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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO FÍSICA PROGRAMA DE GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA KLEBER DANIEL FERNANDES DA SILVA PERFIL SOMATOTÍPICO DE VELOCISTAS DE 400 METROS RASOS DA EQUIPE DE ATLETISMO MASCULINA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE NATAL/RN 2019

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE

DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO FÍSICA PROGRAMA DE GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA

KLEBER DANIEL FERNANDES DA SILVA

PERFIL SOMATOTÍPICO DE VELOCISTAS DE 400 METROS RASOS DA EQUIPE DE ATLETISMO MASCULINA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE

DO NORTE

NATAL/RN 2019

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KLEBER DANIEL FERNANDES DA SILVA

PERFIL SOMATOTÍPICO DE VELOCISTAS DE 400 METROS RASOS DA EQUIPE DE ATLETISMO MASCULINA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE

DO NORTE

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao

Programa de Graduação em Educação Física da

Universidade Federal do Rio Grande do Norte,

como uns dos requisitos necessários para

obtenção do título em Bacharel em Educação

Física.

Orientador: Prof. Dr. Paulo Moreira Silva Dantas

NATAL/RN 2019

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Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN

Sistema de Bibliotecas - SISBI

Catalogação de Publicação na Fonte. UFRN - Biblioteca Setorial do Centro Ciências da Saúde - CCS

Silva, Kleber Daniel Fernandes da.

Perfil somatotípico de velocistas de 400 metros rasos da equipe de atletismo masculina da Universidade Federal do Rio

Grande do Norte / Kleber Daniel Fernandes da Silva. - 2019.

37f.: il.

Trabalho de Conclusão de Curso - TCC (Graduação) -

Departamento de Educação Física, Centro de Ciências da Saúde, Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Natal, RN, 2019.

Orientador: Paulo Moreira Silva Dantas.

1. Atletismo - TCC. 2. 400 metros rasos - TCC. 3.

Antropometria - TCC. 4. Somatotipos - TCC. I. Dantas, Paulo

Moreira Silva. II. Título.

RN/UF/BS-CCS CDU 796.42

Elaborado por ANA CRISTINA DA SILVA LOPES - CRB-15/263

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Todos nós sabemos alguma coisa.

Todos nós ignoramos alguma coisa.

Por isso, aprendemos sempre (PAULO

FREIRE, 1982).

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AGRADECIMENTOS

A Deus por ter me dado saúde e força para superar as dificuldades.

A esta universidade, seu corpo docente, direção e administração que

oportunizaram a janela que hoje vislumbro um horizonte superior, maculado pela

observância à confiança no mérito e ética aqui presentes.

Ao meu orientar Drº. Paulo Moreira Silva Dantas, pelo suporte e paciência no

pouco tempo que lhe coube, pelas suas correções e incentivos.

Aos meus familiares, pelo amor, incentivo e apoio incondicional em especial a

Sônia Fernandes, Yasmin Fernandes, Carlos Bruno Fernandes e Karla Simonne

Fernandes.

Aos meus amigos que me incentivaram e me apoiaram nas minhas escolhas

em especial a Renan Silva, Renan Fagundes e Luciano Assis.

E a todos que direta ou indiretamente fizeram parte da minha formação, o meu

muito obrigado!

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RESUMO

Objetivo: Mensurar as variáveis antropométricas que determinam a somatotipia,

identificar os componentes sendo mesomorfo, endomorfo e ectomorfo e classificar os

atletas conforme a somatotipia. Métodos: Estudo realizado com os atletas da seleção

masculina de atletismo na modalidade 400 metros rasos (n=5) da Universidade

Federal do Rio Grande do Norte. Realizou-se 10 medições antropométricas conforme

as orientações do Manual de Heath & Carter, 2002. Duas dessas medições são

referentes aos valores de estatura e massa corporal. Quatro são para as dobras

cutâneas, TR= triciptal, SI= Supra-espinhal, SE= Subescapular e PM= perna medial.

Dois para os diâmetros, DU= Diâmetro do Úmero e DF= Diâmetro do Fêmur. E os

outros dois para os perímetros, PB= Perímetro do braço direito e PP= perímetro da

perna direita. Os dados antropométricos serão distribuídos em três equações de

Heath & Carter, para os dados que correspondem a Endomorfia, Mesomorfia e

Ectomorfia, na carta somatotípica. Resultados: Os atletas apresentaram uma idade

média de 24,6 ± 7,03 anos, média de altura 167,74 ± 5,23 centímetros, massa corporal

média de 60,38 ± 7,65 kg. O caráter endomórfico possui score médio de 1,7, a

mesomorfia apresenta 3,8 e a ectomorfia 2,8 que segundo Carter (1990) corresponde

ao perfil ectomórfico-mesomorfo no qual a mesomorfia é dominante, e a ectomorfia é

maior do que a endomorfia. Conclusão: neste estudo a amostra populacional

apresentou variação de 40% para o perfil mesomorfo-ectomorfo, de 20% para o perfil

meso-endomórfico,de 20% para o perfil Ectomorfo balanceado e 20% para o perfil

meso-ectomórfico, contudo o perfil meso-ectomórfico foi o perfil que melhor

caracteriza os velocistas. Tal variação dos somatotipos pode se justificar mediante a

não homogeneidade das variáveis: idade 24,6 ± 7,03, altura167,74 ± 5,23 e massa

corporal 60,38 ± 7,65. Os achados deste estudo se comportam em conformidade com

a maioria dos trabalhos investigados sobre o mesmo tema e com o cenário

internacional de atletas de elite.

Palavras-chave: Atletismo, 400 metros rasos, Antropometria, Somatotipos.

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ABSTRACT

Objective: To measure the anthropometric variables that determine the somatotype,

to identify the components as mesomorph, endomorph and ectomorph and to classify

the athletes according to the somatotype. Methods: A study was carried out with

athletes of the men's athletics team in the modality 400 meters dash (n = 5) of the

Federal University of Rio Grande do Norte. A total of 10 anthropometric measurements

were performed according to the Heath & Carter Manual, 2002. Two of these

measurements refer to height and body mass values. Four are for skinfolds, TR =

tricipital, SI = Supraspinatus, SE = Subscapularis and PM = medial leg. Two for the

diameters, DU = Diameter of the Humerus and DF = Diameter of the Femur. And the

other two for perimeters, PB = Perimeter of right arm and PP = perimeter of right leg.

The anthropometric data will be distributed in three Heath & Carter equations for the

data corresponding to Endomorphy, Mesomorphy and Ectomorphy, in the somatotypic

chart. Results: Athletes presented a mean age of 24.6 ± 7.03 years, mean height

167.74 ± 5.23 cm, mean body mass of 60.38 ± 7.65 kg. The endomorphic character

has a mean score of 1.7, the mesomorphy presents 3.8, and the ectomorphy 2.8,

according to Carter (1990), corresponds to the ectomorphic-mesomorphic profile in

which the mesomorphism is dominant, and the ectomorphy is larger than the

endomorphy. Conclusion: The population sample presented a 40% variation for the

mesomorph-ectomorphic profile, 20% for the meso-endomorphic profile, 20% for the

balanced Ectomorph profile and 20% for the meso-ectomorphic profile, yet the profile

meso-ectomorphic was the profile that best characterizes the sprinter. Such variation

of the somatotypes may be justified by the non-homogeneity of the variables age 24.6

± 7.03, height167.74 ± 5.23 and body mass 60.38 ± 7.65. The findings of this study

behave in accordance with most studies investigated on the same theme and with the

international scenario of elite athletes.

Keywords: Track and Field, 400-meter dash, Anthropometry, Somatotypes.

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 9

2. OBJETIVO GERAL ....................................................................................................... 11

2.1 OBJETIVO ESPECÍFICO .............................................................................................. 11

3. JUSTIFICATIVA ............................................................................................................. 11

4. REVISÃO DA LITERATURA ....................................................................................... 12

5. METODOLOGIA ............................................................................................................. 15

5.1 CARACTERIZAÇÃO DA PESQUISA .......................................................................... 15

5.2 SUJEITOS ....................................................................................................................... 15

5.3 INSTRUMENTOS DE MEDIDA ................................................................................... 15

5.4 PROCEDIMENTOS........................................................................................................ 16

5.5 CRITÉRIOS DE INCLUSÃO E EXCLUSÃO .............................................................. 17

5.6 LIMITAÇÕES DA PESQUISA ...................................................................................... 18

5.7 TRATAMENTO ESTATÍSTICO .................................................................................... 18

6. RESULTADOS ............................................................................................................... 18

7. DISCUSSÃO ................................................................................................................... 25

8. CONCLUSÕES E SUGESTÕES ................................................................................. 27

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................................. 28

ANEXO 1 – Termo de Consentimento Livre e Esclarecido – TCLE ....................... 35

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1. INTRODUÇÃO

O atletismo é um esporte oficial que engloba diversas modalidades, dentre elas

estão: corridas rasas, corridas com barreiras e obstáculos, corridas de revezamento,

saltos, arremesso e lançamentos (MIRANDA, 2007). As modalidades cujas

velocidades são curtas, podem ser 100, 200 e 400 metros, com o objetivo de concluir

o percurso definido o mais rápido possível (PAIVA E FERNANDES, 2011).

As principais características do atletismo pode ser expressado por dois

aspectos fundamentais, primeira delas é a forma decisiva como as capacidades

físicas influenciam a performance competitiva dos atletas e a segunda é a objetividade

e rigor dos resultados, que se medem ao centímetro e ao centésimo de segundo

(ABRANTES, 2005).

Este estudo se limitará a descrever as características fenótipas dos velocistas

de 400 metros sem barreiras, não abrangendo a totalidade das modalidades

esportivas que o atletismo engloba.

A corrida de 400 metros rasos é considerada a mais exigente dentre as corridas

do atletismo (COLAÇO, SANTOS E RODRIGUES DOS SANTOS, 2002). Contudo

apresenta pouca diferença entre as demais em que predomina como requisitos

fundamentais a velocidade, onde se difere apenas na fase de aceleração e velocidade

máxima; na qual a força é essencial para conservação da velocidade (CORTESÃO,

2005).

O somatotipo refere-se de maneira fotográfica ao perfil do atleta em relação a

três componentes (ISAK, 2001; ROS, 1991), endomorfia, mesomorfia, ectomorfia. Sua

utilidade está na representação gráfica no somatocarta, onde compara-se diferentes

medições do mesmo atleta ou grupos diferentes e suas evoluções (CEJUELA, 2009).

Esta forma, a morfologia corporal é fator preponderante para a identificação de

talentos esportivos e o desenvolvimento de atletas profissionais (LANDERS ET AL.,

2000). A observação dos perfis antropométricos torna-se essencial para o

desenvolvimento de um programa de treinamento específico, bem como a posição

individual do atleta no esporte (DUNCAN et al., 2006).

Neste sentido a estrutura morfológica direciona para um perfil somatotipo

característico de cada especialidade ou modalidade esportiva, dentro do processo

evolutivo, as ciências dos esportes tornaram-se indispensáveis às modalidades

esportivas de alto rendimento, promovendo uma grande evolução tecnológico-

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científica que permite a busca de melhores condições de treinamento devido às

constantes pesquisas realizadas (CABRAL et al., 2009).

A prova de 400 metros rasos no atletismo compreende competições disputadas

em grandes velocidades evidenciando a demanda metabólica anaeróbia

(FIGUEIRÊDO, 2012). Para este fim, faz-se necessário que o atleta esboce um perfil

somatotípico adequado a suprir as necessidades da prova, a fim de ser o atleta de

melhor desempenho. O atletismo neste contexto não possui um grande número de

estudos sobre o assunto, principalmente com velocistas brasileiros (FIGUEIRÊDO,

2012).

Os três componentes da somatotipia são:

• Endomorfismo: representa a adiposidade relativa, refere-se às formas do corpo

arredondada.

• Mesomorfismo: representa a relativa robustez ou magnitude músculo-

esquelética.

• Ectomorfismo: representa a relativa linearidade ou magreza de um físico

formas corporais longilíneas.

As características antropométricas, a composição corporal e o somatótipo de

atletas estão associados à sua participação em um determinado esporte. O

somatotipo tem sido amplamente estudado (CARTER, ACKLAND, KERR E STAPFF,

2005; DUNCAN, WOODFIELD & AL-NAKEEB, 2006). Em observância a tais fatos

nota-se que indivíduos que apresentam as características anatômicas e morfológicas

mais favoráveis possuem os melhores desempenhos.

Para se estabelecer o perfil somatotipo de um indivíduo faz-se observância à

três componentes: endomorfia, mesomorfia e ectomorfia. A endomorfia expressa a

quantidade relativa de gordura, a mesomorfia refere-se ao desenvolvimento

musculoesquelético relativo e a ectomorfia à linearidade do corpo (CARTER &

HEATH, 1990). A semelhanças e diferenças entre grupos de atletas e não atletas é

demonstrada pela análise somatotípica (MATHUR, TORIOLA, & IGBOKWE, 1985).

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A valorização da estrutura corporal a partir de variáveis antropométricas é uma

parte importante na evolução integral de um atleta (NORTON e OLDS, 2001). As

características antropométricas têm grande relevância, dentre os vários fatores que

envolvem questões de treinamento e desempenho, pois no esporte, aqueles que têm

um tipo físico adequado podem levar uma grande vantagem no desempenho em

comparação com aqueles de características desfavoráveis (CATER, 1984).

Mediante revisão literária sobre o tema “perfil somatotípico de velocistas de 400

metros rasos”, surge a dúvida: os velocistas de 400 metros rasos da equipe de

atletismo masculino da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, apresentam

perfil somatotípico equivalente ao descrito na literatura?

2. OBJETIVO GERAL

Descrever o perfil somatotípicos dos velocistas de 400 metros rasos da equipe

de atletismo masculino da Universidade Federal do Rio Grande do Norte.

2.1 OBJETIVO ESPECÍFICO

• Mensurar as variáveis antropométricas que determinam a somatotipia.

• Identificar os componentes sendo mesomorfo, endomorfo e ectomorfo.

• Classificar os atletas conforme a somatotipia.

3. JUSTIFICATIVA

Pesquisadores da área desportiva expressam grande interesse em encontrar e

desenvolver métodos eficientes de selecionar os atletas e melhorar o treinamento,

com o objetivo de conseguir os melhores atletas e o máximo rendimento destes.

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Portanto se faz necessário corroborar com as variáveis e os fatores que melhor

determinam a performance dos atletas em eventos esportivos. Nas corridas de 400

metros rasos do atletismo tem-se, tradicionalmente definido na literatura técnica

desportiva, que os principais determinantes nesta prova estão relacionados à

produção de força muscular, mais especificamente a uma combinação ótima entre

força e velocidade, determinantes da potência (VITTORI, 1996; HARRINSON et al.,

2004), parece que tal fator pode ser predito no estudo da composição corporal dos

atletas por meio dos perfis somatotipos.

As características físicas de corredores de alto rendimento podem parecer

imperceptíveis, alguns velocistas de grupo de provas distintas treinam da mesma

forma, no mesmo local e com o mesmo treinador (FIGUEIRÊDO, 2012). São provas

explosivas, curtas e anaeróbias, com duração de 10 a 50 segundos, por muitas vezes

as escolhas de quais grupos de provas os atletas irão disputar depende de resultados

obtidos na prática, este método retrógrado e arcaico vem se mantendo até a

atualidade por insuficiência de estudos que fomentem um método de protocolo

indicativo de perfil com predominância a um ou outro grupo de provas.

Por ser uma modalidade da qual sou um eterno admirador e gostaria de vê-la

em maior destaque no cenário nacional, bem como por propiciar um amparo científico

a socieda, principalmente, àqueles que treinam o atletismo no Rio Grande do Norte e

sabendo que a área carece de estudos direcionados a este público, me proponho a

realizar este estudo.

Diante destes fatos e das lacunas de estudo sobre o perfil somatotipos de

atletas do atletismo no Brasil, acredita-se que o referido estudo se torna essencial

para contribuição intelectual e fomenta orientações e diretrizes mais eficientes na

escolha acertiva e antecipada de seleção de atletas que apresentam as melhores

características físicas para as mais variadas provas do atletismo. Viabilizando assim

os métodos aplicados para estabelecer os perfis somatotipos dos atletas em

comparação com os pares de modalidades próximas, configurando uma técnica de

avaliação simples, rápida, de baixo custo, não invasiva e que pode ser repetida com

muita frequência ao longo do ano.

4. REVISÃO DA LITERATURA

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A prova dos 400 metros rasos já era praticada nos Jogos Olímpicos da

antiguidade. Era conhecida como duplo stadium ou diaulus, começou a ser disputado

na 14ª Olimpíada da antiguidade, ou seja, em 724 a.C. (CBAt, 2009). Nesta

modalidade, os atletas competem principalmente contra si próprios, numa tentativa de

se superar cada vez mais e mais do que em vencer os adversários. Superação é o

principal objetivo dos seus recordes pessoais. Daí a enorme importância dada ao

desenvolvimento das capacidades físicas, através da avaliação e controle rigoroso da

evolução dessas capacidades ao longo de toda a época e carreira dos atletas.

O esporte de alto rendimento, no mundo, está apoiado em bases científicas

que buscam aliar fatores genéticos e fenótipos, em busca de melhores performances

(SILVA & FILHO, 2012).

As características físicas dos atletas de alto rendimento, as qualidades

hereditárias, as disposições psicológicas e as bases fisiológicas, estabelecidas como

modelos, são de grande importância na seleção, no planejamento e no treinamento

de jovens esportistas que têm talento (WANG, 1989).

A International Society for the Advancement of Kinanthropometry – ISAK,

(2000) configura a somatotipia como sendo um instrumento utilizado para identificar e

estabelecer as características fenótipas de atletas, caracterizando um excelente

instrumento para se empregado na descoberta de talentos, além de proporcionar uma

contínua monitoração da composição corporal, no decorrer de uma temporada de

competição.

O somatotipo é classificado de acordo com a expressão de três números que

informam a aparência do físico observado, bem como sua classificação, admitindo,

ainda, a checagem direta entre dois ou mais tipos físicos. Segundo Carter (2000), o

somatotipo permite descrever e comparar atletas em diferentes níveis, caracterizar

alterações do componente físico em diferentes fases da vida humana e durante o

treinamento, comparar de forma relativa sujeitos, servindo para a análise da imagem

corporal.

O método de somatotipo de Heath e Carter propicia uma investigação apurada

sobre os fenótipos ideais para cada modalidade esportiva, sendo um extraordinário

instrumento empregado na descoberta de talentos, permitindo, também, uma contínua

monitoração da composição corporal durante o decorrer de uma temporada Pavel (

2004) e Marins (1998).

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Para Hebbelinck (1989), os técnicos utilizam a própria experiência e intuição

nos trabalhos de seleção de talentos, o autor ainda afirma que o atleta, com um

fenótipo de acordo com os padrões estabelecidos para o seu esporte, teria aumento

nas condições de desenvolver outras habilidades como psicofisiológicas,

imprescindíveis ao esporte de elite.

Observa-se que o método mais assertivo de identificar o tipo de atleta ideal

para cada modalidade esportiva, seria observando os perfis somatotípicos de atletas

já confirmados.

Para uma seleção esportiva criteriosa, é necessário, não apenas estabelecer

um somatotipo para o desporto em questão, mas, também, determinar índices

desejáveis em relação às capacidades físicas dos atletas (SILVA & FILHO, 2017), a

assimilação dos atributos ou valências físicas configura como o principal método a ser

observado para o incremento de uma preparação física, podendo ser, também,

considerado como ponto fundamental para o êxito desejado (TUBINO & MOREIRA,

2003).

A eficácia em resolver tarefas motoras de cunho técnico-tático é uma das

principais características a serem observadas para selecionar atletas para os mais

diferentes tipos de desportos. Tal eficiência pode ligar-se a atributos de resistência,

de velocidade, de flexibilidade e de agilidade, aliada à fatores psíquicos estáveis e a

índices somatotípicos adequados (FERNANDES FILHO, 1997).

De acordo com Marins e Giannichi (1998), após determinar as qualidades

físicas a serem testadas, é necessário escolher testes com coeficientes de validade,

de fidedignidade e de alta objetividade, para que os resultados obtidos possam

expressar um parâmetro confiável.

A classificação somatotípica é empregada com o objetivo de: descrição e

comparação, entre desportistas de distintos níveis; comparação da forma relativa de

jogadores masculinos e femininos; aplicação como ferramenta para a análise da

imagem corporal Assis (2005); Cardoso (2005); Carvalho, Fernandes Filho & Novaes

(2005) e Carter (1970) e se evidencia não a ausência dessas variáveis interventoras,

mas o refinamento de um processo que fomenta a certeza de manter sob a prioridade

os sujeitos que já possuam um genótipo para esta ou aquela modalidade, ou ainda,

provas desportivas (SILVA DANTAS & FERNANDES SILHO, 2002). Para tanto,

espera-se que uma das castas necessárias para se conseguir sucesso dentro do

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contexto de alto rendimento esportivo é o talento inato ou a aptidão do atleta.

(SANTOS, 2008) e Borms, Carter, Hebbelinck & Ross (1980).

5. METODOLOGIA

5.1 CARACTERIZAÇÃO DA PESQUISA

Estudo transversal com tipologia de estudo de perfil.

5.2 SUJEITOS

Estudo realizado nos atletas da seleção masculina de atletismo na modalidade

400 metros rasos (n=5) da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, escolhidos

de forma intencional, atletas com no mínimo de 12 meses de atividade e que já tenham

participado de competições oficiais. Os atletas deste estudo treinam 5 dias por

semanas e 2 horas por dia.

5.3 INSTRUMENTOS DE MEDIDA

Para a medição de massa corpora foi utilizado uma balança digital CAMRY®

(modelo EF741) com escala de 0,1 a 180 kg. As medidas de estatura foram realizadas

com um estadiômetro da Sanny® (modelo Personal Caprice®) com escala de 0 a 210

cm e precisão de 0,5cm. As medidas de DC (dobras cutâneas) foram realizadas com

um adipômetro científico SANNY® com precisão de 0,1mm. As dobras medidas foram

a Triciptal, Subescapular, Biciptal, Supraespinhale e da Perna. Para a medição dos

perímetros de Braço contraído, Coxa Medial, e Perna, foi utilizado uma fita

antropométrica CESCORF® com escala de 0,1 a 2 metros, com precisão de 0,1

centímetros. Na medição dos diâmetros ósseo de braço e de diâmetro ósseo de perna,

foi utilizado um paquímetro (Sanny®, PQ5012, Brasil).

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Todas as medições foram realizadas do lado direito do avaliado conforme as

orientações e padrões existentes, com o mesmo avaliador, em um ambiente fechado

e climatizado.

Para a identificação do perfil somatotípicos dos indivíduos, foi utilizado o

método de antropometria de Heath & Carter, 2002. Conforme sugere o manual do

autor para o procedimento de antropometria e somatotipia.

5.4 PROCEDIMENTOS

Primeiramente foi entregue o termo de consentimento livre e esclarecido – TCL,

para os participantes da pesquisa, deixando claro os objetivos e métodos a serem

utilizados durante toda a pesquisa. Aplicou-se questionário de exclusão constando

tempo de treinamento ininterrupto na modalidade e participação como atleta em

competição oficial de atletismo.

Realizou-se 10 medições antropométricas conforme as orientações do Manual

de Heath & Carter, 2002. Duas dessas medições são referentes aos valores de

estatura e massa corporal. Quatro são para as dobras cutâneas, TR= triciptal, SI=

Supra-espinhal, SE= Subescapular e PM= perna medial. Dois para os diâmetros, DU=

Diâmetro do Úmero e DF= Diâmetro do Fêmur. E os outros dois para os perímetros,

PB= Perímetro do braço direito e PP= perímetro da perna direita.

Os dados antropométricos serão distribuídos em três equações de Heath &

Carter, para os dados que correspondem a Endomorfia, Mesomorfia e Ectomorfia, na

carta somatotípica.

Para os valores de Endomorfia:

ENDO = - 0,7182 + 0,1451 (X) 0,00068 (X²) + 0,0000014(X³)

Onde “X”, corresponde ao somatório das dobras cutâneas TR, SE e SI

multiplicado por 170,18 cm e dividido pela estatura em cm do sujeito, ou seja:

X= (tríceps + subescapular + supra espinhal) x 170,18/estatura

Para os valores de Mesomorfia:

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MESO = (0,858 DU + 0,601 DF + 0,188 PB + 0,161 PP) _ (0,131 E) + 4,50

Onde DU= diâmetro de Úmero; DF=diâmetro de fêmur; PB= perímetro de braço

corrigido (perímetro de braço – dobra cutânea de tríceps); PP= perímetro de perna

corrigida (perímetro de perna – dobra cutânea de perna); E=Estatura.

Para os valores de Ectomorfia:

R= estatura/ ³√peso

Se R for ≥ 40,75, então Ecto= 0,732.R – 28

Se R for < 40,75, então Ecto= 0,463R – 17,63

Definido valores referentes a Endomorfia, Mesomorfia, Ectomorfia, os valores

serão distribuídos na Somatocarta. Os valores representarão dois pontos na

Somatocarta, utiliza um gráfico de coordenadas X e Y.

Onde X= Ecto-Endo; e Y= 2(meso) – (endo+ecto).

As coordenadas são referentes aos valores das equações X e Y. Esses valores

podem ser negativos ou positivos. Os resultados marcados pela interseção das retas

dos pontos X e Y representam o somatotipo do indivíduo, e a classificação vai de

acordo com a dominância entre os valores. O primeiro termo usado para a

classificação, será o de maior valor e o segundo termo será o de menor valor.

5.5 CRITÉRIOS DE INCLUSÃO E EXCLUSÃO

Será considerado apto a participar da pesquisa, todo o sujeito que componha

o quadro de atletas da seleção masculina de atletismo na modalidade de 400 metros

rasos da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Que tenham idade entre 18

e 38 anos, matrícula ativa na Universidade Federal do Rio Grande do Norte, e faça

parte do quadro de atletas da seleção masculina de atletismo e que tenham tempo de

treinamento superior a 12 meses e participação com atleta em competição oficial de

atletismo.

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Aqueles que não atenderem os critérios acima mencionados, serão removidos

ou descartados da pesquisa.

5.6 LIMITAÇÕES DA PESQUISA

O referido estudo limitou-se a descrever o perfil somatotípico dos velocistas de

400 metros da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. O estudo se limita a 5

atletas que compõe a equipe universitária de atletismo da Universidade Federal do

Rio Grande do Norte. Não foi levado em consideração o desempenho destes atletas

em competições, tal fato poderia fomentar os dados afim de corroborar para um perfil

de somatotipos mais próximo dos grandes nomes do atletismo.

Nesta pesquisa foi tradado apenas da caracterização e analise descritiva do

perfil somatotípico dos atletas, não cabe à pesquisa realizar comparações entre o

genótipo, características genéticas de cada atleta, com os fenótipo e métodos

utilizados nas sessões de treinamento e comparação deste com o alto rendimento.

5.7 TRATAMENTO ESTATÍSTICO

Quanto a análise estatística, realizou-se uma análise estatística descritiva,

onde foi calculado a média e desvio padrão, de cada variável analisada. Para a

inferência dos componentes morfológicos usou-se critérios da somatotipia.

Foi realizado teste de normalidade no software BioEstat® 5.3, e para isso se

utilizou os Teste de Shapiro-Wilk e Valores Extremos.

6. RESULTADOS

A aplicação dos protocolos de avaliações para o público desta pesquisa (n=5)

forneceu dados que, posteriormente, foram calculados a média e desvio padrão

referente a idade, massa corporal, estatura e média de erro padrão do somatotipos.

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Tabela I. Estatística descritiva e antropométrica dos atletas de 400 metros rasos.

Variabilidade AT1 AT2 AT3 AT4 AT5 S

Idade (anos) 24 38 20 18 23 24,6 ± 7,03

Massa Corporal (kg) 71,0 67,6 53,7 58,0 51,6 60,38 ± 7,65

Altura (cm) 177,2 165,0 164,0 169,5 163,0 167,74 ± 5,23

Tríceps (mm) 5,50 5,00 5,60 4,98 5,00 5,21 ± 0,27

Subescapular (mm) 7,27 8,50 8,50 -5,93 6,00 8,04 ± 1,32

Supraespinal (mm) 5,10 4,00 5,00 4,00 4,00 4,42 ± 0,52

Coxa medial (cm) 7,50 6,93 7,13 6,00 9,00 7,31 ± 0,98

Amplitude biepicondilar

fêmur (cm) 9,1 9,8 8,9 8,1 8,3 8,84 ± 0,61

Amplitude biepicondilar

úmero (cm) 6,9 7,5 6,1 6,2 6,0 6,54 ± 0,57

Circunferência muscular do

braço relaxado (cm) 30,3 32,2 25,0 25,4 24,0 27,38 ± 3,25

Circunferência muscular da

perna medial (cm) 34,5 36,3 33,0 31,9 34,00 33,94 ± 1,48

s = média com o DP (desvio padrão)

A população do estudo compreende 5 indívídos do sexo masculino, para as

análises de ID (idade) temos média de 24,6 ± 7,03 anos. As variáveis de AL (altura) e

MC (massa corporal) apresenta 167,74 ± 5,23 metros e 60,38 ± 7,65 quilograma,

respectivamente. As medições de DC (dobra cutânea) para TR (tríceps) apresentou

5,21 ± 0,27 milímetros, para SE (subescapular) apresentou 8,04 ± 1,32 milímetros,

para SI (supraespinal) apresentou 4,42 ± 0,52 milímetros, para CM (coxa medial)

apresentou 7,31 ± 0,98 milímetros. As medidas de perimetria apresentaram para BR

(braço relaxado) e PM (perna medial) medidas de 27,38 ± 3,25 centímetros e 27,38 ±

3,25 centímetros, respectivamente. A amplitude biepicondilar ou seja, o diâmetro, DU

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(diâmetro do úmero) e DF (diâmetro do fêmur) apresentaram medições de 6,54 ± 0,57

centímetros para úmero e 8,84 ± 0,61 centímetros para fêmur. Diante disto a

estatística mostra que não houveram variações significativas, e em todas as análises

foi considerado um valor de 0,05 e um intervalo de confiança de 95%.

Para preservar a indentificação dos voluntários desta pesquisa e poder analisa-

los individualemente, suas identidades serão substituidas, para o voluntário atleta

número 1 = AT1, para o voluntário atleta número 2 = AT2, para o voluntário atleta

número 3 = AT3, para o voluntário atleta número 4 = AT4 e para o voluntário atleta

número 5 = AT5.

Carter (2005) apud. Carter e Heath (1990) estabeleceu treze categorias para

caracterizar o perfil somatotípico de indivíduos e formulou a carta somatotípica com

frequência relativa para categorias do somatotipos conforme figura I. Nela podemos

inferir, através do escore fenótipo, a posição do indivíduo analisado na carta,

estabelecendo assim o perfil somatotípico do sujeito.

Figura I. Carta somatotípica por segmento frequência.

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Os dados obtidos da análise somatotípicas fomentam a tabela II. Nesta temos

a análise descritiva da amostra total, um olhar estatístico para todo o grupo tentando

entender como se comportam os fenótipos dos velocistas de corrida rasa da seleção

de atletismo da Universidade Federal do Rio Grande do Norte.

Tabela II. Análise descritiva da amostra

Média ± DP Erro Padrão Classificação

Idade (anos) 24,6 ± 7,86 3,51

Massa corporal (kg) 60,4 ± 7,65 3,82

Estatura (cm) 167,74 ± 5,23 2,57

Endomorfia 1,7

Mesomorfo 3,8 Meso-ectomórfico

Ectomorfia 2,8

Segundo a tabela II o caráter endomorfia possui score médio de 1,7, a

mesomorfia apresenta 3,8 e a ectomorfia 2,8 que segundo Carter (1990) corresponde

ao perfil meso-ectomórfico no qual a mesomorfia é dominante, e a ectomorfia é maior

do que a endomorfia. Contudo os elementos amostrais possuem um baixo número de

representatividade n=5, neste sentido faz-se necessário analisar os avaliados

individualmente e observar suas posições, como demonstrado na carta somatotípica

figura II.

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Tabela III. Análise descritiva AT1

Score Classificação

Idade (anos) 24

Massa corporal (kg) 71

Estatura (cm) 177,2

Endomorfia 1,6

Mesomorfo 3,7 Meso-ectomórfico

Ectomorfia 2,7

O avaliado da tabela III apresenta perfil somatotípico predominantemente

meso-ectomórfico, onde a mesomorfia é dominante, e a ectomorfia é maior do que a

endomorfia (Carter, 1990).

Tabela IV. Análise descritiva AT2

Score Classificação

Idade (anos) 38

Massa corporal (kg) 67,6

Estatura (cm) 165,0

Endomorfia 1,7

Mesomorfo 6,9 Meso-endomórfico

Ectomorfia 1,1

O avaliado da tabela IV apresenta perfil somatotípico predominantemente

Meso-endomórfico, no qual a mesomorfia é dominante, e a endomorfia é maior do que

a ectomorfia (Carter, 1990).

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Tabela V. Análise descritiva AT3

Score Classificação

Idade (anos) 20

Massa corporal (kg) 53,7

Estatura (cm) 164,0

Endomorfia 1,9

Mesomorfo 3,4 Mesoformo-ectomorfo

Ectomorfia 3,2

O avaliado da tabela V apresenta perfil somatotípico predominantemente

mesomorfo-ectomorfo, onde a mesomorfia é dominante, e a ectomorfia é maior do

que a endomorfia (Carter, 1990).

Tabela VI. Análise descritiva AT4

Score Classificação

Idade (anos) 18

Massa corporal (kg) 58,0

Estatura (cm) 169,5

Endomorfia 1,8

Mesomorfo 2,2 Ectomorfo balanceado

Ectomorfia 3,5

O avaliado da tabela VI apresenta perfil somatotípico predominantemente

ectomórfico balanceado, no qual a ectomorfia é dominante, e a mesomorfia é maior

do que a endomorfia (Carter, 1990).

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Tabela VII. Análise descritiva AT5

Média Classificação

Idade (anos) 23

Massa corporal (kg) 51,6

Estatura (cm) 163,0

Endomorfia 1,4

Mesomorfo 3,0 Mesoformo-ectomorfo

Ectomorfia 3,5

O avaliado da tabela VII apresenta perfil somatotípico predominantemente

mesoformo-ectomorfo, no qual a ectomorfia é dominante, e a mesomorfia é maior do

que a endomorfia (Carter, 1990).

Figura 2. Somatocarta dos velocistas de 400 metros.

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Depreende-se da análise estatística dos dados que a população do estudo

compreende perfil predominante mesomórfico-ectomorfo, sendo que destes nos

indivíduos AT1 apresenta predominância do perfil meso-ectomórfico, no voluntário

AT2 o perfil característico é o meso-endomórfico, nos atletas AT3 e AT5 o perfil

mesomorfo-ectomorfo é observado como característico, no voluntário AT4 há

características da predominância do perfil ectomorfo balanceado.

7. DISCUSSÃO

Os talentos esportivos são objetos de estudo dos cientistas esportivos, mesmo

que fatores biológicos, psicológicos e indicadores sociais tenham importância, existem

maior número de dados acerca dos fatores biológicos. Vários autores encontraram,

am atletas de elite, características físicas específicas nas diferentes modalidades

esportivas ressaltando a importância do tipo físico na performance dos mesmos

(CARTER, 1970).

Ao longo de décadas muitos cientistas do esporte tentam determinar o perfil

somatotipos em diferentes populações de atletas e não atletas GUEDES (1982),

GUEDES e GUEDES (1983), VICKERY, CURETON e COLLINS (1988), BINGBIEL e

MAIA (1990), SOARES, DUARTE e MATSUDO (1987), SHARMA e SHUKLA (1988)

ELLISON et. al. (1992), song ET. AL. (1994), VÍVOLO, CALDEIRA e MATSUDO

(1990), SOARES, DUARTE e MATSUDO (1987), SHARMA e SHUKLA (1988),

FOLEY, BIRD e WHITE (1989), RIVEIRA e SUAREZ (1990), IGBOKWE (1991), BALE

et. al. (1991), CASAGRANDE e VIVIANI (1993), CREAGH e REILLY et. al. (1995) e

KHANNA et. al. (1996).

Na lietratura pode-se observar que existem características físicas próprias para

cada modalidade esportiva, dentro destes perfis de características físicas

(somatotipos) podem ainda ocorrer diferenças nos parâmetros físicos relacionadas

com as diferentes posições de jogo nos esportes em equipes ou nas subdivisões de

modalidades do mesmo esporte. SOARES, DUARTE e MATSUDO (1987),

RAMADAN e BYRD (1987), FOLEY, BIRD e WHITE (1989), BALE (1991), VIVIANI

(1994) e ALMAGIA et. al. (1996).

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Este estudo foi realizado com atletas não profissionais com idade de 24,6 ±

7,03 anos. Os integrantes deste estudo treinam cinco dias por semana com duas

horas de treino por dia. Mesmo os voluntários desta pesquisa não sendo atletas de

elite, os dados demonstram uma indicação das características físicas dos velocistas

de 400 m.

Em relação à estatura, o grupo de velocistas deste estudo guarda semelhanças

com os achados de Figueirêdo (2012) 167,74 ± 5,23 e 174,00 ± 67cm,

respectivamente, corroboram para estes parâmetros os pesquisadores Araújo (1989),

Carvalho, Novaes e Fernandes Filho (2005) e Santos et al. (2008). Para relação de

massa corporal os achados deste estudo foram de 60,38 ± 7,65kg que, novamente,

se aproxima de Figueirêdo (2012), para este 65,5 ± 5,2kg.

Em estudos realizados por De Garay (1974), os velocistas do gênero masculino

olímpico de 100m apresentaram massa corporal = 68,4 ± 6,6 kg e altura = 175,4 ± 6,2

cm, estes achados igualam-se de forma em que não há diferença significativa

estatisticamente entre si com os achados deste estudo para corredores de 400

metros. Norton e Olds (2001) analisaram a evolução morfológica dos atletas ao longo

do século XX e os resultados mostraram que os atletas de 100m geralmente têm um

IMC mais alto e estatura mais baixa em comparação com corredores de 400m, indo

de encontro com os achados deste estudo para a estatura em que os velocistas de

400 metros são relativamente iguais aos de 100 metros segundo achados no estudo

de Figueirêdo (2012).

O perfil somatotipos dos atletas da elite internacional masculino de atletismo na

modalidade de 400 metros rasos predomina o aspecto mesomórfico-ectomorfo

(MARTÍNEZ-SANZ, 2011), contudo a mesomorfia parece influenciar o desempenho,

mostrando a importância da boa musculatura em corridas que exigem rajadas de

velocidade a uma distância relativamente curta (FIGUEIRÊDO, 2012), contudo um

corpo pesado parece não ser o ideal para atletas de 400 metros.

Os dados desta pesquisa apontam para atletas com predominância do perfil

mesomórfico-ectomorfo, congruentes com os achados de Figueirêdo (2012), Norton

e Olds (2001) e como o cenário internacional de elite segundo Martínez-Sanz (2011).

Contudo discrepam da variável altura, que pode ser entendida segundo as

características da população local.

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8. CONCLUSÕES E SUGESTÕES

O estudo descreveu os perfis somatotípicos dos atletas de atletismo masculino

na modalidade de 400 metros rasos da Universidade federal do Rio Grande do Norte

(UFRN), neste estudo a amostra populacional apresentou variação de 40% para o

perfil mesomorfo-ectomorfo, de 20% para o perfil meso-endomórfico,de 20% para o

perfil Ectomorfo balanceado e 20% para o perfil meso-ectomórfico, contudo o perfil

meso-ectomórfico foi o perfil que melhor caracteriza os velocistas de 400 metros rasos

da UFRN, por representar uma média entre os demais perfis apresentados. Tal

variação do somatotipos pode se justificar mediante a não homogeneidade das

variáveis idade 24,6 ± 7,03, altura167,74 ± 5,23 e massa corporal 60,38 ± 7,65.

No presente estudo notou-se a escassez de trabalhos que abordem o mesmo

tema, principalmente no Brasil. Desta forma houveram dificuldades em comparar o

público amostral do estudo com o de outros estudos.

Os achados deste estudo se comportam em conformidade com a maioria dos

trabalhos investigados sobre o mesmo tema e com o cenário internacional de atletas

de elite, contudo divergem na variável altura.

Como não foi observado o desempenho destes atletas nas competições não

pode-se afirmar qual perfil é o mais adequado para a categoria de 400 metros rasos.

Sugiro outros estudos de corte transversal com observância do perfil somatotípico e

o desempenho dos atletas.

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ANEXO 1 – Termo de Consentimento Livre e Esclarecido – TCLE

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

ESCLARECIMENTOS

Prezado Voluntário (a), este é um convite para você participar da pesquisa

“PERFIL SOMATOTIPO DE ATLETAS DA EQUIPE DE ATLETISMO DA

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE: CORREDORES DE 100

E 400 METROS” que é realizada por Kleber Daniel Fernandes da Silva e Renan

Fagundes de Melo Silveira, sob orientação do Prof. Dr. Paulo Moreira Silva Dantas.

Sua participação é voluntária, o que significa que você poderá desistir a qualquer

momento, retirando seu consentimento, sem que isso lhe traga nenhum prejuízo ou

penalidade.

Essa pesquisa tem por objetivo descrever os perfis (somatotipo) dos atletas de

cada modalidade (100 e 400 metros) e compará-los a fim de entender se existe a

influência do fenótipo que caracterize tais corredores. Caso decida aceitar o convite,

você será submetido(a) a alguns procedimentos de avaliação física como: Avaliação

da composição corporal e questionários de anamnese (estado de saúde do

participante), sobre hábitos e nível de atividade física. Todos os testes físicos serão

supervisionados pelos coordenadores da pesquisa, professores em educação física.

Todas as informações cedidas nos questionários e coletadas nos testes e

exames serão anotadas em fichas de registro que serão mantidas exclusivamente no

Laboratório do Movimento Humano, evitando dessa forma perda de documentos e

quebra de sigilo. Os dados serão utilizados somente para os fins previstos neste

projeto, sob nossa responsabilidade.

Os benefícios esperados com sua participação neste projeto estão associados

ao acompanhamento do nível de condicionamento físico de cada um, verificado

através dos avaliativos de composição corporal, que só são realizados com

profissionais especializados na área, sem falar que a realização dos mesmos tem um

alto custo no mercado. E no projeto terão um retorno às avaliações do nível

somatotipo. Portanto, receberão os resultados de seus testes físicos.

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Os resultados obtidos durante o projeto serão confidenciais. Sua identidade

será mantida em segredo, quando os resultados desta pesquisa forem publicados em

artigos de revistas científicas ou forem apresentados em temas de aulas e debates.

Sua participação neste estudo é totalmente voluntária, sem ônus ou pagamento pela

participação, e você pode desistir a qualquer momento de participar solicitando ao

responsável pela pesquisa que destrua a sua amostra e os dados obtidos nos testes.

Sua desistência não implicará em qualquer tipo de prejuízo para você.

Para sua maior segurança os coordenadores do projeto ficam responsáveis

pelo ressarcimento e indenização, em caso de gasto financeiro para a participação ou

algum imprevisto onde se comprove sua necessidade.

Esta pesquisa oferece riscos mínimos, tais como: constrangimento para a

realização. Desta forma, respeitaremos o tempo e disponibilidade de cada avaliado e

seguiremos as recomendações do Colégio Americano de Medicina do Esporte com a

realização de testes.

Você ficará com uma cópia deste Termo e toda a dúvida que você tiver a

respeito desta pesquisa, poderá se dirigir à Kleber Daniel Fernandes da Silva ou

Renan Fagundes de Melo Silveira, no endereço UFRN-DEF- Campus Lagoa Nova,

nos emails: [email protected] ou [email protected] ou pelos

telefones: (84) 98755-5529 (Kleber) ou (Renan) (84) 98164-4536

CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Eu_________________________________________________________________

Declaro que compreendi os objetivos desta pesquisa, como ela será realizada, os

riscos e benefícios envolvidos e concordo em participar voluntariamente da pesquisa

“PERFIL SOMATOTIPO DE ATLETAS DA EQUIPE DE ATLETISMO DA

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE: CORREDORES DE 100

E 400 METROS”.

Assinatura do participante da pesquisa e do responsável pelo menor participante:

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Assinatura do participante:

___________________________________________________________________

Assinatura do responsável:

__________________________________________________________________

NATAL/RN, ________/_______/________

Declaração do pesquisador responsável

Como pesquisador responsável pelo estudo “PERFIL SOMATOTIPO DE

ATLETAS DA EQUIPE DE ATLETISMO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE

DO NORTE: CORREDORES DE 100 E 400 METROS” declaro que assumo a inteira

responsabilidade de cumprir fielmente os procedimentos metodologicamente e

direitos que foram esclarecidos e assegurados ao participante desse estudo, assim

como manter sigilo e confidencialidade sobre a identidade do mesmo.

Declaro ainda estar ciente que na inobservância do compromisso ora assumido

estarei infringindo as normas e diretrizes propostas pela Resolução 466/12 do

Conselho Nacional de Saúde – CNS, que regulamenta as pesquisas envolvendo o ser

humano.

Natal/RN ________/________/_________

_____________________________________________________

Assinatura do pesquisador responsável

Comitê de Ética em Pesquisa Hospital Universitário Onofre

Lopes; Av. Nilo Peçanha, 620 – Petrópolis.

CEP: 59.012-300 – Natal/RN

Fone: (84) 3342 5003

Email: [email protected]

www.etica.ufrn.br

Base de Pesquisa Atividade Física e Saúde - AFISA - Seção

UFRN

Ginásio Poliesportivo da UFRN

Campus Universitário s/n° CEP: 59078-970 Natal/RN

Email: [email protected] ou [email protected]