UNIVERSIDADE FEDERAL DE RORAIMA CRISTINA INGRID DOS … · expressões algébricas e valor...
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UNIVERSIDADE FEDERAL DE RORAIMA
CENTRO DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA
LICENCIATURA EM MATEMÁTICA
CRISTINA INGRID DOS SANTOS SILVA
Contribuições da teoria histórico-cultural para aprendizagem desenvolvimental em expressões
algébricas e valor numérico nos estudantes do 8° ano do Ensino Fundamental no Colégio de
Aplicação da Universidade Federal de Roraima (CAp-UFRR).
Boa Vista, RR
2018
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CRISTINA INGRID DOS SANTOS SILVA
Contribuições da teoria histórico-cultural para aprendizagem desenvolvimental em expressões
algébricas e valor numérico nos estudantes do 8° ano do Ensino Fundamental no Colégio de
Aplicação da Universidade Federal de Roraima (CAp-UFRR).
Monografia apresentada como pré-requisito para conclusão do Curso
de Licenciatura Plena em Matemática do Departamento de
Matemática da Universidade Federal de Roraima.
Orientador: Prof. Dr. Héctor José García Mendoza
Coorientadora: Prof. Me. Adriana Regina da Rocha Chirone
Boa Vista, RR
2018
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Dados Internacionais de Catalogação na publicação (CIP)
Biblioteca Central da Universidade Federal de Roraima
Ficha Catalográfica elaborada pela: Bibliotecária/Documentalista:
Angela Maria Moreira Silva - CRB-11/381-AM
S586c Silva, Cristina Ingrid dos Santos
Contribuições da teoria histórico-cultural para aprendizagem
desenvolvimental em expressões algébricas e valor numérico nos
estudantes do 8° ano do Ensino Fundamental no Colégio de
Aplicação da Universidade Federal de Roraima (CAp-UFRR) /
Cristina Ingrid dos Santos Silva. – Boa Vista, 2018.
57 f. : il.
Orientador: Prof. Dr. Héctor José García Mendoza.
Coorientadora: Prof. Me. Adriana Regina da Rocha Chirone.
Trabalho de Conclusão de Curso (monografia) – Universidade
Federal de Roraima, Curso de Licenciatura em Matemática.
1 – Ensino de Matemática. 2 – Ensino fundamental. 3 – Álgebra. I –
Título. II – Mendoza, Héctor José García (orientador). III – Chirone,
Adriana Regina da Rocha (coorientadora).
CDU – 372:51
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FOLHA DE APROVAÇÃO
CRISTINA INGRID DOS SANTOS SILVA
Contribuições da teoria histórico-cultural para aprendizagem desenvolvimental em expressões
algébricas e valor numérico nos estudantes do 8° ano do Ensino Fundamental no Colégio de
Aplicação da Universidade Federal de Roraima (CAp-UFRR).
Monografia apresentada como pré-requisito para conclusão do curso
de licenciatura plena em Matemática do departamento de
Matemática da Universidade Federal de Roraima. Defendida em 13
de Julho de 2018 e avaliada pela seguinte banca examinadora:
_____________________________________
Prof. Dr. Héctor José García Mendoza
Orientador / Curso de Matemática – UFRR
_____________________________________
Prof. Dr. Alberto Martin Martínez Castañeda
Curso de Matemática – UFRR
_____________________________________
Prof. Dr. Oscar Tintorer Delgado
Curso de Física – UERR
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Resumo
Diante de vários recursos disponíveis, ainda é comum na maioria das escolas, professores de
Matemática ministrando aula de forma tradicional, onde a grande maioria dos estudantes, não
alcançam assimilação dos conteúdos de maneira eficiente. O processo de ensino
aprendizagem deve estar fundamentado por teorias de aprendizagem que tenha como enfoque
a cognição, desta maneira se apresentará brevemente a evolução da teoria histórico-cultural de
Vygotsky, continuado pela teoria da atividade de Leóntiev, até a teoria de formação por
etapas das ações mentais de Galperin. O objetivo deste trabalho é analisar as contribuições
da teoria histórico-cultural para uma aprendizagem desenvolvimental no conteúdo de
expressões algébricas e valor numérico nos estudantes do 8º ano do Ensino Fundamental II,
do Colégio de Aplicação da Universidade Federal de Roraima (CAp-UFRR). A Atividade de
Situações Problema (ASP) em Matemática, é compreendida como um sistema de conteúdos
de matemática baseado na teoria de Galperin. Como experimento fundamentado nas teorias
mencionadas, apresentam-se os resultados da prova de lápis e papel, no conteúdo de
expressões algébricas e valor numérico, com intuito de analisar a aprendizagem através da
ASP. A prova de lápis e papel foi utilizada, como instrumento para obtenção de resultados,
através de análises quantitativa e qualitativa, com enfoque principal na qualitativa. Diante dos
resultados obtidos, a grande maioria dos estudantes, mostram evidencia de uma aprendizagem
desenvolvimental no conteúdo estudado. Ao final será proposto um plano de ensino
fundamentado em uma base orientadora geral, completa e independente.
Palavras Chaves: Expressões Algébricas, Formação por etapas das ações mentais, Atividade
de Situações Problema, Ensino aprendizagem desenvolvimental.
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Resumen
Frente a varios recursos disponibles, es todavía común en la mayoría de las escuelas, maestros
que enseñanza matemáticas de forma tradicional, donde la gran mayoría de los estudiantes no
lograr eficientemente la asimilación de contenidos. La enseñanza aprendizaje debe basarse en
las teorías del aprendizaje con enfoque en la cognición, de esta manera se presentará
brevemente la evolución de la teoría histórica-cultural de Vygotsky, continuando por la teoría
de la actividad Leóntiev, hasta la teoría de formación por etapas de acciones mentales de
Galperin. El objetivo del trabajo es analizar las contribuciones de la teoría histórica-cultural
para un aprendizaje desarrollador en el contenido de expresiones algébricas y valor numérico
en los estudiantes de 8 grado de la Enseñanza Secundaria de la Escuela de Aplicación de la
Universidad Federal de Roraima (CAp-UFRR). La actividad de situaciones problema (ASP)
en matemáticas, se entiende como un sistema de de contenidos de matemáticas basada en la
teoría de Galperin. Como un experimento fundamentado en las teorías mencionadas, se
presentan los resultados de la prueba de lápiz y papel, en el contenido de ecuaciones
algebraicas y valor numérico de expresiones, con el fin de analizar el aprendizaje a través de
ASP. La prueba de lápiz y papel se utilizó como un instrumento para inferir los resultados,
través de un análisis cuantitativos y cualitativos, con enfoque principal cualitativo. Los
resultados obtenidos, la gran mayoría de estudiantes, tienen evidencia de un aprendizaje
desarrollador. Al final se propondrá un plan de estudios basado en un asesor general,
completo e independiente.
Palabras Claves: Expresiones Algebraicas. Formación por etapas de las acciones mentales.
Actividad de situaciones problema. Enseñanza aprendizaje desarrollador
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LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Figura 1 - Estrutura da zona de desenvolvimento Proximal .......................................... 15
Figura 2 - Direção da Atividade de Situações Problema ............................................... 26
Figura 3 - Frequência total ............................................................................................. 44
Figura 4 - Questão 1 da prova referente ao intervalo 16-20 .......................................... 45
Figura 5 - Questão 2 da prova referente ao intervalo 16-20 .......................................... 45
Figura 6 - Questão 3 da prova referente ao intervalo 16-20 .......................................... 46
Figura 7 - Questão 4 da prova referente ao intervalo 16-20 .......................................... 46
Figura 8 - Questão 5 da prova referente ao intervalo 16-20 .......................................... 47
Figura 9 - Questão 1 da prova referente ao intervalo 12-15 .......................................... 47
Figura 10 - Questão 2 da prova referente ao intervalo 12-15 ........................................ 48
Figura 11 - Questão 3 da prova referente ao intervalo 12-15 ........................................ 48
Figura 12 - Questão 4 da prova referente ao intervalo 12-15 ........................................ 49
Figura 13 - Questão 5 da prova referente ao intervalo 12-15 ........................................ 49
Figura 14 - Questão 1 da prova referente ao intervalo 8-11 .......................................... 50
Figura 15 - Questão 2 da prova referente ao intervalo 8-11 .......................................... 50
Figura 16 - Questão 3 da prova referente ao intervalo 8-11 .......................................... 51
Figura 17 - Questão 4 da prova referente ao intervalo 8-11 .......................................... 51
Figura 18 - Questão 5 da prova referente ao intervalo 8-11 .......................................... 52
Figura 19 - Questão 1 da prova referente ao intervalo 4-7 ............................................ 53
Figura 20 - Questão 2 da prova referente ao intervalo 4-7 ............................................ 53
Figura 21 - Questão 3 da prova referente ao intervalo 4-7 ............................................ 54
Figura 22 - Questão 4 da prova referente ao intervalo 4-7 ............................................ 54
Figura 23 - Questão 5 da prova referente ao intervalo 4-7 ............................................ 55
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LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Gráfico 1 - Resultado dos estudantes na questão 1 ....................................................... 34
Gráfico 2 - Resultado dos estudantes na questão 2 ....................................................... 36
Gráfico 3 - Resultado dos estudantes na questão 3 ....................................................... 38
Gráfico 4 - Resultado dos estudantes na questão 4 ....................................................... 39
Gráfico 5 - Resultado dos estudantes na questão 5 ....................................................... 41
Gráfico 6 - Resultado das médias das ações ........................................................................... 43
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LISTA DE TABELAS
Tabela 1 - Tipos de base orientadora da ação ................................................................18
Tabela 2 - Dimensões das categorias para análise qualitativa e quantitativa ................28
Tabela 3 - Resultado dos estudantes na questão 1 ........................................................ 34
Tabela 4 - Resultado dos estudantes na questão 2 ........................................................ 35
Tabela 5 - Resultado dos estudantes na questão 3 ........................................................ 37
Tabela 6 - Resultado dos estudantes na questão 4 ........................................................ 38
Tabela 7 - Resultado dos estudantes na questão 5 ........................................................ 40
Tabela 8 - Resultado das médias das ações .................................................................. 42
Tabela 9 - Intervalos de frequência .............................................................................. 44
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Sumário
INTRODUÇÃO ................................................................................................................................... 11
Objetivo Geral ................................................................................................................................... 12
Objetivos Específicos ........................................................................................................................ 12
CAPÍTULO I - FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA........................................................................... 14
1.1. Fundamentos Psicológicos .................................................................................................... 14
1.2. Expressões algébricas e valor numérico ................................................................................ 20
1.3. A Atividade de Situações Problema em expressões algébricas e valor numérico...................... 24
CAPÍTULO II - PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS ......................................................... 27
2.1. Caracterização da pesquisa ......................................................................................................... 27
2.2. Variáveis e categorias de análises .............................................................................................. 28
2.3. Instrumento da pesquisa ............................................................................................................. 30
CAPITULO III: RESULTADOS E ANÁLISES .............................................................................. 33
3.1. Diagnóstico da aprendizagem dos estudantes ............................................................................ 33
3.2. Relações entre as ações na Atividade de Situações Problema ................................................... 42
3.3 Proposta de um plano de ensino .................................................................................................. 56
CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................................................. 58
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .............................................................................................. 59
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INTRODUÇÃO
Ao longo dos anos percebemos, ao nosso redor, os grandes avanços que a sociedade vem
sofrendo. Aos poucos, essas mudanças exigem adaptações para que sejamos encaixados nesse
meio. A sociedade moderna, cada vez mais, requer pessoas capacitadas e a escola tem uma
alta responsabilidade em estimular e preparar os estudantes desde cedo, porém a mesma não
tem conseguido avançar no mesmo ritmo que as necessidades sociais.
Diante desse contexto, a escola precisa assumir uma nova postura, priorizando o ensino
aprendizagem, através de uma reestruturação no ensino, fundamentado por teorias com
enfoque na aprendizagem desenvolvimental, que venham preparar os estudantes para o
mundo em que vivem.
Em muitas escolas, é comum a abordagem “tradicional” dos conteúdos, na qual o professor
apresenta aos estudantes exposições orais, em seguida os mesmos são incentivados a trabalhar
com exercícios selecionados, dessa forma as informações obtidas são para uso em curto prazo,
de modo que posteriormente elas desaparecem, o aluno dificilmente conseguirá aplicar esse
conhecimento em novas situações, limitando na maioria das vezes o conhecimento e a sua
capacidade criativa.
Em vez de concentrar-se no ensino da memorização e na aplicação de técnicas na
resolução dos problemas com base nas exposições dos professores; é necessário conferir
ênfase na abordagem dos conteúdos, colocando o estudante no centro do processo de
aprendizagem, isso quer dizer que o estudante não se limita a receber passivamente o
conhecimento, mas o elabora novamente, de modo constante e autônomo. Desse modo, os
estudantes mudam da posição de meros espectadores para a de criadores ativos, construtores
do seu conhecimento.
A função do professor no processo de aprendizagem é de grande responsabilidade,
Segundo Talízina (1984, 1988, 1994) o professor tem duas funções principais: ser uma fonte
de informação e dirigir o processo assimilação. Como fonte de informação deve selecionar os
conhecimentos da disciplina, o sistema de habilidades, explicar os conteúdos e ensinar a
lógica de execução das ações. Por outro lado deve dirigir o processo de transformação das
ações externa sobre o objeto em internas, ou seja, a direção deve estar centrada na interação
entre o objeto (conteúdo) e o estudante.
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Atualmente é notório que o ensino tradicional, precisa ser substituído por ensino alicerçado
em teorias centradas na cognição, e que os professores conheçam essas teorias e coloquem-
nas em prática, garantido assim aos estudantes, um processo completo na assimilação dos
conteúdos ensinados.
Nesse contexto quais são as contribuições da teoria histórico-cultural, para uma
aprendizagem desenvolvimental, no conteúdo de expressões algébricas e valor numérico nos
estudantes do 8º ano do Ensino Fundamental II, do Colégio de Aplicação da Universidade
Federal de Roraima (CAp-UFRR)?
Objetivo Geral
Analisar as contribuições da teoria histórico-cultural para uma aprendizagem
desenvolvimental no conteúdo de expressões algébricas e valor numérico nos estudantes do 8º
ano do Ensino Fundamental II, do Colégio de Aplicação da Universidade Federal de Roraima
(CAp-UFRR).
Objetivos Específicos
Diagnosticar o nível de aprendizagem dos estudantes em expressões algébricas e valor
numérico;
Estudar as relações do sistema de ações da Atividade de Situações Problema em
expressões algébricas e valor numérico;
Verificar a contribuição da Base Orientação da Ação da Atividade de Situações
Problema em expressões algébricas e valor numérico.
O presente trabalho se divide em três capítulos, o primeiro se caracteriza por apresentar os
fundamentos psicológicos onde se descreve a evolução da teoria histórico-cultural de
Vygotsky que organiza a base dos estudos desenvolvidos. Vygotsky desenvolveu os conceitos
de "área de desenvolvimento atual" e "zona de desenvolvimento proximal" de suma
importância para a educação como uma ciência. Em seguida, define-se a atividade de estudo
segundo Leóntiev; embasada nessas teorias surge a teoria de formação por etapas das ações
mentais de Galperin, a teoria geral de direção da atividade de estudo de Talízina e a Atividade
de Situações Problema (ASP), no conteúdo de expressões algébricas e valor numérico.
O segundo capítulo apresenta os procedimentos metodológicos utilizados na pesquisa,
começa-se pela caracterização da mesma em mista, pois relaciona resultados qualitativos e
quantitativos com ênfase nos qualitativos; expõe-se as variáveis e categorias de analises que
serão utilizadas para correção do instrumento empregado, por fim apresenta-se a prova de
13
lápis e papel como instrumento usado para obter dados que possibilite realizar as análises
desejadas.
Por fim o terceiro capítulo, constituído pelas análises e discussões dos resultados da prova
de lápis e papel, como resultado das análises quantitativas os dados coletados serão
organizados e apresentados em tabelas e gráficos que serviram de base para as análises
qualitativas do desempenho obtido.
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CAPÍTULO I - FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
O enfoque deste trabalho é o processo de ensino aprendizagem, no conteúdo de expressões
algébricas e valor numérico, fundamentado por teorias centradas na cognição, para isto será
apresentada brevemente a evolução da teoria histórico-cultural de Vygotsky, apoiada pela
teoria da atividade de Leóntiev, continuada pela teoria de formação das ações mentais de
Galperin e direcionada pela atividade de estudo de Talízina.
1.1. Fundamentos Psicológicos
As teorias explanadas a seguir, tem como referência os artigos de TINTORER, O.;
MENDOZA, H. J. G. Com título, evolução da teoria histórico – cultural de Vygotsky a teoria
de formação por etapas das ações mentais de Galperin; seguido da Atividade de Situações
Problema em Matemática de MENDOZA, H. J. G.; TINTORER, Oscar; e por fim, a didática
da Matemática fundamentada na teoria de formação por etapas das ações mentais de Galperin,
de MENDOZA, H. J. G.; TINTORER, O. Nas quais, buscam relacionar os métodos de
resolução de problemas matemáticos, para a construção da Atividade de Situações Problema
em Matemática de MENDOZA e TINTORER, fundamentados na teoria de Galperin.
Na década dos anos 20, um grupo de especialistas soviéticos liderado por Vygotsky,
indicaram uma reestruturação da psicologia como ciência, com base nos princípios da
filosofia marxista a fim de superar a psicologia do subjetivismo e fenomenalismo, acabando
com a separação da psique humana como portadora de relações sociais.
Na teoria histórica cultural de Vygotsky, o processo de assimilação do homem está dado
pela experiência social. Vygotsky, Leóntiev e Galperin entre outros reconhecem a natureza
social da atividade interna (psíquica) do homem e sua unidade com a atividade externa,
prática ou material (TALÍZINA, 1984, 1988, 1994; VYGOTSKY, 2001, 2003a, 2003b).
Para dominar sua conduta, ou seja, dirigir sua psique, o homem deve apoiar-se no inicio
em objetos externos e só depois, através da mediação, ele adquire a capacidade de fazê-lo
mentalmente utilizando suas ideias internas que são agora elementos da atividade psíquica.
Portanto a ideia central de Vygotsky (2001, 2003a, 2003b) é que a atividade psíquica,
interna, é construída pela atividade externa estabelecendo uma unidade dialética entre ambas.
“A psiques sem a conduta não existe, como a conduta sem a psiques também não”.
No ser humano, esta atividade está condicionada pelo uso de instrumentos e as formas de
utilização que a sociedade estabeleceu historicamente. Assim as funções psíquicas superiores
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no homem foram originadas nas primeiras formas de comunicação verbal entre as pessoas e
estão mediatizadas pelos signos, especificamente os signos linguísticos.
Para Vygotsky (2001) as funções intelectuais superiores e psicológicas aparecem duas
vezes: primeiro como interpsíquicas e depois como intrapsíquica. Neste sentido, desenvolveu
os conceitos de "área de desenvolvimento atual" e "zona de desenvolvimento proximal" de
suma importância para a educação como uma ciência. Conforme considerações vigotskianas
para "zona de desenvolvimento atual" significa o conhecimento disponível pelo aluno, o real
que possui, enquanto na "zona de desenvolvimento potencial" se entende que o aluno possa
chegar ao conhecimento com uma ajuda, seja outro estudante superior ou pelo próprio
professor. Esta consideração explica o relacionamento inicial interpsicológico e assimilação
pessoal e final do conhecimento, uma condição de caráter intra-psicológica.
Portanto, Vygotsky (2003a) define que a "zona de desenvolvimento proximal" é a distância
entre o nível real de desenvolvimento que é habitual determinado por resolução de problemas
e independente do nível de desenvolvimento potencial, determinado através de resolução de
problemas na direção de um adulto ou uma colaboração de pares mais capazes. A seguir a
figura 1 apresenta a estrutura da definição dada sobre a zona de desenvolvimento proximal.
Figura 1 - Estrutura da zona de desenvolvimento Proximal
Fonte: PILAR (2003).
16
Então resumir-se a teoria de Vygotsky em quatro pressupostos: i) a base para o
desenvolvimento mental do homem é uma mudança na sua vida social ou sua atividade; ii) a
forma original do desempenho da atividade é realçada por um indivíduo no externo, social,
iii) as novas estruturas mentais que são formadas no homem são derivados da internalização
da forma inicial da atividade e, iv) diferentes sistemas de signos desempenham um papel
central para o processo de interiorização (Davydov; Zinchenko, 2003).
Vygotsky contribuiu de maneira significante, para o desenvolvimento de outras teorias
com mesmo enfoque, se pode considera-la como propulsora das outras teorias, que por sua
vez buscavam resolver algumas imperfeições encontradas na teoria histórico cultural. Como
por exemplo, Vygotsky não estabeleceu uma relação direta entre a psique e a atividade prática
do sujeito, mas cria as bases do princípio da unidade da psique e a atividade.
Posteriormente os trabalhos de Rubinstein e Leóntiev superam as críticas dos trabalhos de
Vygotsky. Rubinstein propõe analisar a atividade do sujeito como o objeto da psicologia, mas
tampouco revelou a relação concreta entre a psique e a atividade, nem no plano teórico, nem
no plano experimental (Talízina, 1988).
Talízina coloca que esta insuficiência foi resolvida por Leóntiev, sendo a principal objeção
apontada por ele, a necessidade de analisar, de forma crítica e objetiva, a teoria histórico-
cultural de Vygotsky expressando que não são apenas: os conceitos, significados, signos ou
instrumentos; mas a atividade real do sujeito que une o organismo com a realidade
circundante, que determina o desenvolvimento da consciência como um conjunto, como
algumas funções mentais (1988, p. 21).
Portanto Leóntiev torna a atividade o objeto da psicologia e é precisamente através dela,
que o sujeito se relaciona com o mundo. Em seus estudos sobre a estrutura das atividades
Leóntiev considerando o propósito e razão como elementos-chave e estabelecido, que tanto
devem corresponder também separar os conceitos de ação, atividade e operação. Neste
sentido, a atividade humana é parte das ações que são executadas através de operações.
Considerando a atividade mental como um caso especial da atividade humana na sua relação
com seu mundo material externo (Talízina, 1988, p. 23).
Segundo Talízina (.1988, p 30) afirma que: "... Leóntiev não apenas expõe a tese de sobre
a psique como atividade externa transformada, mas a forma de realização discutida totalmente
no processo de ontogenia. A investigação sistemática deste problema é um crédito para
Galperin e seus associados."
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Os trabalhos de Vygotsky, Leóntiev, Rubinstein e seus partidários conduziram, aos fines
dos anos 40, aos princípios que constitui os fundamentos da psicologia soviética e da teoria de
formação por etapas das ações mentais que são: a) o enfoque do caráter ativo do objeto da
psicologia (atividade), b) o reconhecimento da natureza social psíquica do homem e c) o
reconhecimento da unidade da atividade psíquica e a atividade externa, prática. (Talízina,
1988, p. 30).
Através da atividade o sujeito se relaciona com o objeto respondendo a suas necessidades e
adotando uma atitude. A interação entre o objeto e sujeito, possibilita ao último internalizar o
objeto e dá solução as tarefas. A vida humana está formada por um sistema de atividades e
elas não existe sem o objeto, mas este último pode-se apresentar independente do sujeito ou
como reflexo de sua interação.
A atividade está formada por ações, operações e objetivos, ou seja, o sujeito se relaciona
com o mundo exterior através de uma atividade que está formada por um sistema de ações, a
sua vez cada ação, por um sistema de operações para alcançar um objetivo. A atividade é
movida pelo motivo (material ou ideal), as ações pelo objetivo e as operações se originam
pelas condições da atividade, mas o motivo pode influenciar nas ações para alcançar objetivo.
Portanto, a assimilação dos conteúdos ou aquisição de conhecimento exige que o sujeito
realize um sistema de atividades, um sistema de ações que se pode transformar em habilidades
ou hábitos em determinadas condições do processo de ensino. A atividade ou ações ou
habilidade ou hábitos atuam como objeto de assimilação.
A teoria da atividade é baseada em instrução planejada, cuja intenção essencial é aumentar
a eficiência do processo instrutivo e educativo, utilizando os processos mais modernos de
técnicas disponíveis para a ciência.
Na teoria da atividade de Leóntiev (2004) o estudante se relaciona com o mundo através
da atividade que está formada por ações com suas respectivas operações para alcançar um
objetivo. Leóntiev reconhece nos trabalhos de Vygotsky que a atividade interna ou mental é
reflexo da atividade externa ou material, mas não indica como é esta transformação.
Em seguida Galperin indica o caminho para a transformação, não resolvida por Leóntiev,
ao colocar que a atividade antes de ser mental deve passar por cinco etapas qualitativas, que
são: primeira etapa, formação da base orientadora da ação; segunda etapa, formação da ação
em forma material ou materializada; terceira etapa, formação da ação verbal externa; quarta
etapa, formação da linguagem interna para si e a quinta etapa, formação da linguagem interna.
Isto se conhece como a teoria de formação por etapas das ações mentais de Galperin
18
(GALPERIN; TALÍZINA, 1967, TALÍZINA, 1984, 1988). A continuação será exposta as
cinco etapas de formação das ações mentais.
Se começará por uma etapa zero além dos cincos que existe entre a forma material e
interna que é a motivacional. É conhecido para o professor se não existe motivação por parte
do estudante é difícil obter sucesso na aprendizagem.
E0: Motivacional, a motivação tem que começar dos alunos que queiram aprender e que
também influencia do professor transmitir seus conhecimentos ao indivíduo para mostrar uma
direção a ser seguida. Em outras palavras é o impulso interno que leva à ação de conquista o
seu objetivo.
E1: Elaboração da Base Orientadora da Ação (BOA), a BOA distingue-se por três
caraterísticas do sistema de ações, a primeira caraterística pode ser geral ou concreta, ou seja,
quando o estudante domina ações gerais em relação ao objetivo para resolver um número
maior de tarefas. A segunda está relacionada com o êxito da atividade que depende da
plenitude das ações orientadas que devem ser suficientes (completa) para alcançar o objetivo e
nunca insuficiente (incompleta). A terceira característica é a forma de obtenção do sistema
das ações pelo estudante, a partir das orientações do professor o estudante vai incorporando o
sistema de ações para dar solução às tarefas a serem desenvolvidas de forma independente.
Quando o professor apresenta o sistema de ações pronto, sem muito esforço para o estudante,
se diz que a forma de obtenção é preparada.
A continuação será exposta na tabela 1, os tipos de Base Orientadora da Ação.
Fonte: Talizina (1988, p.89).
Tabela 1 - Tipos de Base Orientadora da Ação
Nº Caráter Generalizado Plenitude Modo de Obtenção
1 Específica Incompleta Independente
2 Específica Completa Preparada
3 Generalizada Completa Independente
4 Generalizada Completa Preparada
5 Generalizada Incompleta Preparada
6 Generalizada Incompleta Independente
7 Específica Completa Independente
8 Específica Incompleta Preparada
19
Segundo Talízina (1988) a BOA mais produtiva é a orientada de forma geral, completa e
obtida de forma independe pelos estudantes, mas é possível utilizar outra BOA sempre que
seja completa dependendo das condições de ensino, ainda com limitações na retenção e
transferência.
Para Talízina desde o ponto de vista da motivação, é muito importante que o professor
trabalhe conjuntamente com os alunos, para que eles tenham a sensação que estão elaborando
junto com o professor a base orientadora da ação. O caráter generalizado das ações nesta
etapa está relaciona com a BOA selecionada, o professor deve explicar as ações passo a passo.
O professor deve verificar se aluno está claro como deve atuar, se não compreender há que
explicar novamente, mas compreender não significa assimilar, por isso ainda faltam quatro
etapas de assimilação (1984, p. 201- 202).
E2: Formação da ação em forma material ou materializada, o estudante deve realizar as
ações passo a passo com a ajuda de portadores externos da informação. O papel do professor é
ativo, deve verificar a execução da cada ação com suas respetivas operações e o controle do
objetivo e se é necessário realizar as correções necessárias. A generalização das ações está
limitada pelos casos padrões onde são aplicadas as ações. Ainda as ações são compartilhadas
com o professor e colegas e não automatizadas (consciente), mas saber fazer as ações não
significa saber explicar.
E3: Formação da ação verbal externa, a linguagem tem rol fundamental, o estudante deve
saber explicar as ações de forma consciente sem o apoio das ações externas materializadas e o
principal objetivo é assimilar as operações; se começa a trabalhar num plano teórico. A
posição do professor muda, nesta etapa aumenta a função reguladora no controle das ações
sendo muito importante corrigi-lo quando cometem erros. No final da etapa deve aumentar a
independência dos estudantes, mas é ainda explanada, compartilhada e consciente. É
necessário aumentar a complexidades dos problemas e/ou exercícios, devem ser heterogêneos,
diferentes e aplicados a diversas situações. A generalização toma outra dimensão, o sistema
de ações deve ser explicado pelos estudantes, alcançando certo grau de compactação ante
novas tarefas não trabalhadas nas etapas anteriores.
E4: Formação da ação na linguagem externa para si, ela é transitória antes da formação da
linguagem interno. Caracterizam-se pela realização das ações pelo estudante para adentro,
como se fosse um pensamento em voz alta, onde as ações são explanadas, conscientes e
generalizadas. As ações começam a reduzir-se rapidamente e automatizar- se dando passo a
internalização. O controle das ações passa do externo para o interno.
20
E5: Formação da ação na linguagem interna, a atividade adquire a forma mental, ou seja,
as ações agora passam a ser mental, generalizada, comprimida, independente e automatizada.
Pode-se resumir que a internalização do objeto de estudo (conteúdos) consiste na
transformação de ações: externas em internas, materiais em mentais, não generalizada em
generalizadas, detalhas em comprimidas, conscientes em automatizadas, compartilhadas em
abreviadas.
1.2. Expressões algébricas e valor numérico
Quando teria o homem começado a fazer Matemática? Esta é uma pergunta
interessantíssima para a qual somente se pode levantar algumas conjecturas.
As descobertas científicas realizadas nas últimas décadas demonstram que a presença do
homem na terra é muito mais antiga do que e imaginava. Os registros arqueológicos indicam
que há cerca de 50.000 anos houve uma grande revolução, digamos “intelectual”, em nossa
espécie, talvez consequência de um salto evolutivo na linguagem.
Há cerca de 20.000 anos a arte já atingira grande qualidade, como demonstram as
belíssimas pinturas de animais em cavernas na França e Espanha, numa prova de que formas e
distribuições espaciais haviam se tornado familiares ao homem. A prática da contagem, em
especial de pessoas e de animais, é muito antiga: um osso com cerca de 10.000 anos de idade,
encontrado na África, exibe marcas de contagem.
Em torno de 4.000 a.C. aparecem formas primitivas de escrita que evoluíram e
consolidaram-se definitivamente na Mesopotâmia, com os Sumérios, e, poucos séculos
depois, no Egito dos Faraós. Os mais antigos documentos escritos que se conhecem tratam de
dois temas básicos: a glorificação dos reis e a contabilidade de impostos, estoques e
transações comerciais. Alguns especialistas chegam a conjecturar que a escrita foi inventada
para fazer registros numéricos.
Durante muitos séculos após sua invenção, o uso das escritas mesopotâmica e egípcia
ainda permaneceu restrito a um pequeno número de pessoas, os chamados escribas. A eles
competia registrar a história dos reis, a contabilidade dos impostos, os estoques, e as
transações comerciais. Ao fazê-lo, precisavam realizar pequenos cálculos aritméticos e
geométricos de modo que seus conhecimentos não mais poderiam limitar-se as técnicas das
letras e dos símbolos, mas deveriam incluir rudimentos matemáticos, que eles próprios
desenvolviam e passavam a seus sucessores. Costuma-se dizer que os primeiros
21
conhecimentos matemáticos foram sendo acumulados de maneira indutiva (ou empírica) e não
dedutiva.
É oportuno ressaltar, neste ponto, que os documentos matemáticos daquela época não
empregavam a alta dose de simbologia à qual estamos atualmente acostumados. De um modo
geral, somente os números eram representados por símbolos: os desenvolvimentos eram, em
sua quase totalidade, expressos por palavras, uma forma de expressão que hoje é conhecida
por “álgebra retórica”. Dentre os raros símbolos matemáticos criados pelos egípcios,
destacam-se o da soma e o da subtração, respectivamente um par de perninhas caminhando na
direção da escrita ou contrariamente a ela.
Um dos problemas de Ahmes dizia: “uma quantidade, somada a seus 2/3, mais sua metade
e mais sua sétima parte perfaz 33. Qual é esta quantidade?” Evidentemente, os egípcios não
adotavam a simbologia algébrica moderna, coisa inventada há poucos séculos. Não sabiam,
também, resolver por nossos métodos nem mesmo as equações do 1º grau. Entretanto, usavam
um artifício muito engenhoso que lhes permitia encontrar a resposta correta e que veio a ser
chamado de “regra da falsa posição”.
De qualquer forma, foram admiráveis os feitos dos valentes escribas, astrônomos e
“engenheiros” que viveram há milênios pois, mesmo na ignorância, não tiveram medo dos
números e enfrentaram-nos com as armas de que poderiam dispor: a persistência, a confiança
e a vontade de pensar.
A matemática tem várias ramificações, como a aritmética, que estuda os números e as
operações, e a geometria, que estuda o espaço e as formas. Agora vamos iniciar o estudo de
uma parte da matemática que, em sua linguagem, faz uso de letras no lugar de números: A
Álgebra.
O primeiro a escrever equações e expressões algébricas, apenas com letras e sinais
matemáticos, foi o matemático francês, François Viéte que viveu no século XVI. Apaixonado
por álgebra, esse matemático foi responsável pela introdução da primeira notação algébrica
sistematizada, além de contribuir para a teoria das equações. Ficou conhecido como o pai da
álgebra.
Vejamos agora um experimento bem simples de ser realizado. Adivinhando o resultado:
Pense em um número inteiro de 10 à 19, mas não me diga qual é. Some os dois algarismos.
Agora, subtraia essa soma do número que você pensou. Eu vou adivinhar o resultado final que
você encontrou. É 9! Certo?
22
Se você fizer essa pequena mágica com um colega ou com uma pessoa de sua família, vai
causar surpresa. Isso porque, mesmo sem conhecer o número pensado, você acha o resultado!
Mas o que parece uma mágica é, na verdade, uma aplicação da álgebra.
Primeiro veja o que acontece no caso particular em que o número pensado é 15:
Número pensado: 15, pode ser escrito assim: 10 + 5.
Soma dos algarismos: 1 + 5;
Número pensado menos a soma dos algarismos:
(10 + 5) – (1 + 5) = 10 + 5 – 1 – 5 = 9.
Agora, analisando o caso geral, veja que o número pensado pode ser:
10 + 0, 10 + 1, ... até 10 + 9. Por isso, vamos indicá-lo por 10 + x.
Número pensado: 10 + x;
Soma dos algarismos: 1 + x;
Número pensado menos a soma dos algarismos;
(10 + x) – (1 + x) = 10 + x – 1 – x = 9
Percebeu qual é o truque? Quando calculamos “número pensado menos a soma dos
algarismos”, o x desaparece, pois x – x = 0. Aí ficamos sempre com 10 – 1 = 9.
Usando a álgebra, vimos que o resultado final não depende do número escolhido: ele é
sempre igual à 9!
Usando letras, podemos escrever generalizações, isto é, fatos que valem para todos os
números de certo conjunto. Nesses casos, as letras são chamadas de variáveis quando
representam números reais são chamadas de variáveis reais, por exemplo, a adição de
quaisquer números reais é comutativa. Podemos representa-la da seguinte forma: se a e b são
números reais, então: a+b = b+a.
Substituindo as variáveis de uma expressão algébrica por números e efetuando os cálculos
indicados, obtemos o valor numérico da expressão, por exemplo, dada a expressão a + 2, onde
a = 3, chegaremos ao valor 5, que é o valor numérico da expressão.
Com a utilização de variáveis é possível descobrir como expressar o termo geral de uma
sequência, também generalizar muitas fórmulas matemáticas, como por exemplo, o cálculo da
diagonal de um polígono convexo, a fórmula para o cálculo da área do quadrado, retângulo e
etc.
As operações como a adição, subtração, multiplicação e a divisão também podem ser
efetuadas com expressões algébricas. Para iniciar o estudo dessas operações, vamos
considerar expressões algébricas simples, chamadas de monômios.
23
Monômios – são expressões algébricas que apresentam apenas um número, apenas uma
variável ou multiplicações entre números e variáveis.
Por exemplo:
a) 5x2y3 b) 2x c) x3 d)12
Em um monômio distinguimos duas partes: um número, que é o seu coeficiente, e uma
variável ou uma multiplicação de variáveis, que é a sua parte literal.
Por exemplo:
-2xy. O coeficiente é -2, e a parte literal é xy.
Monômios Semelhantes – possuem a mesma parte literal.
Por exemplo:
-6x e x, são monômios semelhantes.
Adição e Subtração – vamos considerar uma adição de monômios semelhantes.
Por exemplo:
7x3y2+5x3y2
Para somá-los, pode – se pensar assim: temos 7 monômios x3y2 mais cinco desses monômios;
logo temos 7 + 5, ou seja, 12 monômios x3y2. Portanto:
7x3y2+5x3y2 = 12x3y2
A subtração de monômios semelhantes também é feita dessa maneira.
Quando os monômios não são semelhantes, deixamos apenas indicada a soma deles, ou a
diferença.
Multiplicação - acompanhe a multiplicação do monômio x4 pelo monômio x3:
x4 . x3 = x . x . x . x . x . x . x = x7
Aqui, temos um exemplo da propriedade das potências: na multiplicação de potências de
mesma base, mantemos a base e somamos os expoentes.
x4 . x3 = x4+3 = x7
Essa propriedade será utilizada na multiplicação de monômios.
Divisão – acompanhe a divisão do monômio x5 pelo monômio x3:
x5 / x3 = 𝑥5
𝑥3 = x . x . x . x . x
x . x . x = x2
Aqui, temos um exemplo de outra propriedade: na divisão de potências de mesma base,
mantemos a base e subtraímos os expoentes.
Na álgebra, para iniciar o estudo das operações, consideramos expressões algébricas
simples, chamadas de monômios. Agora, faremos o mesmo estudo com os polinômios.
24
Polinômio – é qualquer monômio ou qualquer adição algébrica (isto é, adição ou
subtração) de monômios.
Exemplo:
2x + 3y – y3
Os monômios que formam um polinômio também são chamados de termos do polinômio.
Forma reduzida de um polinômio – considere o polinômio 2x5 + 5x3y2 – 7x5 + x3y2.
Ele possui termos semelhantes, isto é, de mesma parte literal. Sabemos que esses termos
podem ser somados ou subtraídos:
2x5 + 5x3y2 – 7x5 + x3y2 = 2x5 – 7x5 + 5x3y2 + x3y2 = -5x5 + 6x3y2
Dizemos então, -5x5 + 6x3y2 é a forma reduzida do polinômio 2x5 + 5x3y2 – 7x5 + x3y2.
Um polinômio está na sua forma reduzida quando não tem monômios semelhantes.
1.3. A Atividade de Situações Problema em expressões algébricas e valor numérico
A Atividade de Situações Problema (ASP) em Matemática, está orientada pelo objetivo de
resolver situações problema, na zona de desenvolvimento proximal, num contexto de ensino
aprendizagem onde existe uma interação entre o professor, o estudante e a situação problema,
utilizando a resolução de problema em Matemática como metodologia de ensino, a tecnologia
disponível e outros recursos didáticos, para transitar pelos diferentes estados do processo de
assimilação. (Mendoza, Tintorer, 2017).
A ASP em Matemática está formada por um sistema invariante de quatro ações com suas
respetivas operações que permitem solucionar várias classes de problemas matemáticos. A
continuação é exposta o sistema de ações com suas respectivas operações (Mendoza, 2009,
Mendoza et al.,2009, Mendoza; Tintorer, 2010).
A ASP em expressões algébricas e valor numérico está formada por quatro ações
invariantes que são: 1ª ação, compreender o problema; 2ª ação, montar a expressão algébrica;
3ª ação, solucionar a expressão algébrica, encontrar o valor numérico; 4ª ação, interpretar a
solução encontrada. Em cada ação existe um conjunto de operações com o objetivo de realizar
cada ação (Mendoza, 2009; Tintorer; Mendoza, 2009).
A primeira ação é compreender o problema e está formada pelas operações: ler o problema
e extrair todos os elementos desconhecidos; estudar os dados e suas condições e determinar
o(s) objetivo(s) do problema.
25
A segunda ação é construir o modelo matemático, que é determinar variável a ser utilizada
na expressão algébrica; atribuir o significado que a variável deve representar na expressão;
elaborar o modelo matemático a partir das informações e condições extraídas do problema.
A terceira ação que é de solucionar o modelo matemático a qual temos que, Observar as
variáveis da expressão algébrica, de acordo com os valores atribuídos a elas, realizar a
substituição nas expressões, em seguida realizar as operações existentes, encontrar a solução
do modelo matemático.
Por último a quarta ação é interpretar a solução formada pelas operações: interpretar o
resultado, extrair os resultados significativos que tenham relação com o(s) objetivo(s) do
problema, dar resposta ao(s) objetivo(s) do problema, realizar uma reflexão baseado no(s)
objetivo(s) do problema, analisar a partir de novos dados e condições que tenham relação
direta ou não com o(s) objetivo(s) do problema existindo a possibilidade de reformular o
problema e assim construir novamente o modelo matemático e interpretar sua solução.
Portanto Talízina (1988, p. 14) afirma que o ensino planejado inclui os seguintes aspectos:
a) a escolha da teoria psicológica de estudo que responde melhor às características específicas
do ensino do homem;
b) a formulação e realização das exigências de direção do processo de estudo apresentada pela
teoria geral de direção;
c) a criação dos recursos técnicos de ensino orientados ao modelo selecionado de ensino que
satisfaça as exigências da teoria geral de direção.
A direção da atividade de estudo deve considerar os seguintes elementos: o objetivo de
ensino; o estado de partida da atividade psíquica dos estudantes; as tarefas para garantir as
etapas do processo de assimilação; o enlace de retorno ou retroalimentação e a correção do
processo de estudo (Talízina, 1984, 1988, 1994).
Os conteúdos antes de ser internalizado pelos estudantes o sistema de ações da atividade
devem passar por cinco etapas qualitativas que são: E0, Motivação; E1, formação da Base
Orientadora da Ação (BOA); E2, formação da ação em forma material ou materializada; E3,
formação da ação em verbal externa; E4, formação da ação em linguagem externa par si e E5,
formação da ação em linguagem interno.
O processo de ensino aprendizagem deve estar sob o comando do professor seguindo os
princípios da teoria geral de direção, constituída por: o objetivo de ensino (D1), o estado de
partida da atividade psíquica dos estudantes (D2), o processo de assimilação (D3), a
retroalimentação (D4) e a correção (D5). Este processo deve ser cíclico e transparente
26
visando, como elemento principal, o processo de transformação da atividade externa à
atividade interna (Talízina, 1984, 1988, 1994,2000).
Se representará a direção da atividade a partir da figura 2, onde E1, E2 até E5 significa as
cinco etapas de formação das ações mentais.
Figura 2 - Direção da Atividade de Situações Problema
Fonte: (MENDOZA, 2009).
D3
D4
D5
ASP
BOA E1
D3
D4
D5
ASP
Interna E5 . . . D1 D2
27
CAPÍTULO II - PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
Neste capítulo será exposto os procedimentos metodológicos utilizados para que sejam
realizadas as coletas de dados e interpretação dos mesmos. A caracterização da pesquisa
ocorre mediante aprendizagem no conteúdo matemático de expressões algébricas e valor
numérico, ministrado aos alunos do 8º ano do Ensino Fundamental II, do Colégio de
Aplicação da Universidade Federal de Roraima (CAp – UFRR), utilizando como instrumento
de coleta uma prova de lápis e papel, na qual os resultados obtidos serão organizados em
tabelas e gráficos, para posteriormente serem analisados de forma qualitativa e quantitativa
com enfoque principal no qualitativo que é visto como essencial, evitando uma análise
inadequada dos dados.
2.1. Caracterização da pesquisa
O Colégio de Aplicação (CAp), o estabelecimento de ensino onde ocorreu a realização da
pesquisa, atualmente encontra-se vinculado ao Centro de Educação da Universidade Federal
de Roraima (CEDUC/UFRR), acompanhado dos cursos de Pedagogia, Psicologia e Educação
do Campo. Atende as seguintes modalidades de ensino: Ensino Fundamental I, Ensino
Fundamental II e Ensino Médio.
O colégio conta com boa infraestrutura, composta por salas temáticas climatizadas e
equipadas com materiais didáticos e eletrônicos. Compõem ainda a estrutura do CAp sala de
leitura, biblioteca, laboratório de informática, auditório, sala de recursos multifuncionais para
atendimento educacional especial, refeitório, laboratório de ciências, pátio interno entre outros
espaços administrativos e pedagógicos. Os estudantes que participaram da pesquisa fazem
parte de um turma formada por alunos que ingressaram no colégio por sorteio público e do
último processo seletivo de prova. Atualmente a única forma de ingresso é mediante sorteio
público.
A pesquisa se apresenta como uma abordagem mista, relacionando as informações
qualitativas com as quantitativas, com ênfase nas análises qualitativas; pretende-se através da
mesma, diagnosticar a aprendizagem, no conteúdo de expressões algébricas e valor numérico,
de vinte e dois estudantes do 8º ano do ensino fundamental II, do Colégio de Aplicação -
UFRR no ano de 2018, para isto será aplicado uma prova de lápis e papel, como instrumento
para análise dos resultados, sendo está fundamentada nas ações da Atividade de Situações
problemas (ASP) em Matemática. Recordemos que as ações da ASP são compreender o
28
problema, construir o modelo matemático, solucionar o modelo matemático e interpretar a
solução.
2.2. Variáveis e categorias de análises
Como já mencionado, a corrente pesquisa é do tipo mista pois, relaciona as análises dos
resultados obtidos de forma qualitativa e quantitativa, com enfoque qualitativo. Na análise
qualitativa, o sistema de ações da ASP, se converte em categorias e as operações realizadas
pelo estudante em indicadores. As categorias qualitativas de análises da ASP em Matemática
são: compreender o problema, construir o modelo matemático, solucionar o modelo
matemático e interpretar a solução. Enquanto que na análise quantitativa, o sistema de ações
se converte em variáveis, e as operações em dimensões quantificadas, em uma escala de 1 até
5 pontos, de acordo com os indicadores essenciais, que é entendido como conhecimento
mínimo, que deve saber o estudante. Na tabela 2, apresentam-se as dimensões das categorias
para análise qualitativa e quantitativa, utilizados para análise da prova de lápis e papel.
Tabela 2 - Dimensões das categorias para análise qualitativa e quantitativa
Aprendizagem no método resolução de problema em expressões algébricas.
Definição conceitual: é a capacidade dos alunos resolver problemas e suas transferências para novas
situações problema.
Definição operacional: é a diferença de desempenho comparando um ponto inicial com outro, a fim de
resolver problemas e estabelecer transferências para novas situações problema.
Dimensão Descrição
Y1 Desempenho de compreender o problema
Y2 Desempenho de construir o modelo
Y3 Desempenho de solucionar o modelo
Y4 Desempenho de interpretar a solução
Medição: para designar o resultado quantitativo a cada dimensão (Y1, Y2, Y3, Y4) será utilizado uma
escala de 1 até 5 pontos com os critérios:
Se o aluno tem somente correto o indicador essencial obterá a qualificação de três (3);
Se todos os indicadores estão incorretos obterá a qualificação de um (1);
Se todos os indicadores estão corretos obterá a qualificação de cinco (5);
Se o indicador essencial está incorreto ou parcialmente incorreto e/ou existe pelo menos outro indicador
parcialmente correto obterá a qualificação de dois (2);
Se o indicador essencial está correto, mas existe pelo menos outro indicador parcialmente correto obterá
a qualificação de quatro (4).
Fonte: (MENDOZA, 2009).
29
Se o aluno tem somente correto o indicador essencial, obterá qualificação de três
(Regular), se todos os indicadores estão incorretos, obterá qualificação de um (Muito Ruim),
se todos os indicadores estão corretos, obterá qualificação de cinco (Muito Bom), se o
indicador essencial está incorreto ou parcialmente incorreto, obterá qualificação de dois
(Ruim), se o indicador essencial está correto, mas existe pelo menos outro indicador
parcialmente correto obterá qualificação de quatro (Bom).
Indicadores da dimensão “Nível da ação compreender o problema (Y1)”
O aluno extrai os dados do problema? O aluno determina as condições do problema? O aluno
define o(s) objetivo(s) do problema?
Indicador essencial: O aluno define o(s) objetivo(s) do problema.
Indicadores da dimensão “Nível da ação construir o modelo matemático (Y2)”
Determinar variável a ser utilizada na expressão; atribuir o significado que a variável deve
representar na expressão; elaborar o modelo matemático a partir das informações e condições
extraídas do problema.
Indicador essencial: O aluno define e constrói o modelo matemático a partir das condições e
variáveis.
Indicadores da dimensão “Nível da ação solucionar o modelo matemático (Y3)”
Observar as variáveis da expressão algébrica, de acordo com os valores numéricos atribuídos
a elas, realizar a substituição nas expressões, em seguida realizar as operações existentes, e
por fim encontrar a solução do modelo matemático, ou seja, encontrar a solução da expressão.
Indicador essencial: O aluno deve utilizar o melhor caminho de passo a passo, que contenha
recurso necessário para solucionar o modelo matemático.
Indicadores da dimensão “Nível da ação interpretar a solução (Y4)”
Interpretar o resultado; extrair os resultados significativos que tenham relação com o(s)
objetivo(s) do problema; dar resposta ao(s) objetivo(s) do problema; analisar a partir de novos
dados e condições que tenham relação direta ou não com o(s) objetivo do problema, a
possibilidade de reformular o problema, construir novamente o modelo matemático,
solucionar o modelo matemático e interpretar a solução.
30
Indicador essencial: O aluno dá resposta ao(s) objetivo(s) do problema.
Considerando o indicador essencial como parâmetro, e a escala de critérios estabelecidos,
se determinará o valor alcançado por cada estudante. Os dados serão apresentados em tabelas
e gráficos, nas análises e discursões dos resultados.
2.3. Instrumento da pesquisa
A prova de lápis e papel, foi aplicada aos estudantes do 8º ano do Ensino Fundamental,
como instrumento de coleta de dados. O objetivo de utilizar esse recurso é obter informações,
que possibilitem realizar analises referentes a aprendizagem desenvolvimental, no conteúdo
de expressões algébricas e valor numérico. A prova contém cinco questões, relaciona-se em
cada questão as categorias da ASP, dessa maneira possibilitará, uma análise quantitativa e
qualitativa, mais eficiente dos resultados.
Prova
Questão 1
Escreva as expressões algébricas que correspondem as sentenças matemáticas abaixo. Em
seguida, calcule o valor numérico de cada uma delas para x = 2.
a) A soma de um número com 6;
b) O quíntuplo de um número menos 3.
Observa-se que a questão envolve as ações: compreender o problema, construir o modelo
matemático e soluciona-lo. É necessário que o estudante seja capaz de extrair os dados do
problema, através das informações obtidas, determinar a variável a ser utilizada para construir
as expressões algébricas, depois de construir as expressões, o estudante precisa substituir
corretamente o valor numérico que a variável utilizada representa, em seguida realizar as
operações de multiplicação, adição e subtração com números inteiros. Dessa forma o
estudante solucionará o modelo matemático, ou seja encontrará as soluções das expressões
algébricas.
Questão 2
Calcule o valor numérico das expressões algébricas abaixo para x = -2 e y = 3.
a) x + 3y b) x2 + 5y
31
Esta questão, envolve apenas a ação solucionar o modelo matemático. Como a questão
determina o valor numérico das variáveis estabelecidas nas expressões, o estudante necessita
substitui-lo corretamente nas variáveis das expressões, realizar em seguida, as operações de
potenciação, multiplicação e adição com números inteiros. Assim, encontrará a solução das
expressões algébricas.
Questão 3
A quantidade de água (L), em litros, que uma bomba pode retirar de um poço e levar até
uma caixa-d’água, no alto de uma residência, é representada por L = 45t + 10, em que t é o
tempo em minutos (t>0). Quantos litros de água essa bomba terá colocado na caixa-d’água
após uma hora de funcionamento?
A questão relaciona as ações compreender o problema, solucionar o modelo matemático e
interpretar a solução; sendo que esta última ação não poderá ser analisada com clareza em
decorrência da formulação da questão. O estudante necessita extrair os dados do problema, o
mesmo perceberá que o modelo matemático já se encontra pronto, então terá que encontrar o
valor da variável presente na expressão, substituir corretamente o valor numérico que a
variável representa, e em seguida realizar as operações de multiplicação e adição de números
inteiros, dessa maneira será encontrada a solução da expressão algébrica. Depois de encontrar
o resultado, ou seja solucionar o modelo matemático o estudante terá condições para dar
resposta ao problema.
Questão 4
O valor de venda de certo chocolate é obtido pela soma do valor da embalagem mais o
dobro do valor de produção:
a) Escreva uma expressão algébrica que representa o valor de venda deste chocolate.
b) Qual será o preço de venda desse chocolate se o valor da embalagem for R$ 2,75 e o
valor de produção for R$ 6,00?
A questão permite relacionar todas as ações, lembrando que as ações são: compreender o
problema, construir o modelo matemático, solucionar o modelo e interpretar a solução. A
32
ação interpretar a solução, não pode ser analisada com clareza, em consequência da
formulação da questão.
Esta questão exige do estudante, um pensamento mais estruturado acerca do conteúdo
estudado, pois ao extrair os dados do problema, o mesmo necessita determinar as variáveis e
o significado delas no problema, a partir daí construir o modelo matemático, ou seja, a
expressão algébrica; depois de construí-la, o estudante precisa substituir corretamente, os
valores numéricos que as variáveis representam na expressão, em seguida realizar as
operações de multiplicação e adição; dessa forma será obtido a solução do modelo
matemático. Após soluciona-lo, o estudante deverá interpretar a solução e dar resposta ao
problema.
Questão 5
Na bilheteria do cinema há um cartaz com o preço dos ingressos.
Criança: R$ 8,00.
Adulto: R$ 16,00.
Se foram vendidos 120 ingressos para adulto e 215 ingressos para criança, qual o valor
arrecadado?
Nesta questão assim como na anterior, estão relacionadas as quatro ações; compreender o
problema, construir o modelo matemático, solucionar o modelo e interpretar a solução. Tendo
em vista que, devido a formulação da questão, a ação interpretar a solução não se verifica com
clareza.
O estudante deve extrair as informações do problema, precisa determinar as variáveis e o
significado delas no problema, a partir daí construir o modelo matemático, ou seja, a
expressão algébrica; depois de construí-la, é necessário substituir corretamente os valores
numéricos que as variáveis representam na expressão, em seguida realizar as operações de
multiplicação e adição. Assim, será obtido a solução do modelo matemático, após soluciona-
lo o estudante deverá interpretar a solução e dar resposta ao problema.
33
CAPITULO III: RESULTADOS E ANÁLISES
No decorrer deste capítulo, será apresentado e analisado o desempenho, obtido pelos vinte
e dois estudantes do 8º ano do Ensino Fundamental, que realizaram a prova de lápis e papel,
no conteúdo de expressões algébricas e valor numérico. Como resultado das análises
quantitativas, os dados coletados serão organizados e apresentados em tabelas e gráficos, que
serviram de base para as análises qualitativas do desempenho obtido.
Em cada questão da prova, encontra-se analises do desempenho quantitativo e qualitativo,
dos estudantes em relação às ações da ASP e suas respectivas operações. Em seguida, uma
análise geral das médias das ações da ASP, e por fim, será selecionado uma prova de cada
faixa de frequência, para uma análise mais detalhada.
3.1. Diagnóstico da aprendizagem dos estudantes
O diagnóstico da aprendizagem dos estudantes, no conteúdo de expressões algébricas e
valor numérico, obtido através do instrumento prova de lápis e papel, tem o objetivo de buscar
informações através das categorias da ASP, do nível de aprendizagem alcançado pelos
estudantes, diante da utilização da teoria histórico-cultural. As ações da ASP são convertidas
nas seguintes categorias qualitativas de análises: compreender o problema, construir o modelo
matemático, solucionar o modelo matemático e interpretar a solução. Levando em
consideração que as questões expressas na prova, não permitem avaliar com clareza a quarta
ação, que é interpretar a solução.
A prova diagnóstica foi elaborada de maneira específica, composta por cinco questões
buscou-se relacionar as categorias da ASP nas mesmas, dessa forma possibilitou uma análise
minuciosa dos resultados; os valores quantitativos empregados nas questões são atribuídos de
acordo com a tabela 2 apresentada anteriormente.
Os resultados exibidos a seguir, representa o desempenho dos estudantes no conteúdo de
expressões algébricas e valor numérico alcançados na prova diagnóstica, a continuação será
apresentada as tabelas e gráficos dos resultados obtidos em cada questão. O intuito é analisar
qualitativamente o desempenho dos estudantes, a partir dos dados quantitativos que obtiveram
na prova.
A seguir, a tabela 3 e o gráfico 1 expostos abaixo, referem-se ao desempenho dos
estudantes na questão 1.
34
Tabela 3 - Resultado dos estudantes na questão 1
E Q-1
1 – A 2 - A 3 – A
A B A B A B
E01 5 5 5 5 5 5
E02 5 2 5 2 5 1
E03 1 1 1 1 1 1
E04 5 3 5 2 5 1
E05 5 2 5 2 5 1
E06 5 5 5 5 5 5
E07 5 2 5 2 5 1
E08 5 5 5 4 5 3
E09 5 5 5 5 5 3
E10 5 5 5 5 5 5
E11 5 5 5 5 5 5
E12 5 5 5 5 5 5
E13 5 5 5 5 5 5
E14 5 5 5 5 5 5
E15 5 5 5 5 5 5
E16 5 5 5 5 5 5
E17 5 5 5 5 5 5
E18 5 5 5 5 5 5
E19 5 5 5 5 5 5
E20 5 5 5 5 5 5
E21 5 5 5 5 5 5
E22 5 5 5 5 5 5
Media 4,8 4,3 4,8 4,2 4,8 3,9
Mediana 5 5 5 5 5 5
Moda 5 5 5 5 5 5
DP 0,83 1,29 0,83 1,35 0,83 1,68
Fonte: confeccionada pela autora (2018).
Gráfico 1 - Resultado dos estudantes na questão 1
Fonte: confeccionada pela autora (2018).
0,0
1,0
2,0
3,0
4,0
5,0
E01 E02 E03 E04 E05 E06 E07 E08 E09 E10 E11 E12 E13 E14 E15 E16 E17 E18 E19 E20 E21 E22
Médias das Ações da P-1
1ªA 2ªA 3ªA
35
A questão relaciona as três ações da ASP: compreender o problema, construir o modelo
matemático e solucioná-lo. Dos 22 estudantes que participaram da pesquisa, 15 obtiveram
pontuação máxima em todas as ações analisadas, o que é um excelente resultado e mostra que
a maioria da turma extraiu os dados do problema, através das informações determinou a
variável a ser utilizada na expressão algébrica, depois de montar a expressão, substituiu o
valor numérico que a variável utilizada representa, e em seguida encontraram corretamente a
solução do problema.
Através do gráfico 1, observa-se um rendimento bom nas médias dos estudantes (E-08 e E-
09), ambos apresentam pontuações entre 4 e 5 nas ações analisadas; outra característica destes
estudantes é que retratam pontuações mais elevadas nas ações compreender o problema e
montar a expressão, ao solucioná-la apresentam rendimentos mais baixos, sendo que os erros
cometidos com mais frequência nestes casos são aritméticos, não estão ligados em si ao
conteúdo estudado, ou a compreensão do que se pede na questão. Já os estudantes (E-02, E-
04, E-05 e E-07), apresentam rendimento regular com pontuações entre 3 e 4. Observa-se que
conseguem pontuações mais elevadas nas primeiras ações, e que esses rendimentos são
menores na última ação, esse comportamento ao aparecer se manifesta por que os estudantes
não compreendem corretamente o problema, por seguinte não avançam corretamente para as
próximas ações; nestes casos os erros cometidos com mais frequência não são apenas
aritméticos, estão relacionados a interpretação inadequada dos dados da questão, e também ao
conteúdo estudado.
Apenas o E-03 apresenta características diferentes dos demais estudantes, não consegue
avançar em nenhuma das ações analisadas. Não compreende o que se pede na questão, não
conseguiu extrair os dados e consequentemente não avança nas outras ações; novamente
podemos perceber que as ações estão relacionadas entre si pois, se o estudante não
compreende o que se pede questão, dificilmente conseguirá avançar nas outras ações.
A seguir, será exposta a tabela 4 e o gráfico 2, que representam o desempenho dos
estudantes na questão 2.
Tabela 4 - Resultado dos estudantes na questão 2
Q-2
3ªA
E A B Média
E01 3 3 3,0
E02 5 4 4,5
E03 1 1 1,0
E04 5 4 4,5
E05 1 1 1,0
E06 4 4 4,0
36
E07 3 3 3,0
E08 2 2 2,0
E09 3 5 4,0
E10 5 4 4,5
E11 5 4 4,5
E12 5 4 4,5
E13 5 5 5,0
E14 5 5 5,0
E15 5 5 5,0
E16 5 5 5,0
E17 5 5 5,0
E18 5 5 5,0
E19 5 5 5,0
E20 5 5 5,0
E21 5 5 5,0
E22 5 5 5,0
Media 4,2 4,0 4,1
Mediana 5 4,5 4,5
Moda 5 5 5
DP 1,34 1,26 1,26
Fonte: confeccionada pela autora (2018).
Gráfico 2 - Resultado dos estudantes na questão 2
Fonte: confeccionada pela autora (2018).
Esta questão envolve apenas a ação solucionar o modelo matemático, tendo o estudante
que determinar o valor numérico das expressões algébricas, para isto, necessita substituir
corretamente o valor das variáveis, realizar em seguida as operações de potenciação,
multiplicação e adição com números inteiros.
A média obtida pelos estudantes oscilaram de 4,0 a 4,2; então pode-se considerar que
obtiveram um bom desempenho na questão. 10 estudantes (E-13, E-14, E-15, E-16, E-17, E-
18, E-19, E-20, E-21 e E-22) obtiveram pontuação máxima, ou seja, solucionaram
0,0
1,0
2,0
3,0
4,0
5,0
E01 E02 E03 E04 E05 E06 E07 E08 E09 E10 E11 E12 E13 E14 E15 E16 E17 E18 E19 E20 E21 E22
Média da 3ª Ação da P-2
37
corretamente a expressão algébrica; os estudantes (E-02, E-04, E-06, E-09, E-10, E-11 e E-
12) apresentaram pontuação entre 4 e 5, então conseguiram fazer corretamente o indicador
essencial, mais existe pelo menos outro parcialmente correto, ou seja, substituíram
corretamente o valor da variável e cometeram pequenos erros aritméticos. Com pontuação
entre 3 e 2 estão os estudantes (E-01, E-07 e E-08), estes substituíram parcialmente correto o
valor das variáveis nas expressões algébricas e por seguinte não chegaram a solução correta;
já os estudantes (E-03 e E-05), não conseguiram desempenho na ação, obtendo dessa forma
pontuação 1.
A tabela 5 e o gráfico 3 abaixo, expõe o desempenho dos estudantes na questão 3.
Tabela 5 - Resultado dos estudantes na questão 3
Q-3
E 1ªA 3ªA 4ªA
E01 1 1 1
E02 1 1 1
E03 1 1 1
E04 1 1 1
E05 1 2 1
E06 1 2 1
E07 2 3 1
E08 1 1 1
E09 2 1 1
E10 1 1 1
E11 5 5 5
E12 1 1 1
E13 1 1 1
E14 1 1 1
E15 5 5 5
E16 5 5 5
E17 5 5 5
E18 5 5 5
E19 5 5 5
E20 5 5 5
E21 5 5 5
E22 5 5 5
Media 2,7 2,8 2,6
Mediana 1,5 2 1
Moda 1 1 1
DP 1,91 1,87 1,97
Fonte: confeccionada pela autora (2018).
Nesta questão é dada a expressão algébrica, o estudante necessita compreender o
problema, solucionar a expressão e interpretar a solução. Os resultados apresentados mostram
que a maioria dos estudantes obtiveram rendimento ruim, apresentam uma média que oscila
38
entre 2,6 e 2,8; outra característica é que exibem moda igual a 1, indicando que está foi a nota
que mais se repetiu, a mesma indica que os estudantes não conseguiram avançar em nenhuma
das ações analisadas.
Gráfico 3 - Resultado dos estudantes na questão 3
Fonte: confeccionada pela autora (2018).
Dos 22 estudantes que realizaram a prova, 9 (E-01, E-02, E-03, E-04, E-08, E-10, E-12, E-
13 e E-14) obtiveram nota 1 em todas as ações, ou seja, não interpretaram o problema, não
substituíram a variável na expressão algébrica e por seguinte não deram resposta ao problema.
Os estudantes (E-05, E-06, E-07 e E-09) apresentam pontuação entre 3 e 1 nas análises
quantitativas, onde 3 exprime que o estudante tem somente o indicador essencial correto e 1
não realizou corretamente nenhum dos indicadores essenciais. Os demais estudantes
alcançaram pontuação máxima em todas as ações.
A tabela 6 e gráfico 4 apresentados a seguir, representam o desempenho dos estudantes na
questão 4.
Tabela 6 - Resultado dos estudantes na questão 4
Q-4
E 1ªA 2ªA 3ªA 4ªA Total
E01 5 5 5 5 20
E02 5 5 5 4 19
E03 1 1 4 5 11
E04 1 1 5 4 11
E05 1 2 1 1 5
E06 1 1 1 1 4
E07 5 5 5 5 20
E08 1 1 1 1 4
E09 1 1 4 4 10
E10 5 5 5 5 20
0
1
2
3
4
5
E01 E02 E03 E04 E05 E06 E07 E08 E09 E10 E11 E12 E13 E14 E15 E16 E17 E18 E19 E20 E21 E22
Resultado da P-3
1ªA 3ªA 4ªA
39
E11 5 5 5 5 20
E12 5 5 5 5 20
E13 5 5 5 5 20
E14 5 5 5 5 20
E15 5 5 5 5 20
E16 5 5 5 5 20
E17 5 5 5 5 20
E18 5 5 5 5 20
E19 5 5 5 5 20
E20 5 5 5 5 20
E21 5 5 5 5 20
E22 5 5 5 5 20
Media 3,9 4,0 4,4 4,3 16,5
Mediana 5 5 5 5 20
Moda 5 5 5 5 20
DP 1,78 1,72 1,37 1,36 5,79
Fonte: confeccionada pela autora (2018).
Gráfico 4 - Resultado dos estudantes na questão 4
Fonte: confeccionada pela autora (2018).
Na questão 4, apresenta-se uma situação-problema que relaciona as quatro ações da ASP;
dos 22 estudantes analisados, 15 obtiveram um desempenho muito bom, apresentaram
pontuação 5 nas quatro ações da ASP em matemática, ou seja, constroem a expressão
algébrica de acordo com os dados do problema, solucionam a expressão realizando
corretamente as substituições das variáveis, realizam as operações de multiplicação e soma,
em seguida interpretam a solução.
Os estudantes (E-02, E-03, E-04, E-05 e E-09) apresentam nas ações analisadas, resultados
que oscilam desde a pontuação máxima até a mínima, a maioria destes não extraíram os dados
0
1
2
3
4
5
E01 E02 E03 E04 E05 E06 E07 E08 E09 E10 E11 E12 E13 E14 E15 E16 E17 E18 E19 E20 E21 E22
Resultados da P-4
1ªA 2ªA 3ªA 4ªA
40
do problema, e não montaram a expressão algébrica, mais através de ensaio e erro encontram
a solução correta, ou parcialmente correta do problema. O estudante E-02 exibe característica
diferente dos demais pois, extrai os dados do problema, monta a expressão algébrica, substitui
corretamente o valor das variáveis na expressão, soluciona a expressão mais não apresenta a
interpretação da solução do problema. Já os estudantes (E-06 e E-08) apresentam pontuação 1
em todas as ações, ou seja, não conseguem avançar em nenhuma das categorias analisadas.
Geralmente os estudantes que não compreendem o problema e não extrai os dados do mesmo,
apresentam dificuldade para avançar pelas próximas ações, quando avançam as pontuações na
grande maioria das vezes são inferiores a máxima, indicando que as ações estão relacionadas
entre si; isto é, os estudantes que conseguem pontuações máxima nas primeiras ações
apresentam maiores chances de avançar pelas próximas ações com pontuações máximas.
A seguir a tabela 7 e o gráfico 5, representam o desempenho dos estudantes na questão 5
da prova diagnóstica.
Tabela 7 - Resultado dos estudantes na questão 5
Q-5
E 1ªA 2ªA 3ªA 4ªA Total
E01 5 5 5 5 20
E02 5 5 5 5 20
E03 1 1 1 2 5
E04 1 1 1 1 4
E05 2 1 1 1 5
E06 4 3 5 4 16
E07 5 4 5 5 19
E08 5 5 5 5 20
E09 5 5 5 5 20
E10 5 4 5 5 19
E11 5 5 5 5 20
E12 5 5 5 5 20
E13 5 5 5 5 20
E14 5 5 5 5 20
E15 5 5 5 5 20
E16 5 5 5 5 20
E17 5 5 5 5 20
E18 5 5 5 5 20
E19 5 5 5 5 20
E20 5 5 5 5 20
E21 5 5 5 5 20
E22 5 5 5 5 20
Media 4,5 4,3 4,5 4,5 17,6
Mediana 5 5 5 5 20
Moda 5 5 5 5 20
DP 1,27 1,39 1,37 1,27 5,23
Fonte: confeccionada pela autora (2018).
Nesta questão assim como na anterior, apresenta-se uma situação-problema que
relacionam as quatro ações da ASP, dos 22 estudantes analisados, apenas o estudante E-04
41
apresenta pontuação 1 como resultado em todas as ações; 16 obtiveram um desempenho
muito bom, apresentando pontuação 5 nas quatro ações da ASP em matemática, estes
constroem a expressão algébrica de acordo com os dados do problema, solucionam a
expressão realizando corretamente as substituições das variáveis, e as operações de
multiplicação e soma; em seguida apresentam a solução do problema.
Gráfico 5 - Resultado dos estudantes na questão 5
Fonte: confeccionada pela autora (2018).
Os estudantes (E-03, E-05, E-06, E-07 e E-10) apresentam oscilações entre a pontuação
máxima e a mínima. Os estudantes E-03 e E-05 exibem características parecidas, apresenta
pontuação 2 como maior valor alcançado. O E-03 não apresenta desempenho nas três
primeiras ações, que são: compreender o problema, montar a expressão algébrica e soluciona-
la, obtendo assim pontuação 1, contudo expõe a interpretação da solução de maneira aleatória
mais com certa lógica, obtém 2 nesta ação; já o E-05 obteve pontuação 2 na primeira ação
pois, não compreende corretamente o problema mais extrai alguns dados corretos, por
seguinte não avança nas próximas ações analisadas, obtendo dessa maneira pontuação 1. Os
demais estudantes cometeram pequenos erros principalmente ao montar a expressão algébrica.
0
1
2
3
4
5
E01 E02 E03 E04 E05 E06 E07 E08 E09 E10 E11 E12 E13 E14 E15 E16 E17 E18 E19 E20 E21 E22
Resultados da P-5
1ªA 2ªA 3ªA 4ªA
42
3.2. Relações entre as ações na Atividade de Situações Problema
A seguir, a tabela 8 e o gráfico 6 expostos abaixo, representam a média que os estudantes
obtiveram nas quatro ações analisadas na prova, a partir desses dados é possível observar por
meio da Média, Mediana, Moda e Desvio Padrão, o resumo do comportamento dos dados
desse conjunto, ou seja, o desempenho dos estudantes em cada ação.
Tabela 8 - Resultado das médias das ações
Médias das Ações
E 1ªA 2ªA 3ªA 4ªA Total
E01 4,2 5,0 4,2 3,7 17,1
E02 3,6 4,3 3,4 3,3 14,6
E03 1,0 1,0 1,6 2,7 6,3
E04 2,2 2,3 2,6 2,0 9,1
E05 2,2 2,5 2,0 1,0 7,7
E06 3,2 3,5 3,6 2,0 12,3
E07 3,8 4,0 3,8 3,7 15,3
E08 3,4 3,8 3,0 2,3 12,5
E09 3,6 4,0 3,6 3,3 14,5
E10 4,2 4,8 4,2 3,7 16,8
E11 5,0 5,0 5,0 5,0 20,0
E12 4,2 5,0 4,2 3,7 17,1
E13 4,2 5,0 4,2 3,7 17,1
E14 4,2 5,0 4,2 3,7 17,1
E15 5,0 5,0 5,0 5,0 20,0
E16 5,0 5,0 5,0 5,0 20,0
E17 5,0 5,0 5,0 5,0 20,0
E18 5,0 5,0 5,0 5,0 20,0
E19 5,0 5,0 5,0 5,0 20,0
E20 5,0 5,0 5,0 5,0 20,0
E21 5,0 5,0 5,0 5,0 20,0
E22 5,0 5,0 5,0 5,0 20,0
Media 3,95 4,25 3,98 3,68 15,86
Mediana 4,20 5,00 4,20 3,67 17,07
Moda 5 5 5 5 20
DP 1,10 1,12 1,02 1,19 4,24
Fonte: confeccionada pela autora (2018).
43
Gráfico 6 - Resultado das médias das ações
Fonte: confeccionada pela autora (2018).
A média, moda e a mediana, servem para medir a tendência dos valores, nas ações
desenvolvidas pelos estudantes na prova. Apresenta-se como valor máximo a pontuação 5,
que ocorre quando o estudante realiza corretamente todos os indicadores, conforme descrito
na tabela 2. Observa-se que a média apresentada na primeira ação é 3,95 indicando que os
estudantes na compreensão do problema tiveram desempenho regular, na segunda ação
retratam média 4,25, ou seja, apresentam bom desempenho ao montar as expressões
algébricas; ao verificar a terceira ação que é solucionar a expressão, os estudantes apresentam
média 3,98 indicando desempenho regular assim como na primeira ação; e na última ação
analisada que é interpretar a solução, os estudantes apresentam 3,68 de média, que pode ser
considerado também como desempenho regular.
A mediana varia entre 5 e 3,67. Na compreensão e solução do problema os estudantes
apresentam mediana 4,2; na ação montar a expressão algébrica retratam 5, que é a pontuação
máxima que podem alcançar, e na interpretação do problema apresentam 3,67. A moda nas
4,23,6
1,02,2 2,2
3,23,8 3,4 3,6
4,25,0
4,2 4,2 4,25,0 5,0 5,0 5,0 5,0 5,0 5,0 5,0
5,0
4,3
1,0
2,3 2,5
3,5
4,03,8
4,0
4,8
5,0
5,0 5,0 5,0
5,0 5,0 5,0 5,0 5,0 5,0 5,0 5,0
4,2
3,4
1,6
2,6 2,0
3,6
3,8
3,0
3,6
4,2
5,0
4,2 4,2 4,2
5,0 5,0 5,0 5,0 5,0 5,0 5,0 5,0
3,7
3,3
2,7
2,0
1,0
2,0
3,7
2,3
3,3
3,7
5,0
3,7 3,7 3,7
5,0 5,0 5,0 5,0 5,0 5,0 5,0 5,0
0,0
2,0
4,0
6,0
8,0
10,0
12,0
14,0
16,0
18,0
20,0
E01 E02 E03 E04 E05 E06 E07 E08 E09 E10 E11 E12 E13 E14 E15 E16 E17 E18 E19 E20 E21 E22
Média das Ações
1ªA 2ªA 3ªA 4ªA
44
quatro ações analisadas tem resultado 5, indicando que essa foi a pontuação que mais se
repetiu. Observa-se que os resultados obtidos na mediana e moda seguem comportamentos
parecidos com a média, isso acontece por que ambas medem a tendência dos resultados, então
ao parecer os estudantes de modo geral, tiveram mais facilidade para montar as expressões
algébricas, pois, nesta ação apresentam melhores resultados, e maior dificuldade em
interpretar as soluções dos problemas, pois, observa-se resultados mais baixo se comparados
com as outras ações analisadas.
De posse dessas informações é possível explicar a homogeneidade da turma, como medida
de variabilidade o desvio padrão expressa o grau de dispersão do conjunto de médias, ou seja,
indica o quanto esses dados são regulares, quanto mais próximo de zero for o desvio padrão,
mais homogênea será a turma. De acordo com os resultados expostos na tabela, os estudantes
não apresentam um comportamento homogêneo, pois, o desvio padrão em todas as ações está
entre 1 e 1,19.
A seguir, apresenta-se na tabela 9 e figura 3, os resultados das médias obtidas pelos
estudantes, nas ações analisadas na prova. De acordo com os intervalos estabelecidos na
tabela 9, foram obtidas as seguintes frequências.
Fonte: confeccionada pela autora (2018).
Figura 3 – Frequência do total
Fonte: confeccionada pela autora, (2018).
5%10%
20%65%
Frequência do Total
"4-7"
"8-11"
"12-15"
"16-20"
Tabela 9 – Intervalos de frequência
Intervalo Frequência
"4-7" 1
"8-11" 2
"12-15" 4
"16-20" 13
45
De acordo com as informações exibidas na figura 3, infere-se que, 65% dos estudantes que
realizaram a prova, encontram-se com média entre o intervalo 16-20, expressando que a
maioria apresentaram bons resultados; 20% estão entre 12-15, 10% representa os estudantes
que obtiveram médias entre o intervalo 8-11 e 5% os que ficaram entre 4-7, este último
resultado, indica que uma pequena porcentagem de estudantes, apresentam resultados não
satisfatórios.
Com o intuito de realizar uma análise minuciosa das frequências obtidas, foi selecionada
uma prova por faixa de frequência, em cada prova foram realizadas as referidas análises. A
seguir, apresenta-se a análise da prova entre o intervalo 16-20, que representa 65% dos
estudantes.
Figura 4 – Questão 1 da prova referente ao intervalo 16-20
Fonte: confeccionada pela autora (2018).
A figura 4 representa a primeira questão da prova, encontra-se relacionadas as ações
compreender o problema, montar e solucionar a expressão algébrica. É possivel observar que,
o estudante compreende e extrai os dados corretamente do problema, em seguida monta e
substitui os valores numéricos que a variável representa, e por fim soluciona a expreessão de
forma exata, obtendo resultado 5 que é a pontuação maxima, em todas as ações analisadas.
Figura 5 – Questão 2 da prova referente ao intervalo 16-20
Fonte: confeccionada pela autora (2018).
A segunda questão encontra-se representada na figura 5, a mesma envolve apenas a ação
solucionar a expressão algébrica; observa-se que o estudante substitui corretamente o valor
46
das variáveis nas expressões, realiza as operações de potenciação, multiplicação, soma e
diferença, e em seguida encontra a solução exata nas duas expressões. Desta forma alcança
pontuação máxima nesta ação.
Figura 6 – Questão 3 da prova referente ao intervalo 16-20
Fonte: confeccionada pela autora (2018).
Na figura 6 encontra-se a questão 3, nesta relacionam-se as ações: interpretar o problema,
solucionar a expressão algébrica e interpretar a solução encontrada. O estudante realiza a
interpretação correta do problema, extrai os dados, substitui o valor da variável na expressão,
encontra a solução exata e em seguida, interpreta a solução do problema. Consegue pontuação
5 em todas as ações analisadas.
Figura 7 – Questão 4 da prova referente ao intervalo 16-20
Fonte: confeccionada pela autora (2018).
A questão 4 representada pela figura 7, envolve as quatro ações da ASP em expressões
algébricas e valor numérico. As ações são: compreender o problema, construir e solucionar as
expressões algébricas, e por fim interpretar a solução encontrada.
47
Observa-se que, o estudante compreende e extrai corretamente os dados do problema,
constrói a expressão algébrica de acordo com o que se pede na questão, soluciona
corretamente a expressão, e na ação interpretar a solução, o estudante a exprime de maneira
simples, mais a forma de resolver e organizar os resultados, deixam claro que o mesmo
entendeu a solução do problema, dessa maneira obtém pontuação máxima em todas as ações
analisadas.
Figura 8 – Questão 5 da prova referente ao intervalo 16-20
Fonte: confeccionada pela autora (2018).
A figura 8 exibe a última questão da prova, nesta assim como na anterior relaciona as
quatro ações. O estudante do mesmo modo que nas outras questões, apresenta pontuação
máxima em todas as ações, pois, interpreta e extrai os dados do problema, constrói a
expressão algébrica de acordo com dados obtidos, em seguida soluciona a expressão e
interpreta a solução encontrada. O estudante selecionado no intervalo de 16-20, obteve
pontuação máxima na prova, pois, realizou corretamente todas as ações analisadas nas cinco
questões. Por seguinte, é selecionada a prova de um estudante entre o intervalo 12-15 para
realizar as análises.
Figura 9 – Questão 1 da prova referente ao intervalo 12-15
Fonte: confeccionada pela autora (2018).
48
A figura 9 apresenta a questão 1, nela estão relacionadas as ações interpretar o problema,
construir e solucionar a expressão algébrica. Nota-se que o estudante no item a, interpreta de
maneira correta, extrai os dados do problema; em seguida constrói a expressão, substitui o
valor da variável e encontra a solução correta, obtendo assim, pontuação 5 em todas as ações.
Já no item b, ele não compreende totalmente o problema, pois, extrai os dados e constrói a
expressão de maneira parcialmente correta, então alcança pontuação 3 nessas duas ações, e ao
solucionar a expressão encontra resultado incorreto, obtendo pontuação 1 nesta ação.
Figura 10 – Questão 2 da prova referente ao intervalo 12-15
Fonte: confeccionada pela autora (2018).
Esta questão envolve a ação solucionar a expressão algébrica, observa-se que o estudante
substituiu corretamente o valor numérico das variáveis nas expressões, em seguida realiza as
operações de potenciação, multiplicação, soma e diferença que estão presentes nas
expressões, encontrando desse modo as soluções exatas. Nesta ação alcança resultado 5, que é
a pontuação máxima.
Figura 11 – Questão 3 da prova referente ao intervalo 12-15
Fonte: confeccionada pela autora (2018).
Na questão 3 apresentada na figura 11, estão envolvidas as ações: interpretar o problema,
solucionar e interpretar a solução. Nesta questão, o estudante não compreende corretamente o
problema, observa-se que ele extrai a expressão dada no problema, no entanto, não realiza a
substituição da variável na expressão, por seguinte não conseguiu encontrar a solução,
49
consequentemente não avança em nenhuma das ações analisadas na questão, alcançando
resultado 1 em todas.
Figura 12 – Questão 4 da prova referente ao intervalo 12-15
Fonte: confeccionada pela autora (2018).
A figura 12 exibe a questão 4 da prova, nela encontram-se as quatro ações analisadas no
conteúdo de expressões algébricas e valor numérico. O estudante conseguiu pontuação 5 em
todas as ações, pois, compreende e extrai os dados do problema, constrói a expressão
algébrica, realiza a substituição das variáveis corretamente, em seguida soluciona a expressão
fazendo de maneira correta as operações de multiplicação e soma. Na interpretação, pela
forma de resolver e organizar os resultados entendeu a solução do problema.
Figura 13 – Questão 5 da prova referente ao intervalo 12-15
Fonte: confeccionada pela autora (2018).
50
Na questão 5 exibida pela figura 13, estão relacionadas as quatro ações. Nota-se que o
estudante compreende o problema, extrai os dados e constrói a expressão algébrica, em
seguida soluciona a expressão substituindo corretamente o valor das variáveis, realiza as
operações de multiplicação e soma, e por fim, interpreta a solução apresentando resposta ao
problema, dessa forma conseguiu obter pontuação 5 que é o resultado máximo, em cada ação
analisada.
A seguir é escolhida a prova de um estudante entre o intervalo 8-11, para realizar as
análises.
Figura 14 – Questão 1 da prova referente ao intervalo 8-11
Fonte: confeccionada pela autora (2018).
A questão 1 representada pela figura 14, envolve as seguintes ações: compreender o
problema, construir e solucionar a expressão algébrica. O desempenho do estudante nesta
questão é muito bom, o mesmo realiza corretamente todas as ações, obtendo dessa forma
pontuação 5. Verifica-se que estudante compreende o que se pede na questão, pois, constrói as
expressões algébricas de acordo com os dados extraídos, logo após realiza a substituição da
variável nas duas expressões, em seguida efetua as operações de multiplicação e soma,
apresentando assim resultado correto ao final da solução.
Figura 15 – Questão 2 da prova referente ao intervalo 8-11
Fonte: confeccionada pela autora (2018).
A figura 15 exibe a questão 2, nela consiste apenas a ação solucionar a expressão
algébrica, observa-se que o estudante realiza corretamente a substituição das variáveis nas
duas expressões, no entanto, não encontra a solução correta, pois, o mesmo comete erros nas
51
operações de multiplicação, soma e diferença existentes nas expressões. O resultado
alcançado pelo estudante nesta ação é 2.
Figura 16 – Questão 3 da prova referente ao intervalo 8-11
Fonte: confeccionada pela autora (2018).
Na questão 3, como segue na representação pela figura 16, o estudante não realiza
nenhuma das ações presentes nesta questão que são: compreender o problema, solucionar e
interpretar a solução. Observa-se que o mesmo não compreende o problema, extrai os dados
de forma desorganizada e equivocada, dessa maneira, não avança na solução da expressão e
por seguinte não realiza sua interpretação. Alcançando nessas condições, pontuação 1 em
todas as ações analisadas, que é o resultado mínimo possível.
Figura 17 – Questão 4 da prova referente ao intervalo 8-11
Fonte: confeccionada pela autora (2018).
52
A questão 4, expõe o desempenho do estudante, ao resolver uma situação problema,
envolvendo as quatro ações da ASP em expressões algébricas, através da figura 17, observa-
se que o estudante não compreende o que se pede na questão, extrai os dados e constrói a
expressão algébrica de maneira incorreta, em seguida realiza tentativa de resolver o problema
por meio da operação de multiplicação, encontrando dessa forma solução incorreta, e por
seguinte não interpreta a solução. Recebe resultado 1, em todas as ações analisadas nesta
questão.
Figura 18 – Questão 5 da prova referente ao intervalo 8-11
Fonte: confeccionada pela autora (2018).
A figura 18, apresenta o desempenho do estudante na questão 5 da prova diagnóstica, estão
relacionadas as quatro ações da ASP que são: compreender o problema, construir a expressão
algébrica, soluciona-la e interpretar o resultado. Verifica-se que o estudante interpreta o
problema e extrai os dados corretamente, em seguida, mesmo sem construir a expressão
algébrica é capaz de chegar a solução parcialmente correta do problema, pois, para a solução
completa, necessitava somar os resultados que obteve ao realizar as multiplicações, por
seguinte não exprime a interpretação da solução. Então apresenta nesta questão os seguintes
resultados, na ação compreender e construir consegue pontuação 5, solucionar 4 e interpretar
a solução 1.
A seguir é escolhida a prova de um estudante, que se encontra entre 4-7, o ultimo intervalo
analisado neste trabalho.
53
Figura 19 – Questão 1 da prova referente ao intervalo 4-7
Fonte: confeccionada pela autora (2018).
A figura 19, expõe o desempenho do estudante na questão 1 da prova, encontra-se
relacionada nesta questão as seguintes ações: compreender o problema, construir e solucionar
a expressão algébrica. Verifica-se que o estudante realiza no item a, todas as ações analisadas
de maneira correta, obtendo assim resultado 5; já no item b, não interpreta totalmente correto
o problema, nota-se que ao extrair os dados, o faz de maneira parcialmente incorreta, assim
como na construção da expressão. Obtém nessas duas ações resultados 3, consequentemente
apresenta solução incorreta da expressão, alcança nesta ação resultado 2.
Figura 20 – Questão 2 da prova referente ao intervalo 4-7
Fonte: confeccionada pela autora (2018).
A questão 2 da prova, apresentada por meio da figura 20, exibe o desempenho do
estudante onde se analisa apenas uma ação, que é solucionar a expressão algébrica. Observa-
se que o estudante no item a, assim como no b, não realiza corretamente a substituição das
variáveis nas expressões algébricas, apresentando dessa forma solução incorreta em ambas,
alcançando resultado 1 na ação analisada.
54
Figura 21 – Questão 3 da prova referente ao intervalo 4-7
Fonte: confeccionada pela autora (2018).
A figura 21, apresenta o desempenho do estudante na questão 3, nesta relacionam-se as
seguintes ações: compreender o problema, solucionar a expressão e interpretar o resultado.
Verifica-se que, o estudante retira o dados do problema de forma errada, não substitui
corretamente o valor numérico da variável na expressão, e consequentemente não apresenta
solução e interpretação correta. Dessa forma, o resultado que alcança em todas as ações
analisadas é 1.
Figura 22 – Questão 4 da prova referente ao intervalo 4-7
Fonte: confeccionada pela autora (2018).
A questão 4 representada pela figura 22, envolve as quatro ações da ASP em expressões
algébricas e valor numérico. As ações são: compreender o problema, construir e solucionar as
expressões algébricas, e por fim interpretar a solução encontrada.
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O estudante não compreende o que se pede na questão, extrai os dados do problema de
maneira incorreta, consequentemente constrói a expressão algébrica de forma errada; na ação
encontrar a solução, o mesmo realiza operação de soma entre os dados do problema, e por fim
apresenta a solução, que também está incorreta; dessa maneira obtém resultado 1 em todas as
ações analisadas.
Figura 23 – Questão 5 da prova referente ao intervalo 4-7
Fonte: confeccionada pela autora (2018).
A figura 23, exibe o desempenho do estudante na questão 5 da prova diagnóstica, nela é
possível analisar as quatro ações da ASP em expressões algébricas. Verifica-se que, o
estudante compreende parcialmente correto o problema, retira os dados do mesmo mais não
constrói a expressão algébrica; nota-se que realiza operações erradas para chegar a solução do
problema, dessa forma, apresenta solução incorreta. Obtém na primeira ação pontuação 4, e
nas demais ações obtém pontuação 1.
Ao final de todo o processo de análises realizadas nas provas, destacam-se as seguintes
características, dificilmente o estudante que obteve pontuação mínima na primeira ação, que é
compreender o problema, conseguiu avançar com pontuação máxima nas outras ações. Ao
parecer, é importante que o estudante compreenda o que se pede no problema, a partir disso,
tem mais possibilidades de avançar corretamente nas próximas ações.
Houve em algumas questões comportamentos parecidos, como por exemplo na questão 3,
onde é dada a expressão algébrica, e o estudante precisa compreender o problema, solucionar
e interpretar a solução; a grande maioria dos estudantes obtiveram resultado 1 em todas as
ações analisadas, indicando que não realizaram nenhum indicador correto, a média dos
resultados observada foi menor de todas as questões. Indagados sobre esse comportamento, os
mesmos responderam que não conseguiram entender o problema, e que não enxergavam o
valor da variável a ser substituída na expressão. Nas demais questões, os erros mais comuns
não desrespeitavam em si ao conteúdo, mais as operações aritméticas envolvidas.
56
De acordo com os resultados obtidos, dos 22 estudantes que realizaram a prova, ao parecer
a grande maioria alcançaram aprendizagem desenvolvimental no conteúdo de expressões
algébricas e valor numérico, comprovando dessa forma, a eficácia do ensino embasado na
teoria histórico-cultural. A seguir, é apresentado um plano de ensino composto por cinco
aulas, elaborado de acordo com a BOA, tem como objetivo orientar o professor no processo
de ensino, de forma que os estudantes possam melhorar os resultados e consequentemente,
conseguir alcançar com êxito a assimilação dos conteúdos.
3.3 Proposta de um plano de ensino
Plano de ensino
Disciplina: Matemática
Ano: 2018 Número de aulas: 5 aulas
Nº de
aula Conteúdos Objetivo(s)
Nº da
BOA
H/A Descrição
1 Estudo da
Álgebra.
Introdução da álgebra com base na
compreensão do seu estudo e
apresentação da noção algébrica.
3 2h
Levar os alunos a compreender o
emprego da álgebra do cotidiano,
por meio de aula expositiva e
pratica, mostrar sua importância
na Matemática.
2
Definição de
expressões
algébricas e
valor numérico.
Introdução ao estudo da álgebra;
reconhecimento de expressões
algébricas e valor numérico.
3 2h
Apresentação da aula por meio de
slides, buscando trazer definições
formais e não formais de
expressões algébricas e valor
numérico, de maneira a aproximar
as definições e utilizações com o
cotidiano dos estudantes.
3
Monômios:
adição e
subtração.
Calcular expressões algébricas de
uma variável; efetuar as operações
de adição e subtração de monômios.
3 2h
Com auxílio de aula pratica trazer
o conceito de monômio e
desenvolvimento de atividades
relacionadas a adição e subtração,
dessa forma contribuir de maneira
eficaz para a construção do
conhecimento no referido assunto.
Resolver em conjunto as
atividades propostas.
4
Monômios:
multiplicação e
divisão.
Efetuar as operações de
multiplicação e divisão de
monômios.
3 2h
Apoiado no uso de slides,
desenvolver diversas atividades,
assim como suas resoluções no
quadro, em que ocorra a
participação simultânea nas
resoluções, de maneira a construir
juntos o conhecimento do assunto
estudado no decorrer da aula.
5
Polinômios:
forma reduzida
de um
polinômio.
Calcular expressões algébricas de
duas ou mais variáveis e valor
numérico.
3 2h
Através de aula pratica e mista
trazer o conceito de polinômio e
desenvolvimento de atividades
relacionadas, dessa forma
contribuir de maneira eficaz para
a construção do conhecimento no
referido assunto. Resolver em
grupo as atividades propostas.
57
Este plano de ensino é apenas um esboço básico, para se começar a trabalhar com a
atividade de situações problemas em expressões algébricas e valor numérico, foi escolhida a
base orientadora da ação de número três, pelo fato de ser uma base completa, o professor pode
assim trabalhar de forma mais efetiva os conteúdos com os estudantes, visto que, os mesmos
estarão aptos para solucionar diversos exercícios, tendo em vista que se trabalhou com os
mesmos a resolução de casos gerais, ou seja, o professor passa a construir os modelos e
métodos de resolução em conjunto com os estudantes. Com o passar de todos os processos os
estudantes se tornarão mais independentes na resolução de exercícios, assim o professor
passará a ter um papel de regulador das ações, corrigindo e esclarecendo as dúvidas caso
necessário.
58
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Os resultados exibidos neste trabalho, expressa o emprego das teorias apresentadas no
decorrer do primeiro capítulo, no conteúdo de expressões algébricas e valor numérico, nos
levando a realizar reflexões sobre suas utilizações, como ferramentas para complementar as
metodologias de ensino. Os resultados foram coletados por meio da prova de lápis e papel.
Após realizar as análises quantitativas e qualitativas, com enfoque nas qualitativas, dos
resultados da prova de lápis e papel, se conseguiu de maneira mais eficiente uma
caracterização dos estudantes em relação a aprendizagem, no conteúdo de expressões
algébricas e valor numérico.
Verificou-se que a maioria dos estudantes que realizaram a prova, apresentaram um nível
satisfatório de aprendizagem do conteúdo estudado, pois, desenvolveram e encontraram na
maioria das questões as respostas corretas, obtiveram poucos erros em relação ao conteúdo,
sendo estes mais relacionados as operações aritméticas envolvidas nas questões.
A Atividade de Situações Problema (ASP) em Matemática, é uma ferramenta com um
vasto campo que pode ser utilizada, para criar habilidades nos estudantes na resolução de
problemas matemáticos, através desta, se observou o comportamento dos estudantes diante
das questões, e as ações que necessitavam ser executadas, em geral o estudante que conseguiu
realizar a primeira ação corretamente, manteve-se com bons resultados nas ações seguintes.
As orientações da base do sistema de quatro ações, para resolver modelos matemáticos que
conduzem a expressões algébricas e valor numérico, necessitam ser gerais, que permitam
resolver a maior variedade de problemas matemáticos. Também devem ser repassadas todas
as informações sobre as ações, para que os estudantes passassem a obtê-la de forma
independentemente.
As formas de análises realizadas exprimem de modo refinado, os resultados alcançados
pelos estudantes, evitando uma análise redundante e muitas vezes errônea. Ao parecer, a
grande maioria dos estudantes, alcançaram aprendizagem desenvolvimental no conteúdo
estudado, infere-se então, que as teorias abordadas proporcionam aos estudantes, um processo
de ensino aprendizagem mais eficiente.
59
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