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Umuarama – Toledo – Guaíra – Paranavaí – Cianorte – Cascavel – Francisco Beltrão
TRABALHO DE FINALIZAÇÃO DE CURSO EM ENGENHARIA CIVIL 2018
ANÁLISE DA VIABILIDADE DO SISTEMA FOTOVOLTAICO EM UMA
RESIDÊNCIA UNIFAMILIAR
MARCELO DENER GARRIDO1
MARCOS PAULO REIS2
ALUIZIO TORRES DA SILVA3
RESUMO: O Brasil é um país com grande potencial para crescimento energético. A
energia elétrica pode ser disponibilizada de forma abundante para que o país possa crescer
cada vez mais. Entretanto, faz-se necessária uma atenção especial ao aspecto econômico
bem como aos impactos ambientais positivos. Diante disso, o estudo apresenta como
problemática a viabilidade econômica da energia fotovoltaica em projetos residenciais.
Embora a energia Fotovoltaica apresente-se inicialmente mais cara, é mais vantajosa
que a energia convencional. O objetivo é demonstrar a viabilidade econômica da
microgeração com relação a energia fotovoltaica especialmente em residências
domiciliares. Apresentar a relação custos promovidos pela utilização desta fonte de
energia e a sua viabilidade por meio de uma pesquisa descritiva de natureza qualitativa.
Assegurar assim, que há viabilidade econômica na implantação de um sistema de
produção de energia fotovoltaica em residências domiciliares, pois sua implantação é
capaz de gerar uma economia estimada de R$109,00 por mês em residências que
apresentam uma média de consumo de R$120,00 por mês. Além da economia, há a
possibilidade de gerar créditos de energia com a produção excedente e disponibilizada a
rede de distribuição, e que ainda após 7 anos, o valor investido tem seu retorno total.
PALAVRAS – CHAVE: Energia Elétrica, Fontes Alternativas de Energia, Energia
Solar Fotovoltaica.
ABSTRACT: Brazil has great potential for growth in energy generation. There is
abundant electrical energy made available so that this country can grow more and more.
However, special attention to the economic aspect and, above all, to the positive
1 Acadêmico de Engenharia Civil – UNIPAR - E-mail: [email protected]
2 Acadêmico de Engenharia Civil – UNIPAR - E-mail: [email protected]
3 Orientador e Professor Doutor em Física pela UEM - E-mail: [email protected]
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environmental impacts. Given the above, this study presents, as its subject, the
economic viability concerning the photovoltaic solar energy in home projects. Although
the photovoltaic energy is more expensive, at first glance, it is more advantageous than
is the regular energy type. The goal of this paper is to demonstrate the economic
viability in micro generation in relation to photovoltaic energy, especially in homes. In
addition, it also presents cost-benefit and viability analyses about using this energy
source, by means of qualitative-descriptive research. The intention is demonstrating that
there is economic viability in putting up a system for the production of photovoltaic
energy in homes, for its installation makes it possible to save about R$ 109,00 per
month in homes whose electricity charges are close to R$ 120,00 monthly. Other than
saving electricity, the production of photovoltaic energy may generate a surplus of it,
which an electricity supplying company distributes over power grids. After a 7 year-
period, the money invested in this project overall is returned to the individual.
KEYWORD: Electrical energy; Alternative energy sources; Photovoltaic solar energy
1 INTRODUÇÃO
No Brasil, muito se tem debatido sobre a importância de energias alternativas,
uma vez que seu abastecimento energético é basicamente realizado via hidroelétricas,
que causam grande impactos ambientais e seu custo operacional de distribuição é um
dos mais onerosos. Neste cenário extremamente complicado, com o país considerado
um dos piores em relação a distribuição de renda, consolidalisa-se cada vez mais a
discussão sobre a alta que os preços dos produtos de subsistências que têm sofrido
aumentos significativos. Entre esses produtos está a energia elétrica.
Nesse sentido, o Ministério de Minas e Energia (MME), lançou em dezembro de
2016 o Programa de Geração Distribuída de Energia Elétrica (ProGD), cujo objetivo é
estimular a geração de energia pelos próprios consumidores (residencial, comercial,
industrial e rural) com base em fontes renováveis, em especial a fotovoltaica. Essa ação
vem em conjunto com a necessidade de se combater o aquecimento global. Vários
países vêm adotando políticas de incentivo ao uso de fontes alternativas, entre as quais a
energia solar, em substituição às fontes de origem fóssil, que liberam CO2 na atmosfera,
um dos gases causadores do efeito estufa. (SILVA, 2015).
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O potencial brasileiro para energia fotovoltaica é enorme pois apresenta os
maiores valores de irradiação solar global. Em 2018, o Brasil deverá adentrar os 20
países com maior geração de energia solar no mundo (MME, 2016). Ou seja, essas fonte
de energia alternativa é extremamente necessária, não só para economia financeira, mas
também pelo desenvolvimento sustentável promovido pela energia limpa por considerar
a qualidade de vida e o meio ambiente. Decorrente disso, Silva (2015) surgem novas
tecnologias fotovoltaicas capazes de satisfazer o consumo elétrico de residências e
indústrias, as quais são consideradas uma das tecnologia energética mais promissoras,
pois, as células solares convertem a energia solar em eletricidade. Visto isso, surge o
questionamento sobre a viabilidade econômica da energia fotovoltaica em projetos
residenciais. Embora a energia Fotovoltaica apresentar-se mais onerosa inicialmente, é
ainda mais vantajosa que a energia convencional.
Assim, o estudo tem como objetivo confirmar a viabilidade econômica da
microgeração de energia fotovoltaica em residências domiciliares com pesquisa
descritiva e investigação apontando a necessidade de optar por uma fonte de energia
renovável com tecnologia mais adequada para a sua geração, com apresentação da
relação custo benéficos promovidos na utilização desta fonte de energia. Analisar assim,
sua viabilidade de forma qualitativa e quantitativa.
Este artigo está estruturado em etapas para atender ao objetivo proposto.
Inicialmente, será apresentado um referencial teórico a partir de pesquisas
bibliográficas, na sequência serão apresentadas a proposição e metodologia da pesquisa.
Em seguida, serão apresentados os resultados e discussões dos dados coletados pelo
levantamento das informações almejadas. O trabalho será finalizado com as
considerações finais e observação acerca de todo o objetivo proposto.
2 DESENVOLVIMENTO
2.1 Revisão da Literatura
Este capítulo compreende a fundamentação teórica do trabalho. Tem como
função discorrer sobre conceitos essenciais: fontes de energia com ênfase na energia
solar. Em seguida, serão abordados os sistemas fotovoltaicos e os elementos que o
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compõem. Por fim, apresentar os benefícios gerados pela utilização de energia elétrica
provida de um sistema fotovoltaico tanto econômico quanto ambiental.
2.1.1 Fontes de Energia
As fontes de energia são diferentes formas de recursos que direta ou
indiretamente produzem energia. São classificadas em dois grupos: energias renováveis
e não renováveis. As tradicionalmente utilizadas são as fontes consideradas
convencionais, normalmente não renováveis. Essas energias são encontradas na
natureza, porém não possuem reservas infinitas, uma vez esgotadas não podem ser
regeneradas, causando assim danos ambientais. No entanto é uma energia mais barata
na implementação, manutenção e transporte e possui um elevado rendimento energético
(RUTHER, 2004).
De acordo com Viana:
[...] Enquanto as reservas de energia fóssil são necessariamente finitas e se
reduzem à medida em que são consumidas, os recursos energéticos
renováveis são dados por fluxos naturais, como ocorre na energia solar, em
suas distintas formas, como na energia hidráulica, na energia eólica, na
energia das ondas do mar e na energia da biomassa, bem como nos fluxos
energéticos dependentes do movimento planetário, por exemplo, a energia
talassomotriz, associada à variação do nível do mar nas marés e à energia
geotérmica, que na escala das realizações humanas existe não deve se
esgotar[...] (VIANA et al, 2012, p. 22).
Já as energias renováveis e Novas energias provêm de fontes que se reestruturam
naturalmente. Ou seja, através do seu ciclo de renovação natural presente nos
ecossistemas do meio ambiente, e presentes nessa categoria as energias eólicas, de
biomassa, hídrica e solar, formas de energia que se regeneram de uma forma cíclica em
uma escala de tempo reduzida (PACHECO,2006).
Estas energias renováveis podem e devem ser utilizadas de forma sustentada,
de maneira tal que resulte em mínimo impacto ao meio ambiente. O
desenvolvimento tecnológico tem permitido que, aos poucos, elas possam ser
aproveitadas quer como combustíveis alternativos (álcool, combustíveis) quer
na produção de calor e de eletricidade, como a energia eólica, solar, da
biomassa, e de pequenas centrais hidrelétricas (PCHs), separadas das grandes
hidrelétricas, com características renováveis, constituindo-se em fonte
convencional de geração de eletricidade (PACHECO, 2006 p.05).
Para Mendes, Júnior e Hosken (2013) as alternativas de energias renováveis se
apresentam de forma mais interessante para suprir a contradição entre modernidade e
atraso de desenvolvimento, além da contribuição inestimável ao meio ambiente. Dentro
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das tecnologias disponíveis para essas fontes energéticas renováveis, a mais acessível
para a população, e que proporciona a redução drástica de custos, é a energia solar.
2.1.2 Energia Fotovoltaicas, a energia solar
A energia solar fotovoltaica é a energia obtida através da conversão direta da luz
em eletricidade. É uma das tecnologias renováveis que vêm sendo cada vez mais
utilizada nos países desenvolvidos (RUTHER, 2004). A convenção da energia solar em
eletricidade ocorre de forma silenciosa, não emite gases nem precisa de um operador
para o sistema. Há apenas a componente luminosidade da energia solar (fotóns) que é
útil para a conversão fotovoltaica (TORRES, 2012).
Esta energia é gerada a partir da transformação de radiação solar em energia
elétrica. Ou seja, quando a luz solar atinge o painel (material constituído usualmente de
semicondutores como o silício) promove a excitação dos elétrons nas células solares ou
fotovoltaicas (ANEEL, 2005). Desta forma, quanto maior for a incidência de radiciação
solar nos módulos ou painéis, maior será a produção de energia. A unidade fundamental
desse processo de conversão é a célula fotovoltaica, um dispositivo fabricado com
material semicondutor, que de acordo Shayani:
[...] Esse tipo de instalação apresenta diversas vantagens: minimiza as perdas
por transmissão, pois a geração e o consumo estão próximos um do outro;
dispensa os sistemas acumuladores de energia (bancos de baterias), reduzindo
o custo da instalação em aproximadamente 30%; não necessita de
superdimensionamento para atendimento da carga por períodos prolongados
de baixa incidência solar, por poder contar com a rede elétrica pública, e
alivia o sistema de distribuição da concessionária elétrica, aumentando a vida
útil de transformadores e outros componentes[...] (SHAYANI et al,2006,
p.08)
Estudos produzidos por Ruther (2004) evidenciam que painéis solares
fotovoltaicos são inerentemente mais versáteis do que outros tipos de coletores solares
para aquecimento de ar ou água (fios e cabos elétricos são inerentemente mais simples
de instalar do que uma tubulação). Este fato, aliado ao potencial baixo custo, possibilita
o seu uso como um material de construção com a vantagem adicional de ser um gerador
elétrico.
Um dos assuntos mais debatidos sobre esse sistema são suas vantagens e
desvantagens. Este processo é mais simples, sem emissão de gases poluentes ou ruído e
com uma necessidade mínima de manutenção. (BRAGA,2008)
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Segundo Wanderley; Campos, (2013) a utilização da energia solar fotovoltaica
oferece uma série de vantagens, como por exemplo: o Sol ser uma fonte ilimitada de
energia, que está disponível em todas as partes do mundo, além de não produzir ruídos
ou gases nocivos, nem resíduos.
E de acordo com Nascimento (2017) com relação a benefícios socioeconômicos,
a geração de energia solar fotovoltaica contribui com a geração de empregos locais, o
aumento da arrecadação e o aumento de investimentos.
Torres (2012) acredita que as principais vantagens da utilização da energia
fotovoltaica é que a mesma é obtida de forma estática e silenciosa, ou seja, não gera
impactos ambientais na sua operação, provem de fonte renovável, está é facilmente
adaptável à microgeração distribuída, ou seja, junto ao local de consumo, minimizando
os custos com transmissão e distribuição da energia, também apresenta características
característica modulares (desde mW até MW) , e ainda curtos prazos de instalação,
elevado grau de confiabilidade dos sistemas e baixa manutenção.
Dentre as diversas aplicações da energia solar, Ruther (2004) relata que a
geração direta de eletricidade através do efeito fotovoltaico se apresenta como uma das
mais nobres formas de gerar potência elétrica, pois advém de uma fonte renovável e não
poluí o meio ambiente. Assim, por se tratar de uma fonte de energia renovável e
apresentar muitos benefícios a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) aprovou
em 17 de abril de 2012, a Resolução Normativa Nº 482, a qual estabelece condições
especificas para o acesso à microgeração e minigeração de energia elétrica e distribuir
aos sistemas de distribuição, assim como um sistema de compensação de energia
elétrica por ser fornecedor (ANEEL, 2012).
Logo, por meio desta resolução da ANEEL, torna-se possível a geração de
energia elétrica através de uma fonte renovável interligando-a com à rede de
distribuição, e ainda estabelece uma compensação pela produção de energia excedente
com o consumo de energia elétrica ativa.
A microgeração e a minigeração difere-se apenas pela potência instalada, a qual
a micro corresponde a geração de energia elétrica com potência menor ou igual a 100
kW, a mini apresenta uma geração superior a 100 kW e menor ou iguala 1 MW, por
meio de fontes de energia solar conectada na rede de distribuição por meio de
instalações de unidades consumidoras (ANEEL, 2012). Dentre as tecnologias
fotovoltaicas existentes no mercado, a mais tradicional no mercado por sua extrema
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robustez e confiabilidade e que apresenta maior escala de produção é a de silício
cristalino (RUTHER, 2004).
2.1.2.1 Sistemas Fotovoltaicos
Os sistemas Fotovoltaicos, compreendido pelo conjunto de elementos essenciais
para converter a energia solar em energia elétrica segundo Lamberts et. al consiste em:
[...] conjunto de elementos necessários para realizar a conversão direta da
energia solar em energia elétrica, com características adequadas para
alimentar aparelhos elétricos e eletrônicos, tais como lâmpadas, televisores,
geladeiras e outros. O SFV tem o painel fotovoltaico como principal
componente e pode incluir, dependendo da aplicação, dispositivos para
controle, supervisão, armazenamento e condicionamento de energia elétrica.
Fazem parte também de um SFV a fiação, a estrutura de suporte e a
fundação, quando necessária (LAMBERTS ET. AL, 2010 p.51)
Ressalta Torres (2012) que um sistema fotovoltaico contempla os elementos
necessários fundamentais para conversão direta da energia solar em energia elétrica. E,
que seus principais componentes são Painéis Fotovoltaicos e inversores, controladores
de cargas, fiação e um banco de baterias necessário para armazenar e fornecer a energia
elétrica gerada nos períodos que não houver insolação. E que em casos de geração de
energia excedente, esta pode ser enviada na rede de distribuição gerando créditos de
compensação, que são mensurados através de um medidor de Energia Bidirecional.
Como demonstra a Figura 01 abaixo:
Figura 01: Sistema Fotovoltaico
Fonte: Elgin (2018).
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Segundo Silva (2015) os painéis fotovoltaicos são constituídos por um conjunto
de células fotovoltaicas, de modo que sua montagem os permitem permanecerem
interconectados em arranjos modulares que, em conjunto, aumentam a capacidade de
geração de energia elétrica por ampliarem a área de captação da luz solar.
A Figura 01 ainda demonstra que o caso do efeito fotovoltaico, “a radiação solar
incide sobre materiais semicondutores e é transformada diretamente em corrente
contínua4; para transformar a corrente contínua em corrente alternada
5, são utilizados
aparelhos chamados inversores” (SILVA, 2015 p.06). Ou seja, o inversor é responsável
por converter a corrente continua, proveniente do painel fotovoltaico em corrente
alternada, com características adequadas para alimentação de aparelhos eletros
eletrônicos, e exportação do excedente a rede de distribuição da concessionária
credenciada da região (LAMBERTS ET AL, 2010).
De acordo com as ABNT (2008) os sistemas fotovoltaicos podem ser
classificados em sistemas isolados e sistemas conectados à rede. O sistema Isolado mais
conhecido como doméstico são os que fornecem energia elétrica com baixa potência
que são utilizados geralmente por famílias e aldeias que estão em locais bem isolados e
que as concessionárias de energia ainda não atende a essas localidades (TORRES,
2012).
Ou seja, são considerados isolados por não estarem conectados à rede de
distribuição de eletricidade local. E que nesses casos necessita-se de um controlador de
carga, aparelho responsável por controlar e monitorar a carga e/ou a descarga do banco
de baterias (LAMBERTS ET AL, 2010). Como demonstra a Figura 02 a seguir:
Figura 02: Sistema Fotovoltaico Isolado
4 A corrente contínua é quando não há alteração no seu sentido, permanecendo constantemente positiva
ou negativa. 5 A corrente alternada ocorre inversões periodicamente, ou seja, ora é positiva e ora é negativa, fazendo
com que os elétrons executem um movimento de vai-e-vem, que geralmente são encontradas em redes
elétricas residenciais e comerciais.
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Fonte: Lamberts et al (2010)
Já os sistemas conectados à são os que além de abastecer a estrutura residencial
ou comercial tem o excedente gerado disponibilizado na rede de distribuição, gerando
assim créditos de compensação ao gerador (LAMBERTS ET AL, 2010). Esse tipo de
sistema, possui uma forma descentralizada de gerar energia elétrica, ou seja, o
consumidor utiliza a energia elétrica disponibilizada de forma convencional para
complementar a demanda de seu consumo caso a geração fotovoltaica não seja
suficiente, e quando exceder a geração esta pode ser vendida para concessionária
(RUTHER, 2004). Conforme é apresentado na Figura 03.
Figura 03: Sistema Fotovoltaico conectada à rede.
Fonte: Lamberts et al (2010)
Torres (2012, p.75) cita que em sistemas fotovoltaicos conectados à rede têm “as
perdas por transmissão e distribuição são minimizadas, e que a geração e o consumo
têm coincidência espacial, o que os tornam mais eficientes do ponto de vista
energético”. Uma vez que com a instalação de um sistema fotovoltaico ocorre um alivio
no sistema de distribuição de concessionárias elétricas evitando assim altos picos de
consumo, e que consequentemente há uma economia energética, aumentando a vida útil
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dos transformadores do sistema de distribuição, e reduz a possibilidade de apagões
elétricos (RUTHER, 2004).
As tecnologias necessárias à integração desses sistemas fotovoltaicos às
edificações ficam cada vez mais conhecidas e têm suas características estabelecidas
pelas engenharias elétricas e da construção civil. No Brasil geralmente, a instalação de
um sistema solar fotovoltaico conectado à rede apresenta o painel integrado à cobertura.
Porém, há sistemas deste tipo sendo instalados e sob diversos aspectos arquitetônico,
energético, econômico, de eficiência (VIANA ET AL, 2012).
Entretanto Torres (2012) ressalta que para avaliar todo o dimensionamento de
um sistema fotovoltaico deve se levar em consideração a localização, orientação e
consumo médio de energia elétrica de um edificação, visando a melhor exploração do
sol.
2.1.2.2 Benefícios da implementação do sistemas fotovoltaicos nas edificações
De acordo com Duarte (2018) a eficiência energética é possível devido a ação
conjunta entre novos hábitos de consumo por equipamentos eletro eletrônicos
classificados na categoria A do INMETRO e com a implantação de um sistema
fotovoltaico mais compacto, o que fica menos oneroso e muito mais vantajoso
economicamente. Ganha-se na redução do consumo energético. O valor economizado
pelo proprietário além de retornos financeiros que o possibilita investir em outros itens
de seu interesse, poderá também manter-se atualizado com a evolução de utensílios
domésticos elétricos, assim como vivenciar o desenvolvimento sustentável na pratica
por meio da utilização de energias renováveis (MOURA, JÚNIOR E HOSKEN, 2017).
Rosa et al (2017) cita que a aplicabilidade de um sistema fotovoltaico requer alto
investimento inicial, porém valor é recuperado no 5º ano após a instalação do sistema, o
que faz dessa fonte de energia um ótimo custo-benefício, a longo prazo. Ressalta
Moura, Júnior e Hoskem, que o valor do payback6 depende do consumo de cada
residência, pois o tempo médio de retorno do investimento vária entre 4 a 8 anos.
Ainda segundo os autores, como a fonte de captação é emitida pelo sol, em
períodos determinados (noturno, tempo nublado, chuva, neve...), sua eficácia é reduzida.
6 Payback- é o tempo de retorno do investimento inicial até o momento no qual o ganho acumulado se
iguala ao valor deste investimento. Normalmente este período é medido em meses ou anos.
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Porém nesses períodos, há a possibilidade da utilização da energia armazenadas em
baterias em casos de sistemas isolados, ou da utilização da fonte de energia elétrica
convencional que é disponibilizada pela rede de distribuição.
Todavia, por meio da Resolução da ANEEL nº482/2012, regulamentando a
microgeração de energia elétrica através de um sistema fotovoltaico, potencializa a
relação custo benefício da implantação em edificações residenciais e comerciais. Torres
(2012) relata que uma vez que a energia elétrica gerada não for utilizada pela
propriedade poderá ser disponibilizada na rede, sendo esta revertida em créditos
energéticos para utilização em até 36 meses, o que garante o retorno do valor investido,
por meio da economia e da utilização dos créditos energéticos em períodos de baixa
geração de energia.
A energia Fotovoltaica, permite além de agregar benefícios ambientais,
possibilita também benefícios econômicos, e que dessa forma a aplicação desse sistema
é fundamental em habitações, o que potencializa a produção de energia renovável e
diminui os impactos ambientais e sociais (VIER ET AL, 2017).
O valor de mercado de geração de energia renovável vai além de oferecer
energia a um custo mais baixo do que os praticados pelas concessionárias. Esse tipo de
serviço também entende que contribui para a preservação ambiental diminuindo a
quantidade de CO2 liberada no meio ambiente (ANTONIOLLI, 2018).
A produção energética via sistemas fotovoltaicos, não apresenta apenas
benefícios econômicos, assim como benefícios ao meio ambiente e ao desenvolvimento
sustentável e renovável, possibilitando uma integração entre sociedade e meio ambiente.
Nesse sentido, no Quadro 01 expõe-se os principais benéficos da utilização da energia
solar n construção civil.
Quadro 01: Benefícios da utilização de sistemas fotovoltaicos na construção
civil.
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Fonte: Adaptação de Elgin (2018), Bluesol (2018) e Duarte et al (2018).
2.2 Proposição
O estudo tem como propósito demostrar a relação custo benéficos da utilização
da energia solar em residências domiciliares. Visto a importância acerca da temática em
relação econômica ambiental que a mesma proporciona, frente aos problemas existentes
em nosso país na geração e distribuição de energia elétrica por concessionarias. Diante
de um valor oneroso e com grandes impactos ambientais.
Desta forma, a importância em informar e conscientizar a sociedade sobre a
oportunidade de utilizar uma nova tecnologia que disponibiliza o mesmo produto
através de um sistema que exige um investimento inicial alto, porém apresenta um
retorno positivo e lucrativo a médio e longo prazo. Se promove o desenvolvimento
sustentável, utiliza-se de uma fonte enérgica limpa, gratuita, renovável e de baixíssimo
impacto ambiental é viável.
2.3 Método
A pesquisa tem grande importância em diferentes áreas e aspectos, pois visa a
descoberta de novos conhecimentos, ou a ampliação do mesmo, através de um conjunto
de ações. De acordo com Gil (2009, p.17) “pode-se definir pesquisa como o
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procedimento racional e sistemático que tem como objetivo proporcionar respostas aos
problemas que são propostos”.
O presente trabalho é um estudo desenvolvido no intuito de demonstrar a
viabilidade econômica da microgeração de energia fotovoltaica em residências
domiciliares. Em vista disso, o estudo utiliza-se de uma metodologia caracterizada
como qualitativa, pois, segundo Minayo (2001) responde questões muito particulares, a
partir de um nível de realidade que não pode ser apenas quantificado. A abordagem
trabalha com o universo de significados, motivos, aspirações, crenças, valores e
atitudes, dos quais não podem ser reduzidos basicamente à representação numérica.
Denzin e Lincoln (2006) descrevem a pesquisa qualitativa como abrangente a
partir de uma abordagem interpretativa do mundo, que significa que seus pesquisadores
interpretam as coisas em seus cenários naturais, tentando compreender os fenômenos,
em termos dos significados, que as pessoas a eles conferem.
De acordo com o objetivo proposto, a pesquisa é caracterizada como descritiva,
uma vez que elenca as necessidades de optar por uma fonte de energia renovável e as
tecnologias adequadas disponíveis para a sua geração, além de apresentar relação custo
benefícios promovidos pela utilização desta fonte de energia por meio do método de
revisão de bibliográfica.
Pesquisa descritiva, “tem como objetivo primordial a descrição das
características de determinada população ou fenômeno ou, então o estabelecimento de
relações entre variáveis (GIL, 2009, p.42). Já o método de revisão bibliográfica
objetivam em proporcionar maior aprendizado sobre determinado assunto, oferecendo
subsídios para a escrita e revisão de literatura. A pesquisa bibliográfica permeia em
encontrar solucionar hipóteses por meio de referenciais teóricos já publicados, para isso
é sumariamente importante que seja realizado um planejamento sistemático do processo
de pesquisa (PIZZANI et al.,2012).
Na coleta de dados utilizou-se do levantamento de dados e informações em
relatórios de orçamentos e pareceres de empresas que atuam na prestação de serviços
relacionadas ao fornecimento de sistemas de geração de energia elétrica através de
sistemas fotovoltaico. Dimensionado para o consumidor que apresenta um consumo
mensal de médio de 120KWh. A pesquisa feita a partir do levantamento de dados e
informações já analisadas e publicadas por meios escritos e eletrônicos como livros,
artigos científicos, páginas de web sites (FONSECA, 2002)
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Os recursos utilizados para interpretação dos dados foi a tabulação, a
organização de todos os elementos tabelas, representações gráficas e percentuais dos
resultados obtidos para uma melhor interpretação das informações obtidas, também
realizada uma análise interpretativa dos dados obtidos, que segundo Lakatos e Marconi
(2013) a representação escrita consiste em apresentar os dados coletados em forma de
texto, sendo esta a abordagem mais comum em documentos.
2.4 Resultados
A energia solar fotovoltaica pode ser aplicada tanto em áreas remotas como em
edificações integradas à rede convencional de energia elétrica e é cada vez mais
utilizada em todo o mundo. Ao instalar um sistema de energia solar fotovoltaica, cada
propriedade, seja ela residencial, comercial, governamental ou agrícola – se transforma
em uma microusina de geração de energia e se torna menos dependente da rede elétrica
convencional.
Como amostra para o estudo utilizou-se o perfil de consumo de média mensal
120KWh, gasto médio de um casal sem filhos, ou apenas um indivíduo morando
sozinho. Morando em uma residência entre 60 m2 a 70 m
2 no município de Paranavaí –
PR, no padrão do programa minha casa minha vida do Governo Federal. Nesse sentido,
obteve-se um parecer das seguintes empresas Blue Sol Energia Solar de Ribeirão Preto
SP, e Genesys Automação e Energia Solar de Paranavaí-PR. As quais sugeriram para
esta estrutura apresentada o sistema fotovoltaico com capacidade de geração de energia
elétrica de potência 1,3KWp apresenta as seguintes características dispostas no quadro
01 abaixo:
Quadro 01:Caracterista do Sistema Fotovoltaico Solar 1,3 KWp
Características Gerais do Sistema Solar
Potência – Pico do Sistema: 1,3 KWp 7
Potência dos Módulos: 325 W
Número de módulos: 4
Número de Inversores: 1
Características Estruturais
Área Estimada do Sistema: 9,5 m2
Peso Aproximado por m2 13,2 Kg/m
2
7 KWpico é a medida utilizada para definir a máxima potência instantânea em corrente contínua gerada
pelo Sistema Fotovoltaico a 1000W/m² disponíveis de radiação solar.
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Premissas de Geração
Média HSP Anual: 5,32 KWh/m2/dia
Perdas Estimadas 24%
Fonte: Dados de pesquisa autores na Blue Sol Energia Solar (2018) e Genesys
Automação e Energia Solar (2018)
Segundo as empresas de pesquisas, as estimativas de geração média apresentada
foi calculada em um cenário ideal. Por se tratar de uma fonte intermitente e sensível à
fatores externos, a geração pode sofrer variações positivas ou negativas em decorrência
das características físicas do telhado, sombreamento e/ou posicionamento dos módulos
e principalmente de condições climáticas. Ou seja, a produção de energia do sistema
está relacionada a radiação solar mensal da localidade, como há variação da radiação
solar durante os meses do ano, a geração pode variar. Conforme demonstrado
graficamente pelas empresas, exposto na figura 04 a seguir:
Figura 04: Geração estimada durante os meses do ano.
Fonte: Dados de pesquisa autores na Blue Sol Energia Solar (2018) e Genesys
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E que para melhor aproveitamento mensal da radiação solar, o sistema Solar
1,3KWp apresentado no Quadro 01 anteriormente é composto pelos seguintes
elementos Módulos solares, estrutura de fixação, Inversor e kit materiais elétricos
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(String box 8, cabeamento e demais insumos). Tendo o valor final do equipamento junto
com o serviço de instalação um valor entre R$11.287,12 à R$ 14.946,76, essa cotação
com os equipamentos mais baratos fornecidos no mercado. Já com materiais de marcas
mais conceituadas o valor varia entre R$ 13.786,23 à 17.559,95. Cabendo ressaltar que
esses valores sofrem variações de acordo com a quantidade em materiais utilizados
podendo ainda ser acrescentado os corretores de inclinação de telhado, para um melhor
aproveitamento do sistema em relação a captação da luz solar.
2.5 Discussão
Ambas as empresas estimam que para o perfil de consumo mencionado, sugere-
se a implantação de um sistema sola fotovoltaico de 1,3KWp, que é capaz de gerar
dentro da área do município em questão em média 165KWh, gerando uma economia
estimada de R$109,00 por mês. Valores estes segundo as empresas baseiam-se em
medições de anos passados fornecidas por bancos de dados do CRESESB, NASA e
PVSyst e variam de acordo com o mês do ano em que se mede a produção e de fatores
meteorológicos específicos de cada ano e já consideram perdas de inversão e fiação.
Ainda, a instalação de um sistema solar fotovoltaico render economia financeira,
o mesmo ainda apresenta como vantagens, o retorno do valor investindo em no máximo
7 anos, ter a conta de energia elétrica protegida conta a inflação, pois o excedente
produzido é convertido em créditos de energia. A durabilidade do equipamentos
principalmente dos painéis solares é muito boa, pois apresentam vida útil de 25 à 30
anos. Há também uma valorização imediata do valor do imóvel. O que além de gerar
economia, gera rendimentos que são considerados os melhores do mercado para se
investir. Conforme demonstra o gráfico 01, a seguir:
Gráfico 01: Comparativo de Percentual de rendimento do investimento
8 A String Box é um equipamento de proteção, pois ela isola o sistema fotovoltaico, impedindo acidentes
elétricos como curtos-circuitos e surtos elétricos.
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Fonte: Dados de pesquisa autores na Blue Sol Energia Solar (2018)
Além dos benéficos financeiros, a utilização de um sistema fotovoltaico para
microgeração de energia apresenta também muitas vantagens ao meio ambiente e
proporciona desenvolvimento sustentável na sociedade, que podem ser destacados como
benéficos: baixa manutenção o que diminui a extração dos recursos naturais para
confecção do equipamento, a não emissão de gases poluentes na atmosfera terrestre, não
há poluição sonora, e a sua produção energética advém de uma fonte limpa e
inesgotável, deferente das produções convencionais de energia, que são hidrelétricas e
geram grande impacto negativo ao meio ambiente.
3 CONCLUSÃO
Diante do grande desenvolvimento social e industrial, é extremamente
necessário buscar por novas fontes de recursos que atendam às necessidades humanas
em uma estrutura organizacional tão complexa a qual vivemos. Nesse sentindo, a grande
demanda esta contida no alto consumo dos eletroeletrônico, campeões de maior parte da
energia produzida. Logo, optar por fontes limpas e renováveis de energia além de causar
menos dano ao meio ambiente proporciona economia financeira para seus usuário.
A energia solar fotovoltaica pode ser considerada uma oportunidade de
transformação de residências domiciliares em microusinas de geração de energia
elétrica, o que as tornam menos dependente da rede elétrica convencional. A instalação
de um sistema solar fotovoltaico apresenta como vantagens, o retorno do valor
investindo, proteção conta a inflação, baixa manutenção, valorização do valor do
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imóvel. Neste sentido, a viabilidade econômica financeira a habilita para a realização da
implantação de um sistema de captação de energia solar.
Todos estes benéficos citados o de maior relevância entendemos ser o da preservação ao
ao meio ambiente. Um desenvolvimento sustentável implica na diminuição da extração
dos recursos naturais para confecção do equipamento, na não emissão de gases
poluentes e não poluição sonora. Por esta produção energética advir de uma fonte limpa
e inesgotável, diferente das produções convencionais de energia, não renováveis e que
geram grande impacto negativo ao meio ambiente.
Desta forma, o estudo demonstra que há viabilidade econômica da microgeração
de energia fotovoltaica em residências domiciliares, uma vez que de acordo com o perfil
de consumo mencionado no estudo. Implantar o citado sistema, é gerar uma economia
estimada de R$109,00 por mês, residências que apresentam uma média de consumo de
R$120,00 por mês. Além da economia, há a possibilidade de gerar créditos de energia
com a sua produção excedente e disponibilizada a rede de distribuição, e ainda após 7
anos, o valor investido tem seu retorno total.
Portanto, a instalação de um sistema fotovoltaico para microgeração de energia
elétrica é viável pois apresenta grande relação custo benéfico do valor investido, o que
comprova que investir em novas tecnologias em projetos sustentáveis é totalmente
vantajoso.
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