UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ ... - Engenharia Florestal - CAMILE... · gerou-se uma matriz de...
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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN
SETOR DE CINCIAS AGRRIAS
CURSO DE ENGENHARIA FLORESTAL
CAMILE MOREIRA ORMIANIN
TRABALHO DE CONCLUSO DE CURSO
PLANO DE GESTO DE IMPACTOS AMBIENTAIS
CURITIBA,
2016
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CAMILE MOREIRA ORMIANIN
PLANO DE GESTO DE IMPACTOS AMBIENTAIS
Trabalho de Concluso de Curso apresentado ao Curso de Engenharia Florestal, Setor de Cincias Agrrias, Universidade Federal do Paran, como requisito para a concluso da disciplina ENGF006 e requisito parcial para obteno do ttulo de Engenheira Florestal.
Orientador: Prof. Dr. AntonioRioyeiHiga
Coorientador: Prof. Dr. Nelson Yoshihiro Nakajima
CURITIBA,
2016
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AGRADECIMENTOS
Nenhuma batalha se vence sozinha, e esta conquista tambm de
todos que me acompanharam nessa incrvel jornada.
Agradeo primeiramente a Deus, pelo dom da vida, pelo caminho
iluminado que me concedeu e por me presentear com a melhor famlia.
Agradeo especialmente aos meus pais Caio e Sandra, por me
mostrarem os verdadeiros valores da vida, pelo intenso amor dedicado durante
todos esses anos, pelo carinho e compreenso durante a graduao, porque
sem eles, a realizao deste sonho no seria possvel. Agradeo pela famlia
unida e inabalvel que construmos e por me mostrarem que o ensino pode vir
de fora, mas que educao vem de casa.
Ao meu irmo Diego, que um grande exemplo de perseverana e
honestidade, sempre me incentivando a ser uma pessoa melhor e batalhar
arduamente pelos meus objetivos.
Aos meus amigos: Alexandre Ferreira, Daniel Jacomini, Guilherme
Cadori e Jssica Galvan por estarem presentes em todos os momentos, bons
ou ruins no me deixando desistir quando o desnimo batia. Amigos que
conquistei e levarei eternamente no corao.
Ao meu orientador e amigo, Dr. Antonio Rioyei Higa, pelo acolhimento
no LAMEF desde 2010, sempre disposto a ajudar em minha vida profissional,
me mostrando os caminhos certos e abrindo portas para meu crescimento.
Deixando-me cada dia mais apaixonada pelo incrvel mundo da engenharia
florestal.
Ao meu coorientador Dr. Nelson Nakajima, pela amizade durante toda a
graduao, por todas as sugestes para a finalizao de mais este projeto,
sempre com um sorriso acolhedor.
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A todos os meus colegas e amigos do LAMEF, principalmente Paulo
Csar, Karina Koguta, Vanessa Ishibashi, Angela Ikeda, Dona Carmen Ceccon,
que sempre me ajudaram a lutar para ser uma profissional melhor.
Renova Floresta, pela oportunidade de desenvolver este projeto,
disponibilizando dados, tempo e recursos. A todos os colaboradores da
empresa, que sempre estavam dispostos a me auxiliar, levando a campo e
tirando dvidas sobre as atividades realizadas e principalmente Helena
Pereira, minha supervisora de estgio, que colaborou ativamente na
construo deste trabalho.
Ao meu grande amor Rodrigo, por toda a compreenso e apoio, pela
torcida diria para meu sucesso profissional, enfrentando todos os problemas
ao meu lado me passando segurana e fora para seguir em frente sem
prensar em desistir.
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DADOS DA ACADMICA
Nome da aluna: Camile Moreira Ormianin
GRR: 20100893
Telefone: (41) 9940-5476
E-mail:[email protected]
Endereo: Rua Governador Agamenon Magalhes, 173
Orientador: AntonioRioyeiHiga
Coorientador: Nelson Yoshihiro Nakajima
mailto:[email protected]
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RESUMO
Atualmente os 7,8 milhes de hectares com florestas plantadas ocupam apenas 0,9% do territrio brasileiro. Os plantios de Pinus, localizados principlamente nos estados do Paran e Santa Catarina, representam o segundo gnero mais plantado no pas. As plantaes florestais suprem 91% da demanda de madeira usadas nas industriais. Mas, como toda monocultura, os plantios florestais podem trazer alguns impactos ambientais para a regio onde esto inseridos. A certificao foi criada como um modo de controlar as prticas florestais, destacando positivamente aquelas que realizam o manejo sustentvel de suas reas, de forma a minimizar a crescente preocupao em nvel mundial com os desmatamentos e com os impactos das plantaes florestais. Uma forma de controle dos impactos ambientais causado pelas atividades produtivas o Plano de Gesto de Impactos Ambientais (PGIA). Este trabalho foi desenvolvido na Renova Floresta, em Rio Negrinho/SC, com o principlal objetivo de orientar as aes da empresa em relao aos impactos ambientais gerados pelas atividades produtivas, aplicando tcnicas de identificao, avaliao, preveno, mitigao e compensao. Foram analisadas todas as operaes da empresa, para identificar e avaliar os possveis impactos causados por elas. Com os dados levantados em campo, gerou-se uma matriz de impactos ambientais com quatro variveis: magnitude, amplitude, tempo de durao e reversibilidade. A partir da matriz, consegue-se verificar quais atividades causam mais impactos e direcionar as medidas de preveno, mitigao e compensao. As atividades com maior grau de impactao so aquelas ligadas diretamente com revolvimento e exposio de solo. Conclui-se ento que o PGIA uma ferramenta que auxilia na tomada de decises, que os impactos variam de acordo com o maquinrio utilizado em cada operao e apresenta medidas direcionadas para cada atividade. Recomenda-se que as medidas sejam implantadas logo aps avaliao e que o monitoramento seja frequente, para saber se as medidas esto sendo aplicadas em campo e se so suficientes. O PGIA deve ser reavaliado anualmente, pois as atividades mudam e os impactos tambm podem mudar.
Palavras-Chave: Impacto ambiental. Certificao. Matriz de impacto ambiental.
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LISTA DE FIGURAS
FIGURA 1: Mapa de localizao da Renova. ................................................... 26
FIGURA 2: Lixeira para resduos reciclveis. ................................................... 42
FIGURA 3: Lixeiras para resduos contaminados. ........................................... 42
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LISTA DE TABELAS
TABELA 1: Atividades produtivas avaliadas. ................................................... 26
TABELA 2: Levantamento dos impactos. ......................................................... 31
TABELA 3: Variveis e parmetros de avaliao. ............................................ 32
TABELA 4: Classificao do grau de impactao. ........................................... 33
TABELA 5: Matriz de impacto ambiental. ......................................................... 34
TABELA 6: Ranking do impacto ambiental. ..................................................... 35
TABELA 7: Medidas de preveno e/ou mitigao da silvicultura. ................... 36
TABELA 8: Medidas de preveno e/ou mitigao da silvicultura e colheita. .. 37
TABELA 9: Medidas de preveno e/ou mitigao da colheita florestal. ......... 38
TABELA 10: Medidas de preveno e/ou mitigao do transporte florestal e
construo de estradas. ................................................................................... 39
TABELA 11: Medidas de preveno e/ou mitigao da manuteno de
estradas, central de resduos e oficinas de campo. ......................................... 40
Tabela 12: Medidas de compensao. ............................................................. 41
TABELA 13: Classes de resduos. ................................................................... 43
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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
ABNTAssociao Brasileira de Normas Tcnicas
APP rea(s) de Preservao Permanente
ART Artigo
EPI Equipamento de Proteo Individual
FSCForest StewardshipCouncil (Conselho de Manejo Florestal)
GI Grau de Impactao
H Hectares
ISOInternationalOrganization for Standardization (Organizao Internacional para
Padronizao)
m Metro
m Metro cbico
NR Norma Regulamentadora
PGIAPlano de Gesto de Impactos Ambientais
PGRPlano de Gerenciamento de Resduos Slidos
POPProcedimento Operacional Padro
PPRAPrograma de Preveno de Riscos Ambientais
PRADPrograma de Recuperao de reas Degradadas
RL Reserva Legal
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Sumrio
1. INTRODUO ........................................................................................... 12
1.1. Problema e Contextualizao ............................................................. 12
1.2. Justificativa .......................................................................................... 13
2. OBJETIVO GERAL .................................................................................... 15
2.1. Objetivos Especficos .......................................................................... 15
3. REVISO BIBLIOGRFICA ...................................................................... 16
3.1. Pinus taeda Linnaeus ............................................................................. 16
3.2. Impacto Ambiental ................................................................................. 16
3.3. Cdigo Florestal ..................................................................................... 17
3.3.1. rea de Preservao Permanente (APP) ........................................ 18
3.3.1.1. Delimitao das reas de Preservao Permanente .................... 18
3.4. Certificao Florestal ............................................................................. 20
3.4.1. Forest Stewardship Council (FSC) ................................................. 21
3.4.1.1. Princpio 6 Impacto Ambiental ................................................... 22
3.5. Avaliao de Impacto Ambiental ............................................................ 22
3.6. Tcnicas para Avaliao de Impacto Ambiental..................................... 23
3.6.1 Metodologia de Listagem (Check-List) .............................................. 23
3.6.2 Matriz de Interaes ......................................................................... 23
3.6.3 Matriz de Leopold ............................................................................. 24
4. MATERIAL E MTODOS .......................................................................... 25
4.1. Caracterizao Geral da rea ............................................................. 25
4.2. Atividades Produtivas .......................................................................... 26
4.2.1. Silvicultura .................................................................................... 27
4.2.2. Inventrio ...................................................................................... 28
4.2.3. Colheita ........................................................................................ 28
4.2.4. Estradas ....................................................................................... 29
4.2.5. Instalaes ................................................................................... 30
4.3. Levantamento dos impactos ambientais ............................................. 31
4.4. Parmetros de Avaliao dos Impactos Ambientais ........................... 31
4.5. Medidas de Preveno, Mitigao e Compensao dos Impactos
Ambientais .................................................................................................... 33
5. RESULTADO E DISCUSSO ................................................................... 34
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5.1. Identificao e Avaliao dos Impactos Ambientais ............................ 34
5.1.1. Grau de Impacto ........................................................................... 35
5.2. Propostas de Medidas de Preveno, Mitigao e Compensao dos
Impactos Ambientais ..................................................................................... 35
5.3. Medidas Ambientais ............................................................................ 41
5.3.1. Plano de Gerenciamento de Resduos (PGR) .............................. 41
5.3.2. Embalagens de Agrotxico ........................................................... 44
5.3.3. Manuteno Mecnica .................................................................. 45
5.3.4. Treinamentos ................................................................................ 45
5.3.5. Monitoramento .............................................................................. 46
6. CONCLUSES .......................................................................................... 47
7. RECOMENDAES ................................................................................. 48
8. ANLISE CRTICA DO DESENVOLVIMENTO DO TCC ........................... 49
9. AVALIAO DO ORIENTADOR ............................................................... 50
10. AVALIAO DO COORIENTADOR ....................................................... 51
REFERNCIAS ................................................................................................ 52
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1. INTRODUO
1.1. Problema e Contextualizao
A rea de florestas plantadas no pas vem aumentando anualmente,
contando atualmente com 7,8 milhes de hectares e ocupando 0,9% do
territrio nacional. Um crescimento de 0,8% em relao ao ano de 2014. Em
2015, o Brasil manteve mais uma vez sua liderana no ranking global de
produtividade florestal (IB, 2016).
Do total de florestas plantadas no Brasil, aproximadamente 20%
reflorestada com espcie do gnero Pinus.Estes plantios, com destaque para a
espcie Pinus taeda Linnaeus, esto concentrados principalmente nos estados
do Paran (42%) e Santa Catarina (34%), e apresentam produtividade mdia
do gnero de 31 m.ha-1.ano-1. Nos ltimos anos, a rea plantada com este
gnero vem decrescendo, principalmente pela substituio por espcies do
gnero Eucalyptus que possui menor ciclo de rotao.(IB, 2016).
As florestas plantadasrespondem por 91% da madeira consumida pelas
indstrias de celulose, construo civil, mveis, energia e painis no Brasil
(IB, 2016) e os reflorestamentos so realizados, em nvel mundial,
principalmente em sistemas monoculturais em grandes extenses de reas
contguas. Em funo disso, surgiu a certificao florestal como uma forma de
monitorar e mitigar de alguns impactos ambientais negativos pelasatividades
desenvolvidas nos reflorestamentos. Inicialmente voltada para a conservao
das florestas nativas e posteriormente adotada pelas empresas de
reflorestamento, para melhoria da sua imagem, possuindo um diferencial
comercial e a garantia de origem do seu produto (FSC, 2016).
Este conceito foi adotado por gruposde empresas de base florestal e por
organizaes sociais e ambientais do mundo todo, onde iniciaram as
negociaes para a criao de uma entidade independente que estabelecesse
princpios universais para garantir o bom manejo florestal (FSC, 2016).
um processo voluntrio, onde so verificados os cumprimentos dos
princpios e critrios aplicados pela entidade certificadora, que atendem as
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exigncias da sociedade consumidora de acordo com padres de desempenho
social, ambiental e econmico.
No Brasil, mais de 8,8 milhes de hectares so certificados na
modalidade de manejo florestal, essa rea inclui as reas de conservao e as
reas produtivas, alm de outros usos existentes nos empreendimentos
certificados. Os principais sistemas de certificao do pas so o FSC e o
CERFLOR (FSC e INMETRO, 2016).
O FSC Forest StewardshipCouncil (Conselho de Manejo Florestal)
tornou-se uma entidade de maior reconhecimentointernacional na certificao
florestal, incorporando de forma igualitria os interesses de grupos sociais,
ambientais e econmicos.
1.2. Justificativa
Sustentabilidade uma realidade, uma necessidade de sobrevivncia
que leva as empresas a buscarem solues inovadoras e criativas para
adequao de seus produtos e processos, na direo de uma economia de
baixo carbono e mnimos danos ambientais (ITP, 2016).
Para as plantaes florestais, refere-se principalmente a manuteno da
capacidade produtiva do stio, no equilbrio do fluxo de energia e de nutrientes
e na conservao da capacidade de regenerao do ecossistema, alm de no
causar alteraes nos ambientes circunvizinhos (MOCHIUTTI, 2007).
Impacto ambiental compreendido como toda alterao perceptvel no
meio que comprometa o equilbrio dos sistemas naturais ou antropizados,
podendo decorrer tanto das aes humanas como dos fenmenos naturais e a
avaliao de impacto significa a interpretao qualitativa e/ou quantitativa das
mudanas, de ordem ecolgica, social, cultural ou esttica do meio. (KRAG,
2010).
O princpio 6 do FSC trata sobre impacto ambiental e o enfoque principal
deste princpio assegurar que as atividades florestais resultem num menor
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impacto sobre a floresta e outros recursos naturais, garantindo a sua
sustentabilidade a longo prazo (IMAFLORA, 2005). Para isso, so necessrios
planejamentos pr e ps-atividades para prevenir, mitigar ou at mesmo
compensar os possveis impactos negativos sobre as reas. Assim o Plano de
Gesto de Impactos Ambientais (PGIA) auxilia na tomada de decises
queatendam aos princpios estabelecidos pelas certificadoras, visando um
manejo florestal sustentvel.Para poder identificar e avaliar os impactos
ambientais necessrio conhecer profundamente as atividades que so
realizadas na empresa, pois elas variam de acordo com o plano de manejo de
cada uma.
De acordo com IMAFLORA (2005), alguns aspectos importantes a
serem considerados no PGIA so:
Corte de rvores.
Abertura de ptios e trilhas de arraste.
Construo de estradas e infraestrutura.
Preservao dos cursos dgua.
Resduos inorgnicos gerados no manejo.
Espcies raras ou ameaadas que ocorram na rea de manejo.
Uma forma de quantificar os impactos e separ-los em diferentes
graus,gerandouma matriz, onde so agrupadas as atividades que de acordo
com o seu grau de impactao.Para minimizar os efeitos negativos
importante criar medidas de preveno, mitigao e compensao visando
melhoria contnua dos processos produtivos.
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2. OBJETIVO GERAL
Propor um Plano de Gesto de Impactos Ambientais(PGIA) para orientar
as aes da Renova Floresta nas unidades de manejo no municpio de Rio
Negrinho SC, aplicando tcnicas de identificao, avaliao, preveno,
mitigao e compensaodos possveis impactos ambientais causados pelas
atividades produtivas desenvolvidas pela empresa.
2.1. Objetivos Especficos
I. Conhecer e analisar os processos produtivos da empresa
florestal;
II. Diagnosticar os impactos gerados em cada operao florestal;
III. Elaborar uma matriz de impactos ambientais;
IV. Propor medidas de preveno, mitigao e compensao
desses impactos.
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3. REVISO BIBLIOGRFICA
3.1. Pinus taedaLinnaeus
Pinus taeda L. uma confera pertencente famlia Pinaceae, originria
do sudeste dos Estados Unidos, Costa Atlntica do Sul e Golfo do Mxico
(LORENZI et al., 2003). uma espcie pioneira, apresenta rpido crescimento,
grande rusticidade, alta capacidade de adaptao e baixa exigncia nutricional
(AGUIAR et al., 2013).
Essa espcie adaptou-se muito bem na Regio Sul do Brasil, sendo
plantada principalmente nos estados do Paran e Santa Catarina. Seus
plantios ocupam atualmente 1,6 milhes de hectares, dos quais
aproximadamente 544.000 hectares em Santa Catarina (IB, 2016). Alguns
plantios comerciais alcanam incrementos mdios anuais (IMA) superiores a
45m.ha-1ano-1 devido a utilizao de material gentico melhorado e tratos
silviculturais adequados (AGUIAR et al., 2011).
Por possuir vantagens competitivas e ser favorecida pela ausncia de
inimigos naturaisfora da sua ocorrncia natural, a espcie caracterizada
como extica invasora, pois se estabelecee se reproduz de forma natural
ameaando os ecossistemas naturais onde se encontra (SAMPAIO et al.,
2011).
3.2. Impacto Ambiental
No Brasil a definio legal de Impacto Ambiental dada pela Resoluo
do Conama n1/86, art.1:
Qualquer alterao das propriedades fsicas, qumicas ou biolgicas
no meio ambiente, causada por qualquer forma de matria ou energia
resultante das atividades humanas, que direta ou indiretamente afetem:
I. A sade, a segurana e o bem-estar da populao;
II. As atividades sociais e econmicas;
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III. As condies estticas e sanitrias do meio ambiente;
IV. A qualidade dos recursos ambientais..
A norma internacional ISO 14.001 de 2004 define impacto ambiental
como qualquer modificao do meio ambiente, adversa ou benfica, que
resulte, no todo ou em parte, das atividades, produtos ou servios de uma
organizao.
Analisando essas definies, percebemos que qualquer atividade que o
homem exera no meio ambiente provocar um impacto ambiental.Esse
impacto, no entanto, pode ser positivo ou no. Infelizmente, na grande maioria
das vezes, os impactos so negativos, acarretando degradao e poluio do
ambiente.
Dentre os principais impactos ambientais negativos causados pelo
homem, podem-se citar a diminuio dos mananciais, extino de espcies,
inundaes, eroses, poluio, mudanas climticas, destruio da camada de
oznio, chuva cida, agravamento do efeito estufa e destruio de habitats
naturais.
Os impactos ambientais positivos, apesar de ocorrerem em menor
quantidade, tambm acontecem. Ao construir uma rea de proteo ambiental,
recuperar reas degradadas, limpar lagos e rios tambm causa impacto no
meio ambiente. Essas medidas, no entanto, provocam modificaes e alteram
a qualidade de vida dos humanos e de outros seres de uma maneira positiva
(SANTOS, 2016).
3.3. Cdigo Florestal
Lei que estabelece normas gerais sobre a Proteo da Vegetao
Nativa, incluindo reas de Preservao Permanente, de Reserva Legal e de
Uso Restrito; a explorao florestal, o suprimento de matria-prima florestal, o
controle da origem dos produtos florestais, o controle e preveno dos
http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/biologia/poluicao.htmhttp://mundoeducacao.bol.uol.com.br/biologia/animais-extintos.htmhttp://mundoeducacao.bol.uol.com.br/biologia/mudancas-climaticas.htmhttp://mundoeducacao.bol.uol.com.br/geografia/chuvas-acidas.htm
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incndios florestais, e a previso de instrumentos econmicos e financeiros
para o alcance de seus objetivos. O primeiro Cdigo foi estabelecido em 1934,
e desde ento, sofreu algumas grandes modificaes como em 1965, que o
tornaram mais exigente e, sua ltima encarnao foi aprovada em maio de
2012 (EMBRAPA, 2016).
Para atingir o objetivo de preservao, o cdigo florestal estabeleceu
dois tipos de reas: a Reserva Legal (RL) e a rea de Preservao
Permanente (APP). A Reserva Legal a parcela de cada propriedade ou posse
rural que deve ser preservada, por abrigar parcela representativa do ambiente
natural da regio onde est inserida e, por isso, necessria manuteno da
biodiversidade local. A explorao pelo manejo florestal sustentvel se d nos
limites estabelecidos em lei para o bioma em que est a propriedade. As reas
de Preservao Permanente tm a funo de preservar locais frgeis como
beiras de rios, topos de morros e encostas, que no podem ser desmatados
para no causar eroses e deslizamentos, alm de proteger nascentes, fauna,
flora e biodiversidade destas reas (FERREIRA, 2014).
3.3.1. rea de Preservao Permanente (APP)
No Brasil a definio legal rea de preservao permanente dada pela
Lei n 12.651, de 25 de maio de 2012, art. 3:
II - rea de Preservao Permanente - APP: rea
protegida, coberta ou no por vegetao nativa, com a funo
ambiental de preservar os recursos hdricos, a paisagem, a
estabilidade geolgica e a biodiversidade, facilitar o fluxo
gnico de fauna e flora, proteger o solo e assegurar o bem-
estar das populaes humanas.
3.3.1.1. Delimitao das reas de Preservao Permanente
O Cdigo Florestal atual, no seu art. 4, estabelece como reas de preservao permanente:
http://www.oeco.org.br/dicionario-ambiental/28574-o-que-e-o-codigo-florestal/dicionario-ambiental/27492-o-que-e-reserva-legalhttp://www.oeco.org.br/dicionario-ambiental/28574-o-que-e-o-codigo-florestal/dicionario-ambiental/27468-o-que-e-uma-area-de-preservacao-permanentehttp://www.oeco.org.br/dicionario-ambiental/28574-o-que-e-o-codigo-florestal/dicionario-ambiental/27468-o-que-e-uma-area-de-preservacao-permanentehttp://www.wikiparques.com/http://www.wikiparques.com/http://www.wikiparques.com/
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I - as faixas marginais de qualquer curso d'gua natural perene e intermitente, excludos os efmeros, desde a borda da calha do leito regular, em largura mnima de:
a) 30 (trinta) metros, para os cursos d'gua de menos de 10 (dez) metros de largura;
b) 50 (cinquenta) metros, para os cursos d'gua que tenham de 10 (dez) a 50 (cinquenta) metros de largura;
c) 100 (cem) metros, para os cursos d'gua que tenham de 50 (cinquenta) a 200 (duzentos) metros de largura;
d) 200 (duzentos) metros, para os cursos d'gua que tenham de 200 (duzentos) a 600 (seiscentos) metros de largura;
e) 500 (quinhentos) metros, para os cursos d'gua que tenham largura superior a 600 (seiscentos) metros;
II - as reas no entorno dos lagos e lagoas naturais, em faixa com largura mnima de:
a) 100 (cem) metros, em zonas rurais, exceto para o corpo d'gua com at 20 (vinte) hectares de superfcie, cuja faixa marginal ser de 50 (cinquenta) metros;
b) 30 (trinta) metros, em zonas urbanas;
III - as reas no entorno dos reservatrios d'gua artificiais, decorrentes de barramento ou represamento de cursos d'gua naturais, na faixa definida na licena ambiental do empreendimento;
IV - as reas no entorno das nascentes e dos olhos d'gua perenes, qualquer que seja sua situao topogrfica, no raio mnimo de 50 (cinquenta) metros;
V - as encostas ou partes destas com declividade superior a 45, equivalente a 100% (cem por cento) na linha de maior declive;
VI - as restingas, como fixadoras de dunas ou estabilizadoras de mangues;
VII - os manguezais, em toda a sua extenso;
VIII - as bordas dos tabuleiros ou chapadas, at a linha de ruptura do relevo, em faixa nunca inferior a 100 (cem) metros em projees horizontais;
IX - no topo de morros, montes, montanhas e serras, com altura mnima de 100 (cem) metros e inclinao mdia maior que 25, as reas delimitadas a partir da curva de nvel correspondente a 2/3 (dois teros) da altura mnima da elevao sempre em relao base, sendo esta, definida pelo plano horizontal
http://www.wikiparques.com/http://www.wikiparques.com/http://www.wikiparques.com/http://www.wikiparques.com/http://www.wikiparques.com/http://www.wikiparques.com/http://www.wikiparques.com/http://www.wikiparques.com/http://www.wikiparques.com/http://www.wikiparques.com/http://www.wikiparques.com/http://www.wikiparques.com/http://www.wikiparques.com/http://www.wikiparques.com/http://www.wikiparques.com/http://www.wikiparques.com/http://www.wikiparques.com/http://www.wikiparques.com/http://www.wikiparques.com/http://www.wikiparques.com/http://www.wikiparques.com/http://www.wikiparques.com/http://www.wikiparques.com/http://www.wikiparques.com/http://www.wikiparques.com/http://www.wikiparques.com/http://www.wikiparques.com/http://www.wikiparques.com/http://www.wikiparques.com/http://www.wikiparques.com/http://www.wikiparques.com/http://www.wikiparques.com/http://www.wikiparques.com/http://www.wikiparques.com/
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determinado por plancie ou espelho d'gua adjacente ou, nos relevos ondulados, pela cota do ponto de sela mais prximo da elevao;
X - as reas em altitude superior a 1.800 (mil e oitocentos) metros, qualquer que seja a vegetao;
XI - em veredas, a faixa marginal, em projeo horizontal, com largura mnima de 50 (cinquenta) metros, a partir do espao permanentemente brejoso e encharcado.
3.4. Certificao Florestal
um processo voluntrio no qual algumas empresas se submetem, para
atestar que seus produtos provm do bom manejo florestal, assegurando
determinados padres de qualidade e sustentabilidade (SFB, 2016).
Visa proporcionar condies dignas e justas aos trabalhadores, manter
boas relaes com a comunidade e conservar os recursos naturais
(IMAFLORA, 2016).
Os produtos certificados possuem garantia de origem, valor agregado e
capaz de conquistar um pblico mais exigente, permitindo ao consumidor a
consciente opo de um produto que no degrada o meio ambiente, contribui
para o desenvolvimento social e econmico das sociedades florestais (WWF,
2016).
Qualquer empresa ou pessoa que extraia, produza, consuma,
industrialize ou comercialize matria-prima ou produtos de origem florestal
(proveniente de florestas nativas ou plantaes florestais), como
empreendimentos de manejo florestal, indstrias de celulose e papel ou de
embalagens, moveleiras, grficas, comunidades, marcenarias, empresas do
ramo de cosmticos, exportadores, distribuidores, cooperativas, entre outros,
pode solicitar a certificao (IMAFLORA, 2016).
O processo de certificao requer basicamente cinco etapas:
I. Contato inicial - A operao florestal entra em contato com a certificadora;
http://www.wikiparques.com/http://www.wikiparques.com/http://www.wikiparques.com/http://www.wikiparques.com/http://www.wikiparques.com/http://www.wikiparques.com/http://www.wikiparques.com/http://www.wikiparques.com/
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II. Avaliao - Consiste em uma anlise geral do manejo, da documentao e da avaliao de campo. O seu objetivo preparar a operao para receber a certificao. Nessa fase so realizadas as consultas pblicas, quando os grupos de interesse podem se manifestar;
III. Adequao - Aps a avaliao, a operao florestal deve adequar as no conformidades (quando houver);
IV. Certificao da operao - A operao florestal recebe a certificao. Nessa etapa, a certificadora elabora e disponibiliza um resumo pblico;
V. Monitoramento anual - Aps a certificao realizado pelo menos um monitoramento da operao ao ano (FSC, 2016).
3.4.1. Forest StewardshipCouncil(FSC)
uma organizao independente, no governamental, sem fins
lucrativos, criada para promover o manejo florestal responsvel ao redor do
mundo.
Fundado em 1993 como resposta s preocupaes sobre o
desmatamento global, o FSC um frum pioneiro, que rene vozes do
hemisfrio norte e sul, para definir o que um manejo florestal ambientalmente
adequado, socialmente benfico e economicamente vivel, e identificar
ferramentas e recursos que promovam uma mudana positiva e duradoura nas
florestas e nos povos que nela habitam.
Atravs do sistema de certificao, o selo FSC reconhece a produo
responsvel, permitindo que os consumidores e as empresas tomem decises
conscientes de compra, beneficiando as pessoas e o ambiente, bem como
agregando valor aos negcios florestais.
O FSC representado nacionalmente em mais de 70 pases ao redor do
mundo e tem sua sede em Bonn, na Alemanha.
No Brasil, desde 1996, um grupo de trabalho comeou a articular as
decises em torno do FSC, iniciativa esta que se formalizou em 2001 com o
Conselho Brasileiro de Manejo Florestal (FSC Brasil, 2016).
-
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3.4.1.1. Princpio 6 Impacto Ambiental
O manejo florestal deve conservar a diversidade ecolgica e seus valores associados, os recursos hdricos, os solos, os ecossistemas e paisagens frgeis e singulares. Dessa forma estar mantendo as funes ecolgicas e a integridade das florestas.
Critrio 6.1. A avaliao dos impactos ambientais ser concluda de acordo com a escala, a intensidade do manejo florestal e o carter nico dos recursos afetados eadequadamente integrados aos sistemas de manejo. As avaliaes devem incluir consideraes em nvel da paisagem, como tambm os impactos das instalaesde processamento local. Os impactos ambientais devem ser avaliados antes do incio das operaes impactantes no local da operao.
Critrio 6.5. Devem ser preparadas e implementadas orientaes por escrito para: controlar a eroso; minimizar os danos durante a colheita, construo de estradas e todos os outros distrbios de ordem mecnica; e proteger os recursos hdricos.
3.5. Avaliao de Impacto Ambiental
So estudos constitudos de um conjunto de atividades tcnicas e
cientficas, que incluem o diagnstico ambiental com a caracterstica de
identificar, medir, prevenir, mitigar e compensar os impactos ambientais
causados pelas atividades.
um instrumento que d subsdio ao processo de tomada de deciso,
com o propsito de obter informaes atravs de um monitoramento
sistemtico das atividades do projeto (PIMENTEL, 1992).
Para obter o cenrio atual da rea, geralmente trs fatores so
estudados para identificar os possveis impactos ambientais:
Meio Fsico - estuda a climatologia, a qualidade do ar, o rudo, a
geologia, a geomorfologia, os recursos hdricos (hidrologia, hidrologia
superficial, oceanografia fsica, qualidade das guas, uso da gua), e o solo;
Meio Biolgico - estuda o ecossistema terrestre, o ecossistema
aqutico e o ecossistema de transio;
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Meio Antrpico - estuda a dinmica populacional, uso e ocupao do
solo, nvel de vida, estrutura produtiva e de servio e organizao social.
3.6. Tcnicas para Avaliao de Impacto Ambiental
3.6.1 Metodologia de Listagem (Check-List)
Consiste na identificao e enumerao dos impactos positivos ou
negativos a partir do diagnstico ambiental realizado nos monitoramentos de
campo, conforme as modificaes antrpicas introduzidas no projeto analisado
(COSTA et al., 2005).
Geralmente apresentado em forma de questionrio a ser preenchido,
direcionando a avaliao a ser realizada e obtendo resultado qualitativo
imediato dos impactos mais relevantes. No considera relaes de causa e
efeito, sendo adequada apenas em avaliaes preliminares (ROVERE, 1992).
3.6.2 Matriz de Interaes
So basicamente mtodos de identificao, podendo receber pesos para
cada parmetro. As matrizes so tecnicamente bidimensionais, que relacionam
aes com fatores. O princpio bsico consiste em assinalar todas as possveis
interaes entre os fatores e as aes para estabelecer uma escala de
importncia para cada impacto positivo e negativo. O estabelecimento dos
pesos um dos pontos mais crticos, por no estabelecer claramente as bases
de clculos das escalas de pontuao de importncia e magnitude (COSTA et
al., 2005).
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24
3.6.3 Matriz de Leopold
uma das matrizes mais conhecidas mundialmente, criada em 1971
para o servio geolgico do interior dos Estados Unidos, um mtodo
qualitativo que permite avaliar impactos ambientais. Consiste primeiramente
em assinalar todas as interaes possveis entre aes e fatores, identificando
se positivo ou negativo, para em seguida estabelecer a magnitude e a
importncia de cada impacto com uma escala variando de 1 a 10.
Enquanto a valorao da magnitude relativamente objetiva ou
emprica, pois se refere ao grau de alterao provocado pela ao sobre o fato
ambiental, a pontuao da importncia subjetiva ou normativa uma vez que
envolve atribuio de peso relativo ao fator afetado no mbito do projeto.
Um dos pontos mais crticos da elaborao da matriz o
estabelecimento de pesos, pois no explicita claramente as bases de clculos
das escalas de pontuao de importncia e magnitude.
Os atributos de impacto, com sua escala nominal (atribuindo
qualificaes, por exemplo, alto, mdio e baixo) e ordinal (atribuindo uma
ordenao hierarquizada por exemplo, primeiro, segundo e terceiro graus),
possibilitam uma melhora da anlise qualitativa (ALMEIDA et al., 1994).
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25
4. MATERIAL E MTODOS
4.1. Caracterizao Geral da rea
O trabalho foi conduzido na empresa Renova Floresta, com sede
localizadano municpio de Rio Negrinho SC, e suas fazendas distribudas nos
municpios da regio do planalto serrano, norte catarinense e sul do Paran,
concentrando principalmente nos municpios de Rio Negrinho, Rio dos Cedros,
Rio Negro, Mafra e Corup.
Segundo Kppen o clima na regio classificado como Cfb - temperado,
com vero ameno, chuvas uniformemente distribudas, sem estao seca. A
temperatura mdia de 17C, a precipitao mdia anual de 1400 mm, com
possvel ocorrncia de geadas geralmente nos meses de junho a agosto.
Os solos pertencem predominantemente s classes de Cambissolo e
Podzolos, mas em menores reas, tambm esto presentes as classes: litlico,
litossolo e hidromrficogleyzado.
A regio de insero das fazendas se caracteriza originalmente pela
grande diversidade ambiental, conferida pelo seu posicionamento geogrfico.
Encontra-se basicamente em duas sub-regies: Floresta Ombrfila Mista
FOM e Regio de Transio (Ectono).
As fazendas localizadas na regio daFOM possuem praticamente toda a
vegetao nativa secundria, nos estgios iniciais e mdios, os mais
avanados so encontrados em menor quantidade e em encostas mais
ngremes. J as fazendas que se localizam na regio de transio, so
caracterizadas pela mistura da FOM com a Floresta Ombrfila Densa - FOD,
apresentando flora das duas regies.
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FIGURA 1: Mapa de localizao da Renova. Fonte: Renova.
4.2. Atividades Produtivas
As atividades florestais foram avaliadas de acordo com o grau de
interferncia sobre os recursos naturais, principalmente solos e recursos
hdricos, conforme disposto na tabela 1:
TABELA1: Atividades produtivas avaliadas.
REA TCNICA ATIVIDADE PRODUTIVA
SILVICULTURA
Coleta de sementes Preparo de solo Marcao e plantio Combate formiga Manuteno com foice Manuteno com herbicida
INVENTRIO FLORESTAL Marcao e inventrio florestal
COLHEITA Desbastes Colheita florestal
ESTRADAS Transporte florestal Construo de estradas Manuteno de estradas
INSTALAES
Depsito de produtos qumicos
Central de resduos
Oficinas
Fonte: a autora (2016).
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4.2.1. Silvicultura
acincia dedicada ao estudo dos mtodos naturais e artificiais de
regenerar e melhorar os povoamentos florestaiscom vistas a satisfazer as
necessidades do mercado e, ao mesmo tempo, aplicao desse estudo para
a manuteno, aproveitamento e o uso racional das florestas. oconjunto de
todas as medidas tendentes a incrementar o rendimento econmico das
rvores at se alcanar quando menos, um nvel que permita um maneio
sustentvel (LAMPRECHT, 1990).
Este setor abrange atividades fundamentais para a implantao de um
reflorestamento.
4.2.1.1. Coleta de Sementes
A produo de sementes de alta qualidade fundamental para o
sucesso do reflorestamento. O modo da colheita de sementes depende da
altura da rvore e dos equipamentos disponveis. necessrio que se tenha
um cuidado especial com a seleo das matrizes para a coleta de sementes.
As sementes coletadas so enviadas para um viveiro terceirizado para a
produo das mudas.
4.2.1.2. Preparo do Solo
Visa melhoria das condies fsicas e qumicas para garantir o
crescimento radicular e o estabelecimento da muda no terreno. As tcnicas de
plantio direto e cultivo mnimo so indicados para reduzir os impactos
ambientais, pois no usam maquinrio e no deixa o solo completamente
descoberto.
4.2.1.3. Marcao e Plantio Manual
Os alinhamentos so identificados com balizas e as mudas devem ser
plantadas na vertical, firmes, para minimizar o replantio e permitir posteriores
tratos culturais.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ci%C3%AAnciahttps://pt.wikipedia.org/wiki/Floresta
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4.2.1.4. Combate Formiga
uma atividade de proteo do plantio contra o ataque de formiga
cortadeira, para garantir a sanidade do reflorestamento em fase de
implantao. realizada com distribuio de iscas formicidas em porta iscas
(MIPIs) com produtos com baixa periculosidade ambiental.
4.2.1.5. Manuteno
As manutenes so realizadas at que as mudas estejam totalmente
adaptadas, com porte para crescerem sem mais intervenes.
So divididas em dois tipos: manual com foice e com herbicida.
A roada e a aplicao de herbicida so feitas para combater asplantas
daninhas, para que no causem competio de luz e nutrientes com a cultura e
tambm para proteger a rea contra ataque de roedores.
4.2.2. Inventrio
Fornece um conjunto de informaes bsicas para a gesto das
operaes florestais, auxiliando na colheita, manejo, melhoramento e
principalmente planejamento. conduzido atravs de coleta de dados no
campo, processamento dos dados e anlise dos resultados.
Aps a definio do planejamento realizada a marcao das rvores
para desbaste.
4.2.3. Colheita
A colheita florestal do ponto de vista linear a ltima atividade
operacional de um empreendimento florestal, logo a sua eficincia a garantia
de bons rendimentos. a atividade que possui as maiores presses de
produtividade em consequncia de seus avanos tecnolgicos que foram
maiores em relao aos outros setores florestais. A colheita deve ser
gerenciada com muita cautela devido a sua forte influncia no ambiente em
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29
que est inserida. A colheita de madeira dividida em duas etapas: desbastes
e corte raso.
A operao de desbaste antecede o corte raso, podendo ser aplicada
mais de uma vez ao povoamento, em perodos diferentes, visando remover
apenas uma porcentagem dos indivduos de uma determinada populao,
definido pelo manejo florestal. Com a remoo destes indivduos haver
disponibilidade de luz, gua e nutrientes suficientes para que os
remanescentes continuem crescendo de modo significativo.
O corte raso consiste na retirada total dos indivduos de uma
determinada rea, no devendo restar mais indivduos nesta aps as
operaes.
Estas atividades so realizadas com mquinasharvester para corte e
forwarder para a remoo da madeira de dentro do talho.
4.2.4. Estradas
As estradas florestais so as mais importantes vias de acesso s
florestas, servindo para viabilizar o trfego de mo-de-obra e os meios de
produo, necessrios para implantao, proteo, colheita e transporte dos
produtos florestais. A atividade de transporte da madeira est diretamente
relacionada com as condies de trafegabilidade das estradas. Existem
basicamente trs atividades dentro da rea de estradas: construo,
manuteno e transporte.
Estas atividades tambm so realizadas com maquinrio:
retroescavadeira, rolo compressor, motoniveladora, escavadeira e caminhes
(prancha e basculante).
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4.2.5. Instalaes
4.2.5.1. Depsito de Qumicos
O armazenamento de produtos qumicos deve ser feito em local
especfico onde atenda a NR 31, que define os seguintes critrios:
As edificaes destinadas ao armazenamento de agrotxicos,
adjuvantes e produtos afins devem:
I. Ter paredes e cobertura resistentes;
II. Ter acesso restrito aos trabalhadores devidamente capacitados a
manusear os referidos produtos;
III. Possuir ventilao, comunicando-se exclusivamente com o exterior e
dotada de proteo que no permita o acesso de animais;
IV. Ter afixadas placas ou cartazes com smbolos de perigo;
V. Estar situadas a mais de trinta metros das habitaes e locais onde so
conservados ou consumidos alimentos, medicamentos ou outros
materiais, e de fontes de gua;
VI. Possibilitar limpeza e descontaminao.
As embalagens vazias devem ser guardadas no mesmo local, at serem
destinadas a uma empresa especializada em coleta de embalagens de
agrotxicos.
4.2.5.2. Central de Resduos
um depsito intermedirio de resduos, onde se concentram e
separam todos os resduos para que recebam a correta destinao final.
4.2.5.3. Oficinas de Campo
Local para realizao da manuteno das mquinas, onde guardam
correntes, leos, lubrificantes, ferramentas, etc.
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4.3. Levantamento dos impactos ambientais
Consiste na identificao dos impactos que possam causarprejuzo aos
recursos naturais. realizada atravs de visitas a campo durante as atividades
produtivas. Os impactos foram divididos de acordo com o meio em que
ocorrem (Tabela 2).
TABELA 2: Levantamento dos impactos.
LOCAL IMPACTO AMBIENTAL POTENCIAL
GUA Contaminao da gua Assoreamento do leito dos rios
Resduos operacionais dentro dos rios
SOLO
Revolvimento do solo Exposio do horizonte A Derramamento de combustvel no solo Derramamento de leo no solo Compactao do solo Eroso Reduo da cobertura vegetal Percolao de produto qumico no solo Lixiviao Disperso de produto qumico
APP
Queda de rvores nativas Presso sobre a APP
Resduos operacionais dentro das APPs
AMBIENTE Resduos gerados por colaboradores Fonte: a autora (2016).
4.4. Parmetros de Avaliao dos Impactos Ambientais
Para quantificar os impactos levantados em campo, adaptou-se a matriz
de Leopold, utilizando-se dos seguintes parmetros (tabela 3):
Magnitude: envolve a medida de intensidade do impacto atravs de
indicadores qualitativos ou quantitativos, quando possvel. um parmetro de
comparao entre os impactos e pode ser definido como: P (pequeno); M
(mdio) e G (grande).
Amplitude: indica a abrangncia espacial o a rea de influncia do impacto:
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L (local) restrito apenas ao local onde ocorre (talho/projeto);
R (regional) pode causar danos que ultrapassam os limites do
projeto ou talho podendo provocar efeitos sobre a rea da UMF
e entorno.
Tempo de durao: retrata o perodo ou tempo de durao do impacto
considerando o horizonte de tempo de uma rotao:
T (temporrio) apenas durante certo perodo ou fase do projeto;
C (cclico) em perodos diferentes ou se repetem ciclicamente;
P (permanente) no tem fim previsvel.
Reversibilidade:refere-se capacidade de reverso ou recomposio do
ambiente sob efeito do impacto:
R (reversvel) o ambiente se recupera espontaneamente ou
atravs de medidas de recomposio;
PR (parcialmente reversvel) o novo ambiente pode ser
recuperado, porm apresenta caractersticas bsicas
diferenciadas do seu antecessor.
IR (irreversvel) no h recomposio possvel e as medidas
so de carter compensatrio.
TABELA3: Variveis e parmetros de avaliao.
VARIVEL PARMETRO VALORES
Magnitude Pequena 1 Mdia 2 Grande 3
Amplitude Local 1 Regional 2
Tempo de durao Temporrio 1 Cclico 2 Permanente 3
Reversibilidade
Reversvel 1
Parcialmente Reversvel 2
IRreversvel 3
Fonte: a autora (2016).
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O grau de impactao (GI) total definido pelo somatrio das medidas
de: Magnitude (M), Amplitude (A), Tempo de durao (T) e Reversibilidade (R),
atravs da frmula:
GI= M+A+T+R
O GI poder ser baixo, moderado ou alto, de acordo com o intervalo
calculado.
TABELA 4:Classificao do grau de impactao.
Fonte: a autora (2016).
4.5. Medidas de Preveno,Mitigao e Compensao dos
Impactos Ambientais
So medidas que ajudam a manter a melhoria contnua dos processos
produtivos,variam de acordo com o impacto causado. Assim como a avaliao
dos impactos, as medidas propostas devem ser indicadas atravs de
observaes em campo.
Medidas de preveno devem ser priorizadas, pois elas tm o objetivo
de evitar que os impactos negativos aconteam, visando eliminar ou reduzir
suas causas.
J as medidas de mitigao visam abrandar parcial ou totalmente os
danos causados pelos impactos.
Finalmente as medidas de compensao propem-na a reestabelecer o
equilbrio do meio ambiente, compensando os efeitos dos impactos que no
puderam ser prevenidos ou mitigados.
GRAU DE IMPACTAO SOMA COR
Baixo 4~5
Moderado 6~7
Alto > 8
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5. RESULTADO E DISCUSSO
O Plano de Gesto de Impactos Ambientais (PGIA) deve contemplar
primeiramente as etapas de identificao e avaliao dos impactos ambientais
para verificar quais atividades possuem o maior grau de impacto e assim
nortear as medidas de preveno, mitigao e compensao.
5.1. Identificao e Avaliao dos Impactos Ambientais
Com base na identificao dos impactos ambientais para as atividades
avaliadas e considerando os parmetros expostos foi gerada a matriz de
impactos ambientais (TABELA 5).
TABELA 5: Matriz de impacto ambiental.
Atividades Magnitude Amplitude Reversibilidade Tempo de Durao
Coleta de sementes 1 1 1 2 5
Preparo do solo manual 2 1 1 1 5
Marcao e plantio manual
1 1 1 1 4
Combate formiga 2 1 1 1 5
Manuteno com herbicida
2 1 2 2 7
Manuteno manual 1 1 1 1 4
Controle da vespa da madeira
2 1 1 1 5
Oficinas 2 1 2 1 6
Depsito de produtos qumicos
1 1 1 1 4
Central de resduos 2 1 2 1 6
Inventrio florestal 1 1 2 1 5
Desbastes 2 1 2 2 7
Colheita florestal 3 2 1 2 8
Transporte florestal 2 2 1 1 6
Manuteno de estradas 3 1 2 2 8
Construo de estradas 3 2 3 3 11
Fonte: a autora (2016).
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35
Com os resultados obtidos na matriz de impactos ambientais, observamos
quais as atividades produtivas possuem o maior grau de impacto, conforme a TABELA
6.
TABELA 6: Ranking do impacto ambiental.
GRAU DE IMPACTAO ATIVIDADES
Alto Colheita florestal
Manuteno de estradas
Construo de estradas
Moderado
Manuteno com herbicida
Desbastes
Transporte florestal
Oficinas de campo
Central de resduos
Baixo
Coleta de sementes
Manuteno manual
Preparo do solo manual
Combate formiga cortadeira
Marcao e plantio manual
Controle da vespa da madeira
Inventrio florestal
Depsito de produtos qumicos
Fonte: a autora (2016).
5.1.1. Grau de Impacto
I. Alto: so operaes que trabalham com maquinrio pesado, realizando
o revolvimento solo e o deixando descoberto, podendo gerar eroso,
compactao e lixiviao.
II. Moderado: so atividades que tambm envolvem mquinas pesadas ou
produtos qumicos, como herbicidas, combustveis e lubrificantes.
III. Baixo: geralmente operaes manuais, ou que utilize produto qumico
pontualmente, sem se dispersar no ambiente.
5.2. Propostas de Medidas de Preveno,Mitigao e
Compensao dos Impactos Ambientais
NasTABELAS 7, 8, 9, 10 e 11 esto descritos os impactos ambientais
por atividade, o efeito que este impacto causa no ambiente e as possveis
medidas preventivas e mitigadoras para minimizar os impactos.
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TABELA 7: Medidas de preveno e/ou mitigaoda silvicultura.
Atividade Impacto Ambiental
Potencial Efeito do Impacto
Ambiental Medidas Preventivas e/ou
Mitigadoras
Coleta de sementes
Movimentao de pessoal gerando resduos dentro da rea.
Resduo no ambiente Promover coleta de resduos para descarte e encaminhar para a central de resduos
Preparo de solo manual
Reduo da cobertura vegetal do solo.
Reduo da umidade do solo, alterao da composio dos microrganismos do solo.
Espalhar uniformemente os resduos na rea favorecendo a ciclagem dos nutrientes e reduzindo a exposio do solo.
Movimentao de pessoal gerando resduos dentro da rea.
Resduo no ambiente Promover coleta de resduos para descarte e encaminhar para a central de resduos
Danificar reas de conservao.
Danos ambientais nas reas de conservao.
Realizar treinamento para os colaboradores.
Marcao e plantio manual
Plantio em rea de conservao
Extica em rea de conservao.
Realizar o balizamento do plantio
Movimentao intensa de pessoal gerando resduos dentro da rea.
Abandono de resduos plsticos no ambiente.
Recolher os resduos e encaminhar para a central de resduos.
Danificar reas de conservao.
Danos ambientais nas reas de conservao.
Realizar treinamento para os colaboradores.
Combate formiga
Disperso de produto qumico no ambiente.
Disperso no ambiente. Contaminao qumica do funcionrio.
Uso completo de EPI e treinamento de funcionrios. Os mipis atuam como um centralizador do principio ativo porque possui atrativos para a formiga cortadeira.
Movimentao de pessoal gerando resduos dentro da rea.
Resduo no ambiente Promover coleta de resduos para descarte e encaminhar para a central de resduos
Danificar reas de conservao.
Danos ambientais nas reas de conservao.
Realizar treinamento para os colaboradores.
Manuteno com aplicao de herbicida
Disperso de produto qumico no ambiente.
Contaminao do ambiente e do trabalhador pelo produto qumico.
Uso completo de EPI e treinamento de funcionrios. Seguir as instrues descritas no Procedimento Operacional.
Derramamento de produto qumico nos locais de abastecimento.
Contaminao do solo. Recolher o solo contaminado e enviar para a central de resduos.
Movimentao de pessoal gerando resduos dentro da rea.
Resduo no ambiente Promover coleta de resduos para descarte e encaminhar para a central de resduos
Danificar reas de conservao.
Danos ambientais nas reas de conservao.
Realizar treinamento para os colaboradores.
Fonte: a autora, 2016.
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TABELA 8: Medidas de preveno e/ou mitigao da silvicultura e colheita.
Atividade Impacto Ambiental
Potencial Efeito do Impacto
Ambiental Medidas Preventivas e/ou
Mitigadoras
Manuteno manual
Reduo da cobertura vegetal do solo.
Reduo da umidade do solo, alterao da composio dos microrganismos do solo.
Espalhar uniformemente os resduos da roada na rea favorecendo a ciclagem dos nutrientes e reduzindo a exposio do solo.
Movimentao de pessoal gerando resduos dentro da rea.
Resduo no ambiente Promover coleta de resduos para descarte e encaminhar para a central de resduos
Danificar reas de conservao.
Danos ambientais nas reas de conservao.
Realizar treinamento para os colaboradores.
Controle da vespa
Movimentao intensa de pessoal gerando resduos dentro da rea.
Resduos no ambiente. Recolher os resduos para descarte correto e enviar para a central de resduos.
Danificar reas de conservao.
Danos ambientais nas reas de conservao.
Realizar treinamento para os colaboradores.
Desbastes
Queda de rvores sobre reas de Preservao Permanente.
Quebra de rvores nativas e destruio de plntulas com danos ao equilbrio ambiental.
Seguir um correto direcionamento de corte visando evitar a queda de rvores sobre reas de Preservao Permanente.
Derramamento de combustveis no solo.
Contaminao do solo e corpos hdricos
No realizar o abastecimento das mquinas em uma distncia mnima de 30m das APPs.
Compactao do solo.
Eroso, lixiviao e impermeabilizao do solo.
Usar os ramais gerados pelas mquinas de corte. Utilizar o forwarder para o baldeio das toras.
Alterao das propriedades mecnicas do solo.
Derramamento de leo no solo.
Contaminao do solo e corpos hdricos
Utilizar kit ambiental durante manuteno das mquinas.
Danificar reas de conservao.
Danos ambientais nas reas de conservao.
Realizar treinamento para os colaboradores.
Presso sobre a APP Danificar as reas de preservao permanente.
Evitar a entrada das mquinas prximas s APPs.
Movimentao de pessoal gerando resduos dentro da rea.
Resduo no ambiente Promover coleta de resduos para descarte e encaminhar para a central de resduos
Fonte: a autora (2016).
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TABELA 9: Medidas de preveno e/ou mitigao da colheita florestal.
Atividade Impacto
Ambiental Potencial
Efeito do Impacto Ambiental
Medidas Preventivas e/ou Mitigadoras
Colheita Florestal Mecanizada
Retirada das rvores do reflorestamento.
Impacto visual. Fragmentao dos ambientes florestais.
As reas de colheita so imediatamente reflorestadas, no existindo sistema de pousio.
Reduo da cobertura vegetal do solo.
Reduo da umidade do solo, alterao da composio dos microrganismos do solo.
Os resduos que no so aproveitados comercialmente so deixados na rea, promovendo a ciclagem de nutrientes.
Queda de rvores sobre reas de Preservao Permanente.
Quebra de rvores nativas e destruio de plntulas com danos ao equilbrio ambiental.
Seguir um correto direcionamento de corte visando evitar a queda de rvores sobre reas de Preservao Permanente.
Derramamento de combustveis no solo. Comboio e motosserra.
Contaminao do solo. Utilizar estopa para evitar que pingos caiam no cho na retirada da bomba.
Compactao do solo.
Reduo da umidade do solo, alterao da composio dos microrganismos do solo.
Priorizar o uso do sistema de explorao adequado ao terreno. Seguir o micro-planejamento.
Eroso, lixiviao e impermeabilizao do solo. Alterao das propriedades do solo.
Derramamento de leo no solo.
Contaminao do solo e corpos hdricos
Utilizar kit ambiental durante manuteno das mquinas.
Movimentao de pessoal gerando resduos dentro da rea.
Resduos no ambiente.
Promover a coleta de resduos para descarte e encaminhar para central de resduos.
Danificar reas de conservao.
Danos ambientais nas reas de conservao.
Realizar treinamento para os colaboradores.
Fonte: a autora (2016).
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TABELA 10: Medidas de preveno e/ou mitigao do transporte florestal e construo de estradas.
Atividade Impacto
Ambiental Potencial
Efeito do Impacto
Ambiental
Medidas Preventivas e/ou Mitigadoras
Transporte Florestal
Compactao de solo.
Eroso, lixiviao e impermeabilizao do solo.
Limitar o tamanho das cargas aos limites estipulados pela Lei da Balana. Proceder a manuteno permanente nas estradas em uso.
Derramamento de leo no solo.
Contaminao do solo e corpos hdricos
Utilizar kit ambiental durante manuteno das mquinas.
Queda de toras das cargas nas estradas.
Acidentes de trnsito.
Fixar adequadamente as cargas.
Acmulo de madeiras nas margens das estradas.
Manter equipe para recolhimento de resduos de cargas ao longo das estradas e desobstruo de valas.
Movimentao de pessoal gerando resduos dentro da rea.
Resduos no ambiente.
Manter sistema de orientao junto aos empregados, principalmente os freteiros, quanto aos cuidados com a deposio de resduos nas frentes de trabalho e estradas.
Promover a coleta de resduos e encaminhar para centro de triagem de resduos na sede da empresa.
Manter placas de sinalizao e orientao nas reas de fluxo de pessoal.
Danificar reas de conservao.
Danos ambientais nas reas de conservao.
Realizar treinamento para os colaboradores.
Construo de estradas
Remoo da camada superficial do solo (Horizonte A).
Eroso, lixiviao e impermeabilizao do solo.
Novas estradas no devem ser abertas paralelamente sobre reas de Preservao Permanente.
Compactao do solo
Alterao das propriedades mecnicas do solo.
Avaliar as caractersticas ambientais (solo, vegetao, recurso hdrico, declividade), construir a estrada de acordo com essas caractersticas.
Remoo de cascalho em reas de cascalheiras.
Degradao de reas, eroso, lixiviao
Todas as cascalheiras sero exploradas legalmente (segundo PCA) e devem ser recuperadas segundo o PRAD.
Derramamento de combustveis no solo.
Contaminao do solo e corpos hdricos.
Utilizar bacia de conteno no abastecimento de equipamentos.
Manter sistema de orientao junto aos empregados quanto aos cuidados com a deposio de resduos nas frentes de trabalho e estradas.
Movimentao de pessoal gerando resduos dentro da rea.
Resduos no ambiente.
Promover a coleta de resduos e encaminhar para a central de resduos.
Manter placas de orientao nas reas de fluxo de pessoal.
Danificar reas de conservao.
Danos ambientais nas reas de conservao.
Realizar treinamento para os colaboradores.
Fonte: a autora (2016).
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TABELA 11: Medidas de preveno e/ou mitigao da manuteno de estradas, central de resduos e oficinas de campo.
Atividade Impacto
Ambiental Potencial
Efeito do Impacto Ambiental
Medidas Preventivas e/ou Mitigadoras
Manuteno de Estradas
Derramamento de combustveis no solo.
Contaminao do solo e corpos hdricos.
Utilizar serragem no abastecimento de equipamentos. Em caso de derramamento utilizar serragem imediatamente sobre o solo contaminado.
Recolher material contaminado e encaminhar para o centro de triagem de resduos.
Manter sistema de orientao junto aos empregados quanto aos cuidados com a deposio de resduos nas frentes de trabalho e estradas.
Deposio de sedimentos em APP.
Danificar rea nativa. Treinamento dos colaboradores
Monitoramento das atividades
Movimentao de pessoal gerando resduos dentro da rea.
Resduo no ambiente. Promover coleta de resduos para descarte e encaminhar para a central de resduos
Danificar reas de conservao.
Danos ambientais nas reas de conservao.
Realizar treinamento para os colaboradores.
Central de Resduos Separao incorreta dos resduos.
Contaminao de resduos reciclveis.
Separar adequadamente os resduos
Realizar o treinamento dos colaboradores
Oficinas de campo
Derramamento de produtos qumicos (leo, lubrificante, graxa) no solo.
Contaminao do solo. Utilizar bacia de conteno para proteger o solo durante a manuteno dos equipamentos.
Movimentao de pessoal gerando resduos dentro da rea.
Resduos no ambiente.
Promover a coleta de resduos e encaminhar para a central de resduos.
Disponibilizar recipientes de coleta de resduos no padro PGRS.
Resduo lquido de leo.
Contaminao do solo.
Manter os gales em bacia de conteno com serragem.
Promover a coleta de resduos em recipiente adequado e encaminhar para a central de resduos.
Danificar reas de conservao.
Danos ambientais nas reas de conservao.
Respeitar o limite de 30m de distncia das reas de conservao.
Fonte: a autora (2016).
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Na TABELA12 esto descritas as medidas de compensao dos
impactos que no puderam ser prevenidos/evitados ou mitigados.
Tabela 12: Medidas de compensao.
IMPACTO COMPENSAO
Derramamento de leo/combustvel
Utilizar serragem imediatamente sobre o solo contaminado. Recolher material contaminado e encaminhar para o centro de triagem de resduos.
Danificar reas de conservao. Corrigir o dano causado e realizar a reciclagem do treinamento.
Queda de rvores sobre reas de Preservao Permanente.
Retirar os resduos de colheita e fazer o PRAD da rea.
Compactao do solo Usar equipamento apropriado para fazer a correo do dano ambiental. Pode ser uma retroescavadeira.
Movimentao intensa de pessoal gerando resduos dentro da rea.
A produo homem dia feita atravs da contagem dos sacos plsticos que envolvem os rocamboles de mudas, garantindo assim que todos os funcionrios faro o recolhimento e guarda das mesmas.
Fonte: a autora (2016).
5.3. Medidas Ambientais
5.3.1. Plano de Gerenciamento de Resduos (PGR)
A empresa j possui um plano de gerenciamento de resduos, que
estabelece uma metodologia para o tratamento dos resduos produzidos
durante as operaes florestais. As etapas envolvidas neste processo incluem:
separao, coleta, destinao temporria e destinao final dos resduos. A
eficincia do PGR depende da capacitao dos colaboradores envolvidos na
operao. Porm, a adoo de prticas simplificadas de separao e
disposio dos resduos contribuir para se atingir os objetivos propostos.
compromisso da empresa assumir a responsabilidade pelo gerenciamento dos
resduos produzidos nas atividades produtivas, visando minimizar os impactos
ambientais inerentes s operaes.
necessrio informar e capacitar todos os colaboradores envolvidos
direta ou indiretamente nas operaes florestais e administrativas, em relao
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gerao, separao, coleta e destinao de resduos slidos e lquidos,
perigosos ou no.
Para garantir uma destinao adequada a todas as classes de resduos
geradas na operao necessrio deixar claro aos colaboradores quais so os
tipos de resduos produzidos e qual o tratamento e cuidados pertinentes a cada
uma das classes.
I. Separao: feita em campo pelos colaboradores, atravs de lixeiras
identificadas e separadas em reciclvel, mix sujo e resduo contaminado,
conforme as figuras a seguir.
FIGURA 2: Lixeira para resduos reciclveis.
FIGURA3: Lixeiras para resduos contaminados.
II. Coleta: os resduos separados so armazenados em local coberto,
prximo rea de vivncia da fazenda, e
semanalmente/quinzenalmente so recolhidos e transportados at a
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central de resduos, onde so armazenados em boxes separados e
devidamente identificados.
TABELA 13: Classes de resduos. Classe Tipo Descrio Posto de recebimento
CL
AS
SE
1
Contaminado
Bateria de veculos. Especial Contentores de leo inutilizados. Classe I Slido Embalagem de produtos qumicos (leo, prod. de limpeza). Classe I Slido EPI usado danificado (contaminado com leo, gordura, produto qumico).
Classe I Slido
Ferro velho e tambores vazios (contaminado com leo, produto qumico).
Classe I Slido
Filtros de combustvel e leo. Classe I Slido Lmpadas comuns, fluorescente e vapos de mercrio/sdio. Especial Latas de tinta, solventes, leos. Classe I Slido Mangueira usada contaminada com leo. Classe I Slido Mantas contaminadas. Classe I Slido Materiais com amianto (telhas, caixas dgua, elementos isolantes).
Classe I Slido
leo usado. Classe I Lquido Pano de limpeza mecnica (contaminado com leo, gordura, prod. qumico).
Classe I Slido
Papel e plstico (contaminado com leo, prod. qumico). Classe I Slido Pilhas e baterias de nquel cdmio, pilhas alcalinas, e baterias comuns.
Especial
Qualquer material contaminado com leo e produtos qumicos.
Classe I Slido
Resduos de tintas, solventes e detergentes. Classe I Slido Solo/Serragem contaminado com leos ou produtos qumicos.
Classe I Slido
CL
AS
SE
2
Mix reciclvel
ALUMNIO (resduos de alumnio, latas de refrigerante, embalagens de doces, clips - TUDO SEM LEO).
Mix reciclvel
FERRO SUCATA (SEM LEO). Sucata PAPEL (resduos de papel, folhas de papel, jornal, revistas, embalagens de papel, caixas de papelo, guardanapo limpo, papel toalha) - TUDO SECO.
Mix reciclvel
PLSTICO (resduos de plstico, copos plstico, embalagem PET, caneta, saco plstico, EPIs de plstico).
Mix reciclvel
VIDRO (vidros quebrados, garrafas e embalagens de vidro) Mix reciclvel
Mix sujo Papel higinico usado, embalagens de marmitas com restos de comida, qualquer tipo de papel sujo, qualquer tipo de tecido sujo e no contaminado com leo.
Mix sujo
Pneu Usado, rasgado, descartado. Especial
Orgnico Resduos orgnicos, restos de comida, casca de frutas, chicletes.
Fica no campo
Fonte: Renova, 2016.
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III. Destinao temporria: Os resduos coletados em campo so
destinados central de resduos e aguardam a destinao final.
IV. Destinao final: cada resduo coletado tem sua destinao final
adequada.
O Resduo Classe I Contaminado: deve ser encaminhado ao aterro
industrial da cidade.
O Resduo Classe II Mix Reciclvel so encaminhados para
cooperativas da regio.
O Resduo Classe II Mix sujo encaminhado para o aterro sanitrio da
cidade.
Logstica Reversa definido pela Lei 12.305/10 como "instrumento de
desenvolvimento econmico e social caracterizado por um conjunto de aes,
procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a restituio dos
resduos slidos ao setor empresarial, para reaproveitamento, em seu ciclo ou
em outros ciclos produtivos, ou outra destinao final ambientalmente
adequada".
5.3.2. Embalagens de Agrotxico
A entrada e sada de produtos qumicos devem ser controladas. Os
produtos saem do depsito de qumicos com uma guia de aplicao de
defensivos e com a receita agronmica. To logo o aplicador termine de usar a
quantidade que consta na guia ele deve providenciar a devoluo das
embalagens, que so destinadas para uma empresa especializada na coleta de
embalagens de agrotxicos.
A armazenagem das embalagens dos produtos qumicos feita em local
especifico at ser destinada ao centro de recolhimento de embalagens de
produtos agrotxicos, e atende a NR 31, que define os seguintes critrios:
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5.3.3. Manuteno Mecnica
responsvel por manter todas as mquinas e equipamentos
mecnicos aptos para realizar as operaes sem causar danos s reas de
conservao.
A manuteno preventiva consiste em realizar um conjunto de
operaes em intervalos com tempo programado para evitar falhas e
principalmente vazamentos(ABNT, 1994).
A manuteno corretiva serve para corrigir um defeito ou falha que
ocorreu no equipamento, e deve seguir as instrues para causar o mnimo
possvel de danos ao ambiente (ABNT, 1994).
Toda mquina deve possuir o kit ambiental (lona impermevel, p
antifasca, serragem e saco plstico) para evitar a contaminao do solo e dos
corpos hdricos durante as manutenes ou em algum vazamento de leo.
5.3.4. Treinamentos
As pessoas so a parte mais importante de uma empresa, sem o capital
humano nada funciona, o crescimento e o sucesso de qualquer organizao
esto relacionados com o desenvolvimento de seus funcionrios.
durante o treinamento que os colaboradores iro compreender os
valores, a filosofia e as polticas da empresa. Muitas dessas informaes vo
auxiliar no desempenho dos servios para que tudo seja realizado de acordo
com as diretrizes da companhia. Dessa forma, o funcionrio que passa por um
treinamento est apto a exercer com mais qualidade as atividades dirias, j
que possui um conhecimento mais aprofundado sobre sua rea de atuao e
isso gera ganhos para todos.
Os principais temas abordados durante os treinamentos ambientais so
os cuidados com as APPs e RL, para manter intacta todas as reas de
conservao, respeitar os limites dessas reas no instalando reas de
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vivncia ou oficinas de campo nas suas proximidades, dar o correto destino
aos resduos produzidos em campo, observar as distncias para abastecimento
de mquinas, utilizar o kit ambiental sempre que realizar manuteno ou
quando houver algum tipo de vazamento, mudar a direo de corte para no
causar presses sobre elas. Recorrer ao procedimento operacional padro
(POP) sempre que necessitar.
5.3.5. Monitoramento
O monitoramento ambiental consiste na realizao de medies e/ou
observaes especficas, dirigidas a alguns indicadores e parmetros, com a
finalidade de verificar se determinados impactos ambientais esto ocorrendo,
podendo ser dimensionada sua magnitude e avaliada a eficincia de eventuais
medidas preventivas adotadas (Bitar& Ortega, 1998).
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6. CONCLUSES
Com o PGIA possvel identificar quais atividades produtivas causam
impactos ambientais e apresenta medidas direcionadas para cada operao,
fazendo com que os impactos sejam os menores possveis.
Os impactos ambientais gerados pelas atividades produtivas devem ser
identificados em campo, com vistorias e acompanhamento das operaes.
A avaliao varia de acordo com os produtos, maquinrios e
procedimentos utilizados pelos colaboradores.
A matriz de impacto ambiental transforma os impactos qualitativos em
quantitativos, facilitando a visualizao dos pontos mais crticos, mostrando
quais atividades tm o maior grau de impactao no ambiente.
As medidas de preveno e mitigao devem ser aplicadas
imediatamente aps a elaborao da matriz e a identificao dos pontos mais
crticos. Deve ser monitorada com frequncia para confirmar se as medidas
propostas so suficientes ou se precisam de alguma adaptao.
Para a realizao das medidas de compensao, so necessrios
estudos mais concretos no local de ocorrncia do impacto, pois existe uma
grande diferena entre as condies edafoclimticas das fazendas.
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7. RECOMENDAES
A avaliao dos impactos deve ser revisada anualmente, pois as
atividades mudam e os impactos consequentemente tambm mudam.
fundamental que o monitoramento seja realizado quinzenalmente ou
mensalmente, pois atravs ele que se verifica em campo se as medidas
propostas esto sendo realizadas e se so suficientes para prevenir ou
mitigar/atenuar os impactos negativos.
Os treinamentos devem ser realizados semestralmente para que as
medidas de preveno e mitigao estejam bem memorizadas pelos
colaboradores.
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8. ANLISE CRTICA DO DESENVOLVIMENTO DO TCC
O Trabalho de Concluso de Curso permite aprofundar alguns
conhecimentos adquiridos durante a graduao e obter novos conhecimentos,
vistos atravs de outras realidades.
O contato direto com os orientadores muito importante, pois eles
auxiliam, direcionam e clareiam nossos pensamentos, fazendo com o que o
trabalho no perca o foco e seja o mais claro possvel.
Poder realizar o TCC dentro de uma empresa ainda mais desafiador,
pois precisa lidar com prazos e oramentos para que os resultados apaream.
Estar diretamente vinculada rotina de uma empresa e trabalhando em equipe,
traz grande satisfao e proporciona desenvolvimento tcnico e gerencial.
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9. AVALIAO DO ORIENTADOR
De acordo com o Projeto Poltico Pedaggico do Curso de Engenharia Florestal
da UFPR
o TCC - Trabalho de Concluso de Curso um componente curricular
obrigatrio a ser realizado ao longo do ltimo ano do curso, centrado em
determinada rea terica-prtica ou de formao profissional como atividade de
sntese e integrao de conhecimento e consolidao das tcnicas de
pesquisa.
Na avaliao do orientador, baseada nos dois critrios abaixo descritos, e nos
comentrios apresentados a seguir foi:100,0 (nota mxima)
1. Da elaborao e desenvolvimento do projeto:a)cumprimento de
prazos estabelecidos no cronograma; b) cumprimento das metas
definidas; c) afinidade com o tema definido; d) Interesse e engajamento
c) iniciativa e criatividade.
2. Das anlises e redao da monografia: a) referencial terico
adequado complexidade da pesquisa; b) linguagem coerente; c)
estrutura lgica da redao para trabalhos acadmicos (formatao,
elementos etc.); d) clareza e objetividade das ideias; e) contribuies
para silvicultura brasileira; f) relao objetivos especficos, justificativas,
metodologia e concluses.
Comentrios:
Entendemos que TCC atendeu de forma adequada os objetivos: a) oportunizou
ao acadmico, aprofundamento, sistematizao e integrao de contedos
estudados durante o curso; b) oportunizou ao acadmico a elaborao de um
projeto baseado em estudos e/ou pesquisas decorrente de observaes e
anlises de situaes, hipteses e outros aspectos contemplados pela teoria e
pela prtica; c) contribuiu para o aperfeioamento tcnico, profissional e cultural
do acadmico tendo em vista o seu projeto de vida profissional. O tema atual
e integrado s prticas rotineiras de uma empresa florestal privada, o que
permitiu aluna conhecer e interagir com profissionais que atual de fato no
campo da engenharia florestal, de forma a prepara-la para o exerccio imediato
da profisso.
Acadmica Orientador
Camile Moreira OrmianinAntonioRioyeiHiga
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10. AVALIAO DO COORIENTADOR
A acadmica desenvolveu seu TCC dentro do cronograma com
dedicao, zelo e responsabilidade.
O TCC demonstra que a acadmica possui um bom domnio e
conhecimento do tema proposto, apresentando qualificao para publicao
em revistas cientficas.
Acadmica Coorientador
Camile Moreira Ormianin Nelson Yoshihiro Nakajima
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REFERNCIAS
AGITEC Agncia Embrapa de Informaes Tecnolgicas. Acesso em: https://www.agencia.cnptia.embrapa.br/ Autor(es): Antnio Dias Santiago; Raffaella Rossetto. AGUIAR, A.V.; SOUZA, V.A.; SHIMIZU, J.Y.; Espcies de Pinus mais plantadas no Brasil. Revista da Madeira, Curitiba, v. 135, n. 1, p. 1-8, 2013. Disponvel em: http://www.remade.com.br/ - Acesso em: 29/08/16. AGUIAR, A. V. de; SOUSA, V. A. de; Fritzsons, E; Pinto Junior, J. E. Programa de melhoramento de pinus da Embrapa Florestas, 2011. ALMEIDA, J. R. de; BASTOS, A. C. S.; Mtodos para anlise e gesto ambiental: III avaliao de impactos ambientais, 1994. ALMEIDA, J. Ribeiro. de (Coord.). Planejamento ambiental Planejamento ambiental Planejamento ambiental: caminho para participao popular e gesto ambiental para nosso futuro comum. Rio de Janeiro, 1993. BITAR, O.Y & ORTEGA, R.D. Gesto Ambiental. In: OLIVEIRA, A.M.S. & BRITO, S.N.A. (Eds.). Geologia de Engenharia. So Paulo: Associao Brasileira de Geologia de Engenharia (ABGE), 1998. cap. 32, p.499-508. CARVALHO, P. E. R. Espcies arbreas brasileiras. Paulo Ernani Ramalho Carvalho. Braslia, DF: Embrapa Informao Tecnolgica; Colombo, PR: Embrapa Florestas, 2010. (Coleo Espcies Arbreas Brasileiras, v. 4). CONAMA. Resolues CONAMA,1986 a1991. Braslia: IBAMA, 1992. EMBRAPA Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuria. Disponvel em https://www.embrapa.br/codigo-florestal/entenda-o-codigo-florestal - Acesso em: 06/09/16. COSTA, M.V. Uso das Tcnicas de Avaliao de Impacto Ambiental em Estudos Realizados no Cear, 2005 FSC - Forest StewardshipCouncil Disponvel em: www.fsc.org.br Acesso em: 22/08/2016. FERREIRA, 2014. Cdigo Florestal. Disponvel em: http://www.oeco.org.br/dicionario-ambiental/28574-o-que-e-o-codigo-florestal/ Acesso em: 06/09/2016 IB - Indstria Brasileira de rvores, Relatrio Anual 2016, ano base 2015 Disponvel em: http://iba.org/ - Acesso em: 29/08/16.
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