Universidade Federal de Sergipe T é cnicas em Exame Psicol ó gico I Inteligência Daniele Alves...

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Universidade Federal de Sergipe Técnicas em Exame Psicológico I Inteligência Daniele Alves Eduardo César Jamile Carvalho Larissa Leal Mário Celso Rafaela Azevedo

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Universidade Federal de SergipeTécnicas em Exame Psicológico I

Inteligência

Daniele AlvesEduardo CésarJamile CarvalhoLarissa LealMário CelsoRafaela Azevedo

1. Inteligência: áreas de estudo1. Inteligência: áreas de estudo

1)1) Teorias sobre natureza da inteligência.Teorias sobre natureza da inteligência.

2)2) Referente à metodologia tanto teórica Referente à metodologia tanto teórica quanto aplicada, para se mensurar a quanto aplicada, para se mensurar a inteligência.inteligência.

3)3) Diferenças de inteligência quanto aos Diferenças de inteligência quanto aos grupos.grupos.

4)4) Influências hereditárias e ambientais Influências hereditárias e ambientais sobre desenvolvimento da inteligência.sobre desenvolvimento da inteligência.

Como chamá-los?Como chamá-los?- Nomes padrões para esses testes eram: testes de inteligência, de capacidade mental ou aptidão.

• Motivos:- O que significa “inteligência”? Busca de termos de acordo com o propósito específico do teste.Ex: Otis Intelligence Scale -> Otis-Lennon Mental Ability Test -> Otis-Lennon School Ability Test.

- Suposição de que a inteligência ou aptidão são inatas ou exclusivamente hereditárias. Os autores preferem escolher termos que enfatizem o fato de que o teste mensura habilidades desenvolvidas pelo sujeito.

2. As Teorias da Inteligência2. As Teorias da Inteligência

Duas Teorias ClássicasDuas Teorias Clássicas

2.1) O “g” de Spearman (1927):

- Inglês Charles Spearman (1863-1945) criou a primeira teoria formal sobre capacidade mental humana.

- Teoria baseada nas correlações entre vários testes de funções sensoriais simples.

Teoria de Dois FatoresTeoria de Dois FatoresTeoria de Um Fator ou Unifatorial de Teoria de Um Fator ou Unifatorial de

InteligênciaInteligência

S1

S2S3

S4

S5

S6

S7

S8

Fator geral da capacidade mental

2.2) As Capacidades Mentais Primárias 2.2) As Capacidades Mentais Primárias de Thurstonede Thurstone

- Psicólogo norte-americano Louis Leon Thurstone (1887-1955), da Universidade de Chicago.

- Correlações de Spearman eram baixas o suficiente para se pensar que elas mensuravam vários fatores bastante independentes (Thurstone, 1938).

- Thurstone propõe 9 capacidades mentais primárias originais: Espacial, Perceptual, Numérica, Verbal, de Memória, de Palavras, Indutiva, de Raciocínio, Dedutiva.- 4 aparecem em quase todas versões de testes de HMP: os fatores espacial, numérico, verbal e de raciocínio. Entre fatores de memória, fluência verbal e perceptual, este é o mais frequente.

2.3) Joy Paul Guilford (1897-1987):

- Psicólogo norte-americano. - Capacidade mental manifestada em três eixos principais: conteúdos, produtos e operações.

• Operações: tipo de processamento mental aplicado.

- Produção divergente: produção de soluções alternativas ou incomuns.

- Produção convergente: identificação de uma única resposta correta.

• Conteúdos: tipo de material aos quais se aplicam as operações ou processos mentais.

• Produtos: tipo de associação ou conexão que esse problema envolve.

Modelo de Estrutura de Intelecto, de Guilford

3. Modelos Hierárquicos

Propõem que existem diversas habilidades distintas, mas essas habilidades estão dispostas em uma hierarquia cujo topo tem apenas um ou uma quantidade reduzida de fatores, chamados dominantes, “desdobrados” em outros específicos, secundários, etc.

3.1) Três modelos estudados:

(a) Cattell: Inteligências Fluida e Cristalizada(b) Modelo de Vernon(c) Resumo de Carroll

São modelos baseados em modelagens matemáticas de equações estruturais não lineares, rotações não ortogonais de eixos de simetria e modelos de regressão multivariada.

(a) O modelo de Cattell

Inicialmente (década de 40), Cattell desenvolveu um teste de inteligência perceptual, baseado na teoria das matrizes e labirintos, tecendo fortes críticas ao teste de Binet, por este ser excessivamente verbal e dependente da escolaridade.

- Na década de 60 lançou a Teoria da Gf – Gc:

Gf: Inteligência Fluida = entendida como uma “casa de máquinas mental”, com algum substrato neurológico, onde se processariam as operações mentais, também chamada de inteligência potencial.

Gc: Inteligência Cristalizada = soma de tudo que se aprende e se desenvolve, através da educação, experiência e prática, também vista como inteligência atual.

- Ambas as inteligências são compostas de diversos fatores específicos, daí o modelo ter sido “rotulado” de hierárquico.

- O modelo de Cattell também é conhecido como Teoria de Cattell-Horn, pois Cattell desenvolveu boa parte do trabalho juntamente com J. L. Horn.

Alguns Questionamentos à Teoria Gf – Gc:

- É possível mensurar essa “caixa de máquinas mental”, que não sofre influência da cultura, da educação, da família, etc?

- Como acessar a “casa de máquinas” se ela se manifesta apenas por meio das habilidades já desenvolvidas, que por definição correspondem a Gc?

- Estariam Gf e Gc tão interligadas que formariam um único grupo, uma espécie de “Super-g” de Spearman?

(b) O modelo de Vernon: Philip Vernon

(décadas de 50 e 60) elaborou uma das mais mencionadas teorias hierárquicas de inteligência, consolidando todas as teorias e pesquisas feitas até a década de 50, para dar-lhes um sentido comum e suavizar os pontos conflitantes.

Na década de 60 lançou o conhecido Modelo de Vernon, uma espécie de “fatorização” da inteligência.Na base de seu esquema, as chamadas habilidades específicas são representadas por linhas verticais.

As habilidades específicas “aglomeram” um nível acima em diversos fatores secundários de grupo.Os fatores secundários se “aglutinam” em dois fatores de grupo maiores, que Vernon chamou de v:ed (verbal : educacional) e k:m (espacial : mecânico ou prático).Os fatores v:ed e k:m se juntam formando a capacidade mental geral, correspondente ao “g” de Spearman.

Modelo de Vernon

Habilidades específicas

(c) O Resumo de Carroll- O Resumo de Carroll é também uma “fatorização”

da inteligência, que ele chamou de Teoria dos Três Estratos:

- A inteligência geral se situa no nível mais alto e também corresponde ao “g” de Spearman.

- No segundo nível, Carroll junta os fatores Gf e Gc de Cattell e algumas das capacidades mentais primárias de Thurstone.

- No terceiro nível, Carroll “fatorou” a inteligência em habilidades específicas, numa lista complexa e inter-relacionada de fatores.

- A intensidade de ligação dos fatores do Estrato II com a Inteligência Geral é representada pelo comprimento da linha no diagrama.

Modelo de Carroll

4. Teorias do Desenvolvimento4. Teorias do DesenvolvimentoTeorias Psicométricas da Inteligência: Dependem Teorias Psicométricas da Inteligência: Dependem da análise das relações entre testes específicos. da análise das relações entre testes específicos.

Teorias do Desenvolvimento da Inteligência: Teorias do Desenvolvimento da Inteligência: Maneira como mente se desenvolve com a idade Maneira como mente se desenvolve com a idade e com a experiência.e com a experiência.

Características das Teorias da InteligênciaCaracterísticas das Teorias da Inteligência

Baseiam-se em estágiosBaseiam-se em estágiosO sequenciamento dos estágios é invarianteO sequenciamento dos estágios é invarianteOs estágios são irreversíveisOs estágios são irreversíveis

Os EstágiosOs Estágios

Idade/ Experiência

N.D¹.

N.D.¹ = Nível de Desenvolvimento

A

B

C

D

4.1. A Teoria Piagetiana do 4.1. A Teoria Piagetiana do Desenvolvimento CognitivoDesenvolvimento Cognitivo

A mente humana desenvolve-se por meio A mente humana desenvolve-se por meio de quatro estágios.de quatro estágios.Influência sobre a educação de crianças Influência sobre a educação de crianças pequenas.pequenas.

Influência sobre a psicologia do Influência sobre a psicologia do desenvolvimento.desenvolvimento.Não exerce tanta influência no campo da Não exerce tanta influência no campo da testagem.testagem.

4.2. Teoria de Kohlberg4.2. Teoria de Kohlberg

Teoria do DesenvolvimentoTeoria do Desenvolvimento moral.moral.

Aplica-se somente à áreaAplica-se somente à áreacognitiva conhecida comocognitiva conhecida comoraciocínio moral.raciocínio moral.

Possui Possui trêstrês estágios estágios principais.principais.

Os 3 EstágiosOs 3 Estágios(Novo tipo de abordagem para pensar sobre (Novo tipo de abordagem para pensar sobre

as capacidades mentais)as capacidades mentais)

5. O Processamento da Informação e 5. O Processamento da Informação e as Teorias Biológicas da Inteligênciaas Teorias Biológicas da Inteligência

Modelos de Processamento de Informação Modelos de Processamento de Informação (enfatizam (enfatizam comocomo o conteúdo é o conteúdo é processado)processado)

Modelos Biológicos ( ênfase no Modelos Biológicos ( ênfase no funcionamento do cérebro)funcionamento do cérebro)

5.1. Tarefas Cognitivas Elementares 5.1. Tarefas Cognitivas Elementares (TCEs)(TCEs)

Abordagem do Processamento da InformaçãoAbordagem do Processamento da Informação

Tarefas simples que exigem Tarefas simples que exigem processamento mental.processamento mental.

Referem-se a algo que esteja nas raízes da Referem-se a algo que esteja nas raízes da Inteligência.Inteligência.

Esperam-se medidas não-viesadas e que Esperam-se medidas não-viesadas e que independam da cultura.independam da cultura.

5.1. Tarefas Cognitivas Elementares5.1. Tarefas Cognitivas Elementares

Tempo de Reação Simples (Tempo de Reação Simples (VelocidadesVelocidades versus versus InteligênciaInteligência).).

Tempo de Reação de Escolha (Tempo Tempo de Reação de Escolha (Tempo necessário para a resposta motora).necessário para a resposta motora).

Pares de letras (Letras fisicamente idênticas e Pares de letras (Letras fisicamente idênticas e Identidade).Identidade).

Verificação Semântica.Verificação Semântica.

Tempo de Inspeção.Tempo de Inspeção.

Pares de LetrasPares de Letras

AB AA BB AA Aa aB bb Bb abAB AA BB AA Aa aB bb Bb ab

Verificação SemânticaVerificação Semântica

Letras na Tela Afirmativa V ou FLetras na Tela Afirmativa V ou F

B C A B está entre C e A V B C A B está entre C e A V FF

C B B está depois de C V C B B está depois de C V FF

A C B A está antes de C e de B V A C B A está antes de C e de B V FF

5.2. A teoria de Jensen5.2. A teoria de Jensen

Em 1969, Arthur Jensen ficou famoso após a Em 1969, Arthur Jensen ficou famoso após a publicação do artigo que falava sobre a publicação do artigo que falava sobre a diferença dicotômica da inteligência. diferença dicotômica da inteligência.

Ênfase nas relações entre as TCEs e a Ênfase nas relações entre as TCEs e a inteligência geral.inteligência geral.

Especificou que a inteligência pode ser Especificou que a inteligência pode ser compreendida em função da velocidade da compreendida em função da velocidade da condução neuronal.condução neuronal.

5.3. A Teoria Triárquica de Sternberg5.3. A Teoria Triárquica de Sternberg

Inteligência tem três facetas e cada Inteligência tem três facetas e cada uma delas apresenta várias subdivisões.uma delas apresenta várias subdivisões.

As três subteorias: As três subteorias:

ComponencialComponencial Experencial Experencial Contextual Contextual

a) Componenciala) Componencial

Refere-se aos Refere-se aos ProcessosProcessos Mentais, e por isso é Mentais, e por isso é a mais citada na teoria.a mais citada na teoria.

Inclui 3 tipos de processos:Inclui 3 tipos de processos:1)1) Planejamento, Monitoramento e Avaliação Planejamento, Monitoramento e Avaliação

(Funções executivas / Orientam outras operações)(Funções executivas / Orientam outras operações)2)2) Desempenho Desempenho

(Solução real do problema, supervisionado pelas F.Exec.)(Solução real do problema, supervisionado pelas F.Exec.)3)3) Aquisição do conhecimentoAquisição do conhecimento

1)1) Codificação das informaçõesCodificação das informações2)2) Combinação dos elementos codificadosCombinação dos elementos codificados3)3) Comparação dos elementos codificadosComparação dos elementos codificados

b) Experencial:

Essa faceta trata da familiaridade das Essa faceta trata da familiaridade das tarefas.tarefas. Das tarefas novas até aquelas que a Das tarefas novas até aquelas que a execução é automática.execução é automática.

c) Contextual:Sugere 3 modos de se lidar com o ambiente:Sugere 3 modos de se lidar com o ambiente:

Adaptação ao ambienteAdaptação ao ambiente Alteração do ambienteAlteração do ambiente Seleção de um ambiente diferenteSeleção de um ambiente diferente

5.4. A teoria de Gardner: Inteligências Múltiplas

Inserida na categoria da teorias biológicas, pois Inserida na categoria da teorias biológicas, pois refere-se ao funcionamento do cérebro e refere-se ao funcionamento do cérebro e também aos conceitos evolutivos.também aos conceitos evolutivos.

Teoria utilizada nos meios educacionais pois Teoria utilizada nos meios educacionais pois maximiza o potencial de todos e a sugere a ideia maximiza o potencial de todos e a sugere a ideia de que todo mundo é bom em alguma coisa.de que todo mundo é bom em alguma coisa.

Não constitui uma teoria adequada da Não constitui uma teoria adequada da inteligência.inteligência.

Em 1983, anunciou a existência de 7 tipos Em 1983, anunciou a existência de 7 tipos de inteligências:de inteligências:

Linguística Musical Lógico-matemática Espacial Corpóreo-cinética Intrapessoal Interpessoal

Em 1999, Gardner acrescentou 4 novos Em 1999, Gardner acrescentou 4 novos tipos de inteligência à teoria:tipos de inteligência à teoria:

NaturalistaNaturalista EspiritualEspiritual ExistencialExistencial MoralMoral

5.5. A teoria PASS:PASS = Planejamento, Atenção e PASS = Planejamento, Atenção e processamento Simultâneo e Sequencial.processamento Simultâneo e Sequencial.

Modelo de processamento baseado nos Modelo de processamento baseado nos fundamentos biológicos das áreas do cérebro. fundamentos biológicos das áreas do cérebro.

Postula três unidades funcionais que ocorrem Postula três unidades funcionais que ocorrem em unidades específicas do cérebro:em unidades específicas do cérebro:

Atenção ou excitaçãoAtenção ou excitação Recebimento e processamento da Recebimento e processamento da informaçãoinformação Planejamento “é a essência da inteligência Planejamento “é a essência da inteligência humana”humana”

Para esta teoria existem dois tipos de Para esta teoria existem dois tipos de processos: o Sequencial e o Simultâneoprocessos: o Sequencial e o Simultâneo

Processamento Processamento SimultâneoSimultâneo: material : material holístico e integrado, tarefas que são holístico e integrado, tarefas que são simultâneas.simultâneas. Processamento Processamento SequencialSequencial: Eventos : Eventos ordenados temporalmente;encadeados.ordenados temporalmente;encadeados.

Ordem Unidade funcional Área do cérebro

Terceira Planejamento Pré-frontal

Segunda Sequencial ou simultâneo Occipital, Parietal, temporal

Primeira Atenção Tronco, Medial

O estado atual da testagem em O estado atual da testagem em relação às teoriasrelação às teorias

Nos testes, o modelo de inteligência mais Nos testes, o modelo de inteligência mais utilizado deriva do modelo hierárquico. utilizado deriva do modelo hierárquico. ““Um” (Spearman) ou “vários” fatores Um” (Spearman) ou “vários” fatores (Thurstone) de inteligência, ambos tem (Thurstone) de inteligência, ambos tem ganhos.ganhos.Nos testes mais utilizados no resultado final Nos testes mais utilizados no resultado final encontra-se um “g” e também os subescores encontra-se um “g” e também os subescores que correspondem aos fatores gerais. que correspondem aos fatores gerais. A teoria de Vernon, Gf-Gc e a teoria dos 3 A teoria de Vernon, Gf-Gc e a teoria dos 3 estratos de Carroll => Testes de capacidade estratos de Carroll => Testes de capacidade mental.mental.

É preciso que o psicólogo conheça os modelos É preciso que o psicólogo conheça os modelos hierárquicos para compreender os testes de hierárquicos para compreender os testes de capacidade mentalcapacidade mentalPelo simples fato do manual informar que está Pelo simples fato do manual informar que está utilizando uma teoria não significa que o teste utilizando uma teoria não significa que o teste esteja fazendo isso, e nem que a teoria seja esteja fazendo isso, e nem que a teoria seja válida. Cuidado!válida. Cuidado! Os modelos biológicos e os modelos de Os modelos biológicos e os modelos de processamento da informação não exercem processamento da informação não exercem grande influência nos testes atuais. Mesmo as grande influência nos testes atuais. Mesmo as pesquisas predominando nesta área.pesquisas predominando nesta área.A teoria do desenvolvimento da inteligência A teoria do desenvolvimento da inteligência também não exercem muita influência nas também não exercem muita influência nas práticas de mensuração da capacidade mental.práticas de mensuração da capacidade mental.

6. Diferenças entre Grupos de 6. Diferenças entre Grupos de InteligênciaInteligência

São descritas segundo três perspectivas:São descritas segundo três perspectivas:

- A regra geral é superposição das - A regra geral é superposição das distribuições;distribuições;

- As diferenças entre os grupos não revelam - As diferenças entre os grupos não revelam sua própria causa;sua própria causa;

- As diferenças podem variar com o tempo.- As diferenças podem variar com o tempo.

6.1) Diferenças quanto ao sexo:6.1) Diferenças quanto ao sexo:

- - Diferenças mínimas em teste de Diferenças mínimas em teste de funcionamento mental geral;funcionamento mental geral;

- Diferenças mais notórias em testes de - Diferenças mais notórias em testes de habilidades específicas;habilidades específicas;

- Diferenças de habilidades notórias na fase de - Diferenças de habilidades notórias na fase de desenvolvimento que desaparecem no fim da desenvolvimento que desaparecem no fim da adolescência;adolescência;

- A variação de diferença de inteligências no - A variação de diferença de inteligências no grupo dos homens é maior do que no grupo grupo dos homens é maior do que no grupo das mulheres.das mulheres.

6.2) Diferenças quanto a idade:6.2) Diferenças quanto a idade: - - Curva de crescimento da inteligência mais inclinada Curva de crescimento da inteligência mais inclinada

até os 12 anos;até os 12 anos;- A partir dos 20 anos há um crescimento moderado;A partir dos 20 anos há um crescimento moderado;

- Estimativa do ponto máximo por volta dos 16 ou 25 Estimativa do ponto máximo por volta dos 16 ou 25 anos, se mantendo estável a partir de então;anos, se mantendo estável a partir de então;

- Declínio na curva de inteligência a partir dos 60 anos;Declínio na curva de inteligência a partir dos 60 anos;

- Declínio se dá de maneiras diferentes para Declínio se dá de maneiras diferentes para determinadas habilidades específicas;determinadas habilidades específicas;

- Diferenças entre estudos transversais e longitudinais;- Diferenças entre estudos transversais e longitudinais;- Níveis relativos de inteligência se estabelecem por - Níveis relativos de inteligência se estabelecem por

volta dos 6 anos, porém, essa estabilidade nunca é volta dos 6 anos, porém, essa estabilidade nunca é completa.completa.

• Mudanças na população ao longo do tempo:Mudanças na população ao longo do tempo:

- James Flynn realizou um trabalho de resumo - James Flynn realizou um trabalho de resumo dos dados dos testes de inteligência dos dos dados dos testes de inteligência dos últimos 60 anos em 20 países e constatou que últimos 60 anos em 20 países e constatou que a média do Q.I. tem aumentado ao longo das a média do Q.I. tem aumentado ao longo das gerações.gerações.Para os testes relacionados à inteligência fluida Para os testes relacionados à inteligência fluida tem havido um aumento médio de 15 pontos tem havido um aumento médio de 15 pontos por geração e para os testes de inteligência por geração e para os testes de inteligência cristalizada tem tido um aumento médio de 9 cristalizada tem tido um aumento médio de 9 pontos por geração. Esse fenômeno é pontos por geração. Esse fenômeno é conhecido como “efeito Flynn” e ainda não se conhecido como “efeito Flynn” e ainda não se encontram explicações para a sua ocorrência. encontram explicações para a sua ocorrência.

6.3) Diferenças quanto ao nível 6.3) Diferenças quanto ao nível socioeconômico:socioeconômico:

- - Dificuldade para definir a condição Dificuldade para definir a condição socioeconômica (CSE).socioeconômica (CSE).

- Relação clara entre níveis de inteligência e a - Relação clara entre níveis de inteligência e a CSE.CSE.

- Médias de diferenças entre grupos são de 5 a - Médias de diferenças entre grupos são de 5 a 10 pontos de Q.I.10 pontos de Q.I.

- Razões para a diferença e controvérsias.- Razões para a diferença e controvérsias.

6.4) Diferenças quanto ao grupo racial/étnico:6.4) Diferenças quanto ao grupo racial/étnico: - Como se define uma raça?- Como se define uma raça?

Ex: Negros = norte-americanos, brasileiros, franceses, etc. Ex: Negros = norte-americanos, brasileiros, franceses, etc. Asiáticos = chineses, japoneses, coreanos, etcAsiáticos = chineses, japoneses, coreanos, etc. . - Muita discordância dos pesquisadores- Muita discordância dos pesquisadores- Diferença nos resultados entre todos os - Diferença nos resultados entre todos os

grupos, nos testes: verbais, não-verbais, grupos, nos testes: verbais, não-verbais, Q.I, espacial e de figuras. Q.I, espacial e de figuras.

- Grupo branco (grupo majoritário) melhor em - Grupo branco (grupo majoritário) melhor em quase todos.quase todos.

- Razões da diferença:- Razões da diferença: Público alvo ou majoritárioPúblico alvo ou majoritário Linguagem utilizadaLinguagem utilizada Estereótipos e interiorizaçãoEstereótipos e interiorização

7. Influências da hereditariedade e do 7. Influências da hereditariedade e do ambiente na inteligência:ambiente na inteligência:

7.1. Conceituação:7.1. Conceituação:

- Grande controvérsia por parte dos pesquisadores - Grande controvérsia por parte dos pesquisadores por certo tempo.por certo tempo.

- Isolados nenhum dos dois tem capacidade de - Isolados nenhum dos dois tem capacidade de determinar completamente a inteligência.determinar completamente a inteligência.

- É consenso que a inteligência resulta da interação - É consenso que a inteligência resulta da interação de influências hereditárias e ambientais.de influências hereditárias e ambientais.

- Estudos atuais tratam da contribuição relativa e - Estudos atuais tratam da contribuição relativa e da interação entre hereditariedade e ambiente.da interação entre hereditariedade e ambiente.

7.2. Metodologia:7.2. Metodologia:

Problemática envolvida:Problemática envolvida:

- Estudo com gêmeos (monozigóticos e Estudo com gêmeos (monozigóticos e dizigóticos) em ambientes distinto.dizigóticos) em ambientes distinto.

- Ambiente familiar (diferença entre os - Ambiente familiar (diferença entre os membros da mesma família e entre membros da mesma família e entre famílias).famílias).

7.3) Principais resultados:7.3) Principais resultados:- Estimativa da hereditariedade da inteligência - Estimativa da hereditariedade da inteligência

é de 0,6 na média dos diversos estudos. é de 0,6 na média dos diversos estudos. - Quase todos os autores enfatizam o pouco - Quase todos os autores enfatizam o pouco

conhecimento da ciência sobre os conhecimento da ciência sobre os mecanismos pelos quais os genes ou o mecanismos pelos quais os genes ou o ambiente influenciam a inteligência.ambiente influenciam a inteligência.

- Com o decorrer do tempo a influência da - Com o decorrer do tempo a influência da hereditariedade aumenta.hereditariedade aumenta.

- Com o decorrer do tempo a influência do - Com o decorrer do tempo a influência do ambiente familiar diminui. ambiente familiar diminui.

- Pequena variação entre famílias e certa - Pequena variação entre famílias e certa variação dentro da mesma famíliavariação dentro da mesma família..

Referências BibliográficasAlmeida, Leandro S. (2002). As Aptidões na

Definição e Avaliação da Inteligência – o Concurso da Análise Fatorial. Universidade do Minho, Braga – Portugal.

Hogan, T. P. (2006). Introdução à Prática de Testes Psicológicos, Capítulo 7 – Inteligência: Teoria e Tópicos. Rio de Janeiro, RJ. Editora LTC.