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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO CENTRO ACADÊMICO DE VITÓRIA CURSO DE GRADUAÇÃO EM NUTRIÇÃO PRODUÇÃO DE HAMBÚRGUER COM QUITOSANA E SUA INFLUÊNCIA NAS CARACTERÍSTICAS SENSORIAIS Vitória de Santo Antão 2010

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO

CENTRO ACADÊMICO DE VITÓRIA

CURSO DE GRADUAÇÃO EM NUTRIÇÃO

PRODUÇÃO DE HAMBÚRGUER COM QUITOSANA E SUA

INFLUÊNCIA NAS CARACTERÍSTICAS SENSORIAIS

Vitória de Santo Antão

2010

UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO

CENTRO ACADÊMICO DE VITÓRIA

CURSO DE GRADUAÇÃO EM NUTRIÇÃO

PRODUÇÃO DE HAMBÚRGUER COM QUITOSANA E SUA

INFLUÊNCIA NAS CARACTERÍSTICAS SENSORIAIS

Aluna: Adriana Alice da Silva

Orientadora: Profª Drª Roberta de Albuquerque Bento

Vitória de Santo Antão

2010

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao

programa de Graduação em Nutrição,

Departamento de Nutrição, Centro Acadêmico de

Vitória, Universidade Federal de Pernambuco, em

cumprimento aos requisitos para obtenção do

título de Graduado em Nutrição.

DESDICATÓRIA

À Deus, de quem tudo provém, em quem tudo vive e a quem tudo

retorna. Obrigada pela tua fidelidade.

À minha mãe, pelo amor, preocupação, incentivo e apoio incondicional.

Ao meu pai (in memorian), por ter sido um pai determinado. Você não

está mais aqui, mas eu ainda sou uma parte sua.

À toda minha família pela credibilidade e importância durante toda a

minha vida.

Aos amigos, sempre presentes e confiantes nessa conquista.

“Por mais que a noite seja comprida, o dia amanhece.”

AGRADECIMENTOS

À Deus pois “não dá mais pra negar o mar é Deus e o barco sou eu. E o

vento forte que me leva pra frente é o amor de Deus. Não dá nem mais pra ver

o porto que era seguro. Eu sou impulsionado a desbravar o novo mundo” ¹

À minha mãe, que me mostrou que por mais árdua que seja a luta, por

mais distante que um ideal se apresente, por mais difícil que seja a caminhada,

existe sempre uma maneira de vencer. Obrigada, mainha!

Ao meu pai (in memorian) . Que teve sua vida abreviada 3 meses antes

do meu ingresso na Universidade. A certeza de que em qualquer lugar que

estejas, estais vendo essa realização. Obrigada pelo seu incentivo nos meus

estudos, pelo cursinho pago e por nunca permitir que nós (seus filhos)

deixássemos de estudar. “Tenho razão de sentir saudade, tenho razão de te

acusar. Houve um pacto implícito que rompeste e sem te despedires foste

embora. Detonaste o pacto. Detonaste a vida geral, a comum aquiescência de

viver e explorar os rumos de obscuridade sem prazo, sem consulta, sem

provocação até o limite das folhas caídas na hora de cair. Antecipaste a hora.

Teu ponteiro enlouqueceu, enlouquecendo nossas horas. Que poderias ter feito

de mais grave do que o ato sem continuação, o ato em si, o ato que não

ousamos nem sabemos ousar porque depois dele não há nada? Tenho razão

para sentir saudade de ti, e nossa convivência em falas camaradas, simples

apertar de mãos, nem isso, voz modulando sílabas conhecidas e banais que

eram sempre certeza e segurança. Sim, tenho saudades. Sim, acuso-te porque

fizeste o não previsto nas leis da amizade e da natureza nem nos deixaste

sequer o direito de indagar porque o fizeste, porque te foste.” ²

À minha família pelos momentos de apoio que precisei, pelo incentivo a

vencer mais esta etapa, mais uma batalha na vida.

1 Da música: “Não dá mais pra voltar”, Diácono Nelsinho Correia.

2 “A um ausente”, Carlos Drummond de Andrade.

À Rita e Tainan, minhas amigas de infância, que apesar da distância,

continuamos firmes com a nossa amizade.

À Soninha, amiga de sempre, uma metade irmã que amo de coração

pela tua fiel amizade e pelos momentos de conversa. Você é especial.

À Jô pela admiração como pessoa e pela nova amizade conquistada.

Agradeço sua amizade que, gentilmente, você me permitiu desfrutar.

Aos meus amigos “made in África”, pelas risadas, festas, brincadeiras,

momentos felizes e de descontração que sempre passamos. Podem ter a

certeza que cada um de vocês tem espaço reservado em meu coração.

Visitarei todos, em algum momento da vida.

À Universidade Federal de Pernambuco – CAV, pela formação

Acadêmica.

À professora e Orientadora Roberta Bento, pela paciência, dedicação,

motivação no âmbito da pesquisa e pelos bons ensinamentos, exemplos de

persistência e determinação.

Aos professores/Doutores da banca examinadora, por terem aceitado ao

convite, em especial a professora Drª Silvana Arruda, pela atenção dispensada

à leitura deste trabalho.

Aos técnicos do laboratório de Bromatologia e Higiene dos Alimentos, e

Técnica Dietética do Centro Acadêmico de Vitória – CAV-UFPE, em especial

Sílvio de Assis e Danúbia Freitas pelas manhãs e tardes de muito trabalho;

À Tacila Mendes pela força, convivência, companheirismo dentro e fora

do laboratório.

À Cibele Rocha pelos momentos valiosos de ajuda.

Agradecimentos sinceros a todos que contribuíram de alguma forma

direta ou indiretamente na realização deste trabalho.

RESUMO

Produto cárneo processado, tipo hambúrguer, pode facilmente ser obtido da

carne moída dos animais, moldado através de processos tecnológicos, tendo

como resultado final um produto com características organolépticas

específicas. O processamento maximiza a vida de prateleira e agrega sabor,

contudo, esses produtos estão sujeitos à contaminação bacteriana. Desta

forma, este trabalho propõe o uso de quitosana como alternativa promissora à

degradação e deterioriação microbiana. Para tanto, buscou-se formular

hambúrgueres com e sem quitosana.

A análise sensorial se utiliza de medidas, análises e interpretações para avaliar

a aceitação de produtos, com base nos órgãos do sentido humano. Para a

avaliação sensorial, os hambúrgueres foram oferecidos aleatoriamente a 10

julgadores treinados. Cada provador recebeu ¼ da amostra e avaliaram

atributos sensoriais de aparência, sabor, cor, odor e textura. Neste estudo,

foram aplicados dois testes. Um para diferenciação e preferência do produto

(Comparação Pareada) e o outro, o teste de Análise Descritiva Quantitativa

(ADQ) para avaliar a afeição nos atributos escolhidos, determinando a opinião

através de “gostei”, “nem gostei, nem desgostei” e “desgostei”. Após a

realização dos testes, os resultados para o teste de comparação pareada,

mostraram que os degustadores preferiram a formulação sem o antimicrobiano.

Contudo, para o teste de ADQ, a diferença para os atributos selecionados

foram estatísticamente pouco representativo. Dessa forma, acredita-se que

este estudo, trará ainda mais subsídio para a efetiva utilização da quitosana

como aditivo na conservação de produtos cárneos.

Palavras Chaves: Quitosana; hambúrguer; análise sensorial

ABSTRACT

Processed meat products, burgers, can easily be obtained from ground beef

animals, shaped by technological processes, resulting in a final product with

specific organoleptic characteristics. The process maximizes the shelf life and

adds flavor, however, these products are subject to bacterial contamination.

Thus, this paper proposes the use of chitosan as a promising alternative to

microbial degradation and deterioriação. To this end, we attempted to make

burgers with or without chitosan.

Sensory analysis uses measures, analysis and interpretation to assess the

acceptance of products based on human sense organs. For sensory evaluation,

the burgers were offered randomly to 10 trained judges. Each taster received ¼

of the sample and evaluated the sensory attributes of appearance, flavor, color,

odor and texture. This study apilcados two tests. One for product differentiation

and preference (paired comparison) and the other, the test of Quantitative

Descriptive Analysis (QDA) to evaluate the affection of the attributes chosen,

determining the view through "like", "neither liked nor disliked" and "disliked ".

After the tests, the results for the paired comparison test showed that the

tasters preferred the formulation without the antimicrobial agent. However, to

test the ADQ, the difference for the selected attributes were statistically

unrepresentative. Thus, it is believed that this study will bring further benefit to

the effective use of chitosan as an additive in preservation of meat products.

Keywords: Chitosan; hamburguer; sensory analysis

SUMÁRIO

1. Introdução com Justificativa ......................................................................................... 09

2. Objetivos ........................................................................................................................ 12

2.1.Geral ....................................................................................................................... 12

2.2. Específicos ............................................................................................................ 12

3. Materias e Métodos ........................................................................................................ 13

3.1.Obtenção de quitosana ........................................................................................... 13

3.2. Produção do hambúrguer de carne bovina ............................................................ 13

3.3. Análise sensorial evolvendo hambúrguer controle e com quitosana ...................... 16

3.4. Análise estatística .................................................................................................. 17

4. Resultados e Discussão ................................................................................................ 18

4.1.Teste de comparação pareada ............................................................................... 18

4.2. Avaliação do atributo aparência ............................................................................. 19

4.3. Avaliação do atributo cor........................................................................................ 20

4.4.Avaliação do atributo sabor ..................................................................................... 22

4.5. Avaliação do atributo textura .................................................................................. 23

4.6. Avaliação do atributo odor ..................................................................................... 24

5. Considerações Finais .................................................................................................... 26

6. Referências .................................................................................................................... 27

7. Anexos ............................................................................................................................ 31

1. Introdução com justificativa

A elaboração de novos produtos através do processamento da carne

têm sido de grande interesse para a indústria de alimentos, uma vez que

maximiza a vida de prateleira, não ocasionam grandes alterações nos valores

nutricionais, e ainda acentuam as características organolépticas desejáveis dos

produtos (ROMANELLI, 2002). Entretanto, carnes e produtos cárneos dispõem

de grande susceptibilidade às contaminações bacterianas, gerando sérios

riscos à saúde do consumidor (HUGAS, 1998).

O hambúrguer tem por definição, ser um produto cárneo industrializado,

o qual pode ser obtido da carne moída dos animais, podendo ser adicionada ou

não de ingredientes e gordura, moldado através de processos tecnológicos,

tendo como resultado final um produto com características organolépticas

específicas (BRASIL, 2000). O valor nutricional e a praticidade do hambúrguer

combinam com o modo de vida dos que vivem nos centros urbanos, o que o

torna um alimento representativamente popular (ARISSETO, 2003). Entretanto,

um inconveniente é que na superfície deste produto, geralmente se

desenvolvem microrganismos patogênicos, como Escherichia coli, Clostridium

perfringens, S. aureus e Salmonella, e esporadicamente, Clostridium botulinum,

Bacillus cereus e Listeria Monocytogenes (LINDQVIST et. al., 2001; ZANSKY

et. al., 2002; SILVA et. al., 2004; FORTUNA & FRANCO, 2005; JAY 2005).

Dessa forma, a incorporação de agentes antimicrobianos apresenta-se como

uma medida prática e econômica para a solução do problema.

A tecnologia aplicada pela indústria de alimentos com o intuito de

aumentar o tempo de vida de prateleira dos produtos tem gerado controvérsias

quanto à segurança do emprego de aditivos alimentares, em especial no uso

de corantes artificiais (MOUTINHO, et. al; 2007). Com o aumento do número de

alimentos processados dispostos nas prateleiras do supermercado, surge em

contrapartida, um consumidor cada vez mais exigente em adquirir alimentos

com menor quantidade de aditivos, principalmente nos últimos anos, em que as

informações acerca aos efeitos colaterais dos mesmos têm sido

freqüentemente divulgadas (VICENTINI, 1999). Com isso, um paradoxo é

criado, uma vez que os aditivos são fundamentais e de extrema importância,

por impedirem o crescimento de vários patógenos e deterioradores, além de

serem mantenedores da qualidade organoléptica do produto. Dessa forma, tem

sido proposto pela comunidade científica o uso de antimicrobianos naturais,

como a quitosana, com o intuito de preservar a qualidade dos alimentos.

A quitosana é um polissacarídeo obtido através da desacetilização da

quitina, presente em invertebrados marinhos, fungos e leveduras; não possui

toxicidade ao organismo humano, além de ser biodegradável (MARTHUR &

NARANG, 1990). Uma das principais utilizações da quitosana está relacionada

à sua propriedade antimicrobiana, que têm como responsável à natureza

policatiônica da molécula, a qual interage com região superficial da bactéria

(MUZZARELLI et. al., 1990). Na aplicação em carne e subprodutos, algumas

pesquisas já foram realizadas, em bacalhau (SHAHIDI et al., 2002), carne de

cordeiro (KANATT et al., 2004), salsicha (DAMIAN, 2005), mortadela (CHI ET

AL, 2006) e em patê de carne (BENTO, 2008).

Segundo a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT, 1993), a

avaliação sensorial é utilizada para medir, analisar e evocar as reações

decorrentes das características intrínsecas dos alimentos e a forma em que é

perceptível aos órgãos da visão, audição, olfato, tato e paladar. Na indústria

alimentar, a análise sensorial é uma ferramenta primordial, ajudando no

marketing (PANGBORN,1980), e colaborando com a valorização do nível de

satisfação dos consumidores, antes do lançamento final de um produto no

mercado alimentício (STONE e SIDEL, 1993).

Os testes sensoriais são utilizados para verificar a semelhança ou

diferença entre alimentos, medindo a intensidade dos atributos dos produtos

(STONE e SIDEL, 1993), o qual é necessário interpretar reações às

características dos alimentos e como elas são percebidas pelos órgãos do

sentido. A avaliação sensorial usa a habilidade humana em comparar,

diferenciar e quantificar atributos sensoriais de um produto, empregando

metodologia e estatística adequada para cada tipo de estudo. (FERREIRA, et.

al., 2000).

Devido às grandes descobertas na área da tecnologia dos alimentos,

existe no mercado uma gama de produtos com formulações diferenciadas,

gerando uma alta competitividade e atendendo uma população mais atenta

acerca dos produtos que consomem, justificando a necessidade do teste

sensorial na indústria alimentar moderna (NOGUEIRA, 2004). Assim, o

presente trabalho teve como objetivo a produção de hambúrgueres com

quitosana, e sua análise sob os aspectos sensoriais.

2. Objetivos

2.1. Geral

Adição de quitosana em hambúrguer e sua influência nas características

sensoriais;

2.2. Específicos

Produzir hambúrgueres adicionados com quitosana;

Avaliar a preferência, bem como a influência da adição da quitosana

nos atributos textura, cor, odor, aparência e sabor do hambúrguer.

3. Materiais e Métodos

O experimento foi realizado nos Laboratórios de Bromatologia e Higiene

dos Alimentos, e de Técnica Dietética, ambos do Centro Acadêmico de Vitória

(CAV), da Universidade Federal de Pernambuco.

3.1. Obtenção da quitosana

A quitosana utilizada foi fornecida através da Sigma Aldrich (Alto de

Pinheiros, São Paulo, SP, Brasil), a qual utiliza como fonte produtora a

carapaça de crustáceo.

O gel de quitosana foi formulado por dissolução da amostra comercial

(1g de quitosana/50mL de ácido acético 1%), mantida sob agitação durante 48

horas.

3.2. Produção do hambúrguer de carne bovina

Para a produção do hambúrguer, foram utilizados cortes de carne bovina

tipo alcatra, sal (Pirâmide Ltda., Areia Branca, Brasil), açúcar (União, São

Paulo, Brasil), Óleo de Soja (Soya, Bunge, Recife, Brasil), farinha de Trigo

(Dona Benta, Recife, Brasil), cebola e coentro, disponíveis comercialmente em

Supermercados da Cidade de Vitória, Pernambuco, Brasil. A pimenta do reino

será obtida seca e moída, no comércio em Vitória. As quantidades de cada

ingrediente estão apresentados na tabela 01.

Tabela 01.: Ingredientes utilizados na fabricação dos hambúrgueres:

MATÉRIA- PRIMA QUANTIDADES (g.100g-¹) QUANTIDADES (g.100g-¹)

FQ* FP**

Carne (alcatra) 1000g 1000g

Sal 15g 15g

Açúcar 30g 30g

Pimenta do Reino 0,1g 0,1g

Cebola Triturada 50g 50g

Farinha de Trigo 100g 100g

Óleo

Quitosana

- 50mL

600mL -

* FQ - Formulação de hambúrguer com quitosana

** FP- Formulação de hambúrguer Padrão

Ao se formular os hambúrgueres não foi acrescentado nenhum

percentual de gordura, sendo retiradas as gorduras da peça da carne

anteriormente à moagem. A carne, após descarte de tecido conjuntivo e

gordura, sofreu trituração, através de moedor de bancada. Posteriormente,

adicionaram-se os ingredientes à carne, sendo a massa dividida em duas

partes, onde uma delas recebeu a quitosana (figura 2), e a outra (figura 3) foi

utilizada como controle (produto sem quitosana). A etapa posterior foi o

processo de prensagem e moldagem com hamburgueira manual, obtendo-se

hambúrgueres com pesagem de 80 g cada, sendo em seguida envolvidos em

filmes plásticos, para subseqüente congelamento à -18ºC. Os experimentos

foram conduzidos em concordância as Boas Práticas de Manipulação de

Alimentos (ANVISA, 2004). O processamento está descrito na Figura 1 .

Figura 1: Fluxograma referente ao processamento do Hambúrguer.

Figura 2. Hambúrguer formulado com quitosana.

MOLDAGEM

CARNE

RETIRADA DE

GORDURA E TECIDO

CONJUNTIVO MOAGEM

ADIÇÃO DE

INGREDIENTES

HOMOGEINIZAÇÃO

EMBALAGEM

CONGELAMENTO À -18ºC

.

Figura 3. Hambúrguer formulado sem quitosana.

3.3. Análise sensorial envolvendo hambúrguer controle e com quitosana

Amostras de hambúrgueres congelados preparados conforme descrito

acima foram utilizados para avaliar os parâmetros sensoriais do produto. A

realização da análise ocorreu 24 horas depois da formulação dos

hambúrgueres, em cabines individuais, iluminadas com luz branca, com 10

provadores treinados e selecionados através de seu interesse e preferência em

consumo à produtos cárneos. As amostras foram fritas em óleo de soja (figura

4), por aproximadamente 5 minutos, sendo em seguida, retirado o excesso com

o papel toalha e distribuído.

Figura 4. Hambúgueres fritos com e sem quitosana.

Cada julgador recebeu ¼ de cada formulação do produto

(aproximadamente 20 g), em pratos plásticos, sendo as amostras codificadas

em três dígitos, aleatoriamente, acompanhado de um copo de água e bolacha

tipo água e sal para ser utilizado pelo degustador entre as amostras. Para a

avaliação dos atributos sensoriais (anexo I e II), utilizou-se o teste de

Comparação Pareada, respondendo as questões de diferença e preferência

entre os dois produtos e a Análise Quantitativa Descritiva (ADQ), a qual o

degustador observou atributos como aparência, cor, odor, sabor e textura, de

acordo com os requisitos de características sensoriais descrito no Regulamento

Técnico de Identidade e Qualidade do Hambúrguer (BRASIL, 2000). Todos os

julgadores envolvidos e na pesquisa assinaram o termo de Consentimento

Livre Esclarecido, seguindo a Resolução 196/96 do CNS/MS.

3.4. Análise Estatística

Os dados dos testes sensoriais de comparação pareada foram avaliados

pela Tabela de número mínimo de julgadores para o teste de comparação

pareada (ABNT, 1994). No teste afetivo (ADQ), foi avaliado a freqüência e o

intervalo de confiança, utilizando o teste qui-quadrado. O programa utilizado foi

o statistica 7.0.

4. Resultados e Discussão

Os produtos foram submetidos aos testes sensoriais, visto que a

quitosana apesar de possuir uma imensa aplicabilidade em diversos produtos

indústriais e in natura, ainda apresenta poucos estudos demonstrando a

interferência nesse principal atributo de qualidade.

4.1 Teste de Comparação pareada

No teste de comparação pareada, para detectar se existia diferença nos

produtos oferecidos, foi observado que dos 10 provadores, 9 perceberam a

diferença, pelo teste monocaudal 10<9, sendo, portanto comprovado que existe

diferença sensorial entre as duas amostras ao nível de 5% de significância.

Os gráficos abaixo expressam o nível de preferência de amostras com

ou sem o antimicrobiano.

Teste de comparação pareada de preferência

0,0%

10,0%

20,0%

30,0%

40,0%

50,0%

60,0%

70,0%

Hamburguer comquitosana

Hambúrguer semquitosana

Gráfico 1. Preferência (%) sensorial dos hambúrgueres com e sem quitosana .

Conforme demonstrado no gráfico 1, nos testes de comparação pareada

de preferência, 60% dos provadores preferiram o hambúrguer sem quitosana,

em oposição aos 40% dos julgadores que preferiram o hambúrguer com

quitosana. Estes resultados foram bastante positivos, visto que o produto sem

quitosana também obteve altos percentuais de preferência, não diferindo

estatisticamente dos produtos sem quitosana.

No Teste de Análise Quantitativa Descritiva (ADQ), os julgadores

expressaram suas opiniões, estabelecendo diferenciação qualitativa entre as

amostras, tendo os gráficos abaixo expressados a influência das variáveis do

processo (adição ou não, de quitosana), sobre os atributos de qualidade

(aparência, odor, cor, sabor e textura).

4.2. Avaliação do atributo aparência

No gráfico 2, está representado o nível de satisfação com relação ao

atributo aparência nos produtos com e sem a quitosana.

Teste de Análise Descritiva Quantitativa (ADQ)

0

10

20

30

40

50

60

70

80

C/Q S/Q

Po

rce

nta

gem

(%

)

Desgostei

Nem gostei/Nem desgostei

Gostei

Gráfico 2. Aceitação dos julgadores em percentual (%) para a atribuição da aparência

dos hambúrgures.

Conforme observado, maiores percentuais dos provadores atribuíram ao

produto com quitosana o termo “nem gostei, nem desgostei”, resultado este,

positivo por não despertar rejeito ao produto. Entretanto, maiores valores com

relação à intensidade “gostei” foram relacionados ao produto sem quitosana,

porém, de acordo ao demonstrado no gráfico, estes resultados não foram

significativos estatísticamente. O termo “desgostei” foram apontados em iguais

percentuais para ambos os produtos, o que sugere que a rejeição de uma

parcela dos julgadores não foi pela adição da quitosana.

Resultados também positivos no quesito aparência também foi

encontrado por Dotto et al. (2008), ao avaliar a aplicação de filmes de

quitosana em mamão. Entretanto, vale colocar que enquanto nesta pesquisa

não houve diferença estatística na aparência dos hambúrgueres adicionados

ou não de quitosana, na pesquisa citada houve diferença estatística, visto que

o mamão com o filme poderia ser consumido mesmo após 10 dias de

armazenamento, enquanto que o mamão padrão possuía uma aparência

duvidosa em apenas 4 dias. Como a vida de prateleira interfere de forma

significativa nas características globais dos produtos, essa diferença

encontrada em ambos os estudos não foi justificativa para desconsiderar tal

achado.

Han et. al., (2004) e Park (1999) observaram a aplicação concomitante

de quitosana em diferentes alimentos, e afirmaram que a presença deste

antimicrobiano pode contribuir de forma eficiente na promoção do tempo de

vida útil em frutas frescas, protegendo o produto de alterações deteriorantes, o

que poderia ser responsável por alterações visuais.

4.3. Avaliação do atributo cor

No atributo de cor, conforme pode ser observado nos resultados

sensoriais do gráfico 3, o produto sem a adição do antimicrobiano quitosana foi

avaliado positivamente pela maioria dos julgadores.

Teste de Análise Descritiva Quantitativa (ADQ)

0

10

20

30

40

50

60

70

C/Q S/Q

Po

rce

nta

gem

(%

)

Desgostei

Nem gostei/Nemdesgostei

Gostei

Gráfico 3. Resultado sensorial em percentual (%) para a cor dos produtos

formulados com e sem quitosana.

Após tratamento estatístico pôde-se observar que tanto para o atributo

“gostei”, como para o “nem gostei, nem desgostei”, não houve diferença

estatisticamente significativa (p < 0,05) entre as avaliações encontradas para

as preparações com e sem quitosana, confirmando que a adição de quitosana

não influenciou na resposta sensorial.

Nenhum dos participantes que degustaram o hambúrguer sem quitosana

desgostou da cor, em contrapartida, 10% relatou que desgostou da cor do

produto adicionado ao antimicrobiano.

A cor de um produto, segundo Osório et al. (2009) é o primeiro atributo

que o consumidor analisa no ato da compra, uma vez que a visão é o órgão

responsável pela primeira sensação de aceitabilidade ou recusa. A partir

desses dados, foi possível afirmar que houve uma boa aceitação da cor para

as duas formulações, sendo portanto, os resultados considerados bastante

positivos.

4.4. Avaliação do atributo sabor

Com relação ao atributo de sabor, observou-se que metade dos

provadores gostaram da formulação sem quitosana, não diferindo

estatisticamente do produto com quitosana. O fator “nem gostar, nem

desgostar” do produto com quitosana e sem quitosana foi igual para as duas

amostras. Apenas 10% dos consumidores, não gostaram da adição do

antimicrobiano natural.

Teste de Análise Descritiva Quantitativa (ADQ)

0

10

20

30

40

50

60

C/Q S/Q

Po

rce

nta

gem

(%

)

Desgostei

Nem gostei/Nemdesgostei

Gostei

Gráfico 4. Resultado em percentual (%) para o atributo sabor, considerados

pelos provadores dos hambúrgueres com e sem o aditivo natural.

Como não houve diferença estatística entre as classificações atribuídas

pelos julgadores, pode-se concluir que a quitosana não influenciou nesse tipo

de preparação, mostrando que é possível a adição de novos ingredientes sem

prejudicar a aceitabilidade do hambúrguer.

Em estudo semelhante, Han et. al (2005) ao pesquisarem o emprego da

quitosana no armazenamento de morangos, relataram adstringência e

amargura no sabor das frutas, o que foi atribuído às soluções ácidas que são

utilizadas para dissolução da quitosana. Em contrapartida, Matos (2000) obteve

melhores resultados ao adicionar quitosana em bebida aguardente.

4.5. Avaliação do atributo textura

De acordo com o gráfico 5 para o atributo de textura, observou-se que

60% das pessoas envolvidas gostaram da formulação sem quitosana. Em

comparação ao produto com quitosana, metade dos provadores (50%)

apontaram que “gostaram” e o mesmo percentual também pôde ser verificado

para as pessoas que “nem gostaram, nem desgostaram” do produto.

Teste de Análise Descritiva Quantitativa (ADQ)

0

10

20

30

40

50

60

70

C/Q S/Q

Po

rce

nta

gem

(%

)

Nem gostei/Nemdesgostei

Gostei

Gráfico 5. Resultado para textura dos hambúrgueres formulados com e sem

quitosana em percentual (%).

Assim como a formulação padrão, não houve provadores que

desgostaram da formulação com o aditivo. Os testes sensoriais revelaram a

aceitação da textura, tendo os julgadores não manifestado aspectos que

tornassem o produto rejeitado pelos consumidores.

Ao estudarem Salsichas Frankfurt , contendo quitosana, Damian (2008),

provou que as características sensoriais de textura não foram alteradas,

quando comparado salsichas controle e com antimicrobiano. Chi et. al. (2006),

em estudo inédito de combinação de quitosana a outro antimicrobiano, o óleo

essencial de orégano, em mortadelas fatiadas armazenadas por 5 dias, à

temperatura de 10ºC, obtiveram uma aceitação sensorial favorável, sem

apresentar prejuízos na textura das formulações.

4.6. Avaliação do atributo odor

Para o perfil sensorial de odor, os julgadores expressaram a mesma

opinião, conforme apresentado no gráfico a seguir, não observando nenhuma

diferença perceptível entre o odor do produto controle e o que continha

quitosana.

Teste de Análise Descritiva Quantitativa (ADQ)

0

10

20

30

40

50

60

70

C/Q S/Q

Po

rce

nta

gem

(%

)

Nem gostei/Nemdesgostei

Gostei

Gráfico 6. Atributo de Odor em percentual (%) para os julgadores que

degustaram as formulações com e sem quitosana.

Botrel et al. (2007), ao utilizar a quitosana em alho minimamente

processado também obteve resultado positivo quando recobriu o

antimicrobiano ao produto. Outros resultados positivos foram relatados por

Chien et al.,2007 com pitayas; Costa, 2009 ao avaliar morangos Dover

revestidos à base de quitosana. A utilização da quitosana demonstrou nesses

estudos ser favorável como mantenedor da qualidade de alguns atributos

sensoriais.

Portanto, embora o hambúrguer sem quitosana obteve maiores

percentuais de preferência, na avaliação do perfil de características, os

produtos não diferiram estatisticamente. Assim, os hambúrgueres com

quitosana podem ser uma alternativa viável, para produção de alimentos com

menor teor de aditivos artificiais, e também mais naturais e seguros.

5.Considerações Finais

Os resultados deste estudo indicaram que os hambúrgueres elaborados

sem e com a adição de quitosana, possuíram em geral uma boa aceitação e

que não houve diferença estatística relevante entre os diferentes produtos.

Vale ressaltar, que o uso da quitosana como antimicrobiano natural, não

descarta as técnicas de Boas Práticas de Fabricação, não podendo ser vista

como um incentivo para o descuido da higiene na manipulação dos alimentos.

Portanto, a fabricação de hambúrguer com quitosana pode ser uma

alternativa viável para as indústrias de produtos cárneos interessadas em

inovar o desenvolvimento e tecnologia das formulações, considerando que o

principal objetivo da indústria alimentícia é atingir o mais elevado grau de

satisfação do consumidor, oferecendo produtos com garantia de qualidade

microbiológica, química e sensorial.

6. Referências

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Newport - United States, January-April 2002.

ANEXO I

Teste de Avaliação Sensorial

PROVADOR:___________________________________________

DATA:__________________________

INSTRUÇÕES:

- Você está recebendo 1 par de amostras, para ser avaliado. - Deguste cuidadosamente cada uma das amostras, responda se existe

diferença entre elas e circule a amostra que você prefere.

CÓDIGOS

( ) Sim _ _ _

( ) Não _ _ _

OBSERVAÇÕES:

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

ANEXO II

Teste de Avaliação Sensorial

PROVADOR:___________________________________________________

DATA:__________________________

INSTRUÇÕES:

- Você está recebendo duas amostras.

- Deguste cuidadosamente, e avalie cada um dos atributos sensoriais, de

acordo com o seguinte critério:

1 - Gostei

2 - Nem gostei, nem desgostei

3 - Desgostei

AMOSTRAS

ATRIBUTOS A B

Aparência

Cor

Odor

Textura

Sabor

OBSERVAÇÕES:

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________