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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE EDUCAÇÃO CURSO DE PEDAGOGIA DIÁRIOS DE LEITURA: A FORMAÇÃO DE CRIANÇAS LEITORAS NO ESPAÇO ESCOLAR MARIA EUZILEIDE DINIZ DE LIMA MARCELINO VIEIRA 2016

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

CENTRO DE EDUCAÇÃO

CURSO DE PEDAGOGIA

DIÁRIOS DE LEITURA: A FORMAÇÃO DE CRIANÇAS LEITORAS NO

ESPAÇO ESCOLAR

MARIA EUZILEIDE DINIZ DE LIMA

MARCELINO VIEIRA

2016

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MARIA EUZILEIDE DINIZ DE LIMA

DIÁRIOS DE LEITURA: A FORMAÇÃO DE CRIANÇAS LEITORAS NO

ESPAÇO ESCOLAR

Artigo Científico apresentado ao Curso de

Pedagogia, na modalidade a distância, do

Centro de Educação, da Universidade

Federal do Rio Grande do Norte, como

requisito parcial para obtenção do título de

Licenciatura em Pedagogia, sob a

orientação da professora Ms. Emanuela

Carla Medeiros de Queiros.

MARCELINO VIEIRA

2016

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FICHA CATALOGRÁFICA

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DIÁRIOS DE LEITURA: A FORMAÇÃO DE CRIANÇAS LEITORAS NO

ESPAÇO ESCOLAR

Por

MARIA EUZILEIDE DINIZ DE LIMA

Artigo Científico apresentado ao Curso de

Pedagogia, na modalidade a distância, do

Centro de Educação, da Universidade

Federal do Rio Grande do Norte, como

requisito parcial para obtenção do título de

Licenciatura em Pedagogia.

BANCA EXAMINADORA

____________________________________________________

Profª. Ms. Emanuela Carla Medeiros de Queiros (Orientadora)

Universidade Federal do Rio Grande do Norte

_____________________________________________________

Profª. Ms. Sandra Sinara Bezerra

Universidade do Estado do Rio Grande do Norte

________________________________________________

Profª. Ms. Maria Gorete Paulo Torres

Universidade do Estado do Rio Grande do Norte

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DIÁRIOS DE LEITURA: A FORMAÇÃO DE CRIANÇAS LEITORAS NO

ESPAÇO ESCOLAR

Maria Euzileide Diniz de Lima

Universidade Federal do Rio Grande do Norte

Emanuela Carla Medeiros de Queiros

Universidade Federal do Rio Grande do Norte

RESUMO

Este trabalho se propõe a partilhar a experiência vivenciada no Programa Institucional de

Bolsa de Iniciação à Docência – PIBID, desenvolvido na Escola Municipal Raquel Silva,

situada na cidade de Marcelino Vieira – RN. Ele versa sobre as práticas de leitura literária,

partindo das experiências das atividades do PIBID de Pedagogia EAD – Educação a

Distância, da UFRN – Universidade Federal do Rio Grande do Norte na referida escola,

especificamente numa turma de 5º ano “B” do ensino fundamental. Dessa forma, pensando

no processo de formação do leitor a partir do texto literário, o nosso problema de pesquisa

consiste em saber de que forma as práticas de leitura literária acontecem na sala de aula, a

partir do uso dos diários de leitura. Tendo como objetivo analisar tais práticas de leitura do

texto literário. O desenvolvimento desse trabalho se deu primeiramente por via de

pesquisas bibliográficas, para isso nos respaldamos em autores como (AMARILHA,

2013), (MACHADO, 2007), (MARTINS, 1994). Esta pesquisa é de natureza qualitativa,

que usa como instrumento a pesquisa de campo e registros em diários de leitura, para

ilustrar as práticas de leitura literária, vivenciadas no 5º ano “B”. Para tanto, a escola deve

ser uma grande aliada, na criação de estratégias de ensino onde as crianças criem o gosto

pela leitura, os professores busquem os diferentes gostos dos seus alunos, trabalhando com

as peculiaridades de cada um, assim a leitura torne-se estimulante, diversificada, crítica,

reflexiva e prazerosa. Temos como possíveis resultados a entrada/permanência de textos

literários em sala de aula com a compreensão do que seja leitura literária e quais as

provocações que a mesma faz ao leitor. Para isso cabe a escola assumir a sua

responsabilidade na perspectiva de desempenhar com eficácia seu papel na formação do

leitor. Buscando situações que contribuam para o desenvolvimento do sujeito, priorizando

a prática de leitura e proporcionando atividades que vão ao encontro das necessidades da

criança.

Palavras-chaves: Leitura. Literatura. Estratégias de Ensino.

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DIARY OF READING: THE FORMATION OF CHILDREN READERS IN

SCHOOL AREA

Maria Euzileide Diniz de Lima

Universidade Federal do Rio Grande do Norte

(Federal University of Rio Grande do Norte)

Emanuela Carla Medeiros de Queiros

Universidade Federal do Rio Grande do Norte

(Federal University of Rio Grande do Norte)

ABSTRACT

This paper aims to share the experience lived in the Programa Institucional de Bolsa de

Iniciação à Docência (Institutional Program of Initiation Grant to Teaching) - PIBID ,

developed at the Municipal School Raquel Silva, located in the city of Marcelino Vieira -

RN, which is about the literary reading practices, based on the experiences of activities the

PIBID EAD - Educação a Distância (Distance Education), of UFRN - Universidade

Federal do Rio Grande do Norte (Federal University of Rio Grande do Norte) in the school

mentioned above, specifically in class of 5th grade "B" elementary school. Thus, thinking

about the process of formation of the reader from the literary text, our search problem is to

know how the literary reading practice happens in the classroom, from the use of the diary

of reading. With the objective to analyze the literary text reading practice in class of 5th

grade "B", of the Municipal School Raquel Silva, from the use of diary of reading

produced by children. The development of this work was first given through literature

searches, for these reasons we use as support the authors (AMARILHA, 2013)

(MACHADO, 2007), (MARTINS, 1994). This research has a qualitative nature, using as a

tool, the field search and records in diary of reading, to illustrate the literary reading

practices experienced in the class of 5th grade "B". Therefore, the school should be a great

ally in the creation of teaching strategies where children create a taste for reading, teachers

seek the different tastes of their students, working with the peculiarities of each, so reading

becomes stimulating, diverse, critical, reflective and enjoyable. We have as possible results

the entry/continuity of literary texts in the classroom with the understanding of what is

literary reading and what the provocations that it makes in the reader. For this, it is up to

the school take responsibility in the perspective to perform effectively its role in the reader

training. Seeking situations that contribute to the development of the individual,

emphasizing the practice of reading and providing activities that meets the child's needs.

Key Words: Reading. Literature. Teaching Strategies.

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INTRODUÇÃO

TODO MUNDO TEM UM SONHO

Todo mundo

Tem um sonho

Eu também

Tenho o meu

O meu sonho

É ser doutor

Ou então ator

Quando eu crescer vou saber

Todo mundo tem um sonho

O sonho do meu amigo era ser

Enfermeiro, mas o destino o levou

A ser pedreiro

A vida é assim cheia de sonhos

Todo mundo tem um sonho

De ser doutor, ator, enfermeiro

Cozinheiro, cantor ou poeta.

(Aluno 5º ano “B”, 2015)

Este trabalho se propõe partilhar a experiência vivenciada no Programa

Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência – PIBID, esse programa dá a oportunidade

do acadêmico está inserido no meio escolar, conhecendo a sua realidade e dando a sua

contribuição. Dessa forma, PIBID e escola tornam-se parceiras no processo de

ensino/aprendizagem.

É pensando na formação do leitor que compreendemos que a leitura faz parte do

nosso cotidiano e das nossas relações com o mundo que nos cercam, sendo essencial para o

desenvolvimento de ensino e aprendizagem. A leitura nos torna sujeitos conhecedores,

capazes de acumular uma diversidade cultural. Através da leitura podemos conhecer a nós

mesmos e aos outros, como também constituir nossa identidade de sujeitos críticos e

transformadores (ARCOVERDE, 2007).

Para tanto, a literatura se torna uma grande aliada dos professores nesse processo,

pois “é necessário ler literatura para experienciar o texto, transformar-se no ato da leitura,

entender o mundo contido nos textos, articulando-o com a realidade empírica”

(MARTINS, 2006, p. 95). A experiência de ler textos literários proporciona à criança

momentos prazerosos, em que elas se identificam com o texto e se encontram como

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sujeitos leitores, pois têm o poder de conduzi-los para outro mundo, um lugar onde se

encontram e se deliciam com as leituras, o chamado mundo imaginário construído no

processo de leitura.

Diante disso, existe uma preocupação ao se perceber que estamos imersos num

mundo onde não se dá a devida valorização da literatura em sala de aula. É preciso ter

consciência de que estamos vivenciando uma crise de cultura e que a literatura torna-se um

dos caminhos para paralisar essa crise (AMARILHA, 2013).

O presente trabalho tem por objetivo analisar as práticas de leitura literária a partir

do uso dos diários de leitura em sala de aula, envolvendo o conceito de leitura entendido

pelas crianças, pois muitas vezes esse conceito se confunde com o de leitura de literatura

(AMARILHA, 2009). A leitura está presente em todas as partes, em um gesto, uma

palavra, uma receita, uma notícia, um aviso, entre tantos outros.

A leitura de literatura é mais complexa, é preciso ter atenção necessária para os

textos literários, necessita-se das mediações adequadas do professor, pois sem essa

mediação “esses leitores permanecerão com seus conceitos condicionados ao seu lugar e

aos estereótipos sobre sua condição” (AMARILHA, 2013, p. 76).

Existem equívocos que atrapalham a compreensão da literatura como forma de

comunicação escrita, e de sua importância na formação do leitor (AMARILHA, 2009). É

notório que muitos professores não têm dado atenção necessária aos componentes que

envolvem a literatura, como significação na vida de cada um, como também no prazer em

ler.

Para tanto, o uso da leitura de literatura em sala de aula vem contribuir

significativamente nesse processo, quebrando um pouco a leitura de textos condensados

que por muitas vezes mais inibem do que incentivam o gosto pela leitura, por conter uma

visão de mundo repressiva, com falsas verdades, a fim de manipular a leitura, deturpando

os textos transcritos, desrespeitando os autores e os leitores (MARTINS, 1994).

Nesta pesquisa, foi realizado um estudo de natureza qualitativa, uma abordagem

que tem em suas características a investigação do sujeito, levando em consideração a sua

realidade e a subjetividade. Essa pesquisa foi realizada na Escola Municipal Raquel Silva,

situada na Rua Antônio Damião/SN na cidade de Marcelino Vieira –RN, através de

análises de Diários de Leitura, construídos a partir de sequências didáticas planejadas e

aplicadas pelas alunas do PIBID e professoras colaboradoras, com a finalidade de analisar

as práticas de leitura do texto literário em sala de aula com uma amostra de dois diários de

leitura de crianças na turma do 5º ano “B”.

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O estudo faz um convite aos leitores para uma viagem as práticas de leitura

literária dos alunos do 5º ano “B” em seus diários de leitura e a descobrir as diversas

possibilidades que a literatura oferece aos alunos de forma lúdica e significativa na vida de

cada um, como também expor um pouco da contribuição do PIBID em torno do estudo em

questão.

Para isso, o artigo está organizado a princípio com o tópico PIBID

pedagogia/UFRN/EaD – nas linhas literárias de uma experiência exitosa fazendo um

breve relato sobre o Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência e da

experiência vivenciada pelos alunos do curso de Pedagogia – UFRN/EaD neste programa.

Na sequência, o subtópico No recanto/encanto do Texto Literário às reflexões sobre seu

ensino propõe uma reflexão sobre a importância de trabalhar textos literários em sala de

aula. No subtópico A formação do leitor: a leitura literária e seu manancial de

motivações, abordamos a ideia de que a literatura nos oferece inúmeras possibilidades, de

criar, recriar, imaginar, inventar e compreender o mundo a nossa volta. Continuamos com

os Sentidos e arranjos metodológicos da pesquisa apresentando Os sujeitos e o campo

empírico da pesquisa, e os Caminhos, percursos e instrumentos na coleta dos dados a

partir de análises dos diários de leitura das crianças, a fim de fazermos uma análise e

reflexão acerca das práticas de leitura de textos literários em sala de aula. Para discussões e

reflexões dos resultados elencamos um tópico intitulado Diários de Leitura: as vozes dos

sujeitos na releitura de textos literários a partir dos diários construídos pelas crianças da

turma do 5º ano “B”, durante as atividades desenvolvidas pelo PIBID. Neste tópico, nos

concentramos nas escritas das crianças contidas em dois diários, com a finalidade de

despertar o gosto pela leitura literária. Por fim temos as Considerações Finais, relatando a

importância da leitura literária, as contribuições dos diários de leitura para despertar o

gosto pela leitura, pois a cada história contada surgia nas entrelinhas uma nova versão.

2 PIBID PEDAGOGIA/UFRN/EAD – NAS LINHAS LITERÁRIAS DE UMA

EXPERIÊNCIA EXITOSA

O curso de Pedagogia/UFRN/EaD do Polo de Marcelino Vieira-RN, foi contemplado

com o Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência – PIBID no ano de 2013 a

partir de um processo seletivo para os alunos graduandos deste curso. No entanto, surge a

oportunidade de experimentar a prática pedagógica, ou seja, foi um momento de aplicar na

prática as teorias estudadas, dando início a uma parceria com a escola campo desta pesquisa.

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Dessa forma, falar sobre a importância do Programa Institucional de Bolsa de

Iniciação à Docência – PIBID na formação do graduando faz-se necessário partir da

documentação que dá legalidade a esse programa. Para tanto, destacamos alguns objetivos do

PIBID da Portaria 260/2010-CAPES:

a) Incentivar a formação de docentes em nível superior para a Educação

Básica;

b) contribuir para a valorização do magistério;

c) elevar a qualidade da formação inicial de professores nos cursos de

licenciatura, promovendo a integração entre a Educação Superior e a

Educação Básica;

d) inserir os licenciandos no cotidiano de escolas da rede pública de

educação, proporcionando-lhes oportunidades de criação e participação

em experiências metodológicas, tecnológicas e práticas docentes de

caráter inovador e interdisciplinar que busquem a superação de problemas

identificados no processo de ensino-aprendizagem;

Partindo desses objetivos vale narrar uma experiência exitosa do PIBID, que nos

encaminha a falar dos diários de leitura construídos pelos alunos do 5º ano “B” do Ensino

Fundamental da Escola Municipal Raquel Silva, um caderno confeccionado por eles para

registrar as atividades propostas e também a escrita livre no seu dia a dia, tornando um

veículo de aprendizagem, desenvolvendo a leitura e escrita a partir de suas escritas

individuais, que serão objeto de nossa pesquisa, em relação a leitura de literatura. Para uma

melhor visualização, ilustramos os referidos diários.

Imagem 01: Diários de leitura

Fonte: Arquivo da pesquisadora

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Compreende-se que a leitura é um processo particular de cada indivíduo, com isso

o diário de leitura vem contribuir de forma significativa na formação do leitor. Através

dele percebemos o gosto de leitura de cada um, e com isso desenvolvermos melhor

atividades tanto de leitura como de escrita, tendo por base a literatura.

Segundo Machado, (1998, p. 8)

Em relação especificamente ao ensino de leitura, implicaria criar

condições para que todos os sujeitos leitores envolvidos numa situação de

comunicação escolar específica expusessem, confrontassem e

justificassem suas diferentes interpretações e suas diferentes práticas de

leitura.

É necessário criar condições de ensino que inclua todos os sujeitos leitores de

forma que tenham a liberdade de expor suas diferentes práticas de leitura e escrita em sala

de aula, atribuindo significado na vida das crianças. Proporcionar atividades que as

envolvam, desafiem e convide-as a participar por vontade própria, dessa forma será mais

fácil ter sucesso no desenvolvimento da aula.

Com essas ferramentas podemos entender como as crianças reagem diante dos

textos literários e as atividades desenvolvidas nesse gênero, como os mesmos

compreendem a leitura literária e o seu conceito de como a mesma está sendo trabalhada

em sala de aula. É preciso estar sempre incentivando os alunos a praticar a leitura e a

escrita, e a gostar das mesmas.

Para Martins (2011, p. 08), “o PIBID foi uma das mais importantes iniciativas no

campo das políticas públicas destinadas à melhoria da qualidade da escola e da formação

de profissionais qualificados para nela atuarem”. Com isso, acreditamos que o trabalho do

PIBID veio contribuir significativamente tanto para a reflexão do professor, quanto para a

sua forma de pensar e organizar o ensino, uma vez que trazemos a intervenção por meio do

uso dos diários de leitura. Esta como forma de desenvolvimento e acompanhamento do

processo de construção e aquisição da leitura e da escrita.

Outro ponto importante é o enriquecimento da nossa formação quando temos a

oportunidade de entrar em contato com os alunos, uma vez que ainda somos um deles. E

também aprender que o professor deve estar sempre se colocando no lugar do aluno, para

poder se comunicar melhor com ele. Além de aprendermos que o professor é um eterno

aprendiz, haja vista que o conhecimento está em constante mudança, para então entender

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que o ensino a partir da leitura de literatura pode transformar o aluno em um leitor crítico e

reflexivo, oportunizando discussão sobre a própria experiência do aprendiz.

2.1 No recanto/encanto do texto literário às reflexões sobre seu ensino

A inserção de textos literários em sala de aula propõe ao leitor um envolvimento

com o mundo da fantasia, despertando a imaginação, recriando situações do mundo real,

que além de tornar a leitura mais prazerosa, também explora a visão crítica e criativa do

aluno. No entanto, é preciso que o professor tenha conhecimento do que se pretende

trabalhar em sala de aula, e se apropriar do conhecimento em função do saber como fazer,

sendo um mediador do processo de ensino-aprendizagem.

Desse modo, antes de trazer o texto literário para sala de aula é preciso saber a

diferença entre texto literário e não literário. Segundo (FIORIN, SAVIOLI, 1991), a

diferença se encontra no fato de que o texto literário possui uma função estética e que o

não literário tem uma finalidade utilitária, ou seja, o texto literário recria o mundo real num

plano imaginário, diferente do não literário que tem por função: informar, convencer,

explicar, etc.

Feito uma breve apresentação do que seja texto literário e não literário, é

pertinente refletir sobre os tipos de leituras que estamos proporcionando aos nossos alunos,

uma vez que “estamos vivenciando uma funda crise de cultura e que um dos caminhos para

neutralizá-la é educar o leitor de ficção” (AMARILHA, 2013, p. 23), é preciso romper as

barreiras que impedem a entrada da literatura em sala de aula.

De acordo com Amarilha, (2013, p. 83)

Se o texto de literatura já por si anima um conjunto de informações que

se constitui a bagagem de vida do leitor, podemos então explorar essa

qualidade e trazer o aluno para dialogar com o texto – a leitura de

literatura se transforma, assim, em oportunidade de discussão sobre a

própria experiência do aprendiz.

É necessário entender que a literatura além de conter textos encantadores, de

favorecer uma leitura prazerosa, também tem o poder de tornar o leitor crítico e reflexivo.

Cabe ao professor fazer uso da literatura explorando todas as suas possibilidades, tornando

o momento da leitura, um momento de diálogo com o texto.

Segundo Costa (2007), a leitura de literatura exerce diferentes funções no

contexto da sala de aula, podendo informar, educar, entreter, persuadir ou expressar uma

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opinião ou ideia. Não podemos permitir que nossos alunos se percam nessa sociedade que

não valoriza a emoção e o sentimento.

Freire, em suas palavras compreende que o conhecimento não está dissociado do

sentimento. Para Freire, (1998, p. 18)

A paixão com que conheço, falo ou escrevo não diminuem o

compromisso com que denuncio ou anuncio. Sou uma inteireza e não

uma dicotomia. Não tenho uma parte esquemática, meticulosa,

racionalista e outra desarticulada, imprecisa, querendo simplesmente bem

ao mundo. Conheço com meu corpo todo, sentimentos, paixão. Razão

também.

Compreendendo que para se obter conhecimento não podemos dissociar o

sentimento, faz-se necessário ressaltar a importância da literatura em sala de aula.

Conforme Costa, (2007, p.64),

A literatura é a arte da palavra e, como tal, tem na linguagem verbal sua

matéria prima. Os efeitos causados pelos textos literários, tal como

emoções, informações, reflexões e percepções, em geral, só podem

tornar-se acessíveis aos leitores por intermédio das palavras escritas ou

orais (no caso da literatura não escrita, da poesia popular, da contação de

histórias e outras formas orais).

Sabendo que a literatura é arte, e dos efeitos que a mesma causa ao leitor,

favorecendo uma visão crítica, reflexiva e criativa enquanto ser pensante, é fundamental

que o professor oportunize o texto literário em suas aulas, permitindo o contato das

crianças com o mesmo de forma que as leituras façam sentido na vida de cada um.

As escolas precisam adotar a literatura como um veículo de aprendizagem,

resgatando a imaginação e a criatividade do educando, tornando as práticas de leitura e

escrita prazerosa e significativa. De acordo com Amarilha, (2013, p. 16) “a leitura altera

nossa percepção de ver o mundo, de nos relacionarmos com as pessoas”, pois a leitura é

instrumento favorecedor da aprendizagem, permitindo que a criança vivencie situações do

seu mundo real despertando o imaginário, além disso, propõe a interação por meio da

oralidade e da escrita tornando os educandos em cidadãos intelectuais, sociais perante a

sociedade.

Desse modo precisamos compreender a relevância dos textos literários para a

formação do sujeito leitor, uma vez que se tornam importantíssimos na formação da

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criança em relação a si mesma e o mundo a sua volta (AMARILHA 2013), na perspectiva

da formação de sujeitos capazes de intervir na realidade de maneira crítica e criativa, pois

quando se faz a leitura de textos literários, a aprendizagem é significativa, uma vez que a

criança aparece numa abordagem triangular, expressando seus sentimentos, pensamentos e

desejos, cultivando as informações culturais contextualizadas pela leitura, ao fazer

comparações, inferências e questionamentos sobre textos literários, procurando estabelecer

uma relação entre o mundo real e o imaginário.

2.2 A formação do leitor: a leitura literária e seu manancial de motivações

É preciso ler pela alegria de ler, para alimentar o corpo a alma e a imaginação.

(Marly Amarilha, 2013, p.15)

Como a epígrafe acima nos mostra é preciso ler por prazer, precisamos sentir

alegria ao saborear os textos, só assim encontramos sentido na nossa vida. Temos a leitura

literária como uma aliada à nossa imaginação, a nossa compreensão e a nossa vontade de

ler, pois “uma das razões pela qual o leitor se interessa por um texto é que ali encontra algo

de sim próprio” (AMARILHA, 2013, p. 61).

Diante do exposto surge uma preocupação, existe uma visão de que a literatura no

seio da escola não exerce a função literária de sensibilizar e propiciar meios para o

imaginário, mas tem apenas valor pedagógico, ou seja, não tem valor pragmático,

ocasionando assim, mau uso em sala de aula. O que encontramos são textos impressos para

se fazer exercícios de gramática, vocabulário ou outra atividade que não seja atribuída a

leitura prazerosa. Esquecem que “na formação de leitores, não é só a fluência em estruturas

gramaticais e em vocabulário que entra em jogo” Amarilha (2013, p. 79).

Para isso, a escola apresenta um papel fundamental, criando estratégias

metodológicas para o desenvolvimento do gosto pela leitura, fazendo com que as crianças

leiam, mas leiam por prazer, que as mesmas se sintam convidadas a desfrutar dos textos

literários e se encantem com os contos de fada, com as histórias contadas, com poesias,

poemas, que possam desfrutar de todas as sensações que a leitura literária proporciona,

pois se aprende a ler, também se aprende a gostar de ler. Para isso, é necessário também o

interesse do professor em conhecer as particularidades de cada um.

Segundo Pereira, (2011, p.181)

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O (A) professor (a) tem a tarefa de desenvolver ações investigativas que

lhe permitam conhecer as crianças com as quais atua, identificando os

seus interesses e as suas necessidades. Também é seu papel desafiá-las

constantemente e incentivar a conquista de sua autonomia. Além disso,

deve possibilitar que elas participem da construção do processo

educativo, problematizando situações e solicitando que opinem a

respeito.

Ao identificar os interesses de leitura de seus alunos e proporcionar um contato

com essas leituras a mesma se tornará estimulante, diversificada, crítica e reflexiva e

prazerosa. Não adianta obrigar a criança a ler, é preciso que as mesmas sintam convidadas

a saborear os textos literários, ou seja, é preciso ensinar as crianças a gostarem de ler.

Conforme Amarilha, (2013, p.14)

É por meio do prazer e das emoções que a literatura nos proporciona a

aprendizagem da importância do simbólico, geralmente implícito nos

cenários nas tramas e nas ações dos personagens. É esse conhecimento

que vai atuar no inconsciente humano e vai ajudar, pouco a pouco, a

resolver os conflitos interiores que normalmente vivemos.

O momento de interação com os personagens e dramas de um texto literário é uma

experiência gratificante, pois promove a ampliação do repertorio da leitura e a atuação das

crianças, conhecendo os valores culturais desempenhados na sociedade.

Sabendo da importância da leitura literária como fonte de motivação para

formação do leitor, Goes, (1996, p. 26) afirma que:

O ideal da literatura é deleitar, entreter, instruir e educar as crianças, e

melhor ainda as quatro coisas de uma só vez. Repetindo: educar, instruir

e distrair, sendo que o mais importante é a terceira. O prazer deve

envolver tudo ou mais. Se não houver arte que produz o prazer, a obra

não será literária e, sim, didática.

Corroborando com a ideia do autor, compreendemos que a literatura, encanta, e

traz prazer em suas leituras. Ao ler um texto literário o leitor pode se deleitar, e aproveitar

a leitura sem cobrança, pois mesmo que pensemos que a leitura por prazer não tem

significado, notamos que ao nos aprofundarmos sobre esse tema, percebemos que são

nessas leituras onde o sujeito leitor mais se identifica e cria o gosto em ler. E assim como o

sujeito leitor está intrinsecamente ligado a sujeito escritor, vale salientar que a literatura se

torna uma ferramenta importantíssima no desenvolvimento das práticas de leitura e escrita.

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Para Abramovich, (2011, p.11)

Ler para mim, sempre significou abrir todas as comportas pra entender o

mundo através dos olhos dos autores e da vivência das personagens.[...] E

essa volúpia de ler, essa sensação única e totalizante que só a literatura

provoca (em mim, pelo menos...), esse ir mexendo em tudo e formando

meus critérios, meus gostos, meus autores de cabeceira, relendo os que

me marcaram ou mexeram comigo dum jeito ou de outro (e até me

decepcionando com a memória, que guardava algo melhor...), esse

perceber que o ler é um ato fluído, ininterrupto (mas onde tudo pode

coexistir, como numa improvisação jazzística), de encantamento e de

necessidade vital, é algo que trago comigo desde muito, muito pequenina

[...].

De acordo com Abramovich (2011) a leitura pode trabalhar não só a imaginação,

mas tem a competência de vestir-se de significados nas palavras, além de provocar uma

leitura cheia de realizações e até mesmo de julgamentos. Logo, é através do mundo mágico

das leituras literárias que o indivíduo amplia suas ideias críticas e reflexivas.

Está sempre incentivando e motivando a criança a ler dentro da escola é função do

professor e da escola. Devemos sempre buscar o novo, o encantamento, a imaginação, as

diversas características que a literatura nos dá suporte. Dessa forma é indispensável que o

educador crie oportunidades para seus educandos.

Para Martins, (1994, p. 34)

A função do educador não seria precisamente a de ensinar a ler, mas a de

criar condições para o educando realizar a sua própria aprendizagem,

conforme seus próprios interesses, necessidades, fantasias, segundo as

dúvidas e exigências que a realidade lhe apresenta. Assim, criar

condições de leitura não implica apenas alfabetizar ou propiciar acesso

aos livros. Trata-se, antes, de dialogar com o leitor sobre a sua leitura,

isto é, sobre o sentido que ele dá, repito, a algo escrito, a sons, imagens,

coisas, ideias, situações reais ou imaginárias).

Portanto, não nos preocupemos com o fato de alfabetizar o educando, a leitura vai

além de decodificar palavras. Hoje, tem se dado muita atenção ao trabalho de literatura em

sala de aula, existem várias discussões a respeito de como esse trabalho vem sendo

desenvolvido com as crianças, levando em conta a provocação que a leitura literária faz ao

leitor. Para isso a autora Yunes (2010, p. 61) traz-nos um questionamento, “o que a

literatura deu e dá ao mundo”? E afirma “primeiro, o direito de sentir e saber que as

fronteiras do humano ultrapassam as diligências do cotidiano rotineiro”. Assim podemos

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entender que a literatura nos oferece inúmeras possibilidades, de criar, recriar, imaginar,

inventar e compreender o mundo a nossa volta.

3. SENTIDOS E ARRANJOS METODOLÓGICOS DA PESQUISA

Neste tópico discorremos onde foi feita a pesquisa, a caracterização do sujeito, bem

como o caminho percorrido durante todo o processo, a partir das etapas e instrumentos

para coleta de dados.

3.1 Os sujeitos e o campo empírico da pesquisa

A pesquisa foi realizada na Escola Municipal Raquel Silva, situada à Rua Antônio

Damião SN, Marcelino Vieira – RN. Mediante a localização da escola, esta fica situada na

zona urbana do município, de fácil acesso, onde as ruas são pavimentadas e iluminadas,

perto do centro da cidade e da sede do Polo UAB de Marcelino Vieira - RN.

A escola campo de pesquisa foi fundada no ano de 1997 pelo prefeito da época o

Senhor Raimundo Nonato Neto conhecido por “Edilton Fernandes”, a então escola foi

criada para atender as crianças de famílias de classe média e baixa, a maioria filhos de

agricultores, diaristas, pedreiros e domésticas, pautado em um ensino voltado para a

formação do cidadão, considerando assim todo o contexto social. Inclusive a escola

recebeu esse nome “Raquel Silva” em homenagem viva a uma professora que muito

contribuiu para educação do nosso município, vale ressaltar que a mesma é de cor negra,

quebrando assim o preconceito. A mesma em seus 18 anos de criação teve apenas três

gestores, a primeira Maria do Perpétuo Socorro Sarmento Camilo a segunda Mary Cibele

Ferreira e atual Joseilma de Lima Damião.

No início da sua criação a escola funcionou por algum tempo em prédios locados

pela prefeitura, onde atendia uma turma de pré-escola e outra de alfabetização. Só então,

passados dois anos funcionando dessa forma, o município viu a necessidade de investir

numa educação de qualidade. O Senhor Josemar Augusto da Costa, gestor municipal da

época, construiu uma pequena sede própria, essa situada à Rua Antônio Damião SN,

contendo 01 sala de aula, 01 cozinha, 01 almoxarifado, 01 secretaria, 01 pequena sala de

estudos e 03 banheiros. A mesma foi ampliada no ano de 2001 na gestão do prefeito

Francisco Iramar de Oliveira, onde foram aumentadas 04 salas de aula, 01 almoxarifado,

02 banheiros e muradas.

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Nesse período houve mudanças além da estrutura física, pois a escola que antes

atendia apenas a Educação Infantil passou a atender alunos do Ensino Fundamental de 1º

ao 5º ano, e atualmente oferece Educação de Jovens e Adultos (EJA) e possui uma sala que

atende a alunos especiais, a sala de AEE – Atendimento Educacional Especializado.

A sala de AEE é considerada como um marco na história da escola, uma vez que

busca inserir cada vez os alunos com necessidades especiais no ambiente escolar,

procurando sempre a melhor forma de atendê-los em suas especificidades. Vale ressaltar

que, essa sala atende não somente aos alunos matriculados na instituição, mas alunos da

zona rural e da comunidade.

Um outro marco histórico foi a criação da Banda Marcial da escola, que foi

fundada devido a uma doação feita pela senhora Maria do Céu Nonato Paiva, vice-prefeita

da época em que a escola foi criada. A Banda é composta por alunos que fazem parte da

escola, sendo assim, sempre acontecem mudanças de componentes.

No ano de dois mil e quinze a instituição educativa atendeu a 300 alunos

distribuídos nos turnos matutino, vespertino e noturno, nesse funciona a EJA. A escola

dispõe de 18 professores distribuídos nas turmas de 1º ao 5º ano e a EJA, os mesmos têm

formação em nível superior e desempenham um ótimo trabalho no processo ensino e

aprendizagem.

A escola desenvolve dois projetos: “A ARCA DA LEITURA” que busca envolver

a criança no mundo mágico da leitura, desenvolvendo assim a curiosidade e o interesse da

criança no prazer em ler e assim formar cidadãos leitores; e o segundo projeto “MUSICA

E DISCIPLINA: UMA PARCERIA PARA O SUCESSO ESCOLAR” esse tem por

finalidade resgatar a cultura local de forma que minimize a indisciplina e melhore o

rendimento escolar dos alunos.

A escola também conta com a parceria do Programa de Bolsas de Iniciação à

Docência – PIBID, de Pedagogia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte –

UFRN, do Polo UAB de Marcelino Vieira, onde têm o apoio de 02 supervisoras e 11

bolsistas distribuídas em 05 turmas. Uma parceria que vem dando certo na busca de

desenvolver um melhor ensino/aprendizagem.

Após algumas considerações feitas sobre a escola campo de pesquisa, partimos

agora para situar os nossos leitores sobre quem serão os sujeitos envolvidos na pesquisa.

Esses são as crianças da turma do 5º ano “B”, do ano de dois mil e quinze, no turno

vespertino com uma frequência de trinta e quatro alunos, sendo a maioria dos educandos

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da zona rural, com uma faixa etária de 10 a 14 anos de idade, tendo uma pedagoga como

professora.

3.2. Caminhos, percursos e instrumentos na coleta dos dados

Para o desenvolvimento desta pesquisa de natureza qualitativa, vale ressaltar a sua

importância para o trabalho, para isso Richardson (1999, p.80) nos diz que “os estudos que

empregam uma metodologia qualitativa contribuem no processo de mudança de um

determinado grupo e possibilita um maior nível de profundidade e entendimento do

indivíduo”. Nesse sentido entendemos que essa abordagem é um método que contribui e

possibilita um melhor entendimento do sujeito (RICHARDSON, 1999).

Segundo Minayo (1994, p.21).

A pesquisa qualitativa responde à questões muito particulares. Ela se

preocupa, nas ciências sociais, com um nível de realidade que não pode

ser quantificado. Ou seja, ela trabalha com o universo de significados,

motivos, aspirações, crenças, valores e atitudes, o que corresponde a um

espaço mais profundo das relações, dos processos e dos fenômenos que

não podem ser reduzidos à operacionalização de variável.

Assim, compreendemos que o que torna a investigação qualitativa é a

preocupação com a realidade que não pode ser quantificado, onde o trabalho se dá na

subjetividade dos sujeitos. Dessa forma, o nosso trabalho busca analisar as vozes das

crianças imbricadas em suas escritas.

Nessa perspectiva, para a análise dos dados serão feitas as análises do corpus

constituído pelos diários de leitura das crianças, a fim de fazermos uma análise e reflexão

acerca das práticas de leitura de textos literários em sala de aula.

O diário de leitura é um instrumento que servirá para compreender a relação da

criança com a leitura literária em sala de aula a partir de suas próprias escritas e

interpretações contidas nesse instrumento.

Para Queiros (2014, p. 45)

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Esse tipo de instrumento permite não apenas a escrita de memórias de

experiências com a leitura, mas também a escrita de outras impressões

acerca da leitura, daquilo que mais chamou atenção nas leituras

vivenciadas pelas crianças. Enfim, o diário se constitui como um espaço

para registrar os acontecimentos pessoais vividos por cada sujeito no

tocante as práticas de leitura por ele vivida e seus diversos aspectos como

relevância, sentimento, reflexão, aprendizado, o que nos permitiu

interagir com os sujeitos de forma natural, não instrutiva e não

ameaçadora.

De acordo com a autora o diário é um instrumento que permite a escrita livre de

cada criança, dando-lhe a liberdade de escrever e expor seus sentimentos, emoções e as

impressões que ficam acerca da leitura. Dessa forma torna-se mais fácil o acesso ao

entendimento e compreensão das crianças durante as atividades propostas, uma vez que as

escritas contidas nos diários são realizadas espontaneamente pelas crianças.

Os diários de leitura, que fazem parte da proposta do projeto do PIBID, projeto

esse que tinha como tema “Um, dois, três histórias outra vez”, que buscava desde o seu

tema despertar na criança o gosto pela leitura, pois toda criança gosta de ouvir história.

Sendo assim, a cada dia de trabalho do PIBID em sala de aula o ponto inicial de cada

assunto a ser estudado tinha sempre uma história a ser contada e a criança poderia recontá-

la ou escrever a sua impressão acerca da leitura da história em seu diário.

Sendo assim o diário torna-se uma ferramenta pedagógica no desenvolvimento da

leitura literária. As escritas contidas nos mesmos se deram da seguinte forma: os dias em

que as pibidianas iriam para sala de aula, as produções do dia seriam escritas no diário,

assim como também eles podiam escrever a qualquer hora, em casa ou na escola. Pois o

diário tinha essa proposta, manter as práticas de leitura e escrita não somente em sala de

aula.

Nessa premissa, para realização do trabalho foi feito primeiramente a leitura de

todos os diários num total de trinta e quatro, em seguida uma seleção de dois diários para

uma leitura mais aprofundada e por fim selecionamos as passagens que vem de encontro ao

interesse da pesquisa. Nos diários selecionados, encontraremos histórias recontadas,

inventadas, imaginação e escritas livres das crianças.

Para Queiros (2014, p.45) “essa escrita revela o íntimo de cada sujeito, uma

escrita espontânea, que surge no âmbito da pesquisa como uma possibilidade a mais de

compreender a subjetividade humana”. Nesse sentido utilizaremos das vozes das crianças

contidas nas suas escritas para refletirmos sobre as práticas de leitura literária em sala de

aula.

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4 DIÁRIOS DE LEITURA: AS VOZES DOS SUJEITOS NA RELEITURA DE TEXTOS

LITERÁRIOS

Leitura, imaginação, diários de leitura, gêneros textuais e textos literários são

palavras que constitui essa seção de análise a partir dos diários de leitura – instrumento de

pesquisa que servirá para compreender a relação das crianças com a prática de leitura

literária em sala de aula (QUEIROS, 2014).

Os diários foram construídos pelas crianças no ano de dois mil e quinze na Escola

Municipal Raquel Silva, especificamente na turma do 5º ano “B”, durante as atividades

desenvolvidas pelo PIBID. Neste tópico, nos concentramos nas escritas das crianças

contidas em dois diários.

Para Yunes (2010, p. 61) “a literatura faz com que o leitor não se sinta um

receptor passivo, mas seja partícipe da aventura de viver e de criar, co-inventor de seu

mundo e co-narrador da história”. Segundo a autora a literatura dá vida as palavras, o leitor

de literatura vive todas as emoções existentes em cada aventura de uma história. A

literatura dá ao leitor a capacidade de não parar a leitura na última página de uma história,

mas de sempre inventar ou criar um novo final para história lida, ou de recontar à sua

maneira, ao seu entendimento.

Com esse pensamento realizamos o trabalho do PIBID com a finalidade de

despertar o gosto pela leitura literária. A cada história contada surgia uma nova versão nas

entrelinhas dos diários de leitura.

Nesse caminho, apresentamos um trecho de um diário de uma das crianças:

Imagem 01 – Diário 01

Fonte: Diário de leitura – Arquivo da pesquisadora

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LEGENDA: Texto: Sítio do pica pau amarelo

Era uma vez ... um reino chamado imaginação. Nesse reino, tinha um sítio

chamado: sítio do pica pau amarelo. Nesse sítio tudo era possível, quando digo tudo, é

tudo mesmo.

Nesse sítio tem vários personagens, como o Saci, a bruxa Cuca, a sereia Iara, o

sabugo de molho chamado Visconde, o burro inteligente, o porco Rabicó que fala e é

comilão, o rinoceronte que fala inglês, e muito mais. A dona desse sítio é a dona Benta,

ela tem dois netos, um menino muito corajoso chamado Pedrinho, e uma menina do nariz

arrebitado chamada Narizinho.

A cozinheira da casa, chama Nastácia, um dia fez uma boneca de pano chamada

Emília, essa boneca foi o presente de aniversário de Narizinho. Narizinho ficou contente

com o presente, e em uma noite de lua cheia Narizinho desejou que Emília criasse vida.

Fica evidente o reconto nesse trecho do diário. O reconto é de uma história bem

conhecida do autor Monteiro Lobato, considerado o maior nome da Literatura Infantil

Brasileira. No Sítio do Pica Pau Amarelo, o autor possibilita o encontro da criança com a

realidade de forma lúdica e poética. Os personagens dessa história caracterizam uma vida

harmoniosa, feliz entre adultos e crianças.

Assim, quando a criança afirma em seu diário que que “nesse sítio tudo era

possível, quando digo tudo, é tudo mesmo”, compreendemos que a hora do reconto é o

momento em que a criança usa a sua imaginação na contação da sua própria história, pois o

reconto é o momento onde a criança acredita ser o autor da história. Nesse sentido, faz-se

necessário que a criança repita a história a sua maneira, pois a repetição dá sustentabilidade

e sentido no momento da interação da criança com o texto (AMARILHA, 2009).

A repetição de uma mesma história proporciona à criança momentos de prazer e

de reconhecimento da escrita literária. Levando em consideração que a criança ainda não

domina a estética dos textos literários, a repetição torna-se um apoio no processo de

aquisição desse conhecimento. Dessa forma, esse procedimento contribui o acesso à

linguagem literária e estimula a memória da criança (AMARILHA, 2009).

No entanto, não é preciso que o contador mude a história, pois o contador dá vida

ao texto no momento em que coloca sua emoção e sua verdade na hora de recontar a

história, por meio do seu gesto, da sua voz e da interpretação rica em emoções e

sentimentos e são esses detalhes que envolvem o ouvinte ou leitor de uma narrativa.

O que não podemos permitir é que a criança oculte a sua imaginação, ela precisa

expor de uma forma ou de outra. Oralmente ou por meio de suas escritas. E assim seus

textos serão ricos em emoções, sentimentos e imaginações.

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LEGENDA: Era uma vez, a chapeuzinho vermelho, um dia a sua mãe te chamou

assim: Chapeuzinho. E ela respondeu: que foi mãe. Vá deixar esse doce para sua

vó. Mas a mãe de Chapeuzinho falou: Chapeuzinho vá pelo caminho. Mas logo

Chapeuzinho falou: porque mamãe? Porque na floresta tem um lobo. Mas

Chapeuzinho não obedeceu a sua mãe e o lobo foi correndo para a casa da vó de

Chapeuzinho e o lobo comeu a vozinha da Chapeuzinho e correu atrás de

Chapeuzinho, mas aparece os caçadores que abriu a barriga do lobo e todos

viveram felizes para sempre.

E assim foi a história da Chapeuzinho Vermelho.

Nessa direção, faz-se necessário compreender que o momento da contação de

história e do reconto da mesma não é uma atividade de fuga do trabalho, mas é um

momento de satisfação e experimentação da criança com o texto e com os personagens da

narrativa, de forma que, ao mesmo tempo que a criança brinca com as palavras ela também

transforma sua maneira de pensar e agir (AMARILHA, 2013).

Dando continuidade ao nosso trabalho trazemos mais um trecho de outro diário de

leitura de uma criança do 5º ano:

Imagem 02 – Diário 02

Fonte: Diário de leitura – Arquivo da pesquisadora

Aqui, percebemos como os contos de fadas estão presentes na vida da criança.

Sabemos que o conto de “Chapeuzinho Vermelho”, é um conto de exemplo que tem por

finalidade aconselhar, valorizando a moral do fazer, assim o conceito de certo e errado está

vinculado a uma representação de conselho (AMARILHA, 2013).

Para isso, é importante entendermos que os contos de fadas são fundamentais na

formação da criança em relação a si e ao mundo à sua volta. É por meio da vida de cada

personagem encontrado nas narrativas que a criança compreende alguns valores básicos do

ser humano e da convivência com a sociedade (AMARILHA, 2013).

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Seguindo essa ideia, percebemos que os contos buscam a imaginação das

crianças, assim como qualquer outro gênero literário. O conto dá a criança a chance de se

transportar para o mundo fantástico da literatura, onde nesses momentos a criança sente-se

o próprio personagem, pois ela se coloca no papel do personagem que mais se identifica,

atribuindo-lhe o papel de herói da história, a criança consegue vencer sua própria batalha

interior. Essas narrativas também transmitem a criança de forma indireta a mensagem de

que quando se tem bons comportamentos, as histórias sempre acabam com um final feliz

(AMARILHA, 2013).

Os contos de fada, por meio do seu rico referencial simbólico, destaca o papel da

literatura na vida da criança, uma vez que, em suas narrativas, permite a criança ter

experiências com o fantástico e maravilhoso mundo da imaginação, permitindo-lhe

resolver de forma mais suave os problemas existentes no seu desenvolvimento humano.

Um exemplo disso, é que a criança gosta da sensação de medo do lobo mau –

personagem da história “Chapeuzinho Vermelho”, pois ela sabe que ao final da história,

quando se fecha o livro, o medo acaba. Isso se dá devido ao reconhecimento que ali se trata

de uma história que não é real, mas que por meio da vivência com o faz de conta a criança

supera conflitos interiores.

Conforme constamos nos trechos selecionados dos diários para compor uma

análise dessa formação leitora disseminada na escola, podemos identificar que a literatura

precisa estar inserida na sala de aula como ferramenta pedagógica. É preciso enxergar a

literatura como um veículo de aprendizagem significativa que produz sentido na vida da

criança, que através das narrativas, do ficcional libera a reflexão da criança sobre o meio

em que vive, facilitando a compreensão de si mesma e do seu papel na sociedade.

Portanto, cabe ao profissional da educação inserir os textos literários na sala de

aula, e trabalha-lo de modo que não altere a finalidade da literatura na formação da criança.

Quanto mais cedo a criança tenha o contato com a literatura, logo se tornará um leitor

crítico, ativo e participativo, pois a literatura exerce no leitor uma função de cunho

formador (AMARILHA, 2013).

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Refletindo acerca da problemática da pesquisa ressaltamos a importância da

inserção das leituras literárias nas práticas de leitura, tanto no planejamento como na

prática do professor, de forma a suprir as necessidades dos alunos em ter momentos

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significantes estando em contato com a literatura, e que os mesmos saibam aproveitar cada

momento com possibilidades de se tornarem possíveis leitores ativos.

A formação do leitor é indispensável no desenvolvimento do indivíduo, pois um

bom leitor é aquele capaz de ler e interpretar com criticidade um bom texto, assim poderá

entender o mundo à sua volta com um olhar crítico e reflexivo. É importante buscar

estratégias de ensino que favoreçam ao educando a melhor forma de desenvolver a prática

de leitura, para que assim os mesmos se insiram na sociedade como sujeitos ativos.

Para isso, faz-se necessário primeiro compreender o que seja leitura literária, para

transmitir a criança um estudo correto e significativo, possibilitando o contato da criança

direto com textos literários, trabalhando com a imaginação, com as possibilidades e com

todas as características da provocação que a literatura faz ao leitor, pois a criança precisa

ser estimulada através de métodos pedagógicos que lhes desafiem a buscar respostas.

A linguagem literária cria possibilidades no desenvolvimento da criança, atuando

na oralidade, na formação do leitor, na imaginação, na motivação em ler por prazer, no

reconto de cada história, como também nos momentos em que as crianças se relacionam

com os personagens fictícios das histórias.

Para isso, precisamos enxergar os novos horizontes que a leitura literária pode nos

proporcionar tanto enquanto educador, como educando. Para se ler por prazer as crianças

precisam de motivação para ter vontade de ingressar no mundo do leitor ativo. Sendo

assim a literatura cria oportunidades para as crianças lerem por gosto.

Nesse sentido, devemos alargar os nossos conhecimentos acerca de como

trabalhar literatura em sala de aula, de como poderemos estar inserindo a linguagem

literária nas práticas de leitura das crianças. Dessa forma, criar oportunidades que

favoreçam essa leitura prazerosa faz com que as crianças se sintam motivados a buscar

cada vez mais conhecimento.

Por fim, acredita-se que a busca pela valorização da literatura em sala de aula não

se conclui nestas discussões elencadas, haja vista, que toda pesquisa é um procedimento

constante de buscas. Desenvolver esse trabalho foi gratificante, um desafio que enriquece o

acadêmico como elaborador de conhecimento, compreendendo que não adianta apenas

fazer críticas ao trabalho pedagógico do professor, mas é imprescindível oferecer novos

métodos, novas possibilidades com a finalidade de pensar na literatura em sala de aula

como uma importante ferramenta no processo de ensino/aprendizagem buscando novos

olhares a respeito desta temática.

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