UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO … · momentos. Aproveito e utilizo uma...
Transcript of UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO … · momentos. Aproveito e utilizo uma...
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS, LETRAS E ARTES
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM GESTÃO DE PROCESSOS
INSTITUCIONAIS
KÁTIA REJANE DA SILVA
DIAGNÓSTICO SITUACIONAL: INOVAÇÃO E INCLUSÃO PARA UMA
BIBLIOTECA UNIVERSITÁRIA ATIVA
NATAL-RN
2019
KÁTIA REJANE DA SILVA
DIAGNÓSTICO SITUACIONAL: INOVAÇÃO E INCLUSÃO PARA UMA
BIBLIOTECA UNIVERSITÁRIA ATIVA
Diagnóstico situacional apresentado ao
Programa de Pós-Graduação em Gestão de
Processos Institucionais da Universidade
Federal do Rio Grande do Norte, como
requisito para obtenção do título de Mestre em
Gestão de Processos Institucionais.
Orientadora: Profa. Dra. Adriana Carla Silva
de Oliveira
NATAL – RN 2019
Silva, Katia Rejane da. Diagnóstico situacional: inovação e inclusão para umabiblioteca universitária ativa / Katia Rejane da Silva. - 2019. 79 f.: il.
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal do Rio Grandedo Norte. Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes. Programade Pós-graduação em Gestão de Processos Institucionais. Natal,RN, 2019. Orientadora: Prof.ª Dr.ª Adriana Carla Silva de Oliveira.
1. Bibliotecas universitárias - Dissertação. 2. Comportamentoinformacional - Dissertação. 3. Inovação - Dissertação. 4.Usuários - Dissertação. I. Oliveira, Adriana Carla Silva de. II.Título.
RN/UF/BS-CCHLA CDU 027.7
Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRNSistema de Bibliotecas - SISBI
Catalogação de Publicação na Fonte. UFRN - Biblioteca Setorial do Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes -CCHLA
Elaborado por Ana Luísa Lincka de Sousa - CRB-CRB-15/748
KÁTIA REJANE DA SILVA
DIAGNÓSTICO SITUACIONAL: INOVAÇÃO E INCLUSÃO PARA UMA
BIBLIOTECA UNIVERSITÁRIA ATIVA
Diagnóstico situacional apresentado ao Programa de Pós-
Graduação em Gestão de Processos Institucionais da
Universidade Federal do Rio Grande do Norte, como
requisito para obtenção do título de Mestre em Gestão de
Processos Institucionais.
APROVADA EM 18/07/2019
BANCA EXAMINADORA
______________________________________________________________
Profa. Dra. Adriana Carla Silva de Oliveira
Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN
Orientadora
_______________________________________________________________
Profa. Dra. Patrícia Borba Vilar Guimarães
Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN
Membro Interno/MPGPI
______________________________________________________________
Prof. Dr. Josué Vitor de Medeiros Júnior
Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN
Membro Interno/MPGPI
_______________________________________________________________
Profa. Dra. Edilene Maria da Silva
Universidade Federal de Pernambuco - UFPE
Membro externo ao Programa
Dedico ao meu esposo Carlos Galdino pela paciência e amor dedicado em todos os
momentos. Aproveito e utilizo uma mensagem de Padre Fábio de Melo que expressa o meu
mais puro sentimento. “Eu gostaria de lhe agradecer pelas inúmeras vezes que você me
enxergou melhor do que eu sou. Pela sua capacidade de me olhar devagar, já que nessa vida
muita gente já me olhou depressa demais”.
AGRADECIMENTOS
Chegar nessa página do trabalho é a parte mais gratificante. Afinal, é o momento de
olhar para trás e perceber o quanto o Mestrado contribuiu para meu crescimento pessoal e
profissional. Olhar para trás e agradecer a oportunidade de conviver, aprender e compartilhar
tantos momentos especiais com os colegas e professores.
Agradeço à Deus, por ser tão generoso comigo e me permitir a cada dia levantar,
caminhar, sorrir e chegar até aqui.
Ao meu esposo Carlos Galdino pela dedicação e incentivo em todos os momentos.
Aos meus filhos Judson e Laura, razão de minha força diária.
Aos meus amiguinhos Gláucio, Fernanda, Ericka, Joumara e Cybelle o meu mais
profundo agradecimento pela amizade ao longo dos anos, pelo apoio, incentivo e torcida em
cada projeto sonhado. Muito obrigada por nossas risadas, brincadeiras e claro, por nossas
“arengas”, que só fortalece ainda mais nossa amizade. Amo vocês. Em especial a Fernanda e
Gláucio que, mesmo em meio as suas inúmeras atividades, contribuíram na normalização e
construção desse trabalho.
Agradeço o apoio das bibliotecárias e amigas Clediane e Kalline, sempre me
incentivando com palavras positivas e solícitas nas inúmeras dúvidas e inseguranças no
decorrer dessa jornada.
Agradeço imensamente a Dominique Barros, Desenhista-projetista da
Superintendência de Infraestrutura da UFRN pela generosidade e colaboração ao desenhar o
projeto da Biblioteca.
À Universidade Federal do Rio Grande do Norte, por meio do Programa de Pós
Graduação em Processos Institucionais pela oportunidade. Aos professores do Programa que
conduziram as disciplinas com tanta leveza e humildade.
A minha orientadora, profa. Adriana Carla Silva de Oliveira, meu mais profundo
agradecimento, por abraçar meu projeto e acreditar no meu amadurecimento ao longo desse
caminho. Aos examinadores da banca Patrícia Borba Vilar Guimarães, Josué Vitor de
Medeiros Júnior e Edilene Maria da Silva, muito obrigada pelas contribuições.
Enfim, agradeço à minha família e a todos que, de forma direta ou indireta,
contribuíram para a realização desse sonho. Muito obrigada
“As nuvens mudam sempre de posição, mas são sempre nuvens no céu. Assim devemos ser
todo dia, mutantes, porém leais com o que pensamos e sonhamos; lembre-se, tudo se
desmancha no ar, menos os pensamentos” (Paulo Beleki)
RESUMO
O avanço tecnológico contribuiu positivamente para o desenvolvimento social e cultural da
sociedade, provocando mudanças nos serviços, produtos e sistemas de informação, refletindo
diretamente na forma de atuação das bibliotecas. Este estudo apresenta o conceito, evolução,
características e os desafios das bibliotecas da antiguidade até a contemporaneidade. Destaca
a biblioteca universitária, sua função e o modelo de gestão, bem como sua relação com a
universidade no que diz respeito ao apoio às atividades de ensino, pesquisa e extensão.
Apresenta a importância da inovação no contexto da biblioteca universitária, na perspectiva
do novo paradigma da biblioteca física quanto espaço ativo, voltado para interação,
comunicação, lazer, descanso e suas funções multivariadas. Tendo em vista que o usuário é o
elemento central da biblioteca, o trabalho discorre sobre a mudança de terminologia de estudo
do usuário para comportamento informacional e a importância da participação do usuário no
processo de tomada de decisão. Partindo desse entendimento, o objetivo desse estudo foi
realizar uma pesquisa para identificar as necessidades dos usuários da Biblioteca Setorial do
Centro de Biociências da Universidade Federal do Rio Grande do Norte em relação à
infraestrutura, fontes de informação e serviços. Para a consecução da pesquisa foi feito um
levantamento bibliográfico com o tema em questão e uma pesquisa de campo. O público alvo
da pesquisa foram os estudantes de graduação e pós-graduação do Centro de Biociências da
UFRN e foram utilizados como instrumento de pesquisa questionários contendo perguntas
abertas e fechadas. A análise dos dados foi feita por meio da técnica de estatística descritiva,
apresentadas em forma de gráficos. Ao final da análise foi possível constatar que todos os
produtos, serviços e fontes de informação foram mencionados como necessário para alguma
parcela dos respondentes, o que demonstra a relevância e a usabilidade da biblioteca para
todos e que a biblioteca se faz importante para a comunidade do Centro de Biociências.
Palavras-chave: Bibliotecas universitárias. Comportamento informacional. Inovação.
Usuários. Biblioteca ativa.
ABSTRACT
The technological advance contributed positively to the social and cultural development of
society, causing changes in services, products and information systems, reflecting directly in
the way the libraries operate. This study presents the concept, evolution, characteristics and
challenges of libraries from antiquity to contemporaneity. It emphasizes the university library,
its function and the management model, as well as its relation with the university with respect
to the support to teaching, research and extension activities. It presents the importance of
innovation in the context of the university library, in the perspective of the new paradigm of
the physical library as an active space, focused on interaction, communication, leisure, rest
and its multivariate functions. Considering that the user is the central element of the library,
the paper discusses the change of terminology from user study to informational behavior and
the importance of user participation in the decision making process. Based on this
understanding, the objective of this study was to carry out a research to identify the needs of
users of the Sector Library of the Center of Biosciences of the Federal University of Rio
Grande do Norte in relation to the infrastructure, sources of information and services. To
obtain the research, a bibliographical survey was made with the subject in question and a field
research. The research target audience was undergraduate and graduate students of the UFRN
Bioscience Center and questionnaires containing open and closed questions were used as
research tools. Data analysis was performed using descriptive statistics technique, presented
in graphs. At the end of the analysis it was found that all products, services and sources of
information were mentioned as necessary for some of the respondents, which demonstrates
the relevance and usability of the library for all and that the library is important to the
community of the Center of Biosciences.
Keywords: University libraries. Informational behavior. Innovation. Users. Active Library.
LISTA DE QUADROS
Quadro 1 – Evolução das bibliotecas......................................................................... 18
Quadro 2 – Modelo de estudo tradicional e contemporâneo................................…. 24
Quadro 3 – Serviços oferecidos na BS-CB.....................….…..…………………… 28
Quadro 4 – Comparação dos indicadores do MEC e a BS-CB da UFRN…………. 32
LISTA DE GRÁFICOS
Gráfico 1 – Empréstimos de livros da BS-CB da UFRN…………………………... 29
Gráfico 2 – Acesso aos computadores da BS-CB da UFRN……………………….. 30
Gráfico 3 – Solicitações de fichas catalográficas da BS-CB da UFRN…………….. 30
Gráfico 4 – Perfil dos usuários entrevistados na BS-CB da UFRN……………...… 47
Gráfico 5 – Necessidades dos usuários na BS-CB da UFRN………………………. 48
Gráfico 6 – Grau de importância da BS-CB da UFRN…………………………….. 48
Gráfico 7 – Média atribuída à infraestrutura da BS-CB da UFRN…………………. 49
Gráfico 8 – Nota média atribuída aos serviços oferecidos na BS-CB da UFRN…… 50
Gráfico 9 – Nota média atribuída as fontes de informação oferecidas na BS-CB da
UFRN………………………………………………………………….. 51
Gráfico 10 – Frequência com que os usuários utilizam as fontes de informação
oferecidas na BS-CB da UFRN………………………………...……… 52
Gráfico 11 – Motivo da preferência entre a BCZM e a BS-CB da UFRN………… 53
Gráfico 12 – Principais sugestões para melhorias da BS-CB da UFRN…………….. 54
Gráfico 13 – Perfil dos usuários entrevistados da BS-CB da UFRN………………... 55
Gráfico 14 – As principais atividades dos usuários na BS-CB da UFRN…………… 56
Gráfico 15 – A importância do espaço físico na hora de escolha uma biblioteca para
estudar e a avaliação da agradabilidade da BS-CB da UFRN…………. 57
Gráfico 16 – Os principais conflitos apontados na BS-CB da UFRN……………….. 58
Gráfico 17 – As principais sugestões de melhorias apontadas para a BS-CB da
UFRN………………………………………………………………….. 59
Gráfico 18 – As principais fontes de informação mais utilizadas na BS-CB da
UFRN………………………………………………………………….. 60
LISTA DE SIGLAS
BCZM Biblioteca Central Zila Mamede
BS-CB Biblioteca Setorial do Centro de Biociências
BDM Biblioteca Digital de Monografias
BU Biblioteca Universitária
CB Centro de Biociências
CEP Comitê de Ética em Pesquisa
INEP Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira
MEC Ministério da Educação
SIGAA Sistema Integrado de Gestão de Atividades Acadêmicas
SIPAC Sistema Integrado de Patrimônio, Administração e Contratos
SISBI Sistema de Bibliotecas da Universidade Federal do Rio Grande do Norte
TCLE Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
UFRN Universidade Federal do Rio Grande do Norte
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO.............................................................................................. 13
2 GESTÃO DE BIBLIOTECAS UNIVERSITÁRIAS.................................. 17
3 COMPORTAMENTO INFORMACIONAL............................................. 22
4 CARACTERIZAÇÃO DA BS-CB “LEOPOLDO NELSON” ................. 26
4.1 Fragilidades e necessidades da BS-CB......................................................... 31
5 INOVAÇÃO NAS BIBLIOTECAS UNIVERSITÁRIAS.......................... 34
5.1 INOVAÇÃO NA BIBLIOTECA DO CENTRO DE BIOCIÊNCIAS DA
UFRN...............................................................................................................
37
6 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS................................................ 42
6.1 Caracterização da pesquisa........................................................................... 42
6.2 População e amostra do estudo..................................................................... 42
6.3 Instrumento da pesquisa................................................................................ 43
6.3.1 Princípios éticos................................................................................................ 44
6.4 Coleta de dados............................................................................................... 44
7 ANÁLISE DA PESQUISA PRELIMINAR.................................................. 46
7.1 Perfil dos usuários........................................................................................... 46
7.2 Necessidades dos usuários............................................................................... 47
7.3 Grau de importância da biblioteca........................…………....………….. 48
7.4 Avaliação da infraestrutura............................................................................ 49
7.5 Avaliação dos serviços..................................................................................... 49
7.6 Fontes de informação...................................................................................... 50
7.7 Fontes de informação utilizadas pelos usuários............................................ 51
7.8 Fatores que influenciam a escolha entre BCZM e BS-CB........................... 52
7.9 Sugestões de melhorias.................................................................................... 53
8 ANÁLISE FINAL DA PESQUISA................................................................ 55
8.1 Perfil dos usuários............................................................................................ 55
8.2 Principais atividades utilizadas na biblioteca............................................... 56
8.3 A importância do espaço físico de uma biblioteca e avaliação da
agradabilidade da BS-CB...............................................................................
57
8.4 Principais conflitos apontados na BS-CB..................................................... 58
8.5 Sugestões de melhorias para a BS-CB.......................................................... 59
8.6 As principais fontes de informação mais utilizadas na BS-CB.................. 59
9 RESULTADOS E CONSIDERAÇÕES FINAIS......................................... 61
REFERÊNCIAS............................................................................................. 64
APÊNDICE A – QUESTIONÁRIO – PESQUISA PRELIMINAR.......... 70
APÊNDICE B – QUESTIONÁRIO – PESQUISA FINAL........................ 71
APÊNDICE C – ESTRUTURA ATUAL DA BS-CB..................................
APÊNDICE D – PROPOSTA DE INOVAÇÃO NO ESPAÇO FÍSICO
DA BS-CB.......................................................................................................
73
74
ANEXO A........................................................................................................ 75
13
1 INTRODUÇÃO
Em razão das facilidades e benefícios que a tecnologia oferece, todos os setores
da sociedade têm se tornado cada vez mais exigentes com os serviços e as informações
oferecidas. Em consequência dessa exigência, a sociedade tem se especializado cada
vez mais para atender o avanço e as expectativas do mercado.
Baseado nesse novo modelo de mercado e das transformações no atual cenário
em relação às tecnologias, perfil de clientes e sistemas de informação, se faz pertinente
sinalizar o reflexo dessas mudanças no âmbito das bibliotecas universitárias.
Percorrendo a história ao longo do tempo constata-se que mesmo em meio aos desafios
e necessidades inerentes de cada época, a biblioteca vem cumprindo seu papel de acordo
com as características e cultura de cada momento histórico. Em paralelo ao
desenvolvimento tecnológico e a novas exigências, a biblioteca universitária caminha
para uma nova tendência, com foco na participação ativa do usuário e na percepção da
biblioteca física como espaço ativo e diversificado.
A tendência da biblioteca no contexto atual é desempenhar suas funções e
objetivos voltados para as pessoas e suas necessidades, sendo um espaço social de
aprendizado, comunicação, interação e lazer, despertando no usuário interesse e prazer
em utilizar a biblioteca. Para que as bibliotecas continuem relevantes no futuro precisam
ser locais que inspirem e ofereçam recursos e serviços àqueles que tem menos
condições (LANKES, 2012). Portanto, as bibliotecas vêm acompanhando e se
adaptando a essas transformações e se ajustando de acordo com o seu contexto social.
Além disso, as BUs se constituem como parte essencial no processo de ensino e
aprendizagem e portanto são espaços regulados pelo Ministério de Educação (MEC),
seguindo os indicadores e critérios de avaliação do espaço físico, acervo e serviços.
Nessa perspectiva e na ausência de estudos que reflitam as necessidades da
comunidade acadêmica do Centro de Biociências (CB), faz-se essencial mensurar em
que medida a Biblioteca Setorial do Centro de Biociências (BS-CB) atende aos usuários
em relação à infraestrutura, fontes de informação e serviços.
Por conseguinte, este trabalho tem como objetivo geral: realizar um diagnóstico
situacional para identificar as necessidades dos usuários da Biblioteca Setorial do
Centro de Biociências da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) no
tocante à infraestrutura, fontes de informação e serviços.
Para alcançar o referido objetivo, traçou-se como objetivos específicos:
14
Identificar o perfil dos usuários da biblioteca;
Verificar a frequência de acesso e uso na biblioteca;
Avaliar a satisfação dos usuários em relação aos serviços, fontes de
informação e infraestrutura da biblioteca setorial;
Levantar as necessidades de melhorias em relação à infraestrutura,
fontes de informação e serviços ofertados.
A pesquisa se justifica em especial pelo interesse pessoal e institucional da
pesquisadora e pelo tema pesquisado. Por meio de vivências e observações diárias no
contexto da biblioteca, analisando o fluxo dos usuários e suas necessidades em relação à
infraestrutura, fontes de informação e serviços. Partindo dessa visão empírica, surgiu a
inquietação de uma investigação comprobatória aliada ao tema comportamento
informacional dos usuários do CB e inovação na biblioteca universitária dessa forma ter
uma fundamentação plausível que pudesse auxiliar a gestão da biblioteca na tomada de
decisão, oferecer melhores serviços e produtos de qualidade ao usuário, bem como
contribuir para o desenvolvimento da instituição.
Como já mencionado nesse trabalho, as bibliotecas passaram por muitas
mudanças em todos os aspectos, seja na sua estrutura, nas formas de acesso de
documentos, na forma de atendimento ao público entre outras. A Biblioteca
Universitária (BU) também vem se adaptando e alterando sua forma de atuação sempre
buscando atender às expectativas da sociedade. Em relação à justificativa social, a
temática abordada na pesquisa se faz relevante, uma vez que atua em conjunto com a
universidade e propicia apoio ao ensino, pesquisa e extensão, contribuindo com o
desenvolvimento da comunidade.
No que concerne a justificativa acadêmica e científica, o trabalho apresenta as
seguintes contribuições: a pesquisa com abordagem voltada para o usuário, suas
necessidades e expectativas é inédita na biblioteca na BS-CB. Aliada à pesquisa, o
embasamento teórico será essencial para comprovar ou refutar a teoria e mensurar
melhor o público, contribuir para a melhoria dos serviços e produtos e colaborar com a
tomada de decisão dos gestores.
A pesquisa associada ao referencial teórico é essencial para fundamentar a
importância da biblioteca dentro do processo de ensino-aprendizagem da Instituição e
15
deixar registradas as reais necessidades da comunidade, bem como traçar as melhores
estratégias para o gerenciamento e tomada de decisões no planejamento e oferecer os
serviços e produtos que melhor atendam as expectativas dos usuários.
Os temas abordados nesta revisão demonstram uma iniciativa de investigação a
partir da análise da literatura e o paralelo com a realidade da BS-CB, bem como destaca
a inter-relação entre os assuntos em questão, na aplicação da Gestão de Unidades de
informação, no âmbito universitário, o que envolve desde o planejamento das ações até
o desenvolvimento das atividades e a interação do usuário nesse processo.
Esse estudo será constituído da seguinte forma: o primeiro capítulo discorre
sobre gestão de Bibliotecas Universitárias (BUs), histórico e evolução das bibliotecas,
da antiguidade até os dias atuais, tais como: tipos e características, os desafios
enfrentados ao longo do tempo e os fatores que vem impulsionando as bibliotecas a se
manterem atuantes. Destaca também o novo modelo de acesso e disponibilização da
informação e a tendência atual, o usuário e a interação junto à biblioteca.
O segundo capítulo aborda a evolução do estudo do usuário para o estudo em
comportamento informacional, apresentando as características de cada modelo de
pesquisa, centrado no sistema e no usuário. Por meio da análise conceitual destacada
aqui, é possível compreender a importância do usuário nesse processo de tomada de
decisão junto à biblioteca.
O terceiro capítulo apresenta caracterização da BS-CB, sendo este o foco desse
estudo, ressaltando o papel social e a função no âmbito da UFRN, bem como o
panorama geral sobre os serviços, produtos e atendimento.
O quarto capítulo discorre sobre a definição e a importância da inovação no
cenário tecnológico, econômico e social, bem como apresenta-se como elemento
decisivo na gestão das bibliotecas universitárias, tendo em vista os constantes desafios
provenientes do avanço tecnológico e a falta de recursos financeiros. Por fim, aborda a
aplicabilidade na BS-CB, na perspectiva de inovação voltada para o espaço físico, tendo
como embasamento a nova visão de espaço das bibliotecas físicas e suas inúmeras
funções.
O quinto capítulo detalha o método, a abordagem e os instrumentos utilizados
para a coleta de dados. Quanto à análise dos dados, foram divididos em dois capítulos.
O sexto capítulo trata de uma pesquisa preliminar, abordando uma avaliação de
um conjunto maior de variáveis para identificar as principais fragilidades e sugestões de
melhorias apontadas pelos usuários.
16
O sétimo capítulo apresenta a análise da segunda fase da coleta de dados da
pesquisa final com foco nas principais sugestões dos usuários. Esse segundo
levantamento foi realizado com uma quantidade de variáveis menor e maior de usuários
entrevistados. Tal como no capítulo anterior, os resultados estão apresentados em forma
de gráficos seguidos de suas respectivas análises e interpretações.
O oitavo capítulo aborda as considerações finais extraídas da relação entre a
literatura estudada e os principais resultados das pesquisas feitas com os usuários.
Evidencia-se também o produto final que servirá como alicerce de inovação da BS-CB.
Os resultados indicam sugestões de melhorias que podem ser replicadas nos processos
de modernização com foco nas necessidades dos usuários de outras bibliotecas.
17
2 GESTÃO DE BIBLIOTECAS UNIVERSITÁRIAS
O reflexo da internet na sociedade trouxe impactos sociais e culturais tão
importantes quanto a invenção da imprensa de Gutenberg por volta de 1450.
Atualmente, as novas tecnologias traçam um novo caminho para o desenvolvimento de
todos os setores da sociedade, produzindo e compartilhando os mais diversos serviços e
produtos (BERTHOLINO; OLIVEIRA, 1999). A partir da influência das tecnologias as
organizações mudaram o paradigma de gestão, de forma a se manterem competitivas no
mercado, bem como atender ao novo perfil e as necessidades dos clientes.
Dentro desse novo modelo de mercado, inserem-se as universidades que ocupam
posição essencial na sociedade informacional, oportunizando avanços acadêmicos,
científicos, culturais, econômicos, científicos e tecnológicos do país. Nesse contexto,
estão inseridas as bibliotecas que trabalham com atendimento ao público, oferecendo
produtos e serviços informacionais, atuando em conformidade com a missão e objetivos
da universidade, contribuindo para o crescimento intelectual e a satisfação contínua do
indivíduo (SOARES, 2002).
Em virtude da evolução social, cultural e tecnológica da sociedade ao longo dos
anos é imprescindível mencionar o avanço e desafios da biblioteca, tendo em vista que
desde a antiguidade até a contemporaneidade ela vem trilhando um longo caminho de
mudanças e adaptações para atender a comunidade.
Fazendo uma breve retrospectiva, na antiguidade, as bibliotecas originaram-se
da necessidade de guardar e preservar os registros feitos pelo homem: os desenhos,
pinturas e gravuras, por meio de tabletes de argila, rolos de papiro ou pergaminhos.
A palavra biblioteca, de origem grega, pode ser traduzida como
depósito de livros. Realmente, foi inicialmente imaginada para
armazenar grandes ou pequenas quantidades de livros, placas de
argilas, papiros ou pergaminhos. Somente séculos depois foi
reconhecida como disseminadora da informação. No início, as
bibliotecas eram para poucos, como o era saber ler e escrever
(NASCIMENTO; PINTO; VALE, 2013, p. 3)
A biblioteca vem passando ao longo do tempo por um processo contínuo de
transformações, buscando sempre se adequar às necessidades e características do
público e do momento histórico específico. Martins (1998) resume esse processo de
18
evolução das bibliotecas em quatro momentos: laicização, democratização,
especialização e socialização.
Quadro 1 – Evolução das bibliotecas
ESTÁGIO PERÍODO CARACTERIZAÇÃO
Laicização Idade Média
Caráter religioso;
Acesso restrito;
Livro era objeto sagrado e secreto.
Democratização Idade Moderna
Progresso da biblioteca;
Acesso livre à informação.
Especialização Idade Moderna
Necessidade de informação
especializada;
Público mais exigente.
Socialização Contemporaneidade
Característica da biblioteca moderna;
Foco no usuário e no acesso a
informação;
Busca constante em atender as
necessidades da comunidade. Fonte: Baseado em Martins (1998).
Martins (1998, p. 325) ressalta que “[...] a biblioteca moderna não apenas abriu
largamente as portas, mas ainda sai à procura de leitores; não apenas quer servir ao
indivíduo isolado, proporcionando-lhe a leitura, o instrumento, a informação de que
necessita, mas ainda deseja satisfazer as necessidades do grupo [...]”. Por meio da
demonstração supracitada, percebe-se a evolução histórica da biblioteca no decorrer do
tempo, observando também os tipos de documentos, estrutura física, acesso, tipos de
bibliotecas, principalmente as formas de administração e gestão das bibliotecas,
conforme a afirmação a seguir:
A biblioteca não é mais, por consequência, um mero depósito de livro:
esse o mais importante de todos os pontos característicos na evolução
do seu conceito. À sua passividade substituiu-se um salutar
dinamismo, a iniciativa de uma obra que é, ao mesmo tempo, de
socialização, especialização, democratização e laicização da cultura
(MARTINS, 1998, p. 325).
Dessa forma, passou de um modelo custodial, centrado no espaço físico, na
organização e guarda do material informacional, onde os usuários consumiam
informação sem a possibilidade de interação e produção de novas versões e se
transformou em um modelo pós-custodial, com uma visão voltada para o usuário e suas
necessidades, sendo este um espaço social e interativo na busca e compartilhamento das
19
informações e todos os usuários podem contribuir para o desenvolvimento do
conhecimento, criando e alterando o conteúdo de forma coletiva.
Historicamente, a biblioteca vem galgando inúmeras mudanças ocasionadas pelo
avanço tecnológico e pelas novas demandas do público. Para acompanhar e se justapor a
essa conjuntura cada vez mais especializada e exigente, as bibliotecas foram se
especializando conforme as características e necessidades dos usuários, surgindo os
mais diversos tipos de bibliotecas: Biblioteca Nacional, Biblioteca pública, Biblioteca
escolar, Biblioteca universitária, Biblioteca especializada, Biblioteca virtual, digital,
híbrida entre outras. Para o enfoque dessa pesquisa serão abordadas a finalidade e
objetivos que se relacionam com a Biblioteca Universitária.
Em 1996 com o decreto nº 2.026, as bibliotecas universitárias começaram a fazer
parte do planejamento da universidade e passar por processo de avaliação do espaço
físico, acervo e serviços. A partir dessa iniciativa, a biblioteca passou a receber
investimentos visando a melhoria dos seus espaços e serviços (HUBNER; KUHN;
ANDRETTA, 2016). Tal iniciativa se caracterizou essencialmente no processo de
desenvolvimento, considerando que as bibliotecas universitárias devem atuar em
conformidade com a missão e objetivos da universidade, dando apoio às atividades de
ensino, pesquisa e extensão, bem como sendo um espaço de produção e disseminação
do conhecimento científico. Para Cunha (2010, p. 7) as BUs são:
Organizações complexas, com múltiplas funções e uma série de
procedimentos, produtos e serviços que foram desenvolvidos ao longo
de décadas. No entanto o seu propósito fundamental permaneceu o
mesmo, isto é: proporcionar acesso ao conhecimento. Esse acesso ao
conhecimento é que irá permitir que o estudante, professor e
pesquisador possam realizar suas aprendizagens ao longo da vida.
A BU deve atender as necessidades informacionais da comunidade acadêmica
em geral (corpo docente, discente, pesquisadores e técnico-administrativo). Para Lankes
(2013) “os serviços de biblioteca são parte de um ‘ecossistema’ mais amplo onde sim,
os membros (usuários) estão consumindo informação, mas também estão produzindo,
trabalhando, sonhando e brincando. Este é o foco de uma biblioteca excelente”. Em
consonância com o pensamento de Lankes, Milanesi (2002, p. 78) afirma que:
O espaço físico permite não apenas juntar documentos, mas aproximar
pessoas que estando ali para conhecer determinados conteúdos pode
participar de ações coletivas. Enfim, o local da informação pública,
20
além dos acervos à espera do público, comporta outras possibilidades
como a discussão do conhecimento e a criação de novos.
A afirmativa reforça a importância da BU no processo ensino-aprendizagem no
que se refere a pesquisa e o papel social, pois a biblioteca deve estar em total sintonia
com a instituição em que está inserida. Em outras palavras, no contexto informacional
que envolve a universidade e biblioteca se faz fundamental uma conexão de ambas no
planejamento e desenvolvimento de suas ações e cumprimento da missão a que se
propõem.
Todavia, os desafios no gerenciamento de uma unidade de informação na
conjuntura atual de Instituição pública, não se limitam apenas na eficácia e eficiência na
disponibilização da informação, mas em uma gestão voltada para a condução dos
entraves decorrentes de fatores econômicos, tecnológicos e sociais que permeiam a
realidade das bibliotecas. Partindo do pressuposto que a biblioteca universitária é uma
unidade complexa, é essencial uma política de gestão para melhor conduzir os processos
e os recursos destinados à realização de atividades e serviços e obter resultados
positivos no que diz respeito à satisfação de seus usuários. (SILVA; SCHONS;
RADOS, 2006).
Esse cenário de mudanças paradigmáticas caminha paralelamente com as
mudanças vividas no processo educacional. No método tradicional de ensino o aluno era
passivo e receptor das mensagens e na contemporaneidade o aluno passa a ser essencial
na sala de aula, interagindo ativamente nas discussões. Esse método é denominado de
Metodologia Ativa, uma vez que o processo educacional se realiza por meio da
interação entre todos os sujeitos. (DIESEL; BALDEZ; MARTINS, 2017).
As metodologias ativas utilizam a problematização como estratégia de ensino-
aprendizagem, com o objetivo de alcançar e motivar o discente, pois diante do
problema, ele se detém, examina, reflete, relaciona a sua história e passa a ressignificar
suas descobertas (MITRI et al. 2008, p. 2136). Na Ciência da Informação, Marchiori
(2002, p. 75) compartilha do mesmo raciocínio quando afirma que:
[...] a gestão da informação tem, por princípio, enfocar o indivíduo
(grupos ou instituições) e suas “situações-problema” no âmbito de
diferentes fluxos de informação, os quais necessitam de soluções
criativas e custo/efetivas. Diagnosticada a demanda e suas
possibilidades, deve-se definir uma metodologia/ estratégia para sua
“solução”, que pode envolver a identificação e avaliação de fontes de
informação, a aplicação de tecnologias adequadas, [...] A função
21
principal do gestor da informação é prover um serviço e/ou produto de
informação que seja direcionado, funcional e atrativo.
É nesse panorama que se vislumbra a biblioteca, desempenhar seu papel muito
além da disponibilização da informação, mas incluir o usuário no processo de tomada de
decisão, conhecendo os problemas e refletindo em relação a melhor resolução em prol
da coletividade. Para Mitri et al. (2008, p. 2139) “a metodologia ativa tem permitido a
articulação entre a universidade, o serviço e a comunidade, por possibilitar uma leitura e
intervenção consistente sobre a realidade, valorizar todos os atores no processo de
construção coletiva [...]”. Portanto, os desafios no gerenciamento das bibliotecas não se
limitam apenas ao âmbito administrativo, mas numa gestão em todos os aspectos da
organização, na estrutura física, material informacional e principalmente pessoal.
Diante do exposto, observa-se que as BUs aliadas às tecnologias e as mudanças
metodológicas de ensino, vêm atuando e investindo em melhorias na gestão das
bibliotecas.
A tendência atual é focar no usuário e na interação junto à biblioteca, esse é o
caminho que aponta para o surgimento de uma nova modalidade de biblioteca com
atuação mais ativa e participativa.
22
3 COMPORTAMENTO INFORMACIONAL
Os estudos de usuários surgiram com foco no sistema e serviços da biblioteca.
Inicialmente o estudo era realizado para identificar a usabilidade do sistema e serviços
com preocupação voltada para o bom funcionamento do sistema e otimização na
recuperação da informação.
Os primeiros estudos sobre usuários foram realizados por volta da década de 40,
nas Conferências de Informação Científica da Sociedade Real e a Conferência
Internacional de Informação Científica, despertando no público um olhar voltado para a
importância de estudos na perspectiva dos usuários e suas necessidades. Segundo
Wilson (1999 apud MANHIQUE; VARELA, 2016, p. 285), os estudos modernos sobre
comportamento informacional tiveram sua origem na Royal Scientific Information
Conference de 1948, momento crescente de artigos sobre o tema. Para Gasque e Costa,
(2010, p. 31) “A evolução conceitual dos ‘estudos de usuários’ para ‘estudos de
comportamento informacional reflete a necessidade de se compreenderem os processos
em uma perspectiva multidimensional”. Na mesma linha de pensamento, Manhique e
Varela (2016, p. 283) afirmam que “o estudo do comportamento informacional é
descrito como evolução dos estudos de usuários ou necessidades e usos de informação,
uma área tradicional da Biblioteconomia e Ciência da Informação”.
Esse novo modelo de estudo dá ênfase à pesquisa qualitativa, centrado
principalmente nas necessidades do indivíduo, levando em consideração o contexto em
que estão inseridos. Deste modo, Thomas Wilson define comportamento informacional
como:
[...] a totalidade do comportamento humano em relação às fontes e
canais de informação, incluindo a busca passiva e ativa da informação
e o uso da informação. Assim, inclui a comunicação face a face com
os outros, assim como a recepção passiva de informação [...] sem
intenção de agir sobre a informação dada (WILSON, 2000, p. 49 apud
MANHIQUE; VARELA, 2016, p. 286).
Por volta de 1980, pesquisadores da área de Ciência da Informação iniciaram
estudos a luz do usuário, desencadeando um paradigma centrado nas suas necessidades
e no uso da informação (OLIVEIRA, 2013). “O ‘usuário’ deixou de ser somente aquele
usuário que ‘empresta o livro, lê e devolve´’ ele passou a figurar como ‘cliente’,
avaliador, cooperador das ideias e sugestões” (SILVA; RADOS, 2002, p. 199).
23
A partir daí, muitas revisões e modelos de estudo foram desenvolvidos a fim de
compreender o usuário e os fatores que influenciam na busca e produção de
conhecimento, visto que, para o planejamento e avaliação contínua de qualquer sistema
de informação é imprescindível a contribuição do usuário, considerado elemento central
no novo contexto informacional (FIGUEIREDO, 1994). É consenso que a evolução e o
sucesso de qualquer organização dependem de uma avaliação contínua, por meio de
diagnóstico e planejamento da unidade. A tendência das avaliações nas organizações na
perspectiva atual engloba não só o ambiente, sistemas e serviços, mas principalmente a
ótica do usuário.
[...] um novo paradigma vem-se firmando, relacionado a uma
perspectiva agora mais socializante. Isto ocorreu porque se percebeu
que tanto os sistemas quanto os usuários estão inseridos em contextos
históricos e sociais que influem de modo decisivo na definição de suas
características. Hoje, observa-se que a perspectiva de estudo é a de
que este contexto desempenha papel tão importante quanto as
estruturas cognitivas individuais ou as características mecânicas e
operacionais dos sistemas de informação (MARTÍNEZ-SILVEIRA;
ODDONE, 2007, p. 118).
Outro aspecto que culminou diversos debates foi a definição e consenso na
escolha do termo que melhor definisse o estudo de usuário, tendo em vista que os
termos “estudo do usuário, necessidades e uso de informação” já não correspondiam
com o perfil dos usuários e com as expectativas dos estudos no cenário atual.
Os estudos desenvolvidos apontaram mudanças no paradigma de pesquisas com
usuário, tais como: foco no usuário e melhor compreensão no processo de busca e uso
de informações, mudanças nos termos, conceitos e nos modelos.
Pode-se dizer que comportamento informacional é todo processo que envolve o
ser humano, desde sua necessidade de informação, a busca, uso e disseminação, levando
em consideração a autonomia de cada ser nesse processo. A terminologia
comportamento informacional é considerada como uma evolução ao estudo de usuários
derivada da área de Biblioteconomia e Ciência da Informação, ambas voltadas para o
tratamento e disseminação da informação e do conhecimento em qualquer suporte e
ambiente informacional. Neste sentido, Silva (2013, p. 15) afirma que:
Ciência da Informação é a disciplina que investiga as propriedades e o
comportamento da informação, as forças que regem o fluxo
informacional e os meios de processamento da informação para
24
otimização do acesso e uso. Está relacionada com um corpo de
conhecimento que abrange origem, coleta, organização,
armazenamento, recuperação, interpretação, transmissão,
transformação e utilização da informação.
A Ciência da Informação é considerada fundamental no estudo de
comportamento informacional, visto que além de ser interdisciplinar, procura sempre
investigar o melhor caminho de acesso do usuário às fontes disponíveis, levando em
consideração o contexto em que está inserido, pois são fatores que interferem
diretamente no processo de busca e recuperação da informação.
Importante destacar as características dos estudos do usuário no modelo
tradicional e o modelo contemporâneo, segundo Gasque e Costa (2010).
Quadro 2 – Modelo de estudo tradicional e contemporâneo
Paradigma de pesquisa
Tradicional Paradigma de pesquisa contemporânea
Foco no sistema Foco no usuário
Objetividade da informação de forma
absoluta
Subjetividade no uso da informação e na
construção do conhecimento
O usuário é receptor passivo da informação O usuário é receptor ativo da informação
A investigação não considera o contexto do
usuário
A visão do usuário no contexto em que
estão inseridos
A experiência do usuário não conta no
processo de investigação
O usuário é compreendido dentro do
contexto social
Fonte: Baseado em Gasque e Costa (2010).
É nessa perspectiva que se reforça a necessidade de repensar a nova forma de
gerenciar as bibliotecas e entender cada vez mais o comportamento informacional do
seu público em relação à comunicação do usuário com sistemas e fontes de informação.
O usuário passa a ser ativo no processo de tomada de decisão no modelo de gestão
proposto. A evolução dos estudos em comportamento informacional é definida pelo
Dicionário Eletrônico de Terminologia em Ciência da Informação (Deltci) como:
[...] o modo de ser ou de reagir de uma pessoa ou de um grupo numa
determinada situação e contexto, impedido por necessidades induzidas
ou espontâneas, no que toca exclusivamente à produção/emissão,
‘receção’, memorização/guarda, reprodução e difusão de informação.
(COMPORTAMENTO…, [2014?])
25
A mudança de comportamento do usuário reflete diretamente na forma de
atuação das bibliotecas, considerado o elemento central dos sistemas de informação, são
seus questionamentos e inquietações que impulsionam a BU ser mais ativa e dinâmica
na prestação de serviços e no atendimento de qualidade. A identificação de suas
necessidades oferece subsídios para o planejamento de produtos e serviços da unidade,
sendo o conhecimento do usuário a base para traçar estratégia e maximizar a eficiência
no atendimento (SOUZA; VALENTIM; ÁVILA, 2018).
Embasado nos argumentos dos autores supracitados em relação a estudo do
usuário e o processo evolutivo para comportamento informacional, pode-se concluir que
o usuário é fundamental nesse processo. A qualidade dos serviços e produtos oferecidos
depende da visão holística do usuário, já que oferece subsídios para auxiliar os gestores
no planejamento e na tomada de decisão para tornar a biblioteca mais ativa junto à
comunidade.
26
4 CARACTERIZAÇÃO DA BS-CB “LEOPOLDO NELSON”
A Biblioteca Setorial do Centro de Biociências Prof. Leopoldo Nelson (BS-CB),
faz parte do Sistema de Bibliotecas (SISBI) da Universidade Federal do Rio Grande do
Norte (UFRN) e utiliza o Sistema Integrado de Gestão de Atividades Acadêmicas
(SIGAA) para gerenciar o acervo. Atualmente, o SISBI/UFRN é composto pela
Biblioteca Central Zila Mamede (BCZM) e por 23 bibliotecas setoriais. Toda
organização e funcionamento das setoriais, segue em cumprimento às diretrizes técnicas
estabelecidas pela BCZM.
Em 05 de abril de 2013, por meio da resolução nº 004/2013-Consuni, o SISBI
passou a ser regulamentado, considerando a importância da biblioteca no apoio ao
ensino, pesquisa e extensão, os objetivos e finalidades, bem como a necessidade de
ampliar o acesso e uso dos produtos e serviços de informação disponíveis no Sistema de
Bibliotecas da Universidade (UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO
NORTE, 2013).
O papel da biblioteca como organização pública e social no processo ensino-
aprendizagem da sociedade é fundamental, não só no que se refere à produção do
conhecimento, bem como sua função incontestável na socialização desse conhecimento.
O referencial apresentado nesse trabalho discorre sobre a importância, desafios e
evolução das bibliotecas em diversos contextos, principalmente no âmbito universitário,
dessa forma se faz relevante destacar aqui os indicadores de avaliação definidos pelo
Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP). Por
meio do Decreto nº 9.235, de 15 de dezembro de 2017 da Seção III, (Do
credenciamento institucional) especifica que em relação à biblioteca a infraestrutura
física e instalações acadêmicas devem conter:
1. acervo bibliográfico físico, virtual ou ambos, incluídos livros,
periódicos acadêmicos e científicos, bases de dados e recursos
multimídia;
2. formas de atualização e expansão, identificada sua correlação
pedagógica com os cursos e programas previstos; e
3. espaço físico para estudos e horário de funcionamento, pessoal
técnico-administrativo e serviços oferecidos (BRASIL, 2017, p. 2).
Fundamentado nesse panorama, insere-se a Biblioteca Setorial do Centro de
Biociências “Leopoldo Nelson” da Universidade Federal do Rio Grande do Norte.
27
Inaugurada em 17 de maio de 1999, com o objetivo principal de reunir, tratar e difundir
os diversos acervos existentes nos programas de pós-graduações do Centro de
Biociências e da UFRN.
Sua missão é fornecer suporte informacional em todos os formatos, às atividades
de ensino, pesquisa e extensão da universidade.
A BS-CB é responsável pela geração, tratamento, acesso e disseminação de
produtos e serviços de informação necessários ao desenvolvimento das atividades
acadêmicas dos cursos de Graduação em Ecologia, Ciências Biológicas, (Licenciatura,
Bacharelado e Ensino a Distância EAD), Biomedicina, Engenharia de Aquicultura, bem
como as pós-graduações: sendo 9 (nove) de mestrado nas áreas de Sistemática e
Evolução, Biologia Estrutural e Funcional, Bioquímica, Ecologia, Psicobiologia,
Ciências Biológicas e Programa de Desenvolvimento do Meio Ambiente (PRODEMA),
Biotecnologia, Biologia Parasitária e dois (2) de doutorado, em Psicobiologia e
PRODEMA. Sua estrutura física é composta de seis (6) mesas para estudo em grupo,
trinta e três (33) assentos e quatro (4) computadores distribuídos em uma área de 87,
88m ², tendo em vista que esse espaço é dividido ainda com a área de trabalho dos
servidores e destinado ao acervo composto de livros, periódicos, teses, dissertações etc.
A biblioteca no contexto acadêmico é imprescindível, pois oferece meios
facilitadores de acesso à informação, recuperação e produção, além de disponibilizar de
espaço adequado para estudo e pesquisa, sempre buscando atender as demandas e
expectativas do usuário. Tanus; Oliveira e Paula (2017) destacam que os usuários são a
razão de ser das bibliotecas e por isso as mudanças na sua forma de gestão, proporciona
flexibilização, inovação, integração e constitui um espaço de trocas, diálogos,
convivência, experiência e aprendizado. Significa que não desempenham apenas
atividades técnicas como: aquisição, seleção, processamento técnico, mas atuam com
objetivo de informar, comunicar e prestar um atendimento de excelência a comunidade.
O embasamento teórico apresentado nesse trabalho, juntamente com os
indicadores de avaliação definidos pelo INEP como critério de qualidade para
bibliotecas universitárias, traça o alicerce essencial para nortear o estudo na BS-CB.
Considerando os elementos apontados acima, se faz imprescindível elencar as
características em relação à infraestrutura, fontes de informação e serviços oferecidos.
Por conseguinte, o quadro abaixo apresenta os serviços desenvolvidos na
biblioteca.
28
Quadro 3 – Serviços oferecidos na BS-CB
SERVIÇOS AOS USUÁRIOS SERVIÇOS TÉCNICOS
Atendimento a comunidade universitária e
externa; (presencial e remoto) via SIGAA; Tombamento de material por doação;
Empréstimo, devolução e renovação de
livros; Processamento técnico do material
informacional;
Empréstimo entre bibliotecas; Submissão das monografias na BDM;
Orientação e normalização dos trabalhos
acadêmicos; Catalogação no SIGAA;
Orientação e revisão das monografias dos
cursos pertencentes ao Centro, na base de
dados BDM (Biblioteca Digital de
Monografias);
Realização de inventário das coleções;
Orientar a pesquisa bibliográfica; Manter registros estatísticos das rotinas
de serviços, em padrões definidos pelo
SISBI;
Controle ao espaço físico para estudo em
grupo e individual; Administrar as atividades necessárias
ao funcionamento da biblioteca;
Acesso à Internet e ao Portal Periódicos da
CAPES; Supervisionar e orientar os serviços de
circulação;
Elaboração de fichas catalográficas. Elaborar relatórios de serviços
realizados na biblioteca.
Fonte: Elaborado pela autora (2019).
Diante dessa realidade, alguns fatores foram considerados para inferir a
importância da biblioteca para a comunidade do Centro de Biociências, tais como: a) a
percepção empírica do ambiente em estudo, analisando o fluxo de usuário e as
solicitações diárias; b) no embasamento teórico descrito nesse trabalho; c) nos dados de
crescimento em serviços disponíveis por meio de acesso ao SIGAA.
A seguir serão apresentados gráficos contendo informações de empréstimo de
livros, acesso aos computadores e atendimento de fichas catalográficas no período de
2009 a 2018. O período mensurado é atribuído pela a implantação do SIGAA na UFRN
em 2009 e por ser o início de atuação da bibliotecária nesta biblioteca.
No gráfico abaixo é possível visualizar o crescimento de empréstimos de livros
no decorrer de 10 (dez) anos. Constata-se que de 2009 a 2018 o empréstimo de livros na
29
BS-CB teve uma taxa de crescimento médio de cento e setenta por cento (170%). Os
dados acima chamam atenção para a forma contínua e bastante acentuada de aumento
durante esses dez (10) anos. Essas informações contribuem para justificar a importância
da biblioteca para a comunidade do Centro de Biociências, bem como um incentivo para
concentrar na melhoria dos serviços existentes.
Gráfico 1 – Empréstimos de livros da BS-CB da UFRN.
Fonte: Baseado em Sistema Integrado de Gestão de Atividades Acadêmicas (2019).
O gráfico 2 apresenta o total de acessos aos computadores disponíveis na
biblioteca. É evidenciado também nesses serviços, o crescimento acentuado, o que
demonstra que os computadores na biblioteca representam uma necessidade para os
usuários da biblioteca. A taxa média de crescimento foi de duzentos e quatorze por
cento (214%) no decorrer de dez anos (10). Em relação ao ano de 2009, onde o gráfico
demonstra nenhum acesso, vale ressaltar que esse dado se deu em função de não haver
controle de acesso aos computadores durante tal período.
48 68 120 139 423
1036
1820
2415
2848
3534
30
Gráfico 2 – Acesso aos computadores da BS-CB da UFRN.
Fonte: Baseado em Sistema Integrado de Gestão de Atividades Acadêmicas (2019).
Analisando o gráfico 3, mais uma vez observa o crescimento em mais um
serviço oferecido pela biblioteca. O ano de 2009 não apresenta nenhuma solicitação de
ficha catalográfica, tendo em vista que embora o SIGAA já estivesse em
funcionamento, as solicitações das fichas catalográficas ainda eram feitas
presencialmente por meio de formulários impressos. Em relação aos anos 2016, 2017 e
2018 o gráfico apresenta dados relevantes. Os anos de 2016 e 2018 mantiveram a
mesma quantidade de solicitações de fichas catalográficas, enquanto o ano de 2017 se
destacou com 161 solicitações. O aumento durante o tempo mensurado foi de uma taxa
média de cento e noventa e três por cento (193%).
Gráfico 3 – Solicitações de fichas catalográficas da BS-CB da UFRN.
Fonte: Baseado em Sistema Integrado de Gestão de Atividades Acadêmicas (2019).
0 50 355 395
683
1282 1547
2826
3387
3716
0 2 5 22
45
71
116
154 161 154
Ano 2009 Ano 2010 Ano 2011 Ano 2012 Ano 2013 Ano 2014 Ano 2015 Ano 2016 Ano2017 Ano 2018
31
4.1 Fragilidades e necessidades da BS-CB
Como descrito acima, em relação à percepção empírica, análise de fluxo dos
usuários e no embasamento teórico, esses fatores, considerados essenciais para
iniciativa dessa investigação, foram preponderantes para uma observação superficial
tanto nos pontos positivos, bem como para detectar algumas fragilidades em relação à
infraestrutura, fontes de informação e serviços.
É possível observar, por meio da vivência cotidiana, com olhar de servidor-
bibliotecária algumas necessidades que merecem ser investigadas sob a perspectiva de
quem realmente usa e necessita dos serviços: o usuário. Em relação à infraestrutura, a
BS-CB não dispõe de mesas, assentos, computadores, guarda-volumes, estantes e
cabines de estudo individuais que atendam a demanda de usuários de forma satisfatória.
Outro ponto a ser destacado é que a Biblioteca não apresenta divisões e seções, ou seja,
usuários e servidores dividem o mesmo espaço. Os servidores desempenham suas
funções de serviços técnicos, controle de aquisição, cadastramento de materiais no
SIPAC, catalogação e preparo final dos itens, simultaneamente no ambiente de estudo
dos usuários. No que diz respeito às fontes de informação, é notável a procura diária por
material que não consta no acervo e quando consta é em quantidade insuficiente.
A partir dessa visão atual da biblioteca e na falta de um estudo com a
comunidade do Centro de Biociências, é fundamental traçar metas baseado em um
estudo sob a ótica do usuário e por meio de seu diagnóstico, procurar entender suas
necessidades, bem como aproximar sua participação crítico-reflexivo no processo de
resolução. Percebe-se por meio dessa revisão de literatura que, em toda história das
bibliotecas, os desafios sempre estiveram presentes nas diferentes épocas, sendo na
maioria das vezes um fator impulsionador para as transformações e melhorias, logo, as
fragilidades aqui apontadas não representam um problema sem resolução, mas o passo
inicial para o desenvolvimento da BS-CB.
Esse pensamento é confirmado por Longo e Vergueiro (2003, p. 40) quando
afirmam que “[...] ao invés de apenas enfatizar as ameaças, talvez seja mais produtivo
identificar as novas oportunidades propiciadas por um ambiente em constante
transformação [...]”. É a partir dos possíveis problemas e sugestões apontados pelos
usuários, que se faz a razão de ser da biblioteca.
Conclui-se este capítulo apresentando os instrumentos do Ministério da
Educação (MEC) utilizado como critério de avaliação das BUs, com objetivo de
32
verificar a qualidade no processo de ensino-aprendizagem. O MEC ainda reforça a
importância da biblioteca no âmbito universitário, na seguinte afirmação: “Pela forte
influência que tem na qualidade dos cursos, a biblioteca mereceu destaque, como
categoria de análise específica para fins de autorização de cursos, embora, a rigor, seja
um indicador das instalações gerais”. (MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO, 2002, p. 17).
Dada a relevância das bibliotecas no contexto educacional, evidencia-se a seguir
os indicadores do MEC caracterizados como critério de avaliação para o funcionamento
de qualidade das BUs, em relação ao espaço físico, acervo e serviços. A partir desses
indicadores apresenta-se um quadro comparativo entre os propostos pelo MEC e a
realidade da BS-CB, sinalizando o que atende, não atende e atende parcialmente,
segundo manual de mecanismos de avaliação implantados pelo MEC.
Quadro 4 – Comparação dos indicadores do MEC e a BS-CB da UFRN
INDICADORES DO
MEC ITENS BIBLIOTECA CB
Acervo
Livro Atende parcialmente
Periódicos Atende parcialmente
Acessibilidade na circulação do acervo Não atende
Informatização do acervo e dos serviços. Atende
Base de dados Atende
Espaço físico
Mobiliário adequado Atende parcialmente
Cabine de estudo individual Não atende
Computadores Atende parcialmente
Instalação elétrica para uso de
computador do próprio usuário Atende parcialmente
Sistema antifurto Atende
Serviços
Horário de funcionamento da biblioteca
condizente com os turnos dos cursos Atende
Empréstimos Atende
consultas Atende
quantitativo adequado do pessoal técnico Atende parcialmente
empréstimos entre bibliotecas Atende
Existência de bibliotecário Atende parcialmente
Treinamento aos usuários para orientação
de elaboração de trabalhos acadêmicos Não atende
Apoio na elaboração de trabalhos
acadêmicos (ficha catalográfica e
normalização bibliográfica) Atende Fonte: Adaptado do manual de indicadores de avaliação do Ministério da Educação (2002).
33
Em razão dessa conjuntura abordada, é possível identificar algumas fragilidades
na BS-CB, tanto em relação ao acervo, como no espaço físico e nos serviços oferecidos,
o que possibilita reflexão e atenção em todo o contexto da biblioteca, principalmente no
que se refere à prestação dos serviços e satisfação do usuário e, a partir daí, traçar meios
que possam melhorar a gestão conforme a realidade em que se insere e utilizar nesse
método avaliativo a participação do próprio usuário para contribuir no processo de
tomada de decisão.
Nesse sentido, a contribuição das bibliotecas universitárias é fundamental no
sistema de educação da instituição de ensino. Como nos ensina Ranganathan, (2009, p.
241) “a biblioteca é um organismo em crescimento”, isto é, a biblioteca se transforma
em razão dos novos desafios da sociedade e da necessidade de seus usuários. É um
ambiente em processo constante de mudança, reestruturação e adequação ao meio em
que está inserida.
34
5 INOVAÇÃO NAS BIBLIOTECAS UNIVERSITÁRIAS
O papel das bibliotecas universitárias é desenvolver suas atividades aliadas às
práticas das instituições em que se inserem, bem como utilizar as tecnologias para
oferecer serviços, produtos e acesso facilitado às fontes de informação. Dentre essas
transformações ocorridas nas Bibliotecas Universitárias ao longo do tempo, surge a
pesquisa centrada no usuário e não mais no sistema, emergindo uma nova concepção na
imagem de biblioteca.
Aliado a isso, em meio ao avanço tecnológico acelerado, surge cada vez mais
prognósticos que tratam do fim da biblioteca como espaço físico, tendo em vista o fácil
acesso da informação à distância possibilitado pela internet. Em seu artigo Amante
(2007, p. 2) afirma que “a biblioteca é vista como espaço de guardiã de coleções porque
as pessoas esquecem que a biblioteca é um espaço de estudo, leitura, investigação,
questionamentos e interação”.
É nesse cenário de constantes mudanças que se inserem as estratégias de
inovações dentro das bibliotecas, como uma forma de melhorias nos serviços e
produtos, assim como meio de adaptação à evolução da sociedade. Na citação abaixo, o
autor Marcial define inovação como elemento decisivo na gestão de bibliotecas, o que
corrobora com a proposta do trabalho em tela.
Marcial (2017, p. 43) afirma que,
Diante desse novo panorama, a inovação surge como elemento
decisivo na gestão da biblioteca e deve ser entendida como um fator
de sobrevivência. Os aspectos que justificam essa afirmação são
muitos e variados. As tecnologias de informação criaram novos
hábitos no comportamento informacional dos usuários, de modo que o
acesso à informação deixou de estar indissociavelmente ligado aos
recursos fornecidos pela biblioteca [...]. Dessa forma, o sistema de
financiamento das bibliotecas tem sofrido importantes alterações. As
iniciativas de política cultural – que tinham no financiamento público
sua principal fonte de renda, que, neste momento, está em redução –
são forçadas a atender a uma maior demanda por serviços, com menos
recursos.
Na mesma linha de pensamento, Benedeti, Torino e Tavares (2013, p. 1)
contribuem com a temática afirmando que: “o tema inovação não deve ser entendido
como novidade e sim uma necessidade para as bibliotecas de instituições públicas, que
35
muitas vezes esbarram em dificuldades de ordem financeira e de recursos humanos
escassos para o total de atividades a serem realizadas”.
É percebido que, o momento atual da sociedade é de mudanças contínuas em
todos os setores, exigindo das organizações ações rápidas, inovadoras e criativas que
acompanhem esse cenário de desenvolvimento, bem como responda aos desafios e
problemas inerentes de cada organização. Corrobora com esse pensamento, Alencar
(1995, p. 11) quando afirma que, “A inovação é forçosamente um desafio. Na sociedade
atual, é também uma necessidade”.
Assim sendo, se faz mais que necessário buscar alternativas inovadoras
primordialmente nas organizações públicas, frente ao panorama de recessão em que se
encontra a economia brasileira, como uma forma de agregar valor aos seus serviços.
Nesse entendimento, Bragança et al. (2016, p. 243) reforça que,
A busca por soluções práticas criativas e inovadoras podem ser
aplicadas em unidades de informação em várias dimensões: na busca
de novas práticas profissionais, no aprimoramento das técnicas e
processos, na melhoria da estrutura física e organizacional, no
investimento em pesquisa e desenvolvimento de tecnologias da
informação, nas estratégias de marketing voltada para produtos,
serviços e relacionamento com seu público, influenciando no
reposicionamento da imagem da instituição.
Ao longo da história das bibliotecas, muitos autores destacaram não só sua
importância para a sociedade, como também os desafios enfrentados em cada época e
contexto. Na contemporaneidade, os desafios das bibliotecas de forma geral é se
adequar e se reinventar para atender às necessidades e mudanças de comportamento dos
usuários desencadeada pelo desenvolvimento tecnológico, econômico e social.
O processo de inovação em serviços adotados nas BUs, surgiu a partir do
impacto da internet, aplicação de tecnologias de informação, da gestão da informação,
da socialização do conhecimento e do modelo de estudo centrado no novo perfil do
usuário. Na concepção de Arévalo e García (2015, p. 17, tradução nossa) as bibliotecas
precisam se adequar e se recriar, visto que:
Ninguém pode duvidar que dentro desta sociedade em mudança em
que estamos submersos, as bibliotecas devem se reinventar. Elas ainda
são lugares onde é oferecido ler livros, é claro, mas elas também têm
que ser centros que proponham alternativas para competir melhor na
era digital, instituições onde você pode usá-los serviços que para
36
muitas pessoas seriam inacessíveis, espaços convertidos em parceiros
essenciais da sua comunidade.
Nesse panorama, o processo de inovação subjuga sua prática nas organizações
do setor privado e passa a ser elemento fundamental para a sobrevivência das
organizações públicas. Dentro da contextualização do serviço público inserem-se as
bibliotecas universitárias com a missão principal de facilitar e disseminar informação,
mas também com a missão de buscar alternativas inovadoras para se recriar e se manter
ativa em meio aos desafios da sociedade.
Se faz oportuno mencionar nesse trabalho o Manual de Oslo da Organização
para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), considerado umas das
principais referências sobre inovação. O manual define inovação como um conjunto de
mudanças aplicadas e desenvolvidas em qualquer setor ou empresa, sendo um produto
ou processo novo ou melhorado, podendo ser dividido em quatro áreas: inovações de
produto, inovações de processo, inovações organizacionais e inovações de marketing.
No que diz respeito à inovação organizacional, foco deste estudo, o manual da
Oslo aponta algumas características que definem as inovações organizacionais, tais
como: aplicação de métodos novos ou melhorados no local de trabalho, proporcionando
mudanças e melhorias no contexto, além disso tem como característica primordial o
tratamento direcionado às pessoas (ORGANISATION FOR ECONOMIC
COOPERATION AND DEVELOPMENT, 2018, tradução nossa).
Em conformidade com a definição de inovação organizacional descrito no
manual da Oslo, Valentim contribui com a seguinte afirmação:
As pessoas são a essência das bibliotecas contemporâneas, por um
lado, os profissionais que nelas atuam e, por outro lado, o público
usuário que necessita de seus serviços e produtos informacionais.
Nessa perspectiva, as bibliotecas têm trabalhado para proporcionar as
melhores condições de trabalho à sua equipe e desenvolver, da melhor
maneira possível, as atividades bibliotecárias, visando atender aos
anseios do público usuário (VALENTIM, 2017, p. 30).
Na percepção de Juliani, Cavaglieri e Machado (2016), a inovação se faz
fundamental nas organizações públicas quando afirmam que “a inovação de produtos e
serviços não se faz necessária somente em organizações do setor privado, mas também
no setor público”. Com base nos argumentos descritos acima, as bibliotecas
universitárias públicas precisam se reinventar a cada momento da história, não apenas a
37
fim de cumprir sua missão principal de disseminar e compartilhar informação ao seu
público, mas de oferecer sempre serviços e produtos com valor agregado. “A biblioteca
deve, na contemporaneidade, adquirir uma nova faceta, investigando o perfil dos
usuários e a eles se adequando, tornando-se um espaço de socialização, oferecendo
subsídios para auxiliar a vida de seus usuários. Assim, o foco das atividades não estará
no acervo, mas nas pessoas e suas necessidades sociais” (SANTA ANNA, 2016, p.
234).
Sendo as BUs ambientes dinâmicos, precisam investir cada vez mais em
serviços e produtos inovadores, principalmente no contexto da organização pública,
levando em consideração as limitações e dificuldades de ordem financeira, problemas
estruturais, conceituais e econômicos. Por meio de uma gestão eficiente é possível traçar
estratégias que melhor atendam às demandas da comunidade, conhecer o perfil do seu
público e criar um ambiente propício para a inovação (BRAGANÇA et al., 2016).
Importante destacar aqui que as iniciativas inovadoras nem sempre se utilizam
de tecnologias de ponta, grandes mudanças e ambientes com grande sofisticação. Uma
simples mudança no layout pode provocar uma reação positiva por parte da
comunidade. A diversidade e utilidade dos serviços oferecidos proporciona a satisfação
do usuário e desperta o interesse em frequentar, valorizar e reconhecer a biblioteca
como necessária à sociedade. (SANTA ANNA; MAIA, 2015). Deste modo, a inserção
do processo de inovações em serviços em BUs, se faz essencial tendo em vista o novo
perfil e exigências da comunidade.
5.1 Inovação na Biblioteca do Centro de Biociências da UFRN
No pré-teste realizado antes da pesquisa, foi aplicada uma amostra com 30
(trinta) questionários para mensurar o comportamento informacional dos usuários da
Biblioteca Setorial do Centro de Biociências – BSCB, em relação à infraestrutura, às
fontes de informação e aos serviços oferecidos.
Nos resultados preliminares, a pesquisa sinalizou que os usuários consideram a
biblioteca muito importante, porém, entre os elementos elencados no estudo, destacaram
maiores observações e sugestões de melhorias em relação à infraestrutura, quanto ao
espaço físico e as fontes informacionais.
Tendo como base o resultado da pesquisa descrita acima, despertou-se a
necessidade de aprofundar o estudo com embasamento teórico sobre inovação nas BUs,
38
sendo este um tema bastante pertinente num momento em que as bibliotecas precisam
acompanhar a evolução da sociedade. Em meio aos desafios da contemporaneidade e a
realidade das BUs, surgem questionamentos e desafios de como inseri-las no contexto
de inovação, desenvolvimento, aprimoramento e atendimento de novas demandas e
necessidades do seu público.
Como mantê-la ativa, inovadora, acolhedora e prazerosa para um público cada
vez mais exigente numa realidade de recursos escassos? Como ultrapassar as barreiras
do modelo tradicional, sem deixar seu papel principal de produção e disseminação do
conhecimento? Os questionamentos descritos foram reflexos do pensamento de Galvão
(2014). O autor destaca as inquietações inerentes da sociedade atual.
Como expandir as bibliotecas até os lugares mais remotos? Como
compreender a sua ausência em lugares tão óbvios, [...] como torná-la
atraente a um público cada vez mais amplo e com interesses tão
diversos? Como dissociá-la da imagem do medo, do silêncio e do
sagrado? Como associá-la a um lugar de prazer? [...] como fazer
compreender que sempre haverá ameaças aparentes à biblioteca?
(GALVÃO, 2014, p. 224).
O referencial abordado, a percepção e as contribuições dos usuários em relação a
biblioteca, foram essenciais para refletir a respeito da realidade da BS-CB e procurar
meios de inseri-la nesse novo paradigma de biblioteca, com foco no usuário, um espaço
vivo que além da disponibilização e compartilhamento da informação, atenda as
diversas particularidades e objetivos do seu público. Dentro desse panorama, analisar
formas de aplicar melhorias no espaço físico da biblioteca, conforme as sugestões
apontadas pelos usuários, tais como: otimizar o espaço com poltronas, pufes para estudo
e leitura individual, aumentar pontos de internet, computadores, melhorar o layout e Wi-
Fi, possibilitando mais conforto e prazer aos usuários, atendendo ao modelo de
biblioteca moderna.
A biblioteca moderna deve conquistar os usuários pelo espaço físico, ou melhor,
um espaço que ultrapasse sua função de armazenamento, empréstimo, acesso das fontes
informacionais e de leitura na sua forma mais tradicional, mas um espaço voltado para
interação entre as pessoas, acolhedor, confortável que possibilite aos usuários a
sensação de prazer em frequentar a biblioteca para se reunir e dialogar com amigos, ler,
além dos livros acadêmicos, livros de literatura com a liberdade de discutir ideias,
aprender com o outro e negociar interesses divergentes (LESSA; GOMES, 2017).
39
Ainda segundo as autoras, a adaptação do espaço físico das bibliotecas é
essencial para atender às exigências do mundo contemporâneo e consolidar a
ressignificação da imagem das bibliotecas. Bragança et al destaca o conceito de Bruno-
Faria para reforçar que para inovar nem sempre é necessário criar algo inédito e com
alta tecnologia, pois o que importa é que a mudança tenha impacto positivo e que seja
inédito no setor desenvolvido.
Uma inovação é a recombinação de ideias antigas, originando uma
nova ideia, capaz de modificar a ordem atual, uma fórmula ou uma
abordagem única, e que é percebida como nova pelos indivíduos
envolvidos. Observa-se, assim, a importância a respeito da percepção
acerca da inovação por parte do indivíduo ou da unidade que a adotará
(BRUNO-FARIA, 2004 apud BRAGANÇA et al, 2016, p. 240).
Não resta dúvida da importância das tecnologias para o desenvolvimento de uma
sociedade. De fato, é inimaginável na atualidade enxergar qualquer tipo de
empreendimento sem o uso de alguma tecnologia na administração de seus negócios e
na gestão da informação. Nessa conjuntura, estão inseridas as BUs, que utilizam as
novas tecnologias no desenvolvimento de produtos e prestação de serviços. Também é
fato que o avanço tecnológico é contínuo e nem sempre é possível as organizações e
empresas acompanharem essa evolução. A exemplo dessa realidade encontra-se a BS-
CB que, por razões já descritas, não consegue acompanhar esse avanço.
Esse crescimento exponencial das tecnologias desencadeou uma série de
especulações e previsões sobre o fim das bibliotecas físicas em detrimento de espaços
totalmente virtuais. Vários autores destacam que tais transformações tecnológicas se
tornam desafios para as bibliotecas se reinventarem e redefinirem seus espaços físicos
no contexto em que se encontram. Em um estudo com 09 (nove) bibliotecas
portuguesas, Katherine Both apresenta em sua dissertação uma análise em relação ao
uso das bibliotecas físicas e confirma que as mesmas existirão desde que se ajustem às
necessidades impostas pela sociedade.
Segundo Both (2012), a biblioteca precisa se adaptar ao estudante universitário,
hiperativo, sociável e totalmente ligado às tecnologias de comunicação.
O desenvolvimento das tecnologias de informação e comunicação
(TIC) não pode ser visto como uma ameaça para a existência física da
BU, mas sim ‘um meio de acesso e propagação da informação.
Assume-se que a biblioteca do futuro estará ‘na vanguarda das
tecnologias de informação, potenciando o uso e o manuseamento da
40
informação’ por parte da comunidade académica adaptando-se melhor
às necessidades dos seus utilizadores (BOTH, 2012, p. 119).
Percebe-se nas afirmações dos autores supracitados que o conceito de inovação
está parcialmente desassociado de tecnologias. É possível promover mudanças
significativas, desde que tenha a participação e colaboração direta do usuário e a
realidade de cada contexto em que se insere a biblioteca. Para Juliani, Cavaglieri e
Machado (2016) a inovação é a capacidade de descobrir o que as pessoas desejam e
satisfazer essas necessidades, colocando-as em prioridade.
Nessa perspectiva, inovar significa mudar, recriar ou oferecer algo que seja
inédito para aquele ambiente e que de alguma forma proporcione melhorias e condições
adequada de se manter ativa. Essa é a tendência da biblioteca do futuro: ser um espaço
dinâmico e acessível à toda comunidade. Um ambiente aberto em todos os sentidos, não
só aberto no sentindo de disponibilização da informação, mas aberto no sentido de
atender os mais diversos públicos, atender o usuário que busca empréstimo, pesquisa
científica, leitura por lazer, que busca o Wi-Fi, o computador, o serviço técnico ou
simplesmente aquele usuário que busca um espaço para descanso.
É importante destacar que a biblioteca só será importante para a comunidade se
conseguir adaptar seu espaço físico às exigências do mundo contemporâneo, para Lessa
e Gomes (2017, p. 42).
A ressignificação desse espaço apresenta-se como algo a ser refletido.
Torna-se necessário pensar na biblioteca como lugar que acomode
diferentes práticas socioculturais. As bibliotecas existem porque
existem pessoas e, se as pessoas encontram obstáculos para estar na
biblioteca, esta é apenas um espaço onde são guardados livros, pois é
a presença dos usuários que faz com que estas bibliotecas exerçam o
seu papel mediado.
Para finalizar, se faz essencial apresentar a reflexão de Gonzáles e Bruxvoort
sobre bibliotecas modernas, baseada na definição de Ray Oldenburg1 sobre o terceiro
setor, como espaço onde vivemos interações sociais, enriquecedoras e agradáveis com
outras pessoas. As autoras inclinam-se com a percepção de Oldenburg, por
considerarem a biblioteca o espaço ideal para essas interações sociais. Pode se entender
1 É um sociólogo urbano americano que é conhecido por escrever sobre a importância de locais de
encontro públicos informais para uma sociedade civil funcional, democracia e engajamento cívico. Ele
cunhou o termo "terceiro lugar’, no livro “o grande lugar bom” em 1989.
41
terceiro setor como um ambiente externo da casa e do local de trabalho, um espaço de
aprendizagem em diferentes modalidades, onde as pessoas possam se reunir e interagir
(GONZÁLES FERNÁNDEZ-VILLAVICENCIO, 2016, tradução nossa).
Bruxvoort complementa a definição de terceiro setor afirmando que, para ser
emocionalmente saudável, cada pessoa precisa de três lugares: casa, trabalho e um
terceiro lugar.
A biblioteca acadêmica é um terceiro lugar crucial, se não o único
para nossos alunos, e que o terceiro lugar pode fornecer uma estrutura
para tomada de decisão em torno do uso de espaços e prestação de
serviços em nossos edíficios. O conjunto de características que são
usadas para definir um terceiro espaço estão bem dentro do ambiente
da biblioteca: um terceiro lugar oferece condições equitativas, longas,
baixo estresse, interativo e tem uma estrutura solta. A primeira
característica de um terceiro lugar é a ideia de igualdade de condições.
Isto é, não é um lugar onde um grupo é priorizado em detrimento de
outro [...]. Esta é evidentemente, a própria definição de biblioteca.
(BRUXVOORT, 2017, p.13, tradução nossa).
Nesse entendimento, a BS-CB busca junto à percepção dos usuários, se
redesenhar e se manter ativa no contexto atual, cumprindo sua missão de preservação e
disseminação da informação, agregando valor aos serviços, produtos, bem como sendo
um espaço de acolhimento e prazer para a comunidade.
42
6 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
Neste capítulo serão apresentados o tipo de pesquisa, método, instrumentos de
coleta de dados e os princípios éticos utilizados para o desenvolvimento desse trabalho.
6.1 Caracterização da pesquisa
A fim de identificar as necessidades dos usuários da BS-CB, esse estudo se
caracterizou uma pesquisa de natureza bibliográfica e exploratória. De acordo com
definição de Severino (2016, p. 131) “pesquisa bibliográfica é aquela que se realiza a
partir do registro disponível, decorrente de pesquisas anteriores, em documentos
impressos, como livros, artigos, teses etc.”. Isto é, a partir disso é possível oferecer
meios para verificar problemas já conhecidos, como também conhecer novas áreas,
permitindo ao pesquisador uma análise e interpretação das informações adquiridas do
tema em estudo.
Complementado o levantamento bibliográfico realizado para esse estudo, a
pesquisa exploratória também se fez pertinente, pois oferece informações relevantes ao
pesquisador. De acordo com Lakatos e Marconi (2003, p.188) pesquisa exploratória é
“[...] desenvolver hipóteses, aumentar a familiaridade do pesquisador com um ambiente,
fato ou fenômeno, para realização de uma pesquisa futura mais precisa ou modificar e
clarificar conceitos”. Permite ao pesquisador conhecer minuciosamente o perfil da
comunidade e atender as suas necessidades. Mattar (2007, p. 7) também compartilha
desse pensamento, para ele “a pesquisa exploratória visa prover o pesquisador de maior
conhecimento sobre o tema ou problema de pesquisa em perspectiva”.
6.2 População e amostra do estudo
A população da pesquisa é composta por 1.689 alunos ativos de graduação e
pós-graduação do Centro de Biociências, sendo cinco cursos de graduação: Ciências
Biológicas, Ciências Biológicas à Distância, Ecologia, Engenharia de Aquicultura e
Biomedicina. Na Pós-Graduação o Centro possui nove cursos: Biologia estrutural e
funcional, Biologia parasitária, Bioquímica, Biotecnologia, Ciências Biológicas,
Desenvolvimento e Meio Ambiente, Ecologia, Psicobiologia e Sistemática e Evolução.
43
Além dos alunos regulares descritos acima, o Centro atende aproximadamente
1.500 alunos, distribuídos entre os cursos da casa e oriundos dos cursos de Medicina,
Odontologia, Fisioterapia, Enfermagem, Educação Física, Nutrição, Zootecnia e
Farmácia que cursam todo o básico no Centro.
Para construir esse estudo foi utilizada uma técnica probabilística de
amostragem aleatória simples. “Neste tipo de amostragem, todos os elementos da
população estão disponíveis para serem avaliados na amostra. Essa técnica deve garantir
que qualquer elemento da população tenha a mesma probabilidade de ser selecionado”
(TIBONI, 2010, p. 15).
A pesquisa foi dividida em duas etapas, na primeira foram aplicados 30 (trinta)
questionários durante o mês de março/2019 como forma de pré-teste para verificar as
principais necessidades e problemas apontados pelos usuários da BS-CB. Após uma
análise parcial, a pesquisa apontou algumas variáveis a serem verificadas na segunda
fase da pesquisa, tais como: a percepção do usuário em relação sua satisfação e
agradabilidade com foco no espaço físico e layout.
Na segunda etapa foi realizada uma pesquisa com uma quantidade maior de
usuários no mês de junho/2019 a fim de aprofundar a percepção dos usuários em relação
aos pontos negativos e positivos, bem como as sugestões de melhorias no âmbito da
biblioteca. Essa amostra foi calculada para entrevistar 100 (cem) usuários utilizando-se
uma técnica de amostragem aleatória simples, essa quantidade equivale a uma amostra
probabilística com margem de erro de 10% e um nível de confiança de 95%. A pesquisa
foi realizada in loco e os resultados são inferidos apenas para a quantidade de usuários
entrevistados no período de realização.
6.3 Instrumento da pesquisa
Levando em conta as características desse estudo, o questionário foi o
instrumento adotado para a coleta dos dados, pois se configurou o meio mais adequado
para fornecer dados mais confiáveis e precisos. Andrade (2011, p. 95) define com
clareza o conceito de questionário. “O questionário é uma técnica muito comum de
obtenção de dados. Compõe-se de um conjunto organizado de questões (abertas,
fechadas e/ou mistas), construído a partir dos objetivos e variáveis constantes do
projeto, que é preenchido pelo entrevistado”.
44
Seguindo esse encadeamento lógico, foram elaborados dois questionários. O
primeiro contendo doze (12) perguntas abertas e fechadas (APÊNDICE A). O segundo
questionário foi elaborado com dez (10) perguntas abertas e fechadas (APÊNDICE B).
Todas as perguntas foram organizadas em conformidade com a temática e aos objetivos
propostos nesse trabalho, em relação à infraestrutura, fontes de informação e serviços
oferecidos pela BS-CB.
6.3.1 Princípios éticos
Por se tratar de uma pesquisa envolvendo seres humanos, foi necessário para a
realização dessa investigação a validação do instrumento pelo Comitê de Ética em
Pesquisa (CEP), considerado essencial para resguardar os respondentes de qualquer
exposição e constrangimentos. As questões éticas são relevantes, pois analisam critério
sem relação à utilidade, qualidade, confiabilidade e objetividade da pesquisa, bem como
avaliam aspectos ligados diretos ou indiretamente aos seres humanos, tais como:
garantia de bem-estar do participante e respeito à dignidade e aos direitos dos
participantes (FLICK, 2013).
Dessa forma, seguindo os padrões éticos exigidos, os questionários depois de
elaborados foram submetidos juntamente com projeto e o Termo de Consentimento
Livre e Esclarecido (TCLE) para avaliação do CEP. Após análise à pesquisa, recebeu
parecer favorável com situação “aprovado”. (ANEXO A).
6.4 Coleta de dados
Esta pesquisa utilizou o questionário como instrumento de coleta de dados
primários. Dados primários “são aqueles que não foram antes coletados, estando ainda
em posse dos pesquisados” (MATTAR, 2007, p. 41). Os questionários foram
constituídos de questões abertas e fechadas, utilizando-se escalas nominais e ordinais,
elaborado para uso exclusivo dessa pesquisa. As escalas nominais são as que se referem
ao perfil do entrevistado como: tipo de usuário, o turno e frequência com que utiliza os
serviços da biblioteca, bem como os principais serviços, atividades e conflitos. As
escalas ordinais são as utilizadas nas questões de avaliação do grau de importância da
biblioteca para os usuários do Centro de Biociências, a infraestrutura da biblioteca,
serviços oferecidos, fontes de informações e atendimento dos funcionários (MATTAR,
45
2007). Todas as escalas de avaliação estavam associadas a uma nota que varia de 1 a 5,
sendo a nota 1 associada ao conceito de nota mais baixa e a nota 5 associada ao conceito
de nota mais alta da variável utilizada na pergunta.
A aplicação do questionário foi realizada de forma presencial e individual pelo
entrevistador na BS-CB e foram aplicados em duas etapas. O primeiro no mês de março
do corrente ano nos três turnos de funcionamento e o segundo questionário foi aplicado
durante o mês de junho também nos 3 (três) turnos de funcionamento.
46
7 ANÁLISE DA PESQUISA PRELIMINAR
Na análise dos resultados foram utilizados gráficos, que é uma das atribuições da
técnica de estatística descritiva as quais permitem uma fácil compreensão e visualização
das informações neles contidos. Nas questões nominais foram utilizados gráficos como
porcentagens. Para as demais questões que utilizam escalas ordinais como as que
avaliam o grau de importância, a infraestrutura, os serviços oferecidos, o atendimento e
as fontes de informações oferecidas foram utilizados gráficos com a média aritmética
simples que permite fazer uma comparação entre as variáveis, bem como ordenar as
variáveis com avaliação da mais alta para a mais baixa.
Com base nesses resultados pretende-se expor as sugestões e anseios da
comunidade de forma mais objetiva no sentido de identificar as principais fragilidades e
propor possíveis melhorias.
7.1 Perfil dos usuários
O gráfico 4 apresenta o perfil dos usuários pesquisados em relação a quatro
aspectos: turno que costuma frequentar a biblioteca, a frequência semanal, nível e curso.
Por meio desse recorte, foi possível mensurar que os turnos mais frequentados são
matutino e vespertino, ficando ambos com o mesmo percentual de frequência com
42,9% e o turno noturno se apresenta com o menor fluxo de frequência com apenas
14,3%. Em relação a frequência semanal, é possível inferir a partir dessa análise que a
biblioteca tem uma frequência ativa, pois o somatório entre as alternativas (duas ou três
vezes por semana, todos os dias e uma vez por semana), chega ao total de 96,4% de
frequência semanal. Apenas 3,6% dos respondentes afirmaram frequentar às vezes.
Em relação ao nível de graduação e pós-graduação é notório o destaque para o
percentual de 92,9% referente ao uso da biblioteca por alunos de graduação. No que
concerne os cursos, o recorte da pesquisa apresentou uma variação significativa, porém,
os mais representativos foram os de Biomedicina, Fisioterapia, Ciências Biológicas,
Medicina e Nutrição somando o percentual de 74%. Importante mencionar que dos
cursos em destaques, apenas Biomedicina e Ciências Biológicas são cursos pertencentes
ao Centro de Biociências, os demais são cursos oriundos de outros Centros.
47
Gráfico 4 – Perfil dos usuários entrevistados na BS-CB da UFRN.
Fonte: Elaborado pela autora (2019).
7.2 Necessidades dos usuários
No gráfico 5 é possível visualizar quais as necessidades dos usuários na
perspectiva de ambiente de estudo, consulta de livros, acesso aos computadores e
empréstimos de material informacional.
No respectivo gráfico, é evidenciado como maior necessidade dos usuários o uso
da biblioteca como ambiente de estudo com 41,9%. Enquanto as necessidades em
relação à consulta de livros, acesso aos computadores e empréstimo de material
informacional representam 58,2%. Outro dado relevante no gráfico 05 se dá em relação
aos serviços consulta de livros e acesso aos computadores para pesquisa, pois ambos
apresentam percentual de necessidade aproximado, com percentual de 25,3% e 23,3%
respectivamente.
42.9%
42.9%
14.3%
3.6%
57.1%
25.0%
14.3%
92.9%
7.1%
18.5%
18.5%
14.8%
11.1%
11.1%
7.4%
7.4%
3.7%
3.7%
3.7%
Matutino
Vespertino
Noturno
As vezes
Duas ou três vezes por semana
Todos os dias
Uma vez por semana
Graduação
Pós-Graduação
Biomedicina
Fisioterapia
Ciências Biológicas
Medicina
Nutrição
Farmácia
Fonoaudiologia
Educação Física
Engenharia Mecânica
PPGCB
Tu
rno
Fre
qu
ênci
aN
ível
Curs
o
48
Gráfico 5 – Necessidades dos usuários na BS-CB da UFRN.
Fonte: Elaborado pela autora (2019).
7.3 Grau de importância da biblioteca
O gráfico 6 ressalta o resultado da pesquisa em relação ao ponto de vista do
usuário na questão grau de importância da biblioteca. Utilizando como opções
norteadoras cinco possibilidades de respostas, sendo elas: sem importância, pouco
importante, indiferente, importante e muito importante.
O gráfico chama atenção posto que, das cinco alternativas apresentadas em
relação ao grau de importância da biblioteca, apenas duas opções foram mencionadas
pelos respondentes. Os dados acima indicam que 96,4% consideram a biblioteca “muito
importante”. E a segunda alternativa mais mencionada apontou que 3,6% consideram a
biblioteca “importante”. As demais opções (sem importância, pouco importante,
indiferente) não obtiveram nenhum percentual, o que sinaliza nessa amostragem que a
biblioteca se faz imprescindível para a comunidade do Centro de Biociências.
Gráfico 6 – Grau de importância da BS-CB da UFRN.
Fonte: Elaborado pela autora (2019).
41.9%
25.6%
23.3%
9.3%
Apenas como ambiente de estudo
Consulta de livros
Acesso aos computadores para
pesquisa
Empréstimo de material
informacional
96.4%
3.6%
Muito importante
Importante
49
7.4 Avaliação da infraestrutura
A questão apresentada em relação ao ponto de vista dos usuários sobre a
infraestrutura da biblioteca, elencou alternativas essenciais para mensurar o grau de
satisfação no tocante ao terminal de consulta do acervo, guarda-volumes, acesso ao Wi-
Fi, tomadas para notebooks, quantitativo de computadores e mesas de estudo
disponíveis na biblioteca.
No que concerne o ponto de vista dos usuários em relação à infraestrutura, o
gráfico abaixo apresenta os resultados conforme a escala de 1 a 5, associando
respectivamente a classificação péssimo, ruim, regular, bom e ótimo. É possível
visualizar que, no geral, os usuários avaliam os serviços descritos como “regular”.
Apenas os itens terminal para consulta do acervo e guarda-volumes se aproximam da
classificação “bom” com percentual 3,71% e 3,68%.
Gráfico 7 – Média atribuída a infraestrutura da BS-CB da UFRN.
Fonte: Elaborado pela autora (2019).
7.5 Avaliação dos serviços
No que diz respeito a avaliação de serviços, a pesquisa buscou analisar sob a
perspectiva dos usuários a opinião em relação ao horário de atendimento, empréstimos e
devoluções, limpeza, atendimento dos funcionários, fichas catalográficas, orientação e
normalização de trabalhos acadêmicos.
Seguindo o mesmo critério de avaliação mencionado anteriormente, o gráfico 8
também se utiliza da mesma escala de 1 a 5, associando respectivamente a classificação
péssimo, ruim, regular, bom e ótimo. É evidenciado no gráfico que os serviços
3.71
3.68
3.25
3.08
3.07
3.07
Terminal para consulta do acervo
Guarda-volumes
Acesso ao Wifi
Tomadas para notebooks
Quantidade de computadores para
pesquisa
Quantidade de mesas para estudo
50
mencionados, de maneira geral foram bem avaliados pelos respondentes. Todos os
serviços ficaram acima de 4%, o que representa nessa escala que todos foram avaliados
como “bom” e se aproximando da classificação “ótimo”. Infere-se então, que os
serviços descritos nessa avaliação se destacaram com avaliação positiva.
Gráfico 8 – Nota média atribuída aos serviços oferecidos na BS-CB da UFRN.
Fonte: Elaborado pela autora (2019).
7.6 Fontes de informação
A seguir destaca-se a avaliação das fontes de informação no que se refere a
qualidade, quantidade e variedades de livros, bem como os serviços de buscas online.
Com base na escala de 1 a 5 utilizada para mensurar a opinião dos respondentes
em relação a qualidade, quantidade e variedades dos livros e serviços de buscas online
na biblioteca. O gráfico 9 destaca que o serviço de busca online é considerado “ótimo”,
com percentual de 3,96%. O resultado referente a quantidade e variedade de livros
chama atenção, pois recebe uma avaliação classificada na escala como “ruim” com
percentual 2,86%.
4.70
4.70
4.67
4.56
4.50
4.22
Horário de atendimento de 7h30 ás 22h00
ininterruptos
Serviço de empréstimo / devolução
Serviços de limpeza
Atendimento dos funcionários
Elaboração de fichas catalográficas
Orientação de normalização de trabalhos
acadêmicos
51
Gráfico 9 – Nota média atribuída a fontes de informação oferecidas na BS-CB da
UFRN.
Fonte: Elaborado pela autora (2019).
7.7 Fontes de informação utilizadas pelos usuários
As informações abaixo apresentam o percentual de utilização das fontes
informacionais disponíveis na biblioteca, sendo: livros impressos, E-books, bases de
dados, periódicos impressos, periódicos digitais, teses e dissertações, repositórios da
UFRN. Para melhor compreensão dos dados, o gráfico apresenta uma legenda
explicativa.
Em relação a frequência de uso das fontes informacionais, utilizou-se como
critério de avaliação a frequência de uso: “baixa, média, alta e não utiliza”. Conforme as
informações expostas abaixo, o livro impresso se destaca, com percentual de 64% e é
considerado pelos respondentes como a fonte mais utilizada.
3.96
3.54
2.86
Serviço de busca de informação online
Qualidade dos livros
Quantidade/variedade dos livros
52
Gráfico 10 – Frequência com que os usuários utilizam as fontes de informação
oferecidas na BS-CB da UFRN.
Fonte: Elaborado pela autora (2019).
7.8 Fatores que influenciam a escolha entre BCZM e BS-CB
O gráfico abaixo apresenta informações a respeito do ponto de vista dos usuários
em relação aos fatores que influenciam na escolha entre a BCZM e BS-CB para
ambiente de estudo.
O gráfico 11 destaca a biblioteca que os respondentes da pesquisa consideram
melhor para estudar e os fatores que influenciam na escolha. Do total, 44% dos usuários
afirmaram que preferem a BS-CB, considerando como ponto positivo a proximidade
das aulas, fácil acesso e fluxo menor de pessoas. Já 33% afirmaram que preferem a
BCZM pela disponibilidade de cabines de estudo e por considerar o espaço mais
reservado.
64%
25%
29%
11%
14%
4%
11%
21%
18%
14%
11%
14%
18%
7%
11%
32%
14%
32%
32%
32%
18%
4%
25%
43%
46%
39%
46%
64%
Livros impressos
E-books
Base de dados
Periódicos impressos
Periódicos digitais
Teses e dissertações
Repositórios da UFRN
Alta Média Baixa Não utiliza
53
Gráfico 11 – Motivo da preferência entre a BCZM e a BS-CB da UFRN.
Fonte: Elaborado pela autora (2019).
7.9 Sugestões de melhorias
O gráfico 12 trata de uma compilação de questões abertas, com sugestões de
melhorias apontadas pelos usuários da pesquisa. Baseado na análise da questão exposta
no questionário dessa pesquisa “Elenque 3 sugestões de melhorias para a biblioteca”. O
gráfico traz uma amostra relevante com as sugestões apontadas pelos usuários como
propostas de melhorias para a biblioteca.
Três sugestões se destacam: o aumento/variedade do acervo, ampliar espaço
físico e maior número de computadores, totalizando 46% das respostas. Embora
algumas sugestões tenham se apresentado com o percentual relativamente baixo, como
por exemplo, sugestões que tiveram apenas 1%, se faz fundamental destacar a
importância e refletir em todas as sugestões listadas, já que esses dados se configuram
um reflexo das necessidades dos usuários, todas as sugestões listadas são essenciais para
a tomada de decisão no processo de gestão de uma biblioteca centrada no paradigma
contemporâneo.
33%
4%
3%
44%
7%
4%
4%
Espaço maior e com acervo diversificado
Cabines de estudo
Mais reservado
Proximidade do local de aulas
Fluxo de pessoas menor
Fácil acesso
As duas bibliotecas são boas para estudo
BC
ZM
BS-
CB
Ind
ifer
ente
54
Gráfico 12 – Principais sugestões para melhorias da BS-CB da UFRN.
Fonte: Elaborado pela autora (2019).
30%
21%
15%
10%
4%
4%
4%
4%
3%
1%
1%
1%
1%
Aumentar acervo e/ou variedade de livros
Ampliar espaço físico para estudo
Mais computadores
Melhorar acesso ao wi-fi
Bebedouro
Cabines de estudo
Maior guarda-volumes
Maior número de tomadas
Melhorar aproveitamento de espaço para
mesas
Isolamento acústico
Livros em menor quantidade terem menor
tempo de empréstimo
Manutenção dos computadores
Retirar livros mofados
55
8 ANÁLISE FINAL DA PESQUISA
A segunda etapa da pesquisa, com aplicação de 100 (cem) questionários teve
como base as análises dos dados preliminares descritas no capítulo anterior. O foco
desse capítulo baseia-se na leitura de um conjunto de variáveis com foco no produto
final da inovação da biblioteca, utilizando-se como um dos fundamentos, o
levantamento das necessidades dos usuários em consonância com a literatura abordada
nos referenciais teóricos.
8.1 Perfil dos usuários
Seguindo a mesma técnica de análise utilizada na pesquisa preliminar, o gráfico
13 intitulado o “Perfil dos usuários entrevistados na BS-CB apresenta que do total de
respondentes, 68,3% deles são dos cursos de graduação seguido dos alunos de pós-
graduação com 29,3% e apenas 2,4% usuários externos a instituição. Com relação à
frequência semanal, 53,8% afirmaram frequentar a biblioteca uma vez por semana e
46,4% frequentam de duas a quatro vezes por semana. No tocante a questão tempo de
permanência quando utiliza a biblioteca, destacou-se com 73,1% os usuários que
permanecem de 1 até 2 horas. Apenas 10,3% afirmaram estudar mais de 3 horas.
Gráfico 13 – Perfil dos usuários entrevistados da BS-CB da UFRN.
Fonte: Elaborado pela autora (2019).
68.3%
29.3%
2.4%
53.8%
21.3%
16.3%
8.8%
34.6%
38.5%
16.7%
10.3%
Graduação
Pós-Graduação
Usuário externo
Uma vez
Três vezes
Duas vezes
Quatro vezes ou mais
Até 1 hora
Mais de 1 a 2 horas
Mais de 2 a 3 horas
Mais de 3 horas
Usu
ário
Fre
qu
ênci
aT
emp
o
56
8.2 Principais atividades utilizadas na biblioteca
Uma das variáveis levantadas na pesquisa foi a atividade principal dos usuários
na biblioteca, com base nessa informação pretende-se estabelecer as prioridades a serem
trabalhadas no futuro. As informações abaixo apresentam o percentual das atividades
mais utilizadas na biblioteca. Numa questão de múltipla escolha, o respondente elencou
três entre as opções: estudo individual, consulta de livros, uso computadores, ler,
utilizar Wi-Fi, estudo/trabalho em grupo e pesquisa em base de dados. Pode-se observar
no gráfico 14 que 30% dos usuários afirmaram utilizar a biblioteca para estudo
individual como sendo a principal atividade, seguido de consulta de livros com 20% e
15% utilizam a biblioteca para uso dos computadores. Os 35% restantes afirmaram
utilizar a biblioteca para leitura, acesso ao Wi-Fi, estudo/trabalho em grupo e acessar
base de dados, respectivamente.
Gráfico 14 – As principais atividades dos usuários na BS-CB da UFRN.
Fonte: Elaborado pela autora (2019).
30%
20%
15%
13%
10%
9%
3%
Estudo individual
Consulta de livros
Utilizar computadores da biblioteca
Ler
Utilizar Wifi
Estudo/trabalho em grupo
Pesquisa em base de dados
57
8.3 A importância do espaço físico de uma biblioteca e avaliação da agradabilidade
da BS-CB
A importância e a agradabilidade do espaço físico da biblioteca foram questões
levantadas para medir a influência do espaço físico no momento de escolha de uma
biblioteca para estudo, visto que na pesquisa preliminar o espaço físico foi citado como
uma das fragilidades. Para mensurar a questão da importância e da agradabilidade do
espaço físico, foi utilizado uma escala de 1 a 5, sendo a nota 3 uma nota média, abaixo
disso, a avaliação pode ser considerada insatisfatória e, se estiver acima da média,
satisfatória.
É possível visualizar no gráfico 15 uma nota 4,4 para a importância do espaço
físico, nota esta considerada acima da média 3 na escala de 1 a 5. Para os usuários, o
espaço físico influencia na escolha da biblioteca para estudo. Com referência à
avaliação da biblioteca no quesito agradabilidade, os respondentes avaliaram com nota
3,3. A nota está bem próxima da média 3 em uma escala de 1 a 5, portanto pode-se
entender que o espaço físico é considerado com uma agradabilidade razoável, sendo
assim menos agradável em relação a importância atribuído a ele.
Gráfico 15 – A importância do espaço físico na hora de escolha uma biblioteca para
estudar e a avaliação da agradabilidade da BS-CB da UFRN.
Fonte: Elaborado pela autora (2019).
4.4
3.3
Importância do espaço físico
Agradabilidade do espaço físico
58
8.4 Principais conflitos apontados na BS-CB
Pautado na realidade da BS-CB, se fez pertinente abordar nessa pesquisa a
percepção dos usuários nos fatores considerados conflitantes no ambiente de estudo.
Com base nos conflitos apontados, pode-se também priorizar em paralelo com a questão
da agradabilidade descrita anteriormente os problemas a serem trabalhados. Foi listado
6 (seis) alternativas, sendo: ruído, frio/calor, má organização do espaço, qualidade dos
serviços/acervo, falta de lugares, horário de funcionamento, iluminação deficiente e
outro. Entre as alternativas descritas, os respondentes destacaram os 3 (três) principais
conflitos no ambiente de estudo.
O gráfico 16 apresenta os dados em forma de percentual. Em primeiro lugar com
36,5%, o maior conflito apontado pelos respondentes foi a falta de assentos. Em
segundo o ruído com 17,5% e o terceiro conflito apontado foi a qualidade dos
serviços/acervo com 15,5%. Embora esses tenham sido os 3 (três) mais citados, se faz
necessário uma atenção voltada para os demais conflitos expostos, tendo em vista que a
má organização do espaço, frio/calor e iluminação insuficiente atingiram no total, um
percentual de 25%.
Gráfico 16 – Os principais conflitos apontados na BS-CB da UFRN.
Fonte: Elaborado pela autora (2019).
36.5%
17.5%
15.5%
11.5%
9.0%
4.5%
3.5%
Falta de lugares
Ruído
Qualidade dos serviços/acervo
Má organização do espaço
Frio/calor
Iluminação deficiente
Outros
59
8.5 Sugestões de melhorias para a BS-CB
Tendo em vista que os conflitos listados anteriormente servem como indicativo
de melhorias, se fez necessário um levantamento de novas sugestões apontadas pelos
usuários.
Conforme os dados compilados no gráfico 17, do total de sugestões, 41,3% delas
referem-se ao aumento do espaço físico. Em seguida, vem reorganização do espaço com
9,3% e aumento de mesas individuais com 6,3%. Também aparecem como sugestões de
melhorias o aumento de acervo, mais tomadas, mesas maiores de estudo, organização
das estantes e renovação do acervo, correspondendo a 20,8%.
Gráfico 17 – As principais sugestões de melhorias apontadas para a BS-CB da UFRN.
Fonte: Elaborado pelo autor (2019).
8.6 As principais fontes de informação mais utilizadas na BS-CB
Ainda com objetivo de levantar as necessidades informacionais para futuras
melhorias, fez-se necessário identificar as fontes de informação mais utilizadas pelos
usuários. De acordo com o resultado apresentado no gráfico 18, é possível notar que as
fontes mais citadas pelos usuários foram livros impressos com 33,3% e periódicos
41.3%
9.5%
6.3%
4.8%
4.8%
4.8%
3.2%
3.2%
22.2%
Aumentar espaço físico
Reorganizar o espaço
Mais mesas individuais
Aumentar acervo
Mais tomadas
Utilizar mesas de estudo maiores
Organizar estantes
Renovação do acervo
Outros
60
digitais com 26,2%. Em seguida, totalizando 40%, os respondentes afirmaram consultar
respectivamente bases de dados, e-books, teses e dissertações. Apenas 2,4% citaram os
periódicos impressos como fonte de informação consultada.
Gráfico 18 – As principais fontes de informação mais utilizadas na BS-CB da UFRN.
Fonte: Elaborado pela autora (2019).
33.3%
26.2%
14.3%
11.9%
9.5%
2.4%
2.4%
Livros impressos
Periódicos digitais
Base de dados
E-books
Teses e dissertações
Periódicos impressos
Repositórios da UFRN
61
9 RESULTADOS E CONSIDERAÇÕES FINAIS
A BS-CB “Leopoldo Nelson”, como descrita no capítulo 4, está inserida no
contexto acadêmico da UFRN desde 1999, com o objetivo principal de atender e
disponibilizar informação para a comunidade do Centro de Biociências e vem buscando
em meio aos desafios da atualidade, formas de se manter ativa nessa conjuntura.
Embora a biblioteca seja demasiadamente reduzida, tanto em área construída,
como na estrutura geral, vem demonstrando ao longo dos anos um paradoxo entre o
espaço físico versus alta demanda dos usuários. Em estatísticas levantadas,
recentemente, o fluxo mensal de atendimentos chega a mais de 3.000 (três mil) usuários,
utilizando os mais variados serviços e produtos, desde empréstimo, consulta de
material, acesso aos computadores, estudo em grupo e individual, acesso aos pontos de
internet e Wi-Fi para uso pessoal. Observa-se ainda, que o espaço é utilizado para
descanso dos alunos, como popularmente se fala, ‘para um cochilo entre um intervalo e
outro das aulas’.
A observação empírica desse paradoxo foi essencial para enxergar como fator
positivo, já que sinaliza que a BS-CB se faz notável para a comunidade e despertar o
interesse pelo desenvolvimento desse trabalho.
A partir dessas observações, o processo para o constructo final desse estudo
levou várias etapas, leituras extensas sobre as BUs e sua perspectiva de futuro, da
biblioteca como espaço físico na era tecnológica, compreender o usuário como elemento
central e decisivo para o sucesso das bibliotecas, entender o conceito e aplicabilidade de
inovação, principalmente na realidade da BS-CB que, por ser de Instituição Pública,
sofre com a escassez de recursos financeiros e, mesmo assim, precisa se manter
participativa, atuante e viva dentro do ambiente acadêmico.
O referencial teórico aliado ao resultado da pesquisa desenvolvida no âmbito da
biblioteca foi essencial para desenvolver um diagnóstico com foco nas necessidades e
sugestões do usuário e a partir desse diagnóstico, direcionar melhor o planejamento da
biblioteca.
A pesquisa foi definida com o objetivo de avaliar as necessidades dos usuários
quanto à infraestrutura, fontes de informação e serviços oferecidos na biblioteca, bem
como analisar as sugestões apontadas como forma de melhoria. Em referência às fontes
informacionais, os usuários destacaram os livros impressos, e-books e bases de dados
como os mais consultados. No que concerne a indagação sobre a maior necessidade de
62
utilizar a biblioteca, apontaram respectivamente as seguintes alternativas: utilizar o
espaço apenas como ambiente de estudo, para consultar livros, acessar os computadores
e empréstimos de material informacional. Acerca da infraestrutura da biblioteca, a
avaliação se deu nos seguintes pontos: terminal de consulta, guarda-volumes, acesso ao
Wi-Fi, tomadas para notebooks, quantidade de computadores e mesas, onde os usuários
classificaram como regular, dentre as opções péssimo, ruim, regular, bom e ótimo.
Embora a pesquisa tenha sido delineada em percentual e consequentemente
tenham se destacado algumas fontes de informação, serviços e atividades, o mais
relevante ao final da pesquisa foi perceber que todos os produtos, serviços e fontes de
informação foram mencionados como necessário para alguma parcela dos respondentes,
o que demonstra a relevância e usabilidade da biblioteca para todos. Por meio do gráfico
6 é possível constatar essa concepção, tendo em vista que o gráfico apresenta a opinião
dos usuários sobre a importância da biblioteca. Os dados apresentados chamam atenção
para o percentual de 96,4% referente aos respondentes que consideram a biblioteca
“muito importante”, e 3,6% classificam a biblioteca como “importante”. Ou melhor,
mesmo o estudo revelando pontos negativos e fragilidades na BS-CB, o que se deve
levar em consideração nesse contexto é a percepção do elemento central dessa pesquisa,
o usuário e focar em estratégias para atender suas expectativas. É com base nas suas
necessidades e contribuições que a biblioteca busca meio para superar os desafios
existentes e se manter ativa no ambiente acadêmico.
Considerando as sugestões de melhorias propostas pelos usuários, tais como:
aumento/variedade do acervo, aumento e reorganização do espaço físico, aumento de
mesas de estudos individuais, tomadas e computadores, que despertou a ideia de propor
inicialmente uma mudança no espaço físico, já que a BS-CB foi classificada como
muito importante e agradável para a comunidade. Esse processo de mudança no âmbito
da biblioteca, será desenvolvido inicialmente em caráter de teste, centrado na percepção,
sugestões e no feedback contínuo dos usuários, sempre de acordo com a realidade da
biblioteca.
A seguir seguem os pontos propostos a serem mudados:
63
Retirada das estantes de periódicos para desbaste2, demonstrada na
pesquisa a falta de consulta, otimizando o espaço;
Reorganizar/distribuir melhor o acervo de livros, facilitando assim a
circulação dos usuários, principalmente para os estudantes com
necessidades educacionais especiais;
Aumentar os pontos de internet;
Aumentar a quantidade de computadores;
Inserir pufes, tapetes, almofadas e poltronas para descanso, estudo e
leitura individual, já que a cabine individual foi bastante citada como
necessidade, porém tem um custo maior e ocupa maior espaço. Outro
ponto a ser destacado é que para aquisição desses objetos é possível
conseguir por meio de doações dentro da própria instituição.
Nos apêndices C e D é possível visualizar melhor o espaço atual e a proposta de
mudança. É importante destacar que a biblioteca só será importante para a comunidade
se conseguir adaptar seu espaço físico às exigências do seu público, nessa perspectiva
em meio aos desafios e dificuldades elencados nesse trabalho, que a BS-CB mesmo de
forma lenta procura-se adaptar ao novo modelo de biblioteca.
O desenvolvimento desse trabalho foi essencial para refletir sobre a importância
da BU, além da sua função primeira de preservação e disseminação da informação e
despertar para a biblioteca como um espaço de acolhimento e prazer dos usuários. Bem
como despertar para o redesenho e ressignificação das bibliotecas, na perspectiva da
redução dos espaços físicos voltados para acervo e o aumento de espaços que ofereça
funcionalidade e usabilidade aos usuários.
2 Consiste na retirada de documentos, pouco utilizados pelos usuários, de uma coleção de uso frequente
para outros locais – ou depósitos especialmente criados para abrigar este material de consultas eventuais.
(ROCHA, 2011).
64
REFERÊNCIAS
ALENCAR, Eunice Lima Soriano. Desenvolvendo a criatividade nas organizações: o
desafio da inovação. Revista de Administração de Empresas, São Paulo, v. 35, n. 6,
p. 6-11, 1995. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rae/v35n6/a02v35n6. Acesso
em: 10 jun. 2019.
AMANTE, Maria João. Bibliotecas universitárias: semear hoje para colher amanhã
Maria João Amante. Actas do Congresso Nacional dos Bibliotecários, Arquivistas e
Documentalistas, Lisboa, n. 9, 2007. Disponível em:
https://www.bad.pt/publicacoes/index.php/congressosbad/article/view/542/334. Acesso
em: 15 maio 2019.
ANDRADE, Sônia Maria Oliveira de. A pesquisa científica em saúde: concepção e
execução. Campo Grande: [s.n.], 2011.
ARÉVALO, Julio Alonso; GARCÍA, José Antonio Cordón. ¿Para qué servirá la
Biblioteca Pública en el futuro? depende de su capacidad de adaptación a los imparables
cambios sociales, económicos y tecnológicos. Mi biblioteca, Málaga, v. 11, n. 40, p. 1-
19, 2015. Disponível em: https://gredos.usal.es/handle/10366/125206. Acesso em: 29
jun. 2019.
BENEDETI, Cristina Guilhem; TORINO, Ligia Patricia; TAVARES, Helena Tavares.
Um olhar sobre inovação em bibliotecas universitárias: desafios e possibilidades. In:
CONGRESSO BRASILEIRO DE BIBLIOTECONOMIA, DOCUMENTO E CIÊNCIA
DA INFORMAÇÃO., 25., 2013, Florianópolis. Anais [...], Florianópolis, 2013.
Disponível em: https://portal.febab.org.br/anais/article/view/1645. Acesso em: 30 maio
2019.
BERTHOLINO, Maria Luzia Fernandes; OLIVEIRA, Nirlei Maria. Infra-estrutura de
informação: o uso da INTERNET por bibliotecários de instituições brasileiras de ensino
superior. In: RAMOS, Maria Etelvina Madadalozzo (org.). Tecnologia e novas formas
de gestão em bibliotecas universitárias. Ponta Grossa: UEPG, 1999.
BOTH, Katherine. Bibliotecas universitárias: análise da organização, flexibilidade e
adaptabilidade dos seus espaços. 2012. 470p. Dissertação (Mestrado em Arquitectura) -
Universidade Técnica de Lisboa. Instituto superior Técnico, Lisboa, 2012. Disponível
em: https://fenix.tecnico.ulisboa.pt/downloadFile/395144992797/Dissertacao.pdf.
Acesso em: 15 maio 2019.
BRAGANÇA, Fábio Ferreira Coelho et al. Marketing, criatividade e inovação em
unidades de informação. Revista Brasileira de Marketing: ReMark, São Paulo, v. 15,
n. 2, p. 237-245, abr./jun. 2016. Disponível em:
http://www.revistabrasileiramarketing.org/ojs-
2.2.4/index.php/remark/article/view/3277/2344. Acesso em: 27 jun. 2019.
BRASIL. Decreto nº 9.235, de 15 de dezembro de 2017. Dispõe sobre o exercício das
funções de regulação, supervisão e avaliação das instituições de educação superior e dos
cursos superiores de graduação e de pós-graduação no sistema federal de ensino. Diário
Oficial [da] União. Brasília, 2017. Disponível em:
65
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-
2018/2017/Decreto/D9235.htm#art107. Acesso em: 5 mar. 2019.
BRUXVOORT, Diane. Library as third place: a strategic framework. SCONUL Focus,
London, n. 68, p. 13-14, fev. 2017. Disponível em:
https://www.sconul.ac.uk/sites/default/files/documents/3_18.pdf. Acesso em: 15 jun.
2019
COMPORTAMENTO informacional. In: DeltCI: Dicionário Eletrónico de
Terminologia em Ciência da Informação. Porto, [2014?]. Disponível em:
https://paginas.fe.up.pt/~lci/index.php/index.php/index.php/1697. Acesso em: 15 jan.
2019.
CUNHA, Murilo Bastos. A biblioteca universitária na encruzilhada. DataGramaZero,
Rio de Janeiro, v. 11, n. 6, dez. 2010. Disponível em:
https://infobci.wordpress.com/2010/12/09/a-biblioteca-universitaria-na-encruzilhada/.
Acesso em: 4 fev. 2019.
DIESEL, Aline; BALDEZ, Alda Leila Santos; MARTINS, Silvana Neumann. Os
princípios das metodologias ativas de ensino: uma abordagem teórica. Revista Thema,
v. 14, n. 1, p. 268-288, 2017. Disponível em:
http://revistathema.ifsul.edu.br/index.php/thema/article/view/404/295. Acesso em: 27
fev. 2019.
FIGUEIREDO, Nice Menezes de. Estudo de uso e usuários da informação. Brasília:
IBICT: 1994.
FLICK, Uwe. Introdução a metodologia: um guia para iniciantes. Porto Alegre: Penso,
2013.
GALVÃO, Ana Maria de Oliveira. Velhos problemas? Público, acervos, leitura e bibliotecários em
cenas da história da biblioteca pública. Perspectivas em Ciência da Informação, v. 19, n. esp., p.
211-226, out../dez. 2014. Disponível em:
http://portaldeperiodicos.eci.ufmg.br/index.php/pci/article/view/2277. Acesso em: 8 jun. 2019.
GASQUE, Kelly Cristine Gonçalves Dias; COSTA, Suely Maria de Souza. Evolução
teórico-metodológica dos estudos de comportamento informacional de usuários. Ci.
Inf., Brasília, DF, v. 39, n. 1, p. 21-32, 2010. Disponível em:
http://www.scielo.br/pdf/ci/v39n1/v39n1a02. Acesso em: 6 jun. 2017.
GONZÁLES FERNÁNDEZ-VILLAVICENCIO, Nieves. Los espacios físicos de la
biblioteca universitaria en el nuevo ecosistema de aprendizaje. Anuario ThinkEPI. v.
11, p. 109-118, 2017. Disponível em:
https://recyt.fecyt.es/index.php/ThinkEPI/article/view/thinkepi.2017.14/35498. Acesso:
20 maio 2019.
HUBNER, Marcos Leandro Freitas; KUHN, Ana Carolina Araújo; ANDRETTA, Pedro
Ivo Silveira. A avaliação do ensino superior e seus reflexos na biblioteca universitária:
um relato das transformações ocorridas na biblioteca central da
66
Universidade de Caxias do Sul a partir da publicação do decreto nº 2.026/1996. In:
SEMINÁRIO NACIONAL DE BIBLIOTECAS UNIVERSITÁRIAS, 19., 2016, Anais
[...]. Amazonas, 2016. Disponível em:
file:///C:/Users/Biblioteca%20Setorial/Downloads/3161-1-8622-1-10-
20161215%20(2).pdf. Acesso em: 10 jan. 2019.
JULIANI, Jordan Paulesky; CAVAGLIERI, Marcelo; MACHADO Raquel Bernadete
Design thinking como ferramenta para geração de inovação: um estudo de caso da
Biblioteca Universitária da UDESC. nCID: R. Ci. Inf. e Doc., Ribeirão Preto, v. 6, n.
2, p. 66- 83, set. 2015/fev. 2016. Disponível em:
http://www.revistas.usp.br/incid/article/view/100887/103945. Acesso em: 20 jun. 2019.
LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Fundamentos de
metodologia científica. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2003.
LANKES, R. David. Expect more: demanding better libraries for today’s complex
world. [S. l: S. n.], 2012. Disponível em: https://davidlankes.org/new-
librarianship/expect-more-demanding-better-libraries-for-todays-complex-world/.
Acesso em: 1 jun. 2019.
LANKES, R. Davis. Bibliotecas ruins fazem coleções, bibliotecas boas realizam
serviços e bibliotecas excelentes criam comunidades. [S.l.], 2013. Disponível em:
https://indexadora.wordpress.com/2013/11/17/bibliotecas-excelentes-criam-
comunidades/. Acesso em: 10 abr. 2019.
LESSA, Bruna; GOMES, Henriette Ferreira. A biblioteca pública como um empório de
ideias: evidências do seu lugar na sociedade contemporânea. Inf. & Soc.: Est., João
Pessoa, v. 27, n. 1, p. 35-46, jan./abr. 2017. Disponível em:
https://www.researchgate.net/publication/331825678_A_biblioteca_publica_como_um_
emporio_de_ideias_evidencias_do_seu_lugar_na_sociedade_contemporanea. Acesso
em: 25 maio 2019.
LONGO, Rose Mary Juliano; VERGUEIRO, Waldomiro. Gestão da qualidade em
serviços de informação do setor público: características e dificuldades para sua
implantação. Revista Digital de Biblioteconomia e Ciência da informação,
Campinas, v. 1, n. 1, p. 39-59, jul./dez. 2003. Disponível em:
https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/rdbci/article/view/2088/2218. Acesso
em: 6 mar. 2018.
MARCIAL, Viviana Fernandez. Inovação em bibliotecas. In: RIBEIRO, Anna Carolina
Mendonça Lemos; FERREIRA, Pedro Cavalcanti Gonçalves (org.). Biblioteca do
Século XXI: desafios e perspectivas, Brasília, 2017. p. 43-59. Disponível em:
http://www.ipea.gov.br/portal/images/stories/PDFs/livros/livros/170105_biblioteca_do_
seculo_21.pdf. Acesso em: 22 jun. 2019.
MANHIQUE, Ilídio Lobato Ernesto; VARELA, Aida Varela. Comportamento de busca
de informação dos estudantes de graduação: contribuição para a pesquisa científica na
Universidade Eduardo Mondlane de Moçambique. Inf. Inf., Londrina, v. 21, n. 1, p.
283-305, 2016. Disponível em:
67
http://www.uel.br/revistas/uel/index.php/informacao/article/viewFile/19146/18997.
Acesso em: 5 jun. 2017.
MARCHIORI, Patrícia Zeni. A ciência e a gestão da informação: compatibilidades no
espaço profissional. Ci. Inf., Brasília, v. 31, n. 2, p. 72-79, maio/ago. 2002. Disponível
em: http://revista.ibict.br/ciinf/article/view/962/999. Acesso em: 15 nov. 2018.
MARTÍNEZ-SILVEIRA, Martha; ODDONE, Nanci. Necessidades e comportamento
informacional: conceituação e modelos. Ci. Inf., Brasília, v. 36, n. 1, p. 118-127,
maio/ago. 2007. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/ci/v36n2/12.pdf. Acesso em:
15 fev. 2019
MARTINS, Wilson. A palavra escrita: história do livro, da imprensa e da biblioteca.
3.ed. São Paulo: Ática, 1998.
MATTAR, Frauze Najib. Pesquisa de marketing. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2007.
MILANESI, Luís. A biblioteca. São Paulo: Ateliê Editorial, 2002.
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Manual de verificação in loco das condições
institucionais: credenciamento de instituições não universitárias; autorização de cursos
superiores (ensino presencial e a distância). Brasília: SESu, 2002.
MITRI, Sandra Minardi et al. Metodologias ativas de ensino-aprendizagem na formação
profissional em saúde: debates atuais. Ciência & Saúde Coletiva, v. 13, p. 2133-2144,
2008. Disponível em: https://www.scielosp.org/pdf/csc/2008.v13suppl2/2133-2144/pt.
Acesso em: 4 mar. 2019.
NASCIMENTO, Lucia Lima do Nascimento; PINTO, Valdir Batista; VALE, Helena
Cristina Pimentel do. O livro, a biblioteca e leitura: conhecer o passado para entender a
(r) evolução tecnológica. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE BIBLIOTECONOMIA,
DOCUMENTO E CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO, 25., 2013, Florianópolis. Anais [...]
Florianópolis, 2013. p. 1-9. Disponível em:
https://portal.febab.org.br/anais/article/view/1423. Acesso em: 11 fev. 2019
OLIVEIRA, Etiene Siqueira de. O comportamento informacional de pós-
graduandos de engenharia: estudo sobre a influência da personalidade. 2013. f.
Dissertação (Mestrado em Ciência da Informação) – Faculdade de Filosofia e Ciências.
Universidade Estadual de Paulista, Marília, 2013. Disponível em:
https://www.marilia.unesp.br/Home/Pos-
Graduacao/CienciadaInformacao/Dissertacoes/oliveira_es_me_mar.pdf. Acesso em: 24
fev. 2019.
ORGANISATION FOR ECONOMIC COOPERATION AND DEVELOPMENT. Oslo
Manual: Guidelines for Collecting, Reporting and Using Data on Innovation. 4th
Edition, Paris: OECD, 2018. Disponível em: https://www.oecd-
ilibrary.org/docserver/9789264304604-
en.pdf?expires=1562122331&id=id&accname=guest&checksum=9E7FD2417409CD80
F404440915DA7A2E. Acesso em: 15 jun. 2019
68
RANGANATHAN, S. R. As cinco leis da Biblioteconomia. Tradução de Tarcísio
Zandona de. Brasília: Briquet de Lemos, 2009.
ROCHA, Suzana Francisca da. Desbaste é o mesmo que descarte? Guia do
bibliotecário: tudo que um bibliotecário pode fazer. 2011. Disponível:
http://guiabibliotecario.blogspot.com/2011/12/desbaste-e-o-mesmo-que-descarte.html.
Acesso: 20 fev. 2019.
SANTA ANNA, Jorge. A redefinição da biblioteca no século XXI: de ambientes
informacionais a espaços de convivência, Rev. Digit.Bibliotecon. Cienc. Inf.,
Campinas, v. 14, n. 2, p. 232-246, maio/ago. 2016. Disponível em:
https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/rdbci/article/view/8641701. Acesso em:
20 jun. 2019.
SANTA ANNA, Jorge. MAIA, Maria de Lourdes Franklin. Manifestações simbólicas
de punição/proibição em bibliotecas: espaços de acolhimento ou coerção? Revista
ACB: Biblioteconomia em Santa Catarina, Florianópolis, v. 20, n. 2, p. 272-285,
maio/ago. 2015. Disponível em: http://revista.acbsc.org.br/racb/article/view/988/pdf.
Acesso em: 25 jun. 2019
SEVERINO, Antônio Joaquim. Metodologia do Trabalho Científico. 24. ed. São
Paulo: Cortez, 2016.
SILVA, Armando Malheiro. Ciência da informação e comportamento informacional:
enquadramento epistemológico do estudo das necessidades de busca, seleção e uso.
Revista de Ciências e Tecnologias de Informação e Comunicação, n. 21, p. 1-61,
2013. Disponível em:
http://www.brapci.inf.br/index.php/article/view/0000028806/9bc5cf51d75b13f411e7da
6b74058005. Acesso em: 13 dez. 2018.
SILVA, Chirley Cristiane Mineiro da; RADOS, Gregório Jean Varvakis. Gestão de
serviços em bibliotecas: melhoria com foco no cliente. Rev. ACB: Biblioteconomia.
Santa Catarina, v. 7, n. 1, p. 198-218, 2002. Disponível em:
https://revista.acbsc.org.br/racb/article/view/370. Acesso em: 18 fev. 2019.
SILVA, Fabiano Couto Corrêa da; SCHONS, Claudio Henrique; RADOS, Gregório
Jean Varvakis. A gestão de serviços em bibliotecas universitárias: proposta de modelo.
Inf. Inf., Londrina, v. 11, n. 2, jul./dez. 2006. Disponível em:
http://www.uel.br/revistas/uel/index.php/informacao/article/view/1691. Acesso em: 21
fev. 2019.
SILVA, Fabiana de Oliveira; SILVA, Ana Lúcia da; CUNHA, Paulo de Assis da. As
mudanças na cultura das bibliotecas universitárias em um contexto de trabalho
colaborativo mediado pelas tecnologias de informação e comunicação. In:
CONGRESSO BRASILEIRO DE BIBLIOTECONOMIA, DOCUMENTO E CIÊNCIA
DA INFORMAÇÃO,25., 2013, Florianópolis. Anais [...]. Florianópolis, 2013. p. 1-12.
Disponível em: https://portal.febab.org.br/anais/article/view/1385. Acesso em: 10 mar.
2019.
69
SOARES, Maria Susana Arrosa (org.). A educação superior no Brasil. Brasília:
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior, 2002.
SOUZA, Leonardo Pereira Pinheiro de; VALENTIM, Marta Lígia Pomim; ÁVILA,
Daniel Martínez. Aspectos cognitivos e sociais do comportamento informacional dos
desenvolvedores de software: uma análise da produção científica. Rev. Digit.
Bibliotecon. Cienc. Inf. Campinas, v. 27, p. 1-17, 2018. Disponível em:
https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/rdbci/article/view/8652158/pdf. Acesso
em: 28 fev. 2019.
TANUS, Gabrielle Francinne de S. C.; OLIVEIRA, Elaine Diamantino; PAULA,
Maianna Giselle de. Concepções de uma biblioteca do século XXI: protagonismo da
biblioteca Professora Etelvina Lima. Revista Brasileira de Biblioteconomia e
Documentação. v. 13, n. esp. 2017. Disponível em:
https://rbbd.febab.org.br/rbbd/article/view/868. Acesso em: 10 jan. 2019.
TIBONI, Conceição Gentil Rebelo. Estatística básica: para os cursos de
Administração, Ciências Contábeis, Tecnológicos e de Gestão. São Paulo: Atlas, 2010.
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE. Ministério da
Educação. Resolução nº 004/2013-CONSUNI, de 05 de abril de 2013. Regulamenta o
Sistema de Bibliotecas – SISBI, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte –
UFRN. Natal, 2013. Disponível em:
https://sisbi.ufrn.br/bczm/documento.php?id=140082024#.XSSZw25FwdV. Acesso em:
14 mar. 2019.
VALENTIM, Marta Lígia Pomim. O perfil das bibliotecas contemporâneas. In:
RIBEIRO, Anna Carolina Mendonça Lemos; FERREIRA, Pedro Cavalcanti Gonçalves
(org.). Biblioteca do Século XXI: desafios e perspectivas, Brasília, DF, 2017. p. 21-42.
Disponível em:
http://www.ipea.gov.br/portal/images/stories/PDFs/livros/livros/170105_biblioteca_do_
seculo_21.pdf. Acesso em: 22 jun. 2019.
70
APÊNDICE A - QUESTIONÁRIO – PESQUISA PRELIMINAR
AVALIAÇÃO DA BIBLIOTECA SETORIAL DO CENTRO DE BIOCIÊNCIAS
1 – Quais são as suas TRÊS PRINCIPAIS atividades na biblioteca do CB (Marque apenas
três)?
1( ) Estudo individual 2( ) Estudo/trabalho em grupo 3( ) Ler 4( ) Consulta
de livros
5( ) Utilizar a internet 6( ) Pesquisa em base de dados 7( ) Socializar
8( ) Utilizar computadores da biblioteca 9( )Outra. Qual?__________________________
2 – Qual o seu tempo mais frequente de permanência na biblioteca quando você utiliza?
1 ( ) Até 1 hora 2.( ) Mais de 1 a 2 horas 3.( ) Mais de 2 a 3 horas 4.( ) Mais de 3 horas
3 – Utilize uma escala de 1 (Sem importância) a 5 (Muito importante) para indicar a
influência do espaço físico na hora de você escolher uma biblioteca para estudar? (Circule
uma nota de 1 a 5 na escala abaixo)
Sem importância 1 ( ) 2( ) 3( ) 4( ) 5 ( ) Muito importante
4 – Utilize uma escala de 1 (Não é agradável) a 5 (Muito agradável) para avaliar a
agradabilidade do espaço físico da biblioteca do CB?
Não é agradável 1 ( ) 2( ) 3( ) 4( ) 5 ( ) Muito agradável
5 - Quais são os TRÊS PRINCIPAIS conflitos identificados que você identifica na
biblioteca do CB?
1 ( ) Ruído 2( ) Iluminação deficiente 3 ( ) Frio/calor 4( ) Má organização do
espaço
5 ( ) Qualidade dos serviços/acervo 6( ) Falta de lugares 7( ) Horário de funcionamento
8 ( ) Outro. Qual?__________________________
6. Que sugestão você daria para melhorar o ambiente interno da biblioteca considerando o
espaço físico atual?
___________________________________________________
___________________________________________________
71
APÊNDICE B – QUESTIONÁRIO – PESQUISA FINAL
AVALIAÇÃO DA BIBLIOTECA SETORIAL DO CENTRO DE BIOCIÊNCIAS
I – PERFIL DO USUÁRIO
Q1 – Vinculo: 1 ( ) Graduação 2 ( ) Pós-Graduação 3 ( ) Usuário externo
Q2 – Curso________________________________________________
Q3. Quantas vezes por semana vai a biblioteca?
( ) 1 vez ( ) 2 vezes ( ) 3 vezes ( ) 4 vezes ou mais
Q4 – Qual o seu tempo de permanência na biblioteca quando você utiliza?
1( ) Até 1 hora 2.( ) Mais de 1 a 2 horas 3.( ) Mais de 2 a 3 horas 4.( ) Mais de 3
horas
II – DIMENSÃO: INFRAESTRUTURA
Q5 – Quais são as suas TRÊS PRINCIPAIS atividades na biblioteca do CB (Marque
apenas três)?
1 ( ) Estudo individual 2 ( ) Estudo/trabalho em grupo 3 ( ) Ler
4 ( ) Utilizar Wifi 5 ( ) Pesquisa em base de dados 6 ( ) Utilizar computadores
da biblioteca
7 ( ) Socializar 8 ( ) Consulta de livros 9( ) Outra.
Qual?_______________________
Q6 – Utilize uma escala de 1 (Sem importância) a 5 (Muito importante) para indicar a
influência do espaço físico na hora de você escolher uma biblioteca para estudar? (Marque
uma nota de 1 a 5 na escala abaixo)
Sem importância 1 ( ) 2( ) 3( ) 4( ) 5 ( ) Muito importante
Q7 – Utilize uma escala de 1 (Não é agradável) a 5 (Muito agradável) para avaliar a
agradabilidade do espaço físico da biblioteca do CB?
Não é agradável 1 ( ) 2( ) 3( ) 4( ) 5 ( ) Muito agradável
Q8 - Quais são os TRÊS PRINCIPAIS conflitos que você identifica na biblioteca do CB?
1 ( ) Ruído 2 ( ) Frio/calor 3 ( ) Má organização do espaço
4 ( ) Qualidade dos serviços/acervo 5 ( ) Falta de lugares 6 ( ) Horário de funcionamento
7 ( ) Iluminação deficiente 8 ( ) Outro. Qual?__________________________
Q9 – Que sugestão você daria para melhorar o ambiente interno da biblioteca
considerando o espaço físico atual?
__________________________________________________
72
II – DIMENSÃO: ACERVO
Q10 – Quais são as DUAS PRINCIPAIS fontes de informação que você mais utiliza?
1. ( ) Livros impressos 2.( ) E-books 3.( ) Base de dados 4.( ) Periódicos impressos
5. ( ) Periódicos digitais 6.( ) Teses e dissertações 7.( ) Repositórios da UFRN
73
APÊNDICE C – ESTRUTURA ATUAL DA BS-CB
74
APÊNDICE D – PROPOSTA DE INOVAÇÃO NO ESPAÇO FÍSICO DA BS-CB
Fonte: Arquiteta Dominique Barros da UFRN (2019).
75
ANEXO A – PARECER DO COMITÊ DE ÉTICA EM PESQUISA
76
77
78
79