UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO - UFRJ · desenvolvimento sustentável e as estratégias que...

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UNIVERSIDADE FíEL RIO DE JANEIRO - UFRJ CENT DE CIENCIAS NAS E JURIDICAS - CCJE ORDENAçnO DE POS-GAÇAO E PESQUISA ADMINISTRAÇAO - COPPEAD POSSIVEIS ESTGIAS PA A IAçnO DESENVOLVINTO SUSTENTAVEL NAS OANIZAQOES SARIAIS AUTOR: ELISA MARIA DA SILVA RODRIGUES STRE CIENCIAS (M. Se.) ORIENTAR: PROF. AGRlCOLA DE SOUZA B RIO DE JANEIRO, - BSIL O, 1994

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO - UFRJ

CENTRO DE CIENCIAS HUMANAS E JURIDICAS - CCJE

COORDENAçnO DE POS-GRADUAÇAO E PESQUISA EM ADMINISTRAÇAO -

COPPEAD

POSSIVEIS ESTRA'rnGIAS PARA A IMPLEMENTAçnO DO

DESENVOLVIMENTO SUSTENTAVEL NAS ORGANIZAQOES EMPRESARIAIS

AUTOR: ELISA MARIA DA SILVA RODRIGUES

MESTRE EM CIENCIAS (M. Se.)

ORIENTADOR: PROF. AGRlCOLA DE SOUZA BETHLEM

RIO DE JANEIRO, RJ - BRASIL

JUNHO, 1994

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POSSIVEIS ESTRAT�GIAS PARA A IMPLEMENTAÇãO DO

DESENVOLVIMENTO SUSTENTAVEL NAS ORGANIZAÇQES EMPRESARIAIS

ELISA MARIA DA SILVA RODRIGUES

DISSERTAÇãO SUBMETIDA AO CORPO DOCENTE DO INSTITUTO DE POS­

GRADUAÇãO E PESQUISA EM ADMINISTRAçnO DA UNIVERSIDADE FEDERAL

DO RIO DE JANEIRO, COPPEAD, COMO PARTE DOS REQUISITOS

NECESSARIOS PARA A OBTENçnO DO GRAU DE MESTRE EM CIENCIAS

(M.Se.)

APROVADA POR:

PROF. AG DE SOUZA BETHLEM SIDENTE

PROFª ANNA MARIA CAMPOS COPPEAD/UFRJ

PROF. CLAUDIO CONTADOR COPPEAD/UFRJ

�. PRO _ SYLV� V1mGARA PUC/RJ

RIO DE JANEIRO, R.J - BRASIL

JUNHO, 1994

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RODRIGUES, Elisa Maria da Silva

Possíveis Implementação Sustentável nas

Estratégias para a do Desenvolvimento

Organizações Empresariais

Elisa Maria da Silva Rodrigues. Rio de Janeiro: COPPEAD, 1994. xii, 266.

Dissertação - Universidade Federal do Rio de Janeiro - COPPEAD.

1 Organização de empresas 2 Desenvolvimento sustentável 3 - Estratégia empresarial

4 Tese (Mestr. - UFRJ/COPPEAD)

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RESUMO DA D ISSERTAÇAO SUBMET IDA A COPPEAD/UFRJ COMO PARTE DOS

REQU IS ITOS NECESSAR IOS PARA A OBTENÇAO DO GRAU DE MESTRE EM

C IENC IAS (M. Se.)

POSS IVE IS ESTRATnG IAS PARA A IMPLEMENTAÇAO DO

DESENVOLV IMEN TO

EMPRESAR IA IS.

SUSTENTAVEL NAS

EL ISA MAR IA DA S ILVA RODR IGUES

JUNHO/1994

OR IENTADOR: PROF. AGR ICOLA DE SOUZA BETHLEM

PROGRAMA: ADM IN ISTRAÇAO

ORGAN IZAçoES

O presente trabalho tem como objetivo estudar o

desenvolvimento sustentável e as estratégias que as

organizações empresariais estão implementando tendo em vista

este novo modelo. Para tal foi realizado um estudo que

acompanha a evolução sócio-econômica do mundo ocidental desde

o Feudalismo até os dias de hoje, inferindo-se que é

necessário que se mudem os valores dominantes no modelo de

desenvolvimento adotado até então" O novo modelo proposto

para isto é o Desenvolvimento Sustentável, que tem como

premissa básica ""Satisfazer as necessidades do presente sem

comprometer as habilidades das futuras gerações de

satisfazerem as suas necessidades"""

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ABSTRACT OF THESIS PRESENTED TO COPPEAD/UFRJ AS PARTIAL

FULFILLMENT FOR THE DEGREE OF MASTER OF SCIENCES (M. Sc. )

POSSIVEIS ESTRATOOIAS PARA A IMPLEMENTAÇãO DO

DESENVOLVIMENTO

EMPRESARIAIS.

SUSTENTAVEL NAS

ELISA MARIA DA SILVA RODRIGUES

JUNHO/1994

CHAIRMAN: PROF. AGRICOLA DE SOUZA BETHLEM

DEPARTMENT: ADMINISTRATION

ORGANI ZAÇQES

The object of this work is to study the sustainable

development and the strategies that companies are

implementing to achieve a sustainable development. With this

goal it was done a bibliografic investigation that search the

socio-economic evolution of the world since Feudal System

till today. The conclusion is that it is necessary change the

prevailing values in the patterns of development adopted by

Western Society. The proposed new pattern is the Sustainable

Development, which basic concept is ··satisfy the present

needs wi thout endanger the capabili ty o f future generations

satisfy their needs"'.

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A meu pai, que já não está mais

aqui, mas cuj a lembrança afaga, a

saudade permanece e o pensamento não

permite esquecer.

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AG RADEC IMENTOS

Ao Prof. Agrícola de Souza Bethlem pela sua orientação,

compreensão e amizade.

As Profªs Anna Maria Campos e Sylvia Constant Vergara

pelas valiosas críticas e pela disponibilidade para apoiar e

estar presente.

Ao Prof. Claudio Contador pelas sugestões.

Aos Professores Joaquim Neves (INA - Portugal), Eduardo

Gomes Cardoso e Roque Amaro (ISCTE - Portugal) pelas valiosas

indicações e presteza no auxílio durante a minha pesquisa.

Ao Prof. Paulo Bocater (PUC

indicações.

RJ) pelas idéias e

Aos entrevistados pela sua disponibilidade e atenção.

Ao Josias dos Santos pela iniciação ao desenvolvimento

sustentável.

Ao Dr. Gomes da Costa pela carinhosa amizade, apoio e

colaboração constantes .

Ao Phil Sharland pelo seu incentivo, dedicação e amor.

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Aos colegas da Turma 91 pela oportunidade do exercício

da convivência, em especial aos "meus baixinhos" Edmundo,

Fernando, Geraldo Luciano, Glaydson e Ricardo Luiz.

Aos funcionários da COPPEAD pelo grande auxílio, amizade

e carinho sempre presentes.

A todos que de alguma forma contribuíram para que um

sonho fosse realizado.

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SUMARIO

INTRODUÇAO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2

1 - Importância e Objetivo do Estudo . . .. . .. . . . . . . .. . . . 9

2 - Organização do Estudo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11

REVISAO BIBLIOGRAFICA . . . . . . .. . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14

Capitulo I - Modelo de Desenvolvimento Econômico-Social

Adotado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . .. . . . . . . . . . . 18

Capitulo 11 - Consequências do Modelo de Desenvolvimento

Econômico-Social Adotado ................. 29

Capitulo 111 - Necessidade de um Outro Modelo de

Desenvolvimento Econômico-Social ........ 39

Capitulo IV - Desenvolvimento Sustentável .. .. . . . . . . . . . . 46

Capitulo V - Desenvolvimento Sustentável nas Organizações

Empresariais . . . ... . . . . . . . . .. . .. . .. . . . . . . . . 67

V.l - Tecnologia 79

V.2 - Energia.............................. 86

V.3 - Ciclo de Vida do Produto . . .. . . . . . . . . 91

V.4 - Reciclagem e Reaproveitamento de

Residuos . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . 95

V.5 - Instrumentos Econômicos . . . . . ... . . . . .. 101

V.6 - Seres Humanos . . . . . . . . . .. . . . . .. . . . . . . 107

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V.7 - Avaliação do Sistema de Gestão

Ambiental 113

PESQUISA NAS ORGANIZAÇOES EMPRESARIAIS ................. 117

Capítulo VI - Metodologia da Pesquisa .................. 118

VI.1 - Objetivo .......................... 118

VI.2 - Metodologia Empregada ............. 120

VI.3 - Amostragem ........................ 122

VI.4 - Coleta de Dados ................... 123

VI.5 - Instrumento ....................... 124

VI.6 - Período ........................... 125

VI . 7 - Limi taçõe s ........................ 126

Capítulo VII - Análise dos Dados ....................... 129

CONCLUSAO 155

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS ............................. 164

ANEXOS

Anexo I - Roteiro de Entrevista

Anexo 11 - Carta Magna da Terra

Anexo 111 - Declaração do Business Council for Sustainable

173

178

Deve lopment ................................ 188

Anexo IV - BS 7750 - Sistema de Gestão Ambiental ....... 194

Anexo V - Dados Coletados .............................. 202

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RELAçnO DE FIGURAS E QUADROS

Figura 1 - Componentes do Telos da Espécie . . . . . . . . . . . . . 58

Figura 2 - Atividade Econômica e Meio Ambiente . . . . . . . . . 70

Quadro 1 - Sistema Organizacional X Efeitos Ambientais . 130

Quadro 2 - Política, Planejamento e Organização . . . . . . . . 133

Quadro 3 - Atividades e Produtos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 136

Quadro 4 - Insumos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 139

Quadro 5 - Processo Produtivo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . 141

Quadro 6 - Relacionamento com Fornecedores, Clientes,

Empregados e Ambiente Externo . . . . . . . . . . . . . . . 143

Quadro 7 - Instalações Físicas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 145

Quadro 8 - Política de Investimento e Desenvolvimento

Tecnológico

Quadro 9 - Composição Acionária

Quadro 10 - Pressões de Mercado

147

149

150

Quadro 11 - Avaliação do Sistema de Gestão Ambiental . . . 152

Quadro 12 - Sustentabilidade das Atividades . . . . . . . . . . . . 153

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"No céu e na Terra, no nosso coraçao e no coração de cada um, sente-se um sopro imenso que se chama Deus, um grande grito, uma voz. A planta queria dormir, imóvel, à horda das águas estagnadas, mas um grito brotava e sacudia-lhe as raizes: vai-te

embora, larga a terra, marcha ! Durante milhares e milhares de anos, o grito ergueu o seu clamor, eis que, à força do desejo e de luta, a vida abandonou a planta imóvel e libertou-se. O grito terrivel implantou-se impiedosamente nos seus rins: deixa a lama, ergue-te nos teus pés, gera algo maior que tu ! Durou isto milhares e milhares de séculos, e eis que, trêmulo nas pernas ainda mal firmadas, apareceu o homem. Este esforçou-se ainda durante milhares de anos para sair do animal como uma espada da bainha. Onde ir ?, grita o homem, com desespero. Cheguei ao cume, para além estende-se o caos, tenho medo ! Levanta·te, grita a voz, marcha, sou eu qUfl está para além !"

(Kazantsakis)

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INTRODUÇJfO

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os IfENINOS VERDES

"Então vooês quere.m saber a estória dos l'1eninos Verdes, nâo é? Não é uma estória é um aoonteoido.

Não estou liberada para sua pub1ioidade. Houve um pedido muito sério, que eu tomei muito em oonta, para retardar ao máximo a divulgação até que o problema tenha sua evolução normal, natural.

Na Casa Velha da Ponte, sempre tivemos horta oom verduras .. legumes, leguminosas e raizes. Também, pomar oom árvores frutiferas variadas e jardim oom flores. Lá tem 'seu Vioente, homem fundamentalmente da terra, que vive plantando, ou1tivando, oolhendo. O quintal grande é o mundo dele - seu mlmdo de trabalho, de interesse, de oogitações. $ prestadio e metediço. Um oerto dia, entre outras plantas, boas ou más, mato, plantas de aproveitamento ou para serem oortadas, apareoeram duas plantas fazendo susto oom suas diferenças. Chamaram a atenção de 'seu' Vioente que estranhou aquelas duas espéoies. 'Seu' Vioente queria arranoar, oortar e eu disse:

_ Não, deixe oresoer. Vamos ver o que sai dai.

Com o passar dos dias as plantas se desenvolviam de fortIJa extraordinária. Não eram oonheoidas de ninguém. Até mesmo do Seoretário da Agriou1tura que apareoeu em nossa oasa para uma visita. Ele olhou, examinou, indagou e não soube definir de que espéoie eram aquelas plantas. Pediu lioelIça para tirar dois galhinhos e levar para os oolegas, que, talvez, soubessem mais.

Não tive mais entendimento oom ele, Eu em Goiás, ele em Goiánia, oada um no seu setor, nas suas ooupações e preooupações. Para dizer a verdade, meus pensamentos são muito variados e oarregados e não me interessei muito por aquilo.

Certo foi, que um dia, oedo ainda, veio 'seu' Vioente oom oara de espanto, misterioso e ressabiado e me disse:

_ D. Cora, D. Cora, vem ver uma ooisa.

Eu aoendia o fogo para fazer oafé e disse:

Espera um booado. Depois do oafé eu vou. Não, não, a senhora vem já. Vem ver.

Impressionada oom aquele ohamado urgente, fui até o quintal, e lá, debaixo daquelas tais plantas estranhas, eu vi umas 'ooisinhas' se mexendo - umas 'coisas' vivas.

Na primeira olhada não pude distinguir o que seria - pareoia bioho, filhote de passarinho, qualquer ooisa que tivesse oaido por ali, despenoado de uma árvore e se aglutinado na sombra daquelas duas plantas. Abaixei-me e examinei melhor. Eram seres vivos - oom todas as formas de oriança em miniatura - agaohadinhos, molinhos, sujinhos de terra. Tomei um nas mãos e senti que era gelatinoso, oom movimento muito vivo, querendo esoapar da minha mlfo, nlIo gostando que o estivesse segurando.

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Assombrada, achei que a primeira medida seria retirá-los da terra. 'Seu' Vicente correu pra dentro de casa e apanhou um balaio que usa para seus serviços de quintal. Forrou-o logo, 0001 panos e oobertas velhas. Reoo1heu aqueles seres vivos. ErdJ1J sete. Aoomodotl-OS muito bem e aohando que estaVdJ1J 0001 frio, rebuçou.

_ Velho - eu disse -, isso é algo extraordinário que ainda VdJ1JOS indagar. Nã.o conte nada pra ninguém.

_ 8 bioho, é passarinho ou é gente? - pergtwtou eXdJ1Jinando. _ 8 um Sa1ta­odJ1Jinho - fa10tI assombrado.

'Seu' Vicente convenoeu-se de que devia ficar quieto, para nã.o despertar ouriosidade na oidade.

_ Onde é que põe, D. Cora? Perto do fogão? _ Não, no fogã.o não, oubra 0001 mais tlOJ oobertor velho e leve o balaio para outro 100a1 da casa. Depois do oafé vou resolver o que se faz.

Comecei a i1l1aginar o que seria aquilo e fui vê-los. EstavdJ1J aglutinados, todos jtmtinhos, já tendo passado aquele tremor que manifestavdJ1J. Tomei tlOJ na mã.o, analisei e vi que tinha a cabeça verde, olhos verdes, boquinha verde, dentinhos de ponta verde, orelha verde e o oabe1inho verde. Os pés e as mã.os aoabavam em tmhas - 00010 garras de passarinho. Na barrigtlinha lisa, o tlOJbigo era apenas tlOJa manchinha verde mais esoura.

Um grupo tinha a oabecinha ohata e o oabelinho verde - 00010 oabe10 de milho - rodeando a oabeça, pendendo para baixo. O outro grupo tinha a oabeça pontuda, oabelo em ponta, tendendo para oi1l1a. Os sinais sexuais Wl1 tanto quanto indefinidos, tlDJ pouoo embrionários, mas notava-se a diferença entre tlOJ grupo e outro.

Tornei a agasalhá-los e disse: Velho, preoisa dar tlOJ a1i1l1ento pra eles.

'Seu' Vioente sempre pronto a dar oomida a todo bioho que apareoe por lá falou:

Vou fazer tlOJa papa de farinha. Nã.o, nã.o faça de farinha. Faça de maisena.

nordestina empurrando, lambuzados.

E eu mesma oozinhei a muoi1agem. 'Seu' Vioente, à moda às dedadas, passando na booa e metendo pra dentro,

abusando - assi1l1 ele 0001 os serezinhos, que fioardJ1J todo

Ai eu oonsiderei que aquele mistério tinha que ser gtIardado em segredo. Era muito pesado só para mi1l1.

Como tinha tlDJa vizinha muito boa, fiz tlOJa ohamadinha a ela. Veio à minha oasa e lhe oontei o aoonteoido muito diferente do normal. Levei-a ao balaio. Fiootl abismada, admirada, espantada. Compreendeu a neoessidade de gtIardar reserva do fato. A cidade de Goiás baixaria pra essa rua e ningueDJ agtlentaria a visitação e a pergtmtaçã.o.

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D. Cora - falou a vizinha -, vou fazer 1ms macacõezinhos de flanela para eles. Vê-se que estão com frio.

Costurou quatro macacões rosas e três azuis. Achou que eram meninas e meninos. Eles aceitaram aquilo e, mais tarde, quando se voltou lá, tinham estraçalhado as flanelas com os dentinhos. Continuavam aglutinados, meio tremendo. Não queriam mais a mucilagem. Começaram a recusá-la .. e a gente.. vendo que em vez de aWIJentarem de peso e tamanho, estavam diminuindo.

Ai, eu pensei: 'E agora, o que fazemos? Deixar morrer d mingua, não é possive1'. Conversei com minha vizinha e seu marido, muito participantes.

Vamos falar com o Passos - disse a vizinha. (Passos era seu irmão .. médico conceituado).

espantou-se. inteligente, alimento verde.

Logo mais tarde veio Dr. Passos, com muita cautela. Olhou, Não �'Ode fazer definição nenhuma. Numa orientação médica

disse: eles são verdes. Tudo é verde 11e1es. Estão rejeitando vamos colorir de verde a muci1agem e vamos vesti-los de

l1inha vizinha costurou macacõezinhos verdes e passaram a se alimentar de sopas e purés de espinafre, repolho, alface, agr�ao, chicória. Agradaram-se com o verde das comidinhas e das roupas. 'Seu' Vicente transformou o balaio numa casinha, enfeitando-a de folhas verdes.

110biliou-se com camas-beliche, cadeirinhas e mesinhas, tudo pintadinho de verde. Ai.. a coisa foi melhorando. Começaram a desenvolver. Perderam aquele aspecto gelatinoso. Foram se firmando, adquirindo mais vitalidade. Brincavam entre si e quando começavam a chiar, os outros respondiam nUlll chiado diferente. Numa hora parecia que aquele chiado era uma risada. Outra, Wll grito ou uma conversinha entre eles. Batizei-os. Pus nome: !feninos Verdes.

Agarrando a beira do balaio, iam para fora, espalhando-se pela casa. Um dia, eu, mexendo com tachos, e Wll deles começou a subir pela minha perna, pela minha roupa e quando vi estava no meu pescoço, olhando para dentro do tacho. Ai, eu passei WIJa dedada de açücar pela boquinha dele. Gostou. Olhe que danado. Senti que estava assimilando.

Não podia mantê-los em minha casa, sempre com a porta da rua e a porta do meio abertas. Passei a ter a porta do meio fechada.

Apelei para minha vizinha: _ O que vamos fazer? Eles estão crescendo, com disposição, revigorando. _ Por que a senhora não escreve para o Governador do Estado? 8 um homem de visão, poderia tomar conta do caso.

Esperei resposta. A resposta não veio. Soube mais tarde, por amigo da Casa Civil, que o Governador leu a carta não dando muita importância, pensando fosse uma estorinha para seus filhos.

O tempo passando. O problema se agravando. Os serezinhos cada vez mais vitalizados. 'Seu' Vicente se sentindo importunado.

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5 _ D. Cora, olhe o que os danados estão fazendo comigo - minhas mãos arranhadas, e eu sem tempo até para fazer um cigarro de palha. A senhora vai fazer criação desses Sa1ta-c8.l11inhos? Deixe, D. Cora, num dia de chuva, coloco todos numa caixa de papelão e solto rio abaixo.

Redargui: _ Velho, não fale isso pela segtmda vez. 8 um crime. Os l1eninos Verdes vier8.l11 para mim. Tenho de resolver esse problema.

_ O que faço agora? - pedindo socorro para minha boa vizinha. Converse com a mulher do Presidente da Rep(i.b1ica. 8 criatura muito

humana, já esteve aqui na cidade, conhece a senhora.

Carteei com a Primeira D8.l11a da Nação. Em resposta, dizia-se muito admirada e pedia fotos e negativos das fotos. Enviei-lhe fotos muito nítidas.

Antes que eu esperasse a resposta, a resposta já chegava. Ia mandar buscar os l1eninos Verdes. Eu disse a ela que o longe de minha casa para não despertar suspeitas. mantivera o maior sigilo a respeito do fato, curiosidade pública. E assim o fez.

carro deveria parar Que até o momento resguardando-o da

Os portadores - um médico, uma enfermeira, uma assistente social - ficar8.l11 pasmos, absurdos, com o que recebi8.l11. Os l1eninos Verdes for8.l11 acomodados pela enfermeira numa caixa adequada, acolchoada.. com supervisão do médico e avaliação da assistente social.

l1eus l1eninos Verdes rumar8.l11 para o Planalto. l1e achei aliviada. Não liberta. Espiritualmente, estava ligada a eles já sentindo sua falta. Acompanhava à distância a nova vida dos l1eninos Verdes.

Quando chegar8.l11 ao Palácio Presidencial, foi um espanto geral. O presidente mandara construir, na parte do Palácio reservada à sua f8.l11í1ia, uma casa especial para eles, com auditores e visores. Prazia-se dos encargos de Presidente, sentado nlwa cadeira, na frente da residência dos l1eninos Verdes.

Foi lavrado decreto presidencial sigiloso, considerando aqueles seres pupilos da Nação, dando-lhes lW estado, uma segtU'ança.

A enfermeira acompanhava permanentemente suas alimentação estava a cargo do nutricionista. Fazi8.l11 ainda, equipe de estudos - pedagogos, psicólogos e antropólogos.

vidas. A parte da

O l1inistro da Educação prOC1U'OU pelo Brasil inteiro as professoras mais baixinhas para conviverem com os l1eninos Verdes, dentro da casinha deles, no sentido de assimilarem atitudes mais humanas.

Foi resolvida a criação de - A cidade dos l1eninos Verdes. Pólo de TIlrismo mais interessante que a Disney1ândia.. na América do Norte.

Ch8.l11ar8.l11 grandes arquitetos para projetar a planta da cidade. Quando a planta estava para ser posta na realidade, médicos e cientistas brasileiros 1embrar8.l11-se da conveniência de convidarem sábios e cientistas estrangeiros para virem ao Brasil e tomareJJJ conhecimento

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daquele fato que surpreendia, cada dia mais,pelo desenvolvimento dos pequenos seres.

Houve convite às Universidades da França, Inglaterra, Alemanha, Rtíbsia, Japão, Estados Unidos, Israel. Os cientistas foram surpreendidos, ficaram assombrados sem poderem definir o que era e de onde tinham vindo aqueles serezinhos. Examinaram, fotografaram, radiografaram, observaram, indagaram. E, quando expôs a idéia brasileira - da Cidade dos !1eninos Verdes, como atração turistica, os cientistas foram acordes: os !1eninos Verdes eram elementos cientifico-obscuros, imprevisivel, até o presente - que se devia continuar a observar suas vidas, que poderiam melhorar com o avanço da ciência.

Os paises estrangeiros ali representados, ofereciam toda tecnologia cientifica e cultural no seguimento do caso, inclusive levando os !1eninos Verdes para a Europa, Asia, Estados Unidos e indenizando o Brasil. O Conselho de Segurança Nacional rejeitou a proposta. O governo aceitava a colaboração cientifica, técnica, cultural de todos os paises do mlmdo, declarando os !1eninos Verdes patrimônio universal da Ciéncia.

Acompanho à distância meus !1eninos Verdes. Estão crescendo devagarinho.. dão sinais de inteligência e vivacidade assimilando seus diferentes.

Conforme ficou acertado entre mim e o governo de meu pais, um dia serei liberada desse segredo e terei primazia para escrever com autenticidade a estória dos !1eninos Verdes e a forma como apareceram na Casa Velha da Ponte, na Cidade de Goiás.

Posso adiantar que será uma estória maravilhosa de verde esperança no amanhecer do Novo !1ilênio, que vamos denominar '!1ilênio da Paz Universal'. A terra será verde, renovada na força contagiante do trabalho e semeada até seus confins de !1eninos Verdes. Serão eles mensageiros de bençãos e aleluias, paóis acalculados, tulhas derramando na festa alegre das colheitas. "(1)

Es ta es tór i a r et r a t a c s en t i men to d e q u e uma nova

era est(tt p a r a naEc:er , com n (JVO�5 va lot"'es , cc)ncei tos e

d il'··eç(jes. Uma Nova Era ,�m q u e a s d i f,,,renças soci a i s sej am

d im i n uid a s , q u e tod as a s pessoas tenham a c esso à i n s t rumen tos

e oportun i d a d es q UE poss i b i. l i tem o su r g i m er'lto d e

po"tenc i a 1 i d a d es.. QUE' haj a u m es p í 1""i t o d e cooperaç�o � e a

com pi'-e(:.�n s�o d e q u e '-I i vemos todos num mesmo ambi ente � a i nd a

q ue por b a r r e i r a s e frontei r a s i magina d a s e li m i tadas p e l o

( 1 ) CORALII\lA, ed i ç;,](o.

Cora . Os meninos verdes. G l oba l Ed i tora , SF' .

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pl"'ó p r� i o homemn TOI .... n a-se agora e v i d ente que a n at.u re:-! z a nã.o

con hece f ronte i r a s , n em l i m i tes� nem p r o p r i e d a d e s . Se o homem

n âo com e ç a r a perceber' a sua i.mpot'ê'n c i a d i ante d a f OI'-ça e

respostas da natureza, esta lhe mostrará qual é o se\� l i mite

de tol e�ân c i a p a r a a i n to l e r ância humana.

Já observa-se hoj e E�>:p a nsão d o conce i t.o d e

Desen vr.) l v i mento Su�:;tenté.ve l � {",) que p r ovoc:a uma espe rança ,

ren ova d a a c a d a d i a, que a g r'an d e a l d e i a g l ob a l em que

v i vemos pod e r á ser um a m b i ente ha rmSn i c o, on d e tod os , e cada

um, asse g u r e a possi b i l i d a d e d e se v i v e r n u m mun d o sau d áve l e

a CE�ss.ív e l a tanto!; quan tos que i r am p a l--ti l ha r d e u m mundo

humano e d esenvo l v i d o .

f ormas d e i m p l emen taçào d o DE',:.sen v o l v i mento

Susten t�\v e l s�o as m a i s d i v e r sa s possiv e i s e podem ser

d �sen vo l v i d as em cada ato hum a n o � em cad a d e c i sâo tDmada� em

cada a ç � o r ea l i za d a .

U p r i ncipio básico que se d eve ter em mente p a r a o

Desenv o l v i mento Sustentáve l é,

localmente ...

pensar globalmente e agir

Através d est.e p r i n c,:C p i o pDde-se obse l .... v a r que cada

a çao i n d i v i d u a l , C:é:\d a a t.o l oca l deverá ser r'ea l i z a d o a penas

d e p o i s que uma metic u l osa consideraç�o for f e i ta e m re l a çâo

às consequênc: i a s f u tur-as d e ta i s a ç�es .

7

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U DE'sen vo l v i m e n t o Susten t.áve l é p o r tanto m a i s qL,e

uma s i m p l es metod o l og i a q u e se a d ota p a � a f a z e r f a c e à s

e x i g ân c i as d o m e r c ad o . � a c i m a d e tudo o d es e n v o l v i me n t o de

uma cons c i ?n c i a g l o ba l , u m a n ova man e i �a d e v i ver e d e

c o n v i v e r homem-n ature z a , n ovos va l ores e con c e i tos. E n f i m uma

nova e r a e uma n ova f o rma d e se v e r o homem na sua con d i ç � o

h u m a n a e n atu r a l .

Est.a c:on s c i ê"n c i a b u s c a t.ra�·!el"" o homem pal"-a a sua

i n te g r a ç�D com a n atu r e z a j á que De m od e l os a n t e r i o r e s

t i v e r a m r.�m s u a s concepçeJes a i d é i a d e q u e homem e n a t.u r e z a

e r am e l e m e n to s d i s t i n t o s e n t r e s i .

Hoj e , os resu l tados que SE' co l he e m fL,n ç�o d esse:\

con c e p ç�o é a c::om p l et.a d eg r a d a ç � o d o a m b i ente n a tura l ,

so c i a l , e d o p r ó p r i o homemM

A ss i m , Desenvo l v i ment.o Sustentável b u s c a a

r e i n tegl""açÊ\o d o homem à �;Llé\ pr-Ópr-i a n at.ure z a .at, r'.av és d o s

e l ementos o u r-ecur-SCIS q u e o homem d e senvo l veu"

A r e i n t. e g r a ç.o d a n a tu r e z a - da q ua l o homem é u m

e l em�?ntD

E;ustentáve l .

D p l" i n c i p a l o b j e t i vD d o Dese�livo 1 v i m e n tD

8

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1 - I MPORTANCI A E OBJETI VO DO ESTUDO

Du ran'te �.s d é c a d a s de 1970 e 1980 QS d esas tres

ambien tais de Seveso ( It á l ia) , B hopa l ( !ndia ) , Che�noby l ( ex-

URSS ) e Base l ( Su í ça ) d esen cadearam L\ma c re s c e n te

c:on sc::ien t.i;-:ação ambien t.a l n a E u r o pa � q ue f oi seguid a pe l os

EUA, on d e o v a z amen to de pet�ó l eo d o VaIde;,:

enf u�eceu a opini�o púb l i ca .

( nt") r:::' l aska )

r1i 1 he5es c!E� pessoas em 1 990 comemo r a r am o Dia d a

T e l ..... r�a 11um e s f o r ç o simbó l i co p a r a "'!:-;a l v ar-" a T e r r a.

Hoj e , j á e,d.ste uma c o n s ciên cia difundida

mLtnd ia 1 men te d e que a d é cada d e 90 se; .... á a década do m ei(:')

ambien te ..

(� c o n s cien tização d e que os d anos diár'ios ao meio

ambien te pOdE-?riam ·ser- r-edL\zido5 subs ta,nC:ia l men te a t ravés da

ge��t'8:o d o s neg ócios e c o l ogic amen te CCH-retos teve i n i cio n a

d é t:ada dt? 80 �

Ant.es d e 1 980 a p�o teç�o ambien t a l e�a vista como

um custo que d eve ria ser evitado � e frequen temer1te e r a vista

come; L\ma diminuiç�() da van tagem competitiva da empresa n o

mer� c a d o •

9

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A par- t i r- de 1980 n o en tanto , a s despesas par-a a

pr�rjteç�o a m b i E.\n t a l começal"'i:HTl a ser v i s tas p e l as pr i n c i pa i s

empresas n�o como c u s t os , m a s pl"inc i pa l me n t e como

i n vest i mento e, parad o x a l men te, como v a n tagem compe t i t i va.

A ss i m , o estudo f e i t o tem como o b j e t i vo i dent i f i ca r

a s es t r a té g i as l'?mprt�Sal"' i a i s u t i l i z adas par-a a i mp l emen t a çi:l:o

d o Dl� sellv o l v i ml:'::n t o S u s ten táve l tendo em v i s t a a cy-es c e n te

demi3nda pe l o I"es p e i t o a o m e i o a m b i en t.E? , por- p a,- t.e d o s

con sum i d ores, l eg i s l a ç�o e pe l a p r ó p r i a amea�a d e e x t i n ç� o da

v i d a hum a n a n a Ter ra.

Rea l i z ou--se uma r ev i s� o b i b l i og r á f i c a no i n t u i to de

i den t i of i ca r que es;.t r a t é g i i.�s sâo passí.vei s d e i mp l emen ta ç�o

n a s or-g a n i z a çe:ies: empresa r i a i s , v i sando a t. i n g i r- o

desen v o l v i men to sustentáve l , j á q ue e s t á se t o r n a n d o c a d a vez

ma i s ev i de n t e as c:on sequé'n c i as das a t i v i d ades (-;:ompr-E'sa r i a i s

s o b r e o m e i o a m b ierlte .

Dando sequªnc i a à revi s�o b i b l i o g r-á f i ca , f o i f ei, t a

uma pes q u i sa de campo v i sando ver i f i ca r q ue e s t r a tég i a s es tâc

sendo e f e t i v amen te inlp l an tadas e q ua l v i s � o q ue as e m p resas

do s i g n i f icado d o desen v o l v imen to s u s ten t á v e l n a

d i vu l g a ç�o d e s u a s po l i t i ca s e p r in c i p i o s .

A amos'tl'�a u t i 1 i z a d a p a r a a pes q u i s a de c:ampo tevf..�

como un i verso a s empresas cujas a t i v i d ades p r i n c i p a i s s � o de

cuntlo e x t r a t i v i s t a .

10

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2 - ORGAN IZA�O DO ESTUDO

Este estudo en con t ra-se organizado em sete

c a p i tulos , q uais sej am :

INTRODUÇ�O - a p resen ta a motivaç�o para o es tudo rea l izad o ,

desc reven d o a importân cia� o b j etivos e a organizaç�o d o

estud o .

REVIS�O BIBLIOGRAFICA - dividida em cin c o c a p i tu l os :

Capítulo I Estudo do mode l o d e

econômico a d o t a d o pe l a So cied ade O ciden t a l

Feu d a l ismo.

desen v o l vimen to

• partir do

Capítulo 11 - Consequ@ncias deste mode l o para o ambiente

só cio-econ6mico , de uma maneira gera l .

Capítulo 111 A emerg@n cia d e um novo mod e l o d e

desenvo l vimento sócio-econ6mico q u e aten d a à s n e cessidades d o

am bien t e , in c l uindo nesse am bien te o homem .

Capí tul o I V - Desenvo l vimen to Susten táve l . A p resen ta o

novo mode l o d e desen vo l vimen t o econ8mico emergen te . Aqu i se

tem uma vis�o glo b a l d o Desenv o l vimento Sustentáve l � seu

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con ceito e c.1iverEos aspec t.os ( po l í t.icas , p rin c í pios ,

diretrizes , seg men tos d a e c o l ogia, e t c . ) .

Capítul o v A imp l emen ta çào do desenvo l vimen to

sus ten táve l a tr-avés e s t l'atégias a d o t ad a s p,? l a s

org anizaçbes e m p r esar-iais �

PESQUISA REALIZADA NAS ORGANIZA�ES EHPRESARIAIS

Capi tulo V I A p resent.a a metod o l ogia d a pesq uisa

rea l iz a d a e o seu o b j e tivo .

Capítulo V I I .. - A pl'esenta a aná l ise ten d o por base o=:,

d ad o s co l e tados , faz endo-se uma avaliaç�o d a s estra tégias

e x isten tes nas emp resas pesquisad as .

CONCLUS710 f� pr-eSE:n ta a s c on c l usbes obtid as a pós a a n á l ise

dos d ados co l e tados ten do em vista o obj e tivo do estud o .

Ser-�D êl.pl""'esen tadas t.ambém, sugestbes de camin hos

para f u tu r a s pesquisas .

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS - in c l ui a bib l iog r a fia con su l tada

e q ue deu s u po r te à est ruturaç�o da p resente disse r t a ç�o_

Ressa l ta-se aqui q u e prt.':?sen te pesquisa n2:to

a p resen ta uma ani:':t 1 ise cone 1 usi v a sobrt.'?' o tema, p r�etend elldD

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s e r- um ponto d e partida pal"'a o u t r o s es tudos e�-{p l o r-atórios a

respeito d o tema .

Cabe observar q u e , devid o à amplitude d o tema , e ao

f a to de s e r um assun to n ovo , o presente t r a balho e as

in f o rma çbes nele contidas sâo passi veis d e alter-açbes , visto

que ffiL\itos elementDs aqui indicados ain d a se encon t l"'am em

f as e de teste e es tudo .

", impo r t a n t e indicar q u e , como esta disser· t a ç�o é

um pon to d e p a r tid a , esta deve ser com plemen tada a t r avés d e

pesquisas posteriores p o r aque l es qlle estej am in teressados em

alnpl i a r o conhecime n t o do assun t o .

13

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REVIS�O BIBLIOGRAFICA

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o estudo d a soc i e d a d e como um todo most ra que e l a

se e n c on t r a n u m mom e n t o d e turbu l ância, que necessi ta d e um

ate n d i mento m u i t o m a i s p rofun d o, a b r a n g e n t e e holis t i c o .

A conf i g u r a ç�D d o contexto só c i o-e con 6m i co e m que a

huma n i d ad e se (,:�n contr-a a t u a l men tE� re p r esen ta bem o produto

d i n0to do mod e l o de d esenvo l v i men to e conôm i c o a d ot.ad o at.é

aqu i .

o d esenvolvi mE'nt.o d a s i n st. i t.L\ i ç eJes model"nas e sua

d i f usâo em e sca l a mund i a l cl'"·ia' .... am oport Lln i d a d �?s bem m a i ol'-es

para os seres humanos g oz a rem d e uma e x i stân c i a m a i s segura e

g ra t i f i cê\n t s que qualquer t i po d e S">istema e conômi co-so c i a l

d esenvolv i m e n t o tem também um

som b r i o� que se torrlou m u i t o a parente no sécu l o a t u a l .

1 ado

o l ad o da opor tun i d a d e do d esen v o l v im�nto e c on6m i co

mod e r n o sem p r e f oi m a i s f ort.ement.e enf a t i z a d o d o que o l ad o

som b r- ioH

i1ar,,, e Dl\l"khe i m c l ássi cos d a Soc i o l og i a - v i am a

era mod e r n a como uma era t u r b u len ta . Mas a c red i tavam que os

ben e f ic i os p r oven i entes d o nlod e l o d e d esenvo l v i men to adotado

superavanl os aspe ctos n e g a t i v os .

1 5

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Max W e b e r - o u t r o c l áss ico da S oci o l og ia , um pouco

ma i s p e s s i m i s t a , v i a o mundo mode r n o como um mundo paradoxa l ,

onde o progresso material era obtido à custa da e x pans�o da

bu' ..... ocraci a , esmagava c r i a t i v idade e a auton omi(;';l.

i n d i v i duais.

er-; tes au tores ten ham obse rvado q u e o

t raba l ho i n dus t r i a l moderno t e r i a conseq uânc i a s degradan tes ,

subme tendo mu i tos s e r e s humanos á d i sc i p l i n a de um t r a b a l ho

e r"e p e t i t i vo , s e chegou a q ue o

desenvo l v i m e n t o das fo r ç a s de produçg,:o t e r i a um pot.enc i a l

des tr"u t i v o de l a rga esca l a em re l a ç.o ao m e i o amb i e n te

mat e r i a l �

Preocupa ç�es eco l óg i cas n unca t i ve ram mu i to e s p a ç o

n a s t r adi ç�es do p8nsamento sóci o-econ6mico. Por i s s o , n � o é

s u r p reenden te q u e tloje o mundo s e encon t r e numa e n c ru z i lhada

em q ue terá q u e deci d i r q u e mode l o de desen vo l v imento adotará

para q u e sej am amen izados os p e r i gos ajneaçadol�es decOr"rerltes

do mode l o de desenvo l v i me n t o e c onBm i co adotado pela soci edade

oci do"n t a l .

Com

b i b l i ográ'fica

e}( i s t.en t.es n o

base n estas o bse r'va çe5es, a rev i si?:o

teré como obje t i v o ressa l tar os par adoxos

a m b i en te e con8mico-soc i a l , ressa l tando

p r i me iramente o mode l o de desen vo l v imento s ó c i o-econ6mico

adot,ado pe:J 1 a snc i e dade Ckident.a l . Em

1 6

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r-e l .a'tadas alguma!.=.:. consequé'ncias d a adoç�o deste m od e l o e a

ve...-ificaç"'o d a d e um novo m od e l o de

desen v o l vimen tog

Tendo visto isto , será a p resen tado en ti.':l:o � o novo

mod e l o de desen v o l ,'ime n t o sócio-e cor1Smico q u e está sendo

p...-opos ·t.o , ou sej a o Desenvo l vimen t o Susten tável e a sua

in f l uên cia na f o rma ç�o das estra tégias empresa riais .

17

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CAP I TULO I

A

MODELO DE DESENVOLV I MENTO ECONOM I CO-SOCI AL

ADOTADO

o r g anizaç�o humana tem t.ido uma evoluçg(o

constar,te� tan t o na 1: orma d e g rupamentos quan t o nos meios qlJe

cria pal�a q ue suas necessid ades e dese j os sej am atendid o s .

18

"Desde longa data o hOlllel1J se atividades para que BUaB neceBBidades básicas fossem atendidas.

viu obrigado a exercer (alimentação e vestuário)

No princípio, bastava apenas colher alguns alimentos ou caçar animais, que a própria natureza. oferecia, para que essas necessidades fossem satisfeitas.

11as, CO//1 o passar do tempo a complexidade das sociedades e, em função diSBO, também das necessidades, foi aumentando, ocasionando assim o surgimento de novas estruturas, tanto sociais CO//1O econôIIIicas e políticas. " ( 2 )

Com is to, a sociedade foi se am plian d o , sua

es t r u tu r a f oi ficando mais com p l e x a e en t�o� vimos surgir um

g rande e impor tante sistema sócio-econamico�

Feu d al .

A Socied ade Feud a l consistia de t r ês c l asses

s a c e r d o tE's � e t r a balhad ores . A classe

dos trabalhadores é que p roduziam p a r a as outras c l asses"

(2) MARQUES , Fen\<3n do c. ,e FERRi'iO , t1. Jog(o . I n t roduç�o à atividade eçonBmi ca. G r adiva, Lisboa , 1990. pg .38 .

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o t r a ba l ho q u e p r edominava na Sociedade Feuda l e r a

o t r aba l ho agrí.co l a. A t e rra a ráv e l ar-a d i v i d i d a e m duas

pa .... ·tes: uma pel, .. tsllcen t e ao senhor e cu l t i v adê:'\ a penas par-a

e l e , e a o u t r a q u e 8 I"" a d i v i di da os mu i tos

E s t es não ':5Ó as t e r r a s que

a r r endavam � mas também a p r o p r i edade do senho r .

No S i s tema Feuda l o c l er"o e a no b r e z a constl.tu.:í.am

as c l asses govenlante�5.. Contra 1 avam a "ter" r-a e o padeiro que

de l as prov i nha. A Igrej a p restava aj uda e s p i r i tua l , enquanto

protr= ç�(1 mi.l. i tar. Em t r oca

pagamento das c l asses t r a b a l hadoras, sob a forma de c u l t i v o

de t.elrras .

No f eudo hav i a uma econom i a de consumo , e m q u e cada

a l de i a feuda l e r a p r a t i camente auto-su f i c i ente, produ z indo

sua a l imen t a ç� o , p e ç as necessá r i as ao vestuá r i o e outros

produtos que con t r i b u i ssem para as a t i v i dades no Feudo.

Por v e z e s , h a v i a u m de

fní"?" F' cador' i a s , q u e eTa ,.-ea 1 i z ado num mer-cado �.:;emê\na 1 man t ido

j un t o a um mos t e i r- o ou a unl c a s t e l o, ou numa cidade pl�óx ima"

Mas, as cond i ç�es e x i s ter1tes e r am mu i t o adv e rsas para a

do as cond i çbes das ar'am

p é s s i mas , ('] d i n h e i ro e r a escasso, as moedas v a r i avam conforme

CJ l ugal� � os pesos e medidas e ram var-i2\Veis:, de regiâo par.c:.\

regi ào.

1.9

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20

Mas , d evido à evoluç�o das l�e l aç�es sociais e

p o l i ti c a s d essa é p o c a � essas con diçf:les come ça I� am a s e

mod i f i cal'" � como c:on sequê'ncia d o c r e s cimen t o d o comé r cio.. O

séc u l o XI viu o comér cio evo l uir" a passos l a rgos , o sécu l o

X I I viu E:\ Euro pê-i Ociden°l:a l t r-i:3.n s f o r-mar--se em conseque:n cia

dis so ..

Os s é culos X I e X I I p resen ciaram u m renascimen t o d o

comé r c i o d o Medite rorâneo. A s f eiras periódicas con'!=3.titu:í.ram

um passo em pr-o l do comér cio es táve l e permanente ..

":As feiras tinham importância não só por causa do comércio, mas porque ai se efetuavam trarJB8.ções f:immceiras. No ceIltro da feira, pesavam-se, avaliavBIlt-se e trocavam-se as llIUÍtas variedades de moedas; negociavam-se empréstimos, pagavam-se dívidas antigas, letras de crédito e letras de câmbio circulavam livremente. Os banqueiros da época efetuavam negócios fÍIlaIlceiros de grande alcançe. Sua.B operações cobriam negócios que se eBtendiam através de todo o contiIlente. "" (:;,: )

Com isto , o d esen volvimen tD d o comér cio t rouxe

consig o a r e f o rma da an tiga e con omia n a tu r a l , na q u a l a vid a

econ8mica se p rocessava p r a ti camen te sem a uti l iz a çâo d o

dinhl�i ro . A ec:onc.mia d e au�:::'-&°l''l cia ele mer�c:ados s e modificou

pa r a u m a econ omia de muitos mer cadDs� e com o crescimento d o

comér cio � a e conomia n a tu r a l d o f eu d o au to-su ficien te d o

inicio d a I d a d e Média s e t r a n s f ormou em econ omia d e dinheiro ,

num mun d o d e comér cio em ex pans�o .

(3 ) HUBERI'1AN , Guan a b a r a o. RJ .•

Léc, . H istória 1 959 . pg . 2 4 .

d a riqueza do homem. E ditora

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2 1

O s comel�c i a n tes começaram a ver-se a s f i x i ados pe l as

r e s t r i çôes f e ud a i s, e f un d aram e n t� Q assoc i a ç�es chamadas

"c:orporaçf:les" ou 111 i gas" , a f i m d e con q L\ i st.ar para suas

c i d ades a l i berd ade n ecessá r i a à e x pan s�o continua .

Os come rcian t�s con s t i t u í am o grupo ma i s i m portante

da c i d ad e , e sua autoridade a l can çava reg i � es d i s tan tes"

"Quando surgem cidades nas quais os habi tantes se ocupam total ou principalmente do comércio e da indústria, paBBa11J a ter necessidade de obter do campo o suprimento de alimentos. Surge uma divisão do trabalho entre cidade e caJ1fPO. CIma se concentra na produção industrial e no comércio, o outro na produção agrícola para abastecer o crescente mercado representado pelos que deiJcaram de produzir o alimento que COnsOll1ell1 • .. (4 )

A marc�l8 das f o r ças e con6micas f orçaram um choque

en t r e os sen hores da te rra e os t r a b a l hadores d a s t e rra s . A

e s (:aSS�?2 d e m�o-d(=-�t)bra dE�U élOS t r a b a l hador-es agr í ca l as uma

posi ç�o f o r t e , d e s pertan do n e l es um sen t imento d e poder .

Ass i m , �?m m�?('3.dos do SéCL\ l o XV , na maior parte d a Eu ropa

Dci de n t a l , os a I .... ren d amen tos pagos em haviam

s u b s t i tuí.do o serv .i. l , e a l ém d i sso , mui. tos

camponeses haviam con q u i s tado a eman c i paç�o comp l e ta .

A indúst�ia também se modi f i cou . Anteriormente� era

I'''eal i z ada n a casa do próprio camponês , e o pr-opós i to d a

produ çâo e r a s i m p l esme n t e o d e a s n e ces s i d ades

domés t i cas . O progresso das cidades e o usa do din he iro d e ram

aos ar·t es�os a o por·tun i d a d e d e a bandon aI'" a a g r i cu 1 tura e

v i v e r de seu o fi cio.

(4 ) HUBERMAN, Léo . op . c i to pg. 4 2.

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Nessa nova fase da o r g an i z ação i n dust r i a l a s

q u e antes e r"am f e i tas n::;':(o para serem

v e n d i das comE�r-c: i a l mente � mas ape n a s para atenderem as

n e c e s s i dades da casa passaram a ser vendidas num mer cado

exte r n o. Eram f e itas por artes�os pr of i ss i on a i s� donos tanto

da como das "f e r" r- amen ta s u t i l :i. z adas par"a

traba l há- l as , q ue vendiam o produto a c a b ado .

o desen v o l v imento do m e r c ado e a produ ç::;':(o em g rande

e s c a l a d i s!50 consequente� pr-ovo c a r am

i dé i a s e con8m i cas .

uma mod i f i ca çâo das

No c:lecor-rer cio sécu l o XV s u r g i ram n a ções ,

d i v i sOes n ac i orla i 5 se tOlrnalram a c entLladas , a s l i teratu r a s

n a c i on a i :; seu apa r e c i mentn, r eg u l amentaç�es

n a c i an.r3. i s para a i n dústr- i a s u b st i tu í rarn as regu 1 amen ta çties

l o ca i sn Passaram a e >: i f.:i.t i r l e i s n a c i ona i s , l ín g u a s n a c i o n a i s

e Ig rej as na c i o n a i s;.

o comér c::i,o , q ue c r e s c i a pau l at i n amente , passou a

dar passos g i g ant",scos . N�o s ó o v e l ho mundo da ELII"opa e

reg iôes da A s i a se a b r i ram aQ�:; comel'"' c i antes empr"eendedo res ,

mas também Os novos m\Jndos da Amé r i c a e da A f r i can

A dos a uma cl i s tâin c i a

cons ideráve l , e m t e r r a s des con h e c i das, com povos estran hos , e

sob condi ç�es pou co f am i I i a res , r"e q u e r i a um novo t i po de

a s so c i a çâ:o. A s o c i edade POI'" a çeies f o i a resposta dada pe l o s

22

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mercadores nos sécu l os XVI e XVII . Essas compan h i a s por a ç�es

foram a s pre cursoras das gran d e s empresas d e hoje .

A s compa n h i a s s e l an çaram aos n e g ó c i os ,

pri n c i pa l me n t e v isan do l u cros para seus a c i on i s tas . Quando os

l u cros pod i am ser o b t idos pe l o aumento d a prod uç�o e maiores

vendas , e l as o f a z i am ; q uando os l u cros se con segu i am através

da l i m i t a ç�o d a prod u ç � o , e l a s também o f a z i am .

De modo reg i s t r'av am-se l u c r'os a l tns

dese n v o l v i men to d o comér c i o . E:�ssa fni a época áurea d n

comé r c io, q u a n d o s e f i z eram fortunas - o c a p i ta l a cumu l ad o -

q ue formariam o ali cerce par-a a g l'-an d e e>:pans'à:o i n dustri a l

dns sécu l os XVII e XVIII.

E n tre tani.:o , d esde o sécu l o XV!, n a In g l a terra�, a

nrg a n i z a çân c a p i t a l i s ta v i n h a d esenvn l ven do-se . Gra n d es

prog r'essos té c n i cos foram a l can çados - a máqu i n a , a f i aç�o , o

tear me cân i co , a máq u i n a a va por", a u t i 1 i z a ç�o do carvâo n é\

i n dústri a do f erro , e t c .

Este con j u n t o d e i novaç�es provocou t r'a n s f ormaçôes

pro f u n d as� pri n c i p a l me n t e n o se tor i n d u s tri a l - era a c h amad a

Revo l u ç�o Ind u s tri a l .

E s t a Revo l u çâo n a i n dústria só a pare ceu a pós a

1'-evol uçân d e 1789 n a França e , com" t i n ha a con t e c i d o n a

In g l a terra e i r' i a a con te cer , ma i s tard e , em q u ase tod a a

2 3

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I::::ur' o p a O c i denta l , a l te,-ou com p l et.amen t.e a mane i r'a de v iv e r

d o s d i'feren tes povos e>: i s tentes n o g l o b o terrestren

Com o aparec i mento d a s máquinas � a s man u f a tu r a s

t r a n s f o r m a r am-se e m f á b r i ca s � c o m mui tos operá r i o s � exercendo

fun çoes d i versas mas c on t. r i bu i n d o p a r a umei mesma p r o d u ç�o" É

o q ue pode-se chE:\mar d i v i sâo técn i ca d o t r a ba l ho .. Ou sej a ,

cada t r a b a l h a d o r espe c i a l i z a-se em determ i n a d a operaç�o.

Na Europ�3 os p r i m�? i ros com pIe >: (')1� in d ust. r i a i s

imp l an ta,"am-se n o s s é cu l o s XVIII e XIX. E , em menos d e 50

anos a Sociedadt� Europé i a passou de uma soc iedade r u ra l e

ar tf?Sana 1 p a r a uma sociedade u r bana , t é cn i ca e

i n d u s t r i a l i z a d a .

J á n o s EUA , n o f i n a l d a d é c a d a d e 1920 � an tes d a

G r ande Depressâo � o s ag r i cu l tores a i n d a con s t i t u i am u m terço

d a popu l a ç�o dest.e pa í s , e a j"'en d a do setor p r i m á r i o ef""a

q uase u m q u a r to d o PNB n Hl"Jj e , repr-esen tam um v i g é s i m o d a

popu l aç.o e d o PNB.

Assi m , à a cumu l a ç1:(o de conhe c i mentos

ref l et. i d a nas c: ienc: i a s e nas téc:n i cas� o s homens d a a t u a l

ger-a ç�D v i r am a b r i r-se à s u a f �en te um mun d o ao qua l os seus

an tepassados Jam a i s ous a r i am a s p i � a r : o d a abundân c i a .

A abundân c i a torn ou-se o post.u l ad o fund ament.a l d a s

soc iedades ac i den tais, o aumen to d o n i v e l d e v i d a torn ou-se o

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obj e t ivo d a v i d a!l e o cr-es c i m en to e conéim i c o , o gr-é\ n d e í d o l o

d o s tempos modernos .

':.1 noçao de crescimento econOlll.lCO faz parte de todos os discursos. Designa U/llB produção crescente de bens materiais, portanto UIll constante aumento do nível de vida, supostamente capaz de gerar acresc:iJllo de bem-estar e, pelo menos Í11Wlicitamente, de levar a felicidade a todos. Daí o postulado fundamental das democracias ocidentais, segundo o qual a justiça é consequência normal da ezpansão econômica: quanto mais bens se produzem, mais é possível distribuir. Nesta perspectiva, a melhoria da situação das classes menos favorecidas depende imediatamente da taxa de crescimento. '1 5 )

(] St.l cesso d a recon v e l .... s � o d o homem em consumi dor

depend i a d a capacidade de se prod u z i r mu i to e d e pressa.

Pro cura n d o-se , por i sso , s ol u ç�es quan t i t a t i v a s .

Numa sociedade c�\ v i d a d e e:·{pansão a i m pl a n t a ç�o d e

n o v a s a t i v i d a d e s i n d us tri a i s , sej am q u a i s forem , era até

ago l .... a c o n s i d erad a um bem a b so l u to .

o cres c i men t o g l o b a l d a po p u l aç.o , d a produçâo e do

con sumo reve l avam até en t�o uma tendªn c i a para o cres c i me n t o ,

a p enas con s i deran d o os aspe c tos q u a n t i1.:a t ivos ,

v o l umes d e n egó c i os e os l u cros e x pr i m i am-se por nómeros�

i n d i ca q u e a man ui.:en ção do ri tmo d e

cre s c i meni::o �"3. q u e (�st�o submet i d as a s e conomias dos países

d i tos m a i s a d i an tados pre5sup�e um f o�te aumen to d e consumo .

( 5 ) F' E L T , J e a n --M <" r i e • A",-:;-:-n,-,-"a,-t",u",-,-r-, e",z=a,-.....!.r-,e",e=n"c=,o",n'-!-'t"r-,a"""d",a,,_ Grad i v a , Li sboa , 1 9 9 1, pg. 46.

E d i tora

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o autor afirma: "para atingir este pressuposto três tipos de estratégias o permitem:

a criação de novas necessidades e o estimulo do desejo pela publicidade;

a abertura de novos mercados de exportação;

a redução da duração de vida dos objetos. '16)

F::'f?rCE?be-· se que a Est.rutu l'"' a d a i n d ústl'- i a E' da

uma man e i r a tem corno prl:!ssupC)sto

p r i n c i p a l Cl cresci mento quan t i ta t i vo.

Loqo � dF�pr"eend e-se qUf"2 i3. soc i e d a d e o c i d ent.al esti:i\

fund ament. a d a f?ffi vd. l or·E.:o�> i n d i v i d u a i -=:. e q uan t i t�;lt.i vos!, Dn dE� o

d esejo e a busca ela sa t i s f aç�D s�o os n o r teadores d as a ç�eSn

A r-ac ionaI iclad e � i1 t é cn i ca� e a qUt:\n t i d -F.uJe s2to os aspe;:' c tDs

con s i d e rados ao se estabe l ecer me tas a serem a l cançadas.

Este está bE..'\seado na f i l osofia dos

I/d i rl:.'?i tos nat.Lu'"' a i s" , d esenvo l v i d a por' LOC:t:,E� (1960) n i::\ qua l o

horn�,:.m pDSSU i d i I'" e i t.C)'S;

a n t e riores a qualquer- C:!:J:n t r a to

inal i en ávej.s e i mp�es c r i tiveis.

E'

!':;o c i a ], e por- tan to ,

con d uz i u , e a i n d a con d uz ,

todi:1 i n d ústl-- i a o c i d ellta l . PDUCa. COiSê:\ mudDU c.1esdE� CJ

p r i n cí p i o cio sécu 1 D , embol'''a

países tenham obt i d o

(6) PEl_T , J ean -Marle� ap. c i tn P9. 57 .

IJma melllDr i a d a sua

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con d i ç�o d e v i d a e uma pr·ot.eç�o s:,oc i a l que c o n s t i tu i u um

progresso con s i d er-áve 1 em s i tuaçi:(D d o s é c u l o

passad o n o en tan to� o f::?s't:ado d e e s pí r i to con t i nua a s e r- o

mesmo .

A s sc) c i e d a d e s i n du s t l'- i a i s l i belt- a i s· n u n c a t i v e lr-am

como mo tor o i n teresse co l e t i vo � que na ma i or parte d os c a sos

l he s é a l h e i o; apresentam uma sér i e d e i n teresses

mais ou menos con tradi tór- i o s , fa c i 1flH?nte

d i s farçáve i s s o b o m i to d o sufrág i o u n i v ersa l .

Para a l cançar o t�o d es e j a d o cl'-esc: imen t D � o homem

n �o se furtou a usar t o d o s os e l emen tos de que d i s pun ha, rl�o

só àque l e s presen tes n a n a ture z a, como t a m bém aque l e� que o

próp r i o homem o b té m a par t i r d e t é c n i cas e con h e c i men tos d e

que hoj e d i sp�em.

que o corl .... eu n a s o c i e d ad e é

resulta n t e d o i m pu l so energ i zan te d e uma comp l exa d i v i s�o d o

te"a b a l ho, aprov eitan d o a p l"oduç�o as n e cess i d ad e s

humanas a través d a e}� p l Dração i n d u s tr i a l d a n a tureza .

D i s s o c i ou-se o homem d a n atureza.

Dessa f orma obser"ve:.-se que o mod e l o d e

d esen vo l v i men to a d o t ad o pe l a civ i l izaç�o o c i d en t a l teve como

base o cre s c i mento e con6m i co que .• en c a r*ado d o ponto de

vi st.C\ d a E conomi a � d a Fi s i c a , d a Qu í m i ca, e d a T e cn o l ogi a ,

tem l i m it.es d i s cern.ive i s , o qua l d e f rem t.a"..--se-á

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n ecessa r i amen t e com ccngest i o n amen tos d e c i s i vo s qu a n d o

en c a r a d o pe l o p r isma d as c i ân c i a s amb ien t a i s .

UA ilusão de poderes ilimi tados, BUBtentada por espantosos feitos científicos e técnicos, produziu a CODCOII/itante ilusão de ter resolvido o problema de produção. Essa ilusão se deve principalmente à nossa capacidade para reconhecer que o sistema i.nduBtrial moderno vive de capi tal inBubstituível, que pode ser especificado em três categorias: COII/bustíveis fósseis, as margens de tolerância da natureza e a substância bumana. U ( 7 )

Const at.a-se ass i m , que a i d é i a de ilim i ta d o

c r·es c i men ·tfJ f.?cOn Ôm i CD , a t é tOdO�5 estarem sat.u rados d e

r i qu e z a , d e v e s e r ques t i o n a d a se r i amen t e , quarl d o s e começa a

Ob SI::?f"" V a r as con Sf-..?qcfe n c i as desi:e mod e l o so b r e C) a m b i e n t e no

qua l está a tu a n d o .

o 81n b i e n te f i s i c o , humano e soc i a l tem sofr i d o

agress�e5 que ago ra se ques t i o n a se a i n d a ser�o reversive i s ,

o u se j á c h egou ao l i m i t e d e saturaçâo d a n a tu re z a .

( 7) SCHU�1ACHER , E . F .. O negócio é ser pegueno ..

Ed i to res , RJ , 1973 . pg . 17 . Z a h a r

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CAP I TULO 1 1 - CONSEQUENC I AS DO MODELO DE DESENVOLVI MENTO

ECONOM I CO-SOC I AL ADOTADO

N e s t e ca p i tu l o serâo a p resentados a l guns resu l tados

quan t i f i cá v e i s e (.;.vi den'tes da do mode l o de

desenvo l v i mento econSm i co adotado pe l a s o c i edade o c i denta l

A p re m i s s a aqu i l a n ç ada é a de que e },� i s t e uma

r e l a ç.o m u i to e s t r e i t a entre os resu l tados que se c o l he hoj e ,

e a n a t u r e z a do mode l o de desenvo l v imento a p l i cado n o

am b i en t e e c onBmi co-so c i a l .

E >: i s tem consequ'e'n c i a s que p r ovocal'-am uma me l hor i a

nos d i v e rsos a s p e ctos d a v i da , m a s que n o g l o ba l " ao se

cons i de r a r a re l a ç�o homem - m e i o a m b i ente nota-se que a l guns

fatores foram r e l egados a s e g undo p l ano , e que hoj e se

m o s t r a m v i tais para a c on t i nu i dade da v j,da no p l an e t a .

CONSEQU�NC IAS POSITI VAS

o desenvo l v i me n t o das i n s t i t u i çC:)es modernas e sua

difus�D em e s c a l a mund i a l c l.- i a ram o po r t un i dades bem m a i o t- e s

p a r a os s e r e s humanos gDzar'�?m d e u m a e }{ i s t'ê n c i a segu r- a e

�� ,.. a t i fi cant e .

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As i n f o�ma ç�es e os bens c i r cu l am p o r todo o

p l an e t a com uma r a p i d e z sem pre ceden tes ; a produç�o d e

a l i men tos e p r o d u ·tos d e uma m a n e .i rwa g e ' .... a l con somem menos

reCllrso s ; a t e cn o l o g i a e a c i ê n c i a e x i s tentes per-m i t.em � ao

menos poten c: i a 1 mE-:7!n te � f? >: a m i n a r- mais a f u n d o e compreend el'­

m e l hor os s i stemas n a t u r a i s .

Tod o s esses f a t o res con t r i buem de f o r m a pos i t iva

para me 1 hDr-arw as cond i çfJes a m b i e n t a i s � o t. i m i z a r- os recur'sos

u t i l i z ados na p roduç�o d e bens e s e r v i ços e me l ho r-a r também

as con d i ç�es de v i d a d o homem na Terra .

Tem·-se v e r i f i ca d o q LH2 a mortc\ l i d ad e i n of an t i l está

f.�m qued c:::\ ; a E }: pe c t éi t i v e\ de v i d a humana vem aumen tan d o ; o

p e r cen tua l d e adu l tos � n o mun d o � que sa bem l e r e escr- e ve r

está em ascens� o ; o p e r cen tua l d e c r i an ç as que i n g �essam n a

e s co l a está s u b i n d o ; e a prod uç=o g l o ba l d e a l i mentos aumen ta

mais d e p r essa que a popu l a ç � D .

Assi m , d e p reende-se que e x i stem a s pe c t os d o mod e l o

d e d esen v o l v imen to adotado q ue tr-ou�,� eram como d i d ades

ma'teri a i s e l i be r d a d e pesso a l para mu i ta g e n t e � i n cen t i v a n d o

a s s i m a a d o ç�o e con t i n u i d ade d esse mode l o .

3 0

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CONSEQU�NCIAS NEGATIVAS

Os mesmos p l"'OCf-�SSOS que t. r-ou}-� e r-am vantagens p a ll""a

a l guns g e r a r a m tendân c i a s q ue o p l an e t a e seus h a b i t an tes n�o

poder.o s u po r t a r por mu i to tempo .

·"Energias e recursos estão guardados há milhões de anos nas entranhas do planeta. Nós nos arrogamos o direito de esgotá-los em UlI/8 Uluca geraçao. Por eJre1I1plo, a extração do carvão das miDas data de oitocentos anos, mas a metade desse carvão foi extraida durante os últÍlllOs trinta anos. Desde as origens da hU111aDÍdade se extrai petróleo bruto, mas a metade desse petróleo foi extraida no curso dos dez últÍllJOs anos. Se forem construidas todas as centrais nucleares planejadas, dentro de vinte aDOS Dão haverá mais urânio.

o meS1l1O vale para as florestas. ll1Il terço das árvores existentes em 1882 (cerca de 2 bilhões de hectares) foi destruido em 1952. A destruição continua a se acelerar: a cada minuto o homem destrói 20 hectares de florestas no nnmdo.

Nos últÍlllOB setenta anos, a agricul tura moderna destruiu metade do hlÍ1lll1B em mais de um terço das terras cultivadas. ll1Il bilhão e meio de hectares tornaram-se ÍIllpróprios para o plantio.

A Terra precisou de 2 milhões de anos para ser povoada por seu prÍl1leiro milhão de habitantes. Seis mil anos de agricul tura só conseguiraI11 fazê-la chegar aos 250 milhões. l111ênio e meio bastaraJIJ para dobrar esse nÚlllero. A partir da industrialização, o ritmo se acelera COI11 rapidez vertiginosa: o prÍl1leiro bilhão é atÍDI/ido em 1830. O segundo, em 1930. O terceiro, em 1960. O quarto, em 1978 . . � 8 )

.. O 111UDdo tem hoje (1992) 5,3 bilhões de habi tantes e a população aUlll/mta em 93 milhões ao aDO. ·· ( 9 )

( 8 ) GARAUDY , r'ogeor . ..,A",p"e",1",o",--,a",o"-s,,,--,V,-,1,,-- v-"---"o'--='-s " Ed i tora Nova F r o n t e i r a , 1 9 8 1 , RJ . pg . 17-8 . ( 9 ) RELAT O R I O SOBRE O Desenvolvimen to e meio 1992 . pg . 27

DESENVOL V I �lENTO MUND I AL 1992 . ambien te. Ban co l'1und ia 1 FGV , RJ ,

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A d e t e r i o r a çâo d o m e i o a m b i e n t e p e l os f a t ores aqui

a p resen ·tados tem s i d o c\ compan hada d e um

aumento nos p r- o b l emas d e f í s i c a e men ta l dos

i n d i v í d uos .

Doen ças n u t r- :i.. c i o n a i s e i n f e c c i Dsas s'à:o os m a i o \""es

re sponsáve i s pe l a mort� d o s h a b i tan tes do T e r c e i ro Mun d o a Os

p a í ses i n d u s t r i a l i z a d o s s�o f l ag e l ad os pe l as d oen ças c r 3 n i cas

e d egerl e ra t i v a s , sot:r"etudo en ·f e lr-m i d a d f.?s o

cân cer e o d e r rame N

f':':tS anom a l i a s p s í q u i cas f i earn evi d en c j. ad as pe l o

número cre':..-s cen t.e de pessoa�-; com :. d e p ress�o g r ave ,

esqu i z o f ren i a , a l i erl aç�o ,

sui c i d i o erl t r e os .j oven s N

aumento d e c r imes v i o l en tos e

A l ém d a s anoma l i as b i o - so c i a i s a p resen tad as , também

en con t raln-se as anoma l i as e con6mi cas d e cor ren tes d o con t e x to

y··esl..l l t a n t.e

estrutur�aç�o

o c i d en t a l .

cios rnode 1 os u t. i l i z ados como

sóc i.o�·�ecDnômi. c:a e po l i. t i ca

base p a r- a a

d a s o c i e d a d e

() ciesaj uste n a s r-e l a ç:ê)es en t l'�e o s i n d iv í d u os e a s

i n s t i tu i ç�es con d u z à anoma l i as que , por suas comp 1 f":' �< i d ades ,

a i n d a n � D s e con segu i u r eso l ve i .... : i n f l a ç�o g a l o pan te ,

d esemprego m a c i ço , d i s t r i bu i ç&o d e s i g u a l d e ren d a e r i quez a ,

e esg o tamen tt"J 12ft e I'""g é t i co .

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Desta v a i ... · i f i Cê:\MM'se q ue a d i f us�D d o

i n d u s t r i a l i smo c r i ou um m u n d o n o q u a l h á mudanças e co l óg i cas

rea i s ou po ten c i a i s de u m t i po d a n i n ho q u e a f e ta a todos n o

p l an e t a . A pesar" d e todo o desenvo l v i men to pro p a l a d o vêem-se

parado,·, o s assus tado r-E�;S conseqLten t.es d o mode l o d e

d e�:;envo 1 v imen t o a d o t ad o , q u e seg undo Garaud y , t o d a essa

con j un t u r a c r i t i ca em que a human i d ad e se e n co n t r a d eve-se a

uma c u l tuada m u i t o t.empo por n ossa

socied a d e : " CF<ESC I MENTO " em d e t r i ment.o do " DESENVOLV H1ENTO " .

Os r e c u rsos n a t u r a i s bási cos u t i l i z ados para a

e x pan s�o d o a m b i en te e con6mi co-so c i a l f o r a m o a r , a água , o

50 1 0 e os r e cu r sos b i o l óg i c05 a As conseq uân c i as n e g a t i v a s e

ame açad o ras q u e hC1j e se v E! podem Ser- m a i s es:, p e c: i f i camen te

d e t a l hadas aq u i :

_ Po l u i ç�o Atmosfé r i ca

"Os níveis excessivos de matéria particulada (poeira e fumaça) nas zonas urbanas são responsáveis por 3OO .mil - 7oo .mil mortes prematuras anualmente e por 50 % dos casos de tosse crônica em crianças; nas zonas rurais, 400 a 700 milhões de pessoas (sobretudo mulheres e crianças) são afetadas pela fumaça em recintos fechados.

Os poluentes transportados pelo ar, COlItO o dióxido de enxofre (502), caem depois na terra sob a forma de depósi tos ácidos, envenenando a vida DOS lagos, e nos rios, contaminando colheitas, danificando florestas e superfícies arborizadas, corroendo estruturas metálicas e pinturas • .. ( 10 )

( 10 ) RELATOR I O SOBRE DESENVOLV I MENTO MUNDIAL . o p . c i t o P9 . 4 .

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Na t e r ra , os p o l uen tes podem d e s t ru i r a e s t r u t u r a

n a t u r a l d o sol o !, tor n a.n do-o OL\ r e d u z i n d o a sua

ca p a c i d a d e d e f e r t i l i d a d e . Os p o l uentes i n f i l t r am-se no solo

( a t r avés d a s chuvas ) � con tam i n a n d o as rl 8scen tes s u b t e r r â n eas

e const. i tu i n d o a s s i m , um ' .... i s ca p a r-a a saúde d os;. homens e

an i ma i s .

A p o l u iç�o atmosf é r i c a t a m bém é aumen t a d a pe l a

L, t i l ização d e i n L(merOS p rodutos qu í m i cos , como os

c l orofluorocarbone tos , compostos d e pest i c i d as ,

chumbo e ami a n t o M Estes e l ement.os s�o m u i to u t i l izados n a s

i n d ú s t r i a s d e d e f e n s i voS') agr-í colas , t i n ta s , combus t :í. ve i s:; e

out. lr' as _

_ Po l u i ç�o das Agu a s

A s d espej am seus d e j e tos n o s r i os , sem

se rH .... E;:�t') cuparem com o e f e i to d i sso sobre o me i o a m b i en te , o

mar- é ger'a 1 men te con!� i d e l"'ado como um f:.�SgDto a be r to p a r a o

1 G'ln çamen 'tD d e r'es i d uos p e t r- o l .i f e r os , c:l e j e 'tos humanos ,

eflllen tes agro i n d us t r i as e ou t r os .

O�j e f e i tos d es t a s a 'l: i t.ud e s sobre a prod u t i v i d adt?

s�o : d i m i n u iç�o d a pes ca , aume n to d o custo para o b tençâo de

águ.i3. potáve 1 esgotamento d a s reservas d e água , resul tando

E.�m r e s t r iç'C5es d a s a t i v i d a d es e conôm i ca s d e pen d en tes d e água

potáve l � e ma i s r i s cos para a saúde.

34

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_ Po l u i ç�o do So l o

A q u a l i d a d D d o s o l o pode s e r i n f l uen c i. a d a por

ag ressoret? naturai s , mc\5 p r i n c i pa l men te pe l as a t i v i d ades

humi:,:\nas que pod e F'� o p r- ovocal.... a el'-os� o !t e a d e s e r t i f i caç�o !t

quan d o as a t i v i dades sóc: io-econ6mi cas n âo forem c O I'" r- e tamen t e

p l an e j adas ..

As consequ ê n c i as v i síve i s d esse processo

s,g(o , a t.ran s f o r maç"â:o da pai sagem e o d esapar- e c i me n to das

asso c iaçees b i o l óg i cas.

_ Po l u i ç�o So n o ra

o r u i d o é atua l men te r e con he c i d o como uma das

formac.::J d e po l u i çÊto mais i m po r tan tes , a f e tam d e d i ve rsas

formas a saú d e fís i ca e men ta l � com con sequ�n c ias que v�o d o

s i m ples i n cSmod o , à a f e taç�o d a audi ç�o.

o con h e c i ment.o d o am b i e n te sonol .... o tem uma

i m por tân c ia con s i d e r áve l :1 dado q u e se tem ass i s t i d o a urn

aum e n t.o s i gn i f i ca t i v o d o ruído n o tempo e n o e s paço, mL\ j. to

e s p e c i a l mente n as á r eas d e con cen t raç�o urbana e i n d us t r i a l .

3 5

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P rodu t o s Quími cos

Ds p ... o d u tos q u :í. m i c os presen tes em todas a s

ati v i d a d e s human as � s o c i a i s e pro f i ss i o n a i s a p rese n tam r i s cos

poten c i a i s para o a m b i e n t e e para a saúd e hun)sna por serem

d e s c on he c i d a s � mu i ta s v e z e s , as cara c t�eris t i cas d e s ses

produto s designadamen t e p e r i g o sa s B

Res íduos

A p ... odu çào d e ... e s i d uos l evan ta p ... o b l emas amb i en t a i s

pe l o des perd i c i o d e matérias-primas/re cursos n a tu r a i s q ue

a s s i m como pe l a deg ... adaçào causada sobre

componen tes amb i en ta i s como s�o o so l o , a água e a a tmos f era

pe l o setJ l an çamen to d e sreg r a d o para o a m b i e n te n

Os t. ,- 'es p ,- i n c i pa i s ... espon",áve i s p e l a p c'oduçÊlo de

Ir-e s í d uos a s a t i v i d ades d omés t i cc.\s , a s a t i v i d a d e s

i n d u s tri a i s e a s a t i v i d ad e s agrí co l as .

Ecos s i s t e m a s

f l orestas , como e cossi s t.emas , s�o bast.ant.e

sen s í v e i s a i n ter-f f.?roen c i as e )·� tern l!J.s , 'tan to m a i s q u a n t.o

con s t i tuem re cursos de e l evado i n teresse e con6m i c o . Ass i m , o

desm a tamen to

con cen traçoes

l'-esLl l tan t e s

c: r- i a ruptur'as f .í. s i c as � a p ... o ,., i m i d a d e das

popu l a c i on a i s e a t i v i d a d e s e conê') m i cas

d i sso en 'f raquecc-:?m-nc:\s e as i ... ... e g u l a ... id ades

36

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c l i mé ·t i ca s e q u e i m a d a s pr�ov o c a m a l tE\ rações e d i s f u n çôe�;; , ou

mesmo d e s t r u i ç�o .

A d e s t l'�u i ç�o d �" e s pé c i es v e g e t a i s 1''' e f l e te'-se � d e

modo � .. � v i d e n te , n ê:\ f a U n i3. e no p l"' ó p r' i o so l o , j á q ue a f u n ç�o

p r o t e t o r a d e s a p a re c e . As a l ter a çOes m i c r o c l i m á t i cas i n i c i am'­

Sf= ent�o , em m a i e)!'- ou men o I"" g r'au , conforme a l oc a l i z a ç�o

g e o g l<-áf i c a .

Con sequentemente os reg i me s h í d r i cos s�o a f e tados ,

p rovocando na f a un a " Tam bém as CL\ l t u ,.-as

p a s t a g e n s p r ó x i m a s f i ca m d es p r o teg i d a s e o v a l o r p a i s ag i s t i co

é substan c i a l me n t e redLl z i d o , sen d o a f e t a d a s ou d e s t r u i d as a s

f o rmas d e e conom i a t rad i c i o n a i s .

_ Ene rg i a Nucl e a r

Embora r a d i a ç{jes n u c l ea res con s t i t.uam um

compon e n t e i n t. r Í. n se co d o a m b i e n te , todas as ,.-ad i a çôes

n a tu r a i s e / ou a r· t i f i c: i a i s , p C I "" se t r a du z i re m num f eytor' de

r i s co p a r a a sadd e hUlna n a , d ev e r� o ser m a n t i d a s sob c o n t r o l e .

F' re c i Se"\ -se e s t a ,.- a t�ento

I'" a d i o a t. i v i d ad e sob,.-", o

p o pu l a çees v e g e t a i s , a n i m a i s e human as .

aos

f u t u ,.- o

p e r i g o s

g en é t i co

d a

d a s

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A l g u n s d e sses p e r i g o s podem ser c i tados a q u i :

''As explosões nucleares e as fábricas atÔiI1icas libertam pelo meDOS 1 7 rádio-elementos ( o estrôncio 90, que é o mais conhecido, ataca os ossos humanas).

As precipitações aUIIIeDtam a radioatividade.

Os DlÍcleos radioativos fixam-se no organismo (OSSaB, gordura e todo o resto do corpo). DH-ação média de vida do estrôncio no organismo: 28 anos . .. ( 1 1 )

A po l u i çâo tem como o r i g e n s um c on j u n t o d e o p çôes ,

d e c r i té r i os , d e i n teresses que d e f i n e m rea l mente um s i s tema "

A po l u i çâo n.o é apenas uma mod i f i ca çào d esag radável d o pon t o

d e v i s ta d o m e i o a m b i en t e .

As conseqLl e'n c i a s n e g a t i vas do mod e l o d e

d e senvo l v i ln e n t o econ8mi cc adotado mos tram a d e cad�n c i a d o

s i s tema s ó c i o-econ 6m i co v i g e n t e e

re f l e x � o sobre esses resu l tados .

T a i s r e f l e H ôes l evad o

cons c i en t i z a ç�Q da n e cess i d a d e d e u m

con d u z i d o a uma

a emergên c i a d a

n ovo mod e l o d e

d esenvo l v i m e n t o e con6mi co-soc i a l , n o qua l s e con s i d e r e , a l ém

dos aspectos a bo rd a d o s até hoj e � out ros em que se c o n s i d e r e o

homem !, o ambien te f í. �.:;i co , o a m b i e n t e sóc i o -- t é c n i co e suas

i n t e l" r e l a çei".'s ,

( 1 1 ) CADERNOS D E ECOLOG I A E SOC I EDADE . Eco l ogia : da cruzada

humanista à cri tica do capita l ismo . E d i. to r a A f l"on tamen to , L i s boa , I n ve r n o / 1 976 , pg , 22 .

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CAPI TULO 1 1 1 - NECESSI DADE DE OUTRO MODELO DE DESENVOLVI MENTO

ECONOM I CO -SOCI AL

Um n ovo mode l o d e d esenvo l vi men to e con 8 m i co--soc i a l

f a z -se n e c e s s á r i o t e n d o-se em v i s t a as con sequªn c i as � m u i tas

ve z es , dan osas do mod e l o a d o t a d o a t é aqu i .

Ev i d en c i a-se o abismo en tre quem t r-aba l ha man e j ando

máqu i n a s , e que , j á n � o é m a i s capaz d e �l a p a l'"' t i l'" ele seu

a m b i e n t e mecan i z a d o � automa t i z a d o , c r' i a r e m �3 i é\ f é d e

desenvo 1 v a i'" con d i ç�es favoráve i s s u r' gi mE1n 'to de suas

pDten c i a l i d ad e s humanas e E\ co l óg i cas , as n e c e s s i d a d e s

i n t rín secas ao ser human O n

(., ó t. i. c: a sobre c, homem é sen t i d a t:omo i d eo l og i a ,

m e r a d e pensamE�n tos . F'en sa--se q u e s Ó v i d a

e c rJn i3mi ca r- e p r e ':5 e n t a F"f.!oa l i d ad e ; a ,-ea 1. i d a d e con s i. s te

un i camen tf:? n a manE' i r a como se p r'od u z , como os p r od u tos s:à(o

d i s t r ibui d os , como as pessoas consomem . O que e x i s t e na v i d a

a l ém d i sso tudo

i s s o é apen a s fumaça que se e l eva como i d @o l og i a d a r ea l i d ad e

f2 con 8mi c::a ..

"Para dizer o mínimo - e já é dizer muito - CU111pre-nOB entender perfeitamente o problema e começar a ver a possibilidade de criar um DOVO estilo de vida, dotado de novos métodos de produção e novos

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padrões de CODBU1l1O; um estilo de vida planejado para Ber permanente. Só para dar três exemplos pre1imÍl1ares: em agricultura e horticultura, poderemos interessar-nos no aperfeiçoamento de métodos de produção que Bejam biologicamente corretos, incrementar a fertilidade do solo, e produzir saúde, beleza e pe:rmanência. A produtividade cuidará entãD de si meBl1Ja.

Na indústria, podemos interessar-nos pela evolução da tecnologia em pequena escala, uma tecnologia relativamente não-vio1enta, com uma -fisionOl11Ía humana -, para que as pessoas tenham uma oportunidade de sentir prazer no trabalho que realizam, em vez de trabalharem exclusivamente pelo salário e na esperança, usualmente frustrada, de Be divertirem tão-só nas horas de lazer.

Ainda na indústria - pois é ela, sem dúvida, que marca o ritmo da vida moderna - podemos interessar-nos em novas formas de parceria entre administração e lH1Wregados, ou J1IeB/DO em allifUIlJ8 forma de propriedade cannmal. .. ( 1 2 )

Torn a - s e a s s i m i m p o r t a n t e a e x i s tª n c i a d e um mode l o

q u e con s i d e r e a e conom i a e m e s c a l a humana e c e n t r a d a n o

hum an o , o f e r e ce n d o uma p e r s p e c t i va n ova . Pe r s pe c t i va n a q u a l

em p r i me i ro p l an o estej a m a s pessoas , e n � o consum i d o r es ou

p r"odu t o re s ; conHJ. pano d e f un d o � um m e i o a m b i e n t e

E�co l og i camen t. e v i i=tve l � o n d e o t. r a ba l ho s e j a v i s t o como uma

a t i v i d a d e.: humana ., e n�o como um p l .... oduto d E� n o m i n a d o mào'-de-M

o b r a �

Na n ov a e co n o m i a con c e i tos como p r o d u t o n a c i on a l

b ru t o , c r e s c i me n to , d esenvo l v i m e n t o e conam i co � e con o m i a d e

e s c a l a e d i v i s� Q d o t r a b a l ho d ev e r � o s e r � e p e n s a d o s . Dema n d a ,

p r o d u çâ:D e c o n sumo ser�o r· e d e f i n i d o s . Numa e conom i a em q u e

f i q u e ev i d e n c i a d o o cam i n ho p a r a o d e senvo l v i men t o � a d em a n d a

de"'�' E�I"·á s e r d e f i n i d a como a q u i l o q U E! ciS pessoas p l� e c i sam e

q u e re m , em o p o 5 i ç � o A q u i l o q u e podem s e r i n d u z i d as a c o m p ra r .

( 1 2 ) SCHUMACHER , E . F . o p . c i t o p g . 18

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P r o d u ç � o e o f e r ta ser�o d e f i n i d a s como o s u p r i m e n t o d aque l es

bens e ser' v i ços d e.? que as pessoas pl'- e c i sam e querem, e que

ser�o P O I'" m u i t o tempo L\ t e i s à c:omurl i d ad e � �\ b i o r regiâo e ao

m u n d o ..

Nota--"e a s s i m que n a econ o m i a para o

desen v o l v i me n t o , a qUi.4, l i d a d e d o s bens e sr-.= r v i ços pesa m a i s

que a quan t i d ad e . Os a s p e c t os humanos e s o c i a i s tomam l ugar

do aspecto exclu s i vamen t e econSm i co .

Ao lon g o d es t e s é cu l o v i u-se uma t r a n s f o rmaç�o n o s

m a i s d i v e rsos aspe ctos que comp�em o a m b i e n t e econ6m i co-

s o c i a 1 . t e c n olog i a sof reu avan ços n u n c a an tes

e }� p e l"' i mentad os, os c o n h e c i men tos c i en t i f i cos p l ... ·ovocal .... am uma

v e r d ad e i r a revolu ç�o no modo de ag i r e pensar � Mas , as

con sequª n c i a s de todos esses avan ços s�o hoj e o b servados com

g r- a n d e p r e o c u p a ç;�o " j á que as mudan ças na a tmosf e r a , n o s

50 1 0 s , n a s águas , n a f l o r a e n a f auna n � o f or a m con s i d e ra d a s

d u r a n t e t o d o e s s e tem po.

A a polu i çâ o , a pob reza, o

d esmatamen to, corl f l i tos s o c i a i s e a p e r d a da i d en t i d ad e

humana s � o h o j e a s p e c t o s que assolam qua l quer pais d o m u n d o.

O f e n Smeno d a d e s t r u i ç'Elo tomou c o n t a d o p l an e t a .

r::'s s i m � CJ homf�m per'c:ebe hoj G , que a 1.:-50 C i f-? d a d e d ev e

�!:}er e s t r u t. u r a d a d e f o r'ma .a d esE?n volver suas c a p a c i d ad es e

h a b i l i d a d es , con d uz i t ... a sua s u b j e t i v i d ad e e

LI· !

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c::on c:om i t.an temen tE� o torn ar a p t o pa,"'a um tra ba l ho f í sico ou

i n te l ec t u a l � o n d e as pessoas sej am capazes de e n t e n d E'rem-se

e n tre s i , de modo a v i ver em p a z .

F'ar-a q u e i sso a c on te ç a , tOIr- n a'MWse n ecessálr- i o

at(�n tar--se par�a u m f a t o : n a et:onom i a p l .... i m i t i va , cad�3 pessoa

d e p en d i a d a outra , o ser huma n o d e p en d i a de ou tro ser human o .

As pessoas d e v i am co l a b o r'ar e d avam-se bem umas com as

out ras . Deviam concordar sobre certas i n s t i tu i çôes porque d o

con trá r i o a v i d a e con6m i ca estag n av a .

Hoj e , n o domi n i o d a econom i a mon etár i i:\ , q uem s e

t orna ca p i t a l i s t a com seus i n v e s t imentos d e ca p i t a l e s tá

também d e p e n d e n t e d o s q u e

tDta l m e n t e es tran hos .

tr-a b a l ham , mas f?s t.es l he são

� i sso q u e , an tes de tudo d ev e ser- tomado em con ta

par-a compreende)'" as massas 'traba 1 hador-as , sej am

i n t e l ec t u a i s OLl bra ç a i s , e as i n s t i t u i çbes n as q u a i s e l e s s e

en con tram , o u sej a , q uem rea l men te prod u z , novamen te deve se

é:\ pro�,� i m a r' d e q u e m com seus i n v e s t iment.os d e c a p i t a l , torn a

poss í ve l o d esen v o l v imen to econSln i co u

As d emon s t.radas ao l on g o d o pr' i me iro

cap.í. tu l o � ser�o cl presen t. adas n um q u a d lro-Iresumo d emon s t l""ando

os v a l ores prt�d o m i n an te!5 n a soc i ed a d e oc i d en ta l a tua l e os

novos v a l ores qUéÔ' começam a surç,� i r como plrecursores de um

n ovo mod e l o e con8mi co-so c i a l .

4 2

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VAliJRES ATUAIS

Tendência a Ul11 governo central forte;

IVLITICA

Ou pragmático ou visionário;

o governo mantém as pes­soas dentro da norma, (função disciplinar) ou é representado como pai bene­volente_

A lmmanidade conquista a natureza e explora seus re­cursos_

SAflDE

Tratamento de sintamas_

Especialização;

o profissional é Ullla autori­dade, ele deveria ser efeti­vamente neutro_

o corpo visto como uma máqui­na em bom ou mau estado_

A dor e a doença vistas como totalmente negativas;

/ NOVOS VAliJRES

Despertar de uma nova perspectiva que favorece Ulll governo descentralizado onde possível, com uma distribuição central do do poder (redes)_

Pragmático e visionário;

o governo favorece o desenvolviJJJento, a criati­vidade, a cooperaçao, a transformação, a sinergia_

A hUlIllmidade é parceira da natureza_ Reciclagem, energias suaves, equilí­brio ecol6gi.co_

Procura das estruturas e causas, mais tratamento dos sintomas_

IntegraL

o profissional é Ulll parceiro terapéutico_ As suas atenções são Ulll componente de cura_

o corpo visto como Ulll sis­tema dinâmico, Ulll campo de energia no interior de outros campos, de Ulll con­texto_

A dor e a doença vistas como uma informação provin­da de Ul11 conflito, de falta de harmonia_

4 3

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o corpo e a psique separados;

A psique é um fator secundá­rio numa doença orgâníca;

ElXICAl;aO

Acentua o conteúdo, a aquisi­ção de um conjunto de conhe­oimentos 'corretos " uma vez por todas;

Aprender é visto como Ul11 pro­duto, Ul11a destínação;

Preocupação por nOnnaB. Prio­ridade à performance;

l1odo de peDBar analítico, linear, pelo cérebro esquer­do;

Orientação para o lI!Ul1do ex­terior. A experiénoia ínte­rior muitas vezes considerada 001110 inoportuna no quadro es­colar;

EaJNafIA

Favorece o COnBUl11O forçado, pela obsolesoéncia planifioa­da, a Plblioidade, as pres­BÓes, a oriação de necessida­de artifioiais;

Operações centralizadas;

AgreBBividade, OOII1petição, "Negócio é negócio";

A curto prazo: exploração de recursos l:imi.tadOB;

Quantitativo: níveis de re­cursos, luoros, produto naoi­onal bruto, bens tangíveis;

o corpo e a psique formam um contínuum;

A psique é um fator pr:in­oipal ou equivalente em to­das as doenças.

Acentua o fato de aprender a aprender. Importância do contexto.

Aprender é visto 00lI10 Ul11 processo, uma viagem.

Preocupação pelas potenoia­lidades do índivíduo. Prio­ridade à ímagem de si COII1O geradora da performance.

Esforço por Ul11a eduoação de todo o cérebro.

A experiénoia ínterior considerada 001lIO o contexto para a aprendizagem.

ConBUl11O apropriado. llln­servação, preservação, re­oiolagem, qualidade, saber fazer, ínovaçãa, ínVlmÇBO para satisfazer neceBBida­des auténtioas.

Operações descentralizadas onde for possíveL

Escala hUJllB1la. Cooperação. Os valores hUJllB1lOB trans­cendem o 'êxito '.

Sensibilidade ecol6gioa aos custos últ:útJOB.

Qualitativo e quantitativo: sel1BO de realização. Valores e bens íntansiveis (oriati-

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vidade, plenitude) quanto tangíveis.

tanto

( 1 3 ) -------------------------------------------------

Observa-se � � t � o que n ovos p r e c e i tos e va l ores

est.o surg i n d o . A o b ten ç�o de o p i n ibes o b j e t ivas referentes à

v i d a soci a l -econ 6 m i ca depen d e , em m u i tos sen t i d os , d o g rau de

esc l a re c i me n t o sobl"' e a re l aç�o r e i n a n te e n t.re a s pessoê:l.s d e

cuj o conv i v i a resu l tam a v i d a s o c i a l e a s i n s t i tu i ç�es e m que

as pessoas v i vem .

o homem nào quel'" m a i s t o r n e u'--se p r i s i on e i ro d e s �

mesmo e d e suas açôes !I j á tem-se bastan tes ev i d ê n c i a s d a s

c a t á s t r o f l'?s q ue i sso tem provocado a o l on g o d o tempo , mas

parece que a g o r a o homem começa a p e r ceber que sua e x i s t'ên c i a

pode ser- m a i s d i g n a , c l"' i a n d o para s i v a l o res �

c on d i çbes e a m b i e n tes f avoráve i s à e x pan sâo

de seu p r ó p r i o se r , a t r avés de a çô e s c r i a t i vas e susten t áve i s

ao l on g o d o tempo .

( 13 ) WE I L , P i e r re . Petrópo l i s , 1 986 .

Sementes para uma nova era � Ed i to r a pg . 1 3 0 .

V o z e s ,

4 5

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CAP I TULO I V - DESENVOLVI MENTO SUSTENTAVEL

o Desenvo l v i mento Susten t áve l é uma p r oposta d e

novo mod e l o f? conômi co d e d e senvo l v i men to q u e tem como

c::on c e i t.o bás i co " s a t i s faze r as n e cess idades do p re s e n t e s e m

c o 111 p rome t e r as ha bi l i dades das ru tu ras ge ra ç1'Jes de

s a t i s raze rem suas neces s i dade s · ( 1 4 ) .

A s s i m !, este c a p í tu l o tem como obj e "t i v o p r� i n c: i pa l

dar Uffic\ v i s�o d o c o n c e i t o d e Desenvo l v i men to

Susten t áv e l d e f o r m a amp l a , a b r a n g e n d o as t �âs e c o l og i a s que

compbem o ambien te . Sej am E c o l o g i a Amb i en t a l , E co l og i a So c i a l

e r:: co l og i a Human a . Esta v i sg(o en g l oba a s d i mensôes

econam i c a s � po l i t i ca s , mo r a i s e s ó c i o-cu l tu r a i s .

o d esen vo l v i m e n t o tem s i d o uma meta d esej áve l pe l a

s o c i e d a d e ao l on g o d e sua ev o l uç�o . Porém , tem-se n o tado que

o mod e l o sob I"" E' o q u a l estE-? d esenvo l v i men t o tem s i do

f u n c:l amen t.aclo a p resenta hoj e s é r j. a s conseque'n c i as �, tan to p a r- a

o m e i o amb i e n t e � q u a n t o p a r a o p r ó p r i o homem e s u a s r e l a ç�es .

( 1 4 ) NOSSO FUTURO COMUM . Comi ss.o m u n d i a l sobre m e i o a m b i e n t e e d esen v o l v imen tcJ . Fun d a ç&o Getú l i o Vargas , RJ , 1 988 . p g . 9 .

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Nos ú l t i mos anos tem c re s c i d o a p r eocupaçâo em

sabf': F' se as a m b i e n t a i s l i m i t a r a s

poss i b i l i d ades d e desenvo l v i men to . E se , c a s o e s t e mod e l o d e

desenvo l v i m e n t o con t i n u a r c o m os mesmos p r i n c i p i a s e métodos �

a i n d a a s s i m ser- á possi ve l sa. 1 v a g u a r d a r a q u a 1 i d a d e d e v i d a

d e s t a e d a s f u t u r a s g e r a ç ôe s .

COn f ()rmE� f o i v i s to a n t e r i o rmen t.e , o homem t.emRR·se

c on s c i en t i z a d o d a n e cess i d a d e mudan ç ê.-\ d e va l or-es

precei tos a t ravés de I�ed e f i n i çbes po l í t i cas � soc i a i s e

e con6m i cas , on d e a m b i e n te f i s i co , so c i a l e humano es tej am em

eq u i l i b r i o . A pa r e c e a s s i m um n ovo mod e l o d e d esenvo l v i m e n t o :

Desenvo l v i me n t o Susten táve l .

A h i s t ó r i a d o termo Desen v o l v i mento S u s t e n t � vel s e

i n i c i ou em 1 980 , q u a n d o U n i � o I n te r n a c i ona l. para a

Conservaç:3:o da Natureza l U r eI\! ) a p resen tou o d ocumen to

E s t ra tég i a d e Con servaç�o Mun d i a l com o obj e t i v o d e a l c a n ç a r

o desen vo l v i men i:o susten táve l

y" ecu rsos v i vos .

a t ravés d a p reservaç�o d o s

E m b o r a esse d o cumen t.o tenha l�e c e b i d [)

C I'" í t i cas por p a r te d e a l g u n s c i e n t i s tas

amb i en t a l , e l e rn cebeu O a p o i o do P r og rama das Naç�es U n i d as

p a r a o Me i o A m b i e n t e ( PNU�lA ) , qU(� ten tou p o pu l. a r i z á - l o

a t r avés d a d i vlj l g a ç�D d e seus p r i n c i p i os , q u a i s sej am :

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a j ud a aos pobres � porquE e l es n llio tªm o p çâo sen � o d e s t ru i r

o m e i o amb i en t e ;

clesE'nvo l v i me n t o auto-sust.en táve l a t ,"'avés d os l i m i tes dos

r e cu rsos n a tu r a i s ;

� d esen vo l v i men to com cus to r ea l , usan d o c r i t é r i os econ 6 m i cos

que i n c l uam os cus tos d a u t i l i z aç�D d e recu rsos e suas

consequi2n c i a5 �

. n o ç�o d e n e cess i d ade d e i n i c i a t i vas cen t r a d a s nas pessoas .

J à p a r a a Com is5�o Mun d i a l so b re l'1 e i o A m b i e n t e e

Desen vo l v i men to

susten t áve l s�o :

( WCED )

c r e s c i me n t o renováve l ;

os o bj e tivcl S

mud ança d a qua l i d a d e d o c r e s c i mento ;

d o d e se n vo l v i me n to

. s a t i s f a ç�o d a s n e cess i d ad e s essen c i a i s t a i s como : empreg o ,

com i d a , e n e r g i a , água , e d u c a çâo , san eamen to b ás i c o �

g a r a n t i a d e um n í ve l sust€o?n t áv e l d e>? p o pu l i!:\ ç:3:o ( con t r o l e

d emogr á f i co ) ;

conservaç�o e p r oteç�o d o s recursos ;

4 8

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4-9

. reo r i e n t a ç�o d a t e cn o l og i a e g e r e n c i amen to do r i s co ;

. reo r i e n t a çâo d a s r e l a çôes e con ô m i cas i n t e r n a c i on a i s .

':A humanidade é capaz de tornar o desenvolvimento sustentável - de garantir que ele atenda às necessidades do presente sem catJPrvmeter a capacidade de as gerações futuras atenderem também às suas: o conceito de desenvolvilllento sustentável tem. é claro. limites - não limites absolutos. maB limitações impostas pelo estágio atual da tecnologia e da organização social. no tocante aos recursos ambientais. e pela capacidade da biosfera de absorver os efeitos da atividade humana. lJaB. tanto a tecnologia quanto a organização social podem ser geridas e aprimoradas a fim de proporcionar uma nova era de crescimento econômico . .. ( 1 5 )

Ver i f i ca-se e n t . o q u e a p r o posta p r i n c i pa l d o

d e sen v o l v i m e n t o sus ten táve l é a res tau raçâo d o s v i n cu l as

p e r d i dos r.�n t r e o homem e con ô m i co e o ser human o , o n d e

a t r avés d e u m a v i d a m a i s s i m p l es possa se ter uma v i d a m a i s

r i c a , red e s co b r' i n d c-se o s v a l o res human os , a d i g n i d a d e e a

aut onomia que f o r am pe r d i d a s n a cor r i d a p e l o cres c i m e n t o

econôm i co .. o equi l í b r i o d i n �l m i co os f a tores d e

produçâ o , o a m b i en te e o homem é o obj e t i vo d o n ovo mod e l o d e

desenvo l v i men to .

E s t e mode l o d e d esenvo l v i men t.o e conôm i co p l"'etende

con d u z i r a um aume n to sus ten táve l d os pad rBes d e v i d a ,

com p r een d e n d o COli sumo mate r i a l , e d l.,{ Ca ç � D , saúde e pl"'oteç�o

a m b i en ta l .

( 1 5 ) NOSSO FUTURO COMUM . o p . c i t o p g . 9 .

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D con c e i to d e d esenvo l v i me n t o s u s t e n t a d o p r o pôe uma

i n t e g r a ç :3: o d e po l í t . .i c:as a m b i e n t a i s com e s "t. r' a t.ég i a s p a r a s e

a t i n g i r um desen v o l v i me n t o so c i a l e humano , on d e 0$ g es t o re s

d o s r e c:ursos d e v t.� r�o o ''"' i en t a r -s e p e l o p l an e j amE'n t.o d e l on g o

p l'"' a z o .

o p l an e j amen to d e v e r á a p o i a r o c r es c i me n t o com

p ro te çâo a m b i en ta l. v i sa n d o c u i d a r p r i n c i pa l men te das causas

em d e t r' ,i m e n t o a p�2n a s d o s e f e i tos d e c o r rMen tes das suas

d e c i sbes q u e s"o e v i d en c i ad a s a t ravés d o s

p r o b l emas sfn b i e n ta i s .

A c on c i l i a ç� o e n t r e a n e c e s s i d a d e d e man t e r o

eq u i l .i bl"' i rJ d o a m b :i. e n "te e a con t i nua çâo cio d e s en v o l v i me n t o

t(� cn i co / e co n ôm i c:o � n u m q u a d r o d e c r e s c e n t e p r-ocI_l r a pOI'" uma

popu l a çào c a d a v e z m a i s nume rosa , é o g ra n d e d e sa f i o d o n ovo

mod e l o d e d esenvo l v i men to .

E x i s tem d i ve r sas D p i n i�es s o b r e q u a i s c a m i n hos

segu i r e q u e o r d en s , po l í t i ca s ou e s t r a tég i a s d evem ser

. . A nova ordem .mundial de cooperaçao para o desenvolvimento sustentado deve ser baseada nas seguintes linhas:

_ aposta numa maior solidariedade programas de combate à pobreza degradação do ambiente;

entre as naçoes e criaçao de mais entendida CQ/I1O fator agravante de

_ reequacionamento do problema da divida dos paises em desenvolvimento e numa perspectiva global de cor responsabilidade na conservação da natureza e dos recursos naturais;

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aposta ZlI.IIIIa ampla participação da sociedade na prioridades políticas de ambiente e desenvolvÍlllento, destaque para as organizações não governamentais_ .. ( 1 6 )

5 1

definição das COI1/ especial

o Re l a t ó r i o S o b r e Dr.senvo l v i mEm "to Mund i a l ( 1 992 )

a presen t a s e t e sLlgestbes p a l� a a s a u to r i d a d e s r e s po n s áv e i s

pe l a 'f o r m u l a ç âo d e po l i t i c as e d i re t r i z e s e corI S m i co-so c i a i s .

1 - L e v a r em con t a o meio ambi e n t e

I n s e r çâo n o p r o cesso d e c i s ó r i o de cons i d e ra ç�es d e

cun ho a m b i e n t a l . O s l audos d e i m p a c t o a m b i e n ta l d ever�o .

d esempen h a r' i m p o r t a n te p a pe l n a a n á l i se d e proj etos e d evem

ser i n c l u i d o s n a s r e f ormas de po l i t i cas .

2 - A t r i bu i r p r i o r' i dade à q u e $ t � o demo g l� á f i ca

M a i o r a t e n ç.o aos p r o b l emas popu l a c i on a i s . D a r

a cesso à e d u ca ç � o às men i n as � ha b i l i t a r a mu l h e r a se a u t o-

s u s t en t a r e p a r t i c i pa r p l en amen te d o p rocesso d e c i só r i o , benl

como i n ves t i r em p r og r a ma s de p l an e j amen t o f am i l i a r m a i s bem

e q u i pados e f i n an c i ados , con t r i bu i n d o a s s i m p a r a q u e as

m u l heres possam d e t � r m i n a r seu compo r tamen to r e p r od u t i v o �

3 - Comba t e r pr i m e i r a os danos l o ca l i zados

Nos p a :i. s e s em d esenvo l v i men to � ffiL\ i t a s pessoas

m o r rem ou a d o e ceol d e v i d o a águas con t am i n ad as , f a l t a de

( 1 6 ) CONFERENC I A SOBRE ME I O AMB I ENTE E DESENVOLV I MENTO B r a s i l 1992 . Re l atór i o de P o r t ug a l , J u n h o 1 99 1 . pg . 76 .

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s a n e amento b á s i co � f um a ç a d os fog ôes a 1 e n h a , e poe i r a e

c hu m b o n o a r d a s c i d a d e s . Os p a i se s e m d esenvo l v i me n to

e n con t r- arn d i f i cu l d a d e e m a l i me n t a r sua popu l a çâo d e v i d o a

so l os e m po b r e c: i d os pe l a e ros�o ou e n v e n en ad os pe l a LlSO

i n C 0 1"' r- e to d E.'!' p ro d u tos q u í m i cos . A so l u ç�o d esseS'� pr'o b l emas

a m b i e n t a i s e n o r m e s ben e f í c i o s a s .a ú d e o

d e s e n v o l v i me n t o E c o n am i co �

4 - Econom i zar a capaci dade adm i n i strat i v a

P a r a m a n t e r b a i �,:os o s custos a d m i n i s t r a t i vo s , o s

p a í ses p r e c i sa m e s t a b e l e ce r m e t a s r ea l i s t a s e c u m p r i - l as �

o r i e n t a r-se p e l o m e r c a d o , d a r p r e f e rªn c i a a i n s t rumen tos

au t(:)�-t"" E'g u l a d o r e s , como o s esq uemas de r e c i c l ag em � e o b te r

a po i o p o pu l a r a t ra v é s d a pa r t i c i pa ç�o l o ca l .

5 - A v al i ar as c o m pensaçôe s - e m i n i m i z á -las

Os g OV E I"T10S d evem e s 't a r capa c i t a d o s a ava 1 i a r' o s

custos d o s d a n o s a m b i e n t a i s e o s m e i o s m a i s b a r a to s d e

p r o teg e r o m e i o a m b i en te . A s po l i t i cas d ev e m s e r f o rmu l a d a s

com b a s e e m compa r a ç�es e x p l i c i t a s d e c u s t o s e ben e f i c i o s b O s

c i d ad �o s p r e c i sam s a b e r as c o n c e ss�es q u e s � o f e i t a s e m n ome

do c r e s c i m e n t o e co n 6m i co e da p r o te ç�o a m b i e n t a l .

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6 - P e s q u i $ a r � i n f o rm a r e c a pa c i t a r

As pes q u i sas devem con cen t r a r - s e em tecn o l og i as

a p r Cl p r i ad,j�s .. A '.")o a i n f ormaçâo r e n d e a i tDS d i v i d e n d os , p o i s

a j u d a est i pu l a r" med i d a s p r i o r i t á r i a s sensa "tas ..

P r o i: i s s i on a i s m a i s c a p a c i t a d o !:; podem con t r i b u i r p a r a a

so l u ç::3:o d e p r·o b l emas a m b i e n t a i s como o uso i n ad eq ua d o de

pe s t i c i das e a man i p u l a ç�o i n d e v i d a de res í d uos t ó x i. cos .

7 - � m a i s ba ra t o p re v e n i r q u e re m e d i a r

I n c: J. u i l .... med i d a s p r even t i v a s con t r a a po l u i ç�o nos

novos i nv e s t i men tos é m a i s b a r a t o d o q ue a c rescen tá- l as m a i s

t.anJ e " As n o v a s t e c n o l og i as s�o menos po l uentes q ue as

a n t i g a s .. Os p a .i s E-:�s em desen v o l v i me n t o com mel""'c:ados a b e l""tos

sai r�o g a n h a n d o com a i m po r t. a çâo d as t. e cn o l og i as l i mpas j á em

uso nos p a í ses i n d u s t r i a l i z ados ..

o l:JOVerllo deve p a r t. i c i pa r n o e s t. a b e l e c i me n t.o d e

r e g u l amt:?n ta ç6es n a u t i l i. z a ç� o po l i t i c: as

na tL\l'- a i s .. as med i d as n e cessá r- i a s

estabe l e c i me n t o d e p r e ços a.d equados

de r e c u rsos

estão o

r-SC:Ll I'""SOS

n a t u r a i s , l e i s m a i s c l a r a s q u a n t o aos d i re i tos de p r o p r i ed a d e

e l3 pOSSl� de re cLlr'sos � t r- i bu·t a ç � o e con t ro l e d a po l u j, ç�o � e

i n V E s t i mentos e m a l tel�n a t i v a s d e p roduç�o .

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54

o d esen vo l v i men to s u s t en táve l e o p r ogresso à

med i d a d o homem , 5.0 a s l i n has m e s t r a s d e uma i d eo l og i a

e c o l óg i ca '2 hu.man i s t:a q u e i n s p i ra a p o ], i t :L c i� de

desenvo l v i m e n t o e conSm i c o �

"Não haverá verdadeira resposta à crise ecológica a nao ser em escala planetária e com a condição de que se opere uma autêntica revolução política, social e cultural reorientando os objetivos da. produção de benB materiais e ilIlateriais. Esta revolução deverá concernir, portanto, não só as relações de forças visíveis em grande escala mas também aos dOl11ínios lIlOlecu1ares de sensibilidade, de inteligência e de desejo . .. ( 1 7 )

VEi-�se s U lr g i. !r. en tao , uma e c o l. o g i a m a i s:, a m p l a , n a

q u a l a l ém d a e c o l og 1 a am b i en ta l , p re o c u p a d a com a po l u i ç . o e

a m b i e n t a i s , c on s i d e ra-se também a e c o l og i a

soc i a l - q u e s e p r e o c u p a com a s r e l a çôes s o c i a i s e suas

conseq uEin r.:.i as p a r a o am b i e n t e f .í. s :L co - E'� a e c o l o g i a humi:\n a ,

q u e se o c u p a em d eserl vo l v e r a s p o t en c j, a l i d ad e s e h a b i l i d ad e s

d e c a d a u m , p o d e n d o a �.> s i m a t f.-=!n d e r a o f u n d amen to bás i c o d o

d e s en v o l v i men to s u s t en táve l me l h o r a r a q ua l i d ade d e v i d a .

A d i v i s � o n c;:o s t e s t r 'ê"s �jegmen tos é d e s t a ca d a p a r a

q u e s e jJf.-?'I .... c e b a e a va l i e a s mú l t i p l as i n ·tf2 r� a çese5 e�·� i s ten tes

e n t l'""e a e c o l og i a a m b i E n ta. l , a e co l og i a s o c i a l e a e co l og i a

human a , e a s cDnsequ�n c i as f avoráve i s q u e s e pode o b t e r

a t ravés d e s e u e q u i l i b r i o d i n â m i co .

-----_.-:=-=-:--. ---::--- -_. ( 1 7 ) GUATARY , Fe l i x . As trWs e co l ogias. Ed i to r a P a p i rus , SP , 1 <;190 . p g . 9 .

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ECOLOGIA AI'1BIEHTAL

E t i mo l og i camen te e co l og i a s i g n i f i c a o estudo d a

casa , que é morad i a d o s homen s , a n i m a i s e

p l a n tas .

A e co l og i a a m b i e n t a l tem se i n cu m b i d o d e estudar as

r e l a çt;es e i n te r- '-' I"'E"' l a çê)es (:los o r g a n í 'S')fflos v i vos p l an t as e

a n i m a i s - com seu m e i o a m b i e n t e .

A

"fun c i on amen t o

E"-:? c o l og i a a m b i en t a l

d o s s i s temas n a tu r a i s

a estudar o

( f l or'es tas , o ceanos ,

an i m a i s , a r' , e t c . ) p r o c u r a n d o en terl d e r a s l e i s q u e regem a

d i n â m i c a d e v i d a d a n a turez a . E s t á l i q a d a a o campo da

b i o l oq i a ( p r i n c i pa l men te ) , da q u i m i c a , d a f i s i ca , da g eo l og i a

e d e o u t r a s v á r i a s c i ª n c i as que con t r i bue," p a r a a compreen s�o

dos f en 6menos n a tu r a i s .

A base n a qua l s e f un d amen ta todo o un i v e r-so d a

e co l og i a a m b i e n ta l é o con c e i t o d e e coss i s tema . E s t e con c e i to

rev e l a q u e os e l emen tos d a n a tu r e z a nâo estâo i s o l a d os u n s

o u t ros , m a s s i m se com b i n a r em s i s temas

e s t. a be l e c i d o s a par t i r d e uma s é r i e d e

re l a c i onamentos f i s i cos e b i o l óg i cos .

Ao i n v e s t i g a r o s i s t ema d e r e l a c i on amen tos q ue

f o r m a (J e coss i s tema � a e c o l og i a a m b ien t C\ l p r o c u r a p e l'"' c E� be r

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q u a i s são a s r-E"! Çl r'as do seu f un c i on a men to � Ass i m li t.orna·--se

pass iva ! i d en t i f i c a r as l e i s q u e regu l am os mecan i smos

ecossis t�m i cos � resum i n d o-se nos seg u i n tes p r' i n c i p i os �

"i - Interdependência - Na unidade funcional do ecossistema tudo está relacionado com tudo, de tal maneira que não podemos tocar nUlll elemento isolado BeI/l afetarmos o conjunto.

2 - Ordem dinâmica - Esse sistema de equilíbrio interdependente nao é estático e sim dinâmico; não surgiu do nada, mas foi sendo forjado por UlII lento e trabalhoso processo evolutivo, que precisa ser continuamente renovado para prosseguir.

3 - Equilíbrio auto--regulado (homeostaseJ - Esse dinamismo faz COI1l que o ecossistel/la seja não s6 auto--organizado CO/1lO também auto--reguláveL Assim, se o sistema sofre algum dano ou modificação, ele tem capacidade para se reordenar e adaptar à nova situação, estabelecendo UlII novo equilíbrio. 8 importante considerar, contudo, que essa capacidade de adaptaç/fo não é limitada, e que a partir de certo nível de danificação o ecossistema pode entrar em colapso.

4 - l1aior diversidade = maior estabilidade - Quanto maior for a variedade de elel/lentos existentes em UlII ecossistema, maior será sua capacidade de se auto--regular, pois maiores serão as possibilidades com que ele contará para recombinar elementos nUlll novo equil�ôrio.

5 - Flwro constante de matéria e energia - O sol é a grande fonte de energia da natureza, pois ele é UlII sistema "aberto ", que fornece energia abundante BeI/l demandar nenhuma energia em troca para sobreviver.

6 - Reciclagem permanente - Não existe "lbw " 12a natureza. Todo elemento natural liberado no ambiente é reaproveitado de alguma forma pelo ecossistema. Através desses reaproveitamentos, os materiais de que a vida se serve estão sempre circulando numa espécie de ciclo fechado. " ( 1 8 )

Desta f o rma vâ-se q u e o eq u i l i b r i o d a e co l og i a

a mb i en t a l depen d e d e uma i n te r - r e l a ç�o constante d e todos os

organ i smos que coe x i s tem em um d e t e r m i n a d o a m b i e n t e . A med i d a

q u e essas in t e r- r e l a ç ôes v�o send o mod i f i c a d a s torna-se

n e cessál'� i o a c r i a ç&o d e m e i c1s a l t e l'-n a t i vos par-a que novo

eq u i l i b r- i o surj a , sem por em pe r i g o a v i d a e x i s tente no

a m b i en t e .

( 1 8 ) LAGO , An t6n i o e PADUA , J osé Augus to . O gue é eco l ogia ? Ed i tora Bra s i l i en se , SP , 1 992 . p g . 1 8-2 1 .

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ECOLOGI A HU,IANA

f-l e c o l o q i a humana e s t\..t d a a s r e l a çC':5es d os s e r e s

humanos-j c o m o me i o a m b i e n t e f .í. s i co � e d o s g r u pamen tos

humanos en t r e s i . No m e i o a m b i e n t e o homem a d q u i re r\ ormas d e

c o n d u t a e o b j e t ivos v i ta i s , n a s ce n d o ass i m s u a s e x pe c t a t i v a s ,

asp i r a ç�es , t r a d i ç�es e v a l o res "

"Todo ser vivo tem uma dinâmica própria, uma força vital, em consequência das próprias características do fenÔl1Je11O vida, que implica processos bioquímicos intracelulares, trocas intercelulares e interações com o ambiente ou ecossistema.

No caBO dos animais superiores, seu telos está como que marcado em sua própria estrutura anátolIlo-funcional e instintiva. Vida sendo ação, dinamiBlDO, o telos de cada animal é realizar-se em pleno, é viver até exaurir o seu potencial de máquina.

o instinto de conservação do indivíduo e da espec�e, ego, BeJW, imprimem uma direção à força vital, e gui8111-se basicamente por informações de prazer-dor, tranBl11itidas e processadas por mecaniBlDO especializados, desenvolvidos através da própria evolução filogenética.

Temos que considerar na análise do telos do homem, uma dualidade de origens de seus componentes: uns ligados à estrutura instintiva e baseados no hedoniBlIlO natural, outros ligados ao grupo social a que ele pertence, incorporados a ele no processo de vida de relação. Não são pois intrínsecos a ele, e sim ligados à cultura a que ele pertence.

Cada homem constrói no decurso da vida seu próprio telos, suas metas ou objetivos. O telos de l1llI indivíduo representa, em última análise, sua filosofia de vida. " ( 1 9 )

N a e ssªn c i a , o homem busca r ea l i z a r-se p l en am e n t e ,

ten d o uma v i d a r i c a d e s i g n i f i ca d o , a t ravés d a sua f e l i c i d ad e

i n d i v i d u a l . Den t lco d a c o n c e p ç "" o huma n i s t.a , i s to i. n c l u i a l ém

d a s a t i s f a ç � o d a s n e c e ss i d a d es d e sobrev i vâ n c i a , a aten çâo a

o u t r a s as p i r a ç � e s human as , c o n f o �me mostrado n a f i g u r a 1 �

( 19 ) C f-I AV E S , 1"1 a ,.. i o • S,:",a"u",' d",-"e,--=e,-_s�i�s"-t=e,,,m",a .. s2.' Getó l i o V a ,..g a s , R J , 1980 . P 9 . 3 1 -2 .

E d i to r- a FLln d a ç �o

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Componentes do T e l os d a Espécie

C E O F S D

N I A U F S ti C

O I D A R C E ç

T O 1'1 O O

FELI ESTÉT I CA C I DADE RECREAÇI'lO

S S N E A O A

G T C U I T E S

R S R I O I F A T C

D A B A I A ç A ç A

D 1'1 L 1'1 L E O H O

O

FIGURA 1

( E x t r a i d a d e , CHAVES , M a r i o . Saúde e sistemas. p g . 3 7 , f i gura

9 . )

A e co l og i a humana c on s i s t e por- tan to , n o ,'-e s pe i to

aOf5 e 1 emen tos con s t i t u i n tes do te l os humano quando d a

e l a bora ç�o d e p o l i t i cas e d i � e t r i z e s p a r a a s i n s t i t u i çôes n a s

q ua i s o homem e s t á i n s e r i d o � o u sej a , o seu a m b i en t e s ó c i o -

CL< 1 t u r a 1. •

5 8

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ECO LOG I A SOC I A L

A p e r c e p ç.o d a i m p o r tân c i a d a E co l og i a S o c i a l

apenas se tornou presente a pa r t i r d a enorme rad i ca l i 2 a ç � o d o

impacto d e s t.r-u't i vo d o homem sobr-e a n a -r_ u r e z a P l"'ov ocada p e l o

desen v o l v i men t o d o i n d u s t r i a l i smo .

A E c o l og i a Soc i a l liC\sceu como resu l tante das

con t r- a d i çt::: es e �·: i s ten tes na u l"'ban o--

i n d u s t r i a l � on d e o homem atlJa sobre o m e i o amb i en t e n�D

a penas par�'3. r e 't :i.. r' a I"" o n e cessál .... io par'a a sua sobrevi vê"n e i a ,

mas t.ambém para s a t i s;:. f a z e r n e cess i dades q ue s;3:o s o c i a l men te

f a br i cadas .

Necessid ades que n a s cem com d a

com p l e x i d ad e sóc i o-econ8m i ca e cu l tura l d a s s o c i e d ades , com o

desenvo l v i men to d a d i \' i s� o e d a estr a t i f i ca ç � o s o c i a l n o

i n teri or- d o s g rupos hUlnan os .

Deve-se ress a l tar q ue , embora a s n e cE,!:=j. s i d ades

humanas �;ej am so c i a l men te detf:� r m i nadas � a poss i b i 1 idade de

sat i s f a z ?- l as deve ser t a m bém e co l og i camen te d e t e r m i n a d a •

• ',§ Ecologia Social deverá trabalhar na reconstrução das relações hUDJallB.B em tOOOlJ OIJ niveis do socius. Ela Jamais deverá perder de vista que o poder capitalista se deslocou, se desterritorializou, ao mesmo tempo em extensão - B.l@liando seu dOlDfni.o sobre o conjunto da vida social, ecoDÔl11:ica e cultural do planeta - e em -intenção - - infiltrando­se no seio dos 111é1Ís inconscientes estratos subjetivos . .. ( 2 1 )

( 21 ) GUATARY , F e l i M . o p . c i t o p g . 33 .

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L..og o � ê\ EC D l og i a So c i a l oc:upa--se d a har-mon i z a ç2í.o

dos obj e t ivos s ó c j.o--econ6m i cos com a prudªn c i a ambien t a l .

Um c r-es c i mento d i f e r en te � ambien ta l mente pruden te ,

susten táve l so c i a l me n t e resp(;Jf1sáve 1 , v o l tado urna

qua 1 i d i:\ d e d e v i d " d e e eq u i t a t i vamen te

d i s t r i b u i d a t o r n a r á pos s i v e l uln equi l i b r i o m a i o r- d a s r e l a ç ôes

so c i a i s .

A e C D l o g i a so c i a l re presen ta a man e i r a d e v i ve r d os

e l emen tos que con s t i tuem a s o c i e d a d e em s i ( s i s tema soci a l ) .

Para se ter uma i d é i il fna i s comp l e ta d a f o r m a ç�o d esse s i stema

será a p resentado o q u a d r o a b a i x o .

A e co l og i n so c i a l será , med i d a ,

con d i c i o n a d a pe l a capac i d ad e i n s t i tu c i on a l para se e s t i m u l a r

i:i i n ovaç"à:o soc i a l e empen h a r--·se em n ovas f o r-mas d e

p l anE,:::;" j amen -to �? abord lgens c i en t i f i c as e humanas , p a r a a

con s t i t u i ç�o d e um novc� soc i us .

I.Jm s ó c i u s n o q u a l possa se i n te g r a r os d i f e ren tes

e l emen t.os cons-t :i. tu .i n te�j. d €-? um{"'i:\ ('2 cc) l o g i a m a i s amp l a .. D(3ndo

ass i m base para que a sus ten tabi 1 i d a d E� do d est?n vo l v i m e n t o

sej a e f e t i v a e m s u a a ç;:� D p a ' .... ,a a me l ho r i 2.-\ d a qu a l .i d ad e:.: d e

v i d a .

60

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6 1

A MANE I RA D E V I VER E A SUA FORMAÇl'\O ( 22 )

r -

-Tr��o� Fu�d�-;"e-n

-t

-ais d-';:- S�ciedad�

-- - ---- (I IL _ _ _ -__ _ __ _ _ _ _ __ - _ __ -= __ =_ == __ ====== _dJ

r----------------------_estágio de desenvo l vi.ento econômico

I _estágio d e desenvolvi.ento tecnológico

I _valores sociais dominantes ----------�_._--_._-----

--------------l _______________ J

- ] r ����:�::i

:�ter �:!:o �---------------�

ECESS

:��-

D

-

ES

-

--------.------li i

l saúde, oeio soci a l , E qualidade do aabiente, PREFERENC I AS

J etc ,

-----------------------_ .. _-,,---------------.. ---_._--- _.

---"._--------------------"-----_._-------... _, Es Fe ra do T r a ba l ho

_ atividade no processo do trabalho

_ participaç�o social nos coletivos de trabalho

I _ aquisiç�o de qua l ifi caç�o para o trabalho I 1... _____ .. _______ ________________________ _______ ---1

r----.---.�---"--.----.. -- ---------.--.----.-----"-----,--.--.-.---------------,_" '{

I Es F e r a do Laze r I (interesses culturais, d i versees, atividades físicas

I i cooo esportes, atividades ao ar livre .tc , ) L _______________________ ... ______________________ . ___ ... _________ _ __

[._ .. _----------------"_._--_. __ ._ .. _ .. __ ._------------"---------------_._----

J EsFera da P a r t i c i p a ç�o So c i a l

I n a pol ítica ou n a vida cOlunitária, •• lovimentos d e

bairro,grupos de aç�o, associaç�es etc , ) L. __ ._______________________ _ _____________ . ______ _

( 22 ) UUS I TALO , L i i s a . The e co l og i ca l re l e v a n ce o F consumpt i o n s t y l e . I n , SACHS , I g n a c y . Ecodesenvolvimento : crescer sem destru i r . E d i to r a Vé r t i ce , SP , 1 986 . p g . 1 4 3 .

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merlsagem cen t l" a l d a Conser" v a t i on

S t ra tegy ( * ) é q ue ao se p l anej a r o desen v o l v imento e c8nom i co

e a m e l hor i a d � qua l i d a d e d e v i d a d ev e c on s i d e ra r -se a

r-ea l i d a d e d a l i m i taç�o d os recu rsos e a c a p a c i d ad e d o

e coss i s tema , con s i d e r�ando a s n e cess i d ad e s d a s f u t u l"'as

obj e t i v o s a p r-esen tados por- esse

d o cumen to s�o :

1 man t e r- os pl"'o cessos e co l óg i cos essen c i a i s e o s s i stemas

q u e susten tam a v i d a ;

2 .- preservar a d i v e r s i d a d e g e n é t i ca ;

3 asse g u r a r que a Ll t i l i z a ç�() d os recu rsos e �c i s ten tes e o

ecossis tema n o qua l e l es est�o i n se r i d o s sej a susten táve l .

o desenv o l v i me n t o sus ten táv e l é u m p r o cesso d e

t r a n s f OF'ma ç�o n o q u a l todos os re CLtrso=:� e a t i v i d ad es sã.o

e l a borados v i s ando aten d e r às n e cess i d ades e a s p i raçôes

humanas , n o p r e sente e no futuro .

62

(*) The Horl Conservation Strategy é um dOCUIDeZlto produzido em 1980 com a inter national Union for Conservation of Nature and Natural ResourceB (IUaI), United Nations Environment ProgrammeB (llNEP) e Horld Hildlife Fund (HHF).

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V á r i as i n s t i tu i çôes , g ov e rn amen t a i s p r i n c i pa l men t e ,

toem se p reocupado com os c a m i n h(Js a sel'-em seg u i d os pal'"'.t::\ se

con seg u i r a susten t a b i l i d ade d o d esenvo l v i men t o b

o d o cumento T h e Word Conservation s t r a te g y

a presen ta u m a d e c l a r aç�o d as p l'"' i o r i d ades d e con servaçâo e Uin

p l an o 81n p l o p � r a a t i n g i - l a s , i n d i c ando q u a t r o cam i r, hos

atr avés dos q u a i s o cres c i mento e a p r D d u ç�o podem ser

e q u i l i b ra d o s n

o p lc i n c i. pa l o b j e t i vo d esses camin hos é que se

con s i g a uma i. mpacto a m b i en t a l resu l tan 1:.e d a s

a t u a i s f o rmas d e p roduç�o , b e m como a r e d u ç� o d a d e p l e ç�o dos

r e cu rsos e x i s t e n te!i n a n a t u re z a "

A s e s t r· a tég i a s sug e r i d a s , pe l o d o cumen t.o , para o

d esen vo l v i mento � s�o as segu i n tes :

1 C r e s c i m e n t o da po pu l a ç�o .. a i s l e n t o o cres c i mf�n to d a

popu l a ç�o é a t i n g i d o q u a n d o a t a x a d e n a s c i men tos é supe r i o r

à t a x a d e mortes ; p�ra e s t a b i l i z a r o c r es c i �\en to é n e cess á r i o

q u e ambas s e i g u a l em .

2 Ace 1 e raç�o da p roduç1!lo aumE�nto d a p r o d u t. i v i cl a d e d os

Produç�o susten táve l � ao con t r á r i o d a p roduçâo

má�{ ima , requer a conser·vaç�o d e recu rsos d os q Ll a i s e l a

d e pen d e - t e r r a , água � energ i a e poten c i a l i d a d e g e n é t i ca .

63

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3 Reduç�o do i m pa c t o a m b i e n t a l c o n s e � v a ç � o d e r e c u r sos

p a r a red u z i r o i m p a c t o a m b i en t a l é b ás i co p a r a a a g r i cu l t u ra

E' - , com o aumen to d a p ressâo n a s t e l"' r a s , e a

f a l ta d e o po r tun i d ad e d e m i g r a ç�o , e n q u a n t o há a r e c o m p o s i çâo

d a s ter I'" a s , e x i s t e uma g ra n d e n e ce s s i d a d e p a r a a p l i ca r a g o r a

o s p r i n c i p i os d a A d m i n i s t ra ç�o S u s t e n t áv e l .

4 Muda n ça da pe rcepç'llo hum a na a i n t.en ç � o p r- i n c i p a l é

m u d a r� a p e r- c e p ç � o e e s t i mu 1 a 1'- a r- e ce p t. i v i d ad e d o s

i n d i v i d ues p a r a novoS mé todos , t o rn á - l os con s c i en tes d o v a l o r

d o p l an e j a m e n t o d e l on g o p r a z o , f a to r p r i mo r d i a l p a r a a s

p r á t i c a s s u s t e n t áv e i s .

N o t a-" S'}e q u e o con cE?i to de Desen v o l v i men t.o

Sus ten táve l é b a s t a n te am p l o . O s e l e m e n t o s que o compee s�o

bastan tes d i v�?r s i f :i. c a d o s e o r i en t a d os p a r c3. a qLla l i d a d e d E�

v i d a .

A con s i d e ra ç'à:o ela E co l og i a A m b i e n t a l , d a E c o l og i a

Humana e d a E co l og i a So c i a l n a con j u g a ç.o d o s e l emen t.os

compon e n tes do Desenvo 1. v i m e n t o Susten 'ti-\ve 1 vo 1 tam-l!;;e p a r" a o

p r o cesso d e d esenvo l v i men to q u e o t"' a D p t a pe l o c r e s c i men t o ,

oLt t r f'3. S v e z e s pe l o con s e rv a c i orl i smo , o u t r a s v e z e s a i n d a

par- e c e n d o s e i" u m r) r o c esso g l o b a l d e m a i s p a r a t e r a ç�es

l Cj c a l i z ad a s �

64

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Deno ta-se e n t � o que para q u e o Desen vo l v i me n t o

SLls t e n t á v e l sej a i m p l ementado é n e cess á r i o u m estudo a curado

d a s con d i ç�es e x i s ten tes n o momen to e das c on d i ç�es que s�o

desej áve i �s que se a t i n j a uma con d i ç :3:o de

sus ten t a b i l i d adf2 . �l t r avés d E' um p l an � j amen tD es t r-a tég i cCl é

pos�;i ve 1 que s e p r omova as c on d i ç�es f avoráve i s para a

susten "t a b i 1 i d a d e d o desenvo 1 v i men ·to desej ado a c.1 q u i r i n d o a�;�sim

a q u a l i d a d e de v i d a n e cess á r i a a todos q ua n t o s pa r t i c i pam d o

a m b i e n t e g l o b a l .

Um cj ocumen to e l aborado pe l a U n i. ted Na t. i on -::;

E n v i ron merl t P rog r ammes ( UNEP ) dec l a r a que <-..'l,S p r i n c i. pa i s

po l i t i c as e med i d as a serem adotadas p a r a u m d esenvo l v i men to

susten t áve l sâo :

1 - M i n i m i z a ç�o d o desperd í c i o n o uso d os rec u rsos n a t u ra i s �

2 t·la N i m i 7� a ç g(c) d o uso p r o d u t i v o d o s r e s í d uos de todos os

t i pos .

� Res p e i to à i n teg r i d ade do e coss i s tema ( mod i f i c aç�es devem

ser i n t l'" oduz i d a s somen te a pós c u i d adosa ava 1. i a çg,: o de suas

c:onsequên c i as ) �

4 M i n i m i " a ç�o d a d o a m b i e n te , e m á >� i m a

amen i z a ç.o de ta l deg radaç�o q u a n d o e l a f o r i n e v i táve l .

6 5

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5 U t i l i z a ção '.:I e enE'� r g i a d E! f on tes renov áve i s , sempre que

poss;Í.ve l !'I compa t i b i l i z ando me l ho r i a a m b i e n t.a l e

deserl vo l v i men t o s ó c io-econSm i c o n

O bserva-se q u e a s po l í t i cas , d i lre"tJ"- i z e s , i d é i a s e

med i d as sug e r i d a!5 para a i m p l emen taç�o d o d esen vo l v i men to

susten táve l reque rem a a ç�o d e todos quan tos se s i n t am

pa r t i c i pa n t e s do g l o bo terrestre .

d evem t e r em suas con s i d e r a ç�es as consequ�n c i as n o f u tu r o .

Pe l o -r ato s o c i e d a d e o c i d e n ta l e s t a r

C:: �3 ra c:ter i ;� a d a pe l a e conomia d e b a s e mon e t 2u'- i a e o p r i n c i pa l

f a to r c: o n t r- i bu i n te para a e x i s tªn c i a dessa base e con8m i c a ser

a o r g a r) i z a ç'ào empr"esa,"' i a l , será agora f e i t o u m e s t.udo d a s

poss í v e i s es t r a tég i a s para a i nl p l eme n t a ç � o d o d esen vo l v i men t o

susten táve l a t ravés d a s o r g an i z a ç�es emp resa r i a i s .

6 6

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CAPI TULO V - DESENVOLVI MENTO SUSTENTAVEL NAS ORGAN I ZAÇôES

EMPRESAR I A I S

A�� o r- g an i z a ç�es e m p lr·esa' ..... i a s r- e p ,r-esentam a base d e

sustl'? n ·taç�o d D m e ; .... cado , d e n t. ''"'o d e uma l óg i c a econ ô m i ca d e

d em a n d a e a f e r' t a , t í p i ca d a soc i ed a d e D c i à e n t a l e d e uma

e c o n om i a d e base monetál� i a . Sen d o assi m , par-a que a

i m p l emp-nta ç�[J d o desen v o l v i me n t o susten táve l sej a e f e t i v ada

t o r n a r -se-á n e cessá r i o que estas o r g an i z a ç�es u t i l i z em-se d e

e s t ratég i a s q u e e s t i mtl l e e m o t i v e o s consum id ores a a d o t a rem

a f i l osof i a e a p r á t i ca do d esenvo l v i me n t o sustentáve l .

P o r o u t r o l ad o � tam bém obse r v a-se q u e mu i tas v e z e s

a s o r g a n i z a ç� es e m p r e sa r i a i s s�o p ressionadas p e l os p r ó p r i os

consum i d o r- e s , l eg i s l açe1es e o u t l ..... OS i n s t rumen t.os r eg u l ad o r e s

d e m e r c a d o para a ado çâo d e n o v a s e s t r a t ég i as .

T e n d o em v i sta essas duas f a c e s dos mecan i smos q u e

mov i men tam o m e r c a d o p rodutor- consu m i d o r , ser�o a p resen tadas

aqui e s t r a tég i a s que f om e n t a m o desenv o l v i me n to sustentáv e l n

o s e t o r e m p r'esa r i a l e o g ov e r n o s�o os p r i n c i p a i s

responsáv e i s pe l o l an ç amen to d e po l i t i c as e e s t r a tég i a s que

con t r i buam p a r a i m p l ementaçâo do Desen v o l v i m e n t o

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Opo l'""' tun i d a d e s , e t.e n d é"n c i a s d o

cen á r i o e co n 6m i (�D d evem s e r o bservados e asso c i a d o s aos

i n s trumen tos que o d e sen v o l v i m e n to susten táve l d i s p� e p a r a a

sua e f e t i v a i m p l a n taç�o "

(� má u t i l i z a ç � o d os r e c u r- sos reper c u te em todo o

mun d o � porque os e f e i tos n a n a tu r e z a n � o con h e c e m f ron t e i r a s u

A g l o b a l i d a d e e a d i me n s � o i n t e r n a c ion a l d a m a i o r i a d os

f e n 8men os e co l óg i c os - a po l u i ç � o e os compon e n t e s a m b i e n t a i s

cJ escon hecem e a i m p o l ... tân e i a d a s po l í t i cas

comun i t. á r i as m a r can teme n t e a

o r g â n i ca i rl s t i t u c i on a l d a a d m i n i 5 t r a ç�o .

As po l i t: i ca s e conôm i c as a l i a d as às pD l i "t i cas

ambi e n t a i s d evem p l" omover a e f i c i é"n c i a da p r'odLlç�O a f et. a n d o

pos i t i v amente o m e i o amb i en te H Ass im , os i n s t rumen tos d e

p o l í t i c a p a r a a l. m p l an t ê.1.ç�o d o D esenvo l v i me n to Susten táve l

podem ser d e d o i s t i pos �

aque l e s q ue r"e f o r çam v i n cu l as pos i t i vos e n t r e o

d eser"1vo 1 v i m t'?n to e o me i o a m b i e n te l' co r r i g i n d o ou. preven i n d D

a s f a l has , aume n t a n d o Q a cesso a r-e CLtr·sos e t. e cn o l og i a s e

p ronlovendo um aumen to e q u i t a t i v o d a ren d a ; e

a q u e l es q u e e l i m i n a m os v i n cu l os n e g a t i vos , DU sej a ,

po l i t i cas e s pe c i f i ca s q ue i n d u z am ou o b r i guem os usuá r i os d o s

I'- e cu rsos a l ev a r·em em con t a os e f e i tos d e suas 2t çbes s o b r e o

r e s t a n t e d a s o c i e d ad e .

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A e s co l ha d e i n s t rumen tos a p ro p r i a d o s d e pen d e r á d a s

c i r CUfl"-st€:�n c i as e >: i sten tes n o am b i en te s ó c i o�-e conôrni co e d �,

ca p a c i d ad e ad m i n i s t r-at. i v a n a i m p J. an t aç�o d e est r a tég i as q L\8

v i a b i l i z em as po l :í. t i c:a�:; l an ç adas � (: 1;- i arl d o CC)l1 d i ç(:jes

f c:\voráve i �:; par" a q U E� o Desen vo ]. v i men 'to Susten táve l sej a

e f e t i va d o -- m e l ho r i a d o pad r�o d e v i d a , d a e d u c a çà o , d a sadde

e i g u a l d ad e de c po r tun i d ades

l e g ado à s g e r a ç�es f u tl1ras �

f �. s i c(] � humêinn e n d,tuy-a l .

con s i d e r a n d o o que s e r á

l ev a n d o em con 'ta o c a p i 't a l

A i n f l U'Ei r t c i a d a a t. i v i d a d e e conôm i ca s o b r e C) m e i o

a m b i e n t E'-= pode s e r" "/ i sua l i zada con f o r-me a p resentado d e f D It"" ma

esq uemé t i c a

am b i en tr.� �

n a

as�".im

2

q ue C)

P,b. v i d a d e e C D n ôm j, ct:-I. e m e i o

Desenvo l v i men to Sus t.e n táve 1

requer fund amen ta l me n t e f o rmas d e p rog resso que s a t i s f a çam as

necess i d ad e s do preE ente sem comprometer' a c a pa c i d ad e de é�S

f u t u r a s g e r a ç�es s a t i s f a z e rem suas p r ó p r i as n e cess i d ad e s .

Onde as p o l í t i c as f:? conômi ca�5 e i n tegradas

plr-OfnDVam , i:·:\ t r i:·:\v(.?s d E i n v e s t. i. m e n t. o s n a e s t r u t u r a p t-o d u t i v a ,

uma me l ho r q u a l i d a d e d o m e i o am b i en te �

No a m b i E?n �:e empresC\r i a. l observa--se q ue

cl r g a n i z a ç ê:H?s e s t. � o sen t. i n d o a necess i d ad e d e a d u t.ar-

E>s t r-a t é g i a ç; qlH? pos s i b i l i 'b=:om o res pe i to ao d e senv(J l v i m<2 n 'tn

su s t.entétve l "

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ATIU IDADE ECONOMICA E ME I O AMB I ENTE

FOL ! I I CAS FOL ! I I CAS INUESTI MENTOS ECONOMICAS AnalmAIS AMBIENTAIS AFETAM A MOD I F I CAM OS ACARRETAM PRODUTlUIDADE INCENTlUOS AO CUSTOS E

E A USO DE GERAM COMPOSlCAO DA RECURSOS BENEF ICIOS PRODUCAO AIIll IENTAIS

ESCALA DA ESTRUTURA EFICIENCIA DANO QUALIDADE ECONOMIA X DA X DE X AMBIENTAL - DO RENOA m PRODUCM INSUMO- POR UNIDADE - MEIO

CAPlTA � POPULAtAO

PRODUTO DE PRODUCAO AMBIENTE

�UANTO MAIOR RENDA PER

iUANTO MAIOR E F I CIENC I A

gumo MAIS L I MPA" AS

CAPITAh MAIOR MENOR A TECNOLOGIAS E A DEMA DA DE DEMANDA DE PRATICAS UM M E I O INSUMOS MENOS EMtS-AMBIENTE NATURA I S 50E5b RESlDUO MELHOR E DE RADACAO

F I GURA 2 ( 2::: )

( T,: ) r,cunrm r u f3ClBm::: l'1E� H.1 (:WIE< I Ft"T f:� fê DE5ENVOLV It1LNTC1 . B'''H:D M u n d i a l . Ed i ·t o r " a F LJ n d a ç � c) G e t ú l i o V a � g as , R J , 3. 99 2 . pg u 4 2 k

7 0

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7 1

':A palavra eBtratégia vem do grego estratégós (general) e significou em toda a antiguidade e até provavelmente o século XVIII 'arte do general '.

Von Bullofl definia estratégia CQ1I/O a ciência dos mov:iJI1entos guerreiros fora do caJI1po de visão do inimigo.

Foi no século XIX que von ClaUBeflitz, no famoBO Von Kriege (da Guerra) - 1832 - definiu estratégia como 'arte do emprego das batalhas C01I1O um meio de se chegar ao objeto da guerra '. Em outras palavras, estratégia forma. os planos da guerra, mapeia o CUl'BO proposto para as diferentes caJI1panhas que compõem a guerra e regula as batalhas a serem travadas em cada uma delas.

Já no início do século XX, o General von Ifoltke definiu estratégia CQ1I/O 'a adaptação prática dos meios postos à disposição do general para o alcance do objeto (objetivo) em vista. '

A estratégia cláBBica enfatizava a força. Hoje há uma grande preocupação com a mobilidade e surpresa e com OB fatores psicológicos . .. ( 24 )

':A estratégia de uma empresa pode ser definida como sendo constituída pelos seus objetivos de longo prazo e pelos meios gerais com que se pretende atingí-las . .. (25 )

Log o , para a t i n g i r o o b j e t ivo p ressuposto p e l o

Desenvo l v i men to Sus ten táve l , as o r g a n i z a ç�es empresa r i a i s

d ever�o p l anej ar est r a t é g i a s a m b i e n t a i s com c u i d adosa an á l i se

p a r a e v i t a r conseq uªn c i s s i r reve r s i ve i s .

'"Na formulação de estratégias é necessário:

1 determinar os requiBitos prioritários para o atiDgímento dos objetivos;

2 - identificar os obstáculos potenciais para alcançar esses objetivos;

3 - propor soluções efetivas para ultrapassar esses obstáculos. 'X 2 6 )

-_._-----

( 24 ) BETHLEM , A g r í co l a . Po l í tica e estratégia de empresas , 3ª Ed i ç�o , p g . 3-4 . ( 2 5 ) SM I TH , J o hn G r i eve . Estratégia empresari a l . E d i tora Europa Amé r i ca , L i sboa , 1985 . p g . 13 ( 26 ) T H I BODEAU , F r an c i s R . and F I ELD , H . H . Sustain ing tomorrow . U n i v e r s i ty P r esa New E n g l an d , Lon d on , 1 984 . pg , 69 ,

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A f o r mu l a ç�o d e e s t r a tég i as d eve c o n s i d e r a r o a t u a l

está g i o d a o r g a n i z a ç � D , os r e Cll rsos q ue possu i , as e x i g �n c i a s

d o a m b i e n te e x ter-no e i n te rn o , as v a r i áv e i s q u e i n f l uen c i am c

con tex to o r g an i z a c i on a l e as t e n d �n c i a s mun d i a i s p a r a os

novos mod e l os emergen tes f a c e às novas r ea l i d ades .

"Quatro princípios são guias coml1DB para o planejamento estratégico:

1 integrar os vários elementos envolvidos. Leis, influências do gerenciamento, práticas COIIlI1DB, e outros fatores que são partes do mesmo exercício. Torna-se imperativo separar aspectos do problema simpleSlfJente seguindo as estruturas existentes ou formas tradicionais de fazer as coisas. Nós devemos classificar de acordo com a fontJa que a função dos recursos naturais e sua relação CQID as especificações da sociedade.

2 - debre todas as opções em aberto para permitir que o futuro seja fleKÍvel. Nosso conhecimento a respeito dos recursos naturais e sociedade é limitado. A propos�çao de planos e soluções

• concretas ' sugere uma grande dose de arrogância e deixará as futuras gerações com poucas escoll1as sobre COI11O usar os seus recursos naturaiB-

3 - lfisture cura e prevenção em um esforço para agir contra os problemas que pressionam, e reduza os perigos das atividades atuais que irão afetar as pessoas de amanhã. Através do pensamento cuidadoso sobre o problema ambiental, é frequentemente possível msturar medidas que resolvam os problemas de curto prazo CQID investimentos a longo prazo que evitarão crises futuras.

4 - O foco sobre as causas tanto quanto nos sintomas para atingir a raíz do problema e ajudar na compreensão da situação como um todo. PenBamento estratégico envolve constante vigilância na observação e resposta aos sintomas que indicam a emergência de problemas. Sintomas requerem medidas corretivas imediatas e, ao mesmo tempo ações para curar a raíz do problema. " ( 27 )

� n e cessá r i o q u e as emp resas mod i f i q uem suas

p o l i t i c as e e s t r a tég i as , tanto em re l a ç �o a seu p r Ó p r i o

d esenvo l v i mento q U2nto e m re l a ç � o a o s i m p a c tos q u e SLlas

a t i v i d a d �2s poder�() e x e r ce r

---.-------. -_._-_._------

s o b r e as poss i b i l i d ades d e

( 27 ) T H I BODEAU , F niln c i s R . and F I ELD , H . H . Sustaining tomorrow . Un ivers i ty P r ess New En g l and , London , 1 984 . p g . 69-

7 0 .

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d esenvo l v i me n t o d o a m b i e n t e s6 c i o--e c o n Sm i c o n a q u a l e s t á

i n �:i.e r i d a .

A i m p l e m e n t a ç. o d e v i as d e d e fesa d o a m b i e n te i n d u z

a \.lm a mu d a n ç a rad i c a l n o c o m p o r tamer1 1:0 d os c i d ad � os e a

m a i o r i a d l'?ve t o r- n a r --se a t i v a n o q u e se re ·f e r·e à p r ot E"� çgco

a m b i e n ta l . Consequen temen te � a s o r g a n i z a çeJes

i n f l ue n c i ad a s por esta n ov a onda - das f am í l i a s ao E s t ado .

ass i m � o p o n t o d e

e s t r a té g i c a ( >1: ) : p ro d u tos e s e r v i ços q ue d e g r a d a m o a m b i e n t e

s'Ê(o siubva l o r- i z ad o s e a t é r-ej e i t a d os pe l os m e F' C ad 0 5 �1 e n q uan to

que a q ue l es q ue c O I'"r-es pon d em a uma i n ov a ç � o n o qLle se r- e f e re

à 'lua 1 i d a d E" f� co l ó g i ca s�o n 'à Q bem r e c e b i d o s , como

c o m pe t i t i v amen te � a n ta j osos eRI r e l a ç �o aos p re ços .

A p r i m e i ra g r an d e a ç � o e s t r a tég i ca n a e m p resa d eve

s€;:r f e i ta ao n í v p l de uma v i s�o p r ó - a t. i v & f & CE' à q uest�o

e co l óg i ca e n_o a p a r t i r d e uma aç.o r e a t i v a . Ten d o em v i s ta

q u e a e m p l"'esa é con s i d e r- a d a u m m e i o i d e a 1 p a r a combatf? l'" a

ameaça p l an e t á r i a , j á q u e a e s t. l'" u t.\.l lr-a ç'�o p o l í t i ca-so c i a l d o

a m b i en t e se d á a t ravés d a em presa , c a b e às organ i z a çoes

€:� m p l'-esa l"· i a i. S') u t i l i z a rem-se de seus i n s t r-umen tos p a r a t o r n a r

v i áv e l o d esen v o l v i men to sLlsten táve l .

(*) RELlNANCIA ESTRATllGIClJ IJJII determinado elemento tangível ou intangível, passa a ter relevância estratégica quando B sua interna1ização na estratégia e operacionalidade da organiz.ação tem C011IO consequência a geração de valor e, inversamente, a sua não consideração tem por consequência uma brusca queda de valor.

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S�O a p Y' esentados a q u i a l g u n s d os m o t i vos p e l os

q u a i s a s e m p r es a s sâo c on s i d e r a d a s como e l e m e n t o s i m p o r t a n t e s

n a i m p l emen "ta ç ii o d e e s t r a t. é g i a s q u e promovam o

d esen v o l v i me n t o s u s t e n t áve l .

As empresas industriaiB poBSUe/IJ nOB seus quadroB OS melhoreB especialiBtas, cujOB conhecimentoB técnicos podem ser deveras úteiB em projetoB ecológicos-pilotoB;

_ As empresas poBsuem canaiB de infOI7I18.çõeB particulareB, especialmente inteI7lacionais;

_ Podem, por iBBO, exercer U/Ila forte influência formativa no seu peBBoal, que se refletirá no seu camportamento camo cidadãos;

_ Em consequência, grande parte da criatividade da empresa pode ser dirigida para a melhoria da relação econOi11ia-ecologia;

Além do maiB, e finalmente, as empresas não eBtão tão sujeitas a preSBOeB políticas e, pelo contrário, podem influenciar fortemente lIlIl

vasto conjunto de parceiros e órgãos sociaiB. 'i 28 )

Den o t.a-se a i n f l u ên c i a q u e a e m p r' e s a p o d e e }� e r- c e l'"'

s o b r e o m e r c a d n n a a d o ç�o d e p r á t. i cas e co l og i camen t e

c o r r e t.as , q u e d a r. o s u s t e n t.a b i l i d ad e a o d esen v o l v i me n t o , Nâo

só da e m p r e s a e m s i � mas d e t o d o o a m b i en te no q u a l a e m p resa

Out. ros e l emen t.os t. a m bé m con t r i buem para a a d o çâo d e

p r- á t i c a s q u e p romovem o d esenvo l v i me n t o s u s ten táve l ..

e m p r esa c o n t a com i n s t ru m e n t o s e f i ca z e s p a r a a i m p l emen t a çâo

dos o b j e t i v o s am b i en t a i s � d ev e n d o p a r a i s s o a d o t a r a ç � e s

p r even t. i va s .

( 28 ) SANTOS , F r an c i s co L o p e s . A nova tri l ogia n a a r te dos n egócios . E x p resso , L i s bo a � 1 992 . p g h 1 5-9 .

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E s t a s a ç5es podem ser resum i d as ass i m :

_ uma n o v a n o ç à o d e qua l i d ad e , n a q u a l o produto só é a c e i t o

se a s u a f a b r i caçiJ:o f O YH I I na o-' p o l u en t e ll ;

as con d i çtles 81""g CJnami cas e ambien t a i s d o s postos d e

t r a ba l ho s e r ào f a tores d e ava l i a ç.o p a r a a a c e i t a çào d o

p r oduto ;

empr esa LIma n Q v a con c i 'i§'n c i a d e sua postura

human i "I::b. r i a , onde a I érn da I"'en -t a b i 1 idade a e m p l'"'esa terá uma

res ponsa b i l i d ade como empresa- c i d ad� ;

a emp resa pode corlseg u i r g r andes reduçôes d e custos a t ravés

de um combate aos c:u st()!;� d a n �o-"ql.l a l i d ad e !l c on s t i tLl í d os !I

nestf2 caso , p e l a ele matel"' i a i s e p l'"'o cessos

po l uen tes , ou pe l a u t i l i z a ç=o e x cess i v a e n�o c r i te r i osa d e

c e r tos recursos ( á gua , ener g i a , maté l"' i a- p r ima , e t c . ) ;

a empresa d e v e se a n t e c i pa r às reg u l amen taçees , que d evem

aumen t a I'" c o n s i d erave l me n t e ;

a i m p l a n ta ç� o d o d esenvo l v imento susten táve l n a s em p resas ,

o b r i g a l""á a uma nova postura por p a r t e dO'SI d i r i g en -t.es � que

dev e rà o ter a t i tudes 2 v a l o l�es que d e i x e m transparecer o seu

empenho na v i a eco l óg i ca ;

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a e m p r-esa d E�verá t e r- um p a p e l e d u c a d o r a t l""avés d e sua

comun i ca ç â o , 'f o r mando e i n f o r m a n d o q u a n t o a o que é n o c i v o ou

b en é f i co a o a m b i en te ;

a i n o v a ç� o d e v e r-"á s e t- uma t a l'"' e f a a cess í v e l a todos o s

e m p r e g a d o s !, t:n r n �:\n ciD-OS, a g e n t e �; d e p r o t e ç � D a m b i e n t a l ,

e s t i m u l an d o n ovas can cc-? p çé':) e s d o p r-" O C E-!'SSD p r odu t. i vo q u e

p e r m i t ia a r e d u ç g( o d o n :í. ve l d e p D I L\ i ç�o e a u t i l i z a ç�o d e

r e c u r s o s e s casso s .

con t ,- i bu i r d e

d es e n v o l v i men to

q U i? essas

m an e i ra e f e t i v a

e

sus t.en távE· I t o rH n a-se

i n s t r-umen tos possam

a i m p l em e n t a ç â o d o

n e ces s á r i o q u e os

f.Je s t.or-es a d o te m c: e l.- t as med i d a s , a t i tu d e s e f i l os o f i as q ue

p e r m i tam m a i s f a c i l n\en t e a a d o ç � o d e novas a t i tu d e s t a n t o d o s

e m p r e g a d o s q u a n t o d o s p r ó p r i o s con sum i d o r e s .

"lO conselhos práticOB aos gestores

1 - a cidadania ambiental deve ser um ebro da estratégia empresarial. Isso Significa incorporar na gestão os interesses de todos os acionistas, inclu:indo os outros protagonistas do negrx:�o fornecedores e subcontratantes, clientes, viziJ1hos, grupos de cldadãOB, autoridades e opinião pública.

2 - o negócio não vive numa redama . Tal como se desenvolveu uma -expertise - JIlUito rica em -inteligência de mercado -, deve, agora a

empresa por em prática um sistema de -inteligência societal -, ou seja, descortinar, compreender e incorporar os sinais de mudança dados pelo vasto -mercado - de cidadãos.

3 a cOl1lFetitividade sustentada é o novo conceito diretor da administração • .Derivada da estratégia de -desenvolvimento sustentado -, iJJJplica na empresa BOI11.ar li orientação para o cliente um olhar atento sobre todo o ciclo de vida de cada produto, procurando a -eco­eficiência -.

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4 - da micro-empresa ao grande conglomerado, a perspectiva deve ser um bom negócio para várias gerações. Esta visão de longo prazo exige pensar a gestão como a arte de gerir para sobreviver agora no caos e continuar à viver amanhã. A empresa é hoje um empréstimo que nos é feito pelas gerações de amanhã.

5 - o novo paradigma econom:zco é max:vt1:zzar o 'VA ' minimizando os ·Ro ·. Trocando por miúdos, o paradoxo da ecologia industrial significa para a gestão empreBlU'ial um desafio COl11plexo o de maximizar o valor acrescentado, minimizando os recursos e a energia incorporados em cada unidade do produto.

6 - os limites do crescimento econO/lUco atual nao vêm s6 da escasaez de alguns recursos - não renováveis - que têm sido dilapidados, ItJaB tambêm, dos limites dos sistemas de absorção da l�ira produzida no nosso planeta. J! necessário adotar UlIIa estratégia dupla: des-manufaturar e re­manufaturar.

7 - a prevenção da poluição é a estratégia mais lucrativa. Fica mais caro, a prazo, investir em tecnologias de controle de poluição gerada. Aplique-se um mJ.X , começar por um ·ar.l'UlDlU' a casa ", substituir materiais no produto, adotar tecnologias -lÍJJq}aB ", confeccionar produtos ·verdes ".

8 - esta mudança de estratégia não pode ser U/IIa operaçao tecnocrática. Ela não é alcançada, apenas, por via da mudança tecnol6gica que hoje em dia, em muitos aspectos, é já praticável. J! Ul1Ia questão de filosofia, exigindo mudanças ideol6gicas e organizacionais dentro da empresa, tal como noutros casos.

9 - a verdade dos preços é um mecaniBll10 essencial da saúde do atual sistema capitalista. As economias colapsam quando os preços não dizem a verdade. O mercado està a arruinar o ambiente, e poderá arruinar-se se não permitir aos preços dizerem toda a verdade sobre a degradação do ambiente.

10 - um mercado competitivo exige que as empresas passem a suportar os custos da degradação ambiental, que são contabilizados a zero (ou quase zero) como "exteriores " à empresa, e que, em geral, são suportados pelos "outros ". O cálculo do preço tem de passar a refletir o custo total. ""(2!)

o comprom i sso o rg arl i z a c i on a l é n e cessá r i o para

:l. n t e�1 1"'ar os aspect os a m b i e n t. a i s em todas a s a t i v i d ad e s d a

pesquisa .2 d o d e �,envo 1 v imen t o até p r- o d u çâo e a

d i s t r- i bu i çâo .

( 29 ) SANTOS , Fran c i s co Lopes " o p . c i t o p g . 22-35 .

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Ef:: p r- e c i so ter- e s t r-a tég i a s e p l anos d e a ç�D pa l""a

mod i f i c a i'" os s i -=:. temas e processos cJ ê.1. emp,"-es2t , d e modo à

a l i n h à- l os como u.ma v i sg(o de e m p r esa i m bu í d a d os p r i n c i p i o s

d o desen v o l v i me n t o !:'-:i-u s te n t áve l , i sso en v o l v f:? r-eorgan i z a ç � o ,

r-ees t r-u t u r aç�D r-ep 1 anej am<-?n t o d e mui tos p ''-D cessos

s i s temas pormenori, z a d o s d e n tro de uma emprEs a .

"O USO seletivo e criterioso dos instrumentos econômicos pode ajudar-nos a atingir níveis maiores de proteção ambiental a Ul/l custo global mais babro para a sociedade. 1Jm princípio essencial a seguir é que, assÍJIl como os conBUl/lidores e os produtores, todos e cada Ul/l de nós preciBél1llOs ponderar todos os custos e consequências sociais de nossas decisões antes de agir. . . Os mecanismos de política 811lbiental baseados no mercado proporcionam várias maneiras de fazer com que produtores e consUlllÍdores reconheçam esses custos e consequências sociais, fornecendo assÍJIl :incentivos para a proteção ambiental. A criatividade e o poder de mercado - a temível força de milhões de pessoas responsáveis pelas decisões descentralizadas - podem ser desenvolvidos em nOl11e da proteção ambiental, e não contra ela. " ( :30 )

empr"esc\.s que adotam o con c e i to d e

desenvo 1 v i men to susten táve 1 conseguem e f e t i vamen t e r"ea 1 i z a r

as V é.=in tagen s :: pl"'o cessos m a i s e f i c i en te s , aUffiE'n tos d e

pr-od u t i v i d ad e , custos m a i s b a i >( o s d e curnpr- i m e n t o d e n o r mas

am b i en t a i s e novas opor tun i d ades E s t r a tég i cas d e m e r- c a d o .

(:50 ) STAV I NS , Rc, b e l" t . Pr-oject SS Round two . W a s h i n g t.on , D . C . 1 99 1 . I n SCHM I DHENY , S t. e p he n . Mudando o rumo . Uma per· s pe c t. i v a empresa r i a l g l o b a l s o b r e d esenvo l v i me n t. o e m e i o a m b i e n t.e . E d i tora Fun d a çà o Get.ú l i o V a r g a s , RJ , 1 992 . pg . 2 5 .

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V . l . TECNOLOGIA

Tecno l og i a tem o seg u i n t e con c e i to bás i c o : a

a p l i caç gcC) ti a para o b j e t i v o s e s p e c í f i cos ,

espr� c :i. a l mF�n ·l:e O b j E' t i v os i n d u s t l'- i a i s e comer- c i a i. s � i n c l u i n d o

f a t o res me cân i cos e o rg a n i z a c i o n a i s H a tecn o l og i a

ocupa um l ug a r es 't r a tég i co n a d e t e rm i n a ç�o d o d esen vo l v i men to

sus ten táve l ..

A t.e cn o l og i a t.a n t o f on t.e ti e ti e p l e çaD

e c o s s i s tema q u allt.o so l u ç �o pot.en c i a l par-C:\ o apa r€o?nte

con f l i t o en t r e a c r escen te pros p e r i d ad e mate r i a l para todos e

a m e l ho r i a n a q u a l i d a d e a m b i en t a l .

Se o s o b j e'ti vos aml::: den t a i s 'f orem in tE'g l"·(�l. d os n as;.

i n ovaçeíes t e cn o l óg i cas , a t. ran s i ç:â: o p a r a u m f u t.uro

susten t á v e l será m a i s rá p i d a , m a i s b a r a t a e terá m a i o res

ef e i t.os bell é f i cos sobre o amb i ell t.e e a q u a l i ti a d e d e v i d a .

o panol'�arna para os avan ços nessa área t a i �5 como :

f on te s d e energ i a renováve i s , n ovos mater i a i s , t e cn o l o g i a d e

i n f o r maç�o , reci c l a gem e b i o t. e c n o l og i a o f e recem um pot.en c i a l

té r.:::n i c: c) sem igua l para a me l h o r i a a m b i en t a l !I que t::h:?ve ser

ê'il. p r ovei t, ado pa l"'a o d esenva l v i. mE"n to d a s o rg an i ::::: açbes

emp resa r i a i s , aOl b i e n t e e d a v i d a em s i .

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Deve s e r a ten tamen te o bservado que a p reven ç.o da

d e g r a d a ç �o a m b i e n ta l � é norma l me n t e mais barata e e f e t i v a d o

q ur.� i:.1: re a l i z ad a s a n t e r iormente e q ue

p rovocam ê\ d e q r· a d a (;�D a m b i e n t a l . T od a v i a � a mudan ça s e r á ,

n �o só e n c o r aj a r estas i n o v a ç�es � mas também assegurar que as

con s i d t� r a çe5es a m b i e n t. a i s e s te j am i n cor-pol�adas no e s t.ág i o d e

p l an e j amen to p a ra o desen v o l v i men t o .

A q ue s t�o para a ad m i n i s t r a ç� D d o d esenvo l v i me n t o

é como in t e g r a r os f a to res econ8m i cos , so c i a i s � a m b i e n ta i s e

tec n o l ó g i cos n a tomada d e d e c i s�o d a s

empresar i a i s � sej am e l as pú b l i cas ou p r i vadas , p a r a g a r a n t i r

a seguran ç a eco l óg i ca n a susten t a ç�o d o f u turo .

A t e cn o l og i a d e v e s e r ava l i a d a pe l o seu i m p a c to n o

e cos s i stema a o i n v é s d e s e r av a l i a d a apenas em um s e t o r d o

a m b i e n te o u e m uma i n d ú s t r i. a i s o l ada . t1u i tos d o s p r o b l f2ma,�

am b i en t a i s e d e desen v o l v i me n t o com os q u a i s a s o c i e d a d e s e

suas r a i z e s n a s e t o l'- i a l d a s

r e s po n s a b i l i d ade�:; . O desen vD l v i me n t o susten t év e l r e q u e r que

ta l f ra g m e n t a ç�o s e j a sobrepos t a .

o p 1 ali e j amen 'l:o d e p rog ramas d e d e s f.?nvo 1 v i men t{;:)

!''' equer· a va l i a ç�c) e s pe c i a l i z a d a ele o p ç'Oes t.ecno l óg i c as � com

p a r t i cu l a r a ten ç:3:o aos seus e f e i tos sobre econom i a ,

eco l o g i a e e s t rLl turas s o c i a i s .

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A t e cn D l og i a n � o r- e c o n h e c e q u a l q u e r- pr- i n c l. p i o d e

a u t o l i m i ta ç � o " e ' s e j a e m t. e rmos d e t.aman ho , d e ve l o c i d ad E-? ou

de v i o l ªn c i a . No s i s tema su t i l da n a tu r e z a � a t e cn o l o g i a , e

em &?spf-J c i a l , a s u p e r" t r:.-;;. cn o l og i a d o m u n d o m o d e rn o , atua como

c o r po e s t r a n ho � e o s s i n a i s de rej e i ç� o sào i n úmero s .

A ss i m , f a z -s e n e cess á r i a a ava l i a ç � o d e n ov a s

e s t r- a "r.ég i a s p a tr- ::\ a i m p l e mf:? n t a ç ã o d e t e cn o l Dg i as q u e

p romoverâo f u n d amen ta l men t e a a d o ç � o d e n ovos c o m p o r tamen tos

en t r e p r o d u t o r e s e consum i d o res .

P a r- a a a d o ç� o d e um n ovo mode l D t e cn o l óg i co d eve-se

o b s e r v a r" a l g u n s p r i n c í p i o s que s e most r a m b á s i cl,) S par-a a

man u ten ç�o d e um a m b i e n t e a d e q u a d o à v i d a .

S e g u n d o He 1 s i n k i , o s p t .... i n c .í. p i os d e um n o v o mode 1 C)

sào os seg u i n t e s :

"1 - otimização global do f1wro produtivo �leto;

2 - integração total entre pesquisa, desenvolvimento e produção;

8 1

3 - íntÍlflO e B11Jp10 contato entre os produtores e usuários, aprendendo através dos efeitos do UBO;

4 - alta qualidade a custos razoáveis, via objetivo do zero defeito a cada estágio do processo de produção;

5 - inserir a demanda de mercado no processo de produção, de forma a ter respostas mais rápidas;

6 - descentralização tanto quanto possível das decisões de produção dentro de menos e menores unidades hierárquicas;

7 associaçoes (e joint ventures) COI1lO método para ceifar a especialização e ganhos de coordenação;

8 - BUbcontratação cooperativa e de longo prazo tanto quanto possível de forma a pI'OJJJOver inovaç{1es técnicas em conjunto;

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9 - recompor produção, manutenção, controle de qualidade e algumas tarefaB de forma mais eficiente técnica e eCDnOlllicamente;

10 - uma nova aliança entre educação geral mínima e efetiva e treinamento de forma a maximizar a COIIlpeténcia individual e coletiva;

11 - po1itica de Recursos Humanos tem que estimular a COIIlpetência dos traballJadores e comprometimento COIIl a obtenção de SI.{POrte positivo para aB estratégiaB da empresa;

12 - UlIl compromisso longo e explicito entre administração e assalariados é necessário para dar suporte geral a este /11Ode10: COIIlprometimento X boaB condições de trabalho e/ou um partilhar verdadeiro dos dividendos da l11Odernização _ .. ( 31 )

A t ravés d esses p r i n c i p i os v e r i f i ca-se que d eve

hav�:?"r L\ma harmon i a p r o d u t i v a BIl t r e o s homells e a n a tu r e z a ,

ob5E�rvandD-" se q u e a p r-even ç�o d a p o l u i ç'à"o s i g n i f i c a r"ad u z i r

o u e l i m i n a r o s e l emen tos causadores d e p o l u i çâo n a f o n te d e

sua p r o d u ç � o , e n � o a penas n o f i n a l d a l i n ha d e p r o d u çâo .

Ass i m , o s t r'ê's p l"" i n c i pa i �5 f a 'l:o r e s q u e d E\vem se I'"

con s i d e r a d o s n a e l a b o r a ç� o d e uma e s t ratég i a t e cn o l óg i c a para

i m p l emen t a ç à o do desen v o l v i me n t o sustentáve l sào ,

Res íduos i n du s. t r i a i s e m b o r- a a s o p o r tun i d ad e s

p reven ç â o d a p o l u i ç� o a t r- avesse m u i tos setores e conBm i co s , o s

e s f o l�ços d e vem s e r f o cados nos r e s i d uos tóx i cos i n d u s tr i a i s �

que s� o e x t r em 2 m e n t e d an osos a o a m b i e n te e f i c am suj e i t o s à

r'eg u l amen t a ç � e s g ov e r n a me n ta i s ;

Efi c i € n c i a e n e rgé t i ca - a e n er g i a é o m a i o r componente d a

( 3 1 ) HELS I N K I , F . Techno l ogical change as a soci a l process -society , e n terorises and the individua l . I ssues i.n S c i en ce and T e c h n o l og y , 1 1 - 1 � Decembe r , 1989 , USA .

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econom i a , e e x i s t e uma cor�e I a ç�o e n t re a e f i c i �n c i a com que

a e n e r g i a é u s a d a e a e n e r g i a g e ra d o r-a de po l \Ji ç�D .

P ro cesso s i s t �lJI i co a t, e cno l og i a u t i l i zado' para a

deve s e r empregada como p a r t e de u m

p r o cesso s i s tâm i co que f o ca l i z a n � o só a s p a r t e s � mas todo o

p r o cesso i n tern amen te d e f o rma con s i s ten te .

A tecnD l o g i a p a r a a p rev€-� n ção da p o l u i ç�o

i n d u s t r i a l deve estar i n te g r a d a a um s i s t elna que i n c l u i

organ i z ação , p r o ced i men t.os o p e r a c i on a i s , e i n v e s t i me n t. o

mon e t á r io . A s o r' g an i z a çeJes que a l can ç al""am m a i o !"" sucesso n a

p re v en çg(o d e po l u i çâo e d i m i n u i ç'â:o e l e resí duos sâ'o 2\ que I as

q ue e m p r e g a m p r D g ramas muI ti f a ce'tados com os seg u i n 'leI..:;

e l e m e n t os :

um comitê formal da administração para a ética da prevençao da poluição, traduzidos pela administração e empregados em um amplo comitê organizacional em todas as áreas;

_ um programa COJ1l escopo e objetivos eJq>licitados;

_ meticulosa contabilização dos resíduos e custos, para avaliação de custos, benefícios e programas;

_ avaliação períodica das oportunidades de prevençao da poluição para identificar oportunidadeB de melhoria e avaliação do progreBBO;

auto-avaliação periódica para manter o direcionamento do programa; e

semlllar�oB educacionaiB e treinamentos informaçõeB técnicas e experiências com fornecedoI'es_ .. ( 3�: )

--------

que permitam partilhar CUfiliadoB, clienteB e

( 32 ) THE COUNC I L ON ENV I RONMENTAL QUAL I TY 1990 . Envi ronment a l gua l i t.y . :;;;' 1 s t , Arlrl u a l R e p o l'" t. , U . S " Govern men t. P I" i n t i n g O f f i ce , Wa s h i n g ton , 1 99 1 . p g . 8 8 .

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A p o l u i çào P O d E' também e

p r i n c i pa l me n t e n o p r ó p r i o p r o cesso p r od u t i v o , o q u e f a c i l i ta

e o t i m i z a a u t i l i 2 a ç�o d e i n sumo5 � promoven d o m a i s f a c i l meTl t e

a q u a l i d a d e d o c'\m b i en te e d a v i d a , não s6 d o consu m i d o r-

e >: t e rn o , m a s também d o p r ó p r i o e m p r- e g f1 d o qUE.' p a r t i c i p a d o

p r o c esso p ro d u t i v o .

(., t.€,;) c n cd o g i a p a r a a p r'even çào d a po l u i çào é u m a

com b i n a ç à o d E� p r' o c e d i m e n t o s o p e r a c i o n a i s

' d e s i g n ' d o p l' o d u t o q u e:- u s e i n sumos com u m m .í. n imo d e

d e s p e r d í c i o s;ecun d á l"' i os t ó :d co s " e p l'- oceSSDS

t é c n i co s q u e

p ro d u t.os

e s t e j am con s tan temen t e mon i to r a d o s e

corl t. r o 1 c.id os .

A t e cn o l o g i a p a r a o d e s e n v o l v i me n t o q u e sej a t a n to

susten t á v e l q u a n t o a p r o p r i a d a e m te r-mO�:5 d e

d i s pon í ve i s , r e c: u r so s e c on d i çbes a m b i e n t a i s p r e c i s a m s e r

c r i a d a s o u i d en t i f i c a d a s , e a p l i ca d a s e m t o d o s o s s e t o r e s do

d e s en v o l v i me n t o t a l c o m o a g � i c u l t u �a , h i g i e n e e saúd e , g e s t�o

d e r e s í d u o s , t ,' a n s po r te , e n e r g i a !, man u f a ·t u l'ua �I

comun i c a ç: :3: o u

(0, t.E) c n o l o g i a d e v e s e i'" a m b i en t a l men t e a p r o p r i ad a .

N e c e s s i t a n d o - s e a s s i m � d e p r o g ramas p a r-a d e s en vo l ve r

t e c n o l og i a s i n o v a d o r a s , g e r a n d o t e cn o l og i as a l t e r n a t i v as q U E

m i n i m i z e m o s i m p a c tos a m b i e n t a i s .

8 4

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A t e c n o l o g i a modern a , p ruden teme n t e a p l i c a d a tem u m

g ra n d e poten c i a l p a r a mon i to r a r o a m b i e n t e � t- ed u z i n d o os

i m p a c tos d as a t i v i d ad e s humanas sobre a T e r r a , e m e l h o r a r a

qua l i d a d e d e v i d a .

Deve s e r rei t e r a d o que a r á p i d a mud a n ç a tecn o l óg i c a

p e r-man e r.: e a chc'::\v e p a r" ê..':\ a rf:.'? c o n c i 1 i a ç�o d o d esen v o l v i men to

e conSm i co COin u m a m b i en te v i á ve l n

8 5

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V . 2 . EHERGI A

A energ i a esté i n c l u í d a e n t. t'" 8 os r e c u l'"'SOS

essen c i a i s d a T p r r'a . Todos o s p a í ses c:o n s t r" u i r am suas

f.'i: conom i as com uma 1 n f ra-es t l'-u tura i n d u s t ,' i a l a l tamen te

d e pendente de combu s t í v e i s f ósse i s para a g e r a ç� o de energ i a �

A i n d ú s t r i a é respon sáve l p o r m a i s d e um t e r ç o da

energ i a consu m i d a n o mundo i n te i ro , e usa mais en e r g i a do que

q u a l quer outro \Jsuá r i o f i n a l .

F'or i sso , a en e r g i a o f e r e c e a l guns d os mai ores

d e s a f i os n a busca pe l o d esenvD l v imen 'to susten táve l . E l a é

c ru c i a l humano .. Seu con sumo ocasiona

po l u i ç� o l o ca l , r eg i on a l e g l oba l

Ass i m !, torna-se n e cessá r i a uma reorien taç�o dos

p l anos n a c i o n a i s d e l�n e r- g i a p 2 1'""a uma pol í t i c a de r e cu l'-sos

coe r" e n t e e r" a c: i nn ..:::d. , com um hOIr- i z o n t E-.:� d e l on g o p r a z o .. Est.a

reo r i en ta ç�o d e v e f un d amen t a r -se nos seguin tes p ressu pos tos :

aumen to d a I� f i c i � n c i a energ é t i c a � q ue pode t r- a z e r- os

resu l ta d os m a i s r á p i d os e g a n har tempo para as a çbes d e l on g o

p r a z o ;

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uma e s t r a tég i i3. e n e r g é t. i c a J"' a c i on a l é a t r a n s i ç ão p a l'-a uma

c om b i n a ç �o m a i s sus ten táve l de f o n tes de energ i a e pad r�es de

con sumo . Uma n ov:::.. con s i ('j e r- a ç � o d e f Dn tE-?s de e n s l'- g i a tam bém

deve c on s i d e r a r 05 i m p a ctos poten c i a i s sobre o m e i o a m b i e n t e

l O C i::t 1 e 9 l o b a 1 e ':E.o b l,....E:� as CIE\manda�, d e d esenvo 1 v i men t. o n as

reg i �es m a i s caren tes ü

uma e s t r a t é g i a energé t i ca a l on g o p r a z o p a r a os p a i ses em

d esen v o l v i men t o . I sso requer o i n cremen t o e o uso de recu rsos

n a t i vos , a l em da r e f orma das p o l í t i c as d e f i x a çâ o de p reços

d a energ i a .

A me l hor com b i n a ç� D d e e s t r a tég i as e n e r g é t i cas será

aque l a q ue permi t i l"- q u e p r o d u t o res e usuários benef i c i em-se

com a esco l ha ti e um cami n ho susten táve l p a r a a e n e r g i a ,

p o r t a n t o os m a i o res e s f o r ços d evem ser vo l tados p a r a a

e l a bo r a ç� o d e p a d r�es d e ene r g i a e a me l ho r i a d a e f i c i � n c i a

n o s p rodutos f i n a i s .

A me l r.or- e f i c i.?n c i a e n e r- g é t i ca podE:.� se\""- promov i d a

por m e i o d e uma con s c i e n t i z a çâo m a i s a m p l a , d a i nd ú s t r i a , d o

poten c i a l e d o s ben e f i c i os econ8micos d essa m a i o r e f i c i ªn c i a .

f:".:) 1. i d e r- a n ç a e m p l'-esa r i a l E� .f.:I S o l ..... g a n i z a ç"ê5es come r c i a i s podem

a ce l e r a r esse p r o cesso .

A�; f o r : "tes d e e n e r g i a renováve i s são hoj e uma o p ç�o

esi:r-a tég i c a p a r- ;:1 aque l as empresa�:; que est�o e m p e n h a d a s n a

i m p l a n ta ç � o d o d esenvo l v i me n t o susten táve l . As s i m , pod e-·se

87

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88

S') i n t e t. i z a r as f on teF� m a i s COffiL\nS de e n e l'"' g i a 1"'en ováve i s d a

segLl i n t e 'f o rma :

"Energia llldre1étrica - a eletricidade gerada de cachoeiras fornecia quase 7 % da energia CQ1IJercia1 utilizada no mundo em 1985_

Energia geotérmica - o calor que sai. do interior da Terra pode ser utilizada para gerar eletricidade ou aquecimento para as construções diretamente_

Energia térmica solar - aquecimento de água através da energia solar é hoje uma fonte de energia renovável reconhecidamente eficiente e amplamente usada em diversas áreas_ As várias tecnologias que estão sendo desenvolvidas para produzir eletricidade a partir dos raios solares, por meio de sistemas de coletores pode ser o maior potencial, a curto prazo, de fornecimento de grande quantidade de energia renováve1_

Energia fotovo1taica - células solares fotovo1taicas sao fei tas de silicone e convertem diretamente a luz solar em e1etricidade_ Para tal apenas é necessar�o que haja luz suficiente para deslocar elétrons de suas órbitas para gerar corrente elétrica_

Energia eólica - uma im;portante fonte de energia tempos atrás, derivadB da força dos ventos agora tem renascido, e apresenta-se COlIJO fonte de energia renovável_

Energia do oceano - o processo de conversão da energia térmica do oceano que está sendo desenvolvida usa as águas dos oceanos tropicais COlIJO um vasto coletor solar_ Este proceSBO utiliza o contraste entre a superfície morna do oceano e as águas ge1adBs profundas para gerar a energia_ Além disso, este processo fornece água natural como produto secundário_

Biomassa - madeira e outras plantas ou matéria animal que possam ser queimadBs diretamente ou convertidas em combustiveis sãD uma im;portante fonte de energia_ .. ( 33 )

o au men t a d o uso d e e n e r g i a d e f on tes r en o v áv e i s e m

esca l a i n d us t r i a l é d e i n teresse g l e b a l e e x i g i rá u m a l to

( 33 ) CORSON , W a l t e r H . The g l oba l ecol ogy hand book . Beacon P ress � Boston , 1 990 . pg . 196-7 .

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g r au d e cooperaçg(o nas po l í t i c as dos p a :.í.ses pobres e r i cos

para a t i n g i r o o b j e t i v o de u m d esenvo l v i men t o comum d e f o rma

.a resD l ve l ..... 05 p ro b l r-!'mas do f u turo e s i mu l tane amen te r�e du z i l'"

as emi ssbes d e d i ó x i d o d e c a r bono n a a t mo s f e r a �

A l ém d a s f o n tes 1 ..... enováveis d e ener"g i a também é

n e cessá r i o que se c r i em h á b i tos que f a c i l i tem o uso

r a c i on a l d e energ i a .

Os pad rôEs d e consumo i n dus t r i a l d e e n e r g i a sugerem

t r "e"s estág i o s de consey-" v a ção de en e q-g i a : con "t. ro l e i n t.er-no

( q ue m a x i m i z a a u t i l i z a ç�o d a tecn o l og i a

e}( i s ten tes ) ; r e t r oaj us tes nos p ro cesso s ,

nos prD cessoS'�

eln f u n ç�o d E um

a companhalne n t o con t i nuo ; e a p e r f e i çoamen to t e cn o l ó g i co .

Um g ra n d e Ll suárj. o d e en e '''' g i a que t.ambém d ev e se' .....

con s i d e r a d o n a e l �boraç�o d a s e s t r a t é g i a s é o t r anspor te .

o t r a n s porte � em g e r a l � rap resen ta c e r c a d e 20% d o

consumo g l o b a l d e combust i v e l . A m e t a é m e l horar a e f i c i ên c i a

para m i n i m i z a r o con sumo d e com bus tive i s . I sso e x i g i r á n � o só

nov a�.s t e cn o l og i as � como também o uso mais i n te l i g e n t e das

tec n o l o g i as para g e r a ç�o de energ i a d i s pon i v e i s .

1'"1El l horat'" a e f i c i ên c i a d t'J com bL\s t i v e l é a m e l hor'

f orma d e red u z i r o con sumo energ é t i co . A c a p a c i d ad e d a s

f r·otas d e c am i n heles , b e m a d a p t a d a pa,,-a a d i s t ,,- i bu i ç'ào d e

pro{'j \.\ tos � p o d e seY' aume n t a d a med i c::'\n te o u s o d e s i s temas d E-

8 9

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cr:)fnL\n i ca ç � o e d e i n f o r ma ç�es por- computad o r . () t r a n s pOlr t e

mar- :l t.imo , m a i s e f i c i en t. e a s l on g a s d i stân c i as n o

i n ter câmb i o d e c a r g a s i n tercon t i n e n ta i s ,

a p e r- f e i çoados p o r s i s t emas i n f o r m a t i z ad o s .

tam bém podem ser

As metas para m e l h o r a r a comb i n a ç âo atua l de f on tes

e uso d r� e n e r g i 1::\ d evem envo l v e r d e

d i f e r en c i ad o s .

{.\ cu rto p r a z o � a "é" n f as e d eve s e r- n a r-edu ç�o d o s

i m p a c to s a m b i e n t a i s d o s combu s t í v e i s f ó s s e i s e n o e s t i m u l o à

ef i c iªn c i a e n e r g é t i ca .

A m é d i o p r a z o , o s a t u a i s avanços t e cn o l óg i cos devem

ser- u t i l i z ad o s na pesquisa d e tecno l og i as l i m pas para o uso

de carvÊ:( o c:: ombus t i ve l , d e uma E'>: pans'El:o n u c l ear eq u i l i b rad a ,

d e c e r t a s f o rmas d e energ i a d e b i omassa , d e e n e r g i a so l a r e

d o i n c r emen to d a e n e r g i a h i d r e l é t r i ca �

�:'::rs f o r çDS

,,\

d e

l on g o

pe��,qu i sa

a i n d ús'tr i a

i n ten s i v a � q u e

d ev e coopera r em

f a çam d a s cé l u l as

f o tovo l ta i cas uma tecn o l og i a d e cQn vers�o d e e n e r g i a d e amp l a

u t i l i z a çâo .

90

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V . 3 . CICLO DE VIDA DO PRODUTO

S o b a p r ess�o d e r eg u l amen t a ç�es m a i s r i g o r o sa s , d e

novas a t i tu d e s d a g es t � o e m p r e sa r i a l n o s en t i d o d e am p l i a r a

r e s p o n sa b i l i d ad e d a e m p r es a , a s compan h i as e s t � o r e con h e c e n d o

q u e a g es t � o a m b i en ta l a g o r a r e q u e r a m i. n i m i z a ç�o d o s r i s c os

e i m p a c tos d u r�an te o c i c l o de v i d a de u m p rM o d u t o !1 l i d o b e r� ç o

ao túmu l o !! �

u t ra ç D a tua l d o e coss i s tema i n d u s t. r" i a l é

i m pF-2 r f e i to : ao i n v'é �:; d e ag i r- d e a c o r d o com os p r' i n c í p i os

c i r c u l a r e s do e c o ss i s t ema n a t u r a l o f l u x o d e b e n s e serv i ço s

é essen c i a 1 men t c-? 1 i n ear- . O s p r o d u t o s são p r Dd u z i d o s �

c o m p r a d os , consum i d o s e d e s pe j a d o s , p r a t i camen t e sem q u a l q ue r'

cor, s i d e r a ç�o c o m a e f i c i �n c i a ou o i m pa c to a m b i e n ta l .

A res poflsa b i l i d a d e aOl b i en t a l d a e m p r e s a n â o t e r m i n a

m a i s n o p o r t â o d a f á b r i ca , e l a s e e s t e n d e d o 'I b e r ç o ao

túmu l o l1 v i d a seus pr"od u to s . S i g n i 'f i ca e m Lt l t i ma

aná l i se , f a b r i c a r a pe n a s p ro d u to s q u e possam s e r usados

d e n t r o d e u m s i s t e m a de c o n t r o l e a m b i e n t a l , o que m i n i m i z a os

i m p a c to s a m b i e n t a i s e ma x i m i z a a e f i c i ên c i a a m b i e n ta l Q

9 1

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A g e s t � o d o c i c l o d e v i d a d e um p r o d u t o v i sa n d o a

u m m í n i m o d e i m pé:\ c t.O a m b i en t a l co l o c a f or t e s d e s a f i os

con c e i tu a i s e o p e r ê, c i on a i s p a r a o s e t f.) r� e m p r�e5 a r i a l . Cada

€-?t.apa da v i d a d e u m p l�·od u t. o t. e m i m p l i c a çe:Jes s o b r e o m e i o

a m b i l:.'? n t e Q

A 2\n á l i s E d o c i c l o d e v i d a d o p l� o d u t o t.em t. r ·ê·s

p a r t e s :

1 ª um i n ven t á r i o d a e n e r g i a , d o uso d e r e c u r so s e d a s

e m i ssôes d ll r a n t e c a d a e t apa d a v i d a d o p r o d u t o ;

2 ê uma a v a l i a ç � o d o i m p a c t. o d esses com pon e n t e s s o b r e a

3ª um p l an o d e a çâo p a r a me l ho r a r o d e sempen ho a m b i en t a l d o

p r o d u t. o .

A i d en t i f i ca çWo e e l i m i n a ç.o d e f o n t. es d e po l u i ç.o

g e r a l men t �? i m p l i cam em s u bs t. i t.u i ç.o de

compCJnen t. e s d o s p r o d u to s . E l i m i n a çoes g ra d ua i s , p a r c i a i s ou

t o t a i s d �� d e 't�� I'''m :,I. n a d ol;;-; e l e mt.�n tl1 s t'8'm s i d o i m p l emen tadas em

v á r i a s r eg ibes do mundo como a ú n i ca f o rma e f i ca z de reso l v e r

o s p r o b l em a s causados p o r esses p rodutos .

As e m p r esas c o m e ç a m a p e r c e b e r q u e p a r a c on q u i s t a r

e m a n t e r u m m e r c a d o c a d a v e z m a i s c on s c i e n t e d a s i mp l i ca ç� e s

a m b i e n t a i s n a u t i l i z a ç� o d e t e l'�m i n a d o s p l"' o d u to s , o s

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p r ó p r i o s p r o d u t o s tªm q u e s e r m a i s I/ l i m pos " . Ou sej a t o rn a-se

n e cessá r i a a ava l i a ç�o de tod a s as f ases do c i c l o de v i d a do

p r oduto , d e s d e a sua p r o d u ç �o m a t é r i a - p r i m a u t i l i z ad a ,

e f i c i & n c i a d o p r o cesso p rod u t i vo , res i d uos , r e p r o cessamen t o -

i:i. té a e 1 i m Í.fI .,::), ç:'ão d D p r o d u t o

pt� 1 C) amb i e n t.f:? , d e pe l a n a t.u r e z a ,

r e c i. c l agem .

A r'e f o rmll 1 a ç� o d o s p r o d u t o s tem s i d o v i s t a cOlno uma

forma d e red u z i r os r e s i duos e a po l u i ç�o . Ass i m , sÊ{o

a p reserl tad a s a l g um� 5 o p ç�es para a r ee s t r u t u r a ç�o de p rodu tos

E1Íl11inar ou substituir O produto _ Eliminar ou reduzir cOl11ponentes nocivos

Substituir materiais ou processos por outros ambienta1mente adequados Diminuir peso ou reduzir volUIDe de produtos Fabricar produtos concentrados Produzir em larga escala Combinar as funções de mais de um produto

_ Produzir menos modelos ou estilos Reprojetar o produto para utilização mais eficiente

_ Aumentar a vida útil do produto Reduzir embalagens sujeitas ao desperdício l1elhorar a facilidade de conserto do produto Reprojetar o produto para reutilização pelo consumidor Refabricar o produto_ .. ( ::::.<+ )

Assi m , fJode-se v e r i f i ca r q u e e x i st e uma r e l a çâo bem

n í t i d a en t r e o anl b i en te n a tl� r a l e as o r g a n i z a ç�es e m p r esa r i as

a t ravés do c i c l � de v i d a do p r o d \J t o . TDda a t i v i d ad e

D r g c-:\ n i z ac i on a l , d e,:::..d e o uso da m a t é r i a - p r i ma até a

( 34 ) WlJRLD vJ I LD L I F E FUND íClJN�3Ef'(VA TI lJN FOUNDAT I ON . G e tt ting a t t h e sou r c e : strat e g i e s f o r r e ducing mun i c ipal so l i d w a st e . W as h i n g to n , D . C . , 1 99 1 _ pg . 1 1 3 .

93

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i n u t i l i z a ç�o d a s e m b a l a g e n s e uso d o s prod u tos e s t á l i g a d a a o

a m b i en te .

E s t a i n t e r r e l a ç� o tem consequSn c i as e s t ra tég i cas

p a lr a F.\ '!=; e m p r e sas , suas e s co 1 ha�� d e p r'üd u t o s , t é cn i cas de

pl"' D d u ç� o , i n t e g r i d a d e d o p r od u t o , e p r á t i c a s g e re n c: i a i s de

r e s i duos e man i p u l aç�o de produtos que causem r i s c o s quan to ê

seg u ra n ç a t a n t o d o'!,; consum i d o r t:-:-s , q u a n t o d o s em p lregadol..:; ou

mesmo d o a m b i en t e g l o b a l

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V . 4 . RECICLAGEH E REAPROVEITAHENTO DE RESIDUOS

As e m p r e !::;as e s tâo come ç a n cl o a p e n : e b e r' q u e a

r E s í d u o s a s n ã o n o s

p r o d u tos f i n a i s .

As e m p ,r-E!sas p o d em j'- e d u z i r a s

e m i sse!es s i m p l i f i c <3 n d o a t. e cn o l o g i a d e p ro d u ç� o m.,d i an t., a

d i m i n u i ç � o d o n l:\ m e r O d e E;.':o t. a p a s d o p l"' o c e sso , a t ravés d a

m an u ten ç :!.( o d os p o l u., n t..,s den t r o d o s i s tema d e p '- O d LIÇ�CJ e

r eu t i l i z an d o-os n o mesmo p r ocesso , ou e m ou t ro s .

En f i m , q u ., d i s t. i n g u e u m lI r-e s .i. d u o " ele uma

(� a u t i l i d a d e e conôm i c a que a. e l es se d á .

I._og o , os r' e s í d u os p o d e m s e t Y- a n 5 f o r m a �- em m a t é r i a - p r� i ma ou

r e cu r sü .

Da mesma f o rma � a r e c i c l a g e m d o s m a te r i a i s , d e po i s

q u e o s p ro d u tos a l c a n ç a r a m o 1: i m d e s u a v i d a Lt t i l , p o d e

p r o v o c a r e con o m i a c on s i d e r áv e l , p o i s e l a e v i t a o s e s t á g i o s d e

e )·� 't r a ç ê( o e p r' o c e s.;same n t o , q u e s � o i n t. e n s i v o s e m t e r�mos d e

e n e r g i a e p o l u i ç�o .

9 5

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E ,d s tem d o i s m é todos p r i n c i pa i s d e d e

)"'es í d uos :

1 ) proj e t o d o p r o cesso i n d us t r i a l d e f o rma a r e d u z i r o s

� e s i d u o s p r od u z i d os ; e

2 ) rea p rov e i tamen t o D U r E' c i c l a g €:.�m d o s res í d u o s q u e s�o

p r od u z i d o s .

_ Reduç�o de Res i duos

Os e s f o r çc)s para red u z i r e m i n i m i z a r res i d ues podem

t r a z e r s u b s t a n c i a i s d i v i d en d o s p a r a a s e m p resas � � � i 5tem n�o

s 6 v a n t a g e n s f i n an ce i r a s s u b s t �� c i a i s , como tam bém o u t ros

ben e f i c i os q u e n�o p o d em ser ava l i a d o s d i r e tamen te em t e r mo s

monetél r- i os . p ,:"\ y- e >: f.�mp l Q , a i m a g l�m d a e m p r es c:\ e sua r e l a ç�·o

com o pL\ b l i co .

A e l i m i n � ç� o d os res i d u os n a f o n t e r e d u z i r á n�o só

cus tos d i r·et�o s � como "tam bé m t r- c.'\ r á bE.\ll e f í c i o s em ter·mo�; d e

I"'espon s a b i l i d a d e e s eg u r a n ç a .

• :A típica indústria qU2l1,uoa, na virada do século, deverá apresentar as seguintes características:

um processo limpo, COlD reciclagem ou utilização dos resíduos;

nenhU1l1 resíduo tóxico ou perigoso deixará o processo;

emissões acidentais ou de rotina serão consideradas relíquias do passado;

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. a ctJII1UDÍfiade completamente informada, com confiança total na gestão das indústrias. U( 3 5 )

E )·: i s tem s i g n i f i c a t i v a s d e reduç2\o

re�;:; í duos . U m p r o d u t o secund á r i o pode s e r- r e i n tlr oduz i d o n o

pro cesso como m a t é r i a- p r i m a ; os p r o cessos p ,-oc! u t ivos e as

o p e r-açôes podem mudados ; ma t é r i a s - p r i m a s podem ser

su b s t i tu i d a s ; produtos podem s e r r e f ormu l ad o s .

A m i n i m i 2 a ç�o d e r e s í cl u os tem d o i s c:on c e i tos

b á s i cos à e l a l i g a d o s : p re v e n ç�o e c o n t ro l e .

A s mudan ças t é c n i ca s e f i n a n c e i r as n e ce ss á r i a s p a r a

u m a g e s t � o d e r- f?s í d u os s ó p o d e s e r a t i n g i d a p o r um f o r t e

com pr·om e t i m e n t o com a pesq u i s a � prog ramas e d u c a c i o n a i s e

té c n i c as i n te n s i vas d e p r even ç�o .

o Con s e l ho Euro peu d a s Fed e r a çbes d a I n d ú s t. r i a

Q u í m .i ca ( CEF I Q ) e s t a b e l e CEU p r- i n c í p i os para a

a p l i c aç�o g e r a l d a g est�o d os resí duos . S�O e l es :

Reduç�o d e resí d u os e r e cu p e r a ç � o d e s t e s d ev e s e r s e g u i d a à

m á x i ma e x t e n s�o possive l � p r i m e i r a m e n t e a t ravés d a o t i m i z a ç�o

d o pro cesso � r e d esen ho , r e c u p e r a ç � o e c o n 6m i ca d e r e s i d uos , ou

para a produ ç2\o de e n e r g i a . A t r o c a de i n f o rmaçbes t é c n i c a s e

e con6mi cas d ev e s e r en co r a j a d a .

.. _ .. -----_ ..• _--_._- -,---, ( 3 5 ) KHARBANDA , O . P . and STALLWORHY , E . A . toward a sustaina b l e societx . Auburn Hous e , 1 1 4 .

Waste managemen t : Lon d o n , 1 990 . pg .

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. A g est&o d e r e s í d uos deve ser comp l e ta . I s to é , mesmo s e um

c:on t r a ta n t e é e m p r e g a d o � é de r e s p o n s a b i l i d a d e do c r j, a d o r do

l'" e s i d u o assegul'-i�r q ;.J8 o con t r a tan te é compe tE·nte pa. r a 1 i d a r

com o s r e s í d uos d e f o rma segL� r a , q u e e s t a r á e m con f o r m i d a d e

com a s r eg u l amen t a çbes r e l evan t e s e man useará o s r e s í d uo s d e

a c o r d o c o m a s t é c n i cas e p r o ced i me n t o s c o r r e to s .

A n tes d e d e c i d i r p o r um m é t o d o a p r o p r i ad o d e d i s posi ç.o d e

r e s i d u o s , é essen c i a l s a b e r" a composi ç�o e c a r a c te r i s t i c as d o

r e s í d uo q u e e s t á s e n d o manusead o .

Todas a s a u t o l" i d ades r e l evan t.es , e s pe c i a l mente as

a u t o r- i d ad e s l o ca i s , d evem ':5E:� r c om p l e tamen te i n f o rmiadas dos

pos s í v e i s danos e d ar; pl"' e c:a.u çeJes C 0 1,.... 1 ... espon d en tes . C l ien t.es ,

ou usu á r i os d o s p r o d u to s q u e est�o sen d o m a n u f a t u r a d o s d evem

seI .... · também a l e rM tados de q u a l q u e r' d a n o po "b2Il c i a l , ou r- i s cas

env o l v i d os n o s p r' o d u tc;s que est�o sendo u t i l i z a d os H

A resposta d � i n d ú s t r i a para a deman d a d o s p r o d u tos

�;�(�gUl""'OS e a m b i (�n ta l mE-? n t e a ce i t i-\ v e i s el eve v i r a t ravés de u.m

pen SBlne n t o c r i a t i v o , em d i re ç � o à s i m p l i c i d a d e .

A d i s p o s i ç�o e manuse i o d e resi d uo s � e os p r o b l emas

r e l a c i on a d o s a o a m b i e n t e d emandam so l u çOes que e s t e j am d e n t r o

d a p e r c e p ç � o humana e da c a pa c i d ad e d i s p on i ve l , ao i n v és d e

s o l u ç� e s d e a l t a - t e c n o l og i a .

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_ Re c i c l agem

(..� respost.a mais d i r-€"i' t a e i mE�d i a ta p a r- a o p r o b l ema

do c r- es cen t e mon t e de lr-e s í duCls d e i �·! a d çjs pe l ,,;:\ So c i f� d a d e de

con sumo é I'R e a p l .... ovei. tal .... e r e c: i c l a r- o m á H i mo poss í ve l es=, t.es

r e s í d uos .

No m i n i m o !f metade d o s r e s í duos que s�o çJ erados

pod e r i am s e r r e c i c l ad o s . E x i s te esse p o ten c i a l � mas par<';\

a l can ç á- l o é n e c essá r i o p l an e j amen to e e s f o r ços i n t e n s i v o s .

P o r e x em p l o , o p a pe l p e r d e o seu va l o r r a p i d am e n t e

q ua n d o m i s t u r a d o c o m res i d uos o r g ân i cos . V i d ros e m e t a i s s�o

menos v u l n e r�áve i s à d e g r a d E., ç ã o , mas mesmo ass i m , es tes

p r e c i s am s e r se l e c i on a d o s e t r a t a d o s d i f e ren c i ad amen te .

Os f a t.o r es q u e d E"2'vern s e i .... m a i s r"e 1 e v an te=� n a

re c i c l ag e m s�o : a e conom i a d e e n e rg i a , a conserva ç�o de

r e c u r sos e a l i m p e z a do a m b i e n t e reslJ l tan te d e sse p r o cesso "

Um p r o g r ama d �? r e c i c l ag e m que sej a E-� con om i camen t.e

SlJs ten "táve 1 r e q u e r u m a l to d e pa r t i c i p a ç à o d o

cOf1�:.um i d o t'"' � Re c i c l agem ( ? m l a r g a t-:?s ca l a d em a n d a Luna n o v a. f o rma

de pensamen to d a q u e l es qLl8 est�o e n vo l v i d os na d i s po s i ç�o de

r12s i d u os .

E ,., i s t e m l i. m i t.a ções pal"a a re c i c l ag em qCle só podem

s e r r8sa 1 v i d as a "t t"' avés da coopeY-aç�J:o dos plrCJd utores . Est.a

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c o o p e r a çao é n e c r:-,:. s s á r - i a a u t i l i z a çao d e me:\ t e r i a l

r- e c i c l ad o n o s P I'HodU'1:0S a s e r e m d e s e n v o l v i d os .

Ou t r o f a t o r d e f u n d amen t a l r e l evân c i a p a r a o

su cesso d o s p r og ramas d e r e c i c l a g em é a e d u c a ç� o , d e f o rma a

c o n s e g u i r a coo p e r a ç&o d e todos . � r e con h e c i d o q u e � o q ue é

jr- e s i d uo p a r' a UI""1 S pçde s e i.... Ire c u r so d �? a 1 ta u t i 1 i d a d e p a r i:3.

D U t. I"-OS ..

A r- e c i c l aç e m p o d e s e i .... uma e f e t i v a d e

u t i l i z a r o q u e d e o u t r a f o r m a s e r i a r e s i d u o � m a s s e r i a

obv i amen t.e m e l h o r s e o s p r ocessos n�o d e i x a ssem r e s í d u o s e

a s s i m , n a d a hav e r i a p a r a r e c i c l ar' .

A t e c n o l og ; a q u a n d o e m p l"eg a d a p a r a y- e d u z i r os

r e s i d u o s asseg u r a que e s t e s sej am m i n i m i z a d o s se n â o p u d e r e m

d e t o d o Sf.?!'"" e l i m i n ad c s , mas a i n d a a s s i m o s r- e c u lr-sos e s t �·o

s o f r e n d o d e p l e ç � o .

r::;ss i m , o o b j e t i v o m a i o ,'" é r-e pe n s a r os p lf" od u tos ,

pl"'oceSSDS e h á b i to�-; d e COr1 s um o e >: i s t e n t e s p a r a q U f.;c. a

u t i l i z a ç�o d e r e c u r so s s e j a o m i n i m o p o s s i v e l .

1 0 0

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V . 5 . INSTRUI1ENTOS ECONtUlICOS

A u t i l i z a ç�o d e i n s t rumentos e c on 6 m i cos p a r a a

i m p l emen t a ç�o d o d esenvo l v i m e n t o sust,en táve l , s e g u n d <J o

Bus i n e ss Cour1 c i l f o r Sustan a í b l r.� D ev e l o pmen t ( BeSD ) , d e Y" iva

de q u a t r o n e ce s s i d ad e s : p r o po r c i on a r re compensas e i n cen t i vos

con s t a n t e s pe l a s con t i n u a s me l hor i as ; u t i l i z a r os m e r c ad o s de

man e i r a m a i s e f i c a z � n o sen t i d o d e a t i n g i r os o b j e t i v os

a m b i e n 't a i s ; d e s c o b r' i r p a l .... a os Ç':J overn o'!':5 e p a t'"' a a i n d ú s t:. r i a

m e i o s m a i s e f i c a z es t?'ffi t. e ,'-mos d e cust.o p a r a a t i n g i r esses

mesmos o b j e t ivos ; e passar d o con t ro l e d a po l u i ç�o p a r a a sua

preven ç�o .

o s e t o r e m p resa r i a l pode con t r i bu i r me l hor p a r a

eSst? e s f o r t;;o d e n 't ,'"'o d E:' um con t e }: to d e e c o n om i a d e me r' c ad a ,

com urna com b i n a çâ:o d e i n s t rumentos e conôm i cos , reg u l amentos

c l a ros baseados no desempenho e g est�D e m p r e sa r i a l c e n t r a d a

n o e s t a b e l e c i men to d e pad r�es a m b i en t a i s �

o uso se l et i v o e c r i te r- ioso i n s t rumen tos

e con 6 m i cos pode p romover u m n i v e l m a i o r d e p ro t e ç�o a m b i en t a l

a um c u s t e,) m a i s b a i >� o a s o c i f.'-2d a d e do

desenvo l v i me n t o de t e cn o l og i as vo l t a d a s p a r a menor p o l u i ç�o �

um uso m e n o s i n te n s i v o d e r e c u r sos , uma p rodu ç.o i n d u s t r i a l

1 0 1

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m a i s e f i c i e n te e meros po l u i d o r a , e mudando a p r e f e rân c i a d os

c(Jn sum i d (J r f�S n

F' a r a t a n t. o , a 1 9 uns f E� t.o ' ..... e s devem s e r con s i d E' r ados

l'"'1 a busca d l? cc)nsE-=gu i r- () p r e ço c e r t o para b(:;J}n�5 e s e r�v .i çDs

n o me!'"' ci-.\d c) • o q u e sugerE'm os p r i n c :í, p i os

a p re s e n t a d o s a se g u i !'" :

Contas Nacion a i s Padron i zadas

As con t.as n a c i o n a i s p a d r-on i z ad a s ba;,�E.� i arn·-�j.e em

i n d i cadores para q u e IJS g overnos possam med i r os e f e i tos de

�.iua !:;; po l í t i c as e c onôm i c as s o b ,r e o p ' ..... og r-esso a t i n g i d o , ta l

como o PNB ( P roduto Na : i on a l B r u to ) .

Mas , o PNB n�(o o f e rece q u a l q u e r i n d i c a ç�o dos d anos

am b i e n t a i s o u d o C l�5çJ a s t.e d o s r e c u r �;os e

parad o x a l me n t e , q u a n d o uma f l oresta é d e r r u b a d a p a r a o bter- se

mad e i r�a d e-= con s 't.I'-u �O , o PNB i n c l u i a ,"'en d a ai o b t. i d a , mc:\s

n�o reg i s t r a a p e r d a d a f u t.ura c a p a c i d a d e p r o d u t i v a .

S u g e re-se e n t �o , a c r i a çâo d e um II P r o d u t o N a c i orl a l

L i q u i d o l ! ( PN l._ ) Dn d e:;:. s e 'su b t l''' a i. a d o PNB nâ:o s ó c\ d E� p l-e c i a ç�C)

d o c a p i ta l , mas também o d i n he i ro d i s p en d i d o n a r e p a r a ç . o d os

d a.n O�:; a m b i en t a i s n t\ cDn t r a os mesmos ; um

e q u i vi:\ l e n 't e monE? t á r i o p a r a

1 02

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reman e s c en t e a p ó s a Y- e p a r- a ç�o d o s d an o s :1 E urna c o m p e n s a ç'ào

pe l o d e c r és c i mo do c a p i t a l n a t u ra l .

I s to l ev 8 r .i. a a uma m a i o !'- p r e o c u p a ç'à: o a m b i e n t a l n a

h o r a d e s e e s t a b e l e c e r e s t r a té g i a s i n d u s t r i a i s � e n e r g é t i cas ,

aq r i cu 1 tLL .... a i s , f i n an ce i ras d e e ": p 1 o r a ç�o

·f l o r e s ta l .

Cá l cu l o do Custo Total

A i n t r D d u ç � o d e e n c a r g o s a m b i e n t a i s - i n c l us�o dos

cus tos am b i e n t a i s - nas con tas das empresas p o d e e s t i m u l a r a

promoç;'(o d o d es e n v o l v i m e n t o s u s t en t á v e l v i s t o q u e o p r e ç o ,

n e s t e caso aumen tado em f u rl ç�o d o s e n c a r g o s a d i c i o n a i. s , é u m

d o s f a t o r e s q u e s e con s i d e r a n a u t i l i z a ç& o d e r e c u rsos p a r a

p r o d u ,; ã o "

E m b o r a a i n t r od u çâ o d e e n c a r g o s a m b i e n t a i s n o s

p r e ço s d o s prodlJtos e s a r v i ço s o f e r e c i d o s pe l as e m p resas n �o

sej am p r· �= c: :i. s(Js c e r to s c u s t o s n â o podem ser e x a t amen t e

q u an t i f i ca d n s ia i n d a c:� s s .i m , p o d e s e r u m me i o d e pr"OffiOVer"

mud an ç:; a s tan t o n os> p r o c €-·�ssoS"> p r od u t i vos como n o s pad r-ôes d e

con sumo .

":,tis equaçoes básicas por trás da incorporaçao ao preço dos custos totais são si1tJples. Para a produção, seja industrial ou agricola, o custo total é o custo da produção mais o custo de qualquer dano ambiental associado à JDeS/l1a. Quanto ao uso dos I'eCUI'BOS, COJ1JO os minerais e as florestas, o custo total é o custo da extração mais o custo do dano ambiental.

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_ _ _ a extração de recursos, a atividade manufatureira, o uso da energia e os níveis de CODSUlllO são afetados pelas coDBiderações de custo_ Thdo o que é extraído, produzido e coDSUI1lÍdo depende do preço_ Quanto mais alto é o preÇO, menor a demanda_ ., :56 )

A m e d i d a q u e o s p l" o c essos d e p r- od u ç� o , e ,·, t l" a ç�o e

d i s t r- :i b u i ç�o p a g a r-em o s c u s t. o s e co n ô m i co;!, d a a t i v i d ad e

( cu s t o s d a s t e r ras , d a m�o-de-obra , e d o c ap i t a l ) t a i s

p r o c e s sos s e t��o r e v i s to s d e f o rma a o t i m i z á - l os , e v i t a r

m i n i m i z a r' a d e ,r-e c u r'sos

renováve i s e u t i l i z a r t e cn o l og i as que n �o a g r i d am o a m b i e n t e .

_ Princípio do Pagamento pe l o Poluidor ( PPP )

E s t e p r' i n c :í. p i o e s t ia b e l e c e q u �? os po l u i d ol'�es d evem

responsab i l i z a r--se por todos o s c u s t o s de qua l q u e r d a n o

c a u s a d o pe l a p r o d u ç�o d e b e n s e serv i ço s .

o pon to p r i n c i p a l d o PPP é o f a t o d e q u e quem pag a

nâo é o " po l u i d o r ll , e n q u a n t o pr'od u t o r , m a s s i m o c o n s um i d o r ,

a q uem é passado o c ú s t o d e po l u i r . Em d e c o r rên c i a d i sso , h á

uma e l e v a ç � o n o p r- e ç o elos:_ pr'oclu tos .. f':lss i m , o aumen to d o s

p r e ços d o s p r o d u t o s a rl b i en t a l men te n o c i vo s d es es t i lou l a o

con su m i d o r a c o m p r á -� 1 os � i n d u z i n d o-os a p r o cu r- a r um p r- o d u t o

�:� u b ,=j. t i tu·l:o m a i s l i m po , o u s e j 1Õ:l , p r o d u tos q u e p a r n â o t. e r e m

compon e n t e s po l uen tes r"l a sua compo s i ç :3:o t o r- n am-se m a i s

b 21 r a t rJS n

( 36 ) se H t1 I o H E I N Y , S t e p h e" . ,-,M",u"d".a=-n"d",o",--,o",---,-r-"u"m",o",-,"_-"U",m",a",---"p",e"r_s",-"p",e",c:'=..>t",i"v,..a,.. empresarial g lobal sobre desenvolvimento e meio ambien te . Ed i to r a F u n d a ç�Q G e tú l i o V a r g a s , RJ , 1 992 . pg . 1 7 h

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Dessa f o r m a a p l i c a-se a l óg i c a d e m e r c ad o , e

a t r avés d a p l" ó p r i a p l" ess�o d o consumi. d o r v i s t o que q u an t. o

m a i o r o p r e ç o d o bem/se r v i ç D � merl 0 r s e r á a s u a deman d a .

A t. I"avés desse i n s t rumento o me r c a d o se

f o r n e c e n d o b e n s / s e r v i ços m a i s b a ra to s e

e c o l og i c amente c o r r e tos �

l n d i ce d e Desenvo l vimento Humano ( I DH )

"O desenvolvimento humano é O processo de ampliar a gama de opçoes das peBBoaB, oferecendo-lbes maiores oportunidades de educação, cuidados médicos, emprego, e abarcando o espectro de todas as opções humanas, desde o aspecto físico - em boas condições - até a liberdade econômica e política_" ( 37 )

desenvo l "/ i m e n t. o humanD i n t e r es s a t. a n t. o C)

d esenvo l v i me n t o d a s c a p a c i d ad e s human a �; q uan t o sua

u t. i. l i z a ç � o p r od u t i v a . o d es:-envo l v i men to d a s c a p a c i d ad e s

h u m a n a s s i g n i f i ca i n vest i r n a s pessoas , enq uan to que a

u t i ]' i z a ç�o P I'"ocJ u t. i v a rC'? q u e r que 8S'>sas pessoas con t. l .... i buam

p a l� a o c r e s c i me n t o do PNB , e p a r a o n i ve l de e m p r eg o .

o d esenvo l v i nren t. o humano i n c l u i a g e r a ç'ào

c res c i men to e con6nl i c o e sua d i s t r i bu i ç � o , as n e cess i d ad e s

bás i ca s e t o d a s as a s p i r a çê:ies human a s . o con c e i t.o

desenvo l v i n\sn t o humano b a s e i a-se no p l anej amento d e

d e

1 c)ngo

( 37-) -DESr"'RRDI�O-'Hur1A�Iõ--=--i NFORME .1992 _ T e r c e r Mun d o E d i tm-es .. C o l o m b i a , 1 992 . p g . 1 8 .

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p r a z o d e uma s o c i ed a (j e , o n d e s e ress a l ta o d esenvo l v i m e n t o em

"t.or-"!i O d a.s pe�;soas nao as pessoas t O l'" n o d o

d eserl vo l v i me n t o .

" . . . Portanto, o UlllCO objetivo do desenvolvimento deve ser permitir às peBBOaS desfrutar de vidas prolongadas, saudáveis e criativas; é uma verdade sensivel, porém uma que com maior frequência se duvida é o eterno desejo de acumular mais posses e riquezas " . ( em )

o f o r t a l e c i me n t o n a tura l d a c a pa c i d ad e n a c i o n a l

p a r a () clE�senvo 1 v i men to sus t.E�n táve 1. s i g n i f i ca c a p a c i t a r

pessoas , p o i s em todos o s n i v e i e se f a z n e cessá r i a a p rese n ç a

de pessoas h a b i l i t a d a s p a r a tomar d e c i s�es , a s s i m como

a d m i n i s t l''' adores e pess.:.oa l d e l i n ha . Porém "b;un bém s i g n i f i ca

c r i a r c a p a c i d a d e s d e autosu f i c i � n c i a n a f o rmu l a ç� o e n a

a d m i n i s t r a ç � o d a po l i t i c a a m b i e n t a l , n a g e r a ç�D e Bss i m j. l a çâo

de a p r o p r i acl i:H3 d esen vo l v i mento

con s c i e n t i z a ç�o e o a po i o da comun i d ad e aos p r o b l emas e

o por"tun i cl a d e r; .

( 38 ) DESARROLO HUMANO , I NFORME 1 992 . T e r c e r M u n d o E d i t o res , Co l om b i a , 1 9 9 2 . pg . 37 .

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V . 6 . SERES HUHANOS

Que é o h�mem ? S e r v i vo , a n i ma l !1

m am i f e ro , p r i m a t a , hOI�in i d eo , é tambéln q u a l q u e r o u t r a c o i sa ,

e e ssa q u a l q u e r c o i s a , chamada Homo s a pi e n s , e s capa n �o só a

uma d e f i n i ç�o s i m p l es , m a s também a uma d e f i n i ç� D comp l e x a .

F'l'''E.' c i sE\--se c(Jn c(.;? b e r q u e (J s e r d o hOnH?m se e H p r i rne

c::, tlravés da e na sua a f e t i v i d ad e , é p r e c i so t.ambém c o n c e b e ]'""

q u e a l ou c u r a , a i r rt::t c i o n a 1 i d a d E!:' , a r'a c i o n a l i d ad e , e m b o r-a

a n t a g B n i ca s , s � o c o m p l emen t a r e s na n a tu r e z a human a a

F' r �? c .i s a. -Sfo? o homem ao homem

't é c n i co , a o homem c o n s. t ru t o r , a o homem a n s i o s o , ao homem

g o z ad o r , a o homem e s tá t � c o , ao hamelo c a n t a n t e e d an ç a n t e , ao

homE':�m i n S") t áv e l , ao hc)mem s u b j e t i vo , ao homem i ma g i n á r i o , a o

h o m e m m i to 1 6g i c o .. ao hD.nem n e u r ó t i c o ,. a o h o m e m e y" ó t i co , a o

h o m e m cJ e s t , .... u i c:l o I'" , ao r.omE?m c on s c i e n te , ao homem i n c on s c i en tE' ,

ao homem mi:-\g i co , ao homt-?ffi F' a c i on a I , n u m a c a r a d e m u i tas

�f a c e s , e m q u e o h o m i n :.í. d .:;?o se t. r a n s f orme d e f i n i ti vamen t.e em

homem .

e s t r u t u ' .... a s

f un c i o n a d o como u m p o d e r'

o r g a n i z a c i o n a i s

r e p r e s s ivo , 'f a z en d o

so c i a i s

com q U E: a

1.07

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d i men5�O humana d a e s p é c i e humana f i q ue o p r i m i d a , e cada vez

mais o homem se d i s tan c i e d e l a .

A v i o l �n c i a con tra a n a t u r e z a é a v i o l �n c i a con t r a

o p r ó p r i o ser human o . A v i o l �n c i a e s t á em todas a s p a r tes : n a

a i i en an "l:e .

r"IE.1 S ru a�. , n o vo l ume d a mús i c a , n o t r a ba l ho

A é p o c a atL: a l tem se c a r a c t s F' i z ad o j us t.amen te por

abord a r o s (e i }-! os d e

desenvo l v i men to uma

SLla E n·: t e r i o r i d a d e . Assi s tf'? --se

t. e cn o l og i a marav i l hosa d en tro

ao

d e

t o t a 1 ausfin c i a d e cOf1 cei t o s d f;:O oro i �2n t.aç�o i n t.el'''n a . E n f i m ,

tem-se hoj e a v i d a pe�50a l va z i a d e s i g n i f i cado �

O s con s u m i d n r-e.s modernos podem ser i d en t. i f i cados

pe l a f ó rmu l a : e u sou = o que t e n ho e o que consumo .

E ass i m , esta c i v i l i z a ç�o tem c hegado a por em

p e r i g o a p r ó p r i a i n te g r i d a d e do p l an e t a .

P a � a se rest�urar a n a t u � e z a humana r e i n tegrando o

homem n a t:.ul .... e z a 'tD rn a -se n t.'? cl':?ssário q ue e d u c a ç�o

r e p r l'?sen te Ltm p �3 p e l a tuan t�2 �2 t:onstantE:�· na rHe c on s t r'uç�o d o

humano-natu r a l .

A E,d u c a ç;3:o t . • ?m como t. a r e f a p r i n c i pa l en t.."eg a r ao

i n d i v í duo , atri:'1.vé�3 d o <::I eSl'?nvo 1 v i men to

pot. en c i a l i d a d es , i n ternas d E-? d esenvo l v i men to .

108

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Des p e r t a r n e l e o s g e rmes n a t u ra i s d e v i ta l i d a d e e os v a l o r e s

i n t i mos , p o t en c i a i s c r i ad o r e s � l i b e r d a d e i n t e l e c t u a l e a

s i n g u 1 a r i d a d (:l d e �';U2\S a t i t u d E'S M En f i m , f omen t '::\r� o e s p l e n d o r-"

tlumano e x i s te n te em c a d a s e r .

As m u d a n ç a s n e ce s s á r i as p a r a a i m p l emen t a ç� o d o

d esen v o l v i m e n t o susten t á v e l n � o podem s e r f e i tas p o r d e c r e t o ,

s e n � o med i a n te homens d e me l ho r qLla l i d ad e .

A s r e f o rlnas e c o n Sm i c a s s � o poss i v e i s aper, a s se

Q c o r r e r e rTl m u d a n ç a s f u n d amen t a i s nos v a l o re s e ati i:udes dos

homen s , t. a i s c o mo n o v a é t. i c a e n o v a a t i t u d e p a r- a com a

n a tu r e z a . Só é poss i v� l Ulna n o v a s o c i e d a d e se � n o p ro c esso d o

s e u d e s e n v o l v i m e n t o , ljffi n o v o h o m e m t a m bé m s e d es e n v o l v e r .

o e s p i r i t o tiumano d e con q u i s t a e hos t i l i d a d e t o r n ou

a e s p é c i e hLlmana c e g a p a r a o f a t o d e q u e os r e c u rsos n a t u r a i s

t ê m l i ln i t e s e podem d e f a to e s g o t a r -se , e q u e a n a tu r e z a s e

v i rl g a rá d a c a pa c i d ad e humana s e n a d a f o r f e i t o para r e v e r t e r

esse q uad r o assu s t a d o l� q u e o r a se a p resen ta .

o s e r human o � n o f u n d o - e p o r t a n t o e s s e n c i a l me n t e

�- Sf'::> mDve e é m o t i v a d o p o r u m a " vo n ·tade d �;:. s E\n t i d o " •

() s e r� humanu só p o d e t e r f u n d a d a s e s p e r a n ç a s d e

s o b r e v i v @ n c i a s e � m a i s c e d o o u m a i s t a rd e , c o n s eg u i r cheg a r a

um d e n o m i n a d o r comum a x i o l óg i co � m o ra l , i s t o é , se c heg a r a

t e r v a l o r e s comun s , t a r e f a s comuns e e s p e r a n ç a s comull s ; q ue r

1 0 9

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d i z e r· , u n i l'---se p o r- lima v o n t a d e C D l t� t i v a q u e o con d u z I::' a um

s e n t i d o co l e t i vo .

?-l m u d a n ç a T i a r e l a çi:':\o d os humanos com o a m b i e n t.E' i l·-á

r e q u e r e r e s f o r ço s o c j. a I d e l on g o p r a z o em e d u c a ç�o a m b i e n t a l .

Todos os m e m b r" o s d a !.=;o c i ed a d e conSDme-�m Y-€-? C U Y-SOS e p r'ocl u zem

po l u i ç� o e r e s i d u o s " P o r tan t o , t o r n a--se n e ce s s á r i o q u e todos

com p l'''e e n d a m C:\ i m p o r tân c i a d o a m b i e n te p a r a a e x i s t ê n c i a

humana e a c o n s e q ue n t � q u a l i d a d e d e v i d a .

q u e

�esporl s a b i l i d a d e n a d a s

c o n s c: i "ê n c i a

a t i v i d ad e s d i á r i a s

d e

e

a m b i e r, te , d e sen vo l v e n d o-se c i d ad �o 5 i n s t r u i d os e r e s po n sáve i s

a m b i e n t a l me n te .

o con c e i t o d e d es f.? n v o l v i men "t.o sus:, t. e n táve l é m u i t o

m a i s a m p l o d o q ue 3 p r o te ç � o d e r e c u rsos n a t u r a i s e o

a m b i e n t e f l. S") i co .. E l e i n c l u i a p r C) �: e ç � o d a v i d a humana n o

f u tu r o . P a r a t a n t o a ecj u c aç�C) e t. 1'- e i n amen t.o s��o o s f a to r es

que d ev e r � o s e r m a i E d esenvo l v i d o s p a r a que o homem s e

r e i n t e g r e à s u a n a tu r e z a r e s p e i t a n d o o s l i m i tes n a t{J r a i s d o

am b i en t e g l o b a l e d e s e u p r ó p r i o s e r .

l.og o , a e d u c_ a ç � o d ev e d e s p e r t a r n o s e r humano a sua

essên c i a hLlman a e com i ss o l ev a r o homem a m u d a r seus h á b i tos

de COn SL\mO , c o n c e i tos v a l o r e s , d e p l-ecl o m l. n �(n c: i a

m a t.e r i a l i s 't.a t'? consum i s t i:3. M DesE�nvo l v(-?r d (� n t l""('J d e c a d a u m o

1 1 0

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ver' d c .. d e j. ro d a d i g n i d ad e human a o l ug a r d a

human i d a d e n a n a t u re � a .

Ass i m , '::;'81'<:(0 c:r' i ad as n ovas f o rmas ele e��t.!"'ut.u l"· a ç:�o

empresar i a l -soc i a l , c n d e se res t a be l e ça o res p e i to pe l a v i d a ,

pOl'" tudo o que s e E��:::. t.á o f e re c e n d o p a r a tod os; , a l i m(�n t o s :, a

f l o res t a � o m a r � os &mores .

tJc) l i:a r-se-� i a a um mundo s en s í v e l e o r i g i n a l , q u e

n � o a c e i t a a r u p t u r a e n t r e o s e r e o n�o- s e r , o n d e a s pessoas

s�o o m e i o a m b i en te m a i s poderoso .

s e r É\ p()s�;í ve 1 a i.: y-avés de p rog ram.t3.s d (·?

c:l esenvo 1. v i m e n t.o E' t. 1''[, i n amen to t.an ·to n a á re", o p e r ", c i on ", 1 d a s

o r g a n i z a çôes e m p r e sa r i a i s - e l i m i n a ç� o d e r e s í d uos c u i d a d o

n o man use i o d e substâil c i a s o u p r o cessos p e r i gosos - q uar, t o n a

v i d a d i á r i a d e c:arl a ser humano ele suas

poten c i a l i d ad e s e c: r i a t i v j. d ad e � ha rmoll i a com o n a t u ra l �

Ressa 1 te--se que t.odo e qu", l quer el e

d esenvo l v i men t o d eve a b o r d a r todas a s d i merl s�es d a n a tu � e z a -

hUlnan a e a m b i e n ta l . SGj am a a l eg r i a , v i t a l i d a d e , a f e t i v i d ade ,

f r a te r-n i c1 acl E: , s e >: u a 1 i d a d e ,

l i be r d ad e , espon t a n e i (j ad e , c r i a ç�D , ha rmon i a , amor à rl a ture Z 2

Ass i m , v e n d o- s e res p e i t a d o e m sua essên c i a i n t e r n a

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hav(� n d C) m a i E a c.l i v j_ 5�O i n t e r- n a 'M-e H t ern a , n e m homeffi '--n a tu ,r'e z a ,

j á q u e s e t e r'á c. con s c i 'ê n c i a q u e s�o t o d o s E:,:. l ementos d e u m

ú n i co a m b i e n te .

1. 1 2

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V . 7 . AVAL I AÇ1l0 DO S I STE/1A DE GESTlIO Ai'1BIENTAL

Um2. e cc·n o m i a q u e p r omova

d esen v o l v i men to susten t á v e l requer q u e todos os p r odu tos

sej am ava 1 f arJ o s por seus e f e i ·to�s . Esta ava l .i �·a çâ:o d eve ser'

f e i ta a t ravés d a an á l ise d o p lr'o d u to d e s d e �:5ua " D r- i g é?ffi a, 'té (.1

seu f i m lf a

r s t o i n c l u i a q u an t i d a d e d e ene rg i a u t i l i z a d a para

produz i I"" e 'tr-an s p o r· ·t. ar o p r od u to � a po l u i ç&o g erada em sua

f a b r i ca ç � o , o p a pe l da mercad o r i a na saúde e con6mi ca e so c i a l

d o p a i s d e o r i g e m , o s p l anDs d e i n v e �5t. i m e n t o d a f-2'm p r eSa em

qLH?, !:;i. t'àO e todas as suas par' ce i ras , a u t. i l i z a ç � o f i n a l d o

produto e seus resi d uos � e a l e g i s l aç�o sob a q u a l a e m p r esa

e s t á subme-rM i d a .

se

d o cumen t ada ,

em t e rmos d e

uma

obj e t i v a d o

c!E.;rsenvo 1 y i men t.o

s i s temá t i c a ,

d esempen ho

sustent.áve l ,

d a

é

p r e c i so q u e haj a parâmetros bastante p r e c i sos p a r a f a c i l i tar

ê.iS p r á t i cas d e c o n t ,"'o l e de g est�o e av a l i a r a e �"{ecuç�o d e

po l .i t i ca�:; d i:3. e m p r·t�sa .� i n c l us i ve qUél n t o ao c u m p r" i mer1"i:o das

e x i g ân c i a s reg u l adoras .

1 1 3

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As empr"esas d evem ava l i a r seu desemp en h o , tan t o

i,:\mb i en t a l q u a n t o e c::on ômi cD , em t e l"'mos d e q u a l i d ad e d e v i d a

a t u a l e para a s f u turas g e r a ç�es .

V á r ios Iné todos p a r a ava l i aç&o d o s i stema d e g est�o

cI el,;!,;envo 1 \/:L r.i C1::3 q ue os r(i;\ l a"tó r i o s

e l a borados est.a .a v a l i a ç� o con t i vessem i n f o rma ç�e�s

estru turadas e p r od u z i d as d e modo a ter v a l i d a d e c i e n t i 'f i ca .

V i sa n d o u n i f o r m i z a r a s ava l i aç�es d o s i s tema d e

g es taC) a m b i e n t a l , c B r l. t i s r', Standard I n s t i tu t e p ropôs uma

n o r m a de S i 5tema de Gest�o A m b i e n t a l ( SS 7 7 5 0 ) q ue espec i f i ca

05 e l emen "tos para ", i m p l an t a ç � o d e um s i 5tema d e g est�o

a m b i e n ta l , poden d o SE)"- a p l i cada a t odos os t i pos e taman hos

de o r g an i z a çôes .

CI d esen vCJ 1 ' / imen to d es t as ava l i a ç:;�es a n i. v e I

i n "tE·I .... n a ci o n a l , n a c i on a l , l o ca l e c o r p o r a t i v o é uma i n d i c a çâ:o

da i m portân c i a a t r e l a d � à p r o t e ç � o a m b i e n t a l para asseg u r a r a

qua l i d a de d o s s e r v i ços p a r a os c i d ad�os e c l ien tes .

"O objetivo desta norma e as avaliações dos processos produtivos é identificar os problemas associados COI11 a produção de bens e serviços antes destes tornarem--se disponiveis; desenvolver boas práticas para a constante melhoria dos processos; e agir COI11 U/11 envolvimento corporativo nas estratégias ambientais ", ( 39 )

( 39 ) Gr,AVSClN , Les l ey . Environmen tal aud iting .. T he B r i t i s h L i b r a r y , U K , 1 99 2 . pg . 1 .

1 1 4

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F;;'o r- é m , r"essa l ta--se a q u i q u e esta f1cn""ma a i n d a ":;;ó é

a c e i t a n a E::u r o p a , pi-1 "'.Í.. s e s c r- i ando

d i f e r-en c i ad amen te os seus métodos d e ava l i a ç�o de s i stema d e

g es t�o a m b i en t a l n

E s ta d i f 2 r e n c i a ç�o torn a-se n e cessá r i a t e n d o em

v i s t a que cada F' a i <;;:, � EstadD ou Nun i c í p i o , tf.::rm suas p r-Ó p Y- i a s

l e i s q u e reglJ l amen tam a p e r m i ss�o d e emi ss�o d e a g e n t e s

po l ue n "t:.t-?S"> , e f l ur�n tes; , p a l-- t i cu l a s f2 OU"tI'""O�ã (-:? l ementos q u e si30

r es t r i n g i d os p e l a l eg i s l aç�o .

Outro a s p e c t o d e av a l i a ç�o que também t e m s i d o

a bo r d a d o é a quest�o d a s aud i t o r i a s p a r a v e r i f i ca çâo a

r e s p e i to d a l eg i s l aç�G e n o rmas estabe l e c i d as .

As aud i "to I'"" 1. 17.:\ 5 , d e uma mane i r a g e ra l podem sr� I'""

��o l i c i taclas p e l a s p r- ó p ; ..... i as E:"-:i' m p resas ou por- c l i en t. es d e ::=.. t.as �

Em a l g un ':5 p a i se s as aud i tD r i a s S�D o p c i on a i s ( c aso d o s

E s t a d o s Un i d os e Can a d á ) , o uma

con s c i e n t i z a ç� o � p o r p a r te dos e m p r e sá r i os , p a r a mos t r a r e m ao

seu p ú b l i co CDnSLt m i d o r qUE; r-(-?!5 p e i tam n o r"mas e l f? i s � e qUf-':

seu s p r o d u tos s�o e c o l o g J camen te c o r r e tos .

Depu t a d o F á b i o Fe l d man n a q u a l a e m p r esa é o b r i g ad a a

r ea l i z a r aud i to r" i a s .

1 1 �i

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Essas aud i to r i a s s � o p o r ó r gâos

l i c e n c i ad os t a l e iE,e u t. i l i z a m d e c h e c k l i s t s p a r a

v e r i f i c a r a cOn f CiI'" m i d ad e ou n ?:\o c:c...,m o s p a r- â m e t r o s e 1 e i s

(�s t a b e 1 e c i d a s .

A ava l i a �âo d o s i s t e m a d e g e s tâo a m bi e n ta l t o r n a - s e

q u a n d o o f e r e c e p a r"�:�met:r-os a d e q Llado�3 à

rea l i d a d e d a e m p r e s a e às n e ce s s i d a d e s d e c a d a r e g i�o .

o a c o m p a n llê(men 'to no s :i. �:;t.ema d E� g e s t � D a m b i e n t a l

f e i to com b a s e n o s r f.?s u l tados d a s a v a l i a çé'j e s d f�ve s e m p r e

b L\ S C a r a d e q u ar" o s i s tema i m p l a n t ad o às novas e x i g ªn c i a s

e m e r g e n t e s e às mudan ças que d e te c tou-se n e cessá r i as p a r a o

bom f L\n c i on amen t D d o s i s 'tema susten t a b i l i d ad e das

o p e r a ç�es d a e m p r esa e do a m b i e n t e nQ q u a l e s t á i n s e r i d a .

1. 1 6

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PESQUISA NAS ORGANI ZA�ES EMPRESARI A I S

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CAP I TULO V I - METODOLOG I A DA PESQU I SA

V I . 1 . OBJET I VO

A pesq u i s a rea l i z ad a teve os seg u i n tes o b j e t i vos :

1 0 ' .- } F o r n e c e r uma i m a g e m sobre a i m p l an t a çi3:o d o

d esen v o l v i me n t o sustentáv e l n a s o r g an i z a ç�es emp resa r i a i s ,

como e s t r a tég i a p a r E a manuten ç � o d e c on d i ç�es d e v i d a

f avo rávf2 i s p a r a a s f u t u r a s g e r a ç eJe s e p a lr a a me l hor i a d a

q ua l i d a d e d e v i d a .

2 9 ) V e l- i f i ca r v a l i d a d e d as e s t l"' a t é g i a s

i m p l an t a d a s n a s e m p r-esa r i a i =::. com base nos

S i s temas de Gest�o A m b if�n t a l u t i l i z a d o s p a r a t a l �

:::;:9 ) I d en t i f i cr..H� q u a i s s ã o as e >: i g e"n c i as f e i t a s n C1

m e r c a d o mund i a 1 Pf? 1 a s empl"-esas i m p o r t a d o r�a s / e }: pc )!"· t a d o ra s , e

q u a i s as med i d as tomadas p a r a f a z e r f a ce a essas e x i g ªn c i a s .

V i s a n d o a t i n g i r" esses o b j e t i vos , d e f i n i u -se uma

l i n ha de a ç �o c o n s t a n d o d a s s e g u i n tes e t a pas :

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a ) Esco l ha d a s e m presas a se rem con su l ta d a s ;

b ) D e t e rm i n a ç�o d o t i po d e j. n f o r ma ç�es p e r t i n e n t e s

ao e s tu d o e ;

c ) Co l e t a d e d a d o s j un t o às e m p r esas e s co l h i d as .

P a r a q ue essa l i n ha d e f os s e e x e c u t ad a �

d e s e n v o l veu-se uma metodo l og i a � d e f i n i n d o -'s e os c r i té r ios

empregados p a r a o un i v e r s o , a amo s t r ag e m e o p r o c esso

u t i l i z a d o na co l e t a de d ad o s .

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V I . 2 . METODOLOG I A EMPREGADA

A m e t o d o l o g i a u t. i l i z a d a n e s t e t. 1"a b a l ho con st.ou de

tJma s é r i e de p ro ced i men tos q ue podem ser aqui d e s c r i tos :

1 9 ) E s c o l ha d o un i v e l .... so d a pesq u i s:,a :: e m p r esas com

a t i v i d ad e s e x t r a t i v i s t a s .

2Q l A pa r t i r d o u n i verso e s co l h i d o , p a r t i u-se para

a o b t e n ç�o da amos t r a � A e s co l ha da amos t r a teve como base a

d i vu l g a ç�o d r� n o t í c i as em r e v i s t a s d e n e g ó c i o s E2' j (.H'- n a i s ,

r e f eren t e s às e m p r esas cuj a a t i v i d ad e p r i n c i pa l f osse de

n a t u r e z a e x t r a t i v i s t a , q ue tªm e s t r a t é g i as bus can d o a t i n g i r o

desenvo l v i m e n t o susten táve l n

d os d a d o s n e c ri'ssá r� i a s p a r- é:\ a

an á l i �::;e � Com base n o E'S t-�UCj o r-ea l i z a d o c l·leg ou-�se à con c: l l.lsgro

q u e os d a d o s n e c e ss á r- i o s r e f e r i am-se aos seg u i n t e s f a t o r e s �

a ) P o l í t i ca , p l an e j amento e o r g an i z a ç� o d a e m p r esa ;

b ) A t. i v i d ad e e p ro d u t o s d a e m p r e s a ;

c ) I n sumos u t i l i z ados p.i:H - a a p l .... odu ç�o d e b e n s ou serv i ç:os

o f e r e c i d os ao fne r c ad o ;

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d ) r.:' 1"" 0 CE'SSO p nJ d u t i v o � e a p �ovei tamen to d e ["· es i c.i uo5 ,

prote ç�o con t r a p os s i v e i s a c i d e n tes e a ç�es emergen c i a i s ;

e ) Re l a ç�es com f o r n e ced ores , c l i en tes , empregados e a m b i e n te

e}: terno ;

f ) AcI", q u a çào i n s t.a l a ç�es f í s i cas e ;·� i g ·ên c i a s

amb i en t a i s ;

g l P o l í t i c a s d e i n v e s t i m e n t o e desenvo l v imento tecn o l óg i c o .

49 ) E l a b o ,." a çào d e r"o t e i c' o p a l' a a p c ,j, a l' a c o l e t a d e

d a d o s j Ltn to à s empr' esas e s c o l h i d a s Rote i ro de Entrevista

( All e l-<O l I .

5Q l C o l e t a d e d ados p o r m e i o d e e n t r e v i s t as e

mater i a l i n s t i tu c i on a l i n f o r m a t i v o .

69 ) An a l ise dos d a d o s o b t i d os , a v a l i an d o-se o s

e f e i tos d i:\�5 a t i v i d i:.-\des d a !::) e m p resas e as med i d as q u e e':5 t a tJ

sendo t o m a d a s p a r a m i n i m i z á - l o s o u e l i m i n á - l os .

""Tc:J ' , .-. } Com p a l'''�. ç�o d a a n á l i se rea l i z ad a c::c)m

f u n d amentaçào teór i ca E l aborada n o s c a p i tu l as a n t e r i ores .

a

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V I . 3 . AMOSTRAGEM

A amos t r a c:o n s i cl e ,"-ada n e s t e estudo i n c l u i u q u a t. ' .... o

e m p resas e ): t r a t i v i s tas � sen d o d uas d o setor e n e rg é t i c o � uma ,

cuj a a t i v i d a d e p r e d o m i n a n t e é a e x t r a ç�o d e m i n é r i o e o u t r a ,

d e C(-? 1 u I ose br-an q uead a . Todas e l as Et p a r� e cem

f rE.�quen t.emen t e n a i m p ,rensa com r e p o r� t a g e n s a

d E�seri vo l v i m e n ·to d E? s,uas e::,;, t r a t é g i as pare'\. a i m p l an taçg(o d o

d e f.';l� n v o l v i me n t:c) sLlsb-?n távf? l e suas a t i tudes e co l og i camen te

c:o l''' r e ta s .

Cabe ressa l t ar também que estas empresas f oram

s e l e c i onadas pa,.- poss i b i l i t adD a v i a b i l i d ad e d a

pes:, q u i s a p P l a l o ca l i :;: aç�D d e suas sedes , R i o d e J an e i r o , e

p o r p e r m i t i rem a pesq u i sa e se mos t r a rem r e c ep t i vos à e l a .

S�o E� l as ::

A r a cruz Ce 1 L\ I ase S .. A . ;

Compan h i a Va l e d o R i o D o c e ;

F'6� t r o bras ;

S he l l d D B ,.-a s i l S . A .

A amostr-a n ,,:\ qua l f o i r ea l i z ad a a pesq u i sa nào

p e r m i te gelí e r- a l i z a çeJes ' I t. e n d o em v i sta o p C::.:' l7� ueno n úmero d e

e m p resas pf�gq u i sadas , porém poss i b i l i ·t .. �. a v i s�o cio cam i n h o

q u e a s emp resas e5t�o t.r i l hando para a i m p l eme n t a ç�o d o

d es��vo l v i me n t o susten t áv e l _

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V I . 4 . COLETA DE DADOS

Os d ad o s f o r a m c o l e tc,\ d os j un t.o às e m p l .... e sas l' PC)! ...

m e i o d e com as pessoa�5 r e s p o n s áve i s

a t i v i d a d e d e Gest�o A m b i e n t a l / P l an e j amento E s t r a tég i co .

f o r a m pe l o r o t e i l'"CJ

f.·:", l a b o r- a d o p a r a t a l , v i sa n d o con d u z i 1'" m a i s obj e t i vamen t.e a

co l e t a d o s d a d os q u e se j u l g ou n e ce s s á r i o s .

A f o r mu l a ç� o d o s i te n s p a r a a c o l e t a d e d ad os f o i

bElseada n a b i b l iog ra f i a f,;;. }: i s te n t e d e sen v o l v i mf:?nto

':3US ten t.áve ]. e , m a i s e s pe c i f i c amen te � um q u es t i o n á r i o

a p resen t a d o p o r G u y D�!un c e y ( 40 ) , p a r a v e r i f i ca r s e a empresa

() m é t o d o ele e n t r-e v i s t. 2I f o i p l"e f e l" i d o

q UE' s t i on á ro i o d e v i d o à ::

1 º ) E m p r esas: q ue j á i n c l uam e s t r a tég i a s

d es e n v o 1 v i m ��n to sus tl"?n táve 1 r� }� i s tem em p e q Ut� n o

]--estx· i n g i n d o a s s i m a a n : o s t r a a !:;er p e s q u i <:,;; a d a �

.... '0 ' �.- ) A q u a l i d a d e e p r e c i s�o d os d ad os

ao d o

p a r a o

n ú m e r-o �

são d e

f u n d amen t a l i m p o l'-tâl1 i ca p a r a a aná l i se e e 1 a b D I'"aç!.'\o d e

a l gumas cDrl c l usties , n e cE!E.s i. ta n d o-se a s s i m d E'!' uma i n t e r-a ç'ào

d i re t a e n t re e n t r e v i s t a d o r e er1 t r ev i s tad o .

( 40 ) PL_ANT , C h r i s t o p h e r 8, J u d i t h . Green business: hope or hoax ? New S o c i e ty Pu b l i s he l'" , P h i l ad e l p h i a , 1 9 9 1 .

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V I . 5 . I NSTRUMENTO

T e n d o em v i s t a a obten ç � o de d ad o s q u e f o ssem

c o m p a t i v e i s com o e s t u d o rea l i z a d o e o p ro p ós i to da pesqu i s a �

f o i e l a bo r a d o u m Rote i r o d e E n t r e v i s t a p a r a f a c i l i ta r a

con d u çâo d a e n t. r ev i s t a , ernbol'�a � d e v i d o a f l e >: i b i l i d ad e d o

i n s t rumento d a pes q u .i. s a e a am p l i tudf.? d o 'tema , a e n t re v i sta

n � D f i cou r e s t r i t a un j, camen te ao r o te i ro .

Todo o nla te �· i a l i n s t i tu c i o n a l in f o r m a t i v o f o r n e c i d o

pe l Ds en t r' e y j, s t. a d o s t a m bém f o i u t. i l i z a d o p a l"" a a f o r m a t a ção

d o s d a d o s q u e se J IJ l g ou m a i s r e p resen t a t i v os .

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V I . 6 . PERI ODO

As e n t r e v i s t as f o ram re a l i z ad a s d u r a n te os meses d e

Novembro e D e z e m b r o d e 1993 .

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V I . 7 . L I M I TAÇGES

As p, .... i n c i p a i s 1 i m i t a ç'êJes desse e s t u d e) d e c o r r e r a m

d o s seg u i n tes f a to s :

_ E x i s t em p o u c a s e m p l� e s a s q u e i m p l emen t a m e s t r a tég i a s p a r a a

p ra m o ç � o d o Desen v o l v i men to Susten táve l .

_ A com p l e x i d a d e i n e r 8 n te às o r g an i z a ç�es e m p r e s a r i a i s e s u a s

.?s t r a t é g i a s n � o p e r rn i t.e t i r- a r" con c l u s't.ies c':"l. p e n a s a t r a v é s d os

d ad o s o b t i d os n a s en t l�ev i s t a s � sen d o n e cess á r i o p a r a ta l uma

obse r v a ç� o m a i s m i n u n c i os a d a s o p e r a çôes ir, t e r n a s e e x t e r n a s

Desenvo l v i me n t o S u s t en t á v e l uma n o v i d a d e a s

E:-m p resas !,! r1:3:0 h a v E'-!'n d o a'E; s i m e s t r a té g i a s que comprovad amen te

p e r m i t a m e s t a b e l e c e r u m a c am i n ho o Desenvo 1 v i mE-? n t o

Sus t e n t á v e 1 .

f�s t r a t é g i a s p ,- o p o s t a s p a r a a i m p l emen t a çâo d o

Desenvo l v i me n t o Sus ten táv e l podem s o f r e r cor r e ç5es o u d es v i o s

a o l on g e) d o cam i n ho � j á q LU;: i:.':\ t o d o mome n t. o podem a pa r F.1 Cer

me l h o r e s r es p o s t a s p a r a os p r o b l emas a t u a i s e poten c i a i s .

A l ém d a s l i m i t a ç f:l es i n e r'en t.es ao p r ó p r i o e s t u d o e

ao tema em 5 i , pode-se r85sa l ta r t a m bém a l g u m a s l i m i t a çôes d a

metod o l og i a e m p r e g a d a p a l� a o a s 'tud o .

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Os d ad os co l e t a d o 5 só s e r e f e r i r am à e m p resas q u e e s tavam

mais d i s pon i v e i s e a c ess i v e i s para a rea l i z a ç�o d a p e s q u i s a .

[J UlI i v e r'so par-a a p e s q u i s a , e m b o r- a

r e p resen t a t i v o � n�o é o ún i co q u e i m p l emen ta e s t r a t é g i a s p a r a

o d es en v o l v i me n t o s u s t e n t áv e l .

A amo s t r a e s c o l h i d a teve como f o c o g ra n d e s e m p resas , o q u e

'to r n a o e s t u d o p <='IT c i 2'l l j t:.. qU(,;? i:..:t. m a i o r i a d a s e m p r'esas é d e

méd i o e p e q u e n o p o r- t e .

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ANAL I SE DOS DADOS

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CAP I TULO V I I - ANAL I SE DOS DADOS

E s t. e c a p í tu l o v i s a a p r e s e n t a r a a n á l i se d o s d ad o s

c o 1 et.i:t d o t::.; n c: .. pe��q u i s a , o n d e a v a l i ou-se o s ·fa t[) I"'(��; q ue e s t g( o

i n f l u E-? n c i an d o a s o r q a n i :.:� a çbes ê:\ mud a lr-em as suas p r á t i c a s E�

como e s t a s e s t � o res pon d e n d o a s i n f l u& n c i as a t r a v é s d e suas

e s t ra t é g i as .

r-l a n á 1 i s e nâo p I" e t e n d ",u s e r' p I" o f u n d a ., n ., m t.�o

pouco d i lr e c i o n a l� p a r" a uma me l ho r e s t r a tég i a � tencjo em v i s ta

q U f0 c a d a o l .... g a n i z a çãc t e m e f e i t.os d i f e-� r en c i a d o s s o b r e o m e i o

a m b :i f.'� n tE' e como ta l p r f.-? c i '!:;c.\ d e a ç � e s q ue a te n d a m a e!:;sas

d i f e r e n ç a s , p r o po r c i on an d o o r-e s pe i to às p a r t i cu l a r i d ad e s de

cada e c oss i s tem a , de cada r eg i � o e d e cada a t i v i d ad e .

o o b j e t i vo p r i n c i p a l d e s t a a n á l i s e f o i com p a r a r o s

c:am i n hoS'� q u e a s o r- g a r d. z a çe:ies est�o t. r i l h a n d o p a r a a pl""omoç�o

do d es e n v o l v i me n t o susten táve l com o s p r e c e i tos i d en t i 'f i cado!5

n a base teó r i ca w

As e m p r esa::5- , d e uma man e i r a

v i s ta s como u m s i stema que t e m e n t ra d a

g e r a J. , podem s e i'

( ma t é r i a - p r i m a e

i n sumo!:; ) � p ro c eS lE,amen t,o ( a t i v i d ad es ., o p ., r a ç�.,s ) e s a í d a

( p rodutos e / ou s e r v i ç(Js ) � podendo-se a s s i m t e r u m a i d é i a m a i s

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c l cH�a d a r- e l a ç�n en t r e as a t. i v i d a d E's d a empresa e o m e i o

a m b i e n 'te .

Tr..>ma n d c: -se c:e,mo base a s e fTl p Y� e s a s es t, ud a d as n e s t e

t r a b a l ho , f o i e l � bo r a d o o Quad ro 1 , no ser, t i d o d e m o s t r a r' as

r e l aç�es e e f e i "tos d a s a t i v i d ad e s prod u t i v a s e o m e i o

a m b i e n t e "

S I STEMA ORGAN I ZAC I ONAL

ENTRADA Matéria-Prima Energ ia

PROCESSAMENTO Instalaçôes Fisicas Trabal hadores Residuos . E f l uentes Transporte

SA l DA Produtos Serv i ços

QUADRO 1

EFE I TOS AMB I ENTA I S

Dep l eç�o de f l orestas . reservas minerais e do sol o . Danos causados por material tóx i co . Depl eç�o do petró l eo , gás natura l . Po l u i ç�o criada pe l os combus­tiveis fósseis .

Segurança e acidentes . Risco para vizinhança . Doenças ocupacionais . Disposiç�o de residuos . Emiss�o de po lui ç�o e produtos ambien tal mente nocivos . Emi ss�o de ef luen tes . Risco de derramamen to ou acidentes no transporte de materi a l perigoso .

Segurança do produto . Consequªn cias para a saúde com o uso do produto . Consequªn cia para o ambiente da uti l i zaç�o/ex traç�o dos produtos .

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E s t a s t-e l a ç� e s t@m con sequê n c i a s e s t r a tég i c as para

as e m p r e sa s � suas esco l h as d e produtos , técn i ca s de p r odu ç�o ,

i n 'teg t"' i d a d e d e) p r odu.to (? <:OI. g e s ·t�o d e seus r e s í d uos e d os

p r ocessos p r o d u t i vos .

Com b�lse n e s t a s c o n s e q uên c i a s f o i e l a bo r a d a

m a i s d '2 t a 1 h a d a d e como c a d a o r g a n i z a ç:3:o e s t á

I"-espon d e n d o a o s E' f e i -tos q u e SUi":!t. S a t i v i d ad e s (-:::% u pr'oce�sso,:-:;

provocam n o m e i o a m b i en te .

A a n á l i s e f o i f e i t a t o m a n d o - s e por base os f a to res

s o b r e os q u a i s a pesq u i s a f o i c e n t r a d a , q u a i s sej am :

P o l í t i ca , p l an e j �lmen to e o r g a n j. z a ç� Q d a empresa �

A t i v i d a d e s e p r o c u tos ;

I n sumcJ5 ;

P r o cesso p r od u t i vo ;

R e l a ç� es com f o r n e c e d o r e s , c l i e n tes , e m p r e g a d o s e a m b i e n te

e >: t e rn o ;

I n sta l a ç� es f i s i cas ;

Po l i t i c a d e i n ve s i: i me n t o e desenvo l v i m e n t o t e cn o l ó g i co .

f� t ravé5 d n d esen vo l v i m e n t o d a pf.� s q u i s a e an á l i se

d os d ad os o b t i d os o b s e rvou-se q u e o u t r os f a tores con t r i bu í am

d e c i s i v amen te p a r a a i m p l emen ta ç�o e f e t i v a d o d eser\vo l v i men to

sustentáv e l .

1 3 1

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1 -;:" -' '-' ''':''

Os f a t.ulr-8E q ue Sfi' m o s t r a r a m n e c e�::, s á r i os para uma

an á l i s e m a i s p r e c i sa f o ram os segui n tes :

Com p[)�:.i çâo a c i on á ,,... i a ;

P ress�o d e m e r ci�d o ;

Ava l i a ç � o d o s i stema d e g estào a n) b i en t a l ;

Susten t a b i l i d a d E d a s a t i v i d a d e s d a e m p r esa .

P a r a a c o n so l i d a ç'i:fo d a c:"\ n á l i s e f o r a m r e l a t.ados C)S

e f e i t:D::'; n e g a t i vo s d e c a d a l'� e.su 1 'tan tes nào

o bse rvân c i a de mE d i d a s p r even t i v a s re l a t i vas aos fato res

d e = d:. acac:los:· • E l a b o rolJ-se q uad ros d e mo n s t r a t i vos a p resen t a n d o

cada u m a d a s e m p � esas p e s q u i sadas e a s med i d as que as

t o m a n d o para m i n i m i z a r ou e l i m i n a r esses

e f e i t os .

_ POL ITICA, P L ANEJAi1ENTO E ORGANIZAÇ'110

A au s�n c i � d e po l i t i c a , p l an e j amento e o r g a n i z a ç � o

d a s e x i g � n c i a s m e r c ad D l óg i cas .

A i n e x i s t � l c i a d e p l a n e j amen to e s t r a t é g i co f a z com

q u e a o r�q a n i z a ç� o n'à:o t.en het l i n has ele a ç1�o d e f i n i d as , n a

m a i o � i a d a s v e z e s pr"tJv o c a n d o a p e � d a d a compe t i t i v i d a el e � e d e

f a 't i as d o m e r c aelo p o r n â o e s t a r em conson â n c i a com o am b i en te

n o q u a l atua , a t e n d e n d o às suas e x i g ª n c i a s .

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A d e po l í t i c a , p 1 anej 8mf? n t D e

o r g a n i z a ç�o a pó i a a e m p resa em sua e s t r u t u r a ç � o p a r a o

q u a 1 i d a d (o? d o

m e i o a m b i en te e d e v i d a .

As a ç�e�� adotadas por cad a empr esa s�o d emon s t r ad a s

QUADRO 2 - POL I T I CA , PLANEJAMENTO E ORGAN I ZA�O

EI1PRESA

ARA CRUZ

CVRD

AÇ!7ES ADOTADAS

Po l í ti ca insti tucional em r e l a ç�o ao meio ambiente . Comprometimento com o concei to de desenvo lv imento sustentável através d a harmon i z aç�o de suas atividades com a pre­servaç�o ambien t a l , promoç�o do cresci­mento econômico e mel horia das condi çôes de saúde e segurança . Segundo seus princi pios essa harmon i z a ç�o será atingida a través do uso sustentável dos recursos naturais renováveis , uti l i­zando em suas atividades prodLltivas so­mente matéria-prima e x p l orada segLlndo práticas ambienta l mente sad i a s , respei­tando os ecossistemas nativos .

",presenta p l anej amento est.-atég i co ( 19901 2009 ) no qual o seu 00j etivo é preparar a empresa para res�onder aos desaf ios que se apres�,tam para o seu crescimen to n a vir�da d o mi l ªn i o . A s l in has d e aç�o referem-se à busca do desenvo l vimento susten táve l através d a qua l idade tota l , u t i l izaç�o de recursos renováveis e u t i l i z a ç�o racion a l dos nâo renovávei s .

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PETROBRAS

Criou a Superintend.n cia de Engenharia e Seg uran ça do Meio Ambiente em 1990 , atra­vés de seu p l anej amento estratég i co . Es­tabel eceu o " Processo Petrobrás de Meio Ambiente , Qua l id ade e Segurança I ndus­trial " , com o obj e tivo de traçar p l anos de aç�o para a viabi l i zaç�o dos obj etivos traçados em seu p l anej amento estratég i co , que s�o : conscien t i zaç�o , capaci taç�o e motivaç�o do pessoa l da empresa ; desen­vo l vimento de tecno l og i as apropriadas e integraç�o com as comunidades para a veri f i caç�o d as a tividades nEcessárias ao desenvo l vimento d e cada reg i�o afetada pe l a empresa .

.... __ ._-_._----_._-_._----------_._----_._-------

SHELL

Princípio básico : a preservaç�o ambien ta l é responsabi l idade d e todos e d e cada um den tro da empresa . Todas as sa l as da em­presa t.m um quad ro com as l in has mestras da po l í tica de saúd e , segurança e conser­vaç�o ambienta l . I sto demonstra a cons­ci.nc i a de que a promoç�o do desenvo lvi­mento susten táve l é um processo de l ongo prazo e a l cançado através d e med idas d i á­rias d en tro d e um programa pré-estabe l e­c id o , ressa l tando a busca da mel horia n a e f i ciªncia do uso d e recursos naturais e energ ia .

-----._--_ .. _.----_ ._----

ATI VIDADES E PRODUTOS

As a t .i v i cj a d e s e p lr- D d Ll t o s d a s e m p rMes a�,; pesq u i sa d a s

t f.:õ m d i v e r so s e f e i t o s p o l uEn tes p a r a o a m b i en te � p o d e n c:l o --se

ressa l t a r os seg u i n te s �

• ARACRUZ CELULOSE S . A . -- a t i v i d a d E p r i n c i p a l é a p ,-od u çê:\o de

c e l u l os e b r a n quead a � que r e q u e r" a u t i l i z a ç � o de m ad e i r a p a r a

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E f e i tos n e g a t i v os : provoca d es f l orestamen to , e x t i n çâo d e

a n i m a i s e f2s p é c i es v e q e 1.:a i s n a t i v a!5- , e deg rada ç&r;; d o so l O g

Seu produto é u t i l i z a d o para a f a b r i caç&o d e pape l .

CVRD a t i v i d a d e p r i n c i p a l é a e x t r aç�o d e m i n é r i o �

benE�'f i c i amen to , d e sses m i n é r i os , e a

e x p l o raç�o d e produtos f l ores t a i s .

I::: f f� i tos n e g a t ivos d e suas a t i v i d ad e s pode-se c i t�';" I"" os

s::,e g u i n tes :: e }� t. l"" a ç'i( Q d e 1'''e CLW' SOS; nao renováve i s , d e g r a d a ç�o

d a s á reas de e x t r a ç�o � e x p l o r a çâo d e á r eas f l o r e s t a i s e

cOf1 s e q u e n t e d e smatamen to .

PETROBRAS - d e t.é m o mon o p ó l. i o d a e ,·, t raçâo d e p e t r ó l. eo n o

P IJ-orJutot"'a matér i a - p r i ma est.ra t.ég i c a para o

desen vo l v i men t.o d o p a i s e n e rg i a g A l ém d e s t a a t i v i d ad e �

a i n d a f a z o r e f i n am e n t o d o petró l eo , prod u z i n d o d e r i v a d o s , e

f a z a d i s t r' i bu :i, ç:�o d estes , n a SLlê\ m a i cH''' i a combus t í v e i s e

prod u tos q u i m i cos .

E f e i tos n e g a t i vos � e x t raçao d e recu rsos n a t u ra i s , r i s co

d e v a z amen tos d u ran te a e x t ra çâo e r i s co para os e m p � e g ad os ,

r i s co par' a a p o p u l ;,;; çg(o v i z i n ha as suas áreas d e e >: t \'-a ç'ào ,

i m p a c tos a m b i e n t a i s � r r e v e r s i ve i s , � i s co para os consu,n i d o res

pe l o a l to teo� de e l �men tos tóx i cos em seus prodll t os H

SHELL DO BRAS I L - '" p r i n c i. pa l a t i v i d a d e d a Sr1e l l n o Br· a s i l

é a d i s t r i bu i ç&o d e d e r i vados d o p e t ró l eo , a t u a n d o também n a

produç�o d e prod u tos q u i m i c o s u

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E 'f e i tos n e g � t i vos � r j, s co n a e s to c ag e m d e seus produ tos ,

l" ' i s c a d e saúde p a r a os e m p r e g a d o s q ue m an i pu l am os prod u tos e

p a r a os con sum i d o r e s pE' 1 o a 1 t o teor d e PC) 1 u i ç6;io e e 1 E'men tC'Js

t ó }: i CDS con t. i d o s em seus P I ... ·odu "t o ':5 .. F< i s c:o d (;? v a z amen tc)�;;; e

emi s;s'à'o d e v a p o l .... es t ó }! i cos n a s bases d e d i s t. r i b u i çao de

combu s t .i v e i s ..

As a ç�es a d o t a d a s por c a d a uma d essas e m p resas p a r a

m i n i m i z a r o u e l i fil i n a r e s s e s e f e i tos s�o d em o n s t r a d o s n o

Quadro :5 .

QUADRO 3 - AT I V I DADES E PRODUTOS

--_._._._--_._--- ---------------_._._._----_._----_ .. -

EMPRESA

ARACRUZ

CVRD

AÇ!'JES ADOTADAS

U ti l i z açâo em suas a tividades produ tivas de matéria-prima - árvores p l a n tadas e x p l oradas segundo práti cas ambiental men­te sadias , u t i l i z ando e f i cien temente ma­téria-prima e energ i a . O desempenho ambien tal mente correto d a empresa está sendo atingido através do desenvo l vimento tecnológico , capacitaç�o gerencia l , e treinamento do pesso a l de t a l forma que as novas tecnologias e x istentes possam SEr absorvidas por todos e que sej a prá­t i ca comum na empresa .

Observa-se que em a l g umas atividades produ tivas a preocupaç�o com a preserva­ç�o ambiental e o desenvo l vimen to susten­tável s�o mais acentuados , porém, isto nâo é açâo dominan te em todas as ativida­des da empresa . Ex istem dois t i pos d e a ç�es para a s consequªn cias de suas ati­vid ades . Sistema Su l - as aç�es quanto aos impactos ambientais s�o de caráter corretivo , ou sej a , ap6s as consequên cias resu l tantes das atividades da empresa

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PETROBRAS

SHELL

INSUI10S

estarem visíveis s�o promovidas ativida­des para minimizar esses efeitos . S istema Norte - as l in has d e aç�o s�o preventivas . Atividades de con tro l e e mon itoramento , e recuperaç�o d e áreas deg radadas .

Est�o sendo fei tas pesquisas para o desenvo l vimento d e produtos visando a re­duç�o do teor de e l ementos po l uentes . Estas aç�es est�o sendo tomadas princi­pal mente em funçâo de uma l eg i s l aç�o cada vez mais rigorosa perante a pol u i ç�o cau­sada por po l uentes em combustívei s . Em termos gera i s , a Petrobrás está ini ciando um processo d e desenvo l vimento de atitu­des , tecno l og i as e proced imentos que podem condu z i r à promoç�o do desenvolvi­mento sustentável , embora sua atividad e principal sej a ex trativista .

A empresa observa técnicas e processos desenvo l v idos e uti l i zados p e l a matriz , cesponsáve l p e l a transferência d e toda a tecn o l og ia e treinamento para as suas f i l ia i s . Tem desenvo lvido equi pamen tos , processos e produtos que min imizam o ris­co d e con taminaç�o ambien ta l e reduzem o poten c i a l d e risco d e suas áreas d e tan­cagem , porém todas essas medi das n�o s�o suf icien tes para se chegar ao risco zero em suas atividades . Está aten ta para uma possíve l modi f i caç�o nos padrôes de com­bustíveis uti l i z ados , ressa l tando a intrincada re l a ç�o da nova ordem produti­va com a l eg i s l açâo cada vez mais r igoro­sa , propondo-se papel pró-ativo .

As e m p r es a s d a amos t r a pesq u i sad a , p a r a a e x e cu çào

de suas a t i v i d a d e s u t i l i z a m i n sumos q\Je t�m uln g ra n d e i m p a c t o

s o b r e o m e i o a m b i en ts n

1 3 7

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ARACRUZ p a r a o seu p r o c esso p r od u t i v o u t i l i z a como

i n sumos , pt .... i n c i p c.. l me n t.E' , m a d p i r a e E'.:'n e r g i a , o q l.le P I"' Q v o c a a

d e g r a d a ç . o d o a m b i e n t e .

E: f e i tos:, n E� g a t i vos : a m a d e i Ir-a é o b t i d a a t. I"'a.véS'� d o c:o l�· t e

d e á rY o r e s � o q u e provoca o d esma tamen to � d e g r a d a ç�o d o s o l o ,

e x t i n ç�o d a b i od i v e r s i d a d e n a r e g j. � o o n d e o pe r a . A e n e r g i a é

um f a t o r e s t r a té ] i co , e se f o r u t i l i z a d a d e f o n tes n � o

renováve i s , a e m p r-esa c o r r e r á o r i s co d e n llio pod e r t e r s u a s

a t i v i d a d e s n o l on g o p ra z o .

CVRD ..... l.l t. i l i 2 a-"�; e , p r i n c: i pa l mf:?n t e , d e m i n é l"" i o s e p r o d u to s

f l o r e s t a i s q u e e l a Inesma e x t r a i .

E f e i tos n e g a t i v o s : a e x t r a ç�o d e r e cu r sos n � o r en ov á v e i s

d e m a n f:� i r a i r F' a c i cJri a l provoca a d E::-g r�a d a ç ;3'o do m E:- i o a m b i e n te e

a c e l e r a a e>: austâo d o s r e c u r so s �

PETROBRAS

p e t r ó l eo , q u e e l a mesma e x t r a i ou i m po r t a .

E f e i to s n €? g a t i vos = d e g r a d a çào d o a m b i E�n t.e

po l u i ç�o a tmos f é l� i c� a ,

d e s f l or e s t a m e n t o .

po l u i ç� o d a s á g u a s ( r i o s e m a r e s ) ,

• SHELL - e s t a e m p r e s a a tua p r i n c i pa l men t e n a d i s t r i blj i ç�o d e

d e r i v a d o s d e p e t r ó l eo .

E f e i tos n e g a t. �l. v C)S � p o J. u i çào a t m os f é r i c a , e f l ue n tes

tó x i cos , d e g ra d a ç â o do me i o a m b i en t e .

1.38

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As a ç�es adotadas pe l as e m p �esas para sobrepor

esses e f e i t o s est�o a p resen t a d a s n o Quad ro 4 .

QUADRO 4 - I NSUMOS

nlPRESA AÇ"ES ADOTADAS

ARACRUZ

CVRD

A empresa supre 100 % de suas necessida­des para a produç�o d e ce l u l ose com suas próprias f l o restas p l antadas ou compra euca l i ptos de p l antadores loca i s , sem incluir qua l quer árvore nativa . Estas árvores s�o obtidas a través de constantes pesquisas para o desenvo l vimento de mudas adequadas à regi�o e às necessidades da empresa para a produç�o de ce l u l ose . Os tratores e equi pamentos também s�o ade­quados para minimizar as perturbaçôes am­bienta i s . Os produtos quimicos u t i l i zados s�o produzidos n a unidade e l etroquimica ( tecno logia l impa ) d a empresa . Cerca d e 90 % da energ i a que uti l i za é gerada pe l a uti l i z aç�o d e residuos d o processo produ­tivo e de cascas de árvores , ou sej a e­nerg i a a l tern ativa , de f on tes renováveis .

A e " p l oraç�o dos recursos uti l i zados pe l a CVRD tem ava l ia ç�o predominante d a viabi l idade econômi ca , n�o tendo sido demonstrada preocupaç�o ou a l ternativas para ava l iaç�o ambien t a l do impacto resu l tan te da uti l i zaç�o de seus insumos . N�o f oram men cionados aspectos referentes ao desenvo l vimento tecn o l óg i co ou pesqui­sas que permitam resguardar o ecossistema das minas e regiôes que s�o e x p l oradas .

----------_. __ ._._-_._._---- ----_._-----------_. __ . __ .---

PETROBRAS

O insumo principal para a empresa é o petró leo que e l a mesma e " p l ora , porém a empresa demonstrou a l gumas açôes em re l aç�o aos combustiveis que produz , tais como a ret i rada do chumbo tetraeti l a ( po­l uente ) da g aso l in a , l an çou o d iese l metropo l i tano , com baixo teor de enxofre . Deve-se ressal ta r que o petró l eo e x traido

1 3 9

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SHELL

é d i ferente em compos i ç�o , de acordo com a reg i�o e x p l orada .

Está a l erta para a mod i f icaç�o que ocor­rerá em rel aç�o à composi ç�o dos combus­tíveis , ressa l tando que o obj etivo prin­cipa l desta mudan ça será a reduç�o da pol u i çâo atmosféri ca e a conten ç�o do aquecimento g l obal resu l tante d o efeito estuf a . A empresa aposta no desenvolvi­mento de combustíveis II l impos" , aumento d e e f iciênci a n a uti l i z aç�o d e energ i a , substitui ç�o d e combustíveis fósseis por fontes a l ternativas e a a l teraçâo de pro­porç�es en tre os combustíveis e x istentes .

-----------------

PROCESSO PRODUT I VO

C1 p r" o cesso produt ivo d a s e m p l"' E-?Sa�; , d e uma m an e i lr- a

g e r a 1 , é o que causa m a i or 11 úmero d e f e i tos que t e r�o

i m p a ctos n f.-? g a t i vos sobre C) m e i D a m b i en te , p r o d u z i n d o n:3:o só

os produtos para os q u a i s f o i

P"-OdlltoS s e c:u n d á l- ias

a tmof6 f é r i ca s , v a p o y-es ou g ases

d e sej ados .

p roj E� tad o , mas tam bém os

ef 1 ue.n t.eE'� , emi ssÔes

tó,-, i cos ) qU€;\ n à o s�o

Assim , s e r � o c i ta d o s a l g u n s e f e i tos n e g a t i vos sobre

o m e i o a m b i e n te resu 1 tan ·tes d o p r O CESC:';O P "- O d ll t i vo das

empresas e s t u d a d a s .

ARACRUZ a f l ue n t e s tó>: i cos e n o c i v os , ,.-esll l t.an t.es d a

1 avagem e d e pUy-aç 2 Ü") d as i m pu r-e z a s d o s i n sumos ;: emi ssbes d (�

g ases pü l uen tc�s , Y"esu l -tan tes d os compostos q u í m i cos

( o r g ano c l o r a d o s ) u t ;� l i z a d o s para o b r a n q ueamen to da c e l u l ose ;

a l to consumo d e e n e r-g i a .

1 4 0

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. CVRD - d e g r a d a çâ o d o so l o e d esmatame n t o ; e f l uen tes t ó x i cos

pe l a u t i l i z a ç � o de e l emen tos q u i m i cos ( me r cú r i o ) em suas

s ó c io-econ6m i ca das á reas e x p l o r a d a s .

• PETROBRAS -- r i s c o d e v a z amen tos e d e ,- r amamen tos ; e m i ssão d e

g ases t ó x i c o s ; e f l uentes po l uen tes ; r i s c o d e a c i d e n te s c o m o s

e m p r e g a d o s e popu l a ç� es v i z i n has ; d e s t r u i ç�o d e reservas

a m b i en ta i s .

SHELL a f l ue n t e s t ó x i cos ; po l u i ç�o a tmos f é r i ca ; n í v e l

e l e v a d o (h:� e m i s s t:i e s d e !::.uas f á b l'"' i c aS'� ; I.- i s co d e i n c'\�' n d i o s e

d e r r amame n i:os .

AE a çeJes �:\cl o t a d a s p e l as e m p lr'esas s�o a p lr'ese n t a d a s

11 o G1uad 1'-0 5 "

QUADRO 5 - PROCESSO PRODUT I VO

H/PRESA AÇrJES ADOTADAS

------_. __ ._._----- --------_. -------------

ARACRUZ

Os resíduos resu l tantes d o processo pro­d utivo s�o reaproveitados para a geraç�o de energ i a , o que faz com que a empresa sej a quase auto-suf i ciente na geraç�o de energ i a para seu próprio consumo , e aproveite os e f l uentes d e seu próprio processo prod utivo , n�o os despej ando em cursos d ' água . O processo d e branquea­mento da ce l u l ose é feito com compostos quími cos que reduzem a poluiç�o tendo substi tuído os compostos o rg anocl orados

1 4 1

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CVRD

PETROBRAS

por oxigªn i o . Denota-se constante preo­cupaçâo com os resíduos de seu processo e a in f l uên cia destes sobre o ambien te .

N�o demonstrou preocupaç�o maior quanto às consequªn cias d e seu processo produti­vo sobre o meio ambiente e às regibes em que este ocorre . Percebeu-se que o con­tro l e de qua l idade ex istente visa basi ca­mente atender às especi f i caçbes dos c l i­entes , e a e x istência d e um d i s curso so­bre a necessidade de p reservaç�o ambien t a l , d esenvo l vimento regiona l , cui­dados com os recursos e a sua e x p l oraç�o , porém nâo se observou a e x istªn cia de açbes especí f i cas que tornem viáve l a impl ementaçâo d o desenvol v imento susten­táve l .

Nota-se que há uma preocupaçâo especi a l no tocante à preservaç�o ambienta l , desde a extraçâo até o transporte e transferªn­cia de combust íve l e o tratamento d e e f l uentes e resíduos resu l tantes de seus processos produtivos . Porém , o processo de proteç�o ambien ta l e s tá send o ini c i ad o n â o s e tendo a i n d a ind i cadores concretos da promoç�o do desenvol vimento sustentá­ve l a través d a me l horia de seu processo produtivo .

. _._._--------_._------_._-----------.

SHELL

I m p l antaç�o de novas tecn o l ogias nas unidades d e produç�o , i n troduç�o d e novos equipamentos d e con tro l e para diminuiçâo dos n íveis d e emissbes d as fábricas . Sis­temas d e tratamento de ef l uentes t6xi cos possibi l i tando à indústria captar água para seu própr i o consumo a apenas 20 me­tros do ponto onde l an ça seus dej etos . Ressa l ta-se que para cada unidade opera­cion a l o tratamento é d i f e renciado d e acordo com as necessidades e ticas pecul i ares .

caracterís-

1 '+ 2

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REL A�ES COM FORNECEDORES, C L I ENTES, EMPREGADOS E AMBIENTE EXTERNO

Torn a-se n e c e s sá r i o c o n s t a n t e comun i ca ç� o e i n t i mo

r'e l a c ionamen 'l:o com aque l es a q uem as a t i v i d ad e s d a E'm p l'-esa

a f e tam d i l� e t a ou i rl d i re tamen te .

Ambos os l ad o s - compan h i a e o p ú b l i c o ( i n te r n o ou

p l'"" e c i se; m f rf.?quc-? n t.emen te t r o c a r' i n 'f o rmaç�es s o b r E:.\

os a s p e c t o s q u e os a f e t a m .

E s t e s asçlectos d evem e s t a r r e l a c i on a d o s à e x posi ç�o

de suas r, e c e s s i d ad � s , c o n s c ien t i z a ç â o d o s r i s cos e pe r i gos a

q u e e s t â o submet i d os , a s a t i v i d a d e s e p ro ced i me n tos q u e c a d a

um d e v e e x e r c e r e a d o t a r' em s u a s a çbes d i á r i as p a r a m i n i m i z a r

e f e i tos n o c i v os , ress a l t a r e i n cen t iv a r a t i tudes q ue promovam

o d esen v o l v i m e n t o susten t áv e l �

A'!!; a çDes a do ta d a s p e l as empresas q u e pf.? r m i t. i ssem

e s t e r e l a c i on amen to s�o a p resen t a d a s n o Quadro 6 .

QUADRO 6 - RELACI ONAMENTO COM FORNECEDORES , CLIENTES , EMPREGADOS E AMBI ENTE EXTERNO

HIPRESA A�ES ADOTADAS

Em seus princí pios está estabe l ecida a necessidade d e d i á l ogo permanente en tre 05 empregados , c l ientes , sociedade e em­presa para que as quest�es sobre meio ambiente possam ser amp l amente debatidas

.1 4 3

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ARACRUZ encontrando-se so l u ç�es que sej am viáveis para todos os envo l vidos . Os c l i en tes t�m papel preponderante na e l aboraçâo de suas estratég ias . Os empregados s�o constante­mente treinados � bem como seus fornecedo­res . Participa ativamente em programas d e desenvol vimento socia l n a área e m que atua .

_ ... _-_._-_._-------------_. __ ._------------_._-_._-_._._.-

CVRD

A re l aç�o com forneLedores é quase ine­x i stente devido à sua estrutura vertica l . O seu r e l acionamento com os c l ientes visa atender à s e x ig�ncias destes segundo a sua orien taçâo para o mercado in ternacio­n a l . Quanto aos empregados , está imp l an­tand o um intenso programa de treinamento buscando qual idade tota l . Desenv o l ve tam­bém programas de cunho social em a l g umas áreas onde atua , principal mente porque em a l gumas regi�es representa a úni ca ativi­dade produtiva , precisando criar " cida­des" •

... _-------_ .. _-._-----_.- --------_._---------_.----

A re l a ç�o com fornecedores é regul amenta­da através de l e g i s l açâo própri a , visto ser empresa governamen ta l . A l in ha meto­d o l óg i ca o rientadora no que se refere a c l ientes f i ca rest r i ta à imp l an taçâo do sistema d e gest�o pe l a qua l idade total ( total satisfaç�o d o c l iente ) . As aç�es

PETROBRAS adotadas pe l a empresa no que se refere aos empregados v isa os seguin tes obj eti­vos : conscient i z a çâo e comprometimen to , treinamen to ; e capacitaç�o tecno l óg i c a . Rea l i z a a l guns proj etos visando a prote­ç�o do ambiente e programa social que abrang e as áreas de educaçâo , saúde e ha­bi taç�o .

SHELL

Tem in timo relacionamento e comun i caç�o com c l ien tes , fornecedores e empregados , d ispondo-se a ceder know-how para aque l es que necessitam d e aj uda para man ter os mesmos padr�es de proteç�o ambien tal que a empresa , dando incl usive treinamen to . Todos os funcionários recebem informaç�es e treinamento re l a tivos à proteç�o ambi­enta l através d e suas atividades . Mostra-se consciente de sua responsabi l i­dade soci a l atuando em d i f e rentes ativi­dades educacionais , cul turais e comun i tá­t-ias 1 igadas ao meio ambien te , procurando restaurar áreas j á deg radadas e desenvo l ­ver reg i�es em que a empresa tem ativida-

1 4 4

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des operacionais .

_. __ ._-- ._----_._-_ .. ._--_._----------

IHSTALAÇOES FISICAS

{� i.fi s t. a l aç�D f í s i c a da empresa tem como o bj e t. i v D

p a r a os e m p r e g a d c)s . P a r a t a l é n e cessár i o v e r i f i ca r s e

p a r- 8 p r o t e çi1(o E\m b i e n t a l e d o s

empreg�'3,d(Js , os E-?s c r- i tó r ios !l (?d i f í c: .i o s ,

f l o restas , á r e a s d e at. i v i d ad e t 'ê"m con d i çeJes favo ráv€:� i s ao

t r a b a l ho e às a t i v � d ad e s para as q u a i s f o r a m proj e tadas .

No Q u a d r o 7 s e rào d emonstradas a s a ç�es adotadas

pe 1 a e m p r e s a q u a n t,o às me 1 hor i as e p l'"'E!'cau çbes adotadas E-:;-m

suas i n s t a l a ç�es f ;. s i cas .

EI1PRESA

ARACRUZ

QUADRO 7 - I NSTALAÇôES F I S I CAS

----------_._--

AÇrJES ADOTADAS

As unidades fabris d a empresa atendem às mais restr i tas reg u l amentaçôes em re l a ç�o aos impactos ambien tais em vigor na Euro­pa e Amé r i ca do Norte . Conta com equipa­mentos industriais de ú l tima geraç�o , es­coa sua produç�o por terminal portuário p róprio , sendo o ún i co no Brasi l próprio para o manuseio e embarque de f ardos de ce l u l ose . Toda a área da empresa é p l an ­tada com base e m principios e métodos de conservaç�o da biodiversidade .

-------_._-_._-_._---------_._--

1 4 5

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CVRD

PETROBRAS

SHELL

A empresa atua em vári as reg iees , possui d i versas empresas co l igadas e associadas , n�o havendo uma uni formidade nos proced i­mentos de segurança e preservaç�o ambien­tal a partir de suas insta l açees f i si cas .

I m p l an tou programas de engenharia da con­f iabi l idade e aná l ise de riscos para seus proj etos . Os novos proj etos de insta l a­çees industriais in corporam tecn o l og i as ambien t a l mente viáveis . Atua em pro-g ramas de desenvolvimento para t i zaç�o e capa c i taç�o , desde o racion a l ..

conscien­n ivel ope-

Antes de e x i s t i r qua l quer l eg i s l aç�o ou press�o comun i tária em re l a ç�o a preser­vaç�o ambien t a l a empresa j á adotava mé­todos e procedimentos para a conservaç�o ambien t a l , proteç�c e segurança de seus empregados c das comuni dades onde opera . Técni cos foram treinados , todas as opera­çees de transporte , armazenagem e distri­bui ç�o de produtos foram aprimoradas para evitar emissees ou transbordamentos .

POL ITICA DE INVESTH1ENTO E DESENVO L V IMENTO TECNOLOGICO

T e n d o em v i sta q u e o d esen vo l v i m e n t o susten táv e l é

um assu n to n ovo , v € � r i f i ca-se a n e ce s s i d ad e d e i n ve s t i men tos e

d esenvo l v i me n t o t e c: n o l óg i c o em a l tas proporçôe s �

Para qUE con d i çôes favo r áve i s p a r a a

i m p l emen t a ç � o d o d esen v o l v i men t o sustentáv e l a pesq u isa é d e

f u n d amen ta l i m p D r t�:in c: i a , E' E,s·ta d em�\nda a l t:os i n v e s t imen tos

pa r E\ a v i é\ b i l i. z a çã o ele seus p roj E� t.oS e a poss i b i l i d a d e de

i n ovaçOes t e c n o l óg i cas .

1 4 6

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Há n e c e s s i d a d e d e i n v e s t i men tos em todas a s á reas ,

sej a d e p r odu çâo , n ovos p r- odutos , e n e r g i a s a l t e r n a t ivas ,

novos e q u i pamen tos , OLt trein amen to d esenvü 1 v i m f:.�n to de

pessoa l e no p r ó p r i o d esenvo l v i m e n t o de uma nova men t a l i d a d e

d o s con sum i d o r e s E mesmo uma nova ordem s o c i a l .

Ass i m , po l i t i ca d e i n v e s t i men tos e

desenvo l v imento t e c n o l óg i co tem f u n d amen ta l i m p o r t ân c i a n a

n o Quad r o 8 .

QUADRO B - POL I T I CA DE I NVEST I MENTOS E DESENVOLVI MENTO TECNOLClG I CO

••• _____ • _________ -----_._._-•• _-- __ _ o -----------------

EI1PRESA AÇ/JES ADOTADAS

---------------

ARACRUZ

Constante preocupaçâo na pesquisa e desenvol vimento d e novos processos que reduzem sign i f icativamente os e f l uentes , a po l u i ç�o e residuos de todo o processo . Bem como constante aprimoramento n a ob­tenç�o de mudas de euca l i pto para a iden­t i f i ca ç�o da mel hor espécie para cada área de p l an t io . I nveste maci çamente n a formaç�o de f l orestas , construç�o d e uni­d ades f abris e obras d e inf ra-estrutura social ..

.... _._--_._-------_._- _._--_._---_._---_._---------

CVRD

Suas atividades prin c i pais sâo d e cunho ex trativista , n�o havendo nen huma aç�o efetiva que busque o desenvol vimento d e outros produtos o u tecno l ogias que promo­vam eficien temente con d i ç�es bási cas para a promoç�o do desenvo lv imento susten táve l .

------_._---._-- -----------

A empresa procura incen tivar a pesquisa e a cooperaç�o técn i ca a través d e convên ios e con tratos com 6rg�os governamen tais ,

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PETROBRAS universidades e institui çôes de pesquisa , v isando a preservaç�o ambiental e o desenvo l vimento de novas tecn o l ogias caracteri zadas como l impas .

SHELL

A l ém d e con tar com a transfergn cia d e tecn o l og i a promovida pe l a matri z , desen­vo l ve pesquisas e ativid ades que aprimo­ram o seu desempenho no que se re.fe.re. à preservaç�o ambienta l . Os padrôe.s d e pre.­se.rvaç�o s�o de. n ive.l in te.rnacional , be.m como a te.cno logia que. uti l i z a e. os pa­d rôe.s no contro l e. de. ef l ue.ntes e. emissôe.s atmosféri cas . A e.mpre.sa te.m a l to padr�o tecn o l óg i co e d e. de.se.nvo lvime.nto de. se.us e.mpre.gados , pre.parando-os , in formando-os de. todas as atividade.s da e.mpre.sa e da importânc i a do comprome.timento de suas atividade.s com a prese.rvaç�o ambiental , para pe.rm i t i r a constante. me. l horia d a qual idade. d e. vida .

COMPOSI�O ACIONARIA

A composi ç�o a c i on á r i a d as em presas m o s t r ou que tem

g r a n d e in f l uên c i-� no a t i n g i m e n t o das metas p r o p o s t a s a t r a vés

do p l a n ej amen to .2s t r a tég i co d a e m p r es a n

A cDmr.:)('J s i ç ã o a c i on á r- i a é o f a t o r q u e d e· t e rom i n a a

autonomia ( e m p l"esa p r i v a d a ) ou n :3:o ( em p l"esa

g ov e r n amen t a l / e s t a ta l ) a e m p r"esar a t i n g i r os

o b j E� t. i vos ..

Assi m , s e r � o d emon s t r a d o n o Quad r o 9 a i n f l uân c i a

q u e f o i p e r c e b i d a d u r an te a pesq u i s a e a n á l i s e d a s empresas .

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H1PRESA

ARACRUZ

CVRD

PETROBRAS

SHELL

QUADRO 9 - COMPOS I �O ACI ONAR I A

INFLUENCIA

Por ser uma empresa de capi t a l privad o , naciona l , tem autonomia comp l eta para d e­cidir que t i pos d e investimentos vai fa­zer , quais açaes vai adota r , que estraté­g ias vai estabe l ecer . Todas as a çaes s�o decididas pel o seu Conse l ho .

Empresa de capi tal misto ( estata l + priva­d o ) , com grande número de associadas , o que provoca d i s pers�o d e suas l in has de aç�o . Sofre i n f l u�ncias d iretas do gover­n o . Muitas vezes precisa refazer todos os programas devido à po l í t i cas governamen­ta is . Porém , d evido ao capital privado e x istente em sua composi ç�o acionária , em a lguns casos , maj oritárias , cumprem as l in has d e a ç�o estabe l ecidas promovendo me l hores condi çaes para a impl ementaç�o de estratég ias para o desenvo l vimento sustentáve l .

Compan hia d e capital aberto , cuj o cotista con trol ador é o Governo Federa l . Todo o processo que está agora se ini ciando f i ca suj e i to às sançaes e prioridades do go­verno , o que n�o permite assegurar que o processo será rea l i zado d e maneira ade­quada às necessidades ambientais e às atividades da empresa .

----------_._-----_._-------.

Empresa mu l tinacion a l , tem autonomia para manter e exercer o seu comprometimento com a preservaç�o ambien tal e o desenvo l ­vimen to . Este comprometimento é man tido e estabe l ecido pe l a matri z , que tem como po l í tica adotar todos os programas e es­tratég ias, igua l mente , em qual quer lugar do mundo .

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PREssaES DE MERCADO

As pre ss�ôes d e m e r c a d o most ram-se f u n d am e n t a i s p a r a

a a d o ç � o d e fl ovas e s t r a t é g i as , porque m u i tas v E z es � só

a t ravés d e�;·tas p ·'·E�SSé':fE-?S é que a cúpu l a a d ri) i f1 i s t r � ... t i v a Sê"?

s e n te m o t i v a d a a f a z e r mud an ças n a s o r g a n i z a çôes e SEllS

que as mel"" c a d o

e s t i mu l ad D a D S b u s c a rE-?m nova !.:; c(!I. m i n hos que

per"mi t. am a COm pE? t i. t i 'l i d a d e suaS") f a t. i as cI E'

QUADRO 10 - PRESS�ES DE MERCADO

EMPRESA INFLUENCIA

ARACRUZ

A empresa tem constante preocupaç�o em estar sempre em consonância com o mercado mun d i a l e suas exig�ncias . Tendo em v i sta ser empresa ex portadora , sof re efeitos d a legisl aç�o e press�o dos consumidores , cada vez mais rigorosos em re l a ç�o aos produtos cuj a matéria-pr ima é ex traida d a nature z a . Estas press�es resu l tam em me­d id as que a empresa , obrigatoriamen te , tem que adotar para ex portar seus produ­tos .

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CVRD

PETROBRAS

Apesar de ser e x portadora , ainda nâo se viu ameaçada por presseJes e>: ternas , tendo em v ista a bai>:a competitividade e>: isten­te em rel açâo aos seus produtos . Porém , começa a imp l an tar um sistema d e gest�o pe l a qual idade total e um sistema de au­d i torias ambien tai s , por e>:igªncia do mercado e x tern o .

Empresa monopo l ista no mercado brasi l e i ro apenas e x porta os derivados d o refino . N�o menc iona pressÔes d o mercado e x terno , apenas acompanha as inovaçôes promov idas pe l os concorren tes . I n i ci a o processo d e qua l idade e aud i torias ambientais por força da l eg i s l aç�o e pe l a movimen taçâo mun d ia l .

"'. __ ._------_.---------_._---_._._-_ .. _----------------._---

o

SHELL

Ressa l ta a intri n cada re l aç�o d a nova or­d em produtiva com a legisl aç�o e consumi­dores cada vez mais rigorosos e e x igen tes . Propôe-se um papel pró-ativo , ou sej a , adotar padrÔes eco l og i camente corretos antes mesmo de serem promu l gados por l e i s o u por pressôes competitivas n o mercad o .

A V A L I Aç:lIO DO S I STEl-íA DE GEST1l0 AI18IENTAL

A ava l L a ç�o do s i stema de g e s t�o a m b i en t a l p e r m i t e

�'3. compan j'i amen to c:on s tan 'C.(.,;::, d as o p e r a çôes / a t i v i d ad e s d a

e m p resa e a sua i n f l uª n c i a s o b r e o m e i o a m b i e n te � p e rm i t i n d o

t. ambém q u e s e t. e n h a e l emen t.os p a r a p r o p o r m u d a n ç a s n esse

�-; i s tema "

A manf? i r a como a �; e m p r e<::::,as e s "t.ê(o ê:\va l i an d o seus

s i s temas d e g es t: � D a m b i e n t a l é a p resen t a d a no Qua d r o 1 1 .

1 5 1

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QUADRO 1 1 - AVAL I A�O DO S I STEMA DE GESTAO AMBI ENTAL

---------------_._--------------_._-----_._--

ENPRESA

ARACRUZ

CVRD

INFLUENC I A

-----_ .. -

O desempenho ambiental é mon i torado a tra­vés de contrataç�o de empresas de audi to­r i a ambien tal in ternacionais , e pe l os seus c l ien tes , que so l i ci tam aud i torias periód i cas para ver i f i car o desempenho de seus processos e produtos , visando a ma­nutenç�o de seus contratos . Aos forn ece­dores e prestadores de servi ços também s�o s o l i c i tadas aud i torias .

I n i ci a agora o processo d e imp l an taçâo d e aud i torias ambientais , porém está forman­do sua própri a equi pe para ta l .

_._-------_._------------------

PETROBRAS

Para ver i f i car o andamento d a imp l ementa­ç�o de mel horias em suas atividades , a empresa está imp l an tando um sistema d e audi toria ambiental com o obj e tivo prin­cipal d e detectar os prin c i pais pontos d e n�o con formidade com a s ex igên cias ambi­entais estabe l ecidas pe l a empresa .

_ .. _._---------_._-----------_._-----.

SHELL

O sistema d e gest�o ambien tal é dividido e d ivu l gado a través dos d i ferentes está­g ios de i mp l antaçâo de um s istema , quais sej am : p l anej amento , organ i z a ç�o e comu­n i caç�a , execuç�o , contro l e e aj uste , o que torna mais viáve l e exequível o pro­cesso . O acompanhamento é rea l i z ad o per­manentemente através d e funcionários treinados para rea l izar aud i torias em to­d as as áreas da empresa .

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SUSTENTABI L IDADE DAS ATIVI DADES

As e m p r esas d emon s t ram m a i o r p re o c u p a ç�o com o

respe i to às n o rma�� e r'e g u l amen taç�es a m b i e n t a i s d o q u e c o m a

sua p r ó p r i a sus ter ta b i l i d ad e n

T e n d o em v i s ta que a amos t r a u t i l i z a d a p a r a a

pesq u i s a f o i d e eln p resas e x t r a t i v i s tas � o Quadro 1 2 a p r'ese n ta

as açt�es e s t. â o a d o t a n d o par-a

susten tab i l i d a d e d e suas a t i v i d ad e s �

QUADRO 1 2 - SUSTENTAB I L I DADE DAS AT I V I DADES

EI1PRESA

ARACRUZ

CVRD

AÇI'1ES ADOTADAS

As estratégias da empresa têm como obj e­tivo a busca d o desenvo lvimen to sustentá­vel , através de suas po l i ti cas , programas , desenvo l v imento d e tecn o l og ias , processos produtivos , matéria-prima mais apropr ia­d a às suas necessidades , uti l i zaç�o d e fontes d e energ i a renovávei s , treinamento d e pessoal e desenvo l v i mento da reg i�o na qual atua . Porém , sua atividade produtiva é ex trativista e a renovaç�o do s o l o n�o pode ser garan tida a l ongo prazo para a con tinuidade de suas atividades .

A empresa detecta a necessidade d e ser mais ativa na impl ementaç�o do seu p l ane­j amento . N�o ex iste uma i n teg raç�o hej e­môn i ca na empresa en tre o pl anej amento escrito e as açôes adotadas . Embora a em­presa reconheça que suas atividades de­g radam o ambiente e provoquem a exaustâo dos �ecursos naturais n�o renováveis , n�o há qua l q uer menç�o em rel açâo à busca e

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desenvol vimento de a l ternativas para este f ato .

A empresa está ini ciando o processo d e proteç�o ambien t a l , adotando estratég ias

PETROBRAS e ações para ta l . Porém , n�o detectou que depend e , para a rea l i z aç�o de suas ativi­dades , d e um recurso n�o renovável , o que a l ongo prazo poderá inviabi l i zá- l a .

Adota estratégias , programas , po l it i cas e a çeJes buscando o desenvolvimento susten­táve l , n�D só para o meio ambien te , como

SHELL também para suas atividades , d e c l arando que a empresa aposta no desenvo lvimento d e combustieis " l impos" e em outras f or­mas de energ i a a partir de fontes renová­veis ( so l ar , eó l i ca e nuc l ear ) .

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CONCLUSJ!\O

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E s t a p a r t e d a Li i ss e l'- taçào tem P O I" obj e t i v o

a p resen t a r as con c l us�es a que s e c hegou após a an á l i se d os

d ad Ds o LJ t i d t)s n a pels q u .Lsa � ass i m como a p r esen t a r- sugest:�es

p a r a f u t u r a s pesq u i sas con s i d e r a d a s n e cessá r i a s .

As e m p r esas e s t�o sof rendo t r a n s f o r ma ç�es , s e j a em

suas e s 't r a tég i a s , p rodutos/ serv i ços , t e cn o l og i as de prod u çâo

ou �.; .i s temi3. S o r g an i z a c i on a i s ,

mud a n ç a s e >� te r n E! S f u n d amen t a i s q u e

p e r .i o d o .

sej a em r-espos"t.a às

c a r a c t e r" i z a m o a tua l

Neste p e l" i odo tem s i d o eem f a t i z a d a a con s tan te

p r e o c u pa ç â o dos e f f-? i tos ac:lvers:,os que c:),s a t. i v i d ad e s humanf.:\S

tem p r'ovocado s o b r E?' o m e i D a m b i en "te .

preocupa ç�o c r i olJ-se um mod e l o d e d esen vo l v i me n t o d enomirlado

I I Der;envo 1 v imen trJ

mu l t i d i me n s i c) n a l

que um p r'OCE.'SSLj

prop� e a i n t e g r a ç � o d e po l i t i cas a m b i en t a i s

com e s t r a tég i a s p a r a s e a t i n g i r u m desenvo l v i men to soc i a l e

hum i:::t.fl ° "

Seu d e sa f i o m a i s prof u n d o é a me l ho r i a d a q ua l i d a d e

d e v i d a a t r a v é s d a r e o r i e n taçâo d os o bj e t i v os d a produ ç�o d e

b e n s m a t e r· .Í t::\ i s S' i m a 'l::e l'- i i;l,.i s , F·���:;gu{::u'- d a n d o o a te n d i men t o à ".:5

n e c e ss i d a d es d a e f u t u ras g e raçbe s .

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E }: i �; tem d i versas i m p l i caçtles d o mod e l o d e

d esenvo l v i m e n t o s u s t(�n táVE? 1 a s

em p r esa r i a i s . T o d c s os a s p e c tos d e n e g ó c i o s s � o i n f l uen c i ad o s

pe l os pr'olJ l emi-J,s d a a m b i e n t a l , s e n d o a s s i m

ne cessá r i o re pen sa r t o d a s a s a t i v i d ades i n e ren tes à e m p resa .

o q u e PQde ser n o t a d o é que n a m a i o r i a d o s casos � a

mud a n ç a d a s e 'f;;j.uas e s t l"' a t. ég i a s rumo ao

d �?senYo 1 v i men to 'i':::.us ten t áv e l d eve-se à

poden do-se c i ta r , d e a c o r d o com a pesq u i sa rea l i z ad a , o caso

da A r a c r u z , que é e x p o r ta d o r a de seu p r o d u t o para o m e r c a d o

E u r o peu , q u e estabe l e cl:.:�u t'"' i g o r osa�� req r'as p a r a a i m po r 't a çg(o

d a ce l u l o se br'anqueada H Com isso , a E'm p resa v i Lv-se o b r i g a d a. a

estar s e m p r e n a f r e n t e , n a p r o c u r a d e a t i v i d ad e s e p r o d u t o s

a m b i E::'?"n-r_a 1 m(",:?n t e c o r l'-etos � j á q u e .ia q ua 1 q u e r" m o m e n "to p o d erá

so f r er n ov a s e x i g Wn c i a s p o r p a r t e de seus c l i en t es , o que nâo

o c o r re com a s o u t t - a s em presas da amostra pesqtl i s a d a .

A S h e l l d n Bras i l é o ou t r o E� >� em p l o d a i n f l u"E:" n c: i a

q u e o m e r c a d o i n t e r n a c i on a l e x e r ce n a a d D ç � D d e e s t r a té g i as

q u e promovam o d e sen v o l v i me n t o susten táve l . S e n d o e m p r esa

t r a n sn a c i on a l , a po l i t i c a d a m a t r i z é t r an f e r i r t o d a a

t<-? c n o 1 og i a e p r D cesso�; u t :i l i Z �"1d o s tDd a�5

l o c a l i z a d a s em q u a l q u e r p a r te d o mun d o M O bserva-se en tâo que ,

f r e n t:e a o m f:.:� r- c a d n tn'- a s i l e i r 0 !l e l a tem a t i tude p r ó-a t i v a em

re l a ç�o à l e g i s l a ç�o e reg u l amen t a çôes do P a i s .

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Também pode-- ,;e res,,;a 1. t.ar- q u e a a d o çÊí o d e m e d i d a,;

p l"'ó- a t. i \.·- a s:. e q u e r e s p o n d e m i med i i:'1 tamen t e às e >� i g ·ên c j. a s d o

me I"" cadc) podem SE.\y- a rJ o t .r::\da�j. m a i s r a p i d am l�n tl� p e l as empr esas

p r i v a d a s j á q u e estas n � o d e pe n d e m d e a p r o v a ç�o g ov e r n a me n ta l

p a r a os i n v e s t i me n t o s n e ce s s á r i o s . A au ton om i a d a s e m p resas é

fun d am e n t a l p a r a a a d o ç� o d e e s t ra t é g i a s q u e p romovam o

d e s e n v o l v i m e n t o s u s t e n t á v e l .

S h E� l l a p r e s e n t a m j·:-? s t r- a tég i as e f e t i vamen t e i m p l .i::\n t adas e q u e

con tam com u m a co m pa n ha m e n t o c o n s t a n t e p a r a a v e r" i f i caçâo d a s

consequ@n c i as a d v e rsas à q u e l as p l a n e j adas .

J á n o caso d a CVRD e P e t r o b rá s , e m p r esas e s t a t a i s ,

p r o cesso i m p l af1 ta ç.�o das e s t r a t é g i a s , a pe,;ar

c(Jn !'� t i9. l"" em d e UfT, p l an e j a m e n t o e l a b o l"'adD e

d i vu l g ad o , é l en te e n�o a co m p a n h a a mov i me n taç�Q d o m e r c a d o .

P e r d (·:;.m a s s i m a van t. a g e m comp�? t .i t i v a , p r- i n c i pa 1 men t e n o qU('?

d i z r e s pe i t o ao m e r c a d o e �·: t E� r- n ('.1 , s o f r e n d o m a i o r e s

consequên c i as p D r� s e r e m e m p r es�as q u e d e t ê m o monopó l i D em

suas a t i v i d a d e s , a q u i no B r a s i l .

Em t e r mo�'j. d e P 1"'0 ce.c:,; 50 p r od u t i v o , p r o d u t o ,; e

t e cn o l og i a s pod e - 5 8 d i z e r q u e as e m p r e s a s pesq u i sada têm

e s t a be l e c i d o e s t r a tég i a s c o e r e n tes com aque l a s i n d i c a d a s pe l o

mod e l o d e d e s en v o l v i m e n t o s u s ·ten t áv e l . P o r é m , o b s e rva-se q u e

e s t e mode l o d e d esenvo l v i m e n t o p r op�e5 e s t r a t ég i a s m u i to m a i s

a m p l a s d o q u e a s q u e e s t i pu l am p r o c e ssos p r-odu t i vo s , produ tos

1 58

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l':!' t e c n () l og i a s � Com uma pr�eoc:u p a. ç ã o qtJe v a i a l ém d D l u c r- o

f i n a n c e i ro � ou d a p rese r v a ç�o a pe n a s d a e co l og i a a m b i en ta l .

o d e s en v 3 l v i m e n t o susten táve l p r o p�e a i. n te g ra çâo e

o tif?sen v o l v i men "l:D d a �. t r�ê·s E� co l og i. EtS q u e e�5t�o p r e sen t e s; n o

r- e l a c ion amen to d o horneffi com o a m b i en t e , q u e s�o :

E co l og i a a s p e c to,;;-:; b .i rJ 1 6g i cos �

q u í m i c o s , g eo l óg i c o s ;

E co l og i a dos CJ b j e t i vos

e c o n 6 m i cos com a p r udªn c i a a m b i e n t a l ;

__ E C: D l n�� i a humana

.a m b i en te u

I..-e 1 c.\ çâo d o 1"'lomE�m c on s i g o mesmo e com o

(4 s s i m s;e n d o � p e r ce be-se q u e há uma p r-e D c u p a ç�o

m a i o l .... elas e m p r e s a �:; CDm a p r e s e r" v a ç i:J:o da e c o l og i a a m b i e n t a l ,

f a l t a n d o uma i n t n r a çâo m a i s p r o fun d a com os o u t ros d o j. s

a s p e c t.os q u e i rl t �g ram o d e Sell y o l v i me n t o stJs ten táve l o

so c i. a l e o huma n o .

As e s t r a tég i a s a p re s e n t a d a s p e l a amos t r a p es q u i s a d a

m o s t r a r a m uma p l ... · E?o c::u p a ç:�o com t". 1 .... e i n am e n t o e c a p a c i t a ção

t é c n i c a d o pess o a ]. , porém , em n e n !luma em p re s a f o i d e t e c tada

a p r-eocu p a çao c om uma e d u c a ç� o m a i o;;:.;. a m p 1. a , C\ .... i a ç�() de n ovos

y a l or�es e pad r ôes de con sumo , e o d es e n v o l v i me n t o (jos s e r � s

humanos e m s u a essªn c i a �

1 59

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J �5 tc) i r� cl i ca q u e , e m p r'esas es t e� j am

p re o c u pad a s com um cami n ho p a r a o d es e n v o l v i men t o � este a i nd a

rl'à: o é s u s te n t.áve l " há a

cOl'1 s c i e n 't i �.� a ç � o 11l2\ .1. S

f o rma ç'à:o

a m p l a d E'

e f e t i v a. d e uma

t.o d o o m e r c a d o

c o n s u m i d cJ T !I p a r a a n e cess i d a d e d a mud an ç a d o s

pad rdes d e con SLlmo e d e v i d a d e uma m an e i r a g e ra l .

O u t r o ptJn t o q LH:? t.a m bém d e v e s€-?r r:. u i d ad c)!;amen t{·;0

a va l i ad o é a p r omc ç�o d e d es e n v o l v i m e n to d e c a d a r e g i âo e as

consequ�n c i a s f u t u r a s que a s a t i v i d a d e s d a e m p r es b c a u s a r � o à

c a d a l o ca. l G Deve s e r resg u a r d a d o às comun i (j a d e s d e c a d a

p o d e r" c i e c: i s ó r i o s c) b l'- e a i n s t a l a ç� o ou n � o d e

d e t e r m i n a d as a t i v : ... d ad e s , e n � o a perl a s p r o c u r a r a d e q Ll a l� a

reg i �o às a t i v j, d ad 2 s d a e m p resa .

V e r i f i co!J - s e q u e e x i s te um d i s cu rs o , p o r p a r te d a s

e m p r es a s p e s q u i s a d � s , d a n e cess i d a d e d a i m p l emen t a ç � o e f e t i v a

d e e s t r atég i a s q u e p �omoYam o d es e n v o l v i me n t o susten táve l h

�3a b (;?m q l . E..� e s t"à:o c CH - r- e n d c) CJ r i s c o ele q u. e a D n ã o

i m p l eml�íl t a r- e s "l: r- a "t. ég i as p a r a o d t?se n v o l v i m l:.""!! r"l to susten t áve l

pod e rào t e r d ll2S c D n s e q u � n c i a s b a s t a n t e p e r i g os a s , q u a i s

l;:-; e j am � a ) p e r- d a d E� '�'an tf:\ g e rn r.:ompE� t i t i V i:). e consequen ·t e p e r d a

d e b ) a

e x i s ·tên c i a d e v i d a ht� m a n a n a T e r r a �

1.60

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V a l e res�;a l t a r também q u e , a d i v e r s i d a d e d e f a t o r e s

q u e c o m p eJ e a i m p l E::-men t a ç� D d o d esen v o l v i me n t o sust.E\l"l t.áve l o

t o r n a um mode l o bas tan te comp l e x o , c a u s a n d o m u i tas v e zes

d i f i cu l d ad e s p a r a �s e m p r esas . P o r s e t ra t a r de a s s u n t o n ovo �

a m a i l"1 t"' i a e m p r' e s a s n � o con t a com p l'"'of i s s i on a i s

r e f e râ n c i a s a n t e r i � r e s p a r a pod e r s e base a r u

V e r i f i ca'-se q u e as o r g an i z a ç�es e m p r'es a r i a i s d evem

a m p l i a r a sua v i s � � em r e l a çâo ao p a pe l que e x e r cem q u a n d o se

i n s ta l am n o m e r c,ld o . Devem p r o c u r a r e x e r c e r a c i d a d a n i a

am b i en t. a l

f o r-n e ce d o r€·?s ,

a u t". o r- i d ad e s

i n ".7. e r ê\ ç:ao do!;; a c i o n i s tas-. ,

s u b c:cJ n t r a ·t a d as � c 1 i e n ol:es , comun i d a d e s

)1'" ()ffiOVe r uma c om p e t i t. i v i d ad e sust.en t a d a

e

O-=:; d ad o ! � en l e t. a d o s e sua a n á l i S E� p e r- m i t.em a i n d a

cor"l c l u i r q u �= e m b O r� 2\ haj a uma mov imen t. a ç � o f.0 m p l'- e s a r- i a J. em

d i re ç � o à bLl s c a de d esenvo l v i m e n t o susten táve l � e s t a tem s i d o

'f e i t a com LUfli3. v i l.: �âo t.e c n o c \'"á t i c a d a qLle,:::, t'i;(D � q u e também é

i m p o r t a n t e . Porém o d esenvo l v i m e n t o susten táv e l n e cess i t a d e

uma v i são m a i s a m p l a � a b r- a n g e n d o n â: o s�ó D p E� r a çêJ:es e s-.u a s

CDllSl::.:?qu'f::'n e l as � '{:ambém � e p r i. ll c: i p a l me n t e � as pessoas

€·�n \l o l v .i d a :...,; em o p l'�' o c esso o I'"'g ê:\n i z a c: i o n a 1 cJesd r::.Õ'

i n -::;urnos � p a s s a n d o e m p r e g i.:\d O:;� e

a t i n g i rl d o os cons�m i d o res e mesmo à q u e l es q u e t�m unIa l i g a ç�o

i n d i r e t a com as a t i v i d ad e s da e m p r es a � ou sej a , todos � os (� u e

a q u i estão e os ql. e v i r �o .

1 6 .1.

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é n e cesst. r i o q u e a c a d a mome n t o a s em presas ava l i em

pl"- o d u tos � p re çoS'1- �! a t i v i c:\ e:\d e s , c u 1 tU I'"'a ,

d Ç."'l. m ê:?l n d a �-,; d e m e l"' c at'1o p r i n c i pa l me n te

con sequ�n c i as d e te" d a s a s suas a ç�es , h o j e e n o f u t u r o .

A t ravés d a p e s q u i s a o bs e rvou-se q u e �

d e s e n v o l v i me n t o sUI;ten táve l , a i n d a n � o s e p e r c e beu a q ues tâo

f u n d am e n t a l :: a ft"H" mação d e n ovos pad l""t:ies d e c: o n sumo , n o v o s

v a 1 or"es , e Ltma vE� !'''· d a d e i. r'a m u d a n ç a c u l ·turi:l l n a S o c i E� d a d e em

que s:.;e v i. v e "

'r a l mud E n ç a sE'I'''á cc) n s e g Lt i. d a S")e : a ) as empresa s �!

como r"E' p r'�?I;:-;en t a n t E s d a e c o n o m i a d e base m o n e t.�H" i a , tomarem

pal'-<;"i\ si a r �:::-s pon s,=ü)i 1 i d a d e de f O I"'maç�";{o de n ov o s h é b i tos d e

c o n sumo , a p l'-�?sen t a n d o p l"' o d u to s e co E 'f i c:: i e n t.es , b )

i n s t i tu i ç�es e d u c a c i o n a i s f o r marem n ovo con j un to d e v a l ores e

i d e a i tS só c i o-e con Sm i cos ; c ) o a t r"avés d e S EUS

:in s t. rumE:� n t o e:-l c()nC:jrr. i co�; , l eg i s l a ç� o e me can i smos reg u l a d o r es

i m pu t. a r m a i cl r r' espDnsa b i l i d ad E� e o b r i q a çt:les a todos aque l E's

que f o r m am a s o c i e d a d e e o a m b i e n te .

E n f i m , u desenvD l v i m e n t.c) susten t áv e l é um mod e l o

q U E' bl.Mts c::a a �;ustE-ll t a b i l i d (:i.d e d a v i d a humana. n a T e r r a . Esta

susten ta b i l i d a d e i m p l i c a n a r e s p o n s ab i l i d a d e de todas as

i n s t i ·t u i ç�es a t ra� és de suas a t i v i d a d e s para a m a n u tell ç�o d a s

1 6 2

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v i d a s e �-: i s t en t.es � �5e j a m human as; � vegE, t. c:1 i" S � a n i m a i s ou mesmo

m i n e l"- a i s H

P a l"'a e s t. e e s t. ud o , a p r esen tam-se a q u i

a l �� umas s u g e s tôE.�s p a r a f u t. ur-as pesq u i S")i:\s . T e n d o e m v i s t a a

g a m a d E.\ v a r" i á v e i s q u e compôe o d e senvo l v i me n t.o sUE.t.en t.�\ve l

i n t e g r á- l a s v i. s a n d o uma c o m p r- een s�o m a i s p r- o f u n d a d os f a to r es

c on t r i bu i n t t"?s i m p l emen t a ç gc o d o d esenvo l v i m e n t o

sustentáve l � n � o i; p e n a s em o r g a n i z a çbes , m a s como um modo d e

v i d a . O u t r o ponto d e v i t a l i m p o r tân c i a a s e r pesq u i sa d o é q u e

f o rmas d e e d u c a ç � o , c r i a çào d e v a l ores e n ovos pad rt;jes

p r e param o s e r hume."I!.no p a r a a p romoção do d esenvo 1 v i men t.o

sus tf.-=?n t á ve l .

Va l e a q u i l em b ll"""a r q u e f..;.s t a d i s s e l,.. t a ç�o teve como

i n ten ç�o e s t u d a r � con c e i to de d esen v o l v i me n t o susten táve l d e

f o rma am p l a e p rcl p o r como a s o r g an i z a ç� e s e m p r e sa r i a i s podem

q U E:.� � a i n d a que d e f o rma n�o tàC1 p r o f u n d a como a desej ada e

n e ce s s à r i a � este estudo ten ha p r o po r c i o n ad o uma r e f l e x �o

a c e r c a d a s e m p r�nl::�C:"ts , d a �:i.o c: "i e d a d f.:·� E\ d as pessoas como uma

un i d a d e � bus c a n d o um a m b i e n "te m a i s d i ç� n o p a l"' a o d e s p e r t a i'"

huma n o .

U O que v e rdadei rame n t e co n t a na s a l v a g u a rda dos condo res e seus congene res nã'o é t a n t o o t e rmos neces5i dade dos condo ,...es � mas s i m o te rmos neces s i dade de des e n v o l v e r a s q ua l i dades humanas neces s á r i a s pa ra os s a l v a rm o s � po rque ê des t a s ú l t i m a s que ca recemos pa ra nos s a l v a rm o s a n 6 s p r6 p r i os . - ( I . M a c M i l l a n )

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1 6 4

REFERENC I AS B I BL I OGRAF I CAS

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REFER�NC I AS B I BL I OGRAF I CAS

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1 6 B

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�3ct'WI I DHE I NY , S t. e p hen a Mudando o rumo ; uma perspectiva

empresar i a l g l obal sobre desenvolvimento e meio ambien te .

F un d a ç � o G e tú l i o V a l� g a s � R J , 1 9 9 2 .

SCHUMACHE R , E . F . O negócio é ser pequeno . Z a h a r E d i t o r e s ,

RJ , 1 9 7:':: .

SCHWAR Z , W a l t e r & D o r o t hy .

futuro . Paz e T e � r a , RJ � 1990 .

E co l ogia: a l ternat�va para o

1 7 0

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S I MERAY , J e a n -Pau l . L ' an 2000 apothéose ou apocalypse ?

Ed i to r a e c o n om i ca

SM I TH , .. l o hn G r- i eve " Estratégia empresar i a l . E d i t.o r a E u r- o p a

Amé r i c a , L i s boa , 19(35 �

T H I BODEAU , F r a n c i s R .. and F I ELD , Hermann H � Sustaining

tomorrow . U n i v e r s i t y Press D f New Eng l an d , London , 1 984 .

Les défai l l an ces d u marché

et des gouvernements dans l a gestion de I ' environnemen t .

oeDE , Pa r i s , 1992 .

V I E I RA , L i s z t . Fragmen tos de um d i scurso eco l ógico. Ed i t ora

G a i a , SP , 1990 .

WE I L. , F' i e r- re n Sementes para uma n ova era " E d i t. o r a V o z e =) ,

Petrópo l i s , 1986 .

wom_D vJ I LD L. l F:E HJN D / CONSEFN AT I ON FUNDAT I llN . Getting at the

source : strategies for reducing mun i c ipal so l id waste . D . C .

W a s h i n g ton , 1 99 1 .

1 7 1

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1 7 72

ANEXOS

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1 7 3

ANEXO I

ROTE I RO DE ENTREV I STA

H/PRESA : _"_" ___________ __ "_" _______ "_" ___________ "

-------"-"----"-----

ENTREVISTADO ( S) /CARGO (S ) , __ "_"_" __ " _________ "_

1 - T I PO DE EffPRESA

( ) Nacional Privada ( ) Multinacional

( ) Estatal/Governamental

2 - PO L ITICA DA EI1PRESA

Sua empresa tem um relatório c laro das políticas da alta

administração referindo-se à necessidade de alcançar a excelência

ambiental e sustentabilidade no campo de sua atividade ?

3 - P LANEJAHENTO, ORGANIZA�O E COHUHICA�O

Sua empresa tem instruções claras observando o pape l gerencial e

responsabilidades para implantação e informações sobre a política

ambiental ? Você tem canais abertos de comunicação observando

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assuntos ambientais com empregados , c lientes , acionistas ,

fornecedores, comunidade local e o público de uma maneira geral ?

( cartas , vídeos , procedimentos ambientais, manuais , etc . )

4 - A T I V I DADES E PRODUTOS DA EMPRESA

As atividades e os produtos principais da sua empresa são de

natureza inerentemente sustentávei s , ecológicos ; e se não , você está

tomando providênc ias para que estes se tornem sustentáveis e

ecológicos ?

5 USO DE ENERG I A

Sua empresa tem uma política específica para minimizar o uso de

energia, para investir em tecnologias mais eficientes e que poupem

energia, e util izar' fontes de energia sustentáveis onde possíve l ?

6 - MATERI A L

Pode o uso de material de sua empresa ser sustentado

indefinidamente sem danificar o ambiente e onde não , você está

ativamente encorajando e persuadindo uma ativa pesquisa para

alternativas ?

7 - RESIDUOS/ REFUGO/RECICLAGEM

Sua empresa produz resíduos que são danosos para o meio ambiente,

que são tóxicos , não bio-degradáveis , repulsivos ou excessivamente

barulhentos ; e se sim, você tem uma política para reciclar ou

desfazer-se deles de maneira sustentável , ou desenvolver seu

processo produtivo de forma a eliminá-los ?

1 74

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8 - PROTEP10 CONTR/� ACI DENTES E PROCEDHIENTOS DE HIERGf!NC I A

Sua empresa tem procedimentos para minimizar a ocorrência de

acidentes , com claros procedimentos de respostas rápidas para

emergências ( escapamento de gases tóxicos , derramamento de óleo ,

risco de fogo , etc . ) .

9 - POLITICA DE AQU I S I �O

Sua empresa requisita de seus fornecedores , contratantes e seus

entregadores que os produtos fornecidos, ao longo de seus métodos de

produção e entrega tenham um alto padrão de excelência ambiental e

sustentabil idade , onde não , você tem uma política para procurar

fornecedores e contratantes existentes para desenvolver sistemas

ambientalmente sustentáveis ?

1 0 - TRANSPORTE

Sua empresa tem uma politica c lara e específica para maximizar a

limpeza ambiental e eficiência de suas frotas, e o sistema de

transporte utilizado pelos subcontratantes para entregar bens e

suprimentos , e minimizar as necessidades para transportar como um

todo , tanto fornecedores quanto empregados ? ( programa de transporte

partilhado , monitoramento do uso do veiculo , passes para transporte ,

veículos de baixo consumo de combustíve is , etc . )

1 1 - I NSTALAÇOES F I S ICAS

Sua empresa tem po líticas específicas para assegurar a máxima

segurança ambiental , atratividade e saúde de seus escritórios ,

edifício s , fábricas , fazendas , e sede . (plantação de árvores ,

tratamento para síndrome de doenças do trabalho , sustentabilidade de

1 7 5

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atividades rurais, programa de embe lezamento , restalITação de locai s ,

etc . ) .

1 2 - SAUDE DOS EHPREGADOS

Sua empresa tem po l iticas estabelecidas para assegurar completa

saúde e segurança dos empregados ? ( treinamento para segurança ,

proteção contra materiais tóxicos , programas anti-tabagismo , comida

nutritiva, controle de saúde , controle de cansaço visual para

operadores de terminais de vídeo , etc . ) .

1 3 - EDUCAÇ7'tO E TREI NAnENTO

Sua empresa organizou-se para estar lado-a-Iado do desenvolvimento

ambiental corrente e estabeleceu treinamento e educação ambiental

apropriado para os empregados ? Existem programas de desenvolvimento

das potencialidades dos empregados ? Que tipo de treinamento ou

incentivos são dados aos empregados para que se estabelece um

desenvolvimento humano contínuo ?

1 4 - COHÉRCIO EXTERNO

Sua empresa tem programas de pesquisa e desenvolvimento

estabelecidos para que as práticas comerciais externas tenham os

mesmos padrões de sustentabilidade possuído internamente ?

1 5 - 110NITORAi'1ENTO E AUDITORIA A/1BIENTAL

Sua empresa estabeleceu procedimentos para monitorar e auditar

indicadores chaves observando a performance ambiental , sobre uma

base regular ? (uso de material , desperdício , resíduos, transporte ,

176

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uso de energia, etc . ) . Vocês têm conhecimento de alguma norma ou

regulamentação para o controle da eficiência ambiental ? Quais ?

1 6 - PARTIC IPA�O DOS EMPREGADOS

Sua empresa tem políticas para encoraj ar o envolvimento dos

empregados na pesquisa da exce lência ambiental , para dar recompensas

apropriadas por contribuições significativas , e para encorajar os

empregados a se tornarem mais conscientes ambientalmente ?

1 7 - PARTICIPA�O DO C L I ENTE

Sua empresa tem políticas específicas para encoraj ar os c l ientes a

se tornarem ambientalmente mais conscientes ? ( et iqueta ambiental ,

projetos de recic lagem, etc . ) .

1 8 - P L ANEJAI1ENTO DE LONGO PRAZO PARA A SUSTENTAB I L IDADE

Sua empresa tem um plano de desenvolvimento de longo prazo que

objetiva encoraj ar a excelência ambiental e sustentabilidade do

planeta como um todo ?

1 77

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ANEXO 1 1

CARTA MAGNA DA TERRA

A Con f e r ª n c i a d a s N a ç�es Un i d as sobre M e i o A m b i e n te

e Desenvo l v i men to , tendo-se reun i d o no R i o de Jane i r o d e 3 a

1 4 d e J un ho d e 1 99 2 , r e i te r a n d o a De c l a r a ç�o d a Con f e rªn c i a

d a s Na ç�es U n i d a s s o t r e o Desenvo l v i mento �iuman o , a p rovada em

Estoco l mo em 16 d e J u n h o de 1 972 � com a f i n a l i d ad e d e

a co r d os i ri te lr' n e:"l C ion a i s que I .... espe i tem os

i n t e resses de todos e p ro tej am a i n teg r i d ad e d o s i stem g l o ba l

de eco l og i a e d esen\!o l v i men to , e reconhecendo a n a t u r e z a

i n teg r a l e i n te r d e pen�ente d a l"e r l .... a � n osso p l an e ta � p r o c l ama :

P r i n c i' p i o 1

Os s e r e s hUffii1nos estào n o c en t ro d o s i n teresses d o

desenvo l v i tnen 'to susten táve l e tªm o d i r e i to a uma v i da

saud áve l e p rodu t i v a , Em harmon i a com a n a tu r e z a .

P r i n c i" p i o 2

Em corl f o r m i d a d e com a C a r t a d a s N a çbes Un i d a s e com

os p r i n c i p i os da l e i i n t e r n a c i on a l � todo Estado tem o d i r e i to

soberan o d e ::.s seus re cu I'-S05 c;eg u n d o a s suas

p r ó p r i a s pc:. l í t i cas de mt.� i o amb i e n te e d esen v (J. l v i merl to � tE} a

respon s a b i l i d a d e d e g a r an t i r q ue as a t i v i d ades sob suas

1.78

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j u r i sd i ç�o ou con t � o ]. e n � o c ausem d anos ao m e i o a m b i e n te d e

o u t r os Estados o u (i a á r e a s s i tuadas a l ém d os l i m i t es d e sua

j u r i sd i ç�o n a c i o n a l �

P r- .i n c i." p i o .3

o d i ' .... e i to d e desen vo l v i m e n t o d ev e s e r· E? }·: e ,"' c i d o d e

modo a s a t i s f a z e r e � u i t a t i vamerl te à s n e cess i d ad e s e co l óg i cas

e d e desen vo l v i me n t o d a s g e r a ç�es a t u a i s e f u t u r a s .

P Y .i n c .i· p i o 4-

A p r o t eç�o � o m e i o a m b i e n te d e v e r á con s t i t u i r p a r t e

i n t e g r a n te d o p ro cesso de desen v o l v i men to sus ten táv e l � sendo

i n s e pa ráve l do mesmo .

P r .i n c .i" p .i o .::/

Todos os E s ·:.:aclos e povos d ever�o coopf� r a j'"" com .a

t a r e f a essen c i a l

:i. m p r es c: i n d :.í. VE: 1 d o

d e E r r ad i ca r a pobre z a � como I'"eq u i s i t.D

d es:.envo 1 v imE:n to sustentáve l , a f i m d e

red u z i r a s d i. s p a r i d ad e s d e pad r%o d e v i d a e m e l hor sat i s f a z e r

à s n e ce s s i d a d e s d a m a i o .� i a d os povos d a mun d o .

P r i n c I p i o t·,

n e cE�ss i d ad e s dos pa i Sl"?S em d esen vo l v imento �

1 7 9

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espe c i a l men te d o s m e n o s d es e n v o l v i d os e d o s m a i s vu l n e lráve i s

cio pon t.o d e v i s t i:\ E� c o l óg i c:o � ?-)s med i d as i n t.e l ..... n a c i o n a i s n 2

á re a d o m e i o a m b i e n te e d o d esen v o l v i m e n t o d e v e râo l evar e m

con ta o s i n t e re s ses e as n e cess i d a d e s d e todos o s p a í ses .

P r- i n c .f p i o /"

p a l'M t i c: i p a ç � o g l o ba l ,

e m um c on t e x to d e

n o sen t i d o d e conse rva r , pl�ot. e g e l� e

restaurar a h i g i d e z e a i n teg r i d ad e d o e c o s s i s t e m a d a T e r ra .

as cem t .� i. b u i çbes q u e t r a z em para

CiD m e i o a m b i e n t E"2' g l o b a l .. o s Es tados têm

respons a b i l i d a d e s d i f e r-E�n c: i a d a s • Os

d e s e n v o l v i d os r e con hecem a r e s p o n s a b i l i c!ade q u e l hes cabe n o

e s f o r <..:::o d e p r-omov€"-:? r o d esenvo l v i me n t.o s u s t e n i:áve l � tencjC'.) em

v i s t a a s p r ess�es e x e r c i d as por suas s o c i ed a d e s s o b r e o m e i o

a m b i en te g l o ba l e a s t�cn o l og i a s e 0 5 recurso s f i n a n c e i r o s d e

P r' i n c i' p i o S

(� ·f i m d e p r oíLover o d esenvo l v i m e n t o 5 u s t e n t.áve l e

uma m e l h o r q lla l i d a d e d e v i d a p a r a todos o s povos , o s Estados

d e v e r·�o r e d u z i r e e l i m i n a r pad r�es i n susten táve i s de p r o d u ç� o

e c o n sumo e a d o ·t a r Ined i d �s d emog r á f i c as a p r o p r i ad as .

180

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P r i n c i.' p .i o :'9

Os E s t a d G s d e v e r�o c o o p e r a r p a r a o r e f o r ç o d a

c a p a c i d ad e d e p r'omQVE'�I'" o d esenvo 1 v i. mento

sus ten t áve l , p r o p i c i a n d o a d i s s e m i n a ç�o d a c i ª n c i a at ravés d o

in t e r' c â mb i o d e con h u c i rn e n t o s c i en t i f i cos e t.e cno l óg i cos , E'

i n tens i f i carl d o o d esenvo l v i m e n t o , a a d a p t a ç� o , a d i f u s�o e a

tr'an s f er'e n c i a ele t.e cilo 1 OÇ"j i a s , i n c l u s i ve ac= m i:3. i �3 I'- e c e n t e s E··�

inovado raS M

P r- :i n c .i" p .i o 1 0

A me l h o r- f or-ma d e r-eso l v e r- p r- o b l emas; e co l óg i co,;, é

p r omover' , em n :í. v e l rE:;-, l e v a n t E-? , i::r, p a r- t i c i pa (;�o d E� todos os

c i d ad âos Em â m b i t o n a c i on a l , todo c i d adào

d e ver�á tf= I'� a cesso i:3. d e q u a d o a. i n f o r-maçeJes r- e f e r-entes aD m e i o

a m b i e n t e em p o d e r' d a s au'to l'" i d a d e s g OV E? I'- n amen ta i s , i n e l us i v e

d a d os s o b r e substân c i as e a t i v i d ad e s p e r i g osas e x i s t e n t e s em

suas comun i d ades � bem como a ClpCl r t u n i d a d e d t� p a r t i c i. pi::\t'" d O ��l

prClc::essos d e c i s ó r i os .. E s t a d o s d e v e r � o f a c i l i t a r e

e s t i m u l a r a con s c i en t i z a ç�o e a pa r t i c i pa ç � o d o p ú b l i co ,

med i a n te a m p l a d i ss em i n a ç�o d e i n f o r m a ç�es . Dever-á haver-

a c esso e f i c a z aos p ro c essos j ud i c i a i s e a d m i n i s t r a t i vos �

i n c l us i ve rlO t o c a n t e a i n j e n i z a ç�es e r e pa r a ç�e5 .

1 8 1

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1.82

P r i n c iO p i o 1 1

Os E s t a d os d eve ��o a d o t a r l eg i s l a ç � o e f i c a z n a á r e a

d o m e i o a rn b i. �? n t e . A�; n o r mas � D�> o b j e t i v os a d m i n i s t ra t i v o s e

as p r i o r i d a d e s r e f e re n t e s a o m e i o a m b i e n te d e v e r � D r e f l e t i r o

con t e x to e c o l óg i c o e d e d e senvo l v i m e n t o a o qua l s e a p l i cam b

Normas a p l i c a d a s pOl� c e r tos p a í s e s pod em s e r i n a d e q u a d a s e d e

custo f."� c o n ô m i c() so c i a l i n j Lts t i f i c:ad (."J p a r a C)u t l"·OS ,

e s pe c i a l me n te n o d e p d i ses em d esenvo l v i me n t o .

P r i n c i p i o 1 2

E s t. a d os d ev e .... � o c:oo p e J"' a r p .... omove .... um

s i stE:,ma ('2 cen ,Sm i co in tel .... n a c i o n a 1 a b e r to , q u e l eve "'.0

c r e s c i me n t o e co n 6m i co e a o d esenvo l v i me n to s u s te n t áve l em

todos os p a i se s , a f i m de me l h o r so l u c i o n a r os p r o b l emas d e

do m e i o :3.m b i e n t e . �1ed i d a s com f i n a l i d ad e s

e co l óg i ca s � tomad as n a é re a d e comé r c i o e x te r i o r , n �o d ev e r�o

con s t i t u i r m e i o d e d i s c r i m i n aç�o a r b i t r á r i a e i n j us t i f i cá v e l

ou d e r- e s t r- i çôes d i s s i mct l a d a s con t r'a Cl

i n t e r n a c i o n a l . D e v e r�o e v i t a d a s med i d as un i l a t.E-:1' r a i s

d e s t i n ad a s so l u c: i o n a_ r� p r o b l emas e c o l óg i cos d a.

j U Ir- i scl i ç� o cios p a i s E"�s i m po r- t. ad o r e s . Med i d a s a m b i e n t. a i s q u e

v i sem pl'- o b l f:?mas e c:o l óg i c o �.; g l o b a i s o u en t l""e d o i s ou m a i s

p a i ses d e v e r� o , n a med i d a d o poss í v e l , basea r-se n o consenso

i n t e r" n a c i on a l .

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P r i n c i p i o 1 .3

Cada d ev e r á e s t. a b e l e c e l ..... '::!) u a

n a c i o n a 1 n o t o c a n te a r-es p o n s a b i 1 i d a d es f.? i n d en .i. z a çfJes d e

v .i t imas d a p() l lJ .i. ç�o e d e ou·tl ..... a s i: ormas ele a g l"- ess'â:o a o m e i o

a m b i e n te . A l ém d i sso � o s E s t a d o s d ev e r � o coope r a r n a b u s c a d e

urna FI! m a i s d e 't e r"m i n a d a d e d e�:;e n v o 1 ver-

l eg i s l a ç� o i. fi t e , ..... n 1::\ c i on a 1. a d i c i on a l a

a m b i en ta l c a u s a d o p o r a t i v i d a d es d e n t ro d e s u a j u r i s d i ç � o ou

con t ro l e a àreas fora d e SIJB j u r i sd i ç�o .

P r i n c :i.' p i o 1 4

Os:, E s t a d o s d E..::-ve,""â:o c: ooper-al ..... d e f o r' m a E f i c a z p a r" a

d e s e s t i m u l a r o u e v i t a r a t r a n s f e r�n c i a � p a r a o u t r o s E s t a d os ,

d e q u a i sq u e r' a t i v i d a d f!'�:; e s u b s t.ân c i a s q u e possam p l'''ovo c a r­

sér i a d �?('] r" iJ d a çZ':io d o m€-? .. � o a m b i E-? n t. e o u causar' d a n o s à saúd e

huma n a .

P r .i n c .z' p i o .1 S

'f i m o m e i o a m b i en t.e , med i d as

p r"f-=- r.: a t..ó r� :L a,=;i. d f:? v e r-ãn ser a m p l a me n t.e a p l i ca d a s por todos o s

Es tados , seg u n d o a c a pa c i d ad e d e c a d a uln . No caso d e ameaças

d e d a n D s g l'-aves DU i r- r- evf� r s í. v e i s , a f a l ta de p l e n a c: e ,,.. t.p z a

c i en t i f i ca n � o d e v e r á se r�' i r d e p r e te x t o p a r a o a d i amen to d e

1 83

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med i d as e f i c a z e s e r-::- conômi c a s d e s t i n a d a s a e v i t a r- a

d e g r- a d a ç.o d o m e i o e m b i e n t e .

P r i n �.: i· p i o 1 6

A s a u t o r i d ad e s n a c i o n a i s p romOVE- r a

i n t e r n a c i on a l i z a ç� o j05 c u s t o s e co l óg i co s e o e m p r e g o d e

i l'l s t. r'umen tos e conôm i t.:o'=. � con s i d e l'"' a n d o q U €o? , e m p r� i n c í p i o , o

a g e n t e po l u i d o r d eve a r c a r com o c u s t o d a p o l u i ç� o , l ev a n d o ­

se n a dev i d a con t a o i n t e r e s s e pú b l i co e s e m d i s t o r ç� e s p a r a

o comé r c i o e x t e r i o r o w p a r a o i n v e s t i me n t o i n t e r n a c i, on a l .

P r .i n c i' p i o 1 7

Como n a c i on a l , u m a 2v a l i a çaD

i m p a c t o s e c o l ó g i c a s e m p r' e e n d i d a n o c a s o

d o ""

d E!

a t i v i d a d e s p r o po s t a s q u e ten d a m a p r od u z i r s i g n i f i c a t i vo

i m pa c t o a d v e rso s o b r e o m e i o a m b i en t e , s u j e i ta s à d e c i sào d a

a u 't o r i d ad e n a c i c)n a 1 COml )E�ten te .

P r i n c / p i o l S

O s E s t a d o s d e v'er�o i n f o r m a r i mE)d i a ta m e n t.e out ros

E s t a d os q u an to 13. d E' s a s t. r e s n a t: u r e. i c:,; o u

f2me l .... g ·ê n c i é:l s q u e po::;sam t el.... i m p a c t. o s ú b i t.o e d anoso S', O b lr S o

me i o a m b i e n t e d e s t e s ú l t i mos . Todo e s f o r ço d e v e r á s e r f e i to

pe l as comu n i. d a d e s i n t e r G é:l c i o n a i s n o sen t i d o d e a j u d a r os

E s t a d os a f e ta d o s .

1.84

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P r i n c I p i o .t '.�

O s d ev e .-âo n o t i f i c a r e f O I"' n e c:el .....

i n f o r m a Ç.; ÔE·)S , c o m a d e v i d a 2\n te c: e d ?n c i a e D p o r t.un i. d a cl e , .aDS

E s 'l: ados q U E-?- possam S E! r� 2I, 'f e "l:ad o s , no t O C f.:U, .tE� a a t i v i d a(je�j.

c a p a z e s d e t e .- [� f e i to E, co l óg i c o a d V E I"'-::�C) �-\ l ém d e suas

há b i l e com boa f é .

P r i n c l p .i o :,7'0

mu l h e l " e s t?m pape l v i t a l a d es e m pe n h a r n a

a d m i n i s t r a ç� o d o m e i o a m b i erl t e e n o d esenv o l v i me n t o . Sua

p l en a p a r t i c i pa ç � o é , por tan t o essen c i a l à c on q u i s t a d o

d esen v o l v i me n t o sus �el, táve l .

P r i n c l p i ü 21

A c r i a t i v ; . cl a d e , o s i d e a i s e a c o r a g e m d a j uv e n t u d e

e m 1:l"J d o o mun d o d f.-� \ / e r :3: o �;E)I'- m o b i l i z ad o s p a r- a a p l"'omoç�o d a

c o o p e r a ç � o g l o b a l d e s t i n a d a a rea l i z a r o d esenvo l v i me n t o

s u s ten t á v e l e g a r an t i r u m f u t u r'o Ina l ho r p a r a t o d o s .

1 8 5

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P r i n c i' p i o 2:,"2

Os povos i n d :í. g e n a s e suas comun i d a d e s , bem como

o u t r'as c::nrnun i d a d E�s l o c a i s , 't: 'em pape l v i t a l a d eS(·2mpE;:.n h a r' na

adm i n i s t r a ç� o do meio a m b i en te e no d esenvo l v i me n t D � dados o s

seus c o n h e c i m e n t o s e t r a d i c i o n a i s R Os Es t���dos

cleVf.·?F"�D 1'''E- c o n h e c e l'- e d a r- o d ev i d o a po i o i-\ i d e n t i d ad e � à

cu l t u l�a e aos i n te resses d esses povo s , possi b i l i ta n d o a

f.� f i. c a z p a r' t i c i pa ç à: o d o s mesmos n a d o

desen v o l v i men to sus�en táve l .

P 1" i n c i' p i o 2.J

Os r e cu r sos e c o l óg i c os e n a tu r a i s d o s povos v i t i m a s

d e o p ress�o , d o m í n i o e o cupaç�o d ever�o s e r p r o t eg i d o s .

P r i n c i p i o 24

g u e r r a i n c o m p a t í vf? l c o m o

d e �;envo 1 v imen to o s EstadDS

r e s p e i ta r as l e i s i G tel�n a c i o n a i s q u e p r o t e g e m o meio a m b i e n te

em t.empos e!e con 'f l i t.o a r m ad o , bem como c: oo per- ê\ I'"' p a r a ma l h o l'"

d es e n v o l v e r essas l e i s con f o rlne n e cessá r i o .

P r i n c i p i o 2.5

o d esen v o l v i me n t o e a p ro t eç�o ao m e i o

a m b i e n te s�o i n t e r d e p e n d e n tes e i. n s e p a r áv e i s .

1 86

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Os E s t a d o s d ever�o s o l u c i on a r d e man e i ra p a c i f i c a t o d a s

as suat.:3 d i s pu t_C:\s r e f e r e n t e s ao m e i o a m b i t2 n t. e � a t r av é �5 d o s

me i os a d e q u a d o s e em con f o r' m i d ad e c o m a C a r- t a d a s I\l a çôes

U n i d a!..;; N

P r i n c / p i o 27

O s E �;; t a d o s e povCJs d e v E I'-'â:o COOpf.-? t"' 8. 1'- de boa fé e

d e n t r o d o e s p i r i to d e p a r t i c i pa ç�o , com a a p l i c a ç�o dos

p r i n c i p i a s n e s t a e com o

a pr;2 1 .... f e i çoamen to de: d i r e i t: o .i n tE\r-n a c: i on a 1 flci:\ d o

d e s en v o l v i nl e n t o sus i:en t á ve l .

187

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ANEXO r r r

DECL ARA�O DO BUSINESS COUNC I L

FOR SUSTAINAB LE DEVE LopnENT

" 0 s e t o r E" m p r- esa r i a l d esempen hal"-á um p a p e l v i t a l n a

saú d e f u 'l:u r a d e nosso p l an e t a " Como 1 i rJ e n:?s empre!::; a ,r i .a i s ,

est amos comprome t i d c!s com o d esenvo l v i me n t o Sllsten t áv e l e com

a s a t i s f a ç�o d a s n e c e s s i d a d e s do p resen te sem comp rome t e l� o

bem-es t a r d as f u tu ras g e r-açôe s .

c o n ce i to e s t a l"'em o c re s c i me n to

e co n Sm i co e a p r o t e ç�o ambi e n t a l i n e x t r i c ave l me n t e l i g ad o s , e

q u e a q u a l i d a d f� d I';? v i d a p l"'ese�ll tE� e f u t u t'�a SE? f un cl amen ta em

su p r- i r' as n e ce s s i d a d e s humanas b á s i cas SE�m d e s t r-u i r o m e i o

a m b i e n te d o q u a l toci a a v i d a d e p en d e .

Novas f o r'mas el e c::o o p e r- a ção e n t r e C) �� overno E' a

e m p resa �H" i v a d a e �:\ so c i ed a d e S�C) n e cessá r i as p a r- a a t i n g i ' ....

esse o b j e t. i v o .

o c r e s c i men to e can8m i co em t o d a s as r eg i ôe s d o

mundo é essen c i a l p a r a me l horar o s m e i o s d e v i d a d o s p o b res ,

p o p u l aç�o cre�;cen t.e even tua 1 men t.fi' !I

n e cessár i a s palr-a p051:.; i b i 1 i t a r () c l'""e s c i rnen to , a 1. i a d a�5 ao uso

l. 88

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m a i s e f i c i en te d a e n e r g i a e d o s d e m a i s recu rsos , e à g e r a çâo

d e menos po l u i ç�o .

Mer c a d os a be r t os e compe t i t i vos , d e n t r o e en tre 0 5

pa:i. ses � f omentam a i n OV i:\ ç:3:0 a e f i c i e'n c i a , a l ém d e

p l""OpDl'"" c i D n a r e m ii:\ ·todos para m e l h o r a r-

con d i ç:e:5es c! E-? v i d a . t·.Jo e n t E:\n to , e !:=,;.se�::. mer c ad o s de\lem d a I'" 05

s .i. n a i E; lJS d o s l",)ens serv i ços

recon�lecer' e r e f l e t i r cada vez m a i s os custos a m b i e n t a i s d e

seUi:\ p r"ocl u ç :3:ü , USD , r e c i c l ag e m e d i s posi ç'à:o f i n a l . I sso é

f u n d amentêl l � l::? m a .i �. f 2\ c i l d f� a l can ç a r med i. a n t e uma s i n 'tese

do�;; i n s t". r-' ume n "t.os e conôm i cos dest. i n ados a c O I''' r i g i l''' as

d i stor ç�es e e s t i mu : ar' a i n Dv a ç� o e o con t i nuo a p r j, mo r amen to ,

com pad ,,-r.Jes p a r' a o r' 1. f:? n t a r o d f?sempen h o

i n i c i a t i v a s p o r pa r 1:e d o s e t o � p � i vado .

A c:om b i n a .;ào d e po l i t i cas d e cada p a i s d e v e r á s e r

aj ustada si 1:Lta ç�es l o c a i s .. n ovas

e i n S') t r ume n t.os e conôrni CDS; devem e s t a r

h a l .... mol'1 i :z acJo�:; [�n t r e os p a r c e i ros com(·? YN c i a i s , a o mE�smo t li:·�mpo

l .... e c o n hE� c e n d o que D !: � n í vE� i s f::! concl i çt':5es do d e s en v D l v i me n t o

v a l ... .. i. am , (]

capE\ c i ci ades .

Ç,.) r" adua l mel"l 'te

pos�.;; i. b i l i t i::\ !'"

i n v e �,; t i men t.o .

qUE?

Os

Llm

r· es'.J 1 ta em

cove l"'nos d evem

um p e r í o d o

p I ar! E) j amen t.o

I .... a z oáve l

Irea l i s t.a

J'H .'? ce s s i d ades

d e

e

tem po ,

c i c l os

e

d e

1 8 9

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E?mplr'esas e novas marl e i r a s d e 'f a Z EH- n E)g ó c i os a Passar- d a v .i sf:<o

e m p r e sa r i a l p a r a a r ea l i d a d e d em a n d a uma f o r t e l i d e r a n ça d a

c ú pu l a d i r :i. g e n t.e , um c n m p r- o m i sso c o n s t a n t e t o d a a

o r g a n i z a ç�c) t;;;.� uma c El p a c i d a d l? p a r a t. I .... a n s f CH"ma 1''' o d e sa f i o e m

o po r tun i d ad e . ,;1.5 e m p r·el..=)a�5 d evem e s b o ç a r p l an o �-. n :i. t i d a s d F.:"

aç�o e mOT1 i t o r a r d e p e r t o os a v a n ç o s o b t i d os .

A s u s t erl ta b i l i d a d e requer q ue p l�es temos a tenç�o a o

c i c l o c o m p l e to d a v i d a d e n ossos p r o d u to s e à s n e cess i d ades

es pe c i f i c as e v a r i áv e i s de n ossos c l i e n tes .

As e m p r es a s q u e a l c a n ç a m uma e 'f i c i â n c i a a i n d a m a i o r

q uan d o E�v i t.am a p() l u i ç� D a t l"' avé�, d e um bom �� e r-en c i am e n t o

i n t(:,�r"n o d e s u b s t i 't u i ç:3:o e l e mat e r i a i s , d e t e cn o l og i a s m a i s

l i m p a s e d e p r o d u tos m e n o s po l u i d o re5 , e q u e l u tam pe l o uso e

r e c u p e r a ç � o m a i s e f i c i en t e s d os re c u rsos , podem ser· c hamadas

de ' e c oe f i c i en t es ' .

As p a r ce r i. as d e l on g o p r a z o e n t l'""e e m p F"eSaS �1 a s s i m

como CJ d i re to , P I'�c3po r c i on a m e>� ce l e n t.e�5

oPo l,.· tun i d a d e s d e t , .... an s f e r· i ''"" a t e cn o l og i a TlE-? ce s s á r· i a p a r a o

d€�sen v o l v i m(-;� n t Q su='. t en t(�\ ve l , d a q u e l t�s q u e a possuem p a r a os

qUt� d t:� 1 a E:sse novo c o n c E· i to ele . coopel .... a ç a o

t e cn o l óg i ca ' d e pende p r i n c i p a l men te d a i n i c i a t i va p r i v ad a ,

mas pode S 8 1 .... ba!!:i. t a n te a m p l i a d o com o �\ po i o cios g o v E I"'n o s e

i n s t i t u i ç�es e n g a j a d a s n a t a r e f a d o d esen v o l v i me n t o a l ém

f ro n t e i r a s .

.1 9 1

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Os m e r c a d c s d e c a p i ta i s só 'f ar�o o d e s e n v o l v i m e n t o

sus t e n t á v e l avan ç a r c a s o r e co n he ç am , v a l o r i z e m e e n co r a j e m o s

i n v e s t i me n tos e poupan ç a s a l on g o p r a z o ,

d i s pon i b i l i d a d e d e i n f o r m a ç�es a d e q u a d as .

o r i en t a d o s pe l a

A s po l i t i c a s e p r á t i c a s d e comé r c i o e x t e r i o r d evem

�;;; f? r abE' I,.- ·ta E ,. O f F.:?I,w p c 2 n d o o por tun i d a d e s a t. o d os CJs p a í :;:; e s .. O

comé r c i o e x te r i o r l b e r to l ev a a o uso m a i s e f i c i e n t e dos

aC) d e s 8 n 'jo l v i m e n t o d a s e c o n o m i as . Os i n t e resses

a m b i. '.::::n ta i s i n tt..� I'-n a c i o n a i l,.s d f:.'?vem s e r t. r a ta d o�:; po r a c o lr-cJos

in t. E:- r' n a c: i o n a i !::i. � n à o p o r� b a r r e i r a s

u n .i l a t e r a i s �

[l m u n d o E.' s t c'\ c a m i n ha n d o p a r a a d E.'s l'-e g u l amen t a ção ,

i n i c i a t i v a s p r i v a d a�; e mer-cados g l o b a i s . I ss o r e q u e r e m p r esas

a p t a s a assum i r m a i '; r e s p o n s a b i l i d a d e s so c i a i s , e c o n 8 m i cas e

amb i e rl tR a i. �:; n a d e f i r ) i ç.i3:o d e sua a t. u a ç� o M Temos d e e �·: pan d i r-

n Dsso con c e i t o !'sobr-t:=? a q l�l e l c-:o s q \..\E� S�3:d p a r c e i r o '.:; i n t. e !r e s s a d os

f:..7:,lm n ossas opl"? r a çf:j e,:: � , i n c 1. u i n d o n � o a pE' n a s os ritm r.Hf'" e g e. d o s e

c] r u pos d e c: i cl c\ d � os e out.ro�. � A cDmun i c aç�Q c.\ p l"' o p r- i a d a com

E�SSE.\S P<:\ lrc(e i ros n o!:; a j u d a r á a ,::\ pF� r" 'f e i çot::\ I,R con t i n uamen te? a

n o s s a v i s� o � n ov a s e s t r a tég i a s e a ç�es .

CI a o d e S E·?n VO 1 v i me n to

sus·ten t é v e l f a z sl'?r-, t i d o como uma b D a a t i v i d ad e e m p r c-2sa r i a l ,

pa i '!:::. c r i a v a n taçJ 8 n S", c o m p e t. i t i va�.; novas O po l'''tun i d ad e s "

Rl'? q u e l'� , t (".J d av i a � m u c! ;an ç a s d e l on g {:J: 2.-'t l c: a n c �:? n a'\:-; a t i tu d e s d a s

1.90

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A ag r i cu l tu r a e a e x p l o r a çNo f l o r e s t a l , a t i v i d ad e s

q ue p rovªem o susten to d e q uase metade d a p o p u l a çâo mun d i a l ,

s�o mui t.as \f�:� Z E? S i n f 1 Lten c: i a d a s pe 1 os s i. n a i S"� d e m e r cado q u e

t lr- a b a l h am c o n t r a (J ueso e f i c i E'n tt� d o s r e cu rs o s . As d i s t O I,wÇ:�fo.?=,

d o s s u b s i d i o s a g r í co l a s d evem ser a l i m i n a d a s p a r a r e f l e t i, r os

custos t o t. a i s el o s l .... e c u r s o s r e n D v év e i s . Os a g tr- i c u l t.o l''' e s

p r e c i sam d e a cesso � d i r e i tos d e p r o p r i ed aej e s b e m d e f i n i d os .

Os (;l ove l'w n o s d E'vem me 1 h o r- a r' a g e s tao d as f 1 ares tas e d o s

me i D d a c o r r e t El d o m e r c a d o e d e =�uas

r e g u l amen ta ç�es , a l �m d o e s t I m u J, o à p r o p r i e d a d e p r i v ad a .

t�1u i to �; p a 1. se�;; , i n d L\ �5 t r� i a i s ou fo.? m d esen v o l v i mE�n t(.") ,

pod e r i a m f a z e r uso m u i t o m a i s adequado d a s f o r ça s c r i a t i v a s

d o e<;:; p i rw i t o t::m p l'-eer-, d e d o r l o ca 1 e:� i n te l,wn a c ,i o n i:\ l , ass{7? g u r c.� n d o

me r c:ados a b e r to s e a c e s s I v e i s , s i s t emas regu l ad o r e s m a i s

f u r1 d amf�n t a d o �;,í. em e (J I�)se r�vân c i a

eq u i t.at"" i v a , s i stemas l eg a i s e f i n an c e i r"DS bem d e f i n i d o s e

t r a n s p a r'en tes � e adf�irl s t ra ç � o e f i c i en t e .

m u d a n ç a em

I'·e q u i s i tos d a s

q ua l q ue l"" área

A h i s t.ó l'"' i a

cu m p r' ! l'"" o s

humana é cl

h i s tó r- i a d o '!..; a Ct"? l'''VIJS a m p l i ad o s d e r"p- cursos r c.:? n o v ifl v e i s , d a

subs t i t u i ç� o d o s e 5 � o q ue s l i m i, ta d o s e d e uma

vez m a i o r uso de a� bos " Devemos n o s Inov i men 'ta r m a i s d e p ressa

d i r E� �::ê)E�S , ê\v a l i a n cl o a d a p t. a n d o à m e d i d a q u e

a p re n d emos ma i s . E s s e p r o cesso e x i g i rá e s f o r ç o s substan c i a i s

1 9 2

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1 0'" • 1 '_'

d e e d u caç�o e t �e i niime n to � p a r a aume n t a r a c on s c i en t i z a ç�o e

en coraj a r a s nlod i f i c a ç�es d o s e s t i l os d e v i d a rumo a f o rmas

de consumo m a i s s u s t e n t áv e i s .

Uma v i r::��o c l a�-a d f-.? u m f u tu r'o s u s t. E"Õ' n t áv e l m o b i l i z ç\

a s �"?n e r- g i a s humanas n a d a s

r rJ m p E\:l d D com E�s t a b e l e c: i d o s e

f a m i l i a r e s . A med i d a q u e os l i d e re s d e t o d o s os s e g m en t os d a

s o c i ec.i a d e p a l'"a v i são

e m p r e sa r i a l em a ç�o , a i n é r c i a será s u p e r a d a e a c o o p e r a çào

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1 9 4

ANEXO I V

BS 7750 - S ISTEI1A DE GEST1l0 At1BIENTAL

1 5 i s t. e m a d e A m b i e n t a l õ\ o l"'g a n i z a çâo d e v e

e s t a b e l e c e r e man tf!r u m s i s tema d e g e s t�o a m b i en t a l como um

m e i o a s s e g lJ r a r q ue os d a

e s t &o con f o c·m i d a d e com a sua po 1 .1. t. i ca

a m b i en t a l , o b j e t i vo s e m e t a s .

a a d m i n i s t Y- a ç � o d a e m p l ..... esEl d ev e

d e f i n i � e d O CU fn e n t a r a sua p o l i t i c a e o b j e t i vos a m b i en t a i s � e

o c o m p r o m i s s o com o s mesmas �

3 - O r g a n i z a ç� o e P e ssoa l

3 . 1 . Respon s � b j. l i d ad e , a u to r i d a d e e r e cu r s os - a e m p r e s a

df.?ve d e 1: i ll i r l� c. ocumen i.:a r 13 l"'E.\spon s a b .i l i d a d e � a. u t o r i d a d .t'.? e

i n i: f:.'\' r'T e l açbes d o p E?ssoa l c have q u e ad m i n i s t. l ..... a � d e s e m p e n h a e

v e r i f i ca os e f e i t.os d as a t i v i d a d e s s o b r e o a m b i e n te .

d evr.:? i d E�n t i f i ci3 X' i n t E� r'n amen te I .... e q u i '!.s i tos e py"oced i mf:?n to s d E'

pr()ve�- 1"'(� C lH''' SOS a d eq u a d os e d e s i g n a r" pessoa 1

t r e i n a d o p a r a a t i v i d a d e s d e v e r i f i c a ç�o �

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::::; H ::':; " Hepr'es e n t a n t e d a a d m i n i s t r-açg-io a empresa d ev e

i n d i ca r Ufna pessoa q u e r e p r esen te a a d m i n i s t r a ç�o d a e m p r esa

que , a l ém d e outras responsa b i l i d ad e s deve ter auto r i d a d e e

I ..... e-::; pon sabi 1 i d ad e d E:�f i n i d as p a r a a<.:,;se' g L� r a r q ue os r e q u i s i tas

d e s t a norma sej a m i m p l emen t a d o s e man t i d os u

3 " 4 " Pesso a l , comun i c a ç� o e t r e i n amento - a empresa d e v e

e s t a b e l ec e r e m a n ..:er p r o c e d i me n 'tns que assegurr-2fn a o s l;!;eus

e m p r e g a d o s ou merl b ros , e m todos os n í v e i s , que estf?j am

c o n s c i e n t e s d E! :

a ) a i Olpor tân c i a d a con f o r m i d ad e com a po l í t i c a e o bj e t i v os

a m b i en t a i s , e com os requ i s i tos desta n o rm a ;

b ) os e f e i tos poten c i a i �> a m b i E.r n t a i s d e SU-2\S a t i v i ad a d E'rs d e

·tl""a b a l ho b l� n e f í c i o s a m b i e n t a i s d a

i m p l ementad a ;

c ) SUi?\S e responsa b i l i d ad e s n o a t.i. n g i. men te d ctS

con f o r m i d a d es con. as po l i t i c as e obj e t i v o s a m b i, e n ta i s , e com

os requ i s i t os d e s t a n o rma ;

d ) as consequ�n c i as poten c i a i s d a e x e c\J ç�o d o s pro ced i men tos

ope r a c i on a i s e x i s terl t es .

1 9 ;",

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4 -- E 'f e i to s A m b i e n t a i s

4 . 1 . F�e g i s t r o d a r-eg u l amentos e out.ras

po l i t i ca s e s p e c i f i c a d a s - a e m p r esa d eve e s t a b e l e c e r e man 'ter

reg i s t r o s de t o d a l eg i s l a ç�o , r e g u l amen tos e o u t r a s po l í t i cas

e s pe c i f i ca d a s p e r t i n en t e s aos a s p e c to s a m b i e n t a i s d e suas

a t i v i d a d e s , p lr- o d u t u s (=} sel .... v i ços n

4 . 2 . COfnun i c:a çào a e m p r e s a d ev e e s t a b e l e ce r e m a n t e r'

p a r a a comun i caç�o ( i n te r n a e e x t e r n a ) d e i n te resse r e l evan t e

r e f e r e n te aos e f e i tos a m b i e n t a i s e d e g e s t � o .

4 . 3 Ava l i a ç � o e rl!g i s t. r o s d o s e f e i tos am b i e n t a i s - a e m p r e s a

d e v e e s t a b e l e c e r e man t e r p roced imen tos p a r a e x a m i n a r e

ava l i a r os e f e i t o s a m b i en t a i s , d i re to s e i n d i r e tos � d e suas

a t i v i d ad e s , p r·odu tos e s e r v i ço!=.5 , e par-a man t e r um lI""eg i '::-;tr-o

des tes e f e i tos i d en t i f i c ados como s i g n i f i ca t i v o s .

5 - O b j e t i v o s e m e t a s a m b i e n t a i s - a e m p r e s a d e v e e s t a be l e c e r

man t e l'"' pJ-- O C 8 ( I i men t. os p a ! '" a e s p e c i f i Cê\r- seus

a m b i e n t a i s e m e ti;$ c o n s a q lJen tes em t o d os o s fl i v e i s r e l evan tes

ela Os o b j e t i vos e m€-? tas devem s e r

con s i s t l-"'? n t e s CQfT: a p o l. i t. i c:a a m b i en te.':\ l e d l�V(''''? q u an t. i f i c a r ,

on d e a p l i c .2\\/e l , o com p r' o m i s s o d e me l hD r i a con t. í n ua n a sua

p e r f o r m a n c e am b i '� n 'ta l .

1 9 6

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6 - Prog rama d e g e s tâo a m b i e n ta l -a e m p r e s a d eve e s t a b e l e ce r

e man ter u m p ro g rama p a r a a t i n g i r os o b j e t i vo s e metas . Deve

i n c l u i r- �

a ) d e 5 i g n a ç� o d a r�sponsa b i l i d a d e p e l a s metas em cada f u n ç�o

e n í v e l da e m p r esa ;

b ) os m e i os a t ravés d o s q u a i s e l as se r.o a t i n g i d a s .

7 - M a n u a l e D O CUffi2n taç&o d a Gest� o A m b i e n ta l

-; . 1 . l'lan u a l a e m p rl�sa d ev e e s t a be l e ce r- e man t e r- um

man ua l p a r·a ,

a ) o r' g a n i z a r- a p o l í t. i ca ambi en t.a l , o b j e t i v o s e m e t.i::\s e o

p r' o Q I'-ama ;

b ) d o culnen t ar a s a t i v i d a d e s c have e responsa b i l i d ad e s ;

c ) p r o v e r d i r e ç � o r e l a c i on a d a à d o cumen taç�o e d e s c r e v e r

o u t ros a s p e c to s c; o s i s tema d e g e s t�o , o n d e a p ro p r i ad o .

7 � 2 . Documen taç�o - a empresa d eve e s t a b e l e c e r e man t e r

p r D c e d imen 'to5 p a r a c.:on t. r o l a r- todos o'..:; d c) cumen tos I"'equt-:r" ,i dos

por esta n o rma p a � a asseg u r a r q u e :

a ) pOf�;sarn S') e r i, c.1 E�n t i 'f j. c ad[)s com .:\ ol""g an i z aç � D a p l"'o p r i ad a �

d i v i s�o � f u n ç� o o u a t i v i d ad e ;

1 9 7

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b ) e l es s e j a m p e r i o d i came n te rev i sados , rev i sados q u a n d o

p a l'·'':\ o assun t o ;

c ) a ',", verSeaO c::o r r� e n te d o s d o cumen tos r-e l e v an tt.'?s e s t e j am

d i s pon í v e i s em t o d o s o s l u g a res on d e as o p e ra ç�es essen c i a i s

p a r a o e f e t i v o f u n c i on amen to d o s i s tema s�o e x e cu t a d o s ;

d ) d o cu,m:� n tos o b s o l e to�"3 d evf:?ffi !5e r- p r o n 'tamen tf:.? t i r' a d o s d E'�

8 - Con t r o l e O p e r a c i o n a l

8 . 1 h Gene r a l i d ad e s - a r e s p o n s a b i l i d a d e d a a d m i rl i s t r a çâo

deve s e r d e f ir1 i d a para asse g u r a r q u e o con t ro l e , v e r i f i ca ç � o ,

med i d a s e testes d e n t ro d e c a d a p a r te d a e m p r e s a s e j am

a d e q u a d amen t e c o o r d e n a d as e e f e t i vamen te r e a l i z ad a s �

8 . :2 . Ct1 n t l'-o l l'? a e m p r e s a d e v e i d en t i f i ca r 'f��n çôes ,

a t i v i d a d e s e p r o cessos q u e a f e t aln ou t&m poten c i a l p a I"" C\

a f e t a r o a m b i en t e , e s�o r e l ev a n tes à sua p o l i t i c a , obj e t i v o s

e m e -tas n A E m p r !.�':.�a d ev e p l a n e j a r' t a i s f u n çôes E a t i v i d ad e s

p a r a asseg u r a r q u e e l as S â D I""e a l i z a d a s s o b c o n d i çfje�:;

c o n t r o l ad as .

I n s p ,"' ç ã o , med i çAo e e n s a i os a emp resa d e v e

e s t a b e l e c e r e m a n t e r p roced i me n t o s p a r a a ve r i f i ca ç � o d a

198

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con f o r' m i d a d e com DS I"'eq u i s i t.os e s pe c i f i c a d o s e

e s t a b e l e c i men t o e mi\ n u t e n ç � o d o s reg i s t ros d o s resu l t a d os �

8 . 4 . Nâo-con f o r m i d a d e a ç?5es c o r r' e t í v a s a

r es p o n sa b i l i d a d e e a u to r i d ad e p e l a i n i c i a ç � o d a i n ves t i g a ç� o

e a çé';)es c:o r r f?, 't i vas n o s;. even t.os d e n'ào- c on f o r- m i d a d f� com os

r e q u i s i tos e s p e c i f i ca d o s d evem s e r d e f i n i d o s . A e m p r e s a d eve

e s t a b e l e c e r e man tf? r p ro ced i men tos p a r a t a i s i n ve s t i g a çôes e

a ç eJ e �:; c D r r e t. i vas d a s q u a i s oI d a s

fun çêjes i n d i v i d u a i s o u a t i v i d a d e s c o r r l?' l a t �is , e m C:Dn j un ç�o

com o r e p r e sen tan t� d a d i re t o r i a possam :

a ) d e t e r m i n a r a s c a us a s ;

b ) t r a ç a r (Jm p l an e d e a ç � o ;

c: ) i n i c i a r a ç�es p r even t i vas n o n iv e l c o r respon d en t e aos

r i s c o s en con t r a d o s ;

d ) con t r o l es p a r a a s s e g u lr a r- q u e q u a l q u e r- a çâ:o

p r-eve n t i v a tomada se.j a e f e t i v a ;

E? ) reg i. s t r a r- q u a l q ue r- mu d a n ç a n o s p l .... o c:e d i me n tos r e su l t.an t e s

9 d a Gestr-io A m b i e n t.a l deve

e s t a b e l e cc":? !'"" e fT!an t e r- �Jm s i s t e m a cjE.� r eg i s t r o!; de ·for-ma a

demon s t r- a r· con f .:J I'""m i d ad e com o s r e q u i s i tos d o s i stema d e

1 9 9

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�J t":? s t ã o a m b i E-'!n t ê:\ 1 , e p a lr- a r eg i s t l'"' a l'" a e �·: t e n são d o q uan t o os

o bj e t i v o s e m e t a s a n b i e n t a i s f o r a m a t i n g i d os "

10 - Aud i t o r i a d a Gasta 0 A m b i e n t a l

a e m p r e s a d<=ve e s t a b e l e c e lr- �2 m a n t e l'�

d e t:e l .... m i n a r ::

a ) s a as a t i v i d ad e s d a g as ta 0 a m b i e n t a l e s tà o a m c o n f o r m i d a d e

com o p r D g r-ama d a g es t g( o a m b i e n t a l a e s t _ o san d o

i m p l emen t a d o s e f e t i vamen t e ;

b } E\ e f E\ t. i v i d ad e d o s i s tema d e g es tâ:o a m b i en t a l e s t. á s e n el o

r ea l i � a d a d e a corejo com a p o l i t i c a a m b i en ta l d a e m p resa �

.10 . 2 . P l a n o d e aud i t o r- i a o p l an o d e aud i t o lr- i a d ev e

c o b r i r os seg u i n ·t a s p o n t o s �

a ) a s a t i v i d ad e s e s pe c i f i cas e á r e a s a s e r e m aud i ta d as , o q u e

i n c l u i :

1 e s t r u t u r a o rç]ani z a c i o n a l ;

2 p r o ce d i men ·to�; o p e r a c i o n a i s e a d m i n i s t r a t i vos ;

3 á r eas d e t r a ba l ho , o p e r a ç�es e p r o cesso ;

4 d o cumen t a ç � o , r e l a t ó r i os e manuten ç�o d e r e g i s t r o s ;

5 p e r f o r m a n c e a m b i en t a l .

200

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b ) a f r equ@n c i a d e aud i, t o r i a d e c a d a áre a / a t i v i d ad e � as

aucl i 'to I'" i a s s en d o p r Cl g r� amadal.:3 em f u n ç"o d a n a t.u r e z a e

i m p o r tân c i a a m b i en ta l d a s a t i v i dades I"'e l a t i vas , e o resu l tado

das aud i to r i as a n ter' i o res .

c ) a responsa b i l i d ad e pe l a aud i to l"' i a d e c a d a á r e a / a t i v i d ad e �

d ) os req u i s i tos IJ8SSo a i s e espe c i f i camen te d a q u e l es q u e

rea l i z am as aud i to r .i a s ;

e ) os re q u i s i tos p a r a a rea l i z a ç�o d a aud i tor i a , o q u e

envo l v e o uso d e q u e s t i on á r i o s , c h e c k. l i s ts � en trev i s t.as ,

med i d as e o b s e r v a �;�es d i r e t a s ,

f u n ç�o q u e está saneie) aud i tad a ;

d e pendendo d a n a t u r e z a d a

f ) os p r o c e d i m e n tol para re l a t a r a s v e r i f i caçBes d a aud i to r i a

p a r" a o s responsáv e i s pe l a á r ea / a t i v i d a d e a ud i ta d a , q u e d e vem

toma r a ç�es tempo r � r i as para a s d e f i c i ª n c i a s r e l a ta d a s •

.11 Rev i sâo d a Gest�o A m b i e n t a l o s i s tema d e g e s t�()

a m b i c?n t a l a d o t a d o pa l'-a a t (.:::on d E.\ jr- ac)s ,'-e q u i s i to��,; d e s t a n o rma ,

deve s e ,'- a n a l isado c l .... i t. i. ca mE·n t. e a i n te l"' v a l os ac.ieq Li a d o s; pe l a

ad m i n i st r" a çâo d a f!mpr2S a , a f i m d e asse g u r a r a sua con t i n ua

a d e q u a ç�D e e f i cá c i a .

20 1

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ANEXO V - DADOS COLETADOS

ARACRUZ CELULOSE S . A .

1 - PERF I L CORPORATI VO

CONTATO : Sr . CARLOS ALBERTO ROXO - GERENTE DE ME I O AMB I ENTE E

RELAÇÔES CORPORAT I VAS ( * l

p r-- i vacl o , n a c i on a l ,

Ce l u l ose é

com d e

uma f::m p l'-esa c a p i. t a l

m i l a c i on i s ta s , cuj o

Cr-- u z e Sa f r a � CClm 28% d o c a p i ta l vo tan t e c a d a um � c a b e n d o ao

BNDI::S uma pa r t i c i pa çâo d e 1 2 , 5 /. . A t.em a çôe�;

n e g o c i a d a s n a s Eo l sas d e Va l o r e s d o R i o d e J a n e i r o , Sâo P au l c)

e Nova Y o r k , e f o i a p r i me i. r a compan h i a b r as i l e i ra a f i g u r a r

n o s p r e g bes d e � a l l S t r ee t .

Está i n s t a l ad a n o l i t o r a l sudeste b r a s i l e i r o . A

f á b r i c a s e l o c a l i z a n o mun i c i p i o d e A r a c ru z , a 6 5 q u i l om e t ros

de V i tó r i a ( ES ) , E as f l orestas no n o r t e do E s p í r i to S a n t o e

su 1 d a Bf..'.\ h i a .

_._. __ ._._-_._ ... __ . __ .. _--_._- ---

( * ) 'fodas a s i n f o rma ç�es aqui r e l atadas f o r a m t i r a d a s d e matEl l""' i a l i n f o l'-mati.vo i n s t i t u c i Dn a l d a p r ó p r i e.'i. empresa €-? d e d e c l a ra ç�es d o S r . Ca r l os A l b e r t o Ro x o .

202

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p l a n tadas , i n d u s t. r i a i s p a r a o

p r o cessamen t o d a m ad e i r a e con d i ç�es i d e a i s p a � a o e s coamen to

d o f i n a l , d e s 't i n a d o a o m e r c a d o n i:3. c i on a 1 e

Em r esumo , reúne o t r i n 6m i o f l o r e s t a- f á b r i c a-

A A r a c r u z Ce l u l os e S . A " é a c o n t r o l ad o r a

d a s �?m p res a!:; F' o r- t.o c e l T<o? r-m i n a 1 E s pe c i a 1 i z a d D d e B a r r" i:\ d o

R i a c ho S . A � , Mucu r i A g r o f l o re s t a l S . A h , A r a c r u z C o r r e t o � a d e

Seçj u r o s A r" a c r" u z Ce l u l {]�-;e ( U . S . r� . ) � I n c . , A �-ê\ C r U Z

T.-acl i n g L t d . ( BE� rmud a ) A r a c l'" u z T I'" a d i n g B . A " ( F' a n a m á ) ,

A r a c r u z I n te r n a c i on a l L t d u

2 - POL I T I CA , PLANEJAMENTO E ORGAN I ZA�O

A A r a c r u z C e l u l os e c o n s i d e r a q ue :

a p l ... C) teç�o a :-n b i f� n t a l e o d esel'1v o l v i men to G� con ômi co s�o

f u n d ame n t a i s o p l en D r;\ tE�ncl i m e n 1:o d a s n e ce s s i d a d e s

humanas , n a s g e r aç�es p resen tes e f u t u r a s .

corn p r o f:)t? t i d a com o con C:f� i to

as suas a t i v i d a d e s com a

p r e 5 e r v a ç�o am b i en ta l , p romoven d o o c r es c i me n t o e co n 6m i co e a

me l ho r i a d as cor·. d i ç�es d e saúde e s e g u � a n ça .

203

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_ o seu d esempenho a m b i e n t a l i n f l u i n a f o r ma como a e m p r esa é

p e r c e b i d a p e l a s o c i e d a d e , em de e

c r ed i b i l i d a d e H

A pa r t i r d essas l i n has bási cas , a A r a c ru z Ce l u l ose

assume o f i r me p ro p ós i to d e aterl d e r em todas as suas a çôes os

seg u i n te5 p r" i n c i p i o s :

1 a d o t a r a p r oteç�o a m b i en ta l como uma p r i D r i d ad e d a

r�m p resa , i n te g r'c.nd o"-a l,,::, m seus p r"og r-amas , p r- á 't i ca;; e p l an oi.::�

f u t u l .... oS; ..

2 Pr om[)v�?r uso SLtS ten t. áv(� 1 cios r e cu rsos n a t. u r a i s

r E�nnvávei s , e e N c 1 u s i varnen tE? como ma'tér ia-' p t" ima

árvores p l an t ad a s , e x p l oradas segundo p r A t i c as ambi e n t a l me n t e

;::J.ad � c\s , r'e s p e i "tElndo O�5 ('� coss i s "l:emas n a. t i v os e �{ i s t(;?n tes (2 i3

l eg i s l a ç;âo H

Desen v o l v e r e o p e r a r' i n sta l a ções e c on d u z i r a t i v i d a d e s

l evandt"J em con t..El o us(J e f i c i en te d (:,� enE'7 I'"g i a e !oa t é r i f-3.s-

p r i mas , a gE� r a ç .. â:o de p l'''ocl u t r.JS a m b i E-? n t.a l men te segul ..... os e a

m i n i jn i z a ç�o d e e f e i tos n e g a t i vos s o b r e o meio a m b i en te .

A p r- i m o r a r' o deJ;:.:i-empen l"1o amb i e n ta l através d o

desE:,�nvo ], v i rnen to t.e cn o l óg i co , c a pa c: i t.açào geren c i a l e

t r e i n amen to d e pessoa l em con son â n c i a com a evo l u çâo cIo

con h e c i mc-2 n t D técn i co e c i erl t i f i co , i. n tf:? rno E·! E' }! te r n D , Fl as

e x p e c t a t i v a s dos c l i. e n tes , d os consLl m i d o r e s e d a s o c i e d a d e "

204

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�5 (..\va l i a l'- o s i m pa c to s a m b i e n t. a i s a n tE'!S d e i n i c i a t- n ov a s

a çô e s e c o n d u z i r o u a p o i a r p e s q u i sas r e l a c i on ad a s aos e f e i to s

d a s a t i v i d a d e s d � empresa s o b r e o m e i o a m b i p n te .

6 Desen v o J. v e l'� e rn a n t e r � o n d e l':? �,: i s t a m I.- i s c os a m b i �:n t a i s ,

p l an o s d E� p r E.lV(::;n ç�o e con t i, n g e n c i am e n t o ele a c: i d e n t e s � com a

d e f i n i �.;:�o d e. r e s po n s a b i l i d ad e s e >� te r n as e. o

t r e i n aOle n t o d e pessoa l , em cooperaç�o com a s a u t o r i d ad e s

com pe t e n t. e s ..

7 - Mon i to í �:\r d d es E�m p e n h o a m b i e n t a l l3. t l"'avés d e m e d i çôes e

aud i to r i a , ava l i an d o o a terl d i m e n t o d a s e x i g ên c i as l e g a i s e o

cum p r i me n t o d as , o r mas e pad r�es d a e m p r e s a .

8 PrOffiOV81'- , E' �::;(:? 'f o r o Ci:3.S0 , f� }� i g i r d o s 'f o r n e c e d o r' e s t?

p r e s ta d o r e s d e s e r v i ços a a d o ç�o d os p r i n c i p i as a m b i e n t a i s d a

e m p r e s a n a a ): e (:uç�o d os con t r a to s d e f o r n e c i me n t o o u d e

9 -- COf\ t r i bu i r ele f o r nl a p r ó - a t i v a p a r a o d es e n v o l v i merl t o d a

l eg i s l a ç� o e d e po l í t i ca s , p r o g r am a s e i n i c i a t i v as pú b l i c as e

p r i v a d a s , v o l t a d a s à p r o t e ç�D d o m e i o a m b i en t e e à p r omoç�o

do d eserl v o l v i me n to susten táve l

10 F' romClve.r o d i. .td. o g o e. a cClml.ln i c a ç�o c o m os e. m p n" ' g a d o '; ,

c l i e n tes e a s o c i e d ad e � a n te c i pa n d o e r e s pon d e n d o a s ques t�es

s o b r e os a s p e c t o s a m b i e n t a i s l�e l a c i on ad Q s à e m p r es a .

2 0 5

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3 - AT I V I DADES E PRODUTOS

A Al"' a c r- u z C e l u l os e é u m a d a s maj,o r- e s e m p resas

br-asi l e i ra s , com v e n d a s etn 1992 d e 977 . 000 ton e l a d a s . P r o d u z

c e l u l os e b r a n q u e a d a d e 8Ll ca l i p to usad a n a f ab r i c a çâo d e

p a p e 1 .

A f á b r- i ca comp'f::je-se:.;. d e clLlaS'� u n i d ad e s d f:? p l1"" o d u çâo

q U E' ft,\ n c i on a rn in t(2 g r a d amen te. , com c a pa c i d e:'\d e p a l .... a 1 � 0 2 5 mi 1

ton e l ad a s a n u a i s . A c e l u l osE: é o b t i d a p e l a t. r a n s f o r rn a ç2to d a

rn a d E' i r-'a d e E-?u c a :i" i p tc) e m ma tE-F" i a l f i broso , d e n Cl m i ll a d o p a s t a ,

po l pa o u c e l u l o s e i n d u s t r i a l .

c:on f e r l. d a à

d esl:?ll vD l v i m(:.-::n to d e n ov a s tecno l og i as i n d us t r i. a i s a l i n h-i:;\-se

e n t'.r-e os f 2\ t. O I"'E';' S l1"" E!S po n s é v e i s pEd a a l t.a compe t i t i v i d ad e d o

f 1. n 2\ 1 e d o s s e r v i çCJs . Em todo p roj e t o

desen v o l v i me n t o d e p ro d u to s � s�o m e t.as p r i o r i t á r i as m i n i m i z a r

o i m p a c t o a m b i e n t a l e o t i m i z a r a r e c i c l a g e m d o s e f l uen tes .

4 - I NSUMOS UT I L I ZADOS

A A Ir- a C: I""L\z S U p F" e 1.001.. d E� l2;Llal2� n e c E� s s i d acles p a l'"" 2\ a

p r o d u çâo d e c e l u l ose com suas p r ó p r- i a s f l o r e s t a s p l a n t a d a s ou

c o m p r-" a n d n e u c a l i p tns d e sem i n c l u i r-

q u a l q u e r á r v o r e n a t i v a .

206

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A A r a c r u z a d a p tou t r a t o r e s e e q u i pamen tos espec i a i s

d E,I manu�;;E.l i D d e ;na d e i l'�a q ue e V .i -cam a cC)mpr.\ c: ·taç�o d o s o l o E?

m i n i m i z am as p e ....... tl.ll'� baçfjes ambien t a i s d u r a n t e o p ,'''oc:esso d e

r e t i r a d a d o s euc 3 1 i p tos , an tes q u e sej am r e p l an tados .

TodDS os p ro d u t. D s q u í m i co'!:3 n e cessá r- i os à pl"'(JrJ UÇ�o

d f� ce l u l ose ( c l w ''''E1to d e sód i o , c l o r o f:� sDda cáust i ca ) s�o

f a b r i cados no pt" ó p r i o l o ca l em sua u n i d a d e e l e t r o q u í m i c a , a

q u a l u t i l i z a d e!:;de o i n í c i o d e suas a t i v i d a d e s a cé l u l a d i::?

mem b r a n a - uma t e cn o l og i a l i m p a .

A desen v o l veu um cC)m p l e >� o e c o s s i s tema

i n d u s tl'H i a l , que nâo ,=,6 g a r' a n t e o s;u p r i men tD de euca l i p t os

cu l t i v a d clS em b� se a m b i e n ta l men te susten táve i s , co/no tam bém é

q u a s e auto-su f i l: i en te em e n e r g i a . G r a ça s ao uso d e resí d uos

:i. n d \�t s t r' i a i s e C:'::lsca d �? á r v oY-e�� , a b i omassa E\ g O F"i:;" provê m a .i �:;

ele 90'%. d e t.oda a n e cesl!::. i cj a d e d e e n e ,"' q i a d a f ..::� b ,"" i c a " p, nova

u n i d a d e p r" o d u "t .l v a .in c l ,_, i um s i '!:-5 tema

ter-mog e r a ç � o d e e l e t r i c i d a d e a pa r t i r d e r e s í d uos e casca s � o

que red u z i r á a i rl d a m a i s a com p r a d e energ i a e x 'tern a .

5 - PROCESSO PRODUT I VO

P a r a (� f a b r i ca ç�o d e ce l u l ose � as toras d e s c a s c a d a s

s � o red u z i d a s a cava cos , qtle v�o p a r a o c o z j, men to n o d i g e s t o r

p a r a d i sso c i a r a l i g n i n a - subs tân c i a que d á con s i s t@n c i, a à

mad e i r c\ d a í c e l u l ose Após

subme t i d a à 1 a v' a g em e d E': pu r a ç�o d aS';. i m pu r e z a s 1 i q u i d a s E�

207

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'!:sól t d as , a c e l u l osE' ':::i-egue para D b r a n q ueamen t.o , c n n s i s t f.? em

t r a t á - l a para o b t e r um p roduto a l v D , l i m p o e i se n t o d e

i m pu I"'-e Z i::\!::i- q u í m i cas � O pl'Ro cesso f�\ con c l u í d o com a s e c a g e m �=

e m b a l ag em d a ce l u l os e � em f a rd os d e 2 t o n e l ad a s �

L a t :i. n a a u t. .i l i z El r o p ro c esso d e c é l u l a d e rnembl"-ana n a sua

u n i cj a d l� e l E? i: I"'-oq u í m i c EI. .. I sso e v i tou fJ an t. i g r1 p r ocessí..J à tiasl'?

de q u e p r-odL.\ z i a f.� f I uen t.es l í q u i d o s com

con t a m i n a n tes p e i� i g osos .

A A r a c l"'uz i n v(� s t. i u I'-e c e n temen t.e US1i 1 00 m i l he5es

p a r a me l h o r a r o p ro cesso de l av ag e m da po l pa , i n t r o d u z i n d o a

p r é - d e s l i. g n i f i c a çào com o >: i g ·ê n i o e s u bs t i tu i n d o c l o ro

e l ement.ar - med i d as que red\J z e m a po l \J i ç�o .

A A I� a c r\J Z desen v o l veu uma t e cn o l og i a para p r o d u z i r

ce l u l ose e l i m i n a � d D tota l me n t e o uso d o c l o ro e j á i n i c i ou os

testes em e s c a l a i ll d u s t r i a l .

Em 1 9 9 1 , f o i i n au g u r a d a uma segun d a u n i d a d e d e

p l"'Ot":l U (;�D d f� c e 1 u 1 Ds;e , f:::O 1 evando sua c a p a c: i d ad E' d e p l'-ocl u ção

p a r a m a i s d e um m i l hâo d e t on e l adas a n ua i s �

O s e f l u e n t e s l i q u idas r e ce b em t r a tamen to p r i má r i o e

�::>ecL\ n d á r· :i. o a n t e ':; d E) serf:.�m l an çados n c) mar a t l"-avés; d e um

e m i s s á r i o su bjna r i n o � a 1 . 700 m e t ros d e d i. s tân c i a d a Cos t a .

208

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6 RELAÇClES COM FORNECEDORES , CL I ENTES , EMPREGADOS E

AMBIENTE

Fornecedores - A A r a c ru z d e serl vo l ve um p r o g rama de f omen to

p a r C e r i 2\ corn I"e g i a o . F o r n e c e m u d a s �I

ass i s 1:'Êin c .i a t é c n L ca �? f i n a n c i amen 'to , (:.� m a i s t a l'" d e c o m p r a as

árvores a d u l tas .

C l ientes - Oe c a d a q u a t r o f a r d o s d e ce l u l ose b r a n q ue a d a d e

f?u c a l i p "l: o c('J m e r" c í a l i z a d o i n tel"'n a c i ollê\ l me n t{',;� , u m tem a m(:7\y-ca

A r a C F"ll z . A em p r sria e x po r t a a m a i o r p a r t e d e Slla p r o d u ç�o p a r a

m a i �, d e 2 0 p a .i ses t!:'m todos C)S con t i n e n tes . ?'s v e n ('j as s�o

q uase S'�ern p r e p o �" con t r- a t ol..:; d e l on g o p r a z o , o que t r' a d lJ Z o

1 .... e c o n hE.'!'c:i me'n t.o ei a a I ta q ua 1 i d a d e d Cj p ro d u to . T e r m i n a i s d e

c a r g a e s t r a t e g i c a m e n t e l o c a l i z ad o s n o e x t e r i o r asseg \J r am uma

l og i s t i ca de d i s t r i bu i ç� o e f i c i e n te � conso l i d a n d o a i ma g e m d e

f o r n e ce d o r con f i áv e l a l on g o p r a z o .

Os ma i o r'es m e l .... c a d o s p a r- C:\ a c e l u l ose =:.� O a A m é r' i ca

d o NC)lr . . tt? e i;\ Europa , (,;::fn p a r t t:.'?s q u a se i g u a i ':.; ( 3 �)i� c a d a u m ) ,

ser� u i d a s pe l a A � i a ( 1 6% ) e B r as i l ( 1 ��;''l.. ) u A p l"' o �·: i rnad amen t e 70i:

d a p r' o d u ç � o d e '!: t. i n a-se a p r o d u tos d e a I t.o v a l o r a g t"'e g a d o

( e s pe c i a l i d a d e s ) o u a i n d a a produ tos d e con SUfno v e n d i d o s n a s

ma i s e x i g e n tes m e r cados i n te r n a c i o n a i s .

_ Empregados - 1\ A r a c ru z possu i a tua l me n te 7 . 000 e m p r e g a d o s ,

60% d o s q u a i s sâo d o p r ó p r i o E s t a d o d o Es p i r i to San to ,

e n q uan t.o 30% sg(o o r i �� i n á r i os d os Estados v i z i n hos d e l'1 i n a s

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a j udou a d i m i n u i r o f l u x o m i g ra t ó r i o para as supe r p o p u l osas

c i d ad e s b r as i l e i r as .

Os c e r c a d e 1 4 m i l d e penderl tes i n d i r e t os também s�o

bent� f i c i a d o s pe l a. p o l í t i ca ass i sten c i a l

Desen v o l v e p r o g r alnas d e t r e i. n amento e a p e r f e i çoamen to d os

e m p l�egad()s , a l ér!'. d e p r o f i s s i ona l i z a n tes p � r a

d e p e n d e n tE:.�s E-? mer:l b r"os d a comUrl i d E(O e , nos t r- 'e s C e n t l�oS d e

T r e i rl amen to e Fo rn!aç�o P r o f i ss i on a l p r ó p r i os .

Desd e 1 9 76 A r a c r u :.:: o b a i r r u

I'''("::.:- s i clen c i a l d o C c ' q u e i r a l , a 1 7 q u i l ôm e t r-os d a f á b r i c a . Com

m a i s 1 . 000 cas a�5 d e s t i n a d a !�j. aos

l"1a q t ém com h o s p i t. a i s E\ c l .i n i c.;:\s

méd i cas pa r t i cu l a re s d a r eg i �o E d a c a p i t a l , p a r a a te n d i me n t o

a o s enl p regados e s e u s d e pe n d e n t e s .

Ambiente Ex terno - A A r a c r u z d i s t r i bu i 9 m i l h�es d e mudas

P 13. 1'"' c;:( p l an t ad o ra',; l o c a i s anos , o q u e

s u b s tan c i a l me n t e as p � ess�es l o c a i s p a r a o c o � t e d a f l o r e s t a

n a t i va � c o m v i s t � s à p r () d u ç �o d e c a rv�o e mad e i r a .

A e m p r '?sa con servou 2 7 % d e suas t e r r a s como á r e a d e

p e l� man�7:!n te 'I c o be l� t a s sua me:·d. o r i a pe l as

n a t� :L v a s;. I sso s i q n i f i c a q u e

a p r o x i mad amen te um h e c t a r e d e á rea d e p �e s e r v a ç�o rl a t i v a p a r a

c a d a 2 , 4· h e c t. a r e�-; d e <.�u c a l i p t.D . f� l ém d i sso � 1 , 5 m i l h�o ele

2 1 0

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f ru t. :.í. f e l'"as i"omf� n t a l'" o c: 1"'85 C i mel! t.o d a popu l a ç:3o de

pássaros .

A A r a c rllZ a p ó i a programas e c o l óg i cos d e g r a n d e

re l ev ân c i a em s u a � r e a d e i n f l uên c i a a Pode-se c i ta r o Pr oj eto

Tam a r - q u e v i s a � r o t e g e r o c i c l o r e p r od u t i vo de t a r t a ru g a s

f.) m a i s

i m p O lr t a n t e san t u á r- i o e co l óg i co d o A t l ân t i co Su l ;: () P r o j e t o

S a g u i

nas f l o r' e s t a s d a e m p r eE a ; (.). P a r q u e E s t a d u a l E co l óg i c o d e

I ta ú n a s - q u e tem p o r o b j e t i vo p r e s e r v a r a s d u n a s e aUlne n ta r

o con h e c i men to d a f l o ra d a res t i n g a ; o P r o j e t o An d o r i n has--do-

M a r , q u e v i s a pro teger essas aves e i d en t i f i c a r e r e cuper" a r a

r"est. i n g a ; o Prog rama H o r t o F l o res t a l , cuj a f i n a l i, d a d e é

i m p l emen t. a r pr" oj c::- tc)�,:; d fo.? r e s t �::\ur- a çêlD d a c o b e r t. u r'a -f l o r-es t a l

n o s mlJrl i c i p i o s c a p i x a bas .

A empr- f�s;. a con t. r· i bu i p a r a a m e l hor i a d e1 e n s i n o n o s

mun i c i p i o em q ue a t u a � a t ravés d e a p o i o m a t e r' i a l e f i n a n ce i ro

às esco l as , c on t r i b u i também com o s hos p i t a i s d a s suas � reas

doando e q u i pamen tos M

7 - I NSTALAÇôES F I S ICAS

A f á br- i ca compôs-se d e d u as u n i d ad e s i n d u s t r i a i s d e

pr'('''lduçg(o q u€'i' f u n c i on a m i n t. e g r"ad amen t e , com c a p a c i d a d e p a lr a

2 1 1

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1. n 02 �5 m i 1. t.one l ad c.;.s anuE\ i s e a te n d em às mc\ i s r-esi: r i t i vas

reg u l amen t a çôes e m v i g o r na E u r o p a e Anlé r i c a do Norte .

E n t r e as vantag e n s cOln p a r a t i v a s q u e con co r r-em p a r a

a p o s i ç � o d e d es t a q u e d a A r a c r u z i n c l uem-se e q u i pame n t os

�\ l t i m a a p 1 i c<.\ ç'ào d e t é cn i cas

avançadas de s i l v j, cu l tu r a � e m p r e g o a d e q u a d o de b i omassa como

fon t e d E�' e n e l"' g i a � e l ev a d a aut.o-Msu f i c i ên c: i a na p r'odu çi3:Cl dE:�

i n ,,;umos q u i m i cos e o e s coamen to d .,\ pn,d u ç Z,,;o pc:-.r t e l"m i n a l.

p o r t u á r i o p r i v a d o .

A a l t a com p e t i t i v i d a d e d a A r a c r u z n a a t i v i d a d e

f l o rf:?s t a l é asseç] u rM a d a porH 'tr'i:!'s t a tor-es b é s i cos : u t i 1 i � a ç��o

d e ma te r'i a l g en é t. i co m a i s prodLl t i v o em v o l ume e q ua l i d ad e d e

mad e i r a , cl e s e n '.'o 1 v i d o n o s Cen t ros Pesqui Ec\

DI:."0s(.;:;:. n vo l v .l.mt? n t o :::Ia e m p r'esa ; uso d e técn i cas mCJ d e rn a s p 2 r i�

man u ten ç�o d a ca 'J 2 c i d a d e d e p r oduç�o n as á reas f l o resta i s � e

e l ev a d o i n d i �e d e mecan i 2 a ç�o d a s o pe r a çôe s .

Loca l i z a d o a 1 , 5 q u i l Bm e t ros d a f á b r i c a � o Te r m i n a l

: s pe c ia l i z ad o d E.' B a l .... I'"a c.1 0 F< i a c ho é o ún i co P O I"' t.O d o B t""asi 1

p r ó p r i o p a r a o �anuse i o e e m b a r q lJ9 d e f a r d o s d e ce l u l ose � com

c a p a c i d ad e p a r'a mov i men t a r m a i s ele 1 m i l hà o ele "ton e l ad a s

a n u a i s e a r-ma z e f l a r a c i m c\ d E-? 4 0 m i l ton e l adas:.; . O p e �-a e m req ime

de 24 �)oras sem i rl t e r r u p ç�o .

':::)5 i n s "t a l açf:les i n d u s t l'" i a i s d a A r" a c r u z i n c: o l"' poram

avançados s i s t�mas d e con tro l e de pd l u i ç�o d o a r e d a água .

2 1 2

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Um r" :í" g i d o s i stema d e c o n t l'''o l e d a c e l u l ose e d o s e"f l ue n t e s

g a r a n te a s e g u r an ç � d o p ro d u t o e d o m e i o a m b i e n te . A n á l i ses a

i n tE·r"va l os i n cJ i cam a i:t.usÊ?n c i E.\ d e d i a ;-� i n a s em

con c e n t r a ç�es d e t e c t áv e i s .

D t r' 2\ t a rnen t o d aI.:; f-::"'m i ss � e s at.mos f é r i c2\S

u t i l i z am-se ca l d e i r as d e b a i ){ o n i v e l d e o d o r , p r e c i p i ta d o res

e l e t ros t á t i cos e l av a d o r e s de g ases ven tu r i � O s g as e s de o d o r

s�o in c: i n e r a d o s !, a p r o v e i tan d o--se A l é m

d i sso , mar, tém-se um i n c i n e r ad o r d e ejne r g � n c i a p a r a a q u e ima

desses gases e m o(�or" rân c i as a n o r ma i s .

O s e f l u�n t e s l i q u i d o s sâo t r a ta d o s b i o l o g i camen t e e

depo i s c o n d u z i d os p o r e m i s sá r i o subma r i n o a t é 1 � 7 q u i 1 8met ros

d a c o s t a , o n d e s�o l an ç ados a 1 5 m e t r o s de p r o f lJn d i d ad e .

8 - POL I T I CAS DE I NVESTI MENTO E DESENVOLV I MENTO TECNOLOG I CO

o i n VE�s t i men t o t o t a l n a f o r m a ç � o d e f l o l� e s tas ,

c o n s "t F""u ç�O d a s d n :i. d a d E:� s f a b r i s e o b l .... i:\S d E:""! i n f r a--e s t l .... u t u r a

s o c i a l m o n t a a U S $ 3 b i l hôes �

i n d u s t r i a i s i n c o r po r a m avan ç ad D S

s i s temas d e co", tr o l e d e po l u i ç�o d o a r e d a água , q ue

d em a n d a m i n ve s t imen t o s d e m a i s d e US$ 1 2 0 m i l h� e s M

2 1 �5

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I3usc:: a n d o a i n d a m a i s q u a l i d a d e d o

c e � t i f i ca çâo i n t e r rl a c i on a l n a I SO 9002 .

A tua l me n te � CJ De p a l-- tamen 'tcs d (:.� P e sq u i s a con t a com

I" ' e c u r'�;os huma n o lE, d I.:? 69 p e -;:,soas !l sen d o 6 com n í v e l s u p e r i o r �

com Ii :í. Vf.:� 1 d e d o u tC.l I'""E, d o � 2 com m e s t r a d o e um en g en h e i ro

o O l"'�,: a m e n t o c\r1ua 1 é d a d e d o

f a tu ramen t o d a A r a c r u z F l o re s t a l

o a l to i n v e s t i me n t o em pesq u i sa é conseq u @ n c j, a

pe r s pe c t i v a bem e'il basada d e i n d u z i r n ov o s avan ços .

I n v e s t i me n t o s S o c i a i s 8 9 / 9 2

US$ 1. 2 5 m i l h'õ" es e m rodov i a s , l.lI'- ban i z a ç�o , e d u c a ç'2:o � saúd e ,

c u l t u r a p l a z e r , d os q u a i s US$ 1 5 m i l h� e s e n t r e 8 9 / 9 2 .

I n v e s t i nlsn tos em Me i o A m b i e rl t e

US$ 2 2 0 m i l h�es , d o s q ua i s lJS$ 1 0 0 m i l hôes n o n o v o p r ocesso

de b r a n q ueamen to à base de o x i g ên i o e sem c o m p o s t o s de c l o ro .

L i ç;ôes :

n e g ó c i os p a r a o p 1 3 n t i o suste n t áv e l d e e s p é c i e s f l o r e s ta i s .

A r"e:.! s p D n s a b i 1. i d ad e a m b i en ta 1. e s D c i a 1 p o d e ='-8 r c:o m b i n ad a

conl a l u c r a t i v i � ad e e m p r esa r i a l "

2 1. 4

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COMPANH I A VALE DO R I O DOCE - CVRD

1 - PERFI L CORPORAT I VO

CONTATO : Sr . MAR I O BORGONOFF

AMB I ENTE E REFLORESTAMENTO ( * l

SUPER I NTENDENTE DE ME I O

.. , C o m pan h i a Va l e d o P i o D o c e ( CVFW ) f o i c r i ad a e m

1 9 d e J un h o d e 1 9 4 2 p e l o D e c re t o - l e i n Q 4 n 3 5 2 , p a ra s u p r i. r os

pai ses a l i a d o s d e m i n é r i o d e f e r r o , m a té r i a - p r i ma c r u c i a l n u m

mun d o envo l t D p e l i: l Segun d a G u e r y-a . Em 1 9 ::.2 , ê:\ C V R D com p l e tou

i m p l an t a ç � o !, sob con t r' CJ l e d e t i [1 1. t. i VO d o C30ve r n D

B r- a s i l e i l"'· o .

Na p r i � e i r a m e t a d e d a d é c a d e d e 6 0 a CVRD j á e s t a v a

l::.m 1 97 5 , ao e x p o r t a r 47 , 3 m i l h�es d e ton e l adas d e

m i n é ,-- i n d E "f e r r o , a CV�\D i:o rTl OU-St� a m a i o r" t":? >: p o r t a d r.J r a d e

m i n é r" i o d ('� d o mun d o , d et e n t o l" a

tY-an l..:;oc�:�âtn i co el e p r od u t o ..

d e 1 L ·' u i. d o m e r cado

( * ) Todas as .� n f o rmaç�es aqui r e l a t a d a s f o ram t i radas d e m a t e r i a l i n f o r n: a t i v D i n c.:-; t i tu c i o n a l d a p r ó p l'- i a t�m p l""(=sa E.� d e d e c l a r a çDes d o S r . M a r i o B o r g o n o f t .

2 1. 5

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d i v i sas d o pa i s . A l ém d o m i n é r i o d e f e r r o a C:VRD esten d eu

suas a t i v i d ad e s à p �oduç�o , ben e f i c i am e n t o e come r c i a l i z a çào

d a baux i ta / a l um i n & / a l um i n i o , -ti t�iin i o ,

mag n é t i cas , f o s f a t o / f e r t i l i z a n t e s � m a d e i r a / ce l u l os e � e t. c .

Para i ::1 to se asso c i ou g r u po�:;

e s t r an g e i ros , q ue t r a n s f ormaram a V a l e d o R i o Doce n un\ g r a n d e

con g l om e r a d o e m p r '_2s a r i a l , com m a i s d e duas d e z e n a s d e

su b s i d i á r i a s ( c o n t � o l a d a5 ) e co l i g a d as .

O f::; anos 80 m a r c a ram a d e 'f i n i t i va canso 1 i d a çi3: o d a

Compan h i a V a l e d o R i o Doce co/no m a i o r p ro d u t o r a d e m i n é r i o d e

f e r r o d o mun d o .

Des d e 1 987 , e m p l .... esa con ta com uma

Supe r i n t e n d � n c i a v o l t a d a para assun tos a m b i e n t a i s , com

Com i ssê1es d e ?\m b i e n t. e p lr- e s e n t e s em todos os seus

A C:VRD , e m p r e s a de c a p i t. a l m i s to , e suas a f i l i ad a s

u m cong l omerado d e

f a t u ramen t o a n u e l d p US$ 4 � , .....

m a i s d e p a í ses . Um

p D r t.e

b i l heJes

g l'''UPO

in tel .... n a c :i.. o n a 1 , com um

e com uma c l i e n te l a d e

mod e r n o e

com pe t i t i vo � que o p e r a com e q u i. pamentos e t e c n o l o g i a d e pon ta

e , a l ém do f e r r o � e s tá envo l v i d o na p r o d u ç�o , ben e f i c i amen t o

e cCHner c i a l .i z {;\ ç�O d e b a u �·! i t a , manganE's , o,�{ r o , c o b r e , p l"'c\ t a ,

ce l lJ l ose � R ea l i z a i n ten sas pes q u i sas t e cn o l óg i ca s e tem f o r te

atLt a ç�o n a á r e a d e r e c u r sos f l o r e s t a i s �

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2 - POL I T I CA , PLANEJAMENTO E ORGANI ZA�O

f-' CVRD tr,m como p l"- i o r- i d ades o d esen v o l. v i me n t o dos

r e c u rsos humanos , e n f a t i z a d o na busca d a Qua l i d a d e Tot a l ; a

aten ç�D a o me i o ambi e n te , q ue l evou a Compan h i a a t o r n a r -se a

p r- i me i r"a e m p r"esa d o p a i s a i m p l an t�a r· a aud i to r i a a m b i e n "t a l �

v i s a n d D a f e r i r" a q u a l i d a d e a m b i e n t. a l n � o só d a p l""odLlÇ�O e

como também dos seus

p e r s i s t e n t e busca de n ovas reservas m i n e r a i s , a t.ravés d a

pesq u i sa q eo l óg i. c a ; o a p r i mo r amE'nto

tecn () l ó g i co � a a ten ç'à'o à reg iao o n d e opel"'a seus p r-oj e tos ,

d esenvo l v e n d o con t i n uas p rog ramas d e a ç�o s o c i a l n a á r e a d e

i n f 1 L.l \�·n t: i a •

A t ravés:. d e L\m d o cumen to i n t i tu l ad o " P l an o

E!5 t ra tég i co 1 1..:f90 / 2009 !1 " a CVRD I""t�ava l i ou suas a t i v i d ad e s e

t r a çou n ovo::; c a m i n hos a seg u i r- , no sen t i. d o d e p l,- e p a J ..... a l'.. a

e m p resa p a r a me l hor responder aos d e saf i os que se a p resen tam

para seu c r e s c i m ento na v i rada do m i l ân i o .

Com base n essas p e r s p e c t i v as a CVRD i d en t i f i cOLl

l i n h as d e cond ut.a :t q LtE-:� b a l i z a r"'ào SL\CiS a çeJes d e n t r o d e um

s e l e t i vo p l an e j :�men to e s t r a tég i co , a sabe r :

e::?.tal ..... permanen teme n t e o r i e n t a d a pai-a o c l i e n te e par-a o

m e r c a d o , n a bu�! ca d a Qua l i d ade T o t a l �

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t r a ba l ha � p a r a g a l-an t i � a compe t i t i v i d a d e d e seus p r o d u tos .

b u s c a r o d e s en v o l '� i lnen to sustentáve l , a t ravés da u t i l i z a ç�o

de r e cursos renovave i s e d a u t i l i z aç�o r a c i on a l d os n�o

r en o v á ve i s .

d i Y e r s i f i ca l"" � VE:-lt- t. i c a l i z a r� e g l o b c\ l i z a r- n o s segmen tos d e

r e c u rsos m i n e r a i s t? d e base f l o r e s t a l u

d €::,senvo l ve l ... ·�··s e como €-?m p r es a d e l o g í s t i ca � o t i m i z a n d o seus

s i s t emas de t r a n s p o r t e .

a t u a r como p romo tora d e e m p r e en d j. men tos � ê:\ l avan can d o a

e c on om i a , asso c i a ç�es com novos pa I- c:e i I'''OS

n a c i on a i�5 i p t e rn a c i on a i s � at ravés d e par- t. i c i pa çôes

p r e f e r en c i a l me n t e m i n o r i tá r i a s .

a m p l i a r a sua compe tªn c i a n a s á reas f i n a n c e i r a s e d e

per-s i s t. i r· po l í t. i ca d e e d espn vo l ve r

p e r m a n e n t e m e n t e o s seus f" 9 CU rSOS human o s .

a po i a r as comun i d ad e s n a s á r eas d e i m p l eme'n t a ç'E(o d e seus

con d u :·� i r- sua a tuaç�o s e g u n d o p t"' i n c í p i o s é t. i cos::.

f u n d a me n t a i s à con v i v @ n c i a humana e comer c i a l .

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3 - AT I V I DADES E PRODUTOS

A CVRD é a m a i o r e x p o r t a d o r a de m i n é r i o d e f e r r o d o

mun d o � e d e tém 1 8 % d o m e r c a d o mund i a l t r a n soceân i co do

p,"' o d u t. o .. F'al�a D b t e r- es:, te s r e su l t a d os , a e m p r-esa o p e lra d o i s

s i stemas p l ... · ó p r- i o s d E:? m i n i-::\- f e r r-ov i a - po r' t o , s i tuados e m d uas

reg i d es d i s t i n tas do p a i s .

A s J a z l j a s d o S i s tema S u l est�o l o c a l i z a d a s n o

E s ta d o d e M i n a s G e ra i s , e m I ta b i ra e T i m bopeba . A CVRD e s tá

ass o c i a d a a c a p i t a i. s j a poneses n a s M i n a s d a S e r r a G e r a l S h A .

- MSG , p a r a e x p l o � a r a m i n a d e Ca panema , q u e tem sua p rod u ç�o

i n t e g r a l m e n t e a b s o r v i d a pe l a Va l e . As reservas do S i stema S u l

a t i n g e m 1 9 , 8 b i 1 h�es d e tone l ad a s , e .E:\ c a p a c i d a d e i ri s t a 1. a d a

d e p r o d u ç�o é d e 5 5 m i l h�es d e ton e l ad a s p o r ano .

f\.la Heg i �o S u d e s t.e , n o Est.ado C.i D E s p í r i to S an to ,

j un to ao P o r t o .. j E\ T u b a lr·�o , e s t"â'o l, n s t a l adas s e i s U s i n as ele

Pe l o t i z a çâo , coo. c a p a c i d a d e de p r odL,ção a n ua 1 de 1 8 m i 1 heJes

de ton e l ad a s de m i n é r i o em pe l o t as a

D S i s tema N o r t e e s t á s i t.LtE.\ d o n a l .... e g i � Q N o r t e d o

pa i s , nos E s t a d o s d o M a r a n h�o e P a r á " Na S e r ra d o s C a ra j ás ,

su l d o P a. r' á ,. 2. V a l e e >! p l o l .... a a m a i o r j C\ z i d a d e m i n é r i o d e

f e r r o d o mun d o , com r eservas d e 1 8 b i l h�es d e tone l ad a s d e u m

m i n é r i o d e a l t ,:;..\ q u a l i d ad e , e t e D r d e f e r r"o d e 60�� . C a r a j ás

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a p l"'eSf-�n t a c a pa c i d a d e i n s t a l a d a p a r a p l"'cJ d u z i rH :�;5 m i 1 hC"jes d e

ton e l ad as d e m i n é r i o por a n o .

A i n d a n a S e r r a d os C a r aj ás , a CVRD e �: p l o r a a j a z i d a

d e man g an â s d o A z u l , com reservas e s t i m a d a s em 6 5 m i l h�es d e

t.o n e 1 a d a �5 , f? i n s tE l a ç�es capa c i t a d a s a p r o d u z i r 7 50 m i l

'l:one 1. a d a s por ano d e marl g an @ s m e t a l ú rg i co e b i ó >: i d o

E::m Ccw'u m h á , n o E s t a d o d e i'""l a t o Gr-osso d o Su l , uma

asso c i a ç�o e n t r e CVRD ( 4 6 , 66% ) , o g o v e r n o d o E s t a d o de M a t o

G r osso ( Lj·6 , f.J6i: ) e a i n :i. c: i a "t i v 2\ jJ l"' i v a d 2\ ( 6 , 6(-31.. ) e >: p : o r El as

reservas d e m a n g a n '� s do Urucum . Estas j a z l � a s est�D e s t i m a d a s

81n 48 m i l tl�es d e t on e l a � a s , com c a p a c i d a d e i n s t a l a d a d e

p roduç�o anu2 1 d e 500 m i. l tone l a d a s .

_ 0pt -açôes Portuárias

pe l o t a s e m a n g ar: 'é's d a CVRD

t e r c e i ros - a V a � e o p e r a d o i s t e r m i n a i s por tuá r i os i n c l u í d o s

en t re os m a i s mOGernos d o m u n d o : n o S i s tema N o r t e , o T e rm i n a l

d e Pon t a d a M a d e � ra , e m Sâo L. u i s d o M a r a n h � o ; n o S i s tema Su l ,

l D cc";\ l i z a d o em V i t ó r i a , c a p i t a l d o

E s t a d o d o E s p i r i to San t o .

T o t C:-i. l n,en i:e a u tom�\ t i 2 é.\d o s , e s t e s d o i. s p o r t os sâo

espe c i a l i z a d o s na mov imen t a çãcj d e g r an é i s ..

220

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A i n d a n o Es p í r i to S a n t o , a CVRD a d m i n i s t r a o C a i s

d e Pau l e o T e r m i n a l d e P r a i a Mo l e n N e s t e ú l t i mo sào

r ea l i z ad a s o p e r a çôes de d esembarque de c a r v� o �

an t ra c i t o � m i n é r i o d e f e r r o e D u t r-os p ro d u tos .

Produtos F l orestais

(..1, CVRD , =;Uê\ con t. r o l a d E.o\ F l o r e s t a s R i o D o c e S . A .

FRDSA , e as co l i g adas C e l u l ose N i po-8ras i l e i r a S . A . Cen i br-a

e a Ba h i a--Su l Ce l u l os e S . A . , a d m i n i s t r am e e x p l oram o p l an t i o

eln m a i s d e 560 . 000 h e c t a r e s d e t e r r a s p r ó p r i a s r-ef l o re s t a d as

n o s E s t a d o s d e M i n i�s G e r a i s , Es p i r i to S a n t o e B a h i a .

A Cen i b r a - asso c i a çâo d a CVRD ( S l , 4 8% ) com c a p i t a i s

j a pon eS'tes ( 48 , 52i: ) , tt-?ffi c a pa c i d ad e i n s t a 1 a d a p a r- a p r o d l..\ z i r-

350 mi l ton e l a d a s d e c e l u l ose p o r ano .

S i t u a d ét em !"1ucu r i , a B a h i a --Cr-a l u l os e é con s t i t.u i d i::\

p e l a CVFW ( .1. 7 , 6 1. % ) , B n d e s p a l'- Su z a n o ( :.'; S , 78% ) ,

F l o r e s t a R i o Doce ( 1 0 , 72% ) e o u t ros s ó c i os m i n o r i t á r" i os

( 9 , 69% ) q u e c om p l e t am o r e s tan t e d o c a p i t a l , e tem c a p a c i d a d e

arl u a l d e p F- o d u ç � o d e 500 " 000 ton e l ad a s d e ce l u l os e e 2 50 � OOO

tone l ad a s d e p a p e l .

2 2 1.

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_ Meta lurg i a

A CVRD o p e r a n a área d e m e t a l u r g i a a t ravés d e sua

c on t ro l ad a V a l e do R i o D o c e A l u m i n i o S . A . - ALUVALE .

A M i n e r a ç:�o F': i o d D NOI" t e S . A . i"lRN é uma

asso c i a ç.o d a ALUVALE ( 40 % ) com s e i s s ó c i os n a c i o n a i s e

e s t ra n g e i ro s . P r oduz 8 , 4 mi l h�es d e ton e l ad a s anua i s d e

bau,,, i ta . rese rvas est�o e s t i madas em 1 , 1

A V a l esu l A l um i n i o S . A . é ulna asso c i a ç�o d a ALUVALE

( 49 , 72% ) c o m a B i l i ton M e t a i s ( 4 1 , 49% 1 e a Compan h i a F o r ç a e

L.uz Cataguases ( 8 , 7 9% ) , e resLA l t a numa empresa c o m c a pa c i d ad e

i n s ta l ad a para a p r o d u ç�D anua l d e 92 . 0 0 0 t on e l a d a s d e

a l um i n i o p r i m á r i o ..

_ Transportes

f e r r ov i á r i o e ma r í t i mo . No s e t o r f e r- rov i é r i o a CVRD o p e r a a

Estrada d e F e r r e V i tó r i a a M i n a s - EFMV , q ue r e s p o n d e p o r 43%

do t r c\ n �:,; p [J lr- t e f e r rov i á r i o d e c a r g a s n o B r a s i l ,

ca p a c i tada p a r R movi men tar em v i a d u p l a 1 30 m i l h�es d e

ton e l a d a s p o r a n o , a l ém d e t r ê s m i l hôes d e passa g e i ros .

O p e r- (7:\ a i n d a n o S i s t l'?ma N o r t e a E s t rad a d e F-M e r r D

EF(� , corl s t r u i d a e o p e r a d a pe l a Va l e , t e m 890

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q u i 1 6metros d e e x tens�D , e l i g a j a z i d as m i n e r a i s d e C a r a j á s ,

I"Hj P a r- á �, ao toe r-m i n a l M,:� ro í t. i m o d e F;'on t.a d a f1a d e :i. r- a , em 8:30

L. u i s d e) r·1 a r i-�n h�C) . Çl EFC tem c a p a c i d a d e paroa t. r an s po r t. a ro em

35 m i l hôes de ton e l ad a s de m i n é r i o de f e r ro p o r

ano , a l ém d e c a r g a s lJ i v e l�sas e passag e i ros .

4 - I NSUMOS UT I L I ZADOS

A CVf"m d m p l i o u con s j. d e rave l me n t e S8l.l l eq u e

s u b-so l o . G r a ç ;3,-::';' às pe�.; q u i sas g eo l óg i c c:i\.s q u e i m p l emen tou

que l ev -c::·\.r- am à d e s c: o b e l'-ta d e d e z e n a s.;. de j ê.\ :z i d as de d i vl,? I'-sos

e ao d esenvo l v i me n t o d e novas t e cn o l og i as de

pronduç�o q UE' e co n o m i Cé:\men te

d es tas r e s e r vas -- a CVRD está p r esente em d i v e r sos pon tos d o

pc3. :í. s ..

A CVRD i n i c i ou , em meados d e 1 9 7 0 , a i mp l an ta ç�o do

P r o j e t o F e r r o C a r aj ás , que r e s p o n d e hoj e pe l a prod u ç�o anua l

d e 3 5 In i l h�es d e t on e l ad a s d o m i n é r i o d e f e r r o com um teor d e

p u r- e z a d e a t é t,6''j, in n a t u l ..... a , o qUf-:? d i spensa o pera çeJes d e

Tan t o e m P o n t a d e Tuba rào quanto e m Pon ta d a

Mad e i ra ,

f e l tas :-�o b

o p e r a ç� e s d e e s t o c a g e m e e m b a r q u e d e flJ i n é r i o s�o

r i J o roso con t r-o l e de q ua l i d a d e , com s i s temas

automát. i cos d e amos t. r a g e m d o m i n é ll"" i o , que c:� a l'�antem a i n d a o

f l u x o d e o p e r a ç�e s .

�\ ..... \ ",:" �::'L �;,

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p o r a n o 340 m i l

ton e l a d a s d e l i n g o t � 5 d e a l um i n i o � d e s t i n a d a s ao m e � c a d o

f..:>}� tf.? F" n (j H A A l u n c) \t" te � c o m a u t i l i z a ç�o d e bau}� i ta d a MRN �

e n t r a r á em o p e r aç�o 2 m 1 9 9 4 � com a c a pa c i d ad e d e p rodu ç�o de

1 , 1 m i l h&o de ton e l a d a s de a l um i n a por an o , o p r i n c i p a l

i n sumo n a f a b r i c a ç â o d e a l um i n i o met á l i co .

r� ecursos que se r-v i r�o d e i n sumos p a r a o u t r a s

i. n d ú s t r� i as �

5 - PROCESSO PRODUT I VO

_ Mineraçlllo

Nas m i n as em o m i n é l"' i o é l a v r a d o

p r i n c i p a l men te a c é u a b e r t o . o p l anej amr0 n t o 1. a v r� a

e f e t.ua d o c o m i-,tLl �,,� í 1 i o d e compu t,a d o !'"" e mod e l o s

't r i d ilnen s i o n a i s t-ed u z i d o s d e c a d a m i n a .

r1e r'ece d c'�staque a l av r- a hoj e rea l i z a d �-\ em á l"-eas

in i e l a 1 men "l:i:? a b a i }� o d o I ,,,,, ç o 1 v i a b i l i z a d o por·

s i s temas d e bombas su bmer s i v e i s i n s t a l ad a s em p o ç os p r o f ll n d os

q u e p romovem o seu r e ba i x am e n t o a r t i f i c i, a 1 8

224

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Con t ro l e d e Qual idade

Cl c o n t. r o l e d e q u a l i. d a d e t.em a ten ç�o e s p r� c i a l ,

o b j e t i v a n d o a t e n d e r as e s p e c i f i caç�es f í s i c a s , q u í m i c a s e

meta l ú r g i cas d a s u s i r: B s s i d e rúrg i c a s d e seus c l i e r, te s .

o s i s t e m a se b a se i a em amos t r ag e n s , a n á l i se s e

f or-ma çil\o e de p i. l ha s hOffiogen e j, z ad o r a s , n a s

d i ver"sas f a ses d o b e n e f i c i amento e n o embarque d e p r o d u tos e m

vagôes ..

N a d e bE' n e f i c i a men to :1 i n s t a l a ç�es

automa t i z a d a s d e amos t ra g em e q ua r teamen to p r e s t am-se ao

cDn t. r·o l f� de q u a l j cl a d e . I n s t Jt-ume n t. a ç�o a d e q u a d a mon i t.OF' ê' as

v a F' i. i;�ve i s r" e l evan tt?s do p r" o cesso � p o ss i b i l i t. a n d o (.') con t r" o l e

ope r a c i on a l com d ·?sv i o m i n i mo u

S�O g e r a d a s c e r c a d e 800 amostras d e con t ro l e , q u e �

i-::\n a l i sa d a s p r" i n c: .i p a l mt..'?n tEl pt1 r' e s p e c t lt-o g l'"a f i a d e r a i o s X ,

f O I"" n e C E�m a n á l i s:,E" s q u i m i c a s d e Fe � S i 02 � A l 20��;' � p � M n , CaO �

MgO , T i 0 2 , C r e S .

An á l i se s g ra n u l ométr i c as � d e te r m i n a ç�es d e un i d ad e �

PPC e d e p r o p r i s d a d e s meta l ú rg i c a s d e g ranu l ad o s � s i n t e r - f eed

e p e l l e t. - f e e d com p l e t. a m o con t. r o l e q ua l i t. a t i. v o .

2 2 5

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6 RELAÇôES COM FORNECEDORES ,

AMB I ENTE

CL I ENTES , EMPREGADOS E

Fornecedores .. - A CVRD tem uma e s t r u t u r a v e r t i c2 1 , ou sej a

e l e é f O I'T1 E' Ced o r é.\ d o s in sumos n e c F2ssé.r- i os a sua a t i v i d ad e

p r o d u t i v a � j á q u e sua a t i v i d a d e 0 r i n c i p a l é e x t r a ç�o d e

m i n é r i o s d o so l o e a comer c i � l i z a ç � o d o s mesmos .

sua C: Dmp(Js i ç�C) d e con t. lr-o l ad a s e

co l i g a d a s ( pa r "t i c i p a ç�C'J a c i on á lr- i a ) com d i v e r"sas e m p r-e:;;as , a

re l a ç �o d e f o r n e cedores é q uase i n e x i s te n t. e .

C l ientes

p r o d u tos e s e r v i ç;os com Qua l i d a d e T o ta l , o q ue i m p�e o

a l can ce d a Q ua l i d a d e Am b i en t a l T o t a l .

Seg u i n d o a ten d �n c i a mund i a l , cada v e z m a i s a CVRD

ca m i n h i-:- n-á nD S€?I-; t i d n de d o m i n �:\ r os p r o cessos q u. í m i cos d e

ben G'�) f i c i amen t o d f:- m i n C-0 l'"' ê\ i s , v i s a n d o a t en d e r à s e�": i g ê n c i as a

cada d i a m a i s s o f i s t i cadas d o s c l ien tas i n t erna c i on a i s ,

pret.endf-Jn d o s:,; eç,� L" . í lr- e a m p l i a 1-- u m c a m i n ho t r a ç a d o d es d e sua

c r i a ç � o , e s t a r c r i en t.a d o p a r a o m e r c ado e para o c l i e n t e .

_ Empregados - A comun i d a d e d e f u n c i o n á r i o s d a CVRD é a l vo d e

(�s p e c i a 1 a t en ç�o a t ravés d e um i n tenso P l"' o g r a m a d e

t r e i n amen"to buscando QUAL I DADE TOH\L com n e cessá r i a

QUAL I DADE AMB I ENTAL .

226

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é a p l'" i n c i p a l d a

Compan h i a !, st:-,:. m p r- e e m t l a r-mon i a com o s i n te r'esses:, e m p r- e s a r" i a i s ,

as e x pe c t a t i va s d o s e m p l'" e g a d o s e a f u n çào s o c i a l d esem pen had a

pe l a CVF\O em suas á r e a s d e Esse pensamt.�n tD

r e f l ete-se sobre o p r"esen t e e o f u turo do q u a d r o f un c i on a l d a

CVRD n a s s eg u i n te s m,�n e i ras :

S a ú d e e A l i mer) t a ç � o

m a i s d e 1.00 .. 000 I'"" e f e i çties p o r" mês é� p l'""eços s i m bó l i cos ,

n o s seus r e s t a u r a n t e s j un to às á reas o p e r a c i on a i s

ser"v i ços d e a s s i s t ª n c i a méd i ca a m bu l a t o r i a l e hosp i ta l a r

à d i s p o s i ç�o d e seus e m p r e g ad os e d e pe n d e n tes

m a n u t a n ç � o d e hos p i t a l com 4 h 500 m2 d e á r e a c o n s t r u i d a e

60 l e i t o s , a t e n d e q d o a n u a l m e n t e d e s d e 1 .. 000 c i ru r-g i as , 900

p a r tos � 50 � OOO co�su l ta s e 3 . 200 i n t e r n a ç�es

s e r v i ços can'/ e n i a d o s de a s s i s tª n c i a m é d i c o - hos p i ta l a r e

o d o n to l óg i c a , com r eembo l so p a r- c i a l d e d espesas u

S e g u r a n ç a , H i g l en e e Med i c i n a d o T r a b a l ho

comp l e t a s e ;;� u r a n ç a d o t r" a b a l ho n as m i n a s a t ravés d e um

p r o g r a m a de p r o t e ç � o aos t r a b a l h a d o r e s e às suas f am i l i as

eS"tudo5 s o b r e o a m b i e n t"€� d e t r· a b a l ho � com v i s t a s 2\5

c o n d i çôes i d e a i s d e s e g u r a n ç a , h i g i en e e e r g o n o m i a

t l'" e i n a m e n t o d o q u a d l'"o d e pessoa l p a l'"a pl'" o teç.o con t l'" a a

a g r e ss i v i d a d e � m b i e n ta l

t r e i n am e n t o d o pessoa l p a r a a tuaç�o e f i ca z n o s casos d e

e m e r g 'f.i n c. :i. a

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p l"'omoçâo d a s a ú d e a. t r a v é S"� d a i n f cH-· mc;u ;� D � m D t i v a çâo e

p F' o 'f i J. a '·' i .,

d e te r m i n a ç� o d f.? med j. d as d e

i d en t i f i c a ç � o d e a g e n t es a g ressores

p r o t e <;;'à o

serv i ço amblA l a tor- i a l j un to às á re a s o p e r a c i o n a i s

e

p r·ornoç�o ci o b e m €.;:!=, t a I"" s o c i a l d o e m p l"'e g a d o , d e te c t. a n d o

p r o b l em a s e d esenvo l ve n d o r-e cu r-S05 p a r a aj u s t á - l o à v i d a e ao

p a r t i c i paç�o e f e t i v a d o s e m p r e g a d o s n a d e f i. n i çâo d e uma

po l í t i ca d �:? sE'g u r-·an ça a t r·avés d {-::? comi ssfjf.·;'s =-::.e t o l"' i a i s e C I PA

c u r s o s d e f D ! -maçf:::\o p ro f i s s i on a l d e menQy-·es a 1:.r·avés d e

convên i os SENA I /SENAC

cursos d e q ua l i f i caç�o p rof i s s i on a l e t r· e i n a m e n t o d i r e t D

o u i n d i re t o , i s to é , a t l�avés d e c:on v ª n i os

con cess�o d e b o l sas d e e s t u d o p a r a e s t i mu l a r em todos os

g raus a edll caç�o d o s e m p r e g ad o s e d e seus d e pe n d en t e s

a d D ç�o d e p r o g ramas q u e f a c i l i tem a o s e m p re g a d o s a

o b t e n ç�o d e mor a j i a

es:, t. í mu l o i:\ s., a t. i v i rlaeles d e l a z e r l e vand o-···se e m c�(j n t a os

a s p e c tos s ó c i o - = u l tu r a i s da reg i � o no s en t i d o ele i n t e g r a r o

e m p r-eg a d o à e m p r e s a e à comun i d ad e .

C i J" c u l. o el e" Con t:ro l e d a DUed i d a d e

. a t r av é s d o CCO ( C i r c u l o d e C on t ro l e d a Dua l i d a d e ) , g rupos

t r· e i n a d os:, f�m t.é c n i CEIS eSpE? C: :í. f i c a s p romovem a p a r t i c i paç�o

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d o s ern p r- e g a d o s n a sCJ l dç�o d e p r o b l emas d e seus r e s p e c t i v o s

setores d e t r a b a l ho .

S e g u r i d a d e S o c i. a I

A F u n d a ç_o Va l e d o R i o Doce d e Seg u r i d a d e S o c i a l ( VAL I A )

s u p l emerl ta os ben e f i c i os con ced i d o s p e l a P r ev i d & n c i a So c i a l e

p r o c u r a a s s i m asseg J r a r aos b e n e f i c i á r i os uma r emun e r a ç� o

e q u i v a l en t.e à q u e l a que cada e m p r e g i.�1 d o Y-(:.7 ce b i a , e n q uan ·t o em

a t i v i d a d e p r o f i ss i on a l .

Ambiente E x terno - Con s c i en t e d e que suas a t i v i d ad e s podem

causar· s é r- i a s

com p a t i b i l i z a n d o

n a tu l .... €-� 2 a �

i m p a c t.os

Os p r c,j e tos

ao m e i o aro b i r-2 n t e , a CVF':D a tua

com a p r- e s e r- \/ a ç�o d a

CVFm podem s e r-

c l assi f i cados (2m q u a t r o l i n has d f.? a ç�o : Con t ' .... o l e A m b i en t a l ,

1:::: e c:u l'" sos N a t u r a :.;. s , Pesq u i sa T e c n o l og i a A m b i e n ta l ,

Desenvo l v i me n t o S ó c i o -A m b i e n t a l

l i n ha Con t r o l e I�m b i en t a l ,

r e f e r e-se ao cOFl t r o l e e mon i toramento d a q u a l i d a d e d a s ág uas ,

do a r e d o so l o d u r a n te a i m p l an t a ç�o e o p e r a ç�o d as d i ve r s a s

a t i v i d ad e s d a e m p r esa .

A segun d a l i n ha d e a ç�o , Recursos N a t u r a i s , v i sa a

p ro te çãD � o rf; a n e j o e E, r e c u pe r- a ção d e á ,'-eas d e f 1 nr· e s tas

n a tu r a i s . No E co l óg i co d o I t a b i r u r;u 11G , 5_0

229

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d e s e n v o l v i d as a t i v i d ad�,s d e pr"odu ç�o d e m u d a s , p i s c i c u l tLlra ,

a p i c u l t u r a , e d u c a çâo e l a z e r a m b i e n t a l .

A t.er" c e :i. r a l i. n h a d f2 a t; â o � P e sq u i sa e T e cn o l og i a

A m b i e n ta l , r ea l i z a e X l,le r iân c i a s d e m an e j o au to-Stl s t e n t a d o d a

f l o r e s t a t ro p i c a l , a d i l p t a ç � o d e e s p é c i es f l o r e s t a i s a o s o l o e

c l i m a d a s con s ó r c i o s com p l an t.as

ag r i co l as e a r b ó r e a s � f o rma ç�o de ban c o s g e n é t i cos � e t c .

A l i n hr.:l, d e Desen v o l v i me n to S ó c :i.o-Arn b i e n t a l é um

f.:H ... og l .... a.ma d e pst.L\ci c)s � pr.-2 s q u i �;j:\ s e a v a l i aç'i:(o d E::> i m p a c t o s L1 b r e

a s comufl i d a d e s l o c a L i z a d a s n a s á r e a s d e i n f l uªn c i a d os seus

pr o j r.-2 t.o s , o que te·TI l'""r-2 su l t a d o e m p r·opos t2\S E<- F) r o g r"amas d e

a p o i o aos o rg an i SmC) 3 g ov e r r1 amen t a i s n a s o l u ç � o d o s p r o b l emas

v€"'! r i f i c a d o s .

7 - I NSTALAÇôES F I S I CAS

a t. i './ i d a d e s o p e r a c í rJ n a í s d a €'"-2m p l'""esa e s t.âo

d i v i d i d as. em s i ·temas d i s t i n tcJ s e Ç-J eog r a f i ca m e n t €:";,

s e p a r ad o s : o S i s t ema Su l , e m M i n a s Ge r a i s e E s p i r i t o S an to ,

f o rm a d o p e l as ffi l n a s d e m i r1 é r i o d e f e r ro e m I ta b i r a ,

Fer rov i a V i tó r i a a M i n a s e o c om p l ex o i n d us t r i a l e p o r t u á r i o

d e TlJ bar�o � e o S i s tema N o r t e , n o P a r á e Maran h�o , f o rmado

p e l as m i n a s de Car a j ás , .3 Es t r i-3 d a c:l f:? F e r r·o C a r a j t�S e o

Te r m i n a l P o r t u á r i o d e P o n t a d a Mad e i r a .

230

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No S i s tema Su l a s aç6es aos i m p a c tos a m b i en t a i s s � o

d e c a r é te r com as v ü l t a d a s o

e q ua c i on am e n t o d o s p r o b l emas d e po l u i ç� o ,

ià reas d e g Y'" a d a d a s !, ":? e d u c a çÊt o a rn b i e n t. a 1 p a r" a c o n s c i en t. i z a çi!(o

d o s fun c i o n á r i o s e comun i d ad es .

No S i s t etna N o r t e , a V a l e d e f i n i u uma l i n h a d e a ç;;:�o

d i r (;:� c :i. o n an d o i m p l an t a ç � o cio

C a ra j ás d e f o r m a (l ua as a t i v i d ad e s d e m i n e r a ç� o causassem o

m e n o r i m p a c to a m b i en t a l p a s s i v e l "

8 - POL I T I CAS DE I NVEST I MENTO E DESENVOLV I MENTO TECNOLOGI CO

V i �; a n d o t r a n s f o rm(�l-- as j a z i d a s d e s c o b e r t a s e m um

bem e c o n 6 m i co e c o m p e t i t i v o no n i ve l de m e r c a d o , em 1 9 6 5 f o i

c l" ' i ad o t),fll CE.' n t r D t e cno l og i a s i ·tuado p r- ó ,·, i m o B e l o

Ho r i z on te - MG � q u e r ea l i z a p e s q u i sas p a r a c r i a r técn i c as d e

ben e f i c i ame n t o � e pr"o cessos q u i rn i c:os e

i n d u s t r i a i s que 0dequem as c a r a c te r i s t i cas e compos i ç�es d o s

m i n e r a i s às e s pe c i f i c a çôes d e c a d a c l i en t e .

o i n t E:- r e s s e p o ro. i n v e s t i m e n t o s n e.) S e t a l'" F l o r- E:;t s t a l

i n i c i ou-se n a d é ca d a d e 60 d i a n t e d a s p e r s p e c t i v as o f e r e c i d a s

pe l o m e r c a d o nlun d i a l d e p a p e l e ce l u l ose � Ass i m , e m 1 967 f o i

FF�n , q u e d e d i cou-'se a

c r i a r a b a s e f l o r e s t a l p a � a os p r o j e tos a serem desenvo l v i d o s

no sf� to r .

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A CVRD con ce beu o P r o g rama P ó l os F l o r e s t a i s - q u e

t e m o ava l e a p a r t i c i paç�o i n t e n s i v a d o g ov e r n o bras i l e i ro e

d a i n i c i a t i v a p r i v a j a . O o b j e t i v o deste prog rama é rev e r t e r a

d e s t_ rLl i ç�:o d o me i a a m b i e n t.e ,. m a n t en d o e ' .... ecuperan d o a

c o be r "tL\t'--a d e par"ce l a s i g n i f i ca-t i v a d a Ama z ô n i a

O r i e n t.a l � con c: i l i ar, d o o d esenvo l v i. me n t o s ó c i oMM-econôm i co com

as quest�es a m b i e n 1:a i s .

Até hoj a a CVRD j á i n v e s t i u c e r c a d e USS 600

m i l hf.'jes em p l"-og �"- a,nas a m b i. en t a i s e prevf.i---se um i n ve s t i m(�n t_o

ad i c i on a l d e US$ 300 m i l hôes a t é 1 9 9 5 .

P e r S p E c -t i. v �\ S ::

A Compan h i a V a l e d o R i o Doce p r e t e n d e segu i r e am p l i a r um

camin h o t r a ç a d o d esde a sua c r i a ç� o : estar o r i en t a d o para o

par" i:t a c l i e n te . G a r an t i r a cOlnpe t i t i v i d a d e e

con f i a b i l i d ad E: i l""l t.E-� r-n a c i o n a l c1 e seus p ,I""o d u t.os e st."=2 r v i çOS n

ConSt"? I"-var- e r-E� c u p e r a r C) m e i o a m b i. e n t.e e con t r- i b u i r para a

amp l i a ç�o d a c on s c i ê n c i a p reserv a c i on i sta , a t r avés de

a t i v i d ad e s que unam o desenvo l v i men to e c o n 8m i c o e so c i a l, ao

res p e i t o à v j_ d a .

232

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PETROBRAS S . A .

1 - PERF I L CORPORAT I VO

CONTATO: Sr . EVANDRO CORI OLANO DURAND ENGENHEI RO DA

SUPERI NTENDENC I A DE ME I O AMB I ENTE , QUALI DADE E SEGURANÇA

I NDUSTR I AL < * )

No B r- a s j 1 , o p e t. l�ó 1 eo f o i d e s c o b", ,..- t.o em 1 9 39 , n a

l o c a l i d a d e d e L o b ia ·to n a B a h i a . Um a n o a n t.Els j á h a v i a �:;:L d o

c r· i E\ d o o Con,=,e l ho N a c i on a l d e P f . .'�t.r� ó J. eo -� CNP e d e c r- e t. e.� d a a

p r o p r i e d a d e es t a t a l d a s j a z i d as e d o p a rq u e d e r e f i n o .

P o r é m , só n a d é c a d a d e 50 f o i e s t a b e l e c i d o o

lnonopó l i o e s t a t a l d o pe t r ó l eo e a c r" i a ç � o d a P e t r o b rás � em 3

d e o u t u b r o d e 1 9 5 3 � a q \Jem f o i con f i ad a a r e s pof1sa b i l i d a d e de

e }: e c:ut. a r aC' -, a t. i v i d a d f-':�":' d a i n d ü s t r i i:� em n ome d a

A P e t r J b r á s é uma compan h i a d e c a p i t a l a be r to , com

m a i s de 500 m i jo a c i on i s t a s � c u j o c o t i �5 t a c:c;n t l .... o l a d o r" é (.")

(:3ove ll""n o F e d e r a l " Sua m i ssÊ{o é asseg u r a r- o a bi::\ s te c i me n t o d Q

m e r c a d o n a c:: i rJn a :� d e..;. ó l ecJ � g á s f'i <::\ t u r" a l e d e r� :L v a d os � a t r avés

das a t. i v i d ad e s ::I e f i n i d as na Con s t i tu i ç�o e na Lei 2 " 00 4 , d e

·f o r m a ren t. ,�ve l e aos m e n o r e s custos p a r a a s o c i e d a d e ,

corl t r i bu i n d o p a � a o desen v o l v i me n t o d o p a i s .

( * ) l'o d a s as i n f o r m a çties a q u i r e l a ta d a s f o ram t i r a d a s d e m a t e r· i a 1 i n 'f o r m a t� i v o i n !5 t i "tu c i o n a 1 d a pl'- ó p r i a E"�m p r�esi:\ f�1 d e dec l a r a ç� es d o S r . Eva n d r o D u r an d .

... ·.I "":!" -;� ,:, . . _,._,

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Como toda g ra n d e c o r p o l'�açP.:{.o p e t r- o l í f e r- a e l a o pe r a

em t o d a s a s a t i v i d ad e s d o s e t o r d e p e t r ó l eo ,

mon opfJ l i Z a d a !3 ( e '·' p l o r a ç:3o ,

t r· a n s p O I ... · te':.3 � e

p E:�· r f u l"'a çao �

e}: p O I .... t.a ção ) ,

pl"CJ d u ç:3 o ,

q u a n t o

t a n t o n a s

re f i n o ,

n :3 o

i n c l u í d a s n o mon opó l i o - como a p e t r oq u i m i c a , f e r t i l i z an tes e

d i s t r i bu i ç� o d e d e r i v ados .

p l a t a f o rm a s f i x as e mÓve i s e , a t ravés d e m a i s d e 5 & 500 p o ços

em t e r r a e m a l"' , aL.men tou a p r od u ç�o d os 2 . 700 b a r r i s d i á r i os

n a é p D c a d {.'? SU2 c r .i i�ç�O , pa l'""a c e l .... ca d e 6 �-lO m i l ba r r i s / d i a w

T u d o isso a um c u s to méd i o p o r bal� r i l que se s i tua c e r c a de

30% a ba i x o do p re ç o de

i n ·t e r n a c:: i o n a l .

compl�a d o ó l eo c r u n o mer cado

tam bém at.ua a t ravés d e com pan h i a s

s u b s i d i á r i a s � con t r o l ad a s e co l i g a d a s , f o rmando lJm s i s tema d e

quase cem e m p r e s2 s , a m a i o r p a r te d e l a s no r amo p e t r oq u i m i co .

No s e t o r· d e d i s t r i tJ u i ç�o P E' t r o b lc·ás a I can çoLl

g r a n d e s metas coro a P e t r o b r á s D i s t r i bu i d o r a " Essa subs i d i á r i a

f o i p a r a a t. e n d e r uma e }: i g 'e·n c i 2\ l og i s t i ca E'

.:;egundo a q u a. l toda a g rande eln p resa d e

pe t ró l eo d ev e p e r c o r r-e r o c i c l o d o p o ç o a o posto H

o u t r a s P l'· i o r i t i-U'� i a s d a P e t r o b r ás , comD a

e x p l oraç�D e p r � d u ç � D d e p e t r ó l eo , a l tamen te oneros a s .

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2 POL I T I CA , PLANEJAMENTO E ORGAN I ZAÇAO

1\lum c::enár' i o d e a be r' t. u l'''a ele mer- c a d o s , aumen to d a

c om p e t i t_ i v i li ali e e ,: ,"eS Cf.'!n te p r e o c: u p a çi\(o lia s o c i e d a d e com as

ques tt'j("i'S a m b i e n t. a :�,s !I o 60ve 1'"'1"1 o Br-asi. l e i 1'"" 0 , a t ravés cio

F',"og r-ama d ... Compe t. i t_ i v i d a d e l n d uc; t. r i a l ( F'C I ) ,. d o Prog r ama

B r a s i 1 E.? i ' .... 0 lie O L.,a l. i d a d e P rodu t i v i d a d E.\ ( PBOP ) , vem

d esenvo l v e n d o u m amp l o e s f o r ço no sen t i d o de c r i a r con d i çôes

p a r a o d esenvo l v i mer, to da i ndús t r i a e do setor" d e s e r v i ços n a

bus c a d e p a d r'ões i n t e r- n a c i on a i s , q u a l i d a d e e c a p a c i d a d e d e

i n ova ç�o te c::n o l óg j c a .

I:::.m con=-on â n c i a com esse e<;:-; f o l-- ço g o v e l"'name n ta l , (1

P l an o E c; t r a tég i co d o S i c; tema PETROBRAS c r i Cju em m a '-- ç o / 90 a

Supe r i n tend&n c i a d e E n g e n ha r i a d e Segu ran ç a d o

Amb i e n te ( SUSEMA ) .

E::: m j a n e i ,"' o / 9 1 , a SUSE�l,c" f o i reorg arl i z ad a p a r a

i n cor' p o r a çâo d a f u n çàQ q u a l i d ade � poss i b i l i t a n d o a i n te g r a ç�o

dos e s f o r ços iso l ados a té en t�o e x i s ten tes p a r a essa f u n ç�o "

Em j un ho / 9 1 , para as o r i e n t a çfjes

e s t a b e l e c i d a s n [l P l an o E s t r a tég i co d o S i s tema P e t r o b �ás � f o i

l an çado o u P r"ocesso r-�et l'"" o b r á s d E' r1e i o ��m b i e n t �� � Dua l i d a d e e

Segu l""" i:1ll ç a I n dus t v- i a l !! .

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Este P rocesso v i sa d e f l a g r a r n a Compan h i a L\m

c on j un to d e a ç � e s p l an e j adas , s i s tema t i z ad a s e con t i n u a s ,

en vo l v en d o todos os e e m p r e g ados � d e f o r m a

d e s cen t r a l i z ada e com a p r e o cu pa ç.o cen t r a d a n a

mate r i a l i z a ç.o d a s o r i en taç�es estabe l e c i d as n o P l an o

E s t r a tég i co d o S i stelna P e t r o b rá s �

O s P ro g r&mas G e r a i s t�m por obj e t i v o e s t a b e l e cer n a

Com p a n tl i a a ç � e s e proj e tos i n s t i tu c i on a i s para :

Con s c i en t i z a ç�o , m o t i v a ç�o � comprome t i me n to e c a p a c i ta ç�o

dos Ger-entes e d e m a i s emp reg ados , n o tocante ao me i o

amb i en t e , q ua l i d acle e seguran ça i n d u s t r i a l ;

Desenvo l v i men t o e d i f us�o d e métodos d e g es t�o e m p r e sa r i a l

v o l t a d o s p a r a me l ho r i a d a q u a l i d a d e e d a seg u r-an ç a

i n d u s t r i a l e com� a t i b i l i 2 a ç�o d as a t i v i d a d e s d a Comparl h i a com

o m e i o aln b i e n te ;

Desenvo l v i me n t o e a d e q u a ç� o t e cn o l óg i c a e c i en t i f i ca d e

f o rma COln p a t i v e l com as n e cess i d ad e s d o m e i o ambien te ,

q u a l i d a d e e s e g u r a n ç a i n d us t r i a l e �

A � t i c u l a ç�o o x t e r n a v i sando f o r t a l e c e r e i n te n s i f i ca r o

r e l a c i on amento da P e t r o b r á s com a so c i e d ad e ,

re f e r entes ao m e i o a m b i en t e , q u a l i d ad e

i n d u s t r i a l �

e

em assun tos

s e g u r a n ç a

2 3 6

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D e F' rog r· arn2\l,;; S e t D r i a i s I""�? p l" · esen tam o s P l anos d e

Açâo es; p e c i f i cos a S E' r-em d e f 1 13 9 Jt-ados e m cael a D e p a r- t.amen t. o ,

S e r v i ço o u Org�o E s p e c i a l � com base n a d i ag n os e d e c a d a ó r g �o

quarl to aos p ro b l em a 3 ele m e i o a m b i en te , q u a l i d ad e e s eg u ran ça

i n d u s t T l. a l .

Os ! ! P r i n c i p i os Am b i efl t a l U �

v o I i:ados pcu .... a os E·ll f oques d e\ Responsabi I i d a d e , P I''' i OI"" i d a d e t-?

G e r a i s d e

A m b i e n ta l !' , baseadas em :

c o n s j. d e r a r o a s p e c t o a m b i e n t a l e m todo o pro cesso d e c i só r i o

d e i mp l an t a ç� o d e n ov a s i n s t a l a ç� e s ;

e m p r e g o d o s me l h o r es re cursos t e c n o l ó g i cos e m a te r i a i s ;

comp rome t i me n t n d os r e c u rsos humanos

enVQ 1 v i d o!..:; ;

i n t e n s i f i c a ç� o d o uso d e t e cn o l og i a s d e m e n o r i m p a c to

po l u i d o ," ;

p re o c u p a ç� o cem o d esen vo l v i me n t o e con6m i c o e s o c i a l , sem

perda da q u a l i d ad e d e v i d a da s o c i e d ad e .

"r.oda q u e como me can i smos

f a c i l i t ado res p<J �a os aj ustes e a d a p t a çbes à nova conj u n t u r a

q u e se a p r e sen t ,a .

D i ver·sos p l anos d e c\ ção v e m S')en d o d E'sen v o l v i d os e

i ln p l ementados f!ffi c a d a D e pa r tamen to e S e rv i ço , todos a po i ados

237

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n os P r i n c i p i os d a Qua l i d a d e T o t a l

ma cr"o-es t r a tég i a :

o b s e � v a n d o a s eg u i n te

lQ Con s c i e n t i z a r : d e s p e r t a r os g e r e n t e s p a r a a i m po r tân c i a d e

l i d e r a r o p r o cesso d e m u d a n ç a s �

2º T re i n a l� : d e sen v o l ve r t o d a a c a p a c i t a ç � o n e cessá r i a p a r a s e

f a z e r a s mlJ d a n ç a s .

3Q A p l i c a r : a p l i c a ; � o d o s con c e i t, o s , m é t od o s , t é c n i c a s e

f e Y' r amen 'tas , v i sarl d o e f e t u a r as mud a n ç a s .

4 9 A v a l i, a r" RE�su l t,éld D S � t. a n t. o n o p r o c e s;;so � como n o p l" o d u t D

f i rl a l , a t r a v és d o e s t a b a 1 e c: i m E'1l t o d e

i n cl i c a d o r e s d e q u a l i d ad e i n t r i n s l':? c a �,

c u s t o , a t e n d i men t o , m o r a l e s e g u ra n ça .

M I SSPiO DPl SUSEMfl : F'I'"ornover me l h o r i a s c o n t. i n u a s d a s f u n çô{?'s

m e i o a m b i e n t e � q 'ja l i d a d f.:? f.? seg u r a n �-;:�, i.ncJ us t r 1. (3. 1 � n o âm b i to d o

S i f::� t.ema P e t. r o b r á s , d e f o r m a i n t. e g r a d o l .... a , a v a l i an d o seus

d e sempe n h o s , v i s an d o marl t e r pad r"ôes i n te rn a c i on a i s .

3 - AT I V I DADES E PRODUTOS

É p r-E' c i sD d e s t. i l a ," o p e t. l"ó l e o p a ," a a o b ten çâo d e

d e r i v a d o s ( g a sa l i n a � d i ese l , g á s d e c o z i n ha , q u e rosen e , ó l eo s

com b us t i v e i s e l u b r i f i carl tes , a s f a l to , s o l ve n t e s , p a r a f i n as ,

e t c . ) " q uarl t i d a tJ e c a d a d e r i v a d o v a i d e p�?n d e l'" ela:.:;

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c: a r a c t e r" í s i cas r.j o p e t, l"' ó l (':!o usado como m a t. é r- :i. a - p r- i rna e d a s

cara c t e r i s t. i ca s d a r' e f i n a r i a . Com p e t, r ó l eos m a i s l ev e s , s e r á

p e 'l: r o q u 5., m i c a ) � e n q u .Etn to p e t. t" ·ó l e o s pt�s.7:\ d a s O I" .i�� .i n a m m.3. :l r.J.\·-es

vo l ume�; d e ó l eo comhust i v e l e as f a l t. o . No m e i o,-t.ermo est.�o os

p r o d u 'tos méd i o s � corno o d i ese l e o q u e roser\ e .

A 9':::. 1: r u t.U l'"ci do I'"E� f if1D d e c ê"\ d a p a í s é e s t. a b e l e c i d a

l i m i tt� "

Uma d a s á reas m a i s e '!:; t r a t é g i cas d a i n d ú s t. r i a d o

ao d e �3 e n vD l v i me n "l: ! ) d a proc1 u <;;�o d e p e t r ó l fi'o e d e r i v a d o s , a

P e t ro b r á s con s t r u i. u uma e x t e n s a r e d e d e d u to s , em t e r ra e no

mar � l i g a n d o os c a m p o s de ó l eo e g á s às r e f i n a r i a s � bases d e

d i. s ·l: r i l1 u i çâ:D de combus"t" . .í v e i s e t.e r··m i n a i s

con s t rtJ i d o s em d i "�e r so s pon tos d o l i "t o r a l b r as i l e i ro ..

f� c om e ' -· c i a l i z a ç'à"o É.1 D u t. r a a t. i v i d ad e d e Eenvo l v i d a

p e l a Compan h i a , e n v o ]. v e n d o çt

p e t ró l e o e d e r i v i\d o s .

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4 - I NSUMOS UT I L I ZADOS

A P e t r o b r é s é lIma e m p r esa e x t ra t i v i s t a , e como t a l ,

re t i r-a d o s u b-so l o il sua m a té r i a p r i m a p r i n c i pa l , q u e s e r á o

i n s umo p a r a a s E>rn p r esas , c o l i g ad a s , con t. r" o l a d a s

s u b s i d i ár i as ..

A e m p r esa a tua n a d i s t r i b u i ç�o d os combu s t i v e i s , n a

p rodll ç � O e d i s t r i bu i ç� o d e l u b r i f i c a n t e s e o u t ros d e r i v a d os ,

n a i n rjúst, r :i. a pe't r- n q u .:í.Hl i ca � n j�l. p r r:? s 't a ç g(o d e s;el'-v i ços e n a

p r o d u ç � o d e bens e s e r v i ços e m oll t r a s a t i v i d ad e s .

1\10 q u e tan g E' à q u a l i d ad e d o s combu s t .i v e i s a l q umac;

a ç D e s j á f o r a m a d o t a d a s :

Gaso l in a - a P e t r o b r á s r e t i r o u o c hu m bo t e t r a -e t i l a d e s u a

g a so l i n a .. ESS2\ f o i pos�;í v e 1 g r-aças s e g u i n tr.,:os

a t i v i d a d e s :

o p e r a c i o n a i s d a s un i d ad e s d e

c r aqueamen 'to c a 'ta l i 't i c o ( FCC ) d e suas r e f i n a r i a s ;

u t i l i z a ç� o d e � a t a l i sa d o r e s m a i s se l e t i vos para o aumen to

da o c t a n a g e m da ç a so l i n a ;

a d i ç�o d e á l coo l à g a so l i n a �

{\ Ilg{o u t i 1 i ;,: a ç� o d o c hu m bo t e t r a -- e t i 1. a p e n n .i. t i u a

a d o ç � o de conVErsores c a t a l i t i cos p e l a f �o t a n a c i o n a l d e

240

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v e í c u l os , acessór- i o q u e l''' e d u z s e n s i v e 1 men t.E' em i sst::)e s

au tomo·t i v a s �

LJ l e o D i e s e l

m e t r o p o l i ta n D II

a F'E, t r o b l"'ás l an ç ou pm j un ho / 92 o !I d i e�;e l

COR: teor m á x imo d e 0 , 5% em peso d e e n x o 'f re ,

des t i n a d o a o a bas; -::: e c :i. men t.o d ns m a i. o r es u r ban o�_:;

n a c i on a i s . A come r c i a l i z a ç � o d o d i ese l m e t r o p o l i ta n o p r o p i c i a

a r ed u ç �o d E' a p t"·o�{ i mad arnen t.E.7.' 2:;0 m i 1 tone 1 a c.i a s p O I..... �\n o , n a

quan t i d a d e d e ti i l,.·'.)}� i d o d e e n >: o f l'-e l E�n ça d o n o a r d as g l-an des

c i d ad e s b r as i l e i r as .

Cabf:7� tam':)ém s e r- rE:�ss· a l t a d o o f a t.o d o p e t. r ó l eo

n a c i on a l p r"od u z i d o � a B a c i a d e Campos con t e r um ba i x o teor d e

en x o f r e , o q u e s i g n i f i c a d i z e r q u e com o constan te aume n t o d a

p r-od u ç�o d e p e t r ó l E O n aq u e l a reg i � o , hav e r á , au toma t i camen te ,

uma sen e i ve l con t r l bu i ç�D p a r a a r ed u ç�o d o teor d e e n x o f r e

d o s combu s t i v e i s e , con seq uen t emen te , d as ern i s5�es d esse

po l uen te n a a tmos f f� r a , p e l os v e i cu l o s autom o t i vos .

5 - PROCESSO PRODUT I VO

r:; e �·: p l (J r · C::\ ç:;(o é a p l"" i m e i l� a e t a p a d a :i. n d L:l s t r i a d o

p e t ró l eo . A i m p o r t.ân c i a d esssa e t a p a é e v i t a r p e r f u r a çDes ao

a caso , p o i s O �; CL s tos de um poço St"? c::on tam aos m i 1 t1�ErS d E.:'

d ó 1 a r· e �:; .

2 4 1

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D e p o i s q u e as e q u i pes d e e x p l o r a ç � o i n t e r p r e tam os

nl a p a s g e o l óg i c os e d s f i n em os p o n t o s f av o r á v e j. s � c h e g a a v e z

d e com p r o v a r a e x i s tJn c i a d e p e t r ó l eo a t ra v é s d a p e r· f u r a ç�o .

F'a l .... a

1'-ese r'va t.Ó1'- i o s ' " J c:\

n o v a s

l o ca l i z a d o s , e ".t,�o

j a z i d a s ava l i a I'" os

f;":' IT! o p e l"' a ç 'à: o , n o B r a s i l ,

d e z e n as d e s o n d a s t(� l"' l"' e s t r es e m a l"' i t i mas . Todos os d i as , 2�·

h O j'- a s sem p a r a r , sào p€·:? r f u r a d os poços q u e p o d e m a t i n g i 1 .... m a i s

d e 5 m i l me t r os d e p r o f u n d i d ad e . Os t r a ba l hos de p e r f u r a ç�o

são c:ool- d e n a d o s n :J d e s e n d o a E:� }� e c u ção

d e s c en t r a l i z ad a nos v á r i o s d i s t r i tos , em p o n t o s e s t r a tég i cos

d o F a l. s .

As r e f i n ê.; r i as d a P e t. J .... o b r ás sào mui t. o d i f e re n t e s

e n t r e s i n Pode-se d i z e r q u e a s u a com p l e x i d ad e e s t á a c i m a d a

rnéd i a mun d i 2. 1 , cc m esquemas d e p roc:essament.tl ,

d e t r a t am ? n t o d e ó l eo , c a p a c i d acjp t? p e r- f i l d e

pr-od Ll ç'�\D •

6 RELAÇôES cor'! FORNECEDORES , CL I ENTES , EMPREGADOS E

AMB I ENTE

Fornecedores o 'f DI ..... j·"'I E c i m e n t o é o b t i d o a t. ravés d e

1 i c i t a ç�E's !1 e n 'ao h á n €�n huma men ç�o q u a n t. D a D envo l v i men to

f o rf"l e c r-2d o r e s n D p rTJ CeSSD Pl'-? t r o b r á s e s t á

i m p l em e n t a nd o u

242

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() seu envo l v i me n t o d i r e t o com o s f o r n e ce d o r e s s e d á

a o c on f e r i r o P r ê m i o P e t r o b r á s d e Qua l i d a d e a o s f o rn e c e d o r e s

q u e m a i s se d e s t aq uefJ n a a t i v i d ad e d e c on t r o l e d e q ua l i d ad e .

C l ientes - os p r i n c i p i os e a l i n ha m e t od o l óg i ca o r i en ta d o r a

d o p r o ce s s o d e mud a n ;a n o q u e s e r e f e re à c l i erl t e s e s t á a s s i m

de c l a r a d a :: " sa t. i s f a ç;:ao d o s c l i E7.' n t e s ( j, n t e r n o s e e ::-� t e r n os ) ::

a t-r'avés d a q ua l i d a d e i n ·r. r i n si'? c a d o s p ro d u to s e tse r' v i çn;Õ! e

z,", t e n d i me n t o à s Sl.li:vS f-J }! pe c: t a t i v c.\ s . I I

_ Empregados - â n f atie na mo b i l i z a ç� o d e todos os e m p r eg a d o s ,

a t ravés d a 1 i d e r a n ç i \ p a r t i c i pa1:.i v a � i n d Lt z i n d o t o d o s em tC)do'i:�

os n i v e i s d a o r g a n i z a ç� o a o q u es t i on amen to p e rman en t e d o

p l" o cesso d e ·t r a b a l hlJ n o sen t i d o d e b u s c a l'- , c o r"J E t a n temen t e , a

me l !', o r i �'l corl t í n ua cld e f i c i 'ê"n c:: i a ..

O u t l'" a o l'" i ,? n t a ç 2( o é q u e se to l'"a ba l he com f a t o s e

d a d o s , d es e n v o l ve n d o e i m p 1 emen t a ll d o u m s i s tema d e

i n d i c a d o r e s q u !:::� F e co m i t a ele a

m e l ho r i a d a e f i c i ê n c i a .

o p r o c es� o d e e d u c: a ç � o e s t á l ev a n d o c a d a g e r e n t e a

e s t a b e l e c e r i n d i ca d o r e s d e q u a l i d ad e , CU�5 to , a 'tend i m e n to ,

mo Ir' ê:"I 1 p s:�e g u l"'an ç: a a s e r em u t i l i z ad o s n o g E r E'n c i a mf::� n t D d a

a -l;: i v i d a cü:� s o b 'su a r e s p o n 5 a b i l i d ad e � bem como ao

e s t abe l e c i me n t o de c r i t é r i os q u e p e r m i tam med i r e av a l i a r o s

y-esu l ta d o !5 d e f o r'm-i:1 q u an t i ta t i v a e q ua l i ta t i v a .

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Em tE'I'''mos p o d e -se r-es;umi r' " a çao da

P e t l"" () b l'��'S em aos seus e m p l" e g a d o s os seç\ U i ri tes

obj e t i vos :

con s c i en t i z a ç�o e c om p rome t i men to ;

t r e i n amen to ;

c a pa c i ta ç�o t e cn o l (.g i c a .

Ambien te Ex terno _ . ao l ad o d e ��ua a t i v i d a d e i. n d u'::-} t.r- i. �t l e

d o s p ,r'oq ,,"amas l i. g a d o s à d o m e i. o

a m b i e n te , a P e t r o b r á s vem d esen v o l verl d o i n úmeros p r oj etos d e

i n c en t i vo v i d a n a :ur a l , P l .... eser·vação d e e s p é c i es amea ç a d a s

d e e }; 't i n çÊio .• t.i c u l tura ,. ao e s p o l'" te � à q ua l i d ade d l::"? b e n s e

se r v i ços e à comlln i d ad e .

M a r i n ha ( T amar ) c:c!D r d l? n a d o pe l ü I bama � q u e. l u ta c:on "tt-'a 2,

e x t i n ç�o d e v á r i a s &!s p é c: i e s d e t a r ta ru g a .

A p r e o c u p a ç � o so c i a l d a P e t r o b r á s e s t á presente n o

p r O J l'?'to l I A E s c o l a F ' l an t a t-? Co l ht� 1 I � r e s p o n s áv e l pe l a c r i a ç�d

p o n t.os d o p a i ,:::, .. A tua l men te ess�.\S hOI .... t. c.\S p r o d u z e m 1. 5

d e a l i m e n t D s pê:\ r-a

c:ar-t;::.n tr::,s ..

lJ s o c: i. a l a b r a n g e t.i"mbém as de

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e s co l a r- , a s s i s t'é' n c i a a o menDr' � pt"'evE'?nç�o con t t- a a s d t-og as ,

aten d i me n t o méd i co e r e c on s t ruç�D d e e s co l a s .

A Compan h i � a i n d a p a t r o c i n a a O r q u es t r a Pró-Mú s i ca ,

con s i d e r a d a pe l a c r i '� i c a uma d a s me l hores d o Pa i s �

7 - I NSTALAÇôES F I S I CAS

f.�l o c o r- r 'E'n c:: i a de cl e r r 2\rrramento de ó l eo no m a r- tem

dev i d o ao seu po ten c i a l i m pa c t an te a o m e i o a m b i ente .

As�; i m as s eg u i n tes med i d a s ·f o l .... a m tomad a s p a lra 6\

p reverl ç�o d e d e s as t r es a m b i en t a i s :

tanq ues d e l a s ·t r o seg regado ;

l o c a l i 2 a ç� o d os t i\nques d e ó l eo ;

con t r o l e s m a i s sof i s t i cados p a r a d e teç�o d e v a z a m en t o s ;

po l i t i ca m a i s sE? l e t i v a par' a con t r a t a ç�o d e e m b a r c a çÔes

( n or·ma'" I G5 , �3BT , I MO / �lARP()I_ , USCG , se l ," ç&o m a i s c r i. te l- i osa

d a s s o c i e d a d es c l as!3i f i ca d o ras ) .

Quan t o aos o l eodu tos :

.i n s pe ç � o pt-evgn t i ··1 a d e r o t i n a Cl':-,m " p i g " i n st l"-umen t a d o ..

Quanto aos t e r m i n a i s m a r i t i mos �

i n speç�o p ré v i a n a s e m b a r c a çbes e s i stemas ;

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con t � o l e s m a i s s o f i s t i c a d os p a � a Ale d i ç� o e d e te ç�o d e

n i v e i s , f l u x o , v a z am8n to � e t c .

p l an o s d e p r e v e n ç�o e con t i n g ên c i a ;

i n s ta 1 a çbes j un t.o�,i. fXO TEB(�F� , m a i o r- t E� r- m i n a 1 m a r- .í. t i mo ela

P e ·tro b r â s � em S�O S E b as t i � o � E s t a d o de S�O P au l o , do Cen t r o

Mode l o d e P r even ç�o , Con t r o l e e Combate à Po l u i çào d o M a r p o r

0 1 eo - CEMPOL . F a c e aos r esLl l tadc)s posi. t i vos a l can çados p e l o

CEMPOL. � f O I"'am i m p l al- tad o�5 a t é o mom(:,'?n to , m a i s c i n co Cen t. ' .... os

de Con t r o l e e Combate à Po l u i ç� o d o M a r por 0 1 eo - CENTROPOL ,

em o u t r o s t e rm i n a i s j a COln p an h i a � r e p resen t a n d o i. n v e s t i men tos

de c e r c a d e US$ 1 0 m i l hDe s .

Q u a n t. o à S'> Un i d a ci e si. ClpE'F' a c i o n a i s I I O f f s ho l'- e " �

me l ho r i a d a e f i c i �n c i a d o s s i s temas d e s e p a r açâo d e ó l eo e

d e t r a talnen t o d e a f l ue n t e s ;

p l an o s d e p r e v e n ç � o e de con t i n g ª n c i a .

A t en t. a à n e ce 5 s .i d ,3 d �? d e g a r-an t i l'- i:3. sE�g u r· a n ç i:·:\ e a

c::on t. i. n u i c:1 ad E:: o p e l"- a c i o n a l suas i n s ta l a çe3es , bC-::1ll como

g e ren c i a r os r i s cos asso c i ad os às suas o p e r a ç�es , a P e t r o b r ás

i m p l a n tou p rog ramas d e e n g e n h a r i a d a con f i a b i l i d a d e e an á l i se

d e r i s cos p a r a seus n ovos p r oj e t os e em i n s t a l a çôe s j á

e i·: i �;tr::n t�?s .

(]s n ovos proj e t c.1s el e t n s t a l a çb es i n d L\ s i: r i a i s

i n c o r por-am t e cn o l oç i a s anl b i en ta l men "te v i á v e i s , v i sa n d o n�o

apenas ao cum p r i mer, t o d ,3 l E?g i s l ação €-?Hl v i ç� o l"' � mas t. am bém a

uma. homem com o a m b i e n te . Esses

2 4 b

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p r o j e to s s�o d e b a t i d o s e e s c l a r e c i d o s às comun i d ad e s , d e s d e a

f a s e p r e l i ln i n a r d o s �studos a t é a sua con c l us�o .

o prog rama d e seg uran ç a d e i n s ta l a çôes e l é t r i cas em

a t.mos f e r a!; a p Ir-("i! SEr) tou Ir-esu 1 tados i::1. 1 tamen te

favCJ I ... ·á.v e i s , sej a n o p r' o c esso con s c i en t. i z a ç�o e

o p �?t'� a c i on a l !, q u e p r Dp i c i a r am m a i o l"H s eg u r a n ça ás i ll s ·ta l a çôes

i n d u!':;. t r i a i s da Com p .:!t n h i a em c::t'Jns�?qu'E;n c i a d os n ovo'.:=> pad YHô€:-':'s

e x i g i d o s para o p r o j e t o , o p e r a ção !! i n s peç�o B manu ten ç�o

d e sses s i s temas .

8 - POL I T I CAS DE I NVEST I MENTO E DESENVOLV I MENTO TECNOLOG I CO

A Petrobrás veln a p l i ca n d o , em méd i a � d e 7 a 1 0 % d e

seus i n v e s t i me n tos g l o b a i s em p r oj etos d e p r o t e ç�o a m b i en t a l

a l g o e m t o r n o d e US�; 1 50 a 200 m i l tlbes a o a n o .

A té o mOfm.:::-n to j á f o r am ca ta. l o g c'3.dos c e r' ca d e 450

p roj etos p a r a á r e a e m b i e n ta l � e n vo l ven d o re cursos d a o r d e m d e

US$ 220 m i l heJes , a s e r e m e H e cu t ados n o s pl"'ó>� i mos d o i s a n o s

( 9 4 / 9 5 ) •

A Compan � i a tem p r o c u r a d o i n ce n t i v a r a pesq u i sa e a

cooperaç�o t é c n i ca �t t J""�tvés de convên i o s e con t ratos com

g overn amf..:-n t a i s :1 u n i v e l"·s i d acles e i n s t i t u i çêies d e

pesq u i s a '"2m g e:o r a 1 !l ·l: a n t o com v i s tas a p relE-' E' I"·vaç:3:o a m b i e n t a l

2 4 7

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como t.am bém n o cl esenvo l v i men t o d e n ovas t.ecn o l og i as

Quan to aos E s t u d os d e I m p a c tos Am b i en .a i s e

Re l a t ó r-ios d e I m pa c tus A m b i en t a i s - E l A / R I MA , en con tram-se em

t';,> }(E� CU Ç� O ê\ l g Li n s estud o S �1 tota l i z a n d o , com O'S j á e ;·: e c u tac! D s

pe l a Compan h i a , m a i s d e cem estudos , rep r esen t a n d o d i spªn d i os

de c e r c a d e US$ 5 m i l h�es , d e n t re 05 q u a i s pod em ser c i tados :

Gasoduto R i o-S�o P 3u l o ;

Tan cagem S u b t e r r â n e a para GLP �

Gasodut.o RPBC-RECAP ;

B a c i a d e Campos ;

O l eoduto para e s c oamento d e ó l eo d a A m a z 8 n i a ;

P o l i d u t o REPLAN-S r as i l i a ;

P o l i d ut.o TEMADRE- I t. a bun a ;

P o l i d u t o REPAR- F l o r i an ó po l i s ;

E s t a ç� o d e E f l ue n tes d e C a b i ún a s ;

Gasoduto 8 r·a�; i l M-B() l i. v i i.� ;

OR I ENTAÇôES PR I OR I TAR I AS - PR I NC I PA I S PROGRAMAS E AÇôES

ORI ENT AçaES PARA NEla AI'lB I ENTE

- E s tabe 1 e t:E.\ 1''' i n d i ·::ad o Ir' e '!..s , métodos f? pad l'M(jes p a t"'a ava l i a ç�D

s i s tem á t i c a de deSEmpenho no t o c a n t e aos aspectos a m b i en t a i s ;

- P r o g ramas d e Aud '. t.o r i a s A m b i en t a i s ;

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P r osseg u i men t o d a E· x e cu çllio f i s i c a d o s p l�og ramas s e t o r i a i s ;

A ç fJes e p l,....O g l,... e\maE� qU&7! v i S')em a me l h o r i a d o r'e l a c i Dn amen t,o

com as comuTl i d ad es e a u t o r i d ad e s l o ca i s ;

- E l aboraç� o e / ou a d f?qlJaçâo d e P l anos d e Con t i n g ªn c i, a s l o c a i s

-- P l an o d e d e se n v o l v i me n t o p c a p a c i t a ç�o d e r e c� rsos human os ;

- Con s i d e r a r o a s p e c to a m b i en ta l em 'todo o p ro cesso d e c i s ó r i o

de i m p l an t a çào d e ne vas i rl s t a l a ç �es .

ORI ENTA�ES PARA QUALIDADE

I jn p l an 'ta ç�o da GEst�o p e l a Qua l i d a d e Tota l em conson â n c i a

com a s d i, re t r i z e s d o F' r ê m i o N a c i o n a l d a Qua l i d ad e ;

- I m p l an t a ç�o d e S j, �;tema p a r a i d e n t i f i c a r as n e cess i d a d e s d o s

c l i en t es i n t e r n o !; e e x t e r n o s à P e t r o b r á s ;

- B u s c a r o comp ron\E t i me n t o d e todos os g e r e n t e s com a Ges t�o

pe l a Qu a l i d a d e T o ta l ;

Asseç.J l.Ur'B I'" q u e O� cc)n c: e i tos e as t,é c n i cas cl E� G e �,d::,ê.(rJ pe l <':':I,

QtJa l i d a d e T o t a l sej am d o con h e c i m� n t c d e todos os g e r-en tes ;

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I m p l an ta ç�o d e S i s tema i n te r n o p a r a a f e r i r a e f i c i ê n c i a d o

t.E' Ir-mos d e Qua l i d a d e , C a p a c i taç,;'ào , �lo r a l ,

Un i f CJ I"-m i cJ a d p d {-:? a t u c , Ç,.:�o , custo e a t en d i me n t o aos c l i e n te s

i n t e r n o s e e x te r n o s �

A çêjes e p l,..og l,....ami·:I.5 q u e v i sem a m e l hor i a cont. í n u a d a

ORIENTAÇ�ES PARA SEGURANÇA INDUSTRIAL

E l a bo r a ç � o de P rog ramas Set o r i a i s v i san d o e l i m i n a r as n � o

con f o rm i d ad e '..:; com l eg i s l a ç:� o , bem come)

t!."'\c:l a p "l:açi?:(o d a�; i n s t a l a ç"êJes aos p a d r·('jes atu a i s d e e � : i g e· n c i a d e

p ro t e ç � o d o homem e d o p a t r i mS n i D d a Compan h i a �

E s t a be l e cer· i n d :� c:adol'�es e metodo l og i a av a l i c; çg{o

!:";. i s t em á t i ca d e 3empenho no t O C i3.!l t.e aos da

seg u r an ça do homem � d o p a t r i mS n i o da Compan h i a ;

- E f etuar o l evan tamento d o s r e cursos m a t e r i a i s e d e pessoa l

da área d e Segur�.nça I n dust r i a l , v i sa n d o o t i m i z á- l os rl O

â m b i to d o S i s tema P e t l�o b r á s ;

I n co yo" p o I"·a l'" n o ��� p i""' oced i rnen t.os o p p r ê:\ c i o n a i s 00' .. , a�.:; p e c tos

r e l a c i o n a d o s com a seguran ça e a p r o t e ç�o do homem , bem como

d a s i n s t a l a ç�es ;

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P rog ramas

i n s ta l a ç�es �

d e An à l i s e G e r en c i amen t o d e R i s cos das

Deve s e r r e ss a l tado Q compromi sso d a P e t r o b rás n o

s e n 't i d o d e d esen vo l v e r suas a t i v i d a d e s d e n t r o d a s p reln i ss a s e

con c e i tos ci o Desen v o l v i me n to Sustentáve l , bem como q u e a

Compan h i a en con t ra-Sf� per- f e i tame n t e con s c i e n t e e h a b i l i ta d a a

con d u z i r d e c i s�es l i g a d a s ao m e i o a m b i en te , q u a l i d ad e e

seg u r a n ç a i n d u s t r i a l , como p a r t e d e sua g e s t � o d e n e g ó c i os .

2 5 1

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SHELL DO BRAS I L S . A .

1 - PERF I L CORPORAT I VO

CONTATO : Sr . CHR I ST I AN DOBERE I NER GERENTE CORPORAT I VO DE

ME I O AMBI ENTE (* l

A SHELL BRAS I L S . A . man tém i n v e s t i men tos d a o r d e m

d l':? LJS$ 1 , 4 b i l h:3:o n o B r as i l � r-espOn d E\ n d o arJ d e s a "f i o a m b i �:� n t a l

d e f o r m a seg u r a e r e s po n sáve l , em t o d a s as reg i � e s o n d e

Com ê:\ud i tor i as ffiOli i tOl'*a

pe r f o r m a n c e de suas u 1 i d a d e s . Age de modo l i mpo com c l i en te s

CCHmJn i d ad e . a ss i m , d e pt'? 1 D

p r o g r e s so r e s pe i t a n d o o q u e a n a tu r e z a con s t ru i u .

p l,....e s e t'"va�;�o arn b i e n t. � l � iitS', s o c: i ad a d esenvo 1 v i men t"o

(;,.\ corl ô m i co � f a z p a r te d o co t i d i an o . Em t o d o s os s e to res ,

I .... eç� i � f.:s e posi c;.;oes � predom i n a a con s c i "ê"n c i a d e q u e só u m a

atuaç�o corl j u g a d a - d e p rog resso c o m r e s pe i t o ao v e r d e POdE'

resD l v e r o p r o b l eina d rl c r e s c i m e n o i n d i s p e n s á v e l ao P a i s e às

e m p resas q ue n e l e t r a t a l tlam .

�5en s i v e i s à n e ce s s i d a d e d e m a i s r i q u e z a � p a r a q u e o

( :+: ) T o d a s as:. i n f C) Y-mê\ çÕeS a q u i Y- (-? l ê\ t t:\d 2\s f D r am t. i l .... c;\d a s d E� ma tr:.\ y- :i. a 1 i n f o r m a t i v o i n ":; t i t u c i on a 1 d a p r�ó p t .... i a �:� m p l""�?sa f":l. d e d e c l a r a ç�es [1 0 S r" . C h r i s t i an D o b e r e i rl s r .

2 52

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B r as i l sa l te con f i an t e em d i reç�o ao f u tu r o , os fun c i on á r i. os

d a S he l l n e m p o r i sso d e i x a m d e ressa l t a r a i mp e r i osa

e x i gªn c i a de q u e 8sse avan ç o n �o o c o r r a às custas d a

d e g r a d a ç � o a m b i en ta l .

P a r t i c i paç&o d a S he l l em o u t r a s s o c i e d a d e s :

PETROLEO SABBA S . A . - p a r t i c i pa çâo 90%

C I A . E X PRESS D E LOJAS DE CONVEN I �NC I A , p a r t i c i p a çâo 50%

TRANSGAMA TRANSPORTES S . A . - p a r t i c i paç�o 40 , 2%

SETP - S I S TEMA ESPEC I AL I Z ADO DE TRANSPORTES DE PETROLEO S . A .

- p a r t i c i p a ç�o 50%

COL I SUL TRANSPORTES S , A . - pa r t i c i paç�o 5 0 %

FLECHA TUR I SMO , COM�RC I O E I NDCSTR I A - p a r t i c i p a çâo 46 , 5%

C I A . DE G A S DA BAH I A - B A H I AGAS - p a r t i c i paçâo 4 1 , 4 5%

POSTOS I AT E COM�RC I O S . A . - pa r t i c i p a ç � o 60%

COM*RC I O E ADM I N I STRA�O DE POSTO SHELL I TAL LTDA .

p a r t i c i pa çâo 1 0 0 %

L M S ( BOTAFOGO ) I MOVE I S L T DA . - p a r t i c i pa çào 50%

FUSUS COM�R C I O E PART I C I PAÇ�O LTDA . - p a r t i c i p a çâo 100%

MAPEC DO BRAS I L PART I C I PAÇAO LTDA . - p a r t i c i p a çâo 100%

POL I DE R I VADOS S . A . - p d r t i c i pa ç � o 4 7 , 9%

POL I BRAS I L S . A . I NDCSTR I A E COM�RC I O - p a r t i c i p a çâo 2 5 , 7 %

BRASPOL POL I MEROS S . A . - p a r t i c i p a çâo 25%

PETROR I O - PETROQU I M I CA DO R I O DE JANE I RO S . A . - p a r t i c i p a çào

1 , 53%

B I LL I TON META I S S . A . - p a r t i c i pa çào 100%

FLORYL - FLORESTADORA YPE S . A . - p a r t i c i p a çào 100%

2 53

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2 - POL I T I CA , PLANEJAMENTO E ORGAN I ZAÇAO

Os p l'- i n c: í p i o s b á s i cos d a Compan h i a d o G r u p o S he l l

S�() :

em suas a t i v i d ad e s , Pl"'O(;1 r- e s s i v a s d e

f2m i ssô'es , e f l ue-:.:-n tes fi! r e s í d uos q u e t.e n h a m i m pa ct.o n e g a t. i vo

sobre o meio a m b i en te � com o o b j e t i vo f i n a l de e l i m i n á - l o s ;

b u s c a r- f O r n f?! C e lr- pr-odu tos e -==.; e r v i ços q ue !!. lt t i l i z ado�;;

a d e q u a d amen t e e d e accJrdo com a s i n s t r u çOe s , n�o c a usem d an o s

à s a d d e e a o me i o aln b i en te ;

p r'oteçj e r o m e i o a n b i e n t e q u e even tua l m e n t. e pudesse s e r

a f e ta d o p o r s u a s a t i v i d a d e s e b u s c a r o con t i nuo me l horamento

n a e f i c i @ n c i a do uso d I? r e cursos n a t u r a j, s e e n e r g i a .

o g er-e n c i alnen t o a m b i e n t a l devf.? l evar- ern

con 5 i d e ra ç �o 'to d a a q a ma d e i m pa c tos d a s a t i v i d ad e s ou

P I'�od t.t tO�3 i n d u s t r i l-a i s !I n a com p o s i çâo e d i n âi m i c a d o m e i o

amb i en t e � b e m como o u s o d e r e c u rsos n a t u ra i s .

o a tF.2' n d imen t.O d o d e sa f i o a m b i en t a l a

i m p l emen ta ção ela po l í t. i c a a m b i E:i'n ta l d o G r u p o , rf.?q u e r· q u e as

Compan h i a s S he l l obse rv�m os s eg u i n t es r e q u i s i tos :

254

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PO L I T ICA

_ e l a b o r a r uma p o l i t i c a a m b i er1 t a l l o ca l com obj e t i v os c l a r os ;

comun i c é -- l a à e q u i pe , às empr'eSr:':"S con t r a ta d a s e I�S d e m a i s

p a r tes i n t e r e s sa d a s ;

_ r e v i s á - l a regu l a lr'mel1 te ;

_ a s seg u r a r u m c o m p r o � e t i me n t o g e r en c i a l v i s í ve l .

S ISTE�lA DE GERENCI AI1ENTO A�18IENTAL

P l a n eJame n t o ,

i d en t i f i ca r a s a ç�e�, n e c essá r i a s p a r a a t i n g i r os o b j e t i vos

p r"opos"tos ;

d eSE� n v o 1 v e r' pl"·og r' ê:'I rnasi.

a t i n g i r o b j e t i v os e m e '�as ;

O rg a n i za ç�o e Com u n i caç�o :

para i m p l emen tE' !'" •

as po l í t i cas ,

_ d e f i n i r responsa b i l i d ad e s e e s t a b e l e c e r um s i s t ema ;

a l o c a r r e cu r sos ;

_ p rover i n f o r n)aç�es e t r e i n amen to ;

2 5 5

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_ e s t a b e l e c e r p a d r e e s e p r o ced i men tos ;

a p l i c a r t é c n i c a s e p r o c e d i men t o s a p r o p r i a d o s p a r a :

n ovas o p e r a ç�es e p r o d u to s ;

o p e r a ç � e s e p r o d u -tos e x j, s ten tes ;

n e cess i d a d e s r e f e r en te s a o p e r a çô e s passadas e d i s po s i ç�o

de res i d uos .

Co n t ro l e :

_ i d en t i f i c a r e a p l i c ar pad r�es d e p e r f orman c e ;

m e n 5 u r a r � reg i s t r a r e r e p o r t a r resu l ta d o s ;

_ c he c a r o c u m p r i men t o d o s pad r�es � n o r m a s e p r o ced i me n t o s ;

i n v es t i g a r e i n c i d en t e s e assegurar- o

a co m pan hanlen t o d as a t i v i d a d e s ;

_ p romover' aud i to r i as reg u l ares d o s i s tema e d a p e r" f ormance .

A j u s t e :

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a v a 1 i a r-' anua 1 men 'I.:.f? a s i i:uaç:?:io f? CDm p a l .... E\ 1'"" os..; r-esu 1 t a d o s

o b t i d o s com os o b j e t i v o s p r o p o s tos ;

_ r e v i s a r o s p l a n o s d e a ç � o d e a c o r d o com as n e cess i d ad e s .

As l i n ha s ines'tras d a po l i t i ca d e saúd e , segur- an ç a e

c o n s e r v a ç � o a m b i en t a l, d a S he l l B ra s i l est�o a f i x a d o s em t o d a s

as s a l a�5 d a Compan h i a e con !; .i s tem d e d e z p(J n t o �; q u e s ã o o s

Sf: g u .i n te s :

1 T o d o a c i d e n t e d e � e s e r e v j, t a d o .

2 S a ú d F:! , :.:i.e g u ran ç a cOll s e r v a ç â o

r e s p o n sa b i l i d a d e d a l i n ha d e superv i s�o .

a m b i en t. a l é urna

3 - Saúd e , seg u r a n ça e c o n s e r v a ç � o a m b i e n ta l tªm i m po r t â n c i a

i g u a l aos d em a i s o b j e t i vos g e r e n c i a i s bás i co s d a e m p r e s a �

4 - O l o c a l d e t � a ba J ho e a s p � á t i cas d e t � a b a l ho d evem s e r

!3(-2 g U I'"OS .

5 - T r e i, n am e n t o em seg u r a n ç a d e v e s e r e f i ca z e s e con s t i t u i r

fl uma a t i v i d ad e perman�n te .

6 -, I n t e resse , m o t i v a�;�o e en tusi asmo em segu r a n ç a devem s e r

pe rman en temen te i n cen 't i v a d o s .

7 -, Respon s a b i l i d a d e s pesso a i s r e l a ·t i v a s à saú d e , segllran ç a e

c o n s e r v a ç�o a m b i e n ta l j evenl s e r d e s e n v o l v i d as .

8 _M TF'él n s f e l .... g·n c i i:\ d (:) 1 1 ; .... n C1w howl l ele sE�gu r a f1 ç a ia t:e yM c: e i ro'õ.3 dev (,:·:-:­

�,;er f a c i l i t..ê:tcl a .

F i rmas c o n t r a tad.�s , q u a n d o a n osso s e rv i ço ,

o b e d e c e r a o s n ossos pa c:l r �es �

2 5 7

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A S he l l B r as i l i rl s t a l ou n ov a f á b r i c a d e emba l ag e n s

p l ás; t i c as; ( r-ee c i c l ávE i s; ) n o com p l e ,", o d a I l ha d o Govel�n a d o "- ,

q u e p r" o d u z 4 3 m i l h�es d e un i d ad e s P O I- a n o .

D I VI S710 I1ETAIS

B i l l i ton M e t. a i s teve um d eSE'm pen ho

o p e r a c i (:Jn�:,. l ( 1 992 ) (�tJe a t i n g i u n i v e i s d e e f i c i ê n c i a sein

pre c e d e n t e s tan to na A l um a r como n a Va l esu l . I s to con t r i bu i u

uma. f? >� p r ess i va n os custos o p e r a c .i o n a i s

p r o d u ç � o d e a l um i n i o .

D I V IS710 QUHIICA

A D i v i s� o Q u i nl i c a da S he l l B r as i l e suas Compan h i as

Asso c i ad a s t.'�;m u m proç,.: rama d f? q u a l i d adE? � "ta n t o fH "J campo das

OpE'r",açf.jes f a b r" i s como 1 ) 0 do S 8 1"' v i ço p l .... est.ado aos c l i e n tes ..

d e p r"od u tos; q u í m i cos i n d u s t r- i a i s

d esenvo l vem-se m e r c ados para n ovos p r o d u tos , d e s t a c a n do-se os

so l v e n t e s d e a l t i s s i m a q u a l i d ad e usados n a i n d ú s t r i a d e

t i n t.as; e e " po ,,- t a ç � :J de quan t i d a d e s s i gn i f i c a t i v a s d o

a n t i o M i d an te l on o l .

A f a b � i c a ç�o el a b o r r a c ha termo p l á s t i c a d e s t i n a-se a

su p r i r os m e r c a d o s n a c i on a l e i n te r n a c i on a l com p ro d u tos d e

a l t o d esem pen ho , e m p r e g a d o s em so l ados d e c a l çados , a d e s i vos ,

i m p e r mea b i l i z an tes , p a v i m e n t a ç � o � e t c �

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4 - INSUMOS UT I L I ZADOS

Nos P 1"' .1. m e i. 1'"'0'::;' aflOS d o p .-ó,., imo sécu l o , uma

revo l u çâ:u t. r .. a n s f D ' .... m a r á os c om b u s t :í. v e i s hoj e

u t i l i :·: ado!:'5. em todo J l'1un d o . E l a e :·: i g i r- i;� i n v e s t i me n t o s da

ordem d e b i l hbes d e d ó l a r e s e mudará c om p l etamen te o p r ocesso

d e t r a n s f o r m a çâo d o ó l eo cru e m g a s o l i n a e d i e se l .

o o b j e t i vo será r e d u z i r a po l u i ç�o

a tmosfé.- i c a e con t e r o aque c i men to g l oba l resu l t a n 'te do

c hamúdo E f e i t. o Estu f a � POI'" t. r á s dessa n ov a c)I""d E'm PI"'OdL� t. i v a

e s t.ar�o r- i g o l"'05a5 l e:· l. s , q ue e �< a tamen te os

compon en tec:J. p e r m i t i d o!:; e os p r o i b i dos e m cc\da p r ü d u i.:o . lluem

prev� i sso é o h o l a n d ª s M i c hae l Boersma , C o o r d e n a d o r da á r e a

d e f o r n e c i m e n t o d a She :. l , e m Lon d re s n

Segun d c) Boer�;ma :1 an tes d a s mudanças asso c i ad a s ao

aq u(·::;. c l. [T\ (·?n to g l o ba l , S he l l j á a postando n o

desenvo 1. v i men t.c) ele c:om t,u�, t. .í. v e i s I l l i m pos ll , p t" i n c i pa l men t.e com

menos en x o f r e e h i d rocal�bon e t os H

F'alr-a d e C02

possi b i l i d ad e s : aumen t a - a e f i c i � n c i a de c a r r o s e us� nas

q u e d e s pe.- d i çam hoj e 70 'I. do c a l ol"

p r od u z i d o s u b s t. i tu i r" c:ombus t i v e i '::i f ósse i s f o n t.es

ii\ l t. f'2 r n a t ivas ( como e n e l''' g i a so l a r , eó l i ca e n u c l e a .- ) ou

a l t e r a r as p r o p o r ç�es e n ' : r e combus t i v e i. s e x i s ten tes .

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A S he l l v e nl d e d i c an d o g ra n d e a tenç�o a o uso d e g á s

n a t u ra l . A empr esa i n veste n a l i q u e f a ç â o d o pl� o d u t o para u s o

como com bLv:;:.J."t i v e l � I 'S)so d e v e r- á amp l i a l- o u s o d e�sse p r� odu t o !,

cuj a s r�G:"sel""vas sao a bundan t.es em todo () 11un rJ o .

5 - PROCESSO PRODUT I VO

Ref 1 e t i n d o 2\ p r eocupaç1:( o d a CDmpan h i a q u an to .é:\O

i m p a c to d e Sl,.ta s a t. i v i d ades s o b l,.... �:::: o m e i o a m b i en te � a m a i o r

pa,- i:e ci o s i n veS"� t. i m e n i..o d F.� 1 9 9 2 n e s t. a á r ea ( US$ 6 , 4 m i l h�es

sobre um t o t a l de US$ 9 , 9 m i l hôes ) f o i carreada para a çôes de

proteçâo a m b i en t a l .

Com a i n t r o d u ç�o d e n ovos equi pamen tos d e con t r o l e ,

o s n i v e i s d e e m i ss�es d a s f á b r i ca s j á se c omparam com o s d a s

m e l hores d o mun d o .

A d e

( C I ol"cl e t i 1 ) ,

s;o 1 ven tes q u í m i. c os d a S he l l

( SP ) i n sta l o\J 11m s i s tema de

t r a tamen to dos e f l uen tE�s tó x i cos a t ravés do q u a l a i n dúst r i a

c a p t a iflgua par-a S(-2U con sumo n o R i o MCJfJ i --Guaçu a apenas 20

met ros do pon to o n d e sào l an ç ados seus dej e t os .

f o i o b t i d o com a t. r a n s f Ol�maçâo dos

r-e s .i d uos l .i. q u i d os i n ·f l amávf.? i s em combus t í v e l patr·a secacJ o r-e�:.

261

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O s f u n c i o n á r i o s d a C l o l'" oe t i l s�o

i n "ten s i vamen ·t e p a rM ê;\ q LH:;) t o d a ê;\ é g u a e 'f 1 uen t e ciD p r o cesso

prcl d u t i v D t Ó N i cD pass� p e l o t.a n q u G de t_ r a t ii!\me n t. o b i o l óg i co

o n d (� s a o c:o l o ca d o �::, m i c ro o r g a n i smos , q u e

a l i m e n tam d o s pY�Ddu �-:os) D r () ân i co s e e l i m i n am , a s s i m , a cii.-\ r g a

po 1 u en t. e d a á g u a . D t. r a t.a m e n t o a e r a d o çJ e ,<-a u m a e s pé c i e d e

l od o q u e é r e co l h i d o e a p r"ov e i ta d o como a d u b o n a f a z en d a o n d e

e s t ét. I D e a l i z ad a a f ,.3. b r i c a " E:: o s e f l uf:�n t e s l í q u i d os t ,'Mataclos

vâo para uma l a g o a de p o l i me n to e s�o l an ç a d o s no r i o �

6 - RELA�O COM FORNECEDORES , CL I ENTES , EMPREGADOS E AMB I ENTE

EXTERNO

Fornecedores os f or n e ce d o r e s d evem a d o t a r o s mesmos

p l'·o ceSSOf:5 q U E? a S he l l !1 p ,""o t e g e n d o a me i o t.-::\m b i e n t e .. A S h f� l l

t E-? c n o l og i a " .

n e c e S· S d f' l. i:3. t. a l

t r �? .i n amE'n to aos f u n r.: : . cHl i:1 r :L o s d €-? I..suas CDn 't.' .... a t i3. d a s �

C l ien tes S I \e l l B r a s i. l p r o po r c i on a

d a n d o

rM �:;) s p e i t c) el e :3u a s i.� t i v i d acll":? !..:; f:? p r o d u tos , a o s SE�US c l i e n tes

a t r av é s d e r e v i s ta s , m�n u a i s e f o l he tos e s pe c i f i co s u

_ Empregados - c e r t a d e q u e q u a l i d a d e d e p ro d u t o s e s e r v i ços

n:3:o se c o n q Ll i S") t a s e rr C) e m p e n h o d €-2' u m a e q u i. pe q u a l i f i c a d a a

S hf� 1 1 B r as i l

fLln c i on á r i os e m

po l .i. t i ca

l i n ha com a s e m p r esas

r �::mun e r a l'�

l i d e r e s d o

seus

p a i s ,

262

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r e f l e t i n d o uma p o l i t i ca m a i s ag r e s s i v a d e � e p o s i çâD d e p e r d a s

s a l a r- i a i s M

R e f l e t i n d o p r E: o c u paç�o permanen te d a Compan h i a com

d (�ser1 v () 1 v imen to seus f u n c i c.in á r" i(JS � em .1992 f o r"am

pr-ornov i d os eveTit.os d e t r- e i n a ment. O M En t r-e o u t r a s

i n i c i a "t .i v �:-l. 5 "f o i l an ça d o p r o g r"ama V I VA " e n f a t i z a n d o

n e c: e ss i d a d E� d e con c i 1. i 3. 1.... q u a l i d <:"?I.c:! e d e v i cL:.t. c o m o s o b j e t i vos

Os f u n c i on c'1 r- i os da S he l l d i l .... e t ame:lj""l t.e l i g ad o':"� J:, s

v i vr� m (J r- e s p e i t.o pe l o m e i o a m b i e n t e c a d e:;

i n s t a n t e � p o i s se d e d i c am a a t i n g i r a m e ta d e z e r o v a z amer1 to ,

p r o p os t a pe l o G r u p o S he l l para a s e m p resas em todo o Mur\ d o .

E n q u a n t o i sso � m u i tos d os que t r a b a l ham d i an te d e uma rne s a e

elevem te I"" .a l �� u m e:\ s v e z es 5l-?

pe l a c o n s e r v a ç� o d a n a tuy· e z a . R e c i c l a r é a r e S p D s t a � d e c l a r a

C h r- i s t i sn .

Ambiente Ex terno .- c i en t e d e s u a r e s p o n s a b i l i d ad e s o c i a l , a

B r as i l m a n tem a s u a c o n t r i b u i ç�o para a c u l t u r a ,

am p l i a n d o ao mesmt) tempo o apo i o a a t i v i d a d e s comu n i t é r i a s e

l i g a das ao mei.o a.n b i e n te �

o P r- § m i o S h. l l d e M ó s i c a e o P r-�m i o S he l l d e T e a t r o

s � o a cof1 t e c i men tos m a r c arl tes n a á r e a d a c u l t u r a �

263

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Na á r ea d e m e i o a m b i e n te , c on c l u i u-se em 1 992 � a p ó s

t. rEis an o s , EI p es q u i sa El íJo i ac!a p e l a S h E.\ l l B I"- a s i l e r ea l i z a d a

n a M a t a A t l â n t i ca d o E s t a d o d o R i o d e J an e i r o , c on d u z i d a por

d o J a r- d i m Botân i c o �I com o bj e t i vo d e

i d en t i f i ca r" e c l a ss i f i c a r a s e s p é c i es v e g e t a i s q u e compôem um

dos e c o s s i s t e m a s m a i s amea ç a d o s do Pa i s .

Na á l'"" e a com'"J n i t.�\ r i a , c i n c o m i l c r i a n ç a s c a r en te s ,

d e f a v e l a s d o R i o e B r a s i l i a , p a r t i c i pa r a m e m 1 9 9 2 de,

P r- o g r'ama S he l l d e E",polct.e Comun i t.{\ r- i o . E n t. r- e as e n t i d ad e s

f i l an t r ó p i c a s a p o i a d a t..s p e l a Compan h i a e s t i:3: o ,,\

Comun i tá r i a e d e z e n 1: i d ad e s q u e a m p a r am 8 }: ce p c i o n a i s e ve l ho s

a b a n d on ad o s .

7 - I NSTALAÇGES F I S I CAS

f"lui t. o clr, tes d e e ;·: i s t i I'" q u a l q u e r- l e g i s l a çâo ou

p r ess�o comun i t é r i � em d e f es a da e c o l og i a , a S he l l B r as i l j á

se d es t a c a v a p e l a atuaç�D r e s p o n s áv e l em suas o p e r a ç�es . Sej a

n a f á b r i ca d e ó � eos � g r a>: as e l u b r- i f i can tes n a I l ha d o

Gov e rn a d o r ( F,J ) �I D U e m sLta S"� u n i d a d e s d e I=H- o d u t o s q u í m i cos

( SI::' ) , o e n vo l v i rnen t o d a S he l l

a m b i e n te s e m p r e f o i s é r i o e r e s p o n s áv e l .

n a p re s e r v a ç � o d o

A t r a v é s d o a p o i o à p e sq u i s a , o s s e r v i ços f o r a m

moderrl i z a d o s � t é c n i cos f o r m a t r e i n ad o s � t o d a s a s o p e ra çOes d e

t r-"an s p' o r t t-2 , a r m a z e n ag e m e d i s t r- i bu i ção d e são

f i s ca l i z a d a s cem r i g o r .

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Page 276: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO - UFRJ · desenvolvimento sustentável e as estratégias que as ... um grito brotava e sacudia-lhe as raizes ... Cheguei ao cume, para além

Na d i s t r i bu i ç� � d e combu s t i v e j, s , a S he l l a p r i mo r ou-

se ao má x i m o . As bases E's t � o s e n d o automa t i, z ad a s , p a r a e v i t a r'

emi ss{�es el e V io\ p O I'- e s ou t. r' a n s b D l"' el am e n t o a c i d e n t. a l d u r a n te o

Ga l·· .. r;a é a m a i s mC)clel'�n .:"\ d o F' a :l. lI.':" !I com i n ovaçbes que a t.or· n c::..m

i n c l us i v e uma d a s m a i s avan çados d o Mun d o .

A p a r t i r d e uma r ev i s�o elas n o rmas o p e r a c i o n a i s e

d e manu ten ç�o , a Compan h j, a vem a d o t a n d o p r á t i cas , em todas as

bases , p a r a a cDn ser·vaç�o d o a m b i e n te t a i s como � a s á reas d e

C.i.� r r- e g amen -to d eIS l:am i n h�es-tanque p a v i m e n tadas com

con c r�e·tQ i m pe rmea b i l i z ado , c (-? r cadDS p o r- de

eSCCJam e n t o e e q u i p a d a s com c a i x a s s e p a r ad o r a s , rlO pon t o f i n a l

d a cD l e-ta .

E rn suas bases , a Compan h i a e m p r e g a s o f i s t i cada

t e c: n o l o (,;1 :i a man i pu l a r p r o d tJ"to ,;:,; • 1-\ e f i c i ·ün c i. a n a

seg �ega ç�o á g u a / ó l eo é d e t a l o r d e m q u e a água e f l ue n t e d a s

c a l x a s s e p a r a d o r 2s , a n t e s d e c a i r n a r" e d e pú b l i ca , passa por

cai x as onde e x i s �em p e i x e s .

Como (3e n � o bas tassem os pe i x es v i vos , s�o f e i t a s

a i rl d a co l etas p � r i ó d i c as p a �a an á l i s e q u i m i c a d a égua que s a i

q u a l q u e r -tr:i(:Jr d t.'0 ó l eo !, g r� a >: a s e su l ·f e.� tDs; e SG'':: i=-), d e m a n d a

b i oq u í m i c a e q u i m i c a d e O }: i g Ei n i o é compa t íve l c o m as n O I .... m a s

d a Compan h i a 8 d a Leg i s ], a ç�o l o c a l "

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8 - POL I T I CA DE I NVESTI MENTO E DESENVOLV I MENTO TECNOLOG I CO

F�e f l e t .i n d o a p l"eocupa ç�o el a Com pan h i a quanto ao

i m p a c t o de suas a t i v i d a d e s sob,roe Cl me i o a m b i en t e , a ma i O I'"

p a r t e d os i n v e s t i men tos d e 1992 r) 8sta á rea ( US$ 6 , 4 m i l h�es

sobre um t o t a l de US$ c , 9 m i l hbes ) foi c a r reada para a çôe s de

p ro te ç �o a m b i enta l .

Em 1 993 os � n ve s t i men tos em mej.o a m b i e n t e f o r a m d a

o r d e m d e U S $ 1 2 m i l hbes .

t.e cn o l o�J i a q u e S he l l é

t r a n s f e r i d a d a ma t r i �. , s e n d o todo o t r e i n amen to e ass i s t ª n c i a

d a d o s n .i. v e l i r: tern a c i on a 1 . Sen d o ass i m ,

tecn o l óg i co el a S he l l é un i f i ca d o e m todo o M u n d o .