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UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE PALMAS MESTRADO EM AGROENERGIA JOAB OLIVEIRA VIRGÍNIO E SILVA COMPARAÇÃO ENTRE METODOLOGIAS VISANDO OBTENÇÃO DE MAIOR RENDIMENTO DE ETANOL A PARTIR DA BATATA-DOCE [Ipomoea batatas (L.) Lam.], EM PALMAS-TO. PALMAS-TO 2010

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS

CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE PALMAS

MESTRADO EM AGROENERGIA

JOAB OLIVEIRA VIRGÍNIO E SILVA

COMPARAÇÃO ENTRE METODOLOGIAS VISANDO OBTENÇÃO DE MAIOR

RENDIMENTO DE ETANOL A PARTIR DA BATATA-DOCE [Ipomoea batatas

(L.) Lam.], EM PALMAS-TO.

PALMAS-TO

2010

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JOAB OLIVEIRA VIRGÍNIO E SILVA

COMPARAÇÃO ENTRE METODOLOGIAS VISANDO OBTENÇÃO DE MAIOR

RENDIMENTO DE ETANOL A PARTIR DA BATATA-DOCE [Ipomoea batatas

(L.) Lam.], EM PALMAS-TO.

Dissertação apresentada ao curso de Mestrado

em Agroenergia da Universidade Federal do

Tocantins, em cumprimento parcial das

exigências para obtenção do título de Mestre

em Agroenergia.

Orientador: Dr. Márcio Antônio da Silveira

PALMAS-TO

2010

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) Biblioteca da Universidade Federal do Tocantins

Campus Universitário de Palmas

S586d Silva, Joab Oliveira Virgínio e

COMPARAÇÃO ENTRE METODOLOGIAS VISANDO OBTENÇÃO DE MAIOR RENDIMENTO DE ETANOL A PARTIR DA BATATA-DOCE [Ipomoea batatas (L.) Lam.], EM PALMAS-TO. / Joab Oliveira Virgínio e Silva. - Palmas, 2010.

60 f.

Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal do Tocantins, Curso de Mestrado em Agroenergia, 2010. Orientador: Dr. Marcio Antônio da Silveira

1. Batata-doce. 2. Metodologia. 3. Etanol. I. Título.

CDD 662.6

Bibliotecário: Paulo Roberto Moreira de Almeida CRB-2 / 1118

TODOS OS DIREITOS RESERVADOS–A reprodução total ou parcial, de qualquer forma ou por qualquer meio deste documento é autorizado desde que citada à fonte. A violação dos direitos do autor (Lei nº 9.610/98) é crime estabelecido pelo artigo 184 do Código Penal.

Candidato: Joab Oliveira Virgínio e Silva

Titulo da Dissertação: COMPARAÇÃO ENTRE METODOLOGIAS VISANDO

OBTENÇÃO DE MAIOR RENDIMENTO DE ETANOL A PARTIR DA BATATA-

DOCE [Ipomoea batatas (L.) Lam.], EM PALMAS-TO.

______________________________________________________________

A comissão julgadora dos trabalhos de defesa da dissertação de mestrado em

agroenergia, em sessão pública realizada dia 20/08/2010, Considerou o candidato:

(X) Aprovado ( ) Reprovado

Banca Examinadora:

_______________________________________________

Francisco das Chagas Dantas de Lemos , Dr.

(Examinador Externo)

_______________________________________________

Solange Cristina Carreiro , Dra.

(Examinador Interno)

_______________________________________________

Marcio Antônio da Silveira, Dr.

(Presidente)

Dedico esta conquista a Deus, ao meu anjo guia, a

minha família, aos amigos e a todos aqueles que

estiveram comigo nesta caminhada de paciência,

crescimento intelectual e resignação.

AGRADECIMENTOS

Realmente, é necessária uma grande demanda de dedicação e tempo

destinados à elaboração de uma dissertação de mestrado, onde não obstante um

trabalho bastante desgastante, porém engrandecedora de conhecimentos e

experiências que marcam a vida de qualquer um que enseje nesse intuito, não

sendo diferente comigo. Assim, agradeço primeiramente a Deus pela oportunidade

que tive de trilhar esta estrada desejada há tempos, como um sonho que agora se

concretiza.

Aos meus pais Francisco José da Silva e Maria de Lourdes Oliveria e Silva,

bem como as minhas irmãs; Geisa, Sheyla e Dênya, pela dedicação e

amorosidade que sempre prestaram junto aos meus sonhos, de almejar melhor

condiçções intelectual e moral. Obrigado família, amo-os do fundo do meu

coração.

Aos meus familiares, que mesmo distantes, sempre estiveram tão

presentes em minha vida, emanando esforços necessários para minha caminhada

evolutiva. Sejam tios, tias (Socorro, Maria José e etc), sobrinhas (Lara e Yara),

primos (Tassio Virgínio, Luiz Carlos, Neto Junior, João César, Nêo, Déo e etc.) e

primas (Kelvia Virgínio, Amanda, Taíne, Kassinha, Kátia, Ada, Taisinha e etc.),

bem como aos que já partiram para jornada espiritual (Tio Ribamar, Tia Fátima,

Tia Helena, Valter Virgínio, vovó Margarida, Vovó Sinhá, Tia Helena e etc).

A minha amiga, companheira e cúmplice; Irla Honorato, que esteve ao meu

lado, com paciência e resignação, e que me dedicou seu carinho e amor em todos

os dias que estive ao seu lado, que inclusive, foram basicamente os mesmos do

mestrado, até começamos no mesmo mês em que as aulas iniciaram. Muito

obrigado pela sua companhia, ela com certeza me fortaleceu a realizar este

sonho.

Ao meu orientador professor Dr. Marcio Antonio da Silveira, que dedicou

seu tempo, paciência e conhecimentos para elaborar e engrandecer esta

dissertação, muito obrigado!

A toda equipe do LASPER: Wesley, Raimundo, Valdira, Sr. Bento, Sr.

Sebastião, Gilberto, Marco Antonio, Giane, Eduardo e etc, pelo empenho e

companheirismo dos colegas de pesquisa e amigos que fiz no decorrer deste.

Aos amigos, Thiago Andrade, Hugo Rivas, Msc. Iane Brito, Hugo Pará,

Galthiery, Marcão, Daniel Di Paula, Dr. Messias & Dona Irani, Aneli & Paulo,

Isabela & Leonardo, Claudinha & Paulinho, Douglas & Denise, Ana Karina &

Celso, Soraya, Victor, Aurélio, Renato, Zé Roberto, Rafael Fonseca, bem como a

todos da equipe de música da Feetins, do grupo de estudos do livro dos espíritos

e dos médiuns, da equipe da UTI da Alegria, e colegas do mestrado em

agroenergia. A todos que direto ou indiretamente iluminaram minha vida com sua

presença. Muito obrigado!

Aos professores: Dr. Joenes Pelucci, Dra. Flávia Tonani, Dr. Tarso Alvim,

Dra. Solange Cristina, Dr. Luiz Eduardo, Dr. Juan Carlos, bem como todos aqueles

que colaboraram com o desenvolvimento acadêmico pedagógico deste curso de

mestrado em agroenergia, sendo o primeiro no país.

Aos docentes e técnicos administrativos da Universidade Federal do

Tocantins, especialmente a todos que fazem parte do mestrado em agroenergia,

pela colaboração e empenho prestados.

E agora, queria agradecer a equipe espiritual que me acompanhou desde

os primeiros passos até o presente momento, que me dão forças necessárias para

continuar sempre com fé e resignação, trilhando minha jornada evolutiva moral e

intelectualmente.

SUMÁRIO

Página

LISTA DE TABELAS ............................................................................................. .x

LISTA DE FIGURAS ............................................................................................. xi

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS ............................................................... xii

RESUMO ............................................................................................................. xiii

ABSTRACT ......................................................................................................... xiv

1. INTRODUÇÃO. ................................................................................................. 15

2. REVISÃO DE LITERATURA. ........................................................................... 18

2.1. Aspectos da agroenergia no Brasil. ............................................................. 18

2.2. A cultura da batata-doce. ............................................................................. 19

2.3. Amido. ......................................................................................................... 21

2.4. Processo utilizados na obtenção do etanol a partir do amido.. .................... 22

2.4.1. Hidrólise enzimática. .............................................................................. 22

2.4.2. Enzimas amilolíticas. ............................................................................. 24

2.4.2.1. Termamyl®. ................................................................................. 24

2.4.2.2. AMG 300L. ................................................................................... 25

2.4.3. Processo de fermentação alcoólica. ...................................................... 25

2.4.4. Processo de destilação. ......................................................................... 27

2.5. Características de alguns parâmetros que influenciam no processo

industrial de etanol a partir da batata-doce. ........................................................ 28

2.6. Estudos de obtenção de etanol a partir da batata-doce. ............................. 28

3. OBJETIVOS. ..................................................................................................... 32

3.1. Geral. ........................................................................................................... 32

3.2. Específicos. ................................................................................................. 32

4. MATERIAIS E MÉTODOS. ............................................................................... 33

4.1. Determinação do teor de amido e matéria seca das cultivares (Marcela,

Amanda e Barbara). ........................................................................................... 33

4.2. Avaliação da influência do tempo e da temperatura na primeira fase da

hidrólise enzimática. ........................................................................................... 34

4.3. Levantamento das cinco metodologias de maior rendimento de

etanol por tonelada de batata-doce. ................................................................... 35

4.4. Aplicação das cinco metodologias, visando o maior rendimento de

etanol (L/t raiz) a partir de uma variedade de batata-doce. ................................ 37

4.5. Delineamento experimental. ........................................................................ 39

4.6. Estudo da metodologia (M5), em outras três cultivares. .............................. 40

5. RESULTADOS .................................................................................................. 41

5.1. Teor de amido e matéria seca das cultivares (Marcela, Amanda e

Barbara). ............................................................................................................. 41

5.2. Influência do tempo e da temperatura na primeira fase da hidrólise

enzimática. ......................................................................................................... 41

5.3. Apresentação das cinco metodologias de maior rendimento de etanol

por tonelada de batata-doce. .............................................................................. 43

5.4. Comparação entre as cinco metodologias a partir de uma variedade de

batata-doce (cultivar Marcela). ........................................................................... 44

5.5. Analise estatística das cinco metodologias avaliadas. ................................ 44

5.6. Aplicação da metodologia (M5), em outras três cultivares (Amanda,

Barbara e Ana Clara). ......................................................................................... 46

6. DISCUSSÕES. ................................................................................................. 48

7. CONCLUSÕES. ............................................................................................... 50

8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS. ................................................................ 51

ANEXOS. ............................................................................................................. 57

x

LISTA DE TABELAS

Tabela 1: Estimativa da produção de etanol (L/ha) das cultivares: Mandioca,

Milho, Batata, Beterraba, Cana-de-açúcar e Batata-doce, em experimento

realizado no Alabama e Maryland nos EUA, (2009)..............................................31

Tabela 2: Parâmetros das cinco metodologias de maior rendimento de etanol a

partir da batata-doce no LASPER-UFT, de acordo com Silveira et al.

(2009).....................................................................................................................38

Tabela 3: Dados de produção (L/ton raiz), das metodologias estudadas (R-

repetição e M-metodologia)...................................................................................44

Tabela 4: Quadro de analises e variância de rendimento (L/t raiz) em 5

metodologias com 4 repetições.............................................................................45

Tabela 5: Resultado de produção de etanol (L/t raiz) para as cultivares (A-

Amanda, B- Barbara e C- Ana Clara)....................................................................46

LISTA DE FIGURAS

FIGURA 1: Processo de picotamento e trituração da batada-doce, na obtenção

de massa ralada de baixa granolumétria,.............................................................34

FIGURA 2: Mine-usina de processamento automatizado de produção de etanol

a partir da batata-doce no LASPER-UFT, Palmas-TO. Tem-se: R1 (bioreator 1),

R2 (bioreator 2), R3 (bioreator 3), D1 (Destilador) e C1 (Condensador)...............39

FIGURA 3: Gráficos do experimento de avaliação do tempo e da temperatura,

utilizando de duas concentrações (C1 e C2) da enzima alfa-amilase...................42

FIGURA 4: Gráfico das cinco melhores metodologias desenvolvidas por Silveira

et al. (2007)............................................................................................................43

FIGURA 5: Gráfico das médias das metodologias de obtenção de etanol

(L/t raiz) a partir da batata-doce, no LASPER-UFT, (2009)...................................45

FIGURA 6: Gráfico de comparação das médias de produção (L/t raiz) obtidas

aplicando a metodologia M5 nas cultivares: Amanda, Barbara e Ana Clara com

a Marcela...............................................................................................................47

xi

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ART: Açúcares Redutores Totais CV: Coeficiente de Variância IAA: Instituto de Açúcar e Álcool LASPER: Laboratório de Sistemas de Produção de Energia a Partir de Fontes Renováveis M1: Metodologia 1 M2: Metodologia 2 M3: Metodologia 3 M4: Metodologia 4 M5: Metodologia 5 MS: Matéria Seca TA: Teor de Amido UFT: Universidade Federal do Tocantins L: Litros L/t raiz: Litros por tonelada de raiz de batata-doce. L/ha: Litros de etanol por hectare ha: Hectare t: Toneladas mm: Milímetros mg: Miligramas ml: Mililitro ºC: Graus Celsius g/L: Gramas por Litro EtOH: Etanol rpm: Rotação Por Minuto

xii

xiii

RESUMO

SILVA, J. O. V., Comparação entre metodologias visando obtenção de maior rendimento de etanol a partir da batata-doce [Ipomoea batatas (l.) lam.], em Palmas-TO, 60 páginas. Dissertação de Mestrado em Agroenergia – Universidade Federal do Tocantins.

Atualmente, a demanda crescente por novas fontes de energia acaba por exigir dos pesquisadores novos estudos sobre alternativas bioenergéticas que possam fazer parte do quadro de opções para produção de energia limpa e sustentável. A batata-doce [Ipomoea batatas (L.) Lam.] pode fazer parte desta nova demanda, pois tem se mostrado promissora na produção de etanol, em razão da rusticidade da cultura, das elevadas produtividades no campo, e dos co-produtos gerados, com valores protéicos consideráveis, após a obtenção do etanol. No entanto mesmo apresentando rendimentos importantes, torna-se necessário um estudo comparativo entre as metodologias existentes e disponíveis hoje no Laboratório de Sistemas de Produção de Energia a Partir de Fontes Renováveis (LASPER/UFT) desenvolvidas ao longo dos anos. A disponibilidade hoje é de cinqüenta e quatro metodologias neste laboratório e acaba por exigir uma definição das melhores e mais eficientes, pois estes protocolos são decisivos no resultado final da produção de etanol por tonelada de batata-doce e por consequência nos futuros empreendimentos agroindustriais. Por esta razão o presente estudo teve por objetivo a comparação entre cinco metodologias visando o maior rendimento de etanol a partir de uma variedade de batata-doce [Ipomoea batatas (L.) Lam.], em Palmas-TO. Para isto, estudou-se o teor de amido (TA) e de matéria seca (MS) de três cultivares (Amanda, Barbara e Marcela), e observou-se que a cultivar Marcela apresentou melhores condições para produção de etanol com 75,04 % (TA) e 37,94 % (Ms). A influência do tempo e da temperatura na primeira fase do processo de hidrólise enzimática, com duas concentrações diferentes da enzima alfa-amilase, mostrou que a quebra do amido em açúcares fermentescíveis é diretamente proporcional ao aumento da temperatura (até os 90 °C), e que o tempo observado para esta conversão foi de 90 minutos. A comparação entre as cinco metodologias com quatro repetições, em um delineamento de blocos casualisados, obteve um coeficiente de variação de 4,8173 % pelo teste de Tukey, que apontou a metodologia M5 como a melhor dentre as cinco estudadas com produção média de etanol de 190, 26 L/t raiz. Aplicou-se a M5 utilizando-se em outras três cultivares (Amanda, Barbara e Ana Clara) com três repetições, e foi encontrando as produções médias de etanol de 199,58 L/t raiz, 198,88 L/t raiz e 187,10 L/t raiz, respectivamente. A produção máxima de etanol obtida neste trabalho foi de 202,32 L/t raiz (cultivar Amanda). Palavras-chave: Batata-doce, Metodologia, Etanol.

xiv

ABSTRACT SILVA, J. O. V., Comparison among methodologies seeking obtaining of larger ethanol revenue starting from the sweet potato [Ipomoea potatoes (l.) lam.], in Palmas-TO, 60 pages. Dissertation of Master's degree in Agroenergia - Federal University of Tocantins. Nowadays, the growing demand for new sources of energy ends for demanding of the researchers new studies on alternatives bio-energetics that can be part of the picture of options for production of clean and maintainable energy. The sweet potato [Ipomoea potatoes (L.) Lam.] can be part of this new demand, because it has been showing if promising in the ethanol production, in reason of the rusticity of the culture, of the high productivities in the field, and of the generated co-products, with values considerable proteins, after the obtaining of the ethanol. However same presenting important revenues, becomes necessary a comparative study among the existent and available methodologies today in the Laboratory of Systems of Production of Energy starting from Renewable Sources (LASPER/UFT) developed along the years. The readiness today is of fifty four methodologies in this laboratory and it ends for demanding a definition of the best and more efficient, because these protocols are decisive in the result end of the ethanol production for ton of sweet potato and for consequence in the futures enterprises agriculture industrial. For this reason the present study had for objective the comparison among five methodologies seeking to the production of larger ethanol revenue starting from a sweet potato variety [Ipomoea potatoes (L.) Lam.], in Palmas-TO. For this, it was studied the tenor of starch (TA) and of matter it evaporates (MS) of three you cultivate (Amanda, Barbara and Marcela), and it was observed that presented better conditions for ethanol production with 75,04% to cultivate Marcela (TA) and 37,94% (MS). The influence of the time and of the temperature in the first phase of the process of enzymatic hydrolysis, with two concentrations different from the enzyme alpha-amilase, it was shown that the break of the starch in sugar is directly proportional to the increase of the temperature (until 90 °C), and that the time observed for this conversion it was of 90 minutes. The comparison among the five methodologies with four repetitions, in a to delineate of casuality blocks, obtained a coefficient of variation of 4,8173% for the the test of Tukey, it pointed the methodology M5 as the best, among the studied five, with medium production of ethanol of 190, 26 L/t root. M5 was applied in other three cultivate (Amanda, Barbara and Ana Clara) with three repetitions, and it went finding the medium productions of ethanol of 199,58 L/t root, 198,88 L/t root and 187,10 L/t root, respectively. The maximum production of ethanol obtained in this experiment was of 202,32 L/t root (Cultivate Amanda).

keywords: Sweet Potato, Methodology, Ethanol.

1. INTRODUÇÃO

O modelo de desenvolvimento baseado no uso de combustíveis fósseis

pode em breve tornar-se insustentável devido não somente à escassez destes

combustíveis na natureza, mas também por ser um dos principais responsáveis

por grandes impactos ambientais em nosso planeta (NAHVI et al., 2005). O

advento de novas tecnologias, bem como de processos industrializados,

trouxeram grandes benefícios para a humanidade, mas baseado numa matriz

energética insegura, cara e, sobretudo, bastante negativa para o meio ambiente

(BRITO, 2007). Reconhece-se, contudo, que o modelo energético herdado do

passado é progressivamente menos sustentável, e que o fomento das energias

renováveis contribui decisivamente para um futuro “ambientalmente sustentável”

(SOUZA et al., 2005). Contudo, as principais fontes de energias renováveis,

apenas recentemente têm sido efetivamente consideradas como alternativas reais

para suprir os nichos do mercado ou para complementar as fontes convencionais.

De acordo com Bindraban et al. (2009), parece improvável que a ampla produção

de biocombustíveis será capaz de obedecer a critérios de sustentabilidade antes

de 2020.

A busca por novas fontes de energias renováveis está alicerçada no

constante aumento dos custos de obtenção do petróleo e pela pressão mundial

visando à redução de impactos ambientais, que são gerados em razão das

emissões de gases poluentes durante a sua combustão (O’LEARY, 2002).

Constituem algumas dessas fontes: o biodiesel, o etanol, a energia solar e eólica,

a biomassa florestal, o biogás e o uso de resíduos agropecuários (carvão vegetal

e etc). Isso tem levado muitos países a considerarem a necessidade de profundas

mudanças, incluindo a intensificação do aproveitamento de outras fontes

energéticas, sobretudo essas renováveis. Este fato fez com que fossem tomadas

medidas necessárias que limitassem os danos causados pela atividade humana

no ambiente (EDUARDO, 2002).

15

A utilização da biomassa para fins energéticos tem uma participação

crescente perante a matriz energética mundial, levando às estimativas de que até

o ano de 2050 deverá dobrar o uso mundial de biomassa disponível (NAJAFPOUR

et al., 2004). A energia renovável obtida com o uso da biomassa pode ainda

atender às necessidades energéticas de forma sustentável, conservando ao

mesmo tempo a biodiversidade e tornando-se uma alternativa de desenvolvimento

econômico para pequenas comunidades agrícolas em torno ou não, das usinas de

geração de energia (SILVEIRA, 2002; LIMA & AMORIN, 2001).

Alguns países estão investindo na produção de etanol, buscando

alternativas viáveis, nessa fonte renovável de combustível, espelhando-se

principalmente, na bem sucedida experiência brasileira com a cana-de-açúcar, na

produção e utilização deste combustível em sua matriz energética (NEGRÃO &

URBAN, 2005). Dentre as fontes de biomassa citadas no Brasil como importantes

para produção de etanol, temos: a cana-de-açúcar, e aquelas que provêm de

fontes amiláceas, como a mandioca e a batata-doce (MELLO, 2001).

A batata-doce [Ipomoea batatas (L.) Lam.] tem sido relatada por alguns

autores como uma fonte altamente promissora para produção de etanol (ARAÚJO,

1978; MENEZES, 1980; CEREDA, 1987, SILVEIRA, et al., 2007; ZISKA et al.,

2009; TIAN et al., 2009, dentre outros). Embora essa cultura seja a que apresente

o menor número de cientistas no Brasil, envolvidos em pesquisá-la (SOUZA,

2005). Segundo Silveira et al. (1996), a batata-doce é uma planta de grande

importância social, de origem tipicamente tropical e subtropical, considerada

rústica e de fácil cultivo, apresenta boa resistência contra a seca e ampla

adaptação a solos de baixa a média fertilidade.

Na região Norte do Brasil, em especial, no estado do Tocantins, alguns

pesquisadores vem buscando alternativas que sejam adequadas ao seu ambiente.

Nessa região a cultura da batata-doce vem apresentando uma produção real de

biomassa altamente viável, pelo baixo custo de produção, e por apresentar uma

boa produtividade em campo (CAMPOS et al., 2002), viabilizando esse processo

16

de obtenção de etanol através dessa fonte de biomassa. Entretanto, sabe-se que

a produção de etanol (L/t raiz) é altamente correlacionada com a metodologia

utilizada no processo industrial. Assim, é de suma importância para o avanço

dessa tecnologia um estudo comparativo das melhores metodologias existentes,

desenvolvidas por Silveira et al. (2007), no LASPER-UFT. Por esta razão, o

presente estudo tem por objetivo principal a comparação entre metodologias

visando à obtenção de maior rendimento de etanol a partir da batata-doce

[Ipomoea batatas (L.) Lam.], em Palmas-TO.

17

2. REVISÃO DE LITERATURA

2.1. Aspectos da agroenergia no Brasil.

Ao longo dos anos a busca por novas fontes de energia renovável vem

crescendo e se tornando cada vez mais importante estudar ou até mesmo

resgatar culturas agrícolas nativas com potenciais fontes geradoras de energia

para o Brasil, onde estas ainda não se encontram inseridas em grandes

percentuais participativos na matriz energética brasileira (DANTAS et al., 2005).

Ha, entretanto, uma renovada busca, não só no país, mas mundial, por fontes

alternativas de energia que utilizam dentre os diferentes tipos de processos de

conversão, a biomassa, em uma matriz primária de energia, tendo como produto

final o etanol (THOMPSON, 2003).

O Brasil é o país que reúne o maior quantitativo de vantagens

comparativas para liderar a agricultura de energia. A primeira vantagem

comparativa que se destaca é a perspectiva de incorporação de áreas e

agricultura de energia, sem competição com a agricultura de alimentos, e com

impactos ambientais circunscritos ao socialmente aceito. O segundo aspecto a

considerar é a possibilidade de múltiplos cultivos dentro do ano calendário

(BRITO, 2007). Por situar-se, predominantemente, na faixa tropical e subtropical

do planeta, o Brasil recebe intensa radiação solar. A energia solar é a base da

produção de bioenergia, e a densidade desta por unidade de área, depende

diretamente da quantidade de radiação solar incidente (MARTIN, 1990). Em

decorrência de sua extensão e localização geográfica, o Brasil apresenta

diversidade de clima, exuberância de biodiversidade e detém um quarto das

reservas superficiais e subterrâneas de água doce no mundo. Entretanto, ainda

não se explora suficientemente o desenvolvimento de tecnologias próprias para

uso destas potencialidades, ficando o país muitas vezes na dependência de

importação de equipamentos e matérias-primas (SOUZA et al., 2005).

18

Além do foco ambiental e socioeconômico de primeira grandeza, esses

direcionamentos com o etanol, demandam na reconhecida capacidade de

distribuição desses efeitos na cadeia produtiva sucroalcooleira, na geração de

empregos em larga escala e na redução de dependência externa de petróleo, bem

como na melhoria da balança comercial, dentre outros (NEGRÃO & URBAN,

2005). Pode-se ressaltar a devida importância do Brasil como um dos países

detentores não só de tecnologias, mas à frente por suas características climáticas

e territoriais que ocupa no mundo, uma posição privilegiada tanto em termos de

biodiversidade quanto a sua capacidade de gerar recursos renováveis em grande

escala, como o etanol, provindo da cana-de-açúcar e de fontes amiláceas, como a

mandioca, e a batata-doce, sendo deste modo, referência mundial para busca de

novas fontes de energias renováveis (MARQUES & SERRA, 2004).

O Brasil destaca-se no panorama mundial pelo elevado uso de fontes

renováveis em sua oferta primária de energia. Em 2004 o governo formulou o

plano nacional de agroenergia – PNA, para o período de 2006 a 2011, com a

perspectiva de direcionar investimentos nas áreas tecnológicas e estimular o

desenvolvimento empresarial nas cadeias denominadas agroenergéticas:

biodiesel, etanol, florestas energéticas e aproveitamento de resíduos e dejetos

(SEBRAE, 2009).

2.2. A cultura da batata-doce.

A batata-doce (Ipomoea batatas (L.) Lam.) pode ser observada ao longo

da evolução do homem, porém, segundo Garcia & Leonel (2002) o primeiro relato

de utilização desta cultura, foi há mais de quatro mil anos (os egípcios utilizavam o

amido de batata-doce como matéria-prima para o uso alimentício). Porém sua

origem pode ser rastreada no Peru, onde servia de alimento de subsistência.

Quando os espanhóis chegaram já encontraram a cultura da batata-doce bem

distribuída nas Américas do Sul e Central, até o México (VIEIRA, 2004).

19

Atualmente é cultivada em todo o Brasil, destacando-se as Regiões Sul e

Nordeste.

De acordo com o International potato center (2006), a batata-doce está

entre as culturas de maior importância do mundo. Com uma produção anual

superior a 133 milhões de toneladas, ela ocupa o quinto lugar, depois do arroz,

trigo, milho, e mandioca, entre as culturas com maior peso fresco, em países em

desenvolvimento. É cultivada em mais de 100 países em desenvolvimento, sendo

encontrada entre as cinco principais culturas produzidas em mais de 50 destes

países.

Segundo BORBA (2005), devido à grande biodiversidade e condições

climáticas favoráveis, o Brasil tem o privilégio de conter em todo seu território,

grande absorção de energia solar que é convertida em fontes de biomassa de

variadas espécies, o que acaba privilegiando o cultivo da batada-doce. Essa é

uma cultura rústica, de ampla adaptação, fácil cultivo, alta tolerância à seca e de

baixo custo de produção. É detentora de caule tenro, que se desenvolve rastejante

no solo, impedindo a erosão e o crescimento de plantas daninhas. Suas raízes

são tuberosas e variam de forma, tamanho e coloração, conforme a cultivar e o

meio ambiente em que são produzidas. As principais características da batata-

doce são armazenar reservas nutritivas em suas raízes e fácil adaptação às

condições ecológicas, tendo uma grande demanda por água, sobretudo nos

primeiros dias de cultivo (SANTANA, 2003). O melhor solo para o

desenvolvimento da batata-doce é aquele que apresenta boa drenagem, textura

arenosa ou areno-argilosa, sendo levemente ácido ou neutro. Sua propagação é

realizada vegetativamente, as raízes, assim como as ramas, podem ser utilizadas

no consumo humano e animal, podendo as primeiras serem utilizadas como fonte

de matéria prima para a agroindústria (CEREDA et al., 1987). Uma característica

primordial é seu curto ciclo produtivo (4 a 5 meses), que poderia ultrapassar a

cana-de-açúcar (12 e 18 meses) e a mandioca (10 a 20 meses) em sua

20

produtividade global. Mas para que isso ocorra é necessário investimento em

pesquisas voltadas para a melhoria das tecnologias de produção (SOUZA, 2005).

2.3. Amido.

O amido é produto final do processo fotossintético e constitui a reserva de

carbono nas plantas. É um polissacarídeo que fornece entre 70 a 80% das

calorias consumidas pelo homem. Trata-se de uma matéria-prima renovável,

biodegradável e não-tóxica. Depois dos açúcares mais simples (sacarose, glicose,

frutose, maltose), é o principal carboidrato que os vegetais superiores sintetizam

através da fotossíntese (SCHMIDELL & FACIOTTI, 2001).

O amido apresenta diferentes propriedades conforme a origem botânica,

notadamente na forma e tamanho dos grânulos, na proporção entre amilose e

amilopectina, e na capacidade de absorção de água e temperatura de

gelatinização (CABELLO, 1995). O amido armazenado nas células de sementes,

raízes e tubérculos acha-se depositado na forma de grânulos, a estrutura do

grânulo está intimamente ligada ao seu desenvolvimento na célula viva e são

compostas de macromoléculas lineares e ramificadas (BORBA, 2005).

Quanto a sua composição química, o amido é composto por resíduos de

α-D-glucose, formando dois tipos de macromoléculas: a amilose (20 e 22%) e a

amilopectina (75 e 80%) (LIMA & AMORIN, 2001). A amilose é um polissacarídeo

composto por unidades de D-glicose, unidas por ligações α(1-4) em longas

cadeias predominamente lineares e apresenta a propriedade de adsorver até 25

vezes seu peso em água. Já a amilopectina é formada por ligações α(1-4) nas

porções retilíneas e ligações α(1-6) nas ramificações (a cada 20 a 30 moléculas de

glicose ocorre um ponto de ramificação) (FRANCO et al., 2001). O peso molecular

da amilose varia entre 105 a 106, enquanto que a amilopectina fica entre 107 a 109,

dependendo da fonte botânica (GALLIARD & Bowler, 1987).

21

O amido, por ser um polímero complexo, não é diretamente

fermentescível, mas é possível transformá-lo em açúcares de menor peso

molecular e depois submeter o hidrolisado à fermentação alcoólica. Segundo

Garcia & Leonel (2002) e Hoover (2001), a técnica de conversão do amido em

glicose diferem de acordo com a matéria prima utilizada, mas em geral envolvem o

processo de hidrólise, que pode ser por via química (ácidos, calor e pressão) ou

por via enzimática (ação de enzimas microbianas ou vegetais).

Entre as matérias primas agrícolas ricas em amido estão os cereais em

grão – milho, sorgo, trigo, arroz, e outros; assim como as raízes e tubérculos –

batata, batata-doce, mandioca, cará dentre outras (LIMA et al., 2005). A batata-

doce em particular, vem sendo apontada por diversos pesquisadores como uma

fonte promissora de utilização do amido voltado para obtenção de etanol.

2.4. Processos utilizados na obtenção de etanol a partir do amido.

Alguns aspectos devem ser analisados quanto à produção de etanol a

partir de amiláceos, uma vez que o Brasil é detentor de boa tecnologia agrícola de

grãos, de tubérculos e raízes ricas em amido, como a batata-doce (OMETTO,

1998). Com o advento de inovações biotecnológicas, principalmente na área de

tecnologia de enzimas e fermentação, muitos caminhos novos têm sido abertos

para utilização dessas fontes amiláceas (MITA et al., 2005).

A produção de etanol a partir de fontes amiláceas passa por duas fases

importantes antes da destilação: a hidrólise e a fermentação (SOUZA, 2005).

2.4.1 – Hidrolise Enzimática

22

A hidrólise enzimática ocorre pela ação de enzimas especificas capazes

de converter polímeros maiores em oligossacarídeos de menor peso molecular. As

enzimas são proteínas especializadas na catálise de reações biológicas. Elas

estão entre as biomoléculas mais notáveis devido a sua extraordinária

especificidade e poder catalítico, que são muito superiores aos catalisadores

produzidos pelo homem. Como catalisadores celulares extremamente poderosos,

as enzimas aceleram a velocidade de uma reação sem, no entanto, participar

como reagente ou produto. Elas atuam ainda como reguladoras deste conjunto

complexo de reações, sendo, portanto, consideradas as unidades funcionais do

metabolismo celular (OLIVEIRA et al., 2008).

O amido utilizado para produção de etanol, não é diretamente fermentado

como em outras matérias-primas (como a cana-de-açúcar); este apenas é

fermentado após a hidrólise, que é denominada sacarificação, pela qual o amido

se transforma em açúcares simples, diretamente metabolizáveis (LIMA et al.,

2001). A sacarificação é, portanto, o processo de transformação do amido ou

fécula infermentescível em açúcares fermentescíveis (Glicose), e realiza-se por via

química ou biológica. A sacarificação biológica se faz por ação enzimática ou pela

ação de microrganismos (SURMELY et al., 2003).

Existem poucas enzimas amilolíticas comerciais disponíveis no Brasil.

Muitas são usadas em processos de panificação ou em rações animais. A

empresa Novozymes, que é uma das líderes mundiais em biotecnologia, fornece

as enzimas: Termamyl 120L e a AMG 300L, que segundo ARCE (2005) são as

enzimas que apresentou os melhores resultados de quebra do amido em glicose.

A hidrólise do amido se dá pelo desdobramento total das moléculas de

amilose, que ao se romperem transformam-se em dextrinas cada vez mais

simples e finalmente em glicose, o qual é levada ao processo de fermentação para

obtenção do etanol. O amido não tem sabor, mas os produtos de uma hidrólise

intensa apresentam sabor adocicado (FRANCO et al., 2001).

23

De forma simples, no processo de hidrólise enzimática é necessária a

associação de dois tipos de enzimas especificas: a alfa-amilase, que diminui a

viscosidade, e a glucoamilase, que transforma o amido liquefeito em açúcares de

menor peso molecular, sendo que deve ser feito o pré-aquecimento das raízes

trituradas, na diluição dada de acordo com a metodologia aplicada (Variam entre

1:1 à 2:1, de água por massa de fonte amilácea), para que haja a gelatinização do

meio hidrolisado, facilitando a ação das enzimas (CEREDA, 2005). O primeiro

passo para conversão do amido em glicose, é a utilização da enzima alfa-amilase,

que é mais resistente a valores extremos de temperatura (85-110 ºC), bem como,

ao tratamento com uréia e ao ataque de enzimas proteolíticas (GRAEL &

MENEZES, 1989). A segunda fase do processo é a utilização da enzima

glucoamilase, ou as chamadas enzimas amiloglucosidades. As principais

aplicações dessas enzimas estão no processo de panificação, de produção de

xaropes e de etanol. São também consideradas enzimas termoestáveis (55-60ºC)

em soluções acidificadas (pH 4,0 – 5,5) (PIMENTEL, 1987). A amiloglucosidade

desempenha papel principal na hidrólise do amido in natura e quando associada à

alfa-amilase apresenta um grande efeito sinergético (ABE et al., 1988).

2.4.2 – Enzimas amilolíticas

2.4.2.1 - Termamyl®

Termamyl é um preparado enzimático líquido e concentrado, á base de

alfa-amilase termo-estável, produzida a partir de uma cepa selecionada de

Bacillus licheniformes. A enzima hidrolisa as ligações α-1,4 da amilose e da

amilopectina, convertendo rapidamente o amido em dextrinas e oligossacarídeos

solúveis. A termamyl foi especialmente desenvolvida para promover a liquefação

(dextrinização) do amido e produção de maltodextrinas (OLIVEIRA et al., 2008).

24

As amilases, de uma maneira geral, agem na superfície do grânulo de amido. A

ação continua da alfa-amilase causa a quebra da molécula nos grânulos que

podem ser dissolvidos completamente (FREENCH, 1984).

2.4.2.2 - AMG 300L

A AMG é uma amiloglicosidase de grau alimentício, produzida a partir de

uma cepa selecionada de Aspergillus niger. A enzima hidrolisa as ligações α- 1,4 e

α-1,6 do amido liquefeito. Durante a hidrólise, eliminam-se gradualmente as

unidades de glicose da extremidade não redutora. A velocidade de hidrólise

depende do tipo de ligação e do comprimento da cadeia. A AMG é recomendada

para sacarificação do amido na produção de glicose (OLIVEIRA et al., 2008). A

ação da amiloglucosidase se dá de forma lenta ao ataque inicial da amilose,

devido à atuação da mesma ser efetuada na extremidade não-redutora da

molécula (FUJII et al., 1988).

2.4.3 – Processo de fermentação alcoólica

A fermentação alcoólica é o processo bioquímico, que ocorre no

citoplasma da levedura alcoólica, responsável pela transformação de açúcar em

álcool etílico. Esse processo bioquímico é realizado por mais de uma dezena de

enzimas, e pode ser considerado como a oxidação anaeróbica, parcial, da glicose,

por ação de leveduras (Saccharomyces cerevisiae), com a produção final de

álcool etílico, além de outros produtos secundários como, por exemplo, o CO2.

(OLIVEIRA et al., 2008). A produção de etanol pela via fermentativa é

acompanhada pela formação de compostos como glicerol, ácida succínico e

alcoóis superiores. A presença de alcoóis superiores no meio fermentativo é

indesejável nas destilarias porque dificulta na obtenção do etanol puro. No caso

25

das bebidas alcoólicas, os alcoóis superiores desempenham papel importante no

aroma (RANKINE & HOUNG, 1971).

No Brasil, estudos cinéticos da fermentação alcoólica buscaram inspiração

nos trabalhos a respeito da batelada alimentada para cultivos microbianos a partir

de 1982 (VALDMAN & GUTZ, 2008). Vários processos fermentativos têm sido

desenvolvidos em função de diferentes aplicações. Um desses tem importância

tanto em escala industrial como em nível de pesquisa, que é o processo

descontínuo alimentado, também conhecido como processo por batelada

alimentada ou, simplesmente, fermentação descontínua alimentada (CARVALHO

et al., 2001). A fermentação em batelada alimentada é definida como um processo

em que há introdução contínua ou intermitente, constante ou variável, de substrato

ao longo da operação, sem nenhuma saída de mosto do fermentador, a não ser

no final, quando a descarga pode ser total ou parcial, no último caso dando início a

novo ciclo (batelada alimentada cíclica) (MAYER, 1991).

Os biorreatores têm sido cada vez mais utilizados no processo de

fermentação alcoólica. Estes biorreatores também são denominados de “reatores

bioquímicos” ou ainda “reatores biológicos”. Onde ocorre uma série de reações

químicas catalisadas por “biocatalisadores”. Esses biocatalisadores podem ser

enzimas ou células vivas (microbianas, animais ou vegetais) (SCHIMIDELL &

FACIOTTI, 2001). Assim, podem-se classificar os biorreatores em dois grandes

grupos: o primeiro, nos quais as reações ocorrem na ausência de células vivas, ou

seja, são tipicamente os “reatores enzimáticos”, e o segundo aqueles nos quais as

reações se processam na presença de células vivas (SOUZA, 2005).

O biocatalisador (microrganismo, célula animal, vegetal ou enzima) deve

ser selecionado em função de algumas propriedades como capacidade de

converter produto em substrato com altos rendimentos e produtividade, e,

sobretudo por apresentar estabilidade sob condições ambientais extremas, e

26

tolerância e resistência a substâncias tóxicas que podem ser geradas no decorrer

do bioprocesso (BON & PEREIRA-JR, 1999).

2.4.4 – Processo destilação

A destilação é um processo clássico da engenharia química, sendo um

dos métodos mais indicados para separar misturas líquidas nos seus

componentes. O termo destilação origina-se na palavra latina “destillare” que

significa pingar ou gotejar vagarosamente no sentido descendente (OLIVEIRA et

al., 2008).

A destilação é o processo final de obtenção de álcoois, assim sendo, após

a fermentação, o mosto passa ser chamado vinho, compõe-se de água e álcool

etílico em maiores proporções, e muitos outros compostos que constituem a

chamada "fração não álcool", ou também denominada "componentes

secundários", substâncias essas responsáveis pelo sabor e aroma dos

aguardentes. Os principais componentes da fração não álcool são: aldeído

acético, ácido acético e ésteres desses ácidos, furfural e álcoois superiores como

o amílico, isoamílico, butílico, isobutílico, propílico e isopropílico (LIMA, 2001).

O processo de destilação baseia-se em ferver o mosto dentro de um

alambique de cobre, ou dorna de destilação, produzindo vapores que são

condensados por resfriamento e apresentam assim grande quantidade de etanol.

As primeiras porções (cabeça) e as últimas (cauda) das saídas do processo

devem ser separadas, eliminadas ou recicladas, devido às toxinas. No que diz

respeito à volatilidade, são denominados de produtos de "cabeça" aqueles que

apresentam ponto de ebulição inferior ao do álcool etílico e produtos de "cauda" os

que possuem ponto de ebulição superior a ele (NOVAES, 1994).

27

2.5. Parâmetros que influenciam no processo industrial de produção de

etanol a partir da batata-doce.

Conduzindo estudos sobre a caracterização físico-química de alguns clones

de batata-doce cultivadas na área experimental da Universidade Federal do

Tocantins – UFT, Silva et al. (2003) observaram que não havia diferenças

significativas quanto à composição de amido e lipídeos, quando comparado com

os resultados obtidos por Leonel & Cereda (2000). No entanto, quanto ao teor de

proteínas e cinzas, os valores encontrados por Silva et al. (2003), mostraram-se

duas vezes superiores, quando comparados com aqueles encontrados por Leonel

& Cereda (2000). Estes resultados ajudaram a conhecer melhor as características

físico-químicas da cultura da batata-doce cultivada no estado do Tocantins, bem

como para melhor utilização das potencialidades dessa fonte de biomassa para

produção de etanol.

Souza et al. (2005) conduzindo experimentos sobre os processos de

hidrólise e fermentativos de biomassa de batata-doce no Tocantins, observou que

a utilização da Saccharomyces cerevisae, mostrou-se promissora para produção

de etanol. Bem como, a conversão do amido em glicose apresentou altas

eficiências de hidrólise, quando se utilizava a associação entre a alfa-amilase e

amiloglucosidase, sendo que os maiores valores de concentração de glicose

obtidos, foram para a relação de 50:50 µL/g de alfa-amilase:amiloglucosidase.

Esta concentração passou a ser utilizada pelos pesquisadores do LASPER-UFT,

em várias outras metodologias posteriores ao estudo para alcançar índices

maiores de conversão do amido em açucares redutores.

2.6. Estudos de obtenção de etanol a partir da batata-doce.

Na literatura existente, os trabalhos relacionados com fontes amiláceas

foram praticamente abandonados desde a década de 70 (TAVARES et al., 2005),

28

deixando uma imensa lacuna científica e tecnológica sobre o conhecimento da

verdadeira potencialidade da cultura da batata-doce como fonte promissora na

obtenção de etanol (SILVA et al., 2002). Entretanto, alguns autores (ARAÚJO,

1978; MENEZES, 1980; CEREDA, 1987; TAVARES et al., 2005; SILVEIRA et al.,

2007, ZISKA et al., 2009, TIAN et al., 2009, dentre outros) apontam esta cultura

como uma fonte altamente promissora para esse fim.

Araújo (1978), um dos primeiros pesquisadores a desenvolver projetos

relacionados à obtenção de etanol a partir da batata-doce, estudou parâmetros

preliminares na obtenção da tecnologia envolvida. Este fato se deu em razão da

necessidade de busca de novas fontes de matéria-prima para produção de etanol,

com viabilidade econômica condizente com o modelo de agricultura da época. O

autor observou que uma das vantagens dessa cultura seria o alto teor de açúcar

presente na raiz in natura, bem como a viabilidade para o equacionamento da

produção de etanol utilizaria do aproveitamento dos subprodutos da batata-doce.

A partir desse estudo, obteve-se resultados expressivos, alcançando cerca de 158

litros de etanol por tonelada de batata-doce, utilizando-se da metodologia de

hidrolise enzimática. Entretanto, esse autor ficou limitado em prosseguir com seus

estudos, devido à baixa produtividade em campo dos clones obtidos na época,

que variavam entre 11 a 13 toneladas por hectare, e recomendou maiores estudos

sobre a batata-doce no que se refere à pesquisa agrícola no sentido de aumentar

a produtividade em campo, assim como a resistência a doenças e pragas.

Estudos de Maluf et al. (1987) apontaram que a cultura da batata-doce,

embora rústica e susceptível a doenças causadas por fungos, vírus, nematóides e

também a pragas (insetos e ácaros), mostrava-se uma fonte promissora na

produção de etanol. Entre os fatores que contribuem para destacar as

características favoráveis da batata-doce estão: um ciclo curto de produção (4-5

meses), rusticidade no campo, adaptação as condições tropicais, possibilidade de

produção em condições de solo de baixa a média fertilidade, e principalmente o

baixo custo de produção. Do ponto de vista do potencial para produção de etanol

29

a batata-doce pode produzir de 120 a 130 litros de etanol por toneladas de raízes

(MENEZES, 1980).

Silveira et al. (2007), vem desenvolvendo várias pesquisas a respeito da

utilização da cultura da batata-doce como fonte de matéria-prima para obtenção

de etanol. Um destes estudos realizados foi voltado para a produtividade em

campo de toneladas por hectare, visto que os índices anteriores observados por

Araújo (1978) eram insuficientes para o este fim, porém Silveira et al. (2007)

através do desenvolvimento de novos clones de batata-doce, alcançou valores de

produção em campo que variam entre 28 a 65 toneladas por hectare, nas

condições climáticas do estado do Tocantins. O mesmo grupo vem desenvolvendo

pesquisas voltadas para a melhoria do processo de obtenção de etanol a partir da

batata-doce, através do estudo de novas metodologias, onde já foram alcançados

rendimentos entre 120 a 199 litros de etanol por tonelada de batata-doce,

tornando essa cultura bastante atrativa para este fim.

Ziska et al. (2009), conduzindo estudos sobre as fontes potenciais de

carboidratos para produção de etanol nos estados do Alabama e Maryland nos

EUA, fizeram uma estimativa de produção de etanol em litros por hectare das

seguintes culturas: Mandioca, Milho, Batata, Beterraba, Cana-de-açúcar e Batata-

doce, apresentados na tabela 1.

Os resultados obtidos por Ziska et al. (2009), mostram a cultura da batata-

doce como uma fonte promissora para produção de etanol, alcançando no

experimento (b) 8.839 L/ha, contra 6.195 L/ha da cana-de-açúcar. É importante

ressaltar que essa estimativa foi realizada de acordo com os dados de produção

obtidos em experimentos realizados nos EUA (nos estados de Alabama e

Maryland).

30

Tabela 1: Estimativa da produção de etanol (L/ha) das cultivares:

Mandioca, Milho, Batata, Beterraba, Cana-de-açúcar e Batata-doce, em

experimento realizado no Alabama e Maryland nos EUA, (2009).

Culturas Etanol (L/ha) Mandioca (a) 6717 Mandioca (b) 2746 Milho (a) 3797 Milho (b) 3399 Milho (c) 3880 Batata (c) 4884 Beterraba (c) 5891 Cana-de-açúcar (c) 6195 Batata-doce (a) 8141 Batata-doce (b) 8839 Batata-doce (c) 2608 (a) Experimento realizado no Alabama. (b) Experimento realizado em Maryland. (c) Baseado no rendimento médio USA.

Fonte: Ziska et al., (2009)

Estudos conduzidos por Tian et al. ( 2009), a respeito do potencial de

produção de bicombustíveis na China, avaliaram algumas culturas em relação a

estimativa de produção de etanol em litros por hectare, com 96% de concentração

em volume de etanol, e encontraram os seguintes resultados: Cana-de-açúcar

(6.730 L/ha), beterraba (6.096 L/ha), batata-doce (5.880 L/ha), sorgo sacarino

(4.970 L/ha), alcachofra de Jerusalém (4.665 L/ha), mandioca (3.638 L/ha), milho

(3.168 L/ha) e trigo (2.357 L/ha). De acordo com Tian et al. ( 2009), a produção

média em campo de batata-doce utilizada para estimar o valor obtido acima foi

de 37,06 t/ha, porém pode-se obter rendimentos entre 45 e 75 t/ha, dependendo

das condições da terra e das melhorias em novas variedades, aumentando assim

a estimativa da batata-doce na produção de etanol em litros por hectare.

Lembrando que a China é o maior produtor mundial de batata-doce com 100

milhões de hectares plantados em 2006.

31

3. OBJETIVOS

3.1- Geral.

Comparar cinco metodologias visando o maior rendimento de etanol a partir

de uma variedade de batata-doce [Ipomoea batatas (L.) Lam.], em Palmas-TO.

3.2- Específicos.

Determinar dentre as cultivares disponíveis pelo LASPER-UFT, uma que

aponte maior teor de amido e matéria seca, para realização do experimento.

Avaliar a influência do tempo e da temperatura na primeira fase da hidrolise

enzimática, utilizando de duas concentrações diferentes da enzima alfa-amilase.

Realizar experimento com a metodologia que apontar o maior rendimento

de etanol (L/t raiz) utilizando outras três cultivares de batata-doce pelo o LASPER-

UFT.

32

3

4. MATERIAIS E MÉTODOS

Os ensaios experimentais (plantio, processamento de obtenção de etanol a

partir da batata-doce, procedimentos de laboratório e tratamento dos resultados)

foram realizados na área experimental da Universidade Federal do Tocantins –

UFT, especificadamente no Laboratório de Sistema de Produção de Energia a

partir de Fontes Renováveis (LASPER), onde se encontra uma mini-usina de

processamento de etanol a partir da batata-doce. Este protótipo automatizado de

processo industrial foi desenvolvido pelo laboratório acima citado, e foi utilizado

em todos os experimentos de obtenção de etanol a partir da batata-doce

realizados neste trabalho.

4.1. Determinação do teor de amido e matéria seca das cultivares (Marcela,

Amanda e Barbara).

As cultivares disponíveis em campo na época para realização do

experimento eram: Amanda e Barbara com cinco meses de cultivo, e a Marcela

com seis meses. Foram retiradas amostras destas cultivares para determinação

do teor de amido e de matéria seca, visando a determinação da cultivar que

apresentasse melhores condições para produção de etanol, devido a maior

quantidade de amido contido na batata-doce. Para verificação do teor de amido foi

seguido o Método Eynom/Lane, adaptado por Cereda (2008) (anexo 1), com três

amostras de cada cultivar com três repetições cada, num total de 9 amostras para

gerar uma média do teor de amido para cada cultivar analisada.

A determinação de matéria seca seguiu metodologia de acordo com AOAC,

(1980) (anexo 2), com repetição de dez amostras para cada cultivar, para gerar

uma média de matéria seca obtida em cada cultivar analisada.

33

4.2. Avaliação da influência do tempo e da temperatura na primeira fase da

hidrólise enzimática.

Para realização deste experimento foram utilizadas duas concentrações

diferentes (C1= 750 e C2 = 1500 ml/t raiz) da enzima alfa-amilase (Termamyl ®),

estudando-se somente a primeira fase do processo de hidrólise.

Foi realizada a colheita da batata-doce (Cultivar Marcela, com

aproximadamente seis meses de cultivo) na área experimental da UFT e as

batatas-doce foram encaminhadas ao LASPER para o processo de lavagem,

picotamento, e trituração. O picotamento das mesmas, foi realizado de forma a

ficarem com tamanho adequado para entrarem no equipamento de trituração (em

média de até 5 cm²), para serem trituradas e re-trituradas para diminuir a

granulométria, conforme mostra figura 1. Após o processo de trituração, foi obtida

uma massa ralada. Foram padronizados seis quilos de massa ralada para todos

os experimentos.

Figura 1: Processo de picotamento e trituração da batada-doce, na obtenção de

massa ralada de baixa granulométria.

Após obtenção da massa ralada, foi divido em dois reatores, com massas

raladas iguais de seis quilos cada, para serem adicionadas as duas concentrações

da enzima alfa-amilase (C1 e C2), juntamente com seis litros de água em cada

34

reator, observando a diluição de 1:1. Com auxílio de um termômetro tipo espeto

digital (Modelo: TM-879, marca: EQUITHERM, faixa:- 50 à +300ºC) e de um

refratômetro manual (Modelo: Nacional, faixa de leitura: 0 à 90 ºBrix), foram

coletados dados de temperatura (ºC) e do ºBrix, a cada 10 minutos, em cada

experimento, iniciando na temperatura ambiente até os 95 ºC, durante 120

minutos. O aquecimento de cada reator foi feito de forma gradual, mantendo a

temperatura em no máximo 110 ºC, temperatura esta que compromete a atuação

da enzima alfa-amilase. Este procedimento foi feito com três repetições para cada

uma das duas concentrações de enzima alfa-amilase (C1 e C2).

4.3. Levantamento das cinco metodologias de maior rendimento de etanol

por tonelada de batata-doce.

As metodologias desenvolvidas por Silveira et al. (2007), fazem parte do

banco de dados do LASPER-UFT, onde estão catalogadas cerca de 54

metodologias diferentes, principalmente em concentração de enzimas, diluição, e

quantidade de levedura, que foram testadas em diferentes cultivares de batata-

doce, obtendo-se diferentes produções de etanol com rendimentos que variam

entre 120 a 199 litros de etanol por tonelada de batata-doce. Logo, foi feito um

levantamento, a respeito das cinco metodologias que mostraram os maiores

rendimentos (L/t raiz) alcançados, dentre as 54 existentes. Estas cinco foram

denominadas como: M1, M2, M3, M4 e M5 e foram utilizadas neste estudo.

Entretanto existe uma metodologia geral de obtenção de etanol a partir da

batata-doce, de acordo com Silveira et al. (2007), conforme os passos a seguir.

1 - As raízes são lavadas e picotadas para em seguida serem trituradas,

formando uma massa ralada;

35

2 – A massa ralada (6 Kg) é levada ao bioreator para ser processada, com

quantidade de água pré-determinada. Nessa mesma etapa adiciona-se a

Enzima Termamyl ou Alfa-amilase, ainda na água antes do processo de

cozimento;

3 - O tempo médio de processamento é de cerca de 90 minutos, após

alcançar a temperatura de 90ºC;

4 - O meio hidrolisado é resfriado e ajustado o pH para 4,0 a 4,5, utilizando-

se HCl (1N). Após resfriar este meio a 60ºC, adiciona-se a segunda

enzima, a AMG-300L ou glucoamilase, para ocorrer o processo de

sacarificação. Mantida esta temperatura por 1 hora para atuação da

glucoamilase mais o tempo de resfriamento do meio;

5 – O meio agora hidrolisado é resfriado a (30ºC) e adicionado água para

alcançar 13º BRIX, para se obter uma melhor fermentação;

6 – Adiciona-se a quantidade de fermento de panificação (Saccharomyces

cerevisiae), na proporção de cada metodologia e espera-se o tempo pré-

determinado para o processo final;

7 – Após o tempo de fermentação (20 horas, padrão para todos os

experimentos) todo fermentado vai à dorna de destilação, durante 90

minutos de processo, onde é retirado o etanol;

8 – O etanol produzido é coletado a cada 500 ml em uma proveta, e feito

aferição do teor alcoólico com o Alcoômetro de Gay Lussac (Marca:

INCOTERM, faixa de leitura: 0-100 ºGL);

36

9 – O Etanol que sai em média com 60 ºGL e é retirado até alcançar os 5

ºGL, obtendo assim diversos graus alcoólicos durante a destilação. Para se

fazer o cálculo do rendimento real da produção a 93 ºGL tem-se.

Primeiramente, fazer o cálculo do volume de produção real a 93

ºGL (litros), substituindo o volume total de etanol obtido no

experimento (litros) vezes a média do teor alcoólico obtido no

experimento (ºGL), dividido pelo teor desejado de álcool ao qual se

quer converter (No caso desta, foi convertido para 93 ºGL –

Carburante). Conforme mostra Equação-1.

(Eq.1)

Em seguida o valor encontrado de V(Prod. real a 93 ºGL) (litros) é

substituído na equação-2 para se obter o rendimento real da

produção a 93 ºGL (Litros por tonelada).

(Eq.2)

Calcula-se assim o rendimento em litros por tonelada do

experimento.

4.4. Aplicação das cinco metodologias, visando à produção de maior

rendimento de etanol a partir de uma variedade de batata-doce.

A obtenção da massa ralada seguiu o descrito no item 4.2, e aplicaram-se

as quantidades pertinentes a cada uma das cinco metodologias de acordo com a

tabela 1.

37

No processo de hidrólise enzimática, foram utilizadas as enzimas

termamyl 120 (alfa-amilase) e a AMG-300 (glucoamilase). As quantidades

utilizadas de cada uma destas enzimas foram aplicadas de acordo com a tabela 1,

para as cinco metodologias. Para a segunda enzima, AMG-300 foi aplicado 70 ml

de uma solução de HCl (1N) em todos os experimento, para baixar o pH e ficar na

faixa ideal de atuação desta enzima (pH: 4 – 4,5). O tempo de reação enzimático

padronizado no experimento foi de 90 minutos para alfa-amilase e de 60 minutos

para a glucoamilase.

No processo de fermentação alcoólica foi utilizado a Saccharomyces

cerevisiae, mesmo tipo de levedura que é utilizado na fabricação de pães, utilizou-

se da marca fleischmann. Conservado em refrigerador até o momento de sua

utilização. O tempo de fermentação foi de 20 horas, padrão para todos os

experimentos. A quantidade de água colocada após a hidrolise enzimática para

diminuir à 13 ºBrix, valor este ótimo para atuação da levedura, seguiu de acordo

com cada metodologia, e não precisou adicionar água nas metodologias

(M1=12,8; M2=13 e M4=12,9 °Brix) que já ficaram com seus ºbrix abaixo do ideal,

entretanto precisou adicionar água nas metodologias (M3=15,5 ºbrix + 1,5 Litros

água = 13 ºBrix, bem como na M5=16,5 ºBrix + 2 litros de água = 13 ºBrix).

Tabela 2: Parâmetros das cinco metodologias avaliadas de maior rendimento de etanol a partir da batata-doce no LASPER-UFT, de acordo com Silveira et al. (2009).

Quantidade aplicadas nas metodologias, de acordo com SILVEIRA et al. (2009) Metodologia M1 M2 M3 M4 M5 Diluição: Massa ralada (kg):Água (L) 1:1.2 1:1.3 1:1 1:1 1:1 Concentração 1° enzima: Alfa-amilase (ml/t raiz) 750 1500 1000 750 1500 Concentração 2° enzima: Glucoamilase (ml/t raiz) 2,52 5,40 6,00 4,50 4,50 Quantidade de levedura (gramas) 10,8 21 50 30 25

Os experimentos seguiram determinação conforme a tabela 2 e cumpriu-se

o delineamento experimental com 4 repetições para cada metodologia. A figura 2

mostra a mini-usina automatizada utilizada em todos os experimentos desta

dissertação, referentes ao processo de obtenção de etanol a partir da batata-doce.

38

Figura 2: Mini-usina de processamento automatizado de produção de etanol a

partir da batata-doce no LASPER-UFT, Palmas-TO. Tem-se: R1 (bioreator 1), R2

(bioreator 2), R3 (bioreator 3), D1 (Destilador) e C1 (Condensador).

4.5. Delineamento experimental.

O delineamento experimental foi de blocos casualisados constituídos de

vinte parcelas com cinco tratamentos (M1, M2, M3, M4 e M5), correspondentes

respectivamente a metodologia 1, metodologia 2 e assim sucessivamente, com 4

repetições em cada.

Foi realizada uma análise de variância a 5% de significância utilizando o

teste F. Posteriormente, foi realizada a comparação das médias de rendimento de

etanol (L/t raiz), utilizando o teste de Tukey ao nível de 5% de significância.

Para realização dos cálculos pertinentes a análise estatística, foi utilizado o

programa computacional ASSISTAT (Versão 7.5 beta / 2008).

39

4.6. Estudo da metodologia (M5), em outras três cultivares.

Com intuito de averiguar as reais potencialidades da metodologia M5,

apontada dentre as cinco metodologias estudadas, como a de maior rendimento

de etanol por tonelada de batata-doce, no LASPER-UFT. Esta (M5) foi testada em

outras três cultivares: Barbara (com aproximadamente seis meses de cultivo),

Amanda (com cinco meses de cultivo) e Ana Clara (com cinco meses e meio de

cultivo). Para isto, utilizou-se da mesma mine-usina automatizada, bem como as

mesmas condições que foram observadas na M5, com três repetições para cada

cultivar.

40

5. RESULTADOS

5.1. Teor de amido e matéria seca das cultivares (Marcela, Amanda e

Barbara).

A média do teor de amido obtido para as cultivares Marcela, Amanda e

Barbara foram respectivamente de 75,04 %, 68,61% e 67,03 %.

O teor de matéria seca médio obtido para as cultivares Marcela, Amanda e

Barbara foram respectivamente de 37,94 % , 36,59 % e 37,83 %.

De acordo com os valores obtidos, a cultivar Marcela se mostrou mais

apropriada, quando comparada os teores de amido e matéria seca das outras

duas cultivares (Amanda e Barbara).

5.2. Influência do tempo e da temperatura na primeira fase da hidrólise

enzimática.

Com o levantamento de dados obtidos neste experimento, fez-se a média

para cada um dos parâmetros analisados {Tempo (min), Temperatura (°C) e

°Brix}, nas duas concentrações C1=750 (ml/t raiz) e C2=1500 (ml/t raiz). Com

estes resultados das médias, plotou-se dois gráficos (1 e 2), correspondentes

respectivamente as concentrações acima citadas, observados na figura 3.

O comportamento dos dois gráficos observados na figura 3 é bastante

semelhante, implicando dizer que independente das duas concentrações

analisadas da enzima alfa-amilase, observou-se o mesmo comportamento do

tempo e da temperatura na quebra do amido em açúcar, e esta quebra é

diretamente proporcional ao aumento da temperatura. O tempo observado em que

41

parou de converter amido em açúcar foi de 90 minutos, bem como a temperatura

foi de 90 ºC.

Figura 3: Gráficos do experimento de avaliação do tempo e da temperatura,

utilizando de duas concentrações (C1 e C2) da enzima alfa-amilase.

Na comparação entre os gráficos 1 e 2, através da regressão linear entre os

parâmetros: Temperatura x °Brix, encontrou-se um R2 = 0,902. Implica dizer que

os dois gráficos para estes parâmetros analisados têm cerca de 90 % de

semelhança. O mesmo estudo comparativo entre os gráficos 1 e 2, foi feito para

os parâmetros Tempo x °Brix, e encontrou-se um R2 = 0,803. Implica dizer que os

dois gráficos para estes parâmetros analisados têm cerca de 80 % de

semelhança.

Realizou-se uma regressão geométrica e obteve um R2 = 0,918, para os

seguintes parâmetros: Temperatura (°C) x °Brix. E encontrou-se:

Y’ = 0,0140 . (X’)1,5421 , onde: Y’ = °Brix e X’ = Temperatura (°C).

Do mesmo modo, fez-se uma equação por regressão geométrica com R2 =

0,924, para os seguintes parâmetros: Tempo (minutos) x °Brix. E encontrou-se:

42

Y’’ = 2,8123 . (Z’’)0,3883 , onde: Y’’ = °Brix e Z’’ = Tempo (minutos).

5.3. Apresentação das cinco metodologias de maior rendimento de etanol

por tonelada de batata-doce.

Analisando os dados de obtenção de rendimentos (L/t raiz) das últimas

cinqüenta e quatro metodologias desenvolvidas por Silveira et al. (2007), no

LASPER-UFT, que variam entre 120 a 199 (L/t raiz), as cinco que obtiveram os

maiores rendimentos de etanol por tonelada de batata-doce, estão representadas

pela figura 4.

Figura 4. Gráfico das cinco melhores metodologias desenvolvidas por Silveira et

al. (2007).

A figura 4 mostra através do gráfico as cinco metodologias de maior

rendimento de etanol por tonelada de batata-doce. Ficou condicionado então que

a M1 (21°), M2 (31°), M3 (38°), M4 (45°) e M5 (53°), seriam os objetos de estudo

principais desta dissertação.

M1 M2

M3 M4

M5

M

é

d

i

a

Rendimento de Etanol (L/t raiz)

43

5.4. Comparação entre as cinco metodologias a partir de uma variedade de

batata-doce (cultivar Marcela).

Os resultados obtidos de produção em litros por tonelada de batata-doce de

cada metodologia, utilizando a cultivar Marcela, seguem na tabela 3.

Tabela 3: Dados de produção (L/ton raiz), das metodologias estudadas (R-

repetição e M-metodologia).

Metodologias R1 R2 R3 R4 Média

M1 134,41 126,34 131,72 148,26 135,18

M2 137,99 137,10 136,20 124,51 133,95

M3 175,63 161,29 163,98 182,34 170,81

M4 153,23 164,43 160,39 166,37 161,10

M5 186,31 193,19 184,75 196,78 190,26

Analisados no item a seguir, os valores das médias de produção de etanol

(l/t raiz) de batata-doce de cada metodologia.

5.5. Analise estatística das cinco metodologias avaliadas.

A análise de variância para o rendimento de etanol (L/t raiz), das cinco

metodologias estudadas (tabela 4). Mostrou-se que houve diferença estatística

entre os tratamentos e não houve entre os blocos. Isto implica dizer que há

uniformidade dos resultados entre os blocos.

O coeficiente de variação determinado foi de 4,8173 % (tabela 4),

considerado muito baixo, o que implica dizer que a confiabilidade dos resultados

analisados para o experimento foi bastante significativa.

44

Tabela 4: Quadro de análises e variância de rendimento (L/t raiz) em 5

metodologias com 4 repetições.

---------------------------------------------------------------------------------------- F.V. G.L. S.Q. Q.M. F

---------------------------------------------------------------------------------------- Blocos 3 209.25834 69.75278 1.2028 ns

Tratamentos 4 9019.14877 2254.78719 38.8821 ** Resíduo 12 695.88491 57.99041

---------------------------------------------------------------------------------------- Total 19 9924.29202 Variância 4.8173 %

---------------------------------------------------------------------------------------- (**) Significativo ao nível de 1% de probabilidade (p < .01) (ns) Não significativo (p >= .05)

Com os valores obtidos das médias de produção de etanol (L/t raiz) das

metodologias (M1, M2, M3, M4 e M5) plotou-se o Gráfico mostrado na figura 5,

que foram comparadas pelo o Teste de Tukey.

Figura 5. Gráfico das médias das metodologias de obtenção de etanol (L/t raiz) a

partir da batata-doce, no LASPER-UFT, (2009).

(*) Médias seguidas de pelo menos uma mesma letra, são

estatisticamente iguais, a 5% de significância pelo teste de Tukey.

(c) (c)

(b) (b)

(a)

(*)

45

A metodologia M5 foi superior as demais, com uma média de rendimento de

190,26 L/t raiz, bem como, houve diferenças significativas entre as metodologias

M3 e M4, e M1 e M2, conforme mostrada pelo teste de Tukey (Figura 5).

5.6. Aplicação da metodologia (M5), em outras três cultivares (Amanda,

Barbara e Ana Clara).

As cultivares Amanda (com cinco meses de cultivo, MS= 36,59 % e TA=

85,61 %), Barbara (com aproximadamente seis meses de cultivo, MS= 41,53% e

TA=67,03) e Ana Clara (com cinco meses e meio de cultivo, MS= 37,60 % e TA=

82,81 %), tiveram disponibilidade em campo 40 dias após término do experimento

que determinou a metodologia M5, como sendo a melhor em rendimento de etanol

por tonelada de raiz. Assim, aplicou-se a metodologia M5 nas três cultivares

acima, com três repetições para cada cultivar. Conforme mostra dados obtidos de

produção (L/t raiz) contidos na Tabela 5.

Tabela 5: Resultado de produção de etanol (L/t raiz) para as cultivares (A-

Amanda, B- Barbara e C- Ana Clara).

____________________________________________________

Metodologia Repetição Produção Média

(L/t raiz) (L/t raiz)

M5-A 1 200,21

M5-A 2 201,09 199,58

M5-A 3 197,45

M5-B 1 193,55

M5-B 2 202,32 198,88

M5-B 3 200,78

M5-C 1 189,25

M5-C 2 184,23 187,10

M5-C 3 187,81

____________________________________________________

46

A figura 6 faz uma comparação entre as médias de produção de etanol por

tonelada de batata-doce, das cultivares Amanda, Barbara e Ana Clara com a

Marcela.

Figura 6. Gráfico de comparação das médias de produção (L/t raiz) obtidas

aplicando a metodologia M5 nas cultivares: Amanda, Barbara e Ana Clara com a

Marcela.

Analisando a figura 6, pode-se dizer que a metodologia M5 obteve

resultados maiores de médias de produção de etanol (L/t raiz) nas cultivares

Amanda (199,58 L/t raiz) e Barbara (198,88 L/t taiz), quando comparados com o

valor médio obtido pela cultivar Marcela (190,26 L/t raiz), e menor somente a

cultivar Ana Clara (187,10 L/t raiz).

É importante salientar que a produção máxima obtida neste experimento, foi

com a cultivar Amanda na segunda repetição, alcançando os 202,32 L/t raiz.

Quando se multiplica esse valor pela produtividade em campo desta cultivar que

foi de 46,7 (t/ha), obtêm-se a produtividade estimada em campo de 9.448,34

(L/ha).

47

6. DISCUSSÕES

O teor de amido observado nas cultivares Marcela (75,04 %), Amanda

(68,61 %) e Barbara (67,03 %), mostrarem-se bastante diferentes aqueles

observados por Silveira et al. (2007) para as mesmas cultivares [Marcela (22,2 %),

Amanda (21,4 %) e Barbara (23,2 %)]. Esse contraste nos resultados pode ser

explicado pela diferença nas metodologias utilizadas para determinação do teor de

amido. Importante salientar que os resultados obtidos nesse trabalho, foi utilizado

a metodologia de Eynom/Lane, adaptado por Cereda et al. (2008).

A matéria seca (MS) encontrada nas cultivares Marcela (37,94 %), Amanda

(36,59 %) e Barbara (37,83 %), obtiveram resultados próximos dos já observados

por Silveira et al. (2007) para as mesmas cultivares [Marcela (33,72 % MS),

Amanda (32,35 %) e Barbara (33,32 %)]. É importante salientar que em ambos os

casos foi utilizado o mesmo método de determinação de matéria seca (AOAC,

1980).

A influência da temperatura no processo enzimático utilizando a enzima

alfa-amilase, mostrou que a quebra de amido em açucar é diretamente

proporcional ao aumento da temperatura (até os 90 °C), se mantendo constante

após esta temperatura, bem como o tempo observado para esta conversão foi de

90 minutos. Comportamento semelhante foi observado por Cereda, (2005), que

conduziu estudos sobre hidrólise enzimática e obteve conversão do amido em

açúcar em 60 minutos. Porém é importante salientar que são diferentes fontes de

amido analisadas, uma é a batata-doce e a outra a mandioca. Algumas

metodologias de Silveira et al. (2007), apresentam tempo semelhante de 90

minutos, para a batata-doce.

A comparação entre as metodologias (M1, M2, M3 M4 e M5), que

utilizaram a cultivar Marcela como fonte de batata-doce para produção de etanol,

48

pode ser observada pela análise estatística dos resultados obtidos neste

experimento, que apontou a metodologia M5 como a melhor em produção de

etanol (L/t raiz), dentre as cinco metodologias segundo Silveira et al. (2007)

estudadas, com média de produção de 190,26 (L/t raiz). Essa vantagem pode ser

explicada primeiramente pela concentração da enzima alfa-amilase. Observou-se

que quanto maior a concentração de enzima alfa-amilase em uma mesma

diluição, maior foi a produção de etanol (L/t raiz) obtida, isto acontece nas

metodologias M3 (170,81 L/t raiz), M4 (161,10 L/t raiz) e M5 (190,26 L/t raiz),

todas com diluição 1:1.

Outro fator importante observado foi a diluíção, quando faz-se a

comparação entre as produções de etanol (L/t raiz) das metodologias M5 (190,26

L/t raiz) e M2 (133,95 L/t raiz), que utilizaram-se da mesma concentração da

enzima alfa-amilase (1500 ml/t raiz), porém com diferentes diluições: M5 (1:1) <

M2 (1:1.3), mostraram comportamento inversamente proporcional a produção de

etanol (L/t raiz) nas cinco metodologia estudadas.

Em relação aos resultados obtidos em médias de produção de etanol (L/t

raiz) aplicando-se a metodologia M5 em outras três cultivares: Amanda (199,58

L/t raiz), Barbara (198,88 L/t taiz) e Ana Clara (187,10 L/t raiz), observou-se

comportamentos semelhantes de produção de etanol em relação aquele obtido

pela cultivar Marcela (190,26 L/t raiz), evidenciando o potencial desta metodologia,

obtendo resultados maiores nas cultivares Barbara e Amanda. Importante salientar

que o valor máximo de produção de etanol utilizando a metodologia M5 foi de

202,32 (L/t raiz) para a cultivar Amanda. Convertendo-se este valor para

estimativa de produtividade em campo tem-se 9.448,34 (L/ha), estimativa

semelhante foi apresentada para produção em campo de etanol a partir da batata-

doce por Ziska et al. (2009) em Maryland-USA com 8.839 (L/ha), bem como por

Tian et al. (2009) na China, com 5.880 (L/ha).

49

7. CONCLUSÕES

De acordo com os resultados encontrados, conclui-se:

� Dentre as três cultivares analisadas (Amanda, Barbara e Marcela) quanto

ao teor de amido e de matéria seca, a que se apresentou melhor para

produção de etanol foi a cultivar Marcela com 75,05 % (amido) e 37,94 %

(matéria seca).

� A influência do tempo e da temperatura utilizando a enzima alfa-amilase

observou-se que a quebra do amido em açúcar é diretamente proporcional

ao aumento da temperatura (até os 90°C), bem como o tempo observado

foi de 90 minutos para ambas as concentrações.

� Através da análise estatística pelo teste de Tukey, a metodologia M5

apresentou-se superior, as demais estudadas, com média de rendimento de

190,26 (L/t raiz), utilizando a cultivar Marcela.

� A aplicação da metodologia M5 em outras três cultivares {Amanda (199,58

L/t raiz), Barbara (198,88 L/t taiz) e Ana Clara (187,10 L/t raiz)} apresentou-

se comportamentos semelhantes, e obtendo produção máxima de 202,32 l/t

raiz para a cultivar Amanda.

50

8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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ANEXOS

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1 – Metodologia e determinação do teor de amido de Batata-doce, por

Eynon/Lane, adaptado por CEREDA et al. (2008).

Para se obter o teor de amido correspondente da fonte amilácea, utilizamos

do método de Eynon/LANE, que foi adaptado pela pesquisadora CEREDA,

seguindo os passos abaixo.

1º fase do Procedimento:

a) Lavagem da farinha de batata-doce a ser analizada, que foi previamente

triturada e secada, conhendo seu teor de umidade.

b) Pesou-se 1g de farinha no erlenmeyer, deve-se conhecer o teor de umidade

da amostra.

c) Foi adicionado 50 ml de solução hidroalcóolica 8:2 no erlenmeyer com

amostra.

d) Os erlenmeyers foram fechados com tampão de algodão envolvido com

plástico auto-aderente (PVC).

e) Colocaram-se os erlenmeyers em banho-maria por uma hora em

temperatura de fervura.

f) A amostra foi agitada a cada dez minutos, e completou-se o volume para 50

ml com a solução hidroalcóolica durante o banho-maria.

g) Filtrou-se este material com papel filtro, usando bomba de vácuo (retirando

o restante da farinha com água destilada).

h) O sólido no papel é a dextrina, foi retirada com solução hidroalcóolica 9:1

num erlenmeyer e completou-se o volume para 100 ml.

i) A dextrina foi levada ao shaker por 4 horas a 200 rpm;

j) O sólido retido é dado como amido, e retirou-se o amido do papel filtro com

espátula e transferiu para um erlenmeyer (a dextrina, o liquido, foi

descartado);

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2ª fase: Realizou-se a hidrolise ácida e a titulação com esse material, para

determinação do teor de amido, segundo método de Eynon/Lane, dando

seqüência, conforme abaixo.

k) Pesar 1g da amostra em erlenmeyer e anotar o peso; ou usar a amostra da

lavagem (com ter de umidade conhecido). Usamos-nos a amostra da

lavagem.

l) Adicionar cerca de 50 ml de HCl a 1M.

m) Fechar os erlens com um tampão de algodão envolvido por filme plástico

auto-aderente (PVC).

n) Colocar os erlens com as amostras dentro de beckers com um pouco de

água.

o) Levar os beckeres com erlens para o microondas por 20 minutos na

potência máxima.

p) Após este período o amido se transformou em açúcares e algumas gotas

foram retiradas para o teste com Lugol (Iodo em iodeto de potássio) que

deve ficar amarelo.

q) A seguir a amostra foi neutralizada com NaOH 10% (100g NaOH/L de

água) usando três gotas de fenolfetaleina como indicador até que a

coloração da solução ficou rósea.

r) Após neutralização o volume foi completado em balão volumétrico para

250 mL (agitou-se bem e foi filtrado com papel filtro) e feita a titulação de

açúcares por Layne-Eynon, onde após titulação é determinado o teor de

amido.

Após término do experimento até o passo “r”, anotar os resultados e avaliar

as potencialidades de cada uma das amostras amiláceas analisadas.

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2 – Metodologia de determinação de matéria seca de acordo com AOAC

(1980).

a) Rala-se ou tritura-se a amostra, para diminuir a granulométria;

b) Pesa-se em uma balança analítica, uma placa de Petri e anota resultado;

c) Adiciona-se a amostra na placa de petri;

d) Pesa-se o conjunto (placa + amostra) e anota resultado;

e) Leva-se o conjunto (Placa + amostra) a estufa com controle de temperatura

à 105 ºC, por 24 horas;

f) Retira-se o conjunto (placa + amostra) e pesa-o novamente, anotando o

resultado;

g) Calcula-se a massa real da amostra retirando a massa da placa de petri, e

anota-se;

h) A diferença entre o valor inicial menos o valor final dividido pelo valor

inicial, vezes 100, será o teor de matéria seca (%) encontrado da amostra

analisada.

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