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UNIVERSIDADE PARANAENSE – UNIPAR CURSO DE FARMÁCIA – CAMPUS TOLEDO JÉSSICA CALDAS TOLENTINO PERFIL FITOQUÍMICO PRELIMINAR E AVALIÇÃO DA ATIVIDADE ANTIMICROBIANA DE EXTRATOS DA FOLHA DE AMOREIRA (MORUS NIGRA) SOBRE MICRORGANISMOS QUE AFETAM A PRODUÇÃO ALCOÓLICA TOLEDO - PARANÁ Novembro de 2018

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UNIVERSIDADE PARANAENSE – UNIPAR

CURSO DE FARMÁCIA – CAMPUS TOLEDO

JÉSSICA CALDAS TOLENTINO

PERFIL FITOQUÍMICO PRELIMINAR E AVALIÇÃO DA ATIVIDADE

ANTIMICROBIANA DE EXTRATOS DA FOLHA DE AMOREIRA (MORUS NIGRA)

SOBRE MICRORGANISMOS QUE AFETAM A PRODUÇÃO ALCOÓLICA

TOLEDO - PARANÁ

Novembro de 2018

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JÉSSICA CALDAS TOLENTINO

PERFIL FITOQUÍMICO PRELIMINAR E AVALIÇÃO DA ATIVIDADE

ANTIMICROBIANA DE EXTRATOS DA FOLHA DE AMOREIRA (MORUS NIGRA)

SOBRE MICRORGANISMOS QUE AFETAM A PRODUÇÃO ALCOÓLICA

Trabalho de Conclusão de Curso

apresentado ao Curso de Farmácia da

Universidade Paranaense como requisito à

obtenção do título de Farmacêutica.

Orientadora: Profa. Dra. Jaqueline

Hoscheid

TOLEDO

2018

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PERFIL FITOQUÍMICO PRELIMINAR E AVALIÇÃO DA ATIVIDADE

ANTIMICROBIANA DE EXTRATOS DA FOLHA DE AMOREIRA (MORUS NIGRA)

SOBRE MICRORGANISMOS QUE AFETAM A PRODUÇÃO ALCOÓLICA

Jéssica Caldas Tolentino¹

Jaqueline Hoscheid²

¹Acadêmica do Curso de Farmácia da Universidade Paranaense – UNIPAR, Campus Toledo.

Endereço: Avenida Carlos Sbaraini, 3501, Jardim Panorama, CEP: 85915-000, Toledo, Paraná,

Brasil. E-mail: [email protected]

²Farmacêutica, Docente da Universidade Paranaense - UNIPAR, Campus Toledo. Mestre e Doutora

em Ciências Farmacêuticas pela Universidade Estadual de Maringá - UEM. Endereço: Rua Bento

Munhoz da Rocha Neto, 2151, Jardim La Salle, CEP: 85902-110, Toledo, Paraná, Brasil. E-mail:

[email protected]

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PERFIL FITOQUÍMICO PRELIMINAR E AVALIÇÃO DA ATIVIDADE ANTIMICROBIANA DE EXTRATOS DA FOLHA DE AMOREIRA (MORUS NIGRA) SOBRE MICRORGANISMOS QUE AFETAM A PRODUÇÃO ALCOÓLICA RESUMO: Existe uma grande preocupação por parte das indústrias produtoras de etanol com o controle de contaminações ocorridas durante o processo de fermentação. Os microrganismos contaminantes comprometem a eficiência fermentativa e tem grande impacto negativo no rendimento do processo. A principal tentativa adotada é a utilização de antimicrobianos sintéticos, contudo, sua aplicação pode resultar no desenvolvimento de cepas resistentes, além da possibilidade de incorporação no produto final. Diante disto, cada vez mais, buscam-se alternativas naturais para este controle. Neste estudo, objetivou-se realizar o perfil fitoquímico preliminar de folhas de Morus nigra e avaliar o efeito de extratos sobre alguns dos microrganismos contaminantes do processo fermentativo alcoólico. Foram preparados extratos de diferentes polaridades, utilizando hexano, acetato de etila e etanol como solventes. Os extratos foram avaliados quanto à concentração inibitória mínima frente às bactérias Bacillus cereus, Staphylococcus aureus, Lactobacillus casei, Enterococcus faecalis, Escherichia coli, Pseudomonas aeruginosa e Staphylococcus epidermidis. A análise fitoquímica preliminar de folhas de M. nigra foi realizada por técnicas de precipitação e coloração para investigação da presença de taninos, saponinas, antraquinonas, alcaloides e flavonoides. As análises fitoquímicas demonstraram a presença de taninos, contudo, os resultados obtidos demonstraram que os extratos avaliados não apresentaram efeito antimicrobiano nas concentrações e condições testadas, sendo necessários estudos com substâncias purificadas, para definição de quais compostos, de fato, possuem atividades denotadas à Morus nigra, além de avaliar possíveis impactos quanti e qualitativos ocasionados pela sazonalidade. Palavras-chave: Biocida. Amora negra. Produção de etanol. Contaminação microbiológica. PRELIMINARY PHYCHOCHEMICAL PROFILE AND THE EVALUATION OF ANTIMICROBIAL ACTIVITY OF MULBERRY LEAF EXTRACTS ON MICROORGANISMS AFFECTING ALCOHOL PRODUCTION ABSTRACT: There is a great concern on the part of the industries producing ethanol with the control of contaminations occurred during the fermentation process. The contaminating microorganisms compromise the fermentative efficiency and have a great negative impact on the yield of the process. The main attempt is the use of synthetic antimicrobials, however, its application may result in the development of resistant strains, besides the possibility of incorporation into the final product. In the face of this, more and more, natural alternatives are sought for this control. The objective of this study was to perform the preliminary phytochemical profile of Morus nigra leaves and to evaluate the effect of extracts on some of the contaminating microorganisms of the alcoholic fermentation process. Extracts of different polarities were prepared using hexane, ethyl acetate and ethanol as solvents. The extracts were evaluated for minimum inhibitory concentration against Bacillus cereus, Staphylococcus aureus, Lactobacillus casei, Enterococcus faecalis, Escherichia

coli, Pseudomonas aeruginosa and Staphylococcus epidermidis. The preliminary phytochemical analysis of M. nigra leaves was performed by precipitation and staining techniques to investigate the presence of tannins, saponins, anthraquinones, alkaloids and flavonoids. The phytochemical analyzes showed the presence of tannins, however, the results obtained showed that the extracts evaluated did not present an antimicrobial effect at the concentrations and conditions tested, being necessary studies with purified substances, to define which compounds, in fact, have activities denoted to Morus nigra, besides evaluating possible quantitative and qualitative impacts caused by the seasonality. Keywords: Biocide. Blackberry. Ethanol production. Microbiological contamination.

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INTRODUÇÃO

Na década de 70, após indisponibilidade de derivados de petróleo e um possível

desabastecimento energético, houve buscas por fontes alternativas de energia. Neste momento, o

álcool, que sempre foi considerado apenas um subproduto do açúcar, passou a ser uma solução

permanente no problema de fonte de energia (BERTELLI, 2006).

O etanol pode ser obtido a partir de vegetais ricos em açúcar, como a beterraba e cana-de-

açúcar, do extrato da mandioca, do arroz e do milho. A cana de açúcar é a maior fonte de obtenção

do álcool produzido (GOES; MARRA; SILVA, 2008). A produção de etanol utilizando cana-de-

açúcar como matéria-prima pode se dar por fermentação do caldo da cana de forma direta ou de

misturas de caldo e melaço, este proveniente da produção do açúcar (MOREIRA et al., 2009).

A cana-de-açúcar pertence à família Poaceae e possui grande importância comercial, visto

que possui um grande armazenamento de sacarose nos tecidos dos colmos (TEJERA et al., 2007).

Os principais fatores que interferem em sua produção são disponibilidade de nutrientes e água,

temperatura e luz (MAULE et al., 2001), sendo que o período onde existe menor atividade de

crescimento e alta atividade de maturação e, intenso armazenamento de açúcar é entre outono e

inverno, devido as baixas temperaturas e baixos níveis de chuvas (BARBOSA, 2010).

A moagem é o processo inicial da produção do etanol, onde se extrai o caldo que serve de

matéria-prima. A fermentação alcoólica é iniciada após o preparo do mosto e do inoculo, neste

processo é necessário ajustar a temperatura de fermentação (em torno de 30-32ºC) e adicionar

fontes de nutrientes para que sirvam como suplementação para leveduras fermentadoras, visto que o

caldo de cana é pobre em nutrientes. A fermentação é uma das etapas mais crítica do processo,

tendo em vista que podem ocorrer contaminações microbiológicas provenientes de má higienização

de equipamentos e utensílios ou de sujidades presentes na própria cana-de-açúcar (MOREIRA et

al., 2009).

Durante o processo industrial de produção de álcool podem estar presentes microrganismos

oriundos da cana-de-açúcar, que sobrevivem aos tratamentos do caldo e condições como pH,

temperatura e produtos inibitórios no meio fermentativo e se alojam nas dornas de produção. Esta

contaminação durante a fermentação diminui o rendimento da produção de álcool, devido ao

consumo da sacarose pelas bactérias; e ainda, pode promover a formação de goma, floculação do

fermento, inibição do crescimento e queda da viabilidade das leveduras, causando prejuízos ao

processo além de causar queda na produtividade (CEBALLOS-SCHIAVONE, 2009; PRADO,

2014).

Como principais contaminantes que interferem no processo fermentativo, estão as bactérias

Gram-positivas dos gêneros Lactobacillus, Bacillus e Leuconostoc (GALLO, 1989). O controle

destes contaminantes é realizado pela utilização de antibióticos somados à limpeza das moendas e

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tubulações (RODRIGUES; DANTAS; FINZER, 2009). Contudo, seu uso contínuo pode favorecer

o desenvolvimento de linhagens resistentes, além de possibilitar a incorporação de resíduos ao

produto final obtido e gerar um alto custo do processo de produção. Como alternativa a ser

utilizada, empregam-se os biocidas naturais (BADIN, 2010).

Vários metabólitos secundários com potenciais antimicrobianos são produzidos pelas

plantas, como tentativa de defesa às agressões do meio ambiente. Entre estas substâncias estão os

compostos fenólicos (SIMÕES et al., 2010).

O gênero Morus é constituído de aproximadamente 24 espécies. A árvore possui de 5 a 20

metros de altura com folhas simples, de cor verde escura, simétricas na base e pecíolos curtos

(BRASIL, 2015). É encontrado em regiões temperadas a subtropicais e podem crescer em uma

ampla gama de climas, condições ambientais e de solo (ERCISLI; ORHAN, 2007). São plantas

rústicas com boa adaptabilidade em solos profundos, ricos em matéria orgânica e bem drenados

(MELO, 2016).

Diferentes grupos de compostos químicos foram investigados no gênero Morus, sendo estes

estereoides, cumarinas, flavonoides e alcaloides. Ainda, as plantas deste gênero são usadas como

anti-inflamatório, diurético, antitussígeno, analgésico e antipirético na medicina chinesa. Além

disto, há relato de isolamento de uma substância com considerável atividade antimicrobiana contra

S. aureus, chamada de chalcomoracina (TOSHIO; KIYOSHI; SUMIO, 2005).

A Morus nigra é amplamente utilizada na medicina tradicional do Brasil para o tratamento

do diabetes e também para o tratamento de hipercolesterolemia, problemas cardiovasculares,

obesidade e gota (OLIVEIRA et al., 2013).

Em uma avaliação de perfil de compostos fenólicos realizada no Paquistão, os principais

compostos identificados nas folhas e frutos das espécies M. laevigata, M. nigra e M. alba foram os

ácidos gálico, protocatecuico, p-hidroxibenzoico, vanílico, clorogênico, siríngico, p-cumárico e m-

cumárico (MEMON et al., 2010). Germanicol, β-sitosterol e ácido betulínico também foram

isolados em folhas da M. nigra (PADILHA et al., 2010).

Além destes, vários outros compostos foram identificados em diversos estudos, e em outras

partes da planta, além das folhas, tais como resveratrol e cudraflavona (ABBAS et al., 2014),

mornigrol G e mornigrol H (WANG et al., 2010), sitosterol e decaprenol (MAMATKULOVA et

al., 2012), rutina e quercetina (ABD; MOHAMED; MOSTAFA, 2011), macaranona B e

cudraflavona C isolados em galhos (HU et al., 2011), 5'-geranil-5,7,20,40-tetrahidroxiflavona

(ZHENG et al., 2010), ácido gálico, siríngico, ferúlico e p-cumárico (FUKUJI; TONIN;

TAVARES, 2010), oxiresveratrol e cianidina-3-O-β-rutinosídeo (WANG etal., 2008), cianidina-3-

O-rutinosídeo, pelargonidina3-O-glicosídeo e pelargonidina-3-O-rutinosídeo (PAWLOWSKA;

OLESZEK; BRACA, 2008), morusina (SOUZA et al., 2000), isoramnetina e luteolina (MALLHI et

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al., 2014), euchrenona e norartocarpanona (FERLINAHAYATI; JULIAWATY; HAKIM, 2013),

cianidina-3-glicosídeo e quercetina-3-rutinosídeo (PÉREZ-GREGORIO et al., 2011), ácido

linoléico, palmintico, esteárico, oléico e mirístico (GECGEL; VELIOGLU; VELIOGLU, 2011).

Algumas das estruturas químicas dos constituintes isolados estão dispostas na figura1.

Figura 1: Estruturas químicas de alguns constituintes isolados de Morus nigra. (BRASIL, 2015).

Neste contexto, o presente estudo objetivou avaliar o perfil fitoquímico preliminar de folhas

de amoreira negra (M. nigra) e a atividade antimicrobiana de extratos da folha, preparados com

diferentes polaridades, frente a microrganismos contaminantes na produção alcoólica.

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MATERIAIS E MÉTODOS

Obtenção do material vegetal e preparo dos extratos

Folhas de M. nigra foram coletadas em uma propriedade rural localizada em Formosa do

Oeste – Paraná, Brasil (24°17'53.7"S, 53°19'04.9"W) em abril de 2018, seca em estufa de ar

circulante e moída em moinho de facas. Foram preparados extratos de diferentes polaridades,

utilizando-se três solventes extratores (etanol, acetato de etila e hexano), na proporção

droga:solvente 1:10 (p/v), em equipamento de Soxhlet, por quatro horas. Em seguida, os extratos

foram levados à resíduo em rota-evaporador e armazenados em frasco de vidro âmbar sob

refrigeração até o uso.

O material vegetal (folhas) e os extratos foram gentilmente fornecidos pela Universidade

Estadual do Paraná (UNIOESTE).

Determinação de compostos fitoquímicos

Testes fitoquímicos preliminares com o material vegetal foram realizados de acordo com

metodologia previamente descrita (GOYAL et al., 2010).

Inicialmente, realizou-se o preparo da solução (S1) onde foram pesados 250 mg de extrato

bruto e adicionado em um béquer junto de 15 mL de água deionizada. A suspensão foi aquecida em

banho maria, até inicio de fervura. Após esfriar e a suspensão foi filtrada em papel filtro.

Para determinar a presença de taninos, em um tubo de ensaio contendo 2 mL da S1 foi

adicionado, pela parede do tubo, 1 mL de cloreto férrico. A formação de um anel azul/preto indicou

a presença de taninos.

Para o teste de saponinas foi colocado 0,5 mL da S1em um tubo de ensaio juntamente com 5

mL de água deionizada. O tubo foi tampado com papel alumínio e agitado vigorosamente por 30

segundos. Em casos de formação de espuma, 5 gotas de ácido clorídrico concentrado foram

adicionadas sobre a espuma. A permanência de espuma no tubo indicaria resultado positivo.

A avaliação da presença de flavonoides foi realizada pela Reação de Shinoda: foi pesado

100 mg de planta moída em um béquer. Foram adicionados 2,5 mL de etanol e agitado bastante

para extrair os compostos. Foi transferido 1mL para um tubo de ensaio e adicionado 2 fragmentos

de magnésio metálico. Pela parede do tubo, foram adicionadas 7 gotas de ácido clorídrico

concentrado. Deixou-se reagir por alguns minutos. O aparecimento de solução resultante com

colocação rosa, laranja ou vermelha, seria considerada indicativa de resultado positivo.

Para determinar a presença de alcaloides foram pesados 100 mg de planta moída e

adicionados 10 mL de uma solução de etanol 50% à 1% de ácido sulfúrico, a suspensão foi mantida

em banho maria até fervura. Após esfriar a amostra foi filtrada em papel filtro. O filtrado foi

transferido para um funil de separação; foram adicionadas 3 gotas de hidróxido de amônia

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concentrado e 10 mL de clorofórmio. A amostra foi agitada vagarosamente, e a camada de

clorofórmio foi coletada. O clorofórmio foi evaporado em banho maria. O resíduo foi ressuspendido

com 1mL de ácido clorídrico diluído a 1%. Após, foram adicionadas 3 gotas de reagente de Mayer.

O aparecimento de precipitado de cor vermelho-alaranjado cremoso ou vermelho acastanhado

indicaria a presença de alcaloides.

A avaliação da presença de antraquinonas foi realizada pelo teste de Borntrager: Em um

béquer foram pesados 80 mg de planta moída e adicionados 4mL de clorofórmio. A amostra foi

agitada e filtrada. Foram transferidos 2 mL do filtrado para um tubo de ensaio e adicionado

cuidadosamente, pela parede do tubo, 2 mL de hidróxido de amônia a 10%. O aparecimento de cor

rosa ou roxo na solução ou a formação de um anel roxo seria indicativo da presença de

antraquinonas.

Determinação da Concentração Inibitória Mínima (CIM)

A Concentração Inibitória Mínima (CIM) foi determinada pela técnica de diluição seriada

em microplacas de 96 poços, em duplicata, seguindo metodologia previamente descrita

(OLIVEIRA et al., 2009).

O teste foi realizado frente aos microrganismos: Bacillus cereus, Staphylococcus aureus,

Lactobacillus casei, Enterococcus faecalis, Escherichia coli, Pseudomonas aeruginosa e

Staphylococcus epidermidis.

Inicialmente 90 µL de caldo nutriente foram adicionados aos orifícios de microplacas

contendo 96 poços. Em seguida foram adicionados 90 µL do extrato (nas concentrações de 42,7

mg/mL para o solvente etanol; 18,5 mg/mL para o solvente hexano, e 24,8 mg/mL para o solvente

acetato de etila) a partir da segunda coluna, o qual foi homogeneizado três vezes, e feito a

transferência de 90 µL para a terceira coluna e assim sucessivamente, até chegar na décima primeira

coluna.

Aos orifícios da microplaca foram adicionados, desde a primeira à décima primeira coluna,

10 µL das suspensões bacterianas em água estéril na escala 0,5 de McFarland. Para ocontrole

positivo foi utilizado a primeira coluna (caldo + bactéria), já para o controle negativo foi utilizada a

décima segunda coluna (contendo apenas caldo).

A incubação das microplacas em estufa bacteriológica ocorreu a 37 ºC por um período de 24

horas. Após esse período foi realizada a leitura dos resultados da CIM com auxilio do revelador

TTC (2,3,5 – trifeniltetrazólio) a 2%. Em cada orifício das microplacas foi adicionado 20 µL do

revelador e incubado novamente por 2 horas. Ao final da incubação, o aparecimento de cor

avermelhada indica o crescimento bacteriano.

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RESULTADOS

Testes fitoquímicos realizados com folhas de M. nigra obtiveram resultado positivo apenas

frente à determinação de taninos (Tabela 1).

Tabela 1: Triagem fitoquímica de folhas de M. nigra. Compostos analisados Resultados

Taninos ++a

Saponinas -

Flavonoides -

Alcaloides -

Antraquinonas -

Parâmetros utilizados: Positivo forte (+++); Positivo moderado (++); Positivo fraco(+); Negativo (-).

a resultado de coloração verde, indicando a presença de taninos condensados.

Com relação à avaliação da atividade antimicrobiana, foi observada multiplicação bacteriana

frente a todos os microrganismos e concentrações, nas condições avaliadas.

DISCUSSÃO

A presença de taninos em folhas de M. nigra já foi relatada anteriormente (MEMON et al.,

2010). Tratam-se de compostos sintetizados pelo metabolismo secundários de espécies vegetais, e

são reconhecidos por suas substâncias ativas pertencentes ao grupo dos compostos fenólicos e/ou

polifenóis (OSTROSKY et al., 2008). Os compostos fenólicos variam de moléculas de alto grau de

polimerização a moléculas simples, geralmente em forma de ésteres ou de heterosídeos, sendo

assim, solúveis em água e em solventes orgânicos polares (SIMÕES et al., 2010).

Habitualmente, os taninos são classificados conforme sua estrutura química em hidrolisáveis

e condensados. Taninos hidrolisáveis consistem de ésteres de ácidos gálicos e ácidos elágicos

glicosilados, formados a partir do chiquimato, onde os grupos hidroxila do açúcar são esterificados

com os ácidos fenólicos. Os taninos condensados são polímeros de flavan-3-ol e/ou flavan3,4-diol,

produtos do metabolismo do fenilpropanol (BRUNETON, 1991).

Os taninos são extraídos com solventes polares e variações no método vão, desde diferenças

na concentração aquosa dos solventes e pré-extração das amostras para a eliminação de pigmentos e

lipídeos, até a utilização de ultra-som e concentradores de amostra a vácuo (ROSALES, 1999).

Através do solvente eleito para o processo de extração é possível alcançar seletividade química

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desejada, visto que a separação ocorre por meio da afinidade das substâncias com o solvente

empregado, conforme a polaridade da molécula.

Segundo Simões (2010), quando o solvente acetato de etila é empregado, há propensão para

extração de cumarinas e flavonoides. Empregando-se o solvente hexano, há extração de substâncias

lipídicas e pigmentos. Em fração aquosa, as saponinas e taninos e compostos com maior polaridade

devem ser extraídos.

Em um estudo realizado para avaliar o efeito antibacteriano de extrato etanólico da casca do

caule, frutos e folhas de M. nigra, foi verificada ação bactericida contra S. epidermidis e

Propionibacterium nos extratos obtidos a partir das cascas de caule e dos frutos, e vinculada esta

propriedade aos flavonoides (AULIFA et al., 2018). Contudo não foram relatadas atividades para os

extratos preparados com as folhas, corroborando com os dados encontrados neste estudo.

Já outro estudo realizado com finalidade de avaliar o extrato bruto e frações fenólicas de

folhas de M. nigra identificou, por cromatografia líquida de alta eficiência, flavonoides, compostos

fenólicos e cumarina nos extratos. Contudo os resultados da avaliação da atividade antimicrobiana

do extrato bruto e frações (obtidas com acetato de etila, n-butanol, hexano e água) também não

demonstraram atividade antimicrobiana frente à S. aureus, E. coli, P. aeruginosa, S. epidermidis,

Salmonella sp. e Cryptococcus neoforman (SILVA, 2012), assemelhando-se aos resultados obtidos

neste estudo.

As divergências entre os metabólitos secundários encontrados nos estudos podem ser

resultantes da interação de processos bioquímicos, fisiológicos, ecológicos e evolutivos, portanto,

sua produção não é constante. Com relação às variações na quantidade e natureza dos constituintes

ativos das plantas, a sazonalidade é um dos fatores mais expressivos que influenciam a síntese de

metabólitos secundários, tendo em vista que, as atividades biológicas da planta podem ser afetadas

positiva ou negativamente. Estudos relatam que o estresse hídrico pode causar aumento e/ou

diminuição na produção de metabólitos, visto que, gera alterações fisiológicas nas plantas,

interferindo na concentração de reservas, no crescimento da planta e consequentemente na síntese

de metabólitos (FISHER, 2007; GOBBO-NETO; LOPES, 2007; MORAIS, 2009).

Outro fator relevante é o nutricional, essencial para o desenvolvimento e manutenção das

funções vitais da planta. A escassez ou o excesso de nutrientes disponível podem acarretar em

maior ou menor produção de princípios ativos nas plantas. Além disto, a quantidade dos compostos

metabólitos e princípios ativos podem ser influenciados pelo desenvolvimento e idade da planta

(MORAIS, 2009). Ademais, a relação entre nutrientes e metabólitos, não é totalmente previsível,

não sendo possível estabelecer regras, apesar de tendências reconhecidas (GOBBO-NETO; LOPES,

2007).

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Ainda, podem ser citados outros fatores de extrema importância, como as interações entre a

planta e microrganismos e insetos, a luminosidade e a temperatura (FISHER, 2007; MORAIS,

2009). Estudos fitoquímicos sobre os efeitos sazonais realizados por Sývacý e Sökmen (2004), na

Turquia, observaram maior produção de fenóis totais e antocianinas no período de outubro em M.

nigra e M. alba.

Estudos associativos entre teor de taninos e variáveis ambientais em M. nigra ainda são

escassos, porém já foi afirmado que estímulos ambientais interferiram na quantidade de compostos

dos extratos (GOBBO-NETO; LOPES, 2007). Assim sendo, a influência da sazonalidade e do local

de coleta, efeito da restrição de nutrientes no solo, comparação dos teores de taninos entre partes da

mesma planta, visando orientar uma extração mais sustentável e correlação entre os teores de

taninos e atividade biológica merecem ser exploradas com mais profundidade. Ademais, ensaios

futuros com compostos puros são necessários para que sejam obtidos resultados assertivos quando

às atividades propostas para M. nigra.

CONCLUSÃO

O perfil fitoquímico preliminar de folhas de M. nigra permitiu observar a presença de

taninos no material vegetal. Contudo, frente às condições e concentrações testadas, não foi possível

observar a atividade antimicrobiana de extratos etanólico, acetato de etila e hexano frente a

microrganismos contaminantes do processo fermentativo alcoólico.

Seria relevante e necessário purificar os compostos obtidos nos extratos identificados, para

que fique claro quais substâncias possuem, de fato, as propriedades dadas à M. nigra. Além disto,

sabendo-se dos inúmeros fatores que podem levar a variações no conteúdo de metabólitos

secundários, fica clara a necessidade de estudos visando detectar as condições e épocas para cultivo

e/ou coleta que conduzam uma matéria-prima vegetal para que produzam concentrações desejáveis

de princípios ativos.

Apesar dos resultados negativos para atividade antibacteriana, este trabalho incentiva a

pesquisa com extratos de M. nigra a fim de contatar outros possíveis efeitos farmacológicos para

aplicação clínica.

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REFERÊNCIAS

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