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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO JOÃO DEL REI PRÓ-REITORIA DE ENSINO ENGENHARIA AGRONÔMICA WENDER LOPES CORDEIRO PROPAGAÇÃO POR ESTAQUIA DE CAGAITEIRA COM USO DE POLIAMINAS E AIB Sete Lagoas 2016/1

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO JOÃO DEL REI

PRÓ-REITORIA DE ENSINO

ENGENHARIA AGRONÔMICA

WENDER LOPES CORDEIRO

PROPAGAÇÃO POR ESTAQUIA DE CAGAITEIRA COM USO DE

POLIAMINAS E AIB

Sete Lagoas

2016/1

WENDER LOPES CORDEIRO

PROPAGAÇÃO POR ESTAQUIA DE CAGAITEIRA COM USO DE

POLIAMINAS E AIB

Sete Lagoas 2016/1

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao curso de Engenharia Agronômica da Universidade Federal de São João Del Rei com requisito parcial para obtenção do título de Engenheiro Agrônomo. Área de concentração: Fisiologia Vegetal Orientador: Dr. Professor Leonardo Lucas Carnevalli Dias

WENDER LOPES CORDEIRO

PROPAGAÇÃO POR ESTAQUIA DE CAGAITEIRA COM USO DE

POLIAMINAS E AIB

Sete Lagoas, 22 de junho de 2016 Banca Examinadora: _________________________________________________ José Carlos Moraes Rufini Dr. Professor Associado (UFSJ) _________________________________________________ Nádia Nardely Lacerda Durães Parrela (UFSJ) _________________________________________________ Leonardo Lucas Carnevalli Dias Dr. Professor (UFSJ) Orientador

Sete Lagoas

2016/1

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao curso de Engenharia Agronômica da Universidade Federal de São João Del Rei com requisito parcial para obtenção do título de Engenheiro Agrônomo.

RESUMO

A propagação vegetativa via estaquia para espécies do Cerrado é ainda um

desafio. Esse trabalho teve como objetivo o estabelecimento de um protocolo

de propagação por estaquia com uso de poliaminas e AIB para a espécie

Eugenia dysenterica. Estudou-se o efeito de diferentes reguladores de

crescimento espermina, espermidina (poliaminas), e ácido indo butírico-AIB

(auxina) em substrato de vermiculita e utilizando sistema hidropônico. As

estacas mantidas em substrato de vermiculita não apresentaram percentuais

de enraizamento, porém foi constatado que as estacas tratadas com as

poliaminas apresentaram maior retenção foliar. A resposta das estacas no

sistema hidropônico foi semelhante ao observado para as estacas inoculadas

no substrato contendo vermiculita, ressaltando que no caso do sistema

hidropônico a retenção foliar ocorreu em um período maior. O uso de

poliaminas e AIB mostra-se uma boa alternativa para a propagação vegetativa

via estaquia para essa espécie.

Palavras-chave: Cagaiteira, Myrtaceae, Poliaminas, Estaquia, Sistema

Hidropônico.

ABSTRACT

Vegetative propagation of cutting to the Cerrado species is still a challenge. This study aimed to establish a protocol of propagation by cuttings with polyamines and AIB for Eugenia dysenterica species. We studied the effect of different regulators spermine growth, spermidine (polyamine), and butyric acid - going AIB (auxin) in vermiculite substrate and using hydroponic system . The stakes held in vermiculite substrate showed no percentage of rooting, but it was found that the cuttings treated with polyamines had greater leaf retention. The response of the stakes in the hydroponic system was similar to that observed for cuttings inoculated in the substrate containing vermiculite, noting that in the case of hydroponically leaf retention occurred over a longer period. The use of polyamines and AIB shown a good alternative to vegetative propagation through cuttings for this species.

Key words: Cagaiteira, Myrtaceae, polyamines, Cuttings, Hydroponic System.

Sumário

1.Introdução ...................................................................................................... 1

2.Revisão bibliográfica .................................................................................... 3

2.1 Caracterização da família Myrtaceae ........................................................ 3

2.2 Caracterização da cagaitaiteira ................................................................. 4

2.3 Propagação da cagaiteira .......................................................................... 5

2.4 Propagação vegetativa .............................................................................. 7

2.5 Uso de reguladores de crescimento ......................................................... 9

2.6 Uso de sistema hidropônico na propagação vegetativa ....................... 11

3. Metodologia ................................................................................................ 13

4.Resultados e discussão.............................................................................. 16

5. Conclusão ................................................................................................... 20

6.Referências .................................................................................................. 21

1

1.Introdução

O Cerrado brasileiro é considerado uma região de grande

diversidade, e riquezas de espécies endêmicas associado a um alto grau de

perda de biodiversidade (Myers et al., 2000). Sendo o segundo maior bioma

brasileiro ocupando 21% do território nacional e considerado a última

fronteira agrícola (Borlaug, 2002).

A cagaiteira (Eugenia dysenterica) é uma planta lenhosa pertencente

à família Myrtaceae, medindo em média 10 metros de altura, com

ocorrência em vários estados brasileiros. A cagaiteira, muito utilizada pela

população regional é umas das frutíferas nativas do Cerrado que tem

importância na alimentação. Toda a produção da cagaiteira ocorre de forma

extrativista, podendo ser utilizado no consumo in natura, ou na forma de

sucos, sorvetes, licores e geleias (Vieira et al. 2010).

Dessa forma, a cagaiteira tem um grande potencial para a utilização

em sistemas produtivos apresentando-se em alta densidade e com boa

produção (Camilo et al. 2014). Um grande problema é que seus frutos

amadurecem todos de uma vez e ficam em condições de consumo na

planta em torno de um mês.

Em geral a produção de mudas de cagaiteira é feita por semente, o

que resulta na produção heterogêneas de plantas, resultando em pomares

desuniformes. Para obter plantas homogêneas deve-se utilizar a

propagação vegetativa que irá: transmitir as características genéticas das

matrizes e resultar em pomares homogêneos (Dias at al. 2012).

A melhoria do sistema de produção de mudas de cagaiteiras é de

extrema importância, devido a crescente procura por mudas para a

produção comercial, bem como para reflorestar e recuperar áreas de

cerrados degradados (NIETSCHE et al. 2004). A produção de mudas de

cagaiteira ainda é quase que exclusivo via semente. Segundo Scalon et al.

(2009), a germinação das sementes de cagaiteira é elevado até os três dias

após a retirada dos frutos da planta, e não varia em função da temperatura

2

de incubação, mas quando mantidas nos frutos perdem vigor e viabilidade.

O crescimento das plantas é lento sendo de baixa eficiência na produção de

mudas.

A estaquia é um dos principais métodos de propagação vegetativa

para se propagar espécies de frutíferas de interesse comercial sendo uma

alternativa viável para a produção dessas mudas. O uso dessa técnica vai

ser ditado pela facilidade de enraizamento das espécies ou cultivar

(Fachinello et al. 2005). Em espécies que não podem ser propagadas via

semente, genótipos de alta produtividade, plantas que não produzem

quantidades suficientes de sementes, para manter programas de

melhoramento ou plantios comerciais, sementes de difícil armazenamento,

com baixo poder germinativo, ou híbridos estéreis (Ferrari et al. 2004).

A combinação de técnicas para auxiliar o enraizamento da estaca é

de extrema importância, sendo que pode ser utilizado para espécies de

difícil enraizamento a aplicação de fitorreguladores, anelamento e

arqueamento de ramos. Esses processos podem maximizar o enraizamento

de algumas espécies (Fachinello et al. 2005).

Segundo Fachinello et al (1995), para que as estacas emitam raízes

são necessários fatores endógenos. Dentre esses fatores os reguladores de

crescimento são os mais importantes sendo auxinas as principais

contribuintes para a formação de raízes adventícias. Trabalhos de Danner

et al. (2006), Dias et al. (1999), Colombo et al. (2008), Delgado et al. (2010),

Silva et al. (2010), mostraram que o uso de AIB, em plantas da família

Mirtaceae foi eficiente no estimulo de enraizamento adventício.

As poliaminas apresentam alguns efeitos fisiológicos tais como

influência no crescimento e divisão celular, calogênese e embriogênese

(Sena & Castro, 1996). As poliaminas podem estar diretamente envolvidas

na divisão e alongamento celular no enraizamento e formação de

tubérculos. Isso faz com que essa substancia possa ser substituta das

auxinas, atuando como mensageiro secundário dessa classe hormonal

(Kerbauy 2013). Dentre as poliaminas biológicas as de maior ocorrência em

tecidos vegetais são as esperminas e espermidinas (Leite et al. 2012).

3

Uma vez que existem poucos estudos sobre a propagação

vegetatativa por estaquia da espécie Eugenia dysenterica, esse trabalho

teve como objetivo desenvolver um protocolo para propagação vegetativa

via estaquia utilizando fitohormônios (AIB e Poliaminas) e testar a eficiência

do sistema hidropônico em relação ao substrato de vermiculita.

2.Revisão bibliográfica

2.1 Caracterização da família Myrtaceae

A família Myrtaceae possui cerca de 133 gêneros e mais de 3800

espécies, sendo seu cento de diversidade a Austrália, Ásia e América do

Sul (Wilson et al. 2001). No Brasil a família apresenta cerca de 1000

espécies distribuídas em 24 gêneros (Landrum e Kawasaki, 1997). Segundo

Morais et al. (2014), a cada dia são registradas novas espécies dessa

família, mostrando o pouco conhecimento e estudo desse grupo de plantas,

tendo- se a necessidade de maiores estudos e pesquisas em diversas

regiões de Cerrado do Brasil.

As frutíferas pertencentes à família Myrtaceae são amplamente

distribuídas em todo o território nacional e constitui um patrimônio genético

de grande valor, além de apresentar potencial para produção agrícola

(Lattuada et al. 2010).

Entre todos os gêneros da família Myrtaceae que engloba as

frutíferas, os gêneros mais importantes são Eugenia, Acca, Myrciaria, e

Psidium, apresentando grande importância econômica (Manica, 2002).

Sendo que o gênero Eugenia, é o maior da família com cerca de mil

espécies e está distribuída principalmente na américa do Sul e Central

(Merwe et al. 2005).

Existem muitas frutíferas da família Myrtaceae com grande potencial

agronômico (goiaba), florestal (eucalipto), paisagístico (escova de garrafa).

Os frutos da cagaiteira são utilizados para a exploração econômica tanto no

consumo in natura quanto na indústria, além de apresentarem

4

características farmacêuticas, destacando-se no setor de cosméticos e

como alimento funcional (Lorenzi, 2002).

A cagaiteira apresenta grande importância ecológica, sendo que seus

frutos são suculentos e apreciados pelos animais silvestres, sendo assim

uma forma de dispersão das sementes dessas espécies, favorecendo assim

a sobrevivência de seus indivíduos (Pizzo, 2003).

2.2 Caracterização da cagaitaiteira

A cagaiteira (Eugenia desenterica DC.) pertence à família Myrtaceae

é uma espécie nativa do Cerrado utilizada como ornamental, fornecendo

madeira, na indústria de cortume, alimentícia e medicinal (Almeida et al.

1998).

A cagaiteira como é conhecida popularmente é uma árvore frutífera

nativa dos Cerrados, de até 10 metros de altura, de troncos e ramos

tortuosos, com casca grossa e fissuradas. Seus frutos possuem formato

globoso de coloração amarelada, tendo sabor levemente ácido, pesando

cerca de 20 gramas, com comprimento e diâmetro de 3-4 centímetros

(Rizzini et al. 1971). A cagaita apresenta tanto fecundação cruzada quanto

autofecundação, sendo que sua polinização é realizada pelas mamangavas

no período da manhã (Proença et al. 1994). Sua ocorrência é no Cerrado e

Cerradão, sendo adaptadas a solos pouco férteis, portanto pode-se inferir

que é uma planta pouco exigente em fertilidade (Naves, 1999).

Apesar de ocorrer em toda e extensão do Cerrado a cagaiteira

apresenta um comportamento peculiar quanto a sua ocorrência, pois

aparece com alta frequência em algumas regiões, formando aglomerações

(Sousa et al. 2013).

Suas folhas são aromáticas, verdes, brilhantes e quando jovens

verde-claras, oposta, simples e a planta é caducifólia na floração. No

Cerrado seu florescimento acontece geralmente de agosto a setembro,

sincronizado com início das primeiras chuvas ou até mesmo antes dela,

sendo que seu florescimento não ultrapassa mais que uma semana. Suas

flores são brancas e aromáticas, solitárias e axilares, ou reunidas em

fascículos axilares (Nietsche et al. 2004).

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Juntamente com o florescimento ocorre o surgimento de novas

brotações ricas em folhas com pigmentação vermelha, sendo que no

espeço de um mês ocorre a formação de frutos (Proença e Gibbs, 1994).

Segundo Sano e Fonseca (2003), há evidencias que sua dispersão

seja zoocórica, já que a cagaiteira tem alta produção de frutos carnosos,

atraindo animais dispersores. Os autores ainda afirmam que a espécie

possui grande potencial produtivo e pouca alternância de produção,

podendo encontrar arvores com até 1500 frutos em uma mesma safra.

A cagaita assim como a maioria das frutas é considerada um

alimento perecível, tendo alta atividade metabólica, após a colheita levando

a deterioração em poucos dias (Chitarra, 2005).

Os frutos dessa planta podem ser consumidos tanto in natura ou na

forma de processados (sorvete, sucos, geleias e licor). Suas folhas e casca

podem ser utilizadas na medicina popular contra diarreia e diabete, tendo

ainda potencial de ser usada como planta ornamental, e sua madeira pode

ser usada na construção civil, lenha e carvão (Ribeiro et al. 1992).

Segundo a conhecimento popular os frutos da cagaiteira tem

potencial laxativo, o que dá nome à espécie. Segundo estudos de Lima et

al. (2010), realizados com camundongos a espécie apresenta um peptídeo

capaz de aumentar a motilidade no intestino o que é provavelmente

responsável pela atividade laxante. Além disso este composto não

apresenta atividade toxica para animais, sendo que este composto pode ser

utilizado pela indústria farmacêutica no futuro para tratamento de prisão de

ventre crônica.

2.3 Propagação da cagaiteira

Sua propagação é feita quase que exclusivamente via semente,

podendo apresentar taxa de germinação de até 95% (Almeida et al. 2008)

gerando grande variabilidade de plantas.

A cagaiteira apresenta uma desvantagem para ser propagada por

semente, pois essas são recalcitrante, comprometendo sua conservação,

longevidade e viabilidade, dificultando ser propagada em qualquer época do

6

ano (Andrade et al. 2003). As sementes recalcitrantes apresentam teor de

agua entre 30-70% de na maturidade, sendo muito sensível a dessecação e

baixas temperaturas durante o armazenamento, quando submetidas a

secagem abaixo de 30% suas sementes perdem a viabilidade rapidamente

(Ribeiro et al. 1996).

Pelo fato das sementes da E. dysenterica, serem recalcitrantes,

torna-se necessário o aprimoramento de protocolos de propagação

vegetativa da espécie, como forma de propagar a planta em qualquer época

do ano. A utilização da propagação vegetativa por estaquia é justificada em

espécies florestais quando se trabalha com genótipos de alta produtividade

e qualidade, os quais produzem sementes em quantidade insuficiente para

manter um programa de melhoramento genético, sementes que apresentam

recalcitrância dificultando o armazenamento, espécies com baixo poder

germinativo ou híbridos estéreis (Ferreira e Santos, 1997).

A propagação vegetativa apresenta vários benefícios em relação a

propagação seminífera, tais como plantas-filhas iguais à planta-mãe

elevado poder produtivo por melhor controle de pragas e doenças (Ferreira,

2000). As plantas propagadas por estaquia apresentam melhor

uniformidade, tamanho reduzido facilitando na colheita e otimizando melhor

o espaço além disso pode-se produzir mudas o ano todo por não depender

das sementes para sua propagação. Uma metodologia já foi descrita para a

cagaiteira por Pereira et al. (2002), entretanto o sucesso do protocolo foi

extremamente limitado.

Outro fato que torna a propagação vegetativa via estaquia importante

para a cagaiteira é que a maturação dos frutos é relativamente rápida e

coincide com o período chuvoso. Esse fenômeno pode estar relacionado

com estratégia de sobrevivência da espécie, pois as sementes possuem um

período de viabilidade em torno de 50 dias (Fariasneto, et al. 1991).

A propagação vegetativa pode contribuir na domesticação da

cagaiteira. Segundo Dias et al. (2012) Plantas matrizes devem apresentar

boas características agronômicas, como adaptabilidade edáfica e climática,

alta produtividade, resistência a pragas e doenças e apresentar frutos de

boas qualidades para fins industriais e consumo in natura. Com a seleção

7

de plantas matrizes com essas características agronômicas há a

possibilidade de ser passada para seus descendentes pelo processo de

propagação vegetativa, uma vez que as plantas geradas nesse processo

serão idênticas a planta matriz, fato que é de pouca ocorrência na

propagação seminífera.

De acordo com Pereira et al. (2002), é possível propagar a cagaiteira

por estaquia com aplicação de reguladores de crescimento em casa de

vegetação, após 180 dias, possibilitando selecionar genótipos superiores.

A cagaiteira propagada por semente inicia a frutificação a partir do

quarto ou quinto ano de idade (Silva et al. 1992). A propagação vegetativa

induz as plantas à precocidade de produção, devido à ausência do período

juvenil em relação a propagação por semente (Danner, 2016).

Um fato que comprova que a propagação vegetativa pode ser uma

boa alternativa de domesticação é que segundo kerr et al. (2007), foi

encontrada plantas de pequi no norte do Tocantins que produzia frutos sem

a presença de espinhos, com isso iniciou-se o processo de propagação

dessas plantas vegetativamente, afim de obter plantas com estas mesmas

características. Das 6 plantas que foram propagadas 4 sobreviveram, sendo

que o método de propagação foi a enxertia, essas plantas são esperança

de produção de mudas de pequi sem espinho dentro de 4-8 anos. De

acordo com Junior et al. (2008) só há uma técnica de propagação para

manutenção dessa característica do pequi sem espinho eficiente, sendo

essa técnica a propagação vegetativa.

2.4 Propagação vegetativa

A propagação vegetativa consiste na multiplicação de indivíduos a

partir de porções vegetativas das plantas, em razão da capacidade de

regeneração e diferenciação das células dos órgãos vegetativos (Hartmann

et al. 2002).

A estaquia é uma técnica que consiste no enraizamento de partes da

planta, podendo ser, ramos, folhas ou raízes, sendo uma técnica de grande

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viabilidade econômica para o estabelecimento de algumas espécies

florestais (Paiva e Gomes, 1995). A estaquia é uma técnica na qual se tem

maior domínio e conhecimento científico, representando um dos maiores

avanços tecnológicos do setor florestal (Assis, 1997).

A propagação vegetativa apresenta diversas vantagens, dentre elas:

permitir que se obtenha muitas plantas de uma única planta-matriz, em

curto espaço de tempo; técnica de baixo custo; as plantas propagadas por

esse método apresentam uniformidade. As plantas propagadas

vegetativamente não possuem interferência do processo de recombinação

gênica, não apresentando variabilidade genética, mostrando grande

uniformidade quando em condições de clima e solo adequados. Isso

possibilita boas produtividades e uniformidade de crescimento, resistência a

pragas e doenças, melhor aproveitamento dos recursos hídricos e

nutricionais do solo (Eldrige, 1994).

. A propagação por estacas, quase não apresenta inconvenientes,

entretanto, nem sempre é viável, especialmente quando a cultivar apresenta

baixo potencial genético de enraizamento, resultando em pequena

percentagem de mudas obtidas (Fachinello et al. 2005).

A propagação vegetativa apresenta vantagens na manutenção de

material com boas características agronômicas, favorecendo a multiplicação

de plantas produtivas e tolerantes a pragas e a doenças (Lima et al., 1999).

É uma alternativa relativamente rápida e barata, para o aumento da

produtividade e qualidade das espécies florestais produzidas, aumentando

a competitividade do material selecionado, nesse sentido é importante

aprimorar os métodos e protocolos já existentes, permitindo um melhor

aproveitamento do material genético selecionado pelos programas de

melhoramento florestal (Ferrari et al. 2004).

Há uma enorme carência de protocolos referentes à propagação

vegetativa (Santos et al. 2011), sendo a quase totalidade das espécies

arbóreas são propagadas pela via seminífera, incorrendo em perdas com

relação ao potencial agronômico de um indivíduo e alta heterogeneidade do

plantio.

A adoção de técnicas silviculturais mais intensivas (preparo do solo,

fertilização adequada, combate a pragas e doenças, etc..) aliada à

9

reintrodução de novos materiais genéticos resultaram em ganhos

consideráveis de produção. Outra estratégia que alcançou ganhos

consideráveis foi através da propagação clonal, maximizando os ganhos em

uma única geração, mantendo as características favoráveis, evitando a

variabilidade encontrada em árvores obtidas a partir de sementes (Higashi

et al. 2000; Embrapa 2010).

Os principais fatores envolvidos no enraizamento de estacas são o

balanço hormonal, constituição genética da planta matriz, nível endógeno

de inibidores, as condições nutricionais e hídricas das plantas matrizes

(Alfenas et al, 2009; Xavier et al, 2009)

Na estaquia o uso de estacas com cerca de 20 cm de comprimento

proveniente de ramos do último ciclo vegetativo de algumas espécies de

arvores adultas como Tapirira guianensis, Dedropanax cuneatus,

Sebastiania commersoniana, Erythrina falcata, Inga marginata, Inga vera,

Magnolia ovata, Guazuma ulmifolia, Maclura tinctoria, Myrsine umbellata e

Casearia sylvestris não apresentaram potencial para enraizamento, mesmo

tratadas com AIB (Santos et al, 2011).

Além da percentagem de enraizamento, o número de raízes e o

tamanho das raízes, formadas nas estacas é de extrema importância para a

produção de mudas (Antunes et al, 1996). Caso a planta apresente uma

boa resposta a estas variáveis, indica que as futuras mudas formadas

possuíram melhor desenvolvimento e qualidade de sistema radicular, tendo

maiores chances de sobrevivência após o plantio à campo (Reis et al,

2000).

A presença de folhas nas estacas é um fator importante no sucesso

da propagação por estaquia, pois os efeitos benéficos são vários, dentre

eles a fonte de promotores de enraizamento (auxinas e cofatores) e de

fotoassimilados (Hartmann et al, 2011).

2.5 Uso de reguladores de crescimento

Segundo Pasqual et al. (2001), é de extrema necessidade que haja

um balanço hormonal entre promotores e inibidores no processo de

10

iniciação radicular. A maneira mais comum de promover esse equilíbrio é

pela aplicação exógena de reguladores de crescimento, como o ácido

indolbutírico (AIB), que podem elevar a concentração de auxina no tecido

(Hinojsa, 2000).

O uso de reguladores de crescimento tem sido bastante usado, com

finalidade de aumentar os índices de enraizamento de espécies de difícil

enraizamento. A auxina é bastante utilizada para esse propósito, por ter

finalidade de divisão e alongamento celular e formação de raízes

adventícias (Salisbury e Ross, 1992). Para espécies de difícil enraizamento

a aplicação exógena de fitorreguladores pode compensar a falta endógena

desses hormônios (Hartmann et al. 2002).

De forma geral a maioria dos trabalhos de propagação vegetativa

utilizam os reguladores de crescimento AIA, AIB e ANA mostrando bons

índices de enraizamento, podendo variar com uma série de fatores.

Segundo Alcantara et al. (20010) e Hartmann et al. (2002), o uso de

reguladores de crescimento pode acelerar o metabolismo normal da planta

e aumentar o número de primórdios radiculares, mesmo que não aumente a

porcentagem de enraizamento.

Trabalhos como de Fachinello et al. (1995), e Danner et al. (2006)

demonstraram o efeito positivo da aplicação exógena de auxina

enraizamento de estacas lenhosas. Valmorbida et al, (2008) em seu

trabalho no enraizamento de estacas lenhosas de catuaba (Trichilia

catigua), utilizado o AIB (ácido indol-3-butírico), AIA (ácido 3-indolacético) e

ANA (ácido naftalenoacético) em diferentes concentrações observou-se que

independentemente do tipo de estaca o AIB resultou em maiores

percentuais de estacas enraizadas, sendo que os outros tratamentos

obtiveram percentuais de estacas enraizadas, porem em menor número.

Uma outra classe de substâncias que vêm sendo usadas para

estimular o enraizamento adventício são as poliaminas. Consideradas por

alguns autores uma nova classe de reguladores de crescimento, as

poliaminas podem ter efeito benéfico neste contesto, por estarem

11

diretamente ligadas pela formação de raízes primarias, laterais e

adventícias (Couée et al. 2004).

As poliaminas são reguladores de crescimento que estão presente

em células vegetais e animais, sendo que nos vegetais estão envolvidas na

divisão, alongamento celular, no enraizamento e na formação de tubérculos.

Essas substancias podem ser eventualmente usadas como substituto dos

tratamentos com auxina, sugerindo como mensageiro secundário dessa

classe hormonal (Kerbauy 2013).

A ação das poliaminas na formação de raízes podem estar

relacionados com a interação com fitohormônios e interações bioquímicas a

níveis moleculares, sendo que há relação entre metabolismo de poliaminas,

síntese de etileno e metabolismo de aminoácidos, tendo impacto relevante

na formação de raízes. As poliaminas são precursores de alguns alcaloides

que estão relacionados com a formação de raízes (Sankhla e Upadhyaya,

1988).

Durante o desenvolvimento do sistema radicular há uma modificação

nos níveis de poliaminas, tendo um decréscimo das mesmas e ocorrendo

inibição do crescimento das raízes (Sankhla & Upadhyaya, 1988; Couée et

al. 2004).

Poliaminas associadas ou não com auxinas podem induzir a

formação de raízes adventícias de várias espécies de plantas, porem altas

doses podem ter efeitos tóxicos (Neves et al. 2002).

2.6 Uso de sistema hidropônico na propagação vegetativa

A hidroponia é um termo derivado do grego onde “hidro”, significa

água e “ponos” significa trabalho, proposto por Willian F. Gerick, nos

Estados Unidos, por volta dos anos 1930 sendo hoje difundido na área

florestal para o estabelecimento de jardim clonal (Xavier, 2002).

Dentre os cultivos sem o uso do solo, o cultivo em água, por

definição é o autêntico cultivo hidropônico. De acordo com Ikeda e

colaboradores (1980), existem várias maneiras de se cultivar plantas em

12

sistema hidropônico, sendo que os mais utilizados deep film technique

(DFT) ou cultivo na água ou floating, e técnicas de cultivo com substrato. O

DFT é composto por um tanque de solução nutritiva, um sistema de

bombeamento, dos canais de cultivo e um sistema de retorno ao tanque. A

solução nutritiva é bombeada por gravidade formando uma lâmina que irriga

as raízes.

A maioria das plantas tem o solo como um meio de desenvolvimento

do sistema radicular, encontrando nele suporte, água e nutrientes. As

técnicas de cultivo que substitui o solo por outro substrato, natural ou

artificial deve proporcionar a ela características similares ao solo

(Castellane et al. 1995).

A alta umidade na fase de produção de mudas por estaquia é de

extrema importância, pois para que haja divisão celular é necessário que as

células se mantenham túrgidas, sendo que o potencial de perda de agua

por uma estaca é muito grande, seja por meio de folhas ou por meio de

brotações, especialmente considerando-se o período em que as raízes são

formadas. A perda de agua é uma das principais causas da morte da

estaca. Portanto, a prevenção do murchamento é essencial para espécies

que exigem longos tempos para formar raízes, com isso são utilizadas

estacas com folhas. O uso da nebulização permite a redução da perda de

umidade além de diminuir a temperatura e manutenção da atividade

fotossintética da estaca (Fachinello et al, 2005).

De acordo com Wendling et al. (2008), o sistema hidropônico para

propagação vegetativa de corticeira-do-mato (Erythrina falcata), é mais

vantajoso do que o sistema de tubetes, mostrando ser um sistema

promissor para produzir maiores quantidades de plantas. Ele ainda afirma

que o sistema hidropônico é uma opção para produção de mudas de

espécies com difícil armazenamento de sementes, baixo índice de

germinação e plantas que produzem poucas sementes.

O uso do sistema hidropônico proposto nesse trabalho teve como

objetivo manter as estacas em uma umidade elevada durante todo o tempo.

13

3. Metodologia

O trabalho foi realizado na Universidade Federal de São João Del Rei

campus Sete Lagoas no período de 11 de março de 2016 a 14 de junho de

2016, sendo que os experimentos eram mantidos em casa de vegetação e

no laboratório de fisiologia vegetal.

Foi utilizado uma mesma planta matriz adulta da cagaiteira (Eugenia

dysenterica), localizada no campus Sete Lagoas da Universidade Federal

de São João Del Rei para a retirada do material propagativo (estacas) em

todos os experimentos.

Foram coletadas estacas lenhosas no dia 11 de março (1º

experimento) e no dia 2 de abril (2º experimento), as 7 horas da manhã,

para evitar a desidratação e danos fisiológicos por causa das altas

temperaturas. Ao coletar as estacas, as mesmas eram colocadas em um

balde com agua (Figura 1) evitando a desidratação e favorecendo a

eliminação de compostos fenólicos que podem interferir negativamente no

enraizamento das estacas.

Foram utilizadas tesouras de poda e escada para realizar a coleta

das estacas das plantas matrizes, um balde contendo agua era utilizado

para manter as estacas durante a coleta das mesmas.

14

Figura 1: estacas de Cagaita coletadas pela manhã e mantidas em agua para

evitar sua desidratação, e eliminar corpos fenólicos.

As estacas coletadas foram padronizadas com um tamanho de 20cm

de comprimento e realizado a toalete deixando apenas um par de folhas na

extremidade distal.

Experimento 1:

As estacas foram tratadas com espermina 2 e 4 mM, espermidina 2 e

4mM e o controle (água pura) por 2 minutos sendo utilizado 6 repetições por

tratamento, posteriormente inoculadas em tubetes contendo substrato de

vermiculita.

O experimento foi mantido na casa de vegetação sob irrigação por

microaspersão que acionava automaticamente de 15 em 15 minutos,

mantendo as estacas irrigada durante o período de casa de vegetação.

O delineamento experimental foi delineamento inteiramente

casualizado (DIC), sendo avaliado o percentual de estacas enraizadas após

50 dias mantidas em casa de vegetação, pois com esse tempo as estacas

já apresentam respostas ao tratamento com os fitohormônios, havendo a

formação de primórdios radiculares.

15

Após 50 dias mantidas em casa de vegetação, o experimento foi

desmontado e analisado cada estaca e cada tratamento separadamente

(Figura 2).

Figura 2: Aspecto visual da base das estacas após 50 dias mantidas em casa

de vegetação.

Experimento 2:

As estacas foram tratadas com espemina 4 e 8 mM, espermidina 4 e

8 mM, AIB 4 mM e o controle (água pura), por 2 minutos, sendo utilizados 6

repetições por tratamento e posteriormente inoculadas no sistema

hidropônico e ao mesmo tempo foi replicado esse experimento, porem

mantido em casa de vegetação com substrato de vermiculita sobre as

mesmas condições do experimento 1.

O delineamento experimental foi o delineamento blocos casualizados

(DBC), sendo avaliado o percentual de estacas enraizadas após 50 dias.

O sistema hidropônico foi composto por bombinhas de aquário

(Figura 3). As bombinhas utilizadas foram da marca VIVA classe II, com

fluxo de ar de 100L/h, foram utilizadas 4 bombinhas. Cada tratamento era

16

aerado por 2 difusores, cada tratamento era composto por um recipiente

plástico que possuía 1 litro de água sem adição de solução nutritiva, pois as

estacas possuem reservas de carboidratos que são utilizadas no processo

de enraizamento adventício. Os tratamentos foram mantidos no laboratório

de fisiologia vegetal em condição de sombra.

Figura 3: Sistema hidropônico onde as estacas ficaram mantidas por 50 dias.

As estacas foram mantidas no sistema hidropônico por 50 dias,

assim como o experimento montado em casa de vegetação com os

mesmos tratamentos.

4.Resultados e discussão

A formação de primórdios radiculares não foi observada em nenhum

dos tratamentos porem algumas observações foram importantes, no

17

experimento 1. As estacas tratadas com poliaminas tiveram suas folhas

presentes nas estacas por mais tempo que o controle.

Em trabalho realizado por Xavier et al. (2003), ficou evidente que a

propagação vegetativa de cedro-rosa (Cedrela fissilis) por estaquia com a

presença de folha foi mais adequada, aumentando o percentual de estacas

enraizadas.

Segundo Costa, 2016 a aplicação de baixas concentrações de

poliaminas em monocotiledôneas e dicotiledôneas, podem retardar ou

prevenir os processos de senescência, como o declínio de clorofila,

proteínas e RNA, além disso as poliaminas estão envolvidas nos processos

de formação de raízes adventícias, ramos e na diferenciação celular.

Tang e colaboradores (2004), observaram em seu trabalho que a

aplicação isolada de espermina incrementou a formação de brotações e de

raízes em estacas de pinheiro de natal, e que es poliaminas isoladas ou

combinada com a putrescina, pode promover a formação de calos.

As concentrações de poliaminas utilizadas não propiciaram a

formação de raízes adventícias, porem podem ter ajudado na manutenção

das folhas nas estacas por mais tempo, pois no experimento 1 todas as

estacas que receberam as poliaminas mantiveram suas folhas presentes

nas estacas por mais tempo.

As estacas mantidas no sistema hidropônico mantiveram suas folhas

mais verdes e por mais tempo, mostrando estarem ativas, em relação as

estacas mantidas no substrato com vermiculita. Foi observado a formação

de um broto na parte superior da uma estaca, fato que pode ter sido

beneficiado pela manutenção da umidade.

Em trabalho com plantas de oliveira realizado por Pio et al. (2005) foi

comprovado que houve interação entre as concentrações de AIB e o

número de folhas nas estacas para a porcentagem de estacas enraizadas,

número de raízes emitidas por estaca, comprimento médio das raízes e

formação de brotos.

18

Segundo Xavier et al. (2009) as oscilações de umidade e

temperatura na miniestaquia de Eucalyptus pode limitar o enraizamento dos

propágulos. Pelo fato do sistema hidropônico conseguir manter uma melhor

umidade na base das estacas pode beneficiar o enraizamento das mesmas.

Segundo Fachinello et al. (2005), um bom substrato deve sustentar a

estaca durante o enraizamento, manter o equilíbrio entre umidade e

aeração de forma que nenhuma dessas condições sejam prejudicadas,

principalmente para espécies de difícil enraizamento. Contudo e sistema

hidropônico tem potencial de manter estas características equilibradas

podendo favorecer o enraizamento dessa espécie.

Apesar de nenhum dos sistemas tanto o hidropônico quanto nos

tubetes não apresentarem percentual de estacas enraizadas o sistema

hidropônico mostrou-se melhor por manter maior umidade nas estacas de

cagaiteira, e manter maior retenção foliar (FIGURA 4).

O sistema hidropônico na propagação vegetativa mostrou-se uma

boa alternativa, para espécies que tem dificuldade no enraizamento, pelo

fato dessas plantas não tolerarem a desidratação no processo de

propagação vegetativa, deixando as estacas sempre em uma umidade

elevada.

O fato das estacas não terem enraizado podem estar ligados a época

de coleta, pois em trabalho realizado anteriormente foi observado que no

período anterior ao florescimento as estacas obtiveram melhor resposta ao

enraizamento (Cordeiro e Dias, 2013). Caballero, (1981), evidencia em seu

trabalho que para a propagação vegetativa da oliveira (Olea europaea L.) a

melhor época de coleta das estacas é aquela que coincidem com o final do

fluxo de crescimento anual.

19

FIGURA 4: Panorama geral do sistema hidropônico com estacas de cagaiteira

A coleta de estacas para propagação vegetativa pode variar de

espécie para espécie, sendo que algumas enraízam melhor no início da

primavera e outras desde a primavera até o início do outono (Fachinello et

al. 1995).

De acordo com Dias et al. (2012) o fator de grande influência para a

propagação vegetativa de espécies nativas do Brasil é a época do ano em

que se coleta o material propagativo, podendo ocorrer variações ambientais

que influenciem na produção de brotações e raízes.

Segundo Xavier (2002), além da presença de compostos fenólicos

presentes nos tecidos das plantas das Myrtaceas, depois do preparo das

estacas e colocadas para enraizar, outros fatores como temperaturas acima

de 21ºC e abaixo de 18ºC.

A cagaita parece apresentar compostos fenólicos que dificultam seu

enraizamento. Segundo Franzon et al. (2009), um dos problemas da

propagação vegetativa de espécies da família Myrtaceae, é a presença de

compostos fenólicos nos tecidos que em contato com o ar causam oxidação

dos tecidos.

20

De acordo com Debiasi et al. (2007), as poliaminas atuam como

colaboradores na recuperação da oxidação, crescimento, formação de

brotos e enraizamento.

A propagação vegetativa de cagaiteira com utilização de regulador de

crescimento é essencial para a formação de calos que podem ser

convertidos em primórdios radiculares (Cordeiro e Dias, 2013).

A cagaiteira mostra-se dependente do uso de hormônios para

propagação via estaquia, pois o tratamento que não recebeu nenhuma dose

de hormônio não formou primórdios radiculares (calos). Contudo o uso de

fitohormonios exógenas para a propagação dessa espécie via estaquia tem

que ser melhor estudado (Cordeiro e Dias, 2013).

5. Conclusão

A utilização dos fitohormônios são indispensáveis para potencializar

a formação de raízes, já que o tratamento controle não houve formação de

raízes adventícias não houve percentual de estacas enraizadas em nenhum

dos tratamentos.

No experimento 1 e 2 todas as estacas que receberam os

tratamentos com poliaminas tiveram maior retenção foliar.

Há uma grande carência de protocolos de enraizamento adventício

com uso de poliaminas, contudo é importante levar adiante trabalhos com o

uso de poliaminas para fins de propagação vegetativa via estaquia.

Observou a dificuldade de enraizamento em cagaiteiras, portanto

estudos mais minuciosos na propagação por estaquia da espécie é muito

importante.

21

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