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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE WESSELEY EDUARDO LOURENÇO DUTRA ENSAIO PARA DESENVOLVIMENTO DE TECNOLOGIA ASSISTIVA Niterói 2018

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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE

WESSELEY EDUARDO LOURENÇO DUTRA

ENSAIO PARA DESENVOLVIMENTO

DE TECNOLOGIA ASSISTIVA

Niterói

2018

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WESSELEY EDUARDO LOURENÇO DUTRA

ENSAIO PARA DESENVOLVIMENTO

DE TECNOLOGIA ASSISTIVA

Trabalho de Conclusão de Curso subme-

tido ao Curso de Tecnologia em Siste-

mas de Computação da Universidade

Federal Fluminense como requisito par-

cial para obtenção do título de Tecnólo-

go em Sistemas de Computação.

Orientadora

Simone de Lima Martins

NITERÓI

2018

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WESSELEY EDUARDO LOURENÇO DUTRA

ENSAIO PARA DESENVOLVIMENTO

DE TECNOLOGIA ASSISTIVA

Trabalho de Conclusão de Curso subme-

tido ao Curso de Tecnologia em Siste-

mas de Computação da Universidade

Federal Fluminense como requisito par-

cial para obtenção do título de Tecnólo-

go em Sistemas de Computação.

Niterói, 07 de dezembro de 2018.

Banca Examinadora:

________________________________________________

Profa. Simone de Lima Martins, Doutora em Informática. – Orientadora

UFF – Universidade Federal Fluminense

________________________________________________

Profa. Juliana Mendes Nascente Silva, Doutora em Informática. – Avaliadora

UFF - Universidade Federal Fluminense

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Dedico este trabalho a minha família,

engrenagem fundamental em minha vida.

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AGRADECIMENTOS

A Deus, por ter conseguido chegar até aqui.

Aos amigos, que me ajudaram nessa jornada.

Aos meus pais, Angélica e Wesseley, que

sempre deram seu melhor para auxiliar minha

formação pessoal.

Aos meus filhos, Beatriz e Guillermo, pelo es-

tímulo e carinho de sempre.

E em especial a minha esposa, Flávia, por

seu apoio, incentivos e “cobranças”, que fo-

ram fundamentais para que conseguisse con-

cluir mais uma jornada...

Que venham muitas outras!

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RESUMO

O objetivo deste trabalho é especificar um aplicativo para Tablets e

Smartphones que facilite/auxilie a comunicação de pessoas com deficiência - com o

foco para Transtorno do Espectro Autista, Paralisia Cerebral/Deficiência Física, Sín-

drome de Down - junto às pessoas que o cercam, proporcionando o desenvolvimen-

to de sua autonomia em atividades da vida diária. Para tal, este trabalho apresenta a

estrutura base do aplicativo, seus requisitos e funcionalidades, que preveem recur-

sos de verbalização associados à imagens/botões, que quando acionados facilitarão

a comunicação entre o usuário e seu interlocutor.

Palavras-chaves: Tecnologia assistiva. Comunicação alternativa. Pessoa com defi-

ciência. Qualidade de vida. Aplicativo.

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 - Diagrama ER ............................................................................................ 25

Figura 2 - Logotipo COMDEF .................................................................................... 26

Figura 3 - Apresentação da logomarca COMDEF ..................................................... 26

Figura 4 - Ícone do Aplicativo e apresentação na tela do Celular ............................. 27

Figura 5 - Entrada do Aplicativo ................................................................................ 28

Figura 6 - Área Laboral ............................................................................................. 29

Figura 7 - Área Laboral – Resposta Rápida .............................................................. 30

Figura 8 - Área Laboral – Estou com... ...................................................................... 31

Figura 9 - Área Laboral – Sentimentos ...................................................................... 32

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

AVD - Atividades da Vida Diária

CA - Comunicação Alternativa

CAA - Comunicação Alternativa e Ampliada

DB - Banco de Dados

ER - Entidade Relacionamento

PCD - Pessoa com Deficiência

PECS - Picturing Exchanging Comunication System

RF - Requisitos Funcionais

RNF - Requisitos Não Funcionais

TA - Tecnologia Assistiva

TEA - Transtorno do Espectro Autista

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SUMÁRIO

RESUMO ................................................................................................................ 7

LISTA DE ILUSTRAÇÕES ...................................................................................... 8

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS ................................................................ 10

1 INTRODUÇÃO .................................................................................................. 13

2 REVISÃO DA LITERATURA ............................................................................. 15

2.1 TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E A PESSOA COM DEFICIÊNCIA ........ 15

2.2 A HISTÓRIA DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA ........................................... 16

2.3 COMUNICAÇÃO ALTERNATIVA ................................................................. 18

3 METODOLOGIA ............................................................................................... 20

3.1 ESTRUTURA ................................................................................................ 20

3.2 FUNCIONALIDADES .................................................................................... 22

FACILIDADE DE VISUALIZAÇÃO ............................................................. 22

VOCALIZADOR .......................................................................................... 22

JANELAS ACESSO RÁPIDO E DIA-A-DIA ................................................ 22

VOCABULÁRIO PRÓPRIO & NOVAS IMAGENS ...................................... 22

4 ARQUITETURA ................................................................................................ 23

4.1 REQUISITOS NÃO FUNCIONAIS ................................................................ 23

4.2 REQUISITOS FUNCIONAIS ........................................................................ 24

4.3 DIAGRAMA ER............................................................................................. 25

5 IDENTIDADE VISUAL E INTERFACES BASES............................................... 26

INTERFACES (ESTRUTURA DE BASE) ................................................... 28

6 CONCLUSÕES E TRABALHOS FUTUROS..................................................... 33

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................................................................... 34

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1 INTRODUÇÃO

Nas últimas décadas houve um grande avanço tecnológico nas áreas como

tecnologia da informação, telecomunicações e eletrônica que gerou um acervo con-

siderável de aplicações técnicas, que podem ser úteis para resolver ou ultrapassar

as limitações funcionais na comunicação das pessoas com deficiência. Como exem-

plo pode-se citar o acesso aos computadores e tablets garantido por interfaces de

controle modificadas – acionadores e mouses adaptados, teclados alternativos, órte-

ses de digitação e ponteiras de cabeça e de boca, softwares com teclados virtuais e

síntese de voz, entre outros (EUROPEAN COMMISSION –DGXIII, 1998).

A pessoa com deficiência é aquela que possui “impedimento de longo prazo

de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, o qual, em interação com uma ou

mais barreiras, pode obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em

igualdade de condições com as demais pessoas” (BRASIL, 2015).

Parte dessas pessoas possui sua fala comprometida, o que gera dificulda-

des na comunicação. Segundo Schimmer (2018) a comunicação é um termo que se

refere ao processo pelo qual informação é trocada entre indivíduos através de com-

portamento verbal e não verbal. A autora destaca ainda que a presença ou ausên-

cia de comunicação tem um importante impacto no desenvolvimento, aprendizado,

independência, autonomia e inclusão do indivíduo.

Isto posto, o objetivo geral deste trabalho é propor um aplicativo voltado para

Tablets e Smartphones com foco em pessoas com Transtorno do Espectro Autista

(TEA), Paralisia Cerebral/Deficiência Física, Síndrome de Down, que facilite a comu-

nicação dos mesmos junto às pessoas que o cercam, através de recursos de verba-

lização, disponíveis no aplicativo. Este aplicativo seria mais uma alternativa para a

inclusão digital da pessoa com deficiência, além do desenvolvimento da autonomia

em atividades da vida diária (AVD).

Nos Estados Unidos e na Europa, o crescimento dessa tecnologia voltada

para pessoa com deficiência caminha a passos largos, mas aqui no Brasil ainda é

incipiente. Dessa forma, os aplicativos disponíveis, em sua grande maioria, encon-

tram-se em inglês, o que dificulta muito a utilização no Brasil, por isso é de funda-

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mental Importância o desenvolvimento despe projeto, contribuindo assim, para a in-

clusão digital e comunicação da pessoa com deficiência.

Esse trabalho está organizado em seis capítulos. Nesse capítulo apresenta-

mos uma breve introdução da proposta, bem como a elucidação dos objetivos e da

justificativa da pesquisa, evidenciando sua relevância. O Capítulo 2 traz a funda-

mentação teórica, através da discussão de tópicos como: o avanço da Tecnologia da

informação, a história da pessoa com deficiência e a comunicação alternativa, que é

de fundamental importância nos dias atuais para esse público. No capítulo três des-

crevemos a metodologia para a construção do aplicativo, que é baseado numa inter-

face gráfica utilizando o sistema PECS (Picturing Exchanging Comunication System

– Sistema de Comunicação pela troca de imagens), vinculado a um banco de dados

(DB) de áudio pré-existente. O capitulo quatro trata da arquitetura do aplicativo,

apresentando alguns artefatos que possam auxiliar em sua futura concepção. O ca-

pitulo cinco apresenta as interfaces de base para a construção do aplicativo. E final-

mente, no capítulo seis apresentamos as considerações finais e futuros trabalhos e

pesquisas.

Para finalizarmos, destacamos a importância deste projeto no desenvolvi-

mento da pessoa com deficiência em relação à comunicação e interação com o meio

em que vive.

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2 REVISÃO DA LITERATURA

Segundo pesquisa realizada pelo censo, temos aproximadamente 200 mi-

lhões de habitantes no Brasil, sendo que 15% dessa população possuem algum tipo

de deficiência (IBGE, 2010, 2016), o que nos faz pensar em tecnologias que auxili-

em essa população de diferentes formas. No caso específico deste trabalho, traze-

mos a proposta de um aplicativo que poderá ser utilizado por pessoas com TEA, pa-

ralisia cerebral/deficiência física, síndrome de Down, ou qualquer outra deficiência

que dificulte a comunicação dos mesmos.

Isto posto, torna-se necessário discutir neste trabalho sobre a história da

pessoa com deficiência, bem como o avanço da tecnologia assistiva (TA).

2.1 TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E A PESSOA COM DEFICIÊNCIA

Na década de 90 projetos educacionais, públicos e particulares proporciona-

ram o acesso às tecnologias de comunicação. Assim, o professor poderia oferecer,

em suas aulas, diferentes atrativos através de programas, planilhas, slides, entre

outras ferramentas (CAMBRIA; SCAICO, 2013).

Dessa forma, a união entre tecnologia e relações humanas pautadas no res-

peito ao todo que lhe cerca e novas oportunidades são essenciais para a educação,

somando de forma significativa ao processo de aprendizagem (ORTUNES; SOUZA,

2018).

É claro que essa união precisa perpassar o ambiente escolar e ser explora-

do também em todos os outros ambientes, vindo ao encontro das demandas sociais.

Como nos ilustra Lowman (2004) a diversidade de fontes de informação impulsiona

o crescimento de redes e estruturas sociais de transferência de saber que superam

o modelo de ensino formal e centralizado, lembrando ainda que o acesso a essas

fontes começa, nos dias atuais, de forma cada vez mais precoce, nas mãos de nos-

sas crianças através de tablets e smartphones, mas não de forma a atingir toda a

população brasileira.

Uma pesquisa desenvolvida por Bittencourt e outros autores em 2016, em

Campinas, São Paulo, mostrou que, especificamente em relação ao uso de TA, sua

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utilização era inferior ao que de fato a mesma poderia oferecer, tanto por motivos

financeiros, como por motivos de autonomia.

[...] nenhum jovem apresentava qualquer experiência com esse tipo de recurso. Dentre esse grupo, três jovens faziam uso do computa-dor na instituição e em casa com ajuda dos familiares. Outros dois jovens utilizavam o computador somente na instituição, pois não possuíam o recurso em casa. Um jovem fazia uso somente em casa com ajuda da mãe, não utilizando na instituição pelo fato de seu pro-grama de atendimento não prever o uso de computador. Aqueles que utilizavam o computador em casa dependiam dos familiares para rea-lizar a maioria dos acessos (ligar e desligar o equipamento, controle do mouse, selecionar ícones), ficando raramente sozinhos, e o recur-so era utilizado somente para jogos (BITTENCOURT et al, 2016, p.493).

As expectativas relatadas por essas famílias que participaram da pesquisa

citada anteriormente reforçam a importância da TA ao se referirem ao desejo de que

a pessoa com deficiência desenvolva a comunicação e a autonomia, melhore a auto-

estima e adquira ou aprimore habilidades sociais e escolares, e aqui podemos citar a

comunicação (BITTENCOURT et al, 2016).

2.2 A HISTÓRIA DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA

Os paradigmas de nosso século apontam para ilimitadas transformações na

cadeia produtiva, nas relações sociais, políticas e educacionais, na economia mun-

dial e nos avanços tecnológicos. Essas mudanças representam uma ampla trans-

formação no inter-relacionamento das pessoas e dos meios estruturantes da socie-

dade (FRASSON; PIETROCHINSKI; SCHLMEISTER, 2008).

As pessoas com deficiência trazem em sua história de vida um emaranhado

de situações no que diz respeito aos aspectos sociais, educacionais e culturais, cer-

cados de preconceitos, por serem considerados pela sociedade como incapazes,

ocupando no imaginário coletivo a posição de alvo de caridade, de assistência soci-

al, e não de sujeitos com direitos e deveres de cidadãos (FRASSON; PIETRO-

CHINSKI; SCHLMEISTER, 2008).

Passados por uma época de abandono, prática caritativa, institucionalização

e assistencialismo, as pessoas com deficiência hoje, buscam seu espaço na socie-

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dade em paridade com os demais cidadãos, reconstruindo a cada dia os resquícios

históricos.

Desde a década de 90, com a promulgação da Lei de Diretrizes e Bases da

Educação 9394/96 (BRASIL, 1996), decretos e acontecimentos como a Declaração

de Salamanca em 1994 (UNESCO, 1994), onde o Brasil é signatário, implicaram em

uma mobilização maior no que tange à inclusão e uma reviravolta que implica em

que busquemos articulação, flexibilidade, interdependência entre essas dicotomias

conflitantes nos nossos pensamentos, ações, sentimentos (MANTOAN, 2010; RE-

DIG, MASCARO, DUTRA, 2017), sendo reforçada atualmente pela Lei Brasileira de

Inclusão (BRASIL, 2015).

Dentre as pessoas com deficiência, destacamos nesse trabalho as pessoas

com Transtorno do Espectro Autista, Paralisia Cerebral/Deficiência Física e Síndro-

me de Down.

O Transtorno do Espectro Autista passou a ser amplamente classificado co-

mo deficiência por meio da Lei 12.764, em 2012, que institui uma política nacional de

proteção dos direitos da pessoa com TEA, sendo caracterizado transtorno como

uma deficiência com dificuldade na comunicação e interação social e por padrões

restritos e repetitivos nos comportamentos e nos interesses (BRASIL, 2012).

A Paralisia Cerebral consiste em desordens no desenvolvimento do controle

motor e da postura, como resultado de uma lesão não progressiva do sistema ner-

voso central, sem comprometer o cognitivo da pessoa, que pode ocorrer no nasci-

mento, anteriormente ou no período pós natal (APCC, s/d). Dessa forma, a pessoa

que possui paralisia cerebral possui apenas deficiência física.

Já a síndrome de Down é causada pela presença de três cromossomos 21

em todas ou na maior parte das células de um indivíduo. Isso ocorre na hora da con-

cepção de uma criança. As pessoas com síndrome de Down, ou trissomia do cro-

mossomo 21, têm 47 cromossomos em suas células em vez de 46, como a maior

parte da população (MOVIMENTO DOWN, 2014).

Nos três casos abordados, é possível que a comunicação dessas pessoas

seja afetada, necessitando assim de comunicação alternativa, para oportunizar a

sua autonomia em relação a esse aspecto.

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2.3 COMUNICAÇÃO ALTERNATIVA

Segundo Schimmer (2018) a comunicação é um termo que se refere ao pro-

cesso pelo qual informação é trocada entre indivíduos podendo ser verbal ou não

(gestos, a língua de sinais, o sorriso, o choro, o olhar, as vocalizações, o toque, a

simbologia gráfica ou a escrita), mas, em todos os casos, transmitindo uma mensa-

gem entre os interlocutores.

A autora continua citando que “a presença ou ausência de comunicação tem

um importante impacto no desenvolvimento, aprendizado, independência e inclusão

do indivíduo” (2018, p.43), tanto em tarefas simples, como as mais rebuscadas. As-

sim, quando a pessoa com deficiência possui uma dificuldade severa na fala e/ou

escrita, buscamos uma maneira dessa comunicação se efetivar, através da comuni-

cação alternativa (CA), por exemplo.

Schimmer (2018, p.43, 44) conceitua comunicação alternativa como:

uma modalidade de Tecnologia Assistiva (TA), portanto uma área de conhecimento multidisciplinar, que se dedica a estudar habilidades e recursos comunicativos junto a pessoas sem fala e/ou escrita funcio-nal e a promover condições para a acessibilidade comunicativa des-sa população. Atende todo e qualquer indivíduo que não possua fala e/ou escrita funcional, seja essa condição permanente ou temporária.

A CA abrange o uso de gestos manuais, expressões faciais e corporais,

símbolos gráficos bidimensionais (como fotografias, gravuras, desenhos e a lingua-

gem alfabética) e tridimensionais (como objetos reais e miniaturas), voz digitalizada

ou sintetizada, dentre outros como meios de efetuar a comunicação face-a-face de

indivíduos incapazes de usar a linguagem oral (GLENNEN, 1997; NUNES, 2003).

Já a TA é um conceito amplo através do qual as pessoas com deficiência

podem ter a oportunidade de alcançar a autonomia e a independência funcional nas

interações sociais e familiares, assim como, ter papel facilitador ao acesso à educa-

ção e ao mercado de trabalho, pois são desenvolvidas de maneira a permitir adapta-

ções de acordo com as necessidades e o tipo de resposta de cada pessoa, visando

melhorar a funcionalidade ou mobilidade reduzida, interferindo diretamente na quali-

dade de vida do usuário (BRACCIALLI, 2007; BRASIL, 2010).

No caso das pessoas com autismo, Walter (2007) relata que 70 a 80% não

demonstram qualquer tipo de comunicação verbal ou fala com funções comunicati-

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vas, assim é essencial alguma forma de comunicação, através da comunicação al-

ternativa (NUNES, 2009). Os métodos de comunicação alternativa e ampliada (CAA)

podem ser definidos como um conjunto de métodos e técnicas que possibilitam a

comunicação a indivíduos sem ou com pouca fala funcional (NUNES, 2003; 2008).

Atualmente, existe uma diversidade de métodos de CAA. O Picture Exchange

Communication System é um desses sistemas, bastante utilizado em indivíduos com

autismo e/ou outras dificuldades de fala e que utilizaremos nesse projeto.

De acordo com Bondy e Frost (2001) O Picture Exchange Communication

System (PECS) é:

um sistema de comunicação que ressalta a relação interpessoal, em que ocorre um ato comunicativo entre o indivíduo com dificuldades de fala e um adulto, por meio de trocas de figuras. O treino com o PECS se dá via seis fases, que são: 1) Fazer pedidos através da tro-ca de figuras pelos itens desejados; 2) Ir até a tábua de comunica-ção, apanhar uma figura, ir a um adulto e entregá-la em sua mão; 3) Discriminar entre as figuras; 4) Solicitar itens utilizando várias pala-vras em frases simples, fixadas na tábua de comunicação; 5) Res-ponder à pergunta O que você quer; 6) Emitir comentários espontâ-neos.

Diante do exposto até o momento em relação à TA e a comunicação alterna-

tiva para pessoas com deficiência, podemos perceber sua importância para o de-

senvolvimento da comunicação dessas pessoas que possuem dificuldade em comu-

nicação verbal, usufruindo da comunicação alternativa para o desenvolvimento de

sua autonomia, como sugerimos neste projeto.

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3 METODOLOGIA

De acordo com Nielsen e Loranger (2006), a usabilidade é definida como um

atributo qualitativo relacionado a quão fácil de usar é algum objeto, mais especifica-

mente, a usabilidade de um objeto ou sistema é caracterizada pela facilidade de

aprendizado e de uso, na eficácia de uso e produtividade, na satisfação do usuário,

em sua flexibilidade, e por fim, na utilidade e segurança no uso por ela proporciona-

da.

Assim, baseando-se nesta fundamentação, a metodologia proposta para o

desenvolvimento desse trabalho objetiva explorar as habilidades de seus usuários

finais, facilitando seu acesso, adaptando-se às necessidades individuais e atentando

à usabilidade e funcionalidade do aplicativo proposto.

Esse trabalho é situado na etapa de Projeto Preliminar – ou Projeto de Arqui-

tetura – e descreve a organização fundamental de um aplicativo (sistema), identifi-

cando seus módulos (e sua relações entre si e com o ambiente) para que se alcan-

cem os objetivos propostos, permitindo posteriormente a elaboração da etapa de

Projeto Detalhado.

O projeto usará como norteador a linguagem de PECs, permitindo-se variar

as imagens e linguagens utilizadas em seu desenvolvimento.

Abordaremos tópicos específicos das funcionalidades do aplicativo embasa-

dos nas principais necessidades verificadas em seus usuários, sendo esses: Facili-

dade de Visualização, Vocalizador, Acesso Rápido, Biblioteca Dia-a-Dia e Vocábulo

Próprio.

O aplicativo contará também com área de configuração destinadas aos res-

ponsáveis ou cuidadores.

3.1 ESTRUTURA

O aplicativo terá duas áreas distintas, uma destinada a PCD (usuário final) –

Área Laboral e outra destinada à pessoa responsável pela PCD (usuário intermediá-

rio) – Área de Configuração.

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O acesso às funcionalidades do aplicativo se dará através de ícones/botões.

A área laboral contará com uma interface de comunicação simples, com Íco-

nes de Comando aumentados e poucas palavras, facilitando o acesso a pessoas

com mobilidade e coordenação motora reduzidas.

Essa área será dividida em janelas, denominadas Janelas de Funcionalida-

des, contendo em cada uma um grupo de funcionalidades afins, que serão apresen-

tadas de forma sequencial.

Em cada Janela de Funcionalidade serão apresentados os grupos de funci-

onalidades de Ícones de Comando – que são imagens associadas a áudios grava-

dos na biblioteca de áudio, que quando acionados executarão o método vocalizador

do aplicativo, reproduzindo o áudio associado à imagem, auxiliando assim a comuni-

cação do usuário final para o meio que o cerca.

Quanto ao procedimento navegação no aplicativo, verificamos que Morgad

(1994), em conclusão no seu estudo “Estilos de navegação no Hipertexto”, descreve

três estilos de navegação: sequencial, modular e misto.

Para escolha do melhor estilo de navegação, verificamos a citação de Can-

già (1992), que nos faz notar que “a riqueza da representação não linear traz consi-

go o risco de uma potencial indigestão hipertextual, a perda de direção, do objetivo e

entropia cognitiva”. Assim, dado nosso público alvo e com o objetivo de evitar esse

problema de sobrecarga cognitiva, que se dá pelo fato do usuário ter de tomar deci-

sões a todo o momento de quais caminhos seguir, adotaremos o estilo de navega-

ção sequencial, possibilitando sempre o retorno rápido à aba principal com botão

específico.

A navegação permitirá o avanço e retrocesso nas janelas de funcionalida-

des.

O fundo de tela seguirá um padrão de cor neutra, evitando contrates inten-

sos.

A área de configuração terá seu acesso disponibilizado através de íco-

ne/botão com tamanho reduzido e seu acesso será protegido por senha, evitando

desconfigurações indesejadas.

Nessa área será possível realizar a customização de algumas janelas da

área laboral e a inclusão de novos recursos: sonoros ou visuais, como áudios pró-

prios e fotos ou imagens familiares ao usuário final.

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3.2 FUNCIONALIDADES

Dentre as funcionalidades previstas no aplicativo, podemos destacar a facili-

dade de visualização dos ícones na área laboral, janela principal customizável –

possibilitando a escolha das funcionalidades, as janelas de Acesso Rápido e Biblio-

teca Dia-a-Dia, Vocalizador e Vocábulo Próprio.

FACILIDADE DE VISUALIZAÇÃO

Seguindo o conceito de usabilidade de Nielsen e Loranger (2006), os ícones

e imagens da área laboral terão o tamanho aumentado com ilustração com significa-

do, proporcionando identificação visual e facilitando sua utilização.

VOCALIZADOR

Uma das principais funcionalidades do aplicativo será o Método Vocalizador,

que como citado anteriormente, quando acionado pelos ícones de comando repro-

duzirão o áudio associado aquele ícone imagem.

Para tal, o Vocalizador disporá uma biblioteca de áudio gravada com os

principais vocábulos cotidianos, disponíveis com tom de “voz” masculino ou femini-

no, sendo sua escolha configurada na área de configuração.

JANELAS ACESSO RÁPIDO E DIA-A-DIA

A janela de acesso rápido funcionará como um grupamento dos ícones de

comandos favoritos do usuário final.

A janela dia-a-dia apresentará os ícones de comando com as tarefas e ne-

cessidades cotidianas, como informar que está com sede, que necessita ir ao ba-

nheiro, que está com sono ou transmitir mensagens pré-definidas, como “Estou fe-

liz!”, “Estou me sentindo mal”, entre outros.

VOCABULÁRIO PRÓPRIO & NOVAS IMAGENS

Será possível incluir novos áudios na biblioteca de áudio e novas imagens

para criação de ícones de comando.

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4 ARQUITETURA

Para consolidar a estrutura base e iniciar a documentação do aplicativo,

apresentaremos alguns artefatos que objetivam nortear e auxiliar sua futura concep-

ção. Os artefatos abordados nesse trabalho são: seus Requisitos Funcionais e Re-

quisitos não funcionais, seu diagrama UML Entidade Relacionamento.

4.1 REQUISITOS NÃO FUNCIONAIS

Na engenharia de software, um requisito funcional descreve uma das fun-

ções do sistema de software ou de seu componente. Em termos de serviços e tare-

fas, o requisito funcional retrata o que o software faz. Em contrapartida, o requisito

não funcional descreve não o que o sistema fará, mas como ele fará, abordando te-

mas como requisitos de desempenho, requisitos da interface externa do sistema,

restrições de projeto e atributos da qualidade.

Assim apresentamos a seguir os principais Requisitos Não Funcionais (RNF)

do aplicativo proposto:

RNF01: O sistema deve ser desenvolvido para Smartphones e Tablets.

RNF02: O sistema deve permitir sua instalação a partir de serviços de dis-

tribuição de Aplicativos – Como Google Play e Apple Store.

RNF03: O sistema deve funcionar mesmo que o dispositivo esteja off-line

(sem acesso a Web).

RNF04: O sistema deve possuir uma área laboral, destinada a PCD, onde

serão ativadas suas principais funcionalidades.

RNF05: O sistema deve possuir uma área de configuração, destinada aos

responsáveis pela PCD.

RNF06: O sistema deve possuir o acesso à área de configuração protegida

com login e senha.

RNF07: O sistema deve possuir interface de visualização ampliada quando

estiver na área laboral.

RNF08: O sistema deve possuir navegabilidade simples, adotando o estilo

de navegação sequencial.

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RNF09: O sistema deve possuir acesso e permissão de leitura, escrita e

exclusão ao diretório de imagens do dispositivo.

RNF10: O sistema deve possuir acesso e permissão de leitura, escrita e

exclusão ao diretório de áudios do dispositivo.

RNF11: O sistema deve possuir cores leves.

RNF12: O sistema deve possuir um acervo inicial de imagens que serão uti-

lizadas na área laboral.

RNF13: O sistema deve possuir um acervo inicial de áudios que serão utili-

zados na área laboral.

RNF14: O sistema deve permitir atualizações futuras.

4.2 REQUISITOS FUNCIONAIS

Apresentamos também seus principais Requisitos Funcionais (RF):

RF01: O sistema auxiliará a verbalização da PCD, através de vocábulos

pré-gravados.

RF02: O sistema reproduzirá o áudio associado ao ícone de comando

quando esse for acionado pelo usuário.

RF03: O sistema permitirá a inclusão de usuário máster, com login e se-

nha, para liberação de acesso a área de configuração.

RF04: O sistema permitirá a inclusão de novos áudios no banco de áu-

dios, para utilização em sua Área Laboral.

RF05: O sistema permitirá a inclusão de novas imagens no bando de

imagens.

RF06: O sistema permitirá a criação de novos ícones de comando (bo-

tões).

RF07: O sistema permitirá o avanço e retrocesso entra as janelas de fun-

cionalidades através de botões específicos para cada caso.

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4.3 DIAGRAMA ER

Para representar o relacionamento entre as possíveis entidades do sistema

apresentamos a base de seu diagrama entidade relacionamento (ER).

Figura 1 - Diagrama ER

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5 IDENTIDADE VISUAL E INTERFACES BASES

Para personificação do aplicativo, torna-se necessário a nominação do

mesmo. Assim, buscamos utilizar referencias das funcionalidades para a construção

de sua identidade, destacando as palavras COMUNICAÇÃO, PESSOA COM DEFI-

CIÊNCIA, EFICIÊNCIA, AÇÃO, entre outros, originando o nome e slogan: COMDEF

– Comunicação Eficiente para pessoa com Deficiência.

A partir do nome, desenvolvemos um logotipo para o aplicativo, personifi-

cando o mesmo como um produto.

Figura 2 - Logotipo COMDEF

Figura 3 - Apresentação da logomarca COMDEF

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Como se trata de um aplicativo para funcionamento em tablets e

smartphones, a identidade visual também precisa de um ícone de referência para

sua chamada na tela do Android ou do Ios.

Figura 4 - Ícone do Aplicativo e apresentação na tela do Celular

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INTERFACES (ESTRUTURA DE BASE)

A seguir, apresentamos uma prévia de algumas das interfaces de uso das

funcionalidades do aplicativo.

Interface de Abertura / Apresentação

Figura 5 - Entrada do Aplicativo

Tela de inicialização do apli-

cativo, com apresentação do lo-

gotipo e informações sobre de-

senvolvedor.

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Interface de Área Laboral – Minha Área

Figura 6 - Área Laboral

Interface de apresentação da

Área Laboral, área destinada ao

usuário final.

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Interface de Área Laboral – Resposta Rápida

Figura 7 - Área Laboral – Resposta Rápida

Interface de apresentação

da Área Laboral – Dia-a-dia |

Resposta Rápida.

Útil para respostas simples

do dia-a-dia.

É possível navegar entre

as janelas com os botões na

parte inferior e retornar direta-

mente ao inicio clicando no bo-

tão MINHA ÁREA

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Interface de Área Laboral – Estou Com

Figura 8 - Área Laboral – Estou com...

Interface de apresentação da

Área Laboral – Dia-a-dia | Estou

com...

Parte da imagem, banco de imagem iStock.com

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Interface de Área Laboral – Sentimentos

Figura 9 - Área Laboral – Sentimentos

Interface de apresentação

da Área Laboral – Dia-a-dia |

Sentimentos (como estou me

sentindo).

Parte da imagem, banco de imagem iStock.com

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6 CONCLUSÕES E TRABALHOS FUTUROS

Concluímos esse trabalho ressaltando a importância da comunicação alter-

nativa como meio de inclusão, tanto tecnológica quanto social, da pessoa com defi-

ciência, e que as ferramentas aqui embasadas e propostas têm muito a favorecer

seus usuários, fortalecendo sua autonomia.

Como mostrado em nosso estudo, uma das principais barreiras encontradas

nas tarefas mais simples do dia-a-dia por nosso público alvo é a comunicação ver-

bal. Assim, a possível sequência desse trabalho e a efetiva confecção do aplicativo,

poderiam contribuir para a qualidade de vida de seus usuários.

Recomendamos a continuidade desse trabalho, agregado a mais fontes de

pesquisa e experimentação em campo, disponibilizando protótipos junto aos usuá-

rios finais, para maior aprendizado e aperfeiçoamento das ferramentas aqui apresen-

tadas.

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