temperatura e pressão,

essas funções estão associadas à região epidérmica e dérmica (Alves, 2015;

Tacaks, Valdrigh, & Assencio, 2002).

A epiderme é a camada mais externa e constituída por epitélio estratificado

pavimentoso queratinizado, enquanto a derme é a camada mais interna e formada

por tecido conjuntivo subjacente. Essas duas camadas são unidas aos órgãos e

tecidos mais internos pela camada subcutânea de tecido conjuntivo frouxo e adiposo

(Figura 1) (Montanari, 2016).

Figura 1: Camadas da Pele e seus componentes (Fonte: Manteiro, 2009).

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1.1.1 Epiderme

A epiderme é formada por células que atuam como uma barreira protetora

relativamente impermeável à perda de líquidos corporais para o exterior e à

penetração de várias substâncias e microrganismos (Fortes & Suffredini, 2014). É a

camada mais externa, formada por epitélio estratificado com cinco camadas ou

estratos: córnea, lúcida, granulosa, espinhosa e germinativa, que se ligam umas as

outras (Figura 2) com espessuras variando entre 0,007 a 0,12mm, é fina, porém

resistente (Rabeh & Gonçalves, 2012).

Figura 2: Camadas da Epiderme (Fonte: http://belapura.blogspot.com/2008/07/anatomia-e-fisiologia-da-pele.html).

A camada mais superficial é a córnea, constituída por células mortas ricas em

queratina e muito achatadas, responsáveis por formar uma barreira contra

patógenos e agentes químicos, conferindo proteção às camadas mais internas. Sua

espessura pode variar, sendo maior nas mãos e pés, que são partes que sofrem

com o atrito e peso (Ross & Pawlina, 2012).

O estrato lúcido encontra-se abaixo da camada córnea, e também pode ser

considerado como uma camada de transição. É encontrado apenas em locais onde

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a pele é mais grossa como palma das mãos e planta dos pés, constituído por células

transparentes, achatadas e anucleadas (Rabeh & Gonçalves, 2012).

Em seguida tem-se o estrato granuloso constituído por três a cinco camadas

de células planas, denominadas queratinócitos e responsáveis pela síntese de

citoqueratinas de alto peso molecular e outras proteínas envolvidas na

queratinização, que formam os grânulos de querato-hialina (Carneiro & Junqueira,

2013). Ocorre ainda a síntese de colesterol, ácidos graxos livres, esfingolipídios,

ceramidas e do glicolipídio acilglicosilceramida que serão acondicionados em

estruturas envoltas por membrana, denominadas corpos lamelares, que são

liberados para o espaço intercelular para formar uma barreira impermeável à água

(Montanari, 2016).

Na parte inferior à camada granulosa, encontra-se a espinhosa, com várias

camadas de queratinócitos em formatos de poliedros com muitos filamentos de

citoqueratina, os quais se agrupam em tonofibrilas, que conferem eosinofilia ao

citoplasma. As células da camada espinhosa permanecem unidas por meio de

projeções interligadas por desmossomos às células adjacentes, que contribui para a

resistência da epiderme ao atrito. Transformações celulares ocorrem devido a

diminuição dos níveis de nutrientes e oxigênio proveniente da irrigação sanguínea

recebida da derme, o que promove modificação da expressão gênica produzindo

proteínas de alto peso molecular e dentre outras, surgem subestruturas

denominadas corpos lamelares, que futuramente serão responsáveis pela formação

do fator de hidratação natural (FHN), encontrado na camada granulosa. No espaço

entre as células há o glicocálix, que serve de meio condutor de substâncias

hidrossolúveis do meio externo para o interno (Carneiro & Junqueira, 2013; Hadler &

Silveira, 1993; Kamizato & Brito, 2014). Nessa camada também podem ser

encontradas as células de Langerhans, que originam-se de precursores da medula

óssea e são responsáveis por endocitar e processar os antígenos, apresentando-os

aos linfócitos T na própria epiderme ou nos linfonodos regionais, iniciando a

resposta imunológica (Montanari, 2016).

A camada mais profunda da epiderme que se encontra em contato direto com

a derme é a camada basal ou germinativa, caracterizada pela intensa atividade

mitótica e na qual se encontram as células-tronco da epiderme. É nesta camada que

ocorrerá a formação das células que irão originar as camadas superiores, sofrendo

modificações morfológicas (Figura 3). As células dessa camada são colunares e

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sintetizam filamentos intermediários de citoqueratina (tonofilamentos). Essas células

estão aderidas à membrana basal por hemidesmossomos e aderidas às células

vizinhas por desmossomos (Kamizato & Brito, 2014; Lowe & Anderson, 2015; Ross

& Pawlina, 2012).

Figura 3: Camadas da Epiderme e suas células características. À direita melanócito situado na camada basal com seus prolongamentos dentríticos em direção aos queratinócitos adjacentes (Fonte: Toledo, 2012).

Na camada germinativa ainda podem ser encontradas as células de Merkel e

os melanócitos. As células de Merkel contêm um núcleo volumoso com filamentos

de queratina e vesículas neuroendócrinas, que formam junções sinápticas com

terminações nervosas e sensitivas que podem chegar até a camada granulosa,

atuando como receptores táteis (Montanari, 2016).

Os melanócitos são células arredondadas com longos prolongamentos e

vesículas membranosas, denominadas melanossomas, que quando estão cheios de

pigmentos melânicos são transferidos aos queratinócitos realizando o processo de

pigmentação da pele (Figura 4). A melanina é o pigmento responsável por dar cor à

pele e aos cabelos, é introduzida nas células da camada basal e da espinhosa com

função de proteger o material genético da radiação ultravioleta, devido a grande

capacidade de absorção da luz. Dessa forma, auxilia contra o envelhecimento e

desenvolvimento de neoplasias cutâneas, embora, seja descrito que a cada década

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de vida, ocorre a diminuição de aproximadamente 15% dos melanócitos (Fortes &

Suffredini, 2014).

Existem dois tipos de melanina na pele humana: a eumelanina, com tons que

variam do marrom ao preto e a feomelanina, que proporciona uma coloração que

varia de amarelo a vermelho. As duas melaninas seguem rumos diferentes durante o

processo de formação via metabólica. A tirosina um aminoácido essencial é o

elemento inicial do processo que sofre ação da tirosinase, enzima envolvida nos dois

primeiros passos da síntese de melanina, oxidando a tirosina em dopa e esta em

dopaquinona, sendo nesse momento a ausência ou presença da cisteina outro

aminoácido que determinará o caminho dessa reação. Na ausência da cisteína

ocorrera a conversão da dopaquinona em ciclodopa (leucodopacromo) e esta em

dopacromo, onde apresenta duas vias de degradação de dopacromo: a forma DHI

(dopa,5,6 diidroxiindol) em maior proporção e a forma DHICA (5,6 diidroxiindol-2-

ácido carboxílico) em menor proporção. Este processo é catalisado pela dopacro-

mo tautomerase (Tyrp 2-Dct) e estes diidroxiindóis são oxidados à eumelanina. Já

com a presença da cisteína, a dopaquinona produz dopacisteina e produz a

feomelanina (figura 4) (Kamizato & Brito, 2014; Lowe & Anderson, 2015; Pereira et

al., 2016; Ross & Pawlina, 2012).

Figura 4: Produção de Feomelanina e Eumelanina (Fonte: Adaptado de Pereira et al., 2016).

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Com base no tipo de melanina e na quantidade da mesma na pele, os

indivíduos apresentam diferentes tonalidades na pele (Figura 5) e diferentes níveis

de sensibilidade quando expostos ao sol (Tabela 1), e assim podem ser

classificados em fototipo I a VI, segundo Fitzpatrick (Suzuki, Hammerschmidt,

Kakizaki, & Mukai, 2011).

Figura 5: Classificação de Fitzpatrick pela coloração da pele (Fonte: Adaptado de Attire Club, 2013)

Tabela 1: Classificação do fototipo de pele segundo a classificação de Fitzpatrick (Fonte: Adaptado de Suzuki, Hammerschmidt, Kakizaki, & Mukai, 2011).

Características da pele Consequências da exposição solar

I Clara, olhos azuis, sardentos Sempre se queimam e nunca se

bronzeiam

II Clara, olhos azuis, verdes ou

castanhos claros, cabelos louros ou ruivos

Sempre se queimam e às vezes se bronzeiam

III Média das pessoas brancas Queimam-se moderadamente,

bronzeiam-se gradual e uniformemente

IV Clara ou morena clara, cabelos

castanhos escuros e olhos escuros Queimam-se pouco, bronzeiam-se

bastante

V Morenas Raramente se queimam, bronzeiam-

se muito

VI Negros Nunca se queimam, profundamente

pigmentados

1.1.2 Derme

A derme é a camada localizada sob a epiderme, caracterizada por ser

espessa e formada por tecido conjuntivo, constituído por um menor número de

células e grande quantidade de matriz extracelular, quando comparada a epiderme.

Na derme são encontradas: as fibras de colágeno e elastina, responsáveis pela

sustentação da pele; uma extensa rede de vasos sanguíneos e linfáticos, que

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possuem função de suprir a nutrição para a porção viva da epiderme; além de

terminações nervosas, órgãos sensoriais e glândulas. A matriz extracelular é

basicamente constituída de proteínas fibrosas, colágeno e elastina, mergulhados em

um gel hidrofílico de polissacarídeos com grande importância nos processos de

regeneração de tecidos, cicatrização e interação com o colágeno (Kede &

Sabatovich, 2004; Kamizato & Brito, 2014).

Os fibroblastos são as principais células que compõem a derme e participam

da manutenção da integridade do tecido epitelial, via síntese de macromoléculas e

proteínas fibrosas tais como: colágeno, elastina, fibronectina e proteoglicanas, além

de polímeros que preenchem o espaço intersticial, conhecidos como

glicosaminoglicanas (GAG), como o ácido hialurônico, que participa na retenção

hídrica, sustentação, elasticidade e na cicatrização desse tecido (Kamizato & Brito,

2014).

A derme é subdividida em duas camadas: a derme papilar e a reticular. A

derme papilar é constituída por tecido conjuntivo frouxo, e encontra-se localizada

logo abaixo da epiderme, com projeções que aumentam a área de contato entre a

epiderme e derme, e assim conferem maior resistência à pele, conforme ilustrado

na figura 6 (Montanari, 2016). Localizam-se nesta camada terminações nervosas

sensíveis ao toque, vasos e capilares sanguíneos que nutrem a epiderme e fibras

colágenas que penetram a derme e a prendem à epiderme (Gartner & Hiatt, 2007;

Montanari, 2016).

Na derme reticular tem-se o tecido conjuntivo denso não modelado, sendo a

camada mais profunda e espessa, com denominação de “reticular” devido à

presença de feixes de fibras de colágeno tipo I que se entrelaçam como se

formassem uma rede (Gerson et al., 2012; Kamizato & Brito, 2014). São redes

espessas entrelaçando as fibras elásticas e de colágeno abundantes nas

proximidades das glândulas sebáceas e sudoríparas. Ocorre uma diminuição na

quantidade de células nessa camada quando comparado com a papilar, no entanto

podem ser encontrados fibroblastos, mastócitos, linfócitos, macrófagos e células

adiposas na parte mais profunda (Gartner & Hiatt, 2007).

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Figura 6: Papilas dérmicas e cristas epidérmicas. Microfotografia de pele onde se pode verificar a epiderme e a junção dermoepidérmica. As setas indicam as cristas epidérmicas, projeções da epiderme para a derme e papilas dérmicas. Na foto também é possível ver a camada papilar da derme. Microscopia óptica. Coloração HE (Fonte: Carneiro & Junqueira, 2013).

Na derme também são encontrados os anexos cutâneos, com as glândulas

sebáceas, sudoríparas e pelos. Os pelos desenvolvem-se nos folículos pilosos, que

são invaginações da epiderme na derme e hipoderme, abundantes na pele fina do

couro cabeludo e são fixados aos folículos por meio do músculo eretor do pelo. As

glândulas sebáceas são exócrinas e produzem sebo, uma secreção oleosa com

ácidos graxos, ésteres de cera e esqualeno, responsáveis por lubrificar a superfície

da pele e do pelo, aumentando as características hidrofóbicas da queratina. Essas

glândulas possuem um ducto que desemboca no folículo piloso, e em algumas áreas

do corpo, sem pelos e abrem-se diretamente na superfície epidérmica (Gartner &

Hiatt, 2007; Geneser, 2003; Ham & Cormack, 1983; Lowe & Anderson, 2015).

As glândulas sudoríparas também são glândulas exócrinas, responsáveis pela

eliminação do suor, que é uma solução aquosa, hipotônica, com pH neutro ou

levemente ácido, contendo íons de sódio, potássio, cloro, ureia, ácido úrico e

amônia. Estão distribuídas pela superfície corporal e são mais abundantes nas

regiões palmares e plantares. Além da função excretora, as glândulas sudoríparas

regulam a temperatura corporal pelo resfriamento em consequência da evaporação

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do suor (Fortes & Suffredini, 2014; Geneser, 2003; Lowe & Anderson, 2015; Ross &

Pawlina, 2012).

1.1.3 Camada Subcutânea

A camada subcutânea, também denominada hipoderme, cobre todo o corpo e

esta imediatamente abaixo da derme é composta por um tecido conjuntivo frouxo

constituído de uma estrutura adiposa cercada de septos fibrosos por onde

transcorrem vasos e nervos cutâneos de maior volume e atuam como reserva

energética do organismo. Além da função de conservação da temperatura corporal,

atua na proteção dos tecidos mais internos contra choque mecânico e traumas

externos (Gartner & Hiatt, 2007; Schneider, 2000; Vigioglia & Rubin, 1991).

1.2 Envelhecimento cutâneo

O envelhecimento é um processo biológico contínuo, caracterizado por

alterações celulares e moleculares, com consequente diminuição da capacidade de

homeostase (Kirkwood, 2008; OMS, 2015). Segundo Guirro e Guirro (2007), o

processo natural de envelhecimento inicia-se após o nascimento, tornando-se mais

evidente de acordo com os hábitos de vida e influências externas, não esquecendo

que os fatores genéticos também são determinantes para esse fenômeno, portanto é

difícil estabelecer apenas uma única hipótese para explicar as modificações que

ocorrem no organismo. Arking, (2008) realizou uma revisão sobre o envelhecimento

e classificou as teorias que o explicam em: estocásticas, na qual o envelhecimento

ocorre devido ao acumulo de danos moleculares que acontecem ao acaso; e em

teorias sistêmicas, na qual uma cascata de interações entre os genes e o ambiente

ocasionam o envelhecimento, baseadas principalmente nos fatores genéticos,

imunológicos e também ligados aos radicais livres.

O envelhecimento cutâneo é um evento caracterizado pela perda da

capacidade das células de se reproduzirem e a morte das que compõe a pele. Para

cada individuo os mecanismos de envelhecimento são únicos resultantes das

interações entre os fatores genéticos e ambientais. Entre os mecanismos envolvidos

encontram-se: o encurtamento e ruptura dos telômeros; a diminuição da proliferação

de células, a redução no número de fibroblastos; a redução da funcionalidade do

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sistema imunológico; a geração de espécies reativas de oxigênio e o acumulo dos

danos provocados pela exposição a radiações ultravioletas (Pinto, 2014; Silva &

Braga, 2016). Além disso, o envelhecimento também pode ser resultante do

continuo processo de danos ao DNA genômico por fatores ambientais e pelo próprio

metabolismo oxidativo, bem como a perda da capacidade de reparo dos danos ao

material genético (Bagatin, 2008).

O mecanismo de encurtamento dos telômeros que são as porções finais dos

cromossomos, é causado pela não replicação dessas porções durante as mitoses,

consequentemente a cada ciclo celular o comprimento dessas estruturas diminuem

e quando o telomero atinge um tamanho crítico, o ciclo celular e interrompido e a

célula entra em apoptose, isso ocorre de forma programada para cada tipo celular e

pode ser acelerado pela radiação UV, espécies reativas do oxigênio ou por outros

danos ao DNA (Arking, 2008; Kosmadaki & Gilchrest, 2004; Yaar & Eller, 2002).

A geração das espécies reativas de oxigênio é um dos mecanismos mais

explorados no envelhecimento, ocorre em nível mitocondrial onde essas espécies

são geradas continuamente decorrentes do metabolismo oxidativo. O acúmulo de

radicais livres desencadeia o estresse oxidativo nas células, pois as espécies

reativas do oxigênio que são moléculas instáveis para se estabilizarem, sequestram

elétrons dos componentes celulares. Embora o organismo tenha mecanismos de

defesa enzimáticos e não enzimáticos que os neutralizam, quando a produção de

radicais livres excede a sua degradação, reprime os mecanismos antioxidantes de

defesa e de reparo celular, desencadeando alterações estruturais de proteínas,

lipídeos, ácidos nucleicos e carboidratos, com consequente lesão celular e

comprometimento das funções teciduais (Bagatin, 2008; Deplacebos & González,

2000; Pinto, 2014; Teston, Nardino, & Pivato, 2010; Vanzin & Pires, 2011). Além do

metabolismo celular, fatores externos também podem contribuir para o aumento da

formação dos radicais livres, como: poluição, raio X, radiação ultravioleta (UV),

tabagismo, álcool, produtos químicos, hormônios, estresse, alimentação

inadequada, entre outros fatores (Vanzin & Pires, 2011).

A combinação desses dois mecanismos mencionados mostra que os

telômeros são lesionados pelos radicais livres e junto com as alterações celulares o

DNA oxidado, ativa vias que induzem a morte celular programada (Costa, 2012). A

partir dos eventos moleculares acima descritos, o envelhecimento cutâneo pode ser

classificado como intrínseco e extrínseco. O intrínseco, também chamado de

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cronológico, ocorre devido à senescência geneticamente controlada, enquanto o

extrínseco é desencadeado por fatores ambientais, tais como: exposição solar

(fotoenvelhecimento), tabagismo, entre outros (Teixeira et al., 2018; Wastowski,

Zanini, Mollinari, & Teixeira, 2016).

O envelhecimento intrínseco se início por volta dos 30 a 35 anos de idade e é

composto por transformações persistentes e sutis desde o nascimento, tendo como

causa vários fatores, como a queda de níveis hormonais, a formação de radicais

livres, a hereditariedade, o envelhecimento do sistema nervoso, a diminuição dos

telômeros nos cromossomos ou outras teorias ainda não decodificadas (Zouboulis et

al., 2019a). Este fenômeno torna a pele mais fina, frágil e inelástica e provoca o

aparecimento das primeiras rugas. Após os 40 anos, essas alterações ficam mais

evidentes devido ao declínio da produção de hormônios, sendo um dos fatores

determinantes no processo de envelhecimento mais pronunciado evidenciado pela

presença de rugas mais profundas e flacidez (C. de J. Ribeiro, 2010).

Na epiderme a perda da taxa de renovação celular gradualmente diminui,

passando de 28 dias aproximadamente, para 40 a 60 dias com o avançar da idade.

Os sinais fisiológicos do envelhecimento intrínseco incluem a atrofia epidermica, o

achatamento da junção dermo-epidermica, a atividade metabolica mais lenta e o

aumento do tamanho dos queratinocitos (Souza & Antunes Junior, 2013).

A derme começa a apresentar uma redução no número de fibroblastos e na

capacidade biossintetica, que resulta em considerável diminuição na espessura e na

vascularização, causada pela perda de fibras elásticas e de colágeno (Teston et al.,

2010). Consequentemente, a diminuição gradual da produção de colágeno e elastina

associada a uma menor capacidade reparadora promovem as alterações cutâneas

compatíveis com o envelhecimento (Figura 7) (Chung & Eun, 2007).

A falta de nutrição faz com que a pele perca tônus e elasticidade e, com o

avançar da idade, há uma importante redução da gordura facial, ocasionando a

perda dos contornos e do volume em diferentes locais, com maior visibilidade na

região malar. Essa redução de gordura ocasiona perda de sustentação da pele,

notada também na formação da dermatocalase nas pálpebras superiores, conferindo

olhar cansado(Zouboulis et al., 2019a).

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Figura 7: Rede de fibras dérmicas com o passar do tempo. (Fonte: https://www.carecreations.basf.com/science-excellence/studies-articles/2011/06/06/anti-aging---where-do-we-stand-theories-and-hypotheses-on-skin-aging#)

Por sua vez, o envelhecimento extrínseco ocorre devido a atuação dos fatores

ambientais ou externos, principalmente da exposição solar com consequente

dependência do fototipo do indivíduo. Evidencia-se um acúmulo progressivo de

material basofílico, amorfo, rico em fibras elásticas, denominado elastose solar na

derme reticular superficial, resultando em rugas profundas, pele espessada,

amarelada, seca, com melanoses, telangiectasias, poiquilodermia, queratoses

actínicas e maior ocorrência de câncer de pele (Bagatin, 2008; Luca, Pires, Corazza,

& Higuchi, 2013; Souza & Antunes Junior, 2013). A deposição do material amorfo na

derme papilar, no lugar de tecido conjuntivo é o que vai diferenciar o

fotoenvelhecimento do envelhecimento cronológico. As alterações morfológicas são

distintas ao comparar com o envelhecimento intrínseco, o que pode ser observado

na tabela 2 (Montagner & Costa, 2009).

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Tabela 2: Alterações cutâneas provocadas por envelhecimento intrínseco e extrínseco (Fonte: Adaptado de Montagner & Costa, 2009).

Envelhecimento Intrínseco (Cronológico)

Envelhecimento Extrínseco (Fotoenvelhecimento)

Rugas Finas Profundas

Camada Córnea Inalterada Afilada

Células displásicas Poucas Muitas

Fibras de colágeno Pequena alteração no

tamanho e organização Grande alteração no

tamanho e organização

Fibras Elásticas Reorganizadas Produção e degeneração

Melanócitos Normal Número e melanina

Glândulas Sebáceas e sudoríparas

Número Número: pele seca

Junção dermoepidermica Leve achatamento Importante achatamento

A exposição solar prolongada e recorrente implica em alterações definitivas

na quantidade e distribuição de melanina na pele, culminando no

fotoenvelhecimento. A radiação ultravioleta (UV) penetra na pele e interage com as

diferentes células de acordo com o comprimento de onda: as curtas (UVB: 290-

320nm) são mais absorvidas pela epiderme afetando os queratinócitos, enquanto as

ondas mais longas (UVA: 320-400nm) penetram mais profundamente e atingem os

queratinócitos da epiderme e fibroblastos da derme (Montagner & Costa, 2009). O

fotoenvelhecimento da pele é caracterizado por uma perda de colágeno maduro,

com profundo efeito na integridade funcional desse tecido, resultando em uma

aparência basofílica distinta do colágeno usual (Ramalho, Araujo, Barros, Azevedo,

& Santos, 2007).

O envelhecimento cronológico proveniente da idade é mais suave, lento e

gradual causando danos estéticos menores, enquanto que o fotoenvelhecimento é

mais agressivo e responsável por formação de rugas mais intensas, manchas e o

próprio câncer de pele (Montagner & Costa, 2009). Essas diferenças entre os danos

estéticos podem ser observadas na figura 8.

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Figura 8: Diferenças estéticas na face entre o envelhecimento intrínseco e extrínseco. Foto publicada no New England Journal of Medicine (2012) na qual um homem de 69 anos, caminhoneiro, teve uma maior exposição à radiação solar na hemiface esquerda ao longo de 28 anos. Como consequência, o lado esquerdo do rosto apresenta um foto envelhecimento pronunciado, com rugas mais profundas e elastose. (Fonte:https://www.cbsnews.com/news/trucker-accumulates-skin-damage-on-left-side-of-his-face-after-28-years-on-the-road/)

Na junção dermoepidérmica, observa-se um achatamento responsável pela

redução da coesão entre as células e consequente alargamento dos espaços

intracelulares, além da diminuição do número dos melanócitos ativos, bem como do

número das células de Langerhans. Na derme, há diminuição da espessura e

fragmentação das fibras elásticas, com a redução de glucosaminoglicanas e

colágeno tipo I, principalmente em mulheres em menopausa, o que a torna mais

vulnerável a agressões (Batistela, Marlus, & Leonardi, 2007).

Outro fator externo importante no envelhecimento é o tabagismo, responsável

por diversas alterações na pele e com mecanismos fisiopatológicos complexos. A

fumaça do cigarro contém mais de 4.000 substâncias tóxicas, porém a nicotina é o

composto mais nocivo, responsável pela vasoconstrição que gera diminuição do

fluxo sanguíneo, cujo mecanismo hipotético é que estimule a vasopressina. Além

disso, o fumo atua no sistema nervoso simpático, que também causa

vasoconstrição. Concomitantemente, esses efeitos do ato de fumar geram hipóxia

tissular significativa, caracterizada por isquemia crônica dos tecidos que gera lesão

das fibras elásticas e diminuição da síntese do colágeno (Suehara, Simone, & Maia,

2006). O envelhecimento facial derivado do tabagismo intenso pode ser evidenciado

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por meio de alterações nas fibras do colágeno da derme profunda, por isso as rugas

são bem marcantes. O estudo realizado por Suehara et al.(2006) demonstrou que

pessoas tabagistas apresentavam um maior nível de características do

envelhecimento facial quando comparada a indivíduos não tabagistas (figura 9).

Figura 9: Diferenças do envelhecimento facial extrínseco causado pelo tabagismo. Foto publicada na revista Plastic and Reconstructive Surgery (2013) em estudo realizado com gêmeos: fumantes (esquerda) e não fumantes (direita) (Fonte: https://extra.globo.com/noticias/saude-e-ciencia/pesquisa-compara-rostos-de-gemeos-para-mostrar-envelhecimento-precoce-nos-fumantes-10615869.html).

1.3 Rugas

Com esses fatores de envelhecimento surgem as rugas que são pequenas

dobras, irreversíveis e decorrentes do processo de envelhecimento, desencadeadas

pelas alterações tanto da superfície da pele como das camadas mais

profundas(Zouboulis et al., 2019a). A formação das rugas acontece naturalmente

via envelhecimento intrínseco, porém pode ser acentuada pela exposição a

radiação UV. Segundo Sovinski, Genaro, Migliorucci, Passos, e Berretin-Felix

(2016), a formação das rugas faciais é um reflexo do conjunto de alterações

ocorridas nas diferentes camadas da pele, que trazem como consequência o

aumento anatômico da face, a perda do tônus adequado, e aumento dos sulcos e

da flacidez.

Na pratica clínica, as rugas podem ser classificadas como: superficiais, que

são mais finas e menos aparentes, desaparecendo na ausência de movimento; e

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profundas, que são aparentes mesmo na ausência de movimento e resultantes da

fadiga das estruturas que constituem a derme (Kede & Sabatovich, 2004). Além

disso, as rugas podem ser também classificadas como: estáticas ou gravitacionais e

dinâmicas, também conhecidas como marcas de expressão, formadas devido à

contração muscular repetida ao longo dos anos e geralmente concentradas ao redor

dos olhos na região periorbital, além das regiões glabelar, frontal e perioral (Fin,

2014; Souza, 2007).

Richard Glogau desenvolveu um sistema de classificação na tentativa de

quantificar as alterações causadas pelo fotoenvelhecimento facial, denominada

Escala de Glogau que é a mais utilizada para auxiliar na escolha do melhor

tratamento e verificar os resultados obtidos (Figura 10) (Glogau, 1996; Pinheiro,

2016). A escala foi definida de I a IV de acordo com o dano observado na pele, em

que o grau I é considerado leve, com rugas superficiais imperceptíveis, poucas

alterações pigmentares, e geralmente presente dos 20 aos 30 anos. O grau II é

considerado moderado, com presença de rugas estáticas leves, rugas dinâmicas,

flacidez e apoptose da região nasogeniana e da comissura labial, presença de

lentigo e queratoses leves, as linhas paralelas são visíveis com o sorriso, e

geralmente observado em indivíduos com idade de 30 a 40 anos. O Grau III é

considerado avançado e caracterizado pela presença de rugas estáticas, flacidez e

ptose da região submetoniana e região lateral da comissura labial, com presença de

discromia e telangiectasia, normalmente presente após os 50 anos. Por fim, o grau

IV é o mais intenso, e no qual podem ser observadas rugas estáticas profundas,

rugas dinâmicas acentuadas, flacidez e ptose, inclusive na região cervical. Há uma

perda de coloração cutânea, com acentuação da coloração amarelada ou

acinzentada e podem ocorrer lesões malignas (Marlus, 2007).

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Figura 10: Escala de Glogau Adaptada para avaliação dos aspectos estéticos da pele. (Fonte: (Sovinsk. et al., 2016).

1.4 Cosméticos

Para melhorar as condições do envelhecimento e ajudar na prevenção e

melhora dos efeitos do tempo surgem os cosméticos.

A beleza é uma preocupação desde os primórdios da civilização, os cuidados

com a pele fazem parte de um ritual que vai muito além da higiene especialmente

para as mulheres (Fin, 2014). Egípcios, romanos e gregos tinham no banho um

sofisticado prazer e tornaram-se pioneiros no desenvolvimento de tratamentos

estéticos. As escravas que atendiam as mulheres em Roma eram conhecidas como

cosmetae cujos nomes dariam origem, a palavra cosmética. Porém, a invenção de

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cremes faciais para prevenção de rugas foi primeiramente realizada por gregos, cuja

fórmula de sucesso incluía cera derretida, azeite de oliva, rosas esmagadas para

proporcionar um aroma agradável e lanolina extraída da lã de ovelhas, ingredientes

esses que são usados pela cosmetologia até os dias atuais (Luca et al., 2013).

Segundo a ANVISA (2015), as preparações constituídas por substâncias

naturais ou sintéticas, de uso externo nas diversas partes do corpo humano, pele,

sistema capilar, unhas, lábios, órgãos genitais externos, dentes, membranas e

mucosas da cavidade oral, com o objetivo exclusivo ou principal de limpá-los,

perfumá-los, alterar sua aparência ou corrigir odores corporais e ou protegê-los ou

mantê-los em bom estado são considerados produtos de higiene pessoal,

cosméticos e perfumes. O setor de cosméticos e produtos de higiene pessoal é um

dos que mais crescem no Brasil, apesar das oscilações políticas e econômicas, de

acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e

Cosméticos (ABIHPEC, 2018), o setor da beleza é um dos mais movimentados e

obteve um crescimento de 2,77% em relação a 2017 e já prevê crescimento para

2019.

Os cosméticos mais utilizados são: creme esfoliante facial, filtro solar,

maquiagem, creme rejuvenescedor, loção tonificante adstringente, produtos anti-

olheiras e hidratantes faciais (Mota et al., 2014), que representam 39% do consumo

de cosméticos (ABIHPEC, 2018). A indústria oferece constantemente ativos

inovadores para conquistar os consumidores e oferecer produtos que em pouco

tempo apresentem bons resultados e facilitem o dia-a-dia. Os produtos

antienvelhecimento são exemplos disso, pois trazem diversos benefícios e estão em

constante adaptação para atender aos indivíduos de maneira prática e eficaz,

especialmente quando contêm fator de proteção solar, um item decisivo na

conquista dos consumidores (Luca et al., 2013).

Apenas 15% da população brasileira utiliza produtos antienvelhecimento, no

entanto, estes ganham cada vez mais espaço no mercado, devido ao aumento da

expectativa de vida. Mulheres de 55 anos ou mais são as que mais utilizam esses

produtos, embora possa ser observado que esse segmento também passa a ser

popularizado para as mais jovens. Segundo o mesmo levantamento, as classes

econômicas A e AB são as maiores usuárias de cosmético antienvelhecimento

(ABIHPEC, 2014).

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O termo “cosmecêutico” surgiu com a junção das palavras ‘cosmetico’ e

‘farmacêutico’ na decada de sessenta e ficou conhecido popularmente em 1970,

embora ainda não seja reconhecido pelas agências reguladoras, caracteriza uma

linha de produtos cosméticos de ação tópica que proporcionam benefícios

semelhantes aos medicamentos (Pinto, 2014). Foi associado ao mercado de

Personal care, como cosméticos com ingredientes ativos, como os cremes faciais

que agem até as camadas mais profundas e conseguem reestruturar e melhorar os

danos sofridos pela pele (Osuka, 2017). A crítica ao grande número de produtos

cosmecêuticos colocados constantemente no mercado vai de encontro à ansiosa

busca pelas “novidades” com o marketing agressivo antes de estudos clínicos

controlados. (Vanzin & Pires, 2011).

O conceito de beleza atualmente imposto pela sociedade evidencia indivíduos

em busca de rejuvenescimento dentro de um pote, bisnaga ou frasco de cosmético.

Porém, é importante ressaltar que infelizmente, uma vez instalados os sinais do

envelhecimento, é impossível revertê-los com uso de cosméticos faciais, porém

pode-se obter melhorias significativas quando os mesmos forem utilizados no início

do processo, possibilitando o retardo e diminuição dos sinais típicos do

envelhecimento facial, com a ampla linha de ativos antienvelhecimento (Zouboulis et

al., 2019).

1.5 Ativos Antienvelhecimento

Uma enorme diversidade de ativos com mecanismos de ação diversos e com

tecnologias cada vez mais avançadas são desenvolvidos atualmente com intuito de

aumentar a eficiência das formulações. Com o avanço dessas tecnologias a

expectativa é que esses produtos fiquem mais eficazes, atraentes e multifuncionais

para os consumidores (Bagatin, 2008).

Dentre os diversos ativos antienvelhecimento já conhecidos e disponíveis

para uso, encontram-se:

• Ácido Alfa Lipóico: com propriedade antioxidante potente e de amplo

espectro, atua como um inibidor significativo de radicais livres (Moraes, 2011).

Auxilia na redução e prevenção da formação de linhas de expressão e rugas, porém

pode causar dermatite de contato e irritação a pele em indivíduos sensíveis. Deve

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ser usado nas concentrações de 1 a 5%, sendo estável no pH entre 4,0 a 6,5

(Souza & Antunes Junior, 2009);

• Alfa-hidroxiácidos: grupo de ácidos orgânicos hidrofílicos com ação

hidratante, esfoliante e queratolítico, tais como os ácidos: glicólico, lático, cítrico,

pirúvico, málico e tartárico. Além dos efeitos epidérmicos, o uso desses pode levar

ao aumento da espessura da derme, melhorando a maciez da pele e as rugas

(Souza & Antunes Junior, 2013);

• Argireline®: (Water, Acetyl Hexapeptide -8) é um hexapeptídeo

modulador da tensão muscular facial com comprovada atividade redutora de rugas e

linhas de expressão, de forma natural e não invasiva. Os aminoácidos que compõem

a cadeia hexapeptídica são o ácido glutâmico, metionina e arginina (Lipotec, 2011);

• Celldetox®: (Hydrolyzed Candida Saitoana Extract) forma isolada e

purificada do fungo Candida saitoana, obtido a partir de um processo de

fermentação, tem efeito estimulador das vias proteassômicas e autofágicas, que são

mecanismos naturais de desintoxicação da pele. Consequentemente, este ativo

minimiza o acúmulo de agregados de lipofuscina, um metabólito da melanina

associado às manchas senis. Além disso, esse ativo melhora o aspecto da pele e

limita os sinais de envelhecimento suavizando linhas de expressão e rugas

(Schaefer, 2009);

• Coenzima Q10: Conhecida por ubiquinona é um ativo antioxidante

lipossolúvel localizado na membrana mitocondrial de quase todas as células. Age

diminuindo a ação das metaloproteinases de matriz, inibindo a peroxidação lipídica

no citoplasma das células, amenizando assim o processo de envelhecimento (Silva,

Medeiros, Guelfi, Santana, & Mingatto, 2015);

• Fatores de crescimento: Proteínas endógenas que atuam como

mediadores químicos que regulam o processo de transcrição gênica no núcleo da

célula, promovendo aumento da atividade celular. Estimulam a síntese de colágeno

e elastina na derme via sinalização celular, e assim diminuem os sinais do

envelhecimento na pele (Pacheco & Reus, 2018);

• Iris Iso® (Butylene glycol and Iris florentina root extract.) é um extrato

hidroglicólico da Iris florentina, uma planta da família Iridaceae que contém

isoflavonas fitoestrogênicas que reforçam a barreira cutânea, assegurando a

hidratação e diminuindo a profundidade das rugas. Indicado para combater o

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processo natural de envelhecimento cutâneo em mulheres menopausadas, por

compensar as perdas da atividade hormonal endógena e assim aumenta a

tonicidade cutânea (Steiner, 2003).

• Polifenois do chá verde: obtidos da planta Camellia sinensis e seus

derivados, como as epicatequinas, impedem a penetração da radiação UVB,

evitando os seus efeitos sobre as células (Bagatin, 2008);

• Retinóides: derivados da Vitamina A, a tretinoína ou alfa-trans ácido

retinóico, são um dos ativos mais comumente utilizados nos cosméticos, para a

indução da síntese de colágeno nas concentrações de 0,025%, 0,05% e 0,1%,

embora ainda considerados como padrão ouro no tratamento do

fotoenvelhecimento, podem promover irritação da pele (Bagatin, 2008; Paulos,

2014);

• Resveratrol: molécula polifenólica aromática da classe dos etilenos,

com propriedades antioxidantes, despigmentantes e ativadoras de sirtuínas,

enzimas que participam do mecanismo de retroalimentação, mantendo as células

mais resistentes às situações de estresse (Alves, 2015);

• Syn-coll: (Palmitoyl Tripeptide-5) pequeno peptídeo de sequência única

que imita o mecanismo do corpo para produzir colágeno via TGF-ß (fator de

crescimento tissular). É um bioativo de alta penetração que promove remoção das

rugas e repara as marcas de expressão. Estimula a síntese de colágeno,

compensando o déficit natural ou provocado pelo envelhecimento precoce (Souza &

Antunes Junior, 2013);

• VC-IP®: (Ascorbyl Tetraisopalmitate) éster lipossolúvel da Vitamina C,

com excelente absorção percutânea, altamente eficaz nos cuidados da pele. É um

potente antioxidante, contribuindo para despigmentação, redução de lesões

inflamatórias e da acne. Pode ser utilizado durante o dia e protege frente à

radiação UV, atuando também na síntese de colágeno, contribuindo para a firmeza

da pele e utilizado em concentrações de 0,05 e 1,0% (Batistuzzo, Itaya, & Eto, 2002;

Ochiai et al., 2006).

• Vitamina C: com atividade antioxidante, despigmentante e foto

rejuvenescedor, confere fotoproteção à radiação UVA e UVB e inibe lesões

provocadas por estes tipos de radiações que promovem o envelhecimento.

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Apresenta problemas de estabilidade nas formulações devendo ser usada na forma

de ácido ascórbico levógiro e nas concentrações de 5% a 15% (Santos, 2018);

• Vitamina E: é um antioxidante lipossolúvel presente na pele e em

vários alimentos, que confere proteção à membrana celular, protege as membranas

das células e de neutralizar radicais livres, diminuindo a degradação do colágeno

pela enzima colagenase. Utilizada na prevenção do fotoenvelhecimento cutâneo,

assim como a vitamina A (Paulos, 2014).

Novas descobertas de ativos com essas características vêm crescendo a

cada ano e embora os mesmos possam realmente ter ação de minimizar os sinais

do envelhecimento cutâneo, como rugas e linhas de expressão, com mínimos ou

quase inexistentes efeitos adversos, há necessidade de realização de estudos

clínicos randomizados e controlados para o desenvolvimento de novos protocolos de

tratamento e utilização segura para comprovação científica da eficiência dos

mesmos (Bagatin, 2008; Costa, 2012).

1.6 Autoestima e Qualidade de Vida

A autoestima pode ser definida como uma forma do ser humano se auto

aceitar e é desenvolvida por meio de relacionamentos pessoais que se tem desde a

infância até a fase adulta. É responsável por definir a percepção que uma pessoa

tem de si mesma, ou seja, o quanto se gosta e está diretamente ligada a

autoconfiança determinando a forma como cada individuo acredita ser visto e aceito

pela sociedade (Barbosa, Wolff, & Gois, 2016).

O bem estar e autoconceito estão relacionados com a autoestima (Martín-

Albo, Núñez, Navarro, & Grijalvo, 2007) que vem sendo amplamente investigada no

campo da psicologia da personalidade (Schmitt & Allik, 2005). Alguns pesquisadores

têm visto que a autoestima impacta na estabilidade do individuo durante um período

de tempo ou em resposta a situações ou eventos da vida (Harter & Whitesell, 2003).

Outros estudiosos sugerem que o desenvolvimento deste atributo possui

descontinuidade ao invés de um curso estável ao longo do ciclo vital (Cole et al.,

2001).

A beleza tem virado comércio, imposto cada dia mais pelas mídias, que

exibem o rosto e o corpo num debate ininterrupto de prescrições, vigilância e

cobranças para adquirir o tão “propagandeado” bem-estar. Porém, nem sempre o

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que é divulgado se cumpre e com isso surgem transtornos da imagem, exclusão

social, sentimentos de fracasso com a consequente perda da autoestima, podendo

gerar o sofrimento psíquico (Santos, 2014). A busca pela beleza, pela aceitação no

meio social e pela elevação da autoestima vem aumentando a cada dia,

principalmente devido a atual cultura estar totalmente voltada para a juventude,

colocando os indivíduos em patamares de vida diferentes daqueles em que

realmente estão. Essa situação é denominada pelos psicólogos como

“descontinuidade de desenvolvimento”, pelo fato das pessoas buscarem

incessantemente ter a imagem e idade que na realidade não possuem mais

(Novaes, 2001).

Cuidar da aparência é necessário e nos estudos de Freitas et al., (2011)

evidenciam-se que a satisfação com a imagem atinge principalmente as mulheres,

porém os homens aderem a programas de exercícios físicos, justamente para

melhorar a autoestima. Observaram ainda que as preocupações com os padrões de

beleza duram até a maturidade, o que evidencia que pessoas com mais de 60 anos

continuam preocupadas com a vaidade e cuidados com o corpo.

Para conseguir mensurar esse sentimento, em 1965, Rosemberg teve por

objetivo entender como os adolescentes se viam, o que sentiam a respeito de si

mesmos e que critérios de auto avaliação empregavam. Para tanto, realizou uma

entrevista com 5024 adolescentes, do terceiro e quarto anos do curso colegial, de 10

escolas no estado de Nova York, nos Estados Unidos da América e, com esses

dados, desenvolveu uma escala de autoestima denominada “The Rosenberg Self-

Esteem Scale”. Essa escala foi composta por dez questões referentes aos

sentimentos de respeito e aceitação de si mesmo. As respostas das questões são

apresentadas em quatro itens no formato Likert, cujos números das respostas

devem ser: concordo totalmente = 1; concordo = 2; discordo = 3; discordo totalmente

= 4. Com isso cada item recebe uma pontuação de no mínimo um e no máximo

quatro e a soma das respostas dos 10 itens fornece o escore da escala, oscilando

de 10 a 40, o escore maior ou igual a 30 declara autoestima satisfatória, esse

instrumento vem sendo utilizado frequentemente em estudos com diferentes

populações (Viscardi & Correia, 2017). O autoconceito e a autoestima são moldados

pelas relações cotidianas por atributos individuais e decisivos na relação do

indivíduo, influenciando na percepção dos acontecimentos e das pessoas, de acordo

com comportamentos e vivências individuais (Andrade, Sousa, & Minayo, 2009).

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A qualidade de vida também é considerada subjetiva e multidimensional,

assim como a autoestima tendo aspectos positivos e negativos da vida e também

ocorre pela percepção de cada indivíduo perante sua posição na vida e em relação

aos seus objetivos, expectativas, padrões e preocupações (Tavares et al., 2016).

Nos últimos anos, a expressão “qualidade de vida” tem se tornado cada vez mais

frequente e com isso numerosos estudos vem tratando essa temática e engloba o

impacto de diferentes contextos sobre as dimensões sociais, psicológicas e físicas

(Rocha, 2018). Trata-se de um conceito complexo, que admite vários significados,

com variadas abordagens e diversos métodos para seu tratamento, porém o

processo de envelhecer, para ser saudável e com bem estar, exige que se consiga

agregar qualidade de vida aos anos vividos (Lopes, Araújo, & Nascimento, 2016).

Existem diversos instrumentos que avaliam a qualidade de vida, na década de 1990

a Organização Mundial da Saúde desenvolveu uma forma avaliativa com 100

questões, essa avaliação foi denominada de Whoqol-100, que foi simplificado para

26 questões e denominado Whoqol-bref, com avaliação das diversas facetas do

Whoqol-100 para quatro domínios: físico, psicológico, relações sociais e meio

ambiente, conforme exposto na tabela 3 (Fleck et al., 2000; Pedroso, Pilatti,

Gutierrez, & Picinin, 2010).

Tabela 3: Domínios e Facetas do Whoqol-Bref (Fonte: Pedroso et al., 2010)

Domínios Facetas

Domínio Físico

1. Dor e desconforto 2. Energia e fadiga 3. Sono e repouso 4. Mobilidade 5. Atividades da vida cotidiana 6. Dependência de medicação ou de tratamentos 7. Capacidade de trabalho

Domínio Psicológico

8. Sentimentos positivos 9. Pensar, aprender, memória e concentração 10. Autoestima 11. Imagem corporal e aparência 12. Sentimentos negativos 13. Espiritualidade/religião/crenças pessoais

Domínio Relações Sociais

14. Relações pessoais 15. Suporte (Apoio) social 16. Atividade sexual

Domínio Meio Ambiente

17. Segurança física e proteção 18. Ambiente no lar 19. Recursos financeiros

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20. Cuidados de saúde e sociais: disponibilidade e qualidade 21. Oportunidades de adquirir novas informações e habilidades 22. Participação em, e oportunidades de recreação/lazer 23. Ambiente físico: (poluição/ruído/trânsito/clima) 24. Transporte

O processo de envelhecimento pode gerar um abalo na autoestima e

modificar a qualidade de vida dos indivíduos, devido às mudanças significativas na

pele, pois os sinais do tempo tornam-se visíveis. Com o aumento da expectativa de

vida, acredita-se que o Brasil será o sexto país com maior população idosa em 2025,

devido a fatores que favorecem a longevidade como saúde, educação, lazer e bem-

estar (Fin, 2014; Julio, 2013). Essa realidade faz com que os indivíduos queiram

envelhecer sem parecer velho. As intervenções cosméticas e estéticas podem não

ser capazes de eliminar o envelhecimento, mas podem promover efeitos de melhoria

de tônus e diminuição dos sinais de envelhecimento, que podem alterar o sistema

neuroimunoendócrino, e promover um possível beneficio psicológico, segundo

Arking, (2008). Portanto torna-se cada vez mais relevante, estudos que investiguem

as alterações ocasionadas pelo processo de envelhecimento, bem como formas de

intervir no sofrimento que o mesmo causa.

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36

2 OBJETIVO

2.1 Objetivo Geral

O presente estudo tem como objetivo avaliar o impacto do uso de cosméticos

sobre o processo de envelhecimento facial, autoestima e qualidade de vida em

mulheres.

2.2 Objetivos específicos

• Caracterizar morfologicamente o processo de envelhecimento facial;

• Avaliar a eficácia do uso de um cosmético antienvelhecimento;

• Avaliar a autoestima e a qualidade de vida de mulheres antes e após o uso de

um cosmético antienvelhecimento.

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37

3 MATERIAL E MÉTODOS

Trata-se de um estudo prospectivo, longitudinal, duplo cego e quantitativo,

realizado na Universidade São Judas Tadeu. O presente estudo foi submetido e

aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa envolvendo seres humanos da

Universidade São Judas Tadeu (Protocolo CAAE 80633717.0.0000.0089).

3.1 Delineamento do estudo

O presente estudo foi realizado de maio de 2018 a janeiro de 2019.

Incialmente foram incluídas 43 participantes do sexo feminino, com idade entre 45 e

60 anos, residentes na cidade de São Paulo e caracterizadas de acordo com a

escala de Fitzpatrick com fototipo II a V. Foram excluídas voluntárias portadoras de

doenças crônicas como diabetes, histórico de carcinomas, tabagistas, grávidas e

lactantes. Todas as participantes fizeram a leitura e assinaram o Termo de

Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE, Anexo 1), no qual declararam estar

cientes dos procedimentos, riscos e benefícios.

Foram realizados dois encontros na Universidade São Judas Tadeu, o

primeiro no início da pesquisa e o segundo após sessenta dias do uso do cosmético.

Para a caracterização da população de estudo, foi utilizado um questionário

socioeconômico (Anexo 2), assim como um questionário sobre os hábitos diários de

cuidados com a pele e uso contínuo de medicamentos ou cosméticos (Anexo 3) e a

avaliação do tipo de pele e grau de envelhecimento segundo a escala de Glogau.

As participantes foram aleatoriamente alocadas no grupo teste o qual

realizaram uso de cosméticos contendo ativos antienvelhecimento por 60 dias e no

grupo controle (placebo), no qual fizeram uso de cosmético sem ativos

antienvelhecimento durante o mesmo período. No primeiro encontro, todas as

participantes foram encaminhadas, de acordo com a ordem de chegada ao estúdio

fotográfico para captura das imagens, e em seguida receberam uma bisnaga

contendo o cosmético identificada apenas por números. Foi realizada uma breve

explicação sobre como usar corretamente o cosmético e um guia para relembrar foi

entregue (Anexo 4), e foram orientadas a evitar exposição solar intensa, a usar o

protetor solar de costume e a aplicar a formulação entregue duas vezes ao dia, além

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de se comprometerem a não utilizar nenhum outro tipo de tratamento facial durante

o período de estudo.

Também foi realizada aplicação da Escala de Rosenberg (Anexo 5) para

análise da autoestima e o WHOQOL-bref (Anexo 6) para análise da qualidade de

vida das participantes antes do uso do cosmético. Após 60 dias do início do estudo,

as participantes foram novamente chamadas à universidade para um segundo

encontro quando foram realizadas captura de novas imagens para comparação com

as primeiras nas mesmas condições e novamente foram aplicados a Escala de

Rosemberg para análise da autoestima e o WHOQOL-bref para análise da qualidade

de vida após o uso do cosmético.

3.2 Desenvolvimento do cosmético antienvelhecimento

Foi desenvolvida uma formulação cosmética antienvelhecimento (Tabela 4)

com ativos que fossem capazes de ultrapassar a barreira cutânea agindo nas

alterações celulares decorrentes do envelhecimento. Os ativos foram escolhidos

com o intuito de melhorar as características da pele, como hidratação, textura,

coloração, diminuição do tamanho e profundidade das rugas e marcas de

expressão, aumentar a síntese de colágeno e a elasticidade. Os insumos para

preparação dos cremes foram gentilmente cedidos pelas empresas Galena Química

e Farmacêutica Ltda, Allianza Indústria e Comércio de Cosméticos Ltda e as

bisnagas para acondicionamento pela Vepakum - Ricaro Importação Indústria e

Comércio de Embalagens e Insumos Ltda.

A manipulação dos cremes foi realizada em laboratório, seguindo os critérios

das boas práticas de manipulação de acordo com a Resolução da Diretoria

Colegiada 67 de 08 de Outubro de 2007(ANVISA, 2007). A forma cosmética para

incorporação dos ativos foi uma emulsão com base autoemulsionante conferindo

aspecto de gel creme com sensorial não oleoso e com pH amplo.

Para o preparo dos cremes usados no grupo teste, os componentes foram

devidamente pesados em balança semi-analítica (GEHAKA BG 4000) e após a

pesagem dos ativos foi realizada a pulverização do Ácido Alfa Lipóico em gral de

porcelana, juntamente com o propilenoglicol para dissolução, e em seguida foi

adicionado os demais componentes da fase B até completa homogeneização. Em

um béquer de vidro realizou-se a solubilização do EDTA em água purificada e

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incorporação da fase A com agitação constante até obtenção de emulsão

homogênea. Por fim, foram incorporadas as fases C e D previamente

homogeneizadas. Obtendo assim uma emulsão levemente amarelada com odor

característico e pH 5,5.

Tabela4: Formulação Cosmética antienvelhecimento, INCI name, finalidade, lote e fornecedor dos insumos.

Componentes (%) INCI Name Finalidade Lote/

Fornecedor

Fase A

Focus Gel 4,0 Polyacrylamide & C13-14 Isoparaffin & Laureth -7

Autoemulsificante A15/1825M/

Alianza

Fase B

Água purificada

qsp 100

Aqua Veículo -

EDTA Na2 0,1 Dissodium Edta Sequestrante /

Quelante A201123/ Galena

Fase C

CG7 2,0 PEG 7 Cocoato de Glicerila Emoliente 201779001/

Alianza

Argireline® 5,0 Water, Acetyl Hexapeptide -

8

Redutor da profundidade das

rugas de expressão

1802023901/ Galena

Dub B1215 3,0 Alquyl Benzoate Emoliente 16050545/

Alianza

Ácido Alfa Lipóico

3,0 Lipoic Acid Coenzima

antioxidante 1711013004/

Galena

Celldetox® 3,0 Hydrolyzed Candida

Saitoana Extract Detoxificante Celular

1711020901/ Galena

Syn®-coll 1,0 Palmitoyl Tripeptide-5 Estimula geração de

colágeno VE01610012/

Alianza

VCIP® 4,0 Ascorbyl Tetraisopalmitate Antioxidante e

Clareador 1803017102/

Galena

Iris Iso® 5,0 Butylene glycol and Iris florentina root extract.

Aumenta hidratação e elasticidade

1711012705/ Galena

Propilenoglicol qs Propylene Glycol Auxiliar de

Solubilização 28082011/

Galena

Fase D

Cosmoguard® 0,15 Phenoxyethanol and

Methyldibromoglutaronitrile Conservante

1705008304/ Galena

Propilenoglicol 1,0 Propylene Glycol Auxiliar de

Solubilização 28082011/

Galena

Fase E

Solução Ac. Cítrico 10%

qs Citric Acid Corretivo de pH pH 5,0-6,0

Foram preparados ainda cremes que seriam o grupo controle (tabela 5), sem

os ativos antienvelhecimento. Em um béquer de vidro solubilizou-se o EDTA em

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água purificada incorporando o com Polyacrylamide & C13-14 Isoparaffin & Laureth -7

agitação constante até obtenção de emulsão homogênea. Em outro béquer foi feita

a dissolução do conservante em propilenoglicol e adicionado a mistura ao primeiro

béquer, homogeneizando até obtenção de uma emulsão branca com odor

característico e pH 5,5. Para que os cremes apresentassem características

organolépticas idênticas, foram ainda adicionadas quatro gotas de corante amarelo.

Tabela 5: Formulação Cosmética sem ativos antienvelhecimento, INCI name, finalidade, lote e fornecedor dos insumos.

Componentes (%) INCI Name Finalidade Lote/

Fornecedor

Fase A

Focus Gel 4,0 Polyacrylamide & C13-14 Isoparaffin & Laureth -7

Autoemulsificante A15/1825M/

Alianza

Fase B

Água purificada

qsp 100

Aqua Veículo -

EDTA Na2 0,1 Dissodium Edta Sequestrante /

Quelante A201123/ Galena

Fase C

CG7 2,0 PEG 7 Cocoato de Glicerila Emoliente 201779001/

Alianza

Dub B1215 3,0 Alquyl Benzoate Emoliente 16050545/

Alianza

Propilenoglicol qs Propylene Glycol Auxiliar de

Solubilização 28082011/

Galena

Fase D

Cosmoguard® 0,15 Phenoxyethanol and

Methyldibromoglutaronitrile Conservante

1705008304/ Galena

Propilenoglicol 1,0 Propylene Glycol Auxiliar de

Solubilização 28082011/

Galena

Fase E

Solução Ac. Cítrico 10%

qs Citric Acid Corretivo de pH pH 5,0-6,0

Ambos os cremes foram embalados em bisnagas brancas iguais e foram

entregues à orientadora do estudo, que realizou a aleatorização dos cremes por

meio do lançamento de moeda repetidas vezes, com isso as bisnagas foram

identificadas com numerações e as informações de quais números pertenciam aos

grupos foram ocultadas da pesquisadora.

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3.3 Aquisição das imagens

Todas as participantes foram levadas ao estúdio fotográfico da Universidade

São Judas Tadeu para a captura de imagens com auxílio de câmera digital Nikon

D7200 com lente de 70 a 300 mm e soft box (flash) para difundir a luz e evitar

sombras. Um quadro vazado com fitas métricas foi adaptado e pendurado para que

as participantes encaixassem o rosto e assim fosse padronizado o tamanho das

fotos e posterior calibração do software Image J (figura 11).

Figura 11: Estúdio fotográfico da Universidade São Judas Tadeu. A: Posição da câmera montada com soft box. B: Quadro com fitas métricas, para encaixe do rosto e captura das imagens.

As imagens foram capturadas em situação de repouso e movimento,

conforme ilustrado na figura 12. Foi solicitado as participantes a realização de

algumas expressões para evidenciar as rugas dinâmicas: a expressão de “brava”

evidenciou as rugas da glabela, expressão de “beijo” para ressaltar as rugas

perioral, expressão de “susto” foi usada para evidenciar rugas da região frontal e

expressão de “sorriso forte” para demonstrar as rugas periorbitais.

Figura 12: Expressões faciais das voluntárias para captura das imagens. Em A: Repouso, B:

expressão “brava”, C: expressão "beijo”, D: expressão “susto” e E: expressão de “sorriso forte”.

A C B D E

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3.4 Análise das rugas

A análise das rugas ocorreu com o uso do software Image J (disponível em

www.imagej.nih.gov/ij), um programa de processamento e análise de imagens em

Java de domínio público inspirado no NIH Image para o Macintosh. Este programa é

gratuito e tem várias funcionalidades como: edição, análise e processamento de

imagens. A opção de calibração espacial disponível fornece medições dimensionais

reais em unidades como milímetros (Rasband & Ferreira, 2012).

Para análise de cada imagem, ocorreu a calibração do programa como

ilustrado na figura 13, para a avaliação do tamanho das rugas em centímetros. As

rugas foram avaliadas de forma quantitativa na região frontal, glabelar, periorbital e

perioral antes e após uso do cosmético. Os resultados foram todos tabulados em

planilha do excel com os valores de antes e depois do tratamento para análise

estatística.

Os demais sinais de envelhecimento, como: hidratação, manchas, textura e

profundidade das rugas foram analisadas de forma qualitativa visualmente,

utilizando-se da escala de Glogau e percepção de cada participante.

Figura 13: Análise das imagens com Image J. Em A: Mostra que para acionar a escala pixels/cm, no software Image J, é necessário selecionar uma região com distância conhecida em centímetros, utilizando a ferramenta “Straigth”. B: Selecionar “Analyze” na barra de ferramentas, e escolher a função “Set Scale”. C: Em Set Scale, no campo “Know Distance”, inserir o valor desejado (1,0) para a distância em pixels selecionada. Incluir em “Unit of Length” a unidade escolhida para a análise (cm). D: Marcar a ruga desejada com a ferramenta “Straigth.

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Após 60 dias do início do estudo, as participantes foram novamente

chamadas à universidade para um segundo encontro quando foram realizadas

captura de novas imagens para comparação com as primeiras, nas mesmas

condições e novamente avaliada de forma qualitativa visualmente as condições da

pele e a percepção das mesmas ao longo do tempo de utilização de uso do creme.

3.5 Análise de Autoestima e Qualidade de Vida

A avaliação da autoestima ocorreu com a aplicação da escala de autoestima

de Rosenberg, no início do estudo e após os sessenta dias de uso do cosmético.

Utilizou-se a versão adaptada para o português de Hutz & Zanon, (2011) (Anexo 5)

no qual a somatória final das respostas indicaria o escore que poderia variar de 10 a

40 (Viscardi & Correia, 2017). Com as somas realizadas os escores entre 21 e 30

pontos determinariam nível médio de autoestima e maior que 31 pontos, um nível

alto de autoestima (Colaciti, 2016).

Para avaliação da qualidade de vida foi aplicado o World Health Organization

Quality of Life Bref (Whoqol-Bref, Anexo 6), que é a versão abreviada do instrumento

que foi elaborado pelo grupo de qualidade de vida da Organização Mundial da

Saúde. Contém 26 questões, sendo duas a respeito da qualidade de vida como um

todo e as outras 24 são distribuídas em domínios físico, psicológico, relações sociais

e meio ambiente (Fleck, 2000).

3.6 Análise Estatística

Os resultados obtidos para cada amostra foram analisados pelo software

GraphPad Prisma® versão 6.0 e foi realizada estatística descritiva para cada grupo

experimental (média e desvio-padrão ou mediana). A normalidade dos dados foi

avaliada pelo teste de Shapiro Wilk, que permitiu a escolha de testes paramétricos

ou não paramétricos para comparação dos grupos. Foram realizadas comparações

entre o grupo controle e o teste (intergrupos) e comparações antes e após o

tratamento (intragrupos). Para todas as análises foi estabelecido nível de

significância em 5% (p 0,05)

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Para análise dos dados sóciodemográficos e da diferença (delta) do tamanho

das rugas antes e após o uso do creme nos grupos controle e teste o tamanho das

rugas foi avaliado pela comparação, utilizando o teste t de Student não pareado para

as análises cujos dados apresentaram distribuição normal, e o Mann-Whitney

quando os dados não apresentaram distribuição normal.

As comparações intragrupos para análises de autoestima e qualidade de vida

antes e depois do tratamento, utilizou-se o teste t de Student pareado e de Wilcoxon

quando os dados não apresentaram distribuição normal.

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4 RESULTADOS

4.1 População do Estudo

Foram inicialmente incluídas no presente estudo 43 participantes das quais,

apenas trinta concluíram o estudo realizado ao longo de 60 dias de uso do placebo

ou da formulação contendo os ativos. As participantes foram distribuídas em grupo

controle e grupo teste aleatoriamente no inicio do estudo(figura 14).

Figura 14: Fluxograma das participantes iniciais do estudo, exclusão e distribuição dos grupos.

A população de estudo foi composta por mulheres com idade média de 52,1 ±

4,75 anos. Após aleatorização, as voluntárias incluídas no grupo controle

apresentavam idade média de 52 ± 5,2 anos e no grupo teste de 53 ± 4,3 anos, não

sendo detectadas diferenças significativas entre os grupos.

Em relação ao estado civil, a maioria das participantes era casada sendo

68,75% no grupo controle e 57,14% no grupo teste, seguido das solteiras 18,75% e

14,28%, respectivamente. Ainda no grupo controle 6,25% divorciadas e viúvas

6,25%, enquanto que no grupo teste, 21,42% representavam as divorciadas e 7,14%

as viúvas.

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Com relação ao nível de escolaridade apenas uma participante do grupo

controle possuía ensino fundamental, 37,5% com ensino médio, 37,5% finalizaram o

ensino superior, 12,50% pós-graduação completa e 6,25% pós-graduação

incompleta. Para o grupo teste, 42,85% tinham ensino médio, 28,5% com ensino

superior completo e 28,50% apresentavam pós-graduação completa.

Ainda em relação as características sóciodemográficas, foi questionado sobre

a renda mensal das participantes, que na maioria foi superior a dois salários

mínimos e apenas duas participantes do grupo controle possuíam renda inferior. Em

ambos os grupos a maioria se encontrava em atividade profissional, correspondendo

a 75% do grupo controle e 85,70% do grupo teste, e apenas 25% das participantes

do grupo controle e 14,30% do grupo teste eram aposentadas.

Ao avaliar a fase de menopausa, constatou-se que tanto o grupo controle

como o grupo teste apresentava maior parte das participantes encontravam-se no

climatério, correspondendo a 72,57% e 62,5%, respectivamente (Tabela 6).

Tabela 6: Características sóciodemográficas da população de estudo.

Grupo Controle (n=16)

Grupo Teste (n=14)

Idade (Média ± DP) 52 ± 5,2 53 ± 4,3 Estado Civil

Casada 11 (68,75%) 8 (57,14%) Solteira 3 (18,75%) 2 (14,28%)

Divorciada 1 (6,25%) 3 (21,42%) Viúva 1 (6,25%) 1 (7,14%)

Grau de Instrução Fundamental 1 (6,25%) -

Médio 6 (37,50%) 6 (42,85%) Superior 6 (37,50%) 4 (28,50%)

Pós-graduação Incompleta 1 (6,25%) - Pós-graduação Completa 2 (12,50%) 4 (28,50%)

Aposentada Sim 4 (25%) 2 (14,30%) Não 12 (75%) 12 (85,70%)

Renda Mensal 02 salários mínimos 2 (12,50%) -

Mais de 02 salários mínimos 8 (50%) 10 (71,43%) Não soube ou não respondeu 6 (37,50%) 4 (28,50%)

Menopausa Sim 10 (62,50%) 11 (72,57%) Não 6 (37,50%) 3 (21,42%)

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Com relação à etnia, a maioria das participantes apresentava etnia branca,

que correspondeu a 93,75% do grupo controle e 85,7% do grupo teste. Ainda no

grupo controle uma participante era mulata, enquanto que no grupo teste havia uma

participante mulata e uma de etnia amarela. Quando questionadas sobre os

cuidados com a pele, em ambos os grupos aproximadamente metade das

participantes relataram ter hábito de realizar os cuidados diários.

As análises qualitativas da pele das participantes demonstraram que 56,25%

no grupo controle e 78,60% no grupo teste apresentavam pele com textura lisa.

Quanto ao fototipo, cerca de 50% pertenciam ao fototipo III em ambos os grupos e o

fototipo II estava presente em 43,75% do grupo controle e 28,50% do grupo teste. Já

o fototipo IV compôs 6,25% da amostra do grupo controle e 21,50% do grupo teste.

Em relação à classificação de Glogau, apenas uma participante de cada grupo foi

classificada como classe IV, as demais possuíam rugas de leves a moderadas. No

grupo controle 43,75% foram classificadas como Glogau II e 50% como III, e no

grupo teste 50% foram classificadas como Glogau II e 42,8% como III. Os dados de

características da pele das participantes foram inseridos na tabela 7.

Tabela 7: Características qualitativas da pele das participantes do estudo.

Grupo Controle (n=16)

Grupo Teste (n=14)

Etnia Branca 15 (93,75%) 12 (85,7%) Mulata 01 (6,25%) 01 (7,14%)

Amarela - 01 (7,14%) Cuidados com a pele

Sim 7 (43,75%) 7 (50%) Não 9 (56,25%) 7 (50%)

Textura da Pele Lisa 9 (56,25%) 11 (78,60%)

Áspera 7 (43,75%) 3 (21,40%) Fototipo da Pele

II 7 (43,75%) 4 (28,50%) III 8 (50%) 7 (50%) IV 1 (6,25%) 3 (21,50%)

Classificação Glogau II 7 (43,75%) 7 (50%) III 8 (50%) 6 (42,80%) IV 1 (6,25%) 1 (7,20%)

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4.2 Análise qualitativa do efeito do uso dos cosméticos

antienvelhecimento.

A avaliação qualitativa da pele das participantes comparando as condições

antes e após o tratamento demonstrou melhora na textura e hidratação da pele para

ambos os grupos. Nas imagens capturadas em situação de repouso, foi possível

constatar diminuição das características de envelhecimento, assim como maior

hidratação, clareamento de manchas, melhora da textura e diminuição das rugas de

todo o rosto, principalmente na região inferior aos olhos do grupo teste quando

comparado ao controle. O grupo controle apresentou apenas melhoria com relação a

textura da pele (figura 15).

Figura 15: Avaliação qualitativa das características do envelhecimento em repouso antes e após o tratamento do grupo teste e controle. A: Situação de repouso antes do tratamento do grupo teste. B: Situação de repouso após o tratamento do grupo teste. C: Situação de repouso antes do tratamento do grupo controle. D: Situação de repouso após o tratamento do grupo controle.

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Ainda foi possível perceber uma diminuição na profundidade das rugas,

principalmente da região periorbital em ambos os grupos, demonstrando maior

hidratação, a imagem ilustrativa desse resultado foi inserida na figura 16.

Figura 16: Avaliação qualitativa das características do envelhecimento do grupo teste e grupo controle da região periorbital. A: Região periorbital direita antes do tratamento do grupo teste. B: Região periorbital direita após o tratamento grupo teste. C: Região periorbital esquerda antes do tratamento de grupo teste. D: Região periorbital esquerda após o tratamento grupo teste. E: Região periorbital esquerda antes do tratamento do grupo controle. F: Região periorbital esquerda após o tratamento do grupo controle. G: Região periorbital direita antes do tratamento do grupo controle. H: Região periorbital direita após o tratamento do grupo controle.

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Na região frontal observaram-se melhoras nas rugas com relação a

profundidade das mesmas no grupo teste, já no controle a melhora foi mínima ou

quase imperceptível (figura 17). Tanto as participantes do grupo teste, quanto as do

grupo controle, ao retornarem para avaliação final relataram que o sensorial do

produto foi muito agradável e que sua absorção era rápida ótima por não ficar

pegajosa na pele. Algumas participantes expuseram que achavam estar no grupo

teste, pois perceberam diferenças no rosto como melhor hidratação e ainda uma

participante disse sentir repuxar a pele. Outras relataram que não perceberam

diferença, porém ouviam pessoas próximas comentarem que estavam com a pele

mais bonita. Em ambos os grupos foram perceptíveis melhoras dos aspectos de

envelhecimento.

Figura 17: Avaliação qualitativa das características do envelhecimento na região frontal antes e após o tratamento do grupo teste e controle. A: Região frontal antes do tratamento do grupo controle. B: Região frontal após o tratamento do grupo controle. C: Região frontal antes do tratamento do grupo teste. D: Região frontal após o tratamento do grupo teste.

4.3 Análise Quantitativa das Rugas

Foram comparadas as diferenças no tamanho das rugas entre os grupos

controle e teste, após a utilização dos cremes em situações de repouso (em toda

face) e rugas em movimento, dividindo-se a face em regiões: frontal, periorbital

direita e esquerda, glabelar e perioral. Todos os resultados das análises foram

avaliados pelo teste t de Student não pareado, exceto as rugas da região perioral

que não apresentaram distribuição normal e por isso foram analisadas pelo teste de

Mann-Whitney e foram apresentados como média ± desvio padrão em centímetros

(cm). Foi detectado que as participantes do grupo teste apresentaram diminuição do

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tamanho das rugas quando comparadas ao grupo controle em situação de repouso

(p=0,008). Para a região frontal, glabelar, perioral e periorbital direita e esquerda não

foram detectadas diferenças significativas (p>0,05) na comparação entre grupo

controle e teste, conforme apresentado na figura 18. Os resultados da diferença do

tamanho das rugas entre os grupos na situação de repouso foi de 0,2 ± 2,3 cm para

o grupo controle e -0,46 ± 1 cm para o grupo teste. Para a região da glabela, os

resultados para grupo controle e teste foram de -0,35 ± 0,37 cm e 0,10 ± 0,36 cm,

respectivamente. Para a região perioral direita, a diferença no tamanho das rugas foi

de -1,2 ± 1,7 cm para o grupo controle e de -0,64 ± 1,2 cm para o grupo teste,

enquanto que para a região periorbital esquerda, os valores foram de – 0,57 ± 1,3

cm e -0,91 ± 1,6 cm para o grupo controle e teste, respectivamente. Por fim, para a

região perioral, foi obtida média de 0,029 ± 0,41 cm para o grupo controle e para o -

0,25 ± 0,67 cm para o grupo teste.

As análises intragrupos foram realizadas comparando o tamanho das rugas

em repouso por toda a face e em movimento nas regiões da glabela, frontal,

periorbital direita e esquerda e perioral, antes e após o tratamento com os cremes

placebo e contendo os ativos antienvelhecimento. Os resultados foram analisados

pelo teste t de Student pareado, exceto para análise das rugas em repouso do grupo

teste e da região perioral do grupo controle, que não apresentaram distribuição

normal e, portanto, foram analisadas pelo teste não paramétrico de Wilcoxon e

foram apresentados como média ± desvio padrão em centímetros (cm). Assim,

quando comparado o antes e depois da utilização dos cosméticos foi observada

redução significativa no tamanho das rugas apenas para região periorbital direita do

grupo controle (p=0,01) e periorbital esquerda do grupo teste (p=0,01). Para as

demais regiões, apesar da melhora no aspecto da pele e possível diminuição da

profundidade das rugas conforme descrito nas análises qualitativas, não foi

detectado alteração significativa no tamanho das rugas antes e após o uso dos

cosméticos, tanto para o grupo controle quanto para o grupo teste (p>0,05) (Figuras

19 e 20).

O tamanho das rugas mensurados para o grupo controle antes e após o

tratamento, respectivamente: foi de 17 ± 9,5 cm e 17 ± 10 cm (p=0,73) em repouso,

para a região da glabela 3,2 ± 1,2 cm e 3,0 ±1,0 cm (p=0,18), 22 ± 12 cm e 22 ± 11

cm (p=0,76) para a região frontal, para a região periorbital direita foi de 6,5 ± 4,1 cm

e 5,3 ± 3,5 cm (p=0,01), periorbital esquerda 6,4 ± 3,9 cm e tratamento 5,8 ±3,7 cm

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(p=0,11) e para a região perioral os valores médios foram 2,8 ± 1,2 cm e após 2,8 ±

1,3 cm (p=0,77) (Figura 20 e 21 A, C e E). Esses resultados demonstraram que o

uso de uma formulação sem ativos antienvelhecimento também foi capaz de reduzir

significativamente o tamanho das rugas da região periorbital direita.

Para o grupo teste, os valores médios obtidos após mensuração do tamanho

das rugas antes e após o tratamento, respectivamente foram de: 7,9 ± 3,7 cm e 7,7 ±

3,8 cm (p=0,28) para a situação de repouso, 2,6 ± 1,1 cm e 2,5 ± 1,0 cm (p=0,32)

para a região glabelar antes, 12 ± 9 cm e 11 ± 10 cm (p=0,53) para a região frontal,

4,1 ± 2,5 cm e 3,5 ± 2,4 cm (p=0,07) para a região periorbital direita, 5,4 ± 2,9 cm e

3,8 ± 2,1 cm (p=0,01) para a região periorbital esquerda e 2,4 ± 1,3 cm e 2,1 ± 1,1

cm (p=0,18) para a região perioral. Esses resultados demonstraram que o uso do

creme com os ativos foi capaz de reduzir significativamente o tamanho das rugas da

região periorbital esquerda, e vale a pena ressaltar que houve uma tendência a

redução do tamanho das rugas para a região periorbital direita (p=0,07) (Figura 19 e

20 B, D e F).

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Figura 18: Gráficos da diferença (delta) do tamanho das rugas comparando Grupo controle e Grupo teste, após o tratamento. Imagem A: Diferença tamanho das rugas em repouso. Imagem B: Diferença tamanho das rugas região da glabela. Imagem C: Diferença tamanho das rugas região frontal. Imagem D: Diferença tamanho das rugas região perioral. Imagem E: Diferença tamanho das rugas região periorbital direita. Imagem F: Diferença tamanho das rugas região periorbital esquerda.

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Figura 19: Resultado das análises da diferença do tamanho das rugas dos grupos Controle (A, C e E) e Teste (B, D e F) antes e após tratamento. A: Rugas em repouso do grupo controle. Imagem B: Rugas em repouso do grupo teste. Imagem C: Rugas da região da glabela grupo controle. Imagem D: Rugas da região da glabela grupo teste. E: Rugas da região frontal grupo controle. F: Rugas da região frontal grupo teste.

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Figura 20: Gráficos da diferença do tamanho das rugas para o grupo Controle (A, C e E) e Teste (B, D e F) antes e após tratamento. A: Rugas região periorbital direita do grupo controle. B: Rugas região periorbital direita do grupo teste. C: Rugas região periorbital esquerda do grupo controle. D: Rugas região periorbital esquerda do grupo teste. E: Rugas região perioral grupo controle. F: Rugas região perioral grupo teste.

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4.4 Análise de autoestima

A avaliação da autoestima ocorreu por meio da aplicação da Escala de

Autoestima de Rosenberg e comparação dos escores obtidos pelas participantes do

grupo controle e teste antes e após o tratamento foi realizada pelo teste t de Student

não pareado. Inicialmente, foi determinado que todas as participantes iniciaram o

estudo com um nível de autoestima considerado saudável, com escores acima de 31

pontos. Em seguida a comparação entre os grupos nos dois períodos de avaliação

mostrou que não houve diferença significativa (p>0,05), ou seja, não foram

detectadas alterações significativas entre o grupo que usou o cosmético placebo e o

grupo que usou o creme com os ativos antienvelhecimento (Tabela 8).

As análises intragrupo para comparação dos níveis de autoestima para o

grupo controle ante e apos uso do cosmético placebo e para o grupo teste antes e

após o uso da formulação com ativos antienvelhecimento foram realizadas com o

uso do teste t pareado e os resultados foram expressos como média ± desvio padrão

dos escores obtidos. Diferença significativa foi encontrada quando comparado o

escore de autoestima do grupo teste antes e após o uso dos cosméticos contendo

os ativos antienvelhecimento (p=0,002), enquanto para o grupo controle o uso do

cosmético placebo não afetou de forma significativa o nível de autoestima das

participantes (p=0,096) (Tabela 8).

Tabela 8: Valores de média ± desvio padrão dos escores obtidos pela aplicação da Escala de autoestima de Rosenberg antes e depois do uso dos cosméticos pelo grupo controle e teste. * Representa diferenças significativas.

Antes Depois Valor de p

(intragrupo)

Grupo Controle 33 ± 4,3

35 ± 3,5

35 ± 3,9

37 ± 2,7

0,096

Grupo Teste 0,002*

Valor de p (intergrupos)

0,3 0,1

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4.5 Análise de qualidade de vida

Com intuito de avaliar se o uso de cosmético placebo ou contendo ativos

antienvelhecimento foram capazes de impactar na qualidade de vida das mulheres

acima dos 45 anos, foram analisados os escores obtidos por meio da aplicação do

Whoqol-bref que mensura o nível de qualidade de vida total e para os domínios:

físico, psicológico, de relações sociais e meio ambiente. As análises foram

realizadas meio do teste t de Student pareado na análise intragrupos e o não

pareado na análise intergrupos e os resultados foram expressos como média ±

desvio padrão.

Os valores médios obtidos para o grupo controle antes e após o tratamento,

respectivamente, foram de: 56 ± 11 e 57 ± 12 para qualidade de vida total, 58 ± 14 e

59 ± 16 para o domínio físico, 51 ± 13 e 51 ± 16 para o domínio psicológico, 63 ±

14 e 68 ± 19 para o domínio das relações sociais, 51 ± 11 e 52 ± 11 para o domínio

ambiental. Para o grupo teste, os valores médios obtidos antes e após o tratamento,

respectivamente, foram de: 58 ± 13 e 62 ± 12 para qualidade de vida total, 59 ± 17 e

62 ± 16 para o domínio físico, 52 ± 12 e 57 ± 11 para o domínio psicológico, 67 ±

19 e 71 ± 17 para o domínio das relações sociais, 56 ± 14 e 61 ± 14 para o domínio

ambiental.

A comparação entre os grupos controle e teste demonstrou ausência de

diferenças significativas tanto para antes quanto após o uso dos cosméticos para o

nível de qualidade de vida total e para os domínios físico, psicológico e de relações

sociais (p>0,05). Contudo, quando foram comparados os escores obtidos para os

grupos controle e teste após uso dos cosméticos foi detectado um aumento

significativo em relação ao domínio do meio ambiente (p=0,05), que avalia aspectos

associados ao cuidado com a saúde, com segurança, oportunidades de adquirir

novas informações e habilidades.

Quando os níveis médios de qualidade de vida foram utilizados para

comparar o antes e após o uso dos cosméticos, para o grupo controle, não foram

detectadas diferenças significativas para nível de qualidade de vida total e para

nenhum dos demais domínios avaliados quando comparado antes e depois do

tratamento com o cosmético placebo (p>0,05) (Figura 21). As análises para o grupo

teste demonstraram que as participantes apresentaram níveis significativamente

maiores de qualidade de vida para o domínio psicológico após o tratamento com o

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cosmético contendo os ativos antienvelhecimento (p=0,04). Não foram detectadas

diferenças para o nível de qualidade de vida total (p=0,11), para o domínio físico

(p=0,37) e para o domínio ambiental (p=0,07) (Figura 21). Em conjunto, esses

resultados sugerem que o uso de cosméticos com ativos antienvelhecimento pode

impactar de forma positiva o domínio psicológico da qualidade de vida de mulheres

acima dos 45 anos, corroborando com os resultados da escala de autoestima.

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Figura 21: Níveis de qualidade de vida por domínios e nível total do grupo controle e teste. A: Nível de qualidade de vida quanto ao domínio físico. B: Nível de qualidade de vida quanto ao domínio psicológico. C: Nível de qualidade de vida quanto ao domínio das relações sociais. D: Nível de qualidade de vida quanto ao domínio meio ambiente. E: Nível de qualidade de vida total.

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5 DISCUSSÃO

O processo de envelhecimento ocorre gradativamente com várias mudanças

fisiológicas e complexas ligadas a fatores psicológicos, sociais e até mesmo os

econômicos (Wastowski et al., 2016). Com isso a vaidade feminina vem

impulsionando o consumo e a busca de recursos que melhorem a aparência

diminuindo os sinais de envelhecimento, principalmente com o aumento da

expectativa de vida. Uma das formas mais procuradas e acessíveis para amenizar

os sinais faciais do envelhecimento é o uso de cosméticos, que vêm crescendo cada

dia mais entre as mulheres, principalmente em jovens, devido à preocupação com

os cuidados da saúde, beleza, bem-estar físico e psicológico (Mota et al., 2014).

Perante essa situação os avanços tecnológicos geram o desenvolvimento de

produtos que visam executar diferentes funções. Os produtos antienvelhecimento

tem se destacado e uma série de matérias primas estão disponíveis no mercado,

com a finalidade de facilitar o dia-a-dia e minimizar os efeitos do envelhecimento,

além de poderem ser utilizados isoladamente ou em associação com outros ativos

(Osuka, 2017).

Com todas essas discussões a cerca do envelhecimento e o uso de recursos

para prevenção, o presente estudo buscou avaliar a eficácia de um produto

cosmético composto por ativos antienvelhecimento já conhecidos e utilizados com

eficácia comprovada quando utilizados isoladamente, com relação à união dos

mesmos sobre o processo de envelhecimento e o impacto do uso deste na

autoestima e qualidade de vida das mulheres.

Sabe-se que a pele tem função de proteção e com isso forma uma barreira

que dificulta a ação de ativos que necessitam atingir as camadas mais profundas. As

características químicas e físicas dos ativos devem ser levadas em consideração

além das características da base cosmética que também irá influenciar na

capacidade de penetração dos ativos pelo estrato córneo, sendo que o sucesso das

formulações ocorre dependendo não só das propriedades dos ativos, mas também

da disponibilidade no local de ação. Por isso a escolha da base que irá veicular os

ativos deve ser feita cuidadosamente, para que tenha maior permeabilidade cutânea

e garanta melhor eficácia desses ativos (Gao, Qi, Bai, Huang, & Cui, 2014; Paulos,

2014). As emulsões são formas cosméticas obtidas pela dispersão de duas fases

imiscíveis, utilizando o Polyacrylamide & C13-14 Isoparaffin & Laureth -7 permite-se

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que a formulação de emulsões O/A sejam estáveis possibilitando carrear os ativos

veiculados e promovendo boa permeação cutânea sendo capaz de recompor a

estrutura higroscópica da pele, mantendo-a hidratada (Focus Química, 2016). Com a

utilização da base do tipo gel creme, e a combinação de insumos com propriedades

umectantes e emolientes, que faziam parte da composição da base do cosmético,

justificam o efeito no grupo controle que apresentou melhora qualitativa na aparência

da pele como hidratação e textura e até mesmo na diminuição da profundidade e do

tamanho de algumas rugas. Como já demonstrado em outros estudos o uso dessas

matérias primas aumentam a capacidade de retenção de água da pele e contribuem

para uma maior suavidade no sensorial, sendo capazes de atrair água a partir de

duas fontes: o aumento da absorção de água a partir da epiderme, e em condições

de umidade, quando o estrato córneo absorve a água a partir do ambiente externo

(Moraes, 2011; Paulos, 2014).

Um dos ativos presentes na formulação o Hydrolyzed Candida Saitoana

Extract, isolado derivado do fungo Candida saitoana foi desenvolvido para

desintoxicar a pele cansada e envelhecida restaurando o brilho natural da mesma e

reduzindo os sinais de envelhecimento, o que foi observado nas voluntárias após os

60 dias de uso. Estudos internos feitos pela Silab empresa de insumos cosméticos,

demonstram eficácia no uso de 1% do ativo na estimulação da formação de

lisossomos após 14 dias de uso, com concentração de 3% foi descrita a redução dos

níveis de proteínas oxidadas e peroxidação lipídica, prolongando a longevidade

celular, que deixou evidente a diminuição do micro relevo cutâneo e a sua

hidratação (Schaefer, 2009).

A diminuição da profundidade das rugas observadas pela análise qualitativa

corrobora com a literatura, que mostra que Water, Acetyl Hexapeptide -8 foi capaz

de reduzir em até 27% a profundidade das rugas após 30 dias de tratamento (Blanes

Mira et al., 2002). No estudo de Wang et al. (2013), o Water, Acetyl Hexapeptide -8

mostrou efetividade na diminuição da profundidade e tamanho das rugas e linhas de

expressão da região periorbital após quatro semanas de uso duas vezes ao dia,

corroborando os resultados obtidos no presente estudo.

A escolha do Butylene glycol and Iris florentina root extract, ativo que contém

isoflavonas fito estrogênicas que reforçam a barreira cutânea, assegurando a

hidratação e diminuindo a profundidade das rugas, compensando as perdas da

atividade hormonal endógena (Ferreira, Chinelato, Castro, & Ferreira, 2013), ocorreu

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justamente devido o estado de menopausa ser um marcador do envelhecimento

feminino, visto que o declínio na produção de hormônios esteroides acarreta em

mudanças fisiológicas, aumentando o ressecamento da pele (Teixeira et al., 2018;

Zouboulis et al., 2019b). A presença desse ativo na formulação favoreceu o aumento

da tonicidade, hidratação e elasticidade da pele nas participantes, que na sua

maioria encontravam-se no climatério, sem uso de reposição hormonal, com

consequente perda da atividade hormonal, o que contribui ainda mais para o avanço

dos sinais do envelhecimento e que foram amenizados com uso do cosméticos

contendo ativos antienvelhecimento, principalmente na região periorbital (Sales &

Ferreira, 2011).

Além dessas mudanças fisiológicas, o estresse oxidativo promove a

destruição dos radicais livres, que são subprodutos dos processos de respiração e

digestão. O estresse oxidativo em associação com fatores externos como a luz solar,

fumaça e poluição, aceleram os sinais do envelhecimento, o que acarreta a perda da

função biológica de proteínas, como o colágeno. Esses eventos resultam em

alterações da estrutura da membrana plasmática, aumento da flacidez da pele e

aparecimento de manchas (Hirata, Sato, & Santos, 2004). Por isso, o uso de ativos

com ação antioxidante faz parte da estratégia antienvelhecimento, o ácido alfa

lipóico tem sido considerado um importante antioxidante no combate aos radicais

livres, além de potencializar os efeitos antioxidantes de vitaminas, principalmente da

vitamina C. Além disso, suas características hidro e lipossolúveis facilitam o

metabolismo celular, eliminando os resíduos tóxicos (Moraes, 2011). Portanto, a

associação do Ascorbyl Tetraisopalmitate derivado lipossolúvel da vitamina C, nos

cosméticos juntamente com o ácido alfa lipóico aumentam as ações antioxidantes e

ainda favorecem a síntese de colágeno e inibição da melanogênese (Ochiai et al.,

2006).

Outro fator do envelhecimento é a perda de colágeno, sendo este muito

importante para manutenção da jovialidade da pele, para conferir a elasticidade e

firmeza. Com base nessas informações foi inserido na formulação o Palmitoyl

Tripeptide-5, um peptídeo sintético projetado para aumentar a síntese de colágeno,

compensar o déficit provocado pelo envelhecimento e proteger da degradação por

meio da inibição de metaloproteinases de matriz (DSM, [s.d.]). Tem sido descrito na

literatura que o uso desse ativo durante quatro semanas promove reversão

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significativa dos sinais causados pelo fotoenvelhecimento. Assim, o seu uso

concomitante com o dos demais ativos da formulação contribuíram para os

resultados favoráveis da formulação contendo ativos antienvelhecimento

(Alves, 2015; Souza & Antunes Junior, 2013).

Os resultados dos estudos de Blanes-Mira et al. (2002), foram de encontro

com os obtidos no presente estudo, demonstrando efeito positivo na associação do

Water, Acetyl Hexapeptide -8, Palmitoyl Tripeptide-5 e Ascorbyl Tetraisopalmitate

que promoveram efeito significativo na redução das rugas da região periorbital do

grupo teste. Assim, os resultados observados nas participantes que fizeram uso da

formulação contendo os ativos antienvelhecimento promoveram a ação esperada e

já descrita em outros estudos.

Dentre os fatores intrínsecos do envelhecimento temos também a fase do

declínio hormonal que nas mulheres é marcado pela menopausa, onde a maioria

das participantes desse estudo encontrava-se nesse estado o que favorece os sinais

de envelhecimento uma série de mudanças psicológicas, alterações psíquicas que

exigem tratamento, depressão, hipocondria, somatização, paranoia, suicídios e,

baixa autoestima (Rocha, 2018; Teixeira et al., 2018). Considerando esse estado

como um período no qual acarreta diversas mudanças foi descrito em outros

estudos que cerca de 70% das mulheres em menopausa apresentavam diminuição

da autoestima (Lourenço, 2010; Turkheimer & Waldron, 2015).

Ao iniciar o estudo todas as participantes apresentavam autoestima

considerada saudável, mas nota-se que mesmo assim o uso do cosmético com

ativos antienvelhecimento promoveu uma elevação dos níveis de autoestima, o que

sugere que a formulação antienvelhecimento teve influência positiva no olhar para si

mesmo. Além disso, a maioria das participantes do presente estudo apresentava

nível de escolaridade médio e superior completo, ainda em atividade profissional o

que favorece o autocuidado e o aumento do consumo de cosméticos e a busca do

que as mídias descrevem como belo em busca da eterna juventude (Santos, 2014).

Assim, é possível hipotetizar que para esse grupo de participantes incluídas no

presente estudo, o autocuidado diário promoveu uma melhora da percepção de

autoimagem, aumentando a autoestima feminina verificada na pontuação da Escala

de Rosenberg. Além disso, o bem estar físico e mental, além do ato de estar

satisfeita com a aparência é determinante para a melhora da autoestima, o que

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associaria essa modificação detectada aos tratamentos estéticos (Barbosa et al.,

2016).

A escolha da Escala de Autoestima de Rosenberg ocorreu por ser um

instrumento de fácil aplicação e validado para esse quesito em diversas faixas

etárias disponível no Brasil (Hutz, Zanon, & Vasquez, 2014). Porém apresentam

resultados de alta e baixa autoestima, considerando que cada indivíduo avalia sua

própria vida de acordo com acontecimentos e concepções subjetivas, envolvendo

traços, expectativas, crenças, valores, emoções e experiências prévias é importante

ressaltar que embora a Escala de Autoestima de Rosenberg tenha seus méritos, é

necessário o desenvolvimento de novas escalas e instrumentos de análise da

autoestima, principalmente devido ao impacto promovido pelo processo de

envelhecimento impactado pelas quedas hormonais(Tolentino, Maia, Formiga,

Sousa, & Melo, 2015).

Devido ao fato de não existir uma escala para avaliação da autoestima mais

especifica associada ao fato de que o envelhecer saudável é determinado pela

qualidade de vida do individuo, foi importante o uso do Whoqol-bref, uma escala que

visa avaliar não só a qualidade de vida geral, mais especificamente alguns domínios

como o psicológico e ambiental, que evidenciam os cuidados que cada indivíduo tem

para consigo mesmo. O resultado obtido para o grupo teste de aumento dos níveis

de qualidade de vida para domínio psicológico em relação ao grupo controle após o

tratamento com os ativos antienvelhecimento corroboram com os resultados da

escala de Rosenberg. Além disso, o domínio ambiental possui a faceta de cuidados

com a saúde, e foi observado um aumento dos níveis de qualidade de vida para

esse domínio para as participantes do grupo teste em relação as do controle após o

uso dos cosméticos, o que permite sugerir que os resultados obtidos vêm de

encontro com a hipótese do estudo que o fato de se cuidar com ativos que controlem

o envelhecimento, impacta de forma positiva na qualidade de vida de mulheres,

conforme sugerido anteriormente por Fernandes, Da Silva, Da Penha, Potiens, &

Carneiro (2011) e Molina et al., (2015).

No presente estudo, foi observada também uma melhora qualitativa da

aparência da pele em relação à presença das rugas, porém os resultados

quantitativos não foram capazes de demonstrar o que foi visualizado e descrito pelas

participantes. Esse fenômeno ressalta a importância de se obter metodologias

precisas para avaliação dos resultados dos procedimentos estéticos e das

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65

intervenções cosméticas. A avaliação dos resultados dos tratamentos

dermatológicos e estéticos vem a cada dia sendo mais discutida, uma vez que na

maior parte dos casos, o único método de detecção disponível para avaliar os

resultados apresenta um caráter subjetivo de interpretação. As imagens digitais têm

sido a ferramenta mais utilizada na prática dermatológica e em pesquisas, por ser

um método simples e de fácil acesso. Porém, devem-se levar em conta os

parâmetros de luminosidade, distância e ângulo das fotos, bem como a utilização de

um profissional para realização das mesmas que não seja o mesmo que executa o

procedimento (Manela, Cunha & Pinheiro, 2010). Na literatura, diversos estudos

utilizam métodos de acompanhamento dos tratamentos antienvelhecimento, porém a

complexidade de sua prática dificulta e encarece o acompanhamento das

participantes (Costa, 2016).

Além disso, a realização desse estudo evidenciou outras limitações

metodológicas, tais como a necessidade de se ter uma avaliação mais precisa com

relação à profundidade das rugas, que não foi possível devido à falta de

instrumentos para análise. Outro ponto importante é a necessidade de uma melhor

padronização nas expressões faciais para obtenção das imagens, principalmente

para as análises posteriores ao tratamento, pois foi possível perceber que nem todas

reproduziram as expressões com a mesma intensidade das imagens iniciais

conforme solicitado. Outro ponto que deve ser ressaltado foi a evasão das

participantes que impossibilitou a reavaliação, com consequente diminuição do

tamanho da amostra, o que também impactou de forma negativa nas análises dos

resultados obtidos.

O presente estudo demonstrou que o uso de cosméticos melhora e retarda as

características do envelhecimento, porém não podem ser considerados os

protagonistas do rejuvenescimento, outros fatores devem ser levados em

consideração para o sucesso desse objetivo, tais como os hábitos de vida,

alimentação e a prática de exercícios físicos. Além disso, os dados obtidos sugerem

que o fato de se cuidar muda à imagem e as perspectivas impostas anteriormente,

melhorando autoestima e consequentemente a qualidade de vida, embora o tão

esperado rejuvenescimento instantâneo não ocorra da maneira esperada, apesar da

constante inserção de novos ativos cosméticos disponíveis no mercado(Ribeiro &

Steiner, 2018; Silva & Braga, 2016).

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66

A supervalorização da beleza provoca nos indivíduos uma dedicação

obstinada à procura do ideal, chegando por vezes a colocar em risco a própria vida.

Poucos ainda são os estudos clínicos controlados e com metodologia rigorosa para

avaliar a eficiência dos ativos antienvelhecimentos e outros tipos de tratamentos

estéticos não invasivos e com custos acessíveis, para todas as regiões da face,

principalmente para as regiões da glabela, frontal e perioral, nas quais as rugas são

mais marcantes e profundas. Dessa forma, torna-se importante a realização de

novos estudos com instrumentos e métodos eficazes para mensuração dos

resultados e que associem os benefícios do tratamento estético ao bem-estar e

qualidade de vida dos indivíduos em fase de envelhecimento.

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67

6 CONCLUSÃO

A associação de ativos antienvelhecimento escolhidos resultou na melhora

aparente dos sinais do envelhecimento cutâneo, o que foi verificado qualitativamente

e quantitativamente para as rugas presentes em situação de repouso e para a região

periorbital. Além disso, as participantes que fizeram uso da formulação

antienvelhecimento apresentaram melhora nos seus níveis de autoestima e

qualidade de vida perante o domínio psicológico após o tratamento.

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ANEXOS

Anexo 1: TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

TÍTULO DA PESQUISA: Avaliação do impacto do uso de cosmético facial na

autoestima, na qualidade de vida e redução de rugas em mulheres.

Eu_________________________________,_____anos,RG___________________,residente______

_____________________________________________________, telefone

_____________________, abaixo assinado, dou meu consentimento livre e esclarecido para

participar como participante da pesquisa citada acima, sob responsabilidade da mestranda Rejane

Brunelli Ribeiro, aluna da pós em Ciências do Envelhecimento da Universidade São Judas Tadeu

(USJT), sendo orientado pela Profª Dra. Marta Ferreira Bastos.

Assinando este termo de Consentimento estou ciente de que:

1. Concordo em ser participante da pesquisa, sendo que posso desistir a qualquer momento, sem

nenhum prejuízo.

2. O objetivo geral da pesquisa é verificar o impacto do uso de cosmético na autoestima e no

processo de envelhecimento.

3. Serão utilizados materiais para a coleta de informações, um questionário socioeconômico, além de

uma escala de autoestima, cujo tempo de preenchimento é de aproximadamente 20 minutos.

4. A pesquisa é considerada de risco mínimo, porém se este procedimento gerar desconforto,

constrangimento ou outra situação desagradável qualquer, a minha participação poderá ser

interrompida, a qualquer momento, sem qualquer prejuízo para qualquer das partes.

5. Os benefícios diretos obtidos por minha participação são: a contribuição para o aumento da

produção de investigação de campo sobre este tema, além de me motivar a cuidar da pele e

melhorar minha aceitação.

6. Poderei receber um produto no qual não tenha nenhum principio ativo.

7. Em caso de alguma reação adversa do uso da formulação, deverei suspender o uso e entrar em

contato com a farmacêutica responsável pela pesquisa, a qual irá me orientar sobre a melhor

conduta a ser tomada.

8. Minha participação na pesquisa é voluntária, não receberei qualquer forma de remuneração.

9. Meus dados pessoais serão mantidos em sigilo e os resultados gerais obtidos por meio da

pesquisa serão utilizados apenas para alcançar os objetivos do trabalho, expostos acima, incluída

sua divulgação em eventos científicos e publicação na forma de artigos em revistas.

10. Poderei entrar em contato com a responsável pela pesquisa, sempre que julgar necessário pelo

telefone (11) 99776-2048 para esclarecer eventuais dúvidas sobre a atividade ou com o Comitê de

Ética da Universidade São Judas Tadeu pelo telefone (11) 2799.1944 ou e-mail: [email protected].

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11. O arquivamento dos materiais coletados durante a pesquisa obedecerá às leis vigentes ficando

sua guarda e proteção sob responsabilidade do pesquisador, por cinco anos, e disponível para

consulta do comitê de ética quando este julgar necessário.

12. O presente documento deverá ser assinado em duas vias de igual teor, sendo que uma ficará em

poder do pesquisador e outra em poder do participante. Os participantes deverão rubricar todas as

páginas do presente documento.

Obtive todas as informações necessárias das pesquisadoras para poder decidir conscientemente

sobre a minha participação na referida pesquisa.

São Paulo _____, de _______________ de 2018.

__________________________________________________

Nome e/ou assinatura do participante

______________________________________

Rejane Brunelli Ribeiro

End.: Rua Taquari, 546. Mooca – São Paulo – SP

e-mail: [email protected]

Telefone: 11-99776-2048

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ANEXO 2: Questionário Socioeconômico

Nome Completo:

Nascimento: / / Sexo: F ( ) M ( )

Endereço: Cep:

Bairro: Telefone: ( )

Email.: Celular: ( )

A1) Tipo de domicilio ( ) casa ( ) Apartamento ( ) Casa dos Fundos ( ) Comodo A2) Vou te falar algumas doenças e peço que me fale se tem alguma: ( ) Hipertensão ( ) Hipotireoidismo ( ) Hipertireoidismo ( ) Diabetes Mellitus ( ) Artrose ( ) Hipercolesterolemia ( ) Hipertireoidismo ( ) Artrite ( ) Câncer A3) Você tem outras doenças? Quais? _______________________________________________________________ Quais os medicamentos que você usa? _______________________________________________________________

Bloco B : Socioeconômico B1) Qual sua idade? _______________________________________________________________ B2) Qual data de nascimento? ____/_____/_____ B3) Gênero Feminino em menopausa? ( ) 1.sim ( ) 2.não B4) Qual seu estado civil? ( ) 1.Casada ou vive com companheiro ( ) 2.Solteira ( ) 3. Divorciada, Separada ou Desquitada ( ) 4.Viúva B5) Qual sua cor ou raça? ( )1.Branca ( )2.Preta ( ) 3.Mulata/Cabocla/parde ( )4.Indigena ( )5.Amarela/Oriental ( ) 99 NR B6) Qual sua ocupação durante a maior parte da sua vida? _______________________________________________________________ B7) Trabalha atualmente? ( ) Sim ( ) Não ( ) 99NR B8) Se trabalha, qual sua ocupação atualmente? _______________________________________________________________ B9) É aposentado? ( ) Sim ( ) Não ( ) 99 NR B10) É pensionista? ( ) Sim ( ) Não ( ) 99 NR B11) É capaz de ler ou escrever um bilhete simples?( ) Sim ( ) Não( ) 99 NR B12) Até que ano da escola estudou?

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( ) 1. Nunca foi á escola, ou não chegou a concluir a 1ª serie primária ou o curso de alfabetização de adultos. ( ) 2. Curso de alfabetização de adultos ( ) 3. Até o primário (atual nível fundamental 1ª a 4ª série) ( ) 4. Até o Ginásio (atual nível Fundamental, 5ª a 8ª série) ( ) 5. Até o Cientifico, Clássico (atuais Curso Colegial) ou Normal (Curso de Magistério) ( ) 6.Até o Curso Superior ( ) 7. Pós-Graduação Incompleta ( ) 8. Pós-Graduação completa, com obtenção do título de Mestre ou Doutor ( ) 99.NR B13) Número de anos de escolaridade * Calcular em anos não perguntar ______________________________________________________________ B14) Quantos filhos tem? ______________________________________________________________ B15) Mora sozinha? ( ) Sim ( ) Não B16) Mora com marido ou companheiro? ( ) Sim ( ) Não B17) Mora com filhos ou enteado? ( ) Sim ( ) Não B18) Mora com netos? ( ) Sim ( ) Não B19) Mora com bisnetos? ( ) Sim ( ) Não B20) Mora com outro parente? ( ) Sim ( ) Não B21) Mora com pessoa fora da família? ( ) Sim ( ) Não B22) É proprietária da sua residência? ( ) Sim ( ) Não B23) É a principal responsável pelo sustento da sua família? ( ) Sim ( ) Não B24) Qual sua renda mensal, proveniente de seu trabalho, da sua aposentadoria ou pensão? * Anote a resposta em Reais (valor bruto ), se não souber anote 99.NR _____________________________________________________________ B25) Qual a renda mensal das pessoas que moram em sua casa, incluindo a senhora? _____________________________________________________________ B26) Considera que a senhora (e/ou seu companheiro) tem dinheiro suficiente para cobrir suas necessidades diárias? ( ) Sim ( ) Não ( ) 99NR B27) A Senhora possui alguma deficiência? ( ) Sim ( ) Não ( ) 99NR B28) Caso a resposta seja “sim”, qual o tipo de deficiência? * Caso a resposta seja não pule para a questão 30. ( ) 1. Deficiência Auditiva ( ) 2. Deficiência Visual ( ) 3. Deficiência Múltipla ( Deficiência Intelectual mais outra) ( ) 4. Deficiência Física ( ) 5. Deficiência Intelectual ( ) 6. Outros tipos de deficiência não especificados acima

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B29) Há quanto tempo foi diagnosticado com esta deficiência? ( ) 1. Menos de 1 anos ( ) 2. 1 a 5 anos ( ) 3.5 a 10 anos ( ) 4. 10 a 20 anos ( ) 5.a mais de 30 anos ( ) já nasceu com essa deficiência ( ) 99.NR B30) A Senhora participa de alguma entidade governamental ou não governamental (ONG) realizando algum tratamento especifico ou especializado? ( ) Sim ( ) Não ( ) 99 NR B31) Qual Instituição?

____________________________________________________________

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Anexo 3: FICHA DE AVALIAÇÃO FACIAL E HÁBITOS DIÁRIOS

DADOS PESSOAIS

Nome Completo:

Nascimento: / / Sexo: F ( ) M ( )

Endereço: Cep:

Bairro: Telefone: ( )

Email.: Celular: ( )

QUESTIONÁRIO

Qual atividade Profissional?

A atividade profissional é executada no ambiente interno ( ) externo ( )

Já fez algum tratamento facial? Não ( ) Sim ( ) Qual?

O resultado atendeu seus objetivos? Não ( ) Sim ( )

Usa ácidos (peelings) Sim ( ) Não ( )

Fez recentemente toxina botulínica? Sim ( ) Não ( ) Há quanto tempo?

Preenchimentos? Sim ( ) Não ( ) Há quanto tempo?

Laser ou luz intensa pulsada? Sim ( ) Não ( ) Há quanto tempo?

Utiliza Filtro Solar Diariamente? Sim ( ) Não ( )

Alergia a cremes/loções? Sim ( ) Não ( ) Quais?

Apresenta algum problema de pele? Não ( ) Sim ( )

Está gravida ou suspeita de gestação? Não ( ) Sim ( )

Ciclo menstrual normal? Não ( ) Sim ( ) Menopausa? Não ( ) Sim ( ) DUM: / /

Método Contraceptivo? Não ( ) Sim ( ) Qual?

Usa lente de contato? Não ( ) Sim ( )

Cirurgia recente? Não ( ) Sim ( ) Qual?

É portador de marca passo? Não ( ) Sim ( )

É portador de pinos ou placas? Não ( ) Sim ( )

É diabético? Não ( ) Sim ( ) É epilético? Não ( ) Sim ( )

É fumante? Não ( ) Sim ( ) Ingestão de líquidos? ( )2L ( )<2L ( ) >2L

Tem tumor ou lesão cancerosa? Não ( ) Sim ( ) Local?

Tem enfermidade atualmente? Não ( ) Sim ( ) Qual?

Medicação habitual? Não ( ) Sim ( ) Qual?

Possui doenças transmissíveis pelo sangue? (HIV, Hepatite, Sifilis) Não ( ) Sim ( ) Qual?

Possui exames de sangue recentes? Não ( ) Sim ( ) Quanto tempo?

Faz manutenção diária da pele: ( ) Sim ( ) Não Se sim relate:

Pela manhã:_______________________ ____________________________ A noite:_____________ __________________________________________ Confirmo que os dados pessoais são verídicos e nenhuma informação foi omitida. Qualquer mudança será comunicada imediatamente. Assinatura:____________________________________ RG.:___________________

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ANAMNESE VISUAL E PALPATÓRIA Biotipo? ( )normal ( )seca ( )oleosa ( )mista ( )sensível Textura: ( ) lisa ( ) áspera Acne? ( )grau I ( ) grau II ( ) grau III ( ) grau IV Fototipo cutâneo? ( ) I ( ) II ( ) III ( ) IV ( ) V ( )VI Classificação de Glogau? ( ) Tipo I ( ) Tipo II ( ) Tipo III ( ) Tipo IV ( ) rugas dinâmicas ( ) rugas estáticas ( ) elastose ( ) flacidez muscular ( ) flacidez tissular Local?

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Anexo 4: INSTRUÇÕES PARA USO DE COSMÉTICO ANTIENVELHECIMENTO

Como utilizar o creme? Use diariamente, pela manhã e à noite;

Após lavar o rosto com água e sabonete facial, aplique o creme em

movimentos suaves sobre o rosto, de baixo para cima;

Não se esqueça de utilizar um protetor solar durante o dia;

Lembre-se que a quantidade correta é uma camada fina que cubra toda a

área de aplicação, não precisa exagerar na quantidade. Exagerar na

quantidade do creme não significa que a pele estará mais saudável ou mais

protegida.

Como aplicar corretamente o creme no rosto? Aplicação Coloque pingos do creme na ponta dos dedos e vá espalhando ao longo do rosto e pescoço. Faça vários pontos com o creme. É a melhor forma de aprender como passar creme no rosto.

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Anexo 5: INSTRUMENTO DE AVALIAÇÃO DE AUTOESTIMA

ESCALA DE AUTOESTIMA DE ROSENBERG

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Anexo 6: Instrumento de Avaliação de Qualidade de Vida

The World Health Organization Quality of Life – WHOQOL-bref

Instruções

Este questionário é sobre como você se sente a respeito de sua qualidade de vida, saúde e outras áreas de sua vida. Por favor responda a todas as questões. Se você não tem certeza sobre que resposta dar em uma questão, por favor, escolha entre as alternativas a que lhe parece mais apropriada. Esta, muitas vezes, poderá ser sua primeira escolha. Por favor, tenha em mente seus valores, aspirações, prazeres e preocupações. Nós estamos perguntando o que você acha de sua vida, tomando como como referência as duas últimas semanas. Por exemplo, pensando nas últimas duas semanas, uma questão poderia ser:

nada Muito pouco

médio muito completamente

Você recebe dos outros o apoio de que necessita?

1 2 3 4 5

Você deve circular o número que melhor corresponde ao quanto você recebe dos outros o apoio de que necessita nestas últimas duas semanas. Portanto, você deve circular o número 4 se você recebeu "muito" apoio como abaixo.

nada Muito pouco

médio muito completamente

Você recebe dos outros o apoio de que necessita?

1 2 3 4 5

Você deve circular o número 1 se você não recebeu "nada" de apoio.

Por favor, leia cada questão, veja o que você acha e circule no número e lhe parece a melhor resposta.

muito ruim Ruim nem ruim nem

boa boa muito boa

1 Como você avaliaria sua

qualidade de vida? 1 2 3 4 5

muito

insatisfeito Insatisfeito

nem satisfeito nem insatisfeito

satisfeito muito

satisfeito

2 Quão satisfeito(a) você está com a sua saúde?

1 2 3 4 5

As questões seguintes são sobre o quanto você tem sentido algumas coisas nas últimas duas semanas.

nada muito pouco

mais ou menos

bastante extremamente

3 Em que medida você acha que sua dor

(física) impede você de fazer o que você precisa?

1 2 3 4 5

4 O quanto você precisa de algum

tratamento médico para levar sua vida diária?

1 2 3 4 5

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5 O quanto você aproveita a vida? 1 2 3 4 5

6 Em que medida você acha que a sua

vida tem sentido? 1 2 3 4 5

7 O quanto você consegue se

concentrar? 1 2 3 4 5

8 Quão seguro(a) você se sente em sua

vida diária? 1 2 3 4 5

9 Quão saudável é o seu ambiente físico

(clima, barulho, poluição, atrativos)? 1 2 3 4 5

As questões seguintes perguntam sobre quão completamente você tem sentido ou é capaz de fazer certas coisas nestas últimas duas semanas.

nada muito pouco

médio muito completamente

10 Você tem energia suficiente para seu dia-a-

dia? 1 2 3 4 5

11 Você é capaz de aceitar sua aparência

física? 1 2 3 4 5

12 Você tem dinheiro suficiente para satisfazer

suas necessidades? 1 2 3 4 5

13 Quão disponíveis para você estão as

informações que precisa no seu dia-a-dia? 1 2 3 4 5

14 Em que medida você tem oportunidades de

atividade de lazer? 1 2 3 4 5

As questões seguintes perguntam sobre quão bem ou satisfeito você se sentiu a respeito de vários aspectos de sua vida nas últimas duas semanas.

muito ruim ruim nem ruim nem bom

bom muito bom

15 Quão bem você é capaz de

se locomover? 1 2 3 4 5

muito

insatisfeito Insatisfeito

nem satisfeito nem

insatisfeito satisfeito

Muito satisfeito

16 Quão satisfeito(a) você está

com o seu sono? 1 2 3 4 5

17

Quão satisfeito(a) você está com sua capacidade de

desempenhar as atividades do seu dia-a-dia?

1 2 3 4 5

18 Quão satisfeito(a) você está com sua capacidade para o

trabalho? 1 2 3 4 5

19 Quão satisfeito(a) você está

consigo mesmo? 1 2 3 4 5

20

Quão satisfeito(a) você está com suas relações pessoais

(amigos, parentes, conhecidos, colegas)?

1 2 3 4 5

21 Quão satisfeito(a) você está

com sua vida sexual? 1 2 3 4 5

22

Quão satisfeito(a) você está com

o apoio que você recebe de seus amigos?

1 2 3 4 5

23 Quão satisfeito(a) você está 1 2 3 4 5

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com as condições do local onde

mora?

24

Quão satisfeito(a) você está com o

seu acesso aos serviços de saúde?

1 2 3 4 5

25 Quão satisfeito(a) você está

com o seu meio de transporte?

1 2 3 4 5

As questões seguintes referem-se a com que frequência você sentiu ou

experimentou certas coisas nas últimas duas semanas.

nunca Algumas

vezes freqüentemente

muito freqüentemente

sempre

26

Com que freqüência você tem sentimentos negativos

tais como mau humor, desespero, ansiedade,

depressão?

1 2 3 4 5

Alguém lhe ajudou a preencher este questionário? ..................................................................

Quanto tempo você levou para preencher este questionário? ..................................................

Você tem algum comentário sobre o questionário?

OBRIGADO PELA SUA COLABORAÇÃO