UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE … · direta ou indireta, contribuíram...
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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS ADMINISTRATIVAS
CURSO DE GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO
AVALIANDO A MOTIVAÇÃO PARA O TRABALHO: UM ESTUDO NA
LAVANDERIA LAVEXPRESS
ISABELA CAMILO DE CARVALHO
Natal, 17 de maio de 2014
ISABELA CAMILO DE CARVALHO
AVALIANDO A MOTIVAÇÃO PARA O TRABALHO: UM ESTUDO NA
LAVANDERIA LAVEXPRESS
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Coordenação do curso de graduação em Administração da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, como requisito parcial para a obtenção do título de Bacharel em Administração.
Orientador: Antônio Alves Filho, Dr.
Natal, 17 de maio de 2014
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS ADMINISTRATIVAS
CURSO DE GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO
AVALIANDO A MOTIVAÇÃO PARA O TRABALHO: UM ESTUDO NA
LAVANDERIA LAVEXPRESS
ISABELA CAMILO DE CARVALHO
Monografia apresentada e aprovada em ____/____/____ pela Banca
Examinadora composta pelos seguintes membros:
_______________________________________________
Prof. Antônio Alves Filho, Dr.
Orientador
_______________________________________________
Patricia Whebber Souza de Oliveira, Drª
1ºExaminador
______________________________________________
Maria Teresa Pires Costa, Drª
2º Examinador
Natal, ___de________ de 2014
Catalogação da Publicação na Fonte.
UFRN / Biblioteca Setorial do CCSA
Carvalho, Isabela Camilo de.
Avaliando a motivação para o trabalho: um estudo na Lavanderia
Lavexpress/ Isabela Camilo de Carvalho. – Natal, RN, 2014.
49f.
Orientador: Profº. Dr. Antônio Alves Filho.
Monografia (Graduação em Administração) – Universidade Federal do
Rio Grande do Norte. Centro de Ciências Sociais Aplicadas. Departamento
de Ciências Administrativas.
1. Motivação organizacional – Monografia. 2. Teorias motivacionais –
Monografia. 3. Administração – Monografia. I. Alves Filho, Antônio. II.
Universidade Federal do Rio Grande do Norte. III. Título.
RN/BS/CCSA CDU 005.32:331.101.3
Dedico este trabalho à minha incomparável família, em especial a minha Mãe, que sempre lutou e buscou oferecer uma excelente educação, e um amor e carinho incondicional.
AGRADECIMENTOS
Agradeço em especial a minha mãe Elizabeth, pelos conselhos, carinho,
amor e palavras de incentivo.
Agradeço à minha família, pelo fato de sempre ter estado ao meu lado
em todos os momentos desta vida;
Também aos meus amigos pelos conselhos e palavras de carinho,
conforto e superação, bem como a todas as pessoas que participaram direta ou
indiretamente para conclusão do mesmo;
Agradeço a Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN, aos
funcionários e docentes, ou seja, a todos que contribuíram para os
ensinamentos depositados nesta jornada que está apenas se iniciando.
Ao meu orientador Prof. Antônio Alves, pelas orientações e ajuda para a
concretização deste trabalho;
Agradeço a Lavanderia Lavexpress pelo carinho, ajuda, dedicação e
liberdade para que eu pudesse realizar este trabalho; Aos profissionais que
disponibilizaram do seu tempo para responder a dinâmica, e pelo carinho,
acolhida e socialização dentro da instituição;
Enfim, todo este trabalho é dedicado a vocês, pessoas que, de maneira
direta ou indireta, contribuíram significativamente para meu desenvolvimento
enquanto aluno e, principalmente, enquanto pessoa.
“A persistência é o menor caminho do êxito”.
Charles Chaplin
RESUMO
Trata-se de uma pesquisa que objetivou analisar a motivação dos funcionários de uma lavanderia na cidade de Natal/RN. Para tanto, buscou fundamento nas diversas teorias motivacionais desenvolvidas para compreensão desse construto. Metodologicamente, esta pesquisa se caracteriza como um estudo de caso descritivo exploratório. Aplicou-se um exercício de dinâmica de grupo adaptado de Fritzen (1990), cujo objetivo é identificar o que os funcionários esperam como resultado do seu trabalho, o que julgam mais importante, e qual desses resultados os funcionários conseguem realizar no trabalho. Os dados analisados revelam que, dentre outros resultados, os funcionários priorizam o salário, e que conseguem realizar esse desejo através do trabalho na empresa em estudo. Porém, a segunda necessidade mais importante para os funcionários, que são os benefícios, é percebida como não sendo atendida pela empresa. Entretanto, pela análise dos demais dados encontrados, se pode concluir que os funcionários estão/são motivados para o trabalho. Palavras-chave: lavanderia; motivação para o trabalho; teorias motivacionais.
ABSTRACT
This is a research aimed to analyze the motivation of the employees of a laundry in Natal / RN . To do so , sought to ground the various motivational theories developed for understanding this construct . Methodologically , this research is characterized as an exploratory descriptive case study . Applied an exercise in group dynamics adapted Fritzen (1990 ) , whose goal is to identify what employees expect as a result of their work , what they deem most important , and which of these results the employees can perform the work. The data analyzed reveal that , among other results the staff prioritize salary, and who can fulfill this desire by working in the company under study . However , the second most important need for employees , what are the benefits , it is perceived as not being met by the company . However , the analysis of other data found , it can be concluded that employees are / are motivated to work. Keywords: laundry ; motivation to work ; motivational theories .
LISTA DE TABELAS
TABELA 01- RESULTADOS SOBRE O QUE SE ESPERA COM SEU
PRÓPRIO TRABALHO. ....................................................................................... 39
TABELA 02-PRIORIDADE DOS FUNCIONÁRIOS NO EMPREGO ATUAL. ....... 40
TABELA 03– QUANTIFICAÇÃO DA PERCEPÇÃO DOS FUNCIONÁRIOS EM
SATISFAZER SUAS NECESSIDADES. .............................................................. 43
SUMÁRIO
1INTRODUÇÃO ................................................................................................... 13
1.1CONTEXTUALIZAÇÃO E PROBLEMA ........................................................... 14
1.2CARACTERIZAÇAO DO AMBIENTE DE PESQUISA ..................................... 15
1.3 OBJETIVOS ....................................................................................................... 17
1.4 JUSTIFICATIVA .................................................................................................. 17
2FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ......................................................................... 19
2.1 MOTIVAÇÃO ORGANIZACIONAL ................................................................. 19
2.2 ORIGEM DOS ESTUDOS MOTIVACIONAIS ................................................. 21
2.3 MODELOS DE CLASSIFICAÇÃO DAS TEORIAS MOTIVACIONAIS. ............ 25
2.4 TEORIAS MOTIVACIONAIS E SUAS CLASSIFICAÇÕES ............................. 26
3METODOLOGIA ................................................................................................ 35
3.1 TIPO DA PESQUISA ...................................................................................... 35
3.2 POPULAÇÃO E AMOSTRA ............................................................................ 36
3.4 COLETA DE DADOS ...................................................................................... 36
3.5 MODO DE COLETA........................................................................................ 37
3.6 MÉTODO DE ANÁLISE DOS DADOS ............................................................ 37
4RESULTADOS ................................................................................................... 38
4.1 PERFIL DO TRABALHADOR ......................................................................... 38
4.2 O QUE OS FUNCIONÁRIOS ESPERAM COM RELAÇÃO AO SEU
TRABALHO. ......................................................................................................... 38
4.3NIVEL DE IMPORTÂNCIA DADA AOS RESULTADOS ESPERADOS DO
TRABALHO .......................................................................................................... 39
4.4PERCEPÇÃO DOS FUNCIONÁRIOS QUANTO AO ATENDIMENTO ÀS
SUAS NECESSIDADES. ...................................................................................... 42
5. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES .......................................................... 45
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ANEXO A- EXERCICIO
13
1INTRODUÇÃO
No contexto atual de globalização, nos deparamos com constantes
mudanças no panorama político, econômico e tecnológico, o que trás como
consequência a necessidade de que as organizações encontrem mecanismos
adequados para conviverem com essa realidade de mudança permanente e
cada vez mais veloz.
As micro e pequenas empresas, pela sua estrutura organizacional e
também pela forma como são gerenciadas, são muito vulneráveis às mudanças
do ambiente e, por isso, precisam desenvolver ferramentas gerenciais que
possibilitem agilizar e aperfeiçoar o processo decisório.
Devido à alta tecnologia, a criação de inovações e produtos cada vez
mais completos não basta para atender as necessidades dos clientes, uma vez
que esses produtos podem ser facilmente copiados pela concorrência. Por
isso, no cenário atual, o foco para o diferencial competitivo está, entre outros
aspectos, no investimento do capital intelectual, onde as pessoas se tornam o
principal diferencial competitivo e recurso estratégico das organizações, pois
são capazes de oferecer um valor intangível as empresas, uma vez que o
capital intelectual é diferente em cada individuo.
Sob essa nova ótica de valorização do capital humano, o interesse
cientifico pelo comportamento dos indivíduos tem aumentado cada vez mais,
incluindo a motivação das pessoas nas organizações, por se tratar de um
princípio que se impõe progressivamente em todas as ações de
desenvolvimento da gestão de recursos humanos (SÁ; LEMONIE, 1998).
Assim, torna-se necessária uma maior atenção para o assunto, visto que
a falta de motivação para o trabalho traz consequências negativas às
organizações, dado que os funcionários desmotivados podem apresentar uma
queda na produtividade e na qualidade do serviço. Nesse sentido, a presente
monografia visa analisar a motivação nos funcionários de uma lavanderia de
Natal, à luz de teorias da motivação consagradas teoria e empiricamente.
Estruturalmente, a presente monografia está organizada em cinco
partes. A primeira parte é composta pela introdução, contextualização do
problema e apresentação dos objetivos gerais e específicos; Na segunda é
realizado o enquadramento teórico dos conceitos base deste estudo; Na
14
terceira parte, será abordada a metodologia da pesquisa; Na quarta parte são
apresentados os resultados da investigação; E, por fim, as conclusões e
recomendações compondo a quinta e ultima parte.
1.1CONTEXTUALIZAÇÃO E PROBLEMA
Com uma maior atenção voltada para o capital humano na atualidade,
faz-se necessário destacar a importância da motivação para os indivíduos
dentro das empresas, uma vez que ela é o que faz o ser humano querer
mover-se em direção a uma meta ou objetivo, conforme dizem Salanova,
Hontangas e Peiró (1996).
Quando a motivação do individuo está alinhada com os objetivos da
organização, torna-se possível um melhor desenvolvimento da empresa o que
passa a ser um diferencial competitivo. Assim, a motivação passa a fazer parte
dos recursos estratégicos das empresas, visto que por meio dela, um indivíduo
pode utilizar o seu potencial de forma mais eficiente, tornando-se um
profissional de destaque e realizando seus sonhos e ideais pessoais.
Porém, mesmo que as novas teorias ilustrem a importância de se
valorizar as pessoas dentro das empresas, é notório que não se é dada a
atenção devida ao assunto, e com isso, os trabalhadores vivenciam atualmente
um maior desânimo ou desmotivação no trabalho, podendo gerar um caráter
disfuncional.
Tal situação tem levado teóricos, pesquisadores e gestores à busca de
teorias, fórmulas e técnicas para reverter esse ambiente de desânimo vivido
pelos trabalhadores.
Por isso, é de fundamental importância que as lavanderias atentem para
a questão da motivação dentro das organizações para permanecerem ativas,
pois por apresentarem uma estrutura organizacional menor, e por não
possuírem um setor devidamente caracterizado, termina por ser, como
qualquer micro e pequena empresa, passível a vulnerabilidade do ambiente de
mercado.
Assim, a principal questão de investigação deste trabalho é saber como
se apresenta a motivação dos funcionários da lavanderia Lavexpress?
15
1.2CARACTERIZAÇAO DO AMBIENTE DE PESQUISA
De acordo com o SEBRAE (http://www.sebrae.com.br, 2014):
“Segundo informações publicadas nos portais Meta Análise e Diário
do Grande ABC de dados da Associação Nacional das Empresas de
Lavanderia e do Sindicato Intermunicipal de Lavanderias do Estado
de São Paulo, o crescimento previsto do mercado brasileiro de
lavanderias é de 25% entre os anos de 2011 a 2016.”
Acredita-se que o motivo para tal crescimento é justificado devido a
eventos como a copa e as olimpíadas previstas para os próximos anos, além
disso, há também o fato do turismo, e a tendência das pessoas procurarem
economizar com a compra de equipamentos e quererem diminuir a conta de
água e energia.
O crescimento está previsto não só para lavanderias domésticas, mas
também para lavanderias industriais, que tem optado por terceirizar seus
serviços para focarem em suas principais atividades.
Sobre o assunto, o SEBRAE (http://www.sebrae.com.br, 2014) informa
que:
“ segundo artigo publicado no portal Pequenas Empresas &
Grandes Negócios, em pesquisa encomendada pelo Sindicato
de Lavanderias e Similares de São Paulo (Sindilav) em 2010,
constatou-se que 88% das empresas entrevistadas (200
empresas) terceirizam as atividades de lavanderia.”
SegundoSEBRAE(http://www.sebrae.com.br, 2014),
“No Brasil, segundo dados do Sindilav de 2010 (Sindicato das
Lavanderias e Similares do Município de São Paulo e Região)
existem aproximadamente 8.000 (oito mil) lavanderias no
Brasil, dentre estas, aproximadamente sete mil são lavanderias
domésticas e mil configuram-se como industriais. A maior
concentração de empresas deste ramo está no estado de São
Paulo que totaliza 5 mil (cinco mil) lavanderias, 70% do total do
país, sendo destas 4,2 mil (quatro mil e duzentas) domésticas e
800 (oitocentas) industriais.”
16
Com relação ao município de Natal, especificamente, torna-se difícil
caracterizar o setor, devido a ausência de dados como acima mencionados.
Além disso, um sindicato próprio para as lavanderias, que poderia fornecer um
estudo mais detalhado acerca do setor, não existe. Atualmente, há o sindicato
patronal das empresas prestadoras de serviço, bem como o sindicato de bares,
restaurantes e similares que prestam alguma assistência para as lavanderias,
mas ainda de modo bastante simples, e sem uma organização voltada apenas
para este setor, mas que também não dispõe de dados.
Em contato com o SEBRAE Natal, a informação obtida é de que o ultimo
cadastro das empresas de lavanderia foi realizado em 2010, e os dados não
são mais divulgados por estarem desatualizados. O suporte que eles dão
atualmente para as pessoas que buscam se informar sobre o ramo de
lavanderias é uma lista divulgado pelo telelistas, para que se tenha ideia de
uma média de quantidade existente no mercado.
Segundo a Telelistas.net existem cerca de 70 lavanderias em Natal,
porém não é possível saber se todas elas estão cadastradas e com as
documentações regulares para que possam emitir notas fiscais ou participarem
de licitações.
Para este trabalho, a unidade de análise foi uma organização prestadora
de serviço do ramo de lavanderia em Natal/RN, a LAVEXPRESS Serviços de
Lavanderia Ltda - ME.
A LAVEXPRESS é uma empresa de origem familiar que deu inicio às
suas atividades em 01/10/1998. Foi a primeira empresa do ramo que implantou
o sistema de coleta em domicílio programada e que tem como objetivo prestar
serviços dentro do padrão de excelência da qualidade e eficiência, buscando a
melhoria contínua, visando à satisfação dos seus clientes e colaboradores.
A empresa atende tanto ao mercado doméstico, oferecendo serviços de
limpeza a seco, limpeza à água, passagem, limpeza de vestuário, tapetes,
cortinas, carpetes, carrinhos de bebê, bancos de carro, lavagem de sofá,
colchões e persianas, e corresponde também ao mercado industrial, lavando
fardamentos, excluindo apenas o ramo hospitalar e de hotelaria.
Quanto à cultura da empresa, a organização utiliza como critério para
admissão, a vontade de trabalhar e de aprender de cada um, tratando a todos
com respeito e incentivando a integração dos colaboradores. Experiência
17
profissional, não é pré-requisito para contratação na área de produção, pois é
necessário somente saber ler e compreender os objetivos da empresa. Só é
exigido um nível de escolaridade maior para os funcionários que lidam
diretamente com o cliente.
1.3 Objetivos
a) Geral
Analisar a motivação para o trabalho, dos funcionários da lavanderia
Lavexpress.
b) Específicos
Caracterizar o perfil dos funcionários
Saber o que os funcionários da lavanderia Lavexpress esperam
com o resultado do seu trabalho;
Identificar o nível de importância dada aos resultados esperados
do trabalho;
Verificar se os resultados esperados são percebidos como
possíveis de serem atendidos;
Propor sugestões para maximizar a motivação dos funcionários
1.4 Justificativa
Tratando-se de gestão organizacional moderna, a motivação tem sido
um dos principais desafios para os administradores de empresas, uma vez que
a motivação é algo inerente ao próprio indivíduo, e os aspectos motivacionais
podem ser diferentes para cada um.
Porém, embora a maioria dos autores, como por exemplo, Robbins
(2005), Araújo (2006), Bergamini (1997) entre outros, acreditem que a
motivação seja dada por meio de um processo interno, eles afirmam que os
fatores externos podem influenciar.
Para Bergamini (2008, p. XII)
“Nunca se conseguiu motivar ninguém. Liberar o potencial motivacional de cada um implica aceitar que ele representa a fonte mais poderosa da verdadeira autonomia e satisfação pessoal. Isso
18
exige uma estratégia especial, uma vez que se dá à pessoa liberdade de escolha de que tipo de ação empreender, tomando por base as próprias fontes interiores de necessidades e descartando o meio ambiente.”
Nessa perspectiva, os gestores e executivos das organizações são os
maiores interessados em obter informações valiosas para sua gestão eficaz,
cada vez mais dependente do fator humano nas organizações e,
consequentemente, do desempenho desse elemento vital, de elevada
complexidade.
A motivação nesse contexto torna-se indispensável não somente para a
organização como também para o funcionário que, quando motivado e
treinado, pode utilizar sua motivação pessoal para buscar a auto realização,
maximizando seu potencial de forma mais eficiente e tornando-se um
profissional de destaque.
A partir do momento em que a preocupação com o bem-estar das
pessoas ganha espaço nas organizações, é possível conseguir melhores
resultados na busca de um ambiente de trabalho adequado para o
desenvolvimento das atividades profissionais.
Além disso, a necessidade das organizações de funcionários cada vez
mais dispostos a empregarem seus esforços à obtenção de um desempenho
cada vez melhor, da imprescindibilidade de cada individuo se manter motivado
para alcançar a auto realização, bem como as evidencias acumuladas sobre o
impacto das politicas organizacionais no nível de motivação e
comprometimento, justifica a relevância de esforços em uma pesquisa que
procura analisar a aproximação das dimensões motivacionais dentro de uma
lavanderia.
Outra razão que influenciou na escolha do tema é o fato da família da
pesquisadora trabalhar a mais de quinze anos na lavanderia alvo do estudo, na
qual tem a liberdade e total acesso às informações necessárias para a
realização do projeto, além de ser beneficiada pelos resultados gerados a
presente monografia.
19
2FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
No presente capitulo são apresentadas, de forma breve, algumas teorias
da motivação desenvolvidas ao longo do tempo, as quais servirão de base para
a análise dos resultados, no sentido de compreender esse fenômeno no
contexto da lavanderia Lavexpress.
2.1 MOTIVAÇÃO ORGANIZACIONAL
Para Maximiniano, (2004 p. 14)
“A palavra motivação deriva do latim motivus, movere, que significa mover. O seu sentido original fundamenta-se no processo no qual o comportamento é incentivado, estimulado ou energizado por algum motivo ou razão”.
De acordo com Bergamini (1997, p. 31),“essa origem da palavra encerra
a noção de dinâmica ou de ação que é a principal tônica dessa função
particular da vida psíquica”.
Minicucci (1995, p.215) define motivação como “a força impulsionadora
do individuo para um objetivo.” O autor também afirma que a motivação leva a
uma direção, que inicia um comportamento, e a persistência mantém esse
comportamento.
Solomon (2002) acredita que a motivação tem relação com processos
que determinam que as pessoas se comportem da forma como se comportam.
Salanova, Hontangas e Peiró (1996, p. 16) afirmam que a motivação
pode ser definida como “Uma ação dirigida a objetivos, sendo auto-regulada,
biológica ou cognitivamente persistente no tempo e ativada por um conjunto de
necessidades, emoções, valores, metas e expectativas”.
Para Vergara (1999, p.42) motivação “É uma força, uma energia, que
nos impulsiona na direção de alguma coisa” (...) que “nasce de nossas
necessidades interiores”.
Segundo Godim e Silva (2004) Poucos colocariam em dúvida a
afirmativa de que a motivação seja um dos mais importantes processos que
explicam a conduta humana, especialmente no ambiente de trabalho.
Robbins (2005 p. 132) define a motivação como “O processo voltado
pela intensidade, direção e persistência dos esforços de uma pessoa para o
20
alcance de uma determinada meta” Segundo o autor, esses três elementos são
essenciais a definição de motivação, pois a intensidade se refere ao esforço
que o indivíduo é capaz de proporcionar para determinado objetivo, porém
essa intensidade sem uma direção que beneficie a organização, pode não levar
a resultados favoráveis para ela. O ultimo elemento chave se refere a
persistência, que segundo o autor, é tão importante quanto a intensidade, visto
que significa por quanto tempo a pessoa consegue manter seu esforço.
Pode-se concluir então, que a motivação é um processo intrínseco às
pessoas, porém as empresas podem atuar para alinhar os objetivos dos
indivíduos aos objetivos das organizações.
Robbins (2004, p.203) conceitua motivação organizacional “[...] como a
disposição em exercer altos níveis de esforços para alcançar os objetivos
organizacionais, condicionada pela habilidade do esforço em satisfazer alguma
necessidade individual”.·.
Havckman & Oldham (1980) definem motivação interna ao trabalho
como sendo a vontade que os empregados possuem para desempenhar bem
suas atividades com a intenção de experimentar sentimentos de satisfação e
felicidade pelo bom trabalho realizado.
Lévy-Leboyer (1997, p 89), na sua obra “A Crise das Motivações”,
propõe que:
A motivação não é nem uma qualidade individual, nem uma característica do trabalho. Não existem indivíduos que estejam sempre motivados nem tarefas igualmente motivadoras para todos. Na realidade, a motivação é bem mais do que um composto estático. Trata-se de um processo que é ao mesmo tempo função dos indivíduos e da atividade que desenvolvem. É por isso que a força, a direção e a própria existência da motivação estarão estreitamente ligadas à maneira pessoal que cada um percebe, compreende e avalia sua própria situação no trabalho, e certamente não à percepção daqueles que estão fora dela como os tecnocratas, os administradores e os psicólogos.
Portanto, é possível identificar que o desafio dos gestores é encontrar
um ambiente favorável que impulsione a motivação em seus funcionários de
modo que eles busquem satisfazer suas necessidades. Por essa questão, a
motivação humana vem sendo estudada ao longo dos anos, para que se possa
tornar possível identificar o que estimula o indivíduo a objetivar algo e ir em
busca do mesmo, alcançando-o.
21
2.2 ORIGEM DOS ESTUDOS MOTIVACIONAIS
No período antecedente à Revolução Industrial os funcionários se
encontravam num ambiente de medo, pois a forma mais comum utilizada para
motivar os funcionários era através da punição e ameaças caso não
conseguissem cumprir aquilo que lhes foi solicitado. Também existiam, embora
menos utilizadas, a motivação através de recompensas favoráveis para
aqueles que desempenhassem suas atividades de maneira satisfatória
(BERGAMINI, 2008).
Pouco depois, no inicio do século XIX, o mundo se encontrava no
período da revolução industrial, onde o homem substituiu o trabalho artesanal
por trabalho assalariado e o uso de máquinas. Nesse período era comum que o
sistema de pagamento fosse por peça ou por tarefa. De acordo com
Chiavenato (1979, p.43):
“Os patrões procuravam ganhar o máximo na hora de fixar o preço da tarefa, e os operários, por seu turno, reduziam a um terço o ritmo de produção das máquinas, procurando contrabalancear desta forma o pagamento por peça determinado pelos seus patrões”.
Para resolver tal problema de produção, Taylor, que é considerado o
fundador da administração cientifica, encontrou como modo de motivação aos
seus funcionários o plano de incentivo salarial, que atribuía tarifas de
remuneração mais satisfatórias para aqueles que alcançassem o padrão
estabelecido (CHIAVENATO, 1979).
Tal motivação salarial ficou sob a responsabilidade dos especialistas em
administração de Recursos Humanos. A eles era solicitado que criassem
planos salariais e de benefícios extra que pudessem se transformar em real e
verdadeiro estimulo para cada um (CHIAVENATO,1979).
Bergamini (2008, p.3) diz que
“Como não poderia deixar de acontecer, as ameaças de punições foram substituídas pelo dinheiro, devido a crença de que ele fosse a principal fonte de incentivo ao trabalho, isto é, o principal fator de motivação para o trabalhador”.
Além da melhora salarial, Taylor propôs a importância da necessidade
de conforto físico e segurança no trabalho. “Para ele, o atendimento das
22
necessidades básicas deveria ser, sem dúvida alguma, a principal forma de
atingir níveis fantásticos de produtividade” (BERGAMINI, 2008, p.3).
Outra mudança trazida por Taylor foi a de procurar atrair pessoas mais
adequadas para o desempenho dos cargos e utilizar a totalidade do seu
potencial no trabalho que lhes era atribuído. “Acreditou-se firmemente que essa
maneira de tratar as pessoas traria como resultado recompensadores retornos”
(BERGAMINI, 2008, p.2).
Porém, embora as contribuições de Taylor sejam utilizadas até hoje e
tenham servido como base das teorias administrativas, “a introdução de suas
normas e métodos foi longa e difícil e encontrou uma recusa declarada por
parte dos operários, resultando na queda da produção” (CHIAVENATO, 1979,
p. 108).
Essa recusa se deve ao fato de que foi criada uma crença que a
remuneração tinha máxima atração e prioridade sobre qualquer outro tipo de
retribuição para quem trabalha (BERGAMINI, 2008).
Sobre o assunto, Bergamini (2008, p.4) faz o seguinte comentário:
“Essa simplificação conduziu a aceitação do seguinte pressuposto: quanto mais se trabalha, mais se produz, e quanto mais se produz, mais se ganha e, por conseguinte, maior será a motivação. Importantes especialistas em motivação, como, por exemplo, Leboyer (1994, p.17), não aceitam essa forma simplista de conceber a dinâmica motivacional do comportamento humano”.
Somado a isso, ocorreram profundas modificações no panorama social,
econômico, político e tecnológico e nos Estados Unidos, o taylorismo perdeu
sua força nos anos de 1930, com a grande depressão econômica
(CHIAVENATO, 1979).
Outros estudos sobre a motivação humana surgiram em meio às teorias
clássicas, antecipando-se um pouco das escolas de relações humanas. Nesse
período surgiu o nome de Mary Parker Follett, que embora adotasse a
administração clássica, destacou-se dos demais teóricos pela abordagem
psicológica da administração.
Para Chiavenato (1979 p. 118) “Miss Follett foi uma das pioneiras na
abordagem da motivação humana, contrariando as teses clássicas vigentes”.
Para ela “Não havia, até então, nenhum esforço para se aplicar a psicologia
23
dentro da administração humana e melhorar seu desempenho através de
técnicas que levassem em consideração o elemento humano”.
Posteriormente, ganha força a escola das relações humanas,
“a qual considera que um fator essencial da motivação do trabalhador individual é o grau em que ele se beneficia de relações satisfatórias com os outros membros de seu grupo de trabalho”. (Chiavenato, 1979, p. 109).
A escola das relações humanas, segundo Bergamini (2008, p. 6) surge
“como uma espécie de reação à posição da Administração Cientifica. Com ele
percebeu-se a importância de considerar a pessoa na sua totalidade”.
Dentre outros fatores, a experiência de Hawthorne, coordenada por
Elton Mayo, deu origem a Teoria das Relações Humanas. Tal experiência
buscava verificar e correlacionar as variáveis de natureza psicológica e
aspectos fisiológicos a produtividade.
O nome da pesquisa foi denominado Hawthorne em virtude do estudo
ter sido realizado nesse bairro, localizado em Chicago. A experiência foi
realizada numa fábrica de equipamentos e componentes telefônicos
denominados Western Eletric Company, no ano de 1927, cujo objetivo era de
“Determinar a relação entre a intensidade da iluminação e a eficiência dos
operários, medida através da produção.” Chiavenato (1979, p. 131). Em
seguida, a pesquisa estendeu-se ao estudo da fadiga, dos acidentes de
trabalho, da rotação do pessoal, e do efeito das condições físicas de trabalho
sobre a produtividade dos empregados.
A experiência foi suspensa em 1932 devido a crise de 1929. “Entretanto,
a influência dos seus resultados sobre a teoria administrativa foi fundamental,
abalando terrivelmente os princípios básicos da teoria clássica então
dominante” (CHIAVENATO,1979, p.137).
Com essa pesquisa Mayo e seus seguidores concluíram que:
“Essa motivação econômica (Determinada pelas teorias cientificas) era secundária na determinação do rendimento do trabalhador. Para a Teoria das Relações Humanas, as pessoas são motivadas principalmente pela necessidade de “reconhecimento”, de “aprovação social” e de “participação” nas atividades dos grupos sociais onde convivem” (CHIAVENATO, 1979, p 139).
Para Bergamini (2008, p.6):
24
“Os adeptos da orientação de Mayo consideravam que os objetivos motivacionais mais importantes a serem perseguidos eram o reconhecimento de como as pessoas eram úteis e importantes. Além disso, tornou-se necessário satisfazer aos desejos naturais dos trabalhadores de se considerarem como parte integrante de um grupo social. (...) A ênfase no relacionamento interpessoal é, então, o mais direto substituto da remuneração por produção, mantendo-se assim a fé de que fatores extrínsecos nada têm a ver com a pessoa e o trabalho que ela faz.”
Além da pesquisa de Mayo, a Teoria das Relações Humanas também
constatou certas necessidades humanas fundamentais para motivar o
indivíduo. Sendo estas as necessidades fisiológicas ou vegetativas, tais como
alimentação, sono, exercício físico, satisfação sexual, segurança, entre outros.
E as necessidades psicológicas, que representam um padrão mais complexo
de necessidade, pois raramente são satisfeitas em sua plenitude e vão se
desenvolvendo e se sofisticando gradativamente no decorrer da vida. São elas
a necessidade de segurança intima, a necessidade de participação, a
necessidade de autoconfiança, a necessidade de afeição e por fim a
necessidade de auto-realização e de expressão criativa (CHIAVENATO,1979).
A partir dai, chega-se a conclusão que cada individuo possui seu ciclo
motivacional, onde o individuo permanece em um estado de equilíbrio
psicológico até ser incentivado a uma nova necessidade, que provoca um
estado de tensão, que conduz um novo comportamento que gera a satisfação,
fechando o ciclo (CHIAVENATO, 1979).
Posteriormente, na década de 50, surge a abordagem comportamental
da organização, que desenvolve uma nova concepção de administração que
traz além de novos conceitos e variáveis, uma nova visão da teoria
administrativa baseada no comportamento humano das organizações
(CHIAVENATO, 1979).
Nesse período, dentre outros conceitos sobre motivação, foram criadas
três teorias, que “embora sejam hoje muito questionáveis em termos de sua
validade, essas teorias provavelmente ainda são a explicação mais conhecidas
sobre a motivação dos trabalhadores.” Robbins (2005, p.132). Essas teorias
são conhecidas como a hierarquia das necessidades de Maslow, as teorias X e
Y de McGregor e a de dois fatores ou higiene-motivação de Herzberg.
“Nós chamamos de teoria contemporânea não porque necessariamente
tenham sido desenvolvidas recentemente, mas porque representam o que de
25
mais avançado existe atualmente para explicar a motivação dos trabalhadores”
(ROBINS, 2005, p. 136).
2.3 MODELOS DE CLASSIFICAÇÃO DAS TEORIAS MOTIVACIONAIS.
Godim e Silva (2004) explicam em seu capitulo sobre motivação, que há
três tipos de classificação das teorias motivacionais.
O primeiro modelo divide as teorias da motivação em dois grupos:
teorias de conteúdo e teorias de processo.
As teorias de conteúdo explicam a motivação humana a partir das
necessidades ou carências, afirmando que a conduta é orientada para a sua
satisfação. Sua preocupação é apontar os diferentes tipos de necessidades
que orientam as ações humanas (Perez- Ramos, 1990, apud Gondim e Silva,
2004). Já as teorias de processo, entendem a motivação como um processo de
tomada de decisão em que estão em jogo as percepções, os objetivos, as
expectativas e as metas pessoais (GODIM E SILVA, 2004 p.148).
O segundo modelo de classificação também diferencia as teorias de
conteúdo e de processo, porém afirma que há outra dimensão de diferenciação
entre as teorias motivacionais, pois umas fazem referência ao reforço da
conduta e outros a cognição. O reforço da conduta se refere a motivação
analisando que o que deve manter o individuo motivado é a recompensa que
ele recebe depois, enquanto que a cognição busca o fator interno, ou seja, nas
percepções, nas interpretações e nas informações armazenadas tratadas e
recuperadas conforme a necessidade das pessoas de tomar decisões. Sendo
assim, a pessoa é motivada não pelo que vem depois (recompensa), mas sim
pelo que ocorre em sua mente (desejos intenções e metas) (GODIM E SILVA,
2004 p.148).
O terceiro modelo não leva em consideração as dimensões
consideradas pelos últimos dois modelos. Para Kanfer (1992), apud Gondim e
Silva (2004), autora do terceiro modelo, o que constitui o fator central da
diferenciação das teorias de motivação é a ação. Assim, a motivação é
fundamentalmente uma teoria da ação.
26
2.4 TEORIAS MOTIVACIONAIS E SUAS CLASSIFICAÇÕES
Uma das teorias mais conhecidas e uma das primeiras a serem
fundamentadas foi a hierarquia das necessidades de Maslow, classificadas por
Godim e Silva (2004) como de conteúdo de acordo com os dois primeiros
modelos de classificação, e longe da ação segundo o ultimo modelo.
A teoria define cinco categorias de necessidades existentes dentro de
cada ser humano. São elas: fisiológica, que inclui a fome, sede, abrigo, sexo e
outras necessidades do corpo; Segurança, que trata da segurança e da
proteção contra danos físicos e emocionais; Social, que está relacionado a
afeição, aceitação, amizade, e sensação de pertencer a um grupo; A estima,
incluindo fatores internos de estima, como respeito próprio, realização e
autonomia; e fatores externos de estima, como status, reconhecimento e
atenção; Por fim a auto-realização que é a intenção do individuo em tornar-se
tudo o que é capaz de ser, inclui o crescimento, alcance do seu próprio
potencial e autodesenvolvimento (ROBINS 2005).
Maslow separou as categorias em níveis mais altos e mais baixos,
estando presentes no patamar mais baixo as necessidades fisiológicas e de
segurança. Ele defendia que essas necessidades eram quase sempre
satisfeitas externamente, através de coisas como remuneração, acordos
sindicais e permanência no emprego. Já no patamar mais alto, ficou as demais
necessidades, que são aquelas relacionadas auto-realização, social e estima.
Estas são satisfeitas internamente.
À medida que uma necessidade se torna atendida, a próxima se torna
dominante e, desse modo, para motivar uma pessoa basta saber em que nível
da hierarquia das necessidades ela se encontra e focar a satisfação naquele
nível para que ela possa partir para o próximo.
Acerca das categorias das necessidades, Balcão (1977) afirma que a
hierarquia das necessidades não é fixa, existem pessoas que apresentam
necessidades fundamentais com ordem de prioridades diferentes umas das
outras. Para a autora (1977, p.356) “Há pessoas para as quais, por exemplo, a
auto-estima aparece mais importante do que o amor”.
Ela ainda afirma que:
27
“... Talvez tenha dado a impressão de que essas cinco séries de necessidades se apresentam numa relação de tudo-ou-nada. Dissemos, por exemplo: “Uma vez satisfeita uma necessidade surge a outra.” Isso pode dar a impressão errada de que uma necessidade deva ser 100 por cento satisfeita antes de atingir a próxima. Na realidade a maioria das pessoas normais em nossa sociedade se encontra parcialmente satisfeita e parcialmente insatisfeita em todas as necessidades fundamentais” (BALCÃO, 1977 p.359).
Seguindo a mesma linha de raciocinio de Maslow, e possuindo os
mesmos critérios de classificação, Alderfer redefiniu as cinco necessidades
hierarquizadas e as agrupou em três: ERC.
Existencia: Fisiológicas e de segurança.
Relacionamento: Sociais e Estima.
Crescimento: Auto-Realização.
Aldefer também afirmou que a motivação da condulta humana não
obedeceria a um sentido apenas progessivo, mas também regressivo devido a
frustrações de alguns encontrada na satisfação das necessidades mais
elevadas (GODIM E SILVA, 2004).
Mantendo a relação com a teoria de maslow, surge os estudos de
MGregor, que resultaram na teoria X e Y, e embora não sejam classificadas
como de processo ou de conteúdo, é definida por Robbins (2005) como uma
das explicações mais conhecidas sobre a motivação dos trabalhadores,
somado as teorias de Maslow e a teoria de dois fatores. Desse modo a teoria
serve como base para explicar como se apresenta a motivação dos
funcionários da lavanderia lavexpress.
A teoria caracteriza os funcionários segundo algumas premissas. Os
funcionários correspondentes a teoria X seriam os mais acomodados e
preguiçosos, que colocam a segurança e a estabilidade a cima da oportunidade
de um crescimento profissional, já os funcionários do tipo Y, seriam mais
desafiadores, tendendo a buscar mais responsabilidades no trabalho. Tal teoria
se associa com a de maslow de forma que os funcionários do tipo X são
aqueles que estão presos as necessidades mais basicas, presentes na base da
piramide, como a necessidade fisiologica e segurança. Já os funcionários Y
estariam mais associados ao topo da piramide(ROBINS, 2005).
Também considerada de conteúdo, e longe da ação segundo os
modelos de classificação das teorias motivacionais, há a Teoria das
28
Necessidades de McClelland que trata as necessidades como origem biológica,
assim como Maslow, mas não as analisa em forma de hierarquia (GODIM E
SILVA, 2004).
A teoria enfoca em três necessidades:
Realização: busca a excelência, de se realizar em determinados
padrões, de lutar pelo sucesso.
Poder: obter influência no comportamento de outras pessoas.
Associação ou associação: desejo de relacionamentos interpessoais
próximos e amigáveis.
Esses fatores se inter-relacionam e apesentam-se em níveis variados de
intensidade nas pessoas (GODIM E SILVA, 2004).
Outra teoria classificada de conteúdo, e segundo o terceiro modelo de
classificação longe da ação é a teoria dos dois fatores, conhecida também
como a teoria higiene-motivação, tal estudo foi proposto pelo psicológo
Frederick Herzberg, que procurava investigar o que as pessoas desejavam do
trabalho. Para isso pediu para que as pessoas escrevessem detalhadamente
situações em que se sentiriam muito bem ou muito mal em seu trabalho, e em
seguida classificou suas respostas e as dividiu em categorias (ROBINS, 2005).
A partir das respostas ele pode observar que os fatores intrinsecos, tais
como progresso, reconhecimento, responsabilidade e realização pareciam
estar relacionados a satisfação no trabalho e as pessoas que se sentiam bem
no trabalho atribuiam esses fatores a si mesmo, já os insatisfeitos, tendiam a
indicar fatores extrinsecos como a supervisão, a remuneração, as políticas da
empresa e as condições de trabalho (ROBINS, 2005).
O autor ainda afirma que:
“De acorodo com herzberg, os fatores que levam à satisfação no trabalho são diferentes e separados daqueles que levam à insatisfação. Portanto, os executivos que procuram eliminar os fatores que geram insatisfação podem conseguir paz, mas não necessariamente a motivação dos funcionários” (ROBINS,
2005p.135).
A teoria também defende que as condições em torno do trabalho, como
a qualidade da supervisão, salário, piliticas da empresa e condições fisicas do
trabalho entre outros, são caracterizados como fator higienicos e tais fatores
29
não desmotivam e nem motivam os funcionários, são apenas funções básicas
para que o funcionário trabalhe satisfeito. Já com relação a motivação, os
funcionários só estariam realmente motivados com fatores relacionados ao
trabalho em si, ou com os resultados diretos deles, como a oportunidade de
promoção, crescimento pessoal, reconhecimento, responsabilidade e
realização (ROBINS, 2005).
Tentando explicar melhor a motivação intrínseca e extrínseca de cada
indivíduo, surge a teoria da avaliação cognitiva de Deci, que procura explicar
como a motivação ocorre, de acordo com o segundo modelo está classificada
também como de conteúdo, e pelo terceiro modelo se situa em um nível
intermediário de ação.
Segundo Godim e Silva (2004, p.155), a teoria “Trata da percepção de
que a causa da ação se encontra no exterior ou no interior da pessoa que
responde pelo nível de motivação para a realização desta ação”.
Em outras palavras, Robins (2005, p.140) explica que a teoria propõe
“que a introdução de recompensas externas, como pagamento, para trabalhos
que eram anteriormente gratificantes apenas pelo seu conteúdo, tende a
reduzir a motivação”.
A justificativa para esse fato, segundo Robins (2005) é que o indivíduo
perde o controle sobre o próprio comportamento, diminuindo a motivação
intrínseca que existia.
Essas motivações intrínsecas podem ser exemplificadas como
realização, responsabilidade e competência. Enquanto que as extrínsecas se
referem à alta remuneração, promoção, boas relações com a supervisão e
boas condições do trabalho. Segundo Robins (2005) os motivadores
intrínsecos são independentes dos fatores extrínsecos.
Complementando:
“A polêmica trazida pela teoria da avaliação cognitiva está justamente nisso, quer dizer, na afirmativa de que recompensas extrínsecas podem vir a diminuir a motivação intrínseca. A percepção de que a “causa” da ação intrinsecamente motivada estaria localizada externamente e não internamente, poderia ter repercussões na motivação individual, contribuindo para gerar dependência de recompensas externas e diminuir o envolvimento afetivo com o trabalho” (GODIM E SILVA, 2004 p. 156).
30
Já Vroom, criou a teoria da expectativa, que procurou explicar como a
motivação ocorre, sendo classificada como uma teoria de conteúdo de acordo
com o primeiro modelo de classificação das teorias motivacionais. Porém ela
não procura definir ou categorizar como a motivação se define dentro de cada
indivíduo. Por isso ela é cognitiva e está definida, de acordo com segundo o
modelo de classificação como de processo, e o terceiro modelo defende que a
teoria se situa em um nível intermediário de ação.
Atualmente, se apresenta, segundo Robins (2005, p.148) “como uma
das explicações mais amplamente aceitas sobre motivação” Segundo essa
teoria, as pessoas escolhem suas ações de modo instrumental, procurando
maximizar seu prazer e seu ganho. Tais escolhas são feitas sobre três
conceitos cognitivos (GODIM E SILVA, 2004):
Valência: Atribuição de qualidade negativa ou positiva aos resultados
pretendidos. É o que faz com que a pessoa fique orientada afetivamente
a busca de um resultado.
Instrumentalidade: Força ou clareza da relação percebida entre a ação a
ser empreendida e a obtenção do resultado esperado.
Expectância: é a intensidade com que uma pessoa é capaz de antecipar
os resultados esperados e visualizar sua concretização.
Robins (2005, p. 149) explica em resumo que:
“A essência da teoria da expectativa é a compreensão dos objetivos de cada individuo, e as ligações entre esforço e desempenho, desempenho e recompensa e, finalmente, entre recompensa e alcance das metas pessoais”.
Locke e Lathan também tentam explicar como a motivação ocorre. Para
isso criaram a teoria do estabelecimento de metas, que de acordo com o
segundo modelo de classificação está definido como teoria de processo, e
segundo o terceiro modelo se encontram bem próximas da ação.
Segundo a teoria, é importante definir metas específicas para que as
pessoas possam realizar suas atividades motivadas, e as metas variam em
conteúdo e intensidade. Conteúdo porque podem ser fáceis ou difíceis,
especificas ou gerais, simples ou complexas. E a intensidade pode variar
conforme a percepção da importância do comprometimento com a meta.
31
Para explicar melhor, Godim e Silva (2004, p.154) afirmam:
“As metas claramente especificadas são os verdadeiros fatores motivadores da conduta humana no trabalho. Não basta solicitar a alguém que dê o melhor de si, isso é inespecífico e não ajuda a pessoa a visualizar o que se espera dela.” (...) “Além de especificar metas, é preciso que as pessoas às valorizem, as perceba como desafiadoras e não facilmente atingíveis por qualquer um”.
Ainda sobre o assunto, os autores explicam que:
“As metas e os objetivos, no entanto, não são suficientes para manter a motivação em níveis elevados, pois há fatores moderadores que interferem no processo, tais como a clareza dos objetivos, a dificuldade das tarefas, a aceitação da meta pela pessoa, as características individuais e a presença de feedback gerencial. Metas muito fáceis ou demasiado difíceis para serem atingidas podem não contribuir para o desempenho eficaz” (GODIM E SILVA 2004, p.155).
Fazendo relação com a teoria de estabelecimento de metas de Locke e
Lathan, surge à teoria do reforço, que embora tenha uma abordagem
comportamentalista, e por isso não está dentro das classificações das teorias
motivacionais, faz uma contrapartida à teoria do estabelecimento de metas de
modo que enquanto a teoria do estabelecimento de metas, ou fixação de
objetivos, como também pode ser denominada, tem uma abordagem cognitiva,
sugerindo que o que orienta as ações das pessoas são seus propósitos, a
teoria do reforço “ignora as condições internas do indivíduo e se concentra
apenas no que lhe acontece quando realiza uma ação qualquer.” Robins (2005,
p. 143). De acordo com a teoria, o reforço condiciona o comportamento.
A teoria do reforço não é motivacional, “Mas fornece poderosos meios
para analisar aquilo que controla o comportamento, e por isso, é sempre
considerada nas discussões sobre motivação” (ROBINS, 2005 p. 143).
A Teoria de fluxo de Csikszentmihaly também faz relação com o a teoria
do estabelecimento de metas de Locke e Lathan, pois acredita na importância
de definir metas e considera que elas precisam ser claras, porém segundo o
autor, deve haver uma intensa concentração e percepção de total controle da
atividade que esta sendo realizada para caracterizar a motivação, que segundo
a teoria é um estado emocional de curta duração e de alta ativação (GODIM e
SILVA, 2004).
32
Para Godim e Silva (2004, p. 156) “Uma das limitações dessa teoria é
que esse estado de fluxo não é facilmente atingível e durável, em especial a
atividades que a principio não despertam muito interesse”.
Os principais fatores para atingir tal estado seriam os seguintes:
feedbacks contínuos, permitir que a pessoa tenha controle do processo, ao
reconhecer que suas habilidades e potencialidades estão sendo mobilizadas
para o exercício da atividade, minimizar os fatores de distração, de modo que
haja intensa concentração no que se está fazendo e identificar as situações
potenciais capazes de provocar na pessoa esse estado de fluxo (GODIM e
SILVA, 2004).
A Teoria de fluxo de Csikszentmihaly é considerada segundo o primeiro
modelo de classificação de metas como de conteúdo, pelo segundo modelo é
classificada como de processo e pelo terceiro modelo é classificada como nível
intermediário de ação.
Existe também a teoria da aprendizagem social de Bandura, que explica
como a motivação ocorre, porém com um enfoque mais cognitivo, sendo
considerada de processo pelo segundo modelo, e como bem próxima da ação
de acordo com o ultimo modelo.
A teoria busca explicar as percepções, interpretações e as informações
armazenadas tratadas e recuperadas conforme a necessidade das pessoas de
tomar decisões.
Nesta teoria, a aprendizagem social é também referida como
aprendizagem por imitação ou observação. Para o autor a teoria consiste no
fato de que, “o êxito no alcance de objetivos depende de quatro componentes:
a auto-observação, auto-avaliação, auto-reação e auto-eficácia, que são
influenciados por fatores contextuais e de personalidade” (GODIM E SILVA,
2004, p.157).
A teoria da auto-regulação de Kanfer, Eccles e Wigfield, segue a mesma
linha argumentativa da teoria da aprendizagem social. E apresenta os mesmos
modelos de classificação.
A diferença básica entre elas é que Kanfer afirma que o processo de
auto-regulação envolve três componentes: auto-observação (atenção dirigida
para a pessoa) auto-avaliação(compreensão entre objetivos pretendidos e as
condições pessoais para atingi-los) e auto-reação (resposta efetiva a auto-
33
avaliação negativa ou positiva e a crença na capacidade de realização) (Godim
e Silva, 2004).
Para tentar quantificar a motivação, surgiu o modelo de características
do trabalho, que embora não seja de conteudo ou de processo, está entre as
teorias motivacionais definidas por Robbins (2005) e serve como base para
explicar como se apresenta a motivação.
O modelo propõe que todo tipo de trabalho ou função pode ser descrito
em termo de cinco dimensões essenciais, são elas:
Variedade de habilidades: O grau em que o trabalho requer
uma variedade de atividades diferentes, permitindo que o
funcionário utilize suas habilidades de varias formas,
tornando o trabalho mais dinâmico.
Identidade da tarefa: O grau em que o trabalho requer a
realização completa de uma peça inteira e identificável.
Assim, quanto mais o funcionário participa da realização de
uma tarefa do inicio até o fim, maior sua identidade com a
tarefa, pois maior é a percepção que ele tem da atividade
que está sendo realizada.
Significância da tarefa: O grau em que o trabalho tem um
impacto substancial sobre a vida ou o trabalho de outras
pessoas.
Autonomia: O grau de liberdade que o trabalho oferece
para que o indivíduo conclua suas atividades da forma
mais conveniente para ele, contando que respeite os
padrões e prazos da empresa.
Feedback: Obtenção clara e direta do grau de eficácia do
trabalho realizado para quem desempenhou a atividade.
34
Pode-se observar pelo modelo de características do trabalho que as três
primeiras dimensões do trabalho, Variedade da tarefa, identidade da tarefa e
significado da tarefa, quando existentes na tarefa, se combinam tornando a
percepção de um trabalho mais significativo para o indivíduo. Percebe-se
também que o trabalho que da autonomia, aumenta a responsabilidade
percebida pelos resultados do seu trabalho, e que a partir do feedback o
individuo passa a ter o conhecimento dos resultados de seu trabalho. Quanto
maior a presença desses três estados críticos psicológicos, maior o grau de
motivação, o desempenho e a satisfação do funcionário, e menor a
probabilidade do individuo deixar a organização. Por fim, percebe-se que as
dimensões essenciais de trabalho e os resultados pessoais são ajustados pela
necessidade de crescimento individual. Isso quer dizer que os indivíduos com
alta necessidade de crescimento tendem uma probabilidade maior de
experimentar os três estados psicológico críticos, sinal de um trabalho
enriquecido (Robins, 2005).
Por fim, a teoria da equidade, que também não está definida como de
conteúdo ou de processo, mas busca evidenciar a importância da igualdade na
motivação. Robins (2005, p. 145) afirma que:
“percebemos o que recebemos do trabalho (resultados) em relação ao que damos a ele (entradas) e comparamos nossa relação entre resultados-entradas com a relação entre resultados-entradas de outros funcionários relevantes. Quando a comparação traz a percepção de que estas relações são iguais, dizemos que existe um estado de equidade”.
Existem quatro pontos que o funcionário pode usar como referência na
comparação. São eles:
Próprio interno: Avalia as experiências do funcionário em outra posição
dentro da própria empresa.
Próprio externo: Avalia as experiências do funcionário em uma situação
fora da empresa.
Outro interno: Avalia outra pessoa ou grupo da mesma empresa.
Outro externo: Avalia outra pessoa ou grupo fora da empresa (Robbins,
2005).
35
3METODOLOGIA
O presente capítulo tem como objetivo apresentar os processos
metodológicos utilizados para a realização da pesquisa, descrevendo os
passos de desenvolvimento. Serão evidenciados os tipos de pesquisa,
população e amostra, assim como o instrumento de coleta de dados, o modo
da coleta e o método da análise.
A pesquisa pode ser definida como o procedimento racional e
sistemático no qual proporciona respostas aos problemas definidos. Segundo
Gil (2002), a pesquisa é solicitada quando não se tem informação suficiente
para resolver tal problema ou então quando a informação que se tem está em
desordem que não possa ser relacionada ao problema.
Para Oliveira (1999), a pesquisa tem por objetivo estabelecer uma série
de compreensões no sentido de descobrir respostas para as questões que
existem em todas as áreas do conhecimento humano, envolvendo a abertura
dos horizontes e a apresentação de diretrizes fundamentais, que podem
contribuir para o desenvolvimento do conhecimento.
Ainda para Oliveira (1999), a pesquisa tem por finalidade tentar
conhecer e explicar os fenômenos que ocorrem nas suas mais diferentes
manifestações e a maneira como se processam os seus aspectos estruturais e
funcionais.
3.1 TIPO DA PESQUISA
Ao realizarmos uma pesquisa, devemos considerar as dificuldades
envolvidas para se delimitar os fenômenos que a envolvem ou quantificar as
variáveis e suas causas. Normalmente o que ocorre é a ação de inúmeras
variáveis que agem e interagem ao mesmo tempo. Contudo, o pesquisador
deve esforçar-se para atingir o melhor índice de precisão, tendo em vista que
nenhum método utilizado é cem por cento preciso.
O tipo de pesquisa com relação ao procedimento adotado foi o estudo
de caso, que caracteriza-se por focar todos os seus esforços e um único caso,
geralmente escolhe-se esse tipo de pesquisa pelo desejo de aprofundar seus
36
conhecimentos a respeito de um determinado caso específico (Raupp e
Beuren, 2003).
Com relação aos objetivos, o tipo da pesquisa é descritivo exploratório.
Por meio da pesquisa exploratória, a intenção é conhecer com maior
profundidade um assunto, de modo a torna-lo mais claro ou construir questões
importantes para a condução da pesquisa (Raupp e Beuren, 2003).
Descritiva pelo fato de que o pesquisador apenas registra e descreve os
fatos observados sem interferir neles, com a intenção de descrever as
características de determinada população ou fenômeno ou o estabelecimento
de relações entre variáveis (Prodanov e Freitas, 2013).
3.2 POPULAÇÃO E AMOSTRA
A empresa estudada é uma lavanderia que presta serviços de lavagem e
passadoria em roupas doméstica e industrial (vestuário misto e cama, mesa e
banho).
Atualmente a empresa conta com uma unidade de tratamento da
rouparia e duas unidades de coleta de roupas, além de contar com dois
veículos que também realizam coletas e entregas mediante solicitação do
cliente por telefone. Atualmente a organização conta com 14 colaboradores. A
intenção era fazer uma pesquisa censitária. Porém, ficaram isentos da
pesquisa dois funcionários por estarem de licença médica bem como a
proprietária e administradora da empresa, o que gerou uma amostra de 11
funcionários.
3.4 COLETA DE DADOS
A coleta de dados foi feita através da aplicação de um exercício de
dinâmica de grupo adaptado de Fritzen (1990), cujo objetivo é conscientizar os
indivíduos acerca de suas necessidades pessoais de trabalho e como estas
variam em intensidade, relacionar as necessidades dos funcionários da
empresa com as oportunidades em encontrá-las e, por ultimo, valorizar a teoria
que relaciona as necessidades individuais com as da empresa. Assim , tal
37
instrumento mostrou-se útil para atingir os objetivos propostos para esse
trabalho.
3.5 MODO DE COLETA
Inicialmente foi realizada uma entrevista pessoal onde à pergunta era o
que os funcionários da lavanderia esperavam com o seu trabalho. Em seguida,
foi realizada uma segunda etapa com uma planilha contendo todas as
respostas citadas na primeira pergunta, que foram entregues a cada
funcionário e foi pedido que eles enumerassem as respostas por ordem de
prioridade. e que falassem dentre as alternativas citadas na primeira pergunta,
qual delas eles conseguiam conquistar na lavanderia Lavexpress.
3.6 MÉTODO DE ANÁLISE DOS DADOS
As respostas à primeira pergunta foram agrupadas e organizadas por
ordem alfabética. A tabela 01, apresentado no capítulo dos resultados, faz
referência a essas respostas e a frequência das mesmas. Em seguida, uma
lista com essas respostas foi entregue a cada funcionário, e pedido que eles
fizessem uma ordem de prioridade para as dezessete (17) alternativas (da mais
importante a menos importante). Para facilitar o entendimento acerca da
análise, a ordem de prioridade foi dividida em quatro (04) grupos: Da primeira a
quarta prioridade definida pelos funcionários foram classificadas como muito
importantes, da quinta até a oitava prioridade foi classificada como importante,
da nona até a décima segunda ficaram definidas como relativamente
importantes, e por fim, da décima terceira até a décima sétima foram
classificadas como menos importantes. A tabela 02 (capítulo dos resultados)
faz referência às respostas dos funcionários nessa parte da dinâmica.
Para responder a ultima questão sobre o que os funcionários
conseguiam realizar no trabalho, foi apresentado novamente uma lista com as
respostas obtidas com a primeira pergunta aos entrevistados, e solicitado que
eles marcassem com um “X” naquelas alternativas em que eles sentiam que
tinham a oportunidade de satisfazer no emprego atual. A tabela 03, também no
capítulo dos resultados, apresenta esses dados.
38
4RESULTADOS
Neste capitulo serão apresentados, os dados obtidos na pesquisa.
Primeiramente, traçam-se as análises descritivas do exercício para, em
seguida, enfatizar a os pontos mais relevantes dos resultados.
4.1 PERFIL DO TRABALHADOR
O perfil dos trabalhadores foi feito a partir de dados funcionais da
lavanderia Lavexpress. O quadro de funcionários é composto por: um (01)
administrador; dois (02) recepcionistas; um (01) entregador; dois (02)
lavadores; sete (07) passadeiras; um (01) embalador. Totalizando quatorze
(14) funcionários.
Destes, onze (11) são mulheres. Suas idades variam entre vinte e sete
(27) e cinquenta (50) anos, sendo apenas dois com menos de trinta(30) anos, e
um com cinquenta (50) anos. Quanto ao estado civil, quatro (04) são solteiros,
apenas um (01) não tem filhos. Com relação à escolaridade apenas um (01)
tem o curso de graduação, quatro (04) concluíram o ensino médio, e os sete
(07) restantes só concluíram até o ensino fundamental. E quanto ao tempo de
serviço, oito (08) dos funcionários estão na empresa há pelo menos três anos.
4.2 O QUE OS FUNCIONÁRIOS ESPERAM COM RELAÇÃO AO SEU TRABALHO.
Para avaliar o que os funcionários esperavam com os resultados do seu
trabalho foi feita uma pergunta direta aos mesmos, conforme descrito na
metodologia. A tabela 01 apresenta as respostas dos entrevistados, totalizando
dezessete alternativas, que foram agrupadas e organizadas por ordem
alfabética, ao lado está descrito o número de funcionários que responderam
cada uma das opções.
39
Tabela 01- Resultados sobre o que se espera com seu próprio trabalho.
O QUE VOCÊ ESPERA COM O SEU
TRABALHO?
NÚMERO DE FUNCIONÁRIOS QUE
RESPONDERAM CADA ALTERNATIVA.
Benefícios (Cesta básica, Plano de saúde) 3
Boas condições de trabalho 3
Bom relacionamento com o chefe 1
Comprar a casa própria 5
Corresponder às expectativas das
empresas
3
Crescimento pessoal 6
Crescimento profissional 1
Estabilidade no emprego 3
Independência 1
Liberdade 4
Não ficar parado(a) 1
Pagar um curso 1
Poder trabalhar no seu próprio ritmo 1
Salário 11
Ser bem sucedido 1
Sustentar a família 2
Ter mais experiência profissional 1
Como pode ser observada, a única opção apresentada por todos os
funcionários foi o salário, em seguida, a opção mais relatada foi o crescimento
pessoal, sugerido por seis (06) dos onze (11) funcionários. Na sequencia, vem
o desejo de comprar a casa própria e a liberdade. Três (03) funcionários
referiram benefícios, boas condições de trabalho, corresponder às expectativas
das empresas e a estabilidade no emprego. Dois (02) funcionários listaram
poder sustentar a família como um desejo que se espera realizar com o
trabalho e apenas um (01) funcionário listou o bom relacionamento com o
chefe, crescimento profissional, independência, não ficar parado, pagar um
curso, trabalhar no seu próprio ritmo, ser bem sucedido ou ter mais experiência
profissional.
4.3NIVEL DE IMPORTÂNCIA DADA AOS RESULTADOS ESPERADOS DO TRABALHO
40
Das respostas obtidas sobre o que se espera com o seu trabalho, foi
pedido que cada um dos funcionários as organizasse por ordem de prioridade,
no sentido da importância que cada uma tem ao serem comparadas. A tabela
02 mostra os resultados obtidos.
Tabela 02-Prioridade dos funcionários no emprego atual.
O QUE VOCÊ ESPERA COM O SEU TRABALHO?
O QUE VOCÊ ACHA MAIS IMPORTANTE?
Muito importante
Importante Relativamente importante
Menos importante
Salário 11 0 0 0
Benefícios 7 3 1 0
Boas condições de trabalho
6 2 3 0
Sustentar a familia 6 1 3 1
Corresponder as expectativas da empresa
3 2 4 2
Bom relacionamento com o chefe
4 4 3 0
Ser bem sucedido 1 4 2 4
Comprar a casa própria
1 6 2 2
Crescimento pessoal 1 3 4 3
Crescimento profissional
0 3 3 5
Estabilidade no emprego
0 3 5 3
Independência 0 3 5 3
Liberdade 0 3 1 7
Pagar um curso 0 4 2 6
Ter mais experiência profissional.
1 2 5 3
Poder trabalhar no seu ritmo próprio
2 1 0 8
Não ficar parada. 1 0 1 9
Dos onze (11) entrevistados, todos colocaram o salário como muito
importante. Assim, percebe-se claramente que é a maior prioridade deles.
41
Em seguida vieram os benefícios, onde sete (07) dos entrevistados
colocaram como muito importante, três (03) como importante e apenas um (01)
como relativamente importante.
Em terceiro lugar nas prioridades dos funcionários vem à necessidade
de boas condições de trabalho. Seis (06) funcionários julgaram este item como
muito importante, dois (02) como importantes e os três restantes (03) como
relativamente importante.
A teoria dos dois fatores de Herzberg defende que fatores como salários
e boas condições de trabalho são considerados fatores higiênicos e estes não
motivam nem desmotivam ninguém, apenas são funções básicas para o
funcionário trabalhar satisfeito.
O fato de poder sustentar a família a partir do trabalho é a quarta maior
preocupação dos funcionários. Assim como nas necessidades de boas
condições de trabalho, seis (06) funcionários também colocaram como sendo
muito importante. Porém, apenas um (01) funcionário julgou importante, três
(03) como relativamente importante, e um (01) julgou como menos importante
pelo fato de não ter filhos.
Fazendo uma relação com a teoria da hierarquia das necessidades de
Maslow, percebe-se que os fatores de maior importância para os funcionários
encontram-se na base da pirâmide, onde ficam as necessidades fisiológicas, e
em seguida as de segurança, como por exemplo, o salário, os benefícios, as
boas condições de trabalho e a necessidade de sustentar a família.
Em continuidade, o fato de corresponder às expectativas da empresa se
apresenta como a quinta prioridade para os funcionários. Três (03) deles
colocaram como um fator muito importante procurar ser um bom funcionário, o
restante ficou variado da quinta até a décima quarta na escala de prioridades.
Em seguida, vem à necessidade em manter um bom relacionamento
com o chefe, embora apenas quatro (04) funcionários tenham colocado como
um fator muito importante. No entanto, quatro (04) classificaram como
importante e três (03) como relativamente importante, o que, em um total de
dezessete (17) resultados, passa a ser uma necessidade premente.
Fazendo uma comparação entre os resultados obtidos com a teoria
ERC, percebe-se que as prioridades dos funcionários da lavanderia se
concentram nas necessidades de existência e relacionamento, definidas por
42
Alderfer, sendo mais de existência, do que de relacionamento, visto que a
única necessidade de relacionamento apresentada pelos funcionários era de
ter uma boa relação apenas com o chefe, não demonstrando preocupação em
pertencer a um grupo.
Em seguida, vem como prioridade comprar a casa própria apenas um
(01) dos funcionários definiram como muito importante, mas a maioria,
totalizando seis (06) funcionários julgam importantes, os quatro (04) restantes
ficaram divididos de modo que dois (02) acharam relativamente importante e os
outros dois (02) menos importante.
Ser bem sucedido vem em seguida, apenas um (01) funcionário colocou
como muito importante quatro (04) colocaram como importantes dois (02) como
relativamente importantes, e os quatro (04) restantes como menos importantes.
O crescimento pessoal, estabilidade no emprego, e ter mais experiência
profissional e independência se caracterizam como relativamente importante
para os funcionários. Seus resultados ficaram mais concentrados da nona até o
décimo segundo lugar na ordem de prioridade deles.
Por fim, o que demonstra menos relevância para eles na respectiva
ordem é, não ficar parado, poder trabalhar no próprio ritmo, liberdade, pagar
um curso e o crescimento profissional. O que chama mais a atenção é que
nove (09) entrevistados colocaram o fato de ficar parado entre o décimo
terceiro e o décimo sétimo lugar, e 08 deles colocaram o fato de poder
trabalhar no seu próprio ritmo na mesma posição.
A teoria X e Y defende que aqueles funcionários que encontram suas
necessidades mais presas a base da pirâmide da teoria de Maslow geralmente
tem o perfil dos funcionários da teoria X, que tendem a ser funcionários menos
ambiciosos e mais preguiçosos. Isso explica o fato de os funcionários julgarem
menos importante itens como crescimento pessoal, crescimento profissional
entre outras características que demonstrem a ambição.
4.4PERCEPÇÃO DOS FUNCIONÁRIOS QUANTO AO ATENDIMENTO ÀS SUAS NECESSIDADES.
Para avaliar a percepção dos funcionários quanto à possibilidade de
suas necessidades serem atendidas, foi pedido que eles marcassem com um
43
“X” nas alternativas em que eles sentiam que tinham a oportunidade de
satisfazer em seu emprego atual, conforme descrito na metodologia. A tabela
03 apresenta esses dados.
Tabela 03– Quantificação da percepção dos funcionários em satisfazer suas necessidades.
QUAL NECESSIDADE VOCÊ CONSEGUE
REALIZAR NO SEU EMPREGO ATUAL?
NÚMERO DE FUNCIONÁRIOS QUE
RESPONDERAM CADA ALTERNATIVA.
Benefícios (Cesta básica, Plano de saúde) 0
Boas condições de trabalho 5
Bom relacionamento com o chefe 9
Comprar a casa própria 1
Corresponder as expectativas das
empresas
5
Crescimento pessoal 3
Crescimento profissional 4
Estabilidade no emprego 4
Independência 0
Liberdade 6
Não ficar parado(a) 1
Pagar um curso 1
Poder trabalhar no seu próprio ritmo 4
Salário 10
Ser bem sucedido 1
Sustentar a família 7
Ter mais experiência profissional 5
Para os funcionários, o que eles esperam com o trabalho deles, e está
em primeiro grau de importância, é o salário, e 10 dos 11 entrevistados acham
que conseguem a oportunidade de satisfazer essa necessidade através do
trabalho na lavanderia.
Em seguida vêm os benefícios, que embora esteja em segundo lugar em
suas prioridades, eles não conseguem esse tipo de incentivo na lavanderia. Em
terceiro lugar estão as boas condições de trabalho, onde cinco (05)
entrevistados acreditam conseguir trabalhar em um ambiente favorável.
44
Continuando, os funcionários também tem como prioridade sustentar a família,
e sete (07) deles têm a oportunidade de satisfazer essa necessidade. Em
quinto lugar, cinco (05) dos onze (11) funcionários entrevistados acreditam que
são funcionários exemplares e corresponde a expectativa da empresa. E
embora na lista de prioridade dos funcionários não seja tão importante um bom
relacionamento com o chefe, apenas dois (02) acreditam não conseguir atingir
esse objetivo. Acredita-se que tal fator deve-se ao fato de que a administradora
da empresa oferece total liberdade e facilidade de comunicação entre ela e os
funcionários.
A respeito da casa própria, apenas um (01) acredita ter a oportunidade
de realizar esse objetivo através do trabalho.
Com relação ao crescimento pessoal, crescimento profissional, a
estabilidade no emprego, liberdade, pagar um curso ou ter mais experiência
profissional, em média quatro (04) funcionários acreditam que seja possível
conseguir essas oportunidades com o emprego atual.
A média de percepção dos funcionários é a mesma para os fatores
menos importantes que eles consideram, tais como poder trabalhar em seu
próprio ritmo e não ficar parada.
Porém tais fatores dependem unicamente do funcionário. A empresa
analisada não trabalha com metas e a parte de maquinário, que exige o ritmo
da máquina, só corresponde a um funcionário, e ainda assim os processos
demoram em média quarenta minutos, não exigindo dessa forma um ritmo
acelerado do operador. Porém, quando eventualmente há uma demanda maior
de roupas, os funcionários são mais cobrados para cumprirem com os prazos,
e devido a isso sete (07) dos entrevistados não conseguem ter essa
percepção.
Nenhum funcionário identificou a liberdade como oportunidade de ser
realizada trabalhando na lavanderia.
45
5. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES
As evidências encontradas permitem algumas conclusões de acordo
com os objetivos traçados para esse trabalho que foi analisar a motivação para
o trabalho, dos funcionários de uma lavanderia no município de Natal.
Assim, seguindo as respostas obtidas com a aplicação do exercício, a
motivação organizacional poderia ser considerada algo que pode melhorar
entre os funcionários da lavanderia.
Por mais que a motivação seja algo intrínseco as pessoas, a
organização pode criar um ambiente favorável, de modo que alinhe os
objetivos das pessoas com os das organizações.
O item que mais desmotiva os funcionários, de acordo com os
resultados apresentados, é a questão dos benefícios, que os entrevistados
julgam muito importante, mas a empresa não proporciona.
A adoção de incentivos como a cesta básica ou um plano de saúde, por
exemplo, ajudaria a criar um ambiente mais favorável à motivação dos
indivíduos.
As boas condições de trabalho é um item de fundamental importância
para os funcionários, porém é pouco percebido por eles.
Maslow categoriza de acordo com a hierarquia das necessidades uma
boa condição de trabalho como fator de segurança, e a medida que as
condições de trabalho são melhoradas os funcionários passam a se sentir mais
protegidos contra danos físicos ou emocionais. A compra de novos
equipamentos, por exemplo, possibilitaria ao funcionário uma percepção
favorável acerca das boas condições de trabalho.
Um fator importante para melhorar a motivação também seria que o
gestor criasse o habito de dar um feedback para os funcionários. O modelo de
características do trabalho defende a importância desse retorno para que o
funcionário tenha um entendimento melhor da significância do seu trabalho e
saber se esta desempenhando bem suas atividades ou não. O feedback ajuda
o indivíduo em uma auto-avaliação, que segundo a teoria de aprendizagem
social de Bandura e a teoria de auto-regulação de Kanfer é um dos
componentes essenciais para que o indivíduo possa ter êxito no alcance de
seus objetivos.
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Conclui-se que o salário, aliado ao bom relacionamento com o chefe e
ao fato da maioria dos funcionários conseguirem sustentar suas famílias com o
trabalho são fatores que influenciam positivamente a motivação dos
funcionários.
Pode-se constatar que o fato de que apenas um (01) funcionário ter
sugerido uma alternativa sobre o que espera que com o seu trabalho, não
exclui a percepção de que mais de um possa sentir que tem a oportunidade de
satisfazer essa necessidade em seu emprego atual. Alguns funcionários podem
ter sugerido apenas as suas necessidades primordiais quando lhes foi
perguntado o que eles esperavam com o trabalho, mas ao ver as
possibilidades levantadas por outros entrevistados foram capazes tanto de
definir um grau de importância para elas, como de perceber se tinham a
oportunidade de conseguir aquilo no trabalho ou não.
Nota-se que a metodologia escolhida para o trabalho proporcionou fazer
uma relação de algumas teorias com os resultados obtidos pelo exercício e
assim foi possível verificar como se configura a motivação dos funcionários de
uma lavanderia de Natal. Percebe-se que os funcionários não estão
completamente motivados por não conseguirem satisfazer na lavanderia
alguma das necessidades que eles julgam ter uma prioridade maior para eles,
como é o caso dos benefícios, Porém, o salário que é o item mais importante
para eles, apenas não é percebido como uma necessidade que pode ser
satisfeita na lavanderia por um (01) funcionário, e pelo menos nos sete
primeiros itens que eles julgam mais importantes, de quatro (04) a nove (09)
funcionários percebe a oportunidade de satisfazê-las. Essa quantidade
comparada ao número de funcionário da empresa corresponde a um pouco
mais da metade dos funcionários, o que é uma boa média.
Por fim, com o estudo de caso foi possível identificar fatores que podem
impulsionar o indivíduo a ficar motivado, identificando não só o que eles
esperam, mas também aquilo que é mais importante para eles, e a percepção
que eles têm do que é possível conseguir no emprego atual deles.
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS: AGUIAR, Psicologia aplicada a administração. São Paulo. Editora Atlas, 1988.
ARAÚJO, L. Gestão de Pessoas. São Paulo: Atlas, 2006. BERGAMINI, CW. A motivação nas organizações. 4ª ed. São Paulo: Atlas, 1997. ____________. Motivação: mitos, crenças e mal-entendidos. In BERGAMINI, Cecília W. e CODA, Roberto. Psicodinâmica da vida organizacional: Motivação e Liderança. 2ª ed. São Paulo: Atlas, 1997. CHIAVENATO, Teoria Geral da Administração. V.1, São Paulo: McGraw-Hill do Brasil, 1979. ___________, Teoria Geral da Administração. V.2, São Paulo: McGraw-Hill do Brasil, 1979. DAVIS, K.; NEWSTRON, J. W. Comportamento humano no trabalho: uma abordagem organizacional – volume 2. 3. ed. São Paulo: Pioneira, 2004. 147 p. FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Novo Dicionário da Língua Portuguesa. 2ª ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1986. FIORELLI, José Osmir. Psicologia para administradores. Integrando a teoria e a prática- 6. Ed. São Paulo: Atlas, 2009. GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 4ªed. São Paulo: Atlas, 2007. Gondim, Sônia Maria Guedes & Silva, Narbal (2004). Motivação para o trabalho. In: Zanelli, José Carlos, Borges-Andrade, Jairo Eduardo & Bastos, Antonio Virgílio Bittencourt (orgs). Psicologia, organizações e trabalho no Brasil.(pp.145-176). Porto Alegre: Artmed. HACKMAN, J. Richard, OLDHAM, Greg R..Work Redesign. Addison-Wesley PublishingCompany, 1980. LÉVY-LEBOYER, C. A crise das motivações. São Paulo: Atlas, 1994. Tradução de: La crise desmotivations. MAXIMIANO, A.Teoria geral da administração. São Paulo. Editora Atlas, 2004. MINICUCCI, AGOSTINHO. Psicologia aplicada à administração – 5.ed. São Paulo: Atlas, 1995.
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ANEXO A- EXERCICIO
Analise entre as alternativas do que você espera com o seu trabalho,
aquelas que são mais importantes para vocês, colocando o número um (01) o
item que for mais importante para você, até o item dezessete (17) que
representa o que é menos importante, criando assim uma ordem de
prioridades.
Em seguida, na coluna ao lado, marque com um “X” entre as alternativas
sobre o que você espera com o seu trabalho, aquelas que você acha que sente
a oportunidade de realizar no seu emprego atual.
Exemplos: Se para você as boas condições de trabalho é o fator mais
importante no trabalho, coloque o um (01) ao lado da opção, na coluna que se
refere ao que você acha mais importante. Se a segunda coisa mais importante
for os Benefícios, coloque o dois (02) ao lado da opção, até que se chegue ao
numero dezessete (17) que deve estar ao lado daquele item que for menos
importante.
Em seguida, se você acha que tem a oportunidade de conseguir um
salário no seu emprego atual, marque um “X” na mesma linha da alternativa, na
coluna “Qual delas você consegue realizar no trabalho”.
O QUE VOCÊ ESPERA COM O SEU TRABALHO?
O QUE VOCÊ ACHA MAIS IMPORTANTE?
QUAL DELAS CONSEGUE REALIZAR NO TRABALHO
Benefícios (cesta basica, plano de saude) Boas condições de trabalho Bom relacionamento com o chefe Comprar a casa própria Corresponder as expectativas da empresa, ser um funcionário exemplar Crescimento pessoal Crescimento profissional Estabilidade no emprego Independência Liberdade Não ficar parada. Pagar um curso Poder trabalhar no seu ritmo próprio Salário Ser bem sucedido profissionalmente e pessoalmente Sustentar os filhos, família Ter mais experiência profissional. Ter uma profissão