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60 UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS FACULDADE DE TECNOLOGIA MESTRADO EM ENGENHARIA DE PRODUÇÃO A CONTRIBUIÇÃO DAS CORES PARA QUALIDADE DE VIDA EM AMBIENTE HOSPITALAR LUIZA MARCILENE DE SOUZA OLIVA DUTRA MANAUS 2006

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS

FACULDADE DE TECNOLOGIA MESTRADO EM ENGENHARIA DE PRODUÇÃO

A CONTRIBUIÇÃO DAS CORES PARA QUALIDADE DE VIDA EM AMBIENTE HOSPITALAR

LUIZA MARCILENE DE SOUZA OLIVA DUTRA

MANAUS 2006

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS FACULDADE DE TECNOLOGIA

MESTRADO EM ENGENHARIA DE PRODUÇÃO

LUIZA MARCILENE DE SOUZA OLIVA DUTRA

A CONTRIBUIÇÃO DAS CORES PARA QUALIDADE DE VIDA EM AMBIENTE HOSPITALAR

Projeto de pesquisa apresentado ao Programa de Pós-Graduação de Engenharia de Produção da Universidade Federal do Amazonas, como requisito para obtenção do título de Mestre em Engenharia de Produção, área de concentração Gestão da Qualidade.

Orientadora: Profª Drª Ierecê Barbosa Monteiro

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MANAUS

2006

Ficha Catalográfica

Catalogação na Fonte pela Biblioteca Central da

Universidade Federal do Amazonas

Dutra, Luiza Marcilene de Souza Oliva. A contribuição das cores para qualidade de vida em ambiente hospitalar. Manaus, UFAM, 2006. Dissertação (Mestrado em Engenharia de Produção). Universidade Federal do Amazonas. 75 p. ilust.

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1. cores. 2. qualidade 3. hospitalar.

LUIZA MARCILENE DE SOUZA OLIVA DUTRA

A CONTRIBUIÇÃO DAS CORES PARA QUALIDADE DE VIDA EM AMBIENTE HOSPITALAR

Dissertação apresentada ao Programa de Pós–Graduação em Engenharia de Produção da Universidade Federal do Amazonas, como requisito para a obtenção do título de Mestre em Engenharia de Produção, área de concentração Gestão da Qualidade, sob a orientação da Professora Doutora Ierecê Barbosa Monteiro.

BANCA EXAMINADORA

Prof.ª Dr.ª Ierecê Barbosa Monteiro, Presidente

Universidade Federal do Amazonas

Prof.º Dr.º Rutênio Luiz Castro de Araújo, Membro Universidade Federal do Amazonas

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Prof.º Dr.º José Cardoso Neto, Membro Universidade Federal do Amazonas

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DEDICATÓRIA Ao meu pai, Mário Frias Oliva (in memoriam), minha mãe Antonia Aristéia de Souza Oliva e meu marido

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Marcelo Dutra.

AGRADECIMENTOS

A Deus, que é a essência de tudo e Deus do nosso coração; Ao meu marido, Marcelo Dutra, pelo amor, parceria, companheirismo, apoio e paciência. A Mangará Agroindústria da Amazônia Ltda., na pessoa do Sr. Marcelo Dutra – sócio proprietário, pela oportunidade e concessão da bolsa de estudo; Ao Marcelo Leandro, meu filho, por ser meu tudo; A Maristela, minha irmã, pela amizade sincera, apoio e força, pois, sem ela teria sido muito difícil conseguir com êxito; Ao Luiz, meu irmão, pela torcida; A minha tia Maria Felizardo, por estar sempre presente em nossas vidas e por ser essa mulher tão especial; A minha excelente orientadora, Ierecê, pelo profissionalismo, talento e dedicação na orientação desse trabalho; Ao Ten Cel Med Derli da Silva Gouvêa, Diretor do Hospital Geral de Manaus, pela autorização e confiança em mim depositada. Aos colegas de mestrado, que sempre foram eficientes e eficazes em especial Luciane Oliveira e Humberto Amorim; Enfim, a todos que direta ou indiretamente contribuíram para a conclusão deste trabalho.

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RESUMO Este trabalho analisa parte da história, suas características, sensações, harmonia, cor, entre outros aspectos importantes que vão evidenciar a contribuição das cores para a melhoria da qualidade de vida das pessoas. A cor deve ser entendida como uma forma de expressão, um processo de simbolização, portanto, a representação da idéia. Dentro deste contexto fundamenta-se a hipótese de que o conjunto de cores das fachadas das edificações, prédios, ambientes internos e externos do século XX, traduzem um estado de espírito desta época, materializando uma nova ideologia influenciada pelas teorias evolucionistas na Europa. Teorias que abriram caminho para a investigação acerca do que éramos, como espaço e fruto da ação humana para o crescente desenvolvimento tecnológico. Os resultados apontam para inexistência do uso das cores e da inadequacidade em ambientes hospitalares. É de fundamental importância à busca correta das cores para a qualidade de vida dos pacientes, equipe médica e equipe técnica, para relaxar, acalmar, alegrar, e também para servir de ferramenta para a cura, produtividade, motivação entre outros aspectos.

Palavras-chave: Cores, qualidade, hospitalar.

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ABSTRACT

This work analyzes part of the history, its characteristics, sensations, harmony, color, important aspects that they go to evidence the contribution of the colors for the improvement of the quality of life of the people. The color must be understood as an expression form, a process of symbolization, therefore, the representation of the idea. Inside of this context it is based hypothesis of that the set of colors of the façades of the constructions, internal and external building, environments of century XX, translate a state of spirit of this time, materializing a new ideology influenced for the evolution theories in the Europe. Theories that had opened way for the inquiry concerning that we were as space and fruit of the action human being for the increasing technological development. The results point with respect to inexistence of the use of the colors and the inadequacitie in hospital environments. It is of basic importance to the correct search of the colors for the quality of life of the patients, team medicates and team technical, to relax, to cheer, and also to serve of tool for the cure, productivity, motivation among others aspects. Keywords: Colors, quality, hospital.

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 Cromatização do templo egípcio 22 Figura 2 Cores primárias, secundárias e terciárias 25 Figura 3 Cores quentes 26 Figura 4 Cores frias 26 Figura 5 Arco-íris 27 Figura 6 Olho humano 33 Figura 7 Espectros 34 Figura 8 Tabela de cores 35 Figura 9 O círculo cromático 36 Figura 10 Recepção 47 Figura 11 Esquadrias, escada 47 Figura 12 Hall Interno 48 Figura 13 Recepção 48 Figura 14 Circulação interna 49 Figura 15 Enfermaria feminina 49 Figura 16 Ambulatório pediátrico 50 Figura 17 Ambulatório pediátrico 50 Figura 18 Ambulatório pediátrico 51 Figura 19 Ambulatório pediátrico 51 Figura 20 Enfermaria masculina 52 Figura 21 Consultório pediátrico 52 Figura 22 Recepção 60 Figura 23 Recepção 60 Figura 24 Recepção 61 Figura 25 Recepção 61 Figura 26 Esquadria, escada 62 Figura 27 Esquadria, escada 62 Figura 28 Enfermaria feminina 63 Figura 29 Enfermaria feminina 63 Figura 30 Ambulatório pediátrico 64 Figura 31 Ambulatório pediátrico 64 Figura 32 Ambulatório pediátrico 65 Figura 33 Ambulatório pediátrico 65 Figura 34 Circulação interna 65 Figura 35 Circulação interna 65 Figura 36 Enfermaria masculina 66 Figura 37 Enfermaria masculina 66

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LISTA DE QUADROS

Quadro 1 – Características das cores e dos efeitos.........................................................................40

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LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1 Qual a sua cor preferida? 53

Gráfico 2 Qual a cor que você não gosta? 54

Gráfico 3 Que cor você sugere para pintar as paredes do HGeM? 55

Gráfico 4 Quer cor você não sugere para pintar as paredes do HGeM? 56

Gráfico 5 Que cor transmite a você alegria e saúde? 57

Gráfico 6 Que cor você gostaria de ver a equipe médica usando? 57

Gráfico 7 Que cor acalma você? 58

Gráfico 8 Que cor dá medo em um hospital? 58

Gráfico 9 Que cor representa a vida? 59

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

UFAM Universidade Federal do Amazonas

HGeM Hospital Geral de Manaus

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 14 PROBLEMA DA PESQUISA 16 OBJETIVOS DA PESQUISA 16

OBJETIVO GERAL 16 OBJETIVOS ESPECÍFICOS 16 JUSTIFICATIVA DA PESQUISA 17

HISTÓRICO DO HOSPITAL GERAL DE MANAUS 19

1. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 21 1.1 A HISTÓRIA DAS CORES 21 1.2 O QUE É COR? 23 1.3 A COR E A LUZ 23 1.4 A HARMONIA DA COR 26 1.5 ARCO-ÍRIS 27 1.6 LIBERDADE DE CORES E QUALIDADE DE VIDA 28 1.7 A CONTRIBUIÇÃO DAS CORES PARA A QUALIDADE DE VIDA EM

AMBIENTE HOSPITALAR 31 2. EFEITOS PSICOLÓGICOS 33 2.1 COMO PERCEBEMOS E SENTIMOS A COR 33 2.2 O QUE É A CROMOTERAPIA E COMO SURGIU 37 2.3 CARACTERÍSTICAS DAS CORES E DOS EFEITOS NO CORPO

E NA MENTE 38 3. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS 41 3.1 Formulação da Pergunta / Problema 42 3.2 Delineamento da Pesquisa 42 3.3 Coleta de Dados 42 3.4 Instrumento 44 3.5 Universo da Pesquisa e Amostra 45 4. APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS 46 4.1 Análise dos Dados 46 4.2 Fotos Atuais do Hospital Geral de Manaus 47

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INTERVENÇÃO CROMÁTICA 60 CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES 67 REFERÊNCIAS 69 APÊNDICE 72 INTRODUÇÃO

A Arquitetura é racional, funcional, prática, estética, casual, moderna, contemporânea,

criativa, rústica e muito mais, possibilita desenvolver várias atividades, baseada nas necessidades

do cliente com o auxílio do profissional.

Harmonia entre os estilos arquitetônicos é fundamental, aliada ao bem estar e a estética,

integrando as formas, unindo a decoração ao design, materiais, cores, tendências, o que realmente

o cliente goste e sinta-se bem.

Algumas considerações devem ser respeitadas na aplicação das cores em ambientes, o

planejamento do uso de cores deve ser elaborado cuidadosamente com a arquitetura e iluminação,

de modo que os utensílios, objetos, adornos e equipamentos possam criar um conjunto

harmônico.

Hoje, no amplo campo da Arquitetura as cores estão em bastante evidência, são elas que

compõem, estimulam, transformam, decoram, inovam, transmitem efeitos positivos, negativos,

ousados, são quentes e frias, neste sentido, a influência das cores é de suma importância nos dias

atuais, considerando que os avanços tecnológicos permitam a ampliação da gama de opções de

cores e tons facilitando a escolha da cor ideal.

A cor está sendo utilizada em ambientes internos, externos, móveis, objetos de decoração,

na cura e bem-estar. Desde os primórdios, a cor vem sendo utilizada em cavernas, templos,

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palácios entre outros. Existem várias cavernas pelo mundo, que demonstram a pintura rupestre,

algumas delas são: Caverna de Altamira, na Espanha, quase uma centena de desenhos e pinturas,

feitos há 14.000 anos; Caverna de Lascaux, na França.

Os egípcios, com uma técnica toda especial de pintura já coloriam as paredes dos seus

palácios. Atenas era a cidade mais colorida do mundo no auge do Império Grego, na qual todos

os monumentos e palácios eram multicores como o Parthenon, que hoje pelo desgaste do tempo

permanece no tom do revestimento natural e observam-se resquícios de tinta em suas ruínas. No

Renascimento, os pintores adornavam paredes com suas pinturas multicoloridas em seus famosos

afrescos.

Dependendo do lugar e como são aplicadas, as cores transmitem sensações boas ou ruins,

dão aconchego, paz, tranqüilidade, ação e luminosidade e muito mais.

O estudo está estruturado em quatro capítulos. Há a parte introdutória da dissertação, na

qual é tratado o problema da pesquisa, objetivo geral e os específicos, bem como a justificativa,

histórico.

No primeiro capítulo a fundamentação teórica é apresentada, buscando na literatura

ferramentas para a base do trabalho.

No segundo capítulo trata-se da psicologia, características e dos efeitos das cores,

percepção e cromoterapia.

No terceiro capítulo apresentam-se os procedimentos metodológicos usados para a

execução do estudo em questão, a formulação da pergunta; problema, o delineamento da

pesquisa, o levantamento de dados, o instrumento, o universo da pesquisa e amostra.

No quarto capítulo evidenciam-se os resultados e discussão da pesquisa e análise dos

dados.

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Por fim, a conclusão e as recomendações para trabalhos futuros, além de uma proposta de

aplicação das cores no hospital, para a melhoria da qualidade de vida das pessoas, bem como as

referências e os apêndices.

PROBLEMA DA PESQUISA

Os hospitais, clínicas, postos de saúde, indústrias, escolas, creches precisam experimentar

novos papéis, desenvolver sua auto-expressão, imaginação, bem como canalizar tensões, de

exteriorizar os sentimentos e emoções, humanizando o ambiente. Segundo Max Luscher (1949,

p.62) “a preferência pela cor está associada a um estado mental e de equilíbrio hormonal”. Assim

este problema ficou condensado no seguinte questionamento: Qual a contribuição do uso das

cores para qualidade de vida de pacientes, equipe médica e funcionários do Hospital Geral de

Manaus?

OBJETIVOS DA PESQUISA

OBJETIVO GERAL:

Compreender qual a contribuição da aplicação das cores para a qualidade de vida em

ambiente hospitalar.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS:

• Contextualizar a história das cores, o significado, a importância, a classificação, os

efeitos, as combinações, vibrações, harmonia e uso;

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• Buscar conceitos de aplicação das cores no hospital, tais como; enfermaria, pediatria,

recepção, circulações e suas contribuições para a qualidade de vida dos pacientes;

• Analisar os dados obtidos e definir as melhores maneiras de aplicação;

• Propor ações de melhoria à harmonia das cores no HGeM.

JUSTIFICATIVA DA PESQUISA

Algumas organizações já perceberam a importância da influência das cores e passaram a

dar mais atenção às mesmas. Para utilização adequada das cores cada ambiente deve ser

projetado em função do seu sistema de serviço e adequado, se possível, a preocupação de maior

rendimento dos profissionais nele engajados para o bom desempenho funcional.

Em se tratando de uma instituição ligada à saúde, como é o caso da pesquisa em pauta,

torna-se ainda mais relevante atentar para a utilização das cores na busca da qualidade de vida

que pode ser proporcionada por um ambiente sadio e alegre. E para conseguir entender a real

contribuição das cores partiu-se de uma pesquisa multidisciplinar envolvendo várias áreas de

conhecimento afins, tais como: Arquitetura, Design, Estatística, Engenharia de Produção,

Psicologia e Saúde. Conhecendo os aspectos e as necessidades do estudo das cores na arquitetura,

podem-se traçar maneiras, avaliar métodos e inseri-los no futuro. Tais efeitos mencionados

fundamentam-se em Walker (1995, p.7) quando afirma que “a cor - se aplicada de forma

adequada nos cuidados com a saúde, na psicologia, na nutrição, na decoração da casa, no

ambiente de trabalho, na sociologia e no marketing, podem trazer bem-estar”.

Faber Birren, da Universidade de Chicago, era pesquisador da cores e escreveu muitos

artigos e livros sobre a psicologia das cores e afirma, as cores tornaram-se características básicas

do mundo atual. Avanços tecnológicos permitiram-nos criar milhares de matizes cromáticos que

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dominam nosso campo visual e nos despertam com infinitos estímulos que estão classificados em

nossa mente e que acabam por reproduzir índices satisfatórios para a manutenção harmônica do

equilíbrio emocional e profissional dos envolvidos pelo benefício da ambientação.

Logo, tais nuances, trarão contribuições relevantes para a aplicação das cores no que se

refere, a ambiente hospitalar, comercial, residencial, institucional, privado, público e outros.

Diante do apresentado, julga-se oportuno e necessário a arquitetura assim como a

engenharia de produção e áreas afins, perceberem e considerarem a versatilidade da aplicação das

cores para a melhoria da qualidade de vida das pessoas, das relações especiais entre certas cores e

o indivíduo, numerosas aplicações, sensações boas ou ruins, vibrações, estímulos, aconchego,

paz, tranqüilidade, ação e luminosidade. Também, acredita-se na importância dessa pesquisa

como contribuição para todas as áreas que queiram melhores esclarecimentos sobre os aspectos

relativos ao tema abordado.

A decisão de pesquisar as cores e suas inferências deve-se a importância desse tema na

atualidade, considerando-se a escassez de trabalhos científicos sobre o assunto. Pretende-se

oferecer sugestões que possam contribuir para a melhor divulgação do poder das cores e sua

eficiência em ambiente de área hospitalar, haja vista, a sensibilidade do atendimento requerido

em tal circunstância.

Nesse contexto, como direcionamento deste estudo, queremos despertar à área hospitalar,

especificamente o Hospital Geral de Manaus, para utilizar a aplicação das cores de forma que

possa amenizar a dor dos pacientes, trazer bem-estar e principalmente qualidade de vida.

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HISTÓRICO DO HOSPITAL GERAL DE MANAUS

No dia 14 de fevereiro de 1953 foi criado o Hospital Geral de Manaus. Desde então, está

em atividade na área amazônica, sempre num crescente de suas instalações, materiais,

equipamentos e um aprimoramento cada vez maior nos setores especializados, de forma a

oferecer aos pacientes, o que há de mais moderno no campo da medicina e da odontologia,

procurando assim reduzir os índices de transferências para outros centros.

Com a denominação de Hospital Militar de Manaus, vinculado inicialmente a 8ª Região

Militar sediada em Belém-PA, iniciou suas atividades nesta cidade no ano de 1953, por força do

Decreto nº 32.271, de 14 de fevereiro de 1953. Em 08 de julho do mesmo ano, através da Portaria

Ministerial nº 284, foi elevado à categoria de Hospital de Guarnição de Manaus, funcionando

com esta denominação até meados do ano de 1969.

No ano de 1969, eram grandes os números de unidades sediadas na região e outras em

fase de implantação, face ao crescimento e desenvolvimento da Amazônia no Plano de Integração

Nacional e dentro desse planejamento, viram as nossas autoridades na época, a necessidade de

ampliação do hospital, o que acabou acontecendo em 17 de abril de 1969, pelo Decreto n°

64.366, o qual modificou a sua denominação para Hospital Geral de Manaus. Essa nova etapa

acarretou uma mudança estrutural no hospital, com a ampliação das instalações, aquisição de

novos equipamentos, aumento do efetivo, e outros, proporcionando assim, um maior campo de

ação para melhor cumprir a missão de atendimento dentro da sua destinação.

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O Hospital Geral de Manaus é considerado a maior Organização de Saúde no âmbito do

CMA, desempenhando papel dos mais importantes na assistência médica aos militares e seus

dependentes. Militares estes, servindo nas mais longínquas Unidades, que pontilham nossos

11.000 (onze) mil quilômetros de fronteiras, englobando os estados do Amazonas, Acre,

Rondônia e Roraima, área esta, que representa geograficamente mais de 40% da superfície do

Brasil.

Além dos militares da ativa e seus dependentes, o hospital presta assistência médica aos

militares da reserva, pensionistas, da ativa e reserva da Aeronáutica e da Marinha do Brasil.

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1. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Neste capítulo apresentam-se os conceitos sobre os quais a pesquisa está assentada; A

história das cores, o que é cor, a cor e a luz, a harmonia da cor, arco-íris e a contribuição das

cores para a qualidade de vida em ambiente hospitalar. Estes conceitos foram selecionados por

serem considerados importantes para a compreensão e argumentação do trabalho.

1.1 A HISTÓRIA DAS CORES

Desde a era pré-histórica os homens adornavam suas cavernas com pinturas

policromáticas dominadas pelos tons fortes de vermelho, ocre e outras cores terrosas, além do

branco, preto e mais raramente o verde e o azul. O homem do paleolítico não utilizava a cor

apenas para valorizar seus desenhos e objetos ou para atribuir-lhes um significado místico, mas

também para tirar partido dos efeitos de luz e sombra sobre a volumetria natural das cavernas,

revelando uma sensibilidade espacial desenvolvida.

Dr. Morton Walker (1995, p. 46), define que a cor “é o componente mais maleável, mais

excitante, mais fácil de perceber e possivelmente o mais mutável da história da humanidade”, ou

seja, existem quatro aspectos principais no estudo da história das cores, que são: a história

psicológica, a história sociológica, a científica e o uso histórico das cores. As cores têm um apelo

emocional, exemplificado por suas próprias reações a elas, mesmo que sejam apenas descritas em

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palavras. É provável que associemos cada cor a algum sentimento, comportamento, lição, ação,

experiência, ambiente ou acontecimento específico de seu passado. É assim que aconteceu por

toda a história. Porém, os escritos de Dr. Morton Walker (1995, p. 46 e 47), afirmam que “a

mente dos indivíduos, os grupos, as tribos, os países e as culturas derivam do uso de cores do

passado e suas associações”.

As cores têm energia que causam impacto psicológico e até fisiológico. Impactos variados

que afetam as atividades musculares, mentais e nervosas de seu corpo.

Figura 1 – Cromatização do templo egípcio. Fonte: CARVALHO, Benjamin de Araújo. 1985. A História da Arquitetura, Editora Tecnoprint S.A.

A cor esteve presente em todas as etapas da história da arquitetura. Mais, recentemente a

cor vem sendo reabilitada tanto para o uso em ambientes internos quanto em externos. Tema

vasto, com múltiplas implicações estéticas e funcionais, o uso da cor na arquitetura começa a ser

abordado através do histórico dos significados que lhe foram atribuídos ao longo do tempo.

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1.2 O QUE É COR?

A cor é uma característica da percepção visual dos seres humanos, é um fenômeno ótico

provocado pela ação de um feixe de fótons sobre células especializadas da retina, que transmitem

através de informação pré-processada no nervo ótico, impressões para o sistema nervoso, ou seja,

é onde o olho humano interpreta a reemissão da luz de um objeto que foi emitida por uma fonte

luminosa por meio de ondas eletromagnéticas.

A cor é relacionada com os diferentes comprimentos de onda do espectro

eletromagnético. Considerando as cores como luz, a cor branca resulta da sobreposição de todas

as cores, enquanto o preto é a ausência de luz. Uma luz branca pode ser decomposta em todas as

cores (o espectro) por meio de um prisma. Na natureza, esta decomposição origina um arco-íris.

Atualmente, o estudo da teoria das cores se divide em três: a cor física, a cor fisiológica e

a cor química. Na química, são tinturas e pigmentos, na física, é a composição do espectro e na

fisiológica, através das vibrações energéticas.

1.3 A COR E A LUZ

A cor pode ser descrita como luzes com certo comprimento de onda, isto é, a distância

entre cada cor. A luz vermelha tem o maior comprimento e a luz violeta tem o comprimento mais

curto. Todas as outras cores comportam-se entre essas duas, aproximando-se uma das outras.

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A fusão nuclear ocorrida no sol produz um fluxo de energia. A parte visível pelo olho

humano desta energia é denominada de luz. Devido à dualidade onda-partícula, a luz exibe

simultaneamente propriedades de ondas e de partículas. A distância entre cada crista de tal onda é

denominada de comprimento de onda.

Alguns artistas, pintores, poetas tinham conceitos no que se referiam as cores, seguem

alguns: Aristóteles, pensava sobre o mundo colorido, concluiu que cores eram propriedades dos

objetos. Assim como peso, material, textura eles tinham cores. Mas, Leonardo da Vinci

demonstrou sua perspicácia habitual nessa área das cores e se oporia a Aristóteles ao afirmar que

a cor não era uma propriedade dos objetos, mas da luz. Havia uma concordância ao afirmar que

todas as outras cores poderiam se formar a partir do vermelho, verde, azul e amarelo. Afirmou

ainda que o branco e o preto não são cores mas, extremos da luz. Leonardo Da Vinci foi o

primeiro a observar que a sombra pode ser colorida.

Isaac Newton (1622) classificou a luz branca como tendo sete (7) cores distintas.

Denominou esse grupo de cores de “espectro”. Disse que as cores são: vermelho, laranja,

amarelo, verde, azul, anil e violeta. Newton acreditava na teoria corpuscular da luz, apesar de

Newton estar errado, sua teoria foi mais aceita devido ao seu grande reconhecimento pela

gravitação. Newton fez importantes experimentos sobre a decomposição da luz com prismas e

acreditou que as cores eram devidas ao tamanho da partícula de luz.

Cores primárias:

Vermelho, amarelo e azul. Milhares de cores que percebemos começam a partir dessas

três (3) cores.

Cores secundárias:

Laranja, verde e violeta. Que são os resultados das misturas das cores primárias.

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Ex: vermelho + amarelo = laranja

Amarelo + azul = verde

Azul + vermelho = violeta

Cores terciárias:

Quando uma cor secundária é misturada com uma das primárias, uma terceira cor é

criada.

Cores quaternárias:

São as cores terciárias misturadas ao branco e preto.

Cores complementares:

As cores complementares são ligadas de maneira física, pois os cones dos olhos, ao

serem estimulados por uma determinada cor, tendem a "procurar" a sua complementar. O uso de

apenas um par dessas cores pode criar efeitos vibrantes e dramáticos.

Cores análogas:

Feitas entre uma cor primária e uma secundária que sejam vizinhas no círculo

cromático, formam uma escala de cores análogas, semelhantes em sua composição. Veja abaixo

as tabelas das cores primárias, secundárias e terciárias;

CORES PRIMÁRIAS CORES SECUNDÁRIAS

+

=

vermelho + amarelo = laranja

+

=

vermelho + azul = violeta

+

=

azul + amarelo = verde

CORES PRIMÁRIAS + SECUNDÁRIAS CORES TERCIÁRIAS

+

=

vermelho +laranja = vermelho alaranjado

+

=

vermelho + violeta = vermelho violeta

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+

=

azul + violeta = azul violeta

+

=

azul + verde = azul verde

+

=

Amarelo + verde = amarelo verde

+

=

Amarelo + laranja = amarelo alaranjado

Figura 2 – Cores primárias, secundárias e terciárias. Fonte: http://www.fazfacil.com.br/Cores.htm

Cores quentes puras: Amarelos e decorrentes do vermelho. Aumentam o tamanho aparente

das formas. Podem usá-las para dar destaque a um detalhe ou criar uma atmosfera

aconchegante e agradável são: amarelo, amarelo alaranjado, alaranjado, vermelho alaranjado,

vermelho e violeta.

Figura 3 – Cores quentes. Fonte: http://www.fazfacil.com.br/Cores.htm

Cores frias puras: As que participam do azul, vitalidade do verde e finalizado no violeta.

Parece diminuir o tamanho das formas, são; amarelo verde, verde, azul verde, azul, azul

violeta e violeta.

Figura 4 – Cores frias. Fonte: http://www.fazfacil.com.br/Cores.htm

1.4 HARMONIA DA COR

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Duas ou mais cores colocadas uma ao lado da outra produzem um efeito agradável. Diz-se

que estão em harmonia, que estão dosadas, ou seja, em combinação.

São os artistas, arquitetos, decoradores, entre outros que trabalham com as cores, com a

intenção de harmonizá-las.

a) Na sensação de cor podem distinguir-se três características essenciais:

Matiz - A qualidade que distingue uma cor da outra (o laranja do vermelho);

Tom - A quantidade de claro ou escuro;

Croma - A qualidade de saturação em medida do conteúdo em cor - as matizes do

espectro tem uma saturação máxima. Prosseguindo a nomenclatura básica, a "temperatura" de

uma cor significa a sua aparência de quente ou fria.

1.5 ARCO-ÍRIS

As diferentes cores que formam a luz branca podem ser vistas quando um raio de

luz é refratado por um prisma. O prisma reflete os comprimentos de onda em diferentes

quantidades, e as dispersa em um espectro que pode ser visto. A refração é maior na luz vermelha

e menor na violeta.

Isaac Newton descobriu, no final do séc. XVII, que as cores do arco-íris são

geradas por reflexão e refração.

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Figura 5 – Arco-íris Fonte: http://pt.desenhistadicas.com.br/Cor

1.6 LIBERDADE DE CORES E QUALIDADE DE VIDA

Não se deve ter medo de mudar, a vida é feita de mudanças. Pequenas ou radicais, elas

estão por toda a parte e são as responsáveis por nosso progresso e evolução – embora muitos não

pensem assim e sejam avessos a alterações de rotina.

A cor é elemento fundamental para gerar energia positiva e deve ser analisada com

atenção, já que nos influencia de acordo com nosso estado de espírito, história de vida e energia

pessoal. Carlton Wagner, (2001, p.68), diz que “sua resposta à cor é herdada e aprendida. Ela

depende de vários fatores, incluindo sexo, idade, inteligência e educação. Alguns outros fatores,

como temperatura, clima, realidade socioeconômica e atitudes regionais, afetam a resposta a

determinadas cores”.

O arquiteto Sig Bergamin (2005, p.72), diz que a sua cor favorita é o azul “gosto dela

tanto para me vestir quanto para usar na decoração”. O azul acalma e faz lembrar o céu e

favorece a integração entre interior e exterior. Para esquentar um ambiente não é preciso exagerar

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no mobiliário e na decoração, nem enchê-lo de tecnologia para deixá-lo atual, o bom uso da cor

resolve tudo, até mesmo num simples detalhe.

“Novidades com relação às cores vão surgir a cada ano e isso tem agradado o mundo da

arquitetura”, diz a arquiteta e cromoterapeuta Ralston (2004, p.51).

Cabe a aquele que trabalha com a cor:

Analisar as descobertas e indicações científicas, mesmo que elas conflitem com as

suas inclinações pessoais;

Analisar logicamente e considerar as observações por meio de conhecimentos;

Estudar as relações interdisciplinares com a cor e o ambiente, incluindo psicologia,

funções fisiológicas humanas, filosofia e;

Unir esses pontos com princípios estéticos, com o know-how individual e talento.

A introdução destes conceitos, em nível de Brasil, já ganha corpo, principalmente nas

organizações, entre administradores e usuários de hospitais, clínicas, centros de saúde, pronto-

socorros, indústrias e outros. Nota-se cada vez mais, um desejo de aplicação de cores para

projetos, sejam eles, institucionais, industriais, comerciais, residenciais. Na medida em que

podem estar valorizando seus espaços, melhorando a satisfação dos usuários, funcionários e

aumentado a produtividade com eficiência, trazendo bem estar na ocupação dos espaços

projetados através do uso cromático.

A questão da qualidade, do bem-estar nos espaços internos hospitalares, ainda no Brasil é

pouco falada. É necessário criar uma estrutura mínima para que estes conceitos possam ser

implantados e avaliados. A começar pela criação de disciplinas nas Universidades, Cursos de

Especialização, visando capacitação de profissionais para atuar nessa área, especificamente neste

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segmento. Não se trata mais, simplesmente de uma decoração, mas da criação de ambientes nos

quais seres humanos estarão expostos e consequentemente exercendo suas atividades.

Hoje, várias áreas do conhecimento estão percebendo a importância da influência das

cores no cotidiano como; No campo da Comunicação Visual: Arquitetos e urbanistas,

decoradores, vitrinistas, estilistas, cenógrafos, iluminadores, fotógrafos, designers, publicitários,

pintores e artistas plásticos. No campo das Ciências Humanas: Filósofos, antropólogos,

psicólogos, psicanalistas, pedagogos, professores de pré-escola, professores de educação especial,

praticantes de medição transcendental. No campo da Saúde: Médicos do trabalho,

administradores hospitalares, terapeutas naturais, naturalistas, ecologistas, fisioterapeutas,

instrutores de educação física, terapeutas da terceira idade, terapeutas em dependência química.

No campo Psíquico: Místicos, cromoterapeutas, administradores de centros de reabilitação física

e mental, religiosos. Nas Instituições, Comércio e Indústrias: Lojistas, supermercadistas,

empresários, gerentes de RH, gerentes de treinamento, inspetores de segurança, gestores do

ensino, administradores de presídios, administradores de academia de ginástica, administradores

de casa de repouso.

O estudo das cores pode parecer um fator ambiental secundário na concepção dos espaços

hospitalares, mas é de extrema importância à medida que contribui com a adequação de seu uso,

não só para a segurança, ordenação, orientação organizacional, mas, principalmente para a saúde

dos pacientes e bem-estar de todos envolvidos direta e indiretamente nestes ambientes, devido a

sua influência psicológica. Como as cores, de acordo com os autores pesquisados, trazem

influência em vários aspectos do cotidiano, desde a antiguidade até os dias atuais, nesta pesquisa

procuramos verificar de que forma a escolha pode influenciar nas condições circunstanciais na

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vida dos pacientes e da equipe médica. O objetivo final deverá ser sempre a contribuição para a

criação de melhor qualidade de vida para as pessoas.

1.7 A CONTRIBUIÇÃO DAS CORES PARA A QUALIDADE DE VIDA EM

AMBIENTE HOSPITALAR

Cada cor representa algo e seu uso, na maioria das vezes, não é uma simples escolha, mas

uma maneira proposital de ativar determinado espaço para o que se pretende utilizar.

No Hospital Geral de Manaus as cores existentes são sóbrias como branco, cinza, verde

claro. Através da pesquisa efetuada e da aplicação de questionários aos pacientes, médicos,

funcionários, atendentes entre outros, nota-se a necessidade de intervenção no Hospital como um

todo, mas, especificamente nas alas de enfermarias femininas e masculinas, pediatria, recepção e

circulações.

Em ambientes hospitalares a cautela na escolha das cores deve ser ainda maior. Quando se

planejam projetos de cores, os estudos devem ser elaborados com cuidado, pois deve ser

planejado em função das características psicológicas deste ambiente. De qualquer forma, as cores

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em hospitais e clínicas, estarão sempre relacionadas com propriedades terapêuticas, pois, estes

ambientes devem ser lugares alegres, otimistas, positivos e cheios de vida, não ambientes hostis,

cinzentos, frios e despidos de cor.

Segundo os estudos de psicologia, a cor é uma realidade sensorial à qual não podemos

fugir. Além de atuarem sobre a emotividade humana, a cor produz uma sensação de movimento,

uma dinâmica envolvente e compulsiva, 80% da informação visual está relacionada com as cores,

dados colhidos no Laboratório de Psicopatologia Fundamental Psicanálise e Psicossomática de

Niterói, Rio de Janeiro, Brasil.

Algumas experiências psicológicas têm provado que há uma reação física do indivíduo

diante da cor. A luz colorida intensifica a circulação sangüínea e age sobre a musculatura, no

sentido de aumentar sua força, segundo uma seqüência que vai do azul, passando pelo verde,

amarelo, laranja e vermelho, segundo o Dr. Morton Walker no seu livro O poder das Cores

O branco, cinza e cores pastéis as quais são sempre utilizadas em hospitais, estão sendo

substituídas por cores alegres, não só nos ambientes, mas, também nos uniformes médicos,

objetos e equipamentos.

A proposta é fazer com que os pacientes, as crianças, os acompanhantes tenham seus

sofrimentos minimizados no hospital, pois, o ambiente físico tem um papel importante no sentido

de oferecer alternativas e estímulo a essas pessoas.

As pessoas tendem a ser atraídas por certas cores, em virtude de alguns fatores

determinantes. Sua escolha pode estar baseada em seu tipo de personalidade, nas condições

circunstanciais de sua vida ou em seus desejos e processos mentais mais íntimos, profundos e até

inconscientes.

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Logo, deverá haver um grande benefício terapêutico na utilização da cores para esta

população, visto que proporcionam bem-estar para a retomada do equilíbrio psíquico,

fortalecendo um lado mais saudável do paciente adormecido pelo processo doença,

hospitalização e tratamento. Assim, o estudo da importância da influência das cores em ambiente

hospitalar, ajuda o pré e pós-operatório, os tratamentos, as consultas parecerem menos hostis,

tornando-o mais descontraído e natural, melhores resultados podem ser esperados com os

pacientes.

2. EFEITOS PSICOLÓGICOS

2.1 COMO PERCEBEMOS E SENTIMOS A COR

Percebemos a cor pela pressão ou estímulo elétrico no globo ocular ou nervo óptico. A cor é

percebida através da visão. O olho humano é capaz de perceber a cor através dos cones (células

cones). Esta percepção da cor é muito importante para a compreensão de um ambiente.

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Figura 6 - Olho humano. Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Cor

O olho é um órgão que permite detectar a luz. É composto por um sistema sensível às

mudanças de luz, capaz de transformá-las em impulsos elétricos. Os olhos mais simples não

fazem mais do que detectar se as zonas ao seu redor estão iluminadas ou escuras. Os mais

complexos servem para proporcionar o sentido da visão. O cristalino, uma lente natural, focaliza

a imagem.

São percebidas pelas pessoas, em faixa específica (zona do visível), e por alguns animais

através dos órgãos de visão, como uma sensação que nos permite diferenciar os objetos do espaço

com maior precisão. A cor não tem só haver com os olhos e com a retina mas, também com a

informação presente no cérebro.

Os esquemas de cores podem ser divididos em três grupos:

Monocromáticos: Quando utilizam apenas um segmento do círculo cromático.

Semelhantes: Utilizando cores de três ou quatro seções adjacentes do círculo.

Complementares: Cores opostas, reunindo cores quentes e frias.

Figura 7 – Espectros.

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Fonte: http:/revistasim.com.br

Os três espectros acima mostram respectivamente: o círculo cromático e as cores

primárias, secundárias e terciárias em sua intensidade máxima. Tons das cores principais,

resultantes da adição de quantidades crescentes de branco; o aumento da quantidade de preto

escurece as cores, criando uma variedade dec cores escuras.

Segue uma figura, com os nomes e as aparências das mesmas:

Nome Aparência Preta Cinza escuro Cinza Branca Amarela Laranja Vermelho Magenta Violeta Azul escuro Azul Ciano Verde escuro Verde médio Verde claro

Figura 8 – Tabela de cores

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Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Cor

Na década de 50, arquitetos, designers de produto e anunciantes interessados em usar as

cores para atrair dinheiro e aprimorá-las em seus produtos, financiaram estudos para

pesquisadores interessados em desenvolver a teoria das cores. Os pesquisadores desenvolveram

trabalhos e a terapia das cores ganhou credenciais no mundo científico. A partir daí, a ciência

continuou a progredir fornecendo novos meios que combinam o interesse pela tecnologia com

uma preocupação da aplicação da cor.

A cor age sobre nossos sentimentos, sensibilidade e humor. Esse processo de filtragem é

feito antes que qualquer coisa chegue ao consciente. A própria decisão é tomada fora da

percepção consciente. O fenômeno da percepção da cor é mais complexo que o da sensação.

Além dos elementos físicos (luz) e fisiológicos (olho), é influenciada pelos psicológicos que

alteram substancialmente a qualidade do que se vê.

Na percepção distinguem-se três características principais que correspondem aos

parâmetros básicos da cor: matiz (comprimento de onda), valor (luminosidade ou brilho) e croma

(saturação ou pureza da cor). A percepção da cor é a mesma para pessoas de diferentes idades,

formações ou culturas.

O aspecto sensorial da cor é visual e abrange a psicologia e a filosofia. As associações das

cores com o significado psicológico classificam-se:

Sensações Acromáticas: Branco, Preto e Cinza - têm apenas a dimensão da

luminosidade.

Sensações Cromáticas: compreendem todas as cores do espectro solar, resultantes

da refração da luz - Violeta, Anil, Azul, Verde, Amarelo, Laranja e Vermelho.

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Geralmente, são utilizados três atributos para a qualificação: cor, luminosidade ou brilho e

saturação.

Figura 9 – O Círculo Cromático Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Cor

2.2 O QUE É A CROMOTERAPIA E COMO SURGIU

Há muitos anos, a cromoterapia, um dos ramos da medicina alternativa, estuda a função

de cada cor e sua aplicação em pontos de energia (chacras) no corpo. A técnica pode ser realizada

em qualquer pessoa. O tratamento visa combater as doenças e prevenir outras sem o uso de

qualquer medicação. Além disso, promove uma sensação de bem-estar e perfeito equilíbrio entre

corpo e mente.

O procedimento clínico é simples. O primeiro passo começa com uma avaliação física e

psicológica do paciente, que também é submetido a uma série de perguntas sobre suas

preferências e hábitos. O segundo passo é a sessão propriamente dita, o paciente deita em uma

cama, fecha os olhos e sente um foco de luzes coloridas percorrendo todo o corpo de acordo com

o planejamento traçado anteriormente. Cada cor tem um objetivo e deve ser usada de forma

amarelo

amar. alaranjado amarelo verde

alaranjado Verde

verm. alaranjado azul verde vermelho Azul

vermelho violeta azul violeta violeta

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precisa para não provocar uma reação contrária à pretendida. Além das seções clínicas, o uso

terapêutico das cores pode ser aplicado na escolha das roupas, na pintura e iluminação dos

ambientes e até mesmo na alimentação.

As cores usadas são as mesmas encontradas no arco-íris. São elas: vermelho, laranja,

amarelo, verde, azul, índigo e violeta. Não há um consenso científico de como as cores agem no

organismo humano, pois são poucos os estudos nesta área, porém, a cromoterapia não é uma

técnica tão nova assim.

Dois grandes cientistas contribuíram muito para o desenvolvimento desta terapia. O

primeiro foi Isaac Newton, que conseguiu através da fricção de um prisma descobrir as cores do

arco-íris ainda no século XVII. Outro grande nome é o do cientista alemão Johan Wolfgang Von

Goethe. Ele pesquisou durante cerca de 40 anos o assunto e descobriu que as cores transmitem

sensações e estes efeitos eram mais ou menos intensos dependendo da tonalidade usada.

É a ciência que utiliza as diferentes cores contidas no espectro visível e que são

decompostas da luz branca, para buscar o equilíbrio do ser humano. A aplicação das cores altera

ou mantém as vibrações que nos proporcionam saúde, pela capacidade de regeneração que a

energia luminosa possui. A cromoterapia trata de problemas orgânicos e emocionais através do

uso das cores. Algumas pessoas acham que a cromoterapia é uma combinação de conhecimentos

místicos e espirituais. Segundo Klotsche (1997, p. 21) “embora a cromoterapia possa ser

explicada cientificamente em termos de comprimento de ondas e de vibrações do modo como se

acham descritos em qualquer manual de física de nível universitário. Entretanto, para se inteirar

dos mistérios da vida e das leis do universo, a pessoa terá de redefinir seu sistema de crenças e de

valores”. A interação entre a densa energia física do corpo e a energia sutil que controlam muitas

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das funções ou atividades do corpo, é a chave para se compreender a relação entre energia e

matéria.

2.3 CARACTERÍSTICAS DAS CORES E DOS EFEITOS NO CORPO E NA MENTE

As cores influenciam psicologicamente os seres humanos de várias maneiras e estão

relacionadas à emoção do que propriamente à forma. Quando escolhemos uma cor para

elaborarmos projetos de arquitetura, de design, ilustração, anúncios ou qualquer outro tipo de

trabalho visual, devemos ter em mente que estamos lidando com um elemento de estímulo

imediato e que essa cor escolhida provocará diversas reações em seus observadores, reações essas

que podem ser positivas ou negativas, dependendo da sua utilização.

Por isso, é extremamente importante estarmos atentos à psicologia das cores e seus

significados, para melhor aplicarmos essas cores em nossas atividades.

É realmente muito interessante, verificar como a psicologia das cores é utilizada atualmente,

principalmente pelas grandes empresas e marcas conhecidas mundialmente, as quais fazem uso

constante deste conhecimento para chamar a atenção, ou simplesmente, vender mais seus

produtos.

Empresas como a Coca-Cola, Mc'Donalds, entre outras.

São utilizadas cores específicas para o que se quer obter: em hospitais, creches, escolas,

penitenciárias, lojas, shoppings, sorveterias, restaurantes, academias de ginástica.

Primeiramente precisamos definir quais são os objetivos. Não se trata de primeiro

escolher cores, mas, de se analisar o que se deseja alcançar, o objetivo daquele espaço,

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ambiente, mobiliário, decoração e definir quais as cores mais adequadas.

Ao definir as cores mais adequadas destinadas a um propósito, três regras devem ser

seguidas:

1. Devem ser usadas de acordo com a função desejada e às atividades a serem

desenvolvidas;

2. Devem evitar a superestimulação e a subestimulação;

3. Devem evitar estados emocionais negativos e efeitos psicológicos.

A seguir, um resumo com aspectos positivos e negativos que as cores podem proporcionar

às pessoas:

ASPECTO POSITIVO ASPECTO NEGATIVO

Vermelho: é a cor que agita os sentimentos

de paixão. Esta associada à força, energia...

Vermelho: podem trazer medo, paixão

descontrolada, luxúria e raiva excessiva...

Azul: é a cor da consciência divina, da

verdade, da harmonia, da calma e da

esperança...

Azul: muito azul pode ser depressivo ou

gerar um sentimento de melancolia em

pessoas saudáveis...

Amarelo: é uma cor de alegria, sabedoria,

compreensão e criatividade...

Amarelo: é a cor do preconceito, covardia...

Laranja: estimula a criatividade, ambição,

fartura, apetite...

Laranja: a exposição excessiva ao laranja

pode produzir nervosismo, depressão,

desamparo e insegurança...

Verde: cor da natureza, relaxante, curativo,

pacífico...

Verde: significa egoísmo, ciúme,

preguiça...

Violeta: está associada à prosperidade, à Violeta: pretensão, traição...

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riqueza, aspiração espiritual, aumento de

produtividade...

Preto: é uma cor autoritária e dominante,

atua no aspecto psicológico e favorece a

introspecção e meditação.

Preto: transmite sensação de renuncia,

entrega, abandono...

Branco: é a presença de todas as cores e

por isso considerada a cor primordial,

transmite paz, calma, serenidade...

Branco: transmite impessoalidade, frieza...

Cor-de-rosa: é a cor da ingenuidade, da

bondade, transmite bem-estar, otimismo,

paciência, calma...

Cor-de-rosa: em excesso causa

passividade...

Cinza: Estabilidade, êxito. Cinza: pode expressar desconsolo,

aborrecimento, desânimo...

Marrom: conforto, segurança... Marrom: transmite sensação de angústia... Quadro 1 – Características das cores e dos efeitos Fonte: A Influência das Cores na sua vida. Editora Nova Cultural Ltda., São Paulo, 2006.

3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

A metodologia utilizada para o desenvolvimento do presente estudo será apresentada

neste capítulo. De acordo com Gil (apud SILVA e MENEZES, 2000) para que se possa

desenvolver uma pesquisa científica, é necessária que haja uma metodologia que sirva como um

caminho a ser percorrido, de forma a não se perder por trilhos que não levam ao destino.

Os métodos utilizados nesta pesquisa são classificados em quantitativos e qualitativos,

pois segundo Engel (1982, p. 15) “para avaliar o grau de objetividade de uma pesquisa exige-se

do pesquisador que indique os métodos adotados à consecução de seus resultados”.

Em relação à pesquisa qualitativa esta não procura enumerar nem medir os eventos

estudados, busca a obtenção de dados descritivos em relação a métodos, pessoas, lugares para

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compreensão dos fenômenos segundo a percepção dos envolvidos na situação, neste estudo, os

pacientes, equipe técnica e médica.

Partindo do ponto de vista dos objetivos da pesquisa, é caracterizada como exploratório-

descritiva, segundo Alves e Vergara (2003) a investigação exploratória pode ser aplicada em área

na qual há pouco conhecimento acumulado e sistematizado, enquanto que a descritiva expõe

levantamentos bibliográficos e com pessoas com experiência do objeto alvo.

É uma pesquisa exploratória, pois os dados foram coletados através de pesquisa de campo

e levantamento bibliográfico. Pode-se afirmar ainda que é uma pesquisa descritiva pelo fato de

ter buscado informações características do HGeM. Os procedimentos metodológicos são

instrumentos que proporcionam aos pesquisadores, em qualquer área de atuação, orientação geral

que facilita, planejar uma pesquisa, formular hipóteses, coordenar investigações, realizar

experiências e interpretar os resultados.

3.1 FORMULAÇÃO DA PERGUNTA / PROBLEMA

A questão principal a ser respondida é: qual a contribuição do uso das cores para a

qualidade de vida das pessoas envolvidas no ambiente hospitalar?

E a mesma vem atrelada a outro questionamento: como a aplicação cromática melhoraria

o ambiente hospitalar?

3.2 DELINEAMENTO DA PESQUISA

Por tratar-se de uma única Instituição, este trabalho caracteriza-se como um estudo de

caso, do tipo descritiva, pois foi feito por meio de um roteiro de entrevista, com a finalidade de

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obter as respostas que influenciam no seu desempenho da questão a ser pesquisada, segundo

Triviños (1992, p. 133), o estudo de caso “é uma categoria de pesquisa cujo objeto é uma unidade

que se analisa profundamente”.

“Justifica-se a escolha pelo fato do estudo de caso ser bastante flexível”, (TRIVIÑOS,

1992, p.121), o que veio a facilitar o acesso às informações.

3.3 COLETA DE DADOS

Os instrumentos utilizados para o processo de obtenção da quantidade da amostra e os

procedimentos de coleta da mesma serão descritos a seguir:

Coleta de dados;

Análise dos dados;

Construção dos gráficos para análise das necessidades e desejos por parte dos

entrevistados.

Os instrumentos metodológicos foram baseados em questionários e entrevistas, aplicados

e realizados pela pesquisadora em parceria com oficiais técnicos temporários do hospital,

buscando saber a importância do uso das cores em ambientes hospitales, uniformes médicos,

mobiliário e equipamentos. Utilizamos ainda a pesquisa documental e a pesquisa bibliográfica.

Segundo Vergara (2003) devem ser criteriosas as técnicas e as confecções de instrumentos

adequados de registro e leitura dos dados colhidos em campo.

O instrumento de pesquisa utilizado se fez por meio de entrevista, esse instrumento é

composto de 10 questões 9 (nove) fechadas e 1 (uma) aberta, para verificar o nível de

preferência, satisfação, sugestão dos entrevistados. Os dados secundários por sua vez foram

coletados por meio de pesquisa documental e pesquisa bibliográfica.

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Para Lakatos (2001, pg 45) como a aplicação dos instrumentos elaborados e das técnicas

selecionadas para que sejam reunidos todos os subsídios necessários para o embasamento da

pesquisa, com procedimentos que variam de acordo com as circunstâncias ou com o tipo de

investigação com técnicas que vão da coleta documental, até a história de vida, passando pela

observação, entrevista e sociometría e demais ferramentas.

Análise de Dados: a análise dos dados representa a aplicação lógica dedutiva do

processo de investigação. A importância dos dados não está em si mesmo, mas em proporcionar

respostas às investigações.

De acordo com Lakatos (2001), obtidos os dados, procura-se indicar os aspectos mais

relevantes, evidenciando realmente o que a pesquisa coletou. A análise crítica dos dados busca

explicar o objeto de estudo e suas relações.

A análise ou explicação é a tentativa de evidenciar as relações existentes entre o

fenômeno estudado e outros fatores. Essas relações podem ser estabelecidas em função de suas

propriedades relacionadas de causa-feito, produtor-produto, de correlações, de análise de

conteúdo.

3.4 INSTRUMENTO

Para o entendimento das situações apresentadas no momento foram utilizados os

seguintes instrumentos para análise:

Análise Documental – Relatórios, normas, histórico;

Entrevistas – com os pacientes, equipe técnica e médica;

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Os instrumentos metodológicos desta pesquisa foram baseados em questionários e

entrevistas, aplicados e realizados pela mestranda no hospital.

Como instrumento de documentação direta, foi utilizado um formulário de pesquisa. Os

dados primários foram coletados por meio de entrevista e os dados secundários por sua vez foram

coletados por meio de pesquisa documental e pesquisa bibliográfica.

O questionário que foi utilizado para o processo de obtenção da quantidade da amostra e o

procedimento de coleta, encontra-se no Apêndice.

3.5 UNIVERSO DA PESQUISA

O universo da pesquisa (população) foi composto, por pacientes, equipe técnica e médica

do HGeM. Segundo Gil (1999) denomina-se universo ou população a conjunto definido de

elementos que apresentam determinadas características.

Para fins estatísticos, os entrevistados são uma amostra representativa e de interesse da

pesquisa. Foram utilizados para verificar a preferência das cores e suas aplicações para a

qualidade de vida e bem-estar das pessoas.

A aplicação dos questionários foi facilitada através de funcionários tenentes temporários,

por haver interesse por este estudo, para a mudança no ambiente hospitalar como um todo. Foi

selecionada desse universo (amostra) para responderem ao questionário, 40 pessoas, sendo; 15

pacientes/ familiares, 15 da equipe médica e 10 da equipe técnica, externando os seus gostos,

preferências e anseios no que se refere à aplicação da cromatização no ambiente estudado.

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Construção dos gráficos: Os dados obtidos nesta pesquisa foram, tratados por meio de

processamento de contagem dos dados informados, partiu-se então, para tabulação específica

com contagem e verificação para que pudessem ser elaborados os gráficos, para posterior análise.

Fica evidenciada, portanto, a importância da utilização de uma abordagem qualitativa e

quantitativa na pesquisa em questão. A entrevista mensurou percentualmente os dados, dando

resultados reais para a análise.

A opção por gráficos deu-se não só pelo fato deles facilitarem a análise, mas também pelo

visual policromático que oportuniza uma fixação melhor dos resultados obtidos.

4. APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS

4.1 ANÁLISE DOS DADOS

A pesquisa teve como população as pessoas envolvidas no dia-a-dia do hospital. A coleta

de dados foi realizada por meio de questionários, contendo perguntas abertas. Abaixo são

apresentados os gráficos com as questões abertas que tratam da opção pela escolha ideal para a

aplicação das cores no ambiente hospitalar.

No gráfico 1, está a representação da cor preferida das pessoas questionadas.

A análise inicia-se com o diagnóstico da situação do HGEM, em relação ao uso das cores

em suas instalações. Como a pesquisa trata de cores, fez-se necessário fugir do convencional e

trazer o ambiente hospitalar, do caso em pauta, para o bojo da dissertação, através de fotos que

demonstram a necessidade da aplicação de cores que tem como principal missão restaurar a

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saúde, dando qualidade de vida as pessoas. Hoje, sabe-se através de pesquisas no campo da

psicossomática que 99% das doenças que acometem o ser humano são decorrentes de problemas

psicológicos, envolvendo, obviamente, o emocional. Um ambiente depressivo pode favorecer o

aparecimento de doenças oportunista em um enfermo que já está com sua estrutura bio-psico-

social fragilizada.

A figura 10, evidência a recepção do Hospital Geral de Manaus, o qual ainda não

despertou para o uso das cores e sua influência para a qualidade de vida dos pacientes, pois ainda

utiliza branco e o cinza e os tons pastéis tradicionais, deixando o ambiente tristonho e monótono,

como veremos, mais adiante, quando apresentarmos a análise e os resultados.

4.2 FOTOS ATUAIS DO HOSPITAL GERAL DE MANAUS

Recepção do hospital, a cor predominante é o branco. Deveria ser algo mais alegre, por se tratar de recepção. Usar cores alegres, vegetação e mobiliário moderno para deixar o ambiente mais alegre.

Figura 10 – Recepção Foto: Luiza Dutra, 2006.

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60

Possui grandes esquadrias, mesmo assim a sensação é de um ambiente escuro e hostil.

Figura 11 – Esquadrias, Escada

Foto: Luiza Dutra, 2006.

Hall interno, com tonalidade muito forte de verde. Onde deveria ser em cores mais suaves, em tons pastéis (claros).

Figura 12 – Hall interno Foto: Luiza Dutra, 2006.

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60

Observa-se que a predominância do branco e cinza.

Figura 13 – Recepção Foto: Luiza Dutra, 2006.

Os corredores possuem revestimento de azulejo branco, piso cinza e são pouco iluminados.

Figura 14 – Circulação interna Foto: Luiza Dutra, 2006.

.

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60

A enfermaria está pintada com verde e branco em tons suaves. Figura 15 – Enfermaria feminina Foto: Luiza Dutra, 2006.

O ambulatório pediátrico está atualmente pintado com cinza e branco. Estas cores transmitem para as crianças a sensação de medo.

Figura 16 – Ambulatório pediátrico

Foto: Luiza Dutra, 2006.

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Observa-se que a pintura na parede possui cores muito escuras, assim como o mobiliário desconfortável para este tipo de ambiente. Figura 17 – Ambulatório pediátrico Foto: Luiza Dutra, 2006. Figura 18 – Ambulatório pediátrico

Foto: Luiza Dutra, 2006.

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Figura 19 – Ambulatório pediátrico

Foto: Luiza Dutra, 2006.

Figura 20 – Enfermaria Masculina

Foto: Luiza Dutra, 2006.

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Figura 21 – Consultório pediátrico

Foto: Luiza Dutra, 2006.

Após o diagnóstico, partiu-se então para a construção dos gráficos, conforme seqüência

abaixo discriminada, apresentaremos a percepção do ponto de vista dos entrevistados.

Observa-se que os dados contidos no gráfico 1 mostram que o percentual de pessoas que

gostam da cor azul é bastante significativo, ou seja, 34,8%, a segunda cor preferida é o amarelo

com 17,4%, o branco e o verde ficaram 13%. Segundo os entrevistados, o azul transmite

sensações boas, de paz, de saúde e esperança.

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Qual a sua cor preferida?

34,8%

17,4%8,7%

13,0%

13,0%

4,3% 4,3% 0,0%0,0% 4,3%

Azul Amarelo Laranja Verde Branco Preto Lilás Rosa Vermelho Cinza

Gráfico 1 – Cor preferida. Fonte: Pesquisa realizada pela mestranda, agosto 2006.

No gráfico 2, observa-se que a cor preto, com 39,1%, seguido das cores lilás e vermelho,

com 13%, são as cores que os entrevistados não gostam. Observa-se que os dados contidos

mostram o que esta pesquisa quer esclarecer, que as cores podem estimular de forma positiva e

negativa seus efeitos no corpo e na mente. O preto simboliza a maldade, a velhice e o silêncio, na

verdade tem conotação mórbida.

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Qual a cor que você não gosta?

4,3% 8,7%4,3%

0,0%0,0%

39,1%13,0%

8,7%

13,0%

8,7%

Azul Amarelo Laranja Verde Branco Preto Lilás Rosa Vermelho Cinza

Gráfico 2 – Cor não preferida. Fonte: Pesquisa realizada pela mestranda, agosto 2006.

No gráfico 3, a cor preferida para que seja aplicada no hospital é o azul com 39,1%,

seguida do branco do 26,1%, amarelo 17,4% e verde 13%. O azul é a cor da calma, harmonia,

mas, para aplicação em hospitais não pode ser em tons fortes e sim suaves, claros, pois, pode ser

depressivo em excesso. O branco, sem dúvida, é a cor da paz, da serenidade, fé, inocência, mas,

que precisa ser utilizado com outras cores para não se tornar cansativo, depressivo. O amarelo é a

cor de alegria, sabedoria, compreensão, criatividade. O verde a cor da natureza, relaxante e

curativo.

Alguns entrevistados conhecem ou já ouviram falar das sensações e efeitos transmitidos

pelas cores. Logo, é de fundamental valia obter esses dados para análises e futuras aplicações das

coletas obtidas no que se refere a ambientes hospitalares.

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Que cor você sugere para pintar as paredes do Hospital Geral de Manaus?

39,1%

17,4%4,3%

13,0%

26,1%0,0%0,0%0,0%0,0%0,0%

Azul Amarelo Laranja Verde Branco Preto Lilás Rosa Vermelho Cinza

Gráfico 3 – Sugestão para pintar o hospital. Fonte: Pesquisa realizada pela mestranda, agosto 2006.

No gráfico abaixo, a cor que os entrevistados não pintariam as paredes do hospital seria o

preto com 73,9% seguida do vermelho com 17,4%. São cores fortes realmente, bastante

excitantes, estressantes quando em doses excessivas. O vermelho está associado ao sangue, ao

fogo, perigo, traição. Simboliza o amor, vigor a paixão, mas, não se aplica em um hospital.

Que cor você não sugere para pintar as paredes do Hospital Geral de Manaus?

0,0%0,0% 4,3% 0,0%0,0%

73,9%

4,3%0,0%

17,4% 0,0%

Azul Amarelo Laranja Verde Branco Preto Lilás Rosa Vermelho Cinza

Gráfico 4 – Cor que não pintariam o hospital. Fonte: Pesquisa realizada pela mestranda, agosto 2006.

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No gráfico 5, a cor que transmite alegria as pessoas é o azul com 30,4% e o laranja com

21,7%. Já sabemos as sensações do azul, mas, neste gráfico aparece à cor laranja ainda não citada

anteriormente, suas principais características são a indução de relaxamento e aumento de

potencial para o sono, ideal para pacientes agitados, a freqüência do fluxo sanguíneo diminui e

quando é combinado ao azul desenvolvem uma sensação de calma, placidez e segurança. Não

pode ser exposto de forma excessiva, pois, pode gerar nervosismo.

Que cor transmite a você alegria e saúde?

30,4%

4,3%

21,7%13,0%

13,0%

0,0%0,0%

13,0%4,3% 0,0%

Azul Amarelo Laranja Verde Branco Preto Lilás Rosa Vermelho Cinza

Gráfico 5 – Alegria e saúde. Fonte: Pesquisa realizada pela mestranda, agosto 2006.

No gráfico 6, verificamos que o branco, com 56,5%, ainda é aceito nos uniformes da

equipe médica, por estar relacionado à higiene e limpeza. O verde com 21,7%, o rosa com 8,7%

mostram a necessidade do começo da mudança no que se refere a vestes médicas, trazem alegria

e felicidade.

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60

Que cor você gostaria de ver a equipe médica usando?

0,0% 4,3% 4,3%

21,7%

56,5%

0,0%4,3%8,7% 0,0%0,0%

Azul Amarelo Laranja Verde Branco Preto Lilás Rosa Vermelho Cinza

Gráfico 6 – Uniforme da Equipe médica. Fonte: Pesquisa realizada pela mestranda, agosto 2006.

No gráfico 7, a cor que acalma os entrevistados é novamente a cor azul com 39,1%

seguido do branco 21,7% e verde com 13%.

Que cor acalma você?

39,1%

8,7%8,7%13,0%

21,7%

0,0%4,3% 4,3% 0,0%0,0%

Azul Amarelo Laranja Verde Branco Preto Lilás Rosa Vermelho Cinza

Gráfico 7 – Acalma. Fonte: Pesquisa realizada pela mestranda, agosto 2006.

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No gráfico 8, a cor que dá a sensação de medo em hospital é o preto, com 60,9%, o

vermelho e cinza com 13%. O cinza é a cor mais usada, em hospitais, clínicas e pronto-socorros,

é uma cor sombria, está associado ao recolhimento e a tristeza.

Que cor dá medo em um hospital?

0,0%0,0%0,0% 4,3% 8,7%

60,9%

0,0%0,0%

13,0%

13,0%

Azul Amarelo Laranja Verde Branco Preto Lilás Rosa Vermelho Cinza

Gráfico 8 – Medo. Fonte: Pesquisa realizada pela mestranda, agosto 2006. No último gráfico a pergunta foi qual a cor que representa a vida? E novamente a cor

preferida é o azul, com 34,8%. Nota-se a preferência por esta cor em um universo amplamente

hospitalar, com carências e necessidade de melhoria para o bem-estar das pessoas, o caso do

HGeM.

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Que cor representa a vida?

34,8%

8,7%0,0%17,4%

17,4%

0,0%0,0%0,0%

21,7%0,0%

Azul Amarelo Laranja Verde Branco Preto Lilás Rosa Vermelho Cinza

Gráfico 9 – Vida. Fonte: Pesquisa realizada pela mestranda, agosto 2006.

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INTERVENÇÃO CROMÁTICA

Observa-se a necessidade de uma intervenção cromática no Hospital Geral de Manaus,

abaixo seguem as fotos atuais do hospital e a proposta de aplicação das cores para a melhoria

destes ambientes. Através do estudo realizado nota-se a importância para o bem-estar dos

pacientes e demais pessoas envolvidas. Visando a qualidade de vida e proporcionado um

ambiente agradável, alegre e confortável.

Figura 22 – Recepção Figura 23 – Recepção Foto: Luiza Dutra, 2006. Projeto: Luiza Dutra, 2006.

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60

Na figura 22 a recepção é bastante hostil, pois, é a cor branca é predominante, a qual

transmite em ambiente hospitalar, impessoalidade, as pessoas sentem-se deprimidas, angustiadas

e depressivas. Logo, deveria ser como no projeto proposto um lugar alegre com cores mais

excitantes, mas, na medida certa, sem agredir. O verde foi utilizado na recepção por solicitação

dos entrevistados, transmite equilíbrio e harmonia, o vermelho também foi utilizado em detalhes

como nos pilares e mobiliário em pequenas doses, traz ao ambiente alegria, entusiasmo, estímulo,

61

energia e vida. Não é porque é um ambiente hospitalar que não possa ser moderno, por isso,

sugerimos além das cores em paredes que se faça uso também de objetos de decoração, materiais,

texturas, equipamentos para compor com as cores na melhoria destes, como, quadros, vegetação,

relógios, vidros, iluminação entre outros.

Figura 24 – Recepção Figura 25 – Recepção Foto: Luiza Dutra, 2006. Projeto: Luiza Dutra, 2006.

Neste ângulo da recepção continuamos vendo ainda a cor branca e piso escuro, sem

atrativo nenhum aos pacientes. No projeto proposto ao lado, aplicamos a cor azul também

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solicitada pelos pacientes, equipe médica e funcionários, a qual transmite confiança, amizade,

fidelidade, é uma cor que acalma, evita tensão e ajuda a baixar a pressão sanguínea,

principalmente reduzir o estresse. Ou seja, completamente apropriada para a recepção. Também

fizemos uso no projeto do mobiliário, decoração, iluminação e substituição do piso escuro por

uma cerâmica clara.

62

Figura 26 – Esquadria, escada Figura 27 – Esquadria, escada Foto: Luiza Dutra, 2006. Projeto: Luiza Dutra, 2006.

Neste ambiente existente com grandes vãos de janela, mesmo assim ainda é escuro, o

branco também é usado, o revestimento da escada é escuro, logo, não agrada as pessoas.

No projeto ao lado sugerimos aplicar cores claras, como: amarelo, areia, palha, marfim

entre outros. Utilizar formas com cores em degradê para dar um efeito mais alegre e moderno. A

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iluminação é fundamental para o efeito que se espera. A paginação de piso praticamente deverá

ser trocada, pois, como o hospital é antigo, utilizaram revestimento cerâmico e korodur escuros.

A troca para revestimentos claros é de fundamental importância para haver integração dos

espaços.

63

Figura 28 – Enfermaria feminina Figura 29 – Enfermaria feminina Foto: Luiza Dutra, 2006. Projeto: Luiza Dutra, 2006.

Na figura 28, a cor verde aparece muito timidamente com o branco e os equipamentos são

brancos, nada impede que os equipamentos sejam cromáticos, assim como as paredes, utilizando

texturas, papéis de paredes, faixas que podem ser com cores, ou com materiais, como: madeira,

aglomerado, laminados entre outros, dando um aspecto estético agradável aos olhos dos

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pacientes. Neste ambiente utilizamos, o amarelo, azul, vermelho nos detalhes para não agredir,

tons pastéis para harmonizar com as cores quentes. A iluminação através de arandelas para trazer

um ar mais acolhedor. Todos os equipamentos com um pouco de vermelho, azul para alegrar o

espaço e piso em tom cinza e branco, para dar amplitude.

O amarelo á a cor mais rapidamente percebida por nossos olhos e, por isso, é ideal para

chamar a atenção. Reduz a inquietação, ansiedade e das preocupações quando utilizada em

ambiente hospitalar. Ideal para este ambiente.

64

Figura 30 – Ambulatório pediátrico Figura 31 – Ambulatório pediátrico Foto: Luiza Dutra, 2006. Projeto: Luiza Dutra, 2006.

Os entrevistados informaram que as crianças sentem medo neste ambiente, pois, os

desenhos que estão expostos nas paredes possuem cores intensas, são gravuras de bonecos

brigando, utilizando armas, ou seja, não agrada em nada os pequenos pacientes. No projeto

propomos um ambiente bastante alegre, com mobiliário colorido totalmente apropriado para o

bem-estar das crianças, papéis de paredes com motivos infantis, cores como azul e rosa, para

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transmitir conforto e luminosidade. Mobiliário para compor espaço para brincadeiras enquanto as

mesmas aguardam atendimento, sem medo ou depressão. Prateleiras e brinquedos multicores para

harmonizar. O rosa simboliza a ingenuidade, bondade, ternura, bons sentimentos, tudo que

realmente uma criança representa.

65

Figura 32 – Ambulatório pediátrico. Figura 33 – Ambulatório pediátrico. Foto: Luiza Dutra, 2006. Projeto: Luiza Dutra, 2006.

Na figura acima, vemos ao fundo, os desenhos que em nada agradam as crianças, cadeiras

desconfortáveis, nenhum uso de cores. No projeto ao lado uma mudança significante no que se

refere ao bem-estar e qualidade de vida dos

pacientes.

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Figura 34 – Circulação interna Figura 35 – Circulação interna Foto: Luiza Dutra, 2006. Projeto: Luiza Dutra, 2006.

66

A circulação interna é escura, mesmo com abertura em cobogós, pois a iluminação não

ajuda para a ambiente parecer mais claro. As paredes são revestidas de azulejos antigos brancos,

hoje nem são mais utilizados. Substituímos os azulejos brancos por pastilha cerâmica em tons

bege e laranja, utilizamos painéis em laminados, ou aglomerados em cor terra para contrastar

com a cor marfim das paredes para dar a sensação de luminosidades à circulação. Arandelas

também foram utilizadas para clarear o espaço.

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Figura 36 – Enfermaria masculina Figura 37 – Enfermaria masculina Foto: Luiza Dutra, 2006. Projeto: Luiza Dutra, 2006.

Na enfermaria masculina acima, armário em cor escura, sendo substituído por um na cor

branca, paredes pintadas por cor azul claro, faixa lateral a tom palha ou marfim, assim como as

poltronas confortáveis para os acompanhantes, quadros também podem ser usados para alegrar,

transmitir paz e conforto as pessoas que estão enfermas e seus acompanhantes.

Desta forma, pensamos em contribuir para a qualidade de vida das pessoas através do uso

e influência das cores no HGeM.

67

CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES

É importante lembrar que o objetivo deste estudo foi compreender e analisar qual a

contribuição das cores para a qualidade de vida em ambiente hospitalar. Sabemos que, a visão das

cores e sua combinações cromáticas, geram uma resposta de comportamento emocional e físico

de tal forma que a preferência ou repulsa por uma determinada cor pode revelar aspectos e

tendências emotivas Em resumo, as cores falam sobre nós, dando informações sobre nossas

necessidades, desejos, medos. O estudo analisou de que maneira e forma essas cores podem ser

aplicadas para a melhoria da qualidade de vida desses pacientes.

“Um hospital deve ser um lugar alegre e que transmita a sensação de paz, saúde, vida,

nunca um ambiente hostil, cinzento e despido de cor. Se a proposta é fazer com que os pacientes,

equipe médica, acompanhantes e funcionários tenham seus sofrimentos minimizados no hospital,

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o ambiente físico tem um papel importantíssimo no sentido de oferecer alternativas e estímulo

aos mesmos” (ANGERAMI, 1988, p.77). Verifica-se que os pacientes no pré e pós-operatório,

consultas, terapias, fisioterapias, internamentos entre outros, em muito se beneficiam da

importância da aplicação das cores. Isto porque estão vivenciando um momento estressante e

precisam estar em um ambiente acolhedor, calmo, agradável e que estimule o desenvolvimento

da auto-estima, bem como canalize tensões. Pois, como já sabemos, para percebermos as cores,

inicia-se o processo nos olhos do ser humano que envia as mensagens para o cérebro, gerando

efeito psicológico, logo, o razão para tal aplicação das cores é fundamental para tratamentos

médicos, para promover e restaurar a saúde, evitar doenças e reabilitar o paciente.

68

Segundo (STEINER, 1978, P. 108) “a vida irradia cor e da doença surge uma nova

consciência, que restabelece seu equilíbrio na saúde e na cura”.

Particularmente sentida no âmbito de projetos (lojas, restaurantes, bancos, hospitais e

edifícios de escritórios, embalagens, produtos, logomarcas), essa nova frente de produção

arquitetônica tem se revelado como a mais ágil no acompanhamento das inovações e estéticas

internacionais. Nesse terreno, o uso da cor mantém forte relação com o advento de novos

materiais e a possibilidade de uma intensa e rápida experimentação, constituindo fator de

progresso e de alargamento das fronteiras criativas.

A aplicação da cor já está integrada à nossa realidade, mesmo que timidamente,

considerando que os efeitos resultantes são percebidos a médio e longo prazo. Estabelecer regras

nunca é aconselhável, mas uma orientação buscando o bem-estar se faz indispensável na

realização de projetos cromáticos.

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Devido o levantamento in loco, concluiu-se, então, haver um grande benefício terapêutico

na aplicação do estudo cromático para ambientes hospitalares, fazendo com que o ambiente

pareça menos hostil, tornando-o mais descontraído e natural, visando à qualidade de vida e bem-

estar das pessoas.

A título de recomendação e atendendo ao Curso de Mestrado em Engenharia de Produção

fizemos acima uma seqüência de fotos e sugestões para melhorar a qualidade visual no HGeM.

Espera-se com essas sugestões contribuir de modo significativo para todos aqueles que precisam

estar nesses ambientes, tirar a aura depressiva irradiada pelas cores inadequadas, que passam uma

sensação de melancolia e debilitação. Construir um ambiente, alegre, que transmita vida e

contribua para consolidação da saúde física e mental do ser humano.

69

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STEINER, Rudolph, Conhecimento Humano. Berlim, 1978.

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VERGARA, Sylvia Constant. Projetos e relatórios de pesquisa em administração. São Paulo:

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WALKER, Morton. O poder das cores: As cores melhorando sua vida. Saraiva. São Paulo, 1995.

WIKIPEDIA, Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Cor. Acessado em: 20 de setembro de

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WILLIAM, Richard L. Como implementar a qualidade total na sua empresa. Richard L.

William; Tradução Joselita Vieira Wasmewski – Rio de Janeiro: Campus, 1995.

72

APÊNDICE Formulário de resposta dos pacientes, equipe médica e equipe técnica.

A importância da influência das cores em ambiente hospitalar - Hospital Geral de Manaus – um

estudo de caso

Objetivo: Analisar o grau de preferência de cores pelos pacientes, equipe médica e funcionários,

através da necessidade e importância de aplicá-las para a melhoria da qualidade de vida das

pessoas.

1. QUAL A SUA COR PREFERIDA?

( ) AZUL ( ) AMARELO ( ) LARANJA ( ) VERDE ( ) BRANCO

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( ) PRETO ( ) LILÁS ( ) ROSA ( ) VERMELHO ( ) CINZA

2. QUAL A COR QUE VOCÊ NÃO GOSTA? ( ) AZUL ( ) AMARELO ( ) LARANJA ( ) VERDE ( ) BRANCO ( ) PRETO ( ) LILÁS ( ) ROSA ( ) VERMELHO ( ) CINZA

73

3. QUAL COR VOCÊ SUGERE PARA PINTAR AS PAREDES DO HOSPITAL? ( ) AZUL ( ) AMARELO ( ) LARANJA ( ) VERDE ( ) BRANCO ( ) PRETO ( ) LILÁS ( ) ROSA ( ) VERMELHO ( ) CINZA

4. QUAL COR VOCÊ NÃO SUGERE PARA PINTAR AS PAREDES DO HOSPITAL?

( ) AZUL ( ) AMARELO ( ) LARANJA ( ) VERDE ( ) BRANCO ( ) PRETO ( ) LILÁS

( ) ROSA ( ) VERMELHO ( ) CINZA

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5. QUAL COR TRANSMITE A VOCÊ ALEGRIA E SAÚDE? ( ) AZUL ( ) AMARELO ( ) LARANJA ( ) VERDE ( ) BRANCO ( ) PRETO ( ) LILÁS ( ) ROSA ( ) VERMELHO ( ) CINZA

74 6. QUE COR VOCÊ GOSTARIA DE VER A EQUIPE MÉDICA USANDO?

( ) AZUL ( ) AMARELO ( ) LARANJA ( ) VERDE ( ) BRANCO ( ) PRETO ( ) LILÁS ( ) ROSA ( ) VERMELHO ( ) CINZA

7. QUAL COR TE ACALMA? ( ) AZUL ( ) AMARELO ( ) LARANJA ( ) VERDE ( ) BRANCO ( ) PRETO ( ) LILÁS ( ) ROSA ( ) VERMELHO ( ) CINZA

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8. QUAL A COR QUE DÁ MEDO EM UM HOSPITAL? ( ) AZUL ( ) AMARELO ( ) LARANJA ( ) VERDE ( ) BRANCO ( ) PRETO ( ) LILÁS ( ) ROSA ( ) VERMELHO ( ) CINZA

75

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9. QUAL COR NA SUA OPINIÃO REPRESENTA A VIDA?

( ) AZUL ( ) AMARELO ( ) LARANJA ( ) VERDE ( ) BRANCO ( ) PRETO ( ) LILÁS ( ) ROSA ( ) VERMELHO ( ) CINZA

10. NA SUA OPINIÃO, O QUE VOCÊ MELHORARIA NESTE AMBIENTE HOSPITALAR?

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