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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE PROGRAMA DE PÓS GRADUAÇÃO EM SAÚDE COLETIVA DEPARTAMENTO DE ODONTOLOGIA FRANCISCO DE ASSIS DE SOUZA JUNIOR Alterações no perfil facial em pacientes submetidos à cirurgia ortognática Orientador: Profº. Drº. José Sandro Pereira da Silva Natal/RN 2016

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE

PROGRAMA DE PÓS GRADUAÇÃO EM SAÚDE COLETIVA DEPARTAMENTO DE ODONTOLOGIA

FRANCISCO DE ASSIS DE SOUZA JUNIOR

Alterações no perfil facial em pacientes submetidos à cirurgia ortognática Orientador: Profº. Drº. José Sandro Pereira da Silva

Natal/RN 2016

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ALTERAÇÕES NO PERFIL FACIAL EM PACIENTES SUBMETIDOS À CIRURGIA ORTOGNÁTICA

Dissertação apresentada como parte dos requisitos obrigatórios para a obtenção do título de Mestre, na área de Odontologia, pelo Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva da Universidade Federal do Rio Grande do Norte.

Orientador: Profº. Drº. José Sandro Pereira da Silva

Natal 2016

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Dedico este trabalho:

À minha família e namorada por estarem ao meu lado durante toda essa jornada. Aos meus pais Francisco de Assis de Souza (in memoriam) e Maria das Graças Saraiva da Silva, por ao longo dos anos terem me ensinado os valores da vida, terem me dado à estrutura para que pudesse trilhar o meu caminho e, acima de tudo, por sempre terem me proporcionado amor e carinho. Ao meu amado irmão, João Paulo Saraiva de Souza, por ser uma pessoa batalhadora e além de um excelente irmão é um verdadeiro amigo e dedicado à família. À minha namorada, Ana Luiza Cabral, que trouxe outro significado ao amor na minha vida e por sempre me apoiar ao longo do caminho que juntos estamos construindo.

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AGRADECIMENTOS

Aos Professores do serviço de Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Facial

da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, professores José Sandro Pereira

da Silva, Adriano Rocha Germano e Petrus Pereira Gomes que me proporcionaram

momentos de grandes aprendizados, tanto no âmbito profissional quanto pessoal.

Aos residentes do serviço de Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Facial da

Universidade Federal do Rio Grande do Norte, por me acolherem de forma zelosa,

amigável, formando verdadeiros laços de amizades e parcerias diárias. Em especial

aos queridos Haroldo Abuana, Bruno Mororó, Daniele, Victor, Rodrigo Rodrigues.

Aos professores da Universidade Potiguar, em especial aos professores

Alberto Gurgel, Hanieri Gustavo, Gentil Homem, Tiago Lucena, Sergio Trindade, os

quais desde a graduação me apoiam.

A Universidade Potiguar que tornou-se extensão da minha casa durante a

gratificante trajetória da graduação e hoje proporciona um ambiente salutar para

desenvolver meu trabalho.

Ao meu amigo Adson Bruno, pelo forte laço de amizade e que sempre torceu

por mim.

A minha cunhada Raquel Sales e minha sogra dona Andréa que sempre me

acolhem de forma muito agradável no aconchego do seu lar e são muito especiais.

Ao corpo administrativo (coordenador e supervisores) dos Cursos Técnicos da

Universidade Potiguar o quais me ajudaram direta e indiretamente para que esse

trabalho fosse possível.

A Universidade Federal do Rio Grande do Norte por poder proporcionar um

ambiente agradável e prazeroso no desenvolvimento deste trabalho.

Enfim, a todos àqueles que torceram por mim, me apoiaram e me

incentivaram de alguma forma, tornando hoje, esse sonho possível. Todos, à sua

maneira, foram essenciais durante a minha trajetória e me auxiliaram fazendo com

que eu me tornasse o que sou. Muito Obrigado!

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EPÍGRAFE

“Para ter algo que você nunca teve é preciso fazer algo que você nunca fez”

Chico Xavier

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RESUMO

Mudanças nos segmentos maxilo mandibulares são executadas apenas depois da

predicção dos movimentos cirúrgicos através da análise cefalométrica e

determinação esperada do posicionamento ideal dos tecidos faciais duros e moles.

O objetivo deste estudo foi avaliar a correlação entre o movimento do tecido duro no

tecido mole no sentido antero – posterior utilizando LVV como uma referência, em

pacientes submetidos à cirurgia ortognática. A amostra consistiu em analisar 54

radiografias de 27 pacientes (09 do sexo masculino e 18 do sexo feminino) com

idade média de 29 anos. Os estudos de imagem foram realizados antes e 6 meses

após a cirurgia ortognática. Nove pontos (PALS, PALI, Pg’, EST, PA, PB, Pg, PAICS

e PAICI) foram marcados e medidos em relação a LVV usando um software,

Meazure 2.0. O sexo masculino, apesar de representar 33.3 % da nossa amostra,

tiveram movimentos mais significantes comparando pré e pós (PALI – LVV, PAICI –

LVV, PALI – EST; p<,005) em relação ao sexo feminino. Mudanças no PAICI não

alteram significativamente as projeções do PALS (ƥ = ,232; p = ,244), mas altera de

forma significativa a posição do PAICS (ƥ = , 546; p = ,003) e do PALI (ƥ =, 502; p =

,008). Alterações no PAICS provocaram alterações significantes no terço inferior em

pontos como PB (ƥ = ,462; p = ,015), PALI (ƥ = ,383; p = ,049), Pg’ (ƥ = ,498; p =

,008) , Pg (ƥ = ,426; p = ,027) e PAICI (ƥ = ,667; p < ,001). Já maior média de

movimento do tecido mole foi a espessura do lábio inferior (PALI – EST) com

1,14mm de movimento (p < 0,05). A maior alteração de movimento registrada para a

espessura labial inferior foi em um avanço mandibular de 5,9mm juntamente com

recuo maxilar de 4,5mm. A proporção do movimento mandibular e maxilar para este

ponto é de 1: 0.65 e 1:0.3, respectivamente. Para o tecido duro o PAICI obteve a

maior média de movimento em relação à LVV, sendo: 1,37mm (p = ,163). Sendo

assim, conclui-se que a espessura labial inferior não acompanham em correlação

significativas alterações na projeção dos lábios inferiores e superiores. Movimentos

no PAICI não alteram de forma significativa as projeções do PALS, mas altera a

posição do PAICS. Movimentos nos PAICS provocam alterações mais significativas

no terço inferior e para se fazer avaliações de predicções dos pontos de tecido mole

são necessários avaliarem no mínimo três pontos correlatos no mesmo segmento.

Palavra Chaves – Cirurgia ortognática; Cefalometria; Perfil Facial.

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ABSTRACT

Changes in maxillary mandibular segments are performed only after prediction of

surgical movements through cephalometric analysis and expected determination of

optimal positioning of hard and soft facial tissues. The objective of this study was to

evaluate the correlation between the movement of soft tissue in the anteroposterior

direction using TVL as reference in patients submitted to orthognathic surgery. The

sample consisted of analyzing 54 radiographs of 27 patients (09 males and 18

females) with a mean age of 29 years. Imaging studies were performed before and 6

months after orthognathic surgery. Nine points (PALS, PALI, Pg ', EST, PA, PB, Pg,

PAICS and PAICI) were labeled and measured against TVL using a Meazure 2.0

software. Males, although representing 33.3% of our sample, had more significant

movements comparing pre and post (PALI - LVV, PAICI - LVV, PALI - EST, p <.005)

in relation to the female sex. Changes in the PAICI do not significantly change the

PALS projections (ƥ =, 232; p =, 244), but significantly change the position of the

PAICS (ƥ =, 546; p =, 003) and PALI (ƥ =, 502 ; P = 0.008). Changes in PAICS

caused significant changes in the lower third in points such as PB (ƥ =, 462, p =,

015), PALI (ƥ =, 383; p =, 049), Pg '(ƥ =, 498; ), Pg (ƥ =, 426, p =, 027) and PAICI (ƥ

=, 667, p <.001). Already higher mean soft tissue movement was the thickness of the

lower lip (PALI - EST) with 1.14 mm of movement (p <0.05). The greatest change in

movement recorded for the lower lip thickness was in a mandibular advancement of

5.9 mm along with a maxillary recoil of 4.5 mm. The ratio of mandibular and maxillary

movement to this point is 1: 0.65 and 1: 0.3, respectively. For the hard tissue PAICI

obtained the highest mean of movement in relation to LVV, being: 1.37mm (p =, 163).

Therefore, it is concluded that the lower lip thickness does not accompany significant

changes in the projection of the lower and upper lips. Movements in the PAICI do not

significantly alter the PALS projections, but change the position of the PAICS.

Movements in PAICS cause more significant alterations in the lower third and to

make evaluations of predictions of soft tissue points it is necessary to evaluate at

least three correlated points in the same segment

Word – Keys: Orthognathic surgery; Cephalometric; Facial profile.

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Representação de como foram realizadas as medidas lineares em relação

à LVV

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LISTA DE TABELAS

TABELA 1 - DIVISÃO DA AMOSTRA POR TIPO DE DDF, DISTRIBUÍDA POR

GÊNEROS.

TABELA 2 - TIPOS DE CIRURGIA DISTRIBUÍDOS PELO TIPO DE DDF

QUADRO 1 – ANÁLISE DESCRITIVA PRÉ E PÓS OPERATÓRIA DOS PONTOS

DE TECIDO MOLE E DE TECIDO DURO;

QUADRO 2 – ANÁLISE DESCRITIVA PRÉ E PÓS OPERATÓRIA DOS PONTOS

DE TECIDO MOLE E DE TECIDO DURO RELACIONADOS AO SEXO MASCULINO

QUADRO 3 – ANÁLISE DESCRITIVA PRÉ E PÓS OPERATÓRIA DOS PONTOS

DE TECIDO MOLE E DE TECIDO DURO RELACIONADOS AO SEXO FEMININO.

QUADRO 4 - CORRELAÇÃO DE SPEARMAN EM RELAÇÃO MOVIMENTOS PRÉ

E PÓS-OPERATÓRIOS

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LISTA DE ABREVIATURAS, SIGLAS E SÍMBOLOS

DDF – Deformidade Dento Facial

2D – Duas dimensões

3D – três dimensões

Ponto A (PA) – ponto situado na região mais côncava da maxila

Ponto B (PB) – ponto situado na região mais côncava na mandíbula

Pogônio (Pg) – ponto situado mais anterior do contorno anterior da sínfise.

PALS - Ponto anterior do lábio superior – ponto situado na região mais anterior do

lábio superior

PALI - Ponto anterior do lábio inferior – ponto situado na região mais anterior do lábio

inferior

EST – estômio – linha de união entre o lábio superior e inferior;

PAICS – Ponto anterior do incisivo central superior - ponto situado na região mais

anterior do incisivo central superior;

PAICI - Ponto anterior do incisivo central inferior - ponto situado na região mais

anterior do incisivo central inferior;

Pg’ - Pogônio tecido mole – ponto situado na região mais anterior do mento.

LVV - Linha Vertical Verdadeira -Linha que passa tangente ao ponto subnasal, sendo

perpendicular a um plano horizontal, estando o paciente na posição natural da cabeça

PNC – Posição Natural da Cabeça.

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SUMÁRIO

RESUMO............................................................................................................ 6

ABSTRACT ........................................................................................................ 7

LISTA DE FIGURAS .......................................................................................... 8

LISTA DE TABELAS .......................................................................................... 9

LISTA DE ABREVIATURAS, SIGLAS E SÍMBOLOS ....................................... 10

1 INTRODUÇÃO .............................................................................................. 11

2 REVISÃO DE LITERATURA ........................................................................ 15

3 OBJETIVOS .................................................................................................. 20

3.1 Objetivo Geral ............................................................................................ 20

3.2 Objetivos específicos ................................................................................. 20

4 METODOLOGIA ........................................................................................... 21

4.1 Desenho do estudo .................................................................................... 21

4.2 Critérios de inclusão e exclusão ................................................................. 21

4.3 Coleta de dados ......................................................................................... 21

4.4 Análise cefalométrica de tecido duro e mole. ............................................. 22

4.5 Variáveis analisadas .................................................................................. 24

4.6 Análises estatísticas ................................................................................... 25

5 RESULTADOS .............................................................................................. 26

6 DISCUSSÃO ................................................................................................. 30

7 CONCLUSÃO ............................................................................................... 36

REFERÊNCIAS ................................................................................................ 37

APÊNDICE ....................................................................................................... 42

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1. INTRODUÇÃO

A oclusopatia é um desvio de crescimento e desenvolvimento buco-facial

estando atrelado a desvios de posições dentais provocando deformidades dento-

faciais – DDF (MOYERS, 1991). É considerada um dos distúrbios bucais mais

frequentes, chegando a ocupar o terceiro lugar no Brasil. Essas oclusopatias podem

causar problemas funcionais de oclusão, mastigação, fonação afetando o sistema

estomatognático como um todo (CASTRO, 2010; BOEK, et al. 2011; AMBRIZZI et.

al., 2007; AZENHA, et al 2010).

Os tratamentos para essas patologias, na sua grande maioria, são mais por

fatores estéticos em detrimento dos fatores somáticos. Numa abordagem de

tratamento contemporânea, as metas para ditar as condutas terapêuticas, seja ela

ortodôntica ou cirúrgica, são determinadas por meio de exame clínico sistemático

para realizar quantificação das características dentofaciais dos pacientes (MILORO,

et.al.2011).

No que diz respeito à previsão das alterações dos tecidos duros, o

progressivo aumento da qualidade técnica e o desenvolvimento das fixações ósseas

permitem ao cirurgião obter resultados muito próximos com as metas pré –

estabelecidas no planejamento, porém o mesmo não é conseguido com o tecido

mole facial (PROFFIT, WHITE e SARVER, 2005).

Essa crescente valorização da estética e o avanço da cirurgia ortognática

criaram novos pontos de vistas nos procedimentos orto-cirúrgicos. Com isso, a

necessidade de valorizar a face de cada paciente, individualizando o tratamento é

muito importante, pois, desta forma, os movimentos realizados nos segmentos

ósseos da face propõem uma predicção das mudanças. (FEREZ, VASCONCELOS;

2009; BECKER, et al 2012).

As condutas terapêuticas para conseguirem melhorarem as oclusopatias são

feitas basicamente com a ortodontia, cirurgia ortognática ou a combinação de

ambos. Quando os casos de oclusopatias recebem indicações para cirurgias

ortognáticas, estas requerem um planejamento preciso. Os planejamentos orto-

cirúrgicos tradicionais, contemplam uma ortodontia prévia, telerradiografias as quais

servem para auxiliar no diagnóstico e traçado predictivo. Pode-se contar também,

com aquisições de imagens fotográficas e cirurgias em modelos de gesso montados

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em articuladores, tudo isso faz parte de um arsenal que auxiliam no planejamento de

condutas para as cirurgias ortognáticas, pois permitem a análise facial e simulam as

futuras correções nos segmentos ósseos, respectivamente. (XIA et al 2007;

TUCKER et.al, 2010).

Um dos fatores importantes nos resultados obtidos com as cirurgias

ortognáticas é a utilização de análises cefalométricas direcionadas na quantificação

das deformidades, permitindo avaliar o tecido mole relacionando-os com

mensurações objetivas de importantes estruturas ósseas, servindo para o

diagnóstico e planejamento no tratamento dos pacientes. (PROFFIT, WHITE e

SARVER, 2005). Isso é conseguido usando pontos de referência fixos em relação à

distância das bases ósseas que serão movimentadas nas cirurgias ortognáticas.

(BECKER, et al 2012).

A precisão na identificação de pontos cefalométricos está associada a fatores

inerentes à qualidade da imagem telerradiográfica. Em relação às análises

bidimensionais cefalométricas realizadas em computador, a espessura e nitidez da

imagem, a complexidade anatômica, a sobreposição dos tecidos moles e duros, e a

experiência dos observadores, são fatores importantes, os quais podem influenciar

na identificação de pontos específicos para a análise do perfil facial dos pacientes.

(TRPKOVA et.al., 1997).

A utilização do computador substituindo a análise cefalométrica no papel de

acetato proporcionou a diminuição de erros de reprodutibilidade de mensurações

nas análises cefalométricas. Porém, não há reprodução satisfatória das medidas em

relação às imagens evolvendo incisivos, então a experiência do cirurgião dentista

não é somente um fator que possa reduzir significativamente a margem de erro

sistemático na análise cefalométrica pelo computador (TRPKOVA et.al., 1997).

Para realizar nas cefalometrias traçados predictivos e analisar mudanças

ocorridas após cirurgia ortognática, faz-se necessário ter uma referência que não

sofra modificações, mediante aos movimentos cirúrgicos. Arnett e Gunson (2004),

propuseram uma linha a qual passa tangente ao ponto subnasal, sendo

perpendicular a um plano horizontal, estando o paciente na posição natural da

cabeça (PNC). Essa referência é denominada de Linha Vertical Verdadeira (LVV) e

para esses autores é a melhor forma de avaliar mudanças no perfil facial dos

pacientes, pois possui praticidade clínica e acurácia em relação às referencias

faciais.

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Já está sedimentado na literatura que alterações nos segmentos ósseos

maxilomandibulares provocam modificações no perfil facial dos pacientes

submetidos à cirurgia ortognática. Porém, não há uma quantificação precisa dos

movimentos realizados nos segmentos ósseos da face e sua repercussão no tecido

mole facial, bem como, não está precisa a correlação existente entre esses

movimentos (JOSS, et.al. 2010). Mediante a isso o presente trabalho propõe-se a

quantificar, através de análise cefalométrica, as movimentações ósseas realizadas

na mandíbula, maxila e mento, através de pontos marcados nos respectivos

segmentos, e o quanto esses movimentos repercutiram nas alterações do perfil

facial dos pacientes, bem como, correlacionar esses movimentos.

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2. REVISÃO DE LITERATURA

Angle (1889) baseado nas relações anteroposteriores propôs uma

classificação de má oclusões em relação às chaves de molares, denominando-as

em classe I, cúspide mésio vestibular do primeiro molar superior oclui no sulco mésio

vestibular do primeiro molar inferior. Classe II, a cúspide mésio vestibular do primeiro

molar superior oclui anteriormente ao sulco mésio vestibular do primeiro molar

inferior. Esta classe ainda possui duas subcategorias, subdivisão I e II. Classe III,

cúspide mésio vestibular do primeiro molar superior oclui na distal do sulco mésio

vestibular do primeiro molar inferior.

Angle (1907) publicou um novo estudo, onde concluiu que pacientes

portadores de Classe I, II ou III, apresentavam características faciais próprias de seu

padrão anteroposterior, classificando-os em padrão facial I,II e III. O padrão facial I é

identificado como normalidade facial, ou seja, a maxila e mandíbula estão em

harmonia com as bases ósseas. Quando há má oclusão neste padrão ele é apenas

dentário não estando associado a discrepâncias sagitais ou verticais. No padrão

facial II, apresenta-se convexidade aumentada em decorrência de uma retrusão de

mandíbula ou protrusão de maxila. Para o padrão facial III, pode-se haver um perfil

reto ou côncavo, mediante uma protrusão de mandíbula ou retrusão de maxila.

As análises faciais tegumentares têm sido objeto de estudos, no diagnóstico e

planejamento do tratamento para pacientes portadores de deformidades dento-

faciais. A telerradiografia está consagrada como um exame complementar de

fundamental importância para avaliação das condições dentárias e esqueléticas.

Entretanto, o estudo das relações tegumentares da face com os perfis ósseos e

dentários tem despertado interesse crescente, no sentido de aliar o tratamento

ortodôntico cirúrgico às mudanças que envolvem a estética da face. (CAPELOZZA

FILHO, 2004).

O tratamento das deformidades dento faciais (DDF) é realizado basicamente

com a ortodontia, cirurgia ortognática ou a combinação de ambos. Estas condutas

requerem um planejamento preciso, onde os dados clínicos, exames radiográficos,

traçados cefalométricos e análises de modelos de gesso são utilizados em conjunto

para um planejamento cirúrgico individual e eficaz. A meta do tratamento ortodôntico

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cirúrgico é a otimização de atributos negativos, enquanto ao mesmo tempo preserva

aqueles atributos que são julgados favoráveis (MILORO, et al 2011).

O modelo terapêutico mais utilizado de planejamento para a cirurgia

ortognática possui um excelente instrumento que é o traçado predictivo, tendo a

análise cefalométrica uma importante ferramenta que auxilia na avaliação dos perfis

faciais e simulam, junto com as cirurgias em modelos de gesso, as futuras correções

das bases ósseas abordando as classes das deformidades dento faciais, seja por

um problema na maxila, mandíbula ou ambos (XIA et. al., 2007; HAMMOUDEH et.

al., 2015).

As mudanças no perfil facial dos pacientes após cirurgia ortognática

relacionando os movimentos ocorridos no tecido duro e sua repercussão nos tecidos

moles foi primeiramente documentada por McNeil e colaboradores em 1972.

Em um estudo clássico de Bell e Dann (1973) examinaram as mudanças que

ocorreram nos tecidos moles de 25 pacientes que sofreram avanços e

segmentações maxilares. Tais pacientes apresentavam mordidas abertas,

protrusões bimaxilares ou Classe II esqueletais. Radiografias pós-cirúrgicas foram

tomadas com 6 meses após a cirurgia. Os autores descreveram que o coeficiente de

correlação entre as mudanças horizontais na posição do lábio superior e a ponta do

incisivo central superior foi em média igual a 0,73mm. Os autores sugeriram que há

uma proporção de movimento de 0,7 ± 0,1 mm para predicção da posição do lábio

superior após procedimentos cirúrgicos maxilares anteriores. Além disso, os autores

mencionaram que as mudanças nos tecidos moles acompanham as mudanças dos

tecidos duros e existe boa previsibilidade das alterações dos tecidos moles relativa

às alterações dos tecidos duros, seguindo a proporção supra citada.

Lines e Steinhauser (1974) realizaram um estudo das mudanças de tecidos

moles, após procedimentos cirúrgicos ortognáticos, com o objetivo de estudar as

mudanças no perfil facial e como utiliza-las para fins estéticos. Para isso, obtiveram

radiografias pré e pós operatórias de 3 semanas de 35 pacientes de ambos os sexos

sendo o padrão facial III a deformidade operada. Concluíram que para recuo

mandibular a proporção de movimento foi de 1:1. O lábio inferior acompanhou o

movimento dos incisivos inferiores em 75%, o lábio superior acompanhou o

movimento mandibular em 20%. Nesse procedimento cirúrgico, o mento de tecido

mole acompanhou os movimentos do tecido duro mandibular na proporção também

de 1:1.

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Quast, Biggerstaff e Halley (1983), destacaram a importância dos estudos das

alterações dos tecidos moles e duros com um período maior de tempo, sendo

avaliados até 1 ano após a cirurgia ortognática. Analisaram 18 pacientes com

alterações esqueléticas classe II de Angle. Nos estudos, três análises foram feitas

comparando os dados coletados no pré-cirúrgico e após 8 semanas, 1 ano e

comparando entre 8 semanas e 1 ano. Os pontos de referencias para as análises

foram uma linha horizontal paralela ao plano de Frankfurt e outra perpendicular a

esta linha horizontal, então após as análises cefalométricas encontraram que o

pogônio de tecido mole (Pog’) acompanhou 90% do movimento do pogônio de tecido

duro (Pog); Sulco labial inferior acompanhou 90% do ponto B (Pt B) e o lábio

superior acompanhou apenas em 20% do movimento do Pog. Sendo assim,

baseado ainda nas análises estatísticas, concluíram que os movimentos horizontais

nestes pontos podem ser previsíveis em até 2mm. Porém nas análises nos períodos

entre 8 semanas e 1 ano, afirmam que os tecidos moles sofrem mudanças espaciais

que possam ser devidos as alterações mediante as remodelações ósseas nos

segmentos.

A resposta dos tecidos moles faciais após a cirurgia ortognática pode ser

influenciada por diversos fatores, tais quais, grau de deformidade, espessura do

tecido mole e tonicidade da musculatura (SINCLAIR, et al., 1995; GAGGL, et. al.,

1999; MANKAD, et. al., 1999; CSASZAR, et al., 1999). Quanto maior a espessura

dos tecidos moles, maior a tendência à absorção do movimento criado pelo tecido

duro, ou seja, o tecido tende a refletir menos o movimento ocorrido no tecido duro

(TRAJANO, et. al.,2000).

Em 1993, um referencial importante para as análises cefalométricas foi

sugerido por Arnett, a linha vertical verdadeira (LVV), a qual passa pelo ponto

subnasal e é perpendicular ao plano horizontal na posição natural da cabeça (PNC).

Essa linha é utilizada para avaliar o perfil facial dos pacientes, pois segundo estudo

realizado por Espinar-Escalona et. al (2013), no intuito de validar essa referência,

avaliaram as mudanças ocorridas no perfil facial de 16 pacientes, todos classe II,

após cirurgia ortognática comparando-os com 20 pacientes, considerados

subjetivamente com harmonia facial. A amostra total do estudo foi de 36 pacientes

os quais foram divididos em três grupos, sendo: grupo I (20 pacientes), com

características de padrões normais de oclusão e harmonia facial, sendo considerado

grupo controla. O grupo 2 (16 pacientes) com severa má oclusão classe II e o grupo

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3, foi formado com os mesmos 16 pacientes do grupo 2, porém foram avaliados

após 6 meses de cirurgia ortognática. Nesse estudo os avaliadores eram

ortodontistas, cirurgiões buco-maxilo-faciais e publico leigo no assunto, perfazendo

um total 72 avaliadores os quais não viram a face dos pacientes, mas sim uma

imagem preta do contorno facial dos pacientes analisando-os pré e após 6 meses de

cirurgia ortognática comparando com o grupo I. Os pontos de referência para as

análises do perfil facial foram pontos fixos da face como glabela, násio, ponto

cervical e a LVV. As análises estatísticas entre os avaliadores obtiveram resultados

distintos quando os pontos glabela, násio e ponto cervical foram analisados, porém

quando a LVV foi tida como ponto de referência os dados coletados tiveram maior

concordância entre os avaliadores. Sendo assim, ficou caracterizado que a LVV foi

decisivo na análise do perfil facial dos pacientes e que as movimentações em tecido

duro repercutem impreterivelmente em alterações no perfil mole e ocorrem até que

se estabeleça o equilíbrio entre as bases ósseas e, simultaneamente, a harmonia

facial.

Del Santo et. al. (2004), fizeram um estudo retrospectivo com uma amostra de

19 pacientes (10 homens e 9 mulheres) com faixa etária entre 19 e 42 anos,

estudando a relação dos efeitos das cirurgias ortognática na maxila utilizando a

osteotomia tipo Le Fort I e analisando a repercussão deste movimento nos lábios

superiores e inferiores. As análises deram-se comparando as cefalometrias pré

cirúrgicas e após um ano de cirurgia ortognática. Concluíram após os testes de

correlação de Pearson, que as alterações nos tecidos moles foram significativas

quando as movimentações horizontais ou verticais da base óssea maxilar foram

consideráveis, com uma relação de aproximadamente 0,6:1 entre as alterações

ântero posteriores do lábio superior e a movimentação da base óssea. Alterações

verticais na maxila, sem significativas alterações horizontais, não foram suficientes

para aumentar verticalmente o lábio superior. Ocorreram alterações ântero-

posteriores do lábio inferior em consequência do deslocamento anterior e inferior da

maxila, o que permitiu um melhor selamento labial.

Mattos et al.(2011), em sua meta-análise com avaliação total de 49 artigos

comentam que as alterações produzidas pela cirurgia de avanço mandibular pode

resultar no aumento do espaço das vias aéreas, assim como também ocorre em

cirurgias de avanço bimaxilar. Gerando também alterações de perfil facial.

Entretanto, foi evidenciado que alguns artigos envolvidos nesse estudo de meta

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19

análise, os autores não encontraram alterações nas vias aéreas após cirurgia

ortognática para corrigir discrepâncias esqueléticas ântero posteriores. Foi

constatado também que as proporções de movimentos dos tecidos duros em relação

aos tecidos moles, no perfil facial dos pacientes não estão totalmente definidas em

relação á quantidade.

Becker et. al. (2012), com o objetivo de avaliar as diferenças e verificar a

correlação existente entre os movimentos dos pontos de tecido mole e pontos de

tecido duro do perfil facial e entre medidas em vias aéreas faríngeas e os

movimentos dos segmentos ósseos da face, 58 pacientes foram avaliados nos

períodos pré e pós operatórios, variando de três meses a um ano, em pacientes com

padrão facial Classe III, submetidos à cirurgia ortognática bimaxilar. Para avaliar 11

pontos traçados na cefalometria, utilizou-se como referência a LVV e após as

análises estatísticas de correlação de Pearson, concluíram que mudanças

significativas possuem maior correlação verificada entre os movimentos dos pontos

da mandíbula do que na maxila e de forma semelhante às correlações entre tecido

duros e moles, as correlações entre apenas tecidos duros e apenas tecidos moles

apresentaram forte correlação entre os pontos mandibulares no período pós

operatório, tendo a média de movimentos dos segmentos ósseos analisados de

1,5mm para maxila e de recuo mandibular de 7.5mm. Em relação às vias aéreas

faríngeas, identificaram mudanças significativas em todas as medidas da naso, oro e

hipofaringe avaliadas entre o período pré e pós-operatórios.

Miguel; Palomares e Feu; (2014) afirmam que a necessidade de iniciar um

tratamento ortodôntico-cirúrgico depende do impacto negativo estético, funcional ou

social gerado pela deformidade dento facial na qualidade de vida de cada paciente.

Deste modo, os fatores somáticos não estão diretamente relacionados com a busca

de tratamento.

Para muitos autores o contorno facial nem sempre obedece à mesma

proporção de deslocamento do tecido ósseo. Isso ocorre devido às variações em

espessura e tônus muscular de uma região da face para outra e de indivíduo para

outro. Os tecidos moles podem estar firmemente aderidos em uma região e livres em

outras. Aqueles que estão firmemente aderidos exibem alterações mais consistentes

enquanto os menos aderidos apresentam menor modificação devido à sua

elasticidade. (GUYMON,et.al.,1988; COELHO, 1995; MOGAVERO, et al., 1997;

WOLFORD, et. al., 1997; GIMENES, 2002).

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20

3. OBJETIVO GERAL

Avaliar, através de análise cefalométrica, as alterações no perfil facial em

pacientes submetidos à cirurgia ortognática.

3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Quantificar os movimentos realizados ântero – posterior no Ponto A e

sua repercussão no Ponto anterior do lábio superior (PALS), em

relação à LVV.

Quantificar os movimentos realizados ântero – posterior no Ponto B e

sua repercussão no Ponto anterior do lábio inferior (PALI), em relação

à LVV.

Quantificar os movimentos realizados ântero – posterior no Pogônio de

tecido duro (Pg) e sua repercussão no Pogônio de tecido mole (Pg’),

em relação à LVV.

Quantificar os movimentos realizados ântero – posterior do Ponto

Anterior do Incisivo Central Superior (PAICS), em relação a LVV;

Quantificar os movimentos realizados ântero – posterior do Ponto

Anterior do Incisivo Central Inferior (PAICI), em relação a LVV;

Quantificar as alterações verticais repercutidas na distância do PALS

ao Estômio (PALS – EST);

Quantificar as alterações verticais repercutidas na distância do PALI ao

Estômio (PALS – EST);

Correlacionar os movimentos antêro – posterior Ponto A – PALS.

Correlacionar os movimentos antêro – posterior Ponto B – PALI.

Correlacionar os movimentos antêro – posterior Pg – Pg’.

Correlacionar os movimentos antêtro – posterior PAICS – PALS;

Correlacionar os movimentos antêtro – posterior PAICS – PALI;

Correlacionar os movimentos antêtro – posterior PAICI – PALS;

Correlacionar os movimentos antêtro – posterior PAICI – PALI;

Correlacionar os movimentos antêro – posteriores do Ponto A com as

alterações verticais do PALS – EST

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21

Correlacionar os movimentos antêro – posteriores do Ponto A com as

alterações verticais do PALI – EST;

Correlacionar os movimentos antêro – posteriores do Ponto B com as

alterações verticais do PALS – EST;

Correlacionar os movimentos antêro – posteriores do Ponto B com as

alterações verticais do PALI – EST

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22

4. METODOLOGIA

4.1 DESENHO DO ESTUDO

Trata-se de um estudo retrospectivo, individuado, longitudinal e de

intervenção.

4.2 CRITÉRIOS DE INCLUSÃO E EXCLUSÃO

Critérios de Inclusão Justificativa

Pacientes com deformidades dento faciais que foram submetidos à cirurgia ortognática

O trabalho visa pesquisar na vertente dos movimentos realizados nesse tipo de cirurgia

Pacientes que tiverem prontuários e ficha de cirurgia ortognática do serviço de CTBMF-UFRN, devidamente preenchida.

Para a coleta de informações referente aos aspectos descritivos da deformidade e movimentos planejados

Pacientes com telerradiografias pré e

pós operatória

Para obtenção de referências comparáveis que permitam a análise quantitativa do movimento tecidual pós operatória.

4.3 COLETA DE DADOS.

Foram analisadas 54 telerradiografias obtidas pré e após 6 meses de cirurgia

ortognática de 27 pacientes, sendo 09 masculinos e 18 feminino. A média de idade

da amostra foi de 29 anos, sendo mínima de 19 e máxima de 40 anos. Todos foram

operados pelo serviço de Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofaciais da UFRN

(CTBMF-UFRN).

Em relação aos exames de imagem, foram realizados em um mesmo centro,

o qual foi utilizado o mesmo equipamento OP200D KAVO (tamanho do ponto focal

0,5 mm, corrente do tubo 16 mA e tensão do tubo 85 kV). Para realização das

Critérios de Exclusão Justificativa

Pacientes que foram submetidos à reoperação; Para não utilizar medidas sujeitas a

alterações inerentes a reoperação.

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23

telerradiografias o protocolo de posicionamento do paciente em posição estável

simulando a posição natural da cabeça (PNC), sendo as olivas do cefalostato

inseridas no conduto auditivo externo do paciente, com orientação do feixe de laser

posicionado na linha tragos – asa do nariz e o apoio de glabela com escala

milimétrica para calibrar a magnitude.

4.4 ANALISE CEFALOMÉTRICA DE TECIDO DURO E MOLE

As telerradiografias dos pacientes, foram importadas para um computador

MSI GT70, com processador Intel Core i7, tela de 17 polegadas, sistema operacional

Windows 10 64 bits, e resolução de 1920 x1080 dpi e placa gráfica dedicada Nvidea

GTX870M de 2Gb.

As mensurações cefalométricas foram realizadas com o software Meazure

2.0. à partir da demarcação de seis pontos, sendo três referentes ao tecido duro e

três referentes ao tecido mole, conforme descrição abaixo:

PONTOS DO TECIDO DURO

Ponto A (PA) – ponto situado na região mais côncava da maxila; Ponto B

(PB) – ponto situado na região mais côncava na mandíbula; Pogônio (Pg) – ponto

situado mais anterior do contorno anterior da sínfise. Ponto Anterior do Incisivo

Central Superior (PAICS) – ponto situado na região mais anterior do incisivo central

superior; Ponto Anterior do Incisivo Central Inferior (PAICI) – ponto situado na região

mais anterior do incisivo central inferior;

PONTOS DO TECIDO MOLE

Ponto anterior do lábio superior (PALS) – ponto situado na região mais

anterior do lábio superior; Ponto anterior do lábio inferior (PALI) – ponto situado na

região mais anterior do lábio inferior; Pogônio tecido mole (Pg’) – ponto situado na

região mais anterior do mento; Estômio (EST) - ponto de encontro do lábio superior e

inferior.

REFERÊNCIA EXTERNA

Foi traçado uma linha vertical verdadeira (LVV), proposta por Arnett (1993),

onde a mesma passa pelo ponto subnasal e é perpendicular ao plano virtual

horizontal estando o paciente com posição natural da cabeça na hora do exame de

imagem, conforme figura 01. Pontos que ficaram situados à esquerda LVV

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24

receberam sinal negativo (-) e os pontos que ficaram a direita da LVV receberam

sinal positivo (+).

Figura 1: Representação de como foram realizadas as medidas lineares em relação à LVV

Todas as mensurações realizadas foram transcritas para uma planilha

desenvolvida no programa Excel versão 2010. Os valores obtidos estão no apêndice A.

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25

4.4 VARIÁVEIS ANALISADAS

Nome Descrição Categoria/Medidas Classificação PA – LVV

Distância em mm entre o ponto mais côncavo da maxila e a linha vertical verdadeira

Medições lineares em milímetros (mm);

Quantitativa Contínua

PALS – LVV

Distância em mm entre o ponto mais anterior do lábio superior e a linha vertical verdadeira

Medições lineares em (mm);

Quantitativa Contínua

PB - LVV

Distância em mm entre o ponto mais côncavo da mandíbula e a linha vertical verdadeira

Medições lineares em (mm);

Quantitativa Contínua

PALI - LVV

Distância em mm entre o ponto mais anterior do lábio inferior e a linha vertical verdadeira

Medições lineares em (mm);

Quantitativa Contínua

Pg - LVV

Distância em mm entre o pogônio do tecido duro e a linha vertical verdadeira

Medições lineares em (mm);

Quantitativa contínua

Pg' - LVV

Distância em mm entre o pogônio de tecido mole e a linha vertical verdadeira.

Medições lineares em (mm);

Quantitativa Contínua

PAICS – LVV

Distância em mm entre o ponto anterior do incisivo central superior e a linha vertical verdadeira

Medições lineares em (mm);

Quantitativa Contínua

PAICI – LVV

Distância em mm entre o ponto anterior do incisivo central Inferior e a linha vertical verdadeira

Medições lineares em (mm);

Quantitativa Contínua

PALS – EST

Distância em mm entre o ponto anterior do lábio superior e o estômio

Medições lineares em (mm);

Quantitativa Contínua

PALI – EST

Distância em mm entre o ponto anterior do lábio inferior e o estômio

Medições lineares em (mm);

Quantitativa Contínua

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26

4.6 ANÁLISES ESTATÍSTICAS

Para a significância de deslocamentos foram construídos intervalos de 95%

para as médias e medianas esperadas de deslocamentos com a intervenção

cirúrgica. Este procedimento é equivalente a aplicar o teste t de Student para avaliar

a significância do deslocamento em relação ao zero. Entretanto, o intervalo fornece

a informação adicional sobre o valor esperado para a média de deslocamento.

Para determinar o grau de relacionamento das alterações do tecido mole com

as alterações do tecido duro, o coeficiente de correlação de Spearman foi utilizado,

pois se trata de uma análise não paramétrica.

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27

5 RESULTADOS

A tabela 1 mostra os dados em relação ao tipo de deformidade dento facial

dos pacientes, divididas por gênero.

TABELA 1 - DIVISÃO DA AMOSTRA POR TIPO DE DDF, DISTRIBUÍDA POR

GÊNEROS.

Deformidade Dento Facial (DDF)

Gênero Masculino

Gênero Feminino

Porcentagem (%)

Classe II 2 9 40.74

Classe III 4 8 44.44

Assimetria Facial 3 1 14.82

9 18 100 Total

Em relação ao envolvimento de mentoplastia na cirurgia ortognática, dos 27

pacientes operados 9 envolveram mentoplastia, sendo destes 5 em pacientes

masculinos e 4 em pacientes femininos.

A tabela 2 associa os tipos de deformidades e as cirurgias ortognática para as

correções das mesmas.

TABELA 2 – TIPOS DE CIRURGIA DISTRIBUÍDOS PELO TIPO DE DDF

Cirurgia Realizada

Deformidade

Dento Facial

(DDF)

Ost. Max, Mand e Me

Ost. Max e Mand

Ost. Mand e Me

Ost. Max e Me

Ost. Mand

Classe II

4 6 1 0 0

Classe III

2 8 1 0 1

Ass. Facial

1 2 0 1 0

7 16 2 1 1 Total

Ost. Max, Mand e Me = osteotomia de maxila, mandíbula e mento; Ost. Max e Mand = osteotomia de maxila e mandíbula; Ost. Mand e Me = osteotomia de mandíbula e mento; Ost. Max e Me = osteotomia de maxila e mento; Ost. Mand = osteotomia de mandíbula.

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28

As técnicas cirúrgicas envolvendo esses sítios, não foram padrões para cada

tipo de deformidade tratada, uma vez que os pacientes foram submetidos a um

exame clínico e planejamento rigorosos, tendo a individualização de cada caso.

O quadro 1 apresenta as análises descritivas de deslocamentos horizontais

dos pontos utilizados para análises pré e pós cirurgias ortognáticas em pontos do

tecido mole e também de tecido duro.

QUADRO 1 – ANÁLISE DESCRITIVA PRÉ E PÓS OPERATÓRIA DOS PONTOS

DE TECIDO MOLE E DE TECIDO DURO

Média (DP)

Mín. - Máx.

Mediana Q25 – Q75 Pontos médios

P

PA - LVV-Pré PA - LVV-Pós

15,76(3,59) 15,47 (3,56)

8,2 - 23,3 22,1 - 8,7

15,90 16,40

13,60 - 18,50 12,60 - 18,20

12,10 13,60

,264

PALS - LVV-pré PALS - LVV-pós

-1,94 (2,44) -1,91 (2,44)

-5,9 - 7,2 -5,1 - 7,2

-2,10 -2,60

-3,40 - 0,80 -3,60 - -1,10

14,35 12,10

,609

PB - LVV-pré PB - LVV-pós

16,98(6,55) 18,14 (4,89)

6,9 - 36,2 8,5 - 33,8

17,70 18,50

11,80 - 21,50 15,10 - 20,80

13,71 13,11

,144

PALI - LVV-pré PALI - LVV-pós

-,959 (5,48) ,719 ( (3,27)

-9,2 - 13,6 -4,6 - 11,8

-1,10 1,30

-4,10 - 2,10 -1,80 - 2,60

14,37 13,13

,044

Pg - LVV-pré Pg - LVV-pós

15,95 (6,94) 16,27 (5,46)

4,4 - 34,6 4,6 - 31,3

16,40 15,60

11,80 - 19,00 15,10 - 20,80

13,57 14,54

,727

Pg' - LVV-pré Pg' - LVV-pós

5,73 (6,38) 6,07 (4,45)

-5,9 - 22,1 -5,9 - 15,6

5,90 5,90

1,10 - 9,00 3,30 - 8,50

12,82 14,29

,919

PAICS - LVV-pré PAICS - LVV-pós

9,13 (3,33) 9,38 (3,04)

4,6 - 19,7 3,6 - 20,8

9,00 9,20

7,20 - 10,50 7,70 - 10,80

15,92 12,21

,665

PAICI - LVV-pré PAICI - LVV-pós

10,71 (5,98) 12,08 (3,18)

,6 - 26,9 6,7 - 23,6

10,00 12,30

6,40 - 16,20 10,30 - 13,30

15,44 11,91

,163

PALS - EST-pré PALS - EST-pós

8,85(2,36) 8,94 (1,92)

4,0 - 14,5 5,9 - 13,4

8,70 9,20

7,40 - 10,00 7,40 - 10,20

11,93 13,44

,407

PALI - EST-pré PALI - EST-pós

10,81 (2,14) 9,67 (2,23)

6,3 - 14,9 5,7 - 13,9

10,90 9,70

9,20 - 12,30 7,90 - 11,20

8,25 14,50

,002

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29

O quadro 2 apresenta as análises descritivas de deslocamentos horizontais dos

pontos utilizados para análises pré e pós cirurgias ortognáticas em pontos do tecido

mole e também de tecido duro relacionados com o sexo masculino

Observa-se que todos os valores-p, na maioria nas análises são maiores do

que 0,05 e, portanto, ao nível de 5% de significância, não há qualquer evidência de

que as cirurgias produzam deslocamentos médios diferentes. Porém nos pontos

PALI – EST pré e pós (p<0,05) e nos pontos PALI – LVV pré e pós (P<0,05) tendo

um nível de significância de 95%, desta forma, os movimentos foram significativos.

O quadro 3 apresenta as análises descritivas de deslocamentos horizontais dos

pontos utilizados para análises pré e pós cirurgias ortognáticas em pontos do tecido

mole e também de tecido duro relacionados com o sexo feminino.

QUADRO 3 - ANÁLISE DESCRITIVA PRÉ E PÓS OPERATÓRIA DOS

PONTOS DE TECIDO MOLE E DE TECIDO DURO RELACIONADOS AO

SEXO FEMININO. PONTOS ANALISADOS P (p< ,005)

PA - LVV-Pós - PA - LVV-Pré ,794

PALS - LVV- Pós - PALS - LVV- Pré ,687

PB - LVV- Pós - PB - LVV- Pré ,463

PALI - LVV- Pós - PALI - LVV- Pré ,286

Pg - LVV- Pós - Pg - LVV Pré ,965

Pg' - LVV- Pós - Pg' - LVV- Pré ,906

PAICS - LVV- Pós - PAICS - LVV- Pré ,862

PAICI - LVV- Pós - PAICI - LVV- Pré ,486

PALS - EST.- Pós - PALS - EST- Pré ,955

PALI - EST.- Pós - PALI - EST- Pré ,034

QUADRO 2 - ANÁLISE DESCRITIVA PRÉ E PÓS OPERATÓRIA DOS PONTOS

DE TECIDO MOLE E DE TECIDO DURO RELACIONADOS AO SEXO

MASCULINO

PONTOS ANALISADOS P (p < ,005)

PA - LVV- Pós - PA - LVV-Pré ,093

PALS - LVV Pós - PALS - LVV Pré ,575

PB - LVV- Pós - PB - LVV- Pré ,086

PALI - LVV- Pós - PALI - LVV- Pré ,028

Pg - LVV- Pós - Pg - LVV- Pré ,477

Pg' - LVV- Pós - Pg' - LVV- Pré ,953

PAICS - LVV- Pós - PAICS - LVV- Pré ,766

PAICI - LVV- Pós - PAICI - LVV- Pré ,051

PALS - EST.- Pós - PALS - EST- Pré ,085

PALI - EST Pós - PALI - EST- Pré ,024

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30

Observa-se que todos os valores-p, na maioria nas análises são maiores do

que 0,05 e, portanto, ao nível de 5% de significância, não há qualquer evidência de

que as cirurgias produzam deslocamentos médios diferentes. Porém somente o

ponto PALI - EST. pré e pós apresentam nível de significância de 95%, desta forma,

os movimentos foram significativos.

No quadro 4 mostra os coeficientes de correlação de Spearman entre os

pontos de tecido duro e os pontos de tecido mole.

QUADRO 4 - CORRELAÇÃO DE SPEARMAN EM RELAÇÃO MOVIMENTOS

PRÉ E PÓS-OPERATÓRIOS (p<0,05).

PA -

LVV-

Pós

(p)

PALS

-

LVV-

Pós

(p)

PB -

LVV-

Pós

(p)

PALI

-

LVV-

Pós

(p)

Pg -

LVV-

Pós

(p)

Pg' -

LVV-

Pós

(p)

PAICS

-

LVV-

Pós (p)

PAICI

-

LVV-

Pós

(p)

PALS

- EST-

Pós

(p)

PALI

- EST-

Pós

(p)

PA - LVV-Pré ,662**

(,000) 059 (,772)

,510**

(,007) ,026 (,898)

,357 (,067)

,043 (,830)

,275 (,166)

,343 (,080)

,214 (,283)

,246 (,216)

PALS - LVV-Pré -,126 (,532)

,577**

(,002) ,367 (,060)

,509**

(,007) ,314 (,111)

,411*

(,033) ,439*

(,022) ,516**

(,516) -,151 (,453)

-,104 (,605)

PB - LVV- Pré ,314 (,110)

,269 (,174)

,550** (,003)

,584**

(,001) ,272 (,170)

,355 (,069)

,400*

(,039) ,503**

(,008) -,167 (,405)

-,162 (,420)

PALI - LVV- Pré ,106 (,597)

,382*

(,049) ,235 (,238)

,644**

(,000) ,272 (,170)

,355 (,069)

,400*

(,039) ,503**

(,008) -,167 (,405)

-,162 (,420)

Pg - LVV- Pré ,374 (,055)

,217 (,277)

,592**

(,001) 581**

(,001) ,543**

(,003) ,530**

(,004) ,441*

(,021) ,554**

(,003) ,177 (,378)

,162 (,420)

Pg' - LVV- Pré ,279 (,159)

,138 (,494)

,548**

(,003) ,571**

(,002) ,426*

(,027) ,498**

(,008) ,660**

(,000) ,667**

(,000) ,114 (,570)

,181 (,367)

PAICS - LVV- Pré ,083 (,682)

,229 (,250)

,462*

(,015) ,383*

(,049) ,426*

(,027) ,498**

(,008) ,660**

(,000) ,667**

(,000) ,114 (,570)

,181 (,367)

PAICI - LVV- Pré ,275 (,166)

,371 (,057)

,232 (,244)

,502**

(,008) ,196 (,326)

,223 (,264)

,546**

(,003) ,608**

(,001) -,188 (,349)

-,140 (,486)

PALS - EST- Pré ,117 (,561)

-,291 (,142)

,203 (,310)

-,033 (,869)

,267 (,178)

,233 (,243)

-,101 (,617)

-,136 (,499)

,728** (,000)

,690**

(,000) PALI - EST- Pré ,488**

(,010) -,449*

(,019) ,188 (,347)

-,135 (,501)

,206 (,302)

,089 (,658)

-,055 (,786)

-,018 (,928)

,682**

(,000) ,763**

(,000)

Correlação de Spearman (ƥ); ** alto grau de correlação e p<0,05; * correlação média e p<0,05.

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31

6. DISCUSSÃO

Correções faciais ortocirurgicas causam variações na proporção de

movimentos entre tecidos moles e duros repercutindo no perfil facial dos pacientes.

Essa variação é compreensível quando se leva em considerações fatores pré-

operatórios como a dificuldade de predicção no planejamento, os graus de

recontorno ósseo e suturas no transoperatório, como também, alterações teciduais

no pós-operatório em decorrência da remodelação óssea, edema de tecido mole e

contração cicatricial.

O objetivo desse estudo foi mensurar os movimentos realizados em cirurgia

ortognática nos tecidos duros e sua repercussão nos tecidos moles relacionados à

mudança no perfil facial dos pacientes, como também, foi avaliada a correlação

entre os movimentos de ambos os tecidos. Essa quantificação de movimentos é

importante, pois permite avaliar se os movimentos repercutiram de forma satisfatória

para harmonia facial dos pacientes. Atrelado a isso, os estudos de correlação

permitem realizar associações entre os movimentos realizados verificando as

semelhanças guardadas nas distribuições de suas variações.

Joss et al (2010), em seu estudo de revisão sistemática, concluíram que a

avaliação estética dos pacientes submetidos a cirurgia ortognática deve ser feita

com pelo menos 6 meses após o procedimento cirúrgico, pois eles acreditam que

nesse período obtém-se proporções de tecido mole e tecido duro confiáveis, devido

a diminuição do edema. A metodologia do presente trabalho teve as telerradiografias

e cefalometrias realizadas no mesmo período.

O presente estudo não delimitou o tipo de DDF a ser avaliada. As osteotomias

foram planejadas, mediante o que se pretendia para cada paciente, e executadas

para tratar as diversas deformidades dento faciais da amostra, conforme descrito na

tabela 2, envolvendo os movimentos de avanços, recuos e impacções. No entanto

as mensurações foram realizadas levando em conta o movimento ântero - posterior

das osteotomias, tendo em vista o efeito da cirurgia no perfil facial dos pacientes. Os

casos de pequenas discrepâncias foram considerados como assimetrias faciais,

apesar dessa consideração não ser adequada, pois modificações ântero -

posteriores não permitem avaliar com precisão e real assimetria facial.

Vale ressaltar que os principais objetivos do tratamento das deformidades

dentofaciais é a obtenção da proporcionalidade dos tecidos moles da face e isto

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pode ser obtido com o planejamento e uma boa execução da técnica cirúrgica

(HEMELEN, G. V; et al., 2015; KIM, S. J. et. al., 2015).

O gênero feminino foi o mais operado neste trabalho, correspondendo a 66%

do total da amostra, isso também repercute em muitos trabalhos como, por exemplo,

os de Rivera et.al. (2000); Nicodemo et. al. (2007); os quais tiveram em sua amostra

um maior publico feminino, sendo 71% e 65%, respectivamente. Rivera et. al.(2000)

afirmam em seu estudo, que em sua grande maioria a busca por cirurgia ortognática

se resume as questões estéticas, enquanto a busca por melhoras funcionais e

problemas articulares são menos frequentes. Nicodemo et. al. (2007) analisando os

prontuários dos pacientes que buscaram atendimento para as correções dento

faciais no serviço de cirurgia do Hospital de São Paulo, constatou que 65,4% dos

pacientes que buscaram atendimento para as correções dento faciais eram por

queixas estéticas. Talvez essa busca por melhorias estéticas, em detrimento as

outras razões como funcional e articulares, explique o maior número de pacientes do

gênero feminino, uma vez que a mulher é mais preocupada com sua aparência

quando comparada ao homem.

Alguns trabalhos envolvendo análises cefalométricas realizam as

mensurações de tecido ósseo e tecido mole comparando com pontos fixos na base

do crânio como, por exemplo, o sela, pelo fato desse ponto não sofrer alterações no

decorrer da cirurgia ortognática. Porém, na metodologia deste estudo, uma

referencia externa como a linha vertical verdadeira (LVV) foi utilizada como padrão

para as avaliações. Uma vez que os pontos fixos intracranianos, mesmo sendo em

telerradiografia, não configuram que os pacientes estejam em posição neutra da

cabeça (PNC) e está é considerada uma posição padrão para se realizar análises

faciais tendo a LVV perpendicular a um plano horizontal imaginário da PNC.

O trabalho desenvolvido por Espinar-Escalona et al. (2013), onde analisaram

telerradiografias e fotografias de 52 pacientes, ambos os sexos, dividindo-os em três

grupos, sendo o primeiro grupo pacientes classe I, considerado grupo controle, o

segundo com má oclusão severa classe II e o terceiro grupo de pacientes já

submetidos a cirurgia ortognática. Teve o objetivo de validar a LVV para o

planejamento de correções de deformidade esquelética classe II e alterações

programadas para a cirurgia ortognática visando à melhora do perfil facial. Utilizando

somente a LVV os 72 examinadores, encontraram diferença significativa (p<0,01)

em relação aos grupos 1 e 2 e concluíram que a LVV e as mensurações sagitais são

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pontos decisivos para a estética facial. Isso fortalece a opção deste trabalho em

analisar as cefalometrias somente pela LVV.

Misir et. al.(2011), em um estudo restrospectivo, envolvendo 27 pacientes (16

feminino e 11 masculinos), avaliaram as cefalometrias pré e pós operatórias dos

pacientes que foram submetidos a cirurgia de avanço maxilar e recuo mandibular

para verificar as alterações dos tecidos moles nasais e labiais mediante a

movimentações no segmento ósseo da maxila e mandíbula. As análises de

correlação de Pearson e testes de regressão linear stepwise foram utilizados para

comparar as medições cefalométricas no início e no final do tratamento. Foram

também realizados testes de amostras pareadas t para analisar alterações no

ângulo nasolabial (NLA) e ângulo de columella-lobular (CLA). Constatou-se que

quando significativos avanços horizontais ocorreram nos segmentos ósseos, houve

uma boa previsibilidade da cirurgia ortognática no seu aspecto ósseo e em relação à

estabilidade cirúrgica, porém não houve relação significativa nas medições

angulares de NLA e CLA antes e após a cirurgia realizada.

Dos pontos de tecido mole avaliados no presente trabalho, o PALS-LVV ficou

a frente da LVV e obtendo a menor média de movimento sendo - 0.03mm (p = ,609),

seguido pela espessura labial superior (PALS – EST) por 0,09mm (p = ,407). Já

maior média de movimento do tecido mole foi a espessura do lábio inferior (PALI –

EST) com 1,14mm de movimento (p < 0,05), o segundo ponto de maior alteração foi

o Pg’ – LVV 0,34mm (p= ,919). Esses valores talvez possam ser explicados, uma

vez que, o ponto PALS sofre maior influencia do movimento ósseo da maxila, pois

nas osteotomias que envolveram somente mandíbula (3,70%, recuo mandibular de

3mm) este ponto teve movimento em torno de 0,5mm somente, tendo a proporção

de 1:0,16. Já a espessura labial inferior sofre influencia dos movimentos ósseos

maxilar e mandibular, pois nas osteotomias que envolveram esses segmentos

(59,25%), este ponto sofreu alterações nas suas medidas, sendo que as

osteotomias de maxila foram bem menos influentes.

O ponto Pg’ apesar de passar por grande influência dos movimentos

mandibulares não obteve grandes alterações, mas todas as osteotomias realizadas

na mandíbula (37%) na amostra desse estudo repercutiram neste ponto, porém a

espessura labial sofreu influência de todos os movimentos realizados, seja através

do mento, mandíbula ou associação de ambos. Tendo, desta forma, a maior média

de movimento. A maior alteração de movimento registrada para a espessura labial

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inferior foi em um avanço mandibular de 5,9mm juntamente com recuo maxilar de

4,5mm. A proporção do movimento mandibular, medidas no PB –LVV, em relação a

espessura labial é de 1: 0.65 e o movimento maxilar, medidas no PA – LVV, é de

1:0.3. Pode-se observar que de todas as alterações de tecido mole, dois pontos

analisados tiveram movimentos significativos (PALI – EST e PALI – LVV), ou seja,

com valores-p menores que 0,05 portanto ao nível de 95% de significância, não há

qualquer evidência de que as cirurgias produzam deslocamentos médios diferentes.

A resposta dos tecidos moles faciais após a cirurgia ortognática pode ser

influenciada por diversos fatores, tais quais, grau de deformidade, espessura do

tecido mole e tonicidade da musculatura. Quanto maior a espessura dos tecidos

moles, maior a tendência à absorção do movimento criado pelo tecido duro, ou seja,

o tecido mole tende a refletir menos o movimento ocorrido no tecido duro.

(SINCLAIR, P.M. et al., 1995; GAGGL A, 1999 et. al.; MANKAD B, et. al, 1999;

CSASZAR G.R., et al. 1999). Podem ser consideradas também as variações das

inclinações das osteotomias e manipulação dos tecidos moles seguida de fibrose

cicatricial (BELL, W. H., 1973; TAVARES, H.S, 2015.)

Na análise de movimentos de tecidos duros, o ponto anterior do incisivo

central inferior (PAICI – LVV) obteve a maior média de movimento em relação à

LVV, sendo: 1,37mm (p = ,163), seguido do ponto PB com 1,16mm (p = ,144) e a

menor média de movimento foi do ponto anterior do incisivo central superior (PAICS

– LVV) 0,25mm (p = ,665). A maior alteração registrada no ponto PAICI em relação à

LVV foi um avanço mandibular de 3,3mm no qual o PB – LVV alterou 2,4mm em

relação à medida pré cirúrgica. Esses resultados também podem ser justificados

uma vez que o terço inferior esteve envolvido em todos os movimentos cirúrgicos.

Em relação ao tecido duro analisado todos os valores não foram significativos

p>0,05.

Para avaliar a correlação dos movimentos realizados nos tecidos duros e sua

repercussão nos tecidos moles no perfil facial, neste estudo foi utilizado o teste de

correlação de Spearman. Pode-se constatar que os pontos PALI e o PAICI,

possuem o maior número de correlações com os outros pontos aferidos, sendo sete

ao todo (4 pontos do tecido duro e 3 do tecido mole). Isso provavelmente vem

reforçar a explicação do por que destes dois pontos sofrerem maiores alterações

com os movimentos. No PALI – LVV seu menor grau de correlação foi com o PAICS,

(ƥ = ,383*), ou seja, quando foram realizadas modificações que envolveram o

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35

incisivo central superior, seja avanço ou recuo, estas alterações repercutiram numa

correlação leve, porém de forma significativa no ponto relacionado ao lábio inferior

(p<0,05). Apesar dessa correlação ser positiva esse valore sugere que outras

variáveis estão interagindo com elas. Porém não houve a mesma expectativa

quando comparado o movimento do PALI em relação à espessura do lábio inferior (ƥ

= -,135; p= ,501). Desta forma, pode-se pressupor que apesar de haver alterações

na projeção labial inferior, essas modificações não repercutem da mesma proporção

para a espessura labial.

Resultado semelhante foi encontrado no estudo de Jokic´, et al. (2013), onde

avaliaram entre três meses a um ano 78 pacientes classe III, tratados orto –

cirurgicamente e constataram que a espessura de tecido labial não segue a mesma

correlação de modificações realizadas nos tecidos duros. Movimentos realizados

somente na mandíbula possuíram correlação moderada ƥ = 0.511, porém os

resultados não foram significativos p= ,614. Já para cirurgias envolvendo o dois

segmentos a correlação dos movimentos dos tecidos duros em relação à espessura

labial foi leve ƥ = ,303, porém significativa p<,005.

Dos pontos aferidos, a espessura labial teve alterações significativas quando

os mesmos pontos (PALI – EST) foram comparados pré e pós cirurgia independente

do gênero (P< ,005). Porém o gênero masculino teve movimentos mais significativos

em outros pontos como, por exemplo, PALI e o PAICI. Isso pode ser explicado, uma

vez que o gênero feminino apesar de ser 66,7% do total da amostra, seus

movimentos horizontais foram mais sutis fazendo com que os outros pontos não

tivessem movimentos significativos.

Uma correlação forte e interessante encontrada nesse estudo foram as dos

pontos PAICS e PAICI em relação ao ponto referente ao pogônio de tecido mole

(Pg´ - LVV), tendo suas correlação ƥ = , 660 (p<,001) e ƥ = , 667 (p<,001), talvez

isso possa ser explicado mediante aos movimentos angulares e rotacionais

realizados nos segmentos de maxila e mandíbula visando uma maior

intercuspidação, principalmente nas classes III onde somam 44,44% do total da

amostra, onde foram registradas as maiores DDFs e também onde as cirurgias para

as correções envolveram no mínimo os dois segmentos.

As mensurações das movimentações das cirurgias ortognáticas nesse estudo

são decorrentes de um bom diagnóstico, planejamento e uma boa execução da

técnica cirúrgica focando na necessidade de cada caso. Os achados desse estudo

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não destoam dos encontrados em outros trabalhos, apesar de alguns valores

relatados não serem significativos, mas pode-se creditar isso a limitação do tamanho

da amostra.

Esses resultados são de grande valia para os trabalhos clínicos

desenvolvidos, pois contribuirão para o planejamento ortocirúrgico, uma vez que

auxiliam na predicção de movimentos ósseos e previsibilidade de deslocamento dos

tecidos moles.

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7. CONCLUSÃO

A espessura labial inferior e superior não acompanham em correlações

significativas alterações na projeção dos lábios inferiores e superiores;

Movimentos nos PAICI não alteram de forma significativa as projeções do

PALS, mas altera de forma significativa a posição do PAICS e do PALI.

Movimentos nos PAICS repercutem de forma significativa nos pontos ao terço

inferior como, por exemplo, PB, PALI Pg´, Pg e PAICI, tendo sua repercussão mais

forte no pogônio de tecido mole e também no PAICI.

Alterações menores que 1mm no terço médio, não repercutiram em

alterações nos pontos correlatos;

Alterações menores que 1mm no terço inferior, repercutiram em alterações

nos pontos de tecidos moles correlatos, porém em correlações diferentes diferentes.

Para se fazer avaliações de predicções dos pontos de tecido mole são

necessários avaliarem no mínimo três pontos correlatos no mesmo segmento.

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APÊNDICE A – VALORES DAS TABULAÇÕES DOS DADOS ENCONTRADOS

NAS ANÁLISES

NORMA SAGITAL PRÉ OP (medidas lineares em mm)

Sexo / Idade DDF Tipo de Cirurgia

PA - LVV

PALS - LVV

PB - LVV

PALI – LVV

Pg - LVV

Pg' - LVV

F/31 Classe III Ost. Max e Mand 19.5 0.4 15.6 4.1- 16.2 1.1

M/30 Ass. Fac.* Ost. Max e Mento 21.5 3.6- 20.8 2.1- 17.7 9.0

F/23 Classe III Ost. Max e Mand 16.2 1.3 17.4 1.6- 16.4 7.7

M/27 Classe III Ost. Mand. 19.7 3.4- 21.5 1.1- 22.3 8.2

F/40 Classe II Ost. Max e Mand 16.9 4.1- 17.7 0.8 16.2 5.1

F/30 Classe II *

Ost. Max, Mand e Me. 13.6 2.1- 18.7 0.8 17.2 7.7

M/26 Classe III Ost. Max e Mand 14.6 2.6- 10.8 5.6- 9.8 2.6

F/32 Classe II Ost. Max e Mand 14.9 3.6- 18.2 0.6 16.9 6.9

F/20 Classe III Ost. Max e Mand 13.8 2.1- 8.7 5.9- 7.4 1.1-

M/27 Classe III Ost. Max e Mand 18.5 1.1- 14.4 4.1- 15.4 5.9

F/27 Ass. Fac. Ost. Max e Mand 12.6 1.8- 25.6 3.9 31.5 18.2

M/34 Classe III*

Ost. Max, Mand e Me. 23.3 2.6- 14.4 7.4- 14.4 2.3

M/33 Ass. Fac. Ost. Max e Mand 17.2 1.3- 19.0 0 16.4 5.1

F/19 Classe III Ost. Max e Mand 17.7 2.9- 11.8 3.6- 11.8 0.8

M/23 Ass. Fac. *

Ost. Max, Mand e Me. 18.0 0.4 20.8 1.3 19.0 6.2

F/35 Classe II * Ost. Mand e Me 14.9 1.6- 21.8 2.1 18.7 10.3

F/27 Classe II *

Ost. Max, Mand e Me. 11.5 0.6 23.1 4.1 22.1 13.8

F/30 Classe III Ost. Max e Mand 13.1 0.8- 13.1 0.8 13.1 4.9

F/ 19 Classe III* Ost. Mand e Me 13.6 2.3- 8.2 9.0- 9.5 1.3-

M/27 Classe II *

Ost. Max, Mand e Me. 17.4 5.9- 18.0 3.4- 18.0 7.4

F/34 Classe II Ost. Max e Mand 19.0 0.8- 17.2 3.3 12.6 2.1

F/34 Classe II Ost. Max e Mand 10.3 4.4- 21.5 8.7 22.1 11.3

M/31 Classe II *

Ost. Max, Mand e Me. 19.2 7.2 36.2 13.6 34.6 22.1

F/34 Classe III Ost. Max e Mand 14.6 2.6- 7.4 7.5- 8.2 0.8

F/25 Classe II Ost. Max e Mand 10.0 2.1- 21.5 8.2 22.1 13.4

F/20 Classe III *

Ost. Max, Mand e Me. 15.9 3.9- 6.9 9.2- 5.9 4.1-

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44

Ost. Max, Mand e Me = osteotomia de maxila, mandíbula e mento; Ost. Max e Mand = osteotomia de maxila e mandíbula; Ost. Mand e Me = osteotomia de mandíbula e mento; Ost. Max e Me = osteotomia de maxila e mento; Ost. Mand = osteotomia de mandíbula.

*Pacientes em que foram realizadas mentoplastia.

F/39 Classe II Ost. Max e Mand 8.2 1.3- 8.2 2.6- 4.4 5.9-

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APÊNDICE A – VALORES DAS TABULAÇÕES DOS DADOS ENCONTRADOS

NAS ANÁLISES (continuação)

NORMA SAGITAL PÓS OP (medidas lineares em mm)

Sexo / Idade DDF Tipo de Cirurgia

PA - LVV

PALS - LVV

PB - LVV

PALI – LVV

Pg - LVV

Pg' - LVV

F/31 Classe III Ost. Max e Mand 18.7 0.4 20.8 2.1 21.3 7.4

M/30 Ass. Fac.* Ost. Max e Mento 20.5 2.6- 21.3 0 15.6 3.3

F/23 Classe III Ost. Max e Mand 16.4 2.1- 23.6 2.8 22.6 13.6

M/27 Classe III Ost. Mand. 19.7 2.6- 24.4 2.3 26.2 11.8

F/40 Classe II Ost. Max e Mand 17.4 2.1- 16.9 1.8 15.9 5.4

F/30 Classe II *

Ost. Max, Mand e Me. 12.6 2.3- 18.7 1.3 13.6 4.1

M/26 Classe III Ost. Max e Mand 11.8 3.9- 16.4 1.3- 14.1 6.2

F/32 Classe II Ost. Max e Mand 11.0 2.1- 13.1 4.6- 11.3 2.3

F/20 Classe III Ost. Max e Mand 11.3 4.1- 16.2 1.8- 14.9 6.9

M/27 Classe III Ost. Max e Mand 12.6 3.9- 22.1 2.1 21.3 11.3

F/27 Ass. Fac. Ost. Max e Mand 17.2 2.8- 19.7 0.4 20.8 10.0

M/34 Classe III*

Ost. Max, Mand e Me. 22.1 3.1- 18.5 2.3- 12.8 3.1

M/33 Ass. Fac. Ost. Max e Mand 16.7 3.6- 19.7 0.4 17.4 7.2

F/19 Classe III Ost. Max e Mand 17.2 3.1- 15.1 0.8- 15.1 3.9

M/23 Ass. Fac *

Ost. Max, Mand e Me. 15.1 1.6 20.0 2.8 20.8 5.9

F/35 Classe II * Ost. Mand e Me 13.8 0.4- 22.8 5.4 19.0 8.5

F/27 Classe II *

Ost. Max, Mand e Me. 11.8 0.8- 18.0 2.6 12.8 5.9

F/30 Classe III Ost. Max e Mand 13.1 1.1- 18.5 2.8 19.0 10.0

F/ 19 Classe III* Ost. Mand e Me 10.8 1.3 18.0 0.8 14.6 4.6

M/27 Classe II *

Ost. Max, Mand e Me. 20.0 5.1- 19.7 2.1- 16.2 4.4

F/34 Classe II Ost. Max e Mand 17.7 1.3- 15.1 1.6 10.5 0.4

F/34 Classe II Ost. Max e Mand 13.8 3.9- 16.7 3.6 16.7 7.4

M/31 Classe II *

Ost. Max, Mand e Me. 19.5 7.2 33.8 11.8 31.3 15.6

F/34 Classe III Ost. Max e Mand 18.2 3.6- 12.1 3.9- 9.7 1.9

F/25 Classe II Ost. Max e Mand 17.4 2.8- 14.6 2.1 14.1 6.2

F/20 Classe III *

Ost. Max, Mand e Me. 12.6 3.3- 11.3 1.8- 11.8 0.8

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Ost. Max, Mand e Me = osteotomia de maxila, mandíbula e mento; Ost. Max e Mand = osteotomia de maxila e mandíbula; Ost. Mand e Me = osteotomia de mandíbula e mento; Ost. Max e Me = osteotomia de maxila e mento; Ost. Mand = osteotomia de mandíbula.

*Pacientes em que foram realizadas mentoplastia.

F/39 Classe II Ost. Max e Mand 8.7 1.6- 8.5 2.9- 4.6 5.9-