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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA
PROGRAMA INSTITUCIONAL DE BOLSA DE INICIAÇÃO À DOCÊNCIA
ABORDANDO A HISTÓRIA DA MATEMÁTICA ATRAVÉS DE ATIVIDADES
DIDÁTICAS E CULTURAIS E ENSINANDO MATEMÁTICA VIA HISTÓRIA
GISALMIR NASCIMENTO DA SILVA
JÉSSICA PATRÍCIA GARCIA DE ARAÚJO
NATAL - RN
2013
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GISALMIR NASCIMENTO DA SILVA
JÉSSICA PATRÍCIA GARCIA DE ARAÚJO
ABORDANDO A HISTÓRIA DA MATEMÁTICA ATRAVÉS DE ATIVIDADES
DIDÁTICAS E CULTURAIS E ENSINANDO MATEMÁTICA VIA HISTÓRIA
Pré-Projeto do Programa Institucional de Bolsa
de Iniciação à Docência apresentado à
coordenação do subprojeto de Matemática da
Universidade Federal do Rio Grande do Norte –
Campus Natal, para exposição de propostas de
tendências em sala de aula.
Orientadora: Giselle Costa de Sousa
Natal-RN
2013
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SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO .............................................................................................. 3
2 JUSTIFICATIVA .......................................................................................... 4
3 OBJETIVOS................................................................................................... 5
3.1 OBJETIVO GERAL ........................................................................................ 5
3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS .......................................................................... 5
4 REFERENCIAL TEÓRICO ........................................................................ 6
5 PERCURSO METODOLÓGICO ................................................................ 7
6 CRONOGRAMA ........................................................................................... 12
REFERÊNCIAS ............................................................................................. 13
APÊNDICES .................................................................................................. 14
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1 INTRODUÇÃO
Apesar de apresentar melhoras na educação, o Brasil se encontra entre os piores
colocados em ranking internacional de ensino. O país ficou com a 53ª colocação entre
65 países no Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa), elaborado pela
Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Este
programa avalia, em vários países, o desempenho escolar dos estudantes da educação
básica nas áreas de Leitura, Ciências e Matemática. Assim, podemos considerar que o
ensino/aprendizagem em Matemática tem encontrado bastante dificuldade em
desenvolver, nos alunos, a criatividade, o raciocínio e a confiança na capacidade de
aprender esta disciplina. Para os alunos, a matemática é uma disciplina extremamente
difícil, as aulas são vistas somente como um treino técnico, onde somente decoram
fórmulas e na maioria das vezes, não sabem a origem e a utilidade delas no seu
cotidiano. Por sua vez a ansiedade de alguns alunos em saber por que, quando e para
quê servem os diversos temas matemáticos estudados nos impulsionou a desenvolver
métodos que apresentem a história da matemática num contexto escolar, para facilitar o
ensino de muitos conteúdos matemáticos e para tornar a aula mais atrativa, recreativa e
bem concebida pelos alunos.
Focando nessas problemáticas, sugerimos abordar a história da matemática em
atividades didáticas e culturais com o objetivo de envolver o aluno através de ações que
chamem sua atenção. Contextualizando historicamente toda a matemática, almejamos
situá-los dos acontecimentos respondendo a algumas das suas indagações. Assim,
utilizando-se desse ótimo recurso (a história), pretendemos ensinar a matemática
apresentando as diversas maneiras de solucionar os problemas e os métodos de
responder a determinadas questões mostrado por diferentes povos.
Com esse propósito, abordaremos a seguir os objetivos, geral e específicos,
enfatizando as finalidades deste projeto e tomando base nas atividades e pesquisas
desenvolvidas por vários pesquisadores da área de educação matemática, que utilizaram
a história da matemática na sala de aula. Posteriormente, descrevemos no percurso
metodológico, seguido pela sequência de atividades a serem realizadas nos nossos
encontros, dentre as quais, realizaremos um estudo dos colaboradores da matemática1,
1 Biografia dos Matemáticos e suas contribuições.
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em paralelo com jogo de perguntas e respostas2, com a construção de história em
quadrinhos pelo software HagaQuê3, bem como a produção de paródias e encenações
envolvendo a vida desses colaboradores. E por fim, apresentamos o cronograma das
atividades do projeto, baseando-se no primeiro semestre do ano letivo da escola onde se
realizará a pesquisa (E. E. Nestor Lima).
2 JUSTIFICATIVA
Seguindo os Parâmetros Curriculares Nacionais (BRASIL, 1997), a História da
Matemática oferece uma grande contribuição ao processo de ensino/aprendizagem em
Matemática. Podemos através desta, revelar a matemática como uma criação humana,
mostrando as necessidades e preocupações de diferentes povos. No entanto, a partir do
momento em que fazemos ligações dos conceitos abordados em sala de aula com o seu
contexto histórico, fazemos da História da Matemática um instrumento de resgate da
identidade cultural transmitindo os aspectos socioculturais.
Assim, o ensino da matemática pode contribuir (nesta ótica) para que os alunos
desenvolvam habilidades quando colocados em processo de aprendizagem, de modo
que, seja valorizado o raciocínio matemático, fazendo assim produzir conhecimento
num processo investigativo (BRASIL, 2006).
Sabemos que o ensino da Matemática tem apresentado uma grande deficiência,
sobretudo, pelos dados preocupantes revelados pelos exames nacionais, que também
apontam para a desmotivação dos discentes. Para reverter tal situação, temos na História
da Matemática um agente motivador que assume características atrativas aos olhos dos
estudantes, pois, podemos estudar a História de várias formas e por meio dela ensinar a
Matemática, seja ela por um jogo de perguntas após um estudo da história (Biografia
dos Matemáticos), ou por peças, paródias e também com poesias.
Queremos cumprir um papel mediador mostrando situações que confrontem as
ideias dos alunos, fazendo redescobertas de conceitos e métodos matemáticos, mas
especialmente potencializando o ensino pela motivação, desenvolvendo encenações,
produzindo paródias e apresentando como surgiram as fórmulas até hoje utilizadas.
2 Perguntas e respostas de múltipla escolha com base no estudo das biografias.
3 Editor de histórias em quadrinhos com fins pedagógicos que facilita o processo de criação de histórias.
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Desse modo, através destes recursos culturais contaremos a biografia dos matemáticos e
suas descobertas. Queremos que o aluno crie o gosto pela disciplina compreendendo
todos os tópicos estudados, conseguindo assim, retirar dos diálogos estudantis a
matemática difícil e tão memorizada. Um aspecto de relevância para esta proposta
justifica-se pelo fato de usarmos a dicotomia: o gosto por atividades culturais (paródias,
peças, poesias e entre outros) e o desinteresse por matemática. Assim, usaremos o que
gostam para aprender e motivar o que não gostam.
Centrados nesses ideais e a fim de cumprir essas finalidades, apresentamos os
objetivos a seguir.
3 OBJETIVOS
3.1 OBJETIVO GERAL
Nosso objetivo, enquanto orientadores da tendência de História da Matemática, é
de ensinar a matemática utilizando o seu contexto histórico apresentando a vida e obras
de seus contribuintes através de atividades que abordem o conteúdo elaborado e por
meio desse estudo, trabalhar a história da matemática em peças teatrais, elaboração de
quadrinhos e construção de paródias.
3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Elaboração do Catálogo.
Utilizar a história da matemática como ferramenta motivadora para o estudo da
matemática.
Apresentar as biografias dos matemáticos que colaboraram com o
desenvolvimento da matemática.
Realizar através de peças teatrais, paródias, jogral, e versos cantados, como
também a dança, uma apresentação da vida e contribuições dos maiores
matemáticos da história, incluindo as mulheres matemáticas.
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Ornamentar, junto aos alunos, o laboratório de ensino de matemática e a sala da
professora de matemática com atividades realizadas pelos próprios discentes.
4 REFERENCIAL TEÓRICO
Tomando inicialmente Mendes (2005) e Gutierre (2011) por referência, a nossa
proposta se fixa em atividades culturais e atrativas aos olhos dos alunos, que por meio
de atividades dinâmicas, despertem o interesse dos mesmos pela matemática, com a
finalidade de usar a história como um auxílio nas aulas, apresentando métodos
históricos que facilitam a compreensão dos conceitos e eliminam àquela matemática
difícil e algebricamente incompreensiva das discursões em sala de aula.
[...] acreditamos que a História da Matemática deva ter um lugar no
ensino da Matemática, pois o professor que lança mão desse recurso
pode prestar grande auxílio nas aulas, resgatando, além de aspectos
inerentes a algumas demonstrações, o estímulo à imaginação e à
criatividade do aluno. (GUTIERRE, 2011, p.19)
Acrescentando, a história da matemática apresenta em sua essência uma
característica psicológica: a motivação, visto que a matemática em si, com inúmeros
conceitos e métodos de difícil compreensão tem sido um fator desmotivador, como
também os problemas propostos pela disciplina que estão longe de ser encarados pelos
alunos como meros desafios que podem ser resolvidos. Vale aqui ressaltar que as aulas
pautadas na história da matemática se estabelecem em três visões diferentes, sendo elas
do ponto de vista do aluno - que tanto pode motivar como não despertar interesse, na
metodologia do professor que deve buscar caminhos dinâmicos que colaborem com a
aprendizagem do aluno, e também devido às experiências vividas pelos professores de
história (Geral e do Brasil) que se queixam da falta de motivação. Segundo Fossa (1998,
apud GUTIERRE, 2011, p.22):
[...] História da Matemática terá alto poder motivador para alguns
alunos, mas não para outros. Não podemos esperar que a história
resolva todas as nossas enfermidades pedagógicas, mas podemos
esperar que nos ajude a superar algumas delas.
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Cientes das possibilidades e limites, Miguel e Miorim (2008) colocam que o uso da
história da matemática pode contribuir na aprendizagem dos conteúdos, entrando
paralelamente de acordo com as propostas de Gutierre (2011).
Por um lado, entre as posições extremadas que tentam nos convencer
de que a história tudo pode ou a história nada pode, parece-nos mais
adequado assumir uma posição intermediária que acredita que a
história – desde que devidamente constituída com fins explicitamente
pedagógicos e organicamente articulada com as demais variáveis
intervêm no processo de ensino-aprendizagem escolar da matemática
– pode e deve se constituir ponto de referência tanto para a
problematização pedagógica quanto para transformação qualitativa da
cultura escolar e da educação escolar e, mais particularmente, da
cultura matemática que circula e da educação matemática que se
promove e se realiza no interior da instituição escolar. (MIGUEL;
MIORIM, 2008, p.151-152)
Revelar a matemática como uma série de necessidades humanas surgidas de
acordo com desenvolvimento do homem é uma resposta a uma das dúvidas que surgem
no psicológico dos estudantes. Queremos com isso, esclarecer os questionamentos
surgidos, direcionando o aluno a uma visão crítica, respondendo às questões do tipo:
“por que estudamos monômios?”, “em que se aplica esse assunto?”, “por que
aprender a equação do segundo grau, se não vou usar na minha vida profissional?”, ou
seja, sendo necessário que o discente entenda os “por quês” e “pra quês” de cada
conteúdo estudado, dentro do seu contexto histórico.
Nosso interesse é que, através da história da matemática, seja possível
trazermos para o ensino da matemática, o máximo de esclarecimentos
possíveis sobre determinado tópico matemático, visando explorar suas
implicações pedagógicas nas atividades de sala de aula. (MENDES,
2005, p.55)
Neste sentido e pautados no referencial exposto, o presente projeto se
desenvolverá conforme a metodologia que segue.
5 PERCURSO METODOLÓGICO
Deste modo, o projeto de História da Matemática, ministrado pelos bolsistas
Gisalmir Nascimento da Silva e Jéssica Patrícia Garcia de Araújo, sob a orientação da
coordenadora Giselle Costa de Sousa, e a supervisão de Vilka Lorena Silva de Oliveira
Nogueira, está sendo realizado na Escola Estadual Nestor Lima, localizado na Rua São
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José, s/n, Lagoa Seca, Natal-RN, com os alunos do sétimo e oitavo anos do ensino
fundamental. Os encontros acontecerão todas as quartas-feiras das 13h00min às
14h30min, estando estes alunos, para a maioria das atividades, em seu horário inverso
de aulas. Contudo, algumas vezes teremos atividades em horário de aula.
Inicialmente foi feita uma divulgação do projeto (no horário de aula - matutino)
de História da Matemática na Escola Estadual Nestor Lima, apresentando as propostas a
serem desenvolvidas com a participação dos alunos. Em seguida, distribuímos para os
alunos autorizações que foram entregues aos pais ou responsáveis, nas quais os
conscientizavam da participação dos alunos ao projeto de história, nas quartas-feiras, no
horário das 13h00min às 14h30min. Depois disso, recolhemos esses comunicados
acompanhados de suas assinaturas.
Logo após o início do projeto elaboramos um catálogo de atividades e jogos
envolvendo temas matemáticos correlacionados com a história. Este catálogo tem a
finalidade de auxiliar esta tendência proporcionando atividades para serem realizadas
em sala, sendo disponibilizado no Laboratório de Ensino de Matemática (LEM), para a
supervisora e outros professores.
Sabendo-se que é necessário ―tomar uma direção‖ para dar desenvolvimento às
metas almejadas por esse pré-projeto, resolvemos formular um questionário de respostas
abertas constituindo-se de questões cuja formulação e ordem são uniformizadas, mas
para as quais não são oferecidas opções de respostas (alternativas). Assim, essa técnica
de coletar informações, permite ao aluno achar simplesmente um espaço para emitir sua
opinião, respondendo as perguntas com suas próprias palavras (LAVILLE; DIONE,
1999, p.186). Nessa perspectiva, aplicamos um questionário de sondagem (apêndice A)
com perguntas relacionadas ao conhecimento da história da matemática em sala de aula,
realizando um levantamento de dados dos projetos já conhecidos e desenvolvidos por
outros bolsistas e quais as sugestões propostas pelos alunos, tudo isso, a fim de obter um
norte para nossas futuras ações. Com base nesse levantamento de dados, trabalharemos
a história da matemática em atividades didáticas e culturais.
A história da matemática, segundo Miguel (2008) e Gutierre (2011), tem um alto
potencial motivador, dependendo dos caminhos utilizados pelo professor/ministrante, a
didática utilizada pode despertar curiosidade e incentivo a uma busca de informações,
desse modo, tornando as aulas investigativas. Com isso, abordaremos a história da
matemática de três maneiras diferentes:
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O contexto histórico matemático trabalhado no teatro: Para haver uma boa
participação dos discentes é necessário que haja uma interação do aluno com
as atividades, e vimos no teatro uma forma de se expressar por meio de
personagens.
O contexto histórico matemático trabalhado na construção de paródias: A
música é um recurso de mídia que promove a relação das pessoas através do
gosto musical e, assim a readaptação da letra da música que permite uma
sensação de autoria aliada à pesquisa orientada da matemática e seus autores
pode facilitar o entendimento dos textos.
O contexto histórico inserido nas atividades de sala de aula: Os assuntos
abordados em sala de aula ensinados com a sua história, apresentando como
surgiram, por que surgiram, os modos de consolidação de determinado tema,
e as maneiras de resolução apresentadas por vários estudiosos ou povos,
serão ótimos fixadores das ideias estudadas em cada texto na memória dos
alunos.
Esclarecendo, a música é um recurso de áudio bastante favorável nas aulas,
justamente pelo seu poder de passar uma mensagem, essa tal influencia, de certa forma,
ensina um conteúdo paralelamente. Para tanto, dividimos a turma em grupos e
orientamos os alunos para a construção das primeiras paródias, ressaltando em que
consiste, de modo a fazer adaptações nas letras das músicas escolhidas por eles, de
acordo com os seus conhecimentos sobre a matemática.
Figura 1 – Alunos construindo as primeiras paródias
Fonte: Arquivos pessoais
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Trabalharemos a biografia dos matemáticos, estudando a vida de cada um e
quais as contribuições desses para o desenvolvimento da matemática. A princípio será
feito um levantamento dos matemáticos mais conhecidos pelos alunos e a partir daí,
separado em várias etapas, iremos:
Entregar a biografia dos matemáticos aos alunos para que possam estudar
sobre a vida de cada um, destacando as principais obras, e as melhores
contribuições, além de orientar pesquisas similares realizadas por eles.
Desenvolver o TOP 10, que é o levantamento dos dez matemáticos mais
conhecidos segundo o conhecimento dos alunos. Com isso, criar
encenações, construir histórias em quadrinhos baseado nos textos
estudados (fazendo uso do software HagaQuê) e produzir paródias que
retratem a biografia destes.
Realizar a cada encontro, estudos, de no mínimo duas biografias por
meio de atividades didáticas e jogos dinâmicos. Após isso, iremos, com a
participação dos educandos, construir um mural colocando as imagens
dos matemáticos e os fatos mais importantes da sua vida e suas
descobertas.
Depois de realizadas todas estas atividades culturais, queremos criar uma
peça teatral envolvendo a história de algum matemático ou um conteúdo
estudado no reforço. Pretendemos também parodiar músicas do gosto dos
alunos e criar uma coreografia para estas, fazendo relação com a
encenação desenvolvida para realizar uma apresentação no II Torneio de
Matemática organizado pelo PIBID na escola.
Dentre os estudos dos matemáticos a serem realizados, conseguimos trabalhar
quatro biografias. Assim dois matemáticos foram estudados no jogo4 MARQUESITO
(Apêndice B), outros dois matemáticos estudados através do jogo ―Torta na cara‖ com
perguntas de múltipla escolha baseadas em mais duas biografias, passadas para os
alunos estudarem.
Com base nesse estudo dos matemáticos, realizando-os através dessas
atividades, trabalharemos a construção de novas paródias com a ajuda dos alunos. Em
4Pistas (decifradas em código ―Marquesito‖) espalhadas pela sala de aula relatando a vida e contribuições
dos matemáticos. A finalidade deste jogo é de estudar mais biografias, realizando uma competição entre
grupos, num aspecto investigativo.
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seguida, faremos as correções necessárias e ensaio destas para uma exposição na escola
e no LEM.
Por fim, queremos despertar a criatividade dos alunos na decoração do
laboratório e de modo a valorizar suas produções e pesquisas onde elaboraremos outro
mural produzido pelos próprios alunos, no qual serão colocadas as paródias criadas por
tais. Também iremos colocar no papel as diversas fórmulas vistas em sala, relacionadas
ao tema estudado, para a ornamentação do LEM.
Salientamos que o percurso relatado está diluído e será desenvolvido conforme o
cronograma que segue.
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6 CRONOGRAMA
Março
Sexta 01/03 Divulgação do projeto nas turmas de 7º e 8º anos na Escola Nestor
Lima.
Terça 05/03 Recolhimento dos comunicados (autorizações).
Quarta 06/03 Início e apresentação do projeto aos alunos.
Quarta-13/03
Realização do reforço paralelo com a atividade do projeto:
faremos uso do jogo do Dominó com operações, trabalhando com
as quatro operações.
Quarta-20/03 Projeto: Produção de paródias com conhecimento dos alunos
sobre matemática.
Quarta -27-03 Aplicação de questionários e Reforço escolar.
Abril
Quarta-03/04 Reforço escolar – Revisão para a prova.
Quarta -10-04 Projeto: TOP 10 (Pesquisa sobre os matemáticos mais conhecidos
entre os alunos).
Quarta -17-04 Semana de prova.
Quarta-24-04 Parada Nacional da educação (professores).
Maio
Quarta-01-05 Feriado (Dia do trabalhador)
Quarta-08-05 Reforço e atividade do projeto (Entrega de duas biografias
decifradas em códigos (apêndice B) – Dinâmica).
Quarta-15-05
Primeiro momento: reforço escolar. Segundo momento: a turma
será dividida em quatro grupos, os quais serão responsáveis pelo
estudo de duas biografias, estando dois grupos com o mesmo
matemático para estudarem e participarem de um jogo no próximo
encontro.
Quarta-22-05
Projeto: realização de um jogo de perguntas e respostas. Uma
competição entre as equipes respondendo às mesmas perguntas
sobre o matemático estudado, na qual, a cada resposta errada irão
levar torta na cara. Após esse jogo, será construído, juntamente
com os alunos, um mural com a foto e história dos dois
matemáticos estudados para ser exposto no laboratório de
matemática.
Quarta-29-05 Ensaio da peça teatral.
Junho
Quarta-05-06 Reforço escolar – semana de prova
Quarta-12-06 Reforço escolar e continuação do ensaio da peça teatral.
Quinta-13-06 Parada Nacional da educação (professores) – Obs.: Dia de
Iniciação à docência cancelada.
Quarta-19-06 Reforço escolar e ensaio da peça teatral.
Quarta-26-06 Reforço escolar – Revisão para a prova.
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REFERÊNCIAS
BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais:
matemática /Secretaria de Educação Fundamental. – Brasília: MEC/SEF, 1997.
BRASIL. Secretaria de Educação Básica. Orientações Curriculares para o Ensino
Médio: Ciências da natureza, matemática e suas tecnologias / Secretaria de Educação
Básica. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica, volume 2,
2006. 135 p.
GUTIERRE, Liliane dos Santos. História da Matemática: Atividades para a sala de
aula. Natal, RN: EDURFN, 2011.
Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira. Programa
Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa): resultados nacionais – Pisa 2009 /
Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais. Brasília: O Instituto, 2012. 126
p.
Laville, Christian. A construção do saber: Manual de metodologia da pesquisa em
ciências humanas / Christian Laville e Jean Dionne; tradução Heloisa Monteiro e
Francisco Settineri. — Porto Alegre: Artmed; Belo Horizonte: Editora UFMQ, 1999.
342 p.
MENDES, Iran Abreu; BRITO, Arlete de Jesus; MIGUEL, Antonio; CARVALHO,
Dione Lucchesi de. História da matemática em atividades didáticas. Natal, RN:
EDUFRN Editora da UFRN, 2005.
MIGUEL, Antonio; MIORIM, Maria Ângela. História na Educação Matemática:
Propostas e desafios. Belo Horizonte: Autêntica, 2008.
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APÊNDICES
Apêndice 1: Questionário de sondagem
QUESTIONÁRIO DE SONDAGEM
O questionário é aplicado aos alunos do 7º e 8º anos do ensino fundamental
da Escola Estadual Nestor Lima onde atua o projeto PIBID (Programa
Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência), com o objetivo de se obter
opiniões sobre a disciplina de matemática, com finalidades educacionais.
1) Aluno (a):______________________________________________________
2) Sexo: Masc.( ) Fem.( ) Idade: ___ Série/Ano: ___________
3) Você gosta de matemática? Sim ( ) Não ( )
Justifique:
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
4) Você já participou de algum clube?
__________________________________________________________________________
5) Você já ouviu falar sobre história da matemática? Se sim, o quê?
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
6) Você conhece algum personagem da história da matemática?
__________________________________________________________________________
7) Já estudou matemática de alguma forma diferente, com jogos, materiais
manipuláveis, dentre outros?
__________________________________________________________________________
8) Você tem conhecimento com poesia falando sobre a matemática? Onde?
O quê?
__________________________________________________________________________
9) O que você espera aprender ou encontrar com nossos encontros?
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
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10) Cite algumas sugestões de atividades que você gostaria que fossem desenvolvidas
no projeto.
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
Apêndice B: O MARQUESITO
O Marquesito é um tipo de criptografia utilizado para codificar informações, de
maneira que só o emissor e o receptor consiga decifrá-la. A palavra MARQUESITO é
enumerada de 0 a 9, ficando M=0, A=1, R=2, Q=3, U=4, E=5, S=6, I=7, T=8, O=9,
assim, substituímos cada letra dessa palavra, que se encontra no texto a ser estudado,
pelos seus números correspondentes, por exemplo, a partir da palavra PROVA obtemos
o código P29V1.
Meu primeiro contato com esse tipo de criptografia ocorreu em um grupo de
escoteiros, no qual era membro há alguns anos. Os chefes deste grupo realizavam jogos
sobre a história do fundador do Escotismo, dando pistas e dicas codificadas em
Marquesito, realizando uma competição entre os participantes deste grupo de escoteiros.
Eram jogos bastante interessantes. Nas minhas participações, neste jogo, percebi que
além de estimular os escoteiros a obter informações numa forma investigativa, tornava
mais fácil a compreensão do texto depois de ser decifrado. É interessante deixar claro
que uma boa parte destes jovens não gostavam de ler ou não conseguiam entender os
textos estudados somente com leituras, e nem sempre este jogo estimulava a todos.
Assim, o Marquesito pode ser um ótimo recurso de estudo quando se quer
dinamizar a leitura de textos, porém, as suas potencialidades nem sempre farão efeitos
sob os participantes, o que acarreta consequências, como a longa duração imprevista do
jogo e uma falta de interesse por parte dos jogadores. Enfim, para motivar a todos, o
marquesito deve ser observado em que situação pode ser aplicado, e com dinâmicas,
obter-se de ótimos resultados.
Gisalmir Nascimento da Silva