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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE FACULDADE DE MEDICINA PROGRAMA DE PÓS GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS MÉDICAS ANA MIRIAN LOBO AVALIAÇÃO DO NÍVEL DE ATIVIDADE FÍSICA E QUALIDADE DE VIDA EM GESTANTES COM DIABETES MELLITUS E/OU HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA ATENDIDAS NO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO ANTÔNIO PEDRO NITERÓI RJ 2019

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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE

FACULDADE DE MEDICINA

PROGRAMA DE PÓS GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS MÉDICAS

ANA MIRIAN LOBO

AVALIAÇÃO DO NÍVEL DE ATIVIDADE FÍSICA E QUALIDADE DE VIDA EM

GESTANTES COM DIABETES MELLITUS E/OU HIPERTENSÃO ARTERIAL

SISTÊMICA ATENDIDAS NO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO ANTÔNIO

PEDRO

NITERÓI – RJ

2019

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ANA MIRIAN LOBO

AVALIAÇÃO DO NÍVEL DE ATIVIDADE FÍSICA E QUALIDADE DE VIDA EM

GESTANTES COM DIABETES MELLITUS E/OU HIPERTENSÃO ARTERIAL

SISTÊMICA ATENDIDAS NO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO ANTÔNIO

PEDRO

Dissertação submetida ao programa de Pós-Graduação em Ciências Médicas da Universidade Federal Fluminense como parte dos requisitos necessários à obtenção de Grau de Mestre. Área de concentração: Ciências Médicas.

Orientadora: Profa. Dra. GIOVANNA APARECIDA BALARINI LIMA

Co-orientadora: Profa. Dra. LUCIANA DE BARROS DUARTE

NITERÓI – RJ

2019

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ANA MIRIAN LOBO

AVALIAÇÃO DO NÍVEL DE ATIVIDADE FÍSICA E QUALIDADE DE VIDA EM

GESTANTES COM DIABETES MELLITUS E/OU HIPERTENSÃO ARTERIAL

SISTÊMICA ATENDIDAS NO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO ANTÔNIO

PEDRO

Dissertação submetida ao programa de Pós-Graduação em Ciências Médicas da Universidade Federal Fluminense como parte dos requisitos necessários à obtenção de Grau de Mestre. Área de concentração: Ciências Médicas.

Aprovado em:

BANCA EXAMINADORA

_______________________________________________________________

Prof. Dr. Rubens Antunes da Cruz Filho (Universidade Federal Fluminense)

_______________________________________________________________

Prof. Dr.Débora Vieira Soares (Universidade Federal Fluminense)

_______________________________________________________________

Prof. Dr.Henrique Novais Mansur (Instituto Federal do Sudeste de Minas)

NITERÓI – RJ

2019

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AGRADECIMENTOS

Com muita ternura, que dedico esta dissertação de mestrado a minha

família. Ao meu pai Geraldo, por seu exemplo de superação e força de

vontade, a minha mãe Tereza pela dedicação e cuidado a todo o momento.

Aos meus irmãos, Paula e Lucas, pelo exemplo acadêmico, pelas palavras de

incentivo e por todo cuidado. Ao meu esposo Fábio, pelo amor e dedicação a

nossa parceria. Ao Fabinho e Bela, pelo apoio e cuidado com a minha pequena

Helena, quando precisei me dedicar. A minha pequena Helena que veio ao

mundo trazendo um amadurecimento e faz despertar constantemente a

vontade de adquirir novos conhecimentos e crescer ainda mais.

Aos professores da Graduação que me introduziram no universo

cientifico e despertaram em mim o interesse acadêmico. As professoras da

pós-graduação, Giovanna e Luciana, pela dedicação e ensinamentos.

Muito Obrigada!

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RESUMO

Objetivo: Avaliar o nível de atividade física e qualidade de vida (QV) em gestantes hipertensas e/ou diabéticas e correlacionar o nível de atividade física com QV, índice de massa corporal (IMC) e dados sociodemográficos. Métodos: Trata-se de um estudo transversal, envolvendo 85 gestantes com

diagnóstico de diabetes mellitus (DM) e/ou Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) no primeiro trimestre gestacional, atendidas no Ambulatório do Pré-natal do Hospital Universitário Antônio Pedro (HUAP), Niterói. As gestantes foram classificadas de acordo com as doenças crônicas, nível de atividade física, qualidade de vida e IMC. Para avaliar o nível de atividade física foi utilizado o International Physical Activity Questionnaire (IPAQ-versão 8, forma longa, semana usual). Para avaliação da QV foi utilizado World Health Quality of Life (WHOQOL-100). Peso e altura foram obtidos para cálculo do IMC. Os resultados foram apresentados através de frequência, medianas, intervalo interquatil (IIQ) e gráficos. O teste estatístico de Kruskal-Wallis foi utilizado para comparar a qualidade de vida nos diferentes subgrupos do resultado do IPAQ. A associação dos subgrupos em relação ao nível de atividade física foram analisados pelo teste Qui-quadrado. Valores de p<0,05 foram considerados estatisticamente significantes. Resultados: A doença materna mais encontrada

foi hipertensão, sendo que 45,9% eram hipertensas, 34,1% das pacientes tinham DM, e 20,0% do grupo eram de pacientes diabéticas e hipertensas. O IPAQ demonstrou que 2,4% eram sedentárias, 20,0% irregularmente ativas A, 24,7% irregularmente ativas B, 37,6% ativas e 15,3% muito ativas. Das 85 gestantes, 52,9% tinham sobrepeso ou obesidade. Não houve diferença significativa na qualidade de vida de acordo com o nível de atividade física (p=0,339). Em relação aos domínios da qualidade de vida e os subgrupos do IPAQ, houve diferença significativa entre o IPAQ e o domínio V-Meio Ambiente, sendo que as gestantes irregularmente ativas A tiveram maior valor neste domínio quando comparadas às sedentárias. Conclusão: A qualidade de vida

não foi diferente quanto ao nível de atividade física nos diferentes grupos de gestantes. As pacientes irregularmente ativas e com sobrepeso ou obesidade corresponderam cerca de 50% da casuística e evidencia a necessidade de intervenções que estimulem a adoção de um estilo de vida saudável.

Palavras-chave: Gestação; Atividade Física; Diabetes Mellitus; Hipertensão.

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ABSTRACT

Objective: To evaluate the physical activity level and quality of life in a group of

pregnant women with systemic arterial hypertension (SAH) and/or diabetes mellitus (DM) and to correlate the level of physical activity with quality of life, body mass index (BMI), and sociodemographic data. Methods: This was a transversal study involving 85 pregnant women diagnosed with diabetes mellitus and/or hypertension in the first trimester of pregnancy, followed at the Prenatal Clinic of the University Hospital Antonio Pedro (HUAP), Niterói. The pregnant women were classified according to pathologies, physical activity level, quality of life and BMI. The International Physical Activity Questionnaire (IPAQ) was used to assess the level of physical activity and the World Health Quality of Life Questionnaire was used for quality of life. Weight and height were obtained to calculate BMI. The results are presented as frequencies and medians, interquatile intervals and graphs. The Kruskal-Wallis test was used to compare the quality of life among different subgroups of IPAQ results. The association of subgroups in relation to BMI and level of physical activity was analyzed using a Chi-square test. P values <0.05 were considered statistically significant. Results: The most common disease was hypertension, (45.9%),

34.1% of the patients had diabetes, and 20.0% of the group was diabetic and hypertensive. The IPAQ showed that 2.4% were sedentary, 20.0% irregularly active A, 24.7% irregularly active B, 37.6% active and 15.3% very active. There was no significant difference in quality of life according to physical activity level (p = 0.339). Regarding the quality of life domains and the IPAQ subgroups, there was a significant difference between the IPAQ and the V domain. The irregularly active pregnant women a had higher value when compared to the sedentary ones. Conclusion: Quality of life was not shown to be better or

worse in different groups of pregnant women. Irregularly active and overweight or obese patients account for about 50% of the sample motivation a need for interventions that encourage the adoption of a healthy lifestyle.

Key words: Pregnancy; Physical Activity; Diabetes Mellitus; Systemic Arterial Hypertension.

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LISTA DE FIGURAS

Página

Figura 1 Classificação das Doenças Maternas 26

Figura 2

Figura 3

Resultados do International Physical Activitie

Questionnaire

Resultados do International Physical Activity Questionnaire

dicotomizados (ativas/sedentárias)

27

28

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LISTA DE QUADROS E TABELAS

Página

Quadro 1 Classificação do Nível de Atividade Física segundo

CELAFISC.

23

Tabela 1 Características clínicas e epidemiológicas das gestantes. 26

Tabela 2 Associação entre o IPAQ com as características

maternas.

29

Tabela 3

Associação entre o IPAQ (ativas/sedentárias) com as

carateriticas maternas.

30

Tabela 4 Associação entre o IPAQ com WHOQOL. 31

Tabela 5

Tabela 6

Tabela 7

Tabela 8

Tabela 9

Associação entre o IPAQ (ativas/sedentárias) com

WHOQOL.

Associação do IPAQ com os domínios do WHOQOL.

Associação do IPAQ (ativas/sedentárias) com os

domínios do WHOQOL.

Relação dos subgrupos de IMC com o IPAQ.

Relação dos subgrupos de IMC com o IPAQ

(ativas/sedentárias).

31

32

33

34

34

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LISTAS DE ABREVIATURAS, SIGLAS E SÍMBOLOS

AF Atividade Física

ACOG

CDC

American College obstetrician Gynecology

Center for Disease Control

CELAFISC

DCNT

Centro de Estudos do Laboratório de Aptidão Física de São

Caetano do Sul

Doenças Crônicas não Transmissíveis

DM

DMG

Diabetes Mellitus

Diabetes Mellitus Gestacional

HAS Hipertensão Arterial Sistêmica

HUAP-UFF Hospital Universitário Antônio Pedro- Universidade Federal

Fluminense

IF Inatividade Física

IIQ Intervalo interquartil

IMC Índice de Massa Corporal

IOM International Institute of Medicine

IPAQ International Physical Activity Questionnaire

OMS Organização Mundial da Saúde

QV Qualidade de Vida

TCLE

VIGITEL

Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças

Crônicas por Inquérito Telefônico

WHO World Health Organization

WHOQOL Word Health Organization Quality of Life

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO .............................................................................................. 12

2 REVISÃO DE LITERATURA ........................................................................ 14

2.1 ATIVIDADE FÍSICA .................................................................................... 14

2.2 QUALIDADE DE VIDA ............................................................................... 15

2.3 DIABETES MELLITUS NA GESTAÇÃO .................................................... 16

2.4 HIPERTENSÃO ARTERIAL CRÔNICA NA GESTAÇÃO ........................... 18

3 OBJETIVOS .................................................................................................. 20

3.1 OBJETIVO GERAL..................................................................................... 20

3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ...................................................................... 20

4 PACIENTES E MÉTODOS ........................................................................... 21

4.1 DESENHO DO ESTUDO ........................................................................... 21

4.2 ASPECTOS ÉTICOS.................................................................................. 21

4.3 PACIENTES ............................................................................................... 21

4.3.1 Critérios de Inclusão ............................................................................. 21

4.3.2 Critérios de Exclusão ............................................................................ 22

4.4 FLUXO DA PESQUISA .............................................................................. 22

4.5 VARIÁVEIS ANALISADAS ......................................................................... 22

4.5.1 Avaliação Clínica ................................................................................... 22

4.5.2 Avaliação do Nível de Atividade Física ............................................... 23

4.5.3 Avaliação da Qualidade de Vida........................................................... 24

4.6 ANÁLISE ESTATÍSTICA ....................................................................................... 25

5 RESULTADOS .............................................................................................. 26

5.1 CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS ................................................................ 26

5.2 CLASSIFICAÇÃO DO NÍVEL DE ATIVIDADE FÍSICA ............................... 27

5.3 ASSOCIAÇÕES ENTRE OS NÍVEIS DE ATIVIDADE FÍSICA E

CARACTERÍSTICAS MATERNAS ................................................................... 28

5.4 ASSOCIAÇÕES ENTRE OS NÍVEIS DE ATIVIDADE FÍSICA E

QUALIDADE DE VIDA ..................................................................................... 30

5.5 RELAÇÃO ENTRE O NÍVEL DE ATIVIDADE FÍSICA COM IMC ............... 33

6 DISCUSSÃO ................................................................................................. 35

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7 CONCLUSÃO ............................................................................................... 41

8 REFERÊNCIAS ............................................................................................. 42

9 ANEXOS ....................................................................................................... 47

9.1 CARTA DE APROVAÇÃO DO COMITÊ DE ÉTICA ................................... 47

9.2 TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO (TCLE) .......... 48

9.3 IPAQ ........................................................................................................... 50

9.4 WHOQOL ................................................................................................... 54

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1 INTRODUÇÃO

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), dentro de um

conjunto de fatores de risco que respondem pela grande maioria das mortes

por Doenças Crônicas não transmissíveis (DCNT), como Diabetes Mellitus

(DM) e Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) destacam-se o tabagismo, o

consumo alimentar inadequado, a inatividade física (IF) e o consumo excessivo

de bebidas alcoólicas. Adultos insuficientemente ativos fisicamente têm maior

risco de mortalidade por todas as causas em comparação com aqueles que

fazem pelo menos 150 minutos de atividade física de intensidade moderada

por semana, ou equivalente, como recomendado pela OMS (WHO, 2014). A IF

é uma preocupação mundial, no Brasil, segundo a Vigilância de Fatores de

Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (VIGITEL)

considerando o conjunto da população adulta estudada, 44,1% não

apresentam um nível suficiente de prática de atividade física, sendo este

percentual maior entre mulheres (51,7%) do que entre homens (35,1%)

(VIGITEL, 2018).

O aumento da prevalência de indivíduos com sobrepeso e obesidade é

um problema crônico e complexo de saúde pública mundial (Harrison et al.,

2016). Na idade reprodutiva, o excesso de peso em mulheres, está associado

à infertilidade, e aos fatores de risco para doença cardiovascular (Catalano &

Mouzon, 2015; Gaskins et al., 2015). O ganho de peso no início da gravidez

pode influenciar o risco de uma mulher nulípara desenvolver pré-eclâmpsia, e

os sintomas depressivos e a má qualidade de vida podem estar relacionados

ao excesso de ganho de peso gestacional (Hutcheon et al., 2018; Altazan,

2019).

A gravidez é o período em que a mulher possui o maior risco de ganhar

peso, principalmente quando as orientações para o controle de peso, durante a

gestação, como as sugeridas pelo Institute of Medicine (IOM) não são seguidas

(Aşcı & Rathfisch, 2016). O excessivo ganho de peso na gestação está

acompanhado de retenção de peso no pós-parto independente do índice de

massa corporal (IMC) pré-gestacional materno (Ketterl et al., 2018). Evitar um

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ganho excessivo de peso durante e entre gestações pode prevenir

consequências adversas à saúde nas mães e filhos (Sumithran et al., 2018).

O agravamento das condições clínicas associadas ao sobrepeso e

obesidade materna desperta um interesse no aumento da atividade física (AF)

como uma intervenção para melhorar os desfechos da gravidez. As

recomendações do American College of Obstetricians and Ginecology (ACOG)

para exercícios na gravidez incentivam todas as mulheres com gestações

simples para se envolverem em exercícios de condicionamento aeróbico e de

força durante a gravidez, e na ausência de contraindicações obstétricas,

apoiam a prescrição de atividade física moderada para todas as mulheres

grávidas (Artal, 2016).

A AF é uma importante ferramenta na prevenção do ganho de peso, e

uma importante mudança no estilo de vida, com benefícios de proteção à

saúde e prevenção de comorbidades em todas as fases da vida, independente

da idade em que tenha sido iniciada, inclusive durante a gestação (ACOG,

2015). Intervenções de exercício no pré-natal reduziram o ganho de peso

gestacional para gestantes com sobrepeso e obesidade, o que reforçou os

benefícios do exercício durante a gravidez (Du et al., 2019).

A gestação promove mudanças biomecânicas, fisiológicas e bioquímicas

significativas na vida da mulher, que afetam os comportamentos físico e

emocional, podendo levar a diminuição da qualidade de vida (QV) (Sut et al.,

2016). Na área da Saúde, a melhoria QV passou a ser considerada um dos

objetivos finais da assistência médica, assim como em políticas públicas de

ações de promoção à saúde e de prevenção de doenças.

Apesar de haver estudos sobre atividade física em gestantes saudáveis,

não há estudos que avaliam atividade física e qualidade de vida em gestantes

com doenças crônicas, como diabetes mellitus e hipertensão. O presente

estudo teve como objetivo avaliar o nível de atividade física e qualidade de vida

em gestantes hipertensas e/ou diabéticas acompanhadas no Ambulatório de

Ginecologia e Obstetrícia do Hospital Universitário Antônio Pedro da

Universidade Federal Fluminense (HUAP-UFF).

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2 REVISÃO DE LITERATURA

2.1 ATIVIDADE FÍSICA

Atividade física é definida como qualquer movimento corporal produzido

pela musculatura esquelética que resulta em gasto de energia acima do

repouso. As atividades físicas diárias são descritas como ocupacionais,

domésticas, esporte ou laser (Caspersen et al., 1985).

A IF e suas consequências têm sido destacadas na literatura com

frequência como um dos principais problemas de saúde pública. A OMS propõe

a importância de uma iniciativa para reduzir a IF em 10% e 15% até 2025 e

2030, respectivamente (WHO, 2013). Recentemente, a maior vigilância global

do cumprimento das diretrizes da OMS para Atividades Físicas entrevistou

residentes de 168 países e em diferentes grupos de renda que relataram as

atividades entre 2001 e 2016. Entre os 1,9 milhão de indivíduos que

informaram o nível de atividade física, autorelatados, por meio do International

Questionnare Physical Activitie (IPAQ), a prevalência global de AF insuficiente

foi de 27,5%, semelhante à prevalência de AF insuficiente em 2001 (28,5%)

(Ozemek et al., 2019).

A AF na gestação está associada à redução do risco de pré-eclâmpsia,

redução do risco de doença cardiovascular, tratamento e controle da

hipertensão (Sharman et al., 2014; Poon et al., 2019). Evidências sugerem que

o exercício físico e dieta podem prevenir o Diabetes Mellitus Gestacional

(DMG) (Shepherd et al., 2017). Diretrizes do ACOG reforçam a ação de que os

profissionais da saúde que cuidam das gestantes, devem determinar o IMC

durante o pré-natal, discutir ganho de peso, dieta e exercícios adequados na

visita inicial e periodicamente durante a gestação, podendo assim evitar o

ganho de peso em excesso na gestação (ACOG 2015).

Outros benefícios da AF na gestação incluem a redução e prevenção de

dores articulares de membros inferiores, lombalgias, diminuição dos distúrbios

de humor, aumento do vigor físico no pós-parto, diminuição da ocorrência de

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sintomas psicossomáticos, controle de ansiedade e insônia e controle do peso

materno (Fraser et al., 2011; Mourady et al. 2017).

Um estudo recente, com 346 gestantes saudáveis, analisou AF e QV no

segundo e terceiro trimestres, e encontrou que AF regular durante a gravidez

melhorou a QV e promoveu melhora na saúde física e mental sendo que

gestantes que avaliaram sua QV como mais alta no domínio saúde mental,

declararam maior gasto de energia associado à atividade vigorosa, bem como

com atividade ocupacional e atividade esporte / exercício (Krzepota et al.,

2018). No entanto, pouco se sabe dos padrões de AF e QV na população de

gestantes com diabetes e hipertensão.

2.2 QUALIDADE DE VIDA

O departamento de saúde mental da OMS define QV como a percepção

do indivíduo dentro de sua posição na vida, no contexto da sua cultura e dos

sistemas de valores em que vivem, e em relação a seus objetivos,

expectativas, padrões e preocupações. É um conceito abrangente afetado de

forma complexa pela saúde física, estado psicológico, crenças pessoais,

relações sociais e sua relação com as características de seu ambiente (WHO,

1999).

Vários fatores podem afetar a qualidade de vida das gestantes.

Problemas do sono foram associados a sintomas depressivos e mulheres

grávidas com Hipertensão Gestacional e DMG experimentam mais estresse do

que grávidas saudáveis (Hayase et al., 2014; Eichler et al., 2019).

Existem diversos instrumentos para avaliação de qualidade de vida: o

questionário multidimensional de qualidade de vida relacionada à saúde - Short

Form (SF)-36 (Ware & Sherbourne, 1992); o Nottingham Health Profile (NHP);

o Sickness Impact Profile (SIP); o Dartmouth Primary care Cooperative

Information Project (COOP) Charts; o Quality of Well-Being (QWB) Scale; o

Health Utilities Index (HUI); o EuroQol Instrument (EQ-5D), o instrumento

desenvolvido pela Organização Mundial da Saúde composto de 100 questões -

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WHOQOL-100; sua versão resumida - WHOQOL-BR IEF entre outros (Fleck et

al., 1999).

Uma pesquisa sobre QV na gestação analisou o número de artigos de

2005 a 2015 e observou, que desde 2005, tem havido um interesse crescente

em estudos sobre a qualidade de vida de gestantes, com um aumento de 7

publicações em 2005-2006 para 21 em 2014-2015, e um aumento quase

constante no número de publicações por ano (Morin, 2017).

Uma revisão realizada a fim de estudar os fatores que influenciam a QV

na gestação observou que enquanto o componente físico da QV diminuiu ao

longo da gestação, o componente mental se manteve estável e mostrou uma

melhora durante a gravidez (Lagadec et al., 2018). Outro estudo feito em

gestantes saudáveis buscou associações entre QV, atividade física,

preocupações, depressão e insônia, e encontrou que a AF foi positivamente

correlacionada à saúde psicológica e às relações sociais, esportes / exercício e

apresentaram correlações positivas com vários domínios da QV (Mourady et

al., 2017).

2.3 DIABETES MELLITUS NA GESTAÇÃO

Diabetes Mellitus (DM) é um grupo de doenças metabólicas

caracterizadas por hiperglicemia resultante de defeitos na secreção de insulina,

ação da insulina ou ambos. A hiperglicemia crônica do diabetes está associada

a danos à longo prazo, disfunção e insuficiência de diferentes órgãos,

especialmente olhos, rins, nervos, coração e vasos sanguíneos (DeFronzo,

1988).

A prevalência global de diabetes em 2019 é estimada em 463 milhões

de pessoas, com aumento previsto para cerca de 578 milhões até 2030. Esta

prevalência é maior nas áreas urbanas (10,8%) do que nas rurais (7,2%), e nos

países de alta renda (10,4%) do que em países de baixa renda (4,0%). Uma

em cada duas pessoas que vivem com diabetes não sabem que têm diabetes,

e pouco menos de meio bilhão de pessoas estão vivendo com diabetes em

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todo o mundo e projeta-se que esse número aumente em 25% em 2030 e 51%

em 2045 (Saeedi et al., 2019).

A grande maioria dos casos de diabetes se enquadra em duas

categorias o DM tipo 1 é uma doença autoimune que ocorre a partir da

destruição das células beta produtoras de insulina e, em mais de 50% dos

pacientes, o diagnóstico é feito antes dos 20 anos. O DM tipo 1 é uma doença

complexa, que se origina da interação de fatores genéticos, epigenéticos e

ambientais, ainda não totalmente definidos. Este caracteriza-se pela

necessidade de tratamento com insulina ao longo da vida, um maior risco de

complicações crônicas e redução na expectativa de vida e QV dos pacientes

(Cabrera et al., 2016). Outra categoria, muito mais prevalente, o DM tipo 2,

onde a causa é uma combinação de resistência à ação da insulina e uma

inadequada resposta secretora de insulina compensatória. Nesta última

categoria, um grau de hiperglicemia suficiente para causar alterações

patológicas e funcionais em vários tecidos-alvo, mas sem sintomas clínicos,

pode estar presente por um longo período de tempo antes que o diabetes seja

detectado (SBD, 2017).

O DM tipo 2 é um importante fator de risco para doença cardiovascular,

e essa é a principal causa de morte em adultos com a doença (ACC, 2014). A

gestão do estilo de vida, aumento da atividade física e controle da dieta, são

cuidados clínicos fundamentais para pacientes com DM tipo 2 (Newman et al.,

2017).

A Diabetes Mellitus Gestacional (DMG) é uma doença que ocorre

quando um processo de intolerância à glicose em qualquer grau se inicia ou é

diagnosticado durante a gestação, podendo ou não persistir após o parto.

Porém considera-se ainda a possibilidade do quadro diabético já estar

instalado previamente à concepção ou ter início concomitante (SBD, 2014).

Estudos realizados em grupos étnicos norte-americanos detectou o

aumento da incidência de DMG ao longo dos anos, bem como sobrepeso e

obesidade em mulheres em idade fértil. A prevalência de DMG oscila de 1% a

14%, variando segundo a presença de riscos para a doença na população,

etnia, apresentando-se com maiores taxa em origens hispânica e asiática

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(ADA, 2004; Buchanam et al., 2012). No Brasil, a prevalência de DMG em

mulheres acima de 20 anos atendidas no Sistema Único de Saúde (SUS) foi de

7,6% (MS, 2010).

Um estudo feito em gestantes com sobrepeso e obesidade investigou o

efeito do exercício no ganho de peso gestacional e seus riscos relacionados ao

diabetes gestacional, macrossomia e tipo de parto. Um grupo recebeu

intervenção de exercício supervisionado, moderado a vigoroso durante toda a

gestação e teve um menor ganho excessivo de peso gestacional mesmo nas

mulheres com sobrepeso e obesidade, e menores riscos relacionados ao

diabetes comparados ao grupo que recebeu o tratamento habitual,

demonstrando que diabetes gestacional, macrossomia e o tipo de parto

estavam diretamente associados ao ganho excessivo de peso. (Pelaez et al.,

2019).

2.4 HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA (HAS) NA GESTAÇÃO

A HAS é uma condição clínica multifatorial que tem como característica

níveis elevados e sustentados de pressão arterial. Frequentemente é

associada a alterações funcionais e/ou estruturais dos órgãos alvo (coração,

encéfalo, rins e vasos sanguíneos) e a alterações metabólicas, com possível

aumento do risco de eventos cardiovasculares fatais e não fatais (SBC, 2010).

Os critérios para diagnostico de HAS na gravidez são pressão arterial

sistólica de 140 mmHg ou mais, pressão arterial diastólica de 90 mmHg ou

mais, ou ambos, diagnosticada ou presente antes da gravidez ou antes de 20

semanas de gestação. Em geral, recomenda-se que um diagnóstico de

hipertensão seja feito pelo menos duas aferições com pelo menos 4 horas de

intervalo, embora, ocasionalmente, quando confrontado com hipertensão

grave, o diagnóstico possa ser confirmado em um intervalo mais curto (ACGO

2019).

Em gestantes, a HAS é uma complicação grave, sendo causa de

morbidade materno-fetal e maior risco de pré-eclâmpsia que se desenvolve em

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19

25% a 30% destas gestantes (Bramham et al., 2014). Riscos ao feto incluem

restrição de crescimento intrauterino, complicações respiratórias e risco quatro

vezes maior de morte perinatal (Bramham et al., 2014; Podymom & August,

2017).

O diagnóstico precoce correto e o tratamento medicamentoso são

fundamentais para reduzir a frequência de complicações da hipertersão, e

melhorar os resultados clínicos. Diretrizes apontam a importância no estilo de

vida, recomendações quanto à dieta, necessidade de limitar a ingestão gordura

saturada, sal, açúcar e interromper o tabagismo e recomendam que se tenham

um maoir nível de AF (Khanji et al., 2018).

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20

3 OBJETIVOS

3.1 OBJETIVO GERAL

Avaliar o nível de atividade física e qualidade de vida em gestantes

hipertensas e/ou diabéticas acompanhadas no Ambulatório de Ginecologia e

Obstetrícia do Hospital Universitário Antônio Pedro da Universidade Federal

Fluminense (HUAP-UFF).

3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Associação do nível de atividade física em gestantes hipertensas

e/ou diabéticas com QV, IMC e dados sociodemográficos.

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21

4 PACIENTES E MÉTODOS

4.1 DESENHO DO ESTUDO

Trata-se de um estudo observacional, de corte transversal, incluindo

gestantes de alto risco, com hipertensão e/ou diabetes, atendidas no

Ambulatório de Ginecologia e Obstetrícia do Hospital Universitário Antônio

Pedro (HUAP-UFF) no período 2013-2014.

4.2 ASPECTOS ÉTICOS

Este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da

Faculdade de Medicina / Hospital Universitário Antônio Pedro – CEP

CMM/HUAP CAAE no 0113.0.258.000-09 (Anexo 9.1).

4.3 PACIENTES

A amostra foi coletada por conveniência. As gestantes foram

selecionadas dentre aquelas que são atendidas no Ambulatório de Obstetrícia

do HUAP, onde realizam o acompanhamento do Pré-Natal. As pacientes foram

incluídas após assinatura do Termo de Consentimento Livre Esclarecido

(TCLE) (Anexo 9.2).

4.3.1 Critérios de Inclusão

Idade > que 18 anos;

Diagnostico de diabetes pré-gestacional, realizado através do

conhecimento prévio à gestação de diabetes mellitus (tipo 1 ou tipo 2),

seguindo os critérios diagnósticos da Sociedade Brasileira de Diabetes

ou através da confirmação de duas glicemias de jejum com valor maior

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22

ou igual a 126 mg/dL no primeiro trimestre da gestação atual, de acordo

com os referências do período do estudo (SBD 2013).

Diagnóstico de Hipertensão Arterial Crônica seguindo as Diretrizes da

SBC que considera valores de PA sistólica ≥ 140 mmHg e∕ou de PA

diastólica ≥ 90 mmHg, de acordo com o que era utilizado no período do

estudo (SBC, 2010).

Primeiro trimestre de gestação (1a a 13a semana).

4.3.2 Critérios de Exclusão

Não saber ler;

Indicação de repouso absoluto, ou estado de saúde que impeça a

gestante de estar realizando as atividades normais do cotidiano.

4.4 FLUXO DA PESQUISA

As pacientes foram abordadas durante a consulta de Pré-natal de rotina,

sendo então apresentadas ao projeto, as gestantes que concordavam em

participar assinavam o TCLE, e logo após respondiam os questionários

atividade física e qualidade de vida.

4.5 VARIÁVEIS ANALISADAS

4.5.1 Avaliação Clínica

A avaliação clínica foi realizada durante as consultas pré-natal de rotina.

Dados sociodemográficos como: idade; escolaridade; estado civil e paridade

eram colhidos no primeiro contato, à informação sobre etnia foi realizada pela

paciente. Informações de peso, altura e doenças maternas e/ou fetais,

diagnosticadas antes e durante o pré-natal eram obtidas através da ficha do

acompanhamento da gestante no pré-natal.

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23

O IMC foi calculado de acordo com a Organização Mundial de Saúde

(OMS) que definem: IMC = peso [kg] / altura [m2]. IMC normal entre 18,5 –

24,9, como sobrepeso o IMC entre 25-29,9, e obesidade como o IMC igual ou

maior que 30. A obesidade é também dividida em classes sendo a classe I os

índices de massa corporal entre (30-34,9), classe II (35-39,9), e classe III

(maior que 40) (WHO, 2000). O peso utilizado para cálculo do IMC inicial das

gestantes foi o peso pre-gestacional.

Para classificar o nível de atividade física e qualidade de vida, foram

utilizados dois questionários impressos: International Physical Activity

Questionnaire (IPAQ) (Anexo 9.3) e World Health Organization Quality of Life

(WHOQOL-100) (Anexo 9.4).

4.5.2 Avaliação do Nível de Atividade Física

O nível de atividade física, classificado através do IPAQ versão longa,

permite estimar o tempo semanal gasto na realização de atividades físicas de

intensidade moderada a vigorosa e em diferentes contextos da vida (trabalho,

tarefas domésticas, transporte e lazer), e possibilita estimar o tempo

despendido em atividades mais passivas (realizadas na posição sentada).

Através dos questionários as gestantes foram classificadas de acordo com o

Centro de Estudos do Laboratório de Aptidão Física de São Caetano do Sul

(CELAFISC) e o Center for Disease Control (CDC), que considera os critérios

de frequência e duração (Quadro 1). Para responder o questionário as

gestantes usavam como referência as atividades realizadas na última semana.

O questionário era respondido com ajuda do pesquisador, para esclarecer

melhor as perguntas.

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24

Quadro 1 – Classificação do Nível de Atividade Física segundo

CELAFISC.

Cumprem as recomendações de frequência e duração

Muito ativo

Atividade vigorosa: ≥5 dias/semana e ≥ 30 minutos por sessão;

Atividade vigorosa: ≥ 3 dias/semana e ≥ 20 min por sessão + Moderada e/ou caminhada ou atividade moderada ≥ 5 dias/semana e ≥ 30 minutos por sessão.

Ativo Atividade vigorosa ≥ 3 dias/semana e ≥ 20 minutos, ou Moderada ou Caminhada ≥ 5 dias/ semana e ≥30 minutos por sessão;

Qualquer atividade somadas ≥ 5 dias/semana e ≥ 150minutos/semana.

Irregularmente ativo A

Faz alguma atividade 5 dias na semana ou até 150min/semana, porém insuficiente pra ser classificado com ativo.

Irregularmente ativo B

Faz alguma atividade, mas não atingiu nenhum dos critérios da recomendação quanto a frequência e nem quanto a duração.

Sedentário Não realizam nenhuma atividade física por pelo menos 10 minutos contínuos durante a semana.

4.5.3 Avaliação da Qualidade de Vida

A avaliação da QV foi realizada através do instrumento WHOQOL-100.

Este questionário consiste em 100 (cem) perguntas referentes a seis domínios:

Domínio I: físico (dor, fadiga, sono); Domínio II: psicológico (sentimentos,

autoestima, imagem corporal); Domínio III: nível de independência (mobilidade,

atividades cotidianas, capacidade para o trabalho e dependência de

tratamentos); Domínio IV: relação social (apoio familiar, relações interpessoal);

Domínio V: meio ambiente (transporte, cuidados de saúde, recursos

financeiros, oportunidade de recreação/lazer, e de adquirir novas informações)

e Domínio VI: espiritualidade/religiosidade/crenças pessoais. Cada parte do

questionário é composta por quatro perguntas. Além das 24 partes específicas,

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25

o instrumento tem uma 25ª composta de perguntas gerais sobre QV. As

escalas de respostas são do tipo Likert. Neste instrumento a escala é de cinco

pontos e os escores foram obtidos pela média aritmética. Esse questionário era

respondido pela gestante, sem ajuda do pesquisador.

4.6 ANÁLISE ESTATÍSTICA

Os resultados são apresentados através de frequência, mediana, intervalo

interquartil (IIQ) e gráfico. As variáveis categóricas foram expressas como

proporção/percentual. Foi utilizado o teste estatístico de Kruskal-Wallis, para o

cruzamento dos dados dos subgrupos do resultado do IPAQ com o WHOQOL.

Foi realizado a análise dicotômica dos dados do IPAQ, as gestantes foram

divididas em ativas e sendentárias, e para o cruzamento dos dados com o

WHOQOL, foi utilizado o teste estatístico de Mann-Whitney. A associação dos

subgrupos do IPAQ em relação ao IMC e o nível de atividade física foram

analisados pelo teste Qui-quadrado. Valores de p<0,05 foram considerados

estatisticamente significantes. Foi utilizado o programa IBM SPSS Statistics

20.0.0

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26

5 RESULTADOS

5.1 CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS

Foram entrevistadas 85 gestantes, as características clínicas e

epidemiológicas estão demonstradas na Tabela 1.

Tabela 1 – Características clínicas e epidemiológicas das gestantes.

Características Maternas N %

Idade (anos), mediana

(mínimo-máximo)

29 (18-44)

Escolaridade

Ensino fundamental

Nível médio

Nível superior

49

35

1

57,6

41,2

1,2

Estado Civil

Solteira

Casada ou morava junto

com companheiro

18

67

25,9

74,1

Etnia

Negra

Parda

Branca

36

35

14

42,4

41,2

16,5

Paridade

1

2

3

4 ou mais

21

18

28

18

24,7

21,2

32,9

21,2

Doenças Maternas

HAS

DM

DM e HAS

39

29

17

45,9

34,1

20,0

IMC

Normal

Sobrepeso

Obesidade

20

20

45

23,5

23,5

52,9

Total 85

DM: Diabetes Melittus; HAS: Hipertensão arterial sistêmica. IMC: Índice de massa corporal

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A doença materna mais encontrada foi a HAS, presente em 45,9% da

amostra e em segundo o DM com 34,1 % gestantes e 20% do grupo eram de

pacientes diabéticas e hipertensas como demonstrado na Figura 1. De acordo

a classificação do IMC, 23,5% das gestantes estavam com peso normal; 23,5%

com sobrepeso; e 52,9 % com obesidade.

Figura 1 – Classificação das doenças maternas.

5.2 CLASSIFICAÇÃO DO NÍVEL DE ATIVIDADE FÍSICA

A avaliação do nível de atividade física pelo questionário IPAQ

demonstrou que 2,4% eram sedentárias, 20% irregularmente ativas A, 24,7%

irregularmente ativas B, 37,6% ativas e 15,3% muito ativas (Figura 2).

Hipertensão ArterialSistêmica - 45,9%

Diabetes Mellitus -34,1%

DM e HAS - 20%

Total de Gestantes: 85

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Figura 2 – Resultados do International Physical Activity Questionnaire.

O resultado do IPAQ classificando as gestantes como ativas ou

sedentárias, demonstrou que 52,38% das gestantes são ativas e 47,62%

sedentárias (Figura 3).

Figura 3 – Resultados do International Physical Activity

Questionnaire (ativas/sedentárias).

5.3 ASSOCIAÇÕES ENTRE OS NÍVEIS DE ATIVIDADE FÍSICA E

CARACTERÍSTICAS MATERNAS

Muito Ativo - 15.3%

Ativo - 37,6%

Irregularmente Ativo A - 20%

Irregularmente Ativo B - 24,7%

Sedentário - 2,4%

Total de gestantes: 85

Ativas - 52,38%

Sedentárias - 47,62%

Ativas: Muito Ativo e Ativo; Sedentárias: Irregularmente ativo A, Irregularmente ativoB e sedentário;

Total de gestantes: 85

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A Tabela 2 demonstra as associações entre o resultado do IPAQ e

escolaridade, estado civil, etnia, paridade e doenças maternas. Pode-se notar

que não houve associação entre as variáveis analisadas.

Tabela 2 – Associação entre o resultado do IPAQ com as

características maternas.

Nível de Atividade Física (IPAQ) p-valor MA Ativas IAA IAB Sedentária

Escolaridade 0,77

Fundamental 8 21 10 9 1 Ensino Médio 5 10 7 12 1 Superior 0 1 0 0 0

Estado civil 0,07 Solteira 6 3 4 4 1 Casada 7 29 13 17 1

Etnia 0,51

Negra 4 17 6 9 0 Parda 6 11 9 7 2 Branca 3 4 2 5 0

Paridade 0,29

1 2 7 8 4 0 2 3 5 2 8 0 3 3 13 4 6 2 4 ou mais 5 6 2 3 0

Doença materna

0,21

HAS 5 13 7 12 2 DM 8 11 6 4 0 HAS+DM 0 8 4 5 0

MA: muito ativas; IAA: irregularmente ativas A; IAB: irregularmente ativas B; DM: Diabetes

Melittus; HAS: Hipertensão arterial sistêmica.

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Tabela 3 – Associação entre os resultados do IPAQ

(ativas/sedentárias) com as características maternas.

Nível de Atividade Física (IPAQ) p-valor

Ativas Sedentária

Escolaridade 0,273

Fundamental 29 20 Ensino Médio 15 20 Superior 1 0

Estado civil 0,915 Solteira 9 9 Casada 36 31

Etnia 0,568

Negra 21 15 Parda 17 18 Branca 7 7

Paridade 0,347

1 9 12 2 8 10 3 16 12 4 ou mais 11 5

Doença materna 0,443

HAS 18 21 DM 19 12 HAS+DM 8 9

DM: Diabetes Melittus; HAS: Hipertensão arterial sistêmica.

5.4 ASSOCIAÇÕES ENTRE OS NÍVEIS DE ATIVIDADE FÍSICA E

QUALIDADE DE VIDA

Dentre os subgrupos do IPAQ, a qualidade de vida das gestantes

pontuou 20,7 para muito ativas, 20,3 para ativas, 20,8 para irregularmente

ativas e 19,6 para sedentárias (Tabela 3). Não houve diferença significativa na

qualidade de vida de acordo com o nível de atividade física (p=0,339).

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31

Tabela 4 – Associação entre o resultado do IPAQ e Qualidade de

Vida.

Nível de Atividade Física

(IPAQ) N (%)

Qualidade de vida

(WHOQOL)

Muito Ativas 13(15,3%) 20,7(16,8-23,2)

Ativa 32(37,6%) 20,3(14,7-23,8)

Irregularmente Ativas 38(44,7%) 20,8(15,7-24,6)

Sedentárias 2(2,4%) 19,6(19,4-19,9)

A qualidade de vida das gestantes pontuou 20,42 para as ativas e 20,63

para sedentárias, de acordo com o resultado do IPAQ (ativas/sedentárias)

(Tabela 5). Não houve diferença significativa na qualidade de vida de acordo

com o nível de atividade física (p=0,521).

Tabela 5 – Associação entre o resultado do IPAQ

(ativas/sedentárias) e Qualidade de Vida.

Nível de Atividade Física

(IPAQ) N (%)

Qualidade de vida

(WHOQOL)

Ativas 45(52,94%) 20,42(14,69-23,85)

Sedentárias 40(47,06%) 20,63(15,76-24,56)

Em relação aos domínios da qualidade de vida e os subgrupos do IPAQ

(Tabela 6), pode-se notar que houve diferença significativa entre o IPAQ e o

domínio V- Ambiente, sendo que as gestantes irregularmente ativas A tiveram

maior pontuação quando comparadas às sedentárias.

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32

Tabela 6 – Associação dos Subgrupos IPAQ com os domínios do

WHOQOL.

Nível de Atividade Física (IPAQ) p-

valor MA Ativas IAA IAB Sedentária

DI 3,42 (2,42-3,75)

3,21 (2,42-3,75)

3,25 (2,67-3,75)

3,17 (2,35-4,00)

3,50 (3,42-3,58)

0,76

DII 3,35 (2,85-4,00)

3,50 (2,60-4,15)

3,35 (3,05-3,90)

3,50 (2,60-3,85)

3,07 (3,05-3,10)

0,43

DIII 3,12 (2,56-3,75)

3,19 (2,13-4,06)

3,31 (2,75-4,13)

3,12 (2,44-3,81)

3,19 (3,00-3,38)

0,83

DIV 3,25 (2,25-4,17)

3,37 (2,58-4,25)

3,75 (2,42-4,33)

3,42 (2,17-4,33)

3,12 (3,00-3,25)

0,11

DV 3,06 (2,28-3,41)

3,24 (2,41-4,19)

3,34a (2,28-4,13)

3,19 (2,53-4,00)

2,64b

(2,56-2,72) 0,03

DVI 4,50 (2,50-5,00)

4,25 (1,00-5,00)

4,50 (3,50-5,00)

4,00 (2,75-5,00)

4,12 (4,00-4,25)

0,15

Letras diferentes denotam diferença significativa 9p<0,05, teste Kruskal Wallis); MA: muito

ativas; IAA: irregularmente ativas A; IAB: irregularmente ativas B.

Em relação aos domínios da qualidade de vida e resultado do IPAQ

(ativas/sedentárias) descritos na tabela 7, pode-se notar que não houve

diferença significativa entre as variáveis.

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33

Tabela 7 – Associação do resultado do IPAQ (ativas/sedentárias)

com os domínios do WHOQOL.

Nível de Atividade Física (IPAQ) p-valor

Ativas Sedentária

DI 3,25 (2,42-3,75) 3,16 (2,35-4,00) 0,156

DII 3,45 (2,60-4,15) 3,35 (2,60-3,90) 0,930

DIII 3,19 (2,13-4,06) 3,25 (2,44-4,13) 0,468

DIV 3,33 (2,25-4,25) 3,54 (2,17-4,33 0,683

DV 3,16 (2,28-4,19) 3,25 (2,28-4,13) 0,418

DVI 4,25 (1,00-5,00) 4,25 (2,75-5,00) 0,730

Letras diferentes denotam diferença significativa 9p<0,05, teste Kruskal Wallis); MA: muito

ativas; IAA: irregularmente ativas A; irregularmente ativas B.

5.5 RELAÇÃO ENTRE O NÍVEL DE ATIVIDADE FÍSICA COM IMC

Não houve associação entre os subgrupos do IMC com o nível de

atividade física (p=0,426). Na Tabela 8, verifica-se que do total de gestantes

classificadas como muito ativas e ativas (52,9%), 35 tinham sobrepeso e

obesidade (41,2%). Das 85 gestantes, 47% eram irregularmente ativas (A e B)

e sedentárias, e 35,3% tinham sobrepeso e obesidade.

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34

Tabela 8 – Relação dos subgrupos de IMC com o IPAQ.

IMC MA Ativa IAA IAB Sedentária

Normal 4(20%) 6(30%) 3(15%) 7(35%) 0

Sobrepeso 2(10%) 11(55%) 2(10%) 5(25%) 0

Obesidade 7(16%) 15(33%) 12(27%) 9(20%) 2(4%)

Total 13 (15,29%)

32 (37,65%)

17 (20,00%)

21 (24,70%)

2 (2,36%)

MA: muito ativas; IAA: irregularmente ativas A; IAB: irregularmente ativas B.

Tabela 9 – Relação dos subgrupos de IMC com IPAQ

(ativas/sedentárias).

IMC Ativas Sedentárias

Normal 10 (50%) 10 (50%)

Sobrepeso 13 (65%) 7 (35%)

Obesidade 22 (49%) 23 (51%)

Total 45 (52,94%) 40 (47,06%)

MA: muito ativas; IAA: irregularmente ativas A; irregularmente ativas B.

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35

6 DISCUSSÃO

O objetivo desse estudo foi avaliar o nível de atividade física e qualidade

de vida em gestantes com DM e HAS no primeiro trimestre de gestação, e

correlacionar o nível de atividade física com IMC, QV e seus domínios, e

características sociodemográficas.

Os resultados demonstraram que a doença materna mais encontrada foi

Hipertensão, 45,9% tinham HAS, 34,1% tinham apenas DM, e 20% do grupo

eram de pacientes diabéticas e hipertensas. A importância da população

avaliada reside no fato, de que cada característica do grupo, como a presença

de comorbidades (diabetes e/ou hipertensão), obesidade, sobrepeso e

sedentarismo, atua como um fator de risco independente para pré-eclâmpsia,

para o diabetes gestacional e para o risco de doenças cardiovasculares ao

longo da vida (Wang et al., 2017).

De acordo a classificação do IMC, 23,5% das gestantes estavam com

peso normal; 23,5% com sobrepeso; e 52,9 % com obesidade. A avaliação do

nível de atividade física pelo questionário IPAQ demonstrou que 2,4% eram

sedentárias, 20,0% irregularmente ativas A, 24,7% irregularmente ativas B,

37,6% ativas e 15,3% muito ativas.

Estes dados refletem o comportamento pré-concepcional da paciente,

visto que as avaliações através dos questionários foram feitas na primeira

consulta da assistência pré-natal. Embora a maioria das gestantes avaliadas

tenha sido classificada como obesas e ativas fisicamente (41,2%), quase

metade das gestantes (47%) eram irregularmente ativas e sedentárias, e

tinham sobrepeso e obesidade. Um estudo global sobre atividade física incluiu

dados de 358 pesquisas em 168 países (1,9 milhões de participantes), e

demonstrou que os níveis mais altos em 2016 de atividade física insuficiente

foram em mulheres na América Latina e no Caribe, sul da Ásia e países

ocidentais de alta renda, do que nos homens (Guthold et al., 2018).

Um estudo realizado no sul do Brasil envolveu 2.557 mulheres e

demonstrou que 32,8% praticaram alguma atividade física em um dos

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36

trimestres da gestação. Estudos têm mostrado que a atividade física antes da

gestação é um importante preditor da atividade física durante a gravidez, e

promove bem estar geral, afetando positivamente a qualidade de vida durante

a gestação (Dumith et al., 2012).

A atividade física durante a gestação promove benefícios para saúde

reduz a ocorrência de comorbidades, auxilia no controle do peso e melhora o

bem-estar psicológico. O estilo de vida sedentário é considerado um fator de

risco independente para complicações materno – fetais (Artal, 2016). Mulheres

que realizam atividade física antes da gestação podem continuar a se exercitar

ao longo da gravidez, na ausência de fatores que a contraindiquem, gestantes

previamente inativas tem na gestação uma oportunidade para incorporar esse

hábito (ACOG, 2015; Artal, 2016; Kominiarek & Peaceman, 2017; Saint-

Maurice et al., 2019).

Neste estudo, não houve correlação entre o nível de atividade física e a

QV. Esse resultado pode estar relacionado ao fato estarmos avaliando um

grupo de gestantes de alto risco, já com histórico de doenças crônicas,

dependência de medicação e estado de saúde onde a maioria se encontra com

sobrepeso e obesidade.

No nosso estudo, avaliando a relação entre os domínios do questionário

de qualidade de vida e os subgrupos do IPAQ, observou se uma diferença

significativa no domínio V - meio ambiente, que leva em consideração questões

como segurança física, recursos financeiros, cuidados com a saúde,

oportunidades de recreação/lazer e transporte. As gestantes irregularmente

ativas A tiveram maior pontuação quando comparadas as sedentárias.

Um estudo incluiu 5146 mulheres e investigou a relação entre idade do

primeiro parto, QV, paridade e a sua relação com a qualidade de vida e

encontrou que idade do primeiro parto tem relação crescente com QV, os

problemas nas dimensões de autocuidado e ansiedade/depressão,

aumentaram significativamente com idade, menor paridade contribuiu

significativamente para melhor qualidade de vida, e maior paridade aumentou

significativamente as chances de surgimento de problemas de mobilidade (Park

S & Choi N K., 2018). No presente estudo mais da metade das gestantes (75,

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37

3%) tinham dois filhos ou mais, a relação da paridade e idade não foram

investigadas, as gestantes sedentárias tiveram maior pontuação no domínio V,

do questionário de QV, em relação às irregularmente ativas A. Este domínio

leva em consideração, cuidados com a saúde, ambiente físico, transporte,

podendo isso está relacionado ao fato das gestantes sedentárias serem obesas

e 54% das pacientes terem 3 filhos ou mais, concordando com o fato de que

maior paridade aumentam significativamente as chances de surgimento de

problemas de mobilidade, afetando de alguma forma a QV dessas gestantes.

Um estudo observacional foi feito em uma amostra de 141 grávidas

saudáveis utilizando cinco questionários para avaliar a QV e a AF, e para

examinar como a QV pode se correlacionar com AF, sono, preocupação e

depressão. Neste estudo, o IMC pré-gestacional foi inversamente

correlacionado com a saúde geral, enquanto a educação foi correlacionada

positivamente com os domínios de saúde psicológica, relações sociais e meio

ambiente. A AF foi positivamente correlacionada com a saúde psicológica e as

relações sociais. Esportes/Exercício mostraram correlações positivas com

vários domínios da QV. Insônia e depressão foram significativamente

associadas a uma diminuição em todos os domínios da QV, enquanto as

preocupações foram associadas com uma diminuição nos domínios físico,

psicológico e ambiental. AF, preocupações, depressão e insônia afetaram a QV

durante a gravidez (Mourady et al., 2017).

As gestantes que não realizam mais do que 150 minutos de atividade

física, classificadas como sedentárias, no demonstram preocupação em

relação ao bem estar e depressão. As relações entre AF na gravidez e bem-

estar psicológico foram examinadas em alguns estudos e achados sugeriram

que em gestantes obesas, a depressão, o humor, mas não as preocupações

relacionadas à gravidez, podem estar associadas a uma menor atividade física

(Altazan et al., 2019).

A saúde geral das gestantes entrevistadas parece reduzida devido à

condição de doenças crônicas pré-gestacionais. Segundo a avaliação do IMC

classificadas com peso normal (23,5%) sobrepeso (24,7%), mas em sua

maioria obesas (51,7%). O maior grupo, de gestantes obesas, foi considerado,

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segundo a avaliação do nível de atividade física, como ativo embora tenha sido

o único grupo com duas gestantes avaliadas como sedentárias. O grupo das

gestantes com sobrepeso também demonstrou ser composto em sua maioria

por gestantes consideradas ativas. O grupo com IMC normal foi considerado

em sua maioria irregularmente ativo.

Os resultados do IPAQ demonstraram que das 85 gestantes, 47% eram

Irregularmente Ativas (A e B) e Sedentárias, e 34,1% tinham sobrepeso e

obesidade, portanto não realizam mais do que 30 minutos de atividade física

por semana, demonstrando preocupação quanto ao desenvolvimento e

agravamento de doenças como HAS, DM (WHO, 2000). O subgrupo de

gestantes irregularmente ativas e sedentárias do nosso estudo necessita de

uma maior atenção durante o pré-natal, pois já possuem doenças crônico-

degenerativas e este quadro pode se agravar durante a gestação. Atividade

física insuficiente é um fator de risco principal para doenças não transmissíveis

e tem um efeito negativo efeito sobre a saúde mental e qualidade de vida

(Guthold et al., 2018).

A obesidade e o sobrepeso são fatores de risco para pré-eclâmpsia e

diabetes gestacional (Artal, 2016; Poorolajal & Jenabi, 2016). A associação

entre obesidade e inatividade física aumenta o risco de ocorrência de ambas

comorbidades, mulheres obesas tem maior chance de desenvolver pré-

eclâmpsia em relação às mulheres com sobrepeso (Aune et al., 2014;

Poorolajal & Jenabi, 2016).

Um estudo realizado em gestantes brasileiras sem doenças crônicas

encontrou que 12,9% das gestantes praticaram alguma atividade física em um

dos trimestres da gestação. Nos Estados Unidos, aproximadamente dois terços

das gestantes relataram praticar alguma atividade física no seu tempo de lazer,

não se sabe se esse percentual modificou devido à gestação, pois não se

perguntou sobre a prática de exercícios físicos antes da gestação. No entanto,

estudos têm mostrado que a atividade física antes da gestação é um

importante preditor da atividade física durante a gravidez (Dumith et al., 2012).

Atualmente metade das gestantes ultrapassam os limites de ganho de

peso durante a gestação, e a maior prevalência desse ganho de peso

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encontra-se no grupo das gestantes obesas e com sobrepeso (Kominiarek &

Peaceman, 2017). Embora a atividade física seja uma importante ferramenta

no controle do ganho de peso ao longo da gestação, esse controle não opera

de forma adequada nos grupos de gestantes obesas e com sobrepeso, quando

comparadas as gestantes com IMC normal, mesmo quando a atividade física é

realizada em associação com a restrição calórica (Kominiarek & Peaceman,

2017). Os fatores que contribuem para esse insucesso são as próprias

mudanças fisiológicas da gestação, como a diminuição da sensibilidade a

insulina, o curto período de tempo entre o início das intervenções e o parto e a

dificuldade em continuar a atividade física com o progresso da gestação

(Catalano & Mouzono, 2015).

Estudos sugerem que em gestantes obesas e com sobrepeso,

intervenções e mudanças no estilo de vida como restrição calórica e atividade

física deveriam ser iniciadas antes da concepção, para que melhores

resultados sejam alcançados ao longo da gestação (Kominiarek & Peaceman,

2017).

O grupo de gestantes, com sobrepeso e ou obesidade, que foi

considerado ativo, confirmam dados recentes da população brasileira,

alimentação inadequada na maioria das faixas etárias, está relacionada à maior

morbidade, em indivíduos com doenças crônicas não transmissíveis (Maciel et

al., 2012). Esse grupo de mulheres apresentam hábitos alimentares fora das

recomendações orientadas para a estruturação da vida saudável, estado

nutricional inadequado, e aliado a esse fator resultará no declínio progressivo

da atividade física.

Uma paciente obesa possui um maior risco de desenvolver pré-

eclâmpsia e diabetes gestacional (Gunatilake & Perlow, 2011), mas o ganho de

peso durante a gestação nessa paciente exacerba ainda mais esse risco

(Magriples et al., 2015). Por outro lado, gestantes com IMC normal têm três

vezes mais chances de desenvolverem essas doenças quando aumentam o

IMC, em relação às pacientes que mantiveram o IMC inalterado (Swank et al.,

2014).

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A importância da realização da atividade física durante a gestação reside

no fato de que tanto o exercício físico quanto a restrição calórica ou ambos

podem reduzir as chances de ganho de peso ao longo da gestação e de

hipertensão gestacional (Muktabhant et al., 2015).

A obesidade está atingindo proporções epidêmicas na sociedade atual.

As mulheres, quando gestantes, possuem um maior risco de evoluírem para

obesidade, devido ao excesso de peso ganho ao longo da gravidez e a

dificuldade em retornar ao peso pré-gravídico no pós-parto. Adicionalmente

filhos de mães que ganharam peso em excesso durante a gestação estão no

grupo de risco para tornarem-se obesos ou com sobrepeso. Esses fatos

sugerem que o início da obesidade pode ocorrer em fases muito precoces da

vida e se estender com piora prognóstica ao longo dos anos. A boa notícia e

que a atividade física pode ser iniciada em qualquer fase da vida inclusive

durante a gestação e seus benefícios independem da época da vida em que

ela foi iniciada (Artal, 2016).

Uma limitação do presente estudo deve-se ao fato de que os

questionários não foram reaplicados ao final da gestação, portanto não se sabe

se atividade física diminuiu ao longo da gestação, e se a QV piorou de acordo

com o nível de AF. A avaliação do ganho de peso e do peso residual no pós-

parto não foi realizada.

A orientação da mulher em relação à atividade física e ao ganho de peso

adequado, especialmente nas pacientes obesas e com sobrepeso, tornou-se

extremamente importante no combate à obesidade e agravo de doenças

maternas. Pacientes que realizam atividade física durante a gestação tem um

melhor controle do ganho de peso e retornam mais facilmente ao peso pré-

gravídico no pós-parto reduzindo as chances de se tornarem obesas. O

presente estudo reitera a importância da avaliação do IMC materno pré-

gestacional para o adequado cálculo do ganho de peso durante a gestação e a

pesquisa do nível de atividade física para adequada introdução ou suporte para

aquelas pacientes que já o realizam, como forma de controle do ganho de peso

durante a gestação e controle futuro da obesidade.

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7 CONCLUSÃO

A avaliação do nível de atividade física pelo questionário IPAQ

demonstrou que 2,4% eram sedentárias, 20% irregularmente ativas A, 24,7%

irregularmente ativas B, 37,6% ativas e 15,3% muito ativas.

Não houve diferença significativa na qualidade de vida de acordo com o

nível de atividade física. No entanto, avaliando os domínios do questionário de

qualidade de vida, demonstrou-se que as gestantes irregularmente ativas A

tiveram maior pontuação no domínio V- ambiente - quando comparadas às

sedentárias.

O presente estudo reitera a importância da avaliação da AF e QV para

um melhor suporte à paciente no pré-natal. Na área da Saúde, a melhoria QV

passou a ser considerada um dos objetivos finais da assistência médica, é

necessário incentivar e realizar de ações de promoção à saúde e de prevenção

de maiores agravos em mulheres com doenças crônicas, principalmente

durante a gestação.

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9 ANEXOS

9.1 CARTA DE APROVAÇÃO DO COMITÊ DE ÉTICA

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9.2 TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO (TCLE)

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Dados de identificação

Título do Projeto: Avaliação do Nível de atividade Física e sua relação com a

Qualidade de vida de gestantes hipertensas e/ou diabéticas atendidas no

Hospital Universitário Antônio Pedro

Pesquisador Responsável: Ana Mírian Lobo

Instituição a que pertence o Pesquisador Responsável: Huap

Telefones para contato: (21) 982714343

Nome do voluntário: ______________________________________

Idade: _____________ anos R.G. __________________________

A Sr. (ª) está sendo convidado(a) a participar do projeto de pesquisa

“Avaliação do Nível de atividade Física e sua relação com a Qualidade

de vida de gestantes hipertensas e/ou diabéticas atendidas no Hospital

Universitario Antônio Pedro”, de responsabilidade do pesquisador Ana

Mírian Lobo. Este projeto tem como objetivo obter informações sobre

sua saúde, nível de atividade física, e qualidade de vida. A Sr.

Respondera 2(dois) questionários. O primeiro, de atividade física

incluem, perguntas sobre o tempo que você gasta fazendo atividade

física em uma ultima semana. O segundo questionário, de qualidade de

vida, é sobre como você se sente a respeito de sua qualidade de vida,

saúde e outras áreas de sua vida. Suas respostas não serão divulgadas

individualmente. Sua participação é importante, pois com as informações

gerais poderemos informar à equipe multidisciplinar assistente das

gestantes a situação da saúde das gestantes, para que haja uma

adequada intervenção nas políticas de promoção da saúde.Sua

participação é voluntaria, e este consentimento poderá ser retirado a

qualquer tempo, sem prejuízos à continuidade do tratamento. Suas

informações são confidenciais e você pode sair do projeto quando

quiser.

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Eu, __________________________________________, RG nº

_____________________ declaro ter sido informado e concordo em participar,

como voluntário, do projeto de pesquisa acima descrito.

Niterói, _____ de ____________ de _______

____________________________

_________________________________

Nome e assinatura do paciente Nome e assinatura

do responsável por obter o consentimento

________________________________

_____________________________

Testemunha Testemunha

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9.3 IPAQ

QUESTIONÁRIO INTERNACIONAL DE ATIVIDADE FÍSICA. Nome:_____________________________________________________ Data: ___/ ___ / ___ Idade : ____ Sexo: F ( ) M ( ) Você trabalha de forma remunerada: ( ) Sim ( ) Não. Quantas horas você trabalha por dia: ____ Quantos anos completos você estudou: _____ De forma geral sua saúde está: ( ) Excelente ( ) Muito boa ( ) Boa ( ) Regular ( )Ruim Nós estamos interessados em saber que tipos de atividade física as pessoas fazem como parte do seu dia a dia. Este projeto faz parte de um grande estudo que está sendo feito em diferentes países ao redor do mundo. Suas respostas nos ajudarão a entender que tão ativos nós somos em relação à pessoas de outros países. As perguntas estão relacionadas ao tempo que você gasta fazendo atividade física em uma semana ultima semana. As perguntas incluem as atividades que você faz no trabalho, para ir de um lugar a outro, por lazer, por esporte, por exercício ou como parte das suas atividades em casa ou no jardim. Suas respostas são MUITO importantes. Por favor, responda cada questão mesmo que considere que não seja ativo. Obrigado pela sua participação!

Para responder as questões lembre que: Atividades físicas VIGOROSAS são aquelas que precisam de um grande esforço físico e

que fazem respirar MUITO mais forte que o normal Atividades físicas MODERADAS são aquelas que precisam de algum esforço físico e que

fazem respirar UM POUCO mais forte que o normal

SEÇÃO 1- ATIVIDADE FÍSICA NO TRABALHO

Esta seção inclui as atividades que você faz no seu serviço, que incluem trabalho remunerado ou voluntário, as atividades na escola ou faculdade e outro tipo de trabalho não remunerado fora da sua casa. NÃO incluir trabalho não remunerado que

você faz na sua casa como tarefas domésticas, cuidar do jardim e da casa ou tomar conta da sua família. Estas serão incluídas na seção 3. 1a. Atualmente você trabalha ou faz trabalho voluntário fora de sua casa?

( ) Sim ( ) Não – Caso você responda não Vá para seção 2: Transporte As próximas questões são em relação a toda a atividade física que você fez na ultima semana como parte do seu trabalho remunerado ou não remunerado. NÃO inclua o transporte para o trabalho. Pense unicamente nas atividades que você faz por pelo menos 10 minutos contínuos:

1b. Em quantos dias de uma semana normal você anda, durante pelo menos 10

minutos contínuos, como parte do seu trabalho?Por favor, NÃO inclua o

andar como forma de transporte para ir ou voltar do trabalho. _______dias por SEMANA ( ) nenhum - Vá para a seção 2 - Transporte.

1c. Quanto tempo no total você usualmente gasta POR DIA caminhando como parte do seu trabalho ?

____ horas ______ minutos 1d. Em quantos dias de uma semana normal você faz atividades moderadas, por

pelo menos 10 minutos contínuos, como carregar pesos leves como parte do seu trabalho? _______dias por SEMANA ( ) nenhum - Vá para a questão 1f

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1e. Quanto tempo no total você usualmente gasta POR DIA fazendo atividades

moderadas como parte do seu trabalho?

_____ horas ______ minutos

1f. Em quantos dias de uma semana normal você gasta fazendo atividades vigorosas, por pelo menos 10 minutos contínuos, como trabalho de

construção pesada, carregar grandes pesos, trabalhar com enxada, escavar ou subir escadas como parte do seu trabalho: _______dias por SEMANA ( ) nenhum - Vá para a questão 2a.

1g. Quanto tempo no total você usualmente gasta POR DIA fazendo atividades

físicas vigorosas como parte do seu trabalho?

_____ horas ______ minutos

SEÇÃO 2 - ATIVIDADE FÍSICA COMO MEIO DE TRANSPORTE

Estas questões se referem à forma típica como você se desloca de um lugar para outro, incluindo seu trabalho, escola, cinema, lojas e outros. 2a. O quanto você andou na ultima semana de carro, ônibus, metrô ou trem?

________dias por SEMANA ( ) nenhum - Vá para questão 2c

2b. Quanto tempo no total você usualmente gasta POR DIA andando de carro, ônibus, metrô ou trem?

_____horas _____minutos

Agora pense somente em relação a caminhar ou pedalar para ir de um lugar a outro na ultima semana.

2c. Em quantos dias da ultima semana você andou de bicicleta por pelo menos 10

minutos contínuos para ir de um lugar para outro? (NÃO inclua o pedalar por lazer ou exercício) _____ dias por SEMANA ( ) Nenhum - Vá para a questão 2e.

2d. Nos dias que você pedala quanto tempo no total você pedala POR DIA para ir

de um lugar para outro? _______ horas _____ minutos 2e. Em quantos dias da ultima semana você caminhou por pelo menos 10

minutos contínuos para ir de um lugar para outro? (NÃO inclua as

caminhadas por lazer ou exercício) _____ dias por SEMANA ( ) Nenhum - Vá para a Seção 3.

2f. Quando você caminha para ir de um lugar para outro quanto tempo POR DIA

você gasta? (NÃO inclua as caminhadas por lazer ou exercício).

_______ horas _____ minutos

SEÇÃO 3 – ATIVIDADE FÍSICA EM CASA: TRABALHO, TAREFAS DOMÉSTICAS E CUIDAR DA FAMÍLIA.

Esta parte inclui as atividades físicas que você fez na ultima semana na sua casa e ao redor da sua casa, por exemplo, trabalho em casa, cuidar do jardim, cuidar do quintal, trabalho de manutenção da casa ou para cuidar da sua família. Novamente pense somente naquelas atividades físicas que você faz por pelo menos 10 minutos contínuos.

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3a. Em quantos dias da ultima semana você fez atividades moderadas por pelo menos 10 minutos como carregar pesos leves, limpar vidros, varrer, rastelar no jardim ou quintal.

________dias por SEMANA ( ) Nenhum - Vá para questão 3b. 3b. Nos dias que você faz este tipo de atividades quanto tempo no total você gasta

POR DIA fazendo essas atividades moderadas no jardim ou no quintal?

_______ horas _____ minutos

3c. Em quantos dias da ultima semana você fez atividades moderadas por pelo

menos 10 minutos como carregar pesos leves, limpar vidros, varrer ou limpar o chão dentro da sua casa. _____ dias por SEMANA ( ) Nenhum - Vá para questão 3d.

3d. Nos dias que você faz este tipo de atividades moderadas dentro da sua casa

quanto tempo no total você gasta POR DIA?

_______ horas _____ minutos

3e. Em quantos dias da ultima semana você fez atividades físicas vigorosas no jardim ou quintal por pelo menos 10 minutos como carpir, lavar o quintal,

esfregar o chão: _____ dias por SEMANA ( ) Nenhum - Vá para a seção 4.

3f. Nos dias que você faz este tipo de atividades vigorosas no quintal ou jardim quanto tempo no total você gasta POR DIA?

_______ horas _____ minutos

SEÇÃO 4- ATIVIDADES FÍSICAS DE RECREAÇÃO, ESPORTE, EXERCÍCIO E DE LAZER.

Esta seção se refere às atividades físicas que você fez na ultima semana unicamente por recreação, esporte, exercício ou lazer. Novamente pense somente nas atividades físicas que faz por pelo menos 10 minutos contínuos. Por favor, NÃO inclua

atividades que você já tenha citado. 4a. Sem contar qualquer caminhada que você tenha citado anteriormente, em quantos dias da ultima semana você caminhou por pelo menos 10 minutos contínuos no seu tempo livre? _____ dias por SEMANA ( ) Nenhum - Vá para questão 4b

4b. Nos dias em que você caminha no seu tempo livre, quanto tempo no total você gasta POR DIA?

_______ horas _____ minutos 4c. Em quantos dias da ultima semana você fez atividades moderadas no seu tempo livre por pelo menos 10 minutos, como pedalar ou nadar a velocidade regular, jogar

bola, vôlei, basquete, tênis : _____ dias por SEMANA ( ) Nenhum - Vá para questão 4d.

4d. Nos dias em que você faz estas atividades moderadas no seu tempo livre quanto tempo no total você gasta POR DIA? _______ horas _____ minutos

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4e. Em quantos dias da ultima semana você fez atividades vigorosas no seu tempo livre por pelo menos 10 minutos, como correr, fazer aeróbicos, nadar rápido, pedalar rápido ou fazer Jogging: _____ dias por SEMANA ( ) Nenhum - Vá para seção 5.

4f. Nos dias em que você faz estas atividades vigorosas no seu tempo livre quanto tempo no total você gasta POR DIA?

_______ horas _____ minutos

SEÇÃO 5 - TEMPO GASTO SENTADO

Estas últimas questões são sobre o tempo que você permanece sentado todo dia, no trabalho, na escola ou faculdade, em casa e durante seu tempo livre. Isto inclui o tempo sentado estudando, sentado enquanto descansa, fazendo lição de casa visitando um amigo, lendo, sentado ou deitado assistindo TV. Não inclua o tempo gasto sentando durante o transporte em ônibus, trem, metrô ou carro.

5a. Quanto tempo no total você gasta sentado durante um dia de semana? ______horas ____minutos 5b. Quanto tempo no total você gasta sentado durante em um dia de final de semana? ______horas ____minutos

CENTRO COORDENADOR DO IPAQ NO BRASIL– CELAFISCS - INFORMAÇÕES ANÁLISE, CLASSIFICAÇÃO E COMPARAÇÃO DE RESULTADOS NO BRASIL

011-42298980 ou 42299643. [email protected] www.celafiscs.com.br IPAQ Internacional: www.ipaq.ki.se

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9.4 WHOQOL

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