Universidade Federal Fluminense Faculdade de Medicina Mestrado Profissional em Saúde...
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Universidade Federal FluminenseFaculdade de MedicinaMestrado Profissional em Saúde Materno-Infantil2011
BIOESTATÍSTICA-aula 2Prof. Cristina Ortiz ValeteProf. Adjunta de Pediatria Doutora em Epidemiologia
•Antes de iniciarmos, vamos analisar um modelo teórico apresentado em quadro e depois em forma esquemática
Quadro 1. Modelo teórico da hierarquia entre as variáveis estudadas.
Bloco Características ao Nascer
Variáveis Categorias
Peso de nascimento contínua
Idade gestacional contínua
Pequeno para a idade gestacional sim; não
Cor da pele branca; não-branca
Sexo feminino; masculino
Bloco Gravidade nas primeiras 24 horas
Variáveis Categorias
Apgar de 5º minuto contínua
Escore CRIB contínua
Uso de surfactante sim; não
Uso de ventilação assistida no 1º dia sim; não
Hematócrito nas 1as 24 horas contínua
Bloco Fatores Ambientais (morbidades e exposições)
Variáveis Categorias
Persistência do canal arterial sim; não
Hemorragia intracraniana sim; não
Enterocolite necrotisante sim; não
Displasia broncopulmonar sim; não
Uso de diuréticos sim; não
Sepsis sim; não
Doença óssea metabólica sim; não
Uso de esteroides sim; não
Dias de oxigenioterapia contínua
Número de transfusões sanguíneas contínua
Bloco Práticas de Alimentação
Variáveis Categorias
Oferta hídrica na 1ª semana contínua
Dias para início de nutrição parenteral contínua
Dias de uso de dieta parenteral contínua
Dias para início de dieta enteral contínua
Dias para atingir dieta plena contínua
Bloco Variação de peso na primeira semana
Perda de peso até o 7º dia de vida contínua
Características ao nascimento /Fatores Ambientais
Peso PIG Idade gestacional raça sexo
Fatores Ambientais /Prática Neonatal
CRIB
Apgar
Ganho de Peso Pós-natal (precoce)
Oferta hídrica Início enteral Início NPT Tempo NPT
Tempo para atingir dieta plena
Ganho de Peso Pós-natal (tardio)
Recuperação do Peso ao nascer
Peso de alta idade corrigida
Ht
Fatores Genéticos
morbidades precoces PCA ECN HIC Sepse uso diurético uso surfactante Ventilação assistida 1as 24h anemia
morbidades tardias Sepse DBP DMO uso diurético uso corticóide tempo total oxigenioterapia anemia
•Amostragem•População, parâmetros e amostras
▫População-define grupos de individuos ou unidades observacionais Ex. população de asmaticos do RJ, população
de hospitais do RJ, população de crianças na AP 3.1
•Parâmetros▫São valores fixos, em geral desconhecidos,
que descrevem características das populações Proporção de asmaticos com menos de 15
anos de idade Total de internações hospitalares no dia tal Taxa de mortalidade de crianças com
leucemia linfocítica
•Amostras▫São subconjuntos de uma população
selecionados para fornecer estimativas de parâmetros populacionais de interesse. As amostras tem como objetivo fornecer valores de parâmetros de interesse que sejam estimativas (inferências) dos verdadeiros valores populacionais
• Planejamento da amostra (regras gerais)▫A qualidade de informação depende do tamanho da
amostra, da forma de seleção (aleatória ou não) e da variabilidade (dispersão) da característica de interesse
▫Qualquer processo amostral pressupõe a possibilidade de erro aleatório, mas existem também os erros sistemáticos (viéses)
▫Há uma relação inversa entre erro e tamanho da amostra. Quanto mais rara a doença, maior deve ser o tamanho da amostra. Quanto maior a diferença de incidências (expostos e não-expostos), menor será a amostra necessária (e vice-versa)
•É sempre desejavel que a amostra do estudo seja representativa da população de interesse
•Descreva detalhadamente como a amostra foi selecionada
O objetivo do tamanho da amostra é detectar uma diferença de parâmetros quando ela realmente existe
•Se é o parâmetro de interesse e b um estimador de , então, pode-se especificar o limite para o erro de estimação
Erro de estimação= b - < d
O valor absoluto da diferença entre b e é a precisão
O valor de d é escolhido
•Deve-se escolher a probabilidade (1 - ) do erro de estimação não ser maior do que d
P(erro de estimação <d)=1 -
Nível de significância =
1 - =confiança desejada
•Tipos de erro em testes de hipótesesteste Realidade
Ho verdadeiraRealidade Ha verdadeira
Rejeita Ha Decisão corretanível de confiançaProbabilidade (1 - )
ERRO TIPO IIProbabilidade
Rejeita Ho ERRO TIPO INível de significância Probabilidade pvalor
Decisão corretaPoderProbabilidade (1 - )
•Amostras não-probabilísticas▫Pessoas típicas (perfil demográfico, sócio-
econômico)▫Voluntários
Podem não representar de maneira fiel a população para a qual se quer inferir os resultados além da possibilidade de viés
•Amostra probabilística▫Utiliza métodos de aleatorização (tenta
garantir que cada indivíduo tenha a mesma chance de ser “escolhido”)
▫Elimina a possibilidade de que qualquer porção da população seja sub ou super representada (minimiza viés de seleção)
•Procedimentos de aleatorização▫Tabela de números aleatórios▫Sorteio▫Gerador de números aleatórios
(computador)
•Em determinados estudos não temos como aleatorizar▫Exemplos: fumar ou não fumar, amamentar
ou não amamentar, estes fatores não podem ser controlados pelos investigadores
▫Estudos observacionais
•Como confirmar se a aleatorização foi correta?▫Comparando parâmetros de interesse na
“base”▫É representado na primeira tabela do
trabalho
TABELA I- Características da amostra: sexo, IG em semanas, peso de nascimento em g,
classificação AIG / PIG.
VARIÁVEL RhEPO
( n= 13 )
CONTROLE
( n= 14 )
P valor
Sexo masculino* 8 5 0,17
Sexo feminino* 5 9
Idade gestacional † 32,2 31,3 0,29
Peso de nascimento † 1. 310 1. 191 0,13
AIG* 9 7 0,30
PIG* 4 7
* números absolutos ( comparação pelo teste do X2 )
† médias aritméticas ( comparação pelo teste t )
•Erro padrão▫Medida de variabilidade de um estimador
de um parâmetro populacional e depende do tamanho da amostra (n). P = prevalência
EP = P (1 – P)n
•Distribuições amostrais▫Suponha que uma população seja formada
pelos números inteiros 0,1,2,3....,9 em iguais proporções, se um número for selecionado ao acaso, a probabilidade de que este número seja 4 é igual a 1/10
▫Se definirmos Y=número selecionado, um modelo de probabilidades para esta situação seria:
P (Y=0)=P(Y=1)=....=P(Y=9)=1 /10
•O valor esperado (esperança) da variável aleatória Y seria:
E (Y)= (0 + 1 + 2 + 3 +.....+9) 1 = 4,5 10A variância (sigma-2) seria igual a:
Var (Y)= (0 – 4,5)2 + (1 – 4,5)2 +..... (9 – 4,5)21
=8,25 10
•Desvio padrão▫Quantifica variabilidade da amostra▫Media da distância de cada valor da média
da amostra (pode ser positivo ou negativo)•Variância
▫ é positiva pois deriva do quadrado das distâncias
•A estimativa do intervalo de confiança do valor amostral de P ( P ) é P + 1,96, onde 1,96 é o valor tabelado da distribuição normal padronizada
•Num intervalo de confiança de 95%, temos =0,05
•Numa distribuição normal padronizada, para cada há um valor z /2 tal que o intervalo - z /2 e z /2 (-1,96 a + 1,96) corresponda a probabilidade 100 (1 - )%
•N= z2 /2 P (1 – P) 2
exercícioQual deve ser o tamanho amostral para
estimar uma prevalência presumida de 30% com erro tolerável de 0,05 e confiança de 95%?
•Para estimar prevalência, no cálculo do tamanho amostral devemos definir▫O erro toleravel▫O erro ▫A prevalência arbitrária (máxima =P=0,5;
P(1-P) será 0,5 x 0,5=0,25
•Se :▫=5%, então z /2=1,96
▫ =10%, então z /2=1,64
▫=1%, então z /2=2,58
•Para estudos onde hipóteses são testadas▫Novamente utilizando a normal
padronizada (distribuição gaussiana)▫Tratamento convencional com 70% de
sucesso, contra alternativo de 80%▫ não é mais prevalência, é taxa de sucesso
•P0=70%
•z = p – 0,7 0,7 x 0,3 n P = 0,7 + z 0,21 n
•Pa=80%
•- z = p – 0,8 0,8 x 0,2 n P = 0,8 - z 0,16 n
•N= (z 0,21 + z 0,16)2 (0,8 – 0,7)2
Calcule o tamanho desta amostra com =5% (z =1,64) e =20% (z =0,84)-testes unilaterais e portanto não são / 2
•N = z P0 (1 – P0) + z Pa (1 – Pa)2 (P0 – Pa)2